R$ 5,00
Nº 8 - Dezembro/2013
Prosa Boa Presidente do Iphan fala sobre obras em Mariana
mobilidade Melhorar o acesso vai além das rampas
Natal
ilumina região dos Inconfidentes
Revista Em Minas
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Revista Em Minas
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6 Prosa Boa
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Jurema Machado
Capa
Luzes para o Natal
9 Não
é bem assim! Da nossa eterna irritação com o comum
10 Em Pauta Vem aí na nossa região
19 Direito
na Prática Internet: Você sabe a velocidade da sua?
20 Itabirito Nas ruas e nos palcos
26 Mariana Muito além do cartão postal Leo Homssi
28 DiverCidades
30 Dicas
Mineiros em alerta
de
Presentes
Para o Natal
29 Dona Drama
32 Turismo
Quando se vê, já é Natal!
Serra da Canastra
34 Set Palavras Por que cheiramos livros?
36 Gastronomia Benzadeus
37 Roteiro Gastrô Para beber cervejas especiais
38 Comportamento
A vez das cervejas especiais
41 Sociais
Aline Monteiro
A vida cultural em cena
24 Ouro Preto
46 Arrasô!
Acessibilidade em foco Revista Em Minas
O olhar de Fernanda Tropia 3
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de Bernardo de Guimarães na imprensa cotidi ana. Parabéns à Imprensa da Velha Vila Rica. Jusberto Cardoso Filho Escritor - Ouro Preto
Quero parabenizar toda a equipe da Revista Em Minas, pois tem matérias inte ressantíssimas e com uma linguagem muito clara. Adorei! Não perco uma edição e reco mendo a todos que ainda não a conhecem. Parabéns e sucesso! Cristiane Cotta Funcionária da Coopa - Ouro Preto
Parabéns à Em Minas pela entrevista com Adilson Pereira dos Santos, um colaborador para a implantação das cotas na Ufop. Willian Adeodato Ouro Preto
Parabéns pela Revista Em Minas. Sempre tem algo proveitoso para nossa sociedade, como o antigo jornal Galilé ou o Jornal Ouro Preto [do GLTA], com belas fotos e matérias. Já houve várias teses e pesquisas sobre a nossa imprensa no século XIX. Lembram-se das Car tas Chilenas? Dos correspondes das metrópoles que nos visitavam? Já pensaram em quantos jornais e almanaques circularam por nossa ve tusta cidade? Houve uma tese sobre os escritos
Revista Em Minas
Escreva para nós: Envie seu comentário, crítica ou sugestão E-mail: contato@revistaemminas.com.br Cartas: Rua Paraná, 61 - Centro • Ouro Preto/MG • CEP 35400-000 Redes sociais: facebook.com/revistaemminas e @revistaemminas Por motivo de espaço ou de clareza, as cartas poderão ser publicadas resumidamente.
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Leo Homssi
Ana Possas
A Revista Em Minas entra no clima de Natal e traz, nesta edição, a programação de dezembro nas cidades da região dos Inconfidentes. Época de correria nas ruas atrás de presentes e lembrancinhas; relatórios e mais relatórios no trabalho; provas finais; confraternizações, festas e encontros; muita bebida e muita comida. A solidariedade e a campanha dos Correios também são lembradas. Não podemos esquecer que fim de ano é também período de muitas chuvas. Os mineiros devem ficar em alerta! Confira algumas dicas de como prevenir os estragos causados pelos temporais que se estendem até meados de março do ano que vem. A Prosa Boa entrevista Jurema Machado, presidente do Iphan. Ela destaca que Mariana e Ouro Preto estão bem adiantadas nos projetos do PAC Cidades Históricas e garante o início de obras de restauração em alguns monumentos no primeiro semestre de 2014. Ainda focando em patrimônio, acompanhamos um estudo que analisa a acessibilidade nas ruas São José e Getúlio Vargas, em Ouro Preto. Conhecemos também uma iniciativa que mostra Mariana além dos cartões-postais, com fotografias do passado e como as “cenas” estão hoje. O teatro é o destaque de Itabirito, que incentiva cada vez mais jovens para ingressarem e se profissionalizarem na arte. A seção Dicas de Presentes vai te ajudar com aquele amigo-oculto do trabalho ou da família. Para incrementar ainda mais o presente, a Dona Drama ensina como embalá-lo de forma original, bonita e super fácil. Aproveite as festas de fim de ano e experimente as cervejas especiais - pauta da editoria de Comportamento - feitas com ingredientes nobres e de maior qualidade que tem angariado cada vez mais adeptos. Boas festas e um ótimo 2014!!!
Expediente Diretora Comercial | Lícia Ribeiro • Editora-chefe | Ana Paula Martins - MTb-MG 12.533 • Editora | Aline Monteiro • Projeto gráfico | Leo Homssi - Converso Comunicação • Consultor de Design | Bruno Portella • Diagramação | Aline Monteiro - Converso Comunicação • Redação | Adriana Moreira, Aline Monteiro, Ana Possas, Bruna Fontes, Douglas Couto, Flávia Rodrigues, Lícia Ribeiro • Colaboração | Camila Maia, Carine Nunes, Érica Vieira, Michelle Borges, Vitor Secchin • Colunistas | Ana Possas, Felipe Comarela, Fernanda Tropia, João Baldi Jr., Matheus Baldi, Valter Nascimento • Revisão | Ana Paula Martins • Foto da Capa | Leo Homssi Assine| contato@revistaemminas.com.br • Anuncie | (31) 3551-0618 | comercial@revistaemminas.com.br Tiragem: 3.000 exemplares • Impressão: Formato Artes Gráficas A Revista Em Minas é uma publicação mensal da Em Minas Publicações (Rua Paraná, 61, Sala 2 - Centro • Ouro Preto/MG • CEP 35400-000) • Em Minas Publicações LTDA ME • CNPJ: 17.864.373/0001-03 • ISSN: 2318-0609 revistaemminas.com.br • facebook.com/RevistaEmMinas • @RevistaEmMinas Fale Conosco: redacao@revistaemminas.com.br Todos os textos e as fotos publicados na Revista Em Minas tiveram seus direitos autorais cedidos pelos seus autores.
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Prosa Boa
Jurema Machado Douglas Couto
___________________ Douglas Couto
Considerada uma das grandes defensoras do patrimônio, a ar quiteta Jurema de Souza Machado está no comando do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Na cional (Iphan), desde 2012. Mineira de Divinópolis, foi diretora de Plane jamento e Patrimônio de Ouro Preto (1993-1994) – onde coordenou a elaboração do Plano Diretor da cidade –, também presidiu o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha) e atuou na concepção do Programa Monumenta BID. De 2001 a 2012, foi coordenadora de Cultura da Unesco no Brasil. Em visita à Mariana, Jurema Machado conferiu o andamento dos projetos do PAC 2 – o Programa de Aceleração do Crescimento das Cidades Históricas – que garantiu R$67 milhões do governo federal para o município. Nesta Prosa Boa, ela anuncia o início de até cinco intervenções em Mariana ainda no primeiro
semestre de 2014, entre elas, a restaura ção da Catedral da Sé.
Quais fatores levaram Mariana a ser contemplada com R$67 milhões, sendo a cidade que receberá o maior volume de investimento do PAC? Mariana é a primeira cidade de Minas, também a primeira capital dos mineiros, com acervo valiosíssimo, e havia a notícia da necessidade de conservação de parte do acervo. Posso dizer também, sem cometer nenhuma inconfidência, que foi um pedido especial da presidente da República [Dilma Rousseff] que, ao receber as primeiras relações de municípios a serem contemplados, nos cobrou de Revista Em Minas
imediato a presença de Mariana. A partir daí, vimos que havia uma atenção especial da presidente com a cidade, certamente por notícia que ela tinha ou alguma história de vida, não sei exatamente. Fato é que ela nos recomendou dar atenção especial à cidade. Tem outro fator, que não podemos desconsiderar, que diz respeito ao fato de que a prefeitura vinha preparando projetos há muito tempo, desde a época do Programa Monumenta Bid. A gente encontrou uma cidade ícone, a atenção da presidente e um acervo de projetos bem focados. Está aí a receita. 6
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Douglas Couto Há expectativa de alguma obra em Mariana no primeiro semestre de 2014? Com certeza. A expectativa é grande em relação à Catedral da Sé, o maior projeto de todo o conjunto. Nesse caso, o projeto está concluído, e estamos preparando os editais para a licitação. É um trabalho complexo, precisamos acertar também com a Arquidiocese de Mariana como fazer o fechamento da Jurema Machado em reunião ténica na Prefeitura de Mariana igreja quando for necessário, por se tratar nado ao complexo ferroviário, que é uma de uma obra grande preciosidade. No caso de São João, granque envolve infraestrutura, telhado e elede parte do recurso vai para esse projeto mentos artísticos. Também temos uma grane pode ser que a gente tenha um pouco de expectativa com relação à intervenção mais de dificuldade para começar devido na igreja de São Francisco em curto prazo, ao acesso ao imóvel, que está com pendênassim como várias outras iniciativas cujos cia de domínio. Temos o caso do Serro, que projetos estão semiprontos. Eu acredito que, precisamos olhar com mais atenção, porque ainda no primeiro semestre de 2014, estao município não tem uma equipe montada, remos com quatro ou cinco obras iniciadas e o Iphan terá que dar suporte. Sabará está e diversas outras licitações em curso. caminhando, mas ainda não nos apresentou projetos. Em Diamantina, temos projeComo estão os projetos de outros municítos encaminhados, e Belo pios mineiros? Horizonte também tem A vizinha Ouro Preto tamcapacidade de execução. bém está com projetos De todos os municípios encaminhados e equipes mineiros, a situação de sendo montadas [Os remaior facilidade e procursos a serem destinavável início mais rápido é dos para a cidade somam exatamente em Mariana. R$36,46 milhões]. Ouro No caso de Mariana, a ciPreto tem um volume dade vai receber o maior muito grande de igrejas volume de recursos do e obras complexas por governo federal. Por isso, envolverem elementos viemos conversar com o artísticos. Temos, ainda, prefeito [Celso Cota], coo município de São João nhecer o andamento dos del-Rei, com um projeto projetos, ver detalhes do igualmente grande desti-
“A população pode esperar exatamente aquilo que o PAC Cidades Históricas propõe: investimentos e valorização do patrimônio cultural”
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cronograma das licitações, a equipe montada, os problemas e as expectativas especialmente para 2014. Devemos começar a licitar obras logo.
Então, o dinheiro chega ao destino, mas não fica parado. O que o cidadão pode esperar desse programa? Pode esperar exatamente aquilo a que o programa se propõe: investimentos e valorização do patrimônio cultural. Como uma política de governo, as ações do PAC Cidades Históricas representam o Brasil agindo em benefício de sua identidade cultural, trabalhando de forma participativa, com o envolvimento das três esferas do poder público e, o mais importante, contando com a presença da sociedade civil na gestão do seu patrimônio cultural. É fundamental que cada cidadão acompanhe os investimentos em preservação de iniciativa dos governos do Estado e município. •
“É fundamental que cada cidadão acompanhe os investimentos em preservação de iniciativa dos governos do Estado e município”
Lucas de Godoy
Podemos acreditar que a verba do PAC vai sair mesmo do papel? Claro. É preciso entender que há diferença na forma de repasse do recurso. Às vezes, as pessoas acham esse volume de dinheiro, R$ 67 milhões destinados à Mariana, está disponível esperando projetos e obras para pagar. Na verdade, a lista de obras está aprovada previamente e publicada por meio de portaria no Diário Oficial da União, quer dizer, ninguém vai brincar com isso. A partir de agora, a prefeitura finaliza e apresenta os projetos, e nós, do Iphan, aprovamos o início das obras. E quando começarem a chegar as faturas, vamos pagando. O PAC tem a vantagem de não ter descontinuidade e nem contingenciamento porque não é repasse como um convênio, é o pagamento de uma despesa realizada.
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A Igreja de São Francisco de Assis (Mariana) aguarda restauro com verba do PAC
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Da nossa eterna irritação com o comum Uma coisa comum de ouvir por aí é que vivemos numa cultura da mediocridade. As pessoas não querem ver arte, querem ver Big Brother; não querem ouvir boa música, querem Justin Bieber; não querem grandes filmes, querem imensas franquias com carros que viram robôs. E ainda que existam ótimos argumentos tanto para questionar se não estamos realmente nos aproximando de um menor denominador comum cultural quanto para defender a graça de carros que viram robôs – sério, são carros, que viram robôs, você precisa admitir que isso é legal, vai – um aspecto dessa sensação geral de irritação sempre me pareceu muito curioso: a razão disso nos irritar tanto. Isso porque, se você pensar bem, não vivemos mais num ambiente em que sejamos necessariamente obrigados a conviver com a cultura popular predominante da mesma maneira que antes. Podemos selecionar o que ouvimos na internet, optar pelo que vemos entre diversos canais, escolher basicamente qualquer filme já lançado em sites de streaming. E, por mais bonito que possa soar, não acredito que seja uma preocupação com o atual estado da arte no Ocidente, sabe? “Ah, mas o sucesso de coisas assim impede que as coisas verdadeiramente boas recebam atenção”. Não, não é o caso. O sucesso do Justin Bieber não impede que o seu primo compositor de folk coloque vídeos no Youtube, a existência do Big Brother não impediu que gravassem Breaking Bad, Sharknado não está retroativa-
mente apagando a obra completa do Ingmar Bergman e garantindo que apenas filmes sobre tubarões voadores sejam feitos. Se formos ser sinceros, mas sinceros mesmo, vamos precisar admitir que essa discussão não é sobre arte. Ela, muito provavelmente, é sobre nós. A verdade é que nós, talvez por uma característica humana, associamos a arte ao sublime, ao especial, ao que está acima de nós. Esperamos que nossos artistas sejam dotados de habilidades mágicas, que tenham trajetórias extremas, que se destaquem por conseguir produzir coisas que nós, nem mesmo em um milhão de anos, conseguiríamos replicar, exatamente por serem pessoas, num certo grau, superiores. As possibilidades de exposição, tanto para os talentosos quanto para os não talentosos, são gigantescas. Há um choque ao descobrir que o artista, que antes imaginávamos intocável, pode ser alguém aparentemente como nós, apenas talvez mais esforçado, atirado, ousado. E existe uma boa razão para que quando as pessoas querem ofender uma obra de arte digam “ah, até eu poderia fazer isso”. Nós apenas não sabemos lidar com essa sensação. Não criticamos qualquer artista de capacidade questionável devido à sua incapacidade. Criticamos pessoas assim porque elas parecem ter exatamente o mesmo nível de aptidão que nós, mas estão lá fazendo sucesso, ganhando fortunas, vivendo a vida que não vivemos, enquanto nós vivemos vidas normais e reais, sem aquele glamour, sem aquelas possibilidades. • Por João Baldi Jr. - Jornalista e autor do blog justwrapped.me
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Em Pauta Na Casa da Ópera Romys Zappet - Divulgação
Destaque por investimento em segurança A mina de Alegria, da Samarco, foi uma das vencedoras do prêmio 200 Maiores Minas Brasileiras. A premiação, concedido há nove anos, é iniciativa da revista Minérios & Minerales, uma das principais publicações especializadas no setor mineral do País, e do Sindextra (Sindicato da Indústria Mineral do Estado de Minas Gerais). A Samarco recebeu, também, o prêmio John T. Ryan, oferecido pela empresa canadense MSA, pelos índices de segurança nas operações. Atual mente, o prêmio é realizado em 38 países e, no Brasil, está em sua segunda edição. A equipe da Samarco ficará com o troféu por um ano, quando a homenagem seguirá para a empresa vencedora de 2014.
12 mil livros em Mariana A cantora Silvia Gomes e o violonista Philippe Lobo apresentam-se na Casa da Ópera - Teatro Municipal de Ouro Pretro, no dia 21 de dezembro, às 20h30. O show Eu Vim tem uma proposta camerística, que valoriza o diálogo entre o canto e o violão, contrapondo o timbre da cantora ao violão polifônico.
N. S. da Conceição Os festejos em homenagem a Nossa Senhora da Conceição, no dia 8 de dezembro, em Ouro Preto, serão diferentes neste ano. Como o Santuário dedicado à santa está fechado para restauração, as comemorações acontecem na Igreja de N. S. das Mercês e Perdões. As celebrações se iniciam com uma novena. O bispo arquidiocesano Dom Geraldo Lyrio Rocha inaugura o início da restauração do Santuário. Revista Em Minas
A Biblioteca Pública Benjamin Lemos, em Mariana, disponibiliza mais de 12 mil livros para empréstimo e consulta. Seu acervo, iniciado em 1970, foi criado a partir de doações para todas as faixas etárias e conta com obras de Machado de Assis, Clarice Lispector, William Shakespeare e Agatha Christie. Atualmente, é organizada pelo professor Fernando Maricato e possui sala de pesquisas com internet, sala com jogos e livros infantis e sala de braille, com publicações específicas e áudio-livros. Para se cadastrar, é preciso levar documento de identidade e comprovante de endereço. A biblioteca funciona de segunda a sexta-feira, de 8h às 17h, na rua Barão de Camargos, 59, próximo a praça Gomes Freire (Jardim). Informações: (31) 3558-3255 Diego Queiroga - Divulgação PMM
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O Natal da Orquestra Ouro Preto
Obras de Marco Benjamin em BH Divulgação PMM
Auto de Natal Moeda (01/12, às 10h, na Ig. Matriz de N. S. do Rosário) Itabirito (02/12, às 20h, na Casa de Cultura Mestre Dungas) Conselheiro Lafaiete (12/12, às 20h, na Ig. de São Sebastião) Congonhas (16/12, às 20h, na Ig. de São José) Entrada gratuita Série The Beatles Ouro Preto (04/12, às 20h30, no Centro de Convenções - ingressos revertidos para a Organização Cultural Ambiental - OCA) Belo Horizonte (15/12, às 20h, no Cine Teatro Brasil Vallourec) Ouro Branco (17/12, às 20h, no Sindicato dos Metalúrgicos e Base - Entrada gratuita) Uberaba (20/12, às 20h30, no Cine Teatro Vera Cruz - Entrada gratuita) Orquestra nos Bairros (Ouro Preto) Entre sinos, tambores e amores Miguel Burnier e Mota (05/12, às 15h, na Ig. do Sagrado Coração de Jesus) Engenheiro Corrêa (05/12, às 17h, na Ig. de N. S. da Conceição) Morro São Sebastião (06/12, às 18h30, na Capela São Sebastião) Cabeças (06/12, às 20h30, na Ig. do Bom Jesus) Taquaral (07/12, às 19h, na Ig. de Bom Jesus das Flores) Piedade (07/12, às 20h30, na Ig. de N. S. da Piedade) Morro Santana (08/12, às 10h, na Capela de Sant’Anna) São Cristóvão (08/12, às 13h, no Lar São Vicente de Paulo) Rosário (18/12, às 20h, na Ig. do Rosário) Entrada gratuita Repertório misto Belo Horizonte (10/12, às 19h30, no Museu de Artes e Ofícios) Entrada gratuita A Orquestra Ouro Preto tem patrocínio da Petrobras e da Gerdau e o apoio de outras instituições. www.orquestraouropreto.com.br Revista Em Minas
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Após 10 anos sem expor, Marcos Benjamin reuniu um “conjunto de estranhezas”, com fotografias, desenhos, objetos, esculturas com materiais do plástico à água, parede de poemas, frases soltas. A essência da mostra é uma grande profusão de obras e linguagens. A exposição está na Galeria Murilo Castro (rua Antônio de Albuquerque, 377 - sala 1 - Belo Horizonte) e pode ser visitada de segunda a sexta, de 10h às 19h, e aos sábados, de 10h às 14h. Informações: (31) 3287-0110.
Aleitamento materno em destaque Ouro Preto conquistou o Prêmio Bíbi Vogel 2013 com o apoio do Centro de Saúde da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop). O prêmio, concedido pelo Ministério da Saúde, é entregue a cada dois anos e reconhece os melhores projetos e ações de proteção, promoção e apoio ao aleitamento materno de dez municípios do País. A premiação foi recebida pela secretária de Saúde de Ouro Preto, Sandra Guimarães, em Florianópolis. O prêmio Bíbi Vogel foi assim denominado em homenagem à atriz e cantora Sylvia Dulce Kleiner, falecida em abril de 2004. Edição 8 • Dezembro/2013
Getty Images
Curso de arbitragem
Iepha entrega duas obras restauradas em Minas
A Federação de Esportes Estudantis de Minas Gerais (Feemg) oferece, de 6 a 8 e de 13 a 15 de dezembro o Curso de Arbitragem para Futsal. As aulas acontecem no Ginásio Poliesportivo da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop). Informações: samir_mg04@hotmail ou (31) 8507-8560.
O programa Patrimônio Vivo, do Ins tituto Estadual do Patrimônio Histórico de Minas Gerais (Iepha), entregou duas obras de restauro no Estado. A primeira etapa de restauração da obra civil So brado Dário Magalhães, em Minas Novas, e a primeira etapa da Igreja Matriz de Santo Antônio, em Itacambira. O Minas Patrimônio Vivo criado em 2011, trabalha a proteção do patrimônio cultural de Minas Gerais, sendo executado pela Secretaria de Cultura do Estado por meio do Iepha. O programa prevê uma série de ações simultâneas para restaurar e conservar a estrutura física dos bens tombados e também garantir a segurança de obras artísticas a partir da instalação de sistemas contra furtos e de prevenção e combate a incêndios.
Prêmio para instituições da região O Programa Valorizar, da Vale, entregou prêmios a 14 projetos sociais de Ouro Preto, Mariana e Catas Altas, com distribuição de R$170 mil. Os prêmios foram definidos por um comitê formado por representantes da Vale, da Agência de Desenvolvimento Econômico e Social de Ouro Preto (Adop) e Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop). Veja as entidades beneficiadas pelo Valorizar: Categoria Capacitação: Fundação Antonio Francisco Lisboa - O Aleijadinho • Ass. Musical Nossa Senhora da Conceição da Lapa • OCA - Organização Cultural Ambiental • Grupo Assistencial Auta de Souza • Ass. Clube Osquindô • Projeto Social Alferes • Firop - Fórum da Igualdade Racial de Ouro Preto. Categoria Trabalho e Renda: Aprovart - Ass. dos Produtores de Vinho, Agricultura Familiar e Outros Produtos Artesanais da Catas Altas • Ass. das Artesãs Arte, Mãos e Flores de Antonio Pereira • Acmar - Ass. de Catadores de Material Reciclável da Rancharia • Camar - Associação de Catadores de Materiais Recicláveis de Mariana • Nata - Núcleo de Toxicômanos e Alcoólatras de Ouro Preto • Ass. Beneficiamento e Reciclagem Ambiental e Preservação Ambiental da Cidade de Ouro Preto • Ass. de Arte, Cultura e Ofício. Revista Em Minas
Tributo ao Black Sabbath Os 40 anos do álbum Sabbath Bloody Sabbath, da banda Black Sabbath, serão comemorados em grande estilo em Ouro Preto. A 5ª edição da Vitro la Museológica, evento que reve rencia o vinil e os estilos musicais blues, rock, pop clássico e psicodélico e samba de raiz, vai promover uma viagem no tempo, ao som da velha vitrola. A festa será no dia 14 de dezembro, a partir das 14h, na república Tôa Tôa, com a presença da banda 2 Dedos. Ingressos à venda na república e nas lojas Artigos Radiola e Vinil. A festa é promovida por alunos de Museologia da Ufop e pela Tôa Tôa. Informações: (31) 3552-3189 12
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Unesco aprova patrimônio imaterial A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) aprovou, em caráter definitivo, a proposta do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) para a criação de instrumento normativo internacional voltado à Proteção e Promoção do Patrimônio Museológico e Coleções. A aprovação aconteceu durante a 37ª Conferência Geral da entidade, em Paris (França). A resolução solicita à diretora geral da Unesco que elabore o texto preliminar do novo instrumento normativo.
Voluntariado Coletivo Um espaço para juntar as ins tituições que precisam de voluntários e as pessoas que querem se voluntariar para trabalhos sociais. Essa é a proposta do Voluntário Coletivo, organizado por três mineiras formadas em Comunicação Social e residentes em Belo Horizonte. Para fazer parte da rede, basta se cadastrar pelo site www.voluntariocoletivo.com. Os voluntários podem mostrar as suas habilidades, e as instituições filantrópicas podem relatar suas necessidades. A proposta é intermediar os dois polos e, assim, promover o bem.
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Divulgação Ascom/PMOP
Combate à dengue A Prefeitura de Ouro Preto recebeu do governo do Estado 1.500 capas protetoras de caixas d’água, destinadas a residências que possuem caixas destampadas em lugares com grande incidência de casos de dengue confirmados. Foram entregues 134 capas no distrito de Antônio Pereira. De acordo com o levantamento, entre os 101 casos positivos no município, 48 eram de Antônio Pereira. As próximas localidades a receberam as capas são Amarantina, Cachoeira do Campo e a sede do município.
Aplicativo de alunos da Ufop ganha o mundo De Ouro Preto para o mundo. O aplicativo BraSum (Sumarizador Brasileiro), desenvolvido por alunos do mestrado em Ciência da Computação da Ufop, seleciona e resume, de maneira automática, notícias dos maiores portais de informação do País. Um menu de pesquisa foi desenvolvido para os assuntos de maior interesse, e o usuário pode votar nas notícias de que mais gosta. Os links das matérias completas são disponibilizados ao final do resumo. O usuário também pode optar por ler depois e receber notificações por e-mail. O aplicativo já foi acessado nos Estados Unidos, Reino Unido, Portugal, Japão, França, Hungria, China e Dinamarca, e por mais de 270 cidades do Brasil. www.brasum.com.br. 13
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Luzes para celebrar o Natal Região dos Inconfidentes investe em iluminação e programação especial para atrair visitantes e entreter moradores ___________________
mércio da região dos Inconfidentes se enfeita, os moradores preparam árvores e decorações em suas casas e novos cenários de luzes colorem as ruas das cidades de Ouro Preto, Mariana e Itabirito, além dos tradicionais papais noéis. As Secretarias Municipais de Turismo, Indústria e Comércio e de Cultura e Patrimônio,
Adriana Moreira
Sinônimo de ceias fartas, presentes e família reunida. O Natal é celebrado no dia 25 de dezembro, mas as luzes espalhadas pelas cidades já anunciam a comemoração. Para reforçar a magia desse período, o coRevista Em Minas
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juntamente à Comissão Ouro-pretana de Folclore, prepararam os festejos natalinos para Ouro Preto. “Abrilhantando os finais de semana de dezembro, até 6 de janeiro, dia de Santos Reis, o Largo do Coimbra, a praça Tiradentes, a rua Direita e a rua São José estarão devidamente decorados com temas natalinos. Também haverá várias apresentações de Folias de Reis e Pastorinhas, corais, orquestra e bandas”, conta a professora Deolinda Alice dos Santos. Em Mariana, as luzes A artista plástica Ana Fátima Carvalho sempre participa também convidam morada campanha de Natal dos Correios dores e visitantes a contemplar o Natal de Luz, época, as ruas ficam mais cheias, e o clima que traz uma decoração especial para as festivo é estimulado com um cardápio cultupraças, jardins e monumentos históricos do ral totalmente especial. A produção acontece município. A novidade é que o evento une espontaneamente na cidade. O que fazemos uma iluminação temática a uma vasta proé apenas organizá-la”, destaca Ubiraney de gramação cultural e artística. “Durante o Na Figueiredo Silva, secretário municipal de Patal de Luz, a comunidade poderá apreciar, trimônio Cultural e Turismo. todos os dias, uma programação cultural e artística pensada para o clima natalino. De Natal x comércio segunda a quarta-feira, o papai noel perAs lojas são as primeiras a serem contacorre os bairros na cidade e, de quinta a dogiadas com o clima natalino. Impossível não mingo, a Casa do Papai Noel [instalada na perceber árvores, guirlandas e vitrines, que rua Direita] estará aberta à visitação”, conatraem os consumidores para as compras. O vida José Luiz Papa, coordenador de Cultura Natal também é sinônimo de do município. correria, já que as pessoas O Natal Iluminado compram muitos presentes também encanta Itabie comparecem a várias conrito. As luzes foram acefraternizações e encontros. sas ainda no mês passaE essa maratona toda exige do, e o centro comercial paciência e atenção. está todo iluminado com A recomendação do Prodecoração temática. con de Ouro Preto é para “Precisamos resgatar a que as pessoas não combeleza do período nataprem por impulso, realilino, oferecer qualidade zem sempre uma pesquisa na prestação de serviços de preço e evitem produtos no comércio, aquecersupervalorizados. “Há uma mos a economia e valogrande variação de preços rizarmos o nosso calenpara o mesmo produto no dário de eventos. Nessa
As luzes que dão charme às cidades também tocam o coração, fazendo com que essa época também seja sinônimo de solidariedade Revista Em Minas
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Modas, de Ouro Preto. Esse otimismo também é refletido na pesquisa encomendada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) que aponta que o consumidor deve gastar 30% a mais com o presente de Natal. Segundo a amostra, seis em cada dez brasileiros vão presentear alguém neste Natal. Luciene Kennedy, coordenadora técnica da Associação de Desenvolvimento Econômico e Social de Ouro Preto (Adop), orgaLuciene Kennedy prepara com antecedência as compras de Natal niza o bolso para as compras. “Nos últimos anos, a lista de presentes cresceu. mercado. Para parcelar as compras, é prePor isso, optei por comprar pequenas lemciso um bom planejamento financeiro. É branças, pois o importante é que todos se melhor dar preferência para o pagamento sintam lembrados. Fazemos também o amià vista, que pode render um bom desconto”, go-oculto. Então, todos acabam ganhando aconselha Rodrigo Caldeira de Barros, diremais de um presente. Os gastos com as tor do Procon de Ouro Preto. Ele ainda alerta compras de Natal devem ficar em torno de que é necessário exigir nota fiscal ao realizar um salário mínimo e meio. Roupas, chocoas compras. “O documento fiscal é direito lates, brinquedos e perfumes são itens que do cliente e dever do comerciante perante o estão sempre na lista”, diverte-se. consumidor e o fisco”. Qualquer que seja a opção, desde uma Papai Noel dos Correios pequena lembrança a um presente de custo Época de agradecer e ser mais solidário. elevado, para não errar na escolha é preciso As luzes que dão charme às cidades também levar em conta o perfil dos presenteados, sem tocam o coração de muitas pessoas, fazendo esquecer-se de considerar a disponibilidade com que essa época também seja sinônimo financeira. “Evite o superendividamento, já de solidariedade. “O Natal é um momenque, no início do ano, haverá uma série de to mágico. As pessoas revivem a inocência impostos para quitar, como IPTU e IPVA”, da infância. O espírito natalino é capaz de aconselha. transformar as pessoas sob Confiantes quanto às o clima da união, da fratervendas, as lojas preparam nidade e do renascimento. antecipadamente seus esPreocupam-se com aqueles toques. “Produtos atrativos que têm pouco e se mobie diferentes estão disponílizam para levar um pouco veis nas vitrines. A estimade conforto e carinho aos tiva é que, nesse período, menos afortunados. Acredias vendas subam em torno to que o Natal simbolize a de 20%”, conta Josiane Movida”, completa Luciene. reira, gerente da loja Mig
Otimismo: consumidor deve gastar 30% a mais com o presente de Natal
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Iniciada em Minas Gerais no ano de 1989, a campanha Papai Noel dos Correios é sucesso em todo o País, mas o Estado é o que consegue apadrinhar mais pedidos. “As agências de todas as cidades trabalham para atender 100% das cartas e contribuir com um Natal mais alegre para as crianças”, conta Flávio Alexandre Ferreira, gerente da agência de Ouro Preto, que já recebeu 350 cartas, e a previsão é de que todas sejam atendidas. Já em Mariana, cerca de 400 cartas foram recebidas, e Itabirito irá presentear 140 pedidos das crianças. Quem quiser apadrinhar uma cartinha deve comparecer à agência dos Correios mais próxima. “Já convidei meus amigos para apadrinharem também, pois é uma forma singela de contribuirmos com o Natal de algumas crianças. Há seis anos, participo do projeto e pego, em média, quatro cartinhas. Seria importante se os comerciantes – que mais lucram nessa época – se unissem para apadrinhar algumas cartas”, diz a artista plástica ouro-pretana Ana Fátima Carvalho.
Então, é Natal De origem do latim, a palavra Natal significa nascer. O período desperta uma série de sentimentos nas pessoas: uns ficam tristes ao se lembrarem daqueles que estão longe ou morreram; outros criam expectativas para o ano que se aproxima e se alegram por reunir familiares e amigos. “Gosto muito do Natal e espero com ansiedade o fim do ano. Na segunda quinzena de novembro, já começo a
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PROGRAME-SE Ouro Preto Até o dia 6 de janeiro, é possível visitar a exposição das obras dos participantes do Concurso Nacional de Presépios promovido pela Fundação de Arte de Ouro Preto (Faop). A mostra será inaugurada em 11 de dezembro na sala de exposição da Fiemg, na praça Tiradentes. No dia 13 de dezembro, o Coral do Grupo da Melhor Idade Renascer se apresenta na Casa da Ópera, com o tema “O Poeta, a Moça e Portugal”. O Teatro Municipal também é o cenário da apresentação do Auto de Natal pelos membros da Pastoral da Juventude, da Paróquia de Santa Efigênia , no dia 19 de dezembro. www.ouropreto.mg.gov.br. Mariana O projeto Natal de Luz foi inaugurado no dia 22 de novembro. Até 6 de janeiro, a cidade ficará iluminada com a decoração temática. Várias atividades culturais e artísticas dão tom ao clima natalino. A casa do Papai Noel promete contagiar a criançada. www.mariana.mg.gov.br. Itabirito O papai noel chegou em grande estilo na cidade: ele deixou os trenós de lado e pousou de helicóptero no dia 24 de novembro, encantando moradores e turistas. O velho barbudo estará disponível para fotos até o dia 24 de dezembro. www.itabirito.mg.gov.br.
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decorar a minha casa. A família toda se une para montar a árvore e espera, com alegria, pelo dia que comemorarmos o nascimento de Jesus”, conta Luciene Kennedy. Doces, rabanada, ceias e amigo-oculto. São alguns itens que não podem faltar na comemoração. A árvore de Natal, que
marca tradicionalmente o período simboliza a vida. Manda a tradição que deve ser montada no dia 30 de novembro, quando se inicia o tempo de advento da Igreja Católica [quatro semanas que antecedem o Natal], e desmontada em 6 de janeiro, Dia de Reis.
tradições natalinas
As Pastorinhas [foto] e as Folias de Reis são parte da tradição mineira para celebrar o Natal
Faria, Saramenha e São Cristovão. As Folias de Reis se apresentam de dezembro até o dia 6 de janeiro, com músicos tocando instrumentos como tambores, reco-recos, rabeca e flautas. Os componentes são liderados pelo Mestre da Folia e seguem com reverência os passos da bandeira, cumprindo rituais tradicionais. O objetivo não é o de levar presentes mas de recebê-los do dono da casa que visitam, para finalidades filantrópicas. A casa que recebe a folia deve oferecer comida e bebida aos foliões. •
A área de ações educativas do Museu do Oratório promove anualmente, desde 2005, o encontro de Pastorinhas da comunidade de Ouro Preto. As Pastorinhas fazem parte das tradições culturais populares do Natal. Eles são formados por crianças e jovens que representam os personagens dos presépios (anjo, estrela, pastoras e pastores, florista, cigana, José e Maria). Elas visitam lugares onde foram montados presépios e cantam louvores ao Menino Jesus. Também recolhem esmolas, distribuem flores e dançam. Em Ouro Preto, há três grupos, sediados nos bairros do Padre
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* Com Aline Monteiro
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Internet: Você sabe a velocidade da sua? Nos últimos anos, o número de pessoas com acesso à internet no Brasil aumentou de maneira bastante significativa. Levantamento realizado pela União Internacional de Telecomunicações indica que, em 2012, 45% dos domicílios brasileiros tinham acesso a esse serviço. Entretanto, se o acesso à internet vem aumentando, a qualidade do serviço prestado pelas empresas deixa a desejar, e muito... Por um lado, até mesmo com uma ajudinha das normas que regulam a prestação desse serviço e, por outro, pela passividade que caracteriza o consumidor brasileiro. Você sabe a velocidade da sua internet? Não me refiro àquela que você contratou, mas à verdadeira que lhe está sendo fornecida. Poucos de nós, consumidores, saberemos responder a essa questão. A empresa não é obrigada a fornecer toda a velocidade ofertada. Isso mesmo. Você não leu errado. Desde 1º de novembro, as empresas são obrigadas a fornecerem no mínimo 30% da velocidade contratada e a média mensal, efetivamente disponibilizada, não pode ser inferior a 70%. A partir de novembro de 2014, essas porcentagens subirão para 40% e 80%, respectivamente. Todavia, até outubro de 2013, esse valor era ainda menor. A nova regulamentação é uma importante medida. Mas apenas isso não basta. Fato é que as empresas de telefonia, não conseguem atender todos os seus consumidores e acabam fornecendo um serviço de péssima qualidade. Entretanto, poucos são os consumidores que
efetivamente acompanham a prestação do serviço de internet e exigem o respeito a seus direitos. As empresas que descumprirem tais metas de velocidade podem ser penalizadas com a aplicação de multas, suspensão temporária da comercialização de serviços, entre outras. É aí que a atuação do consumidor se faz ainda mais importante. Como a fiscalização de cada contrato é impossível de ser realizada pela Anatel, cabe ao consumidor acompanhar e enviar sua reclamação para a agência reguladora.
Como acompanhar? Em cumprimento às determinações da Anatel, foi criada a Entidade Aferidora da Qualidade da Banda Larga. Ela disponibiliza programa que apura a velocidade da internet e faz o cálculo da média mensal. Para acessá-lo: www. brasilbandalarga.com.br. A leitura da velocidade deve sempre ser feita pelo mesmo computador, pois, somente assim, será possível ter uma planilha mensal corretamente apurada. Com esses dados, o consumidor pode enviar a sua reclamação à Anatel pelo site www.anatel.gov.br, no link Fale Conosco. Nesse espaço, é possível abrir uma reclamação contra a empresa prestadora do serviço, que tem o dever de dar uma resposta ao consumidor. E lembre-se, acaso sinta-se lesado, não deixe de procurar o Procon ou o Poder Judiciário para fazer a sua reclamação e solicitar o cumprimento das obrigações contratuais e possíveis ressarcimentos das prestadoras do serviço. Por Felipe Comarela Milanez Professor do Curso de Administração Pública da UFOP
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Sanderson Pereira - Divulgação
Itabirito
Nas ruas e nos palcos Teatro amador impulsiona jovens atores à profissionalização no contexto das artes, de forma a contribuir para que a cultura se torne mais acessível. A diretora de Extensão das Artes da Secretaria Municipal de Cultura, Andreia Cavalieri, aponta o preparo para o ingresso em demais instituições especializadas como o grande diferencial da escola. “Temos o Programa de Iniciação e Capacitação Teatral direcionado a crianças, jovens e adultos que possuem pouca ou nenhuma experiência em artes cênicas. Apesar de ser introdutório, o curso objetiva preparar os alunos para serem profissionais do teatro. A intenção é que saiam do Atelier em condições de competir em vestibulares de Artes Cênicas ou em
___________________ Bruna Fontes
Celeiro artístico e cultural, Itabirito é referência no cenário teatral na região. Situada entre a capital mineira e Ouro Preto – ambas ofertam cursos de graduação na área –, é na própria cidade que o primeiro contato com a arte é estabelecido. Precursora no campo, a Escola Atelier de Artes Integradas é um dos berços teatrais itabiritenses. Desde a sua inauguração, em 2006, o Atelier já beneficiou cerca de 2.100 alunos, com cursos gratuitos de teatro e balé. A iniciativa visa a inserir e a capacitar crianças e jovens Revista Em Minas
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processos seletivos do curso técnico do Teatro Universitário, Universidade da Federal de Minas Gerais (UFMG), e do Palácio das Artes. Temos ainda, para 2014, o projeto do curso técnico de teatro em parceria com o Sated- MG [Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões do Estado de Minas Gerais]”.
Colhendo os frutos
Dos oito membros, mais da metade estão trilhando carreira no ramo artístico, buscando a profissionalização em instituições de renome. No avesso da situação, Bruna Alves Sudário, integrante da Cia. e aluna de Jornalismo na Universidade Federal de Ouro Preto, não nega sua vontade de investir na carreira teatral de forma profissional. “Fazer teatro sempre esteve em minha lista de vontades. Fiz aulas no Atelier e depois entrei para a Cia. Teatral Dona Maria Fulô, onde estou há quase quatro anos. Pela Fulô, eu tenho a oportunidade de participar de vários festivais nacionais de teatro. Hoje, eu sei o quanto eu quero viver de teatro, o quanto isso me faz bem. Assim como eu quero crescer profissionalmente, quero ver o meu grupo evoluindo também”.
Cidade aposta na preparação teatral
Nascida a partir de um workshop de Teatro de Rua, em 2008, ministrado pelo então professor do Atelier de Artes de Integradas, Carlos Renatto, a Cia. Teatral Dona Maria Fulô surgiu da junção de vários jovens com um sentimento unânime: o amor pela arte. Carinhosamente chamada de Fulô, a companhia está no mercado há cinco anos e tem o teatro de rua e o infantil como alvos de suas montagens. De professor a diretor artístico, Carlos Renatto, esclarece que o grupo Teatro não tem idade está focado em Festivais Nacionais de TeaO teatro perpetuou-se, também, no distro. “Neste ano, já estivemos no Ceará, São trito de São Gonçalo do Bação, que nomeia Paulo e Bahia, onde, nos dois últimos, foo grupo da localidade. Criado em 1997 mos premiados em diversas categorias. Para pelo ator Mauro Antônio de Souza, o Grupo 2014, estamos organizando apresentações de Teatro São Gonçalo do Bação realiza traem outros estados. Essas viagens estão sendo Paulo Henrique Silveira, o terceiro da esquerda para a direita [em pé], cada vez mais produticom o Grupo Cordas, Sopros e Sonhos vas para o grupo, amSanderson Pereira - Divulgação pliando nosso campo de atuação”. Além dos festivais, o Fulô aposta na produção cultural no município. “Produzimos a primeira edição da Mos tra Teatral Conexões Cê nicas, com apoio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Itabirito. O evento pretende trazer à cidade produções teatrais que suscitem o diá logo e apresentem um panorama da recente produção teatral brasileira”, explica o diretor.
para crianças, jovens e adultos
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balhos na área cultural e social, trabalhando com crianças, adolescentes, adultos e idosos, resgatando valores ambientais, culturais e sociais, fatos da história dessa comunidade e da região. Com 35 integrantes, conta com um elenco variado, com atores de todas as idades. Segundo Marilene Mendonça, assistente de direção, “o grupo é feito para comunidade e pode participar quem estiver realmente interessado, desde que mantenha a responsabilidade com os ensaios”. Em seu currículo, constam dez peças e, ainda, o Festival de Inverno de São Gonçalo do Bação, que está em sua 15ª edição e integra um conjunto de ações coordenadas pelo grupo, tornando-se referência no município. Além de proporcionar a interação cultural e social por meio de oficinas nas áreas de música, artes cênicas, artesanato, artes plásticas, literatura, vídeo e culinária, o festival promove apresentações culturais e artísticas que levam tanto ao entretenimento quanto ao aprimoramento da visão crítica do indivíduo, para valorização do patrimônio histórico, cultural e ambiental. Integrante do grupo teatral do distrito, Avenina Lazarina Ramos, mais conhecida como “Vó”, tem 96 anos e se destaca pela sua lucidez, esperteza e desenvoltura em cena. “Durante toda a vida eu gostei de atuar. Na escola, a minha professora produzia teatros, e eu sempre participava. Ainda sei os meus textos
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de cor!” Com muita sabedoria e causos para contar, dona Avenina relembra que foi a primeira, no distrito, a ligar um aparelho de rádio. E, claro, isso também virou peça de teatro, dando vida à comédia Dolores é a Veia. Independente de faixa etária ou gênero, o teatro tomou conta de ruas, adros de igrejas e palcos de Itabirito e distritos, agregando à população local o costume de procurar atrações culturais e valorizar o trabalho feito pelos artistas, alimentados no seio da cidade. A efervescência de jovens com os mesmos ideais e sonhos – de viverem de teatro e de montarem o seu próprio grupo – multiplica-se a cada dia, garantindo vida longa à arte na região. •
PROGRAME-SE Confira a agenda deste mês do Atelier de Artes Integradas: 4 a 6 – Mostra de Talentos 7 – A revolta dos brinquedos espetáculo infantil 14 – Alice no País das Maravilhas - espetáculo da Escola de Bailados do Atelier de Artes 22 e 23 – Auto de Natal espetáculo Canarinhos e Atelier de Artes Integradas
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Aline Monteiro
Ouro Preto
Acessibilidade em foco Estudo analisa adaptação da rua São José para permitir que pessoas com dificuldade de locomoção transitem com mais segurança e autonomia ___________________
nas destaca um projeto de mestrado que teve o objetivo de discutir a acessibilidade nas ruas São José e Getúlio Vargas em Ouro Preto, com foco em roteiros sensoriais. Patrimônio histórico e cultural versus acessibilidade. Em meio a polêmicas, a rua São José ouro-pretana passou por uma revitalização no segundo semestre de 2011. Obras de implantação de rede de esgoto e água, vistoria na rede elétrica subterrânea, instalação de fibra ótica pela Cemig Telecom, além do alargamento do passeio e construção de passagens
Adriana Moreira
Acessibilidade: o tema é atual, tem sido discutido com seriedade, mas, na prática, ainda engatinha no Brasil. Ouro Preto, cidade projetada no século XVIII e terra de Aleijadinho – um dos ícones das artes plásticas no País e que ao longo da vida teve dificuldades para se locomover –, é um dos municípios que enfrenta desafios para se adaptar. Para lembrar o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, celebrado em 3 de dezembro, a Revista Em MiRevista Em Minas
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para pedestres foram realizados no local. Na ocasião, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha) elogiou a gestão patrimonial na cidade. A revitalização foi citada como exemplo a ser seguido, já que, segundo o órgão, houve um diálogo entre acessibilidade, utilização e patrimônio.
O projeto Graduada em Turismo pela Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), a então aluna do mestrado de Arquitetura na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Natália Rodrigues viu nessa revitalização a chance de estudar melhor o assunto. A pesquisa foi direcionada não somente à rua São José, mas também a Getúlio Vargas, que é adjacente a primeira. “Eu optei pela pesquisa com base em uma conversa com uma pesquisadora que possui deficiência física, a Regina Cohen, que havia acessado o blog do programa Sentidos Urbanos: Patrimônio e Cidadania e viu a possibilidade de um desdobramento para a questão da acessibilidade na cidade de Ouro Preto a partir dos roteiros sensoriais. Desse momento em diante, eu comecei a me aprofundar no tema e mergulhei na análise empírica da acessibilidade na cidade histórica”, conta. Para levar adiante a pesquisa, Natália contou com a ajuda de voluntários: pessoas com ou sem alguma dificuldade de locomoção. “Escolhi fazer a pesquisa com esses dois grupos porque a acessibilidade beneficia a todos, já que a cidade é um núcleo receptor de turismo”. Durante uma semana, a mestranda fez o percurso por essas duas ruas com os pesquisados. Com aproximadamente 20 minutos de caminhada, os indivíduos iam relatando o que sentiam em relação não apenas ao ambiente físico, mas também atentando para os acessos e como isso interferia em suas vidas, tanto fisicamente quanto emocionalmente. ”Com as falas das pes-
Francisco e Natália, durante entrevista realizada para o projeto da pesquisadora
soas, eu fiz um mapa das ruas tentando traçar as reverberações e, em seguida, escrevi todos os pormenores da acessibilidade com base nessa análise. O resultado foi que, apesar de ruas planas, o acesso foi considerado ruim. Isso se deu não somente pelos percalços físicos, como calçada irregular, falta de sinalização tátil ou de sinal sonoro e barreiras físicas de vários tipos; mas também por barreiras atitudinais, de pessoas que param na calçada e ficam conversando como se não houvesse mais passantes, veículos estacionados quase que em cima da calçada, lugares mal iluminados, sacos de lixos deixados no meio da calçada, entre outros”. Com mobilidade reduzida, o estudante de Ciências Econômicas da Ufop Francisco Taveira participou do projeto e também critica a acessibilidade no local. “Passei pela rua São José
Muitos ainda não entendem que a acessibilidade beneficia a todos. Adaptações (como rampas, sinais sonoros e sinalização tátil) possibilitam mais usufruto da cidade Revista Em Minas
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Pesquisa analisou a acessibilidade nas ruas São José e Getúlio Vargas focando os roteiros sensoriais
há pouco tempo e não notei muita diferença. As calçadas permanecem com buracos, tampas de bueiro que escorregam muito. As pessoas ainda continuam colocando o lixo nas calçadas estreitas. E eu pergunto: como um cadeirante faz para transitar nesse local com tantos obstáculos? É necessário um estudo maior para que seja criada uma forma de adaptação e acessibilidade de cidades históricas. Sei que não deve ser fácil, mas precisamos de um esforço maior do Estado. Também acho válido que se criem campanhas de conscientização para a própria população”, sugere. Durante a execução do projeto, Natália percebeu que, apesar de as ruas serem planas, a acessibilidade não é satisfatória. “Nas entrevistas, notei um desejo muito grande das pessoas em viabilizar um pleno deslocamento para todos, mas sempre alegavam os embargos burocráticos como inviabilizador ou mesmo alguma resistência da população em protelar as melhorias”, pontua. “A acessibilidade plena não é aquela que preza por todos os elementos físicos em sintonia com as normas técnicas e as leis de acessibilidade, mas aquela que, além de todos esses pormenores, seja entendida como parte de uma conduta humana em que todos são copartícipes da harmonização do ambiente para todos. A acessibilidade plena é uma questão de educação, antes de qualquer coisa”, conclui.
fruto da cidade e, consequentemente, mais entendimento da importância da preservação do patrimônio. Se as pessoas não se aproximam dos bens, elas não veem necessidade de mantê-los. Assim, quanto mais acessibilidade que possibilite aproximação do patrimônio, mais apropriação e mais preservação”. O secretário municipal de Cultura e Patrimônio, José Alberto Pinheiro, também acredita que Ouro Preto ainda não se adaptou a essa demanda e cita o Museu da Inconfidência como modelo por permitir o acesso de todos aos bens culturais e históricos. “O Museu da Inconfidência é uma referência, mas esbarramos na burocracia, na topografia da cidade e na altura da entrada das casas, por exemplo, para relacionar o patrimônio e a acessibilidade de forma satisfatória. A obra na rua São José, especialmente, não foi satisfatória. Inclusive em épocas de chuva presenciamos situações de alagamentos, que impedem ainda mais a circulação das pessoas. Atualmente, todos os projetos que atendem o coletivo – novas construções e reformas – são aprovados levando em conta a questão da acessibilidade. Estamos com o projeto de reforma da rua Antônio de Albuquerque [conhecida como rua da Glória], por exemplo. Iremos trocar o piso pé de moleque para paralelepípedos”, relata. •
Acessibilidade e preservação
Números de Ouro Preto
Natália acredita que a burocracia tem sido a grande vilã da acessibilidade no País, muitas pessoas (poder público e parte da população) não entendem que investir nessa área significa mais entendimento e preservação de um patrimônio que é de todos. “O que mais me chamou a atenção: as pessoas ainda não entendem que um município acessível beneficia a todos e que adaptações, como as rampas, os sinais sonoros e a sinalização tátil não descaracterizam nada, muito pelo contrário, possibilitam mais usu-
Revista Em Minas
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em Ouro Preto, existem 8.068 pessoas com deficiência. O cálculo é feito com base no Censo de 2000 e em uma estimativa na qual aproximadamente 14% da população é portadora de alguma deficiência.
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Mariana Fotos: Lauro Soares e Arquivo - Montagens: Lauro Soares
Muito além do cartão postal Admirador da paisagem urbana cria página que faz o público recuar no tempo ___________________
Sem fins lucrativos e sem intenção de venda, o ponto forte da página é o álbum Dois Tempos. Trata-se de “fotos de lugares do município em momentos diferentes. É fazer um paralelo entre o ontem e o hoje”. São fotos antigas e atuais de vários pontos de Mariana. As fotos antigas são, em geral, atribuídas a Amador Souza e a Geraldo Bethônico, dois marianenses que cultuaram o ofício da fotografia. Muitas pertencem à coleção de Márcio Souza (Marezza Photos), filho de Amador. “Também o fotógrafo ouro-pretano Luís Fontana pode ser autor de algumas. Há de outros fotógrafos que passaram pela cidade; porém, os nomes não são conhecidos. As datas nem sempre são precisas; são estimadas levandose em conta períodos em que foram feitas intervenções urbanas, modificando o cenário”. As fotos atuais são do próprio Lauro, que,
Douglas Couto Flávia Rodrigues
Contar Mariana além do clássico, buscar detalhes que passam despercebidos diante da imponência dos monumentos, resgatar o passado e suas histórias por meio da fotografia e comparar as modificações que o tempo cuidou de desenhar. Assim pensou o escritor e jornalista Lauro de Souza Soares ao criar a página ALMAnaque no Facebook. Filho da terra, Lauro, de 56 anos, é servidor público do Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgoto), mas reserva um espaço no seu dia a dia ao seu hobby. “Quem dera se pudesse me dedicar somente à página, é muito prazeroso. O tempo que eu dedico ainda é pouco, quero fazer algo mais completo”. Revista Em Minas
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com a facilidade da câmera digital, busca observar a cidade e fazer fotografias mais próximas possíveis das antigas, trabalhando num processo comparativo. “Quero mostrar as modificações do tempo e também aquilo que permaneceu igual”, descreve. Como a praça Tancredo Neves, de onde era possível ver a igreja do Rosário e que hoje a vegetação, e não as construções, fazem o papel de esconder. O mesmo acontece na praça Gomes Freire, o Jardim antigamente, quando as árvores bem novinhas ainda não escondiam os casarões.
A história de Mariana passou a ocupar um novo cenário, diferente dos livros de história, mapas da Estrada Real ou documentos antigos. O ALMAnaque veio para fugir do trivial; o objetivo é explorar a cidade de Mariana por meio de fotos. “Primeiro pensei em ALMA, e já que é uma página, revista, liguei a ideia de almanaque”, explica.
Além de Tiradentes
Pode ser nos traços de Aleijadinho na igreja de São Francisco de Assis, na imponência do Museu da Inconfidência na praça Tiradentes ou no casario da rua Direita. Em diferentes cantos, Ouro Preto revela seus mais conhecidos cartões-postais. Kaio Barreto, estudante do curso de Jornalismo da Ufop, decidiu ir além. Para isso, ele mergulhou na história e, inspirado no trabalho Vietnam – Looking Into the Past, do fotógrafo Khánh Hmoong, ele propõe uma viagem na máquina do tempo que é a fotografia e coloca passado e o presente num só enquadramento. O ensaio experimental chamado Muito além da Tiradentes foi desenvolvido na disciplina experimental de fotojornalismo com objetivo de mostrar o que mudou - ou não - na cidade de Ouro Preto desde o início do século XX até os dias atuais. “Receberam maior atenção o enquadramento e a tentativa de posicionar no mesmo ângulo em que se localizava o fotógrafo das imagens antigas. Todavia, algumas não foram possíveis, já que o fotógrafo, por exemplo, estava no meio da rua”, explica. O estudante conta que, para o trabalho, foram utilizadas imagens disponíveis na internet, a maioria delas, sem atribuição de autoria.•
Os dois tempos
A página recebe a média de 5.700 acessos por semana. São aproximadamente 300 interações, entre curtidas e compartilhamentos. Lauro acredita que seu público é mais velho e gosta de relembrar o passado por meio das fotos antigas. Independente do público, é interessante destacar que o ALMAnaque alcança além de cidades da região dos Inconfidentes, outros estados e até outros países, Estados Unidos, Portugal, Argentina, França, Itália, México, entre outros. Além do álbum Dois Tempos, a página criada por Lauro compartilha informações atuais e culturais e apresenta fotos de detalhes da paisagem marianense que passam despercebidos aos olhos de turistas e moradores. “No Facebook, as pessoas se interessam muito por fotos, a informação da legenda é curta, tento resumir bastante. Procuro também deixar que as pessoas descubram coisas diferentes nas fotografias”, afirma o jornalista. Ele gosta de receber o retorno dos seus seguidores, que, muitas vezes, observam, comentam e acrescentam algum detalhe para a foto.
Lauro Soares e Arquivo - Montagens: Lauro Soares
Lauro Soares e Arquivo - Montagens: Lauro Soares
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Kaio Barreto e Arquivo
DiverCidades
Mineiros em alerta Início do período de chuvas traz preocupação para moradores do Estado O verão chega no fim de dezembro e, com ele, as chuvas do período. Até março de 2014, a população e os gestores municipais devem ficar atentos para evitar os danos com deslizamentos e inundações tão comuns nessa época do ano. O Plano de Emergência Pluviométrica (PEP) 2013/2014, divulgado pela Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec), mostra que Minas Gerais deve enfrentar um período de chuvas intensas a partir de dezembro, com previsão de volume de água de 30% a 40% maior do que em 2012/2013. A previsão da Cedec é de fortes temporais com raios no Sul de Minas, Oeste e Zona da Mata em dezembro, janeiro e fevereiro. Voluntários e agentes da Secretaria Estadual de Saúde (SES) já estão recebendo treinamento para atuar de forma preventiva e emergencial no período chuvoso. A coordenadoria conta com o auxílio de onze postos avançados de ajuda humanitária em cidades como Montes Claros, Pouso Alegre, Lavras, Barbacena, Governador Valadares e Diamantina, além da capital mineira. A Defesa Civil de Minas Gerais possui um serviço de alerta meteorológico via SMS, que pode evitar com que moradores de área de risco sofram com as catástrofes causadas pelas chuvas. É preciso credenciar um número de celular no site do Sistema de Meteorologia e Recursos Hídricos de Minas Gerais (Simge), que recebe uma mensagem de alerta avisando do risco de tempestades na região de sua cidade. A informação é coletada pelo radar meteorológico instalado em Mateus Leme, que faz varreduras constantes sobre a formação de nuvens num raio de 200km, e repassa os dados para técnicos da Defesa Civil e do Instituto Mineiro de Gestão de Águas (Igam). Revista Em Minas
A partir daí, os números são analisados e emitidos alertas aos gestores.
Prevenção O geólogo e professor da Ufop Romero César Gomes informa que, para se prevenir, as pessoas devem impermeabilizar ao redor de suas casas; controlar a água de escoamento envolta de suas construções; garantir a limpeza dos bueiros próximos; fechar fendas e trincas que surgirem; e manter o controle de monitoramento simples das encostas. “Caso for detectado algum sinal de rachaduras na parede, entrada de água e quebras de telha, a Defesa Civil deve ser chamada imediatamente”.
Descargas atmosféricas A população também deve ficar atenta para o aumento da incidência de raios, que podem colocar em risco a segurança das pessoas e interromper o fornecimento de energia elétrica. De acordo com a Cemig, Minas Gerais é um dos estados que mais registram a ocorrência desse fenômeno, apresentando uma média anual de 1,1 milhão de descargas atmosféricas. Se atingir uma pessoa, o raio pode provocar queimaduras gravíssimas e parada cardiorrespiratória, que pode levar à morte. •
Telefones úteis Corpo de Bombeiros: 193 Polícia Militar: 190 Defesa Civil Ouro Preto: 199 ou (31) 3559-3121 Mariana: 199 ou (31) 3558-4412 Itabirito: (31) 3561-7433
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Dona Drama Quando se vê, já é Natal! Pode ser que você não concorde, mas dezembro é o mês mais previsível do ano. Lojas de todos os tipos enfeitadas de verde e vermelho, ruas cheias de gente com sacolas nas mãos e músicas natalinas em todos os cantos. Na TV, o alarde começa em outubro, quando telejornais anunciam a contratação para o preenchimento de vagas temporárias no mercado de trabalho. Tem a pauta sobre quanto o consumidor pretende gastar com os presentes, a pauta de quem foi fazer as compras de última hora, a pauta sobre a inflação do peru de Natal (que neste ano provavelmente está mais caro) e a pauta de quem precisa trocar o presente no dia seguinte. Tudo incrível e – deliciosamente – previsível. Eu amo essa época. E nem é por todo esse furor, mas por ser o período do ano em que tiramos um tempinho a mais para nos dedicarmos às pessoas de quem gostamos, seja marcando um almoço, uma confraternização ou um combinado para o réveillon. Uma oportunidade e tanto para dizer “obrigado!” a todos aqueles que são importantes em nossas
vidas e que contribuíram para o sucesso do ano. E sim... Eu também adoro presentear! Sobretudo com coisas que eu mesma pude fazer. Em tempos de vida corrida, dedicar algumas horas a um presente é uma forma de dizer às pessoas o quanto elas são especiais, por mais simples que seja. Aliás, não apenas por isso, mas porque “consumismo”, há muito, se tornou uma palavra démodé no meu dicionário. Sei que tem um monte de gente que pensa como eu. Mas sei também que a grande maioria não tem vocação alguma para o “faça você mesmo”. Já que nem sempre é possível elaborar o presente, a gente cuida ao menos de caprichar na embalagem. E quer coisa mais gostosa que fazer embalagem de presente? Sessão de terapia nenhuma compensa isso. Para a coluna deste mês, eu gastei um saquinho de papel kraft, tesoura, grampeador, cola, sobras de papel de scrap book e um botão velho. Do tipo que a gente faz fácil, fácil. Olha só! E não se esqueça de dar um abraço bem apertado em quem você ama. Boas festas!
Fotos: Ana Possas
Por Ana Possas – jornalista, consultora de imagem e criadora do blog Dona Drama (donadrama.com) Revista Em Minas
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DICAS DE PRESENTES
Cestas de Natal Preço e montagem sob consulta Empório dos Meninos - (31) 3551-3722 Rua Bernardo Vasconcelos, 140 - Ouro Preto
Estojo Acordes - R$132,00 Colônia, loção, sabonete e necessaire O Boticário - (31) 3551-6103 Pça Silviano Brandão, 25 - Ouro Preto
Kit Argan - R$129,70 Shampoo - R$25,50 Condicionador - R$26,50 Máscara - R$27,80 Óleo reparador - R$49,90 VitaDerm - (31) 3552-3177 Rua São José, 177 - Ouro Preto Jogo de copos - R$169,90 Jarra azul turquesa - R$169,90 Jogo de taças para água - R$219,90 Bandeja - R$97,90 Espaço Cazza - (31) 3551-3527 Rua São José, 228 - Ouro Preto
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Relógio Quiksilver - Modelo Beluka R$788,90 Free Style Ouro Preto R. Diogo de Vasconcelos, 39 - (31) 3552-2654 R. Paraná, 84 - (31) 3551-1104 Mariana Av. Manuel Leandro Correia, 415 - (31) 3557-1056
Camiseta Amor Infinito R$95,00 mony mony - (31) 3552-3082 www.monymony.com.br
O Chamado do Cuco - Robert Galbraith R$49,90 (simples) R$55,00 (capa dura) Set Palavras - (31) 3551-7541 Rua Getúlio Vargas, 239 - Ouro Preto
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Tequila Reserva 1.800 Blanco - Edição Limitada R$150,00 (cada) Armazém do Bairro - (31) 3552-3499 Rua Xavier da Veiga, 89 - Ouro Preto Revista Em Minas
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Fotos: Ana Possas
Turismo
Serra da Canastra Pasárgada é logo ali! ___________________
O nome vem do formato, parecido com o de um baú. Seu mérito? Abriga a nascente histórica do único rio genuinamente brasileiro: o São Francisco. Sua fama? Também dá nome a um dos queijos minas artesanais mais famosos: o canastra, considerado patrimônio cultural imaterial brasileiro desde 2008. Com tantas dicas, fica fácil concluir que o território em questão é a Serra da Canastra, um pedaço de paraíso bem ali, no sudoeste de Minas, a pouco mais de 300km de Belo Horizonte.
Ana Possas
E quando estiver cansado Deito na beira do rio Mando chamar a mãe-d’água Pra me contar as histórias Que no tempo de eu menino Rosa vinha me contar Vou-me embora pra Pasárgada (Manoel Bandeira)
Flora e fauna Coberta com a vegetação rasteira do cerrado, a Serra da Canastra é morada de tucanos, seriemas, gaviões, tamanduás e lobo-guarás, entre outras espécies ameaçadas de extinção. A variedade de aves silvestres também atrai diversos observadores ao parque. Revista Em Minas
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Parque Nacional da Serra da Canastra O Parnacanastra foi instituído em abril de 1972 com a finalidade de proteger as nascentes, a fauna e a flora da serra. Sua região ecoturística abrange seis municípios: São Roque de Minas, Vargem Bonita, Delfinópolis, São João Batista do Glória, Capitólio e Sacramento. Mais de 70 mil hectares de terra estão protegidos atualmente. O acesso ao parque se dá por meio de quatro entradas, e o valor é de R$7,50 por pessoa, com horário de entrada até às 16h e saída até às 18h.
Cachoeira Casca D’Anta Nascente do Rio São Francisco Na Serra da Canastra, encontra-se a nascente histórica do rio São Francisco, mas não a oficial, localizada na cidade de Medeiros.
Cachoeiras Ao transitar pela parte alta da serra, o sentimento inspirado pela paisagem é o da mais pura liberdade. Ao todo, 27km ligam a entrada 1 do Parnacanastra aos poços de água da parte alta da Casca D’Anta. Também é possível percorrer o trajeto de jipe, a um valor de R$80 por pessoa e R$150 por casal. Para um passeio independente, a recomendação é optar por veículos traçados.
Parte baixa É a primeira grande queda do rio São Francisco. Com 186m de altura, seu nome descende da árvore casca-d’anta, espécie encontrada nas redondezas e famosa por suas propriedades medicinais. O acesso à parte baixa se dá pela portaria 4 do parque, localizada a 8km de São José do Barreiro, distrito de Vargem Bonita.
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Fora do parque, é possível encontrar cachoeiras acessíveis por trilhas e estradas de chão. As da Chinela [foto] e Lavri nhas comprovam o quanto é importante que nenhum canti nho da serra passe batido.
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Por que cheiramos livros? Todo leitor que se prese já cheirou um livro. Para algumas pessoas, este é um hábito que antecede qualquer compra de obras. Há quem entre em livrarias apenas para dar uma boa fungada entre as páginas de um calhamaço novo. Outros preferem o cheiro dos antigos e empoeirados. Mas, afinal de contas, por que cheiramos livros? Este é um dos grandes mistérios da humanidade. Vários escritores e filósofos já se debruçaram sobre a questão, e cada um chegou a uma conclusão diferente. Conversando com alguns leitores, nunca encontrei uma resposta definitiva. Para a maioria, o cheiro do livro é bom, é uma forma de sensorial de senti-lo, além do toque e do próprio ato de ler. Geralmente, temos vontade de sentir o cheiro daquilo que amamos, sejam livros, maçãs ou o cangote da pessoa amada. Sentir o odor de um livro pode ser uma forma de carinho, mas não é uma razão determinante para que esse prazer seja tão intenso e misterioso. A minha teoria é que cheiramos livros como parte de um processo de memorização. Pode parecer estranho, mas tem lá seu fundamento. Toda leitura é um ato de envolvimento corporal em busca de aprendizado. Não me refiro ao aprendizado como ler um livro de francês para aprender a língua ou
quando lemos um livro para uma prova ou coisa do tipo. Mesmo a leitura sem compromisso é um ato de compreensão, conexão, entrega. Precisamos manter um capítulo em mente para passarmos ao seguinte e, assim, chegarmos ao desfecho da história. É bem verdade que, após terminarmos um livro, conseguimos recordar apenas alguns pontos chaves. Nossa memória é intrinsicamente seletiva e, muitas vezes, falha. É de conhecimento de todos que o mecanismo da memória humana está diretamente ligado aos sentidos, em especial ao olfato. Somos capazes de lembrarmos de uma situação a partir do odor de um perfume específico. Cheiros nos remetem a fatos de nossa infância como o bolo que nossa avó fazia, a brisa do mar, um bosque florido. Com os livros não é diferente. Mesmo que muita gente ache que livro tem sempre o mesmo cheiro, obras são compostas de materiais diferentes. Papel de gramaturas variadas, cola, costura, tinta, capa de tecido ou couro, e, a isso, soma-se a poeira que se acumula nas lombadas. Um livro parado numa estante está em constante mutação. Tudo isso favorece para que sua leitura não seja apenas mais uma entre tantas, para que os personagens que vivem ali dentro não sejam esquecidos tão cedo.
Cheirar um livro antes de ler é como reconhecer o cheiro de um amigo com quem vamos passar alguns dias
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É um fato óbvio, mas que acabamos por esquecer: livros são feitos de matéria orgânica. Composto por fibras vegetais, depois de mantidos fechados por um determinado tempo, suas folhas, de acordo com a gramatura e composição, reagem entre si e produzem um odor especial. Quem tem o hábito de frequentar sebos sabe que eles não têm o mesmo cheiro das livrarias. Enquanto livrarias emanam um odor mais metálico, seco e limpo, sebos carregam um cheiro ancestral e grudento. Livros manuseados, carcomidos pelo tempo, amassados, marcados, sublinhados tampouco cheiram como os novos que retiramos do plástico. Cheirar um livro antes de ler é como reconhecer o cheiro de um amigo com quem vamos passar alguns dias. Como é um objeto feito para as mãos, precisamos dessa avaliação prévia, uma vez que ali também vamos deixar o nosso cheiro. Ninguém veste roupa alguma sem cheirá-la. Não trazemos junto de nosso corpo nada que não contenha um cheiro amoroso e fraterno. Uma obra nova é como uma toalha de banho nova, como roupa de cama lavada. Livros usados trazem uma história por trás de seus odores. Há livros realmente fedidos, livros de papel ruim, que envelhecem mal e cheiram com o algo que não está mais em condição de se ler. Porém, os que sabem envelhecer bem somam às suas páginas (e livros antigos de verdade possuem um papel de alta gramatura e livre de ácido, o que os mantém intactos por muitos anos) o cheiro de seus leitores, que não conheceremos jamais. Se pensarmos bem, um livro usado – de sebo ou biblioteca – é, essencialmente, coisa tão gasta e suja quanto qualquer cédula ou maçaneta de porta, ainda assim, que tipo de amor ele nos desperta! Um livro com uma página dobrada, com a capa já meio velha, pode nos
proporcionar leituras diferentes. Já fiz essa experiência. Li certa vez O Es trangeiro, de Albert Camus, em exemplar novo e depois em outro usado. O novo me pareceu virgem, como se ninguém jamais pudesse ler o que ali estava escrito. O mesmo livro usado, comprado num sebo numa edição comemorativa, parecia algo diferente, quase sagrado, como um manuscrito perdido, uma bússola usada por outros tantos leitores antes de mim. O conteúdo era o mesmo, o que mudou a minha percepção do livro foram a textura do papel, a cor das páginas e o odor. Tanto o novo quanto o usado tem o seu valor no que diz respeito ao cheiro e podemos dizer que uma boa leitura começa sempre pelo nariz. Acho lamentável quem busca nos livros apenas a saciedade de uma dúvida, a leitura da moda ou o texto puro e simples, sem se envolver com tudo o que o objeto livro tem por oferecer. Ler vai além de correr os olhos pelas páginas, é um ato íntimo, que se relaciona com nossos sentidos e nossa memória. Bons livros ficam gravados em nós, e com o cheiro podemos dizer que deixamos uma parte de nós gravada neles. •
Ler vai além de correr os olhos pelas páginas, é um ato íntimo, que invoca nossos sentidos
Por Valter Nascimento Coelho - Livreiro, proprietário da livraria Set Palavras (setpalavras.blogspot.com.br) Revista Em Minas
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Gastronomia
Delícia
dos deuses Outro destaque da casa é a cachaça Benzadeus, fabricada em um alambique do distrito de Cachoeira do Campo, próxima a Ouro Preto. Armazenada em barril de carvalho, a garrafa está à venda no local por R$25 e pode ser apreciada junto aos tira-gostos do cardápio. E para quem quiser levar um chopp para casa é só pedir os barris pelos telefones (31) 3551-0283 ou 8476-6858. Para o ano que vem, está sendo testado um novo cardápio que vai manter algumas receitas e trará novidades até para os vegetarianos. “Tudo é feito em nossa cozinha, até os pães que acompanham alguns pratos. Na reformulação do cardápio, serão usadas cervejas especiais nos molhos”, destaca a chef Ana Carolina. O Benzadeus fica no Largo do Marília, 41, Antônio Dias – Ouro Preto. Abre de quarta a sábado, a partir das 18h. (Horário a confirmar pelo telefone 3551-0283).
O clima aconchegante de um pub que harmoniza saborosos pratos com chopp Krug Bier e cervejas especiais Áustria. Assim é o Benzadeus que, desde junho deste ano, vem encantando moradores e turistas no tradicional bairro Antônio Dias, em Ouro Preto. No cardápio, criado pela chef Ana Carolina Lima que comanda o espaço junto com André Santiago, as porções tradicionais ganharam um toque de requinte da culinária francesa. A criatividade está presente até nos nomes das porções, como Viximaria, My god, Divina e Dusdeuses. Os molhos vão do picante ao agridoce e acompanham costelinhas, espetinhos e diversas carnes que têm no preço um dos diferenciais. São acessíveis a todos os bolsos. Situado no charmoso Largo do Marília, o pub, que comporta até 32 pessoas, é ideal para beber um chopp após o trabalho ou encontrar os amigos. Quem quiser acompanhar a programação esportiva pela TV, seja futebol, UFC ou campeonatos diversos, também tem espaço garantido no Benzadeus. Revista Em Minas
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Para beber cervejas especiais
Roteiro Gastrô
Ouro Preto Café Gerais R. Direita, 122, Centro Tel.: (31) 3551-5097 De dom a qua, de 12h às 0h15; qui, de 12h à 1h; sex e sab, de12h às 1h45 Bandeirantes Grill R. Nova, 43, às margens da BR-356, Cachoeira do Campo Tel.: (31) 3553-1293 Seg a sex, de 11h às 15h; sáb e dom, de 11h30 às 16h A la carte, diariamente, de 20h às 23h. Rodízio de carnes às quartas
Contos de Réis R. Camilo de Brito, 21, Centro Tel.: (31) 3551-5359 Todos os dias, de 12h às 16h
Puro Cacau R. Direita, 162, Centro Tel.: (31) 3552-3555 Todos os dias, de 10h às 21h
Empório dos Meninos R. Bernardo de Vasconcelos, 140, Antônio Dias Tel.: (31) 3551-3722 Ter a sáb, de 10h às 20h; dom, de 10h às 13h
O Passo Pizza Jazz R. São José, 56, Centro Tel.: (31) 3552-5089 Seg a sex, de 12h às 0h; sáb e dom, das 12h às 2h
Escadabaixo Pub Butiquim R. Direita, 122, Centro Tel.: (31) 3551-5097 Seg a qui, de 18h30 às 0h; sex a dom, de 18h30 às 1h
Barroco & Barraco Brechó e Arte R. Gabriel Santos, 16, Rosário Tel.: (31) 3552-2090 Seg a qui, de 13h às 17h; sex, de 13h às 0h; sáb, de 16h às 0h
Confraria Pub Av. Manoel Salvador de Oliveira, 1725, Bela Vista Tel.: (31) 3561-1326 / 8899-3561 Qua e qui, a partir das 22h; sex e sáb, a partir das 22h
Bené da Flauta R. São Francisco de Assis, 32, Centro Tel.: 3551-1036 Aberto todos os dias, de 12h às 23h
Mariana Bistrô Restaurante R. Salomão Ibrahim, 61A, Centro Tel.: (31) 3557-4138 Aberto todos os dias, de 18h às 1h30
Benzadeus Lgo. de Marília, 41 Tel.: (31) 3551-0283 De qua a sáb, a partir das 18h Café Cultural Ouro Preto R. Cláudio Manoel, 15, Centro Tel.: (31) 3551-3637 Todos os dias, de 9h às 19h Café & Cia. R. São José, 187, Centro Tel.: 3551-0022 Seg a sex, de 11h às 15h; sáb e dom, de 11h às 16h Casa do Ouvidor R. Direita, 42, Centro Tel.: 3551-2141 Seg a sex, de 11h às 15h30; sáb e dom, de 11h às 16h
Itabirito
Botequim São Pedro R. Antônio Pacheco de Moraes, 673 São Pedro Tel.: (31) 3558-5525 Hannah – Asian | Sushi bar R. Getúlio Vargas, 241, Rosário. Tel.: (31) 3551-7128 Ter a sáb, de 18h30 às 0h; dom, de 12h às 16h e de 18h30 às 4h Restaurante & Choperia da Direita R. Direita, 75 Tel.: (31) 3551-6844 ramal 223 Seg a sex, das 18h às 0h; sáb, das 16h às 0h
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Casarão Pça Gomes Freire, 92, Centro Tel.: (31) 3557-2528 Todos os dias, de 11h às 0h Cervejaria Mariana Grill Pça Gomes Freire, 40, Centro Tel.: (31) 3557-1465 Seg a qui, de 17h às 01h; sex a dom, de 15h às 2h
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Fotos: Leo Homssi
Comportamento
A vez das cervejas especiais Bebida ganha cada vez mais apreciadores em todo o mundo ___________________
aroma e de sabor daquela bebida, naquele ambiente propício, alterou permanentemente toda noção que eu tinha até então sobre cerveja”, explica. Foi ali que decidiu apenas consumir cervejas feitas por cervejeiros ou cervejarias que utilizam os ingredientes e processos verdadeiramente adequados para fazer a bebida de alta qualidade. A disposição incluiu até mesmo se abster das cervejas comerciais, que ele classifica como “aguadas e sem sabor”, que bebia até então. O ouro-pretano Rafael Ribeiro é tão apaixonado pelas cervejas premium que decidiu estudar a fundo seu processo de produção. Formado em Turismo pela Ufop, ele voltou à universidade como aluno do curso de graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos. Seu objetivo é produzir cervejas. “Com as cervejas comerciais, as pessoas ficam bêbadas muito rápido. A cerveja especial te dá uma reserva comportamental. Ela sacia mais”. Rafael cos-
Aline Monteiro
O consumo de cervejas especiais ou premium cresce ano após ano no Brasil. As grandes indústrias do setor abocanham 98% do mercado, mas os produtores artesanais estão ganhando força. A cerveja especial é feita com os insumos certos e de maior qualidade, não leva conservantes, antioxidantes e nenhum outro produto químico em sua formulação. Já as cervejas das grandes indústrias são feitas para as massas e precisam ser produzidos em grande escala e em alta velocidade. Os apreciadores das cervejas premium são fiéis. É o caso de Thiago Cazati, professor da Ufop. Seu primeiro contato com as especiais foi durante uma viagem à Inglaterra. Ao entrar num pub, optou por uma cerveja da região. “A qualidade, a cor, a quantidade de Revista Em Minas
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tumava gostar de outras bebidas, como a vodka. Hoje, optou por só tomar as cervejas especiais. Thiago acredita que é fácil se aventurar pelo mundo de sabores das cervejas especiais. O primeiro passo, para ele, é buscar informações sobre estilos, métodos de preparação e cervejarias. Em seguida, é preciso não ter preconceitos. “Nosso conceito de cerveja é muito mal formado na maioria das vezes, como era o meu caso, pois começamos a beber consumindo as cervejas mais comerciais que são, em geral, sem sabores e de estilos indefinidos. Certamente, alguma cerveja especial irá surpreender”, explica. Na opinião de Rafael Ribeiro, um bom começo para quem pretende se especializar em cervejas especiais é iniciar pelas de trigo. “Meu primeiro contato foi com uma Bohemia premium”, conta.
Profissão sommelier Alan Terra, morador de Ouro Preto, é um sommelier de cervejas. A profissão é nova, mas já apresenta boa demanda. O profissional conhece as cervejas e todos os assuntos relacionados ao serviço da bebida, sua história, a produção, seus estilos e subestilos. “O sommelier pode atuar em restaurantes, lojas especializadas, supermercados, pubs, bares ou trabalhar como consultor. É o responsável pelas compras, armazenamento e rotação de adegas e, ainda, elabora as cartas de cervejas”, explica.
Regulamentação Rafael Ribeiro lembra que a regulamentação da produção de cervejas especiais está em discussão. “É necessário estabelecer regras para o mercado, de
forma que o produtor brasileiro possa concorrer com as cervejarias internacionais, que exportam produtos para o Brasil”. Em agosto, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) iniciou o debate da instrução normativa que permitirá receitas com adição de matérias-primas como mel, frutas, chocolate e especiarias, além da produção com cereais diferentes do lúpulo e da cevada. A proposta é que a decisão final passe a valer em 2015. Atualmente, estão em vigor as regras da instrução normativa nº54, de 2001. Ela determina que, para ser considerada cerveja, a bebida precisa ter, no mínimo, 55% de cevada malteada e adição de lúpulo na fórmula. É proibida a adição de produtos de origem animal. A nova norma será discutida também entre os países do Mercosul, já que indústria da cerveja funciona de forma harmonizada no bloco.
História da cerveja É possível que o processo de fabricação da cerveja tenha sido descoberto por acaso, paralelamente à produção de pães. Há registros, encontrados por antropólogos, de cerveja entre povos que viveram no Oriente Médio por volta do ano 6.000 a.C. O antropólogo Alan D. Eames, da Universidade da Pensilvânia (EUA), desenvolveu a teoria de que a cerveja, mais do que o pão, teve papel fundamental na criação da sociedade civilizada. Fato é que a produção de cerveja passou por diversos períodos históricos e se fortaleceu em muitos países. A cerveja também faz parte da história de Ouro Preto. Não apenas aquelas comerciais,
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principais pontos cervejeiros de Ouro Preto. Leonardo conta que a ideia nasceu de seu fascínio em fazer cervejas caseiras. “Já estamos estudando o processo de distribuição para fora de Ouro Preto, sobretudo em BH, onde o mercado consumidor é maior e bem fiel”, explica. O encontro dos amantes das cervejas pre mium em Ouro Preto possibilitou o surgimento da primeira confraria da cidade. Os integrantes da Salim Muchiba se reúnem uma vez por mês para degustar cervejas e conversar sobre os processos de produção da bebida.
Leo Homssi
Alan Terra, cervejeiro e sommelier de cervejas da Ouropretana, com os três estilos produzidos
Principais tipos de cerveja A primeira classificação de cervejas foi publicada em 1977 no livro The World Guide to Beer. Há várias formas de classificar, uma delas é pelo processo de fermentação. São três grupos: Ale (de alta fermentação); Lager (de baixa fermentação) e Gueuze ou Lambic (de fermentação espontânea). Mas a classificação mais utilizada é a do Beer Judge Certification Program Inc., que estabeleceu 81 estilos de cerveja, divididos em 23 grupos.
que abastecem as festas de estudantes, mas também as especiais. No final do século XIX, Ouro Preto abrigou a Cervejaria Villa Rica. Há alguns anos, a cidade foi homenageada pela Falke Bier, de Ribeirão das Neves, região metropolitana de Belo Horizonte, com dois rótulos: a Falke Ouro Preto e a Falke Villa Rica. Atualmente, a Cervejaria Ouropretana, uma microartesanal criada por Leonardo Tropia e Eduardo Machado, tem sua fábrica no distrito de Cachoeira do Campo. Com pouco mais de dois anos em funcionamento, fornece os chopps e garrafas de sua linha para os
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Para saber mais Larousse da Cerveja, de Ronaldo Morado 1001 cervejas para beber antes de morrer •
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Revista Minérios e Minerales - Divulgação
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Revista Minérios e Minerales - Divulgação
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Divulgação - Fundação Aleijadinho
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Divulgação - Fundação Aleijadinho
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Divulgação - Fundação Aleijadinho
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Lucas de Godoy - Divulgação
1 - João Pedro Silva, gerente geral da Mina de Alegria, da Samarco, recebe o prêmio 200 Maiores Minas Brasileiras do editor da revista Minérios e Minerales, Joseph Young • 2 - Edmilson Freitas, gerente de Mina, Rômulo Bastos, gerente de Segurança do Trabalho, com o troféu John T Ryan e o gerente de negócios da MSA do Brasil, José Marcos de Lima • 3 - Raquel Alves Xavier Fortes, superintendente, e Efigênia Amaro, presidente da Fundação Aleijadinho, entregam prêmio de responsabilidade social para Maria de Carvalho Ferreira, a Dona Dunga, de Antônio Pereira • 4 - O diretor da Fundação Aleijadinho, Flávio Fernandes Franco, com o vice-prefeito de Ouro Preto, Chiquinho Xavier, com José Maria Ribeiro Neves, representante da Associação Auta de Souza, vencedora do Prêmio Aleijadinho • 5 - José Tavares Pereira e Carla Celina Pimenta Figueira, da Fundação Aleijadinho, com Fabiola Grazielly Marques R. Fransozo, vencedora do Prêmio Fundação Aleijadinho • 6 - A dentista Luciana Rezende, que comemorou aniversário junto com sua família
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Divulgação
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Divulgação - Arquivo pessoal
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Santa Casa - Divulgação
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Luiza Magalhães - Divulgação Faop
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Divulgação
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Fernando Helbert - Divulgação PMOP
1 - Dr. Décio Tavares Soares recebe homenagem do Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais • 2 - André Luís Ferreira, Lucas Gusmão Farah, o advogado Paulo Farah, Jamilly Farah e a médica Sônia Gusmão Farah, em jantar dançante da 49ª Seção da OAB-Ouro Preto, no Grande Hotel de Ouro Preto • 3 - Marcelo Oliveira, provedor da Santa Casa da Misericórdia de Ouro Preto, recebe, da Prefeitura de Ouro Preto, recursos para quitação de dívida • 4 - Ana Pacheco, a artista plástica Fê Motta, Celmar Ataídes e Gabriela Rangel, na abertura da exposição Jazz em Branco e Preto, na Galeria de Arte Nello Nuno, da Faop • 5 - A equipe do 52º Batalhão da Polícia Militar, no I Torneio de Atletismo de Ouro Preto • 6 - O vice-prefeito de Ouro Preto, Chiquinho Xavier, e o secretário Municipal de Meio Ambiente, Paulo Márcio da Silva entregam viaturas ao comandante do 52º Batalhão da Polícia Militar, major Adriano C. Ribeiro Araújo
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Arquivo pessoal
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Eliseu Damasceno Matos - Divulgação
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Allãn Passos - Divulgação PMM
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Divulgação PMI
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Diogo Queiroga - Divulgação PMM
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Douglas Couto - Divulgação PMM
1 - O jornalista Caco Barcellos, em passagem por Ouro Preto, com Kelen Ribeiro de Barros, repórter da TOP Cultura • 2 Dona Nenzinha, Sidnéa Santos e Marília Barbosa Dias, esposa de José Ramos Dias, agraciado com a Medalha do Aleijadinho • 3 - Integrantes de bandas de música de Mariana, em cerimônia que consolidou o repasse de verbas cedidas pela Prefeitura • 4 - Luis Carlos Dias, chefe do Gabinete Militar do governador Antônio Anastasia, o vice-prefeito de Itabirito, Wolney de Oliveira, o prefeito de Itabirito, Alex Salvador, a secretária de Estado de Desenvolvimento Econômico, Dorothea Werneck, o deputado João Vitor Xavier e o presidente da Coca-Cola do Brasil, José Ramón Martinez, durante visita às obras da fábrica da empresa na cidade • 5 - O prefeito de Mariana, Celso Cota, com a escritora e educadora Andreia Donadon Leal, do projeto Poesia Viva, o professor e escritor José Benedito Donadon Leal, o escritor José Sebastião Ferreira, a secretária de Educação, Beth Cota, e o assessor técnico Israel Quirino • 6 - Agraciados com a medalha da Memória do Judiciário Mineiro (Mejud), do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais (TJMG), entre eles, Celso Cota, prefeito de Mariana; Angelo Oswaldo, presidente do Ibram; Pedro Câmara Raposo Lopes, juiz e diretor do Fórum da comarca de Mariana; Marcone Jamilson Freitas, reitor da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop); e Luís Cláudio Chaves, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil - Seção Minas Gerais (OAB/MG) Revista Em Minas
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Daniela Almeida / Divulgação PMSB
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Divulgação PMSB
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José Eduardo Carvalho Monte
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Camila Maia
1 - O Posto de Saúde do Centro de Santa Bárbara aderiu à campanha nacional Outubro Rosa • 2 - O prefeito de Santa Bárbara, Leris Braga, recebe o deputado federal Reginaldo Lopes para discutir o Programa de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni). • 3 - As professoras Francelina Ibrahim Drummond e Elinor de Oliveira Carvalho, autoras do livro O Semeador, biografia do Padre Mendes • 4 - Os noivos Mariana e Diego, que se casaram no dia 15 de novembro, no Buffet Sabor e Arte, ladeados pelos pais da noiva, Carlos e Alzira • 5 - Mônica Beraldo, o secretário municipal de Cultura e Patrimônio, José Alberto Pinheiro, e Jairzinho, na abertura da exposição de peças de artesanato de Dona Mariquinha • 6 - Dona Mariquinha e suas filhas Darcy e Edir, na abertura da exposição de suas peças artesanais
Envie sua foto: redacao@revistaemminas.com.br Revista Em Minas
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Itabirito por Matheus Baldi 2
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Acesse: www.sounoticia.com.br 1 - Cena do espetáculo teatral “Quem roubou o branco do mundo” apresentado no Festival de Teatro Infantil • 2 - O jornalista Matheus Baldi e a integrante do Pânico na Band Nicole Bahls • 3 - O prefeito de Itabirito, Alex Salvador, o deputado estadual João Vitor Xavier e o deputado federal Diego Andrade, durante o lançamento da pedra fundamental que marca a construção de uma avenida em substituição a linha férrea que passa pelo município • 4 - A família Farid compareceu ao evento que marcou a autorização para o desenvolvimento da obra da avenida que vai se chamar José Farid Rahme • 5 - O presidente da Câmara, Arnaldo dos Santos, o vice-prefeito Wolney de Oliveira, o prefeito Alex Salvador e o presidente da Associação ITA-LGBT, Leandro Dias, no seminário LGBT • 6 Sarita (à esquerda) foi um dos destaques da 1ª Parada LGBT de Itabirito
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O que a gente tem de bonito
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Eu moro em Ouro Preto e confesso que quase não vou à feirinha de artesanato, lá perto da Igreja de São Francisco de Assis. Outro dia, fui passeando e parei nas bancas de bijuterias (sou louca com acessórios). Achei anéis e pulseiras lindos de cascalho de pedras. Os preços são ótimos, podem se tornar presentes bem originais, e a gente ainda valoriza o que é nosso! Fernanda Tropia
Tapioca da boa Quer uma boa notícia? Nas prateleiras dos supermercados da região você já encontra a goma de mandioca hidratada para fazer tapioca! Pra mim, filha de nordestino e amante da tapioca desde pequena, foi como um presente de Natal! A tapioca é um substituto bacana para o pão francês, porque não contêm glúten. E é tãããão fácil de preparar! Em uma frigideira, jogue a quantidade suficiente da massa de tapioca para tampar o fundo (cerca de 3 col. de sopa para uma frigideira pequena). Leve ao fogo por 1 minuto (isso mesmo, muito rápido). Coloque o recheio que você quiser de um lado da massa e dobre a tapioca como se fosse uma panqueca.
Dicas: - A tapioca não contém glúten, mas, dependendo do recheio, pode ter as mesmas calorias (ou mais) de um pão francês - portanto, não abuse. - Você pode acrescentar semente de chia ou linhaça à massa e aumentar a qualidade nutricional da sua tapioca (2 col. sopa de goma de tapioca + 1 col. de sopa de semente). Beijos de Feliz Natal pra você!
Por Fernanda Tropia – nutricionista antenada no mundo da moda, em cultura e entretenimento nandaquerserchique.blogspot.com.br Revista Em Minas
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