Revista Fato - Edição 34

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EDIÇÃO ESPECIAL DE ANIVERSÁRIO 03 ANOS DE FATO!

Fernanda Bambino - Fotografe

EDIÇÃO 34 - ANO 4 - SETEMBRO / 2014 - UBÁ - MG / R$ 6,90

Netto & Leo

A dupla que Ubá acolheu e é sucesso por onde passa

Política::Conheça os candidatos de Ubá que estão na disputa das eleições 2014 Papo de buteco: Em pauta: trânsito de Ubá










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CONVIDADO ESPECIAL

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CAPA

DUELO DE LOOKS

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POLÍTICA

EU SOU FÃ

CARTÃO DE EMBARQUE

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PAPO DE BUTECO

ABRINDO O CLOSET

FATO ESPECIAL

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COMPORTAMENTO

MODA

POLO MOVELEIRO

EU PROTESTO

SOCIAL

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CAPA

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Índice

Revista Fato - Setembro 2014



34

Editorial

Q

ue alegria compartilhar com vocês este momento. Três anos de Fato! Três anos que nos encontramos aqui, neste espaço. Gostaríamos primeiramente de agradecer a Deus pela oportunidade de estarmos vivos e com saúde para realizar este trabalho. E, claro, a cada um de vocês que, dia a dia, fazem parte da nossa história. Setembro é mês de comemorar. São 34 edições já produzidas. São inúmeras reportagens. São 70 mil exemplares distribuídos! São 34 capas que fizeram e fazem história. Quanto orgulho temos em viver este momento com vocês, pois... cada edição veiculada, para nós, é como se fosse a primeira. E assim seguimos! Por falar em capa, ao discutirmos a reunião de pauta e apontar quem poderia ser a capa desta edição tão especial, foi impossível não levantar o nome deles: Netto e Léo. Quanta honra para nós, ter em nossa capa pessoas tão idôneas e adoráveis. Quanto privilégio para vocês conhecerem a trajetória deste dois seres humanos íntegros, músicos qualificados, homens de garra, dentre tantos outros adjetivos. E como nós estamos sempre em busca de crescer, desenvolver e levar até vocês sempre o melhor e mais moderno, algumas editorias surgiram e temos certeza que são para somar. Um projeto engavetado está na editoria “Papo de Buteco”. Com a proposta de trazer para as próximas edições assuntos voltados para o nosso dia a dia, mensalmente, apontaremos um tema de relevância em nossa cidade e, em reuniões em bares, restaurantes e porque não botecos da nossa Ubá, colocaremos estes assuntos em discussão. Mas como isso será articulado? Nesta edição, por exemplo, colocamos em discussão o trânsito de Ubá e para falar do assunto convidamos profissionais dos mais variados segmentos, inclusive ligados ao tema trabalhado. Nosso Papo de Buteco aconteceu pela primeira vez no Ubaar e contou com a presença de três importantes nomes: Luciana Pupo, motorista e empresária, a instrutora de Auto Escola Tatiane Felizardo e o Policial Militar aposentado com experiência de 17 anos de trânsito, Alírio Barbosa. Vale a pena conferir. Outra editoria a ser destacada é Política. A partir desta edição, vocês acompanharão mais de perto o cenário político da nossa cidade. Para esta publicação, especificamente, abordamos os candidatos ubaenses que estão disputando as eleições para a câmara dos deputados. Vinícius Samôr, Cláudio Ponciano, Dirceu Ribeiro e Aimar dos Santos participaram de uma entrevista exclusiva com nossa equipe de reportagem. Um espaço que retorna para nossas páginas é a Dicas do Chef. Mas, desta vez, com um 12

toque especial. Mensalmente teremos um chef para representar esta editoria e, quem inaugura este espaço é a nossa convidada Edna Silva, cozinheira profissional e que por muito tempo fez as deliciosíssimas batatas recheadas do extinto Sabor e Cia. na Praça São Januário. Vale a pena apreciar e colocar em prática a receita sugerida. Já que é para falar de novidades, aí vai mais uma. A editoria que também vem para fazer sucesso é a Duelo de Looks. A designer de moda que analisará este espaço de moda e tendência é a conceituada Marília Rinco. Quer saber como não errar em suas produções? Fique ligadinha em nossas publicações. Em tempo, seja bem vinda a trupe, Marília Rinco. É uma honra para nós tê-la na equipe! Bem pessoal, o espaço é pouco pra contar todas as novidades. Mas gostaríamos de dizê-los que estamos muito felizes pela trajetória que estamos trilhando! Agradecemos a toda equipe interne externa que realizam juntamente conosco, diretores da Fato, este assíduo trabalho. Agradecemos aos nossos clientes e parceiros, que se tornaram grandes amigos ao longo desses três anos e aos nossos familiares que nos apoiam, incentivam e acreditam em nossos projetos. Aproveitamos ainda para destacar que a campanha de 3 anos está espetacular e que o nosso objetivo se cumpre a cada dia que olhamos para trás e vemos que com os erros e acertos estamos trilhando um caminho de trabalho honesto e enfatizando sempre o conteúdo de qualidade e transparência em um veículo que preza pela ética, acima de tudo! Muito obrigada por mais um ano junto conosco! Grande abraço e excelente leitura!!

Direção e Produção Geral Juliana Campos e Bráulio de Paula Edição Geral Juliana Campos Diretor Administrativo Bráulio de Paula Artes Bráulio de Paula Gerente de Comunicação Thalita Nogueira Redação Juliana Campos | Higor Siqueira Diagramação Bráulio de Paula Fotos Fabiano Araújo e Fernanda Bambino - Fotografe Higor Siqueira | Lucas Castanelly - Fotografe Colaboração Rafael Martinez | Marina Fusaro | Miron Soares Guilherme Pena | Carla Machado | César Campos Lara Rafael Gomes | Fernanda Bambino | Anderson Moreira Thalita Nogueira | Everton Marazzo | Gilberto Torres Rodrigo Calazans | Orlando Silva | Rosane Carvalho Laryssa Delazari | Mozart Almeida | Carla Fagundes Dr. José de Alencar Ribeiro | Fabiano Araújo | Marilia Rinco | Brenda Noé | Ariane Carvalho | Cláudio Medeiros Higor Siqueira | Josiane Souza | Yara Mota e Luiz Antônio Ronaldo Mazzei | Luciana Pupo | Tatiana Felizardo | Alírio Barbosa | Glenda Siqueira | Zigoto | Netto e Leo | Dress To | Filipe Rocha | Wellington Netto | Edna Silva | Débora Almeida | Leticia Abrhâo | Bruno Oliveira | Malu Barros Claudio Ponciano | Antônio Branjão Dirceu Ribeiro | Aimar Ribeiro Gráfica quatrocor

E-mails, críticas e sugestões podem ser enviados para redação

revistafato@gmail.com Juliana Campos e Bráulio de Paula Diretores da Revista Fato

Telefones: (32) 3531-2335 | 8868-2335 Rua Tenente Pedro Batalha, n°439 Caxangá - Ubá - MG facebook.com/RevistaFato Revista Fato - Setembro 2014






Seis homicídios registrados na última semana de julho. Para um município que leva o nome de Cidade Carinho, é um número assustador. Assola a violência onde deveria reinar a paz. Somos um dos maiores polos moveleiros do país e celeiro de grandes atletas de diversas modalidades. PAZ SEM VOZ E MEDO #EuLuto#PelaPaz#.

Temos vivido tempos de muita violência na nossa cidade e muita gente se perguntando: aonde vamos parar? A violência sempre existiu, mas a forma acelerada como estão acontecendo homicídios tentados e consumados é que tem nos assustado cada dia mais. Tirar a vida um do outro se tornou algo rotineiro, como se fosse algo simples e comum. Um ponto que me chateia é a impunidade, tanta gente que rouba, mata, cometem tipos de agressão, e nada acontece com elas? Onde está a justiça? Já vi casos de roubo onde o ladrão saiu da delegacia junto com a vítima. Quantas pessoas mataram e estão soltas? A população está com medo de sair de casa, e isso deveria servir de alerta para as autoridades responsáveis a fim de tomarem atitudes práticas e reverter à situação atual da nossa cidade.

Marcus Deruei (Jornalista)

Revista Fato - Setembro 2014

Tatiane Bolotari (G. Ambiental)

Braulio Moreira (Atleta)

Adelair Fonseca (Biólogo)

Protesto quanto à falta de segurança na cidade! Ubá popularmente conhecida como cidade carinho hoje não faz mais jus ao nome. São diversos homicídios acontecendo na cidade e ninguém faz nada! De quem é a falha? Da polícia!? Do juiz!? Dos moradores!? Essa é uma pergunta que todos queremos saber. Acredito que faltam leis mais rígidas, leis que obrigam esses bandidos a ficarem na cadeia e não em liberdade respondendo processos e pagando cesta básica. Ninguém quer cesta básica, queremos segurança! Queremos ter a tranquilidade de saber que nossos filhos que estão no colégio voltam seguros para casa. Habeas corpus pra quê? Por quê? Quem disse que bandido tem que ficar solto!? Não concordo mesmo! Acho que falta no brasileiro é vergonha na cara! Apenas isso!

solution

É com muita tristeza que acompanhamos essas notícias. Nossa Ubá está entregue aos bandidos e marginais de toda ordem. Saliento o bom trabalho de alguns policiais Civis e Militares, mas, questiono: onde estão as autoridades ubaenses que permitem tais absurdos? Seus parentes e amigos não moram nessa cidade? Seus salários não estão pagos em dia? Não é essa a função deles? E não investem em segurança pública e educação, porquê? Saúde já temos a certeza que tá um caos, infraestrutura uma decadência. E os tais empresários da cidade que é POLO MOVELEIRO de Minas Gerais? Eles também têm uma obrigação social. O que elas tem feito em prol de melhorias da cidade, da sociedade e de seus colaboradores? Só uma parte da população ficar sensibilizada e boquiaberta não adianta. É necessário a união de todos e a solução para o todo, pensar e agir em prol do coletivo. Só assim poderemos mudar esse quadro que tanto nos incomoda. Contem comigo sempre. E parabéns pelas reportagens e entrevistas.

Eu Protesto


Vícios da Lingua Professora de Língua Portuguesa Licenciada em Letras pela UFV. Mestre em Educação pela UFJF. E.mail: carlasingular@yahoo.com.br.

Quero Carla Machado

trezentos gramas trezentas gramas

de presunto e não quero de jeito nenhum de presunto

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companhando, um dia desses, a programação de TV me deparei com uma propaganda de determinado supermercado que dizia:

Margarina: quinhentas gramas!!!!

Sei que no dia a dia é muito comum as pessoas acharem que grama (que vem de quilograma) é palavra feminina, pois termina com a. Porém, apesar de parecer óbvio ao usarmos a lógica da letra final ser muito comum em palavras femininas, a palavra é masculina e segundo as gramáticas: “O grama é um substantivo comum masculino com origem na palavra grega grámma e se refere a uma unidade do sistema de medidas de massa. Um grama equivale à milésima parte do quilograma”. Essa explicação nos leva a outra lógica: se a palavra quilo ou quilograma é masculina, ao diminuirmos o conteúdo, não mudamos o gênero, portanto o correto na propaganda da TV seria:

Margarina: quinhentos gramas!!!! Isso serve para tudo que se refere à massa e que tem menos de um quilo, portanto, quando vamos à padaria comprar presunto para o lanche da tarde, devemos pedir duzentos, trezentos ou quatrocentos gramas, visto que, ao usarmos a palavra no feminino, estaremos nos referindo a outro tipo de grama - a grama que é um substantivo feminino, com significado de capim e mato. Ou seja, ao usarmos o feminino, neste contexto, estaremos querendo comprar mato/ capim e presunto. Isso acontece porque a palavra grama é uma homônima perfeita, ou seja, palavra tem a mesma forma, mas significado completamente diferente, dependendo do contexto em que ela é usada, isso quer dizer que sozinha, sem um artigo na frente, por exemplo, pode significar mato ou a milésima parte do quilo, ao colocarmos o artigo errado podemos criar alguma dúvida em nosso interlocutor, por isso é preciso prestar atenção e não cometer erro tão grosseiro.

Repetindo: a grama é mato, capim; o grama é medida de massa. Uma confusão dessas numa propaganda de um supermercado na TV num horário de grande audiência (próximo do horário dos telejornais ou das novelas, por exemplo) pode comprometer a confiabilidade que o consumidor e conhecedor mais atento da língua tem pela empresa, podendo ter um efeito negativo sobre o marketing desta. Cabe aos comunicadores ficarem atentos para que o tiro não saia pela culatra, ou seja, a propaganda não seja negativa para a empresa, e cabe, ainda, aos telespectadores e receptores cobrarem um uso adequado da língua nos meios de comunicação de massa, até porque, infelizmente, para muitos a TV e os meios de comunicação ainda servem como padrão de linguagem, dessa forma, o que se vê na TV vira quase uma verdade absoluta. Pensemos nisso e cuidemos da linguagem nossa do dia a dia! Até a próxima!

Divulgação

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Futebol e CIA Graduada em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Estácio de Sá (UNESA RJ) e Especialista em Jornalismo Esportivo por Faculdades Integradas Hélio Alonso (FACHA RJ). Contato: marinafusaro@yahoo.com.br

desabafo! Apenas um

Marina Fusaro

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Divulgação

e desculpem todos, mas este mês quero fazer um desabafo! A Copa do Mundo acabou faz um tempinho, mas eu não consigo parar de pensar nela. Como esta Copa me deu alegrias. Amei ver times como Alemanha e Holanda jogarem, a Argentina, sempre ela, com a garra que lhe é tradicional. Gostei muito de ver os sul-americanos como Colômbia, Chile e Uruguai fortes, a Costa Rica surpreendeu a todos positivamente, enfim, muita, mas muita coisa boa. É claro que a decepção com a nossa Seleção foi enorme e por eu ser uma apaixonada pelo Brasil, quase apagou as tantas maravilhas que eu vi, mas não conseguiu, eu amei a Copa!

Tá, mas qual é o desabafo? O Brasileirão voltou!!! Depois de um mês inteirinho respirando um belíssimo espetáculo, jogadores incríveis, seleções encantadoras, nos deparamos novamente com as nossas “peladas” de toda quarta e domingo, pior, de toda quarta, quinta, sábado e domingo. Juro que tem horas que eu penso: porque perdemos tanto tempo com isso? Mas a paixão pelo futebol e pelos nossos clubes é maior, não é? Então, perdemos todo este tempo.

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E vamos lá, chega de Copa e falemos de Brasileiro: de todos os times do Campeonato, me mandem e-mail se acharem que estou sendo radical demais, de TODOS os times deste Brasileirão, qual é aquele que consegue encantar o torcedor brasileiro? Pra mim, o Cruzeiro e ponto final. Inter, São Paulo, Corinthians podem até chegar perto do título, hoje (16ª rodada) estão até mais próximos do líder do que deveriam, mas encantar, encantar mesmo, só o time Celeste! E porque isso meus amigos, ah, por quê? Esta é uma longa história a ser “estudada”. Acredito que uma das causas é a ida de jogadores cada vez mais jovens para fora do país. A Europa hoje nos presenteia com grandes seleções como Alemanha, Holanda, a própria Espanha (fiasco este ano, mas campeã na Copa passada), Bélgica, entre outras, mas a base deles é diferente da nossa. Eles sempre foram fortes taticamente falando, mas não “faziam” tantos craques como nós? Será que nossos jovens treinando cada vez mais cedo lá fora, não pode “atrapalhar”? Não sei, é só uma suposição, mas, quem sabe? Bem, eles vão cedo, muitos se naturalizam e depois perdemos mais craques. Ou não? Outra coisa que acontece é a falta de conjunto dos nossos times. Aqui, nenhum clube consegue

segurar a equipe por mais de uma temporada. Tá, o Cruzeiro consegue! Mais uma vez, o Cruzeiro. E treinador, ah, estes aí coitados, são descartáveis por aqui. Com certeza, aqui não é suposição mesmo, esta falta de entrosamento entre os jogadores e o troca-troca de técnicos nos nossos clubes faz com que as equipes se enfraqueçam cada vez mais. E daí nós, pobres mortais começamos a ter que aturar campeonatinhos como estes!!! Fui!!!



Arte e Design Designer e proprietário do Estúdio Miron miron@estudiomiron.com.br www.estudiomiron.com.br

Miron Soares

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Transparência no Design

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ste é um estado da matéria que sempre nos fascinou: a transparência. Difícil imaginar alguém que nunca se deixou seduzir, ainda que por segundos, pela limpidez de águas cristalinas, pela nitidez e lisura do vidro, do acetato, do acrílico, pela translucidez e brilho de pedras preciosas. Esse encantamento pela leveza estética de materiais transparentes atravessou muitos séculos de história até chegar aos dias de hoje, que através de uma estrondosa revolução tecnológica alçada a níveis espantosos, nos brinda a cada ano, com a invenção de novos materiais em laboratórios, transformados em produtos encantadores pela indústria de bens utilitários com o básico objetivo de embelezar o decor de nossos lares. A partir de 1945, as matérias-primas plásticas entraram com tudo nas residências, independentemente da condição social. Foi um fenômeno que influenciou o modo de vida, o comportamento e o gosto das pessoas que antes estavam acostumadas com produtos feitos em aço. Porém o boom no uso do plástico aconteceu a partir dos anos 60, com a explosão das cores vivas em produtos de diversas categorias. Aplicável com maestria e versatilidade tanto na moda, em utensílios domésticos, quanto no design de mobiliário, a transparência do plástico seduz pela leveza, delicadeza, cores e brilho. Sabendo usá-lo, ajuda na criação de ambientes belos e com personalidade a preços bem acessíveis. O plástico é democrático, é leve, maleável, resistente, adapta-se a qualquer forma, combina com o estilo contemporâneo prático de viver. Esse material favorece o design de produtos pelas suas inúmeras possibilidades, inclusive o reuso, a reciclagem, o reaproveitamento que tanto beneficia a saúde do meio ambiente.

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1- Vasos Shibuya da Kartell; 2- Mesinha Panier, Ronan e Erwan Bouroullec; 3- Chaise longue LCP, design Maarten Van Severen; 4- Vaso MatelassĂŠ da Kartell; 5- Primavera VerĂŁo 2013, London Fashion Week; 6- www.homedit.com; 7- Cadeira Mr. Impossible da Kartell; 8- Linha Jelly, da Kartell, design Patricia Urquiola; 9- Cadeira Ghost, design Philippe Stark; 10- Banqueta Stone, design Marcel Wanders.

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Panorama Moveleiro Rodrigo Calazans

Publicitário, estudante de jornalismo na Fagoc. Há 07 anos trabalha para o setor moveleiro, entre agências de comunicação e editora especializada Contato: calazans.br@ gmail.com

O que pode mudar para o setor com as eleições?

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s eleições são sempre uma chance de dar nova voz e cara ao que se deseja para um município, estado e país. Após anos de democracia, o Brasil passa agora por um processo de conscientização do voto. Ainda estamos no início, dando os primeiros passos. Mesmo para os pessimistas de plantão, basta ver os protestos de julho que invadiram até as cidades do interior. O sistema político precisa de políticos que desejam mudá-lo e a figura, talvez a mais sensata para isso, faleceu em campanha. Eduardo Campos e seu legado já fez história mesmo sem ganhar eleição. Quem tiver a oportunidade veja o antes e o depois de sua administração em Pernambuco. E para o nosso setor moveleiro? O que muda nesta eleição? Só muda se o candidato ganhador for aquele que trabalhar em prol de uma economia mais eficiente. Enxugando os gastos públicos e ofertando menos ministérios para perdidos A, B ou C. Candidato que enxergue o país como empresa privada que necessita de lucro. Falta medidas enérgicas para o crescimento: o que dizer de nossa questão tributária? Já passou da hora de ser mais inteligentes. O custo do Brasil sobe a cada ano e mesmo com o salário mínimo tendo crescido, não acompanha a inflação que continua a comer o dinheiro do pobre assalariado. Neste modelo entra as assistências, cartões e bolsas. São tantos hoje que não haveria espaço para colocar cada um aqui na coluna e explicá-los. Vale a pena lembrar a atual situação do Brasil já dita na outra coluna:

Parte da realidade econômica brasileira Segundo o IBGE, as vendas no varejo variam de 0,5%. Parte deste crescimento reflete as vendas de maio onde há maior consumo de móveis para o dia das mães. Ainda em maio, houve retração do PIB em 0,18%. A estimativa é que o crescimento do Brasil fique em torno de 1,05% segundo o Banco Central (BC). A instituição ainda prevê crescimento de 1,65% e o Governo Federal tem expectativa que este número chegue ao ‘programado’ 2,5% para o ano. Os incentivos como redução de IPI não surtem o efeito desejado, a taxa de credito tem subido e a inflação de 4,5% tida como meta chegará ao seu teto de 6,5%.

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Polo Moveleiro Por Juliana Campos

Cinco empresas do polo moveleiro de Ubá vencem o

Top Móbile 2014

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Informações: Portal e-mobile

o ano de 2014 o Brasil pôde conhecer pela nona vez os vencedores da premiação Top Móbile. A cerimônia de entrega dos prêmios aconteceu no Teatro Elis Regina, em São Paulo (SP). Durante a solenidade, estiveram presentes representantes de 95 empresas top of mind do setor moveleiro. De acordo com o portal e-mobile, o evento foi realizado em paralelo à Feira Internacional de Fornecedores da Indústria de Madeira e Móveis (ForMóbile). O evento contou com patrocínio da Microban e apoio da ForMóbile e da Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário (Abimóvel). “O prêmio significa uma motivação em um momento em que o setor sofre com a demanda reprimida observada nos últimos meses. Os moveleiros têm navegado por altos e baixos e as empresas devem fazer constantes reflexões para se reinventarem e estarem na ponta”, avalia o presidente da Abimóvel, Daniel Lutz em entrevista ao portal da e-móbile. Segundo ele, o prêmio também é um reconhecimento para um setor de grande importância e que gera mais de 300 mil empregos diretos. Para a diretora de marketing da BTS Informa – empresa que organiza a ForMóbile – Araceli Silveira, o prêmio tem um significado especial já que a feira nasceu dentro da Alternativa Editorial/Revista Móbile (responsável pela organização das duas primeiras edições da ForMóbile). “O prêmio evidencia que um dos bens mais preciosos que uma empresa pode ter é sua marca e estar entre as mais lembradas na pesquisa top of mind significa um alento e ajuda a enfrentar o complicado momento econômico pelo qual passa o setor moveleiro”, afirma. No segmento Fabricantes de Móveis de Decoração, foram contempladas com o prêmio Top Móbile 15 empresas, em sete categorias: Box Spring ; Complementos para Salas; Dormitórios; Estofados; Racks, Estantes e Home Theaters; Salas de Jantar e Cozinhas Planejadas. Para o gerente de produtos da Sier MóRevista Fato - Setembro 2014


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Em algumas culturas, há a crença de que o número nove está associado ao término de um ciclo e ao início de um superior.

Para nós, este significado cai como uma luva.

Com nove prêmios Top Móbile, só temos que agradecer ao mercado por reconhecer nosso empenho em oferecer as melhores soluções para madeiras. Este incentivo nos motiva a ir mais longe e trabalhar ainda mais para fortalecer nossa marca, produtos e serviços. Vamos continuar nos dedicando a ampliar nossa presença por meio da parceria com os clientes e iniciar um novo e melhor ciclo, em busca de nosso 10o Top Móbile.

0800 702 6666 • www.sayerlack.com.br • facebook.com/rennersayer • youtube.com/user/rennersayerlack


Polo Moveleiro veis, Carlos Alberto Reis, é sempre emocionante e empolgante receber o prêmio Top Móbile. “É o reconhecimento de todo o esforço de uma equipe muito grande, responsável e dedicada”, sublinha. A Sier Móveis recebeu três primeiros lugares: Complementos para Salas, Salas de Jantar e Racks, Estantes e Home Theaters. Nas duas últimas categorias a empresa já venceu oito vezes. Uma das empresas estreantes no prêmio foi a D’Angelis, marca do grupo Anjos do Brasil, que recebeu o certificado de terceira colocação na categoria Estofados. “É uma honra receber o Top Móbile e significa um reconhecimento para toda a equipe, clientes e fornecedores. O trabalho, daqui para frente, é procurar novos caminhos para conquistar o primeiro lugar”, explica o diretor-presidente da empresa, Claudinei dos Anjos. Para o diretor da Sayerlack, Marcelo Cenacchi, o segredo é se reinventar constantemente. “A conquista é resultado da busca constante por novas tecnologias, investimento no atendimento ao cliente e no trabalho de achar e oferecer sempre novas soluções.” A Sayerlack ganhou o primeiro lugar em Tintas e Vernizes. No segmento Fabricantes de Móveis Seriados, as marcas concorreram em 12 categorias. Este ano, 25 empresas foram reconhecidas como as mais lembra-

Divulgação

Conheça as cinco empresas do polo de Ubá vencedoras do Top Móbile 2014 Decoração: Complementos para sala: Sier; Racks, Estandes e Homes Theaters: Sier;

O diretor-presidente da Alternativa Editorial/Revista Móbile, Valcidio Perotti, durante discurso de abertura do prêmio.

das.

“É muito bom receber esse prêmio. É um reconhecimento importante que recebemos e isso só é possível graças à união de um time gigante, que inclui funcionários e muitos parceiros que nos ajudam a chegar onde queremos”, destaca o gerente de Marketing da Itatiaia, Mauro Bicalho. A marca venceu nas categorias Cozinhas de Madeira e Cozinhas de Aço.

Salas de Jantar: Sier; Tintas e Vernizes: Sayerlack

Seriados: Cozinhas de aço e madeira: Itatiaia; Estofados: Rondomóveis; Móveis Infantis: Carolina Móveis; Salas de Jantar: Lopas.


Arquitetura Arquiteto e Urbanista - Graduado na Universidade Federal de Viçosa guilhermepena.com.br / guilhermesenador@yahoo.com.br

Telhado Guilherme Pena

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VERDE

e a ideia é transformar o visual de sua casa ou edifício e ainda contribuir deixando a sua cidade um pouco mais verde, os telhados verdes merecem a sua atenção. Instalados em qualquer tipo de construção, essa técnica permite a implantação de solo/substrato e vegetação em uma camada impermeabilizada sobre as construções, trazendo assim algumas vantagens no campo do conforto ambiental-térmica, acústica, aumento da umidade relativa, diminuição da poluição, além do aspecto visual criado pela composição paisagística. A cobertura verde é uma solução eficaz para equilibrar o comportamento térmico das edificações. As plantas auxiliam não só a baixar a temperatura como também a evitar o resfriamento exagerado. Além de minimizar as ilhas de calor - áreas superaquecidas em metrópoles excessivamente impermeabilizadas, os telhados com cobertura vegetal favorecem o isolamento acústico e diminuem o impacto das chuvas ao reter parte da água que iria diretamente para as galerias pluviais, reduzindo o volume das enxurradas. Até mesmo a biodiversidade é favorecida: eles atraem pássaros para os centros urbanos. A poluição também cai significativamente, já que, para realizar a fotossíntese, as plantas sequestram monóxido de carbono e eliminam oxigênio. Com tantos benefícios, o ganho estético proporcionado pelo embelezamento da paisagem pode ser visto como um desejável complemento. Mas então, por que esse recurso não é mais amplamente adotado pela população dos grandes centros? O problema é que essa aplicação exige técnica. Usado desde a década de 60 na Alemanha, onde aproximadamente 15% das residências e edifícios apresentam biocobertura e não faltam normas, manuais e materiais específicos para a implantação dos telhados verdes. Outro bom exemplo é a cidade de Nova York, onde existe uma lei de incentivo à adoção desse sistema desde 2008, foram pedidas licenças para forrar com plantas perto de 90.000 m², só no primeiro ano. Isso equivale a mais de 11 vezes a medida do campo de futebol. Lá, os solicitantes são favorecidos com descontos no imposto predial da cidade. E por aqui, o que é possível? Aqui, apesar das lajes verdes projetadas por arquitetos e paisagistas da tradição modernista, ainda são poucos os que se aventuram a construí-los. O conhecimento está restrito nas mãos de alguns especialistas, que oferecem consultoria para projeto e implantação. É importante contar com supervisão profissional para evitar acidentes causados Revista Fato - Setembro 2014

por sobrecarga ou problemas na impermeabilização. Políticas públicas seriam de grande ajuda para estimular a presença do verde em espaços essencialmente urbanos. Os grandes centros estão cada vez mais verticais. A cobertura viva é muito importante para trazer de volta a referência da natureza à cidade. O principal entrave para a questão ainda é o custo. Sem incentivos fiscais ou motivações de outra ordem (como a pressão dos consumidores por alternativas mais sustentáveis), as grandes construtoras costumam passar longe das bio-coberturas, que geralmente exigem reforço estrutural prévio ou alguma adaptação para a instalação em prédios prontos. Os telhados verdes se dividem basicamente em dois tipos, de acordo com a camada de terra ou substrato, as espécies cultivadas e a necessidade de manutenção. O extensivo, mais simples, geralmente emprega vegetação rasteira de gramíneas, que oferecem alta resistência ao clima brasileiro e sobrevivem a longos períodos de estiagem. No sistema intensivo, a base para o plantio é mais espessa - para acomodar as raízes de espécies maiores - e pesada. Ambas representam carga extra e devem obrigatoriamente ser consideradas no cálculo estrutural e no projeto do telhado, pois trazem riscos sérios. Um modelo feito com terra, substrato leve e suculentas de pequeno porte significa algo como 60 kg/m2 extras, por exemplo. No cálculo para um jardim intensivo com 10 cm de terra pura, a conta sobe para 150 kg/m2. Ou seja: a sobrecarga depende diretamente da fonte para a alimentação das plantas. A terra comum é mais barata, mas fica muito pesada quando encharcada. Além disso, pode se compactar com o passar do tempo e já trazer sementes de plantas invasoras, não detectadas antes da instalação. A alternativa mais eficiente é o substrato, uma mistura de componentes orgânicos calculada para atender às necessidades específicas da espécie a ser cultivada. É mais caro, mas também cerca de três vezes mais leve, vantagem que compensa pelo menor investimento no reforço estrutural. A inclinação é outro fator determinante. Sobre lajes e bases planas é possível encarar a obra e construir um telhado verde passo a passo ou adotar algum dos sistemas prontos, vendidos em módulos - cada vez mais comuns, eles têm sido fundamentais para a popularização do recurso. Em todas as situações, uma boa impermeabilização da área a ser coberta de verde é fundamental para evitar infiltrações.


Convidado Especial

infantil Prevenção de cáries

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ma criança que tem a saúde bucal negligenciada pode ter vários problemas orais até mesmo na vida adulta. A mais comum é a cárie, que pode levar à perda dental, mas também há um risco maior de periodontite – doença que acomete a gengiva. “É preciso estabelecer uma rotina de cuidados com a saúde bucal desde cedo para que a criança cresça com o hábito de escovar os dentes”, diz a cirurgiã-dentista, Márcia Vasconcelos, consultora científica da Associação Brasileira de Odontologia (ABO). Os bons cuidados bucais começam cedo na vida. Mesmo antes dos dentes do bebê nascerem, existem alguns fatores que podem afetar sua futura aparência e saúde. Por exemplo, a tetraciclina, um antibiótico comum, pode causar a descoloração ou manchas nos dentes. Por esta razão, não deve ser usada por mães que estão amamentando ou mulheres na segunda metade da gravidez. Como os dentes do bebê geralmente nascem por volta dos seis meses de idade, não há razão para usar os procedimentos padrão da higiene bucal, ou seja, a escovação e o uso do fio dental. Mas, os bebês têm necessidade de cuidados bucais especiais que todos os pais devem conhecer. Entre esses cuidados estão a prevenção das cáries causadas pelo uso da mamadeira e a certeza de que seu filho está recebendo uma quantidade adequada de flúor.

O que são as cáries de mamadeira e como evitá-las? São cáries causadas pela exposição freqüente a líquidos que contém açúcar, como o leite, as fórmulas comerciais preparadas para bebês e os sucos de fruta. Os líquidos que contém açúcar se acumulam ao redor dos dentes por longos períodos de tempo, enquanto seu bebê está dormindo, provocando as cáries, que primeiro se desenvolvem nos dentes anteriores, tanto da arcada inferior quanto da superior. Por esta razão, nunca deixe sua criança adormecer com a mamadeira de leite ou suco na boca. Ao invés disso, 28

Por Yara Mota de Oliveira Luiz Antonio Fortuna de Souza

Higor Siqueira

10 dicas para prevenção de cáries no seu bebê:

Dr. Luiz Antonio Fortuna de Souza - CRO MG36261 e Drª. Yara Mota de Oliveira - CRO MG36154.

na hora de dormir, dê a ele uma mamadeira com água ou uma chupeta que tenha sido recomendada pelo seu dentista. Ao amamentar, não deixe o bebê se alimentar continuamente. E após cada mamada, limpe os dentes e as gengivas do seu bebê com um pano ou uma gaze umedecidos.

O que é o flúor? Como saber se meu bebê está recebendo a quantidade certa de flúor? O flúor faz bem mesmo antes de os dentes do seu filho começarem a aparecer. Ele fortalece o esmalte dos dentes enquanto estes estão se formando. Muitas empresas de distribuição de água adicionam a quantidade de flúor adequada ao desenvolvimento dos dentes. Para saber se a água que você recebe em casa contém flúor e qual a quantidade de flúor que é colocada nela, ligue para a empresa de distribuição de água no seu município. Se a água que você recebe não tem flúor (ou não contém a quantidade adequada), fale com seu pediatra ou dentista sobre as gotas

1. O cuidado com a boca do bebê deve começar na gestação. A mãe deve ter o acompanhamento de um dentista; 2. Na gravidez, evite alimentos com muito açúcar. O ideal é ter uma alimentação saudável, com muitas frutas e verduras; 3. Limpe a boca do bebê com gazes ou fralda umedecida com água após a mamada. Isso ajuda a manter a boca do bebê sempre limpa; 4. Leve sempre a criança a um odontopediatra. Ele é o profissional capacitado para detectar qualquer anormalidade com a saúde bucal do seu filho; 5. Ao nascer os primeiros dentes, inicie a limpeza com uma escova macia; 6. Use pasta dental própria para crianças, que contém a quantidade ideal de flúor para a idade dela; 7. Escove os dentes da criança após as refeições; 8. Sempre que for escovar os seus dentes, leve seu filho junto. Ensine-o, mostre como se escova. Isso é importante para que ele entenda que faz parte do cotidiano; 9. Não deixe que a criança coma muito doce. Aposte numa alimentação saudável; 10. Não beije a criança na boca, não use os mesmo talheres que ela e nem assopre a comida, isso pode transmitir cárie. Atenção: a saúde e o sorriso brilhante dos dentes do seu filho dependem de você!

de flúor que podem ser administradas ao seu bebê diariamente. Se você usa água engarrafada para beber e para cozinhar, avise seu dentista ou médico. É possível que eles receitem suplementos de flúor para seu bebê. Revista Fato - Setembro 2014



Social Colunista social e decorador de eventos

NOITE Orlando Silva

GENTE IN VOGA 2014

S

ou uma pessoa privilegiada por Deus e pela luz! Meu sucesso e minha história de vida profissional na cidade de Ubá – não aconteceu por acaso! Como nada acontece por acaso! Sou um profissional que tem ponto de vista profissional e habilitado para exercer tantos compromissos na profissão, pois tenho know how – não somente nestes 24 anos de Ubá – Já vim para Ubá com bagagem social de nível – pois anteriormente em meu passado atuava em agências de publicidade e já trabalhava no meio de moda, beleza, jornalismo e participava do meio social da cidade de Juiz de Fora - minha 1ª terra natal. Com apoio promocional da Ultrimagem, Engeminas – Residencial XV de Novembro e da Unimed Ubá o colunista promoveu no sábado, 26 de julho, o tradicional Petit Comité, evento GENTE IN VOGA versão 2014 pela 18ª vez objetivando incentivar e projetar nomes de valores, marcas e novos empreendedores. O acontecimento de caráter social de marketing teve início às 22h00 e reuniu no Salão do Cerimonial Parthenon uma mélange de nomes notícia, conceituadas empresas e expressivos personagens de nossa sociedade. O decor foi em vermelho com flores vermelhas e brancas. Os arranjos, criados pelo florista Enésio Pereira e sua assessora Angela, ao estilo clássico, deram o toque. Tudo harmonioso e sem excesso como manda o figurino de um evento corporativo. Dois enormes painéis foram montados pela DBO Produções do Dj. Bruno Oliveira. Um para a tomada de fotos merchan – com os patrocinadores logo na entrada e outro na parte interna mostrando a imagem de nosso próximo evento - 24ª EDIÇÃO DA NOITE DO BRILHO, já datada para o dia 08 de novembro, intitulada Bright Bight If Busibess (Noite do Brilho Empresarial). Ainda no decor, usamos mobiliários em laca branco em destaque no salão com pilastras e torpedos de flores para receber as delícias doces. Aliás – Marcela Dias de Souza da Casa dos Cupcakes – deu um show de requinte, beleza e sabor em seus novos produtos. Todos os elogios para ela, se superou mes30

mo e está cada vez mais. Outro nome que foi hiper elogiado – foi o de Isabela Groppo – Bem casados – que estava presente na festa com seus belíssimos e sofisticados Bem Sucedidos com acabamento em prata e preto. Tudo de chique.

Presenças especiais: Todas as pessoas que marcam presença em meus eventos são especiais! Pois geralmente analiso quem eu vou convidar para poder comungar com meus momentos de trabalho. Falando em convidados especiais: Todos os anos convido 16 nomes pra serem homenageados e 05 casais Patronos! Este ano novamente foi como planejei! Tive a felicidade de poder contar com nobres nomes que investem e valorizam suas marcas e história de vida de trabalho. Meus patronos foram Impecáveis! • Empresário - José Reis e esposa Suely Peron Reis da Unierre Planejados • Médico – Dr. Márcio Martins Rodrigues (sócio da Clínica Raúl Soares) com esposa Angélica de Oliveira Rodrigues. • Construtor - Eduardo Corbelli e esposa Tania Pires Corbelli e • Empresário Pablo Bettio e a noiva Luana Másala. Fato: O patrono - cirurgião Plástico Dr. Maurino Ribeiro Grossi e esposa Karine Pires Grossi não

Academia Vox Corpore e Nutre Corpore – Loja de Suplementos: João Paulo Lessa Maciel e Ronaldo Melo Junior.

puderam ir ao evento por motivo de força maior.

Os homenageados: Incrível a valorização de todas as pessoas que convido para receber o meu carinho! Na noite Gente in Voga deste ano – foi perfeito! O traje Black – foi seguido à risca por eles – promovendo uma panorâmica linda e de estética visual maravilhosa. Isso sem falar da valorização da homenagem que é muito importante. E com entusiasmo, alegria e sob aplausos receberam nossa valorização profissional – TROFÉU GENTE IN VOGA 2014... Após as honrarias – a Noite Gente in Voga – ganhou ares de descontração! A Banda Skalinata escalada para criar clima dançante...mesmo não sendo uma proposta de baile - colocou uma trupe de animados para dançar. Sobre paladar ? O Buffet Parthenon – foi exato.... servindo quentes, frios e assados, gelos gelados, Prosseco, além de mesa de prato quente e mesa de tortas. Um viva a vocês - nomes GENTE IN VOGA 2014 pelo trabalho, garra e determinação! Ótimos caminhos.

Fotografe

ARPEL - Michelli Parma e Ingrid Parma Belouse. Revista Fato - Setembro 2014


BRILHO DAS NOIVAS – Hélio Junio Almeida Silva e Liani Medeiros Alonso Silva.

Casa dos CupCakes - Marcela Dias de Souza.

CCAA – Cláudio Travassos e Antonieta Travassos

ESCRITÓRIO DE ADVOCACIA: Dr. Guilherme Ribeiro Teixeira e Dr. Leonardo Frederico Ferreira.

Escola MAV - Ana Maria Zopelaro Grôppo e Luiz Cláudio Grôppo.

Fotografe – Fotógrafos - Fabiano Araújo e Fernanda Bambino.

Spa das Sombracelhas - Luciana Pupo.

Loja The Chic - Luciane Perillo.

LEGALIZAR - CONSULTORIA AMBIENTAL E ASSESSORIA JURÍDICA – sócios - Geógrafo – Gabriel de Queirós Carlos e a Advogada Dra. Caroline de Paula Balbino.

Dra. Mariana Costa Jacob – Dermatologista na Clínica São José.

Isabela Groppo Bem Casados - Isabela Groppo.

Revista Fato - Juliana Campos Moreira Pacheco e Bráulio Cesar de Paula.

Santur Turismo - Camila Santos.

DR MARCIO E ANGELICA

JOSÉ REIS E SUELI

PABLO BETTIO E LUANA MASALA

TANIA PIRES e EDUCARDO CORBELLI

Braúnas Grill - Jose Antônio Chaves e José Mauricio Chaves.


Crônica Radialista e Cantor wellnetto@hotmail.com

Sorrir

www.facebook.com/wellington.netto.3

Wellington Netto

não é pra qualquer um

N

os dias atuais sorrir de fato não é pra qualquer um. Exige do ser muita Fé, muito otimismo e o exercício diário de abstração. O ser humano anda cada vez mais difícil de lidar. Sorrir nos dias de hoje e no trato com o ser que se desenvolve nessa sociedade plural é realmente quase fazer mágica. Aos que conseguem desenvolver o poder de abstrair conversas vazias, pessoas fúteis e relacionamentos baseados no ter e servir, de certo consegue. É quase como desenvolver uma personalidade dupla ou então negligenciar a inércia de pessoas comprometidas apenas com o vazio de tornar-se o que a maioria é. E assim conviver, sorrir e tentar sobreviver sem perder a pouca razão que hoje ainda sobrevive em nós. Mas definitivamente sorrir é a melhor saída. Faz passarmos pelo constrangimento do relacionar-se de forma obrigada com classe e elegância. Sorrir faz com que nosso corpo não sofra e que a integridade física desse instrumento divino não pereça. Sem dores e sem culpa. Como bem explicou o apresentador e escritor Jô Soares:

Não significa que você é falso, quando você é legal com alguém que você não gosta”. Significa que você é maduro o suficiente pra ser educado. Na verdade, “falso” é quando você mente. Você não gosta da pessoa e diz “te adoro amigo”: isso é falsidade. “Educação não, educação é uma dádiva que certamente te dá dignidade diante de qualquer desafeto.

E aos que conseguem certamente se presenteiam com uma expectativa de vida acima dos demais 32

que levam a ferro e fogo os seus dias. O ser humano precisa determinar o que o afeta e o que já não surte efeito sobre. Definirmos o que nos aproxima da verdade e o que nos afasta de nossos conceitos. Tudo aquilo que faz mal eu preciso reconhecer, saber denominar e como conviver. Existem situações das quais somos obrigados a conviver e vivenciar, porém, é preciso descobrir como tirar proveito de cada uma delas. Vamos imaginar aquela pessoa que fala mal de você, que não consegue ver em ti qualidades. Deveríamos tratá-la bem? Deveríamos ter por esse ser algum afeto? Digo sem medo de errar que sim, pois, amarmos ou então sermos piedosos com quem nos desperta algo de bom não é tão difícil. Foi pelos doentes que veio Jesus, é pelos que nos causam mal que devemos exercitar o amor e a compaixão. Sejamos gratos pela existência de cada uma dessas pessoas, pois, são elas que nos permitem exercitarmos em nosso cotidiano a prática do autocontrole, perdão e amor. Seremos, sem que percebamos pessoas melhores e quando menos nos dermos conta já não seremos mais afetados pelas atitudes equivocadas dos mesmos e ainda seremos através da mudança íntima e individual motivo de exemplo da transformação existencial. Sejamos inteligentes na fé e racionais na luta contra tudo que de mal o mundo nos apresenta. O exercício da Fé nos torna seres libertos de medo, angústia e atitudes equivocadas. Aqueles que praticam o “sorriso da fé”, crendo que o mal não pode dissipar seus sonhos, desejos e vitorias; ao longo do caminho vai se transformando em objeto de desejo pra Deus e acaba sendo usado como “boca de Deus” nessa terra. Definitivamente crer é a melhor forma de vivermos nossos dias. Que possamos exercitar esse “Sorriso da Fé”. Que sejamos Jó na paciência, Daniel na coragem, Ester na perseverança e Jesus na resignação. Seremos melhores a ponto de não mais nos preocuparmos com as tentativas frustradas do mal. Você será alvo do Senhor e o mal sim perecerá. Forte abraço e que possamos semear muitos “Sorrisos da Fé” por onde passarmos, pois, SORRIR NÃO É PRA QUALQUER UM, TÃO POUCO CRER.

AMOR

FÉ PERDÃO

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Fato Especial

5º Ubá Figth

Por Higor Siqueira

Ubá vai

‘tremer’

Organização do evento espera público de 5 mil pessoas

A

contecerá no dia 13 de Setembro – segundo sábado do mês – o 5° Ubá Fight. O campeonato de MMA será realizado na Praça de Esportes e está sendo organizado pela academia CTMT MMA, comandada por Antonio Paulo Branjão, ex-participante do Ultimate Fighter Brasil 3, instrutor de MMA e educador físico – o famoso “Montanha”. O evento está em sua quinta edição e agora já é aclamado pelo público interessado no esporte, que abrange não apenas moradores de Ubá, mas também de toda a região e fora dela. Com sua trajetória de sucesso, o Ubá Fight se encontra hoje em dia entre os eventos mais importantes do estilo “artes marciais livres” de todo o estado de Minas Gerais. Entretanto, chegar neste patamar não foi nada fácil, é o que nos conta Montanha: “A evolução do primeiro Ubá Fight para agora pode ser muito bem percebida ao longo dos anos. Começamos no Tabajara com apenas um ring. As pessoas no começo não acreditavam ainda no nosso trabalho, tanto na questão de patrocinadores, quanto de público. Na 2ª edição já tivemos uma aceitação maior e percebemos que o Tabajara estava ficando pequeno demais para nós. Daí eu pensei: ‘A terceira edição será na Praça de Esportes, por causa da arquibancada’. E fizemos! Trouxemos pela primeira vez na cidade um octógono oficial e o evento ficou lotado, surpreendendo toda a organização. Fomos muito bem elogiados por todos”. Antonio ainda nos conta que abriu mão da organização na última edição do Ubá Fight para participar

34

A terceira edição do Ubá Figth foi realizado em 2012 no Clube Praça de Esportes.

como concorrente da competição. Segundo ele, foi a primeira vez que lutou em sua “própria casa, a cidade de Ubá”. Este ano o evento contará com a participação de diversos atletas, sendo alguns ubaenses e outros vindos de Juiz de Fora, Belo Horizonte e Rio de Janeiro. O evento contará também com variadas novidades, a começar pela nova estrutura que será montada na Praça de Esportes, onde muitos equipamentos de iluminação e som serão instalados. “Queremos um

verdadeiro show!” diz Montanha. Haverá também uma luta com concorrentes femininas, o que será outro grande destaque desta nova edição. Serão as lutadoras de MMA Juliana Velásquez (Team Nogueira) e Isabelly Varela (CT Invictus). “Essa luta promete, pois são duas atletas que despontam no cenário do MMA nacional dando um verdadeiro show” aponta. O evento ainda contará com a presença VIP de nomes grandiosos no cenário do MMA: Rousimar Palhares, conhecido como

Revista Fato - Setembro 2014


Revista in / Criar

Toquinho, campeão peso-meio-médio do WSOF; e o ex-atleta do TUF Brasil 3 e atual UFC, Rick Monstro. Para esta edição, o evento conta com o patrocínio da Krattos Fight Wear, Vox Corpore, Nutry Corpore, Pier Ubá, Relojoaria 24k, Rádio Educadora, Papão Lanches e o Supermecado Vieirão, além do apoio total da Prefeitura Municipal de Ubá. Apesar disso, o lutador sente que o suporte poderia ser maior, levando em consideração o nível empresarial da cidade. “Acho que ainda somos pouco apoiados. Têm tantas empresas grandes em Ubá que não apoiam o esporte em nossa cidade. Uma criança no esporte é uma criança longe das drogas e do caminho errado e eles deveriam entender isso” pontua. “É uma pena que parte do reconhecimento só venha depois da participação de um reality show e o que sempre falo, teve que acontecer primeiro para muitos acreditarem. E quantos não tem a oportunidade que eu tive, e acabam desistindo no meio do caminho? É uma situação difícil” desabafa Antonio. No dia 12 de Setembro, às 18h00, noite de véspera do campeonato, será realizada a pesagem dos atletas participantes no Calçadão São José. Montanha afirma que este processo é bastante interessante, uma vez que é ali que as primeiras “encaradas” de confronto acontecem. No grande dia, quando chegar o momento tão esperado para o início do 5° Ubá Fight, os portões serão abertos para a entrada do público às 19h30min. “Estamos muito confiantes no trabalho que vem sendo feito por toda a equipe. A divulgação do evento está bem forte em toda a região e com isso esperamos um publico estimado de 5000 pessoas” declara. Cada atleta receberá uma quantia em dinheiro pela sua participação, enquanto o ganhador recebe um bônus nessa quantia e o troféu de campeão. Esse ano, a arbitragem do campeonato ficará por conta da ABAM (Associação Brasileira de Artes Marciais) que vem com toda a equipe de juízes laterais, de centro e o cutman*. “Eu gostaria de agradecer a todos os patrocinadores e todas as pessoas que acreditam no crescimento do nosso esporte. Quero agradecer também ao prefeito Vadinho Baião e seu assessor Marino Azevedo que estiveram sempre prontos para receber toda nossa equipe, e também a Revista Fato por sempre estar nos apoiando. Ubá vai tremer!” encerra o organizador. O 5° Ubá Fight vem marcando história no cenário esportivo ubaense, trazendo melhorias na organização e estruturação a cada nova edição. Os tickets para entrada estão sendo vendidos antecipadamente e podem ser encontrados no Papão Lanches, nas Lojas Pier, ou então na academia CTMT nos valores de R$25,00 (arquibancada) e R$35,00 (cadeiras). *Cutman: é o responsável pelos cuidados médicos dos atletas durante a luta. Na pausa entre os assaltos, é ele quem estanca sangramentos com cotonetes embebidos em medicamentos e vaselina, para manter o medicamento no ferimento. Ele também ameniza inchaços usando seu enswell, uma peça de metal gelada que vemos sendo colocadas na testa dos lutadores no intervalo.


Segurança Pública Delegado Titular da Delegacia Especializada em Investigação

Polícia Civil em ação

Antidrogas e Homicídios. contato: rgomesdir@hotmail.com

Dr. Rafael Gomes de Oliveira

Depoimento de um policial

A

s 5:00 horas do dia 12 de Agosto de 2014 sai de casa para cumprir diversos mandados de prisão em desfavor de homicidas na cidade de Ubá. Para mim, um dia normal de trabalho como qualquer outro. Porém, após mais de 12 horas de serviço, quando chegava em casa, recebi um telefonema noticiando o covarde homicídio contra um policial da cidade de Tocantins que estava em serviço. Cansaço?! De imediato telefonei para vários colegas contando o ocorrido e convidando para auxiliar na busca dos autores. Me dirigi, junto com muitos colegas policiais, para a cidade de Tocantins e chegando no destacamento, logo na entrada, estava a moto do policial morto, toda ensanguentada. Não tinha como não me emocionar, um colega acabara de ser morto em serviço. Logo observei que não parava de chegar policiais. Todos querendo ajudar de alguma forma, querendo

prender os covardes que ceifaram a vida de um trabalhador. Chegando no local das buscas, mais emoção. Era impressionante o número de lanternas e viaturas que iluminavam o local. Ali, tive certeza do que sempre pensei e que sempre fiz questão de passar para os que trabalham comigo: não existe policia militar ou policia civil; não existe Delegado de Policia ou Comandante. Todos que ali estavam eram simplesmente POLICIAIS! Hoje, dia 14 de agosto de 2014, mais uma vez me emocionei ao acessar a internet e ver imagens de vários policiais chorando por terem perdido um colega e por terem conseguido prender os assassinos!! Uma imagem que vale mais do que mil palavras. Muitos me perguntam o porque de ter escolhido ser policial, uma vez que a remuneração é baixa. Me perguntam o que me leva a arriscar minha vida para defender quem eu não conheço. Só quem é po-

licial pode responder essa pergunta. Não há dinheiro no mundo que pague a satisfação pessoal de fazer o bem de forma imediata. Não escolhemos nossa profissão pela remuneração, mas pelo amor em ser policial!! Acredito que foi esse amor que fez com que o colega se arriscasse para defender a sociedade. Acredito que esse amor que fez com que policiais de toda região se mobilizassem para defender um colega morto em serviço. Só quem é policial sabe... Á família do colega morto: Deus os abençoe e conforte. Á nós policiais: Deus nos proteja!!!! Parabéns a todos os policiais envolvidos na prisão desses assassinos covardes. Ass: Rafael Gomes de Oliveira, Delegado de Policia, ou melhor, POLICIAL

Mais cinco suspeitos de homicídios presos

Continuamos trabalhando com afinco para manter nosso índice de apuração de homicídios próximo a cem por cento. Aliás, isso é o que a sociedade espera da Policia Civil que possui como mister a INVESTIGAÇÃO. Portanto, no dia 12 de agosto de 2014 prendemos 04 suspeitos de homicídios na cidade, apreendemos um menor, duas armas de fogo calibre .32, 08 munições calibre .32, uma munição de fuzil e uma motocicleta. Vejamos.

- Homicídio no bairro Talma que vitimou Jean Lopes de Freitas, vulgo “Poju” no dia 15 de junho: Foram presos os suspeitos ALESSANDRO ZOCOLI BERTOLATO e o adolescente infrator A.S.S.B. Os suspeitos são pai e filho e confessaram o homicídio, alegando que em data anterior a vitima teria disparado seis vezes contra o adolescente A.S.S.B. - Homicídio tentado próximo ao Hospital São Vicente no dia 05 de julho que tinha como alvo a vitima ELVIS DA SILVA BARBOSA, porém, por erro na execução acabou atingindo a adolescente RPM: O suspeito YURI FELICIO VANDER, vulgo Ná, foi preso após ser reconhecido pela vítima e testemunhas. - Homicídio no bairro São Domingos que vitimou Diego Almeida dos Santos, no dia 23 de

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julho: Após reconhecimento de testemunhas o suspeito JORGE LUIS FERNANDES JUNIOR, vulgo “Tico” foi preso. - Homicídio Tentado no bairro Olaria, no dia 16 de julho, contra Mauricio Alberto Vital Ferreira: o suspeito KENNEDY CARDOSO DE OLIVEIRA, autor confesso, já se encontrava preso, sendo que prendemos o proprietário da motocicleta utilizada no crime e coautor FERNANDO DE SOUZA COSTA. Os suspeitos foram conduzidos até a Delegacia de Polícia Civil de Ubá e após prestarem depoimento foram encaminhados ao Presídio de Ubá. O adolescente se encontra internado em cela para menores no Presídio de Ubá.

Revista Fato - Setembro 2014



Comportamento Por Higor Siqueira

Viciados em Leitura Jornais, revistas de moda, economia e comportamento, bibliografias, romances de suspense, livros literários de autores nacionais e internacionais... eles leem de tudo!

V

ocê gosta de ler? Acredito que a grande maioria das pessoas que estão começando a ler esta matéria agora – ou até mesmo todos – pensou “sim”. Mudarei a pergunta então: você tem o hábito de ler? Em 2012, uma grande pesquisa intitulada “Retratos da Leitura no Brasil”, realizada pela Fundação Pró-Livro e pelo Ibope Inteligência, revelou uma queda realmente significante no numero de leitores no país. Na data, enquanto 24% dos brasileiros tinham o hábito da leitura, 85% gastavam seu tempo livre desempenhando outras atividades, como ver TV, passar um tempo com os amigos ou se divertir com a vasta gama de opções provenientes da internet. Para a editoria Comportamento desta edição, fomos atrás de “viciados em leitura”. Perguntamos a eles como este hobby é empregado em seu dia-a-dia, o que mais gostam de ler, como a leitura pode mudar suas vidas, entre outras diversas curiosidades. Venha conosco descobrir como este vício é sustentado e aplicado nas rotinas de nossas fontes e qual a importância da leitura para eles. Bárbara Carneiro Filgueiras, professora de Língua Portuguesa, nos conta que gosta de ler desde criança, mas que nunca gostou de ser obrigada a ler, preferindo quando acontecia por livre e espontânea vontade. “A leitura, quando escolhida pelo leitor, de acordo com seu gosto pessoal, é fantástica, pois além de desenvolver a interpretação textual, o raciocínio, o conhecimento e a utilização de um novo vocabulário, faz com que o leitor se coloque inserido na cabeça de novas ‘pessoas’, se colocando no lugar de personagens. É possível viver uma vida completamente diferente sem ao menos se levantar da cama” pontua. Ela conta que sempre foi presenteada com livros, desde os sete anos de idade. “Os primeiros que li foram os clássicos da Disney em versão condensada. Ganhei de uma tia muito querida uma caixinha com 38

Wanessa Pereira.

Barbára Carneiro.

cinco livros ilustrados dos filmes que eu já assistia. Na época, gostei tanto do presente, que a minha mãe conta que eu andava com a caixinha na rua, como se fosse uma bolsa”. Barbara gosta de livros que mecham com os seus sentidos e a insiram dentro da história. Ela aponta Jose Saramago como um de seus autores preferidos, pois ele possui “uma narrativa polêmica e envolvente, abordando, nas entrelinhas, religião, política e sociedade, e isso faz com que cada leitor tenha uma interpretação diferente sobre o que lê”. “Quando li ‘Ensaio sobre a Cegueira’, por

exemplo, parecia que eu conseguia sentir o cheiro dos locais citados, de tão imersa na leitura” ela conta. Para ela, o melhor momento para ler um bom livro é quando está completamente relaxada: “Eu tomo um banho, coloco um pijama, deito na cama e ligo uma música ambiente”. Segundo a professora, sua “biblioteca pessoal” vai de George R. R. Martin até Vinicius de Moraes e ela indica a leitura de “As vantagens de ser invisível”, de Stephen Chbosky. “É um livro gostoso de ler, a leitura é fluída. Linguagem acessível. E a história é linda”. Sobre jornais e revistas, Barbara diz que conRevista Fato - Setembro 2014


“ “ “ A leitura, quando escolhida pelo leitor, de acordo com seu gosto pessoal, é fantástica, pois além de desenvolver a interpretação textual, o raciocínio, o conhecimento e a utilização de um novo vocabulário, faz com que o leitor se coloque inserido na cabeça de novas ‘pessoas’, se colocando no lugar de personagens

Na minha opinião, todos que se dedicam a fazer imprensa – principalmente no interior – são heróis, ou meio doidos, ou reais sonhadores. Quase sempre nunca reconhecidos, mas corajosos ao extremo. Melhor exemplo? O saudoso e sempre lembrado “O Kanivete”. Era um speculum mundi (espelho do mundo) como ele mesmo me falava em nossos papos diários”

A leitura, quando escolhida pelo leitor, de acordo com seu gosto pessoal, é fantástica, pois além de desenvolver a interpretação textual, o raciocínio, o conhecimento e a utilização de um novo vocabulário, faz com que o leitor se coloque inserido na cabeça de novas ‘pessoas’, se colocando no lugar de personagens

“ “ “

Bárbara Carneiro

Ronaldo Mazzei

Thiago Dias


Comportamento Higor Siqueira / Arquivo Pessoal / Divulgação

segue manter-se informada sobre o que acontece e é informada através destas mídias, mas que não tem o costume de lê-los “por achar a mídia muito parcial, politicamente falando”. “O trabalho com textos informativos, o trabalho da grande mídia, deveria ser: repassar uma notícia sem intervenções. Mas, ao invés disso, cada meio midiático utiliza de sua influência exatamente para tentar mudar as opiniões do leitor. A maioria da mídia não é limpa” declara. Por outro lado, Ronaldo Mazzei, outra de nossas fontes, adora ler jornais e revistas. “O Globo, O Tempo, Veja, Época, Piauí, Caros Amigos, Folha do Povo, Folha de São Paulo, Atos Oficiais, O Legislativo, Noticiário, Revista de História da Biblioteca Nacional, Seleções, entre outros” ele faz sua lista de favoritos. Ronaldo diz gostar de ler “para ficar menos ignorante” e que o hábito da leitura sempre esteve presente em sua vida, declarando ler diariamente: “Não durmo sem antes ler alguma coisa”. Ele revela que chega a ler de dois a três livros, além dos rotineiros jornais e revistas, por vez, e que este hábito é herança de seu pai. “Seu livro de cabeceira era ‘A Divina Comedia” ele lembra. Como ritual para realizar sua leitura, ele diz gostar de uma boa música de fundo e, às vezes, uma taça de vinho da Toscana. “Tendo uma companheira de coração e mente abertos para trocar figurinhas, melhor ainda: a leitura fica mais prazerosa. Tony Belloto e Malu Mader praticam esse saudável hábito de ler a dois”. Um verdadeiro especialista sobre o assunto, Ronaldo diz o que pensa sobre as mídias impressas de nossa cidade, o que ele retiraria de circulação e o que acha estar faltando nas páginas ubaenses: “Menos sangue e menos ainda fru-fru (tem quem goste e se vire para ter sua carinha nas páginas do dolce far niente). Mais política local e nacional e muita, muita informação de real interesse da comunidade, com maior isenção possível”. “Na minha opinião, todos que se dedicam a fazer imprensa – principalmente no interior – são heróis, ou meio doidos, ou reais sonhadores. Quase sempre nunca reconhecidos, mas corajosos ao extre-

Os irmãos Thiago e Isabella Dias.

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Ronaldo Mazzei.

mo. Melhor exemplo? O saudoso e sempre lembrado “O Kanivete”. Era um speculum mundi (espelho do mundo) como ele mesmo me falava em nossos papos diários”. Suas indicações literárias: “Acabei de reler ‘Os Senhores da Guerra’, de José Antonio Severo; estou relendo ‘Atentados Políticos: de César a Kennedy’, de Paulo Matos Peixoto. Indico também ‘Conversa com a Memória’ e ‘Histórias da Fazenda do Retiro’, ambos de Villas-Bôas Corrêa. E recentemente recebi de presente ‘O Ventre’, de Carlos Heitor Cony, que já dei uma lida inicial e gostei. São todos muito interessantes”. Thiago Dias Penha, pós-graduado em Administração, e sua irmã de apenas 13 anos, Isabella Dias Lacerda, também são viciados em leitura. “Eu gosto de ler, pois este é um momento que consigo me colocar no lugar do escritor, indo para um universo novo, que ele o criou ou apenas percebeu, mas que é totalmente novo para mim. Dessa maneira consigo deixar, nem que seja um pouco, meus conceitos e ideais que envolvem o assunto tratado” declara Thiago. Eles contam que são acostumados com este universo da leitura desde muito novos. “Meus pais sempre leram, então essa era uma atividade corriqueira em casa” ele diz; “Sou influenciada desde criança pela minha mãe, ela também tem o hábito de ler. E o meu irmão que me deu o meu primeiro livro, “O Pequeno Príncipe”, quando eu tinha sete anos” relata Isabella. Enquanto Thiago diz ler diariamente (“Seja entre os meus livros ou o jornal diário, sempre acompanhado de um bom café”), Isabella lê de dois a três livros literários por mês. “Para mim a leitura é muito

importante, pois você viaja para mundos novos e amplia seu vocabulário” ela fala. Seu lugar preferido para leitura é seu quarto, “pois ele é silencioso”; já Thiago diz gostar de ler sentado em um sofá bem confortável. Entre os impressos mais lidos por Thiago, podemos encontrar o Jornal Valor Econômico, as revistas Galileu, Tatame e Exame, e livros de Bibliografia, que ele diz serem seus preferidos. As indicações de livros: “A Bola de Neve - Warren Buffett e o Negócio da Vida”, de Alice Schroeder; “Musashi”, de Eiji Yoshikawa; e “A Estratégia do Oceano Azul”, de W. Chan Kim e Renée Mauborgne. Já Isabella diz gostar mesmo é de livros com histórias de suspense. Wanessa Rosignoli Pereira, estudante de Design de Produtos e monitora no Projeto Tim Arte e Educação, é nossa última, porém não menos importante, entrevistada e leitora assídua. “A leitura, junto com a música, formou minha personalidade. Ler me faz enxergar as coisas de maneira diferente, por outros ângulos e pontos de vista”. Wanessa conta que o interesse pela leitura chegou muito cedo, desde quando aprendeu a fazê-la, sendo gibis e contos de fadas suas primeiras leituras quando criança. “Consigo também me lembrar das visitas à casa de minha tia, onde tive os primeiros contatos com revistas de moda e comportamento” relata. Wanessa diz que se sentiria no escuro se a leitura não fosse tão presente em sua vida. “Ela me direciona, me faz enxergar as coisas de maneira mais abrangente”. Suas leituras principais: as revistas Elle, Estilo, Gloss, Women’s Health e Boa Forma. “Leio também o Jornal A Folha do Povo e a Revista Fato!”. Sim, nossa entrevistada também lê a mídia pela qual vos escrevo! “Leio a Fato com frequência. Acho que ela vem melhorando bastante seu conteúdo, e que tem tudo para se estabelecer cada vez mais como um dos meios de comunicação mais influentes da cidade e da região” declara. Seus livros favoritos são “O Auto da Compadecida”, de Ariano Suassuna, “As crônicas de Nárnia”, de C. S. Lewis, “O Mágico de Oz”, de L. Frank Baum, “O Senhor dos Anéis”, de J. R. R. Tolkien e “Cinquenta tons de Cinza”, de E. L. James. Sobre a queda dos números de leitores no Brasil, ela se expressa: “Acho que no Brasil sempre leram pouco, antes pela falta de alfabetização e hoje por falta de interesse mesmo. As pessoas querem tudo mastigado: preferem os filmes aos livros, ler apenas os resumos. Existe preguiça até nas redes sociais: status grandes não são lidos! E o engraçado é que existem muitas pessoas que postam coisas realmente interessantes, que poderiam agregar muito à cultura se lidos e refletidos mais a fundo”. Encerro esta matéria com uma citação muito importante e verdadeira de um de nossos entrevistados, o sr. Ronaldo Mazzei. “’O saber não ocupa lugar’... Essa era a frase preferida do meu pai. Só que quanto mais procuro o saber, menos o acho. E a ignorância? Toda manhã bate à minha porta”. Revista Fato - Setembro 2014



Patrimônio Cultural Anderson Moreira

Professor de história das redes municipal e estadual de ensino. Especialista em História do Século XVIII. Contato: andersonmv1@yahoo. com.br

Tragédia, política e memória

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urante os “anos de chumbo”, mesmo com toda repressão dos militares, muitos jovens brasileiros tinham consciência política e atuavam para ajudar na abertura do país. Mas desde a derrubada do governo Collor (início dos anos 90) a nação calou-se para as discussões em torno de seus próprios interesses. As recentes manifestações e protestos rapidamente escorregaram pelas vielas da violência e depredações. Que pena! É urgente reavivarmos nossa memória de um povo político, atuante na vida pública do país. Com todo respeito às famílias dos envolvidos, o acidente aéreo que provocou a morte do ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e emocionou o país e os brasileiros (mesmo os que não eram seus simpatizantes), trouxe à tona uma discussão que anda afastada do cenário nacional: falar de política sem a mesquinharia dos interesses pessoais. No Brasil estamos acostumados a falar de política e de políticos profissionais com críticas, argumentos negativos e exemplos de corrupção. Essa consciência comum negativa está tão arraigada à cultura do povo brasileiro que chegamos a criar um antídoto: política e religião não se discutem. Muitos brasileiros acreditam mesmo que esses assuntos são tabus e que não devem ser questionados. Infelizmente esse modo de pensar contribuiu para perpetuar uma geração de analfabetos políticos. Na onda das redes sociais com suas postagens irresponsáveis, eles acabam por considerar todos os políticos ruins, generalizando o famoso argumento de que “o Brasil não tem jeito”. Em minha opinião falar sobre política e religião é uma necessidade. Esses assuntos não devem ser ignorados, principalmente a política, seja na escola, em casa, com os amigos. Ao evitar essa discussão, estamos fortalecendo a manipulação da mídia e suas pesquisas eleitorais, que nem sempre dizem a verdade. Política é algo que todos nós fazemos o tempo todo, até de forma inconsciente. Ao negociar com os filhos a hora de voltar para casa depois da balada, e as possíveis consequências da desobediência aos acordos firmados, os pais estão fazendo política. Esses limites e aberturas, a forma de tentar atender o que seria bom para ambos os lados e o diálogo respeitoso entre as partes, são formas de fazer política e de formar consciência política. Acredito que esta consciência, que leva a um saber votar, é o caminho para um Brasil melhor! 42

Política Por Higor Siqueira

Os candidatos

A DEPUTADO ESTADUAL DA NOSSA CIDADE

Nascidos aqui, ou ubaenses de alma, estão todos ligados por um mesmo intuito: elevar a qualidade de vida em Minas Gerais

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Revista Fato! está com diversas novidades nesta edição de Setembro em comemoração aos seus 3 anos de existência e sucesso. Uma delas é a nossa mais nova editoria “Política”. Aqui, manteremos os ubaenses ligados a todas as novidades e tópicos importantes e de grande necessidade de conhecimento social, que intercalam o mundo da política com nossa cidade e todo o país. Em nossa primeira matéria desta nova editoria, traçaremos o perfil de três candidatos ao cargo de Deputado Estadual nas eleições deste ano, cujo primeiro turno irá acontecer no dia 5 de Outubro. O que estes três candidatos tem em comum? Todos eles moram atualmente na cidade de Ubá e construíram aqui grande parte de suas vidas, por muitos anos, onde acumularam seus legados pessoais e profissionais, que servirão de bagagem e portfólio para a escolha decisiva que estará inteiramente nas mãos do povo. São eles: Aimar do Cartório, Claudio Ponciano e Dirceu Ribeiro.

Revista Fato - Setembro 2014



Política

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Minha vida é pautada na simplicidade. Acredito fielmente em meu esforço para viver o ensinamento cristão que diz que devemos buscar em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça. E se assim fizermos as outras coisas nos serão acrescentadas. Trabalhei cedo como a maioria da minha idade. No patronato tive a oportunidade de aprender profissão, estudar e receber as bases da espiritualidade cristã. Na década de 90 viajei o Brasil trabalhando com movimentos sociais, sindicais e organizações não governamentais. Esta experiência me capacitou para a vida e para o trabalho com o coletivo. Já mais fixado em Ubá, na década seguinte, fui ouvidor da saúde e trabalhei no Sindicato dos Produtores Rurais. No sindicato trabalhei com a Previdência Social Rural e com capacitação profissional rural. Por duas legislaturas me elegi vereador e nos últimos três anos fui o Secretário de Saúde do Município. Penso que o sucesso na minha vida pessoal é ser a pessoa que sou hoje. Alguém que era menino do patronato e hoje tem uma vida digna, e ainda conta com o carinho, respeito e amizade de todos. Já na vida profissional e política, uma vez que as duas se misturam, nosso grupo liderado pelo Vadinho vai deixar um grande legado para a cidade e região. A começar pelo jeito de fazer política. Nosso grupo enobrece a política, a torna limpa, transparente. Eu tenho muita alegria de estar participando deste grupo e deste projeto há quase 30 anos. Penso em fazer um mandato coletivo, ouvindo e convidando a participar todos os seguimentos da sociedade de Ubá e Região. Com esta postura estarei contribuindo para que as forças vivas (politicas, econômicas, sociais e culturais), possam ocupar com efetividade os espaços nos centros de decisão da vida mineira. A minha atuação na área da saúde como secretário de Ubá nos últimos três anos automaticamente colocará um possível mandato como interlocutor dos gestores municipais da saúde e prestadores de serviço em toda a nossa região. Outra linha de atuação será o apoio às organizações não governamentais. A atuação legislativa será construtivista.

Nome completo: Dirceu dos Santos Ribeiro - PHS (Partido Humanista da Solidariedade) - 31111 Data de nascimento: 23/01/1944 (70 anos) Naturalidade: Guidoval - MG Ocupação: Outros Escolaridade: Superior completo

Saí de Ubá com tenra idade, sendo matriculado no Colégio São José, Seminário dos Padres Carmelitas em Contagem. Depois fui transferido para o Seminário Maior Nossa Senhora do Carmo, na cidade de Itú-SP, onde estudei bastante. Entretanto, vendo que “muitos são chamados e poucos são escolhidos”, saí e voltei para Ubá. Um tempo depois saí novamente, agora com destino ao Rio de janeiro, para alistar-me na Força Aérea Brasileira. Alistei-me e com a graça de Deus servi, aprendendo muito por lá. Considero as Forças Armadas a minha segunda mãe. Fiz muitos cursos, viajei, morei em diversas partes do Brasil, ganhei meus soldos e resolvi deixá-la para voltar à Ubá, onde me casei e vivo até hoje. Fui motorista, auxiliar de cartório, escrevente juramentado judicial cível e de notas, substituto e finalmente Escrivão e Tabelião do 2º Ofício Cível e Notas. Hoje sou membro, aposentado, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais e 2º Tabelião de Notas, em exercício. Acumulei as funções de escrivão da Direção do Foro e em outra época fui escrivão eleitoral. “Para não dizer que não falei de flores”, exerci as funções de Secretário de Planejamento e Administração de Obras e Serviços Urbanos na Prefeitura Municipal de Ubá. Como forma de trabalho, pretendo apresentar muitas propostas, entretanto, não pretendo nominá-las. Estou no ramo legislativo e, sem falsa modéstia, não terei muito que o aprender, apenas aprimorar. De resto, apresentarei meu trabalho e não tenho plano fechado, aceitando todas boas sugestões. Tentarei resgatar para o Estado a cidade de Ubá e os ubaenses, os valores adormecidos nos campos da saúde, educação, agricultura, indústria e assistência social. Apresento-me como uma opção segura e séria, para aqueles que efetivamente anseiam por mudanças que visem recolocar Ubá no lugar que já foi seu, isto é, entre as cidades mais desenvolvidas de Minas Gerais.

Nome completo: Claudio Ponciano - PT (Partido dos Trabalhadores) - 13700 Data de nascimento: 20/12/1963 (50 anos) Naturalidade: Engenheiro Paulo de Frontim - RJ Ocupação: Outros Escolaridade: Ensino Fundamental incompleto

Na vida espero deixar o legado do desprendimento principalmente àqueles voltados para a solidariedade, aos mais carentes e desassistidos. Profissionalmente sou um homem realizado, mas com uma responsabilidade familiar ainda grande. Tenho filhos e netos para ajudar na caminhada de suas vidas. Politicamente, os projetos não mudam. Serão sempre aqueles que promovam o bem-estar social de nossa gente, especialmente aqueles voltados para a Educação, Saúde, Segurança, Mobilidade Urbana, Infraestrutura e Habitação Popular. Terei que respeitar a constituição de nosso Estado e o regimento interno da Assembleia Legislativa. Fiscalizar as ações de governo e acompanhar sua execução talvez seja a função mais importante do parlamentar. Enfim, trabalharemos na defesa e nos interesses de projetos que contemplem nossa Ubá e região. Na Educação, a implantação do Campus da UEMG que trará a Universidade Pública e gratuita. Na Saúde, que a nossa Ubá seja referência regional também no serviço de tratamento do Câncer, da alta complexidade em Cardiologia e trabalhar para que o Estado assuma as clínicas especializadas com a criação da carreira para os profissionais da saúde, deixando com isso para os municípios a responsabilidade de cuidar bem da saúde de nosso povo nas unidades básicas de saúde da família e programas correlatos. Nas ações de prevenções de risco a saúde: Hipertensão e Diabetes; saúde do trabalhador, do idoso, da mulher, do jovem e da criança, tais como a imunização, a vigilância em saúde, o tratamento do esgoto residencial e industrial, a limpeza pública, o reflorestamento, entre outras ações.

Nome completo: Aimar dos Santos Ribeiro - PMN (Partido da Mobilização Nacional) - 33111 Data de nascimento: 28/02/1940 (74 anos) Naturalidade: Guidoval – MG Ocupação: Tabelião Escolaridade: Superior completo


Entrevista com os candidatos Aimar do Cartório – 33111 PMN – Partido da Mobilização Nacional Quais são suas expectativas para as eleições 2014? As melhores possíveis, pois a vejo com otimismo. Não tenho compromissos, acordos, parcerias ou conchavos com nenhum candidato. O eleitorado está descrente. Há, entretanto candidatos de outras paragens que vêm aqui e prometem “milagres”. Não tenho coragem de usar da credibilidade depositada em mim para enganar. Prefiro perder! Não quero ser cobrado e não poder pagar. Há três candidatos ao cargo de Deputado Estadual em Ubá. Talvez, se existisse apenas um, seria menos difícil ter um representante da nossa cidade atuando na Assembléia Legislativa Estadual, pois assim os ubaenses não teriam que dividir seus votos entre três candidatos diferentes. O que o senhor pensa sobre isso? Concordo em número, gênero e grau, entretanto, nenhum dos outros compareceram às reuniões programadas pelos dirigentes de diversos partidos. Fui o único a comparecer em todas elas. Fui “inquirido” e respondi a todas as questões. Tendo em vista o desinteresse dos demais, e não sendo eu o preferido, deram por encerradas as “tentativas” de acordo. Queriam contratar firmas de pesquisas, mas não concordei e não concordo! Minha proposta foi que marcássemos uma reunião onde seríamos submetidos às perguntas do eleitorado, mormente de acadêmicos. Dessa forma sairíamos dali com o resultado através de uma votação. Minhas propostas nem foram ouvidas e muito menos levadas em consideração. Exigiram que deveria ser feito uma pesquisa através de uma empresa conceituada de BH, muito ligada a outros candidatos. Não concordei e registrei minha candidatura, até mesmo contra a opinião de dirigentes do meu próprio partido. Sou intransigente. Registrei-me, sou candidato! Ninguém me provou nada que pudesse mudar minha opinião, apenas meias conversas e palavras que o vento levou. Minha intenção é trabalhar, não pretendo fazer carreira e muito menos meio de vida. O que a cidade de Ubá representa para o senhor? Ubá é tudo para mim. Sou natural de Sapé de Ubá, hoje município de Guidoval. Aqui vivo há no mínimo 69 anos. Casei-me e tenho sete filhos, todos nascidos aqui. Trabalhei e aprendi muito com o povo. Quanto à política, acho que a afeição a candidatos

deveria ser deixada de lado. As formações moral e intelectual devem imperar. O eleitor conciso de suas responsabilidades tem o dever de procurar examinar até mesmo o intelecto do candidato. O voto tem que ser consciente e consistente e não por afeição, o que provoca a permuta. Claudio Ponciano – 13700

PT – Partido dos Trabalhadores

Quais são suas expectativas para as eleições 2014? Espero que a presidenta Dilma Rousseff ganhe as eleições no primeiro turno e que o Fernando Pimentel ganhe as eleições em Minas para devolver o Estado aos mineiros do interior, principalmente na Zona da Mata. Espero ainda que a coligação de partidos da qual faço parte eleja uma grande bancada de deputados federais e estaduais. Estou sentindo por onde passo que a população quer um deputado de fácil acesso, que saiba ouvir, que seja aberto ao dialogo e que tenha trânsito em todos os seguimentos, por isso acredito que teremos uma grande votação e nossa cidade e região voltará a ter represente na Assembleia de Minas. Há três candidatos ao cargo de Deputado Estadual em Ubá. Talvez, se existisse apenas um, seria menos difícil ter um representante da nossa cidade atuando na Assembléia Legislativa Estadual, pois assim os ubaenses não teriam que dividir seus votos entre três candidatos diferentes. O que o senhor pensa sobre isso? Eu acredito que ainda está em tempo para que os eleitores de Ubá façam o voto útil naquele que reúne as melhores condições para representar a cidade e região. Para se eleger um representante é preciso elencar um conjunto de critérios. Digamos que no critério geográfico (morar em Ubá) temos três candidatos empatados. Cabe ao leitor fazer a comparação com outros critérios: honestidade, capacidade de dialogar com os diversos seguimentos, credibilidade, capacidade de negociação, equilíbrio emocional, fidelidade partidária e os apoios, pois apoio significa viabilidade eleitoral. Agora é o momento! Temos ainda mais de 30 dias para este exercício. O que a cidade de Ubá representa para o senhor? As pessoas costumam dizer que aqui é a “cidade carinho” e explicar isso não é algo tão simples. Falar sobre o que é Ubá para mim é algo mais que subjetivo, porque toca nos sentimentos de diversas formas. Não sou nascido aqui, mas tenho um total sentimento de pertencimento pela cidade. Cheguei aqui novo e construí uma história de vida, de trabalho, de família, amizades e laços fundamentais para um ser humano. Eu nunca trocaria os dias e anos em que vivi aqui pelo

desejo de estar em qualquer outro lugar do mundo. Uma cidade de gente trabalhadora, que avança e se amplia em diversos setores da economia, cultura, educação, mas que não deixa para trás a capacidade de receber e acolher as pessoas com a ternura típica de cidades do interior. Quem mora aqui às vezes não percebe tanto essa característica, mas quem chega sente-se encantado, abraçado, acolhido. É assim que me sinto... Alguém que se tornou homem, trabalhador, pai de família e político pela convivência deste lugar a que pertenço. E é por tudo isso que me orgulho da cidade a ponto de querer representá-la através de um mandato. Então Ubá pra mim é o lugar que me acolheu e me fez um pouco do que sou... É o lugar territorial de onde meu horizonte se descortina. Dirceu Ribeiro – 31111 PHS – Partido Humanista da Solidariedade Quais são suas expectativas para as eleições 2014? Num primeiro contexto, que sejam limpas, transparentes e democráticas. Em um segundo contexto (o eleitoral) espero o voto dos ubaenses para me eleger e, assim, poder resgatar a identidade política de Ubá e região. Há três candidatos ao cargo de Deputado Estadual em Ubá. Talvez, se existisse apenas um, seria menos difícil ter um representante da nossa cidade atuando na Assembléia Legislativa Estadual, pois assim os ubaenses não teriam que dividir seus votos entre três candidatos diferentes. O que o senhor pensa sobre isso? A democracia pressupõe o direito ao contraditório. O ideal seria que pudéssemos caminhar com uma única candidatura. Mas nem sempre é possível. Dizem que a unanimidade é burra. O que espero é que nossos eleitores se sensibilizem majoritariamente por nossa candidatura. Neste momento trabalho exaustivamente para que nosso nome se coloque nesta posição. De resto, fica nossa esperança e a vontade de sempre servir ao povo de Ubá e região. O que a cidade de Ubá representa para o senhor? Tudo de bom que aconteceu comigo. O meu trabalho, a minha família, os meus amigos, correligionários e a oportunidade de servi-la quando prefeito por dois mandatos. Convoco a todos os ubaenses a vir comigo me ajudando a engrandecê-la.

Arquivo Pessoal dos candidatos

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Minha Casa Designer e Coordenadora de Estilo proprietária do Manga Design (32) 9952-9749

Rosane Carvalho

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Eu vejo flores

natureza é uma fonte inesgotável de influências e inspirações e nos permite trazer para dentro de casa o frescor, o perfume, as cores exuberantes, as formas e texturas de uma estação que vive em constante transformação. A primavera é a estação do ano que tem início com o fim do inverno. No hemisfério sul e no Brasil ela começa em setembro e termina em dezembro. Tem como principal característica o reflorescimento da flora, sendo considerada a estação mais florida do ano. É um período de temperaturas agradáveis, marcado por belas paisagens e uma grande diversidade de flores. Em um ambiente interior utilizar a cor rosa, por exemplo, como inspiração em todos os seus tons, pode acrescentar uma vivacidade feminina, ou injetar um pouco de exuberância, enquanto em ambientes tradicionais ele pode parecer nostálgico, elegante e clássico. Para alguém que deseja causar impacto a escolha do rosa-shocking ou o pink, como é mais conhecido, é uma aposta poderosa e atrevida, uma cor difícil de ser ignorada. Também podemos eleger texturas e estampas florais entre infinitas possibilidades de papeis de parede, cortinas, tapetes, colchas e almofadas ou ainda distribuir lindos vasos com flores naturais. Dessa forma, trazemos a natureza para dentro de casa, definimos ou transformamos um espaço em um ambiente alegre, calmo ou vibrante, dependendo do que se pretende, seja esse ambiente contemporâneo, clássico ou retrô. A arquitetura, a luz, a textura, os objetos e o padrão: cada um tem seu papel para garantir que um cômodo não pareça apenas bonito, mas que atenda seus propósitos e evoque o clima e o espírito desejados. Inevitavelmente, é o equilíbrio entre esses diferentes elementos que atribui personalidade e vida ao ambiente. É essa mistura que pode resultar em algum tipo de magia, que pode criar um espaço onde possamos nos sentir em casa e ser verdadeiros com nós mesmos. 2

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‘O perfume que andava com o vento pelo ar Primavera soprando um caminho Mais feliz Mais feliz...’ (Los Hermanos)

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Imagens: 1- pinterest.com 2,5 e 8 - Livro:Tricia Guild -A cor desconstruída 3 - Livro:Modern Vintage Style 4 - lonny.com 6 - Flora - estampa Gucci por Vittorio Accornero utilizando flores, frutos, libélulas e borboletas. 7 - alltihemmet.se 9 - bhg.com 10 - sfgirlbybay.com

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Eu Sou Fã Por Malu Barros

Sim! Eu sou Fã da

Revista Fato!

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u comecei a admirar a revista Fato num dia em que fui no consultório do meu ginecologista e lá, me deparei com esta maravilha! Na verdade... o que me chamou atenção mesmo foi a capa e o nome da revista! Peguei-a em mãos, comecei a folheá-la olhando página por página e me senti em casa! Tipo... sabe quando você pega algo para ler e se identifica? Então... foi aí que se deu a minha paixão e digamos... cresceu aquela necessidade de fã! Precisava assinar logo aquela revista! Bom... na semana seguinte, quando fui para academia treinar... me deparei de novo com a revista! E enquanto eu andava na bicicleta eu lia algumas matérias! Li aquelas que me chamavam mais atenção, como por exemplo, o editorial da nossa amada diretora da revista Juliana Campos! Fiquei encantada com as palavras escritas por ela. Depois, folheando e me aprofundando mais me deparei com a opinião dos leitores! Muito bom. Gostei dos depoimentos que li! Aprofundando mais, veio o texto de Carla Machado nos dando informações imprescindíveis do nosso dia a dia sobre língua portuguesa! E por aí foi... até que encontrei um texto lindo escrito pelo querido cantor e amigo de fé Wellington Netto, da dupla Netto e Leo! Pronto... encantada me decidi! Vou assinar esta revista! E assim o fiz. Olhando no facebook, na lista de amigos do Matheus Vieira, vi a querida Juliana Campos e então, imediatamente, adicionei-a para saber como eu fazia para ser assinante da revista! Minutos depois ela me aceitou e fui no inbox e perguntei como eu faria para ser assinante! Ela de prontidão me respondeu se mostrando sempre muito atenciosa e carinhosa. Me pediu que procurasse a sua assistente, Thalita Nogueira e então pedi que ela me adicionasse e me passasse as coordenadas! E assim foi feito. Confesso que foi uma das melhores decisões já tomadas por mim até hoje! Viciei... de verdade! Hoje, não consigo mais ficar sem ler a revista! Quando a Ju Campos começa suas postagens nas redes sociais antecedendo o que vem vindo pela revista eu fico ansio50

Há dois anos Malu Barros é assinante da Revista Fato.

sa pra que a minha chegue! E além de ser assinante da revista fiquei também amiga do pessoal que incorpora a equipe. Ou seja... além de fã virei amiga de todos! Claro, hoje tem alguns novos membros e eu ainda irei conhecê-los pessoalmente! A Fato é uma revista pra quem gosta de ficar inteirada com a moda e com o que há de melhor que acontece em nossa cidade. A Fato é uma revista que nos apresenta pessoas as quais jamais conheceríamos se não fosse através dela! São entrevistas interessantes, com pessoas às vezes simples, mas que de alguma forma tem um marco em nossas vidas. É entretenimento... é social... chick... é séria em suas matérias! Jamais li algo que me colocasse em dúvida! Porque são pessoas de extrema responsabilidade e respeito para com seus leitores buscando assim, deixar a todos ligados numa só verdade! O Fato real! Já ouvi controvérsias... já me chamaram de puxa saco, tentando me vender outro produto que ao meu ver nada me acrescentava! Afinal, rostinhos bonitos a gente vê sempre e em qualquer lugar! Mas

Higor Siqueira

pra mim, o que importa, é o conteúdo. É o texto leal, bonito, bem escrito! E digo mais... numa viagem a Belo Horizonte, onde acompanhei meu esposo pra uma reunião, eu de posse da revista Fato fiquei no salão de espera do local onde estávamos terminando de ler as matérias! O local foi nada mais, nada menos que na Fiemg - Federação da Indústria do Estado de Minas Gerais! E lá... é muita gente entrando e saindo e alguns ficam ali, como eu, na sala de espera! Sabe o que eu fiz? Terminei de ler e deixei a revista em cima de uma mesinha propositalmente para ver o que acontecia! E nem foi surpresa pra mim... eu contei... verdade! Contei 05 pessoas que folhearam a revista e leram uma ou outra matéria! Fiquei feliz! Pra duas pessoas eu falei, esta revista é de Ubá. Eu a trouxe comigo porque queria terminar de lê-la! Enquanto aguardava meu esposo numa reunião! Enfim... com certeza a revista despertou a atenção dessas pessoas! Porque tinham outras revistas... mas foram direto na revista Fato, como aconteceu comigo da primeira vez! Claro que foi legal isso. porque com certeza essas pessoas irão se lembrar do que leram e caso algum dia estejam com alguém que já a tenha lido ou ouvido falar. Ser assinante desta revista é no mínimo estar bem acompanhada em alguns lugares! As matérias são tão interessantes que eu, por exemplo, leio devagar pra não terminar a leitura rápido... já que a próxima demora pra vir, porque é uma revista mensal! Eu assino e recomendo! Quem ainda não é assinante... faça-o já! É uma delícia de revista! Sou uma de muitas fãs. Não tenho dúvidas disso! E enquanto ela existir, pois eu torço que para sempre, serei sua leitora assídua e fiel! Não abro mão mesmo! Agradeço a minha amada e adorada amiga diretora da revista Juliana Campos e a querida e linda amiga Thalita Nogueira por me dar esta oportunidade de falar desta maravilha que eu amo tanto! Sou fã incondicional mesmo! Um forte abraço em cada uma dessas pessoas que fazem parte e nos deixam tantas matérias lindas e interessantes! O meu carinho de sempre a toda equipe interna e externa da Fato! Até a próxima edição! Abraços caros leitores! Revista Fato - Setembro 2014



Papo de Buteco Por Juliana Campos

Luciana

Alírio

Tatiana

EM PAUTA:

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esde o lançamento desta revista que você tem em mãos, tínhamos um projeto engavetado de lançar uma editoria nestes padrões. A denominação Papo de Buteco, surgiu com o objetivo de colocar informalidade na discussão proposta e deixar nossos entrevistados mais a vontade para debater sobre o tema proposto. Este conceito se deve aos deliciosos papos que temos entre amigos em bares, restaurantes e porque não, butecos de nossa cidade. Nestas ocasiões do nosso dia a dia, apontamos problemas, possíveis soluções, abrimos empresas e olha caros leitores, eu já vi muito projeto sair do guardanapo de um bar para a prática. E que assim seja com a nossa proposta. Nesta primeira edição, abordaremos um tema de relevância para a nossa população: o trânsito. Para discutir o assunto, convidamos três pessoas, sem convívio social no cotidiano para colocar o tema em pauta. O trio, de uma maneira ou de outra está envolvido no assunto discutido e, de acordo com as pérolas jogadas por esta entrevistadora o debate aconteceu. Para preencher o grupo de debates desta primeira edição convidamos o time de peso a seguir:

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Juliana

o trânsito

de Ubá

Luciana Pupo Santos Nogueira, Natural de Barbacena - MG, 38 anos. Cidadã, Motorista há 15 anos, Casada e mãe. Diretora do Spa das Sobrancelhas – Unidade Ubá. Alírio Haber Barbosa Júnior, Natural de Ubá, 46 anos. Cidadão Ubaense, Motorista, Motociclista e Ciclista. Aposentou na carreira militar no dia 18 de julho deste ano e durante 17 anos trabalhou no trânsito da nossa Ubá. Tatiana Rezende Felizardo, Ubaense, 29 anos. Cidadã, Motorista há 10 anos. Há 6 anos atua como Instrutora de Auto Escola. Hoje ela realiza esta função na Auto Escola Carneiro.

Juliana Campos: Mas afinal: como vocês veem o nosso trânsito em Ubá? Luciana – Primeiramente eu gostaria de dizer que quando eu cheguei à cidade Ubá, isso, há 14 anos, vindo de Barbacena, eu pensei: como eu vou me locomover? Eu notei que quando eu cheguei aqui, o sistema de trânsito era muito superior ao que nos deparamos hoje. Eu achei muito interessante, porque, mesmo eu não sendo daqui, eu não me perdia, a sinalização me orientava de uma maneira que me satisfazia. Ubá é uma cidade que se desenvolveu muito e cresceu e o que eu sinto é que a cidade não está comportando esse crescimento. Nossas ruas são muito estreitas. Por exemplo, eu moro no bairro Vitória e eu tenho que descer a rua da AABB para fazer minhas atividades de rotina, na hora do almoço, que considero ser horário de pico, pois os pais levam as crianças na escola, eu fico “agarrada” no trânsito. O que eu vejo como um grande problema aqui em Ubá é que nós não temos escapatória. Você tem que passar por aquele caminho. Mas eu não acho que este problema seja de competência da prefeitura, por exemplo. Eu acredito que seja a estrutura da cidade. Outro ponto negativo que vejo em Ubá e que atrapalha o Revista Fato - Setembro 2014


Higor Siqueira / Bráulio de Paula

trânsito são as motocicletas. Não estou julgando os motociclistas, porque temos motoristas e ciclistas imprudentes. Mas, eu acho que falta gentileza por parte dos condutores de veículos. Alírio: Eu concordo com você, Luciana, quando você fala sobre sinalização. Realmente, a sinalização indicativa em Ubá ainda não é a ideal, não a sinalização de trânsito. Ou seja, nós conseguimos explicar pra qualquer pessoa que não seja daqui, como que ela faz para sair para Juiz de Fora, por exemplo. Isto é sinalização indicativa. Quanto ao trânsito, no que tange o assunto bicicletas e motocicletas, eu afirmo que tanto pela minha experiência aqui em Ubá, trabalhando como policial no trânsito e também como cidadão, porque, antes de ser policial eu sou um cidadão, se analisarmos de quem é a culpa do trânsito ser o caos que é hoje, temos que assumir que é de todos nós: motoristas, pedestres, motociclistas... Até mesmo porque, todos esses condutores são pedestres. Luciana: Mas no trânsito eu me considero uma motorista educada. Eu paro na faixa. Eu não corro. Eu me preocupo com o ciclista, com o motociclista e eu não vejo a mesma preocupação com a minha pessoa. Eu tento ser consciente, ao menos. Alírio: Uma das coisas que a motocicleta nos traz hoje em dia é a mobilidade, porque o trânsito caótico não é um problema apenas de Ubá. Ele é um problema de cidades médias e grandes, principalmente. O ser humano tem um princípio de competição muito grande e não queremos nunca aceitar que uma pessoa passou na nossa frente. Portanto, eu, como motorista, penso: se eu estou na fila, porque o motociclista furou a fila? Eu sou motorista, motociclista, pedestre e também ciclista. Aqui, neste debate, eu poderei falar em todos os níveis. (risos) Tatiana: Muitos condutores que a gente observa de carro, cometem a infração porque o veículo tem maior porte. A motocicleta consegue em qualquer brechinha passar e muitos condutores que estão ali, no carro, tem a mesma impressão. Porém, o veículo não permite. Então... a maioria dos condutores são imprudentes, infelizmente. O trânsito muitas vezes fica parado porque o condutor é imprudente e está obstruindo a via. Alírio: Se tem uma placa de proibido estacionar é porque alguém já foi lá. Quando eu falo alguém, é algum técnico. Este profissional viu que naquela via tem que ser proibido estacionar. Se nós, como condutores, respeitássemos aquela sinalização o trânsito fluía melhor. Eu fui instrutor de auto- escola e quantas vezes eu vi o aluno tirar carteira e depois virar pra mim e falar: agora eu já posso dirigir normal! Por que ele dizia isso? Dirigir como é ensinado na auto escola seria anormal pra eles. Aqui em Ubá e em tantas outras cidades nós temos o péssimo hábito de jogar o lixo do lado de fora do veículo, buzinar, não dar a preferência. Se eu estou na via, eu que tenho a preferência. Isso é notório aqui em Ubá. Outra característica muito clássica aqui, é essa de não respeitar a sinalização. Eu vou dar um exemplo que aconteceu comigo recentemente: eu estava dirigindo a Van da minha esposa, pois ela trabalha com Van Escolar e eu ia estacionar em frente a Escola Camilo Soares, onde tem uma placa pra embarque e desembarque de passageiros. O proprietário do carro que estava na minha frente parou lá, trancou as portas, fechou e saiu! Ele estacionou ali, em um local que é proibido estacionar. Quer dizer, se ele não estivesse estacionado, tivesse seguido o caminho dele eu iria estacionar a Van ali. e já seria menos um carro na fila de trânsito. Luciana: Aqui em Ubá as pessoas estão tendo muita dificuldade de estacionar, não tem lugar pra parar o carro. Tatiana: Mas existe uma grande diferença de parar e estacionar Luciana: Não! Parar, estacionar... não estou falando pelo termo técnico que vocês conhecem. Por exemplo, com relação a essa sinalização, eu que sou mãe e tenho


Papo de Buteco Agradecimentos: Ubaar

que deixar minha filha na escola, bem como dezenas de outras mães. A gente não tem aonde parar. Alírio: Sua menina estuda onde Luciana? Luciana: No Sagrado. Alírio: Então vou te dar um exemplo do Sagrado. O Colégio Sagrado é a pedrinha no calcanhar do responsável pelo trânsito em Ubá. Eles param o trânsito. Se você vai ali com frequência, você já deve ter notado que em frente a escola, antes da placa que é destinado aos veículos oficiais da prefeitura, tem uma placa de embarque e desembarque. Luciana: Eu nunca consegui parar ali. Alírio: Por que você nunca consegue parar ali? Luciana: Porque um pai ou uma mãe desce, põe o carro ali pra poder levar o filho dentro da escola. Alírio: Não é só pai e mãe de alunos da escola. Se você observar, você verá que outras pessoas estacionam o carro para resolver seus problemas dentro da cidade e deixam seus veículos estacionados ali. Luciana : Mas e a criança que não desce do carro sozinha e que a mãe ou o pai tem que levar dentro do colégio? Alírio: Ai é o seguinte, é mais uma vez aquilo que eu falo, nós estamos preocupados com o interesse particular e estamos desinteressados no interesse público entendeu? O que que você tem que fazer? Se o seu menino, não desce do carro sozinho, porque ali no Sagrado tem até um rapaz que abre a porta, mas se o seu menino não aceita isso, você não pode parar ali. Você tem que arrumar um outro local, porque ali é pra embarque e desembarque. Luciana: Com certeza. E o problema é que a gente não consegue esse lugar pra parar. Aqui em Ubá é complicado. Alírio: Ubá, segundo consta, seria pra comportar, seria não, Ubá seria uma cidade hoje em termos de trânsito para 30 mil pessoas. Mas hoje, nós estamos com 110 mil habitantes, mais ou menos. Juliana: Sem contar pessoas das cidades vizinha que vem para Ubá trabalhar e a grande rotatividade de empresários que circulam na cidade em função do nosso polo moveleiro. Alírio: Eu acredito que transporte público seja a solução pra tudo isso. Agora, quem aqui em Ubá tem coragem de “pegar” ônibus? 54

Foto que ilustra o trânsito caótico no centro de Ubá.

Luciana: Não tem jeito Alírio: O que prejudica muito o funcionamento do transporte público aqui em Ubá é que o próprio motorista é também o trocador. Se nós tivéssemos o transporte de marca eficiente em Ubá, muitos problemas se resolveriam nesse aspecto. Luciana: Eu fico indignada, porque tem locais que o ônibus não passa. Tem rua que passa num dia e no outro já não passa. É complicado. Juliana: Vamos falar um pouco do trânsito em Ubá aos sábados de manhã... Alírio: Sábado de manhã, todos nós sabemos que impossível andar de carro em Ubá. Luciana: Até a pé. Alírio: Por que a gente vem de carro para o centro? Peguemos como exemplo o bairro Vitória, onde a Luciana mora. Este bairro é perto do centro e você pode vir a pé. Como é o caso do Caxangá, onde a Juliana, nossa entrevistadora mora. Já no caso da Tatiana, que mora no Schiavon, a situação se complica um pouco. Tatiana: Olha só... o caminho que faço para vir ao centro, opto por vir a pé. Porque ali, o único inconve-

niente é subir o morro da Vila e descer, porque eu já “caio” na Quinze de Novembro e dali pra lá eu já não consigo lugar pra estacionar mais. Alírio: Na Quinze de Novembro, até antes da Ferrural, costuma-se encontrar vaga. A minha sugestão seria, pra quem mora para aqueles lados é a de deixar o carro ali e ir a pé. Mas nós insistimos em andar de carro. O que acontece? Quando chega na praça da Independência, não encontramos vaga. As vagas das farmácias também já estão lotadas com o pisca alerta ligado. Todo mundo liga pisca alerta ali. Ressalto: pisca alerta não quer dizer permissão pra parar no local errado. Bom... aí você não encontra local para estacionar, contorna a praça da Independência, se você conseguir, porque, do lado esquerdo da praça não pode parar, ali é privativo para Polícia Militar. Ali, a maioria das pessoas respeitam. Tatiana: A faixa de pedestre ali perto, as pessoas costumam respeitar, porque tem polícia. Alírio: Exatamente. Portanto, se nós sabemos que já é difícil, porque a gente insiste em ir de carro para o centro? Querem saber como termina esse Papo de Buteco? Acesse o nosso portal e confira na íntegra: www.revistafato.com Revista Fato - Setembro 2014


Gestão em Foco CRA-MG 36.936. Bacharela em Administração de Empresas; pós-graduada em Gestão de Pessoas e em MBA Executivo em Gestão Empresarial pela FAGOC – Ubá/MG; certificada pela ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais) – CPA 10 Contato: josianesouzadt@yahoo.com.br

Adm. Josiane Souza

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Gestão Pública: responsabilidade de TODOS, principalmente da mulher

o ano de 1932, no governo de Getúlio Vargas, houve a regulamentação das eleições com aprovação do Código Eleitoral e instituição da Justiça Eleitoral, concedendo o exercício do direito da mulher ao voto; porém, o Rio Grande do Norte foi pioneiro no reconhecimento do voto feminino (1928) e o Brasil conheceu sua 1ª prefeita em 1929, na cidade de Lages, Luiza Alzira Soriano Teixeira. Atualmente o país é presidido por uma mulher, fruto dessa busca por reconhecimento, tornando-se cada vez mais comum ver mulheres assumindo os mais altos cargos de grandes empresas. Dados do Tribunal Superior Eleitoral de jan/14 apontam que as mulheres representam 51,95% dos votantes, sendo maioria do eleitorado, no entanto dos que compõem atualmente a Câmara dos Deputados somente 9% são do sexo feminino e no Senado apenas 13%. No âmbito municipal, dos prefeitos e vereadores eleitos 11,84% e 13,32%, respectivamente, são mulheres. Números bem distantes dos 30% estabelecidos pela Lei das Eleições, mas somos a maioria, podemos fazer a diferença, e para tal precisamos fundamentar o conhecimento para um posicionamento crítico e poder de decisão, habilidade esta que já nos é atribuída pelo simples fato de ser mulher. Verifica-se consideráveis modificações nas características da sociedade ao longo do tempo, inclusive em suas classes sociais, que outrora era geometricamente representada por um triângulo/pirâmide e atualmente por um losango, resultado de uma história de democracia e principalmente do processo de globalização, que deve ser sistematicamente considerado. No livro “Administração e planejamento estratégico” (Serteck, Paulo. et. al.) é ressaltado que as empresas que apresentam maior capacidade de inovação são as mais competitivas e para lidar com tantas

Revista Fato - Setembro 2014

Divulgação

mudanças os altos executivos vêm delegando mais responsabilidades gerenciais aos níveis mais baixos, resultando um grande número de negócios e também uma maior velocidade da obsolescência de produtos e serviços. A análise deste cenário também deve ser aplicada à Gestão Pública, pois o Presidente da República não governa sozinho, ainda mais quando se trata de um país do tamanho do Brasil e com um conturbado histórico político-econômico. Fizemos críticas acirradas aos gastos públicos com a Copa do Mundo, mas Ruszel Cavalcante, promotor de justiça do Estado do Piauí, citado pela RBA em “Somos todos responsáveis”, salienta que estes gastos são apenas um “eco”, pois para evitar teríamos que ter tido mais atenção à produção das peças orçamentárias que fizeram essas previsões de gastos. Estamos acompanhando de perto a administração pública ou estamos esperando os desmandos se debelarem para então manifestar nossa indignação? Comungo da ideia do amigo e autor José das Graças de Oliveira, em seu livro “O Vereador” que aponta a importância de conhecermos detalhadamente as atribuições de nossos representantes no poder público, para que possamos de fato fiscalizar e exigir o cumprimento de seus deveres e obrigações, fazendo valer a máxima preconizada pela nossa Constituição Federal que “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou DIRETAMENTE, nos termos desta Constituição.” E precisamos começar pelo nosso munícipio, para então avançarmos. Não dá para ficar só no banco assistindo e deixar que somente discursos preparados para nos persuadir embasem nossa escolha, mas considerando fatos concretos, ideais, história de vida, enfim. Nas mãos de quem vamos colocar nossos próximos 4 anos? A responsabilidade é nossa! #vempraurna


Auto Fato Fotógrafo profissional, Bacharel em Direito formado na Faculdade Unipac de Ubá-MG. Atualmente cursando História na Faculdade Unopar em Ubá-MG. Antigomobilista. Contato: studioclaudio1@hotmail.com

O que devo comprar: um carro novo básico ou usado mais completo?

Cláudio Medeiros Lippi

Dicas de como escolher Divulgação

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e você está pensando em comprar um veículo e pinta aquela dúvida: ter um popular básico 0 Km ou por este valor comprar um usado mais completo, saiba que você não é o único com esta dúvida. De fato, este é um dilema e nestas horas cada amigo indica um caminho que você deve seguir. Alguns amigos afirmam que você está sendo irracional e que com o dinheiro que se gasta em um popular 0 km você poderia adquirir o “status” de um veículo melhor, outros lhe falam que com um carro 0 km não terá dores de cabeça com manutenção. O que fazer, afinal?! Elencamos aqui algumas dicas e cuidados que você, caro amigo leitor, futuro comprador, poderá ter na hora da compra para fazer a melhor escolha com base em suas prioridades: Se optar pelo usado: • Dê preferência por um veículo que você conheça e que tenha todas as revisões recomendadas pela fábrica carimbadas no manual. Busque carros de uma revenda conceituada na cidade. Procure informações sobre o antigo dono, pergunte, pesquise; • Peça para fazer um teste drive. Isto é essencial para identificar barulhos desagradáveis; • Solicite levar o veículo em algum mecânico de confiança e também verifique o estado da lataria; • Verifique se o volante e os pedais de acelerador e freios não estão muito gastos. Se estiverem, é sinal de que o carro estará com mais de 100 mil Km rodados, o que não seria uma boa escolha; • Acesse o site do Denatran para verificar se o veículo está com pendências nos seus documentos; • Saiba que com o veículo usado você está sujeito a ter algumas surpresas, já que exatamente por ser um usado é impossível que não tenha que trocar

Novo Ford Ka

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Auto Dicas Dica caseira de como lavar os vidros de seu carro. Aqui vai uma dica caseira se você tiver tempo e paciência. Vale a pena: • 1litro de água; • 4 colheres de sopa de vinagre; • ½ copo de álcool; • Jornal. Misture 1 litro da água às 4 colheres de sopa de vinagre e ½ copo de álcool. Com um pano macio molhe na mistura e passe no vidro previamente limpo. Secar com jornal. Simples e eficaz. O resultado é incrível!

alguma peça em algum momento inesperado. Se optar pelo 0km: • A vantagem é que dificilmente um 0 km lhe dará dor de cabeça mecânica nos primeiros anos, seja qual marca for; para isto você deverá fazer todas as revisões indicadas pela fábrica; • Se você não pode pagar à vista, saiba que as condições de financiamento para um veículo novo são melhores e mais flexíveis do que as de lojas que não são de fábrica; • Saiba que optando por um 0 km básico você talvez sinta falta de um motor mais forte. Se você tem família grande (3 filhos) ou carrega muito peso em viagens, um veículo 1.0 talvez não seja o mais indicado. No caso de não carregar muito peso ou ser solteiro (a) os motores 1.0 atuais evoluíram bastante em termos de potência e talvez sejam uma boa opção principalmente em termos de economia;

Grand Siena Série Itália

• Como a maioria dos populares custa na faixa de 30 mil reais, com esse valor pode-se adquirir vários modelos com 1 ou 2 anos de uso completo, pesquise e veja quais são suas prioridades. Boa sorte.

Auto Giro Fiat: A Fiat anunciou a chegada do Grand Siena Série Itália com o preço de R$ 49.450. O sedã se junta ao Idea, Palio, Punto, Strada e Uno nesta série especial que conta com faróis com máscara cinza, símbolo da bandeira italiana, rádio com CD, MP3, entrada USB, viva-voz Bluetooth e função streaming, volante multifuncional de couro entre outros “mimos”. Mais Fiat: Continuam os rumores de que a montadora italiana sofrerá uma fusão com outra montadora. A primeira informação seria de uma fusão com a Volkswagem. Agora especula-se que a montadora italiana poderá se fundir com o grupo Peugeot-Citroen. A presidência do grupo Fiat-Chrysler nega as especulações. Novo Ford Ka: A Ford entra forte na disputa dos hatcback de quatro portas. O modelo global desenvolvido no Brasil custará a partir de R$ 35.390 na versão SE, com motor1.0 de 85 cavalos(etanol). Com o fim do Ka e do Fiesta antigo, o novo Ka passará a ser o carro de entrada da Ford. O modelo sedã, chamará Ka+ e também será apresentado. Revista Fato - Setembro 2014


Capa Por Juliana Campos

e Higor Siqueira

Netto & Leo

A dupla que Ubá acolheu e é sucesso por onde passa

E

stamos em período de comemoração, nada mais justo que trazer para nos representar uma capa que transmita paz, amor, carinho e boas energias. A dupla é sucesso por onde passa e já arrasta fãs em todas as apresentações que faz. Seja nos bares, casa de shows ou exposições, enquanto Netto e Léo estão no palco, não há quem fique parado. É com muita honra que realizamos esta reportagem. Apreciem!


Ficha Técnica Wellington Netto

Ficha Técnica Leonardo Caiaffa Tempo trabalhando na música: 20 anos; Maior inspiração profissional: o guitarrista Steve Vai; Signo: Leão; Um grande sonho realizado: Poder estar no palco com pessoas que eu amo; Um grande sonho que ainda não tenha sido realizado: Conhecer Fernando de Noronha; Uma música para cantar: A viagem – Roupa Nova; Uma música para dançar: New York, New York; Prato predileto: Arroz, feijão, bife e batata frita; Um livro: O Segredo; Filme preferido: Sempre ao seu lado; Cor preferida: Preto; Um ídolo: Mahatma Gandhi; Time de futebol: Pombense; A cidade de Ubá: Minha segunda casa; Seu maior orgulho: Minha família; Família: Base da minha vida; Amizade: Carinho e lealdade; Amor: Sentimento que nos move; Deus: Ser supremo, perfeito; Um lugar para passar o tempo: Minha casa; O destino de uma viagem perfeita: Las Vegas; Aprendeu com os erros: Eles são fundamentais para todo aprendizado; Dinheiro: Consequência de um bom trabalho; Um exemplo a ser seguido: Minha mãe; Alguém especial: Minha esposa; Carreira: Projetos construídos; Um recado para os fãs da dupla: Muito obrigado pelo carinho, vocês são o combustível para que possamos seguir em frente com nossos sonhos; Uma frase: “Tudo posso naquele que me fortalece”

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Tempo trabalhando na música: Desde a infância; Maior inspiração profissional: Na música, Ivete Sangalo. Na TV, Marilia Gabriela. No Rádio Eli Corrêa; Signo: Libra; Um grande sonho realizado: Viver com dignidade da música; Um grande sonho que ainda não tenha sido realizado: Compor canções que mude a vida de muitas pessoas cansadas, prestes a desistir da vida. Escrever um livro e ter meu programa de Tv; Uma música para cantar: Aos pés da Cruz – Kleber Lucas; Uma música para dançar: All by myself - Celine Dion (Gosto de dançar juntinho); Prato predileto: Frango com Quiabo; Um livro: A BÍBLIA; Filme preferido: Antes que termine o dia; Cor preferida: Branco; Um ídolo: Jesus de Nazaré. Símbolo de amor e compaixão por tudo e todos que pecam e erram. O caminho que leva a Deus. O amor feito em homem; Time de futebol: Atlético Mineiro; A cidade de Ubá: Meu amor. Minha gratidão e desejo que cresça e conquiste a Paz que tanto merece; Seu maior orgulho: Minha avó e mãe. Grandes mulheres; Família: Pessoas que eu e Deus escolhemos ainda na vida espiritual para que eu pudesse aprender a viver e amar; Amizade: Pessoas que eu e Deus escolhemos nessa terra para que eu exercitasse o amor; Amor: O maior sentimento criado por Deus e por isso não somos capazes de entendê-lo; Deus: Meu Pai. Meu destino final. Quem me honra todos os dias e que me perdoa por equívocos durante meu caminhar. O remédio que minha alma precisa pra continuar a existir; Um lugar para passar o tempo: No meu carro pegando estrada; O destino de uma viagem perfeita: Depende muito do estado de espírito. Pode ser praia quando alegre e montanha quando reflexivo; Aprendeu com os erros: A jamais deixar de crer no amor de Deus. Só ele não nos abandonará seja qual for à situação; Dinheiro: Necessário, porém, que nos sirva e não o contrário; Um exemplo a ser seguido: A vida de tantas pessoas que amaram que foram solidários e que plantaram a palavra de Deus na vida de milhões de pessoas. O maior exemplo a ser seguido é JESUS. Ele creu o tempo todo no propósito de sua vida; Alguém especial: Minha avó. Meu eterno e inesquecível amor; Carreira: Em constante mudança; Um recado para os fãs da dupla: Espero que sempre entendam que cada passo que eu der será pra preenchê-los de todo o amor que tenho. Sou grato pelo amor, respeito e reconhecimento que me ofertam de forma gratuita. Deus os recompense. Estaremos sempre juntos. Uma frase: “E Conhecereis a verdade e ela vos libertará.” João 8:32 Revista Fato - Setembro 2014


Carreira O trabalho dos músicos começou quando ainda eram pequenos, ambos já tiveram outros trabalhos antes da dupla, que começou com o nome de Wellington Netto e Léo Caiaffa e mais tarde mudou para Netto e Léo. No ano de 2007 fizeram um show pequeno em benefício a APAE de Rio Pomba, a partir daquele momento os convites começaram aparecer e a dupla deu certo. O trabalho tomou forma como Netto e Léo a partir do ano de 2009. Netto começou a cantar na Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Petrópolis, cidade onde nasceu e ficou até os sete anos de idade, e logo após sua chegada em Minas Gerais, na cidade de Rio Pomba, que já considera sua, começou a cantar por necessidade de ajudar nas despesas de casa, “Como li uma vez em uma entrevista de Paula Fernandes ‘minha mãe me viu cantando e pediu que eu cantasse novamente, naquele momento virei cantora.’ Assim foi comigo também. Sonho alimentado pela fé de minha mãe. Cantei em festivais, shows de calouros locais e regionais. Quase em todo tempo na minha vida a música esteve presente como profissão, desde pequeno”, conta Netto sobre o início de sua carreira. Léo começou na música aos nove anos, fazendo aulas de violão, e com 14 já estava subindo no palco. “Lembro-me que na época minha mãe precisava dar autorização pra eu poder tocar, pois não tinha idade o suficiente para frequentar as noitadas (risos)”, relembra Leo da época em que começava como músico. Antes da dupla, Wellington e Leonardo já trabalharam com diversas outras coisas, Netto já foi assistente administrativo em duas empresas, e diz que foi bom funcionário, garante que deixou menos gastos e mais dinheiro em caixa, “amo estar envolvido com papeis, organizar agendas e negociar...”, conta que também já animou festas infantis, apresentou cerimônias e um programa de TV em Ubá, e atualmente vive da música, trabalha em uma emissora de rádio em sua cidade e escreve para esta revista que agora o entrevista. Netto é muito ligado à comunicação, que é uma de suas paixões. Seu companheiro de dupla, Léo, já trabalhou em bandas de axé, sertanejo, pop rock e gospel, o que nos deixa entender que o músico é eclético e dá conta de qualquer ritmo, e durante este período aproveitou seu conhecimento musical para ensinar. Deu aulas de violão e guitarra, o que ama fazer até hoje.

Desafios “No início, as maiores dificuldades eram de locomoção e logística com relação a som, luz, estrutura etc... Ralamos muito carregando e montando som para passar alegria para o nosso público. O incrível é que todas essas dificuldades desapareciam quando estávamos no palco. A energia desse local é sagrada”, diz Léo sobre as dificuldades do início da carreira. Sabemos que viver da música não é nada fácil, que o mercado da arte em geral é difícil principalmente no início, começar do zero, sem recursos para investir e nem todas as portas se abrem, não foi diferente com os nossos entrevistados desta edição. “Falta de oportunidades, falta de respeito com nosso sonho, pessoas que além de não ajudar tentam jogar terra em cima de tudo. Mas hoje estamos recomeçando”, fala Wellington, sobre os desafios de começar.

Estilo Apesar de a grande parte do repertório ser o sertanejo universitário, a dupla tem outras vertentes e não está presa a nenhum estilo ou rótulo, quem acompanha o show de Netto e Léo curte um pouco de tudo, de todos os estilos, sertanejo universitário, sertanejo de raiz, rock, axé, funk, MPB e todos os outros. E como dizem, a música deve ser algo libertador, algo que não aprisione, o trabalho é uma mistura de todos os ritmos, por isso não são considerados uma ‘dupla sertaneja’.


Capa Nova fase, novos projetos Atualmente Netto e Léo estão fazendo shows maiores, e o fato foge do que a maioria das pessoas conheceu, que é o trabalho com a pegada de bar, mas eles explicam que o projeto da dupla está crescendo, e o objetivo é melhorar e dar sempre mais qualidade ao trabalho, o que tem um custo maior, afinal, hoje trabalham com uma banda grande e um número maior de pessoas na produção. “É complicado por que às vezes as pessoas dizem que estamos metidos, e do fundo do meu coração, digo por toda equipe, do momento em que acordamos até fecharmos os olhos para dormir pensamos integralmente no projeto e em como melhorar. Esse ramo de entretenimento é caro de se manter, a concorrência é grande e está em todos os lados com bons artistas. Alguns shows em bares já não conseguimos fazer, não dá pra atender algumas festas fechadas, mas estamos com a força de cada um de vocês, crescendo, e quem realmente torce por isso entende”, explicam.

Fãs Estas pratas da casa, de cima do palco, na rua, nas redes sociais ou onde quer que estejam, sempre demonstraram muito carinho e gratidão com o público que acompanha o trabalho, e correspondem muito bem ao reconhecimento recebido. Ao falar dos fãs, ambos falam de um assunto especial. “Nossos fãs são o motivo disso tudo. Agradecemos a Deus todos os dias pelo carinho, a alegria e o respeito que temos de cada um. Graças a ELE e a eles estamos tendo o privilégio de conquistar muita coisa bacana nessa carreira”, declara Léo. “Minha Nossa Senhora vou ter que ficar aqui horas! De verdade, eu, Léo e toda equipe, somos muito gratos por tudo. Os fãs, os amigos, os seguidores é que alimentam tudo isso. Cada conquista só é possível porque chega muita energia boa, a presença nos shows, recomendações aos contratantes, fotos e compartilhamentos voluntários em nossas páginas na rede social. Enfim, sem os fãs e amigos não existe Netto & Léo. Definitivamente. É muito amor que recebemos, e tentamos devolver isso através de cada nova proposta em nossos shows!”, diz Netto.

Sonhos Já atingindo a marca de cerca de 200

shows por ano, a dupla diz que o sonho já está concretizado, graças ao apoio da equipe e dos fãs, com o espaço já conquistado, credibilidade e carinho em diversos lugares do país, o desejo dos dois é que isso aumente cada vez mais, até alcançarem visibilidade nacional. Na carreira, já abriram o show de grandes nomes da música, como Michel Teló, Jorge e Matheus, Victor e Leo, Fred e Gustavo, Gustavo Lima, Israel Novaes, Biquíni Cavadão, Sergio Reis e outros, e afirmam que esta oportunidade é um grande presente dado por aqueles que confiam no projeto e no trabalho que desenvolvem. Quando o assunto é sonho, a resposta é com emoção. Netto conta que pensa em muitos momentos, nos vividos com Léo, na carreira solo e em todas as histórias de superação. De quando ninguém acreditava e Deus ainda alimentava a Fé de dias de conquistas, “meu maior sonho é que possamos fazer música com amor. Que isso não se perca pelo brilho dos holofotes. Que a essência não fique de lado. Que a equipe entenda que a missão, o sonho de fazer da vida das pessoas melhor através da minha própria é o maior projeto. E que sempre possamos viver com dignidade fazendo o que mais amo, estar no palco. Porque palco pra mim é altar. E a música é a minha oração”, completa Wellington. E com Léo não é diferente, ele nos diz que os sonhos e as expectativas para a vida e a carreira são as mesmas, e que espera mudar a vida das pessoas para melhor com esse sonho.

Ídolos Os ídolos de Netto: Celine Dion, pra ele é uma das maiores vozes do mundo, Ivete Sangalo a cantora mais performática do Brasil, Maria Bethânia a mais sensível e inspirada. “Admiro muitas pessoas por suas histórias e conquistas. Admiro e tenho apreço pelo Papa João XXIII, uma enorme admiração por Francisco Cândido Xavier, por minha avó, que de forma digna, forte e amável criou os 11 filhos sozinha após a morte de meu avô ainda muito novo. E não posso deixar de dizer sem que pensem ser clichê, de Jesus, o maior exemplo de amor, tolerância e compaixão que já existiu. Gosto de quem me inspire pela vitória. Que me faça crer que mesmo na luta e dificuldade é possível vencer.” Ídolos de Léo: Léo é categórico ao falar quem são seus verdadeiros ídolos, “minha família, que sempre apoiou minha carreira e batalharam muito por mim nessa profissão que é tão difícil”, além da família, que vem em primeiro lugar, o músico é fã do grupo Roupa Nova, e diz que, como eles hoje no Brasil, não existe igual. Léo tem a discografia completa.


Quem são as pessoas que mais te apoiaram para seguir firme com sua carreira? Sempre tive apoio de minha mãe. Devo muito a ela. Meu tio de coração chamado Sildo que é um grande professor de música. Quais foram as maiores dificuldades enfrentadas na sua vida para a realização dos seus ideais? A pobreza. A falta de oportunidade e minha extrema sensibilidade. Tudo me toca, me emociona e se ruim me afeta. Ainda novo era algo difícil de lidar. Hoje ainda tento aprender o autocontrole. Como você enxerga o carinho de aqueles que apreciam o seu trabalho? Fãs, amigos, seguidores ou qualquer outro nome que alguém possa dar; as pessoas buscam em nós palavras e atitudes que de certa forma ou lhes representem ou lhes completem. Amo estar no palco e busco fazer a diferença na vida dessas pessoas de forma positiva. Além da música, por quais outras artes você é apaixonado?

Ping Pong com Netto

Sou um apaixonado pela arte de se comunicar. Amo escrever, amo falar para meus ouvintes na rádio, amo arte de interpretar.

Tudo me toca, me emociona e se ruim me afeta. Ainda novo era algo difícil de lidar. Hoje ainda tento aprender o autocontrole.

Netto

Como a cidade de Ubá foi importante para o seu crescimento profissional? Completamente. Netto & Leo só existe hoje porque essa amada cidade nos acolheu e nos projetou.

Fale um pouco do seu trabalho na Rádio de Rio Pomba e como tudo começou? Sempre sonhei com essa chance. Em Julho de 2003

uma amiga chamada Marina Grossi que exercia a função de locutora acabou saindo e quem ficou um dia no lugar dela apenas pra colocar música e decidiu abrir o microfone? Eu! Jamais parei. São 11 anos de amor e comunicação. Como você tenta aplicar o seu estilo pessoal dentro do seu trabalho? Não é fácil. O mercado musical está cada vez mais dando espaço a produtos e músicas ruins. Quero agora trazer minha verdade no palco. Falar de amor. De todos os tipos de amor, inclusive o maior deles, o amor de Deus. O que você pensa sobre o fato de ser um formador de opiniões? Me preocupo e aprendo muito com isso. Coisas simples tornam-se ampliadas quando comigo. O porre com amigos torna-se impossível de acontecer em público. Andar sem cinto de segurança também. Dirigir e falar ao celular entre outras opiniões que acabo levando nos palcos, rádio e redes sociais. Busco ser honesto, justo e sincero em cada palavra. Fora dos palcos, como é o “Wellington Netto”?


Capa Tímido, calado e muito caseiro. Gosto de estar só com minhas músicas, louvores, livros e raramente saio para festas. Gosto de estar com amigos e sair pra jantar. Gosto de boas e longas conversas pela madrugada. Amo dormir tarde e produzir na madrugada. Sou uma pessoa muito simples e amo quem também consegue hábitos simples. O que você acha mais gratificante no seu trabalho? As pessoas que conseguem receber minhas palavras entre uma música e outra. As pessoas que entendem que sou como elas e que meu cantar é uma forma sincera de chegar ao coração de quem me ouve. A troca de amor, carinho e respeito que acontece entre o palco e o público. Qual a lição mais importante que você aprendeu no decorrer de sua vida? A amar a Deus sobre tudo o que faço e vivencio. Sem Deus não há nada. Sem Deus não somos nada e quando conquistamos algo se for sem Deus não será eterno. Pessoas passam, eu passarei e cada um dos que leem essa matéria passará, porém, Deus e suas palavras não. Aprendi que amar a Deus é amar o próximo. Somos Deus em vida. Todos são e por isso nos amarmos e gerarmos gentileza é cuidar bem desse Deus que nos quer ser humanos melhores. Temos essa chance a cada abrir de olhos.

Ping Pong com Léo Quais são as lembranças mais antigas que você tem do seu envolvimento com a música no início da sua vida?

Uma das lembranças que tenho é que quando criança ficava sempre com um instrumento na mão escutando música e me achando um artista famoso, lembro também das minhas primeiras aulas de violão com a professora Eliane Borges, uma pessoa que sempre me incentivou a prosseguir no ramo, acreditando que tivesse um futuro próspero. O que você sonhava em ser quando era criança? Seguir os passos do meu pai, sendo um bom advogado como ele era. Acho uma bela profissão, mas comecei a estudar música e logo mudei de opinião em relação ao que eu queria ser de verdade.

Quem são as pessoas que mais te apoiaram para seguir firme com sua carreira? Minha família sempre me apoiou em tudo, inclusive minha tia Julieta Caiaffa que me matriculou na minha primeira aula de piano, mas quando disse à minha mãe que iria viver de música ela ficou pra morrer, porém nunca deixando de me apoiar, ela exigiu apenas que eu tivesse um diploma, pois se caso não desse certo a carreira musical ficaria mais fácil de arrumar um emprego. Hoje, agradeço a Deus todos os dias por poder viver de música. Quais foram as maiores dificuldades enfrentadas na sua vida para a realização dos seus ideais? Dificuldades tenho até hoje. Mas no início da carreira era muito pior. Cheguei a viajar com a banda que eu tocava na época numa carroceria de um caminhão de leite do baixista e isso não foi apenas uma vez, foram muitas vezes. Cheguei a fazer shows sem cachê nenhum, apenas em troca de um lanche no fim da noite, mas chegava em casa feliz da vida, pois estava fazendo o que mais amava. Como você enxerga o carinho daqueles que apreciam o seu trabalho? Esse é o carinho de quem nos quer bem, de quem quer ver o crescimento de um trabalho, de quem sente admiração por nós. Às vezes passo pela rua na minha cidade e pessoas que eu nem imaginava me param e me parabeniza pelo trabalho. Isso e gratificante, não tem preço que pague isso. Além da música, por quais outras artes você é apaixonado? Gosto de artes em geral, porém tenho uma ad-

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Revista Fato - Setembro 2014


Como a cidade de Ubá foi importante para o seu crescimento profissional? Em tudo praticamente, eu falo que Ubá é minha segunda casa. Netto e Leo ficou conhecida graças a essa cidade carinho que sempre nos acolheu desde o início com muito amor. Tudo começou há uns anos atrás comigo e com Netto cantando em bares e festas particulares. Eu achava naquela época, que iriamos continuar fazendo shows dessa forma, quando vi já tinha uma equipe maravilhosa trabalhando com a gente, e isso eu agradeço a Ubá que fez com que Netto e Leo ficasse conhecido na região toda. Além de todos os seus trabalhos dentro da música, você já desempenhou alguma outra atividade de emprego? Não. Sempre tive a felicidade de trabalhar com música na minha vida. Para não precisar arrumar um emprego fora do ramo musical comecei a dar aulas de violão quando adolescente. Hoje tenho uma escolinha de música onde dou aulas de vários instrumentos.

miração maior pela pintura. Sempre tive vontade de aprender a pintar só que não tive habilidades com o pincel, infelizmente. (risos)

Fernanda Bambino - Fotografe

Cheguei a viajar com a banda que eu tocava na época numa carroceria de um caminhão de leite do baixista e isso não foi apenas uma vez, foram muitas vezes. Cheguei a fazer shows sem cachê nenhum, apenas em troca de um lanche no fim da noite, mas chegava em casa feliz da vida, pois estava fazendo o que mais amava.

Fora dos palcos, como é o “Leonardo Caiaffa”? No meu dia a dia sou uma pessoa muito simples e gosto de ficar em casa quando não estou fazendo shows e nem dando aula, adoro os almoços de sábado na casa da minha mãe, pois lá conseguimos reunir toda a família. Gosto também de reunir os amigos para um bom churrasco na minha casa, só assim conseguimos colocar o papo em dia. O que você acha mais gratificante no seu trabalho?

Léo

Estar no palco e ver o público participando, se divertindo e se emocionando com o nosso trabalho.

Qual a lição mais importante que você aprendeu no decorrer de sua vida? Ter humildade, reconhecendo que cada pessoa é fundamental e tem um papel importante para que um bom trabalho aconteça, e que este trabalho, quando em equipe, tem uma maior chance de render bons frutos, não sendo necessário sobressair ou querer ser melhor que os outros.


Marketing S/A Publicitário, Especialista em Marketing e Inteligência de Mercado, Mestre em Administração e Gerente de Marketing da Móveis Apolo e Estofados Ferrari. marketing@moveisapolo.com.br

Uso de Imagem

Rafael Martinez

Após os primeiros dias de propaganda eleitoral no rádio e na televisão, o PSB abriu uma frente para evitar que adversários peguem carona na repercussão provocada pela morte do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos. O partido orientou diretórios em todo o País a monitorarem o que considera uso indevido de imagens, slogans e frases do socialista, morto em um acidente de avião recentemente.

Exclusividade:

entenda o pulo do gato

A

oferta de produtos em edições limitadas está presente nos mais diversos segmentos como: carros, joias e bebidas destiladas, podendo ser citadas como bons exemplos. A grande sacada dessa estratégia de marketing é a percepção de exclusividade e o senso de urgência que estas tiragens reduzidas provocam nos consumidores. Ainda assim, as vantagens do método não são unanimidade entre empresas e profissionais. O alto custo da produção e o risco de itens permanecerem encalhados nas prateleiras são os pontos que merecem ser avaliados. Ao final do período promocional, o produto tem dois caminhos: incorporar-se ao mix permanente da marca ou seguir o seu destino e desaparecer. A indústria de cosméticos costuma utilizar as edições limitadas como um termômetro para adotar ou não uma nova oferta em definitivo, como aconteceu com o batom Heroine da MAC que tinha um ciclo definido para ficar nas lojas em 2013, mas caiu no gosto das clientes e voltou para ficar em 2014. Quando um produto ganha vida para além da estratégia de edições limitadas, demanda uma forma especial para se lidar com a quebra do encanto inicialmente construído. A escassez foi justamente o que gerou o desejo de consumo do produto, por mais simples que ele seja. A sensação de oportunidade da compra era um dos principais fatores que impulsionaram as vendas. Edições limitadas só são eficientes para as marcas que já conquistaram presença constante na mente do consumidor. Isso independe do segmento e vale desde cosméticos até um carro de luxo. Se não for assim, corre o risco de o consumidor achar que se trata de uma marca nova e o propósito de reforçar o relacionamento se perde.

Marina Silva: a nova opção Oficializada como candidata à Presidência depois da morte de Eduardo Campos, a ex-senadora Marina Silva, vice na chapa encabeçada pelo PSB, deve ter mais força que o pernambucano para romper ou enfraquecer a polarização histórica entre o PT e o PSDB nas eleições.

Holocausto Mineiro: 60 mil morreram em manicômio de Barbacena “Milhares de mulheres e homens sujos, de cabelos desgrenhados e corpos esquálidos cercaram os jornalistas. (...) Os homens vestiam uniformes esfarrapados, tinham as cabeças raspadas e pés descalços. Muitos, porém, estavam nus. Luiz Alfredo viu um deles se agachar e beber água do esgoto que jorrava sobre o pátio. Nas banheiras coletivas havia fezes e urina no lugar de água. Ainda no pátio, ele presenciou o momento em que carnes eram cortadas no chão. O cheiro era detestável, assim como o ambiente, pois os urubus espreitavam a todo instante”. A situação acima foi presenciada pelo fotógrafo Luiz Alfredo da extinta revista O Cruzeiro em 1961 e está descrita no livro-reportagem Holocausto Brasileiro, da editora Geração Editorial, que acaba de chegar às livrarias de todo o País. Ainda que tenha semelhanças com um campo de concentração nazista, o caso aconteceu em um manicômio na cidade de Barbacena, Minas Gerais, onde ocorreu um genocídio de pelo menos 60 mil pessoas entre 1903 e 1980. Divulgação

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A SEGURANÇA

Fique Ligado Pra se

Higor Siqueira

Por Eliana Nader Franqueada Wizard Ubá

PENSAR

Alunos Wizard Ubá, Turma Kids 4A.

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opa do Mundo... Esse sonho já se foi... Com muita tristeza e decepção... Mas como tudo na vida, um ótimo momento para reflexão e mudança. Apesar de um resultado frustrante no futebol... O Brasil se destacou em hospitalidade, respeito e ótima receptividade... E só pecou em um pequeno DETALHE: comunicação O nosso país NÃO FALA ÍNGLÊS. Isso não seria um problema se não vivêssemos em um mundo globalizado, se a Copa não fosse um evento internacional, se o Brasil não fosse um país lindo, que recebesse milhões de turistas todo ano... Também não seria um problema se não fossemos sediar as próximas Olimpíadas!!!! Sem mencionar o fato de que o inglês é a língua oficial do mundo! Saber inglês é ter liberdade para ir onde quiser... Estudar em qualquer lugar... é poder se comunicar com pessoas de qualquer parte... Falar inglês é ser livre... e ser cidadão do mundo... Só isso. Penso que para muitos, falar inglês é desnecessário... Elitista... É perda de tempo. E para esses, eu respondo o seguinte: Na vida não temos garantia de nada... Mas posso afirmar que para as pessoas que têm sonhos na vida e procuram por uma oportunidade de crescimento pessoal ou profissional, falar inglês pode abrir portas, janelas e muitas perspectivas de vida.

Não sei bem como você leitor vê a vida, e também não posso determinar o que é bom pra você, mas posso sim afirmar, que se você tomar a atitude de estudar inglês, a sua vida mudará para sempre... Onde você mora não é a questão, e sim o tamanho do lugar que você quer ocupar no mundo. Vamos fazer uma brincadeira... Imagine que você JÁ SAIBA inglês... Agora, imagine-se fazendo pequenas coisas do seu cotidiano, porém agora, você FALA E ENTENDE O INGLÊS. Entre na internet, ligue a TV, planeje uma viagem, faça novos amigos no face, ouça uma música que goste... Assista uma série que ame... Tá feliz? Fez diferença? Adorou.. né?!...Só que estamos só brincando... Hoje você ainda faz parte de uma estatística muito triste....de pessoas que não são bilíngües... NÃO FALAM INGLÊS... (parabéns pra você, que como eu, é bilíngüe) Saber uma segunda língua é possível e só depende de você!! Tome uma atitude agora de mudar sua vida, e usufrua de tudo de bom que esse conhecimento trará a você! A WIZARD mudará a sua vida. Eu garanto. Seja bem-vindo ‘a WIZARD!!!

QUE SUA

EMPRESA PRECISA

K

Assessoria Contábil

Kátia (Contadora)

Avenida Raul Soares nº 36 Sala 301

Centro - Ubá / MG

32.3531-4927 32.8889-9927 kcsl.ctb@bol.com.br


Abrindo o Closet Por Juliana Campos

Rosane Carvalho

Nome completo: Rosane Ferreira de Carvalho Profissão: Designer e Coordenadora de Estilo Uma frase: “A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance e viva intensamente antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos!” (Charles Chaplin) Valores: respeito, ética e honestidade. Amor: Um sentimento que faz o ser humano ser melhor. Signo: Touro Livro: Steve Jobs por Walter Isaacson (um livro que conta a história do Co-fundador, e presidente da Apple, empresa de grande referência no design e na tecnologia.) Atividade: Designer proprietária do Manga Design e coordenadora no curso de design de moda da escola 66ETTAL – Escola Técnica Tereza Almeida.

Revista Fato - Setembro 2014


Entrevista Em sua concepção, o que significa “andar” na moda? Essa é uma expressão popularmente usada para designar as pessoas que acompanham os desfiles e se vestem de acordo com as últimas tendências apresentadas nos lançamentos das marcas mais conceituadas nas principais capitais do mundo como Paris, Londres, Milão, Nova York e São Paulo, principalmente. O que não pode faltar no seu closet? Um bom jeans, um belo sapato e muitos acessórios como bijouxs e lenços. Qual o look ideal para qualquer ocasião? É aquele que está adequado ao lugar e à ocasião em questão e que reflete o seu próprio estilo e personalidade. No período de troca de estações, você, como profissional da área já sabe as tendências que estão chegando. Você é muito fiel ao que a moda “dita”? Gosto do novo, mas sou fiel ao conforto, às peças que são adequadas ao meu tipo físico e ao meu estilo de vida. Gosto da liberdade e não da ditadura da moda. Em sua opinião, o que é sinônimo de elegância? Elegância é uma questão de atitute, de comportamento. É estar bem consigo mesmo, conhecer seu próprio corpo e entender quem você é para ser capaz de escolher o que valoriza e realça seus pontos fortes, o que você tem de belo e especial.


Produção: Rosane Carvalho Assessoria de Produção: Maria Cláudia Mello; Beleza: Ariane Carvalho - Salão SPA; Fotografia: Fabiano Araújo e Fernanda Bambino - Fotografe; Agradecimentos: Drees To - Lili Lopes

Você acha que para ser chic é preciso estar de acordo com as tendências ditadas para a estação do momento? Acho que ser chic não é só uma questão de aparência. É uma combinação de visual, das roupas que você usa e também de um comportamento bem cuidado e respeitoso. Você é daquelas que doa o que tem no seu closet buscando sempre o novo, ou prefere guardar as peças pois, como acompanhamos, a moda inova, mas sempre resgata temas, modelos e tendências do passado? Uma vez li uma entrevista com Costanza Pascolato, empresária e a consultora de moda mais conceituada do nosso país, onde ela dizia: “Se você tem uma roupa que não usa há mais de 2 anos doe, porque dificilmente irá usar outra vez!” Esse é um lema que procuro seguir, porque assim você abre espaço para o novo e ainda faz o bem para uma outra pessoa. Quando a moda se inspira em épocas passadas os novos modelos vem em outros tecidos, utiliza tecnologias modernas e modelagens atualizadas, dessa forma a moda vai se reciclando e evoluindo e continua despertando desejos. Qual a importância dos acessórios na composição de um look? Para mim são de total importância. É possível fazer 68

com que um look seja completamente modificado e se transforme em vários outros utilizando acessórios distintos, como um lenço, um colar ou um cinto. Você, como boa entendedora do assunto, acha que combinar é o correto, ou você prefere misturar cores e estilos em um só look? Combinar ou descombinar vai depender do gosto e do estilo de cada um. Hoje o mix de estampas é super moderno, mas é mais difícil misturar várias estampas e cores e conseguir um efeito harmonioso e bonito, por isso, para quem não tem muita habilidade nas combinações é melhor não ousar muito para não correr o risco de ter um visual muito pesado e com cara de fantasia. O menos pode ser muito mais nesse caso. Fala-se muito em estilo. Qual é o seu estilo para se vestir? Gosto do estilo confortável e descomplicado. Adoro um jeans, não gosto de roupas muito justas e uso salto alto só de vez em quando. Você adere aos sapatos altos ou prefere o conforto das sapatilhas? Prefiro as sapatilhas, sandálias rasteiras e tênis para o uso no dia a dia, mas acho que um belo salto deixa a mulher mais elegante e feminina, principalmente, em festas e ocasiões especiais. Revista Fato - Setembro 2014


Abrindo o Closet


Moda Estilista graduado em moda pela UFG Universidade Federal de Goiテ「nia. Contato: mozartgalmeida@hotmail.com

Mozart Almeida

VERテグ

2015





Assessoria de Produção: Thalita Nogueira; Make e Cabelo: Laryssa Delazari (AD Espaço da Beleza); Modelo: Brenda Noé; Fotos: Lucas Castanelly - Fotografe; Roupas e Acessórios: Zigoto Fashion; Sapatos: Meninas Gerais; Local: Ginásio São José; Agradecimentos: Eliane Costa Carneiro, Raimundo Alves Carneiro e Mirian Ribeiral.


Duelo de Looks

Marilia Rinco

Leticia Abrahão

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Revista Fato é um periódico mensal que envolve diversificados temas do nosso dia a dia. A partir deste mês de setembro, nós teremos um encontro marcado com meninas, mulheres, adolescentes e crianças que ousarão em suas criatividades e poderão apresentar a você, através de looks temáticos

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Graduada em Design de Moda e Vestuário/ FAESA – ES Pós Graduada em Gestão Empresarial / FAESA – ES Atua na área no Ateliê Ana Costa

suas particularidades de como se vestir para ‘tal’ ocasião em cima de ‘tal’ tema. Visando deixá-la cada vez mais informada sobre o mundo da moda, convidamos a Designer de Moda, Graduada em Moda e Vestuário na FAESA – Espírito Santo, Marilia Domitila Rinco para mensalmente analisar os looks de nossas con-

Débora Almeida

vidadas e pontuar os erros e acertos de cada uma. Com as dicas de Marilia, certamente ficaremos ainda mais antenadas com as tendências e com a certeza de que teremos a tranquilidade e confiança de não errar em qualquer ocasião que seja. Apreciem!

Higor Siqueira

Leticia Abrahão Atividade: Estudante, 18 anos Tema: Verão 2015 Ocasião que a convidada usaria este look: Casamentos e aniversários O look produzido pela Letícia Abrahão é composto por um vestido mais clássico e confeccionado em duas estampas, a do corpo e a da gargantilha. Portanto, os acessórios deveriam ser um pouco mais neutros para dar um ar mais requintado, já que foi pensado em ser usado em uma festa de 15 anos e, por ser uma menina bem jovem, poderia ter ousado um pouco mais. Uma fenda na coxa ou mesmo na frente do vestido cairia super bem.

Débora Almeida Atividade: Estudante, 18 anos Tema: Verão 2015 Ocasião que a convidada usaria este look: balada

Leticia Abrahão

O look produzido pela Débora Almeida é composto por duas peças diferenciadas e extremamente em alta para o verão 2014/2015. As taxas continuam e a renda está presente em todas as estações e com certeza, nunca cairá. Mas, a combinação das peças poluiu um pouco. Ela deveria ter vestido uma saia lisa e um pouco mais ajustada ao corpo. Já a sandália ficou bem de acordo. Mas a carteira não cabe para uma balada, deveria ser uma bolsa com alças que daria um conforto maior para curtir a noite com os amigos.

Débora Almeida

Revista Fato - Setembro 2014

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Cartão de Embarque Por Everton Marazzo

SETE ANOS DEPOIS... A VOLTA AO CAMINHO DA FÉ

Parte 01 M

inha segunda viagem para voltar ao Caminho da Fé começou a ser programada após a publicação da Revista Fato na edição numero 20, quando muitas pessoas e amigos se interessaram em fazer este caminho, pois viram uma coisa nova e diferente no que eu tinha feito. Todos se empolgaram. Queriam experimentar esta viagem que considero um caminho de meditação, conhecimento, fé, amor, esperança, humildade e principalmente, uma viagem de transformação.

Arquivo Pessoal

Com o tempo, as pessoas interessadas foram sumindo, cada um foi cuidando da sua vida, aparecendo coisas novas e talvez mais interessantes para fazer. Eu também fui desanimando, pois queria acompanhar essas pessoas e estava empolgadíssimo em mostrá-las e fazê-las sentir o que senti neste percurso. Já em 2014, comecei a sentir novamente a necessidade de voltar pelo mesmo caminho, pois havia sido tão agraciado durante o primeiro percurso em 2007 com os aprendizados vividos, como também abençoado após terminá-lo, que comecei a me preparar novamente para iniciar mais uma jornada, pois

já conhecia e sabia pelo que eu iria passar tanto psicologicamente, como fisicamente. Engano meu. Mal sabia que cada caminho percorrido é simplesmente diferente um do outro. As emoções e os aprendizados vividos... somente na prática fui ver o que realmente me esperava. Escolhi a data para partir. Resolvi ir na mesma época, pois chove menos, apesar do frio. Por coincidência, seria 7 anos após a primeira ida ao Caminho da Fé. Optei também em ir no mesmo dia e porque não na mesma hora! Achei que poderia ser um ciclo se fechando e um novo ciclo se abrindo. A vida da gente é vivida


de ciclos e estágios, no meu modo de pensar. Parti de Ubá cedo, onde meu amigo Gil Girarde me levou de carro até a Juiz de Fora onde eu pegaria o ônibus para Poços de Caldas e de Poços de Caldas para ÁGUAS da Prata onde nasceu o caminho da fé. Cheguei de tardinha ao meu destino, às 17h45min no dia 14/07/2014, pois tinha a intenção de sair exatamente no mesmo dia que sai a primeira vez no dia 15/07/2007 às 05h00 da manhã. Fui muitíssimo bem acolhido novamente na Pousada do peregrino pela senhora “Tina”, na Associação dos Peregrinos onde se recebe uma credencial. A CREDENCIAL é um documento que o peregrino retira na cidade onde inicia sua trajetória. Esse documento deve ser carimbado nas pousadas ao longo do trajeto e apresentado na Secretaria da Basílica de Aparecida para recebimento do Certificado de Conclusão. Para ter direito ao Certificado Mariano, fornecido pela Basílica de Aparecida, o Peregrino do Caminho da Fé, precisa percorrer no mínimo 100 quilômetros. Portanto, a última cidade que emite Credenciais é Paraisópolis/MG, que se encontra a aproximadamente 135 quilômetros de Aparecida/SP. A pousada estava de cara nova e bem cheia, pois havia um padre levando 14 fieis entre 35 anos e 76 anos. Haviam também 3 casais de ciclistas, eu, um grupo de 5 amigos e mais um peregrino que chegou às 23 horas, bem atrasado, mas chegou. O nome dele é Adriano, da cidade de Descalvado/SP. Ele foi um grande amigo durante meu novo percurso. Águas da Prata é uma cidade de fontes naturais, povo acolhedor, bem típica a cidade mineira. É onde tem uma das águas minerais mais leves e puras de Minas Gerais. No dia 15/07, às 05h00, pontualmente, parti rumo novamente à cidade de Aparecida. Em minha nova integração de HOMEM, DEUS E NATUREZA, aonde iria a todo instante, em cada curva e quilômetro percorrido novamente ser testado na minha fé, força física e força de vontade. Quando saí da pousada, todos dormiam. Parti para minha nova viagem, ainda estava escuro e ventava muito. Estava extremamente frio. Segui em direção à cidade de Andradas, teria que percorrer um longo trecho de serra e pico. Seriam 22 km para alcançar o pico do gavião de subidas íngremes e desgastantes para depois descer mais 12 km de decida forçada, onde me machuquei na primeira viagem, em 2007, que tornou minha trajetória super dolorosa. O peregrino deve caminhar sempre seguindo as setas amarelas. Nunca, em momento algum, seguir outro caminho que não seja o das setas amarelas. O peregrino vai reforçando sua fé ao longo do caminho observando a natureza privilegiada, superando as dificuldades do Caminho, que é a síntese da própria vida. Aprende que o pouco que necessita cabe na mochila e vai despojando-se do supérfluo. Exercitamos a capacidade de ser humilde e compreendemos a simplicidade das pousadas e das refeições e da própria vida. Entendemos que para ser feliz não precisamos de muita coisa. Em cada parada, contribuímos para o desenvolvimento econômico e social das pequenas cidades e propiciamos a integração cultural dos habitantes que vivem ao longo do caminho com os peregrinos oriundos de todas as regiões do Brasil e de diferentes partes do mundo. Cheguei a Andradas às 17h35min, bem exausto, mas feliz por não ter me machucado na decida como na primeira vez. Andradas é uma cidade que vivia em torno da produção de vinho e foi passando para as plantações de café. Hoje, é o que movimenta o comércio da cidade. Parti de Andradas um pouco mais tarde, no dia 16/07, as 06h3min da manhã para ser mais exato, em direção à cidade de Barra. Quer saber o restante do percurso do nosso querido ubaense Everton Marazzo? Acompanhe em nossa próxima edição.


Bem Estar Por Higor Siqueira

A importância do exercício

físico no inverno

Dicas para manter o corpo ativo na estação mais fria do ano

A

Primavera entrará em cena a partir do dia 22 de Setembro, ou seja, o Inverno já está chegando ao fim. Entretanto, ainda temos mais alguns dias para curtir o friozinho que muitos adoram e preferem ao calor que aparenta estar cada vez mais forte no Verão. Porém, “curtir o friozinho” não pode ser sinônimo de acomodação, principalmente com relação aos exercícios físicos. Glenda Silva de Siqueira, Licenciada e Bacharel em Educação Física pela FAGOC e Especialista em Aspectos Biodinâmicos Aplicado ao Movimento Humano pela UFJF, nos concedeu uma entrevista falando sobre a grande importância das atividades físicas nessa parte do ano. Ela também deu algumas dicas sobre alimentação e exercícios que podem melhorar o desempenho da rotina na academia, e também fora dela. Afinal de contas nem todos podem frequentar um espaço como este, mas manter o corpo sempre em atividade é muito importante.

Confira na íntegra a entrevista com a personal trainer: Revista Fato: O exercício físico é importante em qualquer época do ano. Entretanto, no frio algumas pessoas ficam com uma ligeira indisposição para frequentar a academia e manter o corpo em dia. É a famosa “preguiça”. De que forma podemos ficar mais ativos no inverno? Glenda: Escolhendo uma atividade que lhe proporcione prazer e satisfação ao realiza-la é o primeiro ponto. Em segundo, devemos pensar que essa estação acaba em algum momento. O verão e a primave78

ra chegarão também, e porque só se exercitar nessas épocas do ano? O corpo precisa estar saudável o ano todo e não devemos descuidar dele só porque está frio ou estamos com preguiça. Revista Fato: O exercício físico ganha mais importância nessa parte do ano? Glenda: O exercício físico é importante em qualquer época do ano, pois o corpo humano precisa se exercitar, seja pela estética, pela prevenção de doenças, pela melhora da qualidade de vida ou simplesmente pelo prazer de se realizar alguma atividade física. Revista Fato: Qual principal a dica para quem quer fazer atividades físicas no inverno, mas fica com preguiça e se sente acomodado pela sensação da estação climática? Glenda: A principal dica é que deixe a preguiça de lado e pense que quem estará ganhando com as atividades realizadas é você. Cuidar da saúde e do bem estar é importante. E também, ninguém quer chegar no verão com alguns quilinhos a mais... E é isso que acontecerá se você se desligar das atividades só porque está frio. Revista Fato: Mito ou verdade: no frio precisamos fazer mais exercícios de aquecimento antes de fazer atividades físicas mais complexas? Glenda: É verdade. Gaste mais tempo no aquecimento e no alongamento. Nos dias frios, contraímos os músculos para reter o calor, por isso, precisamos de mais esforço para nos movimentarmos bem. O aquecimento e o alongamento ajudam nisso, me-


Divulgação

lhorando o rendimento nos exercícios e evitando que você se machuque e tenha dores depois da atividade. O ideal é aumentar a temperatura do corpo gradativamente, para ativar a circulação e lubrificar as articulações, principalmente do ombro e do joelho. Já no alongamento, deve-se ficar pelo menos 15 segundos em cada posição. Revista Fato: O que podemos comer antes de fazer atividades físicas? Glenda: Se você malha de manhã: o organismo estoca glicose no músculo e no fígado sob a forma de glicogênio. Esse estoque é limitado, por isso é importante que haja a ingestão de carboidratos antes do exercício, para que a massa magra (nossos músculos) seja poupada e não se transforme em energia, mas sem esquecer de uma boa ingestão de proteínas magras, como por exemplo presunto de peito de peru, ricota e queijo coalho. Opção 1: 1 pote de iogurte desnatado + 2 colheres de aveia + 2 colheres (de sopa) de uva passa + 1 banana picada; Opção 2: suco natural + duas fatias de pão integral + barrinha de cereal. Se você malha à noite: uma refeição por volta das 17h para não comprometer o exercício. Tente uma refeição com carboidratos e proteínas, por exemplo, um sanduíche leve e sem muita gordura. Opção 1: 5 torradas + 1 suco de melão ou uma vitamina de leite desnatado batido com mamão e aveia. Esses alimentos tem ação diurética e são ricos em fibras, excelentes para serem consumidos no final do dia. Opção 2: 2 fatias de pão integral com uma ponta de faca de margarina diet + 1 fatia de queijo fresco + 1 fatia de melão + 3 damascos. Revista Fato: E o que não é recomendado para ingerir antes de malhar e fazer outras atividades físicas? Glenda: Não é recomendado ingerir nada de difícil digestão, pois durante o processo digestivo o sangue fica concentrado na região do estômago e quando se realiza a atividade a tendência do sangue é se dispersar para as extremidades do corpo deixando aquele alimento “parado” no estômago e assim podendo im-

pedir o desempenho da sua atividade, além de causar mal estar. Revista Fato: Algumas pessoas não tem tempo para fazer atividades físicas regularmente, mas gostam de estar realizando pelo menos alguns alongamentos para manter o corpo sempre aquecido. Quais destes exercícios para alongar você indica? Glenda: Em geral devemos realizar alongamentos para o corpo todo, membros inferiores e superiores: alongar as pernas, os braços, as costas, o pescoço, as panturrilhas; são alongamentos necessários para manter o corpo bem aquecido. Caso não saiba realiza-los sozinho, peça ajuda a um profissional que com certeza irá orientá-los da forma correta e mais eficiente. Revista Fato: Quais cuidados com o corpo nós devemos priorizar no inverno? Glenda: É muito importante priorizarmos os alongamentos e os aquecimentos para a prevenção de lesões. Se você malha na parte da manhã, realize um aquecimento de 10 a 15 minutos e se você malha no horário do almoço, de 5 a 10 minutos. Revista Fato: O que fazer para não engordar com o acomodamento que o inverno nos causa? Glenda: Como nós sabemos o inverno acelera o metabolismo, dando mais fome e a tendência é comermos alimentos mais calóricos como caldos, massas, aquela pipoquinha vendo um bom filme... E também temos aquela preguiça de levantar cedo. Dica: todos sabem que nosso corpo precisa estar em movimento, certo? Mesmo que você faça algum exercício em casa, ou na academia, 20 ou 30 minutos de uma corrida, por exemplo, já vai valer para queimar as gordurinhas localizadas. Mesmo comendo coisas gostosas, você pode emagrecer e ficar saudável. Opte por comidas mais leves, e se você vai comer pizza à noite, regule sua alimentação durante o dia. E o mais importante é você não se cobrar muito, pois cada um tem um limite pessoal e nem todos somos atletas profissionais.


Dicas do Chef Parceira de Negócios do Restaurante Cozinha Típica

Batata Recheada Edna de A. Silva

“na cumbuca”

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esta edição de aniversário da Revista Fato retomaremos com a editoria Dicas do Chef. Porém, temos uma novidade. Cada mês, teremos um chef à frente desta editoria apresentando os mais diversificados pratos da culinária local, regional, nacional e internacional. Portanto, preparem-se para conhecer as delícias que nossos ubaenses oferecerão neste espaço.

Higor Siqueira

Ingredientes 01 batata cozida e amassada; 01 pitada de sal; 01 colher (de café) de margarina; 01 conha de molho branco “especial”.

Recheio Frango desfiado e bem temperadinho, bacon frito no forno, mussarela, milho, champgnon, requeijão ou catupiry.

Modo de preparo: Abra a batata já amassada e temperada na cumbuca, de forma que ela tenha o mesmo formato da cumbuca. Coloque ½ conha do molho branco e unte-a por igual. Coloque os ingredientes do recheio e a outra metade do molho branco. Misture suavemente com uma colher, arrume levemente para ficar com boa aparência e por cima coloque um pouco do recheio para decorar. Leve ao microondas por 3 à 3:30 minutos e já pode se deliciar.

Dica do chef: Use sua criatividade com os recheios: camarão, legumes, atum. A batata recheada também pode ser feita no tamanho família, num pirex. Bom Apetite!

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Revista Fato - Setembro 2014



Arte e Cultura

“flores ...

Ator formado pela Universidade do Rio de Janeiro UNI-RIO Contato: gilbertotorres@revistafato.com

... pra não dizer que não falei das

Gilberto Torres

E

m visita ao facebook dia desses, me deparei com um desabafo do meu amigo e ator Edwin Luise e resolvi transcrevê-lo aqui: “Por favor, parem de chamar tanta gente fantástica pro andar de cima. Levem os ladrões, os corruptos, os que praticam malfeitos, os hipócritas e os que enganam... Não estou refeito da emoção de ter perdido tantos talentos e hoje vocês me levam o Robin Williams. Porcaria . Tô puto”. ( Edwin Luisi) Me fez pensar no sentido da vida e na fragilidade de nossa existência. Julho de 2014 ficou marcado como um mês de luto para a literatura brasileira. Num espaço de uma semana, perdemos três grandes escritores: João Ubaldo Ribeiro, Rubem Alves e Ariano Suassuna. O escritor Ariano Suassuna foi uma dos maiores defensores da cultura regional brasileira. Em suas

Ariano Suassuna obras, o escritor que também era dramaturgo e poeta usava os elementos das tradições nordestinas para construir as suas histórias. Sua peça “Auto da Compadecida”, sua obra máxima, foi considerada pelo crítico teatral Sábato Magaldi como “o texto mais popular do moderno teatro brasileiro”. Nela, Suassuna conta a história dos amigos João Grilo e Chicó, que andam pelo sertão propagando “A Paixão de Cristo.” Seu sucesso foi tão grande que, mais tarde, foi adaptada para o cinema e a televisão. Ariano Suassuna foi membro da Academia Brasileira de Letras . 82

Rubem Alves foi escritor, educador e teólogo. Seus livros costumavam abordar temas espirituais e existenciais e, além desses, ele também escrevia histórias infantis. O legado do autor envolve não só as obras literárias, mas também diversos artigos e monografias acadêmicas. Sua tese de doutorado “A Teologia da Esperança Humana”, por exemplo, foi a base do movimento teológico hoje chamado de “Teologia da Libertação”. João Ubaldo Ribeiro era escritor, jornalista, roteirista e professor, membro da Academia Brasileira de Letras. Diversas de suas obras foram adaptadas para o cinema e a televisão, como “O Sorriso do Lagarto”, apresentada como minissérie na Rede Globo em 1991, “A Casa dos Budas Ditosos” e “Sargento Getú-

João Ubaldo Ribeiro

Ao ver o cortejo passar, não grites: “ele se foi!” Para mim, será esse o momento do reencontro. E quando me descerem ao túmulo, não digas adeus! A sepultura é o véu diante da reunião no paraíso. Ante a visão do corpo que desce pensa em minha ascensão. Que há de errado com o declínio do sol e da lua? O que te parece declínio, é tão somente alvorada. E ainda que o túmulo te pareça uma prisão, e é ele que liberta a alma: toda semente que penetra na terra germina. Assim também há de crescer a semente do homem. O balde só se enche de água se desce ao fundo do poço. Por que deveria o José do espírito

Rubem Alves

lio”.

Suassuna, Rubem Alves e João Ubaldo, assim como o genial e inesquecível Robin Williams, que tanto marcou nossas vidas, foram trilhar outros caminhos e para nós ficam somente como grandes perdas, como de fato são e me fez lembrar de um poema bem antigo,que gosto muito, do poeta Rumi (sec XIII): No dia em que levarem meu corpo morto não penses que meu coração ficará neste mundo. Não chores por mim, nada de gritos e lamentações - lembra que a tristeza é mais uma cilada do demônio.

Divulgação

Robin Williams

reclamar do poço em que foi atirado? Fecha a tua boca deste lado e abre-a mais além. Tua canção triunfará no alento do não-lugar. Como diz Rumi... “toda semente que penetra na terra germina... assim também há de crescer a semente do homem...”. Que setembro traga a mais linda das primaveras, a estação das flores, da renovação.... do renascimento ! Bem vinda primavera!!!!!!!!! Revista Fato - Setembro 2014



Falando de Negócios Por Juliana Campos / Higor Siqueira

Falando de NEGÓCIOS com

Felippe Mayrink Rocha Higor Siqueira

F

elippe Augusto Mayrink Rocha, 38 anos, graduado em Administração de Empresas pela Unipac de Visconde do Rio Branco e mestrado pela NorthEastern University em Boston nos Estados Unidos é o nosso primeiro convidado a estrear o quadro Falando de Negócios da Revista Fato. Com o objetivo de apresentar a vocês a trajetória profissional e o perfil dos empresários da nossa cidade, a partir desta edição abordaremos os mais variados segmentos do mercado local. A seguir, confira o bate papo com nosso primeiro entrevistado.

Quando você era mais novo, qual a profissão que pretendia seguir? Quando jovem, meus sonhos eram ser um engenheiro projetista e ter o meu próprio negócio. Cursei Engenharia Mecânica por 3 anos para acabar todas as matérias de desenho técnico e industrial e acabei por me formar em Administração de Empresas. Você chegou a fazer algo dentro deste sonho? Sim. Hoje me realizo com minhas duas empresas, a Casa Jardim, que constroi edificações de madeira e a Milflores, que desenvolve projetos de paisagismo e executa trabalhos de jardinagem. Como seus desejos de início se tornaram o trabalho que você realiza hoje em dia? Quando jovens temos sonhos, mas não temos a experiência necessária para torná-los realidade. Minha experiência acadêmica, os anos em que morei na América do Norte e o trabalho desenvolvido na África por quase quatro anos me ajudaram muito na escolha do que faço hoje. Eu sempre gostei de desafios e iniciar a Casa Jardim, do zero, e vê-la crescer é muito gratificante. Qual foi o seu primeiro grande emprego? Diria que foram 2 grandes empregos. Nos Estados Unidos, fui Gerente geral de uma galeria de designers de móveis e artistas plásticos brasileiros em Nova York e Los Angeles. No meu retorno ao Brasil, trabalhei por 3 anos e meio na Itatiaia Móveis, como Gerente de exportação para a África.

O empresário ubaense Felippe Rocha, 38 anos, é o proprietário das empresas Casa Jardim e Milflores.

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ros como Oscar Niemeyer, Isay Weinfeld, Vik Muniz, Sergio Rodrigues entre outros. Como foi viver todos esses anos fora do Brasil? O conhecimento de novos produtos, know-how, e até mesmo a cultura dos diferentes países que visitei me possibilitaram fazer escolhas acertadas sobre o que trazer para minha terra natal. Quais as principais diferenças no estilo de vida lá, com relação a sua vida na cidade de Ubá? Apesar de ter vivido em grandes centros urbanos, sentia muito a falta da vida no interior e principalmente da família e amigos. A empatia e carisma do povo brasileiro não são encontrados em nenhum outro lugar no mundo. O que você tira de proveito do tempo em que esteve fora, relacionando isso ao seu trabalho atual e formação acadêmica? Uma educação multicultural me permitiu conhecer novas oportunidades e trazê-las para nossa Cidade Carinho. O conceito de casas de madeira pode se apresentar inicialmente como uma novidade em nossa região, mas é uma realidade há séculos nos EUA, Canadá e países do Norte Europeu. Eu mesmo tive a oportunidade de morar em uma casa de madeira quando morei na costa Oeste dos Estados Unidos.

Como era o seu trabalho dentro da Itatiaia? Bastante dinâmico. Eu literalmente passava metade do ano trabalhando no continente africano. Foi uma experiência singular e que muito acrescentou ao meu currículo pessoal e profissional.

Além dos EUA, em quais outros países você foi em busca de conhecimento? Já visitei 22 países em 5 continentes diferentes. Sempre aprendemos algo diferente em cada lugar que visitamos. O desafio está em adaptar os conceitos e inovações assimilados pelo mundo a nossa realidade local.

Você passou alguns anos nos EUA. O que você esteve fazendo por lá? Sim. Foram 8 anos. Inicialmente fui estudar inglês na Universidade de Columbia em Nova York. Acabei por acrescentar um Mestrado e 7 anos de experiência profissional ao meu currículo, gerenciando uma galeria de arte e móveis assinados por designers brasilei-

Qual a sua visão como empresário para o seu segmento em madeiras e paisagismo na cidade de Ubá hoje em dia? Ubá é uma cidade com vocação moveleira, e por móveis entende-se madeira. Então, nada mais natural que morar em uma casa de madeira! O conceito que muitas vezes é visto com ceticismo em nossa


Poucos meses após a inauguração do empreendimento, a parceria Granville – Casa Jardim já provou a sua força, com a concretização de projetos de casas de campo em madeira. Por ser um condomínio rural de alto nível, a escolha da Casa Jardim foi determinante por oferecer residências de igual padrão. Dr.Glayson Fonseca Condomínio Granville VRB Visconde do Rio Branco, MG

A qualidade das construções de madeira e a seriedade dos profissionais foram fatores decisivos na escolha da Casa Jardim para edificar a loja de conveniência, salão de jogos e academia do condomínio, reiterando o compromisso de oferecer o residencial com melhor infraestrutura da região. Esses projetos vêm complementar a área de lazer em frente à cascata e são um presente do Lagoonville aos seus condôminos.

O escritório da Casa Jardim está localizado na rua Fioravante Druda, 223, Jardim A. Vale, Ubá/MG.

região, por séculos tem sido uma realidade em outros países do mundo – principalmente nos Estados Unidos. Paisagismo nos remete a natureza, mas a correria do dia a da nos tem afastado desta conexão com o natural. Tem sido muito gratificante trabalhar com o que nos remete a natureza... e não vamos esquecer que a vida começou em um jardim... do Éden! (risos) Como a cidade e microrregião têm respondido ao seu empreendimento? Muito positivamente, graças a Deus. Apesar de nós, mineiros, sermos um povo muito tradicional, a casa de madeira vem conquistando o seu espaço – não somente pela qualidade do produto, mas também pela assistência local que a Casa Jardim oferece. Prova disso é que nos primeiros quatro meses após a inauguração, já fechamos oito projetos. Qual o diferencial da sua empresa? Atendimento, qualidade dos produtos e rapidez na entrega. Seja no ramo de paisagismo, jardinagem ou edificações de madeira. A Milflores tem o compromisso de trabalhar com os melhores insumos e oferecer atendimento diferenciado e a Casa Jardim planeja o tempo médio de entrega de uma casa de madeira em 1 dia de obra por m2 (da fundação a alvenaria). E, mesmo antes de abrirmos as portas da Casa Jardim, eu já havia buscado conhecimento e novidades em feiras e eventos fora do estado e até mesmo fora do país. Quais os pontos positivos em morar numa casa de madeira? Dentre os vários pontos positivos, destaco o aconchego e a exclusividade. Mas, não podemos deixar de mencionar que a casa de madeira: - É tão segura quanto uma casa de alvenaria;

- É feita com madeira de lei, tratada, o que permite uma longa durabilidade; - Tem um revestimento térmico que equilibra ainda mais a temperatura interna das casas (a madeira já é um excelente isolante térmico. Portanto, não “congelamos” no inverno e não “assamos” durante o verão); - Não pega fogo, pois a madeira é muito densa; - É muito mais rápida de ser construiída; - É relativamente mais barata do que uma casa de alvenaria (depende do tipo de projeto e do local onde será construída); Estes são alguns dos diversos pontos positivos de se adquirir uma casa de madeira. Qual o tamanho do bolso para se comprar uma casa de madeira? Além do preço acessível e pré-definido para a construção (sem surpresas para o novo proprietário), o financiamento para compra de um imóvel de madeira é hoje uma realidade. Seja pelo sistema financeiro da habitação - em até 180 meses (15 anos) com opção de uso do FGTS – seja através de linhas de crédito para compra de materiais para construção - oferecidas por instituições financeiras - ainda aceitamos seu veículo como parte do pagamento. O importante para nós é viabilizar ao máximo o sonho da casa própria – de madeira, claro! Quais são as principais dúvidas das pessoas que buscam os seus serviços? As dúvidas são relacionadas ao receio do desconhecido. Até agora todas as pessoas que visitaram a Casa Jardim saíram maravilhadas e confiantes no produto e em nossos serviços. Para o novo proprietário, mais importante do que receber um produto de qualidade é saber que há uma assistência local para o mesmo.

Gilberto Cadedo – sócio proprietário do Lagoonville Residencial Visconde do Rio Branco, MG

Há muito tempo nossa região carecia de novas opções em edificações, e a Casa Jardim chegou trazendo um conceito exclusivo de design e qualidade diferenciados em construções de madeira, jardinagem e paisagismo. Por isso, decidimos pela Casa Jardim para realizar todo o paisagismo de nosso mais novo empreendimento – o Residencial Terra Mare. Almoce conosco no restaurante Belleville.

Dr. Márcio Granato: sócio proprietário Condomínios Belleville I, II e Terra Mare – Campestre, MG

Quais tipos de madeira podem ser usados na construção de uma casa? Nossas casas são feitas com madeira de lei – Parajú e Angelim Pedra. Apesar de existirem no mercado outras opções mais baratas - mas de qualidade duvidosa – a Casa Jardim optou por primar pela qualidade não somente do serviço, mas também do produto oferecido. Como é feito o trabalho de construção de casas de madeira pela Casa Jardim? Como diz o slogan – Da fundação ao acabamento - projeto customizado, preço fechado! Nosso maior diferencial é o sistema “Chave na mão”. Entregamos seu novo lar pronto – fundação, alvenaria, madeira e acabamento – por um preço pré-acordado; sem surpresas.

Revista Fato - Setembro 2014

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Valorize Suas Curvas Médico Psiquiatra e Psiquiatra da Infância e Adolescência Contato: psiquiatrauba@gmail.com / www.psiquiatrauba.com

Dr. José de Alencar Ribeiro

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Agressividade e Violência

ecentemente ficamos perplexos com a notícia de mais um homicídio em nossa região praticado por um adolescente e como a onda de violência com participação de jovens se torna cada vez mais frequente. Mas por que os jovens se tornam tão violentos e cruéis? A discussão envolveria a política de drogas, educacional, econômica, família, o judiciário; porém, qual a posição da saúde mental frente a toda essa questão? Quando é noticiado um assassinato por motivo torpe e banal, questionamos: a que ponto o ser humano chegou para cometer crimes de forma que a vida alheia se tornou algo tão frágil e sem importância? Como os adolescentes podem ser capazes de atos tão cruéis? A explicação, segundo a ótica da saúde mental, se dá através da existência de todo um processo de desenvolvimento mental de crianças e adolescentes, que em algum momento foi falho ou distorcido, e que favorece a essas práticas antissociais e os sinais disso podem ser percebidos precocemente, antes mesmo que o jovem evolua para comportamentos delinquentes. As violações de regras e condutas estão inseridas no contexto dos transtornos de comportamento disruptivo, que incluem o transtorno desafiador de oposição (TOD) e o transtorno de conduta (TC). Esses transtornos estão intimamente relacionados e se caracterizam por crianças e adolescentes cujos comportamentos refletem violações das regras sociais e ações inapropriadas contra outros. As estatística são alarmantes e apontam para cerca de 2 a 16% das crianças em idade escolar que satisfazem os crité86

na Infância e Adolescência

Divulgação

rios diagnósticos de TOD e TC. É importante para o diagnóstico que o comportamento ocorra com uma frequência considerável e seja desproporcional ao esperado para a faixa etária. Os sintomas devem ser repetitivos, persistentes, funcionalmente comprometedores e presentes em diversos ambientes (lar, escola, trabalho, etc.) O TOD é visto como uma forma precursora, mais leve que o TC, se inicia em crianças e apresenta sintomas como: demonstrar ressentimento, ficar aborrecido com facilidade, discutir com adultos, descontrolar-se, culpar os outros por seu mau comportamento, aborrecer deliberadamente as pessoas, desafiar regras ou solicitações, revelar rancor. Já o transtorno de conduta, pode ser visto como uma evolução mais grave do transtorno opositor e apresenta sintomas como: bravatas (ameaça arrogante/ intimidação), crueldades com animais, destruição de propriedade alheia, brigas, permanência até tarde da noite fora de casa ou fuga de casa, imposição de sexo à força, crueldade com as pessoas, uso de armas, provocação de incêndios, invasão de propriedade alheia, ausência da escola, mentiras, trapaças frequentes, roubos e furtos. O transtorno de comportamento disruptivo é um problema sério de saúde pública por demandar um tratamento dispendioso, envolvendo saúde mental, juizado de menores, serviço social, setores da educação, segurança pública, podendo continuar por toda a infância e até a vida adulta. Crianças que apresentam tais comportamentos devem ser avaliadas por profissionais capacitados pois é muito importante investigar outras comorbidades e diagnósticos diferenciais como depressão, transtorno bipolar, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, transtornos psicóticos, transtornos de

ansiedade, uso de drogas, além de traumas sofridos pela criança e sua história social. Os fatores que colocam os jovens em risco para TOD e TC incluem fatores da criança, dos pais e da família, além de relacionados com a escola. Vale ressaltar os fatores familiares em que a maioria das crianças, até sete anos, reage de modo agressivo contra reações interpessoais em seu ambiente por dificuldades em expressar verbalmente seus sentimentos. Esse comportamento está relacionado com cuidados parentais inconstantes ou abusivos, falta de limites e demandas inadequadas, como aumento de responsabilidade, excesso de crítica, ausência de reforço positivo e esperar que a criança tenha maturidade inapropriada para idade, além dos péssimos exemplos da sociedade e de alguns pais. O tratamento é multimodal e envolve o profissional de saúde mental (psicólogo e psiquiatra infantil), a escola, família e, geralmente, só surte resultados quando iniciado precocemente e com intervenção contínua e em longo prazo. Como disse o filósofo Confúcio: “Transportai um punhado de terra todos os dias e fareis uma montanha” A intervenção precoce através da reconstrução do ambiente, dos valores e das condutas, orientação aos pais, ênfase na escola, psicoterapia e controle dos sintomas de impulsividade e agressividade, podem reestruturar esses jovens para que sejam cidadãos produtivos no futuro, além de protegê-los conta o uso de drogas, delinquência e de uma série de situações que culminam com a violência e a morte de cidadãos inocentes, como temos assistido perplexamente em nossa comunidade. Cabe à sociedade intervir antes que o desfecho de mais jovens seja trágico! Revista Fato - Setembro 2014


Giro Fato Juliana Campos / Higor Siqueira

Carpe Diem está sob nova direção

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loja Carpe Diem após alguns dias fechada para reforma, reinaugurou na sexta-feira, 08 de agosto. Quem está no comando agora é a mais nova empresária do circuito Amanda Siqueira. Clientes fiéis da marca e amigos da nova proprietária compareceram para o lançamento. Um coquetel com direito a Salton e Bem Sucedidos de Isabela Grôppo foram servidos e quem prestigiou a reinauguração foi recepcionado em grande estilo.

Loja Thaís Albuquerque lança nova coleção

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os dias 07, 08 e 09 de agosto a empresária do segmento de moda Thaís Albuquerque lançou a nova coleção da sua loja. Clientes e amigas compareceram para prestigiar os belos looks do verão 2015 e degustar o delicioso coquetel.

Zigoto lança coleção verão 2015

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s empresários Eliane Costa Carneiro e Augustinho Alves Carneiro brindaram no segundo final de semana de agosto o lançamento da nova coleção, Verão 2015. A loja Zigoto, que já é tradição no segmento de moda em Ubá atende a demanda de looks para festa e também a moda casual. Outro diferencial da loja são os modelitos plus size que destaca-se com cortes modernos e ousados. Em um coquetel harmonioso e descontraído, os proprietários da empresa e a equipe de vendedoras recepcionou com estilo e alegria as dezenas de clientes que fazem parte da cartela da loja.


Espaço Jurídico OAB/MG 108.555, pós-graduando em DireitoTributário, advogado membro do escritório Pacheco & Sousa, assessoria jurídica e empresarial. E-mail: camppss@bol.com.br

César Campos Lara

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Das consequências negativas do

Voto de Protesto

e acordo com a enciclopédia livre, denominada Wikipédia, o termo voto de protesto é usado para designar situações onde, durante uma disputa eleitoral, o eleitor decide anular o voto ou votar em candidatos considerados excêntricos ou de algum modo folclóricos, como forma de manifestar sua indignação com o sistema eleitoral vigente, ou com as opções de candidatos apresentadas pelos partidos políticos. Nas eleições de 2002, o candidato mais votado foi Enéas Carneiro, com seu famoso bordão “Meu nome é Enéas”, obtendo aproximadamente 1.573.112 votos, através do extinto partido político PRONA (Partido de Reedificação da Ordem Nacional), tomando posse do cargo de Deputado Federal em 2013, trazendo consigo uma série de outros candidatos do mesmo partido, pois a eleição para deputados federais e estaduais no Brasil ocorre pelo sistema proporcional, através do qual, o que determinará a eleição é o quociente eleitoral, ou seja, a soma de todos os votos recebidos por um partido, dividida entre o número de candidatos desse partido, portanto, através de um voto de protesto, o eleitor ajudará a eleger uma série de outros nos quais jamais votaria. Nas eleições de 2002 os inúmeros votos de protestos depositados em benefício de Enéas Carneiro acabaram beneficiando Amauri Gasques, com 18.417 votos, Irapuan Teixeira, com 673 votos, Elimar Damasceno com 484 votos, Ildeu Araújo com 382 votos e Vanderlei Assis com apenas 275 votos. Por outro lado, o candidato Jorge Tadeu, de outro partido político, não conseguiu se eleger, mesmo contando com 127.638 votos, justamente por conta do sistema proporcional adotado para deputados federais, estaduais e vereadores. Acerca do deputado federal Irapuan Teixeira, beneficiado pelos votos de protesto depositados em 88

benefício de Enéas Carneiro, absurdamente tentou aprovação de projetos de lei objetivando obrigar os condenados a mais de 30 anos de prisão a doarem

um dos órgãos duplos, como pulmões e rins, além de doação de medula óssea e 2/3 do fígado, ademais, tentou incluir a Bíblia na lista de livros obrigatórios na grade curricular do ensino médio. Outro Deputado Federal na mesma situação foi Elimar Damasceno que tentou impedir que transexuais pudessem alterar o nome e o suporte psicológico para os gays que voluntariamente deixarem a homossexualidade, denotando, assim, as consequências desencadeadas dos

votos de protesto. Em 2010 o humorista Tiririca lançou sua candidatura para deputado federal, contudo, não sabia sequer as atribuições do cargo que pretendia ocupar, tendo que comprovar, inclusive, ser alfabetizado para assumir o cargo, porém, através dos votos de protesto, foi eleito com nada mais nada menos que 1.353.820 votos, porém, nenhum dos projetos de lei apresentado por este deputado federal foi aprovado pela Câmara dos Deputados, não desempenhando, portanto, trabalho significativo. Neste ano, estaremos elegendo o Presidente da República, assim como o Vice-Presidente, que possui uma série de atribuições extremamente importantes para o nosso país, no mesmo norte podemos falar acerca do governo do Estado de Minas Gerais, Congresso Nacional e Assembleia Legislativa do Estado, que serão ocupados por senadores e deputados, tornando-se grande a responsabilidade por parte dos eleitores ao decidirem o cenário político nacional. Não podemos perder a oportunidade de analisar o perfil dos candidatos aos respectivos cargos, observando-se que estamos necessitando urgentemente de fortalecimento do sistema de saúde que se encontra precário, valorização dos servidores da área da educação, democratização da terra, melhor distribuição da renda, redução dos encargos tributários, observância das classes minoritárias, maior rigor na legislação ambiental, redução da maioridade penal, fortalecimento da Defensoria Pública e do Ministério Público, melhores condições de vida para os deficientes e idosos, proteção rigorosa das nossas crianças, além de uma série de outras necessidades prementes que podem e devem ser supridas através dos Poderes Legislativo e Executivo, porém, não é com voto de protesto que estaremos próximos da solução. Divulgação


Prata da Casa

DJ Bruno Oliveira

Higor Siqueira / Arquivo Pessoal

Por Higor Siqueira

O que era uma simples brincadeira tornou-se uma empresa séria que soma 15 anos de sucesso

DJ Bruno Oliveira.

transporte próprio, daí pagava fretes e já cheguei a carregar equipamentos de bicicleta. Até conquistar a confiança de todos no meu trabalho não foi fácil” conta. Por outro lado, foi muito menos complicado conquistar a confiança de sua família com relação a sua escolha. Ele relata “No inicio, assim como eu, eles achavam que era apenas uma distração, porém, com o tempo, viram que estava se tornando um trabalho sério. Eu não tive ajuda financeira, pois vim de uma família simples que me deu uma das coisas mais importantes que está faltando muito nos lares de hoje: educação e respeito ao próximo. Eles sempre me apoiaram e apoiam até hoje e tenho muito que agradecer”. Ele não trabalha apenas em festas nos finais de semana, mas também não possui outro emprego fora do ramo de som e iluminação. “Não tenho outro emprego, mas como os equipamentos de serviço são todos meus, durante a semana dou manutenção nos mesmos e também faço algumas locações de sonorização e equipamentos em alguns eventos e reuniões empresariais. Além de fechar contratos e atender clientes durante a semana” explica. Em 2010, Bruno se deparou com uma grande oportunidade profissional, e ele não a deixou escapar: para se consolidar de vez no segmento, ele criou a DJ Bruno Oliveira Produções. “Como DJ e empresário, isso acabou acontecendo por acaso. Na verdade, nunca tinha pensado em ter um espaço de festas” declara. Segundo ele, o terreno que havia comprado para construir um deposito para guardar seus equipamentos era muito espaçoso, então decidiu ir além e fazer um espaço onde ele poderia se descontrair com sua família e amigos. “No período de construção resolvi aumentar um pouco o espaço coberto para quando precisasse fazer alguma comemoração particular. Daí, veio a ideia de alugar de vez em quando para pessoas conhecidas, só que com o tempo a notícia foi se espalhando e então tive que fazer modificações para receber melhor os convidados das festas. Criei o espaço DBO que se tornou uma boa opção para comemorações de casamentos e aniversários na cidade”.

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nossa Prata da Casa deste mês de Setembro é o ubaense Bruno Moreira Nazareth – apesar de apenas algumas pessoas o conhecerem por este nome. Ele é o DJ Bruno Oliveira e se você mora em Ubá ou por perto, provavelmente já foi a alguma festa em que ele estava tocando, afinal de contas, já são 15 anos nesta profissão, que começou como uma brincadeira, o tornando um dos maiores DJs de toda a cidade e região. “Eu comecei com apenas 14 anos de idade. Gostava muito de som e música, ficava comandando o som nas festinhas de amigos e da escola onde estudava” lembra Bruno. Ele conta que inicialmente não recebia pelos serviços prestados, pois era tudo uma brincadeira, um hobby, não uma profissão. “Mais tarde, quando eu estava com 15 anos, foi que comecei a receber pelo trabalho que fazia. Assim, comecei comprando uma mesa de som, um amplificador e uma caixa de som. Recebia muito pouco, mas por gostar do que fazia, continuei com o trabalho” relata. Bruno diz que no começo foi bastante difícil, afinal de contas não é qualquer pessoa que sabe reconhecer o trabalho de um DJ. “No início, as dificuldades eram muitas, pois eu ganhava muito pouco e os equipamentos eram caros. Eu também não tinha

Quero deixar aqui o meu muito obrigado a toda a equipe da Revista Fato pelo carinho. E também agradecer a meus amigos que trabalham comigo e também a todos os clientes que confiam em meu trabalho.

DJ Bruno Oliveira

A repercussão do espaço DBO foi incrivelmente positiva e mais rápida que Bruno esperava. O diferencial do salão de festas é sua estrutura grandiosa e diversificada e com uma área verde aberta, o que deixa o ambiente muito bonito e mais agradável. Entre os estilos de festa mais cotados da DBO Produções estão eventos particulares e comemorações familiares, como casamentos, aniversários, coquetéis e confraternizações empresariais. Sobre suas principais influências musicais, o DJ Bruno traça uma linha com os nomes de profissionais que sempre o inspiraram dentro do seu trabalho: “Quando comecei era o DJ Marlboro com seu funk melody. Depois veio DJ Meme com os remixes de músicas nacionais. E com o tempo vieram os mais consagrados DJs do cenário eletrônico internacional começando com Gigi D’Agostino, David Guetta e Tiesto. Hoje, no cenário do funk brasileiro eu destaco o Dennis DJ”. Ele também deixa o seu recado para todos aqueles que querem iniciar uma carreira como DJ: “Para aqueles que almejam o sucesso: estudem. Pois estudando é possível chegar a seu objetivo mais rapidamente, devido a algumas oportunidades que podem surgir no caminho. Tente saber misturar a parte técnica com a parte da descontração, se divirta com o que faz, e uma das coisas mais importantes de um bom DJ é saber entreter as pessoas com música boa e carisma”. Revista Fato - Setembro 2014

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Literalize-se Formada em Letras ( Português/ Inglês) pela Unipac. Pós Graduada em Linguística(UFV) , Língua Portuguesa ( PUC/ MG), Produção de Textos( UFMG) e Literatura ( UFJF). Professora e membro da Academia Ubaense de Letras.

Carla Fagundes

No meio do caminho tinha uma pedra

tinha uma pedra no meio do caminho....

Divulgação

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e me perguntarem quem é um dos meus poetas favoritos, eis Carlos Drummond de Andrade. Mineiro de Itabira, fã das mulheres, ora o eu maior que mundo ora o eu menor que o mundo , ele traz alívio e prazer aos corações humanos com sua escrita. Oragnizada por ele mesmo , sua antologia é dividida por temas que escolheu e foi publicada em 1962, reúne textos que originalmente saíram em diversos livros. A obra foi dividida pelo autor em nove partes, cada uma correspondente a um universo temático específico. São as seguintes: um eu todo retorcido; uma província: esta; a família que me dei; cantar de amigos; na praça de convites; amar-amaro; poesia contemplada; uma, duas argolinhas; tentativa de exploração e de interpretação do estar-no-mundo. A seleção que Drummond empreendeu revela alto grau de consciência do escritor sobre seu fazer poético. Os temas que escolheu são basicamente os mesmos que a crítica, no futuro, sintetizaria como os fundamentais em sua vasta obra. Há uma tensão na poesia de Drummond, principalmente a partir do livro “Sentimento do Mundo” (1940), que faz o poeta questionar sua atividade com extrema severidade. Tal tensão tem como eixo temático uma oposição entre o ser do poeta e o mundo exterior. Quando o eu-lírico se volta para si, sente que seria melhor dirigir-se ao mundo; quando se volta para o mundo, sente que seria menos pretensioso limitar-se à esfera do ser. Essa tensão de impulsos contraditórios será a origem de todos os desdobramentos temáticos indicados pelo poeta.

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1) Um eu todo retorcido Na primeira parte do livro estão poemas que tratam da questão do indivíduo. O eu-lírico fragmentado se apresenta como um deslocado no mundo, na figura do gauche (palavra francesa que significa, literalmente, esquerdo). 2) Uma província: esta Nessa seção, há poemas sobre a terra natal do autor. Permeados de atmosfera nostálgica, não se deixam levar pelo saudosismo, mas, antes, questionam o espaço natal, colocando sempre em evidência que o espaço é também uma criação subjetiva. 3) A família que me dei Os poemas expressam uma profunda reflexão do poeta sobre o atributo da memória. A família é criação do eu. A memória cria nostalgia e saudade, a partir do presente, articulando fragmentos esparsos de um passado sem nenhum sentido pressuposto. O questionamento a respeito da memória deve destruir a sua ilusão para recompô-la em seguida, no plano da criação poética. 4) Esse bloco de poemas trata da temática da amizade, mas de uma amizade estabelecida no plano poético, como se os amigos fossem ligados ao eu-lírico, esse “Carlos” mitológico, que não deve ser confundido com o próprio poeta e que saúda Manuel Bandeira. 5) Na praça de convites Poesia que se aproxima do lúdico. Procura-se, nos herméticos caminhos da linguagem, um sentido para a atividade poética no mundo contemporâneo. 6) Amar-amaro Aparece aqui a tensão entre o mundo exterior e o ser do poeta. É um momento de angústia e medo, que lembra bastante a perspectiva da II Guerra Mundial (1939-1945). 7) O eu-lírico mostra sua pequenez enquanto matéria, mas acredita numa forma de transformação social, que se mantém apenas como perspectiva embrionária. Essa “esperança” não é apenas na transformação do mundo exterior, mas de todas as relações humanas. Quase sempre, porém, tal perspectiva é sufocada por forças gigantescas que partem a unidade dos seres e os tornam incomunicáveis e incompreen-

síveis uns aos outros e a si mesmos. 8) Poesia contemplada Poemas de cunho metalinguístico, ou seja, em que o poeta constrói uma reflexão sobre o próprio fazer poético. O senso estético do autor alcança grande dimensão de consciência, e a tensão entre o eu e o mundo se atenua, já que o eu-lírico suspende a existência de ambos para situar-se no território da linguagem (“penetra surdamente no reino das palavras”). Drummond atinge, nesse momento, uma dimensão parecida com a do poeta francês Stéphane Mallarmé, numa postura de arte pela arte, ou seja, a arte existe por si e é justificativa de si mesma. O poeta não deve, portanto, buscar a expressão de qualquer sentimento, sensação ou objeto exterior. O tema de sua poesia está no nada que se esconde por trás das coisas, esse nada que as cria e que é a própria linguagem. O poeta parece compreender que tudo o que está no poema só existe como linguagem. 9) Uma, duas argolinhas Poemas sobre o conhecimento amoroso, nos quais a própria natureza do amor é contestada: ele será visto mais como criação subjetiva do que como fenômeno exterior, um dado natural. O angustioso ato de amar, no entanto, não se contenta em saber disso e tem quase sempre um desfecho triste, um travo amargo. 10) Tentativa de exploração e de interpretação do estar-no-mundo O mundo aparece como uma “máquina” sem sentido prático a priori. O eu busca uma compreensão impossível, que está para além das coisas. O ideal de uma arte pura tropeça nos impedimentos do mundo, na simbologia dos objetos: a “pedra no meio do caminho”, o “resíduo”. Após a destruição do mundo, busca-se o que resta, essas marcas que permanecem, que perduram na existência e resistem, de maneira precária, à ação do tempo.




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