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Pandemia aquece mercado de provedores regionais em Pernambuco

Segundo a Abrint, o aumento do acesso à Internet nas velocidades acima de 34 Mbps cresceu aproximadamente 20% entre os pequenos provedores

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Com a chegada da pandemia do novo Coronavírus e as orientações passadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para um isolamento social como forma de ajudar a diminuir a propagação da Covid-19, cresceu entre os brasileiros a necessidade por uma internet mais rápida, seja para o estudo, lazer ou trabalho. Empresas passaram a implementar o sistema home office em suas rotinas, a fim de manter seus funcionários em atividade, mas sem expor a saúde de seus trabalhadores. Escolas, universidades e faculdades seguiram a mesma linha, cancelando as aulas presenciais e optando pelo estudo através da internet. Comércios e empreendedores sentiram a necessidade de se reinventar neste período e investiram na criação de lojas online e aplicativos de compra. Com esta nova situação, houve um grande salto no número de pessoas que acessam a internet de suas casas, beneficiando o mercado de provedores regionais, que passaram a ser os mais procurados por apresentarem preços mais acessíveis, serviços com menos intercorrências pelo número de acessos mais restritos e um atendimento ao cliente mais personalizado. Segundo a Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrint) o aumento do acesso à Internet nas velocidades acima de 34 Mbps cresceu aproximadamente 20% entre os pequenos provedores. O home office virou uma realidade para o administrador de empresas Carlos Pinto. Atuando na área comercial de uma empresa de tecnologia para transporte, ele passou a utilizar a internet em casa para executar seu trabalho. Carlos abandonou os serviços de uma grande operadora para aderir a um provedor de pequeno porte, buscando um serviço de melhor qualidade. “Trabalhar em sistema home office me fez precisar ainda mais de uma

boa internet em casa, porém a minha caía bastante, impossibilitando meu trabalho. Um serviço que pagamos mais caro, mas que não funciona direito. Decidi aderir à internet de um provedor menor. Tenho tido menos dor de cabeça e sempre que preciso de qualquer suporte consigo contato pelo WhatsApp e tenho meu problema resolvido”, disse. A demanda dos provedores regionais cresceu 47% de forma geral, segundo a Abrint, enquanto as grandes operadoras cresceram 18% neste mesmo período. Diferente do que normalmente acontece com as grandes empresas de telecomunicações, os provedores regionais ainda se destacam pela disponibilidade de levar seus serviços para locais de difícil acesso, como as áreas rurais. O empresário Marcos Lins da Acesso Telecomunicações, que disponibiliza internet de fibra ótica e rádio digital para os municípios de Ipojuca, Cabo de Santo Agostinho, Recife, Rio Formoso, Ribeirão e cidades do litoral sul do estado, constatou os bons resultados para a sua empresa. “Tivemos um crescimento significativo na média no mercado e redução no número de cancelamentos”. A Acesso Telecomunicações já está no mercado de provedores há 18 anos, seu diferencial é o bom atendimento ao cliente e um sistema de rede mais amplo oferecido pelo Back Bone (cinturão digital), dando mais segurança àqueles que contratam seus serviços. Além da internet, a empresa ainda disponibiliza aos clientes rede móvel, aplicativo de filmes, programa antivírus e proteção familiar de equipamentos. Segundo o empresário, a alta procura pelo seu trabalho ainda contribuiu para o aumento na oferta de empregos na região, com a equipe crescendo em 20% com a ampliação do telemarketing. “Estamos tendo bons resultados para a nossa empresa, mas também estamos contribuindo com a oferta de empregos para moradores de Ipojuca. Nós investimos nos nossos funcionários, com cursos, treinamento, além do cuidado pessoal. Fico feliz em oferecer não só um bom serviço, mas também oportunidades neste momento tão difícil”, afirmou.

Marcos Lins, empresário da Acesso Telecomunicações - Foto Divulgação

Carlos Pintos, administrador de empresas - Foto Divulgação

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