Revista Fato

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Lucas Castanelly - Fotografe

EDIÇÃO 33 - ANO 3 - AGOSTO / 2014 - UBÁ - MG / R$ 6,90

Raul Carneiro Filho:

o carioca da gema e ubaense de alma

Fato Especial: Pais, Homens, Heróis... Comportamento: Lei da Palmada: a polêmica continua com a aprovação pelo Senado







Yara Mota de Oliveira - CRO MG36154: é cirurgiã-dentista (Formada pela Universidade Federal Fluminense - Campus Nova Friburgo - R.J.) desde 2007. Especialista em Ortodontia e Ortopedia Facial (Formada pela UNINGÁ - Unidade de Ensino Superior Ingá - Faculdade de Ingá) desde 2012. Luiz Antonio Fortuna de Souza - CRO MG36261: é cirurgião-dentista (Formado pela Universidade Federal Fluminense - Campus Nova Friburgo - R.J.) desde 2006. Especialista em Implantodontia (Formado pela UNINGÁ - Universidade de Ensino Superior Ingá - Faculdade de Ingá) desde 2012.

Atendimentos: APARELHOS ORTODÔNTICOS RESTAURAÇÕES EM GERAL

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Fone: (32) 3531 2252

Av. Com. Jacinto Soares de Souza Lima, 1447 - Beira Rio - Centro - Ubá - MG


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ÍNDICE

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30 16 Fato Leitor 24 Polo Moveleiro 30 Fato Especial 31 Giro Fato 36 Convidado Especial 38 Empreendedor de Fato 41 Cartão de Embarque 44 Esporte 48 Educação 50 Eu Sou Fã 56 Capa 66 Abrindo o Closet 70 Moda 74 Comportamento 78 Diversão e Arte 82 Bem Estar 88 Cidade

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Direção e Produção Geral Juliana Campos e Bráulio de Paula Edição Geral Juliana Campos Diretor Administrativo Bráulio de Paula Artes Bráulio de Paula Gerente de Comunicação Thalita Nogueira Redação Juliana Campos | Higor Siqueira Diagramação Bráulio de Paula Fotos Fabiano Araújo - Fotografe | Higor Siqueira Thalita Nogueira | Lucas Castanelly - Fotografe Colaboração Rafael Martinez | Marina Fusaro | Miron Soares Guilherme Pena | Carla Machado | César Campos Lara Rafael Gomes | Fernanda Bambino | Anderson Moreira Thalita Nogueira | Rafaela Namorato | Gilberto Torres Rodrigo Calazans | Orlando Silva | Rosane Carvalho Laryssa Delazari | Mozart Almeida | Carla Fagundes | Dr. José de Alencar Ribeiro | Fabiano Araújo | Pedro Roque Diego Marques | Paulo Furtado | Cláudio Medeiros Higor Siqueira | Josiane Souza | Eduardo Fontainha | João Evangelista | Valdir Passeli | Antonio Ronaldo | Diego Vassali | Lu Freitas | Loja Radar | Raul Carneiro | P&A Sâmia Salomé | Wellington Netto | Bruno Campelo Polícia Militar | Chilli beans | Mariana Jacob | Malu Barros Vadinho Baião | Andressa Ribeiro | Ana Paula Teles Gráfica quatrocor

EDITORIAL

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rezados leitores! A cada edição, é uma satisfação para nós compartilhar com vocês este momento. Vemos o editorial como uma ponte importante entre nós, diretores da Fato e vocês, leitores assíduos que acompanham nosso trabalho dia a dia, semana a semana, mês a mês. Para ilustrar este mês, popularmente conhecido como o mês do desgosto, mas que de desgosto não tem nada, convidamos com carinho e honra para estampar a capa desta edição o querido pai, jornalista, tricolor, carioca, geógrafo, esposo da Fernanda, super professor, Raul Carneiro Filho. É com alegria que compartilhamos com vocês nas páginas desta revista que vocês têm em mãos a história de um ser humano maravilhoso. Sim. Um ser humano que sabe o que significa ser humano! Outra editoria que merece total destaque é Fato Especial. Nosso repórter Higor Siqueira foi a campo e entrevistou três pais pra lá de especiais. Os senhores, Ronaldo, Valdir e João Evangelista, super heróis de Thamiris, Marcinho, Marcelino, Joelma e Jair contaram sobre suas rotinas e particularidades de serem pais de filhos portadores de necessidades especiais. Em uma reportagem emocionante, é impossível passar a página da revista sem ler. O tão esperado Abrindo O Closet desta vez traz uma surpresa. Com muita simpatia e elegância o Representante Comercial Paulo Furtado, papai de duas lindas meninas topou falar um pouco de moda e elegância e posou para fotos da equipe Fotografe. Em ritmo de dia dos pais, nosso closet está surpreendentemente lindo. Aproveitamos para agradecer a toda família pela confiança em nosso trabalho. Outros destaques voltados para o tema PAIS estão nas colunas de Wellington Netto, Gilberto Torres, Josiane Souza e José de Alencar. Ah... além disso, temos também uma surpresinha para alguns papais do nosso circuito. Folheie e confira. Já o nosso editorial de moda, produzido pelo sempre competente Mozart Almeida está de arrancar suspiros. Dois belos modelos posaram para nossas fotos e com uma super produção vocês podem ter como opção, várias dicas para presentear seu pai no segundo domingo de

agosto (10). Imagino que se dissermos que há duas matérias relacionadas à copa do mundo, vocês ficarão bravos conosco. Afinal... quanta humilhação. Mas... calma! Foi impossível nossa colunista expert em futebol, Marina Fusaro, não apresentar o panorama geral da copa do mundo no Brasil. Destacamos ainda, na editoria de esporte, a experiência do ubaense Diego Vassalli como voluntário na Copa do Mundo 2014. Ah... outra editoria que está imperdível é Cartão de Embarque. Rafaela Martins Namorato deu várias dicas para visitarmos a linda e aconchegante Petrópolis. Neste inverno, certamente é uma boa pedida. Em um texto contagiante, você viaja com Rafaela em suas cativantes e convincentes palavras. Aproveitamos para frisar que no Brasil há lugares lindos para conhecermos e histórias inimagináveis. Vale a pena valorizar mais a história do nosso país. Bem... encerramos este editorial de uma maneira triste. Mas não poderíamos deixar de abordar este assunto. Na semana de fechamento desta edição, de segunda à quinta-feira, tivemos quatro tentativas de homicídios com três vítimas consumadas. Infelizmente, o controle da situação está se perdendo e a população já não sabe o que fazer. Afinal, uma bala perdida pode ocorrer a qualquer hora e em qualquer lugar. Na coluna do nosso colunista, Delegado Titular da Delegacia Especializada em antidrogas e homicídios, Dr. Rafael Gomes de Oliveira, é possível analisarmos algumas apurações de alguns crimes e, na editoria Cidade, apresentamos também a vocês este caos de violência que está acontecendo em Ubá. Confira! Infelizmente chegou o momento da despedida. Nosso espaço acabou. Mas, queremos lembrá-los que setembro é mês de campanha de aniversário da Revista Fato. É minha gente... passou rápido. São três anos a frente deste veículo e levando até vocês conteúdo jornalístico, entretenimento e cultura de maneira transparente e diferenciada. Promoções e muitas surpresas estão por vir. Aguardem! Ah... e claro, continue nos prestigiando com sua leitura! Vocês são a razão do nosso trabalho! Muito obrigada, sempre! Boa leitura!

E-mails, críticas e sugestões podem ser enviados para redação

revistafato@gmail.com Telefones: (32) 3531-2335 | 8868-2335 Rua Tenente Pedro Batalha, n°439 Caxangá - Ubá - MG

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facebook.com/RevistaFato

Juliana Campos e Bráulio de Paula – Diretores da Revista Fato

Fabiano Araújo - Fotografe



FATO LEITOR

Dizem que “para sermos bem-sucedidos temos de ser ousados. Para nos mantermos felizes é preciso ser sociáveis”. A Revista Fato engloba todas essas características. Por isso, parabenizo toda Equipe da Revista Fato pelo trabalho e dedicação fazendo com que todas as matérias publicadas sejam sempre um sucesso! Thaís Nogueira - Enfermeira

Agradeço a Revista Fato por ter me convite para Abrir O Closet da edição de julho, o qual fiquei muito lisonjeada! Foi uma delícia fazer parte desta edição. Cidinha Riguette – Graduada em Biblioteconomia

Arte maravilhosa em homenagem a cidade de Ubá produzida pela Fato. Parabéns a toda equipe desta conceituada revista. Mídia que contribui para o desenvolvimento do município. Orlando Silva – Colunista Social

Josiane Souza, confirmamos o recebimento do e-mail de V.Sª informando que utilizou conteúdo da RBA em matéria produzida para a Revista Fato da Cidade de Ubá/MG. Parabenizamos por tal iniciativa que muito engradece a valorização da profissão de Administração em nosso país. O Conselho Federal de Administração agradece e continua contando com a participação de V.Sª na difusão da profissão. Adm. Sebastião Luiz de Mello Presidente do CFA - CRA-MS Nº 0013

Participe você também do espaço Fato Leitor. Envie suas críticas e sugestões através dos contatos: revistafato@gmail.com, facebook. com/revistafato ou (32) 3531-2335

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VÍCIOS DA LÍNGUA

Carla Machado Professora de Língua Portuguesa Licenciada em Letras pela UFV. Mestre em Educação pela UFJF. E.mail: carlasingular@yahoo.com.br.

A argumentação na era da internet questões de linguagem e novas possibilidades de comunicação

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oje entre um papo e outro no trabalho, no meio de um intervalo, enquanto eu tentava pensar num assunto para esta coluna, surgiu uma dúvida na conversa com os colegas: determinado deputado representava qual estado? Eu, na hora, disse, que apesar de ser baiano, sabia que ele era deputado por São Paulo ou pelo Rio de Janeiro, um colega tinha certeza que o político representava o Rio e outra logo disse que ele representava seu estado natal: a Bahia. Quando a discussão ia começar a se acalorar, e eu já até apostava nisso para esquentar um pouco do frio juizforano, logo alguém consultou o novo pai dos burros, o senhor Google, e deu logo a resposta que fez morrer o assunto: ele era deputado pelo Rio de Janeiro, e acabou a conversa, pois contra fatos não há argumentos, ou melhor, contra a internet não há discussão que resista. Logo alguém saiu com a frase que me fez pensar num bom assunto para esta coluna: a internet

acabou com nosso poder de argumentação, é verdade, isso procede. Lembrei que há tempos quando uma dúvida dessas surgisse em uma mesa de bar, numa boa conversa entre amigos ou numa reunião de trabalho a discussão em torno de quem está certo ou errado poderia durar horas, dias e muitos copos de cerveja. Agora, no lugar de argumentar, de certa forma, só nos interessa saber quem está com a razão. Tentando ser prática: por que não usarmos a informação ao nosso favor? Um celular em mãos resolve qualquer dúvida mundial. Por outro lado, a internet, de certa forma, representa uma das principais características da tal geração Y (a geração que já nasce conectada, que antes de sair da maternidade já tem foto no facebook), que é a facilidade no acesso à informação e a pouca habilidade em lidar com tanta informação disponível. Isso é perigoso, pois essa facilidade de acesso não está representando um enriquecimento da linguagem, pelo contrário, a língua está cada dia mais empobrecida, pois o lema de alguns é comunicar, não importa como e a que preço. Por outro lado, essa

nova forma de acesso à informação e essa rapidez nas pesquisas podem nos proporcionar outras maneiras de ver, falar, conversar, escrever e pensar o mundo. Vamos argumentar a partir da informação que chega rápido e fácil, vamos questioná-la, discuti-la, procurar mais fontes, não podemos acreditar em tudo o que lemos, ter senso crítico é essencial. Eu tinha um professor na faculdade que dizia: o papel aceita tudo! Acredito que este professor quando falava isso não imaginava do que a internet seria capaz, ela sim aceita tudo, todos e mais um pouco, por isso é importante pesquisar além do Google, ir mais longe, atrás do que é confiável e mais importante: argumentar, saber separar a notícia fácil da fonte confiável. Pensemos nisso e não percamos nunca o dom de dividir nossas opiniões sinceras com quem a gente acha que vale a pena. Até a próxima! Beijo, pai - você que me ensinou sempre a defender as ideias que eu acredito, esta coluna é para você!

Divulgação

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ARTE E DESIGN

Miron Soares Designer e proprietário do Estúdio Miron miron@estudiomiron.com.br www.estudiomiron.com.br

Efeito Matelassê

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tratamento que se dá a um tipo de tecido ou couro, com efeito acolchoado, conseguido através de costuras pespontadas formando desenhos em losangos ou quadrados, denomina-se matelassê. Este termo originou-se da palavra em idioma francês “matelasser”, que significa almofada ou acolchoado. Este tipo de trabalho em relevo sobre tecidos vem influenciando a moda já por muitas décadas. Em 1955, Coco Chanel lançou sua icônica bolsa 2.55, produzida em couro de carneiro, com este efeito matelassê e correntes douradas entrelaçadas nas alças. Tornou-se um ícone dos acessórios de moda, objeto de desejo dos fashionistas até os dias de hoje. No design atual, tanto no mobiliário quanto na moda em geral isto não poderia ser diferente. Depois de amplamente difundido na fabricação de casacos, calçados e bolsas, de colchões e roupas de camas, como edredons e mantas, agora é a vez dos designers se renderem a esse efeito criando revestimentos interessantes com desenhos os mais variados, para cadeiras, poltronas, sofás, cabeceiras e tudo mais que a criatividade permitir. As tendências sinalizam para um trabalho diferenciado nas superfícies dos tecidos com texturas inusitadas, que muitas vezes serão executadas por maquinários de altíssima tecnologia ou pelas mãos habilidosas dos cada vez mais raros artesãos. O resultado final leva a um apelo estético envolvente que imediatamente seduz nossos sentidos. O efeito matelassê provoca a sensação do toque, através da maciez dos revestimentos e das formas aconchegantes dos produtos.

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Imagens: 1 - Produção da bolsa Chanel 2-55; 2 - Cadeira Lepel, design Luca Nichetto para Casamania ; 3 - Tênis Lessila; 4 - Poltrona Diamante Lara Móveis, design Miron Soares; 5 - Proenza Schouler, Outono/Inverno 2012-2013; 6 - Sofá Redondo, design Patrícia Urquiola para Moroso; 7 - Poltrona Nuvola, design Paola Navone; 8 - Bolsa Moschino; 9 - Poltrona Twig, design Patrícia Urquiola. 8

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POLO MOVELEIRO Panorama Moveleiro

Rodrigo Calazans Publicitário, estudante de jornalismo na Fagoc. Há 07 anos trabalha para o setor moveleiro, entre agências de comunicação e editora especializada Contato: calazans.br@gmail.com

Fim da união e início da polarização O fim da copa trouxe um grave problema: o início das campanhas eleitorais

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temor da copa que nos últimos meses, em especial, nos últimos trinta dias passou e agora o discurso é de retomada de mercado, no sentido que não há mais desculpas para não efetivação de vendas, renovações junto aos lojistas e consumo de móveis. O mercado tem mostrado pouca intenção de consumo - independente de copa e política. A baixa demanda atual está de acordo com endividamento do brasileiro e seu consumo maior em outras áreas: como viagens, lazer e serviços. Não há temor com as eleições, os candidatos permanecem os mesmos, bem como a polaridade existente. O discurso dos candidatos é conhecido e não vão influenciar o consumo no país. O problema do ano eleitoral é novamente perceber que para grande maioria o voto ainda não é feito de maneira consciente, ou seja, podemos passar mais quatro anos dependendo de políticas de incentivo ao consumo que não geram crescimento econômico.

Parte da realidade econômica brasileira Segundo o IBGE, as vendas no varejo variam de 0,5%. Parte deste crescimento reflete as vendas de maio onde há maior consumo de móveis para o dia das mães. Ainda em maio, houve retração do PIB em 0,18%. A estimativa é que o crescimento do Brasil fique em torno de 1,05% segundo o Banco Central (BC). A instituição ainda prevê crescimento de 1,65% e o Governo Federal tem expectativa que este número chegue ao ‘programado’ 2,5% para o ano. Os incentivos como redução de IPI não surtem o efeito desejado, a taxa de credito tem subido e a inflação de 4,5% tida como meta chegará ao seu teto de 6,5%.

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ICF fica estável após seis meses em queda NA COMPARAÇÃO COM JUNHO DE 2014, A INTENÇÃO DE CONSUMO DAS FAMÍLIAS (ICF) APRESENTOU AUMENTO DE 0,1% EM JULHO

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egundo dados divulgados em 15 de julho, a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) apresentou neste mês, leve aumento de 0,1% (120,6 pontos) na comparação com junho e queda de 3,5% em relação a julho de 2013. O pequeno aumento representa uma estabilidade para o índice, em queda desde janeiro de 2014. Para a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) a desaceleração recente da inflação de alimentos e os efeitos temporários produzidos pela Copa do Mundo podem ter auxiliado na manutenção geral das perspectivas. O índice permanece acima da zona de indiferença (100 pontos), ainda indicando um nível favorável.

“É necessário enfatizar que, apesar do resultado positivo de julho, a percepção das famílias não muda tão rapidamente. As perspectivas para emprego e consumo seguem desaquecidas. O componente Perspectiva Profissional teve o menor valor da série histórica (117,8 pontos) e o Nível de Consumo Atual apresentou insatisfação das famílias (abaixo de 100 pontos)”, explica a economista da CNC, Juliana Serapio. O item sobre consumo de bens duráveis teve a maior queda na comparação anual (-13,4%) e registrou novamente o menor patamar de sua série histórica (105,7). Para a economista da CNC, esse comportamento é um reflexo do encarecimento do crédito. “A taxa de juros para pessoas físicas atingiu, em sua última divulgação, o maior valor desde julho de 2011”, afirma Juliana. Analisando as condições atuais e as perspectivas futuras da economia doméstica, a CNC revisa, novamente, para baixo a expectativa do volume de vendas do varejo de 4,7% para 4,5% em 2014. Informações: www.emobile.com.br


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SOCIAL

Orlando Silva

Sala Vip C

ada um tem de mim exatamente o que cativou e cada um é responsável pelo que cativou. Bom mesmo é ir a luta com determinação, abraçar a vida e viver com intensidade.

Eu faço acontecer, abuso da felicidade e não desisto dos meus sonhos. O mundo está nas mãos daqueles que tem coragem de sonhar e correr o risco de viver seus

Colunista social e decorador de eventos

sonhos. Nesta edição uma tomada de Gente Up – Vivendo momentos felizes. Salve!

Divulgação

ANTENADO: Os fotógrafos Fabiano Araújo e Fernanda Bambino (Fotografe) clicados ladeando o palestrante Sandro Andrade durante a 6ª edição do maior congresso de fotografia de casamento da América Latina no Anhembi Parque - São Paulo.

NA FRANÇA: Elvira Abreu Schiavon e José Aloisio Schiavon curtiram férias maravilhosas. Nesta foto um dos lugares lindos - Saint Malo – France.

ATUALIZADA: Marcela Dias de Souza (Casa dos Cupcakes) com o Chef Diego Lozano durante a movimentada FIPAN – Feira Internacional de Panificação, Confeitaria e Varejo Independente de Alimentos no Expo Center Norte - São Paulo.

CASAMENTO TOP: O colunista com os festejados noivos - Bruno Coeli de Arruda e Bruna Martins Alves durante sua elegante recepção no Villaggio.

PAPO SÉRIO: Luciane Perillo e Alessandro Gambogi estão circulando agora de alianças do lado direito (Ficaram noivos).

UP DATE - REMEMBER: Vanessa Corbelli e Marcos Paulo Barletta Schiavon protagonistas de um dos casamentos mais movimentados da season que teve estilo vintage. Realmente foi tudo maravilhoso.

CASADOS E FELIZES: Casal Personal trainer dos mais simpáticos do circuito - Vinicius Giacomini Castro e Nayara Ribeiro trocaram alianças com evento marcante e descontraído no Braúna’s Grill. Benção, astral, amor e amizade em sintonia exata.

BELO PAR JOVEM: João Paulo Schetino Santos e Mariana Paiva sorrindo para a vida.

DEBUT AO ESTILO LAS VEGAS: Os contabilistas João Batista Pinto da Silva e Sônia Aparecida Teixeira Silva brindaram em grande estilo os 15 anos da filha Luiza Teixeira da Silva com festa temática (Uma noite em Las Vegas) no Espaço Ubaense.



FATO ESPECIAL

Os Pais Especiais

Por Higor Siqueira

HOMENS, PAIS, HERÓIS

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m agosto comemoramos o Dia dos Pais – este ano a data comemorativa cai no segundo domingo, dia 10. Para ilustrar a data de uma forma bastante singular, fizemos uma matéria pra lá de emocionante para a nossa editoria “Fato Especial” do mês, que abordou a história de vida de três pais de crianças com necessidades especiais. São eles: Antonio Ronaldo Dias, Valdir Pacelli e João Evangelista de Barros. Cada um possui um caso específico, mas estão todos juntos, lutando pelos mesmos ideais – uma vida melhor para seus filhos. Antonio Ronaldo é pai da Thamiris Coelho Dias, que tem 17 anos de idade e é autista. “Tudo começou quando ela já tinha oito meses de idade e a gente percebia que ela não fazia direito às posições de sentar, não despertava nenhum sinal de fala, nada dessas coisas” conta Ronaldo. Segundo ele, a criança foi levada para o pediatra que fazia o acompanhamento desde o nascimento, mas o médico disse que estava tudo bem e que levaria tempo para o bebê fazer certas coisas. “Daí nós esperamos” ele prossegue, “dois meses, quatro meses e então quando ela estava com mais ou menos um ano e meio de idade, até os parentes já comentavam ‘Uai, sua menina não fala, não anda... ’”. Foi aí que a saga por alguma explicação concisa do que estava acontecendo se iniciou. Um dos médicos que chegou a olhar o caso, 30

disse que poderia ter acontecido algo de errado na hora do nascimento, pois Thamiris nasceria de parto normal no final da tarde do Natal de 1996, mas nasceu pela manhã do mesmo dia, por procedimento de cesárea. O médico pediu os documentos necessários para checar este detalhe, mas as informações não constavam nenhum problema ocorrido no dia. Para Ronaldo, um médico que errasse em algum aspecto, tendo feito o parto seguramente da criança, talvez não fosse registrar nenhum ocorrido suspeito, ainda mais na época em que tudo aconteceu, há 17 anos atrás. “Só Deus vai saber” ele desabafa. A menina foi avaliada na APAE, mas de início os pais não queriam aceitar tal situação. “Qualquer situação difícil que chega na vida da gente, queremos pulá-la. Você não quer passar por aquilo” declara Ronaldo. “Fizemos a avaliação e foi diagnosticado que ela era um caso que precisava de tratamento. Eles disseram que ela teria um atraso mental”. Ronaldo ressalta que Thamiris tomou alguns medicamentos que provocaram ataques convulsivos por bastante tempo e que isso pode ter agravado o problema de sua filha. Com o tempo, as medicações foram acertadas e os tratamentos dentro e fora da APAE resultaram num grande passo para a vida de Thamiris: ela começou a andar. “De uns 4 anos pra cá, a APAE implantou o método TEACCH, que é um método de educação para autistas, e com isso ela melhorou bastante. A

Sr. João Evangelista é pai de Marcelino e Joelma que frequentam a APAE RURAL e de Jair que frequenta a sede da APAE, no centro da cidade.

partir daí foi fechado o diagnóstico do problema dela: hoje entendemos que ela é autista” explica Ronaldo. “Eu, como pai, acho que faço apenas a minha obrigação de ajudar nos cuidados. Quem realmente faz todo o trabalho, no meu caso, é a minha mulher. Minha filha tem 17 anos, mas sua idade mental é a de um bebê. Quem cuida dela o dia todo é a minha mulher, Alessandra. Eu ajudo, participo, levo no médico, mas como a minha mulher... é impossível. Ela é uma guerreira” relata. Ronaldo sente dificuldades em resolver certos problemas que envolvem a intimidade da sua filha, pois ela está numa fase em que seu corpo está mudando, a conhecida puberdade e esse contato mais delicado fica por conta de sua esposa. Ele ressalta também, que outra de suas maiores dificuldades é permanecer com a filha em certos ambientes, pois ela fica bastante incomodada ao estar em lugares com


Higor Siqueira

muitas pessoas e barulhos. Entretanto, os momentos felizes cobrem todas as dificuldades enfrentadas. “O meu prazer, a minha alegria, é quando eu vejo que ela tá feliz” pontua Ronaldo. “As pequenas conquistas são os momentos mais felizes. Quando ela conseguiu andar, por exemplo, foi uma verdadeira vitória”. Para Valdir Pacelli, outro de nossos pais especiais, o caso é diferente do de Ronaldo. Seu filho, Márcio Pacelli (36), tem paralisia cerebral. Sua deficiência pode ter sido provocada pelo atraso do parto, acontecido em 1978. Entretanto, a aparência do bebê após o nascimento não acusava nenhuma complicação ou deficiência. “Ele nasceu muito bonito, uma criança nutrida, normal” conta o Sr. Valdir. Ele relata que aos poucos foram reparando que seu filho tinha o pescoço muito mole, como se não conseguisse ficar em uma postura correta e, depois de alguns exames, um médico de Belo Horizonte deu o diagnóstico. “Ele disse: o seu filho nunca vai poder andar, ele não vai ter o raciocínio de uma pessoa normal, vai parecer sempre uma criança, um bebê” lembra o Sr. Valdir. “Ele nos disse também que teríamos que cuidar dele, fazer um tratamento, acompanhar tudo, dar muito carinho, mas que nosso filho nunca iria ser uma pessoa normal”. O Sr. Valdir Pacelli conta que sempre esteve presente na vida do filho e que sempre lutou para ter

Talvez, para criança, alguém vai cumprimentar e ela não vai entender nada. Talvez um ‘oi’ pra minha filha não signifique nada. Mas pra nós, pais, ver que as pessoas não estão tratando ela como diferente, é muito importante Ronaldo

a condição financeira necessária para cumprir com todas as obrigações de pai. Ele conta também que

todos da sua família são muito apegados a Márcio e que “graças a Deus, são todos muito unidos”. Antes de ir pra APAE, Márcio fez fisioterapia por muitos anos. “Talvez se tivéssemos colocado ele aqui na APAE antes, hoje ele andasse” o Sr. Valdir faz seu desabafo. “Primeiro Deus e depois a APAE, pra quem tem uma criança com necessidades especiais. Aqui temos o apoio do necessário, recursos. Fora o carinho com que todos trabalham. Aqui temos acompanhamento médico, dentista, tudo. É uma ajuda e tanto. A APAE é tudo pra gente, só tenho a agradecer”. Valdir conta que o maior problema nos cuidados do filho é o fato de ele ser muito pesado (cerca de 80 kg) e não conseguir andar, dependendo de todos para fazer seus movimentos. “Você olha pra ele, parece saudável, forte, graças a Deus. O sonho da gente é ver ele andando, né? Mas infelizmente...” ele se emociona. Por outro lado, em nosso próximo caso, o Sr. João Evangelista de Barros não tem apenas um filho com deficiência intelectual, mas sim três: Marcelino Cleto de Barros, o mais velho com 35 anos; a filha do meio, Joelma Aparecida de Barros (33); e o caçula de apenas 10 anos, Jair Manuel de Barros. João Evangelista explica que o seu primeiro filho nasceu e viveu por alguns anos normalmente e que eles foram descobrir que havia algo de errado, quando o colocaram na escola pela primeira vez.


FATO ESPECIAL

“Descobriram na escola mesmo que ele tinha atraso em aprendizagem” explica João. “Aí começaram os problemas na escola e fomos descobrindo tudo aos poucos. Porque naquela época era muito difícil diagnosticar qualquer tipo de problema mental. Hoje em dia, quando a criança sai do hospital, ela já fez vários exames e se tiver algum problema já é detectado, mas antes não era assim”. Depois de algum tempo, João e sua esposa descobriram que estavam esperando um novo bebê. Ele conta que quando Joelma nasceu, algumas características físicas já denunciavam que ela também poderia ter alguma complicação. E foi como eles temiam: após alguns exames, confirmaram que a segunda filha do casal também teria problemas de desenvolvimento e aprendizagem. “Dos três, ela é a mais afetada. Não sabemos o porquê. O mais velho, Marcelino, teve seus problemas, mas toda vida pareceu ser uma pessoa normal, com os atrasos dele, mas sempre muito bonito, parecendo saudável. Ela já é mais afetada”. O caçula, Jair, estava dentro da barriga da sua mãe quando o primeiro exame para diagnosticar algum problema foi realizado. Segundo o médico, a criança estava bem até o momento, mas eles precisavam aguardar o nascimento para que mais alguns exames fossem feitos. Após este período, a criança foi diagnosticada com hiperatividade. “Ele é esperto, é ativo, mas a aprendizagem dele também é afetada. Ele conhece as letras todas, mas não sabe ainda juntar e

formar palavras” explica. João e sua família fizeram um longo trajeto, saindo do interior de Minas Gerais para ir em busca de melhoria pros seus filhos em São Paulo, mas após algum tempo, ele resolveu voltar por causa das péssimas condições de vida no local para pais com crianças deficientes. Hoje os mais velhos frequentam a APAE Rural, enquanto Jair fica na sede do centro da cidade. “A APAE é um grande apoio pras crianças especiais, por que aqui tem professores especializados, os funcionários que trabalham também são pessoas especiais, de bom coração, que fazem tudo por amarem as crianças e quererem ajudar” avalia João Evangelista. “Eu trabalho de voluntário na Apae e vejo a forma como a instituição funciona. É perceptível que eles não trabalham por dinheiro, mas sim por que querem cuidar das crianças, com o coração. Eu tenho três filhos aqui, mas tem algumas crianças que dão mais trabalho que os três juntos. Então a gente sabe que é difícil. A gente vê que os funcionários são mesmo especiais”. Os pais são incrivelmente gratos pela instituição e ambos fazem tudo o que podem para ajudar na realização de eventos e organização das crianças. A APAE é uma associação que trabalha com pais e amigos dos excepcionais e ela é constituída pelas ações conjuntas de todos e os nossos pais especiais estão sempre presentes. Para o Sr. Valdir, pai do Marcinho, “uma das coisas mais importantes é a gente preocupar em ter bons recursos na vida pros filhos. Pelo menos o necessário, o que a gente puder fazer, a gente faz. A vida quem dá, é Deus. Mas temos que preocupar, e muito, em ter o nosso necessário”. João Evangelista diz que ter carinho com as crianças especiais é o essencial. “Quando você tem carinho com alguém com necessidade especial, você tem tudo com ela. O meu menino mais novo, por exemplo, vem dentro do ônibus comigo e ele cumprimenta todo mundo. Se alguém não responde, ele repete e diz ‘Oi, eu to falando com você, tudo bem?’” ele conta sorrindo. “A APAE acolhe, apoia, ampara. A sociedade normalmente afasta” diz Ronaldo. “Talvez, para criança, alguém vai cumprimentar e ela não vai entender nada. Talvez um ‘oi’ pra minha filha não signifique nada. Mas pra nós, pais, ver que as pessoas não estão tratando ela como diferente, é muito importante”. Não importa o que aconteça, o filho é um dos maiores motivos de orgulho para os pais. E se engana quem pense que um pai de um filho especial não pode ter Segundo Sr. Valdir, uma das maiores alegrias de Marcinho é passear de orgulho dele também, mesmo com suas charrete. 32

Thamiris é filha de Ronaldo e uma das formas de lazer que este pai especial realiza com a filha são as caminhadas em lugares vastos.

limitações. “A gente fica feliz com eles por que eles frequentam a igreja com a gente” diz João Evangelista. “Eles procedem direitinho e gostam disso. Eles ficam felizes e a gente também. E o fato deles conseguirem se comportar, isso deixa a gente mais alegre ainda”. Para o Sr. Valdir, ver o sorriso estampado no rosto do seu filho é o seu maior orgulho. Ele conta que fez uma adaptação numa charrete para ele passear com o seu filho e o faz sempre que pode, mesmo com a dificuldade de subi-lo por causa do seu peso. Já Ronaldo gosta mesmo é de andar pelo campo com sua menina. “Eu gosto de fazer uma caminhada com ela. Por que ela gosta de andar, ela fica bastante inquieta. Então num lugar aberto, vasto, conseguimos caminhar e ela gosta. Meu momento de lazer com ela é fazendo aquilo que a agrada”. A lição de vida que os rodeia é, sem sombra de dúvidas, a prosperidade. É como diz o próprio Antonio Ronaldo, um de nossos entrevistados: “Uma coisa que aprendi é que em nossa vida, quando algo de ruim acontece e você não pode resolver aquilo, você precisa saber se adequar. Se você for egoísta e pensar apenas em você mesmo, você não aceita a situação como eu aceitei. Temos que ser homens de verdade, pais de verdade, pra poder aguentar, pois tem pais que não aguentam e não pensam na esposa e no filho. É complicado” finaliza.


GIRO FATO

Está chegando o grande DIA... Servando Lopes

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lindo par jovem da cidade de Tocantins, Adrielle Abrantes Verbena e Gracilliano Tavares estão de casamento marcado para o dia 30 de agosto. Os preparativos para esse grande evento social estão a todo vapor. Confiram um dos cliques do ensaio de pre casamento, realizado no dia 07 de julho, clicado pelo fotógrafo Servando Lopes.

Mais um ouro pra Ubá

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raulio Moreira, um dos maiores nomes do esporte masculino ubaense já se tornou referência dentro da cidade carinho. Atleta contratado pelo Time Unimed Brasil, integra o Núcleo de Alto Rendimento CID em Brasília – DF, onde recebe a preparação técnica e tática da Ms. Ceiça Ximenes, um dos nomes mais cotados dentro do país. O ubaense já iniciou seu ciclo olímpico, que por sua vez faz toda sua preparação em Brasília-DF. Foram projetados e elaborados treinos a nível internacional, voltados na preparação técnica e tática avançada, sendo desenvolvidos treinos com exercícios de alta performance, além do centro de treinamento contar com os novos coletes eletrônicos usados nas competições internacionais. “Bom, tenho uma enorme infraestrutura a minha disposição, saímos na frente a usar os coletes eletrônicos no qual somente os maiores clubes do país possuem este sistema. Isto vem somando muito na minha preparação” diz o atleta. Após conquistar no mês passado sua classificação para seletiva fechada que dá vaga no Campeonato Brasileiro, o atleta ubaense retornou a Brasília no dia 10 de Julho onde confirmou novamente o favoritismo, trazendo para cidade carinho mais um ouro e a classificação para o evento fechado chancelado pela CBTKD –Campeonato Brasileiro que acontecerá em Espirito Santo – SC. “Estamos com um projeto muito forte. Venho trabalhando muito, agora a nível internacional, tenho uma preparação incomparável e só tenho a agradecer a todos envolvidos neste projeto” ressalta. Ainda no mês de julho Braulio retornou para

Brasília, onde seguiu com a preparação no núcleo de alto rendimento focando sua participação no (G-1) em Buenos Aires – Argentina, onde brigará novamente pelos pontos no ranking internacional. Tal evento acontecerá nos dias 20, 21, 22, 23 e 24 de agosto. No retorno para o Brasil, o atleta seguirá direto para a cidade Espirito Santo, onde disputará o Campeonato Brasileiro Adulto, evento que reúne os melhores atletas do país: “Só tenho a agradecer ao carinho do público ubaense, ao imenso apoio do Prefeito Vadinho Baião e do Secretário de saúde Claudio Ponciano, a enorme credibilidade que recebo dos meus patrocinadores, Time Unimed, Belgo, Parma, Viamundo, Revista Fato!, SaudeCia, o meu muito obrigado a todos que caminham comigo neste novo projeto” encerra. Arquivo Pessoal




CONVIDADO ESPECIAL

Valorize sua obra!

Por Eduardo Fontainha Henriques

Contrate um Arquiteto!

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ontratar um Arquiteto para a sua obra não é luxo, é necessidade. Incide em grave erro quem imagina que a função do Arquiteto resume-se apenas a questões estéticas. A supervisão do profissional qualificado é imprescindível para propor soluções para um espaço e realizar o planejamento da obra, iniciado pelo projeto arquitetônico, para que a construção seja útil aos seus futuros ocupantes, de acordo com suas necessidades específicas. O Arquiteto auxilia o cliente desde a escolha do terreno até a entrega das chaves. Faz uma análise do perfil do cliente, depois de ouvir suas necessidades e, a partir daí, elabora um projeto. Ele orienta, planeja e projeta de acordo com a especificidade de cada terreno. Não há regras, há um estudo minucioso em que são analisados os fatores legais (legislações urbanas), a incidência solar, a ventilação natural e a topografia, para que a construção seja adequada ao terreno que irá recebê-la. Além disso, o Arquiteto é capaz de dimensionar os ambientes de maneira correta, definindo a disposição dos cômodos e instalações pelo terreno, atingindo um melhor aproveitamento do espaço e evitando desperdício de áreas. Ele define o melhor layout, realiza projeto para o interior, define os projetos hidráulico e elétrico de acordo com a demanda de cada ambiente. Isso porque o profissional da área possui uma visão plena da futura construção, antevendo o que ficará mais apropriado em cada espaço, aliando o conforto à estética. O desenvolvimento

Eduardo Fontainha Henriques.

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Arquivo Pessoal / Divulgação

do trabalho é acompanhado pelo cliente através de softwares tridimensionais (3D) para melhor visualização do projeto. De posse de um projeto arquitetônico, desenvolvido por profissional qualificado, disporá o cliente de um manual técnico para sua obra, o que ajuda a reduzir o tempo gasto na execução e o desperdício de materiais. Através dele será possível calcular, por exemplo, todos os revestimentos que serão utilizados na construção, evitando compras desnecessárias. Durante a execução da obra, o Arquiteto realiza visitas técnicas, supervisionando o desenvolvimento do trabalho. Para a realização de reformas, também é imprescindível a supervisão de um profissional de Arquitetura. É ele quem irá avaliar a necessidade e possibilidade de alteração estrutural do imóvel e propor a melhoria do espaço, conforme o anseio do cliente, buscando, por outro lado, intervenções de menor vulto. Assim, o auxílio de um profissional de Arquitetura, além de ser uma garantia técnica para a obra, significa também economia de tempo e material, redução de custos com terraplanagem, otimização de espaços, redução excessiva na utilização de iluminação artificial, e eliminação de erros comuns que

podem, inclusive, comprometer a segurança da casa. A contratação de um Arquiteto significa, também, a garantia de um imóvel regularizado, construído dentro das normas técnicas e de segurança. Somente acha dispendioso o serviço do Arquiteto quem desconhece suas vantagens ou deixa de avaliar seu custo-benefício. O cliente que segue um bom projeto arquitetônico surpreende-se com o resultado final alcançado, em razão do planejamento elaborado no decorrer do projeto. Na análise do custo final da obra, o dispêndio com Arquiteto é mínimo se comparado aos benefícios que se obtém, sobretudo em relação à expressiva valorização do imóvel. Valorize sua obra, contrate um Arquiteto! Eduardo Fontainha Henriques Graduado e m Arquitetura e Urbanismo pelo CES (Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora). Curso de Extensão em Paisagismo Avançado pelo Centro Paisagístico Gustaaf Winters, Holambra –SP. Contato: Av. Barão do Rio Branco, 1871, Sala 1703, Centro, Juiz de Fora-MG (32) 8808-0503


ESPAÇO JURÍDICO

César Campos Lara OAB/MG 108.555, pós-graduando em DireitoTributário, advogado membro do escritório Pacheco & Sousa, assessoria jurídica e empresarial. E-mail: camppss@bol.com.br

As eleições estão chegando, mas o que você sabe acerca dos Deputados estaduais? Imagem meramente ilustrativa

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onforme mencionado no artigo anterior, cinco de outubro é uma data especial, pois haveremos de comparecer diante das urnas para escolha do futuro Presidente da República e o respectivo Vice-Presidente, assim como o Governador do Estado, Senador, Deputado federal e Deputado estadual, mas o que você sabe acerca das atribuições de um Deputado estadual? Ao contrário do que ocorre com o Congresso Nacional em que o sistema é bicameral, ou seja, conjunto de Senadores e Deputados Federais, a Assembléia Legislativa é o órgão do Poder Legislativo Estadual e, portanto, unicameral, já que não é possível cogitarmos de Senado Estadual. Ademais, é situada na Capital do Estado de Minas Gerais. Ao contrário do que muitos pensam Deputados não constroem hospitais e escolas, não garantem emprego ou moradia. As funções de um Deputado estadual são delineadas por lei, sendo que cito alguns exemplos: julgar anualmente as contas prestadas pelo Governador do Estado referentes à administração e apreciar os relatórios sobre a execução dos planos de governo; promover a responsabilidade do Governador, quando for o caso; solicitar intervenção federal no Estado para garantir o livre exercício de suas funções; autorizar o Governador a efetuar ou contrair empréstimos em face

do Estado; fixar os subsídios do Governador e do Vice-Governador, dos Secretários de Estado e dos próprios Deputados Estaduais; aprovar a alienação ou concessão de terras públicas estaduais; aprovar ou sustar a intervenção do Estado nos Municípios e, principalmente, emanar leis de competência dos Estados, ou seja, dar origem àquelas leis que terão aplicação tão-somente no território do Estado, com intervenção (veto ou sanção) do Governador do Estado. O processo legislativo estadual, na pessoa dos Deputados estaduais, visa a elaboração de emendas à Constituição do Estado, leis ordinárias, leis complementares estaduais, decretos legislativos e resoluções, momento em que cito como exemplo, a Lei Complementar Estadual n. 100, que efetivou inúmeros pessoas na área da educação, sendo que deixaram a condição de designados para a condição de efetivados, contudo, restou declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal, ao violar o preceito constitucional de que a ocupação de cargo público ocorre mediante prévio concurso de provas ou de provas e títulos. O foro privilegiado é outra nuance acerca dos Deputados estaduais, eis que julgados pelo Tribunal de Justiça e não pelos juízes das Comarcas. Ademais, 75% dos subsídios pagos aos Deputados federais é o limite máximo pago aos Deputados estaduais, sendo que tal limite visa coibir abusos por parte do legislativo estadual em fixar seu subsídio em valores astronômicos. O Poder emana do povo, portanto, tenha consciência de sua responsabilidade ao comparecer nas urnas e votar naquele que realmente tenha intenções em favorecer a população, deixando de lado interesses pessoais ou partidários sem cunho coletivo.

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EMPREENDEDOR DE FATO

Cartório Souza

Por Juliana Campos / Higor Siqueira

comemora dois anos de mercado

S

âmia Salomé Araújo de Souza comemora neste mês de agosto dois anos a frente da empresa Cartório Souza. O empreendimento é privado e foi fundado pelos sócios Dr. Anderson José Collares de Souza e sua filha Drª Sâmia Salomé Araújo de Souza, onde tiveram a ideia de criar uma empresa que prestasse serviço cartorário em nível nacional. “Com intuito de facilitar a vida corrida das empresas e pessoas físicas, e sermos parceiros de Cartórios de caráter público na cidade, facilitando a documentação e serviços em geral lançamos nossa empresa” relata a empresária. A abertura da empresa foi em agosto de 2012, onde juntos, Sâmia e seu sócio decidiram que a mesma teria sede na cidade de Ubá. “Tudo aconteceu de forma inesperada mais bem pensada, pois queríamos uma empresa sólida que transmitisse respeito e segurança aos clientes” enfatiza. Nossa entrevistada afirma que sempre gostou e atuou no ramo cartorário, bem antes de entrar para faculdade... “Não me imagino fazendo outra atividade” completa e conta que sua primeira experiência no ramo foi quando ela tinha 17 anos, logo quando concluiu o segundo grau e ainda não tinha ao certo a profissão que seguiria. “Então... com a ideia dos meus pais e a aceitação do meu avô (Corujão) no Cartório de Protesto de Ubá fui trabalhar, onde comecei realizando serviço de Bancos, Fórum, Prefeituras, sendo serviços executados na rua (risos) e passei logo a fazer parte do serviço interno no Cartório. Logo quando cheguei para trabalhar, meu pai me disse: vamos começar pelos serviços de rua na parte da manhã e a tarde realizando serviços internos no cartório, pois para ele era importante saber todo a tramitação dos serviços, desde o começo até o final. Foi assim que me apaixonei pela profissão e comecei a fazer faculdade de Direito. Hoje, vejo como foi importante realizar todo o serviço no cartório sabendo desde o início até a conclusão dos serviços. Agradeço pela orientação dada pelo meus pais” declara. Sâmia aponta que o diferencial de sua empresa no mercado é por contar com uma equipe com larga 38

experiência no ramo e cada profissional é responsável pelo seu setor. “Temos serviços personalizados para empresas e empreendimentos. Como sabemos a vida corrida das empresas e empreendedores, nós do cartório é que vamos até o cliente para satisfazer seus necessidades e agilizar todo o processo, estamos aqui para dar comodidade ao nosso cliente” esclarece. Na entrevista a seguir, conheça a trajetória de 02 anos da empresária Sâmia Salomé à frente da conceituada empresa Cartório Souza: Revista Fato: Quais são os serviços prestados pelo Cartório Souza? Sâmia: O Cartório Souza possui uma gama extensa de serviços. Prestamos serviço de certidões, documentação em geral em órgãos públicos, privados, serviços jurídicos na área cível, imobiliária, loteamentos, condomínios Edilícios, Registos, escrituras em nível nacional e assessoria e consultoria em diversas áreas. Agora, temos um novo serviço em parceria na área ambiental: desmembramentos, frações, legalização de imóveis em geral, com nosso parceiro CAITTO NASCIMENTO DE SOUZA, consultor ambiental e formando em engenharia de agrimensura.

Revista Fato: Como é a receptividade do público ubaense para com os serviços prestados por vocês? Sâmia: Como estamos na cidade há apenas 2 anos, tivemos uma ótima surpresa quanto a receptividade na cidade. Empresas, empreendedores e pessoas físicas estão tendo grande satisfação quanto aos nossos serviços. Revista Fato: Como vocês acham que a empresa pode crescer dentro da cidade de Ubá? Sâmia: Nossa empresa já atua em nível nacional, então creio que seja uma questão de tempo para que todos nos conheçam e experimente nossos serviços. Pois teremos o maior prazer em atendê -los. Revista Fato: Como é o trabalho conjunto com o seu pai, o Dr. Anderson José Collares? Sâmia: Temos uma ótima relação tanto no ramo profissional quanto no familiar. Nos respeitamos e temos muita satisfação em trabalhar em equipe. Revista Fato: Como trabalhar com o seu pai lhe ajuda a ser uma profissional melhor? Sâmia: Trabalhar, ter conselhos e ajuda de um pai


Ygor Mattos / Fabiano Araújo - Fotografe

Sâmia: Minha influência é familiar. Meu avô era Tabelião do Cartório de Protesto, meu Pai Tabelião Substituto. Teve época da minha mãe trabalhar no Cartório também e meus Tios Marcos Souza e Gracinha Tabeliões de Notas na cidade.

é muito prazeroso, pois quando preciso ele está aqui para me ajudar e dar apoio. Como ele possui uma experiência no ramo há quase 30 anos, conhecendo pessoas e lugares e podendo contar com a herança profissional da família já me engrandece. Agradeço também pelo apoio sempre muito carinhoso da minha mãe. Revista Fato: Fale do legado deixado por seu avô “Corujão” e como isso contribui para a profissional que se tornou hoje. Sâmia: Esse legado nunca vou esquecer. Tenho ele nos meus pensamentos diários. Meu avô era uma pessoa ímpar, com seu jeito reservado, mas era um avô especial. Uma forma de homenagear ele, foi colocar a logomarca do Cartório uma “corujinha”, em forma de agradecimento. Tenho minha família como fonte de inspiração na vida. Ele contribui hoje e sempre na minha vida profissional, pois sempre sigo seus ensinamentos em ser sincera, honesta e humilde. Revista Fato: Quais os maiores desafios encontrados no mercado hoje? Sâmia: Desafios todos temos. Mas no mercado de hoje, poucas pessoas estão preparadas para seguir uma área complexa sem se deixar abalar. Hoje, tenho meus clientes fiéis e faço questão, a cada dia, de ser

Revista Fato: Como você acha que um profissional dentro da área em que você atua deve trabalhar para atingir suas melhores metas? Sâmia: Devemos trabalhar com honestidade, segurança Jurídica, humildade, nunca desanimar e saber que a cada dia podemos apreender com profissionais de ramos diferentes. Temos que estar sempre estudando e fazendo cursos para melhor atendermos nossos clientes. Respeitar nossos colegas de profissão e termos acima de tudo ética. Precisamos sempre inovar e criar parcerias. Drª. Sâmia Salomé e seu sócio e pai Dr. Anderson José Collares de Souza

mais prestativa e satisfazê-los. Desafios são diários, por isso não devemos temê-los. Revista Fato: Quando você era mais nova, quais eram suas maiores influências para ter estudado na área de Direito e estar trabalhando no segmento em que atua hoje em dia?

Revista Fato: Pessoas que fazem diferença na empresa Cartorio Souza? Sâmia: Diante dos 2 anos da empresa, temos prazer em dizer que estamos satisfeitos com nossos trabalhos e sempre estamos dispostos a melhorar e ampliar nossos serviços. Ao longo dos 2 anos fizemos grandes parcerias com pessoas especiais e agradeço sempre a confiança deles e o comprometimento com nossos serviços. Tenho muito o que agrade


EMPREENDEDOR DE FATO

cer a minha equipe de trabalho Lorena Schiavon e João Wesley que estão sempre colaborando para um serviço melhor. Agradeço, desde já a um profissional em destaque que desde o início da empresa está conosco Dr. Klaus e toda sua equipe. Agradeço ao Cartório Marcos Souza (toda equipe) pela confiança, agradeço a todas as empresas parceiras do Cartório e pessoas que acreditam em nossos trabalhos. Tenho o dever de agradecer também as pessoas que não estão dentro do Cartório, nem são profissionais do ramo, mas que sem eles eu não teria a possibilidade de trabalhar. Obrigada pelo carinho, dedicação e compreensão Renan Lima Cunha, minha filha Marina, minha secretária pessoal Ana Lúcia da Silva e claro minha família e amigos. Revista Fato: Quais são as expectativas para o crescimento da sua empresa para os próximos anos? Sâmia: Minhas expectativas são as melhores (risos). Vamos cada vez mais diversificar nossos trabalhos e trazer satisfação aos clientes. Temos muitos planos e o mais importante para nossa empresa é fazer um ótimo serviço, com agilidade, segurança e conforto para os clientes. Revista Fato: Para você, quais devem ser as principais virtudes de um empreendedor?

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vida como uma profissional, nestes dois anos de existência do Cartório Souza? Sâmia: Lição de vida é que devemos sempre ter em mente que tudo é possível, basta acreditar e fazer acontecer. Revista Fato: Quais os serviços prestados por vocês que são mais procurados pelos ubaenses? Sâmia: Os serviços mais procurados são pelas empresas locais, quanto a registro, protestos, buscas patrimoniais, certidões em gerais, cálculos de emolumentos, e diligências nos serviços que prestamos para pessoas físicas. Temos certidão de casamento, óbito, nascimento, averbações e legalização de imóveis em geral. Para empreendimentos imobiliários temos mais busca em fração, averbação, desmembramento, registros, onde cuidamos da parte documental da empresa. Drª. Sâmia Salomé.

Sâmia: Um empreendedor deve ter em mente que nunca devemos deixar a ética de lado, temos de ser inovadores, criativos, estabelecermos metas, assumir riscos e termos auto-motivação. Revista Fato: O que você tirou de lição para a sua

Revista Fato: Fora de Ubá, quais outras cidades da região, fora do estado e de todo o Brasil procuram os serviços prestado pelo Cartório Souza? Sâmia: Fazemos serviços em nível nacional, com colaboradores especializados. Atuamos em Loteamentos, condomínios Edilícios, Cartórios e onde for necessário nossa visita.


CARTÃO DE EMBARQUE

Petrópolis: Muito mais que

Por Rafaela Martins Namorato da Rocha

uma cidade projetada, uma cidade encantada!

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oi com uma enorme satisfação que aceitei o convite da Fato! para participar desta edição do Cartão de Embarque. É sempre muito gostoso poder falar do que a gente gosta, e quando o assunto é viagem é melhor ainda! Pois bem, quem me conhece sabe que sou uma apaixonada por cidades com roteiros históricos. Além do prazer da viagem, a gente volta com a sensação de ter aprendido tanta coisa; voltamos com a bagagem ainda mais carregada, literalmente.

E é nesta levada que embarcamos rumo à Petrópolis! Localizada no topo da Serra da Estrela, Petrópolis é a maior e mais populosa cidade da Região Serrana Fluminense, com uma população aproximada de 300 mil pessoas. De cara já é possível notar que mesmo sendo uma cidade que respira história, Petrópolis está longe de ser um daqueles lugarzinhos bucólicos e serenos, como costumam ser as cidades históricas de Minas. Por lá o fluxo é bem mais intenso, mas nada que tire o charme e o

encantamento do lugar! Estive em Petrópolis no início de julho, juntamente com o meu marido e um casal de amigos, por quem fomos convidados para esta viagem. Esta não foi a primeira vez que visitei a cidade; já estive por lá na ocasião de uma excursão de escola onde os horários e roteiros são seguidos religiosamente e as professoras (por segurança) estão sempre na sua cola. Não nego que o passeio naquele momento tenha sido muito agradável, mas o fato de poder voltar à Petrópolis sem estas preocupações

Lagoa localizada em frente ao Palácio Quitandinha. Uma das mais belas paisagens de Petrópolis.

de quem precisa retornar para casa no mesmo dia, foi ainda mais divertido. Então, fica aqui a primeira dica: procure ir para Petrópolis com bastante tempo disponível; evite aquela velha história do bate e volta. Quando se está livre, você tem a oportunidade de ver a cidade com outros olhos e atentar para detalhes que talvez você nem notaria. Uma segunda dica já que vai estar por conta na cidade é andar! Esqueça o carro. E digo isso por vários motivos, entre eles o fato do trânsito ser uma loucura. Outro motivo é a cidade ser divida em quadras, o que faz com que os principais pontos turísticos não sejam tão afastados uns dos outros; e uma das mais agradáveis razões, é que caminhar pelas ruas de Petrópolis é quase como participar de uma convenção internacional, por exemplo. Você esbarra com gente do mundo inteiro o tempo todo (e claro, você também encontra brasileiros de todos os cantos). E o mais interessante é que todos estão em busca da mesma coisa que é conhecer um

pouco mais sobre a história do nosso país. Nestas caminhadas não deixe de observar a arquitetura do lugar. Os casarões, os prédios públicos e privados, têm uma ligação muito forte com o que foi o período imperial e revelam traços marcantes das colonizações alemã, italiana e portuguesa que ali se instalaram. Como a presença alemã é bastante expressiva, ao admirar a maioria das casas de Petrópolis é possível se sentir em uma colônia germânica sem a menor dificuldade. Alguns destes prédios, apesar de históricos, não são abertos para a visitação pública. Mas, para garantir que o turista tenha acesso ao máximo de informação, àqueles que têm alguma expressão significativa dentro da história, apresentam em suas fachadas placas que descrevem todo seu histórico, incluindo quem ali residiu, qual foi a sua importância ou o que fez em benefício da cidade e/ou do país. Terceira dica: fique atento a estas placas; você vai aprender coisas surpreendentes e adquirir infor-

mações importantíssimas e que você desconhecia. Continuando nosso passeio, bem próximos um do outro estão dois pontos fundamentais para quem visita Petrópolis pela primeira, segunda, quinta ou vigésima vez: o Museu Imperial e a Catedral de Petrópolis. O primeiro é uma construção de 1847 idealizada por D. Pedro II e que durante muito tempo serviu como casa de veraneio da Família Real Portuguesa. O lugar, riquíssimo em detalhes, abriga peças de grande valor histórico capazes de nos aproximar de um passado que só conhecemos pelos livros de História. A infraestrutura, a iluminação e a distribuição das peças trazem uma atmosfera incrível para o lugar. É apaixonante! Já a Catedral de Petrópolis foi erguida em honra e glória a São Pedro de Alcântara, padroeiro da cidade e também da Monarquia Brasileira. Trata-se também de uma construção que nos remete a um passado luxuoso. Logo ao entrarmos na Catedral, ao lado direito da porta principal, podemos


Detalhes da fachada da Matriz de São Pedro de Alcântara, um dos pontos mais visitados da cidade.

encontrar o Mausoléu Imperial onde estão depositados os restos mortais de D. Pedro II e de sua esposa D. Tereza Cristina, que foram trazidos de Lisboa, e também da Princesa Isabel e de seu marido Conde D’Eu. Saindo um pouco da região central de Petrópolis, onde lugares pra visitar durante todo o dia não faltam (temos a Casa de Santos Dummont, a Praça da Liberdade, a Casa da Princesa Isabel, o Palácio de Cristal entre tantos) e saindo também um pouco do mundo imperial e indo para a era republicana, chegamos até o famoso Palácio Quitandinha. O Palácio Quitandinha foi construído ainda na década de 40 para abrigar o maior hotel cassino da América Latina. Em uma conta rápida temos 440 apartamentos e 13 enormes salões. O palácio recebeu grandes nomes do cenário artístico mundial, tendo vivido anos de glória até que Eurico Gaspar, então presidente do Brasil, decretou o fim dos jogos no país. Hoje, parte do Palácio funciona como um condomínio e o acesso é restrito somente aos seus moradores e/ou proprietários. A outra parte é destinada à visitação, onde é possível conhecer alguns de seus teatros, salões, o jardim de inverno e a famosa piscina em formato de piano de calda. Engraçado, mas a sensação que se tem caminhando pelos corredores e salas do Quitandinha é estar em um daqueles navios altamente luxuosos que vemos nos filmes antigos (algo como o Titanic, por exemplo). E para quem quer um pouco mais de diversão, o Quitandinha conta com uma moderna pista de boliche em suas dependências. E che-

O Jardim de Inverno do Quitandinha é, entre outros elementos, um dos que mais se destacam na arquitetura do lugar. 42

Local onde é realizada a Bauernfest. Ao fundo da imagem é possível notar o famoso Palácio de Cristal. Na foto Luciano, Rafaela, Elier e Juscilene.

gar até ela é praticamente viajar no túnel do tempo. Como falar do maior castelo brasileiro e não falar da vista que ele tem para um enorme lago situado bem à sua frente? É um cenário incrivelmente romântico, com pedalinhos, banquinhos ao redor do lago e um sossego só. E por falar em romantismo, esta época do ano é uma excelente pedida para os casais apaixonados visitarem a cidade. O frio da serra é um dos grandes atrativos da região tornando tudo ainda mais lindo. E opções para quem quer aproveitar bem a noite neste clima não faltam. Os bares, restaurantes e bistrôs de Petrópolis possuem uma característica particular de charme e elegância provenientes desta herança histórica que a cidade tem. Não faltam lugares para se apreciar um bom vinho, um fondue e a companhia da pessoa amada! E tem opção também para quem quer algo, digamos mais agitado, talvez. Que tal conhecer o parque de diversões dos cervejeiros de plantão? A visitação à fábrica da Bohemia, a primeira a produzir cerveja em escala industrial no Brasil, não pode ficar fora do roteiro. São aproximadamente duas horas de visita ao prédio que sediou a empresa do colono alemão Henrique Kremer, onde é possível conhecer absolutamente tudo sobre a bebida, desde sua descoberta, passando pela história da cerveja no mundo, seus ingredientes e todo o processo de fabricação, até a fase da degustação. O prédio é maravilhoso e você logo nota que tudo foi pensado nos mínimos deta-

O Palácio Quitandinha é considerado o maior castelo do Brasil e um dos maiores de toda a América Latina.

Fachada da antiga casa de veraneio de D. Pedro II e que hoje abriga o Museu Imperial de Petrópolis, um dos mais importantes do Brasil.

lhes. Anexo à fábrica há um restaurante belíssimo e um bar onde as pessoas se reúnem para experimentar os mais variados estilos de cerveja fabricados pela empresa (e são muitos!). Além das visitas aos pontos turísticos, Petrópolis tem uma atração anual bastante convidativa. Trata-se da Bauernfest, um evento totalmente voltado para cultura alemã e que este ano chegou a sua 25ª edição. A festa é realizada nos arredores do Palácio de Cristal, onde se encontra o cruzeiro que marca a chegada dos primeiros alemães à cidade, e conta com apresentações culturais, shows, comidas típicas e muita animação. Tudo envolvido em um clima de pura harmonia. A Bauernfest é o segundo maior evento do segmento no Brasil e acontece sempre no final de junho e início de julho. Petrópolis é tão grande e com tantas atrações que a sensação que se tem quando vamos embora é de que deixamos de visitar alguma coisa muito importante. E na verdade, sempre deixaremos mesmo. Mas, isso é bom, pois sempre teremos boas desculpas para voltar! E uma quarta e última dica: meninas, não deixem (jamais) de visitar a Rua Tereza! Ao chegar até lá vocês vão entender exatamente porque dei essa dica valiosa para vocês. Experimente dar uma chance ao turismo no Brasil. Temos opções incríveis bem pertinho de nós. Boa viagem! Arquivo Pessoal

Um dos grandes teatros do Quitandinha e que também foi palco de apresentações de artistas mundialmente conhecidos.


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ESPORTE

Por Higor Siqueira

O ubaense Diego Vassali foi voluntário na

Copa do Mundo 2014 MAIS DE 150 MIL INSCRITOS EM 137 PAÍSES POR TODO O GLOBO

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ilhares de pessoas quiseram trabalhar como voluntários na Copa do Mundo 2014. Foram mais de 152 mil inscritos, um recorde comparando com o número de inscrições das últimas copas: 45 mil para a Copa na Alemanha e 70 mil para a edição na África do Sul. Entretanto, apenas 15 mil inscritos foram selecionados para participar do Programa de Voluntariados. Para participar, o candidato deveria ter 18 anos completos – no mínimo três meses antes da data inicial do evento – ou mais. As inscrições iniciais foram

Bom, essa copa foi uma copa diferente, cheia de resultados impressionantes e inesperados, com varias seleções de grande expressão sendo eliminadas rapidamente... O Brasil vinha jogando bem, ou melhor, classificando-se, mais após a lesão do Neymar o time ficou todo desorganizado em campo, perdendo humilhantemente para a Alemanha. Diego Vassali

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Diego ficou entre os 15 mil selecionados para atuar como voluntário na copa do mundo 2014.

feitas pelo site oficial da FIFA, onde as pessoas interessadas faziam um registro com suas informações pessoais. O processo de seleção passou por entrevistas e dinâmica de grupos, onde é medido o entusiasmo e o comprometimento de cada um com a Copa, sendo este o principal requisito avaliado. O trabalho do voluntariado não é remunerado. Porém, o Comitê Organizador Local e a FIFA disponibilizam aos selecionados os seus devidos uniformes, auxílio no transporte para o deslocamento até o local onde as atividades foram realizadas e alimentação durante o período de trabalho – 10 horas por dia, durante 20 dias no decorrer do evento. No momento de cadastro, o indivíduo pôde

informar sua área de preferência para trabalhar durante o Mundial, mas as vagas eram preenchidas conforme as ofertas e os perfis que foram exigidos para cada atividade. Havia funções que necessitavam de certas habilidades e conhecimentos específicos. Sendo assim, foram criados dois tipos de cargos: os especialistas, que atendiam a imprensa, o departamento médico, serviços de idioma, entre outros setores; e os generalistas, que atendem todas as outras áreas e tinham foco para o suporte no público em geral. O ubaense Diego Vassali, de 22 anos, foi um voluntário na Copa do Mundo 2014. Ele é estudante de Educação Física e diz que ficou sabendo da oportunidade por um amigo. “Eu passei por 5 seleções,


Arquivo Pessoal

Diego atuou como voluntário no Mineirão (Belo Horizonte) e pôde presenciar a humilhante derrota da seleção brasileira, de 7 x 1 para a Alemanha, a campeã da copa.

sendo três pela internet mesmo e duas presenciais” ele conta. Diego atuou no Controle de Acesso na Área de Competição em Belo Horizonte, no Estádio Governador Magalhães Pinto, o famoso Mineirão. Ele relata também que esteve próximo das seguintes seleções: Colômbia, Grécia, Bélgica, Argélia, Argentina, Iran, Costa Rica, Inglaterra, Brasil, Chile e Alemanha. “Foi um momento único na minha vida” diz Diego sobre o trabalho. “Se eu pudesse voltar no tempo dez vezes, participaria novamente em todas as dez vezes”. E ele diz mais: “Se eu tiver a oportunidade de ir para qualquer país trabalhar novamente como voluntário em uma Copa do Mundo, iria sem dúvida alguma”. Segundo Diego, havia pessoas de outros países trabalhando junto com ele. Na verdade, 3.980 estrangeiros estavam atuando como voluntários na Copa aqui no Brasil. Pessoas em mais de 130 países diferentes fizeram as inscrições. Os 10 países com o maior número de inscritos foram: Colômbia (1.427), Estados Unidos (772), Espanha (760), México (742), Argentina (731), Polônia (495), Peru (481), Alemanha (352), China (335) e Rússia (314). Para efeito de curiosidade, no total do período de inscrições, os candidatos acima de 60 anos chegaram a 2.750; na faixa etária até os 25 anos, as mulheres superaram os homens (38.876 a 33.366); o número de candidatos no grupo entre 26 e 40 anos foi de 56.307, e no de 41 a 60 anos, 20.802. Diego ainda nos conta que recebeu alguns treinamentos para atuar como voluntário e que trabalhou “basicamente em todos os seis jogos que aconteceram em Belo Horizonte e um dia antes e depois de cada jogo”. Sobre a derrota do Brasil, que Diego ainda marcou presença como voluntário, ele tem algo a dizer: “Bom, essa copa foi uma copa diferente, cheia de resultados impressionantes e inesperados, com varias seleções de grande expressão sendo eliminadas rapidamente... O Brasil vinha jogando bem, ou melhor, classificando-se, mais após a lesão do Neymar o time ficou todo desorganizado em campo, perdendo humilhantemente para a Alemanha. Espero que agora que o novo técnico contratado para a Seleção Brasileira faça um bom trabalho e mediante de uma melhor escalação, ela volte a dar alegria aos brasileiros”. Segundo informações oficiais, os voluntários que atuaram na Copa receberão o seu certificado pela participação no evento a partir da segunda quinzena de Agosto. Serão emitidos três conjuntos de certificados: um pelo treinamento virtual, outro pelo treinamento presencial e o pela participação na Copa do Mundo. Os documentos serão digitais, e estarão disponíveis para impressão na plataforma digital utilizada para agendamento da atuação. Os certificados valerão como “Curso de Extensão” e podem contar como pontos em concursos públicos e entrevistas de emprego.

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ESPECIAL PAIS - REVISTA FATO Patrimônio Cultural

Anderson Moreira Professor de história das redes municipal e estadual de ensino. Especialista em História do Século XVIII. Contato: andersonmv1@yahoo.com.br

Vergonha e orgulho

O

Brasil foi o único país latino americano a participar, mesmo que timidamente, da primeira guerra mundial (1914 a 1918). Nossa participação no conflito restringiu-se ao envio de ajuda médica aos países da Tríplice Entente (Estados Unidos, Inglaterra e França) e foi motivada pelo ataque alemão a uma frota brasileira no Atlântico. Em nível mundial a chamada grande guerra deixou rastros bastante significativos, pois o interesse capitalista das grandes empresas falou mais alto que a possibilidade de diplomacia entre as nações. Podemos dizer que a segunda guerra foi continuidade da primeira e a Alemanha esteve à frente dessas duas catástrofes mundiais. No Brasil o Presidente da República na época era Venceslau Brás, que ficou conhecido como o presidente dos três “G´s”. No governo dele o Brasil passou pela gripe espanhola, pela primeira grande greve operária de 1917 e pela primeira guerra mundial. Apesar de tudo, sob o ponto de vista econômico, a guerra teve significado positivo para o nosso país. A indústria nacional passou a produzir parte do que o Brasil importava, já que as produções norte americana e europeia sofreram uma queda considerável. Esses primeiros passos da industrialização brasileira são chamados pelos historiadores de substituição de importações. Cem anos depois do início da guerra, nesta Copa do Mundo de 2014, estivemos novamente num embate contra a Alemanha - considerada uma das responsáveis pelo conflito - e acabamos derrotados por aquele humilhante placar. Independente dos estranhos acontecimentos com os jogadores da seleção brasileira, vale ressaltar que a vitória dos alemães neste mundial vai desviar o foco da mídia: em vez do centenário da guerra e seus horrores, falar-se-á bastante da organização, da competência e da grandiosidade do povo germânico. Por tudo isso e levando em conta o poder midiático da FIFA e das marcas que patrocinaram a Copa, vale a pena ter orgulho do nosso país. O futebol é apenas uma de nossas formas de expressão. Temos uma grandiosidade de talentos na cultura, nas artes, no esporte e muito mais. Considero motivo de vergonha ter votado nos políticos inescrupulosos e corruptos que impedem o crescimento do Brasil. Também me envergonho do desrespeito com os idosos e o descaso com a nossa memória. Sigamos o exemplo dos japoneses que deram uma aula de educação nos estádios brasileiros. Eles também reverenciam seus cidadãos mais velhos e cultuam a memória, sabendo a importância disso para o futuro. 48

Homenagem Dia dos PAIS

Revista Fato!

De: Bráulio Cesar de Paula Para: José Cesar Moreira de Paula Minha relação com meu pai sempre foi de irmão, onde o mais velho (meu pai, risos) implica com mais o mais novo (eu, Bráulio). Ele não deixa por menos, retruca... Mesmo não nos vendo com tanta frequência, a admiração e respeito que tenho por ele é constante. O certo mesmo, é que posso dizer com toda certeza, é que sou um cara de muita sorte por ter como exemplo uma pessoa honesta, justa, íntegra e humilde e que por a caso, é meu pai. Mesmo sendo muito tímido, gostaria que soubesse que eu, seu filho, te amo muito! Feliz dia dos pais! De: Thalita Nogueira Para: Pedro Paulo Nogueira A você que me deu vida e me ensina a viver com dignidade, não bastaria um obrigada. A você que ilumina minha vida com afeto e dedicação para que eu caminhe sem medo e cheia de esperança, não bastaria um muito obrigada. A você que se doa por inteiro e renuncia seus sonhos, para que muitas vezes eu pudesse realizar os meus, não bastaria um muitíssimo obrigada. A você, pai por natureza, por opção e amor, não bastaria dizer, que não tenho palavras para agradecer tudo isso. Mas é o que me acontece agora, quando procuro arduamente uma forma verbal de exprimir uma emoção... De tê-lo como meu pai... meu exemplo... Uma emoção que jamais seria traduzida por palavras. Amo muito você Pai! Feliz dia dos Pais. De: Rafaela Estevão Para: Eduardo Estevão Ahhh senhor Eduardo Marcelino... O senhor é minha principal certeza de que no caminho da vida jamais estarei sozinha. Que nas tempestades e dias frios terei alguém pra me amparar. Não existe agradecimento suficiente, mas a constatação da sorte que tenho em ser sua filha. O senhor nos fez família e ensinou - nos os reais valores da vida. Honrou cada dia dos últimos 40 anos como o melhor pai e chefe de família do mundo. Homem de valores nobres, íntegro, honesto e dedicado que vive por sua família! Muito orgulho tenho de poder chamá-lo de MEU PAI! Te amo! De: Alexandre Pereira Para: Marcelo Reis Heróis não necessariamente usam capa! Herói é aquele que luta todos os dias para fazer o seu melhor, inspirando vidas, moldando caráteres e fazendo sempre o seu melhor naquilo que se dispõe! Falhas fazem parte da vida dos vencedores, pois é a partir delas que crescemos e nos aprimoramos, alcançando, assim, nossos maiores objetivos! Obrigado por me guiar e me inspirar, me mostrando sempre o melhor caminho e mesmo assim me dando liberdade para construir o meu próprio! Parabéns pai. Eu te amo!


Arquivo Pessoal

De: Luciana Pupo Para: Luciano Pupo Nogueira Meu querido pai Luciano Pupo Nogueira, uma pessoa especial, meu guia e protetor eterno, exemplo de bondade, meu grande herói! Um grande homem, um grande ser humano que me torna pra sempre sua criança. É muito difícil falar de você. Talvez tudo que eu disser, seja pouco, diante do muito que você mereça ouvir. Mas quero que saiba o quanto te admiro e quanto meus pensamentos lhe buscam a todo instante, pedindo sempre a orientação guardada na minha memória que você me transmitiu com sua grande sabedoria. Agradeço a sorte que tenho por Deus ter me enviado um mentor tão maravilhoso! Te amo meu grande herói.

De: Davi Barbosa Para: Rogério Carvalho Nem homem aranha, nem homem de ferro, nem super homem. O herói mais forte mora na minha casa! E hoje é o dia de homenagear ao Super Rogério! Feliz dia dos pais, meu pai herói.

De: Amanda Cisneiros Para: João Carlos Moreira Meu pai é meu amor, minha vida, meu abraço apertado nos dias estranhos... Ele é o carinho mais puro que alguém pode receber! Às vezes também é como um filho que coloco no colo e preciso cuidar! E assim a gente vive. Cuidando um do outro, contando um com o outro... Vivendo um pelo outro! Sempre digo que esse amor não dá muito para descrever, apenas sentir! Te amo meu Bolinho!

De: Amanda Mendes Para: Henrique Cláudio Mendes Meu Super-Herói sem capa! “Meu ombro” de uma vida inteira! Meu amigo! Meu PAI! Te amo daqui... até o para sempre! FELIZ DIA DOS PAIS!


EU SOU FÃ

Por Mariana Jacob

“Cada uma de nós queria se sentir, pelo menos um pouquinho, uma Spice Girl”

Arquivo Pessoal

E

u tenho muitos ídolos, meu gênero musical preferido é o Rock, Heavy Metal e Metal Sinfônico, mas escolhi falar sobre um grupo que marcou a minha vida, e de milhões de pessoas também. O grupo Spice Girls foi criado em 1994, com o nome Touch. Dois anos depois, foi dado o nome definitivo. Pioneiras do pop britânico feminino, tornaram-se o grupo com maior número de vendas de discos em todos os tempos. Elas marcaram a vida de milhões de garotas, pois suas “personalidades” definidas faziam com que cada uma de nós se identificasse com uma delas. Emma Bunton encarnava a “Baby Spice”, a mais doce e meiga, Geri Halliwell a “Ginger Spice”, a mais animada e apimentada, Victoria Beckham, a “Posh Spice”, a qual a elegância é sua marca registrada, essa nunca desce do salto; Melanie B, a “Scary Spice”, caracterizada por seu estilo Black Power e os modelos em animal print; Melanie C, “Sport Spice”, a esportista do grupo. Infelizmente, nunca se apresentaram no Brasil. Não que eu saiba. Cada vez que garotas em todo o mundo se juntavam, o assunto era Spice Girls, as brincadeiras de criança era imitar as Spices. As roupas que a mãe comprava tinham que ser parecida com as delas, até os cabelos, a Maria-chuquinha da baby, as mechas loiras da Geri, tudo girava em torno delas. Cada uma de nós queria se sentir, pelo menos um pouquinho, uma Spice Girl. Além das personalidades, ainda lançaram o lema feminista “Girl Power” e “Frendship never ends”, que nos faziam lembrar sempre de que nós, garotas, tínhamos poder! Ao contrário do que muitas pessoas pensam, Spice Girls não foi um grupo formado para ser uma jogada de marketing de alguma gravadora. O grupo foi rejeitado por muitas gravadoras, até que um empresário encaminhou um disco DEMO para a Virgin Records, que “deu um crédito” para essas garotas. Como se não bastasse milhões de discos vendidos, o Grupo lança o longa metragem: Spice World –The movie, em 1998, gravado em fita de vídeo cas50

Até hoje Mariana Jacob guarda os pôsteres das Spice Girls.

sete. O meu derreteu de tanto que assisti. Em 1999, quando surgiu a triste notícia de que o grupo acabaria, pois uma delas iria seguir carreira solo. Foi uma grande tristeza para todos os fãs, ninguém conseguia aceitar o fim de um grupo tão perfeito. Seguiram 4 membros por mais alguns anos, que serviu de conforto para todas nós, mas só durou mais um disco. Seis anos após o fim do quinteto, elas se juntaram. As cinco, para uma única turnê mundial, mas não vieram ao Brasil, de novo. E quando achei que nunca mais as veria juntas, para a minha felicidade elas encerraram as Olimpíadas de Londres em 2012 com uma apresentação breve, mas digna do grupo mais maravilhoso que já existiu. Até chorei! Como sou muito apegada a boas lembran-

ças, tenho ainda guardado todos os pôsteres e revistas que eu colecionei na época, além de um caderno com histórias em quadrinhos que eu mesma inventei e desenhei quando Mariana Jacob tinha 13 anos.Uma única pessoa leu essas historinhas, minha prima Juliana, que inclusive me ajudou a ter algumas ideias. Acredito que para nós, que vivenciamos essa época, Spice Girls vai ser sempre motivo de sorrisos e boas lembranças.



SEGURANÇA PÚBLICA

Dr. Rafael Gomes de Oliveira Delegado Titular da Delegacia Especializada em Investigação Antidrogas e Homicídios. contato: rgomesdir@hotmail.com

Polícia Civil em ação

Arquivo Polícia Civil

André Teixeira Moreira, vulgo “Tafarel” foi preso no dia 11 de julho.

Polícia Civil devolve carga apreendida para a vítima.

Parte da carga apreendida. O roubo foi avaliado em R$50.000,00.

H

á dois meses recebemos diversas denúncias de comerciantes da cidade e região informando acerca da imensa quantidade de notas falsas circulando pelos comércios da cidade. De posse de tais informações, passamos a apurar os fatos e conseguimos identificar três suspeitos, locais onde armazenavam as notas, origem e “modus operandi”. Então, no dia 30 de junho de 2014, deflagramos a operação Banco Imobiliário, que teve como resultado: (ver box ao lado)

Carga roubada de óleo recuperada Após deflagrarmos a operação em conjunto com a Polícia Militar que resultou na apreensão de aproximadamente 1.200 litros de gasolina receptada e prisão do empresário Francisco de Assis Brigido Nunes Neto, vulgo “Tchuco”, conseguimos identificar a vítima do roubo e apreender mais uma parcela da carga roubada avaliada em aproximadamente 52

Operação “Banco Imobiliário”. (ver resultado no box abaixo)

R$50.000 (cinquenta mil reais). A vítima do crime de roubo é a empresa ARCOLUB, situada na cidade de Arcos, Minas Gerais. Tal empresa teve seu caminhão roubado no dia 30 de maio de 2014, sendo que no dia 07 de julho a Polícia Rodoviária localizou o caminhão na cidade de Congonhas, porém, sem a carga. No dia 17 de julho de 2014 o representante legal da empresa esteve na Delegacia da Polícia Civil onde restituímos o material recuperado.

Homicídio no bairro Schiavon Por fim, no dia 11 de julho de 2014 realizamos a apresentação para a imprensa de ANDRÉ TEIXEIRA MOREIRA, vulgo “TAFAREL”, autor do crime de homicídio ocorrido no dia 17 de junho de 2014, na cidade de Ubá, que vitimou MATHEUS VIEIRA GERALDO, vulgo “MARRETA”. Portanto, desde que assumimos a Delegacia de Homicídios a até o fechamento desta edição apuramos cinco dos sete homicídios que ocorreram em

Alaor Alves Pacheco Júnior (28), Yuri Reis de Souza Freitas (18) e Deverson Marques Pinto (27) são os suspeitos apreendidos na operação “Banco Imobiliário.

nossa cidade. 01) Apreensão de R$ 12.825,00 (doze mil oitocentos e vinte e cinco reais) em notas falsas; 02) Apreensão de R$ 3.400,00 (três mil e quatrocentos reais) em notas verdadeiras; 03) Apreensão de uma pistola Bereta 635; 04) Apreensão de 04 munições; 05) Apreensão de 01 balança de precisão; 06) Apreensão de 01 porção de crack; 07) Apreensão de 01 cigarro de maconha; 08) Apreensão de 01 cordão de ouro avaliado em aproximadamente R$ 5.000,00; 09) Apreensão de 01 veiculo Saveiro Cross; 10) Apreensão de 02 caixas de óleo roubadas; 11) Prisão dos suspeitos ALAOR ALVES PACHECO JUNIOR (28), YURI REIS DE SOUZA FREITAS (18) e DEVERSON MARQUES PINTO (27) que vão responder pelos crimes de moeda falsa, associação criminosa, receptação qualificada e posse ilegal de arma de fogo de uso restrito.



MARKETING S/A

Rafael Martinez Publicitário, Especialista em Marketing e Inteligência de Mercado, Mestre em Administração e Gerente de Marketing da Móveis Apolo e Estofados Ferrari. marketing@moveisapolo.com.br

Desvendando o consumidor

Voando alto

Divulgação

contemporâneo

Tempo de renovar sua casa

D

ando continuidade a série de tendências de consumo elencadas pela Londrina Trendwatching, observamos que a web é um terreno extremamente fértil para o crescimento das marcas e relacionamento com os consumidores. Leia a segunda e última parte da lista. Para saber mais e conhecer exemplos reais de aplicação destas tendências acesse a íntegra do documento (em inglês): www.trendwatching.com

Saúde Os consumidores estão optando por produtos/serviços que melhorem sua qualidade de vida em vez de tratar doenças. Exemplo disso são as centenas de aplicativos que ajudam a monitorar o sono, contadores de calorias entre outros.

Social-lites e Twinsumers A decisão do jogo está com os consumidores. Eles recomendam e validam uma marca. As marcas cada vez mais dependem dos consumidores-descobridores, que se tornam curadores. Criar conteúdo interessante para o envolvimento desse consumidor é a palavra de ordem.

Caridade Os consumidores esperam que as marcas tomem uma postura socialmente responsável e doem parte de seus lucros para apoiar uma boa causa. A fórmula vender e receber já não funciona tão bem.

As quatro maiores companhias aéreas do País transportaram 8,847 milhões de passageiros durante o período da Copa do Mundo em 77,2 mil voos. O movimento de 12 de junho a 13 de julho levou a uma média de ocupação (load factor) dos voos de 80% . Desse montante cerca de 1 milhão eram estrangeiros.

Foi aberta a temporada para compra de móveis a preços especiais em Ubá. Os principais varejistas do ramo apostam em campanhas promocionais para alavancar as vendas. Prometendo grandes oportunidades o momento é ideal para renovar a casa toda.

Parceria histórica A Apple e a IBM anunciaram uma parceria histórica para conquistar clientes corporativos, ao oferecer iPhones e iPads feitos sob medida para usuários de empresas. A parceria vai oferecer aplicativos para os dispositivos da Apple, que levarão a potência analítica de supercomputadores da IBM a uma força de trabalho móvel.

Planejamento e espontaneidade Operacionalizado por aplicativos da web que trabalham com serviço de localização, a chave para o sucesso dessas ferramentas é uma estratégia de sugestões inteligentes sobre o que fazer ou encontrar em um determinado lugar.

entes em todos os quesitos combinados a qualidade superior e preço justo.

Amigos da natureza

Compartilhamento

O termo eco-friendly está em alta. Produtos não polu54

O acesso para muitos consumidores é

a prioridade. Seja pelo espaço, custo ou pela consciência ambiental. A moda são produtos compartilhados que vão desde livros, bicicletas, carros, jogos até joias. Marcas cada vez mais investem nesse nicho.


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Dr. José de Alencar Ribeiro Médico Psiquiatra e Psiquiatra da Infância e Adolescência Contato: psiquiatrauba@gmail.com / www.psiquiatrauba.com

Tal Pai, Tal Mestre Divulgação

E

m tempos de celebração do dia dos pais, proponho uma reflexão a respeito dessa figura tão importante para nossa formação como pessoa. Simbolicamente o pai representa um mestre, honraria destinada aos que nos são referência. O mestre, por definição, é o indivíduo que adquiriu um conhecimento especializado sobre uma determinada área do conhecimento humano e, com sua grande especialização no assunto, é capaz de dar aulas a pupilos. Nas artes marciais, o mestre é chamado de “sensei” o que literalmente significa: “aquele que veio antes”. O sensei é um indivíduo de grande conhecimento, um professor detentor da tão almejada faixa-preta, que simboliza dignidade, dedicação, postura e liderança, que são características inerentes a um bom mestre. Por essa razão, o sensei transcende a arte de ensinar, pois, assim como um pai, passa a ser um formador de caráter, exemplo de boas condutas, de respeito, de cidadania, se tornando uma referência. O aluno projeta no sensei expectativas semelhantes às projetadas em um pai, brotando assim uma admiração e profundo respeito, pois uma pessoa é bela, não pela beleza em si, mas pelo reflexo de sua beleza que encanta os olhos dos outros. No íntimo do ser humano é indissolúvel a relação entre os mestres que nos apresentam a vida, da figura paterna, que é fundamental na nossa infância para a formação de nossa personalidade e de nosso caráter. Do ponto de vista psicanalítico, a participação efetiva do pai na vida de um filho promove segurança, autoestima, independência e

estabilidade emocional. Se me permitem uma experiência pessoal, curiosamente nunca chamei meu pai de mestre, não por demérito, muito pelo contrário, seria uma redundância chamá-lo assim, pois meu pai sempre supriu e superou minhas expectativas, sempre foi minha referência, meu sensei. Infelizmente nem todas as crianças têm a mesma sorte de ter um bom pai, por diversos fatores sociais e culturais, como violência doméstica, alcoolismo, descaso, abandono, negligência, ou simplesmente por não ter a oportunidade de conhecê-lo. São jovens carentes de um herói a quem possam admirar e se espelhar. E quantas pessoas passam por nossa vida e nos são referência ou que merecem o título de mestres? Às vezes um familiar, um vizinho, um ídolo do esporte, um grande amigo, ou até alguém distante, mas que nos é importante e que mereça tal honraria. Penso que Deus é o maior de todos os senseis, pois nos deu o livre arbítrio de eleger, admirar e seguir quantos mestres quisermos e amá-los à nossa maneira. Tal pai tal mestre são pessoas que guardaremos para sempre em nossas memórias, pois o que a memória ama fica eterno. Feliz dia dos pais, em especial ao meu querido pai.

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CAPA

Raul Carneiro Filho:

Por Juliana Campos

o carioca da gema e ubaense de alma

N

esta edição de agosto, mês que comemoramos uma data super especial, buscamos ilustrar nossa capa com um “cidadão ubaense” que reúne vários atributos em uma só pessoa: generosidade, inteligência, jornalismo, carisma, paixão pelo futebol, amor pela família... entre tantas outras coisas. Raul Carneiro Filho é o pai escolhido para representar nossa edição – Especial dia dos Pais. Aos 51 anos, Raul possui a formação acadêmica em Geografia e Comunicação Social – Jornalismo. É filho de Raul Carneiro e Elce de Faria Alvim Carneiro. Casou-se com a Bioquímica Fernanda Rodrigues Carneiro com quem teve três filhos: Victor, Matheus e David. Iniciamos nossa entrevista com a clássica pergunta: na sua época de criança, quais eram seus maiores sonhos? Categoricamente, Raul respondeu: ser jogador do Fluminense e surfista profissional... “(...) também queria ser entrevistado pelo Fato” enfatiza. Carioca da gema, nosso entrevistado mudou-se para Ubá em 1994, aos 30 anos e há 20 considera-se ubaense de alma: “Mudei pra Ubá um ano após o meu casamento. São 20 anos morando aqui e me orgulho em dizer que meus três filhos são ubaenses”. Raul se diz “fanático” pelo futebol desde Cabral e seus marujos: “(...) Mas, sou tricolor de renascença” afirma após ser questionado pela preferência pelo Fluminense. Diferente de muitas crianças, ele não tinha super heróis como ídolos, nossa capa ressalta convicto: “Meus super heróis são pessoas como eu,

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como você... são pessoas normais” destaca. Confira a seguir a entrevista realizada com o Geógrafo e Jornalista Raul Carneiro Filho e conheça sua trajetória profissional e familiar. Mergulhe em um bate papo onde valores, família, jornalismo, literatura, política e coisas afins compõe a vida do nosso entrevistado.

Entrevista: Revista Fato: Qual o legado deixado por seu pai? Raul: Passei por várias fases da vida. Em todas elas sempre tentei classificá-las, ordená-las para que fizessem sentido. Para isso utilizei vários índices, vamos assim dizer... paixões, necessidades, obrigações, por exemplo. Depois de certa idade, o critério de avaliação e classificação passa a ser mais difícil. A infância então... é um festival de novos conhecimentos: uma pipa rasgada, uma figurinha sumida, um dedo ralado... não há nada pior que mertiolate nessa idade! Mas acho que, tirando uma média das opiniões, chegaria fatalmente à conclusão de que o maior legado que meus pais deixaram é o olhar para frente, que a vida é para ser vivida com alegria, com amor, com esperança e fé. A vida sabe e ensina. Meus pais me ensinaram com bem-querer. Meu pai, já encantado, deixou a herança maior, que a vida é luta, é fardo, é dor, mas também é alegria, é prazer, encontro, honra, caráter e amor. Deixou que o que importa mesmo é uma lembrança boa, uma saudade doida, doída, companheira. Minha mãe está vivinha da silva e seu legado pode ser visto na minha cara de bobo ao ouvir o som de


Lucas Castanelly - Fotografe

sua voz quando ligo ou quando estou na casa dela, no Rio, no mesmo Botafogo de minha infância, aproveitando de sua convivência. Revista Fato: Embora eu conheça o Raul, professor e mestre, é perceptível o seu carinho com filhos e esposa. Quais os principais valores que você passa para eles como um chefe de família? Raul: Tenho intimidade com meus filhos. Falamos de tudo. Tudo mesmo. Diferentemente de outros tempos. Dois estão morando fora de Ubá. Um no Rio e outro em Juiz de Fora, depois de passarem um ano fora do Brasil, em projetos de intercâmbio estudantil. O mais novo, o David, ainda está por aqui, enchendo a casa da falta que os irmãos fazem. Bom mesmo é quando a casa está cheia... barulho, confusão e aprendizado. Revista Fato: Você escreveu um livro sobre logradouros da cidade de Ubá. O que te motivou a escrever um livro com este tema? Raul: Sempre quis ler um livro desse tipo. Um livro que contasse um pouco da história da cidade de meus pais, dos meus avós e, antes desses, de minha própria alma mineira, brasileira como tantas. Sei que existem vários do gênero. Livros piores, livros

Acredito que jornalismo e política não se separam - se completam. São duas forças que mudam o mundo, criam e vencem guerras, salvam e destroem vidas, alimentam e acabam com sonhos. Em meu utópico país, jornalismo e política são as mais eficazes armas para combater desigualdades, para promover justiça social, para distribuir renda e matar a fome e a sede dos sertões Raul Carneiro Filho

melhores, mas todos diferentes. Se ele der prazer de ler semelhante ao que deu para escrevê-lo, será um

sucesso. Se for fonte para pesquisas será uma honra, mas se conseguir as duas coisas será uma benção. Muitos amigos colaboraram, e se esse livro tem algum mérito é graças a essa especial ajuda. Quanto à interpretação e falhas a responsabilidade é exclusivamente minha. Espero sinceramente que as injustiças cometidas durante o trabalho sejam relevadas. Quando escrevi, foi sem a pretensão de ser completo, muito menos perfeito. Era uma dissertação de mestrado. Mas a motivação foi responder a perguntas... exemplo: o que o terremoto de Lisboa tem a ver com a educação no Brasil? Qual a relação do fim da corrida do ouro com a construção da igreja de São Januário? Será que o francês Guido Marliére esteve mesmo por aqui? E se esteve, o que representou essa presença? E a dona Euzébia era mesmo casada com o coronel Pacheco? Mas, mais do que respostas, esse livro tenta apresentar uma oportunidade de aprender e ensinar novas lições, afinal o sonho é necessário. A poesia é necessária. Portanto, o livro é de poesia e não de história. Poesia que na verdade conta a minha versão da história. Sempre que possível, tento contar de uma maneira menos didática como imortalizamos em nossos bairros, vias e praças públicas, nomes de santos, presidentes, celebridades e anônimos que de alguma forma contribuíram para Ubá dar no que


CAPA

deu. A propósito e de propósito, coronel Pacheco não era casado com Euzébia. O coronel chamava-se José Manoel Pacheco. Nasceu em 30 de setembro de 1840 e faleceu aos 74 anos em 18 de outubro de 1914. Euzébia Joaquina de Souza José era esposa do Domingos de Souza, outro grande fazendeiro. Revista Fato: Além desta obra, você escreveu outras? Raul: Algumas... Escrevo desde menino e um dia acabo aprendendo. Entendo que nunca paramos de escrever um livro. Só botamos um ponto e mudamos de assunto, mas o livro é o mesmo. Revista Fato: Você “é” ou “era” coligado ao PT. Como se deu isso? Raul: Ainda sou filiado ao partido. Não mais sou militante, nem participo de campanhas que fizeram minha cabeça por anos. Mas ainda sou petista. Revista Fato: E sua relação com a política? Como tudo começou? Raul: Uma pergunta interessante que merece uma reflexão... Bom, nasci e cresci no Rio de Janeiro, Botafogo, rua General Severiano, agarrado ao campo 58

do clube. No meu prédio moravam vários jogadores, inclusive o Jairzinho, o Furacão da Copa de 70. Era um grande edifício, era não, é, com uma grande área de lazer, destas que não se vê mais no Rio, a não ser em grandes condomínios da Barra ou Recreio. Jogava bola, bicicleta, papagaio, tinha espaço e companheiros, alguns até hoje. Entrei na universidade em 1981, na UFF. Aquele mundão de gente, de cursos, de descobertas. Lá descobri a leitura e vivi todo o momento de redemocratização do país. Durante meu primeiro período da universidade houve eleições para o DCE e, animado pelos ares democráticos, entrei em uma chapa. Pela primeira vez uma chapa com um calouro disputava e vencia uma eleição na UFF. Eu ainda não respirava política estudantil, até que a ‘coisa’ engrenou. Passei a ler biografias, filósofos, ensaios, Darci Ribeiro, Milton Paiva, Veríssimo pai e filho. Passei a ouvir Elomar, Chico, Xangai. Passei a me informar para ter o que falar. Aos poucos tomei gosto. Viciei. Isso com 19 para 20 anos. Vivia-se o período da abertura, da redemocratização, do fim da censura, do retorno gradativo da liberdade de expressão. Era contagiante. De repente tudo era esquerda ou direita. Na política estudantil era esquerda ou mais esquerda ainda. Tudo tinha uma marca. Era divertido e ingênuo.

Eu frequentava mais o DCE do que as aulas! Revista Fato: Você já se candidatou para exercer algum cargo político? Caso não, há alguma possibilidade disso acontecer? Raul: Não. Nunca. Fernanda não deixaria! Revista Fato: Sei, por alto, pronunciado por você mesmo durante as aulas que me fazia presente, que esteve durante um tempo de sua trajetória profissional em Brasília. Qual trabalho desenvolvia lá e por quanto tempo permaneceu? Raul: Foi um período de aprendizado. Acompanhei o Vadinho Baião em seu primeiro mandado como deputado federal. Somos amigos, uma relação melhor e mais interessante do que a de funcionários. Pelo menos entendemos assim. Revista Fato: O que te motivou a voltar para Ubá? Raul: Ficar perto de meus filhos, minha mulher e a própria dinâmica do trabalho e também uma proposta de dar aulas em Ubá. Revista Fato: Por que geografia como primeira opção de curso superior?


Raul: Essa coisa de ficar de frente para o mar e de costas para o Brasil nos impede de ver nosso país. Miséria, fome, descaso. Vivi situações que irão me acompanhar para o resto da vida. Tenho um baú lotado de recordações desse Brasil. Vasculho de vez em quando. É a Geografia no estado puro, e ela está em tudo que fazemos. Somos seres geográficos. Temos longitudes, latitudes e atitudes. Revista Fato: Por quantos anos lecionou (primeiro e segundo grau)? Raul: Em Ubá há quase 10 anos. Leciono no fundamental, no médio e no superior. Meninos e meninas de 10 a 70 anos. Revista Fato: Com qual idade graduou-se em Comunicação? Por que a escolha de fazer este curso? Raul: Aos 39 anos. A vida começa mesmo aos 40, menina! Segui o caminho da Comunicação Social depois de casado e com três filhos no lombo! E em todos as sentidos, até o geográfico: a faculdade de jornalismo veio bater na minha porta! Poxa vida, uma faculdade de Comunicação Social em Ubá!? Era uma oportunidade imperdível. Isso foi a segunda melhor coisa que já me aconteceu. Acredito que jornalismo e política não se separam - se completam. São duas for-

Tenho ótimos colegas de profissão, que seguram o curso com garra, determinação, talento e carinho. Por amor à profissão mesmo. Raul Carneiro Filho

ças que mudam o mundo, criam e vencem guerras, salvam e destroem vidas, alimentam e acabam com sonhos. Em meu utópico país, jornalismo e política

são as mais eficazes armas para combater desigualdades, para promover justiça social, para distribuir renda e matar a fome e a sede dos sertões. Sem um jornalismo ético, comprometido com a retidão da informação não há política que promova democracia, e sem democracia não há nada. Jornalismo e o magistério são paixões de minha vida, são as atividades que mais gosto de fazer depois de ficar com minha família. Revista Fato: Como você entrou para vida acadêmica? Raul: Através da Fagoc, onde me graduei Jornalista. Depois de formado fiz especialização, iniciei o mestrado e fiz a prova para ser professor da instituição que me graduou; Deu tudo certo e estou lá como colaborador desde 2006. Revista Fato: Tudo começou na Fagoc? Fale de sua trajetória dentro desta instituição. Raul: Passei por todas as etapas! Fui aluno, depois professor. Recebi uma proposta para ser coordenador da ANF, que é a agencia de notícias da instituição. Trabalhava diretamente com a coordenadora do curso, a jornalista e minha amiga Elisangela Baptista. Quando ela precisou sair de Ubá para voltar a Juiz

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de Fora, fui indicado por ela e aceito pela direção para assumir a coordenação do curso, isso em 2009, mesmo ano em que me tornei um dos sócios da faculdade. Revista Fato: Há pelo menos, quatro anos (acho que é isso), você está à frente do curso de Comunicação Social – Jornalismo, da Fagoc como coordenador do curso. Conte-nos sobre esta experiência e seus aprendizados e desafios durante este período. Raul: Completarei seis anos - se Deus quiser - no início de 2015. De lá para cá foram anos de aprendizado, alegrias, conquistas e, claro, alguns problemas. Tive a oportunidade de contar com colegas que transformaram o curso de Comunicação Social da Fagoc em um dos melhores do estado. Entre 2009 e 2012 erámos o segundo de Minas e estávamos entre os 20 melhores do país, segundo o MEC. Se eu for nominar todos os merecedores de elogios aqui, a entrevista não acaba. Mas meu agradecimento é geral mesmo. Tenho ótimos colegas de profissão, que seguram o curso com garra, determinação, talento e carinho. Por amor à profissão mesmo. Revista Fato: Como você vê a importância do curso de Comunicação Social da Fagoc para Ubá e região. Raul: Basta você voltar no tempo. Analise como era o jornalismo pré e pós Fagoc. Uma diferença abissal. Da diagramação à edição, passando pelo texto e pela forma como é dirigida. Verifique o investimento em comunicação antes e depois da faculdade. Acompanhe a empregabilidade dos formandos pela Fagoc. Em todo lugar que se olha tem alguém da Fagoc. É uma transformação social e tanto. Revista Fato: Descendente do fundador desta cidade, a responsabilidade de deixar um legado aumenta? Raul: Sou da família Carneiro. Tenho até um carneiro tatuado nas costas. É a minha marca. Minha família, minha origem. E sou Faria Alvim, também desbravadores destas terras. Sou bisneto de Júlia Alvim, que era casada com o coronel Galdino de Faria Alvim, líder político e sócio da Cia. Ferro Carril Ubaense, que explorava bondes de tração animal pelas ruas de Ubá em 1916, um negócio que ia muito bem até outro coronel, o Júlio Soares, conseguir retirar os trilhos das ruas. Meu bisavô foi o primeiro presidente da Associação Comercial de Ubá, foi também o primeiro ubaense a possuir um telefone, o nº. 1. Galdino era 60


filho de Cândido de Faria Alvim, irmão caçula do coronel José Cesário de Faria Alvim, que por sua vez era neto do capitão-mór, o fundador que era Carneiro, olha a confusão! Uma curiosidade: José Cesário era casado com Amélia Calado. Tiveram cinco filhos, o mais novo, Francisco Cesário Alvim casou-se com Maria do Carmo e entre seus filhos está a mãe do compositor Chico Buarque, Maria Amélia Alvim. Chico é meu primo, ora bolas! Outro fato interessante da vida desse político e jornalista mineiro, o José Cesário, é que ele e Leonel Brizola foram os únicos brasileiros a governar dois estados: Cesário governou Minas e Rio; Brizola foi mandatário no Rio e no Rio Grande do Sul. Também sou neto de Maria Camila Carneiro, que era casada com o Neném Carneiro, bisneto do capitão-mór Antônio Januário Carneiro, fundador da cidade – olha ele aí de novo! Minha avó Camila teve sua história marcada por sua personalidade: sábia, simples e bem humorada. Morreu em Ubá no dia 5 de novembro 1955, ano de JK e do nascimento da indústria automotiva brasileira, com o Romiseta, um carrinho pequeno e simpático que tinha a porta na frente. Seu enterro foi marcado por um acontecimento inusitado: entre filhos, parentes e amigos, juntamente com autoridades, uma legião de excluídos emprestavam uma comovente solidariedade. Tiveram 16 filhos. Meu pai é um deles.

Uma confissão: Meu sonho de verdade era ser escritor. Mais do que isso. Era viver disso. E depois de consagrado, com títulos traduzidos até para o – veja você português, escreveria minha autobiografia. É tanta vontade que já tenho até o título da auto biografia pensado: “ Esculhamba baixinho...” Raul Carneiro Filho

Revista Fato: Como você vê Ubá hoje? Em sua opinião, qual a nossa maior necessidade (âmbito geral)? Raul: Ubá conserva o hábito de atribuir a uns pou-

Amor

cos a construção da História de nossa cidade. Esses poucos são cultuados e perpetuados nos logradouros públicos de nossa cidade como verdadeiros autores dos acontecimentos mais importantes. Essa visão estreita esquece as transformações naturais de uma sociedade e a participação da massa anônima que não aparece nas esquinas de nossa cidade. Ubá cresceu, mas a ordem pública não. Ainda sofremos com a sonegação, com a herança centenária da falta de planejamento e com a dificuldade de buscar investimentos públicos ou privados para obras de infraestrutura. Já caminhamos muito. Ubá, assim como o Brasil ainda não é a sociedade de todos. Ainda não completamos a tarefa da reconstrução. Os motivos todos sabemos: heranças e aspereza política culturalmente institucionalizada. Ubá é um pedaço dessa fotografia: herdamos uma sociedade sem identidade. Somos uma cidade múltipla, diversa e com valores conflitantes. É como se existissem várias cidades, com valores e códigos culturais sem interação, o que nos torna somente uma cidade, nunca uma sociedade. Revista Fato: O que você vê em comum entre Rio e Ubá, além do calor? Raul: Acredito que historicamente estamos ligados ao Rio. Era para lá que iam ubaenses atrás de empregos e oportunidades nos anos 30, 40. Somos este

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CAPA

extrato. Torcemos para os clubes de lá. Adoramos a BR-040. Merecíamos um quiosque com chope na beira rio num final de tarde. Revista Fato: Autores ubaenses que em sua opinião fizeram e fazem história. Raul: São vários e bons: Fernanda Carneiro, Palmyos Carneiro, Dr. Levindo, Fernando Dias Paes, José Xavier, Juninho Carneiro, Rosalvo Braga, Clotilde Vieira, Evandro Albuquerque e muitos outros... vou esquecer a maioria, são muitos, ainda bem! Revista Fato: E artistas? Em sua opinião, quem representa e/ou representou Ubá de corpo e alma? Raul: Novamente vários e bons... Filipe Rufato, Fabricio Sereno, Miucha Trajano, Max Barreto, Bráulio Hilário, Alan Reis, Helder Carneiro... vou esquecer nomes importantes novamente... me poupe deste vexame! Revista Fato: Qual o seu autor de cabeceira? Raul: Essa é fácil: Darci Ribeiro, Eduardo Bueno e Eduardo Geleano. Revista Fato: No jornalismo, quais os maiores destaques em âmbito nacional? Raul: Nossa! Juliana Campos vale? Não? Então va-

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mos de Heródoto Barbeiro, Célio Campos e Felipe Pena. Revista Fato: E no Brasil... como você vê a nossa classe? Raul: Ainda desprotegida e manipulada. As redes sociais ainda não se definiram como aliada ou arapuca. Uma função do Jornalismo nos regimes democráticos é fiscalizar os poderes públicos e privados e assegurar a transparência das relações políticas, econômicas e sociais. Isso ainda é complicado por aqui. No interior mais ainda! A imprensa e a mídia são às vezes chamadas de o “Quarto Poder” mas acredito que algumas pessoas temem tanto a transparência que acham que ela é o primeiro. Revista Fato: Espaço aberto para mais considerações. Raul: Nem doeu! Uma confissão: Meu sonho de verdade era ser escritor. Mais do que isso. Era viver disso. E depois de consagrado, com títulos traduzidos até para o – veja você - português, escreveria minha autobiografia. É tanta vontade que já tenho até o título da auto biografia pensado: “ Esculhamba baixinho...” E vou lhe confessar uma coisa. Já comecei a escrevê-la quatro vezes, mas sempre termino na quinta folha. É essa minha mania de frases curtas. Su-

cinto demais. Resumo tudo. Conto o final da piada. Não espero os créditos do final do filme. Sempre fui embora aos 42, 43 minutos do segundo tempo. Sempre sentei perto da porta. Minha biografia seria curta mesmo se não fosse escrita por mim. Tem muitas passagens de tempo da minha vida que em duas páginas conta-se tudo. (ou quase tudo, se você não souber ler nas entrelinhas). Por exemplo, minha experiência no surf; minha atuação como autor, ator, dublador e diretor de teatro; minha carreira como músico, interprete e compositor; minha vida literária; meus gols de cabeça (todos dois); meus campeonatos de botão; minhas idas ao Maracanã; minhas fantasias; meus delírios e meus amigos. Tudo isso em cinco páginas. Mas se eu deixar de resumir, talvez estique a biografia por uns 10, 20 capítulos, mas perderia a autenticidade. Mas contaria fielmente minhas aventuras pelo Brasil e pelo mundo, sobre os bizarros e engraçados seres humanos que cruzaram meus caminhos; também os grandes companheiros de “copo” e alma que cresceram comigo, aprendendo juntos o certo e o errado, o bonito e o feio e principalmente o lado certo da onda... E minha biografia seria enxuta, para não ferir ninguém. Leve, mas com generosas doses de sarcasmo. Franca, mas salpicada de reflexões pessoais. Agnóstica, mas completamente temente a Deus. Divertida, mas com muita lágrima escondida...


FUTEBOL E CIA

Marina Fusaro Graduada em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Estácio de Sá (UNESA RJ) e Especialista em Jornalismo Esportivo por Faculdades Integradas Hélio Alonso (FACHA RJ) Contato: marinafusaro@yahoo.com.br

Uma Copa do Mundo antes contestada por muitos, termina com mais acertos do que erros e consagra a melhor seleção

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epois de um mês respirando futebol, o Brasil se despede da Copa de 2014 com uma certeza: aquela, que segundo os próprios brasileiros, seria “A Copa do Caos”, ou até mesmo, que não aconteceria, foi muito além das expectativas, agradando a técnicos, jogadores, turistas e jornalistas de todo o mundo. Além da organização, acima do esperado, o bom futebol imperou nos estádios brasileiros e encantou a todos. Como vem se mostrando nos últimos anos, o futebol mais bem organizado taticamente dos europeus parece superar mesmo os talentos individuais dos sul-americanos. Assim como a Espanha em 2010, a Alemanha deste ano mostrou que o trabalho a longo prazo funciona. A equipe que joga há pelo menos seis anos junta apresentou um futebol de alto nível técnico, além de entrosamento e destaques em todas as posições, como Neuer, Lahm, Schweinsteiger, Kroos, Khedira e Klose. Os alemães estrearam goleando Portugal, do melhor jogador do Mundo, Cristiano Ronaldo por 4 a 0, golearam os donos da casa por 7 a 1 e venceram a Argentina na final com gol na prorrogação. Os campeões deste mundial não só jogaram o melhor futebol da Copa, como também foram destaques fora das quatro linhas: simpáticos e atenciosos com os brasileiros, os jogadores interagiram o tempo todo com a população de Santa Cruz Cabrália, na Bahia, e postavam mensagens em português nas redes sociais, cativando a todos. A vice-campeã Argentina não mostrou todo o potencial de sua seleção, mas com um Messi decisivo na primeira fase e com Di Maria e Mascherano jogan-

Divulgação

do muito no mata-a-mata, os argentinos chegaram à final e jogaram de igual para igual contra os europeus, tendo chances inclusive de conquistar o Tricampeonato em solo brasileiro. A Holanda, sempre ela, a Laranja Mecânica, que encanta a todos com um futebol solto e habilidoso, foi a terceira colocada da Copa. A equipe européia começou a todo vapor, goleando, a então campeã Espanha por 5 a 1 no jogo de estréia. Os holandeses foram eliminados da final pela Argentina (nos pênaltis) e na disputa do terceiro lugar, bateram o Brasil por 3 a 0, sem um de seus principais jogadores, Sneijder. Aos 30 anos, Robben ainda se destacou por sua habilidade e força física. Se estas três seleções se destacaram, as decepções ficaram por conta da Espanha, que tentaria o Bicampeonato e não passou nem mesmo da primeira fase e do Brasil, que em casa, passou aperto para ganhar de seleções mais fracas e ainda sofreu duas goleadas: os históricos 7 a 1 para a Alemanha nas semifinais e os 3 a 0 para a Holanda na disputa do terceiro lugar. Com o fim da Copa do Mundo, os brasileiros pedem por legados. Não acredito que eventos como a Copa deixem legados para o país, para o povo. E isso não é só no Brasil, mas em todos os lugares do Mundo, mas se o evento é esportivo, porque não um legado para a Seleção Brasileira: que ela aprenda que não adianta achar que só por jogar, ou contra seleções tidas como mais fracas, ou por achar que seus jogadores são melhores que outros, que irão ganhar. Para vencer uma Copa do Mundo é preciso muito trabalho, dedicação, entrosamento, e claro, jogadores que façam a diferença.

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AUTO FATO

Cláudio Medeiros Lippi Fotógrafo profissional, Bacharel em Direito formado na Faculdade Unipac de Ubá-MG. Atualmente cursando História na Faculdade Unopar

Novo Passat sai do forno

em Ubá-MG. Antigomobilista. Contato: studioclaudio1@hotmail.com

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novo Passat 2015 é apresentado à imprensa na Alemanha. O carro que foi lançado no dia 03 de julho está bem mais leve (85 kl/s a menos) que a versão anterior e contará com cinco motorizações a gasolina (1.4 TSI em duas configurações, 1.8 TSI e 2.0 TSI em duas configurações), quatro a diesel (1.6 TDI e 2.0 TDI em três configurações) e uma híbrida (esta com autonomia combinada de quase 1.000 km).

O lançamento oficial será no Salão de Paris, em outubro. Ele contará com novíssimas lanternas de LED, heads-up display, alerta de tráfego traseiro, freio urbano de emergência, assistente para estacionamento e assistente para situações de congestionamento. Um carrão pra quem é fã da marca. Tomara que não demore a chegar ao Brasil.

agora terá apenas o nome Weekend na linha 2015 com mudanças no volante e no painel, apenas. A versão Adventure vem agora com Kit urban com rodas de 16 polegadas de uso urbano e largura 205/60, para atrair aos “boys” que curtem um visual mais urbano e menos aventureiro. 3- Volkswagem: Já está preparada a chegada do Novo Fox que deverá vir no 2° semestre deste ano. As mudanças serão maiores nos faróis dianteiros mais finos e nas lanternas traseiras que estarão estendidas para dentro do porta malas, característica atual dos novos modelos da marca.

Auto Giro 1- Renault: O novo Sandero já é vendido em com sua nova carroceria e frente igual a do Logan. O preço parte de R$29.890 para o modelo com o mesmo motor 1.0 16v com 80 cv usado nas versões anteriores.

2- Fiat: A Palio Weekend perde o nome Palio: A perua Fiat continuará sendo derivada do hatch e 64

Fiuk ( filho de Fábio Júnior) destrói seu carro de competição Era uma vez um lindo Nissan Skyline azul idêntico ao do filme Velozes e Furiosos que o “ator” Fiuk destruiu ao colidir na traseira de outro veículo em Baruerí, região metropolitana de São Paulo. O veículo não tem autorização para trafegar nas ruas, pois trata-se de um veículo preparado apenas para competições de “drift” em circuitos fechados. Fiuk, que até hoje ninguém sabe se é ator, cantor ou piloto, felizmente não se feriu, assim como o condutor do outro veículo. Pelo jeito, Fiuk é tão bom piloto como é ator.

10 Dicas para lavar seu carro 1- Use somente shampoo próprio para carros ou sabão neutro. Fuja dos detergentes, pois este produto mancha a pintura. 2- É necessário ter uma ordem para ensaboar o carro: teto, vidros, portas, capô, para choques e por último as rodas. Nunca deixe secar a água enquanto estiver ensaboando, pois o sabão poderá manchar a pintura. Lave sempre de cima para baixo pois, assim evita que alguma sujeira arranhe a pintura. 3- Para remover sujeiras pesadas localizadas nas caixas de rodas e embaixo do automóvel, o ideal é usar um desengraxante. 4- Jamais lavar seu carro no sol pois a medida que se vai lavando o excesso de calor irá manchar sua pintura. Escolha um local com sombra. 5- O pano ou bucha que você usa na lataria não poderá ser o mesmo que você usa nas rodas, pneus e partes baixas do veículo, pois este procedimento poderá acarretar arranhões na pintura. 6- Para secar os vidros o correto é utilizar uma palheta de para-brisa. 7- Não esquecer de colocar o tapete de volta apenas quando estiver totalmente seco. Em veículos antigos este mau procedimento poderá reter água no fundo acarretando mofo e ferrugem. 8- No painel um pano úmido já é o suficiente para uma boa limpeza. 9- Se você não tiver o “pretinho” ou silicone, para os pneus uma dica: misture glicerina (100 ml), álcool (50 ml) e água (50 ml). O resultado será incrível. 10- Uma sugestão para quem quer um cheirinho: utilize um algodão com o perfume escondidinho em algum canto do carro.



ABRINDO O CLOSET

Por Juliana Campos

Paulo

Furtado

Ficha Tecnica Nome completo: Paulo Roberto Ferreira Furtado Idade: 42 anos Profissão: Representante Comercial Uma frase: “Eu não sei o caminho para o sucesso, mas, sem dúvida, o caminho para o fracasso é agradar a todo mundo” John Kennedy. Valores: Honestidade, generosidade, lealdade e respeito ao próximo. Amor: As três mulheres da minha vida! Minha esposa Waléria e minhas duas filhas, Júlia e Ana Luíza. Signo: Gêmeos Livro: A menina que roubava livros – Markus Susak Atividade: Comércio e representação de embalagens plásticas .


Produção: Laryssa Delazari - AD Espaço da Beleza

Entrevista Com qual frequência você visita lojas? Visito lojas com frequência moderada. Você se considera um homem vaidoso? Sim. Na hora de se vestir, você tem ajuda da sua esposa e filhas? Procuro escolher minhas próprias roupas, no entanto, gosto de contar com a aprovação delas quanto a minha escolha. Naturalmente, homens não são muito ligados ao universo da moda. Mas claro que há exceções e dependendo da pessoa, a mesma dá um show em elegância e bom gosto ao se vestir. Você considera-se um homem de bom gosto? Sim.

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Lucas Castanelly - Fotografe

Você acha que uma produção perfeita depende apenas da roupa ou se preocupa também com a combinação de cores, sapatos, cintos e demais acessórios? As roupas são fundamentais, mas a combinação de cores e acessórios sem dúvida complementa e realça a produção. Quais são as suas cores favoritas? Vermelha, verde, azul e branca. Qual é a produção, que em sua opinião, cai bem em qualquer ocasião? Calça jeans slim, camisa de tecido slim, cinto e sapato ou sapatênis. O que não pode faltar no seu guarda roupa? Calça jeans slim e camisa de tecido slim. Qual o fator determinante que te influen-

cia na hora de se vestir? Sentir-me bem com a roupa que eu estiver usando. Perfumes sempre ou somente em ocasiões especiais? 24 horas por dia! Qual a roupa que você veste que faz você se sentir confortável, independente do lugar? Calça ou bermuda e camisa polo. As suas filhas dão muito palpite na hora de você se vestir? Sim, na maioria das vezes. Para caprichar na produção, você prefere o verão ou o inverno? Por quê? Sem dúvida o inverno. As roupas dessa estação são mais elegantes! Normalmente, você frequenta mais lojas de roupas ou de sapatos? Frequento mais lojas de roupas.


MODA

Mozart Almeida Estilista graduado em moda pela UFG Universidade Federal de Goiânia. Contato: mozartgalmeida@hotmail.com

Diário de Estilo

Eles vestem: - Terno, camisa e gravata: P&A, - Sapato: Rafael Steffens; Foto: Fabiano Araújo - Fotografe; Make e Cabelo: Laryssa Delazari (AD Espaço da Beleza).


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á um tempo, a única inspiração do homem eram as coisas do cinema. Hoje, você provavelmente transporta o que vê também na televisão, nas revistas e na web para o

Bruno Campelo veste: - Camisa e gravata: P&A, - Suéter e calça: P&A, - Sapato: Rafael Steffens - Relógio: Chilli Beans; Foto: Fabiano Araújo - Fotografe; Make e Cabelo: Laryssa Delazari (AD Espaço da Beleza). 70

guarda-roupa. Mas enquanto as peças de antes que eram atemporais, as de hoje podem deixá-lo em dúvida entre as muitas direções da moda. Clássico e moderno podem formar uma equação complexa, mas é possível encontrar o balanço ideal. As roupas atuam em um papel decisivo, no trabalho, em um casamento ou durante o lazer. Nas últimas décadas, os homens se tornaram mais corajosos, espertos e apurados para escolher suas peças. Cores fortes, listras e estampas infiltram no acervo contemporâneo.


Bruno Campelo (a direita) veste: - Blusa, blaser e calça: Loja Radar, - Sapatênis: Loja Radar - Óculos: Chilli Beans; Diego Marques (a esquerda) veste: - Camisa: P&A, - Calça: Loja Radar, - Coturno: Rafael Steffens Foto: Fabiano Araújo - Fotografe; Make e Cabelo: Laryssa Delazari (AD Espaço da Beleza). 71


Bruno Campelo (a esquerda) veste: - Blusa e bermuda: Loja Radar, - Sapatilha: Rafael Steffens - Óculos e relógio: Chilli Beans; Diego Marques (a direita) veste: - Blusa e bermuda: Loja Radar, - Sapatênis: Rafael Steffens, - Óculos e relógio: Chilli Beans; Foto: Fabiano Araújo - Fotografe; Make e Cabelo: Laryssa Delazari (AD Espaço da Beleza). 72


Diego Marques veste: - Blusa, camisa, blaser e calça: Loja Radar, - Sapatênis: Loja Radar; Foto: Fabiano Araújo Fotografe; Make e Cabelo: Laryssa Delazari (AD Espaço da Beleza).

Produção: Mozart Almeida; Assessoria de Produção: Thalita Nogueira; Make e Cabelo: Laryssa Delazari (AD Espaço da Beleza); Modelos: Bruno Campelo, Diego Marques; Fotos: Fabiano Araújo - Fotografe; Roupas: P&A, Loja Radar; Sapatos: Rafael Steffens, Loja Radar; Acessórios: Chilli Beans; Local: Estúdio Fotografe.


COMPORTAMENTO

Lei da Palmada

Por Higor Siqueira

A polêmica continua com a aprovação pelo Senado

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Lei Menino Bernardo, conhecida na imprensa como “Lei da Palmada”, foi aprovada pelo Senado no dia 4 de Junho deste ano. A aprovação na Câmara dos Deputados havia acontecido no dia 21 de Maio. A Lei consiste, basicamente, na proibição do uso de castigos físicos ou atitudes cruéis e degradantes para o físico e a moral, na educação de crianças e adolescentes. O projeto da lei foi relatado pela deputada Teresa Surita e prevê que os pais que maltratarem seus filhos sejam encaminhados ao programa oficial de proteção à família e a cursos de orientação, tratamento psicológico ou psiquiátrico, além de receberem advertência. A criança que sofreu os maus tratos deverá passar por tratamento especializado por causa de traumas e problemas do gênero que podem se desencanar após as agressões. Existe ainda uma multa que pode ir de três a 20 salários mínimos para médicos, professores e a agentes públicos que souberem de alguma agressão por meio de suas profissões e não denunciarem o ocorrido às autoridades. A Lei da Palmada tem causado bastante polêmica em todo o país desde que foi proposta, em 2003. De um lado, aqueles que acreditam que o Estado não deve interferir no modo como os pais educam seus filhos; do outro, aqueles que são a favor, visto que há casos de problemas familiares do gênero de extrema preocupação. Reunimos opiniões de ubaenses entendedores do assunto para ilustrarmos melhor o caso:

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Fabiano Araújo - Fotografe Arquivo Pessoal / Divulgação

Sou do tempo em que bastava um simples olhar dos meus pais para que pudesse ter a real compreensão das minhas atitudes, de forma que obedecia prontamente, assim que o olhar fosse de reprovação, motivo pelo qual, sou eternamente grato em especial à minha falecida mãe Cleuza Evangelista Lara pelas chineladas que tomei. Assim, passei a ter consciência do que é certo e do que é errado e, principalmente, da forma correta de tratar as pessoas, reconhecer seus valores como cidadãos e respeitá-los em sua plenitude. Atualmente, estamos diante de uma verdadeira inversão de valores. Muitas crianças e adolescentes respondem os pais ou demais responsáveis de forma agressiva e sem qualquer escrúpulo. A meu ver, o Estado não deveria estar intervindo na maneira em que os filhos são educados. Penso que os pais são os mais indicados para estabelecer a melhor forma de educar os filhos, sem pretender desmerecer os profissionais voltados para área psicológica e educacional. Portanto, inibir a maneira de corrigir as condutas do filho poderá inverter os valores ao ponto de os pais serem alvo de represálias. Apesar de o legislador possuir a melhor das intenções, não vejo pontos positivos na Lei 13010/14, por outro lado, podemos apontar uma série de pontos negativos, principalmente no que se refere ao conceito de castigo físico e tratamento cruel ou degradante. Da forma como está contido na lei, não é possível saber exatamente o que se pretende coibir. Em que consiste o castigo físico? No mesmo norte, em que consiste o tratamento cruel? Da maneira como foi elaborada a redação da lei, ampla margem de interpretação poderá surgir. O que é degradante para mim poderá não ser para outra pessoa. Não estou fazendo apologia a agressões humilhantes a crianças e a adolescentes. Apenas penso que os pais podem, sem qualquer intervenção, educar os filhos, dentro da razoabilidade e do bom senso. César Campos Lara, OAB/MG 108.555, pós-graduando em Direito Tributário, advogado membro do escritório Pacheco & Sousa Assessoria Jurídica e Empresarial.

Sou a favor dessa lei. Acredito que a polêmica que se instaurou no país é devido à falta de informação das pessoas quanto a essa nova lei. Acredito que pouco vai se alterar visto que temos o ECA (Estatuto da Criança e Adolescente) que já faz esse controle. O que essa nova lei traz de diferenciado é na responsabilização de profissionais que tem contato direto com os menores e que estão numa situação de “risco” como médicos, professores e agentes de saúde. Com a lei da palmada não poderemos mais ser negligentes quanto a casos de agressão ao menor, temos que agir e tomar uma atitude. Portanto, sou a favor, pois como professora me sinto responsável por meus alunos quanto ao seu bem estar e gostaria que todas as crianças e adolescentes tivessem esse mesmo tratamento. Nós professores observamos que essas crianças e adolescentes “refletem” muito a educação que esses têm dentro de casa. Portanto, os pais devem dar bons exemplos a seus filhos. Muitos pais acreditam que oferecer bens materiais é mais importante, mas estão enganados. O vital para a educação dos filhos é o bom exemplo. Ser rígido no momento certo e propor limites vale muito mais do que uma palmada. O castigo físico pode surtir um efeito imediato, mas o estabelecimento de regras pode ser um método mais adequado a essa criança. Tatiana Costa Coelho, 30 anos, Doutora em História, Professora Acadêmica.

Partindo do princípio de que a Lei da Palmada surge para impedir tratamentos cruéis ou degradantes na educação de crianças, sou a favor. Há maneiras de educar sem maltratar. Já vi na mídia casos de pais que maltrataram e espancaram os filhos, utilizaram artifícios cruéis e até mantiveram crianças amarradas. Há discussões que defendem que o Estado não deve intervir na educação dos filhos dentro de casa, mas minha opinião é que a punição física não educa e sim amedronta o filho. Estou falando como uma mamãe de primeira viagem, aguardando ansiosa a chegada da minha filha, e penso que a educação deve ser aplicada desde o início da vida. O papel dos pais é de ensinar, preparar o filho para a vida, para viver em sociedade. Tudo deve seguir de acordo com a idade da criança. Desde pequena ela começa a ter percepção do que está fazendo, de certo e errado, se for corrigida da forma correta, e também não adianta querer fazer uma criança ter consciência de um adulto formado. Os pais devem implantar dentro do lar aquilo que querem que o filho aprenda, não adianta ensinar algo que os próprios pais não fazem da forma correta, por exemplo. Acho que os principais ingredientes para uma boa criação e educação é ter calma e muito amor, mas nunca deixar de corrigir e ensinar. Tudo se baseia no equilíbrio, na dose certa e na disciplina, tudo tem hora certa. Juliana Balbueno, 23 anos, cursando Comunicação Social – Jornalismo, comunicadora no site Cultural Life e Agência Atorre.

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MINHA CASA

Rosane Carvalho Designer e Coordenadora de Estilo proprietária do Manga Design (32) 9952-9749

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Mundo Pop A

estética pop, que deriva da palavra ‘popular’, nasceu oficialmente na Inglaterra no movimento Pop Art a partir da colagem Just what is that makes today´s homes so different, so appealing, do pintor Richard Hamilton, em 1956. Mas foi nos Estados Unidos que ela atingiu sua máxima expressividade e uma significativa aproximação com a realidade da nova sociedade consumista através das obras de artistas como Andy Warhol, Roy Lichtenstein e Claes Oldenburg .

Uma casa pop é entendida como um local dinâmico e flexível, adaptado à velocidade da vida contemporânea. Tudo é mutável e nada pode ser predeterminado. Linhas curvas, maciez nas texturas e cores vivas prevalecem tendo como base uma paleta de tons típicos dos anos 60, misturados a novas tintas brilhantes e atraentes. O espaço é vivido de maneira livre, tapeçarias e texturas óticas alteram a percepção das paredes tornando-as mais fluidas. A anticonvencionalidade é outra característica da casa pop, que

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recorda a liberdade dos anos 60. Nas residências atuais, podemos encontrar com frequência objetos daquela época, como discos de vinil, luminárias, revistas em quadrinhos, cartazes publicitários, letreiros luminosos e outros itens adquiridos em feiras de antiguidades. A casa, seja ela uma revisitação dos conceitos pop ou simplesmente uma reconstrução do tema, continua sendo a máxima expressão de si e um autêntico espaço emocional.

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Imagens: 1- warhol.org 2,3,4,5,6,9,10 - Coleção Folha Design de Interiores, vol.5 7- Pinterest.com 8-Livro:Tricia Guild -A Certain Style 77


DIVERSÃO E ARTE

Festa do Horto

Por Higor Siqueira

é realizada com sucesso O ANIVERSÁRIO DE 157 ANOS DE UBÁ RECEBEU POPULAÇÃO LOCAL E DE CIDADES VIZINHAS EM UM EVENTO TRANQUILO E SEGURO

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s comemorações dos 157 anos de Ubá foram celebradas nos dias 3, 4, 5 e 6 de Julho no Parque de Exposições do Horto Florestal com a tradicional “Festa do Horto”. As atrações principais foram: a dupla sertaneja Victor & Leo no feriado de quinta-feira; a banda NX Zero na noite de sexta; Emmerson Nogueira no sábado e o cantor gospel Regis Danese no domingo, fechando as festividades. No início dos dias de festa, ainda na quinta, o Padre Roberto Peluso celebrou uma missa na Igreja São Januário em ação de graças pelo aniversário da cidade, rezando pela paz e pelas famílias ubaenses. A Ordem dos Pastores Evangélicos também orou pedindo paz para todos, com o tema “Ubá... eu amo, eu oro, eu cuido”. Já no domingo (6), a Divisão de Esportes da Secretaria Municipal da Educação e a coordenação técnica da VIP Assessoria Esportiva realizaram a 6ª Corrida Rústica Cidade Carinho. Foram 5 km percorridos por 300 atletas pelas principais ruas do centro da cidade, partindo da Praça São Januário. Durante os dias de Festa do Horto, além das atrações principais, o palco secundário recebeu diversos artistas locais e regionais, que embalaram canções dos mais variados gêneros musicais. Foram eles: Denis e Cristiano, Célio de Luccas e Sandro Schiavon, Netto e Léo, Missim Pires, Banda Nordka, Banda Trinity, Banda Psicose, Marcos e Kiel, Mr. EZ, Banda John Clay, Bráulio Hilário e Banda, Bruno Barletta e Banda, Marcos César e Banda, Companhia da Alegria e Ceny Miranda. E, abrindo o show de Emmerson Nogueira, o cantor Gleyson Túlio no violão, voz e sampler, que foi muito aplaudido e teve que voltar ao palco a pedido de bis da plateia animada. Como de costume, o Parque de Exposições Irineu Gomes Filho foi estruturado com barraquinhas 78

onde era possível encontrar todos os tipos de bebidas, comidas, doces e guloseimas e, é claro, o parque com brinquedos e atrações para os que gostam de um pouco de diversão e adrenalina. Para efeito de curiosidade, o parque não foi liberado no primeiro dia por falta de vistoria e no domingo duas quedas de energia fizeram com que algumas pessoas desistissem de andar nos brinquedos, devolvendo os tíquetes comprados e recebendo o seu dinheiro de volta. Os responsáveis pelo parque alegaram que o problema que causou as quedas foi referente aos transformadores nas instalações do Horto. É da ciência de todos que a Festa do Horto este ano causou certa insegurança na população visto os últimos acontecimentos infelizes em eventos recentemente. A cidade estava apreensiva se seria seguro ir ao parque de exposições, com medo de qualquer confusão que, como das últimas vezes, pudesse chegar a tragédias e incidentes maiores. Foi o caso do

tiroteio ocorrido em setembro do ano passado, no Horto, onde duas pessoas morreram e outras várias ficaram feridas, antes de um show do grupo Sorriso Maroto começar em um evento particular. Entretanto, com a segurança redobrada, as comemorações ocorreram sem maiores problemas, culminando em um verdadeiro sucesso no quesito números, diversão e tranquilidade. O Coronel Campos, comandante do 21° Batalhão da Policia Militar, relata alguns detalhes sobre o sistema de segurança da Festa do Horto neste ano: “O esquema de policiamento montado para o evento contou com cerca de 70 policiais militares e 15 viaturas; destacamos a atuação da nossa Base Comunitária Móvel, que foi um posto da PM localizado na entrada principal, com toda estrutura de atendimento ao publico para informações e ocorrências durante o evento; viaturas preventivas em pontos estratégicos com giroflex ligado; e dois postos de vigilância na área do show onde os militares observavam o público de


Higor Siqueira / Divulgação

cima com apoio de um canhão de luz para identificar suspeitos e possíveis brigas”. O Coronel ainda afirma que haviam patrulhas andando pelo espaço de forma itinerante com realização de buscas e identificação de pessoas suspeitas, e que o corpo de segurança também contou com o reforço de 10 militares da Companhia de Missões Especiais de Juiz De Fora. Além de tudo isso, foi montado um sistema de segurança por câmeras espalhadas pelo parque onde um policial tomava conta das imagens ao vivo. O prefeito da cidade, Vadinho Baião, divulgou uma nota oficial a imprensa onde declara sua total satisfação com relação ao evento: “Eu quero agradecer e parabenizar toda a população de Ubá e visitantes que foram ao Horto Florestal nestes quatro dias de festas, dando um grande exemplo de como se comportar, mostrando que a cultura e a música vencem a violência. Todos os shows tiveram grande público e não tivemos nenhuma ocorrência. Quero agradecer também aos parceiros que tiveram fundamental importância e colaboraram, garantindo à população presente no Horto, a segurança e tranquilidade que merecem. Eu começo pela Polícia Militar, na pessoa do Tenente Coronel Campos e do Capitão Castro e a todos os policiais que trabalharam lá de quinta a do-

Victor e Leo atraiu um público de 15 mil pessoas na noite do aniversário de 157 anos de Ubá.

mingo, garantindo segurança à população; agradeço também aos servidores da Prefeitura que trabalharam incansavelmente para que pudéssemos oferecer esta festa, aos artistas de Ubá e região pelas brilhantes apresentações, a todos os trabalhadores das barracas, à Delta Produções, à equipe organizadora e aos atletas que participaram da 6ª Corrida Rústica Cidade Carinho e agradeço também o apoio da imprensa que trabalhou e colaborou na divulgação de todo o evento; toda a mídia local dos nossos jornais e revistas, sites, redes sociais, rádio, televisão e a todos que colaboraram para o sucesso das comemorações dos 157 anos de Ubá”.

Andressa Ribeiro Martins, de 21 anos, compareceu à Festa do Horto todos os dias para prestigiar a festa de aniversário da cidade e ela afirma que adorou todos os shows: “Cada um com seu público especifico. Quando começava qualquer indício de brigas, os policiais agiam rapidamente e tiravam os baderneiros do local. Sendo assim, a festa ficou organizada e me diverti muito” declara. Para a ubaense Malu Barros, embora tenha ficado meio receosa de ir ao evento devido aos boatos vistos na internet e de boca a boca, dos quatros shows, ela optou por curtir o show de Emmerson Nogueira. “Foi espetacular! Muitos casais, pessoas aplaudindo, assovios, tudo que um artista excelente como Emmerson Nogueira merece! Fiquei realmente encantada com o que vi! Povo todo cantando, vibrando! Inclusive eu, certamente” ressalta Malu. Ela ainda afirma que não presenciou nenhum início de briga. “Quanto à segurança, impecável! Tudo muito bem organizado. O que de fato eu já esperava, visto que foi uma empresa bem conceituada que sempre pode nos apoiar nos eventos que se faz presente. Falo da Delta Produções! Indiscutivelmente confiável. Ao Prefeito Vadinho Baião, meu parabéns” encerra.

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CRÔNICA

Wellington Netto Radialista e Cantor wellnetto@hotmail.com

O verdadeiro Pai www.facebook.com/wellington.netto.3

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Quantas vezes nos sentimos sozinhos? Quantas vezes, após perdermos quem amamos nos sentimos sozinhos, desprotegidos e ansiosos por abraço acolhedor e que aqueça não apenas o corpo, mas que conforte a alma e aqueça o coração? Muitas vezes me arrisco em responder sem medo de errar. Somos parte de um todo que se constrói através de relações. O amor é a base, porém, outros sentimentos é que fazem a massa desse bolo delicioso que é a vida crescer. A relação paterna, por exemplo, é uma construção fabulosa e para os afortunados que a possui, de fato deve ser incrível. Imagino que deva ser muito bom ter o abraço acolhedor, a palavra cheia de certeza e a confiança de que se pode confiar e contar sempre. A presença da figura paterna deve realmente acalmar, tranquilizar e garantir dias mais leves. Porém, existem milhões de pessoas que não tiveram essa sorte. Ainda mais na sociedade atual e “moderna”, onde a individualidade e pseudo independência feminina permite relações pela metade e a não obrigação de pessoas suportarem os defeitos do outro. Cada vez mais, crianças por conta da escolha de seus pais não aproveitam dessa maravilha que é ter uma família onde a convivência sadia lhes garantem uma formação completa. Porque sim: por mais que muitos afirmem não precisar, a convivência com os dois lados da estrutura familiar é importante. A presença da mãe é a espinha dorsal da família. É ainda de forma geral a presença amável da mãe que rende aos filhos a certeza da existência do amor, porém, a presença do pai pode ser considerada os membros que garantem a força do caminhar sem medo. Somada a presença amável da mãe com a coragem do pai teremos pessoas experimentando de tudo que o mundo precisa. AMOR, FORÇA e CORAGEM. Mas essa matemática da vida há tempos não fecha. Muitas pessoas estão com saldo vermelho. Crianças gerando crianças. A falta de compromisso

com a vida humana. A “modernidade” revelando uma geração que tem preguiça de pensar e construir dias melhores aos que estão chegando. Parece o caos, parece à chegada do apocalipse. Estamos órfãos e sem rumo. O que podemos fazer? Pra onde olhar e pra onde devemos ir? Poderia eu dar uma resposta imediata, porém, creio ainda na capacidade de reflexão e interpretação do ser humano. E assim, como Jesus fazia o povo pensar na época de sua vinda, assim também devemos fazer. A pergunta a qual muitas vezes nos fazemos em meio a tantas dificuldades deve ser respondida com outra pergunta. “O que eu vou fazer da minha vida?” “Quando caímos em um poço escuro, qual a primeira coisa que fazemos?” Olhamos pra cima de onde vem a luz! Quando entramos em um túnel escuro devemos continuar em busca daquela luz que nos aguarda ao final dele. Essa luz tem nome! É a luz dos que sentem-se órfãos. Essa luz é o nosso verdadeiro Pai. Aquele que não foge da batalha, que não nos desampara. Essa luz é aquele que nos beija antes de dormir todos os dias mesmo quando esquecemos de agradecer por tudo que nos deu. Essa luz é o VERDADEIRO PAI. Nosso DEUS! Quando entendemos que ele jamais nos abandona e que apenas espera pelo chamar de nossas vozes, ele vem. Ele movimenta os céus em nosso favor. Quantas vezes você esteve perto de desistir, cansado de sofrer e quando decidiu conversar com esse verdadeiro Pai as dores foram sumindo? Quando você entregou sua vida na fase da dor pra Deus e disse que precisava da força, da coragem e do amor dele e tudo mudou?! Aos que nunca tiveram a presença do pai da terra e aos que perderam pra eternidade esse amor, acreditem. O VERDADEIRO PAI continua contigo. Deus não te poupa de sofrer, ele te poupa no sofrer. Ele quer estar com você o tempo todo. Quando você esta angustiado em sua sala do trabalho. Quando você sozinho pega o carro e sai pra chorar pra não deixar ninguém ver. Quando você se fecha no ba-

nheiro e é tomado pelo medo do que virá. Quando você agarra o travesseiro e grita abafando o som eu digo: ELE ESTA ALI COM VOCÊ! Precisamos deitar nos braços do verdadeiro Pai, minha gente. Não importa qual templo você frequenta, pois, Deus não esta em placas de igrejas. Deus fez de você templo vivo pra que ele pudesse andar contigo todos os dias, em todos os lugares. Ele já nos disse em Matheus 18:20 “Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles.” Quem está na presença desse verdadeiro Pai não sente medo, não teme a vida e enfrenta todas as dificuldades que o mundo apresenta, certo de que a vitória também é certa. Não perca tempo lamentando o que você ainda não conseguiu realizar. Deite no colo desse Pai. Assuma que você precisa dele e jamais voltará a sentir medo, angustia e solidão. Se coloque na presença dele. Se alimente da palavra desse Pai. Jesus se fez carne e passou por tudo nesse mundo para nos deixar o modelo de como devíamos viver. Acreditando no propósito de Deus. Acreditando que mesmo na morte Ele nos refaz e que nada devemos temer. Talvez, você pense que não tem motivos pra comemorar nesse mês dos pais. Eu digo pra você: COMEMORE, CELEBRE e CEIE com Deus. Quer Pai melhor que esse? Ele te fez para ser vencedor e está esperando apenas você decidir de todo o seu coração que sim, VOCÊ QUER! Se não teve ou não tem mais o amor do Pai “na terra”, QUEIRA EXPERIMENTAR O AMOR DO PAI “DA TERRA” E DO CÉU. Não precisa procurar em lugares onde o sistema diz que ele está. ELE ESTÁ AÍ AGORA COM VOCÊ, DENTRO DO VOCÊ QUE LEU NESTA COLUNA. Ore, reze, ajoelhe e CONVERSE com ele. Abra a boca e fale. Orações em silêncio têm seus momentos. Agora, é hora de abrir a boca e falar alto o quanto você precisa dele. Deus abençoe a todos. Que possamos sempre buscar estar na presença e no colo do VERDADEIRO PAI. Nosso Deus! 81


MARKETING BEM ESTAR S/A

É inverno! Como devo cuidar das madeixas?

Por Juliana Campos

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inverno é a estação mais elegante do ano para usar e abusar nos modelitos. Em nossa região, se questionarmos cem mulheres sobre a sua estação do ano preferida, certamente, pelo menos 90% delas afirmarão em alto e bom tom: INVERNO. Mas o que acontece na maioria das vezes é que o investimento em roupas é alto e o mulherio acaba se esquecendo de tratamentos estéticos que devem ser redobrados nesta época do ano. Afinal, seguindo a tendência do nosso organismo, as madeixas, que é o assunto dessa matéria, ficam mais fragilizadas com o clima. E aí fica a pergunta: do que adianta uma roupa linda, se o cabelo está em desarmonia com o visual? Para esclarecer esses questionamentos, ouvimos duas profissionais da cidade de Ubá, onde, em bate papos esclarecedores elas apontam os principais cuidados que devemos ter com nossos cabelos nesta época do ano e, quais são os riscos se não cuidarmos de uma das partes do nosso corpo que faz toda diferença no visual. De acordo com a cabelereira Lu Freitas, profissional na área há mais de 20 anos e com especialização em alisamento e clareamento, os principais cuidados com o cabelo no inverno é evitar lavar com água muito quente, pois a mesma provoca o resseca-

Super Dicas mento dos fios: “Para quem tem raiz oleosa, a aplicação de cremes e condicionar deve ser apenas na extensão do fio e apostar sempre na hidratação. Assim não tem erro” completa a profissional. Lu ainda explica que esses cuidados são para todos os tipos de cabelo, haja vista que todos nós produzimos óleo no couro cabeludo: “O tratamento ideal nesta época do ano é a hidratação para cabelos normais e cauterização para as madeixas quimicamente tratadas” orienta e ainda ressalta que dormir com cabelos molhados pode causar queda dos fios e ressecamento: “Isso, não somente no inverno. Esse cuidado deve ocorrer sempre e em qualquer estação” pontua. A cabelereira Laryssa Delazary explica que o óleo do couro cabeludo tem a função de proteger e lubrificar os fios: “É importante frisar que a massagem no couro cabeludo no inverno contribui para produção de óleo e ativa a circulação. Com isso, evita-se quedas, pontas duplas e a quebra do cabelo”. Laryssa também explica que o uso de secador pode ocorrer normalmente, desde que seja usado um protetor de calor para os fios: “Fazer hidratações de boa qualidade, usando shampoo e condicionador de boas marcas é um passo importante. Fazendo isso, a pessoa colabora para que não haja perda de nutrientes existe no fio” encerra.

Frizz Durante o inverno, geralmente, ocorre uma queda na umidade do ar, isso resseca os cabelos, deixando-os com aspécto eriçado. Para combater os fios arrepiados a solução é hidratação semanal e uso diário de produtos antifrizz.

Oleosidade e caspa Nessa época mais fria costumamos lavar as madeixas com menos frequência e quando fazemos, usamos água mais quente, o que estimula a produção das glândulas sebáceas, provocando um aumento da oleosidade nos fios. Outro fator que leva a oleosidade é dormir com os cabelos úmidos, essa oleosidade excessiva gera a caspa e a solução é lavar os cabelos dia sim, dia não e a cada dez dias usar shampoo de limpeza profunda. Procure controlar a temperatura da água.

Cabelos ressecados A maior causa do ressecamento e enfraquecimento dos fios está na falta de cuidados específicos com os cabelos. Baixa umidade do ar, vento, uso em excesso de secador e chapinha, cabelos quimicamente tratados ou procedimentos químicos como coloração e relaxamento são fatores que ressecam mais os fios. Como as escamas ficam mais abertas, perdem água e desidratam, o que causa uma porosidade aos fios. Para estes casos a solução é uma revitalização capilar que limpa o cabelo profundamente, hidratando, fortalecendo e nutrindo os fios. Para combater o enfraquecimento é sugerido o uso de shampoo de babosa, produtos a base de queratina e ingestão de vitamina B5. Você também pode optar por uma cauterização com queratina para selar as cutículas, mas atenção, deve ser feito somente em salão com profissionais experientes. Em alguns casos um bom corte pode também eliminar a parte ressecada dos cabelos. Informações: mundomulheres.com

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LITERALIZE-SE

Carla Fagundes Formada em Letras ( Português/ Inglês) pela Unipac. Pós Graduada em Linguística(UFV) , Língua Portuguesa ( PUC/ MG) , Produção de Textos( UFMG) e Literatura ( UFJF). Professora e membro da Academia Ubaense de Letras.

A arte como escudo

de emoções

C

ontardo Calligaris estréia no romance brincando com certos limites entre a imaginação e a vida real. A exemplo do autor, o protagonista de “O Conto do Amor” é psicanalista, atende pacientes em Nova York e teve um pai engajado na resistência antifascista italiana.“O primeiro capítulo, em seus detalhes, é total e fielmente autobiográfico”, diz Contardo. “Nunca soube bem o que fazer com aquela estranha ‘confidência’ do meu pai na hora de sua morte. Claro, fui para Monte Oliveto e tudo, mas não achei nada. Nada, a não ser uma ficção. E toda ficção é, quem sabe, um pouco isto: um jeito de continuar um diálogo que ficou truncado na realidade.” Se ler é viajar, acabo de chegar de Florença. Visitei o convento de Monte Oliveto Maggiore e conheci os afrescos pintados por Sodoma (1477-1549). Pelo menos foi o que me proporcionaram as 124 páginas de “O conto do amor”, primeiro romance de Contardo Calligaris. A estória do livro se confunde com a do próprio autor, apesar do mesmo afirmar que “de autobiográfico, somente o primeiro capítulo”. Contardo Calligaris não deixa ponto com nó. Desarticula-os, para ajustar melhor o olhar com que vemos a realidade. Eis aqui um ponto. O olhar é a liga medidora da realidade. Por meio dele é que a criamos, construindo-a de acordo com a forma que desejamos ou “sonhamos” o mundo. Se Calligaris parafraseasse Bion, diria que essa é

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a memória do futuro, e que caímos nela, no meio. No meio da história; onde já existe cultura, família, hábitos, mitos, e instintos. Portanto, toda história começa no meio, e por meio dela é que construímos nossas ficções, nossas “realidades”, partilhadas ou não. Acho que Calligaris caiu no meio das duas. Não, não da realidade e da ficção – nesta todos caímos – mas entre a Literatura e a Psicanálise. Segundo ele, a Psicanálise ajuda-nos a contar a nós mesmos a nossa própria história, reconstruindo-a. E pelo fato de narrarmos nossa história, deixa a vida próxima à construção de uma ficção, a ficção de nós mesmos. Por outro lado, a ficção, “ordem” dos mitos e deuses, sem autor, miticamente e metaforicamente presentes na nossa mente, faz-nos enxergar melhor a realidade. No seu primeiro romance – “O Conto do Amor” – Calligaris dirige sua narrativa através de um narrador-personagem, procurando tornar-nos cúmplices de um destino impreciso. Após o pai anunciar a ele, um pouco antes de morrer, que em outra vida teria sido ajudante do pintor Sodoma, a história começa a se delinear. Calligaris economiza na linguagem neste livro, diferentemente de sua vida como cronista e em sua atividade psicanalítica. Segundo ele, a ficção preenche os espaços onde a realidade não encontra respostas. No caso da história do livro, o mistério levantado pelo pai do personagem principal, o faz iniciar uma busca por respostas, num suspense de um enigma, mostrando a partir daí talvez uma influência psicanalítica, na questão dos desejos reprimidos, e como somos levados a repetir padrões de nossos pais. E é nessa procura que o personagem acaba por buscar sua própria identidade. Através de um amor possível, ele descobre haver outras vidas possíveis, outras “histórias” a serem “escritas”. Em uma sociedade como a nossa, em que o matrimônio e as relações não precisam estar mais restritos às relações de “conveniência” como nas sociedades pré-modernas, as questões do amor estão fortemente influenciadas pela arte, literatura e pelo cinema. Enfim, as ficções exercem o papel de um ponte entre o que somos e o que podemos ser.

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GESTÃO EM FOCO

Adm. Josiane Souza CRA-MG 36.936. Bacharela em Administração de Empresas; pós-graduada em Gestão de Pessoas e em MBA Executivo em Gestão Empresarial pela FAGOC – Ubá/MG; certificada pela ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais) – CPA 10 Contato: josianesouzadt@yahoo.com.br

Uma empresa chamada

Família

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tecnologia impera soberana, os ditos “relacionamentos” estão sendo fundados virtualmente e com isso vemos o distanciamento entre as pessoas, inclusive dentro do próprio lar (onde todos também estão conectados). Moram na mesma casa, mas mal sabem um do outro, de seus sonhos, anseios, expectativas, frustrações, medos, enfim, não se conhecem de fato. É preciso mudar esta realidade se queremos estabelecer relacionamentos saudáveis, formar seres humanos e profissionais preparados, que saibam como e o quê buscar, principalmente saibam lidar com os “NÃOs” que a vida fatalmente dará. E assim, avivar seu poder de superação, colecionar conquistas em um mundo onde quem vence é o que melhor se adapta. Família compõe a sociedade, portanto está sujeita às oscilações do mercado, bem como à crise e falência. Apesar de haver interesses pessoais, é preciso definir claramente os objetivos a serem alcançados pelo grupo, a fim de que todos trabalhem em sinergia para o sucesso e bem comum. Assim como em uma empresa, ela é formada por pessoas com características diferentes, mas que juntas formam uma equipe e, dependendo de sua liderança, alcançará o sucesso ou estará fadada ao fracasso. James C. Hunter, em seu livro “O monge e o executivo”, conceitua liderança como uma habilidade - portanto pode ser aprendida e desenvolvida – que se vale da influência para fazer pessoas trabalharem com entusiasmo e atingir aos objetivos propostos, exercendo assim sua AUTORIDADE. Enfatiza que o ingrediente mais importante para um relacionamento bem-sucedido é a CONFIANÇA. “Sem níveis básicos de confiança, os casamentos se desfazem, as famílias de dissolvem, as organizações tombam, os países desmo-

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ronam” - afirma o autor. Um ponto importante que merece atenção e cuidado das famílias, bem como das empresas, é com as finanças. Constantemente são divulgadas pesquisas que apontam o problema financeiro como um (senão o) dos principais vilões das empresas e das famílias. Para a manutenção da harmonia familiar, faz-se necessário que todos os integrantes estejam bem informados sobre as despesas/custos do lar, precisam saber onde pretendem chegar JUNTOS, ter estabelecido o papel de cada um, sem margem para a dúvida, alinhando e ressaltando sua importância para o sucesso conjunto. É preciso exercitar a educação financeira desde o presente do filho até a compra de um imóvel, por exemplo. Estude sobre o assunto, busque ajuda profissional se necessário, planeje e faça o orçamento do ano, anote todos os débitos para facilitar a análise e gerenciamento de seus gastos, destine um percentual de reserva e poupe para futuras eventualidades, comece com um pequeno valor, mas comece! E lembre-se: as atitudes e decisões de hoje refletem diretamente nos resultados do amanhã.

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ARQUITETURA

Guilherme Pena Arquiteto e Urbanista - Graduado na Universidade Federal de Viçosa guilhermepena.com.br / guilhermesenador@yahoo.com.br

Acabou a Copa... e os Estádios? Divulgação

Estádio Nacional de Brasília - Mané Garrincha.

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erminou a Copa do Mundo no Brasil, evento inesquecível para quem apreciou o bom futebol, como eu. Um mês de muita festa, muitos gols, estádios cheios, infelizmente não ganhamos, não foi (mesmo) do jeito que queríamos, mas no fim o saldo foi positivo. Mas e agora? Doze Arenas monumentais espalhadas pelo país foram utilizadas (e muito bem) durante esse período, porém com o fim do evento, será que todas manterão o pique?! O termo elefante branco já é recorrente nos últimos anos, obras gigantes e moderníssimas porém inúteis. O que se teme é que ocorra aqui o que ocorreu na Copa da África do Sul em 2010, onde todos os estádios construídos ou ampliados estão dando prejuízo, incluindo o Soccer City, palco da abertura e final , comportando mais de 94.000 espectadores. Os elevados custos com a manutenção, devido a suas enormes proporções somado a baixa demanda de jogos e eventos, faz com que palcos esportivos históricos se tornem uma fonte de transtorno para seus administradores. Ainda no âmbito internacional, logo após as Olimpíadas de 2008 e a Copa de 2010, também temos um ótimo exemplo de readequação e flexibilidade. Nas Olimpíadas de Londres em 2012, O Estádio Olímpico, que foi o palco da abertura, encerramento e diversas modalidades esportivas durante o evento. Teve em sua concepção a preocupação com sua utilização no período pós Olimpíada, conceituado como um “novo modelo de estádios”, foi projetado pelo arquiteto inglês Peter Cook e construído pela empresa Populous, veterana em construções olímpicas. Abrigou 80.000 espectadores, mas devido a instalação de um anel superior provisório que ao ser retirado, sua capacidade diminui para 25.000 pessoas. No Brasil onde há um certo tempo, o governo vem sendo alvo de críticas devido aos altos custos dos estádios, que poderiam ser usados de maneira 86

melhor em outras áreas por exemplo, agora, com o fim da festa, também começa a ser questionado sobre o uso, ou desuso de tais. Nem todas as arenas terão esse problema, já que algumas recebem uma boa e frequente demanda de jogos e eventos, como é o caso do Maracanã, Mineirão, Arena Corinthians e Beira Rio, Arena Fonte Nova e a Arena da Baixada por exemplo. Porém quando os estádios se localizam em regiões do Brasil sem tanta tradição da elite futebol nacional a coisa complica. O Estádio Nacional, localizado na capital federal, com capacidade para mais de 69.000 espectadores e ao custo de mais de 1.6 bilhões de reais, é o maior exemplo dessa situação. Dentre os listados de maior preocupação pós Copa, também estão a Arena Pantanal, a Arena Ama-

zônia e a Arena das Dunas em Natal. Localizadas respectivamente nas regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste, onde a média de público regional é de apenas 3.000 espectadores. Porém nos três casos houve uma preocupação com o futuro de suas instalações, primeiramente são arenas mais compactadas em relação a última Copa e até mesmo com as outras sedes. Em média cada um receberá 40.000 espectadores, mas esse número será reduzido posteriormente. O Estádio das Dunas, para reduzir custos de manutenção, terá um sistema de arquibancadas flexíveis que permitirá remover 10 mil dos 45 mil assentos do estádio, podendo esses assentos serem reutilizados em outro equipamento esportivo. Já a Arena Pantanal, terá um sistema de arquibancadas desmontáveis (alas norte e sul) que permitirá reduzir 43% da sua capacidade total, além disso a cobertura destas alas também será desmontável. Já a Arena Amazônia, de acordo com o governo federal, acredita que a área do estádio vá virar um complexo. Coexistindo com o Sambódromo, um ginásio Poliesportivo e estão construindo o centro de convenções, servindo como um polo convergente de cultura, lazer e esporte no centro de Manaus. Devemos nos conscientizar de que a modernização e a execução de obras como essas são importantes, porém, não nos esqueçamos que por um evento de curta duração, poderemos ser lembrados pela falta de planejamento e gastos excessivos, ao invés da celebração mundial do esporte entre os povos.



CIDADE

Ubá encerra julho com grande saldo de violência

Por Higor Siqueira / Juliana Campos

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ão é novidade para ninguém que a cidade de Ubá sofre uma onda de violência que tem deixado à população amedrontada. O mês começou tranquilo. Inclusive, a festa de aniversário da cidade teve um índice de violência zero e os ubaenses e população de cidades vizinhas puderam curtir a tradicional Festa do Horto com tranquilidade. Porém, de meados do mês de julho para cá, até a data de hoje, 25 de julho, data de fechamento desta edição o município intitulado de cidade carinho sofreu uma série de tentativas de homicídios e assassinatos consumados. Na semana de fechamento desta edição, a polícia militar e civil está trabalhando assiduamente para tentar identificar os suspeitos destas tentativas e homicídios consumados. Alguns casos já foram apurados. Acompanhe a seguir um resumo de alguns casos ocorridos na cidade de Ubá nas duas últimas semanas.

Nova tentativa de homicídio em Ubá

Imagem meramente ilustrativa.

Diego Almeida dos Santos, de 26 anos, foi ba-

Arma apreendida em tentativa de homicídio próximo a praça Getúlio Vargas.

Momento em que o SAMU resgatou homem baleado na “Garganta do São Domingos”.

Edmar Fernandes e o adolescente L.A. são os autores da tentativa de homicídio contra Miguel Angelo e já foram apreendidos.

leado na tarde de quarta-feira (23) na rua Cel. Otaviano Rocha, bairro São Domingos. Ele levou dois tiros, um no pescoço e outro na cabeça. Diego foi socorrido ao Hospital Santa Isabel e encaminhado diretamente para a UTI. Após dois dias do fato ocorrido, a vitima encontra-se ainda na UTI em estado gravíssimo, em coma, respirando sob ventilação mecânica. Os militares estão fazendo um rastreamento em busca dos autores do crime e segundo testemunhas, a vitima foi baleada por um homem que estava na garupa de uma CG Titan, cor preta. De acordo com a Polícia Militar, Diego já tinha passagem pela polícia. Os militares seguem com a investigação do caso e mais informações sobre o estado de saúde de Diego serão divulgadas em breve.

Autor de tiros ocorrido próximo a Praça Getúlio 88

Vargas é preso Na data de 22 de julho de 2014, por volta das 13h00, a Polícia Militar foi acionada para comparecer próximo a Praça Getúlio Vargas, mais exatamente na Rua da Bandeira, local no qual havia acabado de ocorrer uma tentativa de homicídio contra MIGUEL ANGELO. Após patrulhamento a Polícia Militar obteve êxito em localizar e apreender os autores EDMAR WELERSON CALIXTO FERNANDES e o adolescente infrator L.A., sendo ambos conduzidos até a presença do Delegado Titular da Delegacia ANTIDROGAS E HOMICÍDIOS, Dr. Rafael Gomes de Oliveira, que após interrogatório dos suspeitos conseguiu que o adolescente infrator confessasse a prática do crime e contasse como o mesmo ocorreu. Dando continuidade as investigações, a equipe da Polícia Civil conseguiu localizar e apreender a arma utilizada no crime, um revolver calibre 38.


Divulgação / Polícia Militar / Polícia Civil

Segundo o Delegado Dr. Rafael Gomes de Oliveira, sua equipe já realizou a prisão do adolescente infrator neste ano em razão do crime de homicídio consumado cometido contra a vítima de alcunha “Feijão”. “Na oportunidade representamos pela internação do adolescente que ficou recolhido durante sete dias, tendo que ser liberado devido à ausência de estabelecimento adequado em nossa cidade. Frisa-se que o adolescente já possui diversas passagens por crimes de homicídio, razão pela qual representamos a internação do mesmo, nos reunindo com outras Autoridades na busca por uma vaga, uma vez que o adolescente representa perigo imensurável à sociedade” declara.

Mais um homicídio consumado na cidade de Ubá Aconteceu na tarde de quinta-feira (24) mais um homicídio na cidade de Ubá. O fato ocorreu no bairro Vila Casal por volta de 16h30min. De acordo com a Polícia Militar, dois indivíduos, a pé, um estava sem camisa e o outro com boné amarelo, quando pararam próximo a um caminhão onde a vítima João Paulo da Silva Alves, de 21 anos encontrava-se trabalhando em cima do veículo. O autor dos disparos foi o indivíduo de boné amarelo que tomou posse da arma de fogo Calibri 32 e atirou na vítima causando duas perfurações, uma no ombro esquerdo e uma no abdômen. Imediatamente a vítima foi socorrida, levada para o Hospital Santa Isabel e foi encaminhada diretamente para sala de cirurgia. Porém, João Paulo não resistiu aos ferimentos e veio a óbito à noite. De acordo com o Capitão Procópio, a vítima não possui passagem pela polícia. Ele também ressaltou que no trajeto para o hospital a vítima alegava não saber o motivo dos disparos e que não tinha conhecimento dos autores. João Paulo trabalhava em uma prestadora de serviços da Prefeitura Municipal de Ubá. A Polícia Militar está fazendo o rastreamento na tentativa de identificar os autores. O boletim de ocorrência já chegou para Delegacia Especializada de Antidrogas e Homicídios, sob comando do Delegado Titular, Dr. Rafael Gomes de Oliveira e o mesmo alegou que a Polícia Civil também está investigando o caso. Até o momento, não se sabe se João Paulo é inocente ou se havia alguma rixa entre o autor e a vítima.

Mulher é baleada no pé por engano no Bairro Industrial Maria Aparecida de Assunção (44) foi atingida por um tiro no pé esquerdo enquanto transitava pela Rua José Gualberto de Melo, no bairro Industrial, na tarde do dia 21. Os disparos na verdade eram para atingir um jovem de 16 anos que também transitava no local. Os infratores foram dois menores (14 e 15 anos) que estavam em uma motocicleta Honda CG 125 de cor roxa. Eles queriam acertar o outro garoto por causa de uma famosa rixa de bairros: os autores do crime moram no Bairro Ponte Preta, enquanto o alvo no Bairro Industrial. Após rastreamento, os autores foram encontrados, abordados e confessaram o crime. A arma usada estava com um terceiro menor de 17 anos, escondida, e foi apreendida pela Polícia Militar. Segundo informações, os menores da motocicleta foram os mesmos a efetuar disparos na Rua Nossa Senhora Aparecida, também no bairro Industrial, no domingo (20). Os quatro envolvidos foram encaminhados para a Delegacia de Polícia. A vítima, dona Maria Aparecida, passa bem.

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ARTE E CULTURA

Gilberto Torres Ator formado pela Universidade do Rio de Janeiro UNI-RIO Contato: gilbertotorres@revistafato.com

“Agosto

não é

mês do desgosto”

F

iquei curioso pra saber o porquê de agosto é popularmente conhecido como “mês do desgosto”. Diz à história que foram os romanos que deram ao oitavo mês do ano o nome de agosto em homenagem ao imperador César Augusto, que na época estava conseguindo grandes vitórias, como a conquista do Egito e a sua “promoção” a cônsul. Como não queria ficar atrás do imperador Júlio César - cujo mês de julho é em sua homenagem - acabou decidindo que o “seu” mês também teria 31 dias. São os dois únicos meses seguidos com 31 dias. – Põe vaidade nisso né?! Bom, vaidades à parte... acho que alguns acontecimentos muito significativos foram os responsáveis por implantarem popularmente este “estigma” ao mês de agosto, como: a Primeira Guerra mundial, o ataque a Hiroshima e Nagasaki, o suicídio cometido por Getúlio Vargas, a morte de Jucelino Kubitscheck, entre tantos outros. Outra coisa que também achei muito curiosa relacionada a agosto é que, por causa das condições climáticas, um número enorme de cadelas entram no cio atraindo a atenção de grande quantidade de machos que disputam ferozmente por sua fêmea facilitando assim, nessa disputa, a transmissão da raiva. Os cães contaminados babam muito, parecendo loucos... daí a expressão “mês do cachorro louco”. Deixando a “loucura” de lado, apesar de achar todas essas histórias super interessantes e ricas, uma

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infinidade de coisas boas também aconteceram no mês de agosto e poderia citar várias se não me faltasse espaço. Agosto também é o mês de nascimento de Madre Teresa de Calcutá, Jorge Amado, Caetano Veloso, Nelson Rodrigues, Burle Max... entre outros . E olha quanta coisa boa veio daí! Na verdade, agosto pra mim é um mês mais que especial. Aliás, pra todos nós. Quando penso em agosto, penso logo que é o mês dos pais, essas “criaturas” tão importantes em nossas vidas! Pais de todos os tipos e tamanhos, para todos os gostos e de todas as raças. Pais atléticos, gordinhos, altos, baixos, carecas, de cabeça branca... alguns são extrovertidos e outros já mais reservados... alguns jogam bola e outros preferem o jornal e a Tv . Alguns nem estão mais entre nós, deixando nossos corações cheios de lembranças e saudades, enquanto sonhando, aguardamos, quem sabe, o momento do reencontro. Pais... nossos ídolos, nossos heróis, nossa referência! Agosto pra mim é mesmo mês de muito bom gosto. - Me escrevam se quiserem contar algo de bom sobre agosto. Deixo aqui um enorme beijo no coração de cada pai desse “mundão de meu Deus” e um beijo em especial ao Sr. Alberto, simplesmente conhecido por Betinho, o meu pai ! Divulgação




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