Revista Fato - Edição 43

Page 1

Servando Lopes

EDIÇÃO 43 - ANO 4 - Junho / 2015 - UBÁ - MG / R$ 6,90

Saúde

Saiba os requisitos básicos para doação de sangue e a importância de praticar este ato nobre

Economia

Como está a economia do Brasil neste 1° semestre de 2015?

Educação

Revista Fato promove 1°Concurso de Redação na FLITEC

SAMUEL

GAZOLLA LIMA

Conheça a história de sucesso do esposo, pai, educador, atual presidente da Câmara Municipal de Vereadores de Ubá e possível candidato à Prefeitura da Cidade Carinho FALANDO DE NEGÓCIOS

Daniela Ferreira, proprietária do Salão Beauty Power, comemora oito anos no mercado de beleza

Abrindo o Closet

Cidinha Moreira abre o closet para Revista Fato e fala sobre moda e beleza








AGRADECEMOS A TODA GALERA QUE CURTIU A 1ª EDIÇÃO DO PAPO DE BUTECO.





Índice

48

62

58

Servando Lopes

Servando Lopes

17 22 26 28 30 34 36 38 44 46 48 54 56 58 62 70

EU PROTESTO CONVIDADA ESPECIAL PRATA DA CASA CIDADE POLO MOVELEIRO BEM ESTAR O LOOK PERFEITO EDUCAÇÃO SAÚDE CARTÃO DE EMBARQUE CAPA ACONTECEU POINT ABRINDO O CLOSET MODA ECONOMIA

Lucas Castanelly - Fotografe

12

Revista Fato - Junho 2015



A

Editorial Já na editoria Saúde, abordamos o tema: doação de sangue. Além de vários esclarecimentos com a hematologista Drª Gerusa, responsável pela hemodinâmica no Hospital Santa Isabel, abordamos a importância de praticar este nobre ato e trouxemos em pauta algumas pessoas que fizeram desta ação uma prática do bem em suas vidas. Nosso objetivo é mostrar a vocês que abraçando esta causa, estamos colaborando para salvar centenas de vidas. Em Moda, nós aproveitamos o mês mais romântico do ano para retratar o Dia dos Namorados. O par romântico, Thalita Nogueira e Igor Pacheco foram fotografados na Universidade Federal de Viçosa, em uma produção impecável de Marília Rinco, sob as lentes do conceituado Servando Lopes. Com o tema “O amor está no ar” nosso editorial desta edição, além de deixar a publicação mais romântica, deu um brilho todo especial a revista. Já em Cartão de Embarque, os recém casados, Amanda Pacienza e Felipe Bonissato compartilharam sua lua de mel em Gramado-RS. O casal dá altas dicas para quem for escolher este destino. Vale a pena ler cada linha, pois o texto ficou super envolvente. Além destas pautas, destacamos que muitas outras fazem parte desta edição e temos orgulho em compartilhar com vocês um material preparado com tanto carinho. Aos casais apaixonados, desejamos um excelente dia dos namorados e a todos vocês que acompanham o nosso trabalho o nosso sempre muito obrigada, carinho e respeito. Tenham todos uma excelente leitura!

Direção e Produção Geral Juliana Campos e Bráulio de Paula Edição Geral Juliana Campos Diretor Administrativo Bráulio de Paula Artes Bráulio de Paula Gerente de Comunicação Thalita Nogueira Redação Juliana Campos | Higor Siqueira Diagramação Bráulio de Paula Fotos Wanderson Produções | Fabiano Araújo - Fotografe Higor Siqueira | Lucas Castanelly - Fotografe Cleverson Montanha | Servando Lopes Colaboração Rafael Martinez | Marina Fusaro | Miron Soares Guilherme Pena | Carla Machado | César Campos Lara Rafael Gomes | Cláudio Medeiros | Anderson Moreira Thalita Nogueira | Patrícia Brandão | Gilberto Torres Wellington Netto | Orlando Silva | Rosane Carvalho Laryssa Delazari | Igor Pacheco | Dzarm Ubá | Mário Coelho Fabiano Araújo | Marilia Rinco | Deniela Ferreira | Elazir Carrara Juliana Noé | Higor Siqueira | Josiane Souza | Mirian Monteze Marquinho Vieira | Michel Henrique Pires | Giovana Cirnon Vinícius Melo | Servando Lopes | Luiz Claudio Travassos Renato Bressan | Samuel Gazolla | Amanda Pacienza | Felipe Bonisatto | Aminésia Ubá | Aline Nogueira | Cidinha Moreira Óticas Carol | Paulo Roberto Veloso | Eron Vieira | Regina Gonçalves | Poliana Magalhães | Renata Campos

Fotografe

A edição 43 está repleta de novidades e é nesta linha que seguimos com nossas reportagens buscando inovar a cada mês. Nosso objetivo é levar até vocês matérias atuais, diversificadas e que sejam de ultilidade pública. Para começar, na editoria Economia vocês poderão encontrar um tema que está em pauta em todos os noticiários, incluindo internet, televisão, rádio, revistas e tantas outras mídias. A crise econômica que o país vem passando é um tema que não poderíamos deixar de abordar e trazer para nossa realidade, o que na verdade, nos inclui. O momento econômico atual é pautado nas rodas de amigos, nas reuniões das empresas, em encontros informais, dentre outras ocasiões. O fato é que este tema está sendo sentido na pele por milhares de brasileiros e nós somos parte disso. É claro que não podemos e nem devemos perder a esperança. Mas fechar os olhos para o que está acontecendo é, sem dúvida, um erro. O Economista Paulo Veloso, já conhecido em nossa editoria de Economia, esclarece alguns pontos importantes nesta crise. Além disso, nossa reportagem conta com depoimentos de ubaenses, formadores de opinião para levantarem suas questões e mostrarem suas visões sobre o tema. Outra reportagem que merece destaque e que segue o olhar desta crise está na editoria Polo Moveleiro onde o Presidente do Intersind – Michel Henrique Pires esclarece dúvidas e fala sobre a situação que afeta o nosso polo. Vale a pena conferir e se informar! A capa desse mês traz como personagem o professor e vereador Samuel Gazolla Lima. Em uma entrevista super dinâmica, retratamos a trajetória de nosso convidado desde as suas raízes, até os dias de hoje. Samuel ainda revela quais são suas perspectivas política para as eleições que acontecerá em 2016.

43

Gráfica Seculus Gráfica

E-mails, críticas e sugestões podem ser enviados para redação

revistafato@gmail.com

Bráulio de Paula e Juliana Campos - Diretores da Revista Fato.

14

Revista Fato - Junho 2015

Telefones: (32) 3531-2335 | 8868-2335 Rua Tenente Pedro Batalha, n° 439 Caxangá - Ubá - MG facebook.com/RevistaFato Revista Fato - Setembro 2014


Fale um pouco sobre sua formação acadêmica. Me formei no Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora, no ano de 2012. Mas além da faculdade fiz cursos em São Paulo de Design de Interiores e Iluminação, workshops em Juiz de Fora sobre interiores e eventos, pósgraduação em Belo Horizonte de Design de Interiores. Durante a faculdade fiz estágio em escritórios como Marcelo Amoroso e Construtora Cortes Alvim em Juiz de Fora, Livello Arquitetura, e Alexei Rabello em Belo Horizonte e após me formar trabalhei no escritório Faleiro Guerra e por ultimo, na Paola Ribeiro - um renomado escritório no Rio de Janeiro, onde trabalhei durante um ano e meio, e tive oportunidade de trabalhar para artistas da Globo, e jogadores de Futebol. Após todas essas experiências, me Residência JE - Rio de Janeiro.

despertou a vontade de ser autônoma e mostrar um pouco do que aprendi sobre obras, decoração, interiores e arquitetura. Como você aplicou a arquitetura em sua vida na medida em que se tornava adulta? A arquitetura foi se fazendo cada vez mais presente no meu cotidiano e na vida das pessoas. Acho que finalmente estamos em uma geração em que o profissional arquiteto está sendo valorizado, as pessoas estão percebendo que arquiteto não é luxo, e sim uma economia para futuros gastos e para ter ambientes solucionados e pensados. Precisamos estar sempre nos atualizando, na área de arquitetura, sempre temos novidades e criações, é preciso estar por dentro. E é isso que eu gosto, a arquitetura me permite ser dinâmica e não ter uma rotina certa. Residência EM - Belo Horizonte.

Servando Lopes

ENTREVISTA

Beatriz Baião de Almeida, 25 anos, é graduada em Arquitetura pelo CES - Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora. - CAU: A91587-4

Beatriz é arquiteta formada no Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora, oferece soluções diferentes e inteligentes de arquitetura e interiores, sempre com intuito de conciliar o melhor projeto com o menor custo para o cliente.

Residência JO - Belo Horizonte.

- Levantamento; - Elaboração e acompanhamento do projeto junto ao cliente; - Maquete Eletrônica; - Projeto de arquitetura; - Projeto de interiores; - Projeto paisagístico; - Detalhamento de Móveis; - Acompanhamento de Obra. (32)8848-2397 beatriz@beatrizbaiao.com



Eu Protesto

Foto: Fotografe

Toda ação humana que se incorpora ao meio e sobrevive a gerações merece o seu reconhecimento e respeito. As Festas Juninas fazem parte da nossa cultura e precisam ser valorizadas. Aderir aos modismos, como músicas, vestuário e danças, apenas descaracteriza o costume popular, pois, além dos mesmos não trazerem elementos significativos às festas, são passageiros, substituídos e esquecidos com o tempo. Assistir às quadrilhas ou degustar as delícias típicas nos tornam capazes de também traduzir o agradecimento e a exaltação à fartura do campo. Festa Junina está na raiz da gente! A alegria e a simplicidade estão no nosso íntimo! Não adianta querer colocar roupagem nova se lá no fundo a verdadeira tradição já faz parte da nossa identidade. - Agora chega de conversa... vamos pro “arraiá”!

“Acredito que o mundo vem mudando a cada dia e a era digital tomou conta da vida profissional e pessoal de todas as pessoas e também as festas juninas que são comemoradas em todo o país e representam uma das mais ricas manifestações culturais brasileiras. No entanto, na mesma medida em que essas tradições culturais permanecem, apesar das profundas mudanças estruturais do Brasil – que em pouco mais de meio século passou de eminentemente rural à condição de urbano -, começam a se esgarçar na memória das novas gerações de brasileiros as origens desses festejos. As crianças continuam dançando a quadrilha no mês de junho, porém não conhecem mais a história da festa e de seus santos, o significado de seus rituais, as letras das músicas e as comidas típicas. Mas não vou generalizar, pois acredito que há lugares que ainda seguem os rituais completos da verdadeira Festa Junina!”

Foto: Arquivo Pessoal

Mírian Monteze (Educadora)

Elazir Carrara (Educadora)

Foto: Fotografe

As festas juninas atualmente não têm o encantamento das festas de antigamente. Atribuo isso ao progresso, ao desenvolvimento das cidades, à falta de espaços abertos para se montar uma fogueira, enfim a mídia também tem sua parcela de culpa buscando lançar novos cantores, novos sucessos que são introduzidos nessas ocasiões. No meu tempo podia-se ver o maravilhoso céu estrelado de junho, pois as festas eram realizadas em grandes terreiros. Hoje elas acontecem dentro dos salões dos clubes. Havia sempre um ou mais sanfoneiros e violeiros que tocavam a noite toda animando a festa. Poucos se lembram do pau de cebo. A quadrilha era o ponto alto do acontecimento com o casamento à moda da roça, o padre oficializando a cerimônia, um pai muito bravo, padrinhos, convidados com presentes para os noivos e o grande baile. As moças se apresentavam com seus vestidos rodados, muito enfeitados, às vezes usavam longas tranças artificiais, ou flores na cabeça e os rapazes com suas vestimentas típicas trazendo sempre um “pito de paia” atrás da orelha ou no bolso. Hoje, as roupas, de acordo com a música, são cópias das usadas pelos artistas bem como as danças. Tudo imitando a TV. E por incrível que pareça, a escola, onde a tradição deveria ser ensinada às crianças é que estimula essa prática. Realmente a tradição tem se perdido, e é uma pena. O progresso traz mudanças, mas o tradicional pode perfeitamente conviver, lado a lado com o desenvolvimento, desde que as pessoas queiram que isso aconteça. Não é possível montar uma fogueira dentro de um salão hoje, mas a tecnologia permite que se crie uma de mentirinha. As comidas típicas como canjiquinha, canjica branca, quentão... substituídas pelas comidas industrializadas, podem ser, com certeza, preparadas e até com mais facilidade do que no passado e a quadrilha dançada com um marcador ao som da música do sanfoneiro tocando as rancheiras. É uma questão de vontade.

Juliana Gazolla (Educadora / Pedagoga)

Revista Fato - Junho 2015


Vícios da Lingua Professora de Língua Portuguesa Licenciada em Letras pela UFV. Mestre em Educação pela UFJF. Doutoranda em Educação pela PUC-Rio. Analista do Núcleo de Dissertação do Mestrado do PPGP-Caed-UFJF. E.mail: carlasingular@yahoo.com.br.

Carla Machado

S

CLARAS

SEMÂNTICAS: ENTRE O MENOR E O ADOLESCENTE EXISTEM ABISMOS INTRANSPONÍVEIS

Sempre desconfiei de que nenhuma palavra é neutra, nem sempre, quando trocamos uma palavra por seu sinônimo, essa troca é aleatória. Mesmo as palavras consideradas sinônimas, ou seja, que têm o mesmo significado, nem sempre têm, realmente o mesmo valor, há gradações diferentes no uso de determinadas palavras ou expressões, algumas palavras estão num mesmo campo semântico, mas têm pesos e medidas diferentes, é como se elas fossem “iguais” em termos. Lembro-me como se fosse hoje, meu irmão devia ter uns 6, no máximo 7 anos e alguém o chamou de moleque, e ele logo respondeu: “Não sou moleque não, sou menino, eu tenho casa”. Na cabeça dele, moleque era menino de rua e ele tinha casa, tinha comida, e principalmente, tinha pais que olhavam por ele. A palavra moleque certamente o fazia lembrar-se de uma estória da cartilha da escola em que o personagem principal era um moleque, um menino órfão que morava na rua. Ele tão pequeno já começava a entender que as palavras não são neutras, algumas são melhores que outras. No mês passado, uma notícia do site G1 chamou-me a atenção por esta falta de neutralidade das palavras. O fato relatado era sobre um jovem, 14 anos, atleta de remo do flamengo, ele foi esfaqueado por outro jovem da mesma idade dele, o fato ocorreu na Lagoa Rodrigo de Freitas, zona sul carioca. Os adolescentes (dois ou três) atacaram o primeiro, que estava com outro amigo, para roubar suas bicicletas. Neste caso, percebemos que os personagens da história contada têm o mesmo perfil etário: estão na mesma idade, portanto, poderíamos nos referir a eles como: jovens, adolescentes, meninos, garotos - expressões que estão num mesmo campo semântico, ou seja, 18

DIFERENÇAS

Divulgalção

têm significados parecidos (iguais, ou quase iguais). Porém, a opção do site de notícias foi contrapor os personagens centrais do fato contado, chamaram a vítima de jovem, adolescente e atleta, denominaram o agressor de jovem, adolescente e menor. Lembro que todas as palavras acima são sinônimas, ou quase. Porém, fica evidente, na notícia, uma tomada de posição, o site ao mesmo tempo em que informa, já criminaliza o agressor. É considerado menor aquele que não tem idade para responder por seus atos perante a justiça, no caso, todos os personagens do fato ocorrido são menores, nenhum deles pode responder por seus atos judicialmente, porém, ao usar a palavra menor para um e atleta para outro, talvez mesmo sem perceber, o autor da notícia deixa nas entrelinhas a informação de que um tem função social, é atleta, o outro é apenas menor, ou seja, sem função social, apenas jurídica, já que deverá ser punido pelo ato que cometeu. Existe um vídeo na internet, em que uma jovem escritora nigeriana, chamada Chimanda Adichie conta sua experiência com a literatura, o vídeo chama-se O perigo de uma história única e em determinada parte do vídeo (que é uma palestra) ela diz: “Bem, eu amava aqueles livros americanos e britânicos que eu lia. Eles mexiam com a minha imaginação, me abriam novos mundos. Mas a consequência inesperada foi que eu não sabia que pessoas como eu podiam existir na literatura. Então o que a descoberta dos escritores africanos fez por mim foi: salvou-me de ter uma única história sobre o que os livros são”. Ao ler a notícia do menino esfaqueado, lembrei-me da história de Adichie, na notícia, fico sabendo que o jovem esfaqueado tem 14 anos, é atleta,

seu pai é administrador de empresas, o pai costuma levá-lo aos treinos de remo, ele gosta de andar de bicicleta, o pai ainda declara: “Não existe meio de não querer que seu filho nesta idade não tenha algum tipo de independência”. Do outro menino, o menor, não sei nada, nem a idade certa, só sei que continua sendo procurado por investigadores do 15º DP, onde o caso foi registrado; se tem casa, pai, mãe e escola, a notícia não diz nada, talvez para o jornalista, autor da notícia, basta saber que ele é menor. Estas sutilezas nas narrativas diárias acabam nos tornando reféns de uma história única. É preciso ler além das palavras, é preciso saber que toda palavra tem mais de um valor e que toda a história tem pelo menos dois lados!

Revista Fato - Junho 2015



Arte e Design Designer e proprietário do Estúdio Miron miron@estudiomiron.com.br www.estudiomiron.com.br

1

Miron Soares

A

Cores e formas de Milão

A feira de móveis mais importante do mundo, o Salão do Móvel de Milão, aconteceu entre 14 e 19 de abril. Nesta época a cidade recebe profissionais de todas as partes do mundo para visitarem a feira que promove as tendências de estilo e design para todo o planeta. Acostumado a visitar esta feira há muitos anos, sempre me surpreendo com as tendências, as novidades, o design dos móveis, dos estandes, da decoração e tudo o que sinaliza para um olhar novo e diferente. A cidade respira design, arte, arquitetura, moda e nos encanta a cada edição. Desta vez as cores fortes e chamativas foram o grande destaque, especialmente o laranja, desde o mais ácido e brilhante ao mais calmo e terroso. O vermelho também foi predominante. Os azuis continuam em voga, em vários tons, como o turquesa esverdeado, o marinho e o petróleo. Tons cítricos tais como amarelos e verdes ainda continuam muito usados. Para atenuar tanta vibração, tons neutros, básicos, naturais e suaves, continuam presentes, como os beges, o cru, tons de cinza, o branco e o preto. As formas mais atrativas, principalmente para o setor de estofados em geral, cadeiras, poltronas e sofás, foram as orgânicas, sinuosas, curvas. É uma tendência que vem crescendo a cada edição e mantendo-se como ponto alto da feira. O mundo gira rápido, temos de estar sempre atualizados. Crises se vencem com muita coragem, criatividade, trabalho e competência. 4

20

2

3


5

6

7

8

Imagens: 1 – Poltronas Sawaya & Moroni; 2 – Poltrona Lennox, Lema;

9

3 – Poltrona Portus, Lammhults Design; 4 – A Lot Of, design Irmãos Campana; 5 – Entrada do Salão do Móvel de Milão; 6 – O designer Miron Soares; 7 – Cadeira Malmö Relax, Pedrali; 8 – Cristais Zoo, Jaime Hayon para Baccarat; 9 – Sofá Butterfly, por Patricia Urquiola.

Revista Fato - Junho 2015

21


Convidada Especial

A IMPORTÂNCIA DO Patrícia

Brandão

Designer de Interiores ABD 22.696

PROJETO LUMINOTÉCNICO NO DESIGN DE INTERIORES

A

A luz nos envolve a todo instante, sendo capaz de afetar nossos padrões de sono e nosso nível de atenção. No entanto, por ela ser intangível e imaterial há pessoas que negligenciam sua importância. Mas para o Designer de Interiores ela é uma ferramenta poderosa e pode transformar a maneira pela qual um espaço é percebido, criando diversos cenários e valorizando os ambientes. A palavra “visão” tem um significado mais amplo do que sua raiz latina (da palavra videre, que significa “ver”). “Visão” inclui tudo aquilo que pode ser imaginado ou sonhado, mas, principalmente, define o ato de ver e é a luz que torna nosso mundo visível. Deste modo, podemos perceber que sem a luz, o desing de interiores simplesmente não tem como ser vivenciado, pois se torna invisível. Assim, a luminotécnica é uma grande tendência que caracteriza novos e modernos projetos residenciais e comerciais, pois com o uso correto da luz o especialista revela cores e texturas, cria ambientes que proporcione funcionalidade, beleza e, sobretudo, economia de energia elétrica. Dessa maneira, além de sua função básica que é iluminar, pode-se utilizar a luz para criar cenários,

22

www.almocodesexta.com.br

destacar elementos decorativos, setorizar ambientes, trilhar caminhos e agregar muito mais valor e informação à decoração sem ocupar espaço. Além do mais, a luminotécnica tem o poder de proporcionar diferentes sensações como aconchego, equilíbrio e até a cura através da cromoterapia (técnica que utiliza cores para tratamento físico e emocional), ou seja, o uso habilidoso da luz permite que os ambientes projetados pelo designer de interiores estejam impregnados de sensações

e emoções. Por fim, pode-se afirmar que um projeto de iluminação utiliza uma técnica extensa e versátil e que a ideia de utilizar a luz somente pelo seu aspecto funcional vem se tornando obsoleta diante de tantos efeitos estéticos, sendo o projeto luminotécnico uma síntese de arte e ciência, devendo ser prioridade ao se projetar um ambiente, inclusive externo, pois ele traz a eficiência da funcionalidade além da sofisticação. Revista Fato - Junho 2015





Prata da Casa

MARQUINHO,

Por Higor Siqueira

O PROFESSOR DE DANÇA E MARCADOR DE QUADRILHAS

M

“O QUE SEMPRE DIGO É: EU NÃO ESCOLHI A DANÇA, ELA QUE ME ESCOLHEU”

Marcos Antônio Vieira (44), popularmente conhecido como “Marquinho”, não poderia ter sido convidado para ser nossa “Prata da Casa” em um momento mais especial: neste mês de junho, seu centro de ensino, a Academia Arte e Dança, onde ele dá cursos de dança de salão, está completando duas décadas de existência; e ainda, seu querido grupo de quadrilha, o respeitado “Sol e Lua”, comemora também 18 anos de estrada, tendo realizado mais de 200 apresentações desde seu inicio, em 1997. “Escolhemos este nome porque antigamente nós dançávamos tanto de dia, quanto de noite”, ele conta entusiasmado, explicando ainda como é o brasão do grupo, onde as cores azul e amarelo são intercaladas no desenho bem detalhado da lua e do sol, juntos em uma única estampa. “É lindo! Temos até grito de guerra”, e canta um trecho em seguida: “Quem são vocês? Sol e Lua outra vez!”. Marquinho dividiu sua história entre as cidades de Tocantins, Ubá e outras vizinhas da região, sendo o mestre para milhares de aprendizes, sejam eles dos ritmos que ensina em sua escola de dança, ou então das quadrilhas que sempre coordenou para festas juninas de grupos da melhor idade, adolescentes em escolas, confraternizações de amigos, familiares, empresas e eventos com o “Sol e Lua”. Sua inspiração vem através de trocas de experiências com outras pessoas (“É importante ouvir, pois todos têm algo a ensinar”) e princípios que adquiriu ao longo da vida, e seus conhecimentos dentro da dança foram coletados de variadas formas. Ele já fez cursos profissionais, participou de congressos e encontros de dança dentro e fora do país, aperfeiçoou-se em tango na Argentina e foi o marcador de centenas de quadrilhas - mas uma coisa é certa: o espírito de dançarino que o acompanha está presente em seu ser desde a infância, fazendo-o sempre destaque no assunto, mesmo quando ele não tinha a menor formação dentro da área e dançava apenas por que amava criar movimentos com o corpo.

26

DE PEQUENO PASSISTA POR HOBBY, A UMA GRANDE REFERÊNCIA NA DANÇA Na época em que cumpria apenas com o papel de dançarino nas quadrilhas da escola, ainda criança, Marquinho mal sabia o que o futuro lhe guardava, mas já sentia o prazer em realizar todas aquelas coreografias. “Eu nunca pensei em trabalhar com dança, fazer dinheiro com isso. Sempre dancei por gosto”, declara. Ele chamava a atenção das professoras ao concluir todos os passos de forma mais correta e veemente que os demais colegas de mesma idade, já ganhando evidência desde novo. Aos 14 anos, foi um jovem e talentoso passista - o que lhe proporcionou classificar o samba como seu ritmo preferido até os dias de hoje. E na medida em que crescia, se envolvia cada vez mais com a arte de dançar. Nas festas e bailes que embalavam as noites de sua fase jovem-adulta, ele roubava a cena ao imitar perfeitamente os passos de clássicos da década de 80, como por exemplo, os grandes hits do cantor Michael Jackson. Ainda neste tempo, enquanto a lambada ganhava cada vez mais notoriedade, grande parte por novelas como “Rainha da Sucata”, Marquinho se concentrava nos movimentos feitos pelos atores e bailarinos e os reproduzia com o corpo, aprendendo a dançar o estilo por conta própria. “Eu aprendi a dançar lambada sozinho. Via na televisão e memorizava os passos. Foi uma época em que o ritmo estava bastante em alta”, lembra. E com isso, os primeiros “aprendizes” começaram a procurar pelos ensinamentos de seu “mestre”. “Meus amigos me perguntaram se eu daria um curso de lambada para eles e não pensei duas vezes”, conta. Porém, os primeiros cursos não duraram muito tempo. Marqui-

nho precisou ir para a escola agrícola em Rio Pomba e assim não conseguiu prosseguir com o proposto. “Após me formar em 1990, fui fazer estágio


Servando Lopes

no Rio de Janeiro. Assim que terminei, voltei para Tocantins, onde trabalhei com fotos e filmagens. Um tempo depois, recebi novamente pedidos para dar aulas de dança, só que desta vez era ‘dança de salão’ e elas seriam feitas no Espaço Cultural da Prefeitura Municipal. Isso foi em 1995”, lembra. Em 1997, após dois anos de tentativas em formar um grupo de quadrilha, nasceu o Sol e Lua. Contando sempre com dezenas de participantes, todos muito bem ensaiados, praticamente uniformizados com as roupas padronizadas e dentro do estilo, o grupo sempre chamou a atenção onde quer que fosse. Nos concursos, por já existir a muito tempo, o Sol e Lua nem faz parte da mostra competitiva, se apresentando sempre como atração principal do evento. Atualmente, Marquinho dá aulas de bolero, samba, chá-chá-chá, zouk, tango, foxtrote, valsa e forró, os ritmos que compreendem a dança de salão, em sua academia, atendendo tanto ubaenses, quanto pessoas que moram em cidades próximas, como Rodeiro, Guidoval, Visconde do Rio Branco, Divinésia, Astolfo Dutra, Tocantins, entre outras. Completando os mais de 400 alunos com quem trabalha, estão também aqueles que não vão até sua academia, mas sim são atendidos em suas próprias cidades, como os grupos de terceira idade, alunos de colégios como o “Pilar”, em Tocantins, e indivíduos que solicitam os serviços do professor de dança para algum estilo em especial, ou então, como já é de costume, para coreografar e coordenar quadrilhas.

A DANÇA DA VIDA Marquinho conta que viu muitas transformações nas pessoas através da dança. Casamentos que foram formados, grupos de amizade verdadeira, alunos que eram muito tímidos e se tornaram mais extrovertidos. De fato a dança agrega muitas melhorias para o organismo e a mente do ser humano. Como exercício físico, ela é incrivelmente eficiente, trabalhando todas as partes do corpo e de forma ritmada, exigindo resistência e controle da respiração. “Com tudo isso, pude avaliar que quem dança, melhora tanto as habilidades físicas, quanto as psicológicas, incluindo a concentração e a confiança em si mesmo e no próximo/parceiro”, declara. Quando questionamos sobre a mudança no estilo das comemorações da Festa de São João e as famosas festas juninas, Marquinho expressa sua opinião: “Antigamente, a quadrilha era feita para comemorar as boas colheitas e homenagear São João, tendo como objetivo contar uma história através da dança. Os figurinos tinham influência de Portugal e muitos passos foram criados na língua francesa. Cada estado brasileiro estiliza a festividade refletindo à realidade do seu interior. Porém, hoje em dia, em algumas ocasiões, podemos observar que são introduzidos estilos musicais e caracterizações que fogem do contexto original. Temos que acompanhar a modernização, mas nunca nos esquecermos do objetivo principal”. Dentro dos passos mais conhecidos, ele lista alguns que não podem faltar numa marcação: “’Olha a chuva!’ é um dos mais famosos. ‘A ponte quebrou!’, ‘Caminho da roça’, ‘Passeio na cidade’... Tem muitos que variam de acordo com a região. Ah, e o ‘Olha a cobra!’, ‘É mentira!’, também é muito conhecido por todos ”. Na iniciativa de resgatar a tradição, está sendo organizado para os meses de junho e julho um encontro que reunirá quatro grupos de bairros e escolas para um verdadeiro torneio de quadrilhas. No dia 20 de junho, acontecerá a primeira etapa do evento, no Clube Praça de Esportes. A segunda parte, que funcionará como um retorno da competição, será em 26 de julho, no Mangueiras Country Club. Para os fãs do estilo, anotem na agenda! Finalizando, nossa Prata da Casa realiza uma análise sobre suas realizações ao longo desses anos. Muito se foi ensinado, e neste exercício, muito também se foi aprendido. Mesmo após ser professor de centenas de alunos por todo este tempo, não é a quantidade de gente que passa por suas mãos que lhe importa, mas sim a troca de material e aprendizado que foi transportado de um para o outro. “Eu não me preocupo com a quantidade de pessoas para quem dou aula. Me preocupo com a qualidade do trabalho que é feito”, encerra. Revista Fato - Junho 2015


Cidade Por Higor Siqueira

Cleverson Montanha

4500 PESSOAS MAIS DE

O

MARCARAM PRESENÇA NO 5ª EDIÇÃO DO FETUBA

O 5º FETUBA, Festival de Teatro de Ubá, que aconteceu nos dias 1, 2 e 3 de maio, foi sua edição de maior sucesso até o momento! Foram 22 espetáculos, realizados nos três dias em que a cidade acolheu 147 artistas, de 21 grupos de teatro diferentes, assistidos por mais de 4.500 pessoas. A população ubaense fez bonito desta vez, comparecendo em grandes números para prestigiar o evento cultural! Atores que vieram de várias cidades, algumas bem distantes por sinal, apresentaram-se na sala de teatro e na quadra do SESI, locais onde as peças aconteceram. Participaram grupos das vizinhas Cataguases, Viçosa, Juiz de Fora, de outras cidades de Minas Gerais, do estado de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Goiás, Paraná e, pela primeira vez em todas as edições, de Angola, na África. O evento é uma iniciativa da Associação FezeFaiz de Promoção Cultural e das Artes e do Movimento Teatral Ubaense, contando com mais de 40 colaboradores que realizaram um belíssimo trabalho em equipe para sua plena realização. Neste ano, o FETUBA contou ainda com o patrocínio da Prefeitura e da Câmara Municipal de Ubá e o apoio das instituições SESI/FIEMG, FAGOC e E. E. Raul Soares. É possível conferir mais detalhes sobre o festival através de sua página no Facebook (Fetuba – Festival de Teatro de Ubá) e também do blog, fetubafestival.blogspot.com.br. Lá você poderá conferir fotos de antigas edições, os nomes das peças que já foram apresentadas e dos grupos que já participaram, a lista de premiados desta edição – foram 32 troféus entregues! – e mais um monte de informações! Quem foi no FETUBA 2015 sabe que foi tudo de bom! Quem não foi, calma, que ano que vem tem mais! Viva o teatro! 28

A peça “Bumerangueou”, realizada na quadra do SESI, ganhou 5 prêmios, incluindo o de “Melhor Espetáculo” na categoria Infantil. O grupo Insólito CIA de Teatro veio de Teófilo Otoni - MG para se apresentar no 5º FETUBA.

O Grupo de Teatro Kulonga, da cidade africana Luanda, se apresentou no segundo dia de festival, com a peça “Loucura de Barriga Vazia”, levando cinco prêmios para casa, incluindo o de segundo melhor espetáculo no ranking geral.

Com censura 18 anos, o espetáculo “A Reza” foi o último a ser apresentado no sábado, segundo dia de festival. O grupo “Experimentos UFBA”, de Salvador - BA, levou para casa dois prêmios: “Melhor Cenário” na categoria Alternativo e “Melhor Atriz” para Marina Lua. Revista Fato - Junho 2015



Futebol e CIA

Marina Fusaro

Graduada em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Estácio de Sá (UNESA RJ e Especialista em Jornalismo Esportivo por Faculdades Integradas Hélio Alonso (FACHA RJ). Contato: marinafusaro@ yahoo.com.br

Polo Moveleiro Por Juliana Campos

POLO MOVELEIRO DE UBÁ TAMBÉM É

CRISE ECONÔMICA DO PAÍS

O O E AGORA,

JOSÉ?

O tema do momento no futebol mundial não é o esporte em si, e sim a corrupção. Pois bem, diriam alguns, ‘ela chegou até aos gramados’. Minha gente, há tempos que assuntos do tipo não são novidade. Em 2003 escrevi minha monografia falando sobre ISL, Ricardo Teixeira, Eurico Miranda, Kleber Leite e Cia, e agora os coleguinhas da imprensa me aparecem com esta “novidade” no caso da FIFA. É vergonhoso? Sim. Muito, e infelizmente acontece desde que o mundo é mundo, em todos os lugares, inclusive no esporte, mas sei lá, acho que pode até ser bom para o futebol, porque dessa vez, envolve gente grande, peixe graúdo. Se deixarem presos meia dúzia dos envolvidos, não poderia servir de lição? É claro, que eu, como fã do esporte Bretão não gostaria que a coisa chegasse neste ponto, mas agora que chegou, bem que podia servir para alguma coisa! E tem outra! Antes que os amantes do “Complexo do Vira-lata” comecem a dizer, tinha que ser aqui (porque sim, tem gente ‘achando’ que só acontecem estas coisas no Brasil), a corrupção é no futebol MUNDIAL, tem membros de diversas federações, inclusive da Europa neste “balaio de gato”. O próprio presidente da FIFA renunciou ao cargo e convocou novas eleições, deixando pra trás uma ERA na Federação. Após os escândalos, Joseph Blatter, que presidiu a FIFA por 17 anos decidiu deixar o cargo. E por aqui já estão dizendo mais uma vez que vedemos a Copa! Sempre as insinuações com a Copa do Mundo... É claro que não é normal a seleção Brasileira perder de sete para a Alemanha, em casa e tudo mais, mas meu povo, são coisas do futebol, acontecem. Ou alguém em sã consciência acredita que conseguiríamos “comprar” TODOS os atletas de uma seleção? Que ficariam “calados” pra sempre...

30

AFETADO COM A

PRESIDENTE DO INTERSIND AFIRMA QUE O POLO MOVELEIRO NÃO ESTÁ FALIDO E FALA SOBRE AS EXPECTATIVAS PARA A FEMUR 2016

O Intersind – Sindicado Intermunicipal das Indústrias do Mobiliário de Ubá divulgou nos últimos dias uma nota oficial à imprensa sobre a real situação do polo moveleiro da nossa região. Confira: Nos últimos meses, o setor moveleiro, assim como vários setores em todo país, está sofrendo com a crise econômica. E, por isso, tem sido alvo de críticas e informações infundadas. O Intersind afirma que o nosso polo não está falido, estamos passando por mais uma crise,

não temos porque esconder, mas em toda extensão do polo existem empresas sólidas, algumas estão passando por dificuldades, mas que estão buscando alternativas. As demissões no momento são maiores que as contratações, mas estamos em atividade, infelizmente, as empresas estão tendo que reduzir o número de funcionários, como medida para tentar driblar a crise. Com o total de 338 estabelecimentos industriais de móveis no polo, 218 empresas


O número exato de colaboradores do nosso polo moveleiro de Ubá que foram demitidos, não temos, mas vai ficar em torno de 2.000 funcionários nestes cinco primeiros meses do ano. São funcionários demitidos de empresas que diminuíram o quadro ou que fecharam as portas. Alguns funcionários foram recontratados para outras empresas, mas acredito que nem 20% tiveram esta sorte.

de móveis instaladas em Ubá e gerando 16.196 empregos diretos, o polo tem papel importante no constante desenvolvimento da região. Hoje, estamos concorrendo com outros polos, que possuem infraestrutura e incentivos melhores que o nosso. Temos fábricas, por exemplo, em locais sem pavimentação, empresas pagando aluguéis, pois não temos distrito industrial e não temos também o Anel Viário, desviando o trânsito no centro da cidade e, assim, dando acesso fácil às empresas. A lista de dificuldades encontradas pelos empresários é extensa, por isso, precisamos chamar a atenção dos governantes de nosso estado e país para a nossa região. Neste momento, mais importante, ainda, do que conversamos com governantes, temos que conversar entre nós, empresários, conversar sobre clientes, produtividade, produtos, enfim, é importante a troca de experiências para ganharmos juntos. Precisamos tranquilizar os fornecedores, que estão preocupados com a atual situação das nossas indústrias e os clientes, que estão questionando as entregas dos produtos. Acreditamos no polo de Ubá, nos empresários e colaboradores, que continuam honrando os seus compromissos. Com certeza continuaremos crescendo e sendo um dos principais fornecedores de móveis do sudeste brasileiro. Temos tudo para realizarmos, com sucesso, mais uma edição da Femur, que acontecerá no próximo ano, e que atrai negócios e movimenta a economia local. Afirmamos o compromisso do Sindicato com

Michel Pires

Michel Pires - Presidente do INTERSIND.

o nosso polo moveleiro e com os empresários. Sempre acreditando no potencial da nossa região e que somos capazes de enfrentar mais este desafio. Confira a seguir a entrevista que a equipe de reportagem da Revista Fato realizou com o Presidente do Intersind, Michel Henrique Pires.

ENTREVISTA: Como você avalia a crise econômica vivenciada em nosso país e especificamente em nosso polo moveleiro!? Michel: A crise chegou maior que o esperado, o consumo desabou, mas pior do que isto, a inadimplência está muito alta, com isto, sofremos mais, baixo faturamento e tentar receber o que foi vendido está sofrido demais. Hoje o Intersind teria um número exato ou aproximado de funcionários do polo moveleiro de Ubá que foram demitidos por conta da crise nos últimos dois/três meses?! Como você avaliaria a gravidade da crise? Michel: O número exato não temos, mas vai ficar em torno de 2.000 funcionários nestes cinco primeiros meses do ano. São funcionários demitidos de empresas que diminuíram o quadro ou que fecharam as portas. Alguns funcionários foram recontratados para outras empresas, mas acredito que nem 20% tiveram esta sorte. A crise é grave, baixo consumo, alta inadimplência e uma inflação batendo a porta, além do dólar se valorizando, aumentando mais nossos custos. Todos aqueles que investiram esperando Revista Fato - Junho 2015

31


Polo Moveleiro um aumento do consumo, tiveram de reaver os planos, e o problema maior foram os que contavam com um aumento de faturamento para pagar as contas de financiamentos, estes vão passar mais apertos ainda. Você apontaria esse caos da crise em todas as empresas do polo moveleiro de Ubá, ou temos algumas especificamente que estão conseguindo se sobressair e vencer este momento conturbado?! Michel: Uma crise sempre atingi todas as empresas, algumas menos e outras mais, não existe um padrão, com certeza vamos ter empresas que vão sair da crise arranhadas, outras vão fechar, mas lidar com inadimplência e baixo consumo, não tem como se beneficiar em uma crise. Sobre a manifestação do Deputado Alencar da Silveira no Plenário da Câmara dos Deputados, o que você teria a nos dizer?! Os dados que ele disse são reais?! Michel: A crise existe no polo, como em todo o país e em outros setores da economia, o que não existe foi o que ele disse “o polo de moveis de Ubá está falido, está quebrado”. Isso não é verdade, e soou muito mal

32

para o Polo. Em qualquer “roda” de conversa de empresários moveleiros, seja lojistas ou fabricantes de móveis e matéria prima, este assunto está presente, que o polo está quebrado, que não vai pagar as contas, que não vai entregar os pedidos. O que não é realidade, temos muitas empresas bem, lógico que sofrendo, mas que vão honrar com todos os compromissos, tanto de pagamentos de matéria prima, impostos e salários, quanto de entrega dos pedidos realizados pelos representantes. Recentemente, tivemos a triste notícia que a Itatiaia Móveis mandou embora aproximadamente 300 funcionários, somando Ubá, Sooretama e Belo Horizonte. Os colaboradores desta empresa que permaneceram, bem como de outras, sentem-se inseguros e instáveis com relação ao seu emprego. Você veria uma estabilidade para esta crise se aproximando?! Michel: É difícil ver o final da crise, mas pelo que tenho conversado com clientes o mercado estabilizou, ou seja, a queda do volume de vendas parou, e vamos ter de nos adequar à nova realidade, ao novo volume de vendas, um novo “ponto de equilíbrio” para manter as empresas sadias, faturando menos, mas

com lucro. E estamos chegando na época em que os clientes encomendam para aguardar o fim de ano e que teremos uma venda melhor, pois hoje os clientes estão com o estoque baixo, já liquidaram o que tinha parado e vão ter de comprar ao ter a venda na loja. Com essa crise, quais são as expectativas para a Femur 2016? Michel: Já estamos começando a conversar sobre a Femur. Vamos realizar, sim, pois é um momento em que realizamos negócios. Pode até ser que os investimentos sejam menores, mas, com certeza, vamos fazer de nossa Feira uma das melhores do ano e tentar superar a passada, como sempre foi uma tradição da FEMUR, cada uma superando a que passou. Sabemos que não vai ser fácil, mas temos de fazer o melhor possível.

Divulgação Servando Lopes

Revista Fato - Junho 2015



Bem Estar Por Higor Siqueira

MEDICINA ALTERNATIVA

A

A NOVA SÉRIE DE REPORTAGENS DA REVISTA FATO!

A medicina alternativa oferece muitas práticas, à base de produtos naturais e costumes saudáveis, que podem curar doenças sem o risco da dependência de medicamentos químicos, e gerar bem estar ao ser humano favorecendo a manutenção e restauração da saúde. Há tratamentos de todos os tipos, envolvendo o uso de ervas e vegetais, acupuntura, homeopatia, arte terapia, atividades corporais e até mesmo terapia espiritual. Cada um deles é realizado de uma forma e gera um tipo de benefício ao organismo. Alguns necessitam do auxilio de um profissional especializado, como por exemplo, a acupuntura, mas muitos podem ser feitos por qualquer pessoa, dentro de sua própria casa. Com o objetivo de disseminar esta idéia, a Revista Fato! realizará seu segundo especial de matérias direcionadas. Em nossas edições lançadas no final do ano passado e início deste ano, fizemos uma série de reportagens sobre o lixo, explicando os tipos e os meios de descarte correto para cada um deles. Desta vez, em nossa editoria Bem Estar, abordaremos as variadas práticas da medicina alternativa e seus acréscimos ao homem.

Nosso objetivo é mostrar como alguns dos processos são feitos, quais as melhores formas de se obter bons resultados, que tipo de profissional procurar para casos específicos e todos os detalhes pertinentes ao assunto.

A MEDICINA ALTERNATIVA E SEUS BENEFÍCIOS BÁSICOS - Ela é capaz de reduzir a toxicidade no nosso organismo, provocada por medicamentos, o meio ambiente, radicais livres, alimentação não adequada, entre outros fatores; Através dela, é possível melhorar o estado geral do organismo sem deteriorar os órgãos, removendo os bloqueios que afetam o bom funcionamento dos mesmos; - Melhora as condições de vida a partir da reeducação alimentar ajustada a cada pessoa; - A medicina alternativa trata o indivíduo de forma holística, isto é, como um todo e não de uma

forma fragmentada; - Os tratamentos são isentos de efeitos secundários/colaterais; - Ela é responsável por restabelecer a qualidade de vida e dotar a pessoa de uma nova filosofia para viver; - Os produtos naturais não deixam mascarar a doença. Eles a removem do organismo; - A gama de tratamentos e terapias é enorme! Há casos de estresse, tensões e até mesmo depressão que foram controlados através das práticas. E assim damos inicio à série “Medicina Alternativa”. Para este mês, preparamos apenas uma introdução ao tema. Em julho vamos falar sobre sucos saudáveis, trazendo receitas e listando as propriedades fitoterápicas de cada um deles. Você tem curiosidade sobre o assunto? Então confira a nossa próxima edição!

naturemedicina.blogspot.com

34

Revista Fato - Junho 2015



O Look Perfeito Estilista e Proprietário do Ateliê Mário Coelho Moda, Festa, Noiva e 15 Anos

NAMORADOS DIA DOS

Mário

Coelho

É Ficha técnica:

Look: Loja Hitz; Casal: Giovana Cirnon e Vinicius Melo; Fotografia: Wanderson Produções. 54 36

É claro que uma data tão esperada como o Dia dos Namorados pede uma produção especial! A inspiração do casal de hoje são as estampas, para ela Animal prints e para ele o Poá. O Poá é a famosa estampa de bolinhas, também conhecida como Polka Dot, carrega uma herança forte dos anos 50, mas hoje em dia com a aplicação em várias peças (Camisetas, Camisas, Gravatas, Bermudas, Meias, Blusas, etc.) pode quebrar a formalidade de um visual ou deixá-lo bem diferenciado e já pegou no gosto masculino. O Animal Print, estampas de animais como: onça, cobra ou zebra já se tornaram ícone de moda. Passam os anos, mudam as estações, tendências chegam e outras vão, a clássica estampa de onça continua. Mesmo que não seja o foco da coleção principal das marcas, a bicharada está sempre em alguma peça da linha comercial, e tem presença garantida nas vitrines. Dica: As estampa são geralmente bem chamativas, vale aquela dica básica, tome cuidado com as outras peças que está usando, para não ficar muito “carregado”, over e poluir o look. Combinar estampas é geralmente complicado e requer um “bom” bom senso. Então, pra não errar, tente usar peças mais neutras quando estiver usando estampas.

Revista Fato - Junho 2015



Patrimônio Cultural Professor de história das redes municipal e estadual de ensino. Especialista em História do Século XVIII. Contato: andersonmv1@yahoo. com.br

Educação Por Higor Siqueira

REVISTA FATO! PROMOVE

1º CONCURSO

DE

REDAÇÃO HISTÓRIA Anderson Moreira

A MINHA, A NOSSA

A

A valorização do patrimônio cultural tem muito a ver com a mudança do pensamento humano nas últimas décadas. No Brasil do início do século XX ninguém imaginava que a Capoeira chegaria a ser considerada patrimônio da humanidade. Ao contrário, assim como o samba e demais manifestações culturais de origem afrodescendentes, eram rechaçadas e até condenadas pela elite branca. Felizmente, a nossa mentalidade evoluiu. Mas, por que passamos a encarar o mundo de outra forma? A resposta está nas transformações que fazem parte da humanidade e são indissociáveis da evolução humana. Sem desmerecer as revoluções que empurraram o homem ao séc.XX, como as revoluções agrícola e industrial e demais movimentos tão importantes quanto, acredito que as mudanças registradas a partir da década de 1960 merecem destaque pela contribuição ao pensamento do homem contemporâneo. As duas guerras mundiais (1914 a 1918 e 1939 a 1945) provocaram uma sensação de que a ideia europeia de progresso havia se esvaziado. As dezenas de milhares de mortes humanas e a destruição de cidades inteiras motivaram mudanças cujos reflexos sentimos até hoje, como o conhecimento histórico. Até aquele momento prevalecia a história positivista, cuja narrativa valoriza acontecimentos nacionais e personagens vistos como herois. Trata-se de uma análise superficial, cheia de mitos, que ignora a participação popular no curso da história, servindo apenas aos interesses das classes dominantes. Uma das inovações da intelectualidade da época foi a história cultural, uma abordagem diferente dos acontecimentos, agora vistos como parte de um contexto e analisados de baixo para cima. Como exemplo, em vez de “a descoberta do Brasil pelos portugueses”, falamos em “o encontro de culturas na chegada dos portugueses ao Brasil”. Essas novas abordagens possibilitaram uma ampliação da consciência humana, com a valorização da história local. Assim, o patrimônio cultural desponta como aspecto imprescindível para o autoconhecimento dos povos, desde que as políticas públicas valorizem a participação e as escolhas da comunidade. 38

MAIS DE 100 TEXTOS FEITOS POR ALUNOS FORAM JULGADOS E A ALUNA VENCEDORA TRANSBORDOU CONHECIMENTO E SENSIBILIDADE NUMA OBRA GENUÍNA E DIGNA DE VITÓRIA

LITERATURA E CULTURA EM UM ÚNICO CONTEXTO A terceira edição da FLITEC - Feira Literária e Cultural de Ubá - aconteceu nos dias 24 e 25 de abril, na Praça São Januário, homenageando neste ano a obra do autor Vinicius de Moraes. Com mais de quarenta espaços e stands, que espalhados coloriram a Praça com arte por todos os lados, o evento mobilizou tanto a população, que esteve presente para visitações, quanto às instituições de ensino da cidade, que trouxeram alunos de várias faixas etárias para participar das atividades que ocorreram no cronograma da feira. Ainda no dia 13, a FLITEC iniciou a primeira parte de sua pré-programação, que durou até o dia 18, com performances teatrais em escolas municipais, estaduais, particulares, faculdades e ainda em espaços externos, todas elas realizadas pelo ator Fabrício Sereno, interpretando textos de Vinicius de Moraes. Já no dia 22, foi momento de iniciar a segunda parte da pré-programação, prestigiando o lançamento de obras pela Academia Ubaense de Letras, no Salão do Plenário da Câmara Municipal. Entre algumas delas, podemos ci-

A aluna Isabelly Rino Trevizano (16), estudante do Colégio Pilar, foi a grande vencedora do concurso de redação, com o texto intitulado “O Poder do Amor”.


ASCOM PMU

tar “Estrelas Decadentes”, de José Geraldo de Souza Araújo e “Anos Dourados na Terra da Manga Ubá - Memórias da Minha Janela”, de Cornélio Zampier Teixeira. Prosseguindo, na noite do dia 23, os colégios Anglo e Sagrado Coração de Maria foram palcos de palestras, todas abordando a literatura e seu entendimento, sempre pegando como gancho a vida e obra do autor homenageado. E na manhã do dia 24, na Praça São Januário, a abertura oficial da 3ª FLITEC reuniu todo o seu time de organização e colaboradores, incluindo o prefeito Vadinho Baião, o vereador e professor Samuel Gazolla, a Secretária de Educação Maria do Carmo de Melo, entre professores e membros da SME - Secretaria Municipal de Educação - seguida por apresentações que começaram desde cedo e duraram até à tarde, com números de canto, dança e teatro. Os stands, com exposições sobre diversos temas, incluindo a história de Ubá e obras literárias, permaneceram na Praça para o sábado (25), onde aconteceram novas apresentações e shows de encerramento.

1º CONCURSO DE REDAÇÃO NA FLITEC A Revista Fato!, em parceria com o setor de Programas Literários da SME, teve a idéia de promover o 1º Concurso de Redação dentro da FLITEC, a fim de engrandecer e divulgar a grade do evento. Com o objetivo de incentivar o conhecimento pela literatura e a prática da escrita, o concurso foi direcionado aos alunos do 8º e 9º (Ensino Fundamental) e 1º e 2º ano (Ensino Médio) de algumas escolas ubaenses. “Fazer este concurso sempre foi um sonho nosso e neste ano finalmente enxergamos a oportunidade de realizá-lo”, contam Juliana Campos e Bráulio Cesar de Paula, sócios-diretores da “Revista Fato!”. “Nós somos uma mídia que tem como principal objetivo disseminar a informação através da leitura. Sendo assim, acreditamos que ao realizar uma ação como esta, estamos apoiando este movimento. Quando recebemos o pedido da Andréia, responsável pelo setor de Programas Literários, para ajudar na divulgação da FLITEC 2015, vimos de imediato a excelente oportunidade de encaixar o concurso de redação. Ainda que com pouco tempo, fizemos a primeira edição e já estamos cheios de planos para o ano de 2016”. O tema escolhido foi o poema “Soneto de Fidelidade”, um dos mais belos e famosos textos de Vinicius, o que novamente faz ligação ao autor homenageado na feira. Para incentivar os alunos a fazerem um bom trabalho, o escritor da melhor redação, que deveria atender a todos os quesitos julgados, ganharia uma bolsa de estudos, de um ano, para cursar Inglês na escola de línguas CCAA. “A CCAA Ubá é nosso cliente há quase quatro anos. Quando propomos a idéia aos diretores, Antonieta e Luiz Cláudio, eles não pensaram duas vezes e abraçaram a causa. Somos gratos aos dois pela confiança que sempre colocaram em nosso trabalho e nos sentimos honrados em fazer esta parceria por uma causa tão nobre, que é promover educação, cultura e leitura”, declara Juliana. Para a escola de línguas, é um imenso orgulho participar de iniciativas como a FLITEC. “Essa geração que só se comunica virtualmente necessita muito de estímulos como este. As instituições que trabalham diretamente com a educação, assim como nós, ficam super satisfeitas quando resultados positivos ganham destaque, assim como foram com as redações apresentadas”, pontuaram os diretores. Os textos foram entregues pelos alunos aos professores de Língua Portuguesa e Redação das escolas participantes, que em seguida fizeram uma pré-seleção do material. Depois disso, as redações escolhidas por eles foram repassadas, até o dia 17 de abril, aos organizadores do concurso. O júri avaliou cada trabalho de acordo com o regulamento previamente divulgado e o resultado saiu durante a FLITEC, no final da tarde do dia 24, no palco principal da feira, diante da presença dos diretores da Revista Fato! e um representante da CCAA.

A GRANDE VENCEDORA Entre as mais de 100 redações enviadas por escolas públicas e particulares, Revista Fato - Junho 2015


Educação

três foram classificadas como finalistas - mas apenas uma delas ganhou como “primeiro lugar”. A aluna Isabelly Rino Trevizano (16), estudante do Colégio Pilar, foi a grande vencedora do concurso de redação, com o texto intitulado “O Poder do Amor”. “Me senti muito feliz e orgulhosa de mim mesma”, diz Isabelly sobre o momento em que ficou sabendo da vitória. Ela conta que conhecia as obras de Vinicius de Moraes de maneira um tanto supérflua, mas aprofundou-se no tema com estudos pessoais e durante as aulas do professor de redação que a auxiliou, Renato Bressan. O professor conta que a direção do colégio lhe informou sobre o concurso e o incentivou a preparar os alunos. “Durante quase duas semanas dei aulas específicas sobre o poema ‘Soneto de Fidelidade’, explicando o significado de cada verso, trazendo questionamentos sobre a noção de ‘fidelidade’ no contexto contemporâneo e ouvindo as experiências pessoais de cada aluno. A escola entrou no clima do concurso e os alunos discutiram o assunto com muita naturalidade”, ele lembra. A jornalista Rafaela Martins Namorato partici-

pou do júri que auxiliou na avaliação e escolha dos textos participantes e fala um pouco sobre o processo: “O nível das redações que chegaram até nós estava altíssimo. Ficou nítido o quanto os alunos e seus orientadores se empenharam nesta atividade. É muito gratificante ver como ainda existem jovens atentos à literatura e dispostos a fazer um belíssimo trabalho como o que foi feito por cada aluno. Isso fez com que a missão de escolher um vencedor se tornasse ainda mais difícil. A cada redação era uma emoção diferente. Foi bastante complicado eleger apenas uma”. “Usamos os critérios propostos pelo regulamento, observando ao máximo a fidelidade ao tema proposto”, relata a professora Marta Valente, outra integrante da bancada de júri. “As redações estavam muito boas, de forma geral. A vencedora mostrou ser conhecedora do tema e criou um texto rico em idéias”. “O Concurso de Redação foi uma grande iniciativa!”, pontua Isabelly. “Isso faz com que as pessoas possam viajar na literatura, descobrindo até mesmo um talento que nem imaginavam possuir, assim como ocorreu comigo. Tudo o que vier para nos

Entrega do certificado de primeiro lugar à vencedora do concurso com representantes de todas as instituições participantes.

40

acrescentar é muito válido!”. Sobre a bolsa de estudos na CCAA, ela fala que não conseguiu se conter de tanta felicidade. “O Inglês é uma das disciplinas que mais gosto e eu já havia feito o curso por um tempo, mas há dois anos estava parada”. A CCAA informou que Isabelly poderá começar os estudos ainda este ano, no segundo semestre que começa em agosto. A vencedora diz que pretende continuar os estudos quando a bolsa terminar. “Foi muito gratificante para nós ver jovens com textos tão qualificados e cheios de sensibilidade”, apontam Juliana Campos e Bráulio Cesar. “A Revista Fato! agradece a Prefeitura Municipal de Ubá, através da Secretaria Municipal de Educação, pela parceria e confiança depositada em nós nesta ação em um evento tão importante. Mais uma vez agradecemos ao CCAA pela credibilidade dada a nossa proposta. E aos professores e alunos que se envolveram, o nosso carinho e respeito! Aproveitamos também para parabenizar a Isabela, vencedora do prêmio. Esperamos que ela aproveite cada minuto desta oportunidade que ela mesma se proporcionou”, finalizam.

A Secretária Municipal de Educação, Maria do Carmo Mello posou para foto com a vencedora do concurso e sua mãe, a direção do Colégio Pilar e o professor de redação que se empenhou em estimular os alunos da escola na participação desta primeira edição do concurso.


Giro Fato Por Juliana Campos

ROTARY CLUB HUMANITÁRIO Foto: Arquivo Pessoal

O Rotary Club Ary Barroso esteve no dia das Mães visitando e presenteando as mamães enfermas do Hospital São Januário, que na oportunidade foram agraciadas com rosas. Esta foi mais uma ação humanitária desenvolvida pelos membros do Rotary Club Ary Barroso. Estiveram presentes nesta ação nobre Luiza Moreira Campos - Presidente, Walter Padovani - Vice Presidente, Wanea Jacob Secretária, Ailton Faria - Tesoureiro, Luzitânia Protocolo, Jorge Druda - Protocolo, Gracinha Druda - Quadro Associativo, Antônio Carlos Jacob - Segundo Secretário, Fernando Fortucci com sua esposa Maria Auxiliadora Gravina Fortucci - Diretor do Hospital São Januário.

VERBA PARA UBÁ! Foto: ASCOM PMU

O Prefeito de Ubá Vadinho Baião, compartilhou em sua rede social na terça-feira, 09 de junho, uma notícia que vem para somar na cidade Carinho. Confira na íntegra o comunicado do nosso prefeito: “R$1.228.000,00 - Ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, libera recursos para obras de Defesa Civil em Ubá. Estamos vivendo um período de escassos recursos públicos e esta notícia é muito importante não só pelas obras que serão realizadas, mas também por representar investimentos que nos ajudam a vencer a crise com a geração de mais empregos e renda. Em nome de todos os seus conterrâneos Ubaenses receba, Ministro Gilberto Occhi, um forte abraço e o nosso muito obrigado!”

Foto: Bruno Zócoli

UM SUPER VIVA PARA CAROL DUARTE PEREIRA A bela Carol Duarte completou 15 anos no dia 04 de abril e posou para fotos do competente fotógrafo Bruno Zócoli. Os papais Andreano Gomes Pereira e Greisse Dias Duarte Pereira estão de parabéns! Vida longa a esta linda família.

Revista Fato - Junho 2015


Gestão em Foco CRA-MG 36.936. Bacharela em Administração de Empresas; pós-graduada em Gestão de Pessoas e em MBA Executivo em Gestão Empresarial pela FAGOC – Ubá/MG; certificada pela ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais) – CPA 10 Contato: josianesouzadt@yahoo.com.br

Adm. Josiane Souza

DIA DOS NAMORADOS: AMOR OU COMÉRCIO? Divulgação

D

Diversas são as explicações para o surgimento da comemoração do “Dia dos Namorados” e muitas delas referenciam o fator econômico como causa, no entanto há raízes históricas nos rituais pagãos da Roma antiga. No ano 270 a. C., o imperador Claudio II proibiu o casamento entre jovens afim de aumentar o seu contingente por acreditar que os homens solteiros, sem compromissos familiares, eram melhores soldados. O bispo Valentin discordava de tal decisão e desafiou a autoridade do rei realizando casamentos escondidos; ao ser descoberto, foi preso e condenado à morte. Na prisão, apaixonou-se pela filha do carcereiro e, antes de ser decapitado, ele deixou para sua amada uma mensagem assinando “Do seu Valentin”, sendo este considerado o primeiro cartão de “Dia dos Namorados”. Foi dessa frase que surgiu a expressão Valentine’s Day (Dia de São Valentin), data comemorada em diversos países no dia 14 de fevereiro. Tal data foi adotada devido à morte do então conside-

42

rado mártir pela Igreja Católica e, conta-se também, que na Idade Média acreditava-se que era o primeiro dia de acasalamento dos pássaros. No Brasil teve origem comercial, devido a recorrência de baixa das vendas no mês de junho atribuída à ausência de uma data comemorativa. Em 1948 a conceituada lojas Clipper em São Paulo contratou a consultoria do publicitário João Dória para reverter essa situação e, assemelhando-se ao Valentine’s Day, escolheu o dia 12 de junho, véspera da homenagem à Santo Antônio, o “santo casamenteiro”, cuja estratégia surtiu efeito com o slogan “não é só com beijos que se prova o amor”. O evento alavancou as vendas da loja, concedeu à empresa de publicidade que João Dória presidia o título de agência do ano, e com isso criou-se a tradicional troca de presentes nesta data. Visando manter a performance das vendas neste período, o SEBRAE de São Paulo dá importantes dicas de como aumentar as vendas no dia dos

namorados como: contar uma história de amor através da vitrine; é fundamental ser notado e ousado, ultrapassando a linha do previsível; use bastante papel colorido em volta de mostruários, pois vinte por cento das pessoas são atraídas por vitrines coloridas; mantenha um visual limpo, antes de começar a expor os itens na vitrine, marque o vidro com uma fita na altura dos olhos das pessoas. É importante manter alguns itens suspensos no teto e outros na base, próximos ao piso, mas o foco deve estar na altura média dos olhos dos consumidores e por fim pense na vitrine associada a luzes. Enquanto nós, consumidores, atentemos para adequar o momento aos nossos recursos, evitando comprometer nossa renda ocasionando possível dificuldade financeira. Que este dia não seja só “O” presente, mas que seja uma data para renovar nosso compromisso e declarar nossa felicidade de estar ao lado da pessoa que escolhemos para fazer parte dos nossos dias.


Saúde Por Juliana Campos / Higor Siqueira

CONHEÇA OS REQUISITOS BÁSICOS PARA DOAÇÃO DE SANGUE

DOAR SANGUE É

SALVAR VIDAS

A

“EM UBÁ, A MAIORIA DAS TRANSFUSÕES DE URGÊNCIA É SECUNDÁRIA A ACIDENTES AUTOMOBILÍSTICOS OU FERIMENTOS COM PERFURO CORTANTE”

A doação de sangue é uma atitude importante para auxiliar no tratamento de alguns pacientes e em casos de acidentes que demandam transfusão. De acordo com a hematologista do Hospital Santa Isabel, Drª Gerusa Teixeira, a doação deve ser feita por pessoas saudáveis. Em alguns casos, o paciente não pode doar temporariamente, quando, por exemplo, está em uso de medicamentos, está com alguma infecção ou tomou uma vacina recentemente. Existem, também, as inaptidões definitivas, como por exemplo, quando se tem uma convulsão, evidência de doenças transmissíveis pelo sangue, hepatite após os 10 anos de idade ou malária. Alguns cuidados antes e após a doação são necessários. Antes da doação é recomendado que o doador não fume por algumas horas, não beba 24 horas antes de doar e alimentar-se de forma leve e saudável. Após a doação, o doador deve se hidratar, não dirigir moto, nem realizar atividades de risco, fazer uma dieta leve, não beber e nem fumar. A proposta do Ministério da Saúde e dos hospitais é estimular a doação espontânea, fazendo com que elas não sejam apenas de reposição, para que não haja falta nos bancos de sangue. Se não há falta nos bancos, não há atrasos nas cirurgias, os pacientes são atendidos adequadamente e não ficarão preocupados com a possibilidade de seus procedimentos não serem realizados a tempo. Drª. Gerusa Teixeira é médica e professora da UFV. É Especialista em hematologia e hemoterapia pela UNICAMP-SP e em entrevista a nossa equipe

de reportagem, ela esclarece dúvidas e curiosidades sobre este ato nobre: a doção de sangue.

ENTREVISTA: Revista Fato: Quais são os requisitos para ser um doador de sangue? Drª. Gerusa: Idade entre 16 (com autorização dos pais) e 69 anos; Peso > 50 kg e estar com boa saúde e nutrição. Revista Fato: Quais são os casos em que uma transfusão de sangue é necessária? Drª Gerusa: Sempre que o paciente apresentar sinais de falta de oxigênio nos tecidos, sangramento e ou descontrolado. Revista Fato: É preciso estar em jejum para fazer a doação? Drª. Gerusa: Para doar sangue o candidato não poderá estar em jejum. Se for doar pela manhã, deve-se fazer uma refeição leve, sem gorduras, como café, bolo, pão, cereais e frutas. Após almoço, jantar ou refeições com conteúdo mais gorduroso deve-se aguardar três horas para efetuar a doação. Após refeições gordurosas ou copiosas será necessário aguardar quatro horas. Refeições com elevado índice de gordura, como a feijoada, podem interferir na execução dos exames; assim, sugerimos que nesta situação a doação seja realizada no dia seguinte. Lembre-se de ingerir líquidos em maior quantidade antes e depois

“SÓ O ISAB HOSPIT A EL T RAN L SANT M A S A I HEM S DE FUNDE O 1 C POR OMP 00 M O NÃO ÊS. INFE NENTE L C ONS IZME S M N NÚM ANDAR EGUIM TE OS OM ERO DE D ESMO OAD O Dr ª. RES” G erus a

de realizar a doação. Revista Fato: Qual é a quantidade de sangue coletada? Essa quantidade pode afetar a saúde do doador? Drª. Gerusa: A doação de sangue é realizada considerando-se um volume máximo por quilo de peso. Para mulheres, o volume máximo é de 8ml/kg e, para os homens, 9ml/kg. A coleta é também proporcional ao volume de anticoagulante em cada bolsa de co-


Saúde leta, razão que limita a coleta de volumes menores de sangue. • Homens acima de 50 Kg: 450ml; • Mulheres entre 50 e 55,9 Kg: 410ml; • Mulheres com 56 kg ou mais: 450ml. Revista Fato: Existe intervalos de tempo para doar sangue, ou podemos fazê-lo todo mês?! Drª. Gerusa: Mulheres podem doar sangue com um intervalo de 90 dias entre uma doação de sangue total e outra, até no máximo três vezes em um período de 12 meses. Já os homens podem doar sangue com um intervalo de 60 dias entre uma doação de sangue total e outra, até no máximo quatro vezes por ano. Uma frequência maior pode privar o doador de nutrientes importantes e não é seguro. Revista Fato: Na cidade de Ubá existe algum local onde é possível doar sangue? Drª. Gerusa: Não há pontos fixos de coleta em Ubá. Revista Fato: Quais os casos em que o indivíduo não pode ser doador? Drª. Gerusa: Indivíduos com alterações no batimento cardíaco. Também não pode doar sangue se estiver apresentando qualquer sintoma, mesmo que leve e o candidato à doação hipertenso deve apresen-

tar relatório do seu médico assistente comprovando o controle clínico adequado. No dia da doação, a pressão arterial será aferida e o precesso só será realizado se a máxima estiver abaixo de 140mmHg e a mínima abaixo de 90 mmHg. Também não pode ser doadoras de sangue pessoas com anemia, câncer, cirurgias recentes, tatuagem e pircing feitos recentemente, usuários de drogas ilícitas e pessoas que fazem uso de certos medicamentos.

to em quanto tempo? Drª. Gerusa: Sim. Os interessados devem se cadastrar na agência transfusional do hospital. As viagens são feitas 1 vez por mês.

Revista Fato: É possível ser doador fazendo uso de algum medicamento? Drª. Gerusa: Sim. Alguns medicamentos não contraindicam a doação. Por exemplo, pessoas hipertensas com bom controle em uso de somente 1 classe de medicação podem doar mediante apresentação de relatório do médico assistente.

Revista Fato: As pessoas que são encaminhadas para lá fazem algum exame antes para saberem se estão aptas a doar sangue? Drª. Gerusa: Não. A triagem somente pode ser feita pela unidade responsável pela coleta. Mas, os doadores são informados dos critérios de doação.

Revista Fato: Para onde vai o sangue doado e como funciona sua distribuição? Drª. Gerusa: O sangue doado é distribuído às agências transfusionais da região para suprir a demanda. Revista Fato: O Hospital Santa Isabel organiza viagens periódicas com indivíduos que querem doar sangue para levá-los até o Hemominas, em Juiz de Fora. Como isso acontece? A viagem ocorre de quan-

Sou doadora de sangue desde os meus 18 anos. Já doei 5 vezes. Tomei esta decisão, pois segui o exemplo de minha mãe que é doadora. Comecei a trabalhar em um hospital e vi bem de pertinho a necessidade e desespero de algumas pessoas quando se trata de transfusão sanguínea. Tive o maior prazer Fernanda Paiva em doar sangue no meu próprio local de trabalho e participar desta campanha, pois o Hemominas já nos visitou 3 vezes. É gratificante saber que um pouquinho do meu sangue, que não me faz tanta falta, faz uma diferença e tanta na vida de quem precisa. A importância deste ato é que salvar vidas não tem preço, é lindo e é o mesmo que fazer alguém nascer de novo. Sou e sempre que puder serei voluntária nessa linda campanha.

Eu doei sangue somente uma vez quando servi o Exército, pois faz parte de uma das missões. Até então não tinha dado devida importância ao bem que esse ato pode fazer para o ser humano, até Lucas Pinto receber uma carta do Hemominas agradecendo e informando que o pouco que doei ajudou a salvar quatro vidas. É muito gratificante saber que uma singela doação pode salvar uma vida enferma.

Agradeço primeiramente pelo convite e quero dizer que estou muito honrado em poder falar deste ato para as pessoWellington Verazani as. Doei sangue, pela primeira vez, este ano, na data de 25 de abril. Decidi por mim mesmo, sem incentivo de qualquer outra pessoa, mas com uma inspiração específica: minha mãe. Ela doou várias vezes, mesmo tendo medo de agulha. Disse que fazia isso por saber que ajudaria outras pessoas. Apesar de ser um doador, me senti muito mais beneficiado que os próprios receptores. Entender que podemos contribuir para salvar vidas faz com que nos sintamos mais harmônicos espiritualmente e conscientes de que podemos ser sempre melhores. Todos aqueles que doam sangue não perdem, e sim multiplicam.

Revista Fato: Além do Hemominas, qual outra unidade do segmento possui na região? Drª. Gerusa: O Hemominas é a unidade responsável pelo abastecimento dos hospitais da região.

Revista Fato: Como funciona a questão do banco de sangue na nossa região? Onde ele é armazenado e como é distribuído? Drª. Gerusa: O banco de sangue fica em Juiz de Fora e a distribuição é realizada lá. Os hospitais tem um pequeno estoque que fica armazenado nas agências transfusionais. Revista Fato: Em necessidades especiais, de onde o sangue vem? É um processo demorado? Drª. Gerusa: O sangue vem de Juiz de fora ou Tive a oportunidade de doar somente uma vez porque foi em outubro, então estava aguardando a época para doar novamente, aí engravidei. A decisão foi tomaPatricia Luiza da quando o pai de um amigo meu precisou fazer um transplante, mas chegando lá e fazendo a doação resolvi continuar, pois, é um ato simples e rápido, mas que salva vidas. É bom ter em mente que não é uma obrigação, mas sim, um ato de amor e solidariedade.

Me tornei doadora de sangue quando ainda frequentava a universidade e tomei conhecimento da necessidade de sangue nos bancos de Bárbara Destro sangue através de uma campanha realizada na mesma. Na época procurei saber mais sobre o assunto, a importância da doação, as consequências provenientes de tal ato, quando acabei de me informar, vi que era uma atitude super positiva que só trazia consequências boas a todos os envolvidos. Desde então sou doadora, já fiz o procedimento 3 vezes, é um ato simples e uma oportunidade incrível de poder ajudar quem precisa.


Divulgação / Arquivo Pessoal

de Belo Horizonte, dependendo de qual é a necessidade especial. O tempo varia de acordo com a urgência. Revista Fato: Quais são os tipos mais raros de sangue? Na necessidade destes tipos, como é feita a distribuição? Drª. Gerusa: Os tipos mais raros são os negativos. Mas toda doação é importante, pois os tipos mais comuns são também os mais utilizados. Revista Fato: Há muitos casos de transfusão de sangue em Ubá? Drª. Gerusa: Sim. Só o Hospital Santa Isabel transfunde mais de 100 hemocomponentes por mês. Infelizmente não conseguimos mandar o mesmo número de doadores. Revista Fato: Destes casos, quantos costumam ser por causa de acidentes? Drª. Gerusa: Não temos esta estatística, mas a maioria das transfusões de urgência é secundária a acidentes automobilísticos ou ferimentos com perfuro cortante. Revista Fato: Há muitas vítimas fatais por não passarem pela transfusão a tempo em Ubá? Drª Gerusa: Não. O banco de sangue de Juiz de Fora tem suprido o nosso déficit de bolsas, mas o próprio Hemominas está trabalhando com estoque muito baixo. Revista Fato: Como uma profissional da área, fale um pouco sobre a importância da doação de sangue. Drª. Gerusa: O sangue só é produzido pelo corpo humano e só pode ser adquirido por doação. Se as doações continuarem escassas não haverá como continuar salvando a vida dos pacientes.

Não sei ao certo quantas vezes já doei sangue, mas sei que passam de 8. Isso porque, certa vez quando me dirigi ao Hemominas, tive que aguardar alguns minutinhos após minha identificação, e ao perceber que eu estava aguardando, uma das atendentes gritou: “gente, não deixem a menina esperando, ela é O negativo e é a sétima vez”. Nesse dia eu percebi o quanto eu era importante para eles, pois além de ser uma doadora recorrente, meu sangue é doador universal, ou seja, todos podem receber. Não tive uma razão específica para decidir doar, sempre quis, acho uma coisa tão pequena para um bem tão grande. Poder Priscila Matos contribuir com alguém que esteja passando por algum problema de saúde... Saber que essa contribuição pode ter sido primordial na vida de uma pessoa... Saber que pude diminuir a dor de algumas pessoas... São sensações que não há dinheiro no mundo que pague. Por isso, convido a quem nunca doou, que tente pelo menos uma vez... Verão o quão simples e o quão satisfatório esse ato é.

Rogério Carvalho

Já doei aproximadamente umas 20 vezes. Tomei a decisão para ajudar ao próximo, simplesmente. Só de saber que posso estar salvando uma vida, já é o bastante para uma realização pessoal. Imagine fazer sempre! Para mim é uma glória seguida do orgulho da ajuda sem querer troca!


Cartão de Embarque

GRAMADO:

Por Amanda Pacienza e Felipe Bonissatto

U

UM DESTINO

Umas das mais complicadas decisões do casamento é saber onde será a lua de mel. Buscamos conselhos de amigos, familiares e agentes de viagens para o lugar perfeito para que a nossa lua de mel fosse inesquecível. A decisão é difícil pois a viagem é única e o Brasil possui uma infinidade de destinos. Entre praias, serras ou lugares históricos decidimos que precisaríamos de um local com clima agradável, romântico e diferente de tudo aquilo que já vivenciamos, e o local escolhido, principalmente pela noiva, foi Gramado no Rio Grande de Sul. Para complementar, podíamos aproveitar toda Serra Gaúcha por estar ao nosso lado. Como há vários roteiros de passeios, belas cidades vizinhas e por Gramado estar há 120 Km de Porto Alegre, alugamos um carro no próprio aeroporto da capital gaúcha. Dessa forma, tivemos a liberdade de escolher os roteiros e horários dos nossos passeios. Para começar o passeio, a viagem entre Porto Alegre e Gramado decidimos passar pela Rota Romântica, uma estrada de belas paisagens onde a característica dessa estrada são as árvores que produzem folhas avermelhadas que caem na estrada dando um ar de romantismo a rota. Depois de uma viagem com muita subida, desfiladeiros e vilarejos, chegamos a Gramado, onde fomos recepcionados com um dos principais cartões-postais da cidade, o Pórtico de Gramado. Por ter sido uma longa viagem fomos direto para o hotel para um merecido descanso, os hotéis da cidade possuem uma arquitetura alemã na sua fachada, e claro, nosso hotel não podia ser diferente. Nosso

ROMÂNTICO

hotel escolhido foi o Encantos do Sul da Rede Encantos de Hotel, que possui uma equipe de atendimento muito simpática e bem-humorada, o café da manhã é ótimo e o quarto é muito confortável com sistema de ar-condicionado e aquecedor. No primeiro dia de Gramado, fomos conhecer o centro da cidade. A riqueza de detalhes, a beleza e a decoração do local é encantador. As casas, lojas, ruas e praças são enfeitadas por flores por toda parte, a arquitetura alemã está sempre presente nas construções, principalmente na Avenida das Hortênsias e na Borges de Medeiros. O jeito acolhedor e simpático dos comerciantes e moradores da cidade nos deixou muito à vontade no passeio. No centro da cidade os principais locais de visitação são a Rua Coberta, onde os bares e cafeterias ficam embaixo de uma tenda com folhas e arbustos, dando um charme e elegância ao local que está sempre frequentado. Outro belo local, logo a frente, fica a Praça da Igreja São Pedro, toda feita de pedras, fica aberta durante todo o dia, com missas regulares no decorrer da semana.

A cidade é excelente para as compras, roupas de couro, cachecóis e tricôs são as especialidades de Gramado, várias peças podem ser compradas a um ótimo preço com uma excelente qualidade direto da fábrica, quaisquer ajustes nas peças são realizadas sem custo e entregues no hotel em que está hospedado. A noite, a opção de um jantar romântico é uma deliciosa sequência de Fondue que são servidos nos principais restaurantes da cidade. A sequência é composta por Foudue de queijo, carnes servidas ao molho e para finalizar frutas com chocolate derretido. O jantar é ótimo para as noites frias, típicas da cidade que quase sempre veem acompanhadas de um denso nevoeiro. Outro ponto forte da gastronomia são os chocolates, as fábricas são uma atração à parte, como a Terra Mágica de Florybal, onde a fábrica vira um Parque dos Dinossauros. Outras fábricas famosas são a Caracol e a Lugano. Quando o dia amanhece, a temperatura sobe e deixa o clima bem agradável para explorar o que a cidade tem a oferecer. Outro belo e romântico passeio é o Pedalinho no Lago Negro, é cercado por dezenas de pinheiros, azaleias e hortênsias. A floresta tem árvores que foram importadas da floresta negra da Alemanha – eis a razão do nome do lago. Por toda a margem das águas profundas de cor verde escuro existe um passeio florido e romântico. Mas a melhor parte fica com o passeio de pedalinho que torna esse momento inesquecível. Além disso, ao lado de Gramado, fica a cidade de Canela, com vários pontos turísticos, o destaque é a Catedral de Pedra, com 65 metros de altura, feita com pedras basaltos, é o local mais belo da cidade.


Arquivo Pessoal

Em abril as temperaturas giram em torno de 10° a 20°C, um clima bastante agradável, mas existe em Gramado um parque para quem quer muito mais frio. O Snowland é feito para casais que gostam de aventura. No seu interior há diversas atrações como patinação, lanchonetes temáticas uma peça teatral chamada Flokus, e uma montanha inteira de neve feita para trilhas, snowboard e tobogã. No local da montanha de neve a temperatura chega a -5°C, para suportar isso o parque te disponibiliza toda a roupa necessária. É um passeio que ninguém pode deixar de fazer! Para encerrar, claro que não poderíamos deixar de apreciar os famosos vinhos e queijos da Serra Gaúcha. As agências de turismo de Gramado oferecem um passeio chamado Uva e Vinho, onde você passeia por várias cidades e exploram o que elas têm de melhor. A rota passa pelas cidades Nova Petrópolis onde se encontra a Praça das Flores e o Labirinto, Bento Gonçalves, Garibaldi, Farroupilha. Nestas cidades passamos por famosas vinícolas como a Miolo e a vinícola Garibaldi, onde tivemos a oportunidade de degustar os melhores vinhos e sucos de uva integrais feitos pela fábrica, além de comprar seus produtos a preços bem abaixo dos encontrados no comércio. Para fechar com chave de ouro o passeio da Uva e Vinho, passeamos de Maria Fumaça entre as cidades

de Carlos Barbosa, Garibaldi e Bento Gonçalves, esse passeio leva duas horas e a cada parada éramos recebidos com degustação de suco de uva e vinho da região e música animada. Dentro dos vagões, durante a viagem passavam várias atrações de música, dança e teatro que tornam a viagem muito agradável e divertida. Por pura sorte, ainda estivemos na cidade na época do Festival da Colônia, onde se reúnem vários expositores locais com comidas, bebidas e artesanatos típicas da região. Neste local encontramos produtores de suco de uva integral, vinho, queijos, salaminhos e petiscos. Outras delícias fazem parte do Café Colonial, que oferecem pães e bolos diretos do forno, na Serra Gaúcha eles levam o nome de Cuca e o pão alemão chamado Apffelstrudel. Além disso, as danças, músicas e o teatro também fizeram parte desse festival. Aproveitamos muito, mas a sensação é que os dias passaram muito rápidos e o dia de ir embora chegou, pegamos o carro e voltamos para o aeroporto de Porto Alegre onde voamos de volta para Confins, e para encerrar nossa viagem fomos convidados pelo comandante do voo a comparecer à cabine do avião para conhecermos, isso porque o noivo e agora recente marido ser Controlador de Tráfego Aéreo. Indicamos a todos, essa bela cidade! Com cer-

teza voltaremos para aproveitar ainda mais a cidade e os demais passeios turísticos ainda não conhecidos, mas nossa vontade agora é programar o retorno no mês de julho na alta temporada, época do inverno. Não podendo deixar de citar outras temporadas como o Natal Luz de Gramado e o Festival de Cinema em agosto, ou seja a cidade é atrativa durante todo o ano.


Capa Por Juliana Campos/

Higor Siqueira

SAMUEL GAZOLLA LIMA CONHEÇA A HISTÓRIA DE SUCESSO DO ESPOSO, PAI, EDUCADOR, ATUAL PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE VEREADORES DE UBÁ E POSSÍVEL CANDIDATO À PREFEITURA DA CIDADE CARINHO

S

Samuel Gazolla Lima, 42 anos, esposo de Fernanda Brilhante Gazolla e pai de Pedro Brilhante Gazolla, é professor, vereador, atual presidente da Câmara Municipal em Ubá e nossa Capa desta edição de junho. Como educador, o cargo que sempre ocupou, com muito orgulho e paixão, foi dentro de sala de aula. Pós graduado em Geografia e Gestão do Território e Gestão Ambiental pela UFJF, ele já lecionou como professor substituto na UFV, professor do Ensino Médio nas instituições E. E. Senador Levindo Coelho e Colégio Objetivo, e no Ensino Superior, 48

como professor de Geografia, Pedagogia, Normal Superior e Gestão Ambiental da UNIPAC. Atualmente, ele dá aulas na E. E. Padre Joãozinho e no CAIC, trabalhando com Ensino Fundamental. “Particularmente, gosto muito deste ambiente”, ele declara. “Fazer uso do quadro de giz, interagir com os alunos, desenvolver amizades. Me sinto muito bem dentro de uma sala de aula. Tenho prazer em ensinar e aprender com os estudantes”. Na política, as oportunidades surgiram de forma “natural”. Ele sempre se interessou pelo assunto e desde novo esteve presente no meio: seu pai, Jesus de

Paula Lima, já foi candidato do mesmo cargo que o filho ocupa hoje em dia, o de vereador; o tio-avô, Armando Bigonha, já foi prefeito; o tio e padrinho, José Bigonha Gazolla, foi vereador, presidente da Câmara e prefeito da cidade (“Me inspiro muito nele”, conta). Estas personalidades familiares são seus grandes incentivadores. “Com eles pude acreditar na possibilidade de dar minha contribuição para a melhoria das políticas públicas”, diz. Em nossa matéria de Capa, contaremos um pouco mais sobre a vida e o trabalho desenvolvido em Ubá por Samuel Gazolla. Seu passado, sua for-


Servando Lopes, Arquivo Pessoal

mação, os grandes feitos na área da educação, os planos para o futuro... Na entrevista exclusiva concedida à “Revista Fato!” ele contou tudo - inclusive o que “já existe em conversas de bastidores”, como ele mesmo diz, sobre sua possível candidatura a prefeito no ano que vem. Confira na integra: Voltando à infância, quais são suas lembranças mais marcantes? O que deixou mais saudade? As lembranças mais marcantes são as dos meus amigos. Tínhamos uma turma unida, jogávamos futebol quase o tempo todo e também nos divertíamos com as brincadeiras de nosso tempo: pique, bolinha de gude, pipas, nadar nos rios (que nem temos mais). Tenho saudade de meus professores e de meus colegas. Era um ambiente agradável de ensino. Em quais escolas você estudou aqui em Ubá? Primeiramente, estudei até o quarto ano na E. E. Lívio de Castro Carneiro. Depois, fiz o ensino fundamental e parte do ensino médio no Estadual Raul Soares. Aí comecei a trabalhar e fui terminar o ensino médio no período noturno, no Estadual Levindo Coelho. Quando você “decidiu” que seguiria a carreira de educador? O que te motivou a isso? Tenho uma família de educadores e no decorrer da minha formação sempre gostei muito de Geografia e das ciências humanas de forma geral. Porém, na cidade não havia curso de Geografia. Na época, eu trabalhava no SESI Ubá, onde solicitei minha transferência para a cidade de Juiz de Fora, com apoio da Heliane Hilário, na época diretora da instituição e atualmente na gerência do INTERSIND. Fui transferido para o SESI de Juiz de Fora, onde tive a oportunidade de trabalhar e fazer o curso de Geografia pela UFJF. Durante seus anos como educador, quais foram os principais desafios dentro de sala de

aula? Particularmente, gosto muito deste ambiente. Fazer uso do quadro de giz, interagir com os alunos, desenvolver amizades. Me sinto muito bem dentro de uma sala de aula. Tenho prazer em ensinar e aprender com os estudantes na sala de aula. Mas a cada dia mais, acredito que o grande desafio é convencer a sociedade que o papel da escola é fornecer a oportunidade de escolarização para a criança, jovem e adulto e à família cabe o papel de ser a responsável pela educação, pela imposição dos limites, pela formação de ética e moral. Claro que a escola também tem o dever de contribuir para essa forma de educação. Nesse sentido, percebo hoje que é gasto muito tempo em sala com a questão disciplinar, da imposição de limites, do respeito, por isso, é necessário a parceria da família com a escola para realmente melhorarmos a qualidade da educação. E, claro, isso passa também pela necessária valorização dos professores. E o convite para assumir a Secretaria Municipal de Educação ao lado de Maria do Carmo Mello Coelho? Como surgiu e como foi o trabalho ao seu lado? Após as eleições de 2008, quando elegemos nosso atual prefeito Vadinho Baião, passei a integrar uma equipe de transição de governo, particularmente, no setor educacional, onde passei a compreender o funcionamento da educação municipal e tive a felicidade de ser convidado pelo Vadinho para assumir a responsabilidade de conduzir a pasta da educação do município. Mais feliz ainda, foi ter a oportunidade de trabalhar e aprender muito com minha amiga Maria do Carmo Mello - e acredito que fizemos uma boa dupla. Concentramos esforços em planejar a educação municipal com a construção de novas unidades educacionais e a reforma de outras, novas creches, compra de equipamentos como mobiliários, copiadoras, playground infantil, laboratórios de informá-

Câmara Municipal, mais participativa e cidadã, com exposições itinerantes voltadas para o exercer da cidadania.

Samuel ao lado da esposa Fernanda e do filho Pedro

Sempre uma felicidade estar junto aos alunos na sala de aula.

Com a amiga profa. Maria do Carmo Mello. Revista Fato - Junho 2015

49


Capa

Aniversário da vovó Alice.

Em participação junto às reivindicações da população.

Reunião com a comunidade na busca de melhorias para a população.

tica, novos ônibus escolares, etc. Abrimos também a oferta de novos serviços educacionais, como o pólo da UAB – Universidade Aberta do Brasil, com cursos de graduação e pós graduação à distância, o pólo do E-Tec, com cursos profissionalizantes à distância, e mais que isso, incluímos projetos de Ações Públicas nos distritos e comunidades com o programa Brasil Alfabetizado – Ubá Alfabetizada, que reduziram drasticamente a taxa de analfabetismo na cidade; foi feita também a criação do CAEE – Centro de Atendimento Educacional Especializado, o programa Mais Educação e a Escola Aberta. Investimos no processo educacional, com diferentes metodologias e processos pedagógicos - como a Pedagogia Waldorf -, a capacitação dos profissionais da Educação, melhoria da merenda escolar, uniformização dos estudantes, com fornecimento gratuito de camisas, bermudas, blusas, calças, tênis e meia. Enfim, todos esses serviços resultaram na melhoria do principal objetivo da educação, que é o aprendizado dos alunos. Mostra disso, foram os resultados alcançados com o IDEB – Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, onde chegamos a atingir os indicadores previstos para o ano de 2020. Todos esses avanços só foram possíveis pelo apoio de profissionais da educação muito competentes, que acreditam no papel transformador da educação, uma equipe de professores, diretores, supervisores, recreacionistas, estagiários, motoristas, auxiliares de serviço, porteiros/vigias, oficineiros. Enfim, o resultado positivo dos avanços na educação municipal é um resultado coletivo. Agora, mudando da água para o vinho... Você acredita que seu trabalho à frente da Secretaria Municipal de Educação foi importante para sua eleição como vereador? Afinal

de contas, o resultado dos votos foi bastante expressivo. Com certeza. O trabalho desenvolvido na educação, a melhoria dos indicadores educacionais, os diversos programas e projetos desenvolvidos e os resultados apresentados, acredito que foram fundamentais para minha eleição. Particularmente, acredito muito no papel transformador da educação e esse papel deve ser colocado em prática com atuação política. No final de 2014, você assumiu a Presidência da Câmara Municipal de Ubá. Conte-nos como foi este processo e como está sendo realizado o seu trabalho desde que representa este cargo. Realizamos a construção de uma proposta de trabalho para a Câmara, então, a partir de um grupo de vereadores, acima de divisões partidárias, iniciamos as conversas. A política é a arte de construir consensos, na busca da melhoria das políticas públicas. Assim a partir de uma proposta de trabalho para a Câmara, referendada pela maioria dos vereadores, chegamos à presidência, e já estamos por colocá-la em prática. Atualmente, a Câmara recebe milhares de jovens. A Escola do Legislativo, criada no início do ano, tem o objetivo de transformar a Câmara em uma instituição mais próxima da população. São diversos cursos, oficinas, workshops, seminários, etc., oferecidos de forma gratuita à população. Vamos criar um aplicativo de celular para incentivar ainda mais a participação popular nas políticas públicas, iremos criar um projeto da “câmara nos bairros”, onde a instituição estará presentes nas comunidades, além de um CAC – Centro de Atendimento ao Cidadão, com emissão de carteira de identidade, carteira de trabalho, emissão de 2ª via de documentos, etc. Queremos ainda

Construção da creche no CAIC, com recursos conquistados pela Secretaria de Educação na gestão do prof. Samuel.

Em reunião de trabalho com a equipe da superintendência de ensino.

50

Mesa Diretora Câmara Municipal de Ubá. Revista Fato - Junho 2015


criar uma biblioteca para a Escola do Legislativo, em parceria com a AULE – Academia Ubaense de Letras, e diversos outros programas para o cidadão. O que a geografia contribuiu e ainda contribui para sua atuação política? Acredito que a contribuição da Geografia foi desenvolver uma visão mais humanista da sociedade, de acreditar na participação popular, de acreditar no potencial das pessoas, de gostar de gente. Temos acompanhado o seu trabalhado e vemos que você é um dos poucos vereadores que traz a tona o tema SUSTENTABILIDADE para o plenário da câmara, envolvendo alunos e cidadãos ubaenses. Quais são os seus objetivos com estas ações? Essa também é uma contribuição da Geografia. Além de acreditar, como cidadão, na necessidade de mais investimentos para a área ambiental, minha formação acadêmica tem o papel importante de fornecer todos os meios técnicos para a apresentação de propostas dentro do segmento. A atual crise hídrica, por exemplo, mostra que é evidente a necessidade de investimentos, como a criação de Novas Unidades de Conservação do Município. Entre as propostas, ainda podemos observar a municipalização da gestão

ambiental, a criação da política de pagamento por serviços ambientais, com foco principal na valorização do produtor rural; a recuperação de áreas degradadas, com a recomposição da vegetação de topo de morro e mata ciliar; a proteção das nascentes, tanto na área rural quanto na urbana; o incentivo ao catador de material reciclável, a reeducação ambiental e muitas outras. Em sua concepção, o que é ser “político”? É o respeito à República (coisa pública). Sabemos que há divergências partidárias e isso é importante para a democracia, pois é na divergência de idéias que a política se faz necessária. Portanto, somos todos políticos, pois buscamos o consenso e, no meu caso, político partidário por representar a população. Eu tenho que ter sempre este foco, minhas opiniões devem representar a opinião daqueles que me elegeram. Então, acredito que o consenso é buscar a melhoria das políticas públicas que atendam as necessidades da população, principalmente a mais carente. O que podemos esperar em seu restante de mandato como vereador? Estar sempre buscando me capacitar, para melhor servir, com apresentação de propostas para a melhoria da qualidade de vida na cidade de Ubá.

E para 2016, você tentará a reeleição ou tentará, quem sabe, a Prefeitura? Bom, as conversas de bastidores já existem. Acredito que ninguém é candidato sozinho, somos candidatos a cargos eletivos por acreditar que possamos representar grupos, a população. Eu não sou diferente. Se grupos e, principalmente, grande parte da população, acreditar que posso representá-los, como candidato a reeleição, colocarei meu nome à disposição. Se estes mesmo grupos acreditarem que eu posso representá-los na prefeitura, sou pré-candidato a prefeito nas próximas eleições. Vamos fazer uma suposição: você se candidata a prefeito e é eleito. Qual seria sua primeira iniciativa a frente da Prefeitura Municipal de Ubá? Escolher o secretariado. [risos] Brincadeira! As eleições ocorrem com a apresentação das propostas, então, a primeira iniciativa de qualquer candidato eleito, deve ser cumprir aquilo que se propôs a fazer. “Muito obrigado pela oportunidade! Agradecimento especial a toda população da cidade, à minha família, meus amigos, meus colegas de trabalho (vereadores, servidores, educadores) e, principalmente, a Deus!”, encerra.

51


Minha Casa

Marcas do Tempo Designer e Coordenadora de Estilo proprietária do Manga Design (32) 9952-9749

Rosane Carvalho

O 1

O quarto e último movimento citado no Anuário de Tendências 2015 da revista Casa Cláudia e confirmado na Isaloni 2015, feira de Design de Milão ocorrida em abril - Marcas do tempo - fala sobre nossas histórias, sobre valorizar o que é a nossa identidade, sobre a imperfeição que conforta a alma e que harmoniza lindamente o antigo e o novo. Nossa casa é o lugar onde contamos nossas histórias e as experiências que vivemos, que acolhe nossas boas lembranças de diferentes momentos de vida, onde passado e presente convivem e se misturam. O sopro do passado está na pintura descascada, nas manchas da madeira, nos metais enferrujados, nos livros de páginas amareladas. São vestígios de uma vida bem vivida.`Virou algo comum ver casas com paredes descascadas, tecidos desgastados. Agora é permitido assumir a passagem do tempo. As pessoas estão menos preocupadas com a estética perfeita da morada e mais inspiradas em expressar ali a sua identidade`, diz André de Oliveira - especialista em tendências da Box 1824. Transformar a morada numa ilha de sossego que remete a paisagens naturais também é uma maneira de obter a sensação de acolhimento e proteção. Em resposta ao excesso de tecnologia, à profusão de materiais sintéticos e à poluição sonora nas grandes cidades, buscamos a ligação com os elementos da natureza. Ainda que em pequenas doses como arranjos de flores, uma mesa de madeira envelhecida e a luz do sol batendo na janela, já colaboram para trazer bem-estar.

2

história identidade memória personalidade refúgio imperfeições acolhimento

52


4

6

5

Imagens: 1. Revista Nordic Living by Bo Bedre; 2.7.8.9. Isaloni Milão 2015 - arquivo pessoal; 3. Anuário de Tendências 2015; 4.5.6. Pinterest.com.

3

7

9

8

Revista Fato - Junho 2015

53


Aconteceu Por Juliana Campos

OS 70 ANOS DE

DR. ARY NOGUEIRA F Foi com alegria que a família Nogueira comemorou o aniversário de 70 anos de Dr. Ary Nogueira no dia 18 de abril, no sítio da família, em Dores do Turvo. A comemoração contou com a presença de aproximadamente 170 pessoas, entre familiares e amigos. Tudo começou às 17h00 da tarde com uma

A comemoração do aniversário de Dr. Ary aconteceu no sítio da família e teve início com uma missa que contou com a presença de familiares e amigos.

54

Arquivo Pessoal

missa celebrada no local da festa como forma de agradecimento a mais um ano de vida e a um novo ciclo que se inicia: “Papai sempre preserva o momento de agradecer a Deus e esta é uma forma de junto com a família confraternizar mais ainda, louvando e agradecendo pelos exemplos, pela vida, pela união. A família é a base fundamental de uma convivência de fé, amor e compreensão” declara Aline Nogueira, filha de Dr. Ary. Para animar a festa, a dupla mais querida e animada de toda a região Netto & Léo fez um show a parte e colocou o público que prestigiou a comemoração para dançar. Segundo Aline, confraternizar o aniversário de seu pai, juntamente de sua mãe, seus irmãos e demais familiares é um momento único para quem participa: “O amor prevalece, a amizade se erradia, o companheirismo se torna essencial. Diante das dificuldades do dia-a-dia, parar um tempo para lembranças boas com a família é tudo que precisamos para dar valor a quem sempre fez algo por nós: nossos pais”. Ela ainda declara que no mundo de hoje nem sempre os valores de uma família unida tem se mantido como antigamente. Porém, ela afirma que sua família é regada de muita apreciação e de muitas amizades: “Temos a alegria de sermos filhos deste homem que começou sua vida no campo, foi criado com dificuldade, mas com muito esforço e coragem se tornou médico. Casou-se com uma mulher maravilhosa e juntos desempenham papéis dignos a eles impostos. Precisamos continuar a valorizar o bem maior, o

Dr. Ary é casado com Alcione Nogueira há 43 anos com quem teve 4 filhos.

amor, os exemplos, a fé, a união e a humildade”. Dr. Ary Gonçalves Nogueira é médico em Dores do Turvo, cidade onde mora e onde criou sua família. É casado há 43 anos com Alcione Terezinha Fernandes Nogueira com quem teve 4 filhos: André Luiz Fernandes Nogueira, médico cardiologista na cidade de Ubá; Adalberto Fernandes Nogueira, médico nefrologista em Belo Horizonte que é casado com Fernanda de Barros Moreira, fisioterapeuta no hospital Sarah Kubitschek; Aline do Carmo Fernandes Nogueira, enfermeira e Aleida Fernandes Nogueira, Farmacêutica do município de Dores do Turvo. Dr. Ary, como carinhosamente é conhecido tem duas netas: Giovana e Marina, além de um filho adotivo, João Laureano Antunes, dentista, o qual é tratado com carinho e orgulho. Revista Fato - Junho 2015



Point Por Higor Siqueira

REVISTA FATO REALIZA 1ª EDIÇÃO DO

PAPO DE BUTECO E O EVENTO CONTA COM A PRESENÇA DE 600 PESSOAS

É

É com muito orgulho que erguemos nossos pensamentos e declaramos em voz alta: nossa 1ª edição do Papo de Buteco foi um verdadeiro sucesso no sábado, 16 de maio! Mais de 600 pessoas compareceram ao Tabajara Esporte Clube para curtir a festa, realizada com muito carinho e dedicação pela mídia de circulação regional, Revista Fato!. O evento seguiu embalado pela roda de samba com os queridos do grupo SambaSô, o show da dupla mais quente da região, Netto & Léo, e a atração musical surpresa que fechou a noite com chave de ouro, o Batuque Carioca. Foram seis horas de muitos sorrisos e pura diversão - um evento que ficará gravado na história de Ubá -, com cerveja gelada, caipirinha e comida de boteco liberados. “Depois de dois meses organizando o Papo de Buteco, a alegria de reconhecer nosso êxito mal cabe em nossos corações! Foi um evento feito por nós, e toda nossa equipe interna e externa, para engrandecer ainda mais a grade de entretenimento da cidade” declara Bráulio de Paula, sócio diretor da Revista Fato. “Além do sucesso, fomos excelência em segurança, algo que sempre gerou preocupação, mas que de um tempo para cá tem sido mais importante do qualquer outro quesito em uma festa. Ficamos muito felizes em informar que nenhuma briga ou confusão foi registrada pela nossa equipe de seguranças, da JM Conservadora sob direção de João Moreira” afirma satisfeita Julina Campos, sócia diretora da Revista Fato. A Revista Fato! gostaria de agradecer imensamente a todos os envolvidos, nossos excelentes patrocinadores, aqueles que acreditaram e apostaram na iniciativa e todos que de alguma forma trabalharam conosco neste evento. O Papo de Buteco contou com a parceira das seguintes empresas: Talyta Romagnolli Atelier, Viamundo Turismo, Supermercado Vieirão, New Lustres, Parma Shop, Incor, Cede Diagnósticos, Aquarela Embutidos, Cachaça Jeremias, Seculus Gráfica, Dj. Elvis Moreira, DNA Digital, Dual Soluções, Fortaleza dos Doces, Ipanema Ubá, Jorginho Rodrigues Decoração de Eventos, Atlier Mário Coelho, Orlando Silva Decorações e Eventos, Wanderson Produções, Cabine Photobox e Ateliê das Fofurices. E tanto para quem não foi, mas queria ter ido, quanto para quem foi e agora quer mais, fiquem ligados nesta notícia: ano que vem tem mais - e vai ser ainda melhor!

Wanderson Produções



Abrindo o Closet Por Higor Siqueira

Cidinha

Moreira Ficha Técnica Nome: Maria Aparecida Moreira Zanini; Idade: 49; Signo: Virgem; Profissão: Comerciante; Cor favorita: Todas; Um ídolo: Deus; Um ensinamento: Tudo posso mas nem tudo me convém; Um destino de viagem: Praia; Valores: Caráter, Educação e Generosidade.


Lucas Castanelly - Fotografe

ENTREVISTA: Você trabalha no segmento do mundo da moda e da beleza e isso com certeza interfere na sua forma de se vestir e em alguns trejeitos. Dentro da sua concepção, o que é “estar na moda”? É muito complexo e muito amplo. Existe um leque de opções que se encaixa a cada um de nós. O melhor mesmo é vestir o que lhe cai bem e ser você mesma. Com certeza você não vai errar. Você costuma comprar roupas prontas, ou busca tecidos diferentes para fazer suas peças pessoais? Por trabalhar neste segmento há muitos anos tenho facilidade de escolher os tecidos e modelos e confeccionar minhas roupas, mas compro também. A vaidade é considerada um pecado capital. Porém, sempre ouvimos dizer por aí que podemos ser de tudo um pouco, é só não passarmos do limite. Você se considera uma pessoa vaidosa? Como você lida com este sentimento? Sim. Gosto de me cuidar. Cuido da minha alimentação, malho todos os dias, mas nada de exageros. Qual cor em peças de roupas você mais gosta de usar? Por quê? Uso todas as cores. Gosto muito de estampas. E maquiagem? Você é daquelas que gosta de misturar várias cores


Beleza: Laryssa Delazari

Sim, não tenho segredo, uso filtro solar todos os dias e não durmo maquiada.

Gosto de misturar peças atuais com peças antigas. Tenho varias que guardo há anos.

Qual critério você usa para se vestir casualmente? Conforto? Elegância? Status e sofisticação? Durante o dia gosto de conforto, mas para noite sempre gosto de fazer uma produção legal. E na hora de sair para uma festa à noite, por exemplo, como você escolhe suas roupas? Gosto de ousar. Abuso das rendas, brilhos, saltos, maquiagem e acessórios sempre.

em uma única composição, ou usa tons mais neutros para combinar com a cor da pele? Sou muito básica, prefiro tons mais neutros.

Prefere calçado mais baixo ou salto-alto? E o número de pares no seu closet é muito grande? Para trabalhar calçados mais confortáveis. Já a noite, abuso dos saltos.

Você usa brincos, colares, anéis e assessórios em geral? Quais são seus preferidos? Adoro acessórios. Meus preferidos são brincos e anéis grandes.

Você usa bolsa casualmente? O que não pode faltar dentro dela? Sim. Adoro bolsas e não pode faltar de jeito nenhum, batom.

Cuidar da pele é essencial para as mulheres. Há cremes e produtos ótimos neste segmento, para rugas, para descansar a pele, cuidados especiais para quem usa muita maquiagem, etc. Você cuida da sua pele? Conte-nos seus segredos. 60

Conte-nos alguma curiosidade sobre o seu modo de ser e vestir. Fale sobre algo que você acha que ninguém sabe, mas que é quase uma mania que você tem na hora de escolher uma peça, ou se arrumar para sair. Revista Fato - Junho 2015



Moda Graduada em Design de Moda e Vestuário/ FAESA – ES. Pós Graduada em Gestão Empresarial / FAESA – ES. Atua na área no Ateliê Ana Costa.

Marilia Rinco








Produção: Marília Rinco; Fotografia: Servando Lopes; Modelos: Thalita Nogueira e Igor Pacheco; Acessórios: Atelier Talyta Romagnolli; Looks: Dzarm e Amnésia; Óculos: Óticas Carol; Beleza: Laryssa Delazari; Locação: Campus da Universidade Federal de Viçosa; Coordenação: Juliana Campos.


Economia Por Higor Siqueira

COMO ESTÁ A

ECONOMIA DO BRASIL NESTE PRIMEIRO SEMESTRE DE 2015?

N

OS AJUSTES AGINDO SOB O PAÍS

Não é preciso ser um empresário, com contas que têm ficado cada vez mais altas, para sentir as diferenças geradas pelas mudanças na matriz econômica brasileira, colocadas em prática neste primeiro semestre de 2015. Pessoas físicas, pequenos empreendimentos, grandes empresas - qualquer um está sujeito a passar pelas dificuldades do momento se não estiver preparado.

Regina Gonçalves, 49 anos - Cursa Administração de Empresas e é Sócia da Loja Paropas

Em janeiro, as primeiras alterações foram anunciadas compostas por pacotes de impostos que incrementarão R$ 20 bilhões ao caixa do governo até o final do ano. A taxa de combustível teve uma alta 70

a partir de fevereiro, através do retorno da Cide, um tributo regulador do preço do combustível, e um aumento do PIS/Confins sob a gasolina e o diesel. A crise energética, que estava prevista para aumentar a tarifa em até 40% nestes últimos meses, também vem como um fator que tem pesado no bolso do consumidor. E você, leitor? Onde tem percebido um maior impacto com estes reajustes? Quais são suas previsões de melhora? Para nos inteirar um pouco mais sobre o assunto e falar a respeito desta nova matriz e como o brasileiro precisará recepcionar as mudanças, convidamos o professor universitário, mestre em Economia e administrador de empresas, nome já conhecido na

É muito complicado avaliar hoje a nossa economia. É só passar pelo centro que veremos quantos pontos comerciais estão fechando e quantas placas de “aluga-se” estão espalhadas por aí. Creio que o maior impacto está sendo no comercio e nas indústrias. Sou advogada e trabalho na área previdenciária, então lido muito com as famílias dos meus clientes e percebo que em praticamente todas elas há um desempregado, ou um ex-funcionário no ramo da indústria. Mas também vejo mudanças em todos os segmentos, na alimentação, combustíveis, vestuário, enfim, em tudo a nossa volta. Toda medida bem feita e bem aplicada é muito bem-vinda e estamos precisando. Então, espero que o cenário mude o mais rápido possível, é muito difícil estipular um prazo para melhora, mas tenho confiança que neste segundo semestre haja novos estímulos para aquecer a economia brasileira.

O momento nos apresenta grandes desafios, mas todos os seguimentos precisam se renovar com o impacto das mudanças. Sou muito otimista, continuo achando que o momento ainda é de oportunidades. Quem for mais criativo e não ficar apenas reclamando, e agir mais do que já é de costume, tem uma grande chance de prosperar e até crescer. Aqui na Loja Paropas estamos sempre buscando diferenciar dos demais. Investimos em propaganda, temos um crediário muito atrativo, dividimos o nosso preço em até 12 vezes sem acréscimo nos cartões de credito e promovemos várias campanhas durante o ano. Acredito que vai ser lento para tudo chegar nos eixos, mas vamos ficar firmes e confiantes.

Renata Meireles Campos, 30 anos - Graduada em Direito pela Universidade Presidente Antonio Carlos - Ubá e atua como Advogada

Revista Fato - Junho 2015


Revista Fato!: Há meses tem acontecido exatamente o que todos estavam temendo: a economia brasileira precisou passar por ajustes e muitas pessoas e empresas estão sentindo no bolso com essas alterações. Como você avalia a situação econômica do país neste primeiro semestre de 2015? Paulo Veloso: A expectativa para a economia brasileira no primeiro semestre de 2015 não é das melhores. As variáveis macroeconômicas (crescimento econômico, inflação e taxa de desemprego) estarão bastante comprometidas e isso força as pessoas a tomarem decisões de consumo e investimento com o máximo de segurança. Essa insegurança faz com que os empresários invistam menos. Logo, a geração de emprego e o crescimento estarão comprometidos. Revista Fato!: Muitas pessoas têm reclamado sobre o aumento de impostos e como o preço de praticamente tudo subiu. O que de fato mudou com as novas medidas econômicas adotadas pelo governo? Paulo Veloso: O governo busca com as medidas implementadas equilibrar suas receitas e despesas.

Esse é o chamado “ajuste fiscal”. Nos últimos anos o governo aumentou os gastos públicos, ou seja, elevou suas despesas (criação do PAC, por exemplo) e reduziu alguns tributos, que são suas receitas (redução do IPI). Isso fez o governo entrar no vermelho (gastou mais do que arrecadou). Agora, estão tendo de rever as contas e a sociedade vai sentir isso no bolso. Revista Fato!: Elas estão sendo eficazes? Paulo Veloso: À medida que o governo equilibrar suas contas e retomar a credibilidade junto aos investidores (empresas voltarem a investir no país) o país voltará a crescer. As medidas são sim eficazes, mas a volta da estabilidade dos preços e do crescimento da economia vai depender de uma série de fatores internos e externos. Revista Fato!: Quanto tempo você acha que será necessário para que essas medidas causem o efeito desejado? Paulo Veloso: Sendo otimista, acredito que no ano de 2016 já teremos sinais de recuperação do crescimento econômico e uma inflação dentro da meta estabelecida pelo governo, ou seja, acima de 4,5% ao ano, que é o centro da meta. Porém, abaixo de 6,5% já seria um limite aceitável.

Sabemos que o país está em recessão... Crise! As coisas não estão fáceis. Muitas pessoas procurando emprego e as vagas sendo fechadas nas empresas. Impostos e tarifas públicas aumentando, corrupção escancarada, tudo junto aumenta a situação de risco e insatisfação no país. Menos empregos, menos vendas... Um ciclo que precisa ser rompido! Trabalho no comércio há mais de 24 anos e sempre passamos por situações difíceis, mas não podemos nos acomodar, temos sempre que buscar novidades e inovações. E como dizem: “trabalhar com os melhores ingredientes para que nossos produtos sejam reconhecidos no mercado”.

Revista Fato!, Paulo Roberto Veloso, para responder algumas questões dentro do tema. Confira também o que alguns ubaenses têm a dizer sobre este difícil período.

Poliana Elisa Magalhães Silva Procópio, 39 anos - Graduada em Ciências Contábeis e é Empresária - proprietária da Tribbus Multimarcas


Revista Fato!: Como você avalia a recepção do país diante de toda essa nova matriz econômica? Paulo Veloso: Nem precisa ser economista para sentir o peso da carga tributária brasileira e o impacto negativo que um possível aumento vai causar. Entretanto, diante da conjuntura atual, não resta ao governo alternativa senão reduzir seus gastos e aumentar as receitas. Revista Fato!: Estamos convivendo com uma realidade onde empresas estão despedindo funcionários e sem previsão para novas contratações, dando férias de muitos dias para diminuírem gastos e até mesmo fechando as portas por não conseguirem se segurar economicamente. Como economista, quais suas dicas para que as empresas continuem atuando de forma saudável neste processo pelo qual estamos passando? Paulo Veloso: Nesse momento as empresas precisam atuar com o máximo de cautela e tomar decisões com base em critérios bem definidos. A palavra que melhor define o momento é PRUDÊNCIA. Revista Fato!: Qual é a previsão de mudanças sólidas para este período de 2015? Paulo Veloso: O ano de 2015 deve ser de reflexão para as empresas. As mudanças implementadas pelo governo vão fazer com que a sociedade reveja seus hábitos de consumo, logo, as empresas precisam também se adequar a essa nova realidade. Revista Fato!: Você acha que o mercado continuará passando por esta instabilidade no próximo ano? Paulo Veloso: O desempenho da economia para 2016 será reflexo do comportamento da sociedade e dos empresários com relação às medidas implementadas pelo governo. Como destacado anteriormente, sendo otimista, teremos um ano mais favorável para a economia brasileira e menos instável.

Divulgação

A situação deve melhorar dentro de um ano, talvez um ano e meio. São ajustes econômicos que se fazem necessários e estamos no meio deste processo, como uma fase de transição onde cada brasileiro terá que dar sua contribuição. Os próprios países desenvolvidos estão conseguindo se estabilizar, como os Estados Unidos. E a partir do momento em que eles também estão melhorando, isso ajudará o Brasil. Paroquialmente falando, pegando nossa cidade como exemplo, todos esperam que o polo moveleiro se recupere. Vivemos num setor de bem de consumo a longo prazo, que no caso são as fábricas de móveis, e essas indústrias precisam se restabelecer. Torcemos muito para que isso se reflita na melhora do comércio. A partir do momento que não se tem investimentos, o dinheiro passa a girar na cidade de uma forma menos intensa. Mas eu acredito que essas aquisições estão sendo apenas postergadas no momento. Todo empresário que tem capacidade de fazer levantamentos do seu próprio negócio está adiando os investimentos e as contratações, mas não deixando de considerá-las. O custo das empresas subiu consideravelmente. Estamos vivendo uma crise nas tarifas de energia elétrica e isso atinge praticamente todos os setores, principalmente supermercados e comércios alimentícios, pois precisamos da eletricidade para manter nossas maquinas ligadas mesmo quando estamos fechados. Isso onerou bastante nossos custos. Para sobreviver a este momento de transição, o cidadão brasileiro tem adequado seu orçamento à nova realidade do país, fazendo restrições e buscando alternativas para não deixar de consumir seus produtos. Os comerciantes, por exemplo, estão passando por um momento onde precisam usar toda sua criatividade para vender sua mercadoria. É preciso enxergar esta crise também como uma oportunidade de fazer uma reavaliação da gestão da empresa, cortar gastos em áreas que não vão prejudicar o desempenho e se adequar a toda essa nova matriz, na esperança de mudanças para um futuro não muito distante.

Economia

Eron Vieira - Proprietário do supermercado Vieirão

Revista Fato!: Em sua opinião, a Presidente Dilma irá conseguir reajustar a economia brasileira até o fim do seu mandado? Paulo Veloso: Acredito que se as mudanças na política econômica sugeridas pelo governo surtirem efeito de médio prazo, acho que a presidente voltará a ter crédito com a sociedade e poderemos equacionar os problemas atuais.

72

Revista Fato - Junho 2015




Espaço Jurídico OAB/MG 108.555, advogado membro do escritório Pacheco & Sousa, Assessoria Jurídica e Empresarial. Pós-graduando em Direito Tributário pela Universidade Anhanguera – UNIDERP. E-mail: camppss@bol.com.br

DE CARGAS

A LEGISLAÇÃO É BRANDA

De acordo com o levantamento realizado pela assessoria de segurança da NTC & Logística (Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística), o número de roubos de cargas registrado nas rodovias brasileiras em 2013 é o maior dos últimos 16 anos, um fator preocupante para o polo moveleiro de Ubá, eis que os produtos industrializados são transportados em sua totalidade, pelo transporte rodoviário. Os levantamentos acerca de 2014 e 2015 ainda não são conhecidos, porém, o que se sabe é que a região Sudeste apresentou maior registro, com algo em torno de 81,29% dos casos, momento em que entra em destaque o Estado do Rio de Janeiro (forte comprador de produtos do polo moveleiro de Ubá). Paulo Roberto de Souza, assessor de segurança da NTC&Logística acredita que o maior problema do setor é a legislação branda para os criminosos envolvidos no roubo de cargas, situação em que o acusado é indiciado, paga fiança e espera o processo em liberdade. Os roubos de carga englobam dois tipos diferentes de atuação, sendo que o primeiro e mais significativo corresponde com o crime organizado, momento em que quadrilhas especializadas, apoiadas por grandes receptadores priorizam o roubo de produtos farmacêuticos, eletrônicos e pneus. Em segundo plano temos os roubos de oportunidade, ou pequenos delitos, em que os alvos são veículos de entrega urbana de carga, com valor menos expressivo. O que vem fomentando o crescimento acerca do roubo de cargas é, conforme mencionado, a sensação de impunidade, sendo que muitos pensam que apenas prisão civil por débito alimentar é capaz de desencadear a prisão de alguém, de forma que aqueRoubo de carga em Santos Dumont no início deste ano.

la pessoa envolvida no roubo de cargas, muitas vezes, acaba aguardando o processo em liberdade. Por outro lado, fortes são os impactos eis que os motoristas sofrem traumas psicológicos, necessitando de tratamento psicológico para recuperação, podendo, inclusive, decidir pela mudança de sua profissão, acarretando, desta forma, uma redução no que se refere ao número de pessoal para o transporte de mercadorias. Outro impacto é o prejuízo material, eis que as transportadoras sofrem a perda do produto, mesmo com o seguro envolvido, e ainda tem o agravante do aumento do seguro em próximas cargas, devido ao incidente. A Lei Complementar 121/2006, que cria o Sistema Nacional de Prevenção, Fiscalização e Repressão ao Furto e Roubo de Veículos e Cargas ainda não possui a devida regulamentação, portanto, a carência de uma estrutura organizada, coordenada pela administração pública para combater o roubo de cargas no país é o maior prejuízo, o que demonstra pouca prioridade do governo quanto a este assunto. O ideal seria o rigor no combate à receptação, eis que, a partir do momento em que existir alguém que compre produto roubado, certamente haverá incentivo para que novos delitos venham a ocorrer, de forma que, o ideal seria agravar a pena do crime de receptação, reter os produtos adquiridos de maneira ilegal e até mesmo cassação do CNPJ da empresa envolvida no crime, comprando a carga roubada. A sensação de impunidade tem que acabar, caso contrário, maiores impactos na economia e enfraquecimento do polo industrial poderá ocorrer diante do crescimento do número de roubos de carga, conforme constatado pelas pesquisas. Divulgação

D César Campos Lara

CRESCE O ROUBO


Falando de Negócios Por Higor Siqueira

SALÃO BEAUTY POWER

N

Neste mês de junho, vamos “falar de negócios” com a Daniela Aparecida Ferreira, 32 anos, proprietária do Salão Beauty Power, que fica no Bairro Santa Edwirges e foi inaugurado numa data um tanto engraçada: dia 07, de julho - “mês sete” - de 2007. O salão de beleza é completo e atende todos os serviços que as clientes precisam, desde corte de cabelo, penteados elaborados, pintura, tratamentos específicos, até maquiagem, depilação, ajuste de sobrancelha e ornamentação de noivas. Porém, antes de chegar onde está hoje, Daniela precisou percorrer um longo caminho recheado de trabalho e aprendizagem, que começou há muitos anos, quando ela era apenas a manicure de outro estabelecimento. “Eu fiquei neste salão por dois anos, sempre acompanhando o que a cabeleireira fazia. Tive a curiosidade de aprender mais sobre a profissão e resolvi estudar”, ela conta.

A JORNADA Daniela abriu seu negócio com a ajuda de seus pais, José Joaquim e Ana Laura. Ela alugou uma kitnet, a qual teve seu primeiro aluguel pago por sua mãe, e seus móveis foram todos comprados em parcelas, pois inicialmente contava apenas com o dinheiro das unhas que fazia no outro salão. Antes de realizar cursos especiais para desenvolver sua técnica, ela fala que sofreu muitos desafios e também preconceito, por conta de pessoas que reclamavam do seu trabalho alegando que ela não o executava de forma correta. “Eu era manicure e não entendia nada de cabelo. Ainda estava aprendendo, mas já gostava bastante. Porém, no início, alguns serviços não saíam perfeitos e muitas clientes não entendiam que eu era apenas uma aprendiz”, lembra. Com isso, ela começou a fazer cursos de todos os segmentos da área, aprendendo a fazer não apenas um serviço dentro do salão, mas sim todos eles. “Eu fiz vários cursos e workshops. Colorimetria, corte especializado, mechas, penteados, maquiagem, aplicação de mega hair, depilação, sobrancelha... tudo!”, ela lista. Entre os mais importantes, Daniela aponta o de Tricologia como simplesmente “essencial”. Neste curso, ela aprendeu tudo sobre o fio do 76

cabelo e a raiz capilar, começando o estudo do zero. “Algumas profissionais até riam de mim, pois eu fazia várias perguntas ‘idiotas’. Mas foi assim que tirei todas as minhas dúvidas e aprendi tudo o que sei”.

Fotografe

UMA EQUIPE DE PROFISSIONAIS QUALIFICADOS PARA ATENDER TODAS AS DEMANDAS EM UM SALÃO DE BELEZA

EVOLUÇÃO Com muito trabalho e dedicação, as conquistas foram chegando aos poucos. A equipe do Salão Beauty Power cresceu, e hoje é composta por mais quatro profissionais - todos membros da mesma família. Como cabeleireiros, Dani conta com a ajuda de seu primo, João Faustino, e sua filha, Sabrina Ferreira; Viviane Medice é cunhada e manicure; Deizilaine Ferreira também é cunhada e atua como gerente da empresa. Há alguns anos, um amigo lhe apresentou ao Plano de Negócios do SEBRAE e lá ela fez mais cursos para aprender regras de administração e formas de evoluir no mercado. Com ele, Daniela diz ter conseguido estruturar o salão Beauty Power com todas as características necessárias de uma micro-empresa. “É claro que o trabalho esforçado e o fato de eu ter aberto meus conhecimentos na área da beleza também fizeram parte disso”, declara. E ela não pára! Quanto mais conhecimento for possível coletar, melhor! Daniela prossegue com as especializações até hoje, sempre buscando abrir o máximo possível seu leque de saberes. Diante de tantos aprendizados, ela fala um pouco sobre os valores adquiridos em todos esses anos. “Confiança, parceria e compromisso com minha equipe e o trabalho que apresentamos. Aprendi a dar valor ao que faço, às amizades verdadeiras e ao companheirismo, tudo com entendimento e sabedoria”.

SALÃO DE BELEZA BEAUTY POWER A composição física do estabelecimento nunca esteve tão atualizada e bem estruturada em toda sua história. O espaço foi ampliado para gerar cada vez mais segurança e comodidade a todas as clientes. Os serviços oferecidos também são sempre acrescen-

Daniela Aparecida Ferreira, proprietária do Salão Beauty Power.

tados com novos tratamentos capilares e todos eles são realizados com produtos de altíssima qualidade - muitos sendo exclusividade do salão. Há também os novos penteados, como tranças para noivas no estilo butterfly e escamas de peixe, e também coques gregos e mechas platinadas e douradas. A todo o sucesso conquistado, Daniela associa algumas lições que a acompanham e sempre fizeram parte, de alguma forma, da sua vida. “Precisamos ser amigo de todos. Devemos observar mais e falar apenas quando é necessário. Quando você trabalha com honestidade, Deus nunca te abandona”. Você pode conhecer melhor o trabalho da Dani e sua equipe de profissionais, marcando uma visita pelo telefone (32) 3531-0631. Para finalizar, a proprietária deixa seus agradecimentos: “Meu muito obrigado primeiramente vai para Deus, por que sem Ele não somos nada. Em segundo lugar, a meus pais por nunca terem desistido de mim. E também às minhas filhas, por estarem sempre ao meu lado”. Revista Fato - Junho 2015



Crônica Radialista e Cantor www.facebook.com/wellington.netto.3 wellnetto@hotmail.com / (32) 9941-4000

Wellington Netto

V

SERÁ QUE É ELE?

Vai dizer que você nunca pensou isso? Vai dizer que você jamais se fez essa pergunta? Vai dizer que todas às vezes em que se apaixonou não pensou isso? Será que dessa vez é ele? E o pior, chegava até a pensar que era coisa de outras vidas, um reencontro de almas mesmo jamais tendo refletido sobre vida após a morte, reencarnações ou algo do tipo. Já notou como o amor transforma a gente? Aposto que já guardou embalagens de chiclete, não consegue apagar a conversa no Whatsap e tão pouco os SMS trocados. E por quê? Porque ele é definitivamente a pessoa que você mais ama nesse mundo. Porque ele é o cara. Porque ele veio fazer você sentir o que jamais sentiu por alguém antes. Porque você tem planos e acredita que dessa vez vai ser para sempre. Porque a vontade de estar com ele parece que ao contrário de você nunca dorme. Está ali sempre acesa e inquietante. Tudo é motivo pra puxar uma conversa no Whats, o que deveria ser um breve e simples “oi”, torna-se uma longa e deliciosa conversa ao telefone com muitas despedidas, declarações repetidas e todas muito sinceras e vários eu te amo. Mas e o que fazer com esse medo enorme de perda que o apaixonado sempre sente? Como lidar com o medo de por descuido ou qualquer outro acontecimento esse amor pra vida toda não dure pelo tempo que esperamos? Vai dizer que você nunca sentiu isso? Quando estamos apaixonados, amando e entregues começamos a discursar igual a todos aqueles que considerávamos patéticos e antiquados. Sabe aquele papo de que a tecnologia hoje atrapalha os relacionamentos? Defendemos a tese de que celular com senha não ajuda na relação. Nos transformamos em paladinos da justiça e da moral. Isso é ou não assustador? Claro que é! O amor nos modifica. O amor arrebenta com aquela ideia inicial de pessoas “bem resolvidas”. No seu trabalho você resolve tudo com uma agilidade ninja a ponto de impressionar a todos os colegas, porém, quando é pra decidir se fala ou não sobre a última visualização dele no Whats ou no chat do facebook quase enfarta e pensa mil coisas antes de ao final acabar não fazendo nada. Até mesmo o mais duro coração ao ser tocado pelo amor, aos poucos se 78

derrete, na verdade se rende. Não há como lutar contra algo tão forte. Eu costumo dizer que o amor tem seus ciclos naturais. Primeiro o deslumbre, a fascinação. Aqueles encontros onde à pele se sobrepõe a qualquer outra coisa. O aperto na cintura é mais forte, a pegada no cangote é mais intensa e o beijo acontece como se fossem se tornar um. Não há outro sentimento ali que não seja o tesão, porém, com os encontros e as conversas as coisas mudam pra melhor. O amor deixa o ser humano bambo e com isso a pegada muda. É possível sentir o carinho no toque, na ponta dos dedos, nos lábios que se movem num compasso diferente. É possível sentir que a pegada está mais gostosa. E o beijo? O que é esse beijo tão cheio de movimentos que chegam a bambear nossas pernas? O movimento das mãos e braços começam a virar uma dança entre os dois já apaixonados. O sexo chega em alguns momentos torna-se um ritual sagrado. Não existe pressa, pois, o tempo é outro. Já não são aquelas famosas 3 horas que definem o prazo que teremos para desvendar a pele um do outro. A intimidade do nosso cantinho já nos permite fazer tudo com a calma e a beleza que o sentimento que sentimos ali naquele momento merece. Passear pelo corpo do ser que amamos torna-se a viagem mais inesquecível que poderíamos ter na vida. Poder decifrar o território físico e emocional de quem amamos é uma honra e quem nos presenteia com essa chave é o amor. Definitivamente o amor transforma. Eu não sei como o amor é visto pelas pessoas em geral. Eu não sei em quem você está pensando nesse exato momento. Talvez você tenha descoberto tarde demais quem o seu coração amou de verdade, mas olha, ainda dá tempo. Aprendi que a vida nos apresenta chances de melhorarmos. E que o orgulho não nos leva a lugar nenhum. Aliás, leva sim, a solidão. Se aquele coração que você amou sem saber estiver livre, abra a janela de sua alma e grite bem alto. Vá atrás de tudo aquilo que você ama. E se lendo essa crônica você está tendo a honra de estar amando alguém, só posso te dizer uma coisa: AME MUITO! Entenda que uma das premissas do amor é causar no outro tudo aquilo que você deseja

sentir. O amor gosta de ser bem tratado em nós e no outro. Ao longo da história sempre ouvimos dizer que na relação sempre haverá um que “amará mais”, que por isso a dor de amor existe. É daí? Ame! Aprendemos também que o amor tudo sofre, tudo suporta e que nunca acaba. Creia nisso. Não se deixe levar por discursos de quem diz não ter tido sorte no amor. O amor não lida com a sorte, ele lida com seres competentes, maduros e dispostos, pois, ele está sempre disposto a nos ensinar, a nos garantir a chance de evoluirmos. Em algum momento da vida inevitavelmente seremos incompetentes, imaturos, inseguros e nem tão dispostos. E com isso não há amor que suporte. Se a lição não é aprendida, a fase não muda. A culpa do fracasso amoroso nunca vai ser do amor. O amor é lindo, puro, renovador e generoso. E aos que ainda estão solteiros eu posso garantir uma coisa; seus dias estão contados. Até aqueles solteiros convictos terão seu coração preenchido por esse sentimento e não por culpa dele e sim por inexperiência nossa, ainda viverão aquela fase do “coração despedaçado”. Mas esse é um assunto pra outra hora. Termino nossa conversa com um dos mais belos textos bíblicos. “O amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta e jamais se acaba.” (I Coríntios 13:7) Feliz daquele que decide abrir seu coração para o desconhecido movimento do amor. É arriscado, é assustador, porém, é inegavelmente a dor mais gostosa de se sentir, pois, ainda que soframos de amor, teremos tido antes disso momentos que de certo valeram muito a pena. A dor de amor e a saudade é o preço que a vida cobra para aqueles que foram felizes ainda que por alguns instantes. Ame sem moderação!

Divulgação

Revista Fato - Junho 2015



Marketing S/A Publicitário, Especialista em Marketing e Inteligência de Mercado, Mestre em Administração e Sócio-diretor na Oito Marketing e Inteligência de Mercado. Contato: Rafael@oitomkt.com.br

Divulgação

Rafael Martinez

JÁ PENSOU EM MORAR EM UM CONTÊINER?

MARKETING

M DE

CONTEÚDO

Marketing de conteúdo é qualquer forma de marketing que envolva a criação e compartilhamento de conteúdo para adquirir e fidelizar clientes. Este conteúdo pode assumir diversas formas como notícias, vídeos instrutivos, white papers, ebooks, posts de blog, guias, artigos, perguntas e respostas, imagens, entre outros. As vantagens do marketing de conteúdo são muitas, confira: Visibilidade e autoridade Para procurar sobre produtos ou serviços, os consumidores voltam-se às ferramentas de busca. Uma estratégia de conteúdo ajuda a aparecer nos resultados e a receber atenção e reputação online.

Atração de uma audiência As pessoas já não gostam de ser convencidas a comprar. O conteúdo acompanha esse novo comportamento, em que empresas e consumidores estão em pé de igualdade, trocando informações e experiências. Menor custo de aquisição Orçamentos de Marketing de Conteúdo costumam ser 50% mais baratos do que os de publicidade online ou offline. E o melhor: leads gerados por conteúdo são oito vezes mais propensos a fechar negócio. Vantagem competitiva Empresas que constroem relações através de conteúdo ganham prioridade de compra. Com a “liderança de entrada”, é o comprador quem entra em contato com a empresa – e não o contrário. O marketing de conteúdo é uma estratégia cada vez mais adotada pelas empresas com o objetivo de disseminar conteúdo relevante para atrair, cativar e reter clientes. Esse processo gera uma relação de confiança que impulsiona venda, aposte nessa ideia. 80

Os mineiros já podem conhecer de perto a tendência que já é forte no exterior, mas ainda tímida no Brasil. É a Construir Casa Design, mostra de arquitetura, decoração e paisagismo que começa em Lagoa Santa - MG, no mês de junho, com ambientes finamente acomodados em contêineres.

COM A BOLA TODA Enquanto concorrentes demitem e dão férias coletivas, a montadora Honda contrata e paga hora extra para produzir mais. O recente lançamento da fabricante, o utilitário esportivo HR-V tem fila de espera de mais de 100 dias e as vendas da marca aumentaram 15% no primeiro quadrimestre num mercado que teve queda de 18,4%.

DADO VILLA LOBOS LANÇA LIVRO DE ‘MEMÓRIAS’ DA LEGIÃO URBANA Músico fez livro sobre a vida dele e da banda em parceria com historiadores. Obra aborda política e cultura de 1965 a 1996 e fala de Renato Russo. O livro “Memórias de um legionário” chega às lojas com a proposta de reviver a trajetória do grupo que colocou Brasília no mapa do rock brasileiro nos anos 1980. Ao longo das 256 páginas, Renato Russo figura como personagem principal, muitas vezes mais até do que o próprio Dado.


Segurança Pública Delegado Titular da Delegacia Especializada em Investigação

OE ASÁLCOOL DROGAS

Antidrogas e Homicídios. contato: rgomesdir@hotmail.com

N Dr. Rafael Gomes de Oliveira

No dia 22 de maio de 2015 realizamos palestra com o tema “O álcool e as drogas” em evento de comemoração aos 42 anos de atividades dos alcoólicos anônimos em Ubá e vamos aproveitar o espaço para compartilhar o conteúdo com todos os leitores. Ao tratarmos do álcool e das drogas, poderíamos, sem medo de errar, aduzir que o conteúdo da palestra seria sobre drogas licitas e ilícitas, uma vez que o etanol é uma droga depressora do sistema nervoso central que possui seu comercio permitido e estimulado em nosso país, sendo que as verdadeiras consequências do consumo irresponsável do álcool são omitidas pelas empresas de publicidade. Reporta-se a medicina a uma lenda árabe, dividindo os 3 graus de embriaguez em fases caracterizadas pelos seguintes animais: o macaco, o leão e o porco. 1. Fase de excitação (macaco) - a pessoa apresenta um comportamento inquieto, falante, mas ainda consciente de seus atos e palavras e, além disso, às vezes consegue atingir níveis de persuasão - por estar mais eloquente - que talvez não fosse capaz antes. 2. Fase de confusão (leão) - quando o embriagado torna-se eventualmente (dependendo do temperamento da pessoa) nocivo: fica voluntarioso, age irrefletida e violentamente. 3. Fase superaguda (porco) - dá-se a embriaguez completa, provocando o coma ou sono, onde o perigo representado dá-se apenas quanto ao próprio indivíduo que, sem mais freios, cai em toda parte, descuida completamente de sua higiene, como o bêbado contumaz.

Em razão de tais efeitos várias ocorrências aportam na Delegacia de Polícia, entre elas a briga de casais, acidentes automobilísticos, homicídios, entre outras. Frise-se, ainda, que o álcool é a porta de entrada para outras drogas, sendo que diversos usuários afirmam que por estarem alcoolizados acabaram fa-

Arquivo Pessoal

zendo uso de outras drogas. E os dados estatísticos corroboram as afirmações supramencionadas, senão vejamos: - o Brasil é o 61° país que mais consome álcool, sendo este responsável pela morte de aproximadamente 2,5 milhões de pessoas por ano; - 52% da população nacional faz uso do álcool. - o álcool é responsável por 9% das mortes entre jovens de 15 a 29 anos, sendo que a principal causa são os acidentes. Em razão de tal fato, no ano de 2012, a Lei 12.760 alterou o artigo 306 Código de Transito Brasileiro visando reduzir tais índices com punição mais severa de quem dirige embriagado. Após explanações acerca do tema deixamos uma mensagem aos leitores que necessitam se libertar de algum vício: “A Águia é a ave que possui a maior longevidade da espécie, vivendo cerca de 70 anos. Porém, para chegar a essa idade, aos 40 anos, ela precisa tomar uma séria e difícil decisão. Aos 40 anos de idade, suas unhas estão compridas e flexíveis e já não conseguem mais agarrar as presas das quais se alimenta.O bico, alongado e pontiagudo se curva, suas asas tornam-se pesadas em função da grossura de suas penas, dificultando o voo. Já se passaram 40 anos do dia em que a jovem águia lançou voo pela primeira vez. Hoje, para a experiente águia, voar já é bem difícil! Nessa situação a águia só tem duas alternativas: morrer ou enfrentar um doloroso processo de renovação que irá durar 150 dias. Esse processo consiste em voar para o alto de uma montanha e lá se recolher em um ninho que esteja próximo a um paredão. Um local seguro de outros predadores e de onde, para retornar, ela necessite dar um vôo firme e pleno. Ao encontrar esse lugar, a águia começa a bater o seu bico contra a parede até conseguir arrancá-lo, enfrentando, corajosamente, a dor que essa atitude acarreta. Pacientemente, espera o nascer de um novo bico, com o qual irá arrancar as suas velhas unhas. Com as novas unhas ela passa a arrancar as velhas penas.

No dia 22 de maio de 2015, realizamos a palestra com o tema “O álcool e as drogas” no evento de comemoração dos 42 anos de atividades dos alcoólicos anônimos de Ubá.

Após cinco meses, “Esta Renascida”, sai para o famoso voo de renovação, certa da vitória e de estar preparada para viver, então, por mais 30 anos. Muitas vezes, em nossas vidas, temos que parar e refletir por algum tempo, e dar início a um processo de renovação. Devemos nos desprender dos pré-conceitos, dos maus costumes, de tudo aquilo que não é mais útil ou importante, para continuarmos a voar. Um voo de vitória. Somente. Quando livres das barreiras e pesos do passado, poderemos aproveitar o resultado valioso que uma renovação sempre traz. Destrua o bico do ressentimento, arranque as unhas do medo, retire as velhas penas de suas asas, permitindo o fluir de novos pensamentos. Alce um lindo voo para uma nova vida de sonhos e realizações. Tenha sempre uma meta: “Voe alto e seja feliz””. Revista Fato - Junho 2015 81


Arquitetura Arquiteto e Urbanista - Graduado na Universidade Federal de Viçosa guilhermepena.com.br / guilhermesenador@yahoo.com.br

Guilherme Pena

LADRILHO HIDRÁULICO

REVESTIMENTO SECULAR PRESENTE NO DESIGN CONTEMPORÂNEO

L

www.favoritaplanejados.com.br

HISTÓRIA

Ladrilho hidráulico ou piso hidráulico é um tipo de revestimento artesanal feito à base de cimento, usado em pisos e paredes. Apresentou-se em seu auge entre o fim do século XIX e meados do século XX. Apresentado como uma alternativa ao mármore ou como uma “cerâmica” que não necessitava de cozimento. Chama-se hidráulico porque a peça precisa ser curada em água. Ou seja, depois de pronta, fica de molho num tanque para eliminar as imperfeições. A partir dos anos 60, o surgimento de outros materiais de revestimento substituiu progressivamente os pisos hidráulicos por elementos menos elaborados e mais rentáveis. Sua origem se dá no sul da Europa. Rapidamente se espalhou pelos países mediterrâneos e tornou-se popular também na Inglaterra vitoriana e na Rússia por sua resistência e por suas qualidades decorativas. Até hoje continua sendo produzido artesanalmente um a um seguindo a mesma receita há mais de um século.

CUIDADOS NA EXECUÇÃO A colocação, a impermeabilização e a manutenção são os segredos para obter um belo piso de ladrilho hidráulico. A parte mais delicada do processo é a instalação. Por isso, contrate mão de obra especializada e nivele bem o contrapiso antes do assentamento. Depois de tudo, é fundamental a aplicação de uma camada de resina. Essa proteção é importante porque o ladrilho é poroso e se desgasta com o tempo. A limpeza é simples: um pano úmido 82

bem torcido e outro seco são suficientes.

QUANTO CUSTA LADRILHAR O preço está ligado à complexidade do desenho, pois isso determina o quanto o artesão vai trabalhar em cada peça. O modelo liso monocromático no tamanho-padrão custa, em média R$75,00 o metro quadrado. Já o decorado, com a mesma medida, fica entre R$130,00 a 325,00 reais o metro quadrado. O tamanho mais comum é 20 x 20 cm, mas é possível fabricar de 8 x 8 cm a 30 x 30 cm e em cortes sextavados.

COMO TER UM DESENHO EXCLUSIVO? O desejo de personalizar o ladrilho é uma tendência entre os profissionais de arquitetura e interiores. Se você quiser fazer o mesmo, terá de procurar os designers, ilustradores e arquitetos que se aventuram na criação de novas estampas. A quantidade de estampas disponíveis hoje no mercado é muito grande, e a beleza do material impacta e chama a atenção em qualquer ambiente em que for inserido. Por isso, vale a pena ter um cuidado extra e escolher com calma cada peça para montar sua composição. Visitar os estoques de ladrilhos nos armazéns da cidade é uma sugestão, e existem algumas fábricas antigas que recebem visitantes e apresentam um pouco sobre o processo de criação e fabricação das peças.

Revista Fato - Junho 2015



Arte e Cultura

“ESTRELAS

Ator formado pela Universidade do Rio de Janeiro UNI-RIO Contato: gilbertotorres@revistafato.com

Gilberto Torres

de

“Chegou a hora da fogueira É noite de São João O céu fica todo iluminado Fica o céu todo estrelado Pintadinho de balão Pensando na cabocla a noite inteira Também fica uma fogueira Dentro do meu coração Quando eu era pequenino De pé no chão Eu cortava papel fino Pra fazer balão E o balão ia subindo Para o azul da imensidão Hoje em dia o meu destino Não vive em paz O balão de papel fino Já não sobe mais O balão da ilusão Levou pedra e foi ao chão”. (Lamartine Babo)

Passando alguns dias em Ubá, no mês de junho, me lembrei da época boa da infância no período das festas juninas, momentos inesquecíveis de alegria e confraternização. Os ensaios animados da quadrilha com a meninada da rua, os deliciosos quitutes juninos, em sua maioria a base de milho verde por causa da sua farta colheita nessa época do ano, preparados carinhosamente por nossos familiares. Passávamos dias recortando e colando as bandeirolas , pregando remendos em nossas calças e camisas enquanto as meninas providenciavam seus vestidos bem coloridos e de saias rodadas para o tão esperado dia de irmos para o sítio de amigos festejarmos 84

SOB UM CÉU sob um céu de estrelas, onde passávamos a noite toda dançando em volta da fogueira. Todos os participantes da quadrilha, vestidos de matuto à caipira, executando diversas evoluções em pares. Abrindo a dança um par muito especial, um “noivo” e uma “noiva”, já que na quadrilha encenávamos um casamento fictício, entre buscapés , enquanto os rojões, no alto do céu, quebravam o silêncio de sonhos antigos em meio às cantigas de São João. Dizem que é muito comum acender fogueiras durante as comemorações das festas juninas, principalmente na noite de São João, por conta de uma tradição católica que partiu de um trato feito pelas primas Isabel (mãe de São João Batista) e Maria (mãe de Jesus Cristo). Para avisar Maria sobre o nascimento de São João Batista e, assim ter seu auxílio após o parto, Isabel teria de acender uma fogueira sobre um monte. Conhecido como o santo festeiro, São João, é assim chamado por ter nascido no dia 24 de junho, dia do auge das comemorações juninas. Diz ainda à lenda que, nesse dia, ele prefere dormir o dia todo para não ver as fogueiras na Terra e ficar com vontade de descer pra comemorar também. Por isso mesmo, as pessoas soltam fogos de artifício para tentar acordá-lo, como numa conhecida canção: “Capelinha de Melão é de São João É de Cravo é de Rosa é de Manjericão São João está dormindo Não acorda não! Acordai, acordai, acordai, João”. Foi São João quem criou o batismo e que batizou o primo Jesus. Aproveito então agora para lembrar às “desesperadas” e aos “desesperados” (ou não), que normalmente representado em imagens segurando o menino Jesus, Santo Antônio é o fa-

moso santo casamenteiro que também faz parte das comemorações juninas. É invocado para auxiliar solteiras e solteiros a encontrarem seu par ideal, ou seja, “arrumar casamento”. “Eu pedi numa oração Ao querido são João Que me desse um matrimônio São João disse que não! São João disse que não! Isto é lá com Santo Antônio”! Inclusive, há várias simpatias para “pressioná-lo” a ajudar os desesperados: é possível deixá-lo de cabeça para baixo ou, então, separá-lo do menino Jesus até o pedido ser atendido. O dia de Santo Antônio é comemorado no dia 13 de junho, quando as igrejas costumam distribuir os tradicionais pãezinhos de Santo Antônio. Em vez de comê-lo, o pão deve ficar guardado em uma lata de mantimento para garantir fartura de comida durante o ano, por ser também o santo padroeiro dos pobres. No ano passado, nesta mesma época de junho, também em Ubá, acompanhei minha mãe a uma missa no dia de Santo Antônio onde recebi meu pãozinho e logo depois, também debaixo de um céu estrelado, encontrei com a Juliana Campos que me convidou a fazer parte da sua equipe de colunistas da revista Fato. Não preciso dizer que prontamente aceitei e com muito orgulho! Esse casamento feliz está fazendo um ano. Agradeço a Juliana, a Santo Antônio e São João, lembrando que dia 12 de junho é dia dos namorados e que “não existe”casamento sem namoro... então... vamos fazer nossos pedidos e vamos namorar muuuuito! Quem sabe Santo Antônio não nos dá um empurrãozinho! Divulgação


Literalize-se

A Carla Fagundes

NADA SERÁ

Formada em Letras ( Português/ Inglês) pela Unipac. Pós Graduada em Linguística(UFV) , Língua Portuguesa ( PUC/ MG), Produção de Textos( UFMG) e Literatura ( UFJF). Professora e membro da Academia Ubaense de Letras.

COMO ANTES!

A capa já me convidava a voltar ao passado. Voltei ao ano de 1982. A televisão dava a notícia: Elis morreu. Em uma época que não existia a velocidade da informação de hoje, de repente, estávamos todos os amigos na casa da rua XV de novembro, Solar do Senhor Cosme Campanha. Era lá que sempre descobri novos cantores, atores e filmes. Os amigos se juntaram para chorar a morte de Elis. Com toda certeza, a maior cantora brasileira de todos os tempos. Hoje há uma briga entre o grupo Procure Saber e os biógrafos, pois existem artistas que não querem ter sua vida retratada em hipótese alguma. Roberto Carlos usou a justiça para proibi sua biografia depois de quinze dias de lançamento e até hoje não foi liberada. Até nisso Elis e seus herdeiros, João Marcelo, Pedro e Maria Rita, liberaram todos os documentos para que o autor Júlio Maria pudesse fazer seu trabalho. “Se porventura eu falhar, se não estiver à sua altura, se for menos do que você acha que merecia, não me imagine mais do que eu sou. Tenho tantos problemas quanto você. Não me culpe. Antes, procure me compreender.” Por mais de quatro décadas, essas e outras palavras de Elis Regina (1945-1982) ficaram guardadas em uma carta dirigida ao filho João Marcello Bôscoli, escrita em 1971, quando ele tinha menos de um ano de idade. A mensagem ao primogênito – fruto do casamento com o músico Ronaldo Bôscoli (19281994)– é uma das minúcias da vida da cantora reveladas em “Elis Regina - Nada Será Como Antes”. Não seria de se estranhar que eu ficaria louca quando fosse lançada a nova biografia da cantora, Nada será como antes. A obra, assinada pelo jornalista Julio Maria, promete ser o relato derradeiro sobre a vida de um dos maiores ícones da música nacional. Talvez para não causar espanto aos desinformados, o autor conta logo de cara o final da história: os minutos finais de Elis Regina em vida. Maria, um estreante para mim, que nunca tinha lido nem reportagens dele, surpreende com a maneira descritiva

que narra os acontecimentos, transformado em um romance. Claro que o autor apresenta dados reais e deixa claro que tudo que diz ali é fruto de uma grande pesquisa – bem no final de tudo, há uma lista com o nome de todos os entrevistados e a bibliografia que orientou o trabalho –. Entre os fatos contados, o que mais me surpreendeu (e que eu não lembro ter lido em nenhum outro lugar) foi o affair entre Elis e o Fábio Jr. Demorei um pouco para digerir a imagem dos dois como carne e unha, almas gêmeas, mas tentei entender que ele era um galã, na época, e um eterno pegador e ela conhecida por passar o rodo. A insegurança e competitividade de Elis são sempre discutidas por aí, assim como a suposta rivalidade entre ela e as baianas Gal Costa e Maria Bethânia. Um caso que achei engraçado, relatado na publicação, foi quando a Pimentinha, apelido dado por Vinicius de Moraes, furou o olho de Beth Carvalho e roubou a canção Folhas secas. As duas gravaram a música na mesma época. Apesar de ter feito maior sucesso com a sambista, eu prefiro a versão da gaúcha... Nunca li um livro tão rápido. Gastei quatro dias, um recorde para mim, em uma obra de 424 páginas. Elis me acompanhou entre uma aula e outra e quando estava em casa tinha trilha sonora pois tenho 38 cds dela e muitas histórias. Nos últimos capítulos, fiquei aguardando o inevitável acontecer, mas sempre com uma esperança de que o fim iria ser diferente, que algo novo iria se revelar. Mas não... O que me surpreendeu aos 20, continuou sendo verdade. Na noite em que terminei de ler, não consegui dormir. Senti falta de Elis. Um sentimento de vazio se instalou em mim. Não teria mais aquela companhia... A minha sorte é que Elis nunca vai deixar de existir! Elis é a minha juventude acompanhada de amigos que são da vida inteira. É para eles está coluna, Tavi e Pedro Campanha, Elias Andrade.

Divulgação Revista Fato - Junho 2015

85


Auto Fato Bacharel em Direito. Historiador e Antigomobilista.

GASOLINA COM

27% DE ETANOL

O Cláudio Medeiros Lippi

Contato: studioclaudio1@hotmail.com

É A EMBRIAGUEZ MENTAL DE NOSSOS GOVERNANTES

O Governo brasileiro estabeleceu normas que fizeram com que nossa gasolina sofresse acréscimo de 27,5% de sua totalidade adicionada de etanol. Mais uma vez o brasileiro que se caracterizou em toda sua história por ser um cidadão passivo diante das imposições absurdas dos governantes, se vê obrigado a mais uma vez aceitar imposições desse tipo. A Anfavea comunicou a imprensa a conclusão de que realizou testes em carros que não são flex, e constatou que não foram encontradas evidências que impeçam o uso da gasolina com 27,5% de etanol. O relatório produzido foi entregue ao Governo Federal no dia 22 de abril, com estas avaliações que apontam que os veículos que não são flex não sofreram alteração no seu funcionamento.

Mas e os carros mais antigos? Veículos das décadas de 60, 70, 80 de antigomobilistas? Ou mesmo carros velhos de pessoas sem condições financeiras gerados em uma época da gasolina “mais pura” que existem aos montes? O que ocorre com estes carros? Não há Anfavea, nem autoridade alguma que me diga que meu carro antigo funciona perfeitamente com o etanol, pois quem conhece o carro é seu dono. O funcionamento passa longe de ser o ideal, pois a motor antigo dificilmente funciona adequadamente com esta quantidade imensa de etanol. O motor carburado convencional sofre muito com a adição deste combustível. Quem tem um clássico do passado sabe muito bem, o mal que faz para seu carro antigo esta quanti-

dade imensa de álcool em nossa gasolina. É um absurdo sem precedentes e uma vergonha para nosso país. Esta atitude imperialista apenas tem o intuito governamental em fazer agradar usineiros insatisfeitos com a recente política. E mais uma vez quem paga a conta é o povo. Agora sim entendi a farsa exaltada pelos “quatro cantos do mundo” que foi na época do lançamento dos carros flex como sendo uma grande evolução em nossos veículos. Pura farsa estúpida e jogo de cartas marcadas. Nunca mais me iludo assim.

NOVO CIVIC

FIESTA ESPORTIVO

NOVA HILUX

A Honda já prepara a chegada do novo Civic. Projeções de especialistas já indicam as linhas do carro com frente e traseira mais agressivas para fazer frente ao líder Toyota Corolla. Vamos aguardar. Vem briga boa por aí.

A Ford lança a versão esportiva do Fiesta chamada de Sport. As mudanças são uma parceria com a empresa Keko que traz o carro com visual agressivo com rodas aro 16 escurecidas, retrovisores exclusivos, apliques pelo carro com o logotipo Sport, aerofólio traseiro saliente, entre outros detalhes exclusivos. Porém, a esportividade pára no visual, pois a motorização é a mesma da versão SE. Apesar disso, o visual agrada em cheio quem deseja ter um veículo com mais estilo

A nova geração da Toyota Hilux já aparece em fotos vazadas pela internet, não sendo mais surpresa alguma. A Toyota já informa que no final de maio a caminhonete será lançada. Ela possui entre as novidades em LED, para-choques maiores, detalhes cromados novos e rodas com desenho diferenciado. A motorização terá motores 2.4 litros turbodiesel de 150 cv ou 167 cv e um 2.8 litros de cv.

86

Divulgação




Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.