Comportamento
Ubaenses se manifestam pelas ruas da cidade e pedem fim à violência
Servando Lopes
Conheça a trajetória de quatro atletas que são verdadeiras promessas para o MMA nacional
Fique Ligado
EDIÇÃO 40 - ANO 4 - MARÇO / 2015 - UBÁ - MG / R$ 6,90
Fato Especial
Revista Fato! seleciona 10 nomes femininos na sociedade ubaense para representar uma homenagem às mulheres da Cidade Carinho
Duelo de Looks
Mulheres de Estilo – Veja o que o estilista Mário Coelho preparou no mês que comemoramos o Dia Internacional da Mulher
Giro Fato
Ubaense Isabela Pimenta é a primeira brasileira a ganhar o Miss Universo Elegância
DR. MARCO AURÉLIO
BARLETTA
Após fazer parte da equipe médica durante 13 anos no IBOL – Instituto Brasileiro de Oftalmologia, o médico ubaense retorna para cidade natal e hoje divide seus atendimentos na Colônia, através do Consórcio Intermunicipal de Saúde, no Hospital Santa Isabel e recentemente em seu novo consultório
Servando Lopes
DUELO DE LOOKS Arquivo Pessoal
28 30
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SOCIAL
PRATA DA CASA
UTILIDADE PÚBLICA COMPORTAMENTO
ECONOMIA
80
56 74
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FATO ESPECIAL
MODA
CIDADE ABRINDO O CLOSET
Lucas Castanelly- Fotografe
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BEM ESTAR
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48 19
EU PROTESTO
60 44
CAPA
36
48
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Servando Lopes
Índice
CARTÃO DE EMBARQUE Revista Fato - Março 2015
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Editorial nosso estilista responsável por esta coluna e curta todas as dicas. Agora, mudando um pouquinho de assunto, vamos falar de pancadaria. Ops... Melhor dizendo, lutas. Na editoria de Comportamento, tivemos a honra de entrevistar verdadeiras promessas para o MMA nacional: José Negão, Eder Bambu, Marquinho Guidoval e Jonathan Santiago. Apresentamos a trajetória desses quatro atletas e é claro, aproveitamos para disseminar este esporte que a cada dia ganha mais espaço na vida do brasileiro. Abordamos em Bem Estar os cuidados que devemos ter na hora de nos alimentarmos com a chegada do inverno. Para melhores esclarecimentos, convidamos nossa parceira, a Nutricionista Drª. Ana Célia Costa que nos deu altas dicas de como nos mantermos saudáveis e em forma no inverno. Vale a pena conferir. Sobre o nosso editorial de moda, preparamos um material rico em detalhes. Marilia Rinco deu um show em uma produção exótica e exuberante. O tema do nosso ensaio foi lançamento Outono/Inverno Acessórios 2015. Aprecie sem moderação. Em tempo, pedimos todos os aplausos à equipe da Fotografe pelo belo trabalho de fotografia. Encerramos aqui nosso editorial, caros leitores. A vontade é nos estender, mas o espaço não nos permite. Aproveitamos para agradecer, sempre. Em meio a uma crise econômica, fidelizar e manter um veículo desta qualidade, em uma cidade de interior, com o mesmo número de páginas, qualidade gráfica e editorial, confessamos ser no mínimo desafiador. Principalmente no início do ano, onde a demanda de impostos são maiores. Fechamos este editorial agradecendo nossos clientes que confiam em nossa mídia à marca de sua empresa e ressaltamos que nosso trabalho é e sempre será focado em resultados. Obrigada sempre pela fidelidade e carinho. Um grande abraço a todos! Às mulheres, o nosso respeito e admiração! Parabéns! Boa Leitura a todos!
Fotografe
A capa desta edição, com a presença do renomadíssimo médico oftalmologista Dr. Marco Aurélio Barletta começou a ser produzida há aproximadamente um mês. Pelo menos seis encontros entre nossa equipe de reportagem e nosso entrevistado aconteceu para que esta reportagem fosse concluída e veiculada. O trabalho jornalístico e de fotografia, clicado pelo competente fotógrafo Servando Lopes, foi realizado a dedo para que ilustrássemos com a maior fidelidade possível a rotina do oftalmologista que há dois anos vem retratando sua história profissional em Ubá e acrescentando toda experiência adquirida durante seus 13 anos de trabalho no IBOL – Instituto Brasileiro de Oftalmologia. Nesta conceituada instituição de referência em todo o país Marco Aurélio viajou para vários países, nos mais atualizados congressos da área. Em uma entrevista envolvente, temos o orgulho de dizer que nossa terceira capa de 2015 é além de um profissional de referências, um ser humano incrível e de valores que tem como base família, humildade e respeito ao próximo. Mas é claro que nós não nos esqueceríamos de um mês tão especial para a figura feminina. Em nossa editoria Fato Especial preparamos uma matéria com 10 nomes representativos de mulheres ubaenses com o objetivo de homenagear as centenas de ubaenses que lutam, trabalham, empreendem, são mães... enfim, executam as diferentes e desafiadoras tarefas que é ser mulher na sociedade atual. Nos sentimos felizes com o resultado do material trabalhado e enfatizamos que cada uma de vocês que nos leem agora são especiais e merecem o respeito e valor dos seus esposos, filhos, familiares e amigos. E por falar em mulher, o nosso Duelo de Looks nesta edição veio com um toque todo especial. Já que em março comemoramos o dia internacional da mulher, nosso colunista Mário Coelho lançou o tema: Mulheres de Estilo. E para duelar, convidamos duas damas da sociedade ubaense, expert em estilo e bom gosto. O nome delas? É claro que contamos: Marilda Lima e Elza Couto. Quer apreciar como ficou? Confira a paginação da revista, aproveite e veja a análise de
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Direção e Produção Geral Juliana Campos e Bráulio de Paula Edição Geral Juliana Campos Diretor Administrativo Bráulio de Paula Artes Bráulio de Paula Gerente de Comunicação Thalita Nogueira Redação Juliana Campos | Higor Siqueira Diagramação Bráulio de Paula Fotos Thalita Nogueira | Fabiano Araújo - Fotografe Higor Siqueira | Lucas Castanelly - Fotografe Bráulio de Paula | Servando Lopes Colaboração Rafael Martinez | Marina Fusaro | Miron Soares Guilherme Pena | Carla Machado | César Campos Lara Rafael Gomes | Cláudio Medeiros | Anderson Moreira Thalita Nogueira | Camila Santos | Gilberto Torres Wellington Netto | Orlando Silva | Rosane Carvalho Nitinho Silva | Debora Ferreira | Vanessa Lana Acessórios Mário Coelho | Fabiano Araújo | Marilia Rinco | Rafaella Borges Eder Bambu | José Negão | Higor Siqueira | Josiane Souza Marquinho Guidoval | Jonathan Santiago | Narrimam Rachid Flávia Oliveira | Marcela Barbosa | Servando Lopes | ASCOM PMU | Paulo Veloso | Marco Aurélio Barletta | Andréa Paula Hindrid Parma | Michelli Parma | Ana Célia Costa | Esabela Pimenta | Leo Mendes | Marilda Lima | Elza Couto Bruno Barletta | Michelle Itagyba | Jussara Pedro Gráfica Seculus Gráfica
E-mails, críticas e sugestões podem ser enviados para redação
revistafato@gmail.com
Bráulio de Paula e Juliana Campos - Diretores da Revista Fato.
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Revista Fato - Março 2015
Telefones: (32) 3531-2335 | 8868-2335 Rua Tenente Pedro Batalha, n° 439 Caxangá - Ubá - MG facebook.com/RevistaFato Revista Fato - Setembro 2014
Por Higor Siqueira
CONHEÇA OS PRODUTOS QUE AGREGAM ECONOMIA PARA A SUA CASA, O MEIO AMBIENTE E O SEU BOLSO
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á 15 anos no mercado a Newmar Materiais de Construção já virou tradição em Ubá oferecendo aos seus clientes o que há de melhor em inovação, qualidade e bem estar. Excelência em produtos elétricos e hidráulicos, a Newmar foi fundada em 2000 por Neil Armstrong Ferreira e sua sócia Marlene da Conceição Valente, e atendendo as necessidade do mercado em iluminação os sócios resolveram expandir lançando a Newlustres em 2008, uma loja especializada em iluminação com um show room com muitas variedades e qualidade atendendo tanto residencial como industrial, trazendo sempre novas tendências, buscando satisfazer todos os estilos: modernos, clássicos e rústicos. Mostrando sua preocupação com o meio ambiente e querendo proporcionar uma boa qualidade de vida a seus clientes, a Newmar destaca para o primeiro semestre de 2015 os seus principais produtos hidráulicos com sistemas diferenciados voltados para a economia e praticidade. Esses produtos consistem em torneiras, descargas e reguladores com válvulas especiais que corrigem em até 50% o desperdício da água nas atividades costumeiras do dia-a-dia. E com a recente questão da falta d’água, a distribuição precária, e muitas vezes parcial dos reservatórios para as casas, somados à escassez das chuvas nesta estação, esses produtos se tornaram de grande eficiência e até mesmo necessidade para ajudar no combate à má utilização da água. “A água é vital para todas as atividades, portan-
to é extremamente lógico que a preocupação com seu uso correto seja prioridade para as pessoas” é o que declara o Sócio Diretor da Newmar sobre a importância na sabedoria da utilização da água que temos em disponibilidade. Conheça os produtos destaque da linha que gera economia para a sua casa e a natureza: Torneiras e registros com sistema de abertura ¼ de volta: não requer abertura total para liberar a água. Basta girar ¼ de volta ou ½ volta, dependendo do produto. Isso agiliza o manuseio e diminui o desperdício de água. Válvula de descarga salvágua: reduz o volume de água utilizado por meio do acionamento de duas teclas. A tecla de “acionamento parcial” é ideal para limpeza de líquidos, com uma descarga econômica e menor volume de água. Já o “acionamento total” é para a limpeza de sólidos, com uma descarga completa. Regulador de vazão: instalado antes do chuveiro, torneira ou qualquer saída de água sem comprometer o funcionamento do produto. Ele se auto-ajusta, compensando a pressão e mantendo sempre a vazão nominal. Isso se dá através da deformação do elastômero que consequentemente obstrui a passagem da água com o aumento da pressão. Arejador de torneira: peça que fica situada na ponta da bica que oxigena a água, misturando ar ao
fluxo, reduzindo assim o volume de água que sai pela passagem. Outro grande destaque nos produtos da Newmar neste período de crise hídrica fica por conta das caixas d’água, cujas vendas aumentaram visivelmente nos últimos meses. “Com a falta de água atingindo a cidade, veio os rodízios e a sucessiva falta de pressão na rede de abastecimento. Os ubaenses vêm contornando essa situação utilizando caixas extras para reservar água” o proprietário explica sobre o aumento das vendas. Hoje em dia, a maioria das caixas d’água são produzidas em polietileno, um material maleável e que não quebra. Apenas modelos que suportam maior volume ainda são produzidos em fibra de vidro. Na Newmar, você pode encontrar dois modelos principais de caixa d’água: os tanques e as convencionais com tampa. A caixa d’água tanque tem uma parede grossa, reforçada e resistente, além de poderem ficar vazias no calor do sol sem se deformar e sua tampa não corre risco de ser levada pelo vento forte. É possível encontrar todos estes itens entre muitos outros na Newmar e equipar toda a sua casa como o lar de alguém que se preocupa verdadeiramente com as questões ambientais e em fazer uma boa economia, tanto no bolso quanto nos recursos naturais. “É importante pensar e colocar em prática que até durante as épocas de fartura devemos usar a água conscientemente. Água potável é finita!” ele encerra.
Thalita Nogueira
Arquivo Pessoal
Inicialmente, quero dizer que em minha opinião o povo é refém das informações que a Copasa escondeu. O povo não ganha salário para proteger a mata das nascentes. Não ganha salário para fazer campanhas de conscientização (digo campanhas e não panfletinhos para distribuir na praça). O povo não ganha salário para organizar investimentos na infraestrutura hídrica da cidade. A falta de educação de um país é um reflexo da educação pífia que o governo brasileiro nos proporciona. Aí, querem cobrar desse povo a educação que não foi dada. Estão querendo culpar o povo! Então, eu que sou o culpado?! Eu que nem lavo o meu carro! Minha vó é culpada?! Uma senhora de 95 anos que quase não gasta água? Os culpados estão na direção da Copasa que ganham salários para fazer isso tudo e muito mais, mas que não investiram o que estava no contrato da licitação. Que não fizeram uma campanha descente de conscientização. Que desperdiçam por causa de vazamentos não concertados, uma boa parte da água tratada que deveria chegar até nós, mas não chega. Os culpados ganham salários para garantir que haja água mesmo com a estiagem pré-anunciada por cientistas do mundo todo há mais de 10 anos. Mas em vez de trabalharem para merecer o salário que ganham... fizeram o que?! Essa resposta eu deixo para o povo que tem culpa de tudo quando os responsáveis são irresponsáveis para com o seu trabalho. Não vejo sentido tocar neste assunto sem saber porque? Pois o “porque” contém culpados. E se eu não falar de culpados o assunto fica sem “porque”. Até agora são 17 dias sem água. Mas até a reportagem sair pode ter certeza que serão mais dias”.
Depoimento cedido em 10 de fevereiro de 2015
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Michelle Itagyba Toni (Esteticista)
Bruno Barletta (Músico)
Depoimento cedido em 29 de janeiro de 2015
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Eu Protesto
Em minha opinião a Prefeitura de Ubá não deve acabar com o contrato da COPASA. Ela, em parceria com a empresa, deve se unir e buscar alternativas rápidas e inteligentes para diminuir o risco de problemas graves no futuro, e no presente, como é a falta d’água. Quando eu falo em alternativas, falo de projetos como a captação de água de chuva; melhorias nas tubulações de água da cidade para evitar o desperdício; criações de leis municipais para que as empresas de Ubá tenham mais responsabilidades na utilização da água, uma vez que são elas as responsáveis pelo grande consumo, imediatismo no atendimento de urgência a vazamentos e talvez, a alternativa mais eficaz, se não a única, a reutilização da água de esgoto como fez a cidade de Búzios, no Rio de Janeiro.
Acho que numa época tão “tempestuosa” de escassez de água em boa parte do país seria ingênuo da nossa parte culpar somente a COPASA por esse problema que é uma tragédia anunciada há tempos. Se está faltando água em diversos lugares do Brasil é porque as nascentes dos rios estão poluídas e ações pra limparem a cabeceira dos rios não foram feitas, e, para agravar o problema grandes indústrias jogam seus lixos nos rios. É porque a população desperdiça água e nenhuma campanha de conscientização é feita com relação a isso, (falo de campanha séria de palestras em escolas para pais e alunos e não de distribuição de panfletinhos, ou seja, falo de educação para a preservação!). Se está faltando água, também, é porque há uma série de vazamentos em várias partes da nossa cidade, vazamentos esses que demoram mais de 24 horas para ser consertados. Que se abra licitação para outras empresas e que os contratos licitatórios sejam de amplo conhecimento público para que a população tome ciência e participe de todo o processo. Termino citando uma frase de um poeta italiano chamado Ovídio. Acho que ela é muito pertinente para a ocasião: - “Se não se movimentam, as águas se corrompem”.
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Jussara Pedro – Professora de Língua Portuguesa – Especialista em Língua Portuguesa e Educação. Depoimento cedido em 29 de janeiro de 2015
Revista Fato - Março 2015
Vícios da Lingua Professora de Língua Portuguesa Licenciada em Letras pela UFV. Mestre em Educação pela UFJF. Doutoranda em Educação pela PUC-Rio. Analista do Núcleo de Dissertação do Mestrado do PPGP-Caed-UFJF. E.mail: carlasingular@yahoo.com.br.
Carla Machado
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UBÁ: VAMOS VOLTAR A SER A
CIDADE CARINHO?
Carinho, palavra que está lá no Aurélio “sm. Afago, meiguice, carícia”. Na entrada de Ubá, para quem vem de Juiz de Fora, existe uma placa que diz: “Bem vindo a Ubá, a cidade carinho”. Esta placa foi a minha primeira relação, digamos, afetiva, com a cidade, que eu já sabia que existia, mas nunca tinha visto, nem passado por ela. Conheci Ubá de passagem, nas minhas idas de Juiz de Fora, minha cidade natal, para Viçosa, onde eu fazia faculdade e duas coisas me chamavam atenção quando passava por ela: a placa que denominava a cidade como cidade carinho, o que me dava uma sensação de acolhimento e as palmeiras ao longo do Rio Ubá, que deixavam a cidade com um ar elegante. Em Viçosa, fiz excelentes amigos ubaenses, amigos que carrego no coração até hoje, e entendi porque a cidade era chamada de cidade carinho, os ubaenses que conheci eram amáveis, gentis, alegres e sempre muito atentos e próximos aos amigos, sempre protegendo, cuidando e afagando a alma dos colegas. A Fernanda Abrão, que foi minha amiga de faculdade desde o primeiro dia, já decorou meu nome nos primeiros minutos de conversa, me chamou sempre pelo diminutivo, como se fossemos amigas de infância. Quis me ajudar arrumando uma república para eu morar e eu que sou péssima em fisionomias, já no segundo dia de aulas, a vi toda sorridente, gritando meu nome e me dando um tchau animado na reta da UFV, aquele sorriso e abano de braços, de alguém que eu mal conhecia, me fez sentir completamente acolhida, numa cidade estranha para mim. Posso dizer que uma ubaense me fez sentir forte nos primeiros dias de solidão em Viçosa, apenas com um sorriso e um aceno efusivo. A imagem que eu tenho do povo ubaense é este: de gente que sempre recebe com um sorriso no rosto, uma aperto de mão ou um balançar de braços. Depois de formada, a própria Fernanda me chamou para fazer uma seleção para professora na FAGOC, que ainda estava nascendo, vim e fui ficando... aqui posso dizer que me tornei professora e sempre me senti acolhida pelos alunos, professores, colegas, vendedores, garçons, atendentes dos hotéis, pelos lugares que passei o carinho era visível. Em Ubá 20
Revista Fato
fiquei entre ida e vindas por quase dez anos, muitas caronas, muitos ônibus da Unida e muitos quilômetros rodados, muitos abraços de muita gente que encontrei por aí. Gostei desta cidade que me adotou e me acolheu, tanto que mesmo distante há algum tempo, continuo ligada à cidade que me fez professora, que me deu alunos que me enchem de orgulho, que me permitiu fazer novos e bons amigos e que me permitiu ser colunista, e, na maioria das vezes, escrever sobre a língua portuguesa. Gostei de Ubá porque me sentia livre andando pelas ruelas da cidade, descobrindo uma loja nova no meio do caminho quando ia ao centro almoçar; gostei de Ubá porque onde quer que eu estivesse, eu recebia sempre um balançar de braços e um “oi, professora”, o que me fazia sentir acariciada. Gostei muito de Ubá porque a cidade tem um bairro que não conheço, mas que sempre achei de um nome lindo e inspirador chamado “Meu sonho”. Todas as vezes que via o ônibus do bairro, ficava pensando quais eram meus sonhos do momento, sempre quis ir lá, achava que entrando no bairro, meus sonhos se realizariam. Mesmo distante continuo acompanhando a cidade, através das notícias publicadas mensalmente na revista Fato, que recebo carinhosamente enviada pela Thalita Nogueira, ubaense querida, que não co-
nheço pessoalmente, mas que só me faz ter certeza de que as pessoas da cidade são sempre acolhedoras. Continuo acompanhando Ubá pelas redes sociais e pelos amigos, que vez ou outra, encontro pelas ruas de Juiz de Fora. Apesar de toda a sensação de carinho, nos últimos tempos, tenho notícias de que a cidade tem convivido com a violência, assassinatos, assaltos e outras ações que preocupam quem gosta da cidade. No último sábado de carnaval, tive notícias de uma bala perdida que atingiu uma professora, vi o quanto ela era querida, animada e cheia de amor à vida. Fiquei triste, não a conhecia pessoalmente, mas vi que tínhamos muito conhecidos em comum. Solidarizo-me com todos que perderam essa pessoa tão querida, solidarizo-me também com outros tantos que têm perdido entes e amigos queridos por causa da violência. Penso que Ubá precisa voltar a ser a cidade carinho, a cidade que recebe tão bem, com tanto afeto, com tanta generosidade, precisa também distribuir carinho entre os seus. Ubá tem de voltar a ser lembrada como a cidade que nos permite caminhar por suas ruas com um sorriso no rosto e os braços sempre abertos a receber e distribuir carinhos. É esta Ubá que guardo comigo: a cidade que sempre me acariciou! Revista Fato - Março 2015
Arte e Design Designer e proprietário do Estúdio Miron miron@estudiomiron.com.br www.estudiomiron.com.br
Miron Soares
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Estilo Hippie Chic
Este é um estilo que, no vai e vem da moda, sempre retorna, repaginado. Também conhecido como estilo Boho (abreviatura de bohemian, que no português quer dizer boêmio). O conceito é resgatar as referências estéticas, de formas, cores, texturas, desenhos e materiais dos anos de 1970, porém com uma conotação mais sofisticada. Para ingressar neste estilo vale buscar inspirações nas mais variadas culturas que evocam todo o exotismo contido nele, seja na exuberância colorida marroquina, nos adereços das etnias africanas, nos motivos geométricos das tapeçarias da tribo Navajo americana, nos desenhos multicoloridos dos bordados Suzani do Uzbequistão, nas sedas indianas, nos patchworks dos quiltings americanos ou nas pinturas corporais dos nossos índios amazônicos. O resultado disto tudo pode ser uma festa sensorial para o deleite de nossos olhos, pois o estilo é chamativo, surpreendente, cativante e atraente. Sabendo usá-lo de forma equilibrada, com bom gosto, ninguém passará despercebido, seja com um vestido todo bordado em miçangas, um poncho franjado ou um biquíni de crochê. O mesmo aconteceria num ambiente decorado à la Boho, a mistura de muitos elementos e cores, faz dele um caleidoscópico étnico, repleto de referências trazidas de viagens exóticas. O que fascina neste estilo é a valorização da autenticidade de culturas diversas, disseminada através do design por seu valor histórico e estético. 4
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Imagens:
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1 - iceits.com; 2 - Óculos House of Harlow; 3 - inspirebohemia.com; 4 - Sandália Arezzo; 5 - Look Etro - Verão 2015; 6 - Coleção Roche Bobois; 7 - Bolsa Etro Verão 2015; 8 - Almofada Suzani, fab.com; 9 - pinterest.com; 10 - importsfrommarrakeshshop.com;
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11 - Look Yves Saint Laurent, Verão 2015. 7
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Convidada Especial Formada em Administração de Empresas. Pós Graduada em Logística Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas. Especialização em Turismo. Diretora da Santur Turismo há 7 anos com experiência de 20 anos de mercado neste segmento. Contato: camila@viajesantur.com.br 3541-2550 / 8864-7264 whatsapp
Camila Santos Divulgação
“ORLANDO EYE” INAUGURA DIA QUATRO DE MAIO Foi anunciada na manhã do dia 03 de março a data oficial para inauguração do “Orlando Eye”: Quatro de Maio. Quem esteve por Orlando no último ano certamente viu a parte da grande estrutura em construção na “International Drive”. A roda gigante de 121 metros de altura será a quinta mais alta do mundo. São 30 cápsulas com capacidade para 15 passageiros cada. Antes de subir nesse fantástico passeio, você ainda vai curtir um filme 4D. Além da Roda gigante, o grupo Merlin inaugurará mais duas atrações na mesma área: “Madame Tussauds Orlando” – O famoso museu de cera, com muitos ícones do esporte e de Hollywood. Agelina e Brad estarão lá.
VÔO DA GOL SAINDO DE GOIANÁ COMEÇA ESTE MÊS, NO DIA 23 DE MARÇO Os voos aprovados são os de números Foto: www.midiamineira.com 2013, saindo do Aeroporto Regional da Zona da Mata (ARZM), com partidas previstas de segunda-feira a sábado, às 6h45 com chegada prevista para 7h43 no Aeroporto Internacional Tancredo Neves/Confins. Já o voo 2102 é o ponto final de uma viagem que começa em Congonhas, São Paulo, às 20h35, com escala em Confins e chegada ao Aeroporto Regional às 23h43. Estes horários estarão disponíveis entre domingo e sexta. Os dois horários serão operados em Boeing 737, que terá 138 assentos disponíveis.
AMPLIAÇÃO DE VÔOS PARA O RIO QUENTE RESORT - SAÍDAS ESPECIAIS As saídas do Rio de Janeiro serão realizadas com a TAM, com módulos de viagens nos feriados de Tiradentes e São Jorge (de 19 a 23 de abril) e de Corpus Christi (de 4 a 7 de junho). Nas férias de julho serão duas saídas: dias 19 e 26 julho. As saídas da capital mineira, operadas em fretamento com a Azul, estão organizadas também por meio de módulos no feriado de Tiradentes, com saída dia 17 e retorno no dia 21 de abril. Já no feriado de Corpus Christi, a saída será dia 3 e a volta, no dia 7 de julho. As férias de julho contam com duas saídas: dias 18 e 25. Consulte-nos promoções especiais de lançamento.
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PARIS OFERECE LUGARES PRIVILEGIADOS PARA COMPRAS, VARIEDADES DE OFERTAS E PRODUTOS EXCLUSIVOS Segundo os entrevistados, Paris se revelou uma cidade ideal para compras na Europa, com lugares privilegiados como Les Champs Elysées (50%) e o boulevard Haussmann (45%). Brasileiros, russos e chineses também fazem compras na Rua do Faubourg Saint-Honoré, no distrito do Le Bon Marché ou nos arredores da Place Vendôme. Londres, onde as lojas permanecem abertas aos domingos, e depois Milão seguem Paris no top 3 das cidades europeias mais atraentes para compras. O principal critério de atratividade da Europa em termos de compras é a variedade da oferta para 47% dos entrevistados. Turistas russos priorizam a exclusividade dos produtos europeus (47%), enquanto o preço é decisivo para 41% dos turistas chineses. O estudo também destaca um bom conhecimento de marcas francesas e um gosto para o luxo por parte dos entrevistados.
LOUIS VUITTON, A MARCA PREFERIDA DOS TURISTAS DO BRIC Se as marcas preferidas dos turistas estrangeiros são Louis Vuitton (27%), Chanel (14%) e Dior (12%), suas compras na capital também incluem marcas mais populares como Sephora, Zara ou H & M. Gastos com roupas estão em primeiro lugar nas listas de compras desses turistas (51%), lembranças (40%) e cosméticos/perfumaria (38%). Orçamentos variam de 151euros em média para perfumes e cosméticos, 295 euros para vestuário e 855 euros para artigos de couro, portanto não é surpresa que Louis Vuitton seja a primeira marca nesta categoria. Dois terços dos chineses dispõem de menos 500 euros para uma estadia em Paris com menos de 5 dias. Um terço dos russos gasta entre 1 500 e 3 000 euros para a sua viagem, enquanto 75% deles permanecem 5 a 10 dias na capital. Finalmente, 75% dos brasileiros têm um orçamento recorde entre 3 000 e 10 000 euros para uma estadia que dura para 46% deles de duas semanas a um mês. O estudo mostra também que os hábitos de compras variam de acordo com as nacionalidades. Por exemplo, um terço dos turistas chineses compra uma bolsa durante sua viagem a Paris, aliás, sua compra mais cara. Estas compras “de férias” geralmente são “amor a primeira vista” (para 40% de todos os questionados), mas a qualidade (25%) e imagem de marca (15%) são também critérios importantes, incluindo na hora da compra de perfumes e cosméticos. Revista Fato - Março 2015
Social
SALA VIP
Colunista social e decorador de eventos
Orlando Silva
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FOLIA 2015 – UM MIX DE ESTILOS E GOSTOS
Divulgação / Arquivo Pessoal
E mais uma festa de momo se foi! Na memória de uma maioria, lembranças ótimas, risos, lágrimas (talvez), encontros, reencontros e saudades! A maior e mais esperada festa popular passou! As escolas de samba em cidades de interior há tempos deram lugar aos blocos. Agora, é o que há em termos de badalo na cidade. Isso, sem falar do êxodo quase total das pessoas para as praias nesta temporada. Alguns personagens optaram por um tour pela Europa, um relax em algum lugar sem barulho e uma grande maioria já gosta mesmo é do legítimo carnaval de batuques e tamborins. Neste zig-zag de opções onde o importante é ser feliz e viver a folia com quem se gosta, a coluna fez uma seleta e mostra de cliques para vocês. E o ano de 2015 agora realmente começou!
O competente produtor e jornalista Artur Moreira com sua bonita noiva Magali Antoniol no movimentado Bloco do Xaxá em Ubá.
O engenheiro Renan Gamallo e a dermatologista Naiara Parma Pires Gamallo no pique Marquês de Sapucaí e bem próximos da musa Sabrina Sato.
A cabeleireira Analú Afonso e Cajú descontraidamente no Jóquei Clube do Rio de Janeiro - no relax pós carnaval 2015.
Os dentistas Marcelo Carvalho (Prisma Odontologia) e Denise Bressan Benevenuti de Carvalho com o filhão, no Aeroporto de Guarulhos, quase partindo para a folia soft de Buenos Aires.
A idealizadora do Bloco do Xaxá – Pidi Vieira Xavier com o marido Paulo Xavier Pereira (Diretor Presidente da Ràdio Educadora) e a filha Paula Xavier. Eles no embalo do bloco que repe- A bela Ana Carolina Miranda posando para o seu instagram em um resort de Búzios-RJ. tiu a dose sucesso.
O contador Paulo Sérgio Sena com esposa Daniela Paschoalino Sena e o advogado José Geraldo Vieira Júnior na agitada Marquês de Sapucaí (Tudo de bom).
Com elas no sol da Praia do Morro (Guarapari – ES) durante nosso Projeto Verão 2015: Thamires Barreto, Tânia Pires, Wilma Ruela e Eloisa Menezes Corbelli.
O colunista marcou presença no verdadeiro pré carnaval de Ubá “Bloco do Leão” e lá encontrou-se com o belo par jovem Camila Granato e Thiago Mota.
Tiago Avanci Costa como todos os anos em um dos belos e principais destaques de carro da Portela.
O ator Paulo Betti (o mais “queerreedoo” e comentado pelo seu talento na novela Império) com Nádia Mendes Ferreira Afonso Micheriff em um camarote de cervejaria na Sapucaí.
O médico Márcio Luiz Rinaldi com esposa Arlete e filhos Vitor e Vinicius prestigiaram o carnaval de Ubá – desfilaram pela tradicionalíssima Phylarmônica Embocadura.
Pause aqui nos flashes da folia de fevereiro para a coluna destacar o novo Presidente da Câmara de Ubá – Vereador Samuel Gazolla Lima – na foto após a cerimônia com o prefeito Vadinho Baião.
Enquanto isso.... A designer e mais nova empresária de moda do circuito (Pisttache) Samanta Dornellas Vianna Teixeira e o advogado Guilherme Teixeira curtiam o inverno de Nova York.
Prata da Casa
LÉO MENDES:
Por Juliana Campos
HÁ MAIS DE 10 ANOS EXERCENDO UMA PAIXÃO – A DE INFORMAR
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O bate papo desta Prata da Casa foi de jornalista para jornalista. A seguir, vocês terão a honra de conhecer a trajetória do comunicador ubaense que há mais de sete anos escreve sua história na mídia local e regional. O Bacharel em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo pela Fagoc, Especialista em Comunicação, Imagens e Culturas Midiáticas, pela UFMG é filho da Dona Neuza Ottero Rodrigues e é a nossa Prata da Casa desta edição. Leonardo Rodrigues Mendes, ou simplesmente, Léo Mendes, durante seu período de faculdade passou por vários veículos de imprensa da cidade de Ubá. Entre rádios, TV e assessorias, no início de nosso bate papo, Léo listou na ordem os locais que teve o privilégio de trabalhar na cidade carinho: “Rádio Ubaense, Rádio Educadora, Jornal O Noticiário, Assessoria ACIUBÁ, TV UM, Líder FM, Folha do Povo, Assessoria de Comunicação do Colégio Sagrado Coração de Maria” diz Léo que ainda lembra ter realizado diversos trabalhos como cerimonialista em formaturas, aniversários de 15 anos, festas empresariais e casamentos.
A ESCOLA E OS MESTRES Leonardo começou sua trajetória na comunicação antes mesmo de entrar para a faculdade, aos 15 anos de idade. Ele nos conta que mesmo antes de se formar já realizava algumas reportagens para a rádio comunitária da Igreja Divino Espírito Santo: “Sempre tive a certeza de que queria ser jornalista e buscava realizar esse sonho entrando em contato com os comunicadores da cidade. No início, o jornalista Washington Ferreira me abriu as portas quando ele era o então apresentador do “Em Dia com a Notícia”. Eu trabalhava como estagiário, auxiliando nas apurações” relembra. 28
Léo Mendes e o Arcebispo Metropolitano de Belo Horizonte Dom Walmor, durante o telejornal Horizonte Notícia.
Léo foi funcionário da “Rádio Ubaense” por dois anos, como operador e locutor substituto. A partir daí, com o curso iniciado na Fagoc, surgiram novas oportunidades. Ele relata que o jornal “O Noticiário” foi uma grande escola: “Artur Moreira me mostrou como ser ágil e ter bons textos no jornalismo. Do Noticiário passei pela Assessoria de Comunicação da ACIUBÁ, onde fui coordenado pelo José Lanes, o líder mais correto, honesto e trabalhador que já conheci; iniciei na TV UM em 2005, depois veio a Líder FM, com Daniel Coelho e Anderson Badaró, onde pude ver que não é fácil fazer televisão, mas que o resultado de colocá-la no ar é sempre compensador; passei também pela Assessoria de Comunicação do Colégio Sagrado Coração de Maria. Nesse último emprego, antes de vir para Belo Horizonte, tive a honra de ser colega de trabalho e aprender muito com o professor Evandro Albuquerque. Mas sempre em outros trabalhos extras, como acontece com a maioria dos jornalistas, trabalhei também com tantas outras pessoas que foram exemplos de amizade e companheirismo” declara orgulhoso.
O CURSO DE JORNALISMO Nossa Prata da Casa ainda diz que concluir o
curso não foi tarefa fácil. Ele relata que o iniciou por três vezes: “Em 2002, cursei até outubro, quando a faculdade ainda não trabalhava com o sistema semestral e, sem poder pagar, acabei perdendo o ano. Reiniciei em 2003, mas concluí apenas o primeiro semestre. Só em 2004, com o apoio da professora Luciana Mendonça de Melo, coordenadora do curso na época, que retomei as aulas. Ela me convidou para ser monitor do laboratório de rádio, remunerando com parte do valor da mensalidade. O restante consegui pelo Prouni, enquanto eu quitava as dívidas anteriores. Me formei em dezembro de 2007” recorda satisfeito. Ele aponta que a faculdade é capaz de transformar o indivíduo e que com sua formação, ele passou a enxergar um mundo de possibilidades e de pessoas, “(...) fiz grandes amizades, importantes contatos e desenvolvi o dom de compreender melhor o que se passa em nossa volta. Tudo isso é, realmente, muito gratificante” enfatiza. Questionado por como avaliar sua formação acadêmica pela Fagoc, Léo é pontual e diz ser muito boa, não só no dia a dia, com a prática do jornalismo, mas ao fazer uma especialização na UFMG, que é uma universidade de referência, “(...) percebi que meu curso em Ubá foi atual e capaz de abordar a essência do jornalismo. Não tive dificuldades em Revista Fato - Março 2015
Arquivo Pessoal
continuar os estudos”. Ele ainda saliente que três professoras foram responsáveis pelo seu amor pela profissão, sendo elas: Carla Machado, Taís Alves e Luciana Mendonça de Melo.
TV HORIZONTE – HORIZONTE NOTÍCIA Há cinco anos Léo mudou-se para Belo Horizonte após aceitar uma proposta de trabalho para atuar na TV Horizonte. Ele nos conta que sempre interessado no jornalismo, antes mesmo da faculdade, teve a oportunidade de realizar alguns cursos de comunicação comunitária, financiado pela Igreja Católica. “Na oportunidade conheci alguns jornalistas da capital e, depois de formado, com boa experiência no interior, eles me indicaram para a TV Horizonte, onde estou há cinco anos”. Na TV Horizonte Léo é repórter do Horizonte Notícia. Produz matérias diariamente em toda a região metropolitana e também é âncora quando a apresentadora oficial está de folga ou de licença: “Em algumas situações, como em retrospectivas e programas especiais, apresentamos juntos” ressalta.
DESAFIOS PELO CAMINHO Leonardo relata que em Belo Horizonte ele passou por um grande período de adaptação, haja vista que era a primeira vez que ele morava sozinho e para seu crescimento pessoal, algumas barreiras quebradas foram importantes para o seu desenvolvimento. “Já no jornalismo percebo que para se manter no mercado de uma grande cidade é preciso estar sempre atualizado, focado e respeitando sempre o que se produz, seja em qualquer veículo. Ter credibilidade é fundamental”. Léo diz que a saudade sempre aperta e que claro, em primeiro lugar, sente muita falta da família. “Em seguida, dos amigos de Ubá, procuramos manter contato, mas sempre há a distância e isso sempre incomoda”.
O MERCADO DE JORNALISMO, SEGUNDO LÉO MENDES “O jornalismo ainda é uma das profissões mais importantes que existem, com função pública
inquestionável. E os jornalistas ainda exercem papel fundamental, de discernimento e transmissão, em meio a tantas informações. Existem empresas que reconhecem o valor desse profissional e outras nem tanto. Acredito que isso ocorra pelo dinamismo que é ser jornalista, que está em constante transformação, se adaptando às novas tecnologias, encontrando novas maneiras de interagir com a fonte e a audiência. O jornalista continua promissor e em evolução, mesmo que o mercado não acompanhe esse processo na mesma intensidade”. Léo encerra fazendo um comparativo entre as diferenças encaradas por ele na prática do jornalismo de uma cidade de pequeno porte, como Ubá e no fazer jornalismo em uma cidade de grande porte, como Belo Horizonte. Ele aponta que as diferenças são muito grandes em relação à tecnologia das empresas, pois as mesmas conseguem investir mais e consequentemente oferecem facilidades ao profissional e conseguem chegar a um número maior de público, “(...) mas o jornalista e a fonte são muito parecidos, bem como o companheirismo entre os colegas que costumam ser cordiais. Além da qualidade das reportagens não muda muito. Quando temos jornalistas sérios e dedicados, como é em Ubá, o produto não é nem um pouco diferente de uma metrópole” finaliza.
Fato Especial
CONHEÇA A TRAJETÓRIA DE
Por Juliana Campos / Higor Siqueira
MULHERES QUE SÃO REFERÊNCIA
FEMININA NA SOCIEDADE UBAENSE
O
O “Fato Especial” desta edição não poderia ser outro senão o Dia Internacional da Mulher, tradicionalmente comemorado no mundo todo em 8 de março. Quem nunca escutou aquela história das mulheres que morreram carbonizadas em uma fábrica têxtil de Nova York no ano de 1911, dando assim inicio às lutas feministas que perduraram ao longo do século 20, tendo também criado esta data onde “comemoramos” o sexo feminino, como se apenas naquele dia elas valessem ou merecessem alguma coisa? Não desmerecendo o valor histórico deste ocorrido, saiba que há muito mais por detrás da história do “Dia da Mulher” – até mesmo antes do tal incêndio acontecer. Desde o final do século 19, organizações femininas protestavam em vários países da Europa e nos EUA em favor de melhorias nas condições de trabalho e salário, e também para o fim do trabalho infantil, o que era muito comum em fábricas na época. Por toda a história, as mulheres foram subestimadas, colocadas diante do desrespeito e violência, tanto física, quanto emocional. Se hoje existem leis e direitos para elas, é por que muitos personagens incríveis desencadearam uma verdadeira guerra para isso. Muito foi feito, mas muito ainda deverá ser. E é nesse ritmo que vamos desenrolar a nossa matéria especial desta data especial – sempre lembrando que o “Dia da Mulher” não é apenas no 8 de março, mas sim todos os dias! Convidamos nove mulheres ubaenses, que cresceram e se desenvolveram ao longo da transformação que a figura feminina obteve nestes últimos anos, para nos contar sua história, seus desafios, a luta diante do incerto, a busca incessante pela concretização dos seus sonhos, o inexplicável sentimento de ser mãe e tudo o que foi vivido à flor da pele, mas sempre com sabedoria e calma. Afinal de contas, ser mulher é isso! É ter a sensibilidade e o equilíbrio para construir o caminho da vida diante dos problemas e contratempos. É ser mãe, a verdadeira base de um lar. É ser educadora, seja dos próprios filhos, ou não. É ser quem ela quiser ser, seja qual for o horizonte que enxerga através de seus próprios olhos.
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TAÍS DE SOUZA ALVES COUTINHO
Idade: 39 anos; Profissão: Jornalista; Um livro: Cem anos de solidão; Um sonho: que a minha filha seja feliz; Uma viagem: pelo Brasil, de Norte a Sul; Um autor: Zuenir Ventura; Uma mulher: minha mãe; Uma inspiração: o casamento de meus pais; Um amor: minha família; Uma saudade: do tempo em que podia andar sem medo pelas ruas de Ubá; Um filme: Cinema Paradiso; Um medo: de ficar doente; Uma frase: “O mundo pode até fazer você chorar, mas Deus te quer sorrindo”. “Já passei por algumas fases que merecem destaque em minha vida. O dia em que vi meu nome publicado na lista dos aprovados no vestibular para Comunicação Social/Jornalismo
da Universidade Federal de Juiz de Fora, por exemplo, foi marcante. Lembro-me como se fosse hoje da alegria de meus pais. Depois veio a formatura e comecei a atividade profissional em jornais, assessoria de comunicação e TV. Ano passado completei, com muito orgulho, 15 anos de formada. O trabalho como professora começou em 2003, quando fui convidada para dar aulas no curso de Jornalismo da Fagoc, onde estou até hoje. A cada nova turma vem um desafio e é maravilhoso poder fazer o que amo. Hoje sou professora também no curso de Design de Produto da Universidade do Estado de Minas Gerais. Em 2010, eu me casei e foi um momento inesquecível em minha vida. Um dia mágico. Em 2014, ganhei o maior presente que Deus poderia me dar: a minha filha Isabela, que hoje tem um aninho. Ela é o meu motivo de maior alegria. Ela me faz sentir que viver vale a pena. A sensação de ser mãe é maravilhosa, inexplicável”.
O desafio de ser mãe e ter uma rotina cheia de altos e baixos:
O meu dia se inicia geralmente as cinco da matina quando minha princesa acorda e não tem hora para terminar. Na parte da manhã cuido da casa e, principalmente dela. Trabalho à tarde e também de noite. Sem dúvida, é um desafio. Aos poucos, fui me adaptando. A rotina é complicada, uma correria. Conto com a ajuda da família que é uma bênção nessas horas. Sem o apoio das pessoas que amo, eu não conseguiria. Mas, por outro lado, me sinto mais fortalecida para enfrentar o cotidiano no trabalho porque sei que minha filha está bem e amo a minha profissão.
O importante para ter se tornado a mulher que é hoje:
Valorizar a família, respeitar as pessoas e ser honesta são princípios que pretendo seguir sempre. Penso que a simplicidade nos ajuda muito a sermos leves e de bem com a vida.
Como você avalia a transformação Revista Fato - Março 2015
da mulher através dos anos?
Sou de uma geração que já pegou alguns resultados da transformação da mulher em todos os sentidos. As mudanças foram muitas. No mercado de trabalho a mulher provou que pode assumir cargos importantes. Ela foi à luta, se especializou, estudou. Na família, além de mãe, filha, esposa, hoje ela ajuda ou é provedora do lar. Por outro lado, penso que nessa busca pelos direitos iguais, muitas mulheres se perderam um pouco pelo caminho. É importante conseguir reconhecimento profissional, ter os direitos reconhecidos, porém, é necessário que sejamos tratadas com carinho, gentileza. Hoje parece que os pequenos gestos de “cuidado” que o homem tinha para com as mulheres ficaram parecendo algo fora de moda. Eu admiro o homem que faz isso e gosto bastante de ser cuidada.
MARIETA DE CASTRO BARBOSA TREVIZANO
Idade: 45 anos; Profissão: Professora de História; Vice - Diretora do turno da manhã da E. E. “Raul Soares” e trabalho na Arca das Letras na Secretaria Municipal de Educação. Um livro: a Bíblia; Um sonho: viajar pelo mundo inteiro; Uma viagem: o lugar não é o mais importante, a companhia sim; Um autor: Augusto Cury; Uma mulher: Irmã Dulce; Uma inspiração: professora Maria do Carmo de Mello Coelho; Um amor: o meu; Uma saudade: minha mãe; Um filme: Lisbela e o prisioneiro; Um medo: de adoecer; Uma frase: “Que minha loucura seja perdoada, pois metade de mim é amor e a outra metade também.” Oswaldo Montenegro “Sou a última filha de um casal que só tinha filhos homens e que sonhavam em ter uma filha. Por aí já dá para perceber o carinho com que fui criada. Estudei sempre em escolas públicas e sempre soube que seria professora. Sempre tive a letra linda, era caprichosa
e brincar de escolinha era comum em minha infância. Estudei na Escola Municipal Antonina Coelho. Cursei o Ensino Fundamental na E. E. Raul Soares. No Ensino Médio optei pelo Magistério na E. E. Senador Levindo Coelho. Passei no vestibular em terceiro lugar para História na antiga FAFIU, hoje FUPAC. Fiz Especialização em História Moderna e Contemporânea na UFJF e como professor nunca para de estudar, estou fazendo outro pós em Gestão Pública pela UEMG-UFJF. Dediquei a minha vida à educação e tenho muito orgulho disso. A maior oportunidade profissional que tive me foi oferecida pelo meu querido amigo, o professor Salomão Cury, que me confiou à vice-direção da escola que estudei e que carinhosamente chamamos de “Raulzão”. Para ser muito sincera, todos os dias agradeço a Deus essa oportunidade! Outra oportunidade muito importante para mim foi oferecida pela nossa atual secretária Municipal de Educação, a Prof ª Maria do Carmo de Mello Coelho, que me incentivou a estudar e a participar do Programa de Qualidade de Vida com o Amor Exigente, que cuida e ensina as famílias e aos educadores evitar que crianças e adolescentes usem drogas e se excedam nas bebidas alcoólicas. E hoje mesmo não trabalhando diretamente nisso, uso seus ensinamentos em quase todos os dias da minha vida. Tive muita sorte e sou uma pessoa que não deixa as oportunidades passarem. Abraço e me dedico de corpo e alma e nunca me arrependi de arriscar. Acho que me arrependeria muito se não as tivesse abraçado. Tive sorte no amor também, pois tive um único namorado, o Wellington, e namorei muito com ele. (risos) Foram sete anos e meio já que na época meu pai dizia que só me deixaria casar depois de formada. E assim fizemos, me formei em 1991 e em 1992 eu já estava casada e morando em Manhuaçu. Esperamos quase quatro anos para que tivéssemos a Letícia Cristina, minha maior alegria. Não sei o que seria de minha vida sem a companhia dela! Depois que ela nasceu me tornei outra mulher: mais doce, mais alegre, mais humana e mais comprometida ainda! Até como educadora eu melhorei! Depois disso vem à dificuldade em educar. Os erros que cometemos sempre tentando acertar. É mais fácil educar os filhos dos outros! Dou conselhos o dia todo para mães e aos 840 alunos que cuido, mas muitas vezes preciso do conselho de outras mães mais experientes que eu. Dura tarefa essa nossa! E olha que a minha filha é muito boa e muito fácil de lidar! Brinco sempre com ela dizendo que ela é ‘Complicada e perfeitinha’. Mas enfim, essa sou eu, uma mulher normal que se cuida, que não abre mão de passear, viajar e que trabalha muito, mas que teve o privilégio de trabalhar naquilo que ama. Sou educadora com muito orgulho!”
O desafio de ser mãe e ter uma rotina cheia de altos e baixos:
Sou uma mulher normal e que acorda cedo, pois começo a trabalhar as 6h00. Saio de um emprego e vou para outro, só voltando para casa as 17h00 e sempre tem ainda muita coisa para ser resolvida por mim, mas aposto que a maioria das mulheres que estão lendo essa reportagem também passam por isso e se garantem. Temos um sexto sentido que nos indica o que precisamos dar mais atenção em cada momento
de nossas vidas!
O importante para ter se tornado a mulher que é hoje: Minha mãe sempre me ensinou a tratar as pessoas como elas nos tratam, a dar atenção a todos sem olhar cor, classe social, religião, escolaridade e nem orientação sexual e assim eu faço. Nunca deu errado. Vale a dica.
Como você avalia a transformação da mulher através dos anos?
Nós mulheres resolvemos exercer todas as funções masculinas, mas continuamos a fazer as atividades femininas. Isso faz com que trabalhemos muito mais do que os homens. Sofremos preconceito sim, mas isso faz com que sejamos ainda mais preocupadas em superar isso. Dessa forma somos obrigadas a ser mais competentes e comprometidas.
MÔNICA BARLETTA
Idade: 54 anos; Profissão: Psicóloga; Um livro: Viver não dói, Leila Ferreira; Um sonho: ser avó; Uma viagem: Europa, com meus filhos e noras; Um autor: Antônio Olinto, grande ubaense, de quem recebi, com muito orgulho, seu livro; Uma mulher: minha saudosa mãe, Célia; Uma inspiração: me sentir útil; Um amor: o meu para os meus filhos; Uma saudade: da minha mãe; Um filme: Um divã para dois; Um medo: adoecer; Uma frase: “Nunca é tarde para mudar, sempre a tempo de recomeçar.” “Após ter uma carreira dedicada ao comércio, tomei uma sábia decisão em minha vida. Já madura, resolvi cursar Psicologia. Passado alguns anos, vejo que fiz uma grande escolha. A psicologia me propiciou uma visão mais profunda sobre as fases da vida. Hoje, sinto que, em cada atendimento, posso agregar com minha experiência de vida, contribuindo de diversas formas para a obtenção do equilíbrio de meus pacientes”.
Fato Especial Fotografe
O desafio de ser mãe e ter uma rotina cheia de altos e baixos:
Atendendo a um convite da prefeita Soraia Vieira, presto serviços à cidade de Guidoval há dois anos. Me sinto muito honrada em poder participar de uma gestão que tem conseguido reconstruir, não só a cidade, mas a auto-estima de seu povo. Além disso, atendo em meu consultório particular em Ubá, o que tem sido um grande desafio, pois preciso conciliar os atendimentos nas duas cidades. Mas aprendi que a mulher moderna exerce funções variadas, seja no lar ou no trabalho. Tendo dois filhos, profissão e um lar para cuidar, não tenho uma história diferente. No entanto, não vejo isso como algo negativo. Muito me orgulho de ter essa capacidade. O desafio é diário, mas as recompensas também. Atualmente, com meus filhos já adultos, me considero uma vitoriosa. Dentre todas, ser mãe foi a minha maior conquista.
O importante para ter se tornado a mulher que é hoje: A mulher em que me tornei tem muito de princípios aprendidos desde o berço, como honestidade e persistência, valores que aprendi com meus pais. A determinação de sempre executar bem as funções as quais me proponho a fazer. Toda vez que inicio um novo ciclo, seja ele pessoal ou profissional, me dedico totalmente a ele.
Como você avalia a transformação da mulher através dos anos?
O papel da mulher tem mudado gradativamente. De apenas donas de casa vimos que podemos exercer todas as funções. Antes a mulher era submissa. Hoje enfrenta uma dupla jornada, em casa e no trabalho, além de dar atenção para o marido, filhos e ainda cuidar da própria aparência e saúde. Apesar de ainda ser discriminada em alguns setores, a mulher conseguiu ultrapassar limites e quebrar barreiras. Infelizmente ainda somos menos remuneradas do que os homens. As mulheres têm que saber fazer uso de seus atributos. Podemos conseguir tudo o quisermos sem perder a diplomacia e sermos independentes sem deixarmos de ser meigas e atenciosas.
MÍRIA LÚCIA RIBEIRO PINTO LIMA “Nascida em Ubá, formei-me em Matemática e após alguns anos fiz pós-graduação em Gestão de Pessoas, junto com meu esposo, o que foi um dos pontos interessantes de minha vida acadêmica. Lecionei por pouco tempo, pois logo passei no concurso da Caixa Econômica e lá estou a 30 anos, prestes a me aposentar. Na Caixa passei por diversas experiências: fui estagiária aqui em Ubá, trabalhei em Ponte Nova, Frutal, Conselheiro Lafaiete, Belo Horizonte 32
fácil. Com certeza vivi um desafio por estar sempre longe da família, e na época que fui gerente da Ag. Savassi em Belo Horizonte, meus filhos eram pequenos, mas o importante não é a quantidade de tempo que você passa com eles, mas sim a qualidade (é um ditado velho, mas ainda funciona muito bem!). Sempre brinquei, ‘há Tia Míria para todos’!
O importante para ter se tornado a mulher que é hoje:
Idade: 52 anos; Profissão: Economiária; Um livro: Bíblia; Um sonho: voltar com o coral de crianças; Uma viagem: Fátima; Um autor: Augusto Cury; Uma mulher: Maria, Mãe de Jesus; Uma inspiração: D. Aurinha (minha mãe); Um amor: Manoel; Uma saudade: Meu pai e meu irmão; Um filme: Ben-Hur; Um medo: De não ser fiel a Deus; Uma frase: “Quem coloriu borboletas também cuidará de mim.” e Visconde do Rio Branco. Me realizei profissionalmente. Trabalhar na Caixa foi um aprendizado. Lá você pode exercitar o melhor de você, no que diz respeito ao amor ao próximo! Casei-me com Manoel em 1984 (ele é minha Mega Sena Hiperacumulada). Nossos filhos, Jonatas, 28 anos, e Mateus, 24, são formados e ainda estudam. Eles são o motivo de minha vida de oração e dedicação à Deus em agradecimento a esta benção recebida. Trabalhei em muitos lugares e os desafios não foram poucos, mas sempre fui feliz onde estive. O maior desafio vivido por mim, não desprezando a perda de entes queridos, foi um câncer em 1999. Fiz quimioterapia e radioterapia e agradeço a Deus por mais esta vitória. Hoje faço alguns trabalhos voluntários, como por exemplo, o de contadora de estórias (tenho alguns personagens como a Pequetita de Jesus, a Maria das Flores, o palhaço Timimi e a Vovó Mimi). Sou com muitíssimo orgulho Catequista e ainda apoio as comunidades Barrinha e Tanquinho. Sou para muitos a Tia Míria e me orgulho de ser um ombro amigo para eles”.
O desafio de ser mãe e ter uma rotina cheia de altos e baixos:
Às vezes penso que não sei como dar conta de todos os compromissos, mas a organização torna tudo mais
O amor de meu Pai, já falecido, que foi um homem íntegro. E o de minha Mãe, que é um exemplo para mim, pois D. Aurinha, aos 82 anos, ainda faz seus artesanatos, ajuda a cuidar do bisneto João Gabriel, e ainda é Catequista. Os dois juntos me ensinaram o valor supremo da Espiritualidade. E também o amor de meu esposo e meus filhos. Quando digo amor, incluo nele respeito, honestidade, sinceridade, integridade e todos os valores que me foram ensinados e que procuro repassar.
Como você avalia a transformação da mulher através dos anos?
Não resta dúvida que houve transformações. Mas sinto que há grandes conquistas ainda por serem feitas. Porém, ao mesmo tempo temo que em busca de novos horizontes, as mulheres percam sua doçura e sua feminilidade.
GIANE APARECIDA FERRO MONTANHA “Desde criança meu sonho era ser professora, mas por intermédio de minha mãezinha, com o meu primeiro corte de cabelo, comecei minha história de sonhos e desafios. Na época, sem recursos financeiros e sem materiais, eu trabalhei muito no meu quarto. Eu tinha somente uma tesoura velha e um secador que era da minha irmã – que hoje se encontra num quadro no salão. Com muito esforço meus pais foram meus guardiões, sempre ao meu lado construindo comigo sonhos que eram meus. Muita gratidão e admiração sempre será pouco pra agradecer a Deus por tudo isso. Me casei, o que também foi um sonho realizado, juntamente com a chegada de meus filhos. Hoje posso dizer que continuo sonhando sempre, pois ainda tenho muito o que conquistar. Uma de minhas maiores realizações foi nosso salão, que como dizia minha irmã ‘era um sonho meu, mas juntas conseguimos transformá-lo em realidade’. Foi inesquecível quando tudo ficou pronto. Sempre ao meu lado, meu marido me acompanhava nas viagens atrás de cursos e me motivava. Esse empenho foi fundamental e sempre será... Sonhar, acreditar e realizar”.
O desafio de ser mãe e ter uma rotina cheia de altos e baixos: Revista Fato - Março 2015
Idade: 44 anos; Profissão: Cabeleireira e Maquiadora; Um livro: Bíblia; Um sonho: ver meus filhos formados; Uma viagem: para o exterior; Um autor: Fábio de Mello; Uma mulher: Mãe; Uma inspiração: Deus; Um amor: família; Uma saudade: pessoas que não posso mais encontrar aqui; Um filme: E se fosse verdade; Um medo: Depressão; Uma frase: “A humildade é o último degrau da sabedoria”. A tarefa de ser profissional, respeitar e ter responsabilidade com seres humanos: esta é minha realidade diária, pois lido com pessoas e emoções. Sou mãe, esposa e ainda filha, pois meus pais são idosos e também precisam de mim. É diariamente um verdadeiro desafio. Fico entre tudo isso pelo amor no que faço e vivo.
O importante para ter se tornado a mulher que é hoje:
Humildade e respeito com todos, sem distinção. Responsabilidade, dedicação, reconhecimento e gratidão.
Como você avalia a transformação da mulher através dos anos? Hoje a vaidade feminina prevalece em todas as idades, as mulheres estão antenadas na evolução da beleza e no bem estar interior.
MARIA DO CARMO DE MELLO COELHO “Na minha vida, tanto profissional quanto pessoal, todos os momentos foram marcantes. A fase da infância, que a gente ainda brincava na rua e tinha muitos amigos... Naquela época, as mães saíam às 6h00 da tarde e iam pro passeio, sentavam junto com as outras mães enquanto as crianças brincavam na rua de bola, de pique, de esconder. Essa foi uma fase poética, sem preocupação. Mas para mim ela durou muito pouco.
Com 12 anos já comecei a trabalhar fora, no caixa da extinta JB Rodrigues. Deixei abruptamente de ser criança, pulei a fase da adolescência e já encarei quase que uma fase semi-adulta. Eu trabalhava de dia e estudava de noite. Fiz meu curso ginasial e depois o Normal. Aí foi um momento marcante, porque eu, toda a vida, quis ser professora. Na minha época, nós não tínhamos em Ubá uma escola pública de Magistério, e eu já estava terminando o antigo 4º ano ginasial e vendo a possibilidade de não ter o sonho realizado. Nós tínhamos só uma escola que preparava as normalistas, que era particular, e eu não tinha condições de estudar nela. Neste ano que eu ia para o 2º Grau, foi implantado em Ubá o Curso Normal na E. E. Raul Soares. Aí eu pude ser professora. Terminei o curso Normal me preparando para professora com excelentes profissionais da época. Eu queria ser professora e consegui. Comecei a trabalhar no Quebra Coco. A gente ia de ônibus, parava no asfalto e caminhava 40 minutos a pé para chegar na escola. Eu era ao mesmo tempo professora e cantineira, tinha que fazer de tudo. Às vezes o ônibus trazia a gente de volta, outras vezes não. Mas eu ia muito feliz, porque trabalhava principalmente com crianças da zona rural, em sala multisseriada. Assim eu comecei a minha carreira de magistério. Depois, fui trabalhar em um curso noturno na Escola Estadual Cesário Alvim. Após este período, passei a trabalhar, durante um longo tempo, com crianças de 1º a 4º série. Na época eu já trabalhava também na E. E. Dr. José Januário Carneiro. Preparava os meninos para o mesmo exame e ficava muito feliz, porque a vitória deles era a minha também. Cerca de 10 anos depois, tive a oportunidade, também nesta escola, de ser diretora. Como professora e diretora, eu entedia que tinha que mostrar para aquelas crianças que elas eram capazes. A partir deste ponto eu comecei a trabalhar com o Ensino Médio, na formação de professores, na E. E. Senador Levindo Coelho. Nesta época eu já tinha terminado minha faculdade de Pedagogia pela UNIPAC. Estudei muito. Fiz Administração e Inspeção Escolar pela UFRJ, Pós-Graduação em Filosofia pela UFV, Supervisão Escolar pela PUC-MG e na Universidade Havana em Cuba eu fiz Psicopedagogia e Mestrado em Educação. Trabalhei também mais de 25 anos como professora universitária e, depois deste período, aposentei na universidade. Em 2009, o Prefeito Vadinho Baião me convidou para ser a Secretária Adjunta de Educação, e trabalhar juntamente com o professor e amigo Samuel, com quem eu já trabalhava na faculdade. Conseguimos fazer um trabalho muito bom neste período. Depois o Samuel foi para a vereança e o Vadinho me convidou para assumir a Secretaria Municipal de Educação. Então eu digo que este foi outro grande marco na minha vida. Uma coisa é você ter sonhos, lutar, ter toda uma militância em favor da educação. Outra coisa é você ter a oportunidade de fazer isso. Atualmente, no cargo que ocupo, graças a este convite do Vadinho, eu pude colocar em prática tudo que estudei, sonhei e vivenciei. Eu vivo hoje uma experiência muito boa, muito rica, de ver coisas que eram sonhos se tornando realidade. Paulo Freire dizia: ‘Ai de nós educadores, que deixarmos de sonhar sonhos possíveis... ’. Aqui estou realizando muitos sonhos que eu achava que eram impossíveis, mas que
Idade: 66 anos; Profissão: Professora; Um livro: A Hora da Estrela, Clarice Lispector; Um sonho: toda criança cuidada com carinho; Uma viagem: Vale do Matutu – MG; Um autor: José Luis Sampedro e Clarice Lispector; Uma mulher: Chiquinha Gonzaga; Uma inspiração: Paulo Freire; Um amor: minha família; Uma saudade: meu pai. Um filme: Tempos Modernos, de Charles Chaplin; Um medo: o desamor; Uma frase: “Persiga metas irreais, porque o pensamento realista mantém o mundo medíocre.” – Alexandre Feldman hoje são possíveis”.
O desafio de ser mãe e ter uma rotina cheia de altos e baixos:
Tenho uma rotina de trabalho que se inicia, geralmente, às 05h30 da manhã e não tem hora para terminar. Ainda têm os sábados e os domingos. Temos muitas reuniões à noite, reuniões com comunidades, reuniões de planejamento. Além disso, tenho um programa, toda quarta-feira, na Rádio Educadora. Chama-se o “Encontro com Carlos Roberto Sodré”, no qual eu converso com os pais sobre a educação. Tudo isso além da rotina de ser mãe, da deliciosa rotina de ser avó, que é quase mágica. Isto também como mulher, esposa, filha, irmã, tia, cunhada... É toda esta rotina que a gente acaba administrando. Tem hora que alguma coisa fica sem fazer. E sem culpa, isso é muito importante! Além de ter a ajuda da família. Se a família colabora com a mulher, dá certo. A mulher não é super-herói. Ela é de carne e osso. Ela é gente, ela sofre, ela ama, ela tem necessidade de carinho, de afeto e de cuidados, como todo ser humano.
O importante para ter se tornado a mulher que é hoje: Eu poderia resumir em uma frase: “Eu sou uma
Fato Especial O desafio de ser mãe e ter uma rotina cheia de altos e baixos:
pessoa esperançosa”. Além de esperançosa, acredito nas pessoas. Eu considero o ser humano bom. Considero que, se a gente tiver oportunidades verdadeiras, estas oportunidades irão fazer as pessoas melhores. Quando falo oportunidades verdadeiras, seria a oportunidade que é oferecida com amor e carinho.
Como você avalia a transformação da mulher através dos anos?
Este desenvolvimento da condição de ser mulher teve pontos positivos e pontos que não são negativos, mas questionáveis, frutos do próprio desenvolvimento. A mulher sai de uma condição de ser humano submisso para uma condição emancipadora. Nós passamos então por uma antítese. A antítese nega a maioria dos pressupostos e figuras que eram colocados por ser mulher. E neste processo dialético, a mulher está começando a entender e a deixar de lado alguns pressupostos que ela adquiriu na antítese. Ela está começando a entender que não é salvadora da pátria, que ela também depende do outro, que ela também é frágil. Ela passou por um momento que precisou se mostrar forte, mostrar que pode, e está entrando no processo de entender que ela precisa do homem, e o homem precisa da mulher. Ela é um ser humano, um ser humano passível de erros e acertos, e que precisa de acolhimento.
ROBERTA JACOB “Projetamos sonhos desde que nascemos, porém cada um de acordo com a visão e anseios da etapa vivida. Tenho lembranças de idade muito tenra e a primeira emoção que me marcou muito foi o nascimento de minha primeira irmã, quando eu tinha apenas um ano e meio. Poder segurá-la, olhar nos seus olhos; quanto amor e felicidade eu senti naquele momento. Os demais anos foram marcados de acontecimentos e escolhas. Morei em Belo Horizonte por dois anos com meus avós paternos, momento marcante por experimentar uma nova forma de amor e cuidados únicos. Fui para JF muito nova para estudar e era tudo novo e assustador. Em 1994, iniciei o curso de Direito na Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais Vianna Jr. vindo a concluí-lo em 1998. No terceiro ano de faculdade tive minha filha Anna, 1996. Jamais esquecerei o momento em que o médico encostou o rostinho dela no meu. É divino, sobrenatural! Eu e minha filha passamos por muitas coisas juntas, éramos só nós duas. Adoro estudar e trabalhar em qualquer atividade que obtenha como retorno o cumprimento de minhas obrigações com dignidade e honestidade. Em 2003 veio meu segundo filho, o Bruno. Gravidez difícil, com muitas complicações. Ser abençoada por ter um filho igual ao Bruno, posso dizer que é a maior emoção e marco de minha vida. Saber que Deus confiou a mim uma missão tão importante, que Ele acreditou que sou capaz, além do 34
Idade: 41 anos; Profissão: advogada; Um livro: Bíblia; Um sonho: ouvir meu filho falar “mamãe”; Uma viagem: nunca fiz; Um autor: Paulo Coelho; Uma mulher: minha avó Anita; Uma inspiração: meu filho Bruno; Um amor: o único que senti e que ainda me tem por inteiro; Uma saudade: de tudo que me causou leveza, me arrancou um suspiro e me roubou um sorriso; Um filme: Em algum lugar do passado; Um medo: perder a capacidade de sonhar, de sentir; Uma frase: “Acalma sua alma, aquiete seu coração, ordene seus pensamentos e, jamais esqueça que nada se perde se você não se perder, porque acima de você existe um Pai que a tudo vê”. presente de conhecer a maior força de amor e de jamais desistir. Podem apostar, escreveria laudas e laudas e ainda assim não conseguiria descrever o necessário. Todos os dias de minha vida possui um marco, de uma emoção, de uma vitória e de um agradecimento infinito. Minha carreira foi construída em cada experiência, em todas as vezes que parei pra ouvir, para pensar, para entender e ajudar alguém que estivesse precisando, fosse no financeiro, fosse no emocional, mesmo que naquele instante eu também estivesse precisando de ajuda. Amo estudar, me atualizar, aprimorar. Entendo que além de ser algo que pertence a minha pessoa é uma obrigação que tenho no exercício de qualquer atividade que me disponho e adoro ser útil. Desafios encontramos todos os dias e a maioria são internos porque refletem em nossas atitudes, escolhas e resultados”.
Minha rotina começa na madrugada porque amo o silêncio que a compõe e é exatamente nesse momento que converso comigo, escuto o meu interior; é quando tenho a oportunidade de pensar em mim, nos meus projetos, de como estou evoluindo como pessoa, de estudar, ler, atualizar. A madrugada pra mim possui uma leveza e uma serenidade impar. Da mesma forma o amanhecer me encanta porque sempre, a cada iniciar, sou preenchida de renovação. O “Bom dia!” é constante. Sempre acordei meus filhos com ele, mas os primeiros são para Deus, para o dia, para a vida e para mim! Sigo com meus agradecimentos. Agradeço tudo sempre, até em momentos que julgo ruins porque após refletir sobre o ocorrido encontro o benefício, o lado positivo da situação. Após, passo todo o tempo ajudando pessoas a resolverem seus problemas em todos os campos onde sou requisitada, seja profissional, pessoal ou social e desenvolvendo projetos empreendedores.
O importante para ter se tornado a mulher que é hoje:
Tenho Deus acima de todas as coisas e durante minha trajetória Ele me presenteou com meu avô, Ibrahim, que me apresentou uma forma de amor universal e através dela me ensinou a ser forte e não perder a sensibilidade; a apanhar da vida e das pessoas e não perder a compaixão; a ser lesada de modo intencional ou não e não perder o senso de justiça; a jamais, em condições favoráveis ou desfavoráveis, deixar de olhar para os meus semelhantes e auxiliá-los no que for preciso, dentro do que suporto; que eu jamais perdesse o caráter, a palavra, a honra, o respeito; que humildade, ser correto, honesto, bom, não é uma virtude, mas sim obrigação; desistir jamais, mesmo que a vida me arrancasse as pernas e os braços; que a minha fé e a minha força sempre seriam inabaláveis; que a verdade sempre deveria prevalecer, independente de suas consequências; que o amanhã sempre seria um outro dia e que com ele nossas esperanças seriam renovadas e que família, por mais que não fosse o que eu aprovasse ou esperasse, como o meu ideal ou minha vontade, seria meu porto seguro, até para apanhar e amadurecer, mas que eu deveria entender que existem muitas formas de amar alguém e que nem sempre a forma do outro seria igual a minha e, com isso eu deveria aceitar e respeitar o amor que cada um consegue dedicar ao outro. Como você avalia a transformação da mulher através dos anos? Ouso analisar a transformação da mulher desde sua criação. Fora criada após Adão e de sua costela, o que para mim, associando o contexto da evolução da humanidade, adquiriu o sinônimo de submissão. Entendo que não tenha sido a intenção, pois deveria ter sido respeitada a intenção primordial, a de Revista Fato - Março 2015
companheira. Homens e mulheres deveriam entender que foram criados de forma complementar e convergente, devendo somar forças e não disputa-las. A submissão fora imposta à mulher pelo medo que adquiriu força exatamente pela diferença da força física dos sexos, o que atualmente vem mudando, mas ainda assim existem muitos casos de submissão pelo medo e violência. A mulher passou por um processo de desafiar a si mesma, romper barreiras internas e após muitos conflitos causar em si a indignação, uma inquietação que a levou a questionar, acreditar em si mesma e vir conquistando o espaço que hoje possui. A inteligência e a capacidade de raciocínio da mulher são assustadores e, no meu entender, a compensação pela força física atribuída ao homem. Com isso, ela precisava mesmo era desafiar a si própria e conseguiu!
MARIA ENILCE MOREIRA DO NASCIMENTO “Sou uma pessoa simples e determinada. Nasci na zona rural de Ubari e lá estudei até o 4º ano, tendo uma infância muito sadia. Aos 13 anos minha família mudou-se para Ubá e fui estudar no Colégio Sagrado Coração de Maria e ainda na Escola Estadual Raul Soares. Cursei Magistério na Escola Senador Levindo Coelho e ainda estudei por volta de dois anos e meio Pedagogia. Fui professora por dois anos, mas desisti da carreira porque me encantei pelo comércio e já aos 21 anos de idade tive minha primeira loja: um armarinho na Avenida Governador Valadares. Aos 24 anos me casei e me mudei para São Paulo, na cidade de Santo André. De volta a Ubá, trabalhei em posto de gasolina, restaurante e hotel fazenda. Tive meus filhos entre os anos de 1988 e 1995. São eles o meu maior orgulho e o que me mais motiva, juntamente com minha netinha Helena! Em 2010 me divorciei, iniciando uma nova etapa em minha vida e me vi “solteira” de novo aos 50 anos. Uma fase nova e encantadora! Resgatei amigos de adolescência e fiz muitos outros novos. Hoje afirmo que esta nova vida é muito boa! Além da família que me move, retornei ao comércio, hoje com uma loja plussize feminina. Me sinto uma pessoa feliz!” O desafio de ser mãe e ter uma rotina cheia de altos e baixos: Sou uma pessoa dedicada à minha família e ao trabalho, mas não abro mão de me divertir, fazendo o que gosto, viajando, me relacionando com meus amigos. O grande desafio é a dosagem, o ponto de equilíbrio entre família, trabalho, lazer. Ser mãe e conciliar uma carreira é realmente um desafio e, em contrapartida, perfeitamente possível e gratificante. O importante para ter se tornado a mulher que é hoje: Determinação, honestidade e força de vontade. São essas coisas que me movem. Como você avalia a transformação da mulher através dos anos? Nós mulheres tivemos grandes conquistas nessas
Idade: 55 anos; Profissão: Empresária; Um livro: O pequeno príncipe, um livro que marcou muito a minha infância; Um sonho: ver meus filhos realizados e bem sucedidos; Uma viagem: a que fiz aos Estados Unidos em 2013; Um autor: Saint-Exupéry; Uma mulher: minha mãe; Uma inspiração: meus filhos; Um amor: a vida; Uma saudade: meu pai; Um medo: A morte, por todo seu mistério; Uma frase: “Viver e não ter a vergonha de ser feliz.” décadas. Reflexo da persistência, dinamismo, coragem, na busca incessante pela igualdade dos sexos. Assim, o “sexo frágil” está cada vez mais deixando de existir, cedendo lugar à mulher batalhadora, independente, trabalhadora, ciente de seus direitos perante a sociedade. Viemos derrubando tabus, marcando presença em lugares até então restritos aos homens e revolucionando tradições. Já alcançamos inúmeros resultados. E são eles que nos motivam a não deixar de parar essa luta na busca contínua de nosso espaço. Vejo hoje que ainda há preconceito, mas ele tem se tornado cada vez menor, na mesma medida em que deixamos de ser o “sexo frágil”.
SAMANTHA ESSER “Minha melhor fase é sempre o agora. Sempre agradeço a Deus pelo hoje, todos os momentos. Peço suas bênçãos e que seja feita sempre a sua vontade. Pois cada vivência, seja ela boa ou ruim, tem um propósito de Deus. Hoje sou uma mulher realizada, trabalho com o que amo, tenho uma família maravilhosa, muita saúde e amor no coração”.
O desafio de ser mãe e ter uma rotina cheia de altos e baixos:
Não tenho uma rotina definida, pois viajo muito para eventos de negócios. A parte mais desafiadora é a logística que toma muito do meu tempo para tudo dar certo no final. Amo meu trabalho e ao mesmo
Idade: 30 anos; Profissão: Empresária; Um livro: Ansiedade, como enfrentar o mal do século, Augusto Cury; Um sonho: conhecer muitas praias ao redor do mundo; Uma viagem: a próxima, que será em breve. Amo viajar. Um autor: Augusto Cury; Uma mulher: Angelina Jolie; Uma inspiração: Deus e minha família; Um amor: meus filhos; Uma saudade: da minha adolescência, do tempo que tinha com minhas amigas; Um filme: Sex and the city; Um medo: de ficar longe dos meus filhos; Uma frase: “Você está aonde está porque merece, seja para o bem ou para o mal.” tempo amo me dedicar aos meus filhos. Fico dividida no tempo de ser mãe e no tempo de ser empresária. E como no dia-a-dia fico muito tempo fora, quando estou com eles à noite ou em finais de semana e feriados, não desvio minha atenção para nada, nem telefone atendo. O importante para ter se tornado a mulher que é hoje: Minha frase é: você está onde está, porque merece estar. E eu sei exatamente onde quero estar. Como você avalia a transformação da mulher através dos anos? A mulher de hoje é mil e uma utilidades! Não sei se isso é bom, porque não deixamos de realizar nossas tarefas em casa, com os filhos, o marido, as roupas, supermercado e afins! Essas tarefas infinitas são muito prejudiciais à nossa saúde! Eu sou muito acelerada e se deixar faço mil coisas em um único dia, mas com a idade, maturidade, eu percebi que não adianta querer ser a melhor mulher do mundo inteiro, pois vou pifar e não vou conseguir. Entendi que eu sou o que sou, e que hoje posso usar essa modernidade toda para escolher o que mais gosto de fazer e abrir mão das outras tarefas, até mesmo delegá-las. Aprendi a dizer não quando achar que devo e isso só me fez bem.
Bem Estar
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Por Juliana Campos
O INVERNO ESTÁ CHEGANDO. COMO DEVO ME ALIMENTAR PARA MANTER O PESO IDEAL E UMA
VIDA SAUDÁVEL?
É
É muito comum a gente achar que sente mais fome no inverno. Os cuidados que devemos ter propriamente são: tomar bastante liquido, não abusar na alimentação, não tornar uma rotina aqueles alimentos mais gordurosos, ou mais quentinhos como chocolate quente, sopas mais gordurosas e não deixarmos de lado a atividade física. A verdade é que a maioria das pessoas relaxa no inverno, até mesmo porque usam roupas mais largas e o corpinho fica mais solto. Para cuidar do corpo e manter todo o esforço do verão, convidamos a Nutricionista Ana Célia Costa para esclarecer alguns pontos importantes e fundamentais para passarmos por esta estação do ano saudáveis e é claro, em forma.
ENTREVISTA:
Revista Fato: Com a chegada do inverno, as pesso36
as geralmente começam a comer mais e até a exagerar na hora de se alimentar. O que você recomenda para que os hábitos continuem saudáveis? Drª Ana Célia Costa: Deve se manter uma alimentação regular, principalmente nos dias mais frios. Uma boa dica é fazer deliciosos caldos e variar nas opções de saladas, com bastantes legumes quentes. E lembre-se: toda vez que a fome apertar, não se esqueça das gordurinhas extras! Revista Fato: Por que no inverno temos a sensação de termos mais “fome”/apetite que no verão? Drª. Ana Célia Costa: O gasto energético nesta época do ano é maior, pois o organismo se esforça mais para manter a temperatura corporal dentro dos padrões de normalidade. O aumento da fome é o corpo pedindo mais energia, que é captada através dos alimentos. O clima frio pode sim, influenciar,
Algumas dicas para controlar o apetite durante o inverno e deixar as guloseimas menos calóricas: • Fracione as refeições: não fique mais de 3 horas sem se alimentar e dê preferência a alimentos com menos quantidade de gordura; • Chocolate quente: Utilize leite desnatado e achocolatado diet; • Queijos: dê preferência aos brancos e ligths; • Substitua as carnes mais gordurosas pelas magras; • Evite doces a base de cremes e chantilly e abuse das frutas típicas da temporada como: morango, tangerina, maracujá, limão e laranjas, boas fontes de Vitamina C; • O chá servido bem quente ajuda a dar uma sensação de aquecimento ao organismo. Chá verde com gengibre, chá de hibisco com limão, chá branco com canela, chá de cavalinha e hortelã; • Sopas e caldos a base de legumes e verduras são menos calóricos, sendo também fonte de hidratação. Para engrossar o caldo adicione farelo de trigo que irá proporcionar uma sensação de saciedade, regulando a função intestinal e controlando os níveis de colesterol; • Não perca o foco. O inverno é uma excelente fase para a perda de peso. É só você controlar sua alimentação adequadamente; • E não se esqueça de fazer exercícios físicos regularmente.
Revista Fato - Março 2015
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mas é preciso ter cuidado para não engordar. Revista Fato: Nesta época do ano, período em que problemas respiratórios são mais comuns, é verdade que alimentos como alho, cebola e agrião podem proteger o organismo contra infecções? Drª. Ana Célia Costa: O alho, a cebola e o agrião por possuírem vitaminas do tipo A, C, B6 e Selênio são excelentes no aumento da produção das células de defesa, que tem efeito direto sobre as bactérias e vírus, aumentando a resistência a infecções, tendo também ação antiflamatória e antioxidantes. Revista Fato: No inverno é mais difícil ingerir água. O que você tem como sugestão para ajudar na ingestão de líquido? Drª. Ana Célia Costa: Beber água é fundamental! O consumo de alguns alimentos pode ajudar na hidratação! Aumente a ingestão de alimentos ricos em água, como frutas (melão, melancia, laranja, abacaxi), legumes (chuchu e pepino) e verduras (rúcula e alface), chás, ervas e sopas. Revista Fato: Para pessoas que sofrem de diabetes e hipertensão, a rotina de alimentação é a mesma ou no inverno a atenção deve ser redobrada? Drª. Ana Célia Costa: Sim. Os cuidados devem de ser os mesmos, redobrando a atenção em pratos típicos e gordurosos para não afetar a regularidade da nutrição. Revista Fato: Muitas reportagens apontam que ir ao supermercado, padarias e estabelecimentos comerciais com fome é “um tiro no próprio pé”. Isso é um fato? E no inverno, isso torna-se ainda pior?! Drª. Ana Célia Costa: Sim. No inverno, ao entrarmos nestes estabelecimentos com fome, optaremos sempre por alimentos mais calóricos e gordurosos. Portanto, o cuidado deve de ser redobrado para fazermos as escolhas certas que favorecem a nossa saúde. Revista Fato: No inverno, recomenda-se muito a famosa sopinha. Mas quais cuidados devem ser tomados? Drª. Ana Célia Costa: Devemos tomar cuidado ao incrementar demais os pratos e acabar se excedendo nas calorias. O hábito de ingerir acompanhamentos como pães com queijo ralado e bacon só aumenta o valor calórico. Já as sopinhas mais saudáveis e nutritivas são as feitas à base de caldo de legumes ou de aves sem peles acompanhadas de legumes, verduras, grãos do tipo feijão, ervilhas e lentilhas.
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Revista Fato: É verdade que no frio o gasto energético do organismo aumenta de 20 a 30% e se houver um consumo equilibrado de alimentos é possível emagrecer com mais facilidade? Drª. Ana Célia Costa: Sim. Se houver o consumo equilibrado dos alimentos é possível emagrecer! Isto acontece porque usamos nossa reserva de gordura para auxiliar na manutenção do equilíbrio da temperatura corporal. É preciso cuidar da alimentação durante o ano todo, independente da estação.
Auto Fato Bacharel em Direito. Historiador e Antigomobilista. Contato: studioclaudio1@hotmail.com
QUER CARRO ZERO MAIS BARATO? Cláudio Medeiros Lippi
O
ESSA É A HORA
O mercado de vendas de veículos que há tempos vinha crescendo e batendo recordes de produção se vê em um momento de crise e de vendas baixas. O brasileiro que antes, empolgado com a economia em alta, agora se vê em um momento em que a crise no governo, a onda de corrupção e outros tantos fatores negativos o fazem recuar na hora de comprar um veículo zero Km. Com isto, as promoções de carros zero quilômetro se estendem a todas as montadoras, que oferecem opções diversas, a preços com bons descontos, taxas zero e facilidades que há tempos não víamos. As facilidades são diversas: desde o pagamento posterior a compra, além de taxa zero, IPVA pago e diversos brindes. Além do mais, ainda é possível encontrar modelos ano 2014 zero Km com descontos generosos. A política em crise também afeta as fábricas que começam o processo de demissão, já que existe carro demais para consumidor de menos. As melhores ofertas se concentram em veículos que estão em baixa no mercado ou lançamentos como o VW Up!; que pode ser encontrado com preços mais em conta do que na época de seu lançamento. O consumidor precisa ficar atendo e saber qual é a hora certa de comprar seu veículo, pois com tanto desconto este período acaba sendo uma boa opção.
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NOVO MOTOR 3 CILINDROS DO MARCH
não tão nova assim, já que segue o padrão ao estilo ”Aston Martin”, já utilizada em todos os modelos da linha Ford (Ka, Fiesta, Fusion e até Mustang). A motorização deverá se manter a mesma com as opções 1.6 e 2.0. Vamos aguardar.
SEGREDO: O NOVO GOL 2016
A Nissan lançou sua nova linha com motor 1.0 de 3 cilindros. A meta é impulsionar as vendas a ponto de competir com o coreano Hyundai HB20, sexto carro mais vendido no Brasil em 2014. Mas o novo motor acarretará em um aumento de preço, além do fato do acréscimo no IPI: R$ 35.990. As vendas deverão começar em março e a gama de equipamentos permanece inalterada e sem acréscimo no preço.
O sinal de alerta foi ligado. Pela primeira vez depois de 27 anos de liderança o Gol perdeu o posto de automóvel mais vendido do país para o Palio. Apesar do modelo da Fiat concorrer com dois veículos (carrocerias nova e antiga) a Volks sabe que tem de correr atrás do prejuízo e provavelmente em 2016 lançará o novíssimo Gol. Detalhes revelados pela “Revista Carplace” nos mostram que o design continua com linhas sóbrias como de costume em um VW, porém com mais esportividade. Com a nova dianteira com faróis estreitos ao estilo “cara de mau”, carroceria vincada e detalhes semelhantes ao Polo e Golf europeus.
NOVO FORD FOCUS
A Ford continua cumprindo a promessa de manter seus carros globais no Brasil. Com a previsão para junho como modelo 2016 deste ano, a Ford lançará no Brasil a terceira geração do Focus. As modificações principais ficarão por conta na “nova” frente,
Outra boa novidade provável será a volta da versão GTI, na qual em edição anterior nossa coluna lembrava com saudade e se perguntava o “por quê” de sua saída do mercado. Vamos aguardar cenas do próximo capítulo!
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Fique Ligado Por Higor Siqueira
UBAENSES SE MANIFESTAM PELAS RUAS DA CIDADE PEDINDO
FIM À VIOLÊNCIA Cristiano Guimarães / Samuel Gazolla
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Aconteceu na quarta-feira de cinzas, 18 de fevereiro, o manifesto contra a violência crescente que tem assustado os moradores de Ubá. Ele foi idealizado em protesto pela morte de Mirtes Fernandes, a professora atingida por uma bala perdida no sábado de carnaval, no Bairro Palmeiras, após uma suposta briga de trânsito entre outros indivíduos. O protesto teve início na Praça São Januário às 12h00, realizando trajeto pela Av. Beira Rio e depois novamente pelo Centro da cidade, até chegar à Praça Guido Marlière. Formando o grupo de manifestantes, que contou com cerca de 200 pessoas, encontravam-se familiares, amigos, professores e colegas de trabalho de Mirtes. Algumas autoridades também estiveram presentes. O Prefeito Vadinho Baião, os vereadores Samuel Gazolla e Rafael Faeda e ubaenses que decidiram se posicionar diante da causa. A manifestação contou também com a presença de representantes de outros casos de vítimas da violência em Ubá, como o assassinato do cinegrafista Fernando Cruz que aconteceu em Outubro de 2014. Vestidos de branco, os manifestantes caminharam pelas ruas entoando pedidos de paz e melhorias na segurança e na educação. “O movimento atingiu com louvor os seus objetivos” declara um dos vereadores presentes, Samuel Gazolla. “Foram eles: demonstrar a indignação da sociedade sobre a situação
da segurança pública e mostrar que é preciso e também possível se organizar para cobrar das autoridades providências urgentes; e também deixar claro que não podemos banalizar a situação da criminalidade”. O Historiador e Coordenador do Curso de Capacitação de Professores em História da África da UFV, José do Carmo de Araújo, também marcou presença e falou um pouco sobre o ocorrido: “Todos nós lamentamos muito o que aconteceu com Mirtes. Sem sombra de dúvidas isso é reflexo de muitos problemas que a sociedade vem enfrentando, e um dos maiores são as leis que interferem na educação de pais e filhos. Há problemas também na segurança, na formação dos nossos jovens, na grande quantidade de ociosos que ficam jogados e fazendo parte dessa violência pelas ruas, entre muitos outros” ele opina. “Hoje em dia, muitos jovens não se colocam como protagonistas do seu próprio tempo. Os adolescentes bandidos possuem mais passado do que qualquer futuro, com uma ficha criminal extensa e que começou cedo. Antigamente, quando entrávamos na escola, pensávamos: ‘Temos um futuro pela frente!’. Hoje, muita gente vive outra realidade, que acaba sendo infeliz e incerta” finaliza. A Polícia Militar acompanhou o grupo de manifestantes, orientando os motoristas e controlando o trânsito para que todo o trajeto fosse realizado com sucesso e em ordem. Revista Fato - Março 2015
Duelo de Looks Estilista e Proprietário do Ateliê Mário Coelho Moda, Festa, Noiva e 15 Anos
Mário
Coelho
MULHERES COM ESTILO
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Ter estilo quer dizer ter uma forma própria de se vestir. É o que faz uma pessoa ser única, singular e a torna diferenciada. Ela consegue pinçar, dentro do que a moda propõe, com aquilo que lhe cai bem. Encontrar nosso próprio estilo, não é fácil. É um trabalho de auto-conhecimento, quando descobrimos nossos defeitos e aprendemos a usar o que nos favorece. Mulheres que tem estilo não focam nos outros, mas em seus próprios gostos, tendo independência de opinião. Roupas é uma forma de comunicação e mulheres estilosas se comunicam através delas. Nossas convidadas VIP’s tem mais do que estilo, elas são sexy, autênticas e poderosas. Quem disse que preto é básico? Elza usa um tubinho preto nada básico, super na moda, com peito em pedraria, transparência e aplicação de renda. Acessórios dourados e sandália nude. Marilda optou por um vestido curto justo, mas com movimento na cor azul. O azul é um eterno clássico da moda e ele reinou no tapete vermelho do Globo de Ouro deste ano. Os acessórios são na cor prata e uma sandália prata super estilosa. A beleza de uma mulher não está na marca das suas roupas, no tamanho da sua cintura, ou na cor de seus cabelos. A beleza de uma mulher está no seu sorriso, na sua personalidade, no seu estilo. A beleza de uma mulher está dentro dela. Parabéns a todas as Mulheres. 08 de Março, Dia Internacional da Mulher.
Marilda Lima - 44 anos (Empresária).
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Elza Couto - 40 anos - Gerente de Importação e Exportação (Contal Contabilidade).
Lucas Castanelly - Fotografe
Giro Fato Por Juliana Campos
UBAENSE ISABELA PIMENTA É A PRIMEIRA BRASILEIRA A GANHAR O
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MISS UNIVERSO ELEGÂNCIA Foi na noite de sábado, 21 de fevereiro, que o concurso internacional Miss Universo Elegância 2015, em sua 5ª edição, elegeu pela primeira vez uma brasileira. E para nossa alegria e honra, ela é a ubaense Isabela Pimenta. O evento aconteceu no Teatro Colón, em Buenos Aires, na Argentina e contou com a presença de aproximadamente 2.200 pessoas. Foram 15 participantes de diferentes países na categoria (adulta), de 18 a 25 anos. Isabela Pimenta representou o Brasil e ficou em primeiro lugar. Já o segundo lugar foi representado por uma americana e o terceiro por uma mexicana. De acordo com Isabela, ao seu nome ser anunciado à sensação foi de alívio, missão cumprida e extrema felicidade: “Eu ganhei por dois pontos de diferença da segunda colocada nos quesitos beleza e passarela. Em traje e simpatia ficamos empatas. O que deu a diferenSaiba o que o corpo de jurados perguntou a Isabela Pimenta na entrevista, momento decisivo que deu a ela o título de Miss Universo Elegância 2015: Vermont recentemente se tornou o quarto estado a legalizar o casamento do mesmo sexo. Você acha que todos os estados devem adotar esta mesma linha? Isabela: Não exatamente seguir esta mesma linha, mas cada um de nós devemos respeitar a opção sexual do próximo, mesmo não havendo legalização, pois são seres humanos como se fossem homem e mulher se casando, são feitos de carne e osso, são filhos de Deus como todos. Se você ganhasse o título de hoje e tivesse o poder de mudar algo no mundo, o que você mudaria? Isabela: Sem dúvidas eu mudaria essa diferença que há entre os seres humanos, alguns moram na rua, outros moram em ‘castelos’, uns comem restos e outros comem do melhor. Eu queria acabar com essa desigualdade, de verdade!
ça na pontuação foram às respostas de cada pergunta, o modo como cada uma respondeu e isso os próprios jurados anunciaram. Mas em mente, eu ainda acredito que a minha humildade e minha transparência foi sem dúvidas um passo a mais para o título”. De acordo com Alessandro Milan, um dos diretores da CBM (Comissão Brasileira de Misses) seu papel principal nesses concursos é o de preparar as representantes brasileiras para os concursos de misses na categoria Elegância: “Não tínhamos nenhuma ligação com a Isabela até o momento dela se tornar Miss Brasil. Porém, quando eleita, a mesma foi encaminhada a São Paulo para apresentação de seu perfil e ver se tinha condições de representar o país no evento deste sábado. Isabela faz parte de uma agência de São Paulo e confesso que foi difícil conseguir a liberação dela para o concurso, mas com muita conversa e negociação, conseguimos trazê-la até a Argentina” explica Alessandro, responsável por assessorar Isabela neste concurso. Ele nos conta que há três anos vem tentando colocar uma brasileira na disputa deste título, “(...) porém há muita burocracia e isso nos impedia. Esse ano finalmente conseguimos. Foi um pouco difícil, mas estamos honrados. Depositamos nossa confiança na Isabela. Ela foi a primeira brasileira a entrar para o Miss Elegância Universo, isso não tem preço que pague” fala satisfeito. Este ano o evento ocorreu na Argentina devido ao fato da Miss Universo Elegância 2014 ser de lá. Já o próximo evento no ano de 2016, será o Brasil que sediará oficialmente o concurso. No corpo de jurados vários nomes representativos se fizeram presentes podendo citar Ming, Proprietária da Agência Ming Management- Internacional. Isabela retornou para o Brasil na sexta-feira, 27 de fevereiro e posou para fotos para a revista Cláudia edição de Março, além de participar de entrevistas em várias mídias em São Paulo. “Em nome de toda comissão Brasileira, agradecemos nossa Miss Isabela, que pelo esforço, determinação, simpatia e HUMILDADE que teve não só no concurso, mas conosco. Essa é a prova de que o Brasil tem mulheres lindas sim, mas que a HUMILDADE e DETERMINAÇÃO prevaleceram para conquista do título. O nosso Obrigado a Revista Fato pelo espaço!” encerra Alessandro Milan. Revista Fato - Março 2015
Utilidade Pública Por Juliana Campos
ASCOM PMU
PELO MENOS 16 POÇOS ARTESIANOS SERÃO PERFURADOS EM UBÁ PARA REFORÇAR ABASTECIMENTO DE
ÁGUA POTÁVEL O O decreto de emergência assinado pelo Prefeito Vadinho Baião ocasionado pela crise hídrica em Ubá trouxe soluções mais imediatas para o abastecimento de água na cidade. Uma delas é a perfuração de poços artesianos na cidade com o objetivo de ampliar a oferta de água potável. A Prefeitura de Ubá tem apoiado a Copasa cedendo áreas públicas para captação de água para abastecer residências e indústrias neste período de estiagem. De acordo com informações divulgadas pela Assessoria de Comunicação da Prefeitura Municipal de Ubá, dois poços artesianos estão em perfuração. 42
Um deles, na Rua Antônio Gonçalves da Rocha, no bairro Santa Alice e o outro, dentro do imóvel onde está localizada a Secretaria Municipal de Obras. “Outra vantagem do decreto é que a Copasa tinha dois caminhões pipa em Ubá. Agora, ela tem 4 e estão chegando mais 2. Com 6 caminhões, ela aumenta em 200% a capacidade de atender as pessoas. Nós já temos a perfuração do primeiro poço artesiano e um projeto para furar 16. Ele tem mais de 70 metros e fica próximo à Itatiaia. Um poço artesiano que produza 20 litros por segundo, já tem viabilidade econômica. Com 5 poços perfurados, poderemos chegar aos 300 litros por segundo. Será feita uma per-
furação na Miragaia e se der certo, a água será jogada na estação de tratamento com um custo menor para levá-la a lugares mais distantes” declarou Vadinho.
É PRECISO ECONOMIZAR SEMPRE
De acordo com as informações divulgadas, mesmo com as últimas chuvas, a recomendação é que a população economize água e utilize o telefone 3301.6122 para comunicar o desperdício por parte de cidadãos que ainda não atentaram para a neces-
Informações: Assessoria de Comunicação PMU
sidade de economizar, conforme afirmou o Prefeito Vadinho: “Fizemos o decreto e a nossa parte que é fiscalizar está num relatório que registra 45 atendimentos presenciais que tomamos conhecimento através de ligações telefônicas. A maioria eram reclamações de lavação de calçadas e de quintais. Tivemos 2 notificações geradas, uma porque alguém estava abastecendo a piscina e nós levamos o decreto para esta pessoa. A instrução que passamos aos fiscais juntamente com o Secretário Pedro Raimundo é que primeiro conversássemos, e depois, na reincidência, aplicar a multa. Nós fomos atendidos nestas duas ocorrências e as pessoas pararam na mesma hora e entenderam. A gente pede e a gente conta com a conscientização da população num momento desses. Enquanto temos casas nas partes mais altas da cidade sem uma gota de água, não podemos permitir que em alguns lugares, as pessoas por se julgarem um pouco mais poderosas de patrimônio, se julguem no direito de não cumprir este decreto. O decreto é para todos. Nós estamos preferindo que a conversa de conscientização fique sempre à frente da punição. Mas se precisar, nós estaremos prontos para agir de acordo com a lei, estabelecendo uma multa.”
QUAL O VALOR APLICADO PARA QUEM DESPERDIÇA? E para quem não sabe quem desperdiça paga multa. O Secretário de Finanças, Pedro Raimundo esclarece como a mesma é aplicada: “Para a aplicação de penalidade nas infrações previstas no Decreto 5651, recorremos, por analogia, ao art. 28 do nosso Código de Posturas, inciso II, que estabelece a fixação do valor da penalidade. A legislação aplicável é o Art. 32 do Código de Posturas, combinado com o Artigo 2º do Decreto n. 3.756, de 01 de setembro de 1998, que estipula o valor da Unidade Fiscal Monetária, UFM, em R$ 87,77, o qual corrigido de lá pra cá pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo, IPCA resulta no valor de R$ 244,39. Como o Art. 32 fala em gradação da multa em 30 a 100% da UFM, nós trabalhamos, então, no caso do Decreto, com a penalidade que varia de R$ 73,32 a R$ 244,39”. O Secretário informou ainda que na primeira semana a equipe de fiscalização realizou 45 atendimentos e a maioria deles foi por lavagem de calçadas e quintais. A equipe expediu 2 notificações, uma delas, por abastecimento de piscina e outra, por uso irracional da água. Em todos os locais visitados e abordados, a equipe entregou cópias do decreto e ouviu da população, um comprometimento de economia e presenciou o desenvolvimento de sistemas de reaproveitamento de águas pluviais. O valor da multa por desperdício de água varia de R$87,77 a R$244,39.
Revista Fato - Março 2015
Cidade
Patrimônio Cultural Anderson Moreira
Professor de história das redes municipal e estadual de ensino. Especialista em História do Século XVIII. Contato: andersonmv1@yahoo. com.br
A NATUREZA COMO
PATRIMÔNIO
A
FLITEC
Por Juliana Campos
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A crise hídrica tem contribuído para alterar a rotina dos ubaenses. Acostumados a consumir água de forma irresponsável, muitos de nós esquecemos que esse recurso natural e vital, está ficando cada vez mais escasso. É curioso pensar que ainda há pessoas que não entenderam a gravidade do problema, ou fingem não entender... Penso na tal “lei de Gerson”, onde o bem coletivo é substituído pela satisfação das necessidades pessoais: lavar a minha calçada e o meu carro, manter a minha piscina, tomar o meu banho relaxante de trinta minutos, assim por diante. Ao olharmos para o passado, vemos que situação semelhante a essa aconteceu com outros recursos naturais do Brasil, cuja exploração desordenada, atendendo apenas aos interesses de determinado poder, levou à escassez do ouro, da prata e dos diamantes em Minas Gerais e de determinados exemplares da fauna e da flora brasileiras, só para citar alguns casos. Alguns autores defendem que essa realidade faz parte de um comportamento que, infelizmente, é considerado “normal” no Brasil: a exploração da natureza de forma predatória, sem pensar nas consequências do ato. Desde os primeiros colonizadores, a beleza natural das terras brasileiras não impediu o desmatamento e a retirada de nossas riquezas. Todos a admiravam, como consta nas cartas de Pero Vaz de Caminha, mas também quiseram possuí-la, pensando ter um bem que existe para servir a todos. Em países desenvolvidos, onde há limitação de consumo de água, a visão da natureza como patrimônio se fortaleceu a partir dos anos 60 e 70 do século XX. Com isso, houve regulamentação da utilização dos recursos. No Brasil ainda caminhamos a passos lentos, pois o interesse dos latifundiários acabou impedindo avanços no Código Florestal – uma vergonha para os deputados e senadores que atuam nessa questão. Diante da incompetência das autoridades que, ao longo da história, assistiram ao esgotamento de reservas naturais e diante da triste herança cultural de exploração da natureza, resta-nos, no caso da água, o bom senso em saber usar sem abusar, pensando que o futuro das crianças de hoje depende da consciência de cada um de nós. 44
ACONTECE EM ABRIL E RETRATARÁ VIDA E OBRA DE VINÍCIUS DE MORAES Entre os dias 22 e 25 de abril acontecerá em Ubá, na Praça São Januário, a FLITEC - Feira Literária de Ubá e Região que retratará a história do escritor Vinícius de Moraes. Com o tema “Vida e obra de Vinícius de Moraes” 13 escolas da rede municipal apresentarão projetos sobre a vida e obra do escritor, além de 7 apresentações no palco. O evento de cunho educativo e cultural contará com a presença de autores municipais e regionais, palestras, exposições, stands, apresentações artísticas e culturais. A feira estende-se às escolas municipais, estaduais e particulares, além de faculdades e demais instituições de ensino. O projeto já existia e acontecia no Calçadão da São José. Em 2013 o projeto foi retomado
Secretaria Municipal de Educação
e desde então a FLITEC vem crescendo sob a administração da Secretaria Municipal de Educação, “(...) a partir de um formato totalmente diferente do que acontecia no Calçadão da São José, idealizou e realizou a mesma” disse Andréa Dias de Oliveira Paula, Coordenadora de Programas Literários. Ela ainda destaca que este evento é muito importante para a educação do município, pois oferece à comunidade a oportunidade de se aproximar da literatura e dos bens culturais e sociais, “(...) através de ações que favoreçam o desenvolvimento e a difusão cultural e formação do público leitor promovendo e incentivando o hábito da leitura através de variadas atividades culturais e artísticas” encerra.
A FLITEC em 2014 foi sucesso de público e teve o envolvimento das redes de ensino municipais, estaduais e particulares.
Informações: www.vivniciusdemoraes.com.br
VIDA DO ESCRITOR Vinicius de Moraes nasceu em 1913 no bairro da Gávea, no Rio de Janeiro e é o segundo de quatro filhos. Mudou-se com a família para o bairro de Botafogo em 1916, onde iniciou os seus estudos na Escola Primária Afrânio Peixoto. Desde então, já demonstrava interesse em escrever poesias. Em 1922, a sua mãe adoeceu e a família de Vinicius mudou-se para a Ilha do Governador, ele e sua irmã Lygia permanecendo com o avô, em Botafogo, para terminar o curso primário. Vinicius de Moraes ingressou em 1924 no Colégio Santo Inácio, de padres jesuítas, onde passou a cantar no coral e começou a montar pequenas peças de teatro. Três anos mais tarde, tornou-se amigo dos irmãos Haroldo e Paulo Tapajós, com quem começou a fazer suas primeiras composições e a se apresentar em festas de amigos. Em 1929, concluiu o ginásio e no ano seguinte, ingressou na Faculdade de Direito do Catete, hoje Faculdade Nacional de Direito (UFRJ). Na chamada “Faculdade do Catete”, conheceu e tornou-se amigo do romancista Otavio Faria, que o incentivou na vocação literária. Vinicius de Moraes graduou-se em Ciências Jurídicas e Sociais em 1933. Três anos depois, obteve o emprego de censor cinematográfico junto ao Ministério da Educação e Saúde. Dois anos mais tarde, Vinicius de Moraes ganhou uma bolsa do Conselho Britânico para estudar língua e literatura inglesas na Universidade de Oxford. Em 1941, retornou ao Brasil empregando-se como crítico de cinema no jornal “A Manhã”. Tornou-se também colaborador da revista “Clima” e empregou-se no Instituto dos Bancários. No ano seguinte, foi reprovado em seu primeiro concurso para o Ministério das Relações Exteriores (MRE). Em 1943, concorreu novamente e desta vez foi aprovado. Em 1946, assumiu o primeiro posto diplomático como vice-cônsul em Los Angeles. Com a morte do pai, em 1950, Vinicius de Moraes retornou ao Brasil. Nos anos 1950, Vinicius atuou no campo diplomático em Paris e em Roma, onde costumava realizar animados encontros na casa do escritor Sérgio Buarque de Holanda. No final de 1968 foi afastado da carreira diplomática tendo sido aposentado compulsoriamente pelo Ato Institucional Número Cinco. O poeta estava em Portugal, a dar uma série de espetáculos, alguns com Chico Buarque e Nara Leão, quando o regime militar emitiu o AI-5. O motivo apontado para o afastamento foi o seu comportamento boêmio que o impedia de cumprir as suas funções. Vinícius foi anistiado (post-mortem) pela Justiça em 1998. A Câmara dos Deputados brasileira aprovou em Fevereiro de 2010 a promoção póstuma do poeta ao cargo de “ministro de primeira classe” do Ministério dos Negócios Estrangeiros - o equivalente a embaixador, que é o cargo mais alto da carreira diplomática. A lei foi publicada no Diário Oficial do dia 22 de junho de 2010 e recebeu o número 12.265. Vinicius começou a se tornar prestigiado com sua peça de teatro “Orfeu da Conceição”, em 25 de setembro de 1956. Além da diplomacia, do teatro e dos livros, sua carreira musical começou a deslanchar em meados da década de 1950 - época em que conheceu Tom Jobim (um de seus grandes parceiros) -, quando diversas de suas composições foram gravadas por inúmeros artistas. Na década seguinte, Vinicius de Moraes viveu um período áureo na MPB, no qual foram gravadas cerca de 60 composições de sua autoria. Foram firmadas parcerias com compositores como Baden Powell, Carlos Lyra e Francis Hime. Na década de 1970, já consagrado e com um novo parceiro, o violonista Toquinho, Vinicius seguiu lançando álbuns e livros de grande sucesso. Na noite de 9 de julho de 1980, acertando detalhes com Toquinho sobre as canções do álbum “Arca de Noé”, Vinicius alegou cansaço e que precisava tomar um banho. Na madrugada do dia seguinte Vinicius foi acordado pela empregada, que o encontrara na banheira de casa, com dificuldades para respirar. Toquinho, que estava dormindo, acordou e tentou socorrê-lo, seguido por Gilda Mattoso (última esposa do poeta), mas não houve tempo e Vinicius de Moraes morreu pela manhã. Revista Fato - Março 2015
Falando de Negócios
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ARPEL UBÁ ESTILO, CONFORTO, SOFISTICAÇÃO, A PRESENÇA DE GRANDES MARCAS, EXCELÊNCIA NO ATENDIMENTO E A CONFIANÇA DA CLIENTELA – ESTA É A FORMULA MÁGICA PARA O SUCESSO
A Arpel, franquia de grande estilo e destaque no setor de calçados, bolsas, acessórios e também peças de roupas, é a nossa grande convidada para a editoria “Falando de Negócios” do mês de março. A loja completará dois anos no mercado ubaense no dia 5 de abril e como a sócia-proprietária Michelli Francisca Souza Parma (31) declara logo no início da entrevista concedida para a Revista Fato!, este tempo passou sob “muito trabalho e grande orgulho”. Há 40 anos no mercado juiz-forano, a Arpel veio para a Ubá realizando o sonho tanto do dono da super-marca, Eduardo Delmonte, quanto o de Michelli, que trabalhou por 12 anos na filial em Juiz de Fora, combinando o trabalho com o estudo, no Centro de Ensino Superior – JF, onde cursou Comunicação Social – Publicidade. “A idéia surgiu há muito tempo, mas ficava apenas nos planos” conta Michelli. “Sou de Ubá e sei como as mulheres consomem a moda aqui. Elas são entendidas e sempre gostam de estar bem vestidas, mas trazer a loja para cá era uma espécie de projeto futuro”. Hingrid Parma, Sócia Diretora Arpel Ubá.
Por Higor Siqueira
Ela explica que quando se tornou gerente da loja e formou-se na faculdade, este desejo ficou ainda maior e então decidiu tentar. “Conversei com o Eduardo e vi que o desejo também era dele e assim resolvemos trazer a Arpel para Ubá, combinando sua vontade em expandir o negócio e o meu amor e admiração pela marca e seu trabalho”. Mas Michelli não teria conseguido se não fosse pela ajuda de sua irmã, Hingrid Oliveira Parma Bellose (37), graduada em Direito pela Unipac (Ubá), que cuida da parte financeira da loja, dando total suporte nas decisões que precisam ser tomadas. “Muito do nosso sucesso veio desta união!” ela declara. Para conhecer melhor todo o trajeto da Arpel Ubá, nós convidamos você, “leitor Fato!”, para acompanhar a entrevista na íntegra, onde Michelli e Hingrid conta tudo sobre os desafios enfrentados nestes quase dois anos de gestão, a visão sobre o mercado da moda ubaense, o sucesso da franquia, a parceria da sociedade, o estilo sem igual que é a marca registrada da loja e mais um monte de detalhes desta história de coragem e empreendimento que mudou o conceito Michelli Parma, Sócia Diretora Arpel Ubá.
de sofisticação na hora de se vestir. Revista Fato: Conte-nos quais foram os principais desafios que vocês enfrentaram quando a Arpel veio fazer parte do mercado ubaense. Michelli: O primeiro desafio de todos foi encontrar o ponto que comportasse a estrutura que a franquia precisava. No começo isso foi bem difícil, pois deveríamos ter o cuidado de traduzir através da vitrine todo o conceito de nosso trabalho e isso era muito importante. Depois de ter achado o ponto, o outro grande desafio que enfrentamos foi o de fazer diferente, pois em Ubá há muitas lojas de calçados. Queríamos mostrar pela montagem da loja, o mix de produtos (essa junção dos calçados com as roupas, o que faz a cliente sair vestida dos pés a cabeça) e o nosso conceito de moda. Tudo o que acreditamos desde os acessórios até os calçados. Revista Fato: Como você observa o crescimento da aceitação da loja aqui na cidade, levando em consideração a forma como os ubaenses a receberam no início e o que ela se tornou nos dias de hoje? Hingrid: Certamente todo começo é difícil, não que depois não continue sendo, mas o começo é mais meticuloso, o que é bastante normal. Mesmo assim, eu senti uma grande aceitação por parte dos clientes logo de cara. É claro que em vista de hoje, o tempo foi primordial para que conhecessem o nosso trabalho, os produtos... Mas uma coisa é certa: quando fazemos com amor, empenho e profissionalismo, não tem como os clientes não comprarem a idéia. Falo para a nossa equipe que temos que ser consultores de moda, ter prazer e se informar do mundo da moda, para poder prestar essa consultoria ao nosso cliente que é exigente. É necessário entender o que eles procuram e sugerir através do nosso conhecimento e bom gosto todas as opções disponíveis. Buscamos todos falar a mesma língua e estamos muito felizes com o resultado. Revista Fato: Em Ubá há muitas lojas que vendem o mesmo tipo de produtos que podemos encon-
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Revista Fato - Março 2015
Servando Lopes
trar na Arpel, como calçados, bolsas e acessórios. O que você aponta como diferencial nos produtos oferecidos pela sua empresa? Michelli: Temos realmente o estudo da moda e procuramos possuir os estilos para cada tipo de cliente. A diferente forma como traduzimos a moda através da vitrine e a compra do conceito ali traduzido em roupas, numa maneira de composição de peças e cores, acredito ser esse nosso diferencial. E modéstia à parte, a loja é linda, cheirosa e toda preparada para atender cada necessidade de forma única. Nossas consultoras e nossa gerente Jéssyca Dini são sempre treinadas e preparadas para fazer o melhor e atender de forma que nossos clientes saiam daqui satisfeitos e que de fato voltem à loja. Revista Fato: Qual é o perfil da loja Arpel no seu ponto de vista? Hingrid: Sou fascinada com a metodologia de trabalho adotada pela Arpel. Como é feita a pesquisa de moda, como são pensadas as campanhas, o lançamento, a escolha de cada produto, a preocupação de cada detalhe, de sempre fazer o melhor, desde a estrutura da loja, da vitrine, até o atendimento, as nossas sacolas... Tudo tem um significado, um conceito para estar ali e compor toda a coleção. É fascinante e inspirador viver a moda, talvez essa energia seja o primordial e um dos maiores diferenciais no setor. Costumo dizer que a energia pode ser sentida e assim fazer toda a diferença! Revista Fato: Quem decide como fica o “visual” da loja? Michelli: Nós temos um programador visual exclusivo da franquia, o Alex Silva, que para mim é um artista, tudo em que ele coloca a mão vira ouro (risos). Revista Fato: Como surgiu a parceria com sua irmã Hingrid? Michelli: A nossa parceria é desde criança (risos). Somos irmãs e mesmo tendo vivido um período longe uma da outra, sempre estivemos muito ligadas. Mas a sociedade foi por um acaso, nada planejado. Inclusive, o escritório de arquitetura Cenarium, que na época foi quem fez o projeto da loja, tinha ela como uma das sócias. Mas tudo aconteceu no tempo certo, até sentirmos a necessidade da junção. Ela é com certeza a outra parte que preciso. Revista Fato: E como é a rotina de trabalhar com a irmã? Michelli: Eu sou da parte comercial e ela da financeira. Nossos trabalhos se completam. Ela sempre muito centrada, organizada e burocrática, resolve toda a parte fiscal e me dá um enorme suporte para tomar as decisões com todo respaldo financeiro, e dessa forma fica tudo mais fácil e responsável. Achar este equilíbrio em um negócio é o mais difícil, porque na maioria das vezes um setor interfere demais no outro e assim acaba prejudicando no resultado de
um dos lados. E conseguimos esse equilíbrio depois de um tempo. O processo de compra é muito sedutor e se deixar perdemos a linha dos orçamentos, e pra isso é preciso entender o seu próprio negócio e os clientes. De forma inteligente ela vêm me dar essas respostas através de relatórios, visões e opiniões diferentes, mas sempre me deixando livre nas escolhas. Revista Fato: Vocês estão sentindo alguma diferença no mercado com toda essa crise econômica que tem atingido o Brasil nos últimos meses? Hingrid: Com certeza e para vários setores, não apenas o nosso, a crise econômica tem afetado bastante. Até mesmo porque gera uma instabilidade muito grande em como agir de agora em diante. Acredito que esse será um ano igualmente difícil ao anterior, mas vamos todos conseguir passar bem por tudo isso. É o que esperamos, acreditar sempre! Revista Fato: Como é o mercado ubaense para a Arpel? Hingrid: O mercado ubaense é com certeza muito positivo para a Arpel, primeiro porque os clientes consomem a moda aqui, e assim nos dão chance de fazer parte do sucesso que eles fazem dentro e fora de nossa cidade pelo bom gosto e ascensão pessoal e profissional. Revista Fato: Onde podemos encontrar uma loja Arpel? Hingrid: São quatro lojas em Juiz de Fora, sendo uma no shopping Independência, outra no shopping Alameda, uma na Marechal Deodoro e por fim uma na Rua Halfeld, bem no centro da cidade. E além de uma franquia aqui em Ubá, há outra também em Manhuaçu. Revista Fato: E chegou a hora de falarmos sobre as novidades de 2015! Em Abril a Arpel irá aumentar o seu catalogo de produtos com a chegada de três novas marcas. Quais são elas? Michelli: No nosso lançamento outono/ inverno estamos com três novos parceiros. Na procura pela exclusividade e reforçando cada vez mais a nossa identidade, agora teremos uma linha de acessórios da designer Thaís Mattos, que desenhará peças lindíssimas e de muito bom gosto para compor as produções de todas as clientes Arpel. Traremos também as marcas Arezzo e Schutz para somar ao que já vinha sendo feito com os calçados. Trabalhar com marcas como Para Raio, Luiza Barcelos, Orcade, Loucos e Santos, Arezzo, Schutz, Smartbag e Vide Bula nos dá ainda mais suporte em fazer o diferente no
quesito qualidade. E com isso esperamos que o ano de 2015 seja maravilhoso, de muito trabalho, conquistas e felicidade. E para encerrar nossa entrevista, as fofas da Michelli e a Hingrid ainda deixam um recado pra quem tem o costume de dar uma passadinha lá na Arpel: “Gostaríamos de agradecer pelo carinho de sempre de todas as nossas clientes. Vocês são a razão de nosso trabalho. Muito obrigada!”.
Capa Por Juliana Campos
DR. MARCO AURÉLIO BARLETTA
APÓS FAZER PARTE DA EQUIPE MÉDICA DURANTE 13 ANOS NO IBOL – INSTITUTO BRASILEIRO DE OFTALMOLOGIA, O MÉDICO UBAENSE RETORNA PARA CIDADE NATAL E HOJE DIVIDE SEUS ATENDIMENTOS NA COLÔNIA, ATRAVÉS DO CONSÓRCIO INTERMUNICIPAL DE SAÚDE, NO HOSPITAL SANTA ISABEL E RECENTEMENTE EM SEU NOVO CONSULTÓRIO
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Foi através de buscas, ideais, experiências e conhecimento que o ubaense Dr. Marco Aurélio Barletta Pereira construiu sua carreira na medicina e se tornou um conceituado oftalmologista. A bagagem adquirida durante 13 anos atuando na equipe médica do referenciado Instituto Brasileiro de Oftalmologia – IBOL, fez de nosso entrevistado um profissional atualizado e capacitado. Marco Aurélio viajou o mundo nos mais renomados congressos da área se especializando e aprimorando seus conhecimentos. Hoje, há dois anos em Ubá, ele divide sua rotina entre atendimentos na Colônia, através do Consórcio Intermunicipal de Saúde, no Hospital Santa Isabel e em seu consultório, inaugurado recentemente. Para a execução desta reportagem nos reunimos pelo menos quatro vezes. A primeira delas foi em seu aconchegante consultório. Posteriormente, ti48
vemos a oportunidade de realizarmos o nosso informal bate papo em sua casa, na presença de sua esposa, Maura Jane Bigonha Mariano Barletta, com quem é casado há 14 anos e teve dois filhos, Marco Aurélio Barletta Pereira Filho, de 12 anos e Rafael Mariano Barletta Pereira, de 11 anos. É visível no casal o companheirismo e dedicação de toda uma vida. Durante a entrevista, Maura Jane manteve-se ao lado do marido e foi peça chave em alguns pontos da conversa. Com seu jeito simples. Em alguns momentos com o olhar marejado. Uma voz firme e um riso sincero foram quase três horas de um longo papo que poderia ter se estendido mais e mais se não fosse a comprometida agenda de nosso entrevistado. Praxe de todo bom médico. Mas foram quase cento e oitenta minutos capazes de relatar uma história de vida, profissionalismo, valores e principalmente, de princípios.
RAÍZES Marco Aurélio Barletta Pereira é o segundo filho de José Wilson Rocha Pereira e Lúcia Maria Barletta Pereira. Sua mãe formou-se em Contabilidade, mas não exerceu a profissão, pois decidiu dedicar-se a casa e aos filhos. Seu pai era dentista e atuou como Odonto Pediatra durante longos anos de sua vida, quando certo tempo depois se especializou em Periodontia: “Ele dizia que seus pacientes, que até então eram crianças estavam se tornando adultos e o procuravam para tratamentos. Para que ele pudesse continuar acompanhando esses pacientes, ele precisava se especializar” relembra saudoso. Nosso entrevistado tem como avós paternos José Lopes Pereira e Maria da Conceição Rocha
Servando Lopes / Bráulio de Paula
Pereira, lembrada por ele em nossa entrevista como “Vó Guiginha”. Do lado materno, Coré, assim como é conhecido pelo ciclo de amigos desde a infância, é neto de Egídio Barletta e Nair de Freitas Barletta. Fernando César Barletta Pereira (o irmão mais velho) e Daniela Barletta Pereira Macedo (a irmã caçula) tomaram rumos completamente diferentes de Coré. Fernando decidiu dedicar-se ao campo e Daniela seguiu a carreira jurídica: “Meu irmão cursou medicina, mas decidiu abandonar o curso e voltar para Ubá para trabalhar na fazenda. A verdade é que ele sempre se espelhou em nosso pai, até mesmo por ter essa proximidade com o campo e com os animais, principalmente com os cavalos. Inclusive, meu pai tinha um criatório de cavalos aqui em Ubá e foi um dos primeiros a criar na cidade o Mangalarga Marchador. Ele foi um grande explorador na área equina e meu irmão seguiu seus passos e trabalha com isso até hoje. Já minha irmã, formou-se em Direito, casou-se com um médico e hoje mora no Sudoeste de Minas” conta orgulhoso.
O PRIMEIRO PASSO PARA MEDICINA Tanto Marco Aurélio quanto seu irmão Fernando sabiam que queriam seguir alguma profissão ligada a área da saúde, mas ao prestar o vestibular, ainda não havia definido ao certo qual destino seguir. Coré nos conta que a princípio pensava em fazer odontologia, haja vista que seu pai exercia esta profissão: “A única certeza que tinha é que não seguiria o caminho das exatas, pois não era o meu forte” comenta entre risos. Mas nosso entrevistado pontua que o ato dele optar pela medicina e se tornar um oftalmologista, advém inicialmente por problemas oculares: “Desde a minha adolescência até boa parte da minha vida eu tive problemas oculares, e o meu tratamento em Ubá era com o médico Dr. João Honório Carneiro, profissional que eu tive a oportunidade de encontrar recentemente e pessoalmente pude agradecê-lo”. Coré declara que Dr. João foi um dos grandes influenciadores para que ele seguisse o caminho da oftalmologia: “Me recordo desde a época que eu frequentava as consultas em seu consultório e apreciava o seu ambiente de trabalho. Eu percebia nele um profissional tranquilo, que não trabalhava sob estresse e que conseguia receber seus pacientes sempre com muita calma e gentileza” detalha.
que ele estava mais presente em Ubá e havia momentos que ele se afastava: “Mas eu sempre tive vínculo com a cidade de Ubá e tenho orgulho de dizer que os meus dois filhos nasceram aqui” destaca satisfeito. Coré aponta que o bairrismo era tão grande que seus amigos médicos lhe perguntavam por que ele fazia questão que seus filhos nascessem em Ubá, se ele estava dentro de um centro médico que lhe oferecia toda assistência e qualquer intercorrência que acontecesse ele teria todo o suporte necessário “(...) e eu respondia: mas na minha cidade eu também tenho acesso a isso” enfatiza orgulhoso. Ele nos conta que quando caminha pela cidade entre o bairro Jardim Glória até a Cristiano Roças, cada rua para ele é uma verdadeira recordação: “A rua Matilde Balbi é muito marcante para mim, pois foi onde meu pai tinha um consultório ao lado do meu avô, no mesmo imóvel. A Cristiano Roças é onde eu fiz Ibeu. O bairro Jardim Glória é o lugar onde eu jogava bola com meus vizinhos, inclusive com o próprio Prefeito, o Vadinho. A cidade inteira me traz boas recordações e o fato de talvez não ter voltado logo após me formar se deve porque eu precisava me fortalecer para aguentar a perda dos meus pais que foi muito dolorosa. Ubá, de maneira geral, me traz o gostinho de infância e de coisas maravilhosas que eu vivi aqui” recorda. Além do clássico futebol no Jardim Glória com os amigos, quando questionado sobre as atividades vivenciadas em seu ciclo de amizade, Coré se lembra também da época que ele e a turma de colegas assistiam a missa de domingo e depois iam até o extinto e tradicional, na época, Bar Municipal para comprar uma coxinha com refrigerante: “Ahhh... e eu ainda sou da época que os rapazes davam voltas para um lado e
as moças para o outro na praça. Os primeiros namoricos da vida começaram assim” (risos).
ESCOLAS, MESTRES E VALORES Marco Aurélio estudou na Escola Estadual Antonina Gonçalves Coelho, naquela época não havia municipalizado. Posteriormente estudou na Escola Anexa e em seguida no Colégio Sagrado Coração de Maria: “(...) que para mim tem uma representação muito forte, pois eu tenho uma tia que é freira na congregação, a Tia Ilza de Lourdes, Irmã Ilza de Lourdes. Ela é tia do meu pai. É uma tia muito querida”. Os filhos de Coré seguem os passos do pai: “Quando morávamos no Rio de Janeiro meus filhos estudavam no Colégio Sagrado Coração de Maria de lá. É uma tradição que passa de pai para filho. Essa herança, eu faço questão de deixar para eles. Eu sempre achei o cunho religioso muito importante e para mim, o Sagrado sempre manteve isso e acho extremamente importante para a formação de valores, pois quando as coisas ruins acontecem, se você não tiver uma espiritualidade e crer em alguma coisa a mais é difícil ter uma sustentação” opina e ressalta que uma professora que marcou sua fase durante o colégio: “(...) é a Dona Ana Mares, que inclusive, me apelidou de Coré” relembra saudoso.
MOMENTO DE DECISÃO Ao prestar o vestibular, Marco Aurélio tentou as opções para cursar a faculdade de medicina
RECORDAÇÕES Marco Aurélio Barletta Pereira se formou em medicina em dezembro de 1992 e desde então seguiu sua carreira na cidade do Rio de Janeiro. Durante a entrevista ele nos contou que havia temporadas
Dr. Marco Aurélio recebeu a equipe de reportagem da Revista Fato em sua casa para um bate papo informal e emocionante. Revista Fato - Março 2015
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Capa e tentou também a odontologia, em Juiz de Fora. Como ele ainda estava indeciso, somente o decorrer do curso que fosse aprovado é que diria qual seria o caminho. “Ao ser aprovado no vestibular de medicina, durante o curso, tive a oportunidade de conhecer um professor excelente de nome Dantas Coutinho, que foi um dos astros da medicina que não falava somente de oftalmologia. Na verdade, ele tinha conhecimentos amplos de medicina, neurologia, enfim, conhecimentos de vida”. Nosso entrevistado relata que este mestre, já falecido, é altamente conceituado no mundo da oftalmologia e foi através deste contato com este professor, agregado às seus problemas oculares da adolescência que o mundo da oftalmologia começou a despertar nele uma verdadeira afinidade e encanto: “Foi aí que eu comecei a frequentar os serviços da faculdade sem estar formado, pois a cadeira de oftalmologia é administrada em seis meses. Eu fiquei no internato durante esse tempo, que é o último período da medicina e agregado a isso tinha um curso de pós graduação em minha área de interesse em especialização. Eu tive a oportunidade de acompanhar os pós graduandos no meu internato e ao terminar a faculdade eu já tinha um conhecimento maior sobre o que eu queria seguir em meu futuro”.
O PRIMEIRO EMPREGO FORÇAS ARMADAS Após se formar e já possuir em seu currículo a experiência adquirida em seu último período de faculdade, Marco Aurélio conseguiu um vaga no HCE – Hospital Central do Exército, no Rio de Janeiro: “Como eu não tinha nenhum “pistolão”, ou seja, pessoas que me indicassem ali dentro havia grande possibilidade de eu ser transferido para Amazônia, por que o Exército deslocava os profissionais dependendo da necessidade. Mas a verdade é que ninguém queria ir”. Ao ser chamado para uma entrevista no Palácio Duque de Caxias, Marco Aurélio nos conta que o Tenente que o entrevistou, ao abordá-lo, de cara, o disse: “Mineiro... Mineiro topa tudo! Aguenta tudo! Vamos mandá-lo para Amazônia, o que o senhor acha?”. Segundo Coré, naquele momento, deixou sua sinceridade aflorar e respondeu ao Tenente: “Olha, vou falar uma verdade para o senhor, topar tudo, nós mineiros topamos e com a gente não tem tempo ruim. Eu já passei por tanta coisa difícil em minha vida que se fosse possível me deixar aqui no Rio de Janeiro, para mim seria muito bom, pois não foi nada fácil chegar até aqui”. No dia seguinte, já na expectativa de olhar a listagem e ver que teria de seguir rumo a Amazônia, uma surpresa: “Eu estava locado no melhor lugar que tinha, que era no Hospital Central do Exército. Não 50
foi indicação de ninguém. Foi simplesmente honestidade, sinceridade, olho no olho... Eu estava pronto”. Ao ocupar sua vaga no HCE Dr. Marco Aurélio se candidatou a oftalmologia e na época, quem estava nessa chefia era o Coronel Estravalli, um excelente profissional da área e que por acaso era pai de um amigo da sua época de faculdade: “Eu estava no lugar certo e na hora certa. Eu fiz um pedido e fui atendido. Me colocaram dentro da oftalmologia, onde eu já entrei para continuar um estágio remunerado. Eu entrei nas Forças Armadas como Aspirante e saí como Tenente. Associado a isso, existia um curso de especialização ministrado pela Sociedade Brasileira de Oftalmologia, que era aplicado a noite e foi onde eu fiz a minha especialização. Eu tinha uma rotina prática dentro do HCE durante o dia e à noite exercia a parte teórica dentro do curso ”.
O LADO EMPREENDEDOR DE DR. MARCO AURÉLIO Em 1994 Dr. Marco Aurélio foi residente no Hospital do Andaraí e fez Pós Graduação na PUC até 1997, ano em que concluiu mais uma etapa em sua vida. Neste período, seu chefe do Hospital do Andaraí, Dr. Joel Carlos Silveira o convidou para uma sociedade para trabalhar numa clínica com ele: “Aceitei o desafio e nessa época fui me dedicar mais a parte de ultrassonografia ocular. Viajei muito para São Paulo, para Escola Paulista de Medicina buscando aprimorar meus conhecimentos nessa área. Fiz cursos de aprimoramento e trabalhei nesta sociedade até o ano de 2001, momento que minha vida deu outra reviravolta”. Durante nossa entrevista, ao abordar esse momento de sua carreira, Dr. Marco Aurélio declarou que estava percebendo que de 10 em 10 anos sua vida passava por uma transformação: “Eu me repagino todos os dias e tento melhorar sempre. E quando percebo que um ciclo em minha vida já está chegando ao fim eu começo tudo de novo e a vida trata de lançar esses desafios para que eu possa recomeçar”. Questionado dos maiores desafios enfrentados durante sua trajetória de vida, Marco Aurélio aprofunda em sua reposta: “O maior desafio mesmo é eu estar vivo, me manter sadio e são. Eu vivi um período muito difícil aos meus 22 anos de idade quando eu estava no meu segundo ano de faculdade. Quando eu me formei, eu tinha 26 anos e foi uma fase que eu estava em formação. Eu não me sentia preparado. Aliás, eu não acho que ninguém está preparado aos 26 anos de idade. Eu tinha todos os motivos para ficar doido, largar tudo e me tornar o mais preguiçoso e desleixado. Mas mediante a tudo que eu passei, estar sozinho, sem um porto seguro e olhando para os lados e sentindo que nada era firme, foi bem difícil. Portanto, a única coisa que tinha a fazer era botar o pé
no chão e falar assim: eu estou bem mentalmente, eu não perdi os princípios e os objetivos e com isso eu tracei uma linha na minha vida em busca de algum lugar para chegar”.
O CASAMENTO Marco Aurélio casou-se com Maura Jane em 2000 e há 14 anos eles vivem a união do matrimônio onde criam seus dois filhos, o Marco Aurélio e o Rafael. O casamento para Coré é o princípio de sobrevivência e formação e ele afirma que no momento que decidiu se casar já se sentia preparado e entendido para viver aquele momento: “Uma união instável não vai longe. A maturidade é importante dos dois lados e principalmente seguida de companheirismo e cumplicidade. Ao me relacionar com minha esposa, encontrei além de uma mulher experiente e bem posicionada, um porto seguro que eu havia perdido lá trás. Foi nela que eu encontrei o verdadeiro amparo e me senti firme novamente”. Coré nos contou que em uma de suas viagens a Suiça, que na ocasião foi na companhia de um amigo que ele tem grande estima Max Barreto, que inclusive é casado com sua prima Valéria, houve um noivado simbólico entre ele e Maura Jane, que foi o pontapé inicial para o seu casamento: “O Max e a Valéria são pessoas maravilhosas. São seres humanos honestos, centrados e que entram em nossas vidas para nos acrescentar com o bem. Eu sempre bati muito papo com o Max, pois ele fala as coisas da maneira que tem de ser falada e é uma pessoa que você pode confiar
Dr. Marco Aurélio ao lado da esposa Maura Jane com quem é casado há 14 anos.
Família reunida. Na fotografia o entrevistado Dr. Marco Aurélio Barletta Pereira, ao lado da esposa Maura Jane e dos filhos Marco Aurélio Filho (12) e Rafael (11).
no que ele diz” ressalta. Ele relata que durante a viagem, numa noite agradável, em um restaurante aconchegante na companhia do casal, Max perguntou: “Por que vocês não casam logo?”. Segundo Coré, respondeu a ele que as coisas não podiam ser daquele jeito, pois ele precisava se preparar mais e adquirir bens: “Foi então que Max me perguntou: ‘Mas você quer o quê? Uma lancha? Um avião? Pra casar não precisa de nada disso. Você precisa de uma pessoa que goste de você e que você goste dela’. Eu respondi a ele que tinha medo de não conseguir oferecer uma vida estruturada a ela e foi aí que mais uma vez ele disse suas acertadas palavras: ‘Esquece isso rapaz. Não tem que oferecer nada. Oferece só o que tá dentro de você. O amor, o carinho e pega o que ela tem a te oferecer e você verá que é isso que toca a vida’. Neste momento eu disse a ele que eu achava incrível a maneira como ele sintetizava as coisas. Em seguida, tomando um bom vinho, eu fiz um brinde e oficializei nosso noivado”. Coré nos conta que no outro dia ninguém falou nada e nem se manifestou sobre o assunto e decidido e entre risos, ele relembrou sua fala com saudade nos olhos: ‘Chegando ao Brasil vamos marcar a data do casamento’. “Quatro meses depois, nós estávamos casados. Três anos depois a Maura Jane engravidou de nosso primeiro filho e depois as coisas foram acontecendo. Se tem algo real em minha vida é a minha família e é de uma importância muito grande para mim. E se me perguntarem uma fragilidade que eu tenho, posso dizer com todas as letras que é o medo que tenho em perdê-los” fala emocionado.
UMA OPORTUNIDADE
Ao abordarmos esse momento da carreira de nosso entrevistado, Marco Aurélio resgatou o seu período de faculdade e com todo seu jeito mineiro de ser, com direito a receptividade de um bom ubaense ele nos contou: “Um amigo, de nome Alberto Messod Benssousan, estava em Teresópolis para fazer uma pós graduação e precisava de um lugar para morar e eu abri as portas da minha casa para ele. Eu não fiz ce-
rimônias, como de costume não faço. O cara que até então era um colega, tornou-se um amigo. Mas eu não podia imaginar que isso influenciaria em minha vida anos depois”. Coré e Alberto se tornaram grandes amigos. Depois de concluir a pós em Teresópolis ele mudou-se para o Rio de Janeiro e foi fazer residência na UFF – Universidade Federal Fluminense: “Um belo dia, Alberto veio a Ubá me visitar, na época eu já estava com a Maura e durante uma conversa ele me pediu um currículo, pois ele havia recebido um convite para ir ao Ibol fazer uma entrevista. O Ibol é uma instituição privada que oferecia na minha época cursos de pós graduação com formação credenciada pelo MEC, mas na ocasião, este meu amigo já estava trabalhando em um instituto renomado, de nome Benchimol, que também é um centro conceituadíssimo de referência de cirurgia de catarata”. Segundo Dr. Marco Aurélio seu amigo lhe disse para preparar o currículo, pois ele entregaria nas mãos dos diretores do Instituto, haja vista que ele não tinha interesse em aceitar o convite. Coré nos conta que na mesma hora questionou a ele: ‘Você vai enviar o meu currículo ao Instituto Brasileiro de Oftalmologia?’: “Eu disse naquele momento que ele estava ficando maluco. Na época que eu trabalhava no HCE, nós éramos conveniados ao Ibol e quando tinha algum exame que não tinha um laudo preciso, nós mandávamos para eles. Eu falei ao Alberto: ‘Que isso, meu amigo, como eu vou para o Ibol? Os caras de lá são os melhores do Brasil’”. Alberto falou a Coré que o máximo que ele poderia ouvir era o não, e foi aí que tudo começou.
Durante a entrevista Dr. Marco Aurélio falou à nossa equipe de reportagem sobre sua atuação no Consórcio Intermunicipal de Saúde e seu trabalho como cirurgião no Hospital Santa Isabel, onde pode colocar em prática toda experiência adquirida durante seus 13 anos dentro do Instituto Brasileiro de Oftalmologia - Ibol. Revista Fato - Março 2015
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Capa
O recém inaugurado consultório do Dr. Marco Aurélio Barletta fica localizado na Av. Raul Soares, nº 96, Sala 503, 5º andar.
IBOL – INSTITUTO BRASILEIRO DE OFTALMOLOGIA Passado alguns dias, o telefone de Dr. Marco Aurélio tocou e para sua honra era o Dr. Celso Klejnberg, um dos diretores do Ibol: “Eu quase caí duro (risos). Mas com simpatia eu perguntei a ele: ‘Oh, Sr. Celso, como está?’. E então ele perguntou se eu o conhecia. Eu respondia a ele que sim, especialmente dos muitos congressos que já havia participado. E então ele disse que o meu currículo estava nas mãos dele e que ele queria muito me conhecer, pois eu tinha o perfil do Ibol”. No mesmo momento, Dr. Marco Aurélio vestiu a calça jeans, colocou a camisa social, calçou o sapato e seguiu destino: “Me lembro que disse a Maura: ‘Mulher, acho que é a oportunidade da nossa vida’. A minha entrevista com o Dr. Celso foi toda oral. Nada por escrito. Ele jogava as questões e eu respondia. Após duas horas de conversa, ele me disse: ‘Rapaz, você tem o perfil do Ibol e eu estou vendo este pro-
Os atendimentos do consultório serão voltados para avaliação de consultas e exames complementares.
fissional aqui, na minha frente. Nós estamos expandindo e estamos precisando de profissionais com o seu perfil. Mas eu não sou dono sozinho e preciso passar pela aprovação de mais um de nós. Amanhã você retorna e passará por uma entrevista com o Dr. Oswaldo Moura Brasil’”. Coré nos contou que naquele momento não acreditou no que estava ouvindo. Afinal de contas, no dia seguinte, passaria por uma entrevista com o “Papa da Retina Nacional”: “(...) inclusive ele ocupa hoje, se eu não me engano, a cadeira de número 33 na Academia Brasileira de Medicina. Ele é o segundo ou o terceiro Oftalmologista na história da Academia de Medicina” acrescenta cheio de satisfação. No dia seguinte, foram mais duas horas de entrevista com o Dr. Moura e ao final da conversa dos dois, Coré teve a melhor notícia de todos os tempos e a ouviu de um de seus maiores mestres da oftalmologia: “Seja bem vindo. Agora, você faz parte do grupo Ibol. Você já é um dos membros. Você tem o perfil que procurávamos. De agora pra frente, basta você vestir a camisa, pois quanto mais fizer, mais aprenderá”.
As novas instalações de atendimento no consultório de Dr. Marco Aurélio conta com uma ampla sala para exames complementares oferecendo aos seus pacientes todo comodidade e conforto.
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Dali pra frente Marco Aurélio intensificou suas viagens. As notícias de nascimento dos filhos era via celular, pois todos os finais de semana ele viajava para cursos e foi assim, dedicação integral durante os dois primeiros anos: “Quando eu entrei lá dentro, eu queria aproveitar a oportunidade e aprender tudo o que tinha direito. Os equipamentos são de última geração e a qualidade cirúrgica é impressionante. Eu fiquei encantado”.
EXPERIÊNCIA ADQUIRIDA AO LONGO DOS 13 ANOS DE IBOL Durante os 13 anos que nosso entrevistado fez parte da equipe médica do Ibol, ele participou de todos os congressos relacionados à cirurgia e temas amplos. Ele explica que era exigência do Instituto a participação em dois congressos, sendo um deles voltado para cirurgia, “(...) que era o que eu gostava e lá dentro eu tinha minhas sub especialidades, que era a catarata e cirurgia refrativa”. Dr. Marco Aurélio Barletta Pereira faz parte do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, da Sociedade Brasileira de Oftalmologia, da Sociedade Brasileira de Catarata e Cirurgia Refrativa, que é uma sociedade específica para cirurgia de catarata e cirurgia refrativa e da Sociedade Brasileira de Ecografia Ocular. Essas instituições são as agremiações a qual ele faz parte. Nosso entrevistado destaca que após fazer parte da equipe médica do Ibol ele se tornou um profissional mais refinado e capacitado. Ele nos conta que em 2010 participou de um meeting em Fort Worth, no Texas, onde foram convidados 120 cirurgiões especializados em catarata em toda a América Latina e ele estava entre os 20 brasileiros lá presentes. “No Ibol, nós tínhamos no mínimo uma reunião científica por mês com profissionais ministrando palestras que eram referência no mundo todo e eu tenho enorme gratidão por todos os meus direto-
res, que foram verdadeiros pais para mim ali dentro. Mas, vale frisar que houve dedicação. Ninguém me deu nada. Foi tudo conquistado com trabalho, suor, humildade e aceitação. Ali dentro, eu só ganhei. É um privilégio muito grande falar que eu tenho o Ibol no meu currículo” declara o médico. Ele também nos conta que ao sair do Instituto um dos seus chefes lhe deu um importante conselho, que na ocasião, foi o Dr. Paulo Nakamura: “Mantenha o que você tem de mais nobre: a sua humildade, meu filho. Porque o que te colocou aonde você chegou foi essa sua conduta de simplicidade. Quando eu saí de lá eram 340 funcionários. Do porteiro ao diretor da clínica, todos me conheciam e eu sempre fiz questão de ter uma excelente relação de igual para igual com todos. Eu sempre procurei ser humilde, crescer, aceitar, mas não desistir e foi isso que me fez ir pra frente”.
O BOM FILHO A CASA RETORNA Já no ano de 2012, sem menos esperar, Marco Aurélio recebe uma ligação de Daniela, sua irmã caçula, para tratar de assuntos pessoais e familiares e após terminarem a conversa, a pedido dela, ele ligou para o então atual Prefeito de Ubá, Vadinho Baião, para tratar de assuntos burocráticos: “A verdade é que eu estava sem graça de ligar para ele, embora eu vote nele há 20 anos. Mas afinal de contas, fazia anos que nós não nos falávamos. E de cara a Maura já ficou com medo de eu entrar para política (risos). Durante nossa conversa, comentei com Vadinho que estava de mudança para uma cobertura e que teria de deslocar minha família para Ubá durante uns seis meses até nos mudarmos. Foi aí que ele me abordou e perguntou porque eu não voltava definitivamente para cidade carinho, pois ele estava concluindo a obra de um projeto maravilhoso, que é o Consórcio Intermunicipal de Saúde, que em Juiz de Fora já funcionava e que a expectativa para o sucesso do projeto em Ubá eram as melhores. O Vadinho me disse que além de uma excelente infraestrutura, o consórcio teria ônibus monitorados que acompanhariam as cidades num raio de 50 km em torno de Ubá” relembrou detalhadamente. Segundo Dr. Marco Aurélio, o Prefeito de Ubá disse que o projeto buscava um profissional que tivesse o desejo e formação para fazer um trabalho de qualidade, agilidade, mas acima de tudo, com humanidade. Ele nos conta que depois de ficar dois dias sem dormir, veio do Rio de Janeiro a Ubá para conhecer o projeto. “Quando eu cheguei à Colônia, vi a obra pronta, o prédio novo, o consultório oftalmológico na porta, campo visual, tudo zero e funcionando perfeitamente. Eles me deram um refrator novinho. Um aparelho desses custa em média, trinta mil reais. Ou seja, eles estão me dando mais do que eu preciso para
fazer uma boa oftalmologia. Naquele momento eu aceitei o convite e aqui estou”. Nosso entrevistado enfatizou que o Rio de Janeiro sempre foi uma cidade maravilhosa de se morar e foi lá que ele construiu boa parte de sua vida. Mas ele destaca durante nosso bate papo que ao mesmo tempo em que a Cidade Maravilhosa oferece, ela tira.
A ROTINA DO DR. MARCO AURÉLIO BARLETTA PEREIRA Dr. Marco Aurélio divide sua agenda de atividades entre seus atendimentos na Colônia, no Hospital Santa Isabel e em seu recém-inaugurado consultório. Durante a entrevista, ao ser questionado das diferenças de sua rotina de atendimento no Ibol e em seus atuais locais de trabalho, ele brinca: “A única coisa que muda é que lá eu tinha uma sala de frente para o mar e o pão de açúcar” (risos). Nosso entrevistado diz que sempre foi uma pessoa simples e sempre prezou por isso e que ao chegar para trabalhar, independente do turno, sempre passa pelos pacientes e faz questão de cumprimentá-los com largo sorriso: “Acontece de na maioria das vezes o paciente esperar por aquele momento e se preparar para ele. Se eu atendo o primeiro da fila bem, o último da fila tem que ser mais bem atendido que o primeiro, pois ele ficou até àquela hora aguardando. O meu humor, no final do dia, melhora, graças a Deus”. Segundo Dr. Marco Aurélio, em dois anos de trabalho já são mais de dez mil pacientes atendidos e ele fala com categoria: “(...) é claro que Deus não agradou todo mundo, pode ser que eu não tenha agradado um ou outro e também não tenho a pretensão de ser perfeito. Mas falo com convicção que dos meus 10 mil pacientes atendidos lá no consórcio, em nossa pesquisa de satisfação, nós temos 99% de aceitação de nossos pacientes. Além disso, no Hospital Santa Isabel já realizei inúmeras cirurgias de catarata através do método de facoemulsificação, com
anestesia local, microincisão, lentes dobráveis e sem pontos, utilizando um aparelho de última geração, de nome Infiniti, que inclusive eu utilizava em minhas cirurgias quando fazia parte da equipe médica do Instituto Brasileiro de Oftalmologia” completa satisfeito.
UM NOVO PROJETO Após retornar para Ubá Dr. Marco Aurélio idealizou um projeto, que é a inauguração de seu consultório, fruto de um sonho de uma vida. Ele nos conta que até a disposição da sala é muito semelhante com sua antiga sala do Ibol e mais uma vez ele se diverte durante a entrevista: “Porém, sem a vista para o mar”, risos. Segundo nosso entrevistado este consultório será voltado para avaliação de consultas e exames complementares e que este espaço se resume em toda uma bagagem adquirida com muita dedicação: “Este é um lugar que eu não quero mais sair e enquanto Deus me permitir eu quero estar aqui, trabalhando com energia, sorriso e prazer” encerra.
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Espaço Jurídico OAB/MG 108.555, advogado membro do escritório Pacheco & Sousa, Assessoria Jurídica e Empresarial. Pós-graduando em Direito Tributário pela Universidade Anhanguera – UNIDERP. E-mail: camppss@bol.com.br
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PENA DE MORTE SOLUÇÃO OU FRUSTRAÇÃO?
Recentemente tivemos a oportunidade de acompanhar em todos os jornais a situação dramática enfrentada pelo brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira na Indonésia, condenado à pena de morte por fuzilamento em decorrência do ilícito do tráfico de drogas, ante sua tentativa de introduzir produtos entorpecentes naquele país, sendo que, através da pena de morte, a Indonésia dá um recado bastante sério a todos que tiverem a mesma pretensão. Não bastasse a morte de Marco Archer, Rodrigo Gularte, condenado pelo mesmo ilícito, aguarda sua condenação no corredor da morte daquele país, sendo que ainda existe a esperança de que seja salvo sob o argumento de apresentar problemas psiquiátricos. Diante de tais considerações, podemos passar a refletir se a pena de morte para crimes hediondos e tráfico de droga seria uma possível solução para o Brasil, já que outros países adotam esta punição para crimes comuns, como é o caso da China, Estados Unidos, Irã, Afeganistão, Iraque, Coreia do Norte, Arábia Saudita, dentre diversos outros. A Constituição Federal veda a aplicação da pena de morte para crimes civis, ou comuns, excepcionando sua aplicação para alguns crimes militares em tempo de guerra declarada, sendo que o Código Penal Militar faz previsão de quais são os crimes para os quais há pena de morte e posso citar o crime de motim, revolta ou conspiração, deserção em presença do inimigo, coação ao comandante, e assim por diante. Existe forte pressão social para que seja introduzida pena de morte no Brasil para o crime de tráfico de drogas e hediondos (homicídio qualificado, estupro, genocídio), porém, por conta das cláusulas pétreas, a introdução da pena capital no ordenamento jurídico brasileiro não é possível, nem mesmo através de emendas constitucionais, sendo que, para tanto, seria necessária uma nova Constituição Federal em substituição à atual, porém, deixando de lado os argumentos constitucionais acerca da possibilidade ou não de introdução da pena de morte em nosso ordenamento, passo a refletir se tal medida seria a solução diante da conjuntura atual, eis que é alarmante o grau de violência que estamos enfrentando.
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Foto: www.lemnews.com.br
César Campos Lara
O brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, de 53 anos, foi executado na madrugada de domingo (18 de janeiro de 2015) na Indonésia – 15h31 de sábado (17), pelo horário de Brasília. O método de execução de condenados à pena de morte no país é o fuzilamento.
Sabemos que o tráfico de drogas desencadeia uma série de outros crimes, eis que o usuário de drogas ilícitas que estiver em débito, encontra no furto e no roubo um meio de buscar recursos para pagar sua dívida. Ademais, existe uma grande repulsa social no que se refere a alguns crimes hediondos, como é o caso do estupro, genocídio e homicídio qualificado. Existem aqueles que se posicionam desfavoravelmente à pena capital (pena de morte), argumentando que não há nenhum ganho significativo em termos de diminuição da violência com a previsão de tal pena, bastando uma análise dos massacres ocorridos nos Estados Unidos mesmo com uma justiça criminal mais aparelhada e a previsão da pena capital. Ademais, argumentam pelo “sucateamento” da Polícia Judiciária em vários Estados, bem como do próprio Poder Judiciário, o que acaba por aumentar o risco de injustiças, no sentido de inocentes perderem suas vidas e entendem também que violência serve apenas para gerar mais violência. Por outro lado, existem aqueles que entendem
pela necessidade de aplicação da pena de morte para crimes comuns no Brasil, argumentando que a pena capital irá eliminar a sensação de impunidade que vem sendo uma constante em nosso país. Ademais, entendem que com a pena de morte, o condenado não terá a chance de fugir e cometer outros delitos, além de não ser mais um problema para a sociedade quando de seu retorno ao convício social, já que, infelizmente, o sistema carcerário não recupera ninguém. Afirmam, ainda, que a pena de morte irá amenizar a superlotação nos presídios, já que muitos estão cumprindo pena por tráfico ilícito de drogas e crimes hediondos e que a pena capital figura como verdadeira resposta para a sociedade e, principalmente, para os familiares da vítima. Enfim, diante de posicionamentos divergentes acerca da pena de morte no Brasil, deixo aqui um assunto a ser refletido por todos os leitores, sendo certo que de violência o brasileiro está farto. Estamos perdendo nossa liberdade de ir e vir. Qual será a solução? Revista Fato - Março 2015
Comportamento
ATLETAS DE UBÁ E REGIÃO SE
Por Juliana Campos
DESTACAM NO MMA
O
CONHEÇA A TRAJETÓRIA DE QUATRO LUTADORES QUE SÃO VERDADEIRAS PROMESSAS PARA O MMA NACIONAL
O MMA tem garantido cada vez mais espaço na vida do brasileiro. O crescimento do esporte no nosso país se deve, além do fato de possuirmos vários lutadores talentosos e campeões, a grande divulgação através da mídia. No decorrer de suas edições a Revista Fato aborda o tema em questão com o objetivo de disseminar este esporte e promover os lutadores de nossa cidade e região. Para esta publicação de março, convidamos quatro atletas, sendo três ubaenses e um guidovalense para compartilhar com vocês sua trajetória e suas perspectivas no MMA para o ano de 2015. Acompanhe a seguir a história de José Negão, Eder Bambu, Jonathan Santiago e Marquinho Guidoval.
JOSÉ NEGÃO
José Roberto Silva da Rocha, mais conhecido no octógono como José Negão, ou apenas, Negão, tem 27 anos e há 6 pratica MMA. Ele nos conta que desde criança sempre gostou de lutas e já tinha praticado capoeira e taekwondo. “Foi quando há seis anos eu recebi um convite de um amigo para treinar muay thai na academia do Antônio Paulo Branjão, o Montanha. Após 8 meses de treino participei da minha primeira competição e desde então não parei mais”. Negão declara que encontrou no MMA além do esporte, um meio de vida, “(...) e até uma religião. Aprendi a ter mais disciplina e respeito, tanto na academia, quando na rua. A luta sem dúvida me fez uma pessoa melhor”. José Roberto é dono de um cartel de 6 lutas, com 5 vitórias e 0 derrotas e 1 “no contest”, o que no MMA é conhecido como luta sem resultado. Ele nos 56
conta em primeira mão que já tem data para retornar ao octógono e será dentro de casa: “Quero lutar e estar ao lado desta torcida maravilhosa que tenho aqui” fala satisfeito. Negão ainda relata que atualmente está em uma fase “de OFF” e por enquanto não está treinando intensamente: “Mas procuro sempre me manter focado nos meus objetivos. Estou fazendo uma reabilitação para voltar com tudo nas competições este ano”. Nosso entrevistado compartilha sua experiência em participar de um dos maiores eventos de luta do mundo, o The Ultimate Fighter Brasil em 2014. Ele nos conta que o TUF, que por sua vez é organizado pelo UFC, a maior organização de MMA do mundo, traz para qualquer atleta que tem a oportunidade de pisar no seu cage uma grande visibilidade, carinho, reconhecimento e prestígio: “Comigo não foi diferente mesmo eu sendo derrotado na entrada da casa. Hoje, carrego comigo, um grande aprendizado: o de que nunca devemos desistir dos nossos sonhos e sempre devemos estar preparados para o que der e vier” salienta. Questionado sobre os seus ídolos, ele é pontual: “Sem dúvidas hoje temos uma das maiores referências do MMA mundial, e para mim eu colocaria na seguinte ordem: Minotauro, Wanderlei Silva, Anderson Silva e José Aldo. Temos um grande acervo de lutadores, mas esses são os meus ídolos no MMA” encerra.
JONATHAN SANTIAGO Jonathan José Santiago de Oliveira é professor de Muay Thai e treina este esporte há 13 anos. Já o MMA, Jonathan pratica há 03. Aos 26 anos de idade
o atleta possui 6 lutas em seu cartel, tendo 5 vitórias e 1 derrota. Ele nos conta também, em primeira mão, que para 2015 já tem lutas marcadas. Ele destaca três datas e cidades: “No dia 21 de março eu luto em Belo Horizonte, em 18 de abril luto em Juiz de Fora e em 09 de maio luto em Viçosa. As demais ainda falta confirmar data e local”. Nosso entrevistado nos contou que treina muay thai desde os seus 14 anos de idade: “Esporte para mim foi e ainda é tudo. É a minha base de vida. Vejo no MMA, como em outras modalidades esportivas uma excelente oportunidade de resgatar jovens, adolescentes e até mesmo adultos da violência e da criminalidade. Vejo que o esporte coloca um objetivo em nossas vidas fazendo com que sejamos melhores todos os dias”. Jonathan treina diariamente de duas a três horas, no período da manhã e da noite. Questionado das maiores dificuldades de praticar e competir, ele é categórico: “Certamente a falta de apoio. Com um pouco mais de pessoas e empresas apostando em nosso potencial, conseguiríamos chegar muito mais longe”. O Professor de Muay Thai tem Anderson Silva como o papa do MMA, mas ele afirma que outros atletas como Minotauro, Rafael Feijão, Toquinho, Jacaré e José Aldo, que hoje é o único brasileiro dono de um cinturão, são verdadeiros espelhos para atletas que almejam serem lutadores consagrados. “Sem dúvida nenhuma nosso professor e amigo Montanha, que já treina com essas grandes feras, logo estará entre esses grandes nomes” encerra.
EDER BAMBU Eder de Souza, mais conhecido como Eder Revista Fato - Março 2015
Servando Lopes
Marquinho Guidoval.
JosĂŠ NegĂŁo.
Eder Bambu.
Jonathan Santiago.
Comportamento Bambu, pratica MMA há mais de 15 anos. Ele nos conta que conheceu esta modalidade há muitos anos e na ocasião, treinava capoeira: “Não existia competições e com isso o interesse em treinar MMA não era tão intenso. O que posso dizer é que o esporte, de maneira geral, transforma as pessoas. Minha rotina hoje é MMA. Eu acordo, almoço, durmo... enfim, eu respiro este esporte que mudou a minha vida”. Bambu possui no seu sherdog, o site oficial de lutas, um cartel de 10 vitórias e 1 derrota, sendo que somente em sua primeira luta, a mesma ocorreu até o 3º round. As demais vitórias de Eder são por finalização e nocaute. Questionado de quando será sua próxima luta, Bambu nos conta que em janeiro deste ano esteve por 15 dias no Rio de Janeiro em um camping de seu amigo Thiago Marreta em treinamento intensivo. Sua próxima luta será em março ou abril no conhecido evento de MMA, WOCS. “Minha rotina é bem puxada. Começo minhas atividades às 7h00 e vou até às 10h00 dando aula. Dou continuidade com meu treino de 10h30min as 13h00, momento que eu paro, almoço e descanso até as 17h00. Às 18h00 retomo com minhas atividades e dou aula até 21h30min. E claro, entre um treino e outro me suplemento. Posso dizer que tenho o privilégio de ser patrocinado pela Herbalife e isto é fundamental para intensidade e qualidade dos meus treinos e consequentemente minhas lutas” relata. Além de lutar, Eder administra uma academia em Ubá há mais de 10 anos: “Durante esse tempo tive a felicidade de fazer bons amigos e claro, bons atletas, além, também de formar excelentes professores” conta satisfeito. Bambu declara que sua academia possui uma filosofia onde o principal objetivo é trabalhar em prol de difundir a arte marcial e formar além de lutadores, professores qualificados para trabalharem com esta modalidade: “Nestes 10 anos de Academia ATS tenho alunos formados dando aula em quase toda Zona da Mata. Hoje, tenho alunos profissionais que são futuras promessas no MMA. Me orgulho em dizer que tenho alunos que andam 80 km para vir até Ubá para treinar comigo. Sou grato aos atletas de Ubá, Rio Pomba, Mercês, Astolfo Dutra, Senador Firmino, Divinésia, Guidoval, dentre outras cidades que acreditam em nosso trabalho e confiam seus sonhos em minhas mãos. E assim, como meu mestre André Tadeu me acolheu e me ensinou tudo, tento retribuir da mesma maneira” declara. Nosso entrevistado aponta que em Ubá, ele vê o MMA de maneira crescente. Ele afirma que quando ele começou era bem complicado, mas hoje, com o apoio da mídia, a aceitação do público e dos próprios patrocinadores evoluiu muito. “A prova disso foi o evento do WOCS que ocorreu em Ubá, um dos maiores eventos de MMA 58
Ficha Técnica: Marquinho Guidoval Idade: 21 anos; Peso: Galo, 61kg;
Cartel: 5 - 1; Natural: Guidoval/MG.
do Brasil. Vejo que a cidade tem acolhido bem nosso esporte e o povo ubaense gosta de lutas (risos). Pessoas da cidade contam que quando vou lutar os bares ficam lotados, pois a galera se reúne para assistir as lutas. Isso é muito gratificante para nós, atletas. Até hoje, quando passo na rua, pessoas gritam “Aqui NÃOOO”, essa frase, foi minha última fala após vencer minha luta aqui em Ubá no WOCS 38”. Questionamos também, ao Eder Bambu, os seus ídolos no MMA. Não muito diferente de seus colegas, ele respondeu nomes de grandes ícones deste esporte de referência em grande parte do mundo: “O Brasil é um dos maiores celeiros do MMA Mundial. Mas posso destacar alguns: Vitor Belfort, Lioto Machida, José Aldo com quem tive o privilégio de treinar e Fabrício Verdum” encerra.
MARQUINHO GUIDOVAL
Ficha Técnica: José Negão Idade: 27 anos; Peso: Meio Médio, 77kg;
Cartel: 5 - 1; Natural: Ubá/MG.
Ficha Técnica: Eder Bambu Idade: 32 anos; Peso: Médio, 84kg;
Cartel: 10 - 1; Natural: Ubá/MG.
Ficha Técnica: Jonathan Santiago Idade: 26 anos; Peso: Pena, 66kg e Leve 70kg;
Cartel: 5 - 1; Natural: Ubá/MG.
Marcos Antônio Ribeiro tem 21 anos e é connhecido no MMA como Marquinho Giodoval. Há pelo menos 08 anos o guidovalense pratica este esporte. Marquinho nos conta que seu contato com as lutas surgiu quando ainda era adolescente. Ele relata que na época era um rapaz rebelde, brigava na rua e foi nessa época que um amigo lhe fez um convite para conhecer esta modalidade esportiva. Marcos diz que ao começar a praticar e a entender o esporte tornou-se uma pessoa mais disciplinada e sua vida foi transformada desde então. Em seu cartel de lutas, são 5 vitórias e 1 derrota. Questionado sobre sua próxima competição, Marquinho explica que ainda não é certo: “(...) mas é possível que eu lute no mês de abril”. Assim como todo atleta disciplinado, nosso entrevistado também treina pesado e assiduamente para manter-se sempre preparado: “Treino todos os dias. Treinar nunca é demais. Temos que estar sempre bem preparados fisicamente” destaca e ainda salienta que o maior desafio ao se preparar para uma luta é a perda de peso: “Eu, particularmente, toda vez que vou lutar, tenho que perder de 8 a 9 quilos”. Além de lutar, Marquinho também tem sua academia na cidade de Guidoval, onde dá aulas e tem um projeto social para crianças carentes, que surgiu há dois anos. Ele afirma que através desta ação, as crianças podem conhecer o esporte “(...) e tem a oportunidade de, quem sabe, no futuro, se tornar um bom lutador ou professor e o que é mais importante, um cidadão melhor” finaliza.
Servando Lopes
Futebol e CIA Graduada em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Estácio de Sá (UNESA RJ) e Especialista em Jornalismo Esportivo por Faculdades Integradas Hélio Alonso (FACHA RJ). Contato: marinafusaro@yahoo.com.br
Marina Fusaro
ADEUS
LÉO MOURA
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Quando me apaixonei por futebol, era comum que um jogador passasse uma vida inteira no mesmo clube, muitas vezes, o seu clube de coração. Hoje, na Era 7 x 1, putz, comum é ver um atleta beijar a camisa de time num dia e no outro declarar amor eterno pelo arqui-rival. Então, não é por ser rubro-negra, mas sim, por conseguir enxergar em Léo Moura um pouco da paixão que via em Zico, Júnior e Cia. Sim, e é por este motivo que hoje, o camisa 2 é o tema desta coluna, assim como será quando Rogério Ceni se aposentar. Após 10 anos de Flamengo, o lateral direito se despede do rubro-negro e vai jogar no Fort Lauderdale Strikers, dos Estados Unidos. Uma década de dedicação, vitórias, títulos, tropeços, sorrisos e lágrimas, muitas lágrimas, já que o emotivo Léo chora, tanto nas derrotas, quanto nas vitórias mais importantes, e foi assim que se despediu, emocionado e agradecido ao clube e principalmente à torcida rubro-negra: “Uma vez, sempre. Nada muda. São dez anos de clube, muitos mais de torcedor, e meu carinho pela Nação e pelo Clube de Regatas do Flamengo é eterno”, comentou o lateral, no dia do anúncio de sua despedida. E apesar de todo este carinho pelo Flamengo, no início da carreira, Léo também parecia ser mais um jogador ‘itinerante’, cigano mesmo. Jogou por diversos clubes no Brasil e exterior, inclusive pelos rivais Botafogo (base), Fluminense e Vasco. Mas no rubro-negro, Léo se encontrou! Chegou ao Flamengo em 2005 e pelo clube o Camisa 2 conquistou seu primeiro título como profissional, a Copa do Brasil de 2006. Conquistou ainda o Campeonato Brasileiro de 2009 e outra Copa do Brasil em 2013, além de cinco estaduais. Valeu Léo, que jovens atletas sigam seu exemplo de profissionalismo e amor ao clube! Boa sorte nos EUA!
flacolatina.com.br
UMA DÉCADA DE DEDICAÇÃO
Revista Fato - Março 2015
Abrindo o Closet Por Juliana Campos
Narrimam
Rachid Ficha Técnica
Nome completo: Narrimam Costa Rachid; Idade: 50 anos; Cor favorita: Preto; Profissão: Advogada; Signo: Sagitário; Uma frase: “Um sapato tem muito mais a oferecer do que apenas caminhar” Christian Loubotin; Uma viagem: New York, of course; Ídolo: Nassim Rachid, meu pai; Saudade: Dos entes queridos que se foram; Valores: Família e a dignidade; Amor: Minhas filhas, Layra e Clara; Um sonho: Ultimamente sou uma mulher realizada.
Fabiano Araújo - Fotografe
ENTREVISTA: Para você, o que significa estar na moda? Estar na moda é vestir o que me faz bem e não fugir de mim como pessoa. Elegância é sinônimo de? De fazer à diferença. Na moda, qualquer um pode querer estar, mas só alguns exercem com elegância! Qual é a combinação perfeita para um bom look? Depende de cada situação. Você faz a sua própria moda ou faz questão de acompanhar as tendências que a moda lança? Faço questão de acompanhar as tendências. Você acha que um look perfeito depende apenas da roupa ou se preocupa também com a combinação de cores, sapatos e acessórios? É um conjunto. Quais são suas cores favoritas? Preto, branco e vermelho. Qual é o look que cai bem em qualquer ocasião? Vestido e salto alto.
Qual modelito não pode faltar no seu closet? Vestido. Como você faz para se atualizar sobre o mundo da moda e das tendências? Pesquiso sobre, e quando viajo tento me interagir sobre o assunto. Quais os acessórios você considera que não poder faltar em um guarda roupa feminino? Cintos e bolsas. Roupas de marca é um vício pra você? Sim, adoro uma griffe! Quais modelos de bolsas te agradam mais? As grandes, de preferência de cores escuras. O que não pode faltar nela? Dinheiro (risos). Que tipo de sapatos você prefere? Considera-se uma ‘viciada’ em sapatos? Salto alto e tenho bastante, face a minha profissão. Uma mulher e um homem que para você seja símbolo de elegância? Alexander McQueen e Donatella Versace. Para trabalhar você também se preocupa com uma boa aparência e um bom look?
Muito, pois vale quanto pesa. No verão que tipo de roupa você mais usa para se sentir bem, confortável e na moda? Vestido.
Moda Graduada em Design de Moda e Vestuário/ FAESA – ES. Pós Graduada em Gestão Empresarial / FAESA – ES. Atua na área no Ateliê Ana Costa.
Marilia Rinco
Produção: Marilia Rinco; Assessoria de Produção: Thalita Nogueira e Juliana Campos; Fotos: Lucas Castanelly – Fotografe; Locação: Estúdio Fotografe; Modelos: Debora Ferreira / Rafaella Borges; Beleza: Nitinho Silva; Acessórios: Vanessa Lana Acessórios; Agradecimentos: Loja Estilo; Laryssa Delazari; Vanessa Lana; Fabiano Araújo e Rafaela Estevão.
Segurança Pública Delegado Titular da Delegacia Especializada em Investigação Antidrogas e Homicídios. contato: rgomesdir@hotmail.com
Dr. Rafael Gomes de Oliveira
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Temos acompanhado pelos diversos órgãos da imprensa local a preocupação da sociedade Ubaense com a onda de violência que assola não somente nossa cidade, mas todo o país. A razão deste aumento se deve a inúmeros fatores: políticos, sociais, saúde publica, segurança publica, entre outros, que pelo objetivo do presente espaço deixaremos de enumerar. Porém, é necessário mostrar para sociedade que os responsáveis em zelar pela segurança pública estão trabalhando em prol de um único objetivo: promover a paz. Estamos em constante interação com o Poder Judiciário, na pessoa do competente Juiz de Direito Dr. Nilo Marques Martins Junior e com o Ministério Publico representado pela não menos competente Dra. Letícia Vidal Troccoli Guerra de Oliveira, discutindo segurança pública e procurando alternativas para o combate a violência. Portanto, é de suma importância mostrar para sociedade que apesar de existir violência, todos estão engajados na repressão. A titulo exemplificativo, nós da Delegacia Antidrogas e Homicídios começamos o ano trabalhando incansavelmente, senão vejamos¹:
COMEÇANDO COM PÉ
DIREITO Arquivo Polícia Cívil
Imagens ilustrativas de prisões e apreensões deflagradas em operações realizadas pela Delegacia Antidrogas e Homicídios sob o comando do Delegado Dr. Rafael Gomes de Oliveira.
01) 16 pessoas presas em flagrante; 02) 04 pessoas presas em razão de preventiva; 03) 102 buchas de maconha apreendidas; 04) 07 tabletes grandes de maconha apreendidos; 05) 20 pedras de crack apreendidas; 06) 72 papelotes de cocaína apreendidos; 07) 09 veículos apreendidos (clonagem e tráfico); 08) 02 revolveres apreendidos; 09) 17 munições apreendidas. Portanto, temos que ter em mente que não apenas os poderes constituídos, mas toda a sociedade pode auxiliar no combate a violência em nossa cidade. Temos certeza que se cada poder constituído, com o auxilio da sociedade, fizer sua parte, conseguiremos reduzir os índices de violência. 54 72
Revista Fato - Março 2015
Economia Por Higor Siqueira
CONSÓRCIO X FINANCIAMENTO:
PARA O CONSUMIDOR, QUAL É O MAIS VANTAJOSO?
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TIRE SUAS DÚVIDAS SOBRE ESTES PROCESSOS E SAIBA QUAL ESCOLHA SERÁ MELHOR PARA REALIZAR SUA COMPRA
Na hora de comprar um imóvel, ou então um carro, pelo fato do valor do produto ser mais alto que a maioria dos bens que adquirimos no dia-a-dia, há opções para que o consumidor possa realizar tal compra sem ter o dinheiro para pagar a vista. O financiamento e o consórcio são duas dessas opções, ambas bastante populares entre os brasileiros e é sobre elas que vamos falar em Economia neste mês de Março. Há muitos detalhes que circulam os processos de financiar e fazer um consórcio e certamente eles geram algumas dúvidas para os que pouco entendem do assunto, mesmo essas modalidades sendo tão conhecidas entre nós – e não se engane, todo o cuidado com esses detalhes é pouco. Antes de qualquer coisa, é necessário analisar bem o produto que deseja comprar. Você está com pressa de mudar ou quer logo um carro novo? Então não escolha os consórcios, pois eles são mais demorados e foram feitos para quem pode esperar e quer poupar dinheiro. Com o financiamento, você agiliza o processo e já passa para a escolha do produto a partir da quantia que o banco vai disponibilizar – de acordo com o seu perfil econômico, é claro. Entretanto, dependendo das suas condições no momento, o financiamento pode ser ligeiramente incerto. Antes do banco simplesmente liberar o dinheiro, é necessário apresentar a documentação requisitada pela instituição e fazer o pedido da carta de crédito. Não é possível ter certeza de que o banco 74
irá financiar o imóvel logo de cara e de forma integral, pois cada instituição tem suas próprias condições, como o limite de prestações e as taxas de juros. E falando em juros, eles fazem parte dos pontos negativos ao se fazer um financiamento, algo que não acontece quando você entra num consórcio, que de “extra” só possui as taxas administrativas. Como é possível observar, tanto num caso, quanto no outro, encontramos prós e contras. O necessário é analisar sua situação em especial e ver o que mais cabe dentro do seu perfil na hora de fazer o negócio. Para esclarecer todas as questões que envolvem o financiamento e o consórcio, convidamos mais uma vez o economista Paulo Roberto Veloso para responder algumas perguntas sobre o assunto e nos auxiliar a fazer uma boa escolha ao adquirir o produto desejado.
ENTREVISTA Revista Fato!: O consórcio e o financiamento são opções para quem quer comprar a casa própria, ou um automóvel, ou então adquirir qualquer bem que seja mais caro e, consequente, difícil de ser pago à vista. Mas ambos possuem seus prós e contras. Do ponto de vista econômico, qual dos dois é mais vantajoso? Paulo Veloso: Do ponto de vista dos custos finan-
ceiros, normalmente o consórcio sai mais barato. Porém, a melhor opção dependerá sempre da necessidade de cada comprador. Ou seja, se a pessoa deseja o bem imediatamente ou se pode esperar. O imediatismo é resolvido com o financiamento. Já aqueles que podem esperar um pouco mais, devem optar pelo consórcio. Revista Fato!: O consórcio não tem juros, mas possui taxas administrativas. Isso seria um ponto positivo na escolha, ou no final das contas fica “elas por elas”? Paulo Veloso: Nesse caso, o consórcio pode ser melhor. Na verdade, as taxas administrativas são mais baixas que os juros cobrados pelas financeiras. Devemos lembrar ainda que as operadoras de consórcio são livres para definir o valor que irão cobrar. Logo o mais importante é fazer uma boa pesquisa de mercado e comparar as taxas cobradas. Revista Fato!: Qual é a melhor opção para aqueles que possuem pressa em realizar a compra? Paulo Veloso: Aqueles que têm pressa em adquirir o bem (carro ou imóvel) estará condicionado ao financiamento, pois o consórcio é demorado. A não ser que possua uma boa reserva de dinheiro para fazer um lance. Revista Fato - Março 2015
Divulgação
Revista Fato!: Cada banco possui condições únicas para negócios, então não é possível ter certeza se o financiamento será aceito logo de cara. O que geralmente é avaliado/necessário para a realização do processo de financiamento? Paulo Veloso: Normalmente, o banco leva em consideração o histórico do cliente e sua capacidade de pagamento. Pessoas com mais tempo de conta no banco, um bom histórico e renda adequada, por exemplo, com certeza terão mais facilidade. Revista Fato!: Fale um pouco sobre as tabelas de financiamento Price e SAC, responsáveis por determinar o valor da parcela dentro do consórcio. Paulo Veloso: Na tabela Price, o cálculo da parcela é feito de forma que todas sejam iguais ao longo do consórcio. Logo, a primeira será composta na maior parte pelos juros. Ao longo do tempo o valor pago de juros vai caindo e o valor da amortização vai aumentando. Ou seja, no começo o cliente paga juros maiores e amortiza menos. No final amortiza mais e paga menos juros. No caso da tabela SAC, o valor pago da dívida (amortização) é sempre o mesmo, mas a parte que vem dos juros vai diminuindo porque incidem sobre
um valor cada vez menor. Revista Fato!: Fale sobre a importância de pesquisar bem antes de fechar um consórcio, pois muitas pessoas se “iludem” com alguns detalhes e acabam se esquecendo, por exemplo, que o sorteio pode chegar antes do que havia sido planejado, ou até mesmo muito tempo depois do desejado, e em alguns casos ainda existem taxas para quem desiste no meio do processo e demora no ressarcimento do valor que já havia sido pago. Paulo Veloso: O segredo de uma boa aquisição está numa boa pesquisa de mercado. Isso vale para qualquer tipo de compra. Outra questão é o planejamento financeiro que deverá ser feito antes de efetuar a compra. Como no consórcio não existem avaliações criteriosas da capacidade de pagamento do cliente, essa etapa fica por conta da própria pessoa que vai comprar. Como isso nem sempre é feito, acaba havendo inadimplência. Diante disso, o mais relevante é cada pessoa avaliar seu fluxo (entradas e saídas) de dinheiro no decorrer do prazo da compra. Vale lembrar que temos sempre que deixar uma reserva para os imprevistos e futuras taxas.
CONSELHO DO ECONOMISTA A disciplina e o planejamento financeiro são os grandes aliados daquelas pessoas que pretendem comprar um carro ou imóvel no médio ou longo prazo. O consórcio é uma forma que as pessoas encontraram de fazer forçadamente a poupança. Entretanto, qualquer um que tenha disciplina consegue economizar todas essas taxas administrativas e juntar o montante necessário para adquirir o bem. Costumo dizer que consorcio é ótimo para aqueles que não têm disciplina financeira. Para os disciplinados, não se constitui numa boa opção. Sendo uma necessidade imediata, não resta alternativa a não ser buscar apoio numa instituição financeira, mas devemos lembrar que o custo é elevadíssimo e podendo evitar é sempre bom.
Informações: economia.terra.com.br
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Minha Casa Designer e Coordenadora de Estilo proprietária do Manga Design (32) 9952-9749
Rosane Carvalho
Brasilidade Quatro movimentos irão influenciar o modo como as pessoas vivem em casa e nas cidades, segundo pesquisa feita pela revista Casa Cláudia para o Anuário de Tendências 2015. Os movimentos apontam para um modo de viver e de morar generoso, acolhedor, autoral e despojado.
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O primeiro movimento , a Brasilidade, foi percebido já faz algum tempo , conforme mostrado na nossa edição de janeiro de 2014 . Os outros movimentos citados são : Menos e Melhor, Compartilhar e Marcas do tempo, mas falaremos deles nas próximas edições. Hoje, voltamos ao tema Brasilidade. O nosso país encanta quem é de fora e, como consequência, estamos olhando mais para nós mesmos e reconhecendo o valor da nossa cultura, da nossa história, das nossas cores, do nosso jeito de ser. Li Edelkoort, especialista em tendências da Trend Union diz que “A beleza do Brasil está na diversidade: de gente, de religião, cultura, artesanato, culinária, modo de viver, natureza. É um país inteiro de misturas, mas também de unidade. Isso é muito inspirador, pois as origens são todas igualmente representativas. Não há uma cor ou característica que domine.” Não é possível descobrir qual é a nossa cara, e exibi-la com orgulho, sem olhar para o passado, sem identificar os objetos que carregam em suas formas, cores e materiais o DNA do país. Na casa brasileira, a rede de algodão, a cesta de palha e a panela de barro estão presentes e pouco se transformaram ao longo dos séculos. A influência de raízes indígenas, africanas e europeias caminha junto à natureza, uma generosa fornecedora de matéria-prima. Cores terrosas e avermelhadas remetem ao chão de terra batida, a frutas suculentas, a flores vistosas, ao pôr do sol. Os azuis e tons esverdeados a nosso maravilhoso mar e mata exuberante. Mas a brasilidade e o morar não devem ser vistos como uma tendência, diz o designer Marcelo Rosenbaum, e sim, como um processo de reconquista dos nossos valores, onde o único requisito é o desejo de reescrever nossa história como a cura de nossa memória, utilizando as infinitas riquezas de nossas raízes para compor esse grande banquete onde é, ou onde será nossa morada.
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Imagens: 1, 8 e 9 - Anuário de tendências 2015 - Casa Cláudia; 2 - Projeto do arquiteto Arthur Casas -Iporanga, Guarujá; 3 e 6 - Kenoa Resort -Barra de São Miguel, Maceió; 4 - Casa no Joá -Rio de janeiro casavogue.globo.com; 5 - pinterest.com; 7 - Casa em Trancoso, Bahia.
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Crônica Radialista e Cantor wellnetto@hotmail.com
CUIDADO COM OS
Wellington Netto
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“VITIMIZADORES”
Uma coisa posso garantir: vitimização dá muita preguiça em pessoas pró-ativas. Não consigo entender como pode ainda em plena era da informação veloz alguém perder tempo dizendo que não pode, que não é capaz ou que não consegue algo. Somos hoje ferramentas vivas de comunicação. Somos verdadeiros instrumentos de conhecimento, aprendizado e opiniões. Todos nós, de alguma forma, podemos e devemos contribuir para que o mundo seja um lugar melhor para se viver. Devemos alimentar no outro a coragem de seguir, a vontade de vencer e o desejo de andar o Km extra. Algumas pessoas por falta de estímulo e perspectiva de vida acaba se prostrando. E cuidado minha gente, prostração é um vírus que pega e é altamente contagioso. Tentar alimentar coragem em pessoas prostradas é humano, é fraternal e alegra a Deus certamente, porém, afaste-se antes de ser contaminado. Relacionamentos de toda a natureza acabam por conta dessa forma apequenada de viver. Sonhos são deixados morrer, definha na falta de atitude de muitas pessoas que temem o sucesso. De fato, a conquista depende de trabalho e muita dedicação. Raro é o ser humano que consegue vencer sem enfrentar antes desafios que lhe furte bons momentos de descanso ou saídas com amigos. É preciso definir antes de qualquer coisa o caminho. Pra onde ir. Feito isso, é preciso definir a forma como chegar lá. O processo de vitimização para alguns preguiçosos é muito mais fácil. Coloca-se a culpa em tudo, em todos. Feito isso, o próximo passo é auto-flagelação. Falar mal de si mesmo afim de piedosamente sensibilizar os que esperam atitudes ascendestes. Em relações assim, lamentavelmente o tempo que se perde não é apenas do “vitimizador”, ambos sofrem. Sofre aquele que nada faz, porque internamente sabe que caminha cotidianamente para o fracasso é isso lhe causa angústia. E sofre ainda mais aquele que sonha em ter e ver um companheiro (a) ativamente disposto (a) a vencer, conquistar e planejar a vida afim de que essa relação seja salva pela realização de projetos que promovam e causem estabilidade à relação. A pessoa que se vitimiza dificilmente enten-
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www.facebook.com/wellington.netto.3
VIVA
derá através de ações positivas que precisa mudar. Os “vitimizadores” sugam uma energia enorme de quem os cerca. Passam anos a fio vivendo de conquistas alheias. São verdadeiros parasitas. Aos que vivem com pessoas assim fica o sinal de alerta. Não perca mais tempo de sua vida, ainda que exista de sua parte amor, carinho e um sentimento de amparo por essa pessoa. O tempo vai passar e seus dias infelizmente serão difíceis. Você vai vencer, sua vida vai andar, porém, numa velocidade muito inferior. Liberte-se da necessidade desse ser. Livre-se dessa energia e amplie seus planos em busca de um horizonte ainda mais belo e vitorioso. É muito fácil saber se a pessoa com a qual dividimos a vida é “vitimizadora”. Quem se vitimiza vive apenas de planos. Quem se vitimiza vive de promessas. Quem se vitimiza vive jogando a culpa de suas frustrações em quem está ao seu lado. Aos que mais apoiam os vitimadores, mais se lançam a culpa de seus fracassos. Ninguém merece isso. Somos partes da força organizadora desse mundo. Somos filhos desse criador justo e amoroso. Ele nos fez para vencermos as dificuldades desse mundo. Cerca-te de pessoas dispostas a vivenciar alegrias e vitórias e que trabalham para que saiam do papel. São essas que farão de teus sonhos se tornarem conquistas reais. Se for para seguir, siga os passos de quem tem sucesso. Não tema o recomeço, pois, independente da idade ou estado, se reinventar faz parte da vida.
FELICIDADE
Divulgação
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Revista Fato - Março 2015
Cartão de Embarque Por Flávia Oliveira
CHILE:
UMA VIAGEM SIMPLESMENTE
INESQUECÍVEL
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O Chile sempre esteve em nossos planos de viagem e em agosto passado ficamos quase uma semana lá. Todos os anos Pierre e eu sempre fazemos uma viagem a dois (estilo lua-de-mel) e outra com amigos (no caso desta do Chile) além, é claro, de outras mais curtas aqui por perto. Sempre que estamos planejando um destino, pesquisamos muito na internet e principalmente com pessoas que já foram, em busca daquelas dicas preciosas que você não encontra em qualquer lugar. Foram tantas as sugestões de passeios, incluindo lugares incríveis, compras, culinária (principalmente peixes e frutos do mar) e vinícolas, que ficou difícil escolher aonde ir primeiro. Por isso contamos com a ajuda da nossa querida amiga Jocelen da Via Mundo Turismo que cuidou de todos os detalhes e nos acompanhou juntamente com seu marido Marcus nesta viagem que foi simplesmente inesquecível... Assim que chegamos em Santiago, passamos no hotel apenas para o check-in e fomos almoçar no Restaurante Giratório que vários amigos indicaram mais pela paisagem do que pela comida, que eu aliás adorei. O restaurante, como o nome sugere, gira lentamente, de modo que os clientes tenham uma vista de 360º da cidade. A primeira noite foi livre e como estávamos cansados da viagem, saímos para
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Vale Nevado.
um passeio perto do hotel que fica num bairro excelente, chamado Providência. No Chile, os bairros são chamados de comunas, logo, “Comuna de Providência” e nosso quarto tinha uma linda vista para a Cordilheira dos Andes. Comemos um lanche no Mister
Jack, que serve sanduíches enormes com ingredientes nobres, uma versão chique do hambúrguer. No segundo dia, começamos com um tour pela cidade de Santiago, onde visitamos os principais cartões postais da cidade, incluindo entre outros,
Estação de Farellones.
Arquivo Pessoal
o Palácio de La Moneda que tem este nome porque antigamente era a Casa da Moeda do Chile e hoje abriga o Palácio do Governo e o Mercado Central,
Varanda da vinícola Concha y Toro.
Vale Nevado.
que é bem ao estilo dos que temos aqui no Brasil, como o de Belo Horizonte, por exemplo, com produtos muito variados e muitos restaurantes onde são servidos os pratos típicos do país, com destaque para a “centolla” (lá, pronuncia-se “centóia”) que é tipo um caranguejo gigante, um pouco diferente do que se come aqui, não só pelo tamanho, obviamente, mas pelo sabor, que eu particularmente, achei bem melhor. À tarde, fomos conhecer a Vinícola Concha & Toro, no Vale Del Maipo, grande, linda, com uma paisagem cinematográfica e como todos os passeios em vinícolas (sim, este não foi o nosso primeiro, Pierre e eu já até amassamos uvas com os pés, conto numa próxima...) tivemos uma aulinha sobre uvas e vinhos seguida de degustação e é claro a entrada no “Casillero Del Diablo” para conhecer a lenda. No terceiro dia, passamos em Farellones e Vale Nevado, famosas estações de esqui, em meio a uma paisagem exuberante e muita diversão. Minha vontade era de ficar lá pra sempre! No quarto dia fomos conhecer o Oceano Pacífico nas cidades de Valparaíso e Vinha Del Mar. A primeira, uma cidade portuária com arquitetura antiga e muita história. A segunda, um balneário muito lindo e badalado. Na ida, de passagem pela cidade de Curacavi experimentamos a “empanada”, prato típico local. À noite, já de volta a Santiago, jantamos no Bali Hai, um restaurante que apresenta um show de música e danças típicas da Ilha de Páscoa, um belo espetáculo. No quinto dia fomos ao Cerro San Cristóbal e depois fomos assistir à famosa troca de guarda no Palácio de La Moneda, mas acabamos chegando já no finalzinho porque a troca foi antecipada devido a manifestações populares que estavam ocorrendo no país naqueles dias. Seguimos para os outlets, onde encontramos lojas de grandes marcas a preços muito interessantes. Depois fomos conhecer “La Chascona”,
Valparaíso - Prédio da Armada de Chile.
Flávia Oliveira e José Cláudio Pierre (Restaurante Giratório).
umas das casas do famoso poeta chileno Pablo Neruda, que foi transformada em museu após a sua morte. Exceto a primeira e a quarta noites, nas outras sempre íamos para o Pátio Bela Vista, lugar super badalado, cheios de bares e restaurantes excelentes, muito aconchegantes e charmosos, bem frequentados, na sua maioria cheia e alguns deles até muito famosos, como o “Como Água para Chocolate”, especializado em comidas afrodisíacas. Definitivamente, Santiago é daquelas cidades que você tem vontade de se mudar pra lá “de mala e cuia”, de tão maravilhosa que é e o Chile certamente é um dos lugares que voltaremos em breve!
Valparaíso. Revista Fato - Março 2015
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Dicas do Chef Graduada em Comunicação Social com habilitação em jornalismo pela UFV
Marcela Barbosa
COMIDA JAPONESA Marcela Barbosa
INGREDIENTES:
MODO DE PREPARO:
1 kg de arroz japonês; 1 copo americano de Vinagre de arroz; ½ copo americano de Saquê culinário; 6 colheres de sopa de açúcar cristal; 3 colheres de sopa de sal; 1 sachê de Ajinomoto; 2 potes de Cream cheese; 1 pacote grande de algas Nori; ½ kg de salmão fresco; ½ kg de camarão fresco; 1 kiwi; 1 manga tommy; • Castanha de caju; • Salsinha.
Despeje o arroz em uma vasilha, cubra-o com água e deixe de molho por 25 minutos. Após esse período, lavá-lo em água corrente. Colocar em uma panela, cobrir novamente com água. Levar ao fogo alto de 3 a 5 minutos com a tampa semi aberta. Abaixar o fogo e deixar por mais 10 minutos. Ao final deste tempo o arroz deve estar macio e sem água. Caso seja necessário, acrescente mais água e deixe no fogo até que ela seque. Pegue a alga Nori, faça uma tira de três dedos de largura, na horizontal, com arroz. Passe cream cheese de forma generosa sobre o arroz. Acrescente o recheio de sua preferência ao lado. Depois, cuidadosamente enrole a alga como um “rocambole” de forma firme, para garantir que as peças sejam facilmente cortadas. Ao final, molhe as extremidades da alga com um pouco de saquê para ajudar na fixação. Cuidado para não molhá-la demais. Cada alga rende em média 8 peças.
HOT A maioria das pessoas que não gosta ou não conhece a comida japonesa, se arrisca com os “fritinhos”. Esta é uma ótima tática para começar a aprimorar o gosto por esse tipo de prato. Existem duas formas de fazer o Hot. A primeira seria juntar farinha de trigo à cerveja, formando uma massa. Em seguida passar o rolinho feito com a nori e fritar. A segunda – e mais crocante – é empaná-lo da maneira tradicional: farinha de trigo, ovo e farinha de rocas. Ambas dão certo e são saborosas.
RECHEIO: O recheio deve ser feito de acordo com sua preferência. Caso opte por camarão, o ideal é dourá-lo na frigideira antes de usar. O salmão deve ter seu couro retirado e ser cortado em tiras, assim como as frutas. Acrescentar salsinha picada, bem como a castanha de caju, dará um sabor especial ao prato.
Gestão em Foco CRA-MG 36.936. Bacharela em Administração de Empresas; pós-graduada em Gestão de Pessoas e em MBA Executivo em Gestão Empresarial pela FAGOC – Ubá/MG; certificada pela ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais) – CPA 10 Contato: josianesouzadt@yahoo.com.br
Adm. Josiane Souza
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MERCADO VIRTUAL
OS DESAFIOS DA GESTÃO EM MEIO À INSEGURANÇA COM A VIOLÊNCIA E O
Estamos assustados com o aumento da violência em nosso meio, há um desconforto e uma verdadeira insegurança até dentro de nossas casas e com as empresas não é diferente. Os empresários precisam adotar mecanismos de auxílio para sua administração como câmeras, alarmes, e na gestão de pessoas, agora também o gerenciamento do medo. Identificamos aqui mais um motivo que pode levar uma empresa a fechar suas portas: a violência. Em janeiro deste ano Bernardo Santana de Vasconcellos - nomeado Secretário de Defesa Social pelo atual Governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel - em entrevista à Rádio Itatiaia afirma que, a Polícia Militar de Minas Gerais conta com um déficit em seu efetivo de 12 mil policiais e anuncia que lançarão, até meados do ano, edital para aumento de vagas, mas que continuará chamando os excedentes do último concurso. Mas, será esta a solução do problema? E os pequenos delitos sem punição? E a morosidade dos trâmites judiciais chegando até à prescrição? E as brechas da lei com seus diversos recursos? Como exemplo, podemos citar o artigo 283 da Lei 12.403/11: “Ninguém poderá ser preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente, em decorrência de sentença condenatória transitada em julgado ou, no curso da investigação ou do processo, em virtude de prisão temporária ou prisão preventiva.” Portanto, não se pode atribuir a responsabilidade de mitigar a violência exclusivamente à Polícia Militar. Cabo Milton Lopes dos Santos da Polícia Militar do Estado de Santa Catarina, no artigo intitulado “Percepção da suspeição policial”, em uma análise sobre o princípio constitucional de que “todos são inocentes até que se prove ao contrário” (in dúbio pro societá), avalia também os institutos da legalidade no emprego da praticidade operacional e afirma: [... deveremos ser astuciosos e persistentes, articulados em nossas ações e pautados sob os dois ângulos, e estrategicamente aplicadores da metodologia “in mente”, que “todos são suspeitos até que provem ao contrário”]. Assim, corroborando com este cenário e tantos outros que já abordamos em edições anteriores, temos também o aumento da concorrência com ou-
Divulgação
tras fontes de entretenimento; a facilidade de acesso à informação e a tranquilidade das compras pela internet, inclusive com preços mais atrativos, impactando diretamente o fluxo de clientes e de vendas em lojas físicas, influenciando significativamente a economia brasileira e ainda considerando que, atualmente, o ICMS destas transações e-commerce são recolhidos para o estado de origem, ou seja, do “vendedor”. Tramita a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 197/12 que visa equilibrar as contas, sendo as cobranças graduais para que até 2019 o ICMS esteja 100% para o estado de destino.
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Formada em Letras ( Português/ Inglês) pela Unipac. Pós Graduada em Linguística(UFV) , Língua Portuguesa ( PUC/ MG), Produção de Textos( UFMG) e Literatura ( UFJF). Professora e membro da Academia Ubaense de Letras.
A MINHA ALEGRIA ATRAVESSOU O MAR
Hoje a coluna não vai falar de livros. A dor de perder uma amiga de infância por uma bala perdida elimina qualquer veia literária. Fica a saudade, os casos, os outros amigos feitos ao longo da vida. Como escreve Frederico Menezes: “saudade é algo que ainda comporta muitos caminhos para defini-la. Uns dizem que é a solidão acompanhada pelas lembranças; outros podem dizer que saudade é o amor não se foi, embora o ser amado possa ter ido. Na feliz definição do nosso Chico Xavier, esta é a falta que nos faz o magnetismo do outro... mas existem, ainda, definições engraçadas. Já escutei o desespero de uma pessoa martirizada pela dor da ausência de sua querida e que, lastimando o que sentia, pois sofria muito, esbravejava “adjetivos” estranhos sobre a amada. Chamava-a de “triste, miserável, porta de pecado, etc”, e caía no choro. Saudade é saudade, e pronto. Conheci Mirtes Fernandes quando me mudei para o bairro Jardim Glória. Eu tinha dez anos e a conheci ali. Como o bairro tinha muitas crianças, a esquina da Avenida Santos Dumont com a Rua Farmacêutica Mário Azevedo, era o ponto de encontro para os papos e brincadeiras. Tínhamos um campo de futebol inteiro para brincar onde hoje é o Hotel Sem Remo e todo o comércio em torno. Mirtes era a alegria, a sinceridade a toda prova e o bom humor. A última vez que encontramos foi em uma lanchonete da cidade e à medida que a conversava fluía, íamos lembrando os amigos que cresceram juntos e se espalharam pelo mundo. Naquela noite, viemos juntas para o bairro e a conversa foi longa e entremeada de risadas. Tinha uma característica interessante. De vez em quando visitava os idosos do bairro e contava casos e casos com eles. Sempre fez isso, fosse com os pais dos amigos ou com os vizinhos. Levava alegria e conforto a eles. A imortalidade representa, para os espiritistas e espiritualistas das mais variadas escolas, a certeza de que não há saudade que não seja saciada às portas do tempo. O afeto que nos aguarda no mundo dos espíritos, um dia, nos aconchegará, novamente, de 84
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Carla Fagundes
Literalize-se
encontro ao seu coração. Os beijos se repetirão e o olhar doce que não esquecemos o mesmo olhar de quando estavam aqui no mundo, novamente derramará sua luz e ternura sobre nossa alma. No que tange à vida perene, imortal, saudade é, simplesmente, a ante sala de uma grande felicidade proporcionada pelo reencontro. A certeza de que ninguém morre e que o amor é a senha para que a saudade desapareça, um dia, é o supremo alimento das almas afins, dos corações imantados pelo amor. A saudade, para quem crê, brada bem alto, para pais e mães, esposos e irmãos, amigos e conhecidos, que a separação não é eterna, ao contrário, a união é o fanal, o porto onde todos aportaremos, um dia. Ela diz: tenham paciência e esperem com olhos
confiantes postos no amanhã que logo, logo chega. Aguardem produzindo o bem, o melhor para a humanidade. O magnetismo que lhes falta, retornará, preenchendo de vida, e vida em abundância, os corações que se amam. E aí me lembro de uma crônica de Marta Medeiros. Ela diz que uma pessoa é eterna enquanto quem conviveu com ela, lembrar-se dela. Mirtes, com certeza, com sua luz vive eterna em nossos corações. “Viver e não ter a vergonha de ser feliz...” Para os amigos do Jardim Glória que já se foram Zé Pintinha, Eduardo Porto e Fernando Girardi. Reprodução Facebook Revista Fato - Março 2015
Arte e Cultura Ator formado pela Universidade do Rio de Janeiro UNI-RIO Contato: gilbertotorres@revistafato.com
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Gilberto Torres
“AMOR ANTIGO”
Foi ainda na adolescência que tive meu primeiro contato com ele. Não tive dúvidas de que algo mudaria em minha vida para sempre, como de fato mudou. A vida tranquila do interior, no aconchego e proteção da família começou a ser ameaçada por uma vontade enorme de conhecê-lo, vê-lo de perto, de desvendar seus mistérios, conhecer sua magia, fazer parte dele. Era uma certeza que tomava conta de mim, a cada dia, num momento em que começamos a ter os primeiros anseios em tomar as rédeas de nossas vidas e ir à luta. Alguma coisa me dizia que não seria fácil, mas ele me desafiava, me excitava, me fazia sorrir, chorar, me aproximava mais das pessoas e de mim mesmo, me fazia sentir útil, sentir vivo! Ele já era muuuuito mais velho que eu, conhecido no mundo inteiro, e que seduzia a gregos e troianos com sua linguagem mágica e universal. E eu?! Eu era apenas um adolescente do interior, desinformado, ignorante, mas inquieto, curioso e com uma vontade que crescia a cada dia. Uma vontade de me jogar nos braços dele por inteiro, de cabeça. Foi assim que decidi colocar a mochila nas costas e com o coração apertado, cheio de incertezas, parti em busca de meus sonhos, de minha realização pessoal, correndo todos os riscos implícitos no que poderia ser uma viagem sem volta. Eu sabia que não seria fácil, como de fato não foi e ainda não é. Uma trajetória difícil, de muitos sacrifícios e dedicação, cheia de concessões, privações, frustrações, lágrimas, medo, mas cheia de muitas alegrias e descobertas. De uma coisa tenho certeza, eu deveria mesmo ter ido ao encontro dele, através do qual pude me conhecer melhor, me aprofundar mais nas questões humanas, conhecer e reconhecer melhor o outro e o mundo além da pequena base sólida e segura que rodeava os meus pés. Agradeço a ele, ao teatro, pela transformação que fez em minha vida, de tudo que pude aprender e ainda aprendo através dele! Quero falar um pouco sobre sua história e prometo não me estender muito. Ninguém sabe ao certo como surgiu o teatro. Provavelmente desde o tempo das cavernas, pela curiosidade, quando os homens observavam os animais e os imitavam para facilitar nas caçadas. Provavelmente também estes homens encenavam para seus companheiros os feitos dessa caçada, na falta de uma linguagem como a 86
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gente conhece hoje. Isso era teatro, mas ainda não era o espetáculo. As pessoas acreditavam que por meio de rituais era possível invocar deuses e forças da natureza para fazer chover, tornar a terra mais fértil e as caças mais fáceis. Eram rituais que envolviam cantos, danças e encenações de histórias dos deuses. Cerimônias e rituais de caráter religioso ao Deus Dionísio, o Deus do vinho, do entusiasmo, da fertilidade dão origem ao teatro grego. Os deuses gregos eram muito parecidos com os homens no que dizia respeito as suas vontades e humores. Nas encenações, só os homens podiam representar, as mulheres não eram consideradas cidadãs, por isso as peças eram encenadas com máscaras. Foi na Grécia que surgiu a dramaturgia, por Téspis que encenou pela primeira vez o Deus Dionísio, criando assim a profissão do ator. Ele arriscou transformar o sagrado em profano, a verdade em faz-de -conta, o ritual em teatro, pela primeira vez, diante de outros, mostrou que poderíamos representar o outro. Este acontecimento é o marco inicial da ação dramática. A partir daí vão surgindo na Grécia os primeiros prédios teatrais, construções sempre ao ar livre, formadas ao pé das encostas para facilitar a colocação das arquibancadas, estas feitas de pedras onde democraticamente todos podiam assistir as tragédias, comédias e sátiras. Em Roma se reflete o teatro grego, importando a cultura grega, mas com estilo próprio. O teatro romano visa diversão e prazer, abrindo mão da tragédia pela comédia e os espetáculos de circo romanos eram violentos e se baseavam na competição entre os romanos e os cristãos que eram sacrificados publicamente. Durante as missas na idade média, em período de intensa atividade católica, eram representadas passagens da bíblia que posteriormente passaram a ser encenadas em praça pública por autoridades católicas, receosos com a perda de caráter das missas. Ainda na idade média, surgem companhias de teatro saltimbancos, que representam temas políticos, e sociais e a farsa, que ironizam acontecimentos do dia a dia, de cidade em cidade. Na Itália, no final da Idade Média e início do Renascimento, surge a Comédia Dell’Arte, que se baseava em espetáculos teatrais populares, apresenta-
dos nas ruas, com textos improvisados e personagens de destaques como Arlequim, Pierrot, Colombina, Polichinelo, Pantaleão e Briguela. Na Inglaterra, a rainha Elizabeth I deu proteção ao teatro da época, pois apreciava muito os espetáculos populares. Contava com a ajuda de alguns dramaturgos ingleses para contar a história de seus heróis reforçando o sentimento do nacionalismo. Nos séculos XVIII e XIX a Europa teve várias revoluções. Nesse período, a burguesia tem uma ascensão e o teatro sofre influências, o drama substitui a tragédia e a comédia se desenvolve, o foco do teatro se torna muito mais individual e não é mais social. No romantismo, o teatro volta-se para o ser humano, as peças falam sobre emoção, e surge o melodrama. Liberdade, fraternidade e igualdade são os lemas desse período. Até o século XVIII o teatro era frequentado pelo povo e essa realidade foi se modificando, a burguesia começou a ser maioria nas plateias e o teatro passou a mostrar as realidades burguesas com temas como a vida social, o casamento, o dinheiro entre outros. As representações também começaram a ser mais naturais, mostrando pessoas comuns, mais próximas da vida real. A partir do realismo e naturalismo o teatro evolui e se torna um instrumento de discussão e crítica da sociedade, mesmo com a falta de preocupação da reprodução da realidade nos cenários e figurinos, os temas tratados ilustram a realidade social. O teatro nessa época trabalha questões políticas e questões que refletem criticamente aspectos da sociedade. Dá para perceber que, com tantas influências, o teatro de hoje é uma arte muito rica. Existe a ópera, o teatro de bonecos, os musicais, o teatro feito em espaços alternativos, entre outros. Quando apareceu o cinema, há mais de cem anos, muita gente previu o fim do teatro. Falavam que o cinema iria substituí-lo, porque podia criar histórias com muito mais semelhança com a realidade. Ainda bem que isso não aconteceu! Viva o teatro! Dia 27 de março, dia mundial do Teatro. “A arte dramática é a capacidade de representar a vida do espírito humano, em público e de forma artística.” Constantin Stanislavisky
Marketing S/A Publicitário, Especialista em Marketing e Inteligência de Mercado, Mestre em Administração e Sócio-diretor na Oito Marketing e Inteligência de Mercado. Contato: Rafael@oitomkt.com.br
Rafael Martinez
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MINEIRO ASSINA VESTIDO DO OSCAR
UNIFORME:
PROFISSIONAL:
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Lupita Nyong’o usando longo da Calvin Klein, adornado por cerca de seis mil pérolas, adaptado ao seu corpo, roubou a cena no Red Carpet. O que gerou ainda mais comentários nas redes sociais dos internautas brasileiros foi o fato de o vestido ser criação do estilista mineiro Francisco Costa, filho de uma dona de fábrica de roupas em Guarani.
UMA QUESTÃO DE MARKETING
Alguns podem considerá-los desnecessários, mas os uniformes apresentam importantes funções. Eles passam a sensação de trabalho em equipe e de comunidade, e dão uma identidade sólida à empresa. Está ficando cada vez mais distante da realidade dos profissionais se sentirem constrangidos ou com vergonha de seus uniformes. A nova tendência, principalmente nas grandes metrópoles, é dessas roupas, antes estigmatizadas, não só saírem às ruas como invadirem escritórios e consultórios, e vestirem até executivos. A qualidade é a principal responsável pela mudança de paradigmas. Fashion, com tecidos e caimentos impecáveis e acessórios criativos, a roupa de trabalho, que até então estigmatizada, vira tendência e motivo de orgulho para empregados e empregadores. O objetivo de usar uniformes no trabalho é fazer com que o consumidor identifique o empregado da empresa em questão. Se um consumidor precisar de ajuda, ele pode imediatamente identificar o funcionário pelo vestuário. Funcionários de uma empresa que se vestem igual, a tornam mais apresentável. Os consumidores apreciam a empresa que vai mais além para deixar a aparência da loja mais agradável. Muitas companhias exigem que os funcionários que interagem com o público, como os vendedores, vistam uniformes. Em lanchonetes e outros lugares públicos, onde os empregados têm bastante interação com o público, à imagem é vital para o sucesso da organização.
DELÍCIA A FAVOR DA PELE Chocolate antirrugas criado por cientistas chega ao mercado inglês em março. Para manter a pele jovem, o chamado Esthechoc eleva os níveis de antioxidantes, favorece a circulação do sangue e evita rugas. O milagroso produto promete rejuvenescer a pele de um idoso em até 20 ou 30 anos. Para obter o resultado, basta consumir o chocolate todos os dias durante quatro semanas, segundo os testes feitos com voluntários.
MAIS POLICIAMENTO Após a onda de violência que vem assustando a população de Ubá e que resultou em um protesto, a cidade receberá novos policiais militares. O anúncio foi feito pelo Cel. Marco Antônio Badaró Bianchini. Natural de Ubá, Bianchini assumiu o comando da PM no dia 8 de janeiro, após ser nomeado pelo Governador Fernando Pimentel (PT). A expectativa é de que o município receba, já no próximo mês, oito novos militares. Revista Fato - Março 2015
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Arquitetura
PAISAGISMO
Arquiteto e Urbanista - Graduado na Universidade Federal de Viçosa guilhermepena.com.br / guilhermesenador@yahoo.com.br
Nunca existirão dois projetos iguais. A solução de um bom paisagismo, de um bom jardim, passa pela integração com a residência, com os edifícios e pelos critérios com a escolha das plantas que melhor se adaptam ao clima e suas finalidades. Valorizar a beleza das plantas individualmente, deixando de lado o efeito das massas agrupadas, evitando-se amontoados de espécies muito próximas, tendo cada planta o seu lugar onde pode ser observada como única e como elemento de um conjunto maior que é o jardim, que não são apenas as plantas. Não nos esqueçamos dos caminhos, churrasqueiras, bancos, pisos, pergolados, quiosques, fontes, piscinas e acessos. São recursos que quebram a monotonia e podem ser somados com muita criatividade. Hoje o paisagismo se funde às construções. A massa verde realça as formas, disfarça as imperfeições, rompe a rigidez dos materiais, suaviza a rotina. Deve ser estudado e elaborado para que possa valorizar ainda mais o projeto arquitetônico e sua finalidade. A natureza se apresenta como uma grande aliada para valorizar e humanizar estabelecimentos comerciais, tornando lojas e escritórios mais atraentes. O verde é capaz de amenizar a rigidez de um local de trabalho, criando ambientações mais acolhedoras, contribuindo para o aumento de produtividade pelo efeito tranquilizante que as plantas causam nas pessoas. O profissional trabalha em etapas, até chegar ao projeto definitivo. A primeira delas é o estudo preliminar, onde são feitos os levantamentos de todos os dados técnicos do ambiente, como luz, volumes e espaços, e entrevista com o cliente a respeito sobre suas expectativas e necessidades. A segunda etapa é o anteprojeto, que é apresentado por desenhos para a melhor visualização do trabalho, espécies de plantas, troca de ideias e mudanças se necessário.
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Foto: guiazn.com.br
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A IMPORTÂNCIA NA COMPOSIÇÃO E OTIMIZAÇÃO DO SEU AMBIENTE
Foto: api.ning.com
Guilherme Pena
Com a aprovação do cliente passa-se para a última etapa, o projeto de execuções, que traz os detalhes da construção do jardim. Através de plantas e detalhes, especificação da vegetação, quantidades de cada espécie, nomes científicos e o custo da execução da obra. Para reforma do jardim, o paisagista segue as mesmas etapas, discriminando as obras necessárias para a sua reformulação, tanto da vegetação quanto dos elementos construtivos. Também a manutenção das plantas, mesmo em vasos, é essencial para o seu bom desenvolvimento. É muito importante que um técnico faça o acompanhamento do jardim, para que depois de implantado possa se desenvolver e durar muito tempo, ficando a cada ano mais bonito e atraente. Na hora de procurar um profissional para fazer o serviço, fique atento. Procure indicações, conheça trabalhos anteriores e procure profissionais habilitados. Isso é importante, pois um trabalho mal feito pode gerar problemas ao edifício ou à casa. Raízes de árvores plantadas muito próximas a uma construção pode gerar danos aos alicerces ou tubulações. Outros problemas são os entupimentos de calhas, riscos com o telhado e à fiação dos postes de iluminação. Um projeto paisagístico bem feito vai além da técnica. Ele procura reconstituir a paisagem natural dentro do cenário agredido pelas construções, por exemplo. São inúmeros os benefícios do paisagismo, ele pode ajudar na prevenção da erosão, maior absorção da água de chuva, redução da temperatura ambiente, sombreamento e dar privacidade a alguns ambientes.
Imagens meramente ilustrativas
Revista Fato - Março 2015
Última Hora Por Higor Siqueira
PREFEITURA DE UBÁ TREINA 30 NOVOS AGENTES PARA O COMBATE À DENGUE E
OUTRAS DOENÇAS EPIDEMIOLÓGICAS
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A Prefeitura Municipal de Ubá preparou 30 novos agentes para combater as endemias, doenças que se manifestam apenas numa determinada região, de causa local. A jornada de trabalho dos mesmos começou no dia 2 de março, numa segunda-feira. Os agentes foram aprovados em um processo seletivo que aconteceu em janeiro deste ano. O treinamento teve início no dia 24 de fevereiro e por quatro dias, nos horários de 07h00 as 11h00 e depois de 13h00 as 17h00, os novos agentes receberam capacitação que incluiu dinâmicas grupais, exposição teórica e práticas em campo. Em uma parceria entre a Seção de Zoonoses e a Divisão de Treinamento e Desenvolvimento, já no primeiro dia, houve o acolhimento, a apresentação, dinâmicas de grupo e posteriormente o Assessor Técnico da Secretaria de Saúde, Thiago de Castro, fez uma revisão das questões da prova do processo sele-
ASCOM PMU
tivo junto dos participantes. No último dia do treinamento foi entregue aos novos agentes os uniformes e certificados. Estes 30 profissionais chegam para reforçar o combate à Dengue e outras doenças epidemiológicas na cidade de Ubá e seus distritos.
O treinamento aconteceu no Salão Vermelho da Prefeitura de Ubá durante uma semana.
No dia 02 de março os 30 novos agentes iniciaram os trabalhos por toda cidade de Ubá.
OPERAÇÃO HÉRCULES III
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CONCENTRA-SE NOS BAIRROS PELUSO E SÃO JOÃO – CONFIRA O BALANÇO DA OPERAÇÃO
Aconteceu na última sexta de fevereiro (27), desde as 06h00 a Operação Hércules III deflagrada pelo 21º Batalhão de Polícia Militar. Com o apoio do helicóptero Pégasus a operação concentrou-se nos bairros Peluso e São João e teve como principal objetivo assegurar a tranquilidade na cidade de Ubá. A ação da PM contou com o apoio de 14 viaturas e 75 policiais militares do 21° BPM, da 3ª Cia MEsp de Juiz de Fora utilizando também o helicóp-
tero da COPAER. No bairro Peluso, foram encontrados 55 tabletes de maconha e R$ 790,00 em moeda corrente em uma residência. No Bairro São João, também em uma residência, foram encontradas 27 pedras de crack, 5 papelotes de cocaína, R$ 17,00 em moeda corrente, 3 aparelhos celulares, 1 cordão prateado e sacolas para embalar drogas. Três indivíduos foram presos e um menor apreendido.
Todo material e o indivíduos presos/apreendido foram conduzidos para a Delegacia local. A operação se estendeu por todo o dia na cidade e no decorrer da tarde foi realizada uma operação Cavalo de Aço de caráter preventivo. Um total de 200 motocicletas foram abordadas, sendo 03 apreendidas e 05 atos de infração.