Foto: Fotografe
Lukas Lima & Rafael
EDIÇÃO 53 - ANO 5 - ABRIL / 2016 - UBÁ - MG / R$ 7,90
iniciam nova fase na carreira! Músicas autorais, videoclipe da canção Meu Foco, shows espalhados por toda a região, “novo Rafael”, planos para 2016 e muitas novidades! Femur 2016:
Intersind promove evento de apresentação da feira
Ubaense Ausente - Por Onde Andas? Gilda Paoliello, neta do antigo prefeito Levindo Coelho, é nossa convidada da vez!
Universo Dele:
Homens fissurados pelos cuidados de seus carros
Índice
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10 – Editorial; 12 – Educação: Camila de Oliveira; 14 – Saúde; 17 – Conectados: Rafaela Namorato; 18 – Papo de Buteco – A Segunda Dose; 20 – Arquitetura: Guilherme Pena; 22 – Cartão de Embarque; 25 – Fique Ligado; 26 – Sala VIP: Orlando Silva; 28 – Design: Pedro Alexandre; 30 – Fato Especial; 34 – Moda Festa: Mário Coelho; 36 – Cidade; 38 – Prata da Casa; 42 – Cerimonial: Mariana Lima; 44 – Femur 2016; 46 – Capa; 51 – Universo Dele; 56 – Direto aos Fatos; 57 – Patrimônio Cultural: Anderson Moreira; 58 – Abrindo O Closet; 61 – Marketing S/A: Rafael Martinez; 62 – Moda: Marilia Rinco; 70 – Geração YZ; 72 – Espaço Jurídico: César Lara; 73 – Economia: Michel Pires; 76 – Contabilize: Paulo Marcos Marques; 77 – Segurança Pública: Dr. Rafael Gomes de Oliveira; 78 – Gestão em Foco: Josiane Souza; 79 – Ubaense Ausente – Por Onde Andas?! Revista Fato - Abril 2016
Editorial / Expediente Beleza: Socila Ubá; Fotos: Servando Lopes.
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om... eu não estou aqui para falar de mim. Estou aqui pra falar para vocês! Pessoas que confiaram em meu trabalho e depositaram na Revista Fato tamanha confiança para que de alguma forma ela fizesse parte de suas vidas. São centenas de fontes entrevistadas, dezenas de clientes já veiculados em nossas 53 edições, milhares de leitores envolvidos nas publicações impressas e on-line. O que posso sentir?! GRATIDÃO! O mês de aniversário da Revista Fato é em setembro... mas entendo que um ciclo está sendo encerrado e um novo sendo iniciado. Por isso estou aqui para agradecê-los. Agradecer primeiramente a Deus, pela base e oportunidade. Sei que sem Ele absolutamente nada... nada e nada seria possível. Novos projetos estão integrando a marca Revista Fato e a confiança de vocês em cada um deles é de fundamental importância. O crescimento do nosso trabalho faz com que hoje eu assuma apenas a gestão da empresa e passe o cargo de editor chefe para meu competente colega, o jornalista Higor Siqueira. Apresento a Thalita Nogueira como o comercial da Revista Fato a partir de agora e Rafaela Estevão como gerente de eventos promovidos por esta revista. Bráulio continuará na gestão ao meu lado e desempenhando seu qualificado trabalho de web designer. Serei sempre grata à confiança de cada um de vocês que acompanharam meu trabalho como editora chefe desta revista, mas estarei nos bastidores espiando tudo de pertinho. Muito obrigada clientes, leitores, amigos, colunistas que por aqui passaram e que ainda permanecem, obrigada família e equipe pelo incentivo nesta nova caminhada e por acreditarem em minha força e em minha gestão. Uma nova etapa inicia e sei que muitas coisas boas acontecerão neste novo ciclo. Avante porque 2016 está apenas começando! Ah... e claro! Para não perder o costume, apreciem sem moderação e tenham uma excelente leitura. O conteúdo, como de costume, está incrível.
Bráulio de Paula é graduado em Geografia, Diretor e Designer Gráfico da Revista Fato. Mineiro, 32 anos, casado com Juliana Campos, fã de Humberto Gessinger e louco por games e futebol.
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Thalita Nogueira é Representante Comercial da Revista Fato. Mineira, 28 anos, filha da Rosária e do Pedro, é dona de uma simpatia ímpar e esbanja carisma por onde passa.
Juliana Campos é Jornalista, Diretora da Revista Fato, Mineira, 28 anos, casada com Bráulio de Paula, apaixonada por Lulu Santos e por um jornalismo imparcial e não sensacionalista.
Higor Siqueira, graduando em Jornalismo e Editor Chefe da Revista Fato. Mineiro, 23 anos, apaixonado por música, pela beleza do céu, por pequenos detalhes e deliciosas gargalhadas.
Ops!!! Erramos!
Colaboradores
No Editorial de Moda da edição #52 deixamos de creditar a participação da loja R. Store também compôs os looks da produção.
Rafael Martinez | Pedro Alexandre | Guilherme Pena | Paulo Marcos Marques | César Campos Lara | Anderson Moreira Wellington Netto | Orlando Silva | Servando Lopes Laryssa Delazari | Mário Coelho | Fabiano Araújo Marilia Rinco | Josiane Souza | Socila Ubá | Rafaela | Namorato | Mariana Lima | Michel Pires.
Rafaela Estevão, Publicitária e Gerente de Eventos da Revista Fato. Mineira, 42 anos, mãe do Juan, orgulhosa por sua origem familiar, adora cultivar amizade e receber as pessoas.
Revista Fato! (32) 3531-2335
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Camila Helena Sá De Oliveira
Pedagoga pela Universidade Federal de Viçosa. Pós graduada em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Juiz de Fora. Supervisora do Ensino Fundamental pela Rede Estadual de Ensino. Diretora pedagógica do Colégio Pilar.
Arquivo Pessoal
INCLUSÃO
no contexto da escola regular
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ciar uma prática discriminatória, apesar do discurso inclusivo. Realmente, os professores brasileiros não estão preparados para a inclusão, mas assumir este discurso é, no mínimo, comodista. Dizer “eu ensino tudo e o problema é do aluno”, é negá-lo o direito de aprender. Ou então, “eu ensinei a matéria, ele não aprendeu porque não quis”, ou até mesmo, “nós temos um aluno com Síndrome de Down, ele fica ali sentado com as crianças, mas não dá conta de acompanhar a sala, não interage. Você sabe, né? É difícil, não estamos preparados...”. Nós, profissionais da área da educação, podemos não saber lidar com estas crianças ou adolescentes, mas jamais devemos deixar de buscar aprender. A pergunta que me faço hoje é: porque as pessoas ainda se recusam a pelo menos tentar amar estes alunos? Alguns, por não saber o que é a verdadeira inclusão, acreditam que aceitar “este tipo” ameaça a qualidade da instituição. Então, sem medo de errar, afirmo: uma boa escola ou bom professor não é aquele que ensina somente ao aluno dito “normal”, sem problemas de aprendizagem, sem deficiência intelectual, física, emocional ou social. Afinal, amar o bonito é fácil. Ensinar ao aluno que tem acompanhamento da família, que faz todas as atividades e que aparentemente não possui nenhum transtorno de aprendizagem ou de comportamento, é fácil. O desafio é ensinar e mediar a interação social de uma criança com deficiência auditiva ou com alta habilidade. Para isso, você não deve ter uma
turma de nível elevado, mas sim o educador que deve elevar o nível de sua prática pedagógica, estudando, buscando novos instrumentos de trabalho, errando e acertando, sempre com amor e muito trabalho. Assim, como diz o educador Geraldo de Almeida Peçanha em seu livro “Minha escola recebeu alunos para a inclusão. O que faço agora?”:
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sociedade contemporânea assume para si cada vez mais o discurso das minorias e busca combater a discriminação em todos os níveis. Porém, está claro que na área da educação inclusiva nosso país está apenas engatinhando. As escolas superiores de licenciatura ou pedagogia não preparam os futuros educadores para o contexto real de inclusão. As disciplinas de educação especial ou de inclusão escolar, entre outras inúmeras nomenclaturas para o mesmo tema, são falhas quanto ao didático pedagógico e quanto à conscientização destes profissionais. Não raro, nos deparamos com situações de rejeição por parte de professores e/ou instituições quando estão diante de uma criança com, por exemplo, autismo. Reflexo do despreparo dos mesmos para lidar com este novo contexto, além de eviden-
... nem só a boa vontade fará com que os professores tenham trabalhos bons no quesito ‘competência pedagógica’. No entanto, ficar por detrás desse escudo e não se colocar disponível para a aprendizagem parece-me também uma escolha ruim. A educação especial precisa de um misto de coragem e vontade, traduzida em disponibilidade para o novo. (PEÇANHA, 2011, p. 27)
Uma escola inclusiva é aquela que aceita e acolhe alunos com deficiências físicas/intelectuais, com altas habilidades, com dificuldades de interação social ou qualquer pessoa que sofra discriminação, seja de gênero, raça, cor e social. Vai além do simples ato de matricular esta pessoa em uma escola regular. Inclusão é permitir e facilitar a interação entre os sujeitos, buscando instrumentos diferenciados que oportunizem o aprendizado significativo. Revista Fato - Abril 2016
Saúde
Até que ponto
SALTO
ALTO
PODE SER ELEGANTE
E NÃO PREJUDICAR
Que o salto alto deixa a mulher muito mais elegante, isto é fato! Porém, diversas vezes, estar elegante pode custar caro à saúde das mulheres. O médico Ortopedista e Traumatologista, Dr. Leonardo Feital Xavier, nos esclareceu o que é sempre questionado: afinal, o salto alto é prejudicial à coluna?
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Revista Fato - Abril 2016
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Existe a possibilidade da mulher adquirir patologias ortopédicas e vasculares como dores na coluna, nas pernas, alterações vasculares (varizes), tendinites, dores e deformidades nos pés como halux valgus, o popular ‘joanete’
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“Sim. O salto é prejudicial, mas temos que especificar esse prejuízo”, pontua o profissional. Ele explica que apenas o uso excessivo e duradouro do salto trará malefícios: “Não é necessário abolir o salto alto, afinal de contas, ele faz parte do universo feminino há anos. Inclusive, hoje observamos que os sapatos deixaram de ser apenas uma complementação do vestuário e, em algumas ocasiões, passaram a ser a peça principal na montagem”. Segundo o médico ortopedista, baseado em estudos e na experiência vivenciada no dia a dia, além de ser prejudicial à coluna, pode-se afirmar também que o uso contínuo e por longos períodos, ou seja, mulheres que usam salto para trabalhar e durante todo o dia, poderão sofrer alterações articulares não apenas na coluna lombar, mas também nos joelhos e pés: “Aliás, os pés são os que mais sofrem”, ele destaca. Dr. Leonardo cita alguns dos riscos sofridos: “Existe a possibilidade da mulher adquirir patologias ortopédicas e vasculares como dores na coluna, nas pernas, alterações vasculares (varizes), tendinites, dores e deformidades nos pés como Halux Valgus, o popular ‘joanete’”. Além das mulheres gostarem da elegância de um belo sapato de salto, elas acabam se tornando espelhos para suas filhas que começam a usar os diferentes modelos cada vez mais cedo. Segundo o médico, a frequência do uso por adolescentes e pré-adolescentes acarretam um aumento de alterações posturais cada vez mais graves: “Isso é fácil de entender. As adolescentes não estão com a estrutura óssea completamente formada, o que chamamos de esqueleto imaturo. Assim, qualquer alteração de postura trará desconforto doloroso”, orienta. O ortopedista explica que, segundo fontes, a altura dos saltos é dividida em: altos, aqueles maiores de 10 cm; médios, que tem entre 5 e 10 cm; e baixos, aqueles menores de 5 cm. “Assim, o que seria ideal pela literatura
Divulgação
Dr. Leonardo Feital - Médico Ortopedista
Saúde específica é alternar o uso de saltos médios e baixos, dando preferência aos mais grossos e/ou plataformas”, enfatiza. A mulherada afirma que o salto alto alonga a postura. Porém, Dr. Leonardo comenta sobre a frase e diz que ela pode ser considerada um mito: “Com o uso de salto alto, o centro de gravidade, ou seja, o ponto de equilíbrio do corpo, é projetado para frente. Todo balanço muscular que o corpo executa durante o andar (a biomecânica da marcha) é alterado, transformando-se em erro de postura. Quando essa alteração é fugaz, não trará grandes prejuízos, o que poderá acontecer se realizado por períodos mais longos”, finaliza. O fato é que não basta tomar cuidado e saber a dosagem certa de usar sapatos de salto alto. A qualidade do material utilizado na hora de sua produção e o design fazem também toda a diferença. Segundo Cláudia D’ávila, designer de moda e presidente da empresa de sapatos “Cláudia D’ávila”, para todo lançamento de coleção, outono-inverno e primavera-verão, é realizada uma pesquisa antecipadamente em cima das tendências. Ou seja, o que será lançado nos países europeus, cujas estações antecedem as nossas. Este estudo é feito em grande aprofundamento transportando a pesquisa para o gosto das mulheres brasileiras.
“Procuramos na hora de desenvolver uma coleção prestar muita atenção nas escolhas dos modelos, para que os mesmos tenham um bom calce e que possam adaptar com conforto nos pés. Na realidade, não existem pés iguais, portanto, o que pode ficar bem em um pé, pode não ficar bem no outro. Isso se trata da natureza humana. Mas tentamos com a máxima atenção eliminar qualquer tipo de problema dentro das variedades existentes na moda, desde sandálias ou sapatilhas, até os saltos mais altos”, explica. Como designer de moda e presidente de uma fábrica de sapatos, Cláudia diz que na hora de desenvolver seu trabalho ela procura também criar um estilo que não comprometa a fabricação do produto, fazendo com que o mesmo torne-se estiloso sem transmitir muitas informações ao mesmo tempo, afinal “MENOS É MAIS”. Ela ainda completa falando que, com certeza, o material interfere muito na confecção do calçado. “Toda escolha de material é feita pelo designer, pois ele está mais por dentro do desenvolvimento do produto e sabe imaginá-lo pronto com o material desejado. Hoje a procura é muito grande por calçados confortáveis. Conseguimos oferecer peças que agregam beleza, conforto e qualidade”, destaca. Para completar, fizemos um convite a uma das já participantes da editoria “Abrindo o Closet”, Neu-
zimar Verbena, para opinar sobre o assunto. Durante a sessão fotográfica ela nos contou sua paixão por sapatos de salto alto e revelou não saber mais viver sem eles. “Eu uso salto há tanto tempo que nem lembro ao certo. Acho que comecei em torno dos meus 18 anos. Eu gosto tanto que usei do início ao fim das minhas duas gravidezes”, confessou. Segundo Neuzimar, esta paixão surgiu quando ela idealizou que os saltos são responsáveis pela elegância de toda mulher. “Além disso, na minha opinião feminina, alongam a silhueta das mulheres de baixa estatura como eu”, destaca. “Uso salto o dia todo. Até dentro de casa. Só deixo de usá-los para fazer academia, porque tem que ser de tênis. Mesmo assim, ainda coloco palmilha de silicone para não doer os pés. Concordo que cheguei aos extremos, os nervos de minhas panturrilhas já encurtaram. Mas, fazer o que, se faço questão deles?! Os saltos fazem parte da minha vida. Acho que não vivo sem eles”, encerra falando sobre a sua rotina dos inseparáveis saltos. É como o Dr. Leonardo disse: “Hoje observamos que os sapatos deixaram de ser apenas uma complementação do vestuário e passaram a ser a peça principal em algumas situações. De qualquer forma, nunca deixe de usar o bom senso e se preocupar com sua saúde e bem-estar”.
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Rafaela Namorato
Jornalista, especialista em Assessoria de Comunicação, Gestão da Comunicação nas Organizações e pós-graduanda em Gestão de Pessoas e Coaching. É uma verdadeira apaixonada por internet e pelas mídias sociais. Além disso, é dona do Boteco Feminino (www.obotecofeminino.com.br)
INSTAGRAM de sucesso!
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evanta a mão aí quem é apaixonado pelo Instagram! Não tem jeito, a rede social caiu nas graças de quem gosta de fotografia. No ano de seu lançamento, em 2010, o uso do Instagram era restrito somente para quem tivesse um iPhone, já que o aplicativo era compatível apenas com o iOS. Dois anos depois, ele também passou a ser disponibilizado para Android e, em abril de 2012, viu seu número de usários dar um salto gigante após ter sido comprado pelo Facebook. É possível apostar que em praticamente todos os smartphones existe o aplicativo instalado. Para se ter uma ideia, um levantamento feito no final do ano passado apontou que só no Brasil são mais 29 milhões de usuários ativos por mês, ou seja, aproximadamente 1/4 dos mais de 400 milhões de usários no mundo. E se tratando de Instagram, se tem uma coisa que todo mundo quer, além de conhecer perfis interessantes, com fotos criativas e inspiradoras, é conseguir cada vez mais curtidas e seguidores em suas publicações. E olha que a tarefa é bem complicada graças ao grande volume de fotos que são postadas a todo o momento! Então, como se destacar nesta rede social tão disputada? Foi pensando nisso e, baseado em estudos feitos por profissionais da área (alguns, inclusive, já testados e aprovados por esta pessoa que vos fala), que vou te apresentar dicas que poderão te ajudar quando o assunto é “bombar” no Instagram. Anota aí: 1ª dica: Poste fotos que são realmente interessantes para os demais usuários. Dê prioridade àquelas fotos que contam uma história e tenham um significado e/ou que tenham algum diferencial. Postar fotos sobre o seu estilo de vida e fotos pessoais costuma atrair um bom número de curtidas. 2ª dica: Use as famosas hashtags, mas sem exageros (por favor!). Pense nas palavras que realmente têm ligação com a sua foto. Alguns especialistas
sugerem o uso de 3 a 5 hashtags por foto. Isso não é uma regra, mas pode fazer alguma diferença. Para te ajudar, o site Websta (http://websta.me) lista quais são as hashtags mais usadas em todo o mundo. 3ª dica: Faça bom uso dos filtros. A foto não ficou com uma iluminação legal? As cores não saíram como você queria? Saiba que os filtros podem te ajudar e muito. Experimente também utilizar as ferramentas de edição (brilho, contraste, estrutura, saturação, etc.) elas também produzem um efeito genial! 4º dica: Interaja! Procure curtir e comentar as fotos de outros usuários. Você pode fazer isso com os perfis que segue ou ainda buscar por assunto, curtindo e comentando as fotos que mais gostar. O retorno é supreendente! Sem falar na quantidade de perfis inspiradores que você vai conhecer. 5º dica: Por último e não menos importante: preste bastante atenção na sua Bio. É ela que apresenta o seu perfil para os outros usuários. Pode parecer bobeira, mas preencher a biografia corretamente pode atrair alguns fãs para o seu Instagram. E tem mais... Se você quer ser seguido, lembre-se de deixar o seu perfil no modo Público! Bom, estas são apenas algumas dicas. Fato é que existem milhares delas! E é importante destacar também que nenhuma é regra, mas sim sugestões que podem te ajudar a ter um Instagram mais atrativo, principalmente se você é proprietário de uma marca ou quer ser um instablogger. Quer mais dicas? Então, manda um e-mail para rafaela.namorato@gmail.com. Vai ser um prazer conversar com você! Ah, e não esquece de mandar seu perfil do Insta pra eu seguir também! Beijo e até a próxima! Revista Fato - Abril 2016
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Você também pode ter um
Papo de Buteco
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Segunda Dose do PAPO DE BUTECO foi sucesso no sábado, 12 de março! Realizado pela Revista Fato!, o grande evento balançou as estruturas do Tabajara Esporte Clube, das 4h da tarde às 10h da noite, ao som da dupla Lukas Lima & Rafael, os queridíssimos Netto & Léo e a banda pop/funk/batucada FUNFARRA, que veio direto de Belo Horizonte para agitar a galera! Mais de 750 pessoas de Ubá e região fizeram a festa com OPEN BAR, caipirinha liberada, cerveja geladinha e petiscos de boteco. A animação no local era contagiante! E como grandes marcas sempre estão envolvidas em grandes projetos, o PAPO DE BUTECO contou com os seguintes parceiros: • PIF PAF e Marcio’s Frios como patrocinadores MASTER; • Café com Brownie como patrocinador APRESENTA; • Nuclemig, Salão de Beleza Socila, Supermercado Vieirão, Estilista Mario Coelho, Flor de Liz Semi Joias, FAGOC, Fotografe, Luciana Seghetto Personalizados, Proart Digital e Parma como patrocinadores GERAIS e ainda o apoio da Gráfica Ubaense Impressos, do Tabajara Esporte Clube e do colunista Orlando Silva. Sem brigas e confusões, nosso Buteco foi só alegria, paz e diversão, graças aos competentes seguranças da JM Conservadora. Para quem não foi: perderam a linda festa! Aos butequeiros de plantão, fiquem ligados nas informações, pois a TERCEIRA EDIÇÃO já está agendada: MAIO DE 2017! PAPO DE BUTECO, o evento que irá se fixar no calendário de festas da cidade de Ubá! Confiram todas as fotos na cobertura do evento e curtam nossa fan page para não perder as novidades:
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Arquitetura
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Arquiteto e Urbanista - Graduado na Universidade Federal de Viçosa. guilhermepena.com.br / guilhermesenador@yahoo.com.br
Guilherme Pena
ASFALTO X
PARALELEPÍPEDO
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á relatos de uso de asfalto desde os primeiros séculos da era cristã, na Babilônia. Naquela época, este revestimento não era extraído do petróleo, mas do piche de lagos pastosos. Ao longo da história, o asfalto foi sendo aprimorado e usado como impermeabilizante em algumas construções e como material que, junto com pedras, terra e cascalho, pavimentava estradas para cavalos e pessoas. Só que, com o advento do carro, e sua posterior fabricação em larga escala, foi necessário criar um asfalto que possuísse a característica impermeabilizante, mas que removesse qualquer vestígio de natureza, como terra e lama, para que o veículo desenvolvesse velocidade. Criado para funcionar no pior cenário possível, o asfalto, extraído da queima do petróleo, que pavimenta as cidades atualmente, foi à solução para a mobilidade aplicada nos mais diversos cenários do mundo: montanhosos, planos, com enorme quantidade de rios, com invernos mais rigorosos ou com climas tropicais que alcançam marcas de 45 graus. Já o paralelepípedo pode ser encontrado em muitas estradas, ruas, praças e pátios por todo o planeta, alguns deles seculares ou já milenares, mas ain-
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da hoje servindo à população. Todos os calçamentos de paralelepípedo sem juntas de cimento são considerados pavimentos ecologicamente corretos, pois permitem a infiltração da água da chuva no solo. As vantagens desta infiltração vão desde a recarga do lençol freático, à diminuição da vazão escoada para os mananciais, o que diminui riscos de enchentes. O asfalto, embora sendo uma camada fina, tem o poder de absorver calor durante o período de insolação. Este calor é liberado para o meio ambiente, o qual pode ser sentido ao andar pelas ruas asfaltadas. A temperatura é tanta que podemos sentir a liberação do calor nos pés. No piso de paralelepípedos o comportamento é bem diferente, uma vez que este tipo de pavimento, por características geológicas da pedra, absorve menos calor. Este comportamento se deve, além das características da própria rocha, à espessura do calçamento em contato com a base/solo, facilitando a dispersão do calor absorvido não o irradiando por muito tempo depois do período de insolação, deixando a temperatura mais amena e tornando o clima mais agradável. Outra grande vantagem dos pavimentos de paralelepípedo, é que depois de algum tempo aparecem fungos e gramíneas inseridas entre as juntas, ou seja,
no topo da junta, partes que normalmente acumulam areia. Estas colônias de vegetais que ali proliferam podem ser imperceptíveis para muitos, mas desempenham funções importantes para o meio ambiente como a absorção de água e nutrientes e ainda na retenção de parte dos sólidos trazidos pela água de chuva, de micro partículas de poluição como borracha do desgaste de pneus e resíduos dos veículos. Um ponto agravante com o asfaltamento das ruas é o aumento da velocidade de escoamento das águas de chuva, uma vez que a camada de asfalto normal é impermeável, e visivelmente mais regular que o pavimento de paralelepípedo, o que facilita o escoamento da água. Sobre durabilidade, o pavimento asfáltico tem pequena vida útil quando confrontado com os calçamentos de paralelepípedo. Segundo a Empresa EcoPisos, sua vida útil é menor que um milionésimo da dos pavimentos de paralelepípedo. A resistência mecânica ao desgaste da rocha do paralelepípedo é muito superior à do asfalto, porém a aderência do pneu é inversamente proporcional, pelo que este tipo de piso é geralmente usado em zonas de trafego de baixa velocidade, onde a menor aderência não é comprometedora da segurança rodoviária.
Revista Fato - Abril 2016
Cartão de Embarque Por Anderson Moreira
O BRASIL
Casa dos Bragança Vila Viçosa.
precisa descobrir
PORTUGAL!
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ssa é a sensação de quem chega lá e se depara com tantas histórias, que cruzam diferentes povos em diferentes épocas. A história de Portugal tem elementos da cultura grega, romana, moura (islâmica), judia e latino-americana, só para citar algumas. Foi isso que eu, professor Anderson Moreira Vieira, percebi naquele país quando estive lá no início de 2016. Durante cerca de vinte dias, percorri o sul de Portugal, região do Alentejo, rota do vinho mundialmente conhecida. A viagem, que coincidiu com período de intenso inverno europeu, começou pela capital Lisboa, uma cidade romântica, cuja arquitetura preservada encanta o turista, principalmente no final de tarde. Em janeiro, quando o inverno europeu ainda está bastante rigoroso, o sol tem um brilho que ilumina as avenidas de uma forma diferente daquela que temos a chance de ver no Brasil. Boa parte da cidade foi destruída no século XVIII, por terremoto e incêndio e, por isso, a maioria das construções datam deste período em diante. A capital lusitana tem centenas de pontos turísticos, principalmente para roteiros culturais. O Oceanário de Lisboa é uma atração à parte. Por cerca de 22
Claustro da Catedral da Sé (laranjeiras são muito comuns em Portugal).
Menir da Rocha dos Namorados. Revista Fato - Abril 2016
Arquivo Pessoal
17 euros o visitante percorre espaços que dizem muito sobre a vida marinha. É possível passar uma tarde inteira lá dentro. O local tem som ambiente parecido com o fundo do mar. Ao lado do Oceanário tem a Tele Cabina, ou teleférico, como chamamos aqui no Brasil. O passeio custa 6 euros e percorre uma linha suspensa sobre o Rio Tejo, onde o turista tem uma vista aérea parcial da cidade. Ainda em Lisboa o turista não pode deixar de conhecer o Castelo de São Jorge. A entrada custa 8 euros e você pode passar o dia lá dentro, pois há museu, restaurante, ruínas interessantes e o principal, uma vista maravilhosa da cidade, com o Rio Tejo ao fundo. O Castelo de São Jorge foi construído no século XI pelos Mouros que haviam ocupado a região. Mais tarde, com a Reconquista e a expulsão dos islâmicos, a monarquia tomou posse do local. Foi neste castelo, em 1499, que o Rei Dom Manoel I concedeu audiência ao almirante Vasco da Gama, logo depois da viagem de descoberta do caminho para as Índias, ou seja, a tão famosa viagem de volta ao mundo - pelo menos o mundo conhecido pelos europeus naquela época. Isso representava nada menos que o início de um período de dominação mercantilista de Portugal sobre parte da América, África e Ásia, o que tornou aquele país um dos mais poderosos do planeta. O bairro de Belém é uma atração à parte em
Sinalização na saída de Évora.
Lisboa. A partir do centro da cidade as rotas de metrô cumprem uma parte do caminho. O outro trecho pode ser percorrido de ônibus ou de elétrico, um charmoso bondinho que leva até o Convento de
Jerônimo, linda construção da Idade Média que fica bem de frente ao Monumento do Descobrimento e próximo à Torre de Belém, marcos das conquistas portuguesas na América. Além disso, os famosos e
Cartão de Embarque
Castelo de Monsaraz.
Alcaçoba onde o rei recebeu Vasco da Gama depois da descoberta do caminho para as Índias.
Vista parcial de Lisboa ao entardecer.
Vista do Castelo de Monsaraz.
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tradicionais pasteis de Belém ficam ali perto. É um delicioso doce de nata sobre uma camada de mil folhas. As “pastelarias”, muito comuns em Portugal, são o que nós chamamos no Brasil de confeitaria. O bairro do Chiado merece uma visita, tanto pelo comércio local quanto pelas opções de bares e restaurantes. O Alto Chiado é mais noturno, com possibilidade de diversão para todos os gostos. Num dos bares locais há uma estátua do poeta Fernando Pessoa, sentado numa mesa, com uma cadeira vazia ao lado. Neste caso, uma foto com o poeta é imperdível! Os amantes da gastronomia não devem deixar de comer um bacalhau na brasa no restaurante do João do Grão. Já o Baixo Chiado é mais diurno, pois tem um conjunto comercial bastante interessante. O preço de roupas na Europa é muito atrativo! Transporte lá é muito eficiente. Com o mesmo bilhete, que custa 6 euros, você pode usar o metrô, o ônibus e o bondinho durante 24 horas, quantas vezes quiser. O sistema é todo informatizado e o passageiro é responsável por passar seu bilhete na leitura eletrônica a cada meio de transporte em que entrar. E as pessoas respeitam! Transitar de comboio, que nós chamamos de trem, entre uma cidade e outra de Portugal e até mesmo entre países vizinhos é muito fácil e não fica caro. Vale a pena conhecer as cidades em torno de Lisboa. Uma das joias do patrimônio mundial é a cidade de Évora, mais ao sul de Portugal. Na Universidade de Évora há uma cátedra da UNESCO para o patrimônio imaterial, onde se desenvolvem cursos com alunos do mundo inteiro sobre o que eles chamam de Especialização Inteligente. A cidade é milenar e tem relíquias de vários períodos da história, como aquele em os romanos ocuparam a região, há mais de dois mil anos. A parte antiga de Évora é cercada por muralhas medievais, com várias torres, uma forma de proteção numa época em que não existiam governos nacionais. Um dos principais pontos turísticos é o Templo de Diana, cuja visitação é gratuita. Perto dali há outro elemento arquitetônico maravilhoso e que está na história como sendo um dos locais invadidos pelos soldados de Napoleão a caminho de Lisboa, no início do século XIX - é a Catedral da Sé de Évora, cuja construção é do século XIII. A Praça do Giraldo, com vários cafés e restaurantes, é local de descontração ao ar livre. A Capela dos Ossos, construída por volta do ano de 1500, chama atenção pela decoração interna: cerca de cinco mil ossos humanos. Na entrada lê-se: “Nós ossos que aqui estamos, pelos vossos esperamos”. O local causa certo espanto, mas é impossível não conhecer. Assim como em outras cidades milenares ou centenárias portuguesas em Évora há uma divisão entre a parte da judiaria, construída pelos judeus, e a mouraria, construída pelos mouros islâmicos. O que mais encanta e identifica essa diferença é a arquitetura, bem característica em cada lado da cidade. Ao viajar pelas estradas que levam ao sul de Portugal a vista é muito agradável, mas também pode
ser deliciosa. Há várias vinícolas que produzem vinho de forma artesanal e que oferecem degustação ao visitante, num verdadeiro roteiro turístico rural e gastronômico. Essas estradas são muito bem sinalizadas e conservadas. Ao longo do caminho para São Pedro Córvoa é impossível não se encantar com as oliveiras milenares que fazem parte da paisagem local. Há pouco mais de duas horas de distância de Évora está a cidade de Monsaraz, que tem cerca de 90 habitantes! O local é muito aprazível, apesar do frio e da cerração, pois fica numa altitude considerável. As ruas de pedra e os casarios pintados a cal, dão sinal de que o tempo não passou naquele lugar. O que mais chama a atenção é o Castelo de Monsaraz, construção da Idade Média que oferece uma vista deslumbrante da paisagem rural do Alentejo. No caminho entre Évora e Monsaraz é possível conhecer o Menir da Rocha dos Namorados. O local, dizem os moradores, é visitado pelas noivas antes da cerimônia do casamento. A tradição manda que ela jogue uma pedra sobre o Menir, de costas e com a mão esquerda. Se a pedra parar lá em cima, ela será feliz no casamento. Se a pedra cair é sinal de que ela precisa pensar um pouco mais. Ainda nesta rota alentejana, chega-se a Vila Viçosa, uma cidade pequena, mas muito aconchegante, cujas ruas são arborizadas com limão siciliano e laranja, árvores muito comuns em ruas de outras cidades lusitanas. A principal atração turística de lá é Casa dos Bragança, última residência de veraneio da família real portuguesa antes do fim da monarquia naquele país. Hoje é um museu que guarda muito da história de Portugal e também do Brasil. O local conserva tudo exatamente como os últimos rei e rainha deixaram quando saíram às pressas para Lisboa durante o golpe que acabou com o poder da realeza, inclusive a não utilização de luz elétrica dentro do prédio, que tem 110 metros de fachada. Sobre os costumes dos portugueses, é importante saber sobre algumas curiosidades. O comércio, durante o inverno, não abre antes das 10 horas da manhã e algumas lojas ficam abertas até as 22 horas. As escolas funcionam em tempo integral, das nove às dezessete horas, com férias apenas em julho, período de verão. Qualquer que seja o estabelecimento comercial, você não toma um cafezinho sem receber o cupom fiscal daquilo que consumiu. Eles não costumam sonegar nenhum cêntimo de euro. Os portugueses também são muito diretos e objetivos. Atendem muito bem ao turista, mas sem rodeios e enrolação. Um exemplo real: um grupo de amigos estava no metrô e queriam ir a Belém. Chegam no posto de atendimento para pedir informações: - “Por favor, queremos ir para Belém” Ao que o informante português responde prontamente: - “Pois não, podes ir!” Uma dica para o turista que pretende conhecer Portugal: faça as perguntas certas! Boa viagem!
Fique Ligado
DESAFIO Foto: Arquivo Pessoal
da Serra Rio do Rastro
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6° Desafio da Serra Rio do Rastro aconteceu em Lauro Muller - SC, no dia 06 de Março de 2016. Tivemos a satisfação de levar 26 ciclistas da região para esta competição. O percurso total tinha 24 km, passando por uma serra de 18 km de extensão e 1200 m de elevação. É a maior serra asfaltada do Brasil, uma montanha classificada como “fora de categoria” – hoje temos apenas duas no país, esta e a de Campos do Jordão, um pouco abaixo em altimetria. Vendo os ciclistas profissionais nas grandes voltas, como Tour de France, Giro d’Itália e Vuelta da España, eu tinha o desejo de subir uma montanha fora de categoria, algo realmente desafiador, tanto em distância quanto em altimetria. Queria sentir na pele o que aqueles ciclistas sentem! Algumas pessoas vêem que ao chegar perto do topo o ciclista não consegue mais forçar o pedal e pensam, “que moleza, chegou até aí, é só forçar mais um pouquinho”. Mas a história é diferente! Se não tiver uma estratégia, um treinamento, ele não vai conseguir seu objetivo, seja de ser mais rápido ou apenas de fazer o percurso. Fiz minha inscrição, iria de qualquer jeito e comecei a chamar amigos. O interesse era ir de avião ou mesmo de carro, mas o grupo foi crescendo, então alugamos um ônibus leito. Arrumamos alguns patrocínios sendo o principal deles o da Pedaltec, de nosso amigo João, que deu todo apoio a todos os ciclistas. O
treinamento de cada um foi o melhor possível, cada um com seu objetivo, alimentação, exercícios, todos se esforçando ao máximo. Chegou o dia, arrumamos as bikes e partimos para uma viagem de 24h, de Ubá até Lauro Muller. Clima excelente! A viagem passou muito rápido, ainda mais pra mim que estou acostumado a viajar 30, 40 horas para ir do outro lado do mundo. Foi muito tranquilo, fui deitado, batendo papo, parando a cada 3 horas, tudo fácil demais. Como se diz na gíria: igual tomar pirulito de criança. (risos) Chegamos em Lauro Muller, pegamos o material e subimos a serra de ônibus. Levamos 50 minutos para subir. Local maravilhoso, curvas de tirar o folego, ônibus tendo de manobrar para virar em algumas delas. A vista lá de cima é sem explicação! Fotos não conseguem mostrar toda a beleza do local. Almoçamos lá em cima no restaurante e descemos, fomos para o hotel, alguns ainda foram pedalar um pouco, um grupo foi para a igreja rezar e pedir proteção para todos no dia seguinte, jantamos e dormimos. Acordamos às 4h da manhã, café às 4h30, saímos do hotel às 5h. Chegamos na largada, que foi separada: Mountain Bike primeiro e Speed 10 minutos após. Coração bate mais forte. É dada a largada! Cada um dando seu melhor, executando tudo aquilo que tinha planejado. No final, todos subimos e vencemos! Cada um com o seu DESAFIO, mas com a sensação de dever cumprido. Revista Fato - Abril 2016
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Orlando Silva Revista Fato
DENTISTAS em noite de diplomação
PÓS GRADUAÇÃO EM IMPLANTODONTIA
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auditório do Hotel Saint German Ubá foi palco, em 19 de março, do momento solene de diplomação da conclusão do Curso de Especialização/Pós Graduação em IMPLANTODONTIA, promovido pela Faculdade Unidas do Norte de Minas – FUNORTE Filial Ubá, através do Instituto de Ciências da Saúde – EXÍMIA Ubá e SOEBRAS – Associação Educativa do Brasil, coordenado pelos professores Dr. Hésio Magri de Lacerda e Dr.ª Evelyn Júri Rezende de Lacerda. O evento teve início às 21h30 com todos sendo recepcionados pelos anfitriões, Dr. Hésio e Dr.ª Evelyn, no terraço do Hotel Saint German, que ganhou decor e montagens para o coquetel que aconteceu após a cerimônia. Às 22 horas, com todos os formandos, autoridades convidadas e familiares já presentes, o colunista, que coordenou o evento, convidou a todos para o auditório, dando início a solenidade. Foram convidadas para a mesa de honra as seguintes autoridades: O coordenador do Curso, professor Dr. Hésio Magri de Lacerda, a professora, Dr.ª Evelyn Juri Lacerda, o Presidente da ABO – Associação Brasileira de Odontologia (subseção Ubá), Dr. Bruno Feital Fusaro, Exmo Prefeito Municipal de Ubá, Sr. Edvaldo Baião Albino, o Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (subseção Ubá), Dr. Miguel Poggialle Gasparoni, que infelizmente não pode comparecer, mas enviou o repórter Thurú David, representando também seu jornal “Gazeta Regjornal”, o vereador Vinicius Samôr de Lacerda, representando o Poder Legislativo, e Dr.ª Meiry Aparecida Abrahão Furtado Saraiva, representando a sociedade médica de Ubá e o Hospital São Vicente de Paulo. Logo após a composição da mesa de autoridades, formandos em lugar de destaque e com todos de pé, ouvimos a execução do Hino Nacional. O coordenador do curso, professor e mestre, Dr. Hésio, abriu a sessão solene proferindo discurso objetivo. Após demais saudações e emoções teve início a entrega dos certificados de conclusão do CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO/PÓS GRADUAÇÃO EM IMPLANTODONTIA.
FORAM DIPLOMADOS:
Dr. Contardo Barbieri Filho.
Dr. Francisco de Paulo Arruda.
Dr. Lawrence Furtado de Souza.
Dr. Marcos Vinicius Starling Vieira.
Dr. Roberto Furtado de Carvalho.
Dr. Robson de Castro Ottero.
Dr. Rodrigo Célio Guiducci.
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Sala Vip Colunista social e decorador de eventos
Formandos e autoridades convidadas.
Os dentistas, Dr.ª Gabriela Maria de Oliveira Spindola, Dr. João Laureano Antunes e Dr. Tarciso Marinho Alves, concluíram também o curso de Pós Graduação, mas não puderam marcar presença no coquetel. O formando Dr. Roberto Furtado de Carvalho foi o orador da Turma. O prefeito da cidade, Vadinho Baião, também fez uma saudação a todos os formandos do curso, falou do desenvolvimento de Ubá através das faculdades, citando em destaque inclusive a nossa FAGOC Ubá com seu novo curso de Medicina e futuramente o de Odontologia, já nos planos e sonhos da FAGOC! Ao final, após a entrega dos diplomas e discursos, os alunos posaram para fotos oficiais, com amigos, colegas de curso e autoridades. E finalizando, como gesto de carinho, reconhecimento e gratidão à equipe, a Dr.ª Evelyn Rezende Lacerda fez homenagem a todas as assistentes do seu consultório, em especial à Vanessa Loiola de Souza, e seu marido Hésio. O Coordenador do Curso, Dr. Hésio, encerrou a sessão solene. Em seguida, todos voltaram ao terraço do Hotel Saint German, onde brindaram em um fino coquetel no ambiente externo. O Buffet Pérola da cidade de Visconde do Rio Branco é que assinou o paladar desta brilhante noite, que teve “Bem Formados” de Isabela Groppo e a sonoplastia profissional para cerimônia e ambiente do F3 Studio, de Flávio Caneschi. A coluna aplaude os formandos e aos professores pelo excelente resultado!
Os coordenadores, professores Dr. Hésio Magri de Lacerda e Dr.ª Evelyn Júri de Lacerda.
Dr. Roberto Furtado de Carvalho (orador da turma).
Emir Rezende com a esposa, Natálya Dias Rezende, e a Sr.ª Alicia Juri.
Prefeito de Ubá, Vadinho Baião, discursando.
O colunista com os anfitriões durante o fino coquetel.
Dr. Hésio encerrando a cerimônia.
Valdir Rezende entregando homenagem ao protético Rodrigo Pires Pereira.
Formandos posando para foto após a cerimônia.
As colaboradoras da Clínica do Dr. Hésio e Dr.ª Evelyn sendo homenageadas.
Os professores, Hésio e Evelyn, felizes na presença dos filhos Hesinho e Lilian Juri Lacerda.
Dr. Hésio e Dr.ª Evelyn com Emiliana e Dr. Marcos, Prefeito Vadinho e esposa Gisela Haikal Albino. Revista Fato - Abril 2016
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Pedro Alexandre
Designer e sócio da agência ORIGEM DESIGN comunicacao@origemdesign.com.br www.origemdesign.com.br
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Como nasce um bom Designer
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esta vez quero rebater um pouco todo profissional que critica sua própria profissão. Eu sou designer e tenho em minha veia paixão pelo que faço. Desde minha juventude sempre gostei de inventar coisas novas, planejar meios para resolver problemas, corria ao encontro de papel e lápis para rabiscar, em uma tentativa de poder, no papel, enxergar as dificuldades que poderiam surgir e assim resolvê-las. Como é bom quando vemos um projeto nosso sendo comercializado pelo Brasil a fora. Me lembro de quando ainda era universitário e em um concurso para criação do selo comemorativo dos 150 anos de emancipação do município promovido pela Prefeitura de Ubá – MG, eu e meu colega Braz Gazola nos dedicamos e fomos vencedores. Foi uma grande alegria e motivo de orgulho ver nossa imagem se tornar o carimbo oficial dos correios no ano de 2007 e ser enviado para todos os cantos do país, e hoje ainda me emociono ao ver o monumento na rodoviária da cidade, da mesma forma que me orgulho por tantos outros projetos que se tornaram finalistas em grandes concursos de Design. Mas toda esta paixão foi alimentada por bons professores que todos os dias na faculdade diziam amar o que faziam e nos estimulavam a sonhar em ser cada vez melhores. Quero aqui destacar alguns desses professores que guardo com muito carinho e respeito, são eles, Mauro Bicalho, Marco Túlio, Marcia Rangel, Igor Rios e Roberto Werneck, sendo este último, para mim em especial, grande referência de profissionalismo. Este ano tive a alegria de ingressar minha filha mais nova no curso de Design pela UEMG, e peço a Deus que ela tenha a mesma sorte que eu, de se deparar com professores que a estimulem como eu fui. É muito triste entrar em uma sala onde tudo que importa é o dinheiro, sei que é essencial para vivermos, mas de que vale todo dinheiro se não estamos fazendo algo que gostamos? Tenho certeza que todo designer que ama o que faz terá sempre seu espaço, e por mais que o dinheiro não venha com toda abundância desejada, este carregará dentro de si a satisfação da realização a cada projeto concluído com sucesso.
“No vocabulário da maioria das pessoas, design significa aparência. É decoração de interiores. É o tecido de cortinas, do sofá. Mas para mim, nada poderia estar tão longe do significado de design. Design é a alma fundamental de uma criação humana, que acaba se expressando em camadas externas sucessivas do produto ou serviço.” Steve Jobs
“Design dá ao mundo algo que ele não sabia que sentia falta.” Paola Antonelli
“Design é a busca constante da forma, uma forma de sensibilizar a alma.” Farah Bucater
Quero para os próximos meses, trazer o nome de um designer e falar um pouco de seu trabalho. Para próxima edição vamos começar com 28
Revista Fato - Abril 2016
Fato Especial
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“Fato Especial” do mês surgiu em nossa reunião de pauta como uma grande idéia: “Vamos falar sobre pessoas negras que marcaram sua posição na cidade de Ubá e contribuíram para a história e evolução desse povo!”. Genial! Afinal de contas, temos aos montes grandes nomes para convidar, com trajetórias belíssimas, cheias de luta, garra e verdadeiras provações de vida. Enaltecer o trabalho dessas pessoas é uma honra para nós! Após uma postagem no Facebook, onde pedimos aos nossos leitores algumas sugestões de personalidades para fazer o convite, nos deparamos com uma lista cheia de possibilidades. Infelizmente não é possível colocar todos quem queríamos ao mesmo tempo, por questões de tempo, espaço e logística. Aos poucos, a maioria que for possível será lembrada e com carinho divulgaremos mais sobre suas ações ao longo dos anos. Com isso, iniciamos nesta edição uma série de reportagens onde traremos negros e negras contando suas emocionantes histórias, como reagem ao preconceito da sociedade e como trabalharam, e ainda trabalham, para ser sempre alguém melhor, independente das dificuldades enfrentadas. Acompanhemnos nesta viagem no tempo até os dias atuais! Apostamos que vocês conhecem essas pessoas ao menos de vista ou de nome, pois eles deixaram suas marcas em inúmeros ubaenses.
JOSÉ DO CARMO DE ARAÚJO O Historiador especialista em história da África e do Estado de Minas Gerais, José do Carmo de Araújo, já publicou dois livros e mais de 200 artigos, conseguindo emplacar seu trabalho na região, no Brasil e em alguns países africanos de língua portuguesa. Apesar do histórico influente, uma das principais virtudes que podemos observar em seu comportamento é a sincera humildade. 30
Foto: Servando Lopes
AS CONQUISTAS DA
Nascido em Ubá, filho de Maria da Glória Cipriano de Araújo e Francisco André de Araújo, já falecidos, ele nos conta que teve uma infância tranquila, jogando futebol e brincando como uma criança normal, possuindo sempre criação muito rigorosa. “Família é tudo! Minha família é muito unida. Meus pais deixaram um legado importante não apenas para os filhos, mas também para Ubá, no que diz respeito à prestação de serviços sociais. Haja vista que temos uma rua com o nome de meu pai, a Rua Francisco André de Araújo, no Centro, e outra com nome de minha mãe, a Rua Maria da Glória de Araújo, no Bairro Altair Rocha. É um grande orgulho para os filhos”, declara. Seu primeiro trabalho foi aos 12 anos de idade como office boy em uma clínica médica e de psicologia. O objetivo era juntar dinheiro para tirar sua carteira de motorista. Sua formação religiosa foi o Catolicismo e durante a adolescência participou do Movimento Vicentino, sempre estudando, trab-
alhando e integrando grupos de jovens. “Também joguei futebol nos times Industrial e Bonsucesso, onde fomos campões juniores”, recorda. Entre os trabalhos desempenhados nessa época, ele nos conta que ainda foi vendedor de picolé, trabalhou numa fábrica de calçados como cortador e também no departamento de vendas da antiga loja de jeans Wembley, intercalando a todo tempo trabalho e estudo. “Me formei em História na cidade de Juiz de Fora e hoje sou historiador”, fala. Apesar de muitos o conhecerem como professor, ele explica que atuou em tal segmento por pouco tempo, pois as pesquisas lhe chamaram mais atenção, além das oportunidades terem surgido em maior quantidade nesta área. “Voltei para a sala de aula apenas quando fui convidado a ministrar alguns cursos de capacitação em história da África, minha área de maior atuação nas pesquisas, para professores na cidade de Viçosa”, esclarece. Sobre os ensinamentos adquiridos e toda a experiência vivida neste tempo, ele diz que já fez registro histórico em todas as regiões do Estado e conheceu mais de 400 cidades apenas em Minas Gerais. “Aprendi a conhecer melhor as pessoas e fazer uma leitura das barreiras que há entre a ignorância e a razão”, fala sobre a bagagem. “Minha vida é como a de muitos negros que buscam fazer seu trabalho da melhor maneira todos os dias. Precisamos demonstrar que somos bons no que fazemos para que as pessoas não tenham dúvidas do nosso valor profissional”. A necessidade de tal demonstração faz parte do preconceito racial que é tão presente em nossa sociedade, mesmo que muitas pessoas que se fazem de “cegas” não consigam identificá-lo nas entrelinhas de atitudes e opiniões. Tendo vivido isso na pele, José do Carmo afirma sem rodeios: “Não apenas enfrentei, como continuo enfrentando muitos desafios. Há um ódio racial silencioso no Brasil e no mundo. As pessoas têm dificuldade de aceitar a evolução social do negro porque não perderam o ranço escravocrata. “Atualmente, o preconceito é tão latente Revista Fato - Abril 2016
para realizar seus objetivos: “A capacidade de mutação e de transformar sonhos em realidade”.
DEMAR DO CHUP-CHUP Apesar dos nomes não serem muito diferentes, a maioria das pessoas conhece Ademar Carlos Nogueira de Brito como simplesmente “Demar” ou “Demar do Chup-Chup”. Esse cara é famosíssimo em Ubá, não apenas pelo comércio dos deliciosos chupchups que realiza há anos, mas também pelo seu trabalho como DJ e animador de festas. Na verdade, a cima de qualquer detalhe, Demar é conhecido por sua contagiante alegria de viver. Um homem que está sempre sorrindo apesar das muitas dificuldades enfrentadas! “Comecei a trabalhar ainda criança, pois perdi meus pais muito cedo e tive que ajudar meus irmãos e ter dinheiro para comprar minhas coisas. Com isso não tive muito tempo para brincar e o pouco que gastei foi jogando figurinhas perto de casa”, conta Demar sobre suas origens. Segundo ele, na infância fabricava pipas e papagaios para vender, além dos puxa-puxas de caramelo e algodão doce, até chegar onde está atualmente, com os chup-chups e o exercício de DJ. De forma descontraída, ele nos conta que
Foto: Fotografe
como era nos tempos passados. Em nada mudou. É apenas mais silencioso por causa das leis vigentes. Os negros continuam sendo discriminados, o que acontece hoje é que há um grande número de hipócritas em nosso meio”, declara. Exemplificando a necessidade de mudança desta situação, ele pontua que mais de 50% da população brasileira é negra. Entretanto, as políticas públicas são advindas de leis que são promulgadas, sancionadas e revogadas sem serem cumpridas. “As mudanças só poderão ocorrer com reformas na educação de base e com maior representatividade dos negros nas Câmaras Municipais, nas Assembléias Legislativas e no Congresso”, diz. A respeito da forma que ele assume diante de todo o preconceito, José conta que sempre se posicionou com personalidade e nunca admitiu o comportamento racista por parte das pessoas. “Minha reação diante de preconceituosos sempre foi a mesma: combativo, embora eu os considere doentes e infelizes”. Para finalizar, ele diz que a principal lição que aprendeu na vida é que “todo cuidado com o ser humano é pouco e que estamos numa sociedade que não admite a ascensão social do negro e se esquece de que foram eles que ajudaram a construir este país”. Entre as principais virtudes que o homem necessita
adorava dançar na época de adolescente (“E até hoje dou uns pulos!”, risos), algo totalmente entendível vendo o quão animado Demar é! “Eu ainda jogava bola e gostava de namorar um pouco...”, diz, frisando que fazia tudo isso sem deixar de trabalhar! “Dignidade e caráter acima de tudo!”, afirma com convicção. Sobre sua popularidade na cidade, ele responde humilde e brincalhão: “Não sei se sou famoso,
mas as pessoas acham que sim. Às vezes até me confundem com o Reynaldo Gianecchini e pedem autografos na rua”, diz aos risos. “Eu acho que o que me dá destaque e reconhecimento acima de qualquer coisa é minha alegria, pois mesmo diante às dificuldades da vida sempre estou sorrindo e alegrando todo mundo. O meu trabalho também ajuda, pois quando estou vendendo chup-chup ou animando festas, tenho que me comunicar com todos e isso eu amo fazer”. Ao questionarmos a respeito do preconceito racial, Demar diz que, por incrível que pareça, até hoje não se deparou com alguma atitude grave vinda das pessoas, mas que leva pequenos comentários maldosos na base da brincadeira. “Sempre com a cabeça erguida e sorriso no rosto. Nada abala minha alegria interior”, declara. “Nunca entendi qual o real sentido do preconceito. As pessoas deveriam aceitar umas às outras como são, afinal somos todos iguais”, ele opina. Encerrando, Demar diz que hoje em dia está tudo “tranquilo e favorável”, nunca deixando o bom humor de lado. Para o futuro, ele almeja construir mais dois cômodos em sua casa, pois atualmente possui apenas dois. Ele também pretender se casar. Sua futura esposa é a atual companheira, Vilma. Hoje se sente feliz com o relacionamento, principalmente pelo fato de que no passado foi traído por sua antiga
parceira. “Me inspirei e fiz uma música, o ‘Rap do Chifrudo’, que teve várias visualizações no meu Facebook”, conta, acrescentando que o relacionamento gerou dois filhos, Tais, com 23 anos, e Tulio, com 20. Demar ainda tem um lindo netinho, o mais recente orgulho da famíia, que fez dois aninhos agora em abril. “Dificuldades eu enfrento ate hoje, mas procuro sempre dar a volta por cima. É como costumo falar com as pessoas do fundo do meu coração: ‘dinheiro eu não tenho não, mas alegria eu tenho para dar e vender”.
Foto: Fotografe
Fato Especial
MARIA CÉLIA DE OLIVEIRA Maria Célia de Oliveira é coordenadora da Associação Cultural de Combate à Discriminação Racial Solano Trindade – AST, estando desde a adolescência envolvida com trabalhos sociais e na luta contra o preconceito de raça. Nascida em Guidoval - MG, com pouco mais de 3 anos de idade Maria e sua família se mudaram para Rodeiro, onde viveram até 1977. Ela nos conta que teve uma infância comum, assim como o início da juventude. Vivendo na Zona Rural, Célia aprendeu admirar a natureza com tamanha exuberância entre flores e frutas de variados
tipos e qualidades. Ela conta que sua mãe, Maria Albino de Oliveira, era grande conhecedora do folclore brasileiro, dos cantos e histórias. “Nos contos de mamãe, ela dizia que nossa família não permitia o relacionamento com um negro, que posteriormente se tornou meu
pai, Joaquim Felício de Oliveira. Ela defendeu sua vontade com capacidade e argumentos contundentes. Nos ensinou que nunca devemos aceitar qualquer forma de preconceito. Não podemos ser humilhados por sermos pobres ou negros. Esta era nossa lição de casa, para os cinco irmãos. No decorrer da vida tentei aplicar o que nos foi ensinado”, classifica Maria Célia. E seguindo a lição que seus pais pregavam, ela prosseguiu. Maria começou sua militância social aos 16 anos de idade, na comunidade “Moradinha”, onde vivia. Anos depois, em 1988, na Pastoral de Jovens, ela foi levada pelo Cônego Sebastião Jorge para participar de um encontro Diocesano. “Lá tive uma experiência marcante para o âmbito social e político – foi aí que tudo começou”, conta. “Em 1990, iniciei na política com grande vontade de ver nossa cidade crescendo. Cheguei à presidência do partido. Junto de amigos e amigas comecei a convidar filiados e então formamos um belo quadro de militantes. Um dos trabalhos que muito me orgulhei foi ter sido a primeira Coordenadora do Conselho Comunitário da Comunidade Ponte Preta, pertencente à Paróquia do Rosário, na ocasião sobre a orientação do Conêgo Alexandre dos Santos Ferraz. Me alegro pelas pessoas que estiveram juntas comigo, pois nós realizamos um trabalho religioso, mas também tratamos temas variados, como sociais, culturais e comunitários. “Veio os 300 anos da morte de Zumbi dos Palmares, em 1995. Então formamos uma comissão para ir a Tocantins, que contou com as participações de Irmã Marisa Costa, Antônio Virgílio e José Felício, meu irmão. Em Tocantins nos reunimos com o Padre Fabio Gardoni, Nilce Machado e Margarida, já falecida. Celebramos os trezentos anos da morte de Zumb. Frei José Roberto, que estava em Ubá, então me disse: ‘não adianta apenas celebrar, é preciso fazer um trabalho de formação para o povo negro’. “No momento não existia nenhum tipo de formação que visassem políticas públicas para o povo negro. Ele conversou com o Frei David dos Santos Raimundo para nos ajudar neste processo de formação. Foi então em 1997 que fizemos o primeiro Encontro Regional ministrado pelo Padre Sebastião Teixeira Filho Salesiano, de BH, com representantes negros vindos de onze cidades para participar. De lá pra cá não paramos...” Assim, nasceu a Associação Cultural de Combate à Discriminação Racial Solano Trindade – AST, da qual Maria Célia é coordenadora. “Ajudamos na primeira Conferência de Promoção da Igualdade Racial de Ubá. Participei da conferência estadual e nacional. Ajudamos também na primeira conferência de Cultura de Ubá. Fizemos o Fórum Social Cristão, seminários com temáticas variadas e ajuda na fundação do IMLOR”, ela resume o trajeto percorrido. Na AST são realizadas reuniões mensais da coordenação e convidados, oficinas de flauta, oficinas de artes, oficinas de capoeira, reuniões de autoajuda, auxílio às famílias de baixa renda em parceria com a Pastoral da Criança, fóruns de formação, seminários, debates e cursos de formação. O objetivo seria contribuir para a formação local, incentivar o intercâmbio de grupos nas regiões, buscar maior conhecimento e, consequente, a participação das pessoas no processo de superação da marginalização sociocultural da população afro descendente e das minorias em geral, promover o voluntariado, o desenvolvimento econômico, social e o combate à pobreza entre os afro descendentes e as minorias. A sede da associação fica na Rua Joaquim Pereira, 141, Bairro Meu Sonho, Ubá – MG e você pode dar uma passada por lá, ou entrar em contato, para conhecer melhor o trabalho realizado. Encerrando esta etapa das reportagens especiais, Maria Célia fala sobre os maiores ensinamentos que adquiriu na prestação de tais serviços. “Aprendi a nunca desanimar diante das dificuldades, pois nossos antepassados resistiram. É por eles que estamos aqui, portanto devemos a eles nossa liberdade. Devemos olhar o passado para dar passos em direção ao futuro. E ouvir os jovens! Pois eles possuem grandes componentes: coragem e resistência. Quando não temos espaços devemos lutar por eles. Outro bom ensinamento veio do Padre Sebastião Teixeira filho, Salesiano que muito nos ajudou. Ele dizia assim: ‘ser negro exige estar 25 horas por dia em alerta, pois 24 horas é muito pouco’. Sinto que não posso parar! Finalizo citando Nelson Mandela: ‘Tudo parece impossível até que seja feito’”, conclui. Revista Fato - Abril 2016
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Mário Coelho
Estilista e Proprietário do Ateliê Mário Coelho Moda, Festa, Noiva e 15 Anos
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TRANSPARÊNCIA
Os vestidos de renda, muitas vezes, já vêm com um romantismo óbvio por conta do contexto em que a renda sempre foi inserida – principalmente por muitas delas trazerem desenhos de flores e outros formatos que fazem alusão ao cenário amoroso. Entretanto, quando o foco é desviado para a transparência, o vestido se alia à sensualidade. As rendas podem ser aplicadas em detalhes pensados para destacar o sex appeal, como no busto, na cintura ou nas laterais. Mas é importante não deixar o bom senso, pois a sensualidade deve estar sempre ao lado da elegância!
Foto: Fabiano Araújo – Fotografe; Make Hair: Laryssa Delazari; Modelo: Thays Dias; Vestido: Mário Coelho; Acessórios: Noiva de Laço.
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10ª Feira de Adoção
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m comemoração ao aniversário de dois anos da ONG Animajudar a 10ª Feira de Adoção de Animais, ocorrida como de costume na Praça São Januário, desta vez foi promovida em dois domingos: 3 e 10 de abril. Com a divisão de datas foi possível levar mais animais e atender uma demanda muito importante: no primeiro final de semana apenas cachorros do Canil Municipal foram direcionados à feira, em uma parceria com a SUPA – Sociedade Ubaense de Proteção aos Animais. Segundo os voluntários participantes, é muito
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gratificante possibilitar a estes bichinhos uma nova oportunidade de vida e bem-estar, uma vez que anteriormente não possuíam o aconchego, carinho e cuidados de um verdadeiro lar. Já no final de semana seguinte, todos os animais participantes foram levados de lares temporários relacionados à ONG e demais envolvidos na causa pelos animais de rua na cidade. Os peludos adotados foram para suas novas casinhas junto de seus donos, todos felizes da vida! Assim como nas edições passadas, a feira contou com o apoio da marca Royal Canin. É possível conhecer mais do trabalho da ONG
Animajudar através do perfil no Facebook, o qual pode ser acessado através do QR Code a baixo. Seja um voluntário e auxilie na causa animal! Nós ajudamos! E você, “animajudar”?
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Prata da Casa
RAFAELA NAMORATO e PEDRO PAULO ZAGUE
Os colegas de profissão fazem parte da nova linhagem de grandes jornalistas ubaenses e por isso são nossas Pratas da Casa deste mês! Na reportagem, saiba mais sobre suas histórias, a paixão que possuem pela área da comunicação, seus trabalhos marcantes e ainda o projeto experimental de Apresentação de Eventos que idealizam em conjunto.
Pedro Paulo Zague veste Rabbit Camisaria.
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Revista Fato - Abril 2016
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afaela Martins Namorato (31) e Pedro Paulo Zague (28) são talentosos jornalistas que despontaram em nossa cidade. Ambos graduados pela FAGOC – Faculdade Governador Ozanam Coelho, Pedro e Rafa são bem ativos em suas profissões. Atualmente, ele possui sua própria empresa de Assessoria de Comunicação e é Apresentador de Eventos, enquanto ela atua como Supervisora de Marketing na FAGOC, além dos demais trabalhos que a tornam uma Comunicadora, como por exemplo, ser “dona do boteco mais charmoso da Internet, o blog Boteco Feminino”, onde compartilha opiniões, dicas e informações sobre um montão de assuntos, inclusive mostrando que cerveja e mulher combinam sim e sem nenhum tipo de preocupação! A novidade do momento é o projeto onde os dois atuarão como apresentadores conjuntos de eventos. A ideia seria oferecer uma dupla de cerimonialistas que dividirão as funções, tornando o enredo da apresentação mais leve e descontraído, principalmente nos casos de roteiros muito extensos. “Fazemos um bate bola interessante, dividimos as falas, fazemos outras em conjunto e comentamos coisas um com outro... A dupla deixa tudo menos maçante”, explica Pedro.
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E sabe qual foi o primeiro evento que eles dividiram e serviu de inspiração para tal proposta? As duas últimas edições do Fato Empresarial, promovido pela “Revista Fato!”, em 2014 e 2015! Lá eles mostraram toda essa eficiência e qualidade descrita. “Longe de ser aquele chá de cadeira, nosso cerimonial é extremamente dinâmico. Fazemos questão de sermos o mais natural possível, além das interações com o público. O ideal é que quem está assistindo também se sinta parte do contexto”, conta Rafaela. Os dois já foram até cotados para comandar a próxima edição do Fato Empresarial, agendada para outubro de 2016 “Sempre admirei o talento e a garra do Pedro”, ela continua. “Ele tem o dom da palavra e, enquanto estamos no palco apresentando, ou até mesmo quando estou só de espectadora, aproveito para aprender um pouquinho”, declara sobre a parceria. Para Pedro, o feedback das pessoas pelo trabalho desempenhado o deixa muito feliz. “Nos disseram que fazemos uma boa dupla e desde então damos essa opção de contratar um casal para apresentar os eventos, assim como fazem nos grandes centros”, ele fala. O projeto ainda é experimental, mas aos poucos ganha forma. “Aguardem excelentes novidades!”, prometem. Agora vamos conhecer um pouco mais sobre a carreira do Pedro e da Lela – como ela é carinho-
samente apelidada por praticamente todo mundo – ao longo desses últimos anos. Eles se graduaram, profissionalizaram-se, desempenharam e desempenham até hoje grandes papeis. O talento e carisma que possuem de sobra são verdadeiras inspirações para todos nós, comunicadores e colegas de profissão. Então vamos lá... Com vocês, Rafaela Namorato e Pedro Paulo Zague!
LELA NAMORATO “Eu costumo dizer que existem pessoas que escolhem a área da Comunicação, e outras, como meu caso, que já nascem com essa paixão circulando nas veias”, ela abre a entrevista indo direto ao ponto. E ainda brinca: “Acredito que na ficha de registro no hospital onde nasci constava, além daquelas informações sobre como foi o parto, peso, altura e nome da mãe, a informação de que eu seria uma comunicadora” (risos). Para “piorar”, Lela ainda nos conta que é geminiana, o signo que possui como forte característica a comunicação. Obviamente outros fatores também influenciaram, como o gosto pela leitura e escrita, a paixão por estar entre as pessoas e poder conversar com elas sobre qualquer assunto e os professores, amigos e
familiares que sempre a incentivaram. Afinal de contas, Rafa se destaca neste âmbito desde criança. “Gosto muito de participar de atividades que envolvem criatividade, falar em público, contato com outras pessoas e dinâmicas de grupo”, conta. “Fazia de um tudo para atuar nos momentos cívicos, nas peças teatrais, desfiles, jograis... Tudo que envolvesse comunicação eu queria! Apresentação de trabalho para mim era uma festa... ficava tensa, ansiosa, tremia feito uma louca, mas achava aquilo tudo um máximo!”, relembra. E segundo ela, com o tempo a coisa foi ficando cada vez mais séria. Antes mesmo de entrar para a faculdade de Jornalismo Lela já fazia alguns trabalhos na área. “Sempre ouvi pessoas falando que Comunicação não dá futuro e que não tem lugar pra trabalhar. Eu, por outro lado, penso o contrário. Por isso fui à luta desde cedo! Queria logo unir a teoria à prática e isso fez uma diferença muito grande para mim”. Rafaela ingressou na FAGOC em 2005, aos 21 anos. E como já fazia parte do seu estilo, participou de tudo que a instituição pôde oferecer. “Seminários, palestras, cursos de extensão, workshops... em todos eles lá estava eu! Semana Acadêmica pra mim sempre foi a glória! Achava o máximo estar diante de tantos profissionais renomados, tendo a oportunidade de aprender com eles e me sentir ainda mais motivada a
Foto: Servando Lopes
Prata da Casa
Pedro Paulo e Rafaela apresentando o Fato Empresarial, evento realizado pela Revista Fato.
querer ir mais longe”, ela diz, acrescentando que este período foi o mais intenso de sua vida. Todos os dias havia uma novidade, fosse boa ou ruim. Ela conheceu pessoas incríveis e que a ensinaram muito. Naquele momento foi algo comple-
tamente surreal: você, de repente, se torna amigo de uma pessoa que assistia pela TV ou ouvia todos os dias nas rádios da cidade. “Um dia eu estava lendo uma reportagem e imaginando como deveria ser o processo até aquele jornal chegar às mãos das
PA R A M O M E N T O S E M O C I O N A N T E S
W W W. J U L I A N A D E S O U Z A . C O M . B R C O N TAT O @ J U L I A N A D E S O U Z A . C O M . B R (31) 99431.6896
pessoas, e no outro estava fazendo parte daquilo, conversando com o editor e até mesmo com o dono do jornal. Um dia eu era mera ouvinte e no outro locutora. Fã de uma revista e, de repente, eu era a Jornalista Responsável por ela”, recorda saudosa. Mas como na vida nem tudo são flores, ela também sofreu muito e passou noites em claro questionando se aquilo era realmente o que queria fazer. Chegou a um momento onde sábados, domingos e feriados eram artigos de luxo para ela. Horário? Não existia. (“Aliás, isso não existe para os jornalistas. Estamos ligados 24 horas!”). E ela fez questão de viver tudo intensamente! Apesar dos pesares, foi essa entrega que lhe trouxe excelentes oportunidades. Ela já atuou como assessora de comunicação da FEMUR – Feira de Móveis de Minas Gerais, através da Agência Kyko Garcia, onde também participou de diversos projetos incríveis; trabalhou na implantação do Arquivo Histórico de Ubá (“Meu orgulho!”, destaca); foi assessora de imprensa da Copasa; e agora voltou à FAGOC para ocupar o cargo de Supervisora de Marketing. Além da graduação, Rafaela ainda é pós-graduada em Assessoria e Comunicação Organizacional e Gestão da Comunicação Organizacional, e está cursando MBA em Gestão Estratégica de Pessoas e Coaching. “Busco também estar sempre atualizada e fazendo diversos cursos na área de Mídias Sociais e Marketing Digital”, ela lista sua experiência. Sobre a profissão, ela diz que em sua humilde opinião, o bom profissional da área da Comunicação é aquele que, primeiramente, gosta de gente. “Estar com as pessoas, ouvir o que elas tem a dizer e ao mesmo tempo saber o que dizer à elas”, classifica. Sem contar na ética, algo necessário para qualquer trabalho e em qualquer área, e o comprometimento, desprendimento e muita força de vontade para fazer as coisas acontecerem! “Quando amamos aquilo que fazemos a negatividade não nos alcança. Eu me firmo e digo: ‘venci como jornalista e continuo vencendo todos os dias’!”, encerra.
PEDRO ZAGUE Este rapaz sempre foi visto como o “orador” do grupo! Na família, entre os vizinhos, amigos, nas escolas em que estudou, no exército, na igreja... Ele sempre era escolhido para representar a comunicação do espaço e tirava tudo de letra! “Sempre senti facilidade para me expressar com clareza. Um dia percebi que as pessoas fogem de uma câmera e de um microfone... Então resolvi fazer isso por elas!”, ele diz. Assim como Rafaela, Pedro fala que foi a Comunicação que o escolheu. Ele nos conta que já apresentou formaturas no Batalhão, realizou peças de teatro na escola, participou de uma banda de Rock Metal onde era o vocalista, entre muitas outras ações. “Me identifiquei tanto com o curso de Jornalismo que nem sentia como se estivesse estudando. Entrei na fa-
culdade aos 20 anos e após concluir a graduação, parti para a pós em Cinema, TV e Mídias Digitais na UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora”. Sobre o período na FAGOC e as oportunidades que surgiram nesta época ele lista, inclusive, um projeto na Agência de Notícias da instituição ao lado da colega desta reportagem, Rafaela Nomorato (“Na época ela foi minha instrutora!”). Pedro desenvolveu ainda trabalhos na Assessoria de Comunicação Estratégica do Colégio Sagrado Coração de Maria, foi Locutor na rádio Líder FM - Grupo UM de Comunicação e passou pelo setor de Comunicação das Cozinhas Itatiaia, onde pôde trabalhar com outra Jornalista e grande amiga, Maria Cláudia Melo, com quem aprendeu muito. “Depois de formado passei pelo setor de marketing da fábrica Tcil Móveis, fui treinador de equipes e voz padrão de uma rede de lojas chamada Rede Minas, sempre intercalando tudo com apresentações de shows, eventos, formaturas e 15 anos”, lembra. Segundo Pedro, os trabalhos na Rede Minas foram muito marcantes, pois os áudios comerciais que gravava iam para mais de 90 cidades do RJ, ES e MG. “Minha voz rodou nas capitais e no interior e quando viajava costumava ser reconhecido pelos comerciais diferentes e cheios de humor”, conta. Ainda sobre trabalhos marcantes, ele inclui o Premio de Música Ari Barroso, onde fez par com outra grande mestra, a jornalista Andréia Andrade, profissional reconhecida com anos de Rede Globo. “Ela me ensinou a coisa na prática!”, classifica. “Outro momento especial foi a vinda do Padre Róbson de Oliveira à Ubá com a missa do Divino Pai Eterno, no Horto Florestal. Fiquei durante toda a tarde na apresentação do evento e falei para mais de 40 mil pessoas”, recorda. Quando questionamos os principais desafios dessa longa jornada, ele diz que já passou por inúmeros problemas técnicos que nenhum técnico resolveria, já levou chuva antes de um Cerimonial, já se perdeu em um treinamento no Rio de Janeiro e demorou oito horas para achar a Linha Amarela... Entretanto, o maior de todos os desafios, ele fala ter sido a falta de crença de muitas pessoas no seu trabalho como comunicador. “Infelizmente muitos empreendedores dispensam o serviço do profissional mais importante em uma empresa: o cara que vai fazer um bom marketing ou que vai cuidar da comunicação interna, por exemplo. Infelizmente nossa área ainda é tratada por muitos como supérflua. Mas está mudando, a coisa já foi pior”, expõe. Para finalizar, ele diz as características que um bom profissional da área de Comunicação precisa ter para se destacar e dar conta do recado: “Acho que ser desinibido e principalmente empreendedor é o principal. Você vai precisar da técnica, mas provavelmente vai ter que criar oportunidades e serviços. O mercado de hoje abraça quem cria e está sempre aberto para quem faz algo diferente”, pontua. Revista Fato - Abril 2016
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Assessora de eventos a frente da empresa Fama Cerimonial. Há 7 anos atuando na cidade de Ubá.
Mariana Lima
ONDE SERÁ A
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o definir o local de seu evento, aniversário, casamento, bodas, formatura, entre outros, é muito importante considerar alguns aspectos para garantir o sucesso da festa e sua tranquilidade e satisfação. Como começar? Com o apoio de um profissional assessor de eventos, você terá a possibilidade de avaliar e refletir sobre o local a escolher, otimizando cada detalhe para aumentar o sucesso da escolha. Qual o estilo da festa? Será em local aberto ou fechado? O sol estará muito intenso? Será que vai chover? O acesso é fácil? O estacionamento tem quantidade adequada de vagas? O local está dentro do orçamento disponível? Ao solicitar o orçamento e entender todos os custos implicados neste item, fica mais fácil comparar os preços para uma avaliação justa. Você vai casar em uma Igreja?
Dê preferência aos locais mais próximos facilitando o deslocamento dos seus convidados. Qual o perfil de seus convidados? Se sua lista tem idosos ou cadeirantes é necessário escolher um local com acessibilidade para não gerar desconfortos. E o número de convidados? O local comporta todos que você irá convidar? Eles estarão bem confortáveis? Terá assento para todos? Ao visitar os locais selecionados, é imprescindível observar as instalações. O piso tem irregularidades que poderão causar algum risco? Há saídas de emergência bem sinalizadas? É importante dar atenção também à cozinha. Ela deve oferecer condições adequadas ao Buffet para trabalharem com segurança e prestarem um serviço de qualidade. Fogões, freezer, água potável e espaço suficiente fazem toda a diferença. Outro item a destacar são os banheiros. Eles devem ser acessíveis e em quantidade suficiente para o número de convidados, bem como ter instalações sanitárias boas, conservadas e mantidas limpas. Em
dias de apagão o gerador de energia torna-se necessário, principalmente caso a região onde for acontecer a festa tenha um histórico de falta de energia frequente, ainda mais em épocas de chuva. Preze pela segurança dos seus convidados. Atente para assaltos e/ou roubos de carro. Seus convidados irão comparecer sem medo de ficar muito tempo no trânsito ou ser assaltados. Verifique se a acústica do ambiente é compatível com a música contratada, seja uma banda, som ambiente, etc. Verifique também se há camarim ou se será necessário a montagem de um espaço de apoio aos músicos e artistas contratados. Em qual estação climática acontecerá o casamento? Estará frio ou fazendo intenso calor? Confira se o ambiente é climatizado, se tem ventiladores e cobertura em caso de chuva. Após avaliar todos os itens e planejar todos os detalhes, escolha o local de sua preferência que seja a cara da sua festa e dos seus convidados! Sucesso garantido!
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FEMUR - 2016
INTERSIND
APRESENTA PROJETO da Femur
2016
O evento contou com café da manhã para mais de 100 convidados, apresentação do histórico de desenvolvimento comercial e polo moveleiro de Ubá e região e esclarecimento de detalhes sobre a Feira de Móveis de Minas Gerais, que neste ano acontece de 9 a 13 de maio
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a manhã de 29 de março, o Intersind - Sindicato Intermunicipal das Indústrias do Mobiliário de Ubá promoveu a abertura e apresentação da Feira de Móveis de Minas Gerais - Femur 2016. O evento aconteceu na nova 44
sede da instituição, localizada no Horto Florestal, onde compareceram cerca de 115 convidados entre empreendedores do segmento moveleiro, empresários de outros setores, representantes de instituições parceiras do Intersind e do poder público e alguns membros da imprensa local, inclusive a Revista Fato!.
Na oportunidade, o atual presidente do Intersind, Aureo Calçado Barbosa, divulgou as principais estratégias para a execução do evento, bem como as expectativas para a feira. “Estamos desenvolvendo uma estrutura mais confortável e prática. Neste ano, temos a missão de consolidar a imagem da Femur Revista Fato - Abril 2016
Servando Lopes
Adriano Barbosa, Aureo Calcado, Edna Contin Barbosa e Carolina Contin Barbosa.
nacionalmente como um dos principais eventos do segmento moveleiro de todo o país”, explica Aureo Calçado Barbosa. Além da apresentação do presidente, o evento contou com as exposições da Coordenadora de Comunicação da feira e Diretora da agência 22 Graus Comunicação e Marketing, Denise Botelho, e da consultora em gestão ambiental da Femur 2016, Shaísta Lessa. Para a sua 12ª edição, a Femur, que acontece entre 9 e 13 de maio, prevê a geração de cerca de R$300 milhões em negócios para expositores de
Da esquerda para direita Elcio Fonseca, Evandro Pinto, Celio Rufato, Leonardo Lopes, Aureo Calçado, Roberio Teixeira, Michel Pires, Adenilson Rodrigues e Fernando Melo.
várias regiões do país. Em entrevista à Revista Fato!, o prefeito Vadinho Baião disse que em meio a esta crise econômica precisamos de pautas mais positivas como a Femur. “A feira cria empregos pra cidade. A Femur é muito importante para nós, uma vez que a industria moveleira é um ponto econômico muito importante em Ubá. O sucesso da feira será também o sucesso da nossa cidade e região. As expectativas são as melhores possíveis! Fico satisfeito quando vejo otimismo com relação à feira. É isso que precisamos para nosso país.
Dizer que a economia está ruim é algo que estamos cansados de ouvir. Nós queremos agora é vencer essa crise”, ele declarou. No site da Femur (femur.com.br) é possível conferir todos os detalhes da 12ª edição da feira, manual do expositor, informações sobre a cidade de Ubá, serviços de hospedagem, translado e muito mais. Acesse pelo QR Code:
Lukas Lima & Rafael
Capa
Os meninos estão cheios de novidades! Músicas autorais já lançadas, videoclipe, shows espalhados por todos os cantos, muitos planos para 2016, uma nova canção, “To Bebendo e Beijando”, já agendada para ser lançada em maio e até mesmo um “novo Rafael” integrando o grupo! 46
Revista Fato - Abril 2016
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uem estampa a 53ª capa da Revista Fato! neste mês de abril é a dupla “Lukas Lima & Rafael”! Foi com respeito e carinho que os convidamos para contarem a todos quais serão os próximos passos da dupla e esclarecerem algumas questões, como a mudança do antigo integrante Rafael Lara, companheiro de palco de Lukas, para o novo segunda voz, Renan Soares. Você confere todas as informações no decorrer da reportagem! No momento, a dupla celebra o reconhecimento e aumento da popularidade que têm ganhado pela cidade e região na medida em que desempenham um ótimo trabalho. No dia 9 de março, eles abriram o show mais safadão que Ubá já sediou, aquecendo a platéia e botando todos pra cantar e dançar antes da atração principal, o cantor sensação do momento, Wesley Safadão, no Horto Florestal. Quem estava lá pôde sentir a energia contagiante da dupla! E é com essa energia que eles querem marcar sua presença no universo musical! Conheça um pouco mais sobre as raízes do grupo e saiba das novidades acompanhando a reportagem:
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O INÍCIO Antes de “Lukas Lima & Rafael” a banda se chamava “TXR” e surgiu quando Lucas Teixeira, o “Lukas Lima”, junto de mais quatro primos, formou um grupo para tocar no aniversário de uma tia, em Rodeiro, há alguns anos atrás, ainda sem Rafael. Nessa época, a banda investia num som voltado para MPB e rock nacional. Depois do aniversário, eles decidiram se apresentar mais vezes. Foi então que em um dos ensaios o antigo segunda voz, Rafael Lara, apareceu como amigo em comum dos integrantes e participou do ensaio emprestando seu talento. O acréscimo casou tão bem que eles o convidaram para participar efetivamente, mudaram o nome para “Lukas Lima e Rafael” e repaginaram todo o repertório acrescentando sertanejo universitário a fim de conquistar um público maior. Durante aproximadamente 3 anos eles estiveram em estrada tocando em bares, casas de show, abrindo para artistas locais e da região, fazendo apresentações em festas de aniversário de cidades e marcando o início de uma trajetória de suor e sucesso. Entretanto, no ano passado uma mudança inesperada os forçou a tomar uma importante decisão. O antigo Rafael almejou realizar novos projetos
pessoais e anunciou sua retirada do grupo. Em comum acordo ele fez mais alguns shows até conseguirem um “novo Rafael” – Renan Soares é seu verdadeiro nome. “Procurávamos uma pessoa que executasse bem a segunda voz e tivesse um timbre que se encaixasse com o meu”, conta Lukas Lima. “O Renan já fazia segunda voz em outra dupla, então fizemos contato, ele aceitou e foi acolhido pela nossa família”. Ele explica que o projeto continuará se chamando “Lukas Lima & Rafael”, mesmo o novo integrante sendo “Renan”, pois o nome já se fixou e a dupla criou sua identidade. “Mudar seria desnecessário”, afirma Lukas Lima. Conheça mais sobre Lucas e Renan nos perfis da entrevista. Em seguida, confira na íntegra a entrevista exclusiva que eles concederam à Revista Fato! e fiquem ligados nesta duplinha, pois já prevemos que eles serão os próximos a estourar por aí!
Entrevista Para quais nomes a dupla já abriu shows desde as primeiras apresentações? Em quais estados brasileiros vocês já foram? Abrimos shows de grandes artistas nacionais do momento, como Denis Dj, Bonde do Tigrão, Henri-
Capa que & Juliano, Wesley Safadão, entre outros nomes menores. Além da Zona da Mata Mineira já nos apresentamos também no estado do Rio de Janeiro e Espírito Santo. Quais foram os momentos mais marcantes da dupla? O lançamento do nosso primeiro videoclipe da música “Meu Foco” foi um momento muito marcante pra nós. Tinham várias pessoas na expectativa e foi um sucesso! A abertura do show da dupla Henrique & Juliano e do Wesley Safadão foram também sem dúvidas momentos inesquecíveis e únicos. Fale sobre os trabalhos autorais da dupla Lukas Lima & Rafael. No momento já lançamos duas músicas, “Meu Foco”, que conta com videoclipe, e a música “Em Frente ao Espelho”. Em maio deste ano lançaremos também nossa nova canção, “To bebendo e beijando”. As músicas são compostas pelos mesmos nomes que já compuseram Gustavo Lima e Jorge e Mateus. Nós adquirimos deles o direito de apresentar essas músicas. Estamos gravando nossas faixas na cidade de Juiz de Fora, com a galera do Studio Via 3. Os clipes é com a Authorar Filmes, também de Juiz de Fora. Nome completo: Lucas Teixeira Lima; Idade: 18 anos; Signo: Peixes; Cor favorita: Vermelho; Inspirações musicais: Cristiano Araujo. Sua voz, suas músicas e seu carisma sempre me inspiraram muito. Para mim e para a música brasileira foi uma perda muito grande sua partida precoce... Um dos meus sonhos era dividir o palco com ele; Um destino de viagem: Barcelona – Espanha; Significado de família: A base de tudo; Deus: Amor incondicional e sustentáculo de nossas vidas; Sucesso: Quando nós fazemos o que amamos podemos assim dizer que já alcançamos o sucesso. O reconhecimento não vem por acaso, é pelo trabalho, empenho, dedicação, persistência, alegria e muita fé; Um sonho: Levar minha meu som e alegria para todo o mundo e trabalhar sempre com o que eu amo fazer: música. 48
Assista o videoclipe de “Meu Foco” acessando o QR Code: Quais os maiores desafios que vocês enfrentam nesta empreitada? Lukas Lima: Quando começamos na música eu e meus primos tínhamos em média 11 anos. Sendo assim, éramos, e ainda somos, muito novos. Muitas vezes quando chegávamos em determinado local pra fazer um show as pessoas que não nos conheciam duvidavam da banda e do nosso potencial. Aos poucos fomos ganhando espaço e demonstrando nosso talento. Renan: No meu caso em específico é o pouco tempo para visitar minha família, já que eles moram muito longe de Ubá e temos feito show todos os finais de semana. (Moram em Sericita - MG). Mas quando se faz o que gosta, as dificuldades são facilmente superadas! O que aprenderam ao longo deste tempo de experiência nos palcos? Lukas Lima: Particularmente, como já estou na estrada há quase sete anos, já aprendi e vivenciei muitas coisas. Fui aperfeiçoando minha presença de palco, aprendi os momentos certos de serem feitas e faladas certas coisas, perdi a vergonha de me expressar,
Nome completo: Renan Henrique Soares Sampaio; Idade: 22 anos; Signo: Gêmeos; Cor favorita: Vermelho; Inspirações musicais: Di Paullo & Paulino, Eduardo Costa, Gustavo Lima, Daniel, Chitãozinho & Xororó, Joanes Coelho Sampaio (meu pai), entre outros; Um destino de viagem: Porto Alegre; Significado de família: Acolhida, base; Deus: Amor, Pai, Protetor, Criador de todas as maravilhas do mundo e de todos os dons; Sucesso: Reconhecimento de um trabalho bem feito; Um sonho: Ter uma vida financeira estável, formar família, ser um cantor reconhecido nacionalmente, contar minha história de vida em um livro. Revista Fato - Abril 2016
aprendi a ser mais comunicativo e nesses aspectos sempre procuro ver outros artistas para me espelhar e melhorar cada dia mais! Renan: Postura e o principal: manter a humildade sempre! Pergunta direcionada à Renan: Como tem sido dividir o palco com o Lukas Lima? O Lukas é um cara fantástico, super talentoso, nasceu pra ser artista! Considero ele mais que um parceiro de palco. É um amigo, um ídolo! Sempre me orienta, me incentiva e me ajuda a melhorar cada dia mais. Graças a Deus nossa convivência é perfeita! Como tem sido a recepção da banda pelo público? Graças a Deus nesses últimos anos conquistamos muitos fãs. O carinho das pessoas conosco vem sendo notório e nos deixa imensamente felizes. A galera está sempre comparecendo nos nossos shows, cantando e dançando com a gente as nossas músicas e nos motivando a buscar fazer sempre o melhor. Qual o diferencial da dupla “Lukas Lima & Rafael”? O que há de mais marcante no estilo de vocês?
O nosso diferencial é que em todo show temos muitas músicas diferentes. O show nunca é o mesmo. O mais marcante da nossa banda é tocarmos todos os estilos musicais, buscando agradar o público em geral. Fale um pouco sobre a apresentação na Segunda Dose do Papo de Buteco, evento realizado pela Revista Fato! em 12 de março. O que mais marcou neste momento? Quando recebemos o convite da Revista Fato! para nos apresentarmos no “Papo de Buteco” ficamos super felizes, pois sabíamos que a primeira edição foi um sucesso e que todo mundo estava super ansioso pela Segunda Dose. Dividir o palco com nossos amigos, Netto & Leo, foi e sempre será uma honra. Foi uma festa incrível, parabéns a todos envolvidos na organização do evento! Quais são os planos para 2016? Pra 2016 o projeto é, além de lançar novos videoclipes, expandir nosso trabalho para outras regiões. Está em pauta também a gravação do nosso primeiro DVD e estamos trabalhando ainda pra lançar nosso CD com as músicas autorais. Se Deus quiser vai sair tudo conforme o planejado. Vem muita novidade por aí!
Conheça mais sobre o “novo Rafael”. Sou natural de Sericita-MG. Sempre apaixonado por música, desde os 8 anos de idade eu fazia “showzinhos” na escola. Ali nasceu o sonho de um dia pisar em um palco de verdade como cantor! Sempre fui incentivado por meus pais. Na família paterna, dos nove irmãos, sete tocam algum instrumento musical e meu pai, que toca violão, me ensinou a tocar quando tinha 12 anos de idade. Aos 13 anos, minha mãe me presenteou com um violão para que eu me aperfeiçoasse. Sou fã da cultura raiz, moda de viola, mas meu gosto músical é bastante eclético.
Formação: Vocal: Lucas Lima e Renan Soares; Guitarra/violão: Luiz Fernando Teixeira; Violão: João Paulo Teixeira; Baixo: Rogério Oscar de Paiva; Bateria: Sérgio Reis; Teclado: Pedro Emílio; Sanfona: Evaldo Freitas; Percussionista: Eduardo Teixeira; Produção: Luiz Carlos Lima; Assessoria de Comunicação: Rafaela Gonçalves.
Universo Dele
Meu
CARRO Sabe aqueles caras que aparentam ligar mais pros cuidados do carro do que de suas namoradas? Aquele tipo que só sai pra passear no final de semana depois de dar uma geral no possante? Limpam toda a sujeira, passam pretinho nos pneus, lustram o interior do veículo, o deixam brilhando! Alguns deles até brigam quando alguém entra sujando todo o tapete de areia. Se bater forte a porta ao fechá-la? “Tem geladeira em casa não?!”, eles perguntam. E quando o tempo vira pra chuva e o carro está limpinho? Ih! Nem da garagem ele sai!
É
muito amor e zelo que esses fanáticos por carros têm! Eles justificam o comportamento dizendo que não é por mal, afinal de contas cuidar do veículo o deixa em boas condições de uso, aumenta sua durabilidade e automaticamente mantém um bom valor na hora da revenda. Mas, sem sombra de dúvidas, o sentimento primordial que move estes donos é o enorme carinho que sentem por suas máquinas – tem carro que ganha até nome! O Volkswagen Gol Geração 4 do Sérgio Francisco Gomes, 23, por exemplo, é todo equipado, está sempre limpinho e é muito querido. “Este é meu hobby, minha distração. Quando chega o final de semana vou direto lavar meu carro. Gasto mais de 4 horas fazendo isso”, ele conta sobre os cuidados. E a limpeza não é sua única preocupação: “Cuido desde documentação, mantendo-a em dia, manutenção, como verificação de óleo, do reservatório de água do radiador e do limpador, calibração dos pneus e atenção ao dirigir para não cair em buracos e amassar ou empenar as rodas e estragar a suspensão”, explica.
Thiago de Souza Machado (19) e seu Karmann Ghia 1970. Revista Fato - Abril 2016
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Álvaro Azevedo Martins (40) e seus Opalas, à esquerda o Diplomata Coupe 1981 e à direita o Diplomata SE 1988.
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23) e seu Volkswagen
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Segundo Sérgio, o motivo de tamanha preocupação é o modelo 2008 ser um carro mais delicado graças aos pneus de perfil baixo, a suspensão com menor curso e o peso elevado dos aparelhos de som. Ele possui rebaixamento com molas esportivas Eibach, roda aro 18, pneu 215/45 R18, dois alto-falantes Bomber Upgrade 12, quatro cornetas Selenium d250x, dois tweeters Selenium, módulo banda 4.8 para os alto-falantes e um Pyramid 1200 para as cornetas e tweeters – “Neste carro já investi mais de R$ 7.000,00. Gasto mais com ele do que comigo”, Sérgio nos conta descontraído. E a paixão não é de agora. Tudo começou com seu primeiro carro, um Chevrolet Corsa 1996. “Desde pequeno sou ligado em carros personalizados. Então assim que comprei o meu primeiro já rebaixei e troquei as rodas”, recorda. Depois do Corsa, ele ainda possuiu um Fiat Palio 2003, no mesmo estilo todo equipado. Sérgio nos fala que gosta tanto da modalidade, que até participa de um grupo com rapazes que compartilham o mesmo sentimento por seus carros, o “Rebaixados Club”. “É uma reunião de amigos com o mesmo gosto: carros rebaixados e som automotivo. Promovemos encontros, eventos e churrascos com os integrantes, sempre buscando lazer. É uma segunda família para mim”, declara. Quando o per52
guntamos se a preocupação excessiva já prejudicou alguma vez, ele responde com sinceridade: “Costumo dizer que prefiro cuidar do meu carro do que falar da vida alheia”. Nosso próximo entrevistado, Guilherme Rodrigues Alvares, 23, também cuida de cada detalhe do seu veículo com enorme atenção. Seu modelo atual, um Volkswagen Voyage 2015, é o que ele classifica como “o carro ideal” e é daí que vem toda a cautela. “A limpeza e manutenção são primordiais. Periodicamente jogo água para retirar a poeira e quando está muito sujo lavo com shampoo automotivo. Evito uso de flanelas a seco para não arranhar a lataria. Aplico cera com proteção UV na pintura sempre que necessário. Pretinho e silicone nos pneus, artigos de borracha e plásticos do carro.
“Porém não é só com a limpeza que me preocupo. Sou muito atento quanto ao alinhamento e balanceamento no tempo correto, troca do óleo do cárter, troca dos filtros e revisões periódicas realizadas por mecânico. Gosto de analisar bem o melhor local para estacionar e não correr o risco de baterem no carro. Evito parar atrás de outro veículo em morros e locais com muito movimento ou em frente barzinhos onde as pessoas encostam no automóvel. Evito também parar em locais com risco de furto, sempre procurando uma sombra. Eu até instalei um toldo improvisado na minha garagem para ele não pegar sol”, Guilherme lista suas infinitas preocupações, acrescentando ainda que evita ao máximo transitar com o carro em áreas rurais – o que para sua noiva, Isabela, é um grande problema. Segundo ele, a parceira gosta muito de ir a sítios para festas, encontros de família e passear a cavalo, o que quando acontece, geralmente não é feio com o Voyage. “Às vezes ela bate a porta com força e eu falo, ‘Não é porteira!’. Ela reclama que passo muito tempo limpando o carro e fala que eu deveria ser menos exagerado. Mesmo assim, quando temos de ir na roça, eu escolho usar a moto”, ele fala, explicando que o trauma, além da poeira nas estradas de chão, tem origem na ocasião em que seu antigo carro, um Fiat Palio 2004, foi atingido por um coice de cavalo. “O conserto ficou muito caro”, relembra. De qualquer forma, ele não se considera um transtornado obsessivo compulsivo. “Limpo quando posso. Claro que há casos excepcionais, como quando cai algum líquido no banco. Se não limpar naquele momento, o material pode manchar e ficar com odor. Nesses casos, se eu mesmo não estiver com tempo, solicito algum lava a jato, mesmo sabendo que o
Guilherme Rodrigues Alvares, (23) e seu Volkswagen Voyage 2015. Revista Fato - Abril 2016
Arquivo Pessoal
trabalho não será executado com o mesmo cuidado e capricho”, finaliza mostrando seu grau de exigência. O empresário de 19 anos, Thiago de Souza Machado, possui um fofíssimo e estiloso Karmann Ghia 1970, cor branca. Ele e seu pai, Claudinei Pinheiro Machado, 46, também empresário, adoram carros antigos e há dois anos vêm adquirindo alguns modelos. Na garagem eles possuem 12 veículos, incluindo um Ford Mustang, um Chevrolet Fleetmaster, um Peavey KB 5, entre outros. “Todos possuem suas características originais”, os dois explicam. Pelos veículos serem antigos os cuidados para mantê-los são redobrados. “Usamos água com pouca pressão, sampoo automotivo, Cera de Carnaúba, ligamos todos eles de dois em dois dias e o principal... Temos muita paciência”, diz Thiago, acrescentando que além de gostarem desta atividade, o prazer em possuir tais carros é imenso, pois para ambos é a realização de um verdadeiro sonho. “Sempre fomos apaixonados por carros antigos. Ficávamos a noite toda assistindo programas sobre eles”, conta. Nosso último entrevistado, o psicólogo, Álvaro Azevedo Martins, 40, é dono de dois belos Chevrolet Opalas, o Diplomata Coupe 1981, cor branca, que carinhosamente ganhou o nome de “Christinne”, e o Diplomata SE 1988 sedan, cor preta, chamado “Barbarella” – sim, seus carros ganharam nomes! E
ainda temas musicais: o branco, “Still” da banda The Commodors e o preto, “Last Rebel” da banda Lynyrd Skynyrd. Suas características os deixam ainda mais especiais: “O Opala Comodoro 1981 tem motor original 2.5 com leve preparação, rebaixamento de cabeçote, carburação dupla, coletor dimensionado de competição com saída dupla cromada, amortecedores pressurizados a gás, rodas cromadas da famosa marca Scorro, volante Momo legítimo Italiano, toca fitas Albatroz II e amplificador Tojo GR 300 com câmara de eco. “O Diplomata SE 1988 é um carro original. De fábrica já era completo, contando com ar condicionado, direção hidráulica, vidros elétricos nas quatro portas, travas elétricas, retrovisores elétricos, temporizador de farol e luzes internas... Um carro de extremo luxo e com itens que não encontramos nos carros atuais. Um exemplo: saída de ar condicionado e luzes de leitura direcionadas para os passageiros do banco de trás”, conta Álvaro com orgulho. Ele esclarece falando sobre a consideração que possui pelo hobby: “O ser humano é movido por paixão. Enquanto há paixão você se dedica e se envolve. Para mim, meus carros são muito mais que um punhado de peças e engrenagens pensadas por engenheiros e técnicos. Existe uma confiança mútua!
Eu cuido muito bem deles e eles me devolvem não me deixando a pé!”. Sobre os cuidados com os possantes, ele diz que os usa em estrada de chão apenas no último caso, se possível não trafega debaixo de chuva, nem os estaciona onde tem muito sol. Ele fala ainda que os materiais de limpeza ficam no porta-malas, então sempre que necessário dá um retoque no brilho. “Uso escova de dente para limpar cantos e lugares de difícil acesso e polidor de prata para limpar o cromo dos carros”, lista. Álvaro finaliza dizendo que tem total conhecimento de todo o trabalho que possui cuidando dessas belezas e que o resultado é altamente gratificante, fazendo-o se sentir cada vez mais jovem! “Para mim, ter cuidado com algo que fez parte da história automobilística do Brasil é um dever. É preservar a história para a posteridade, mesmo que isso não signifique nada para a maioria dos usuários de seus meios de transporte”. A respeito do dinheiro investido com os veículos, ele declara que o valor foi alto, mas o considera ínfimo. “É uma escolha, e como tal, é individual. Se me deixa feliz, é isso que importa! Como sempre importou”, encerra.
Direto aos Fatos Arquivo Pessoal
Proprietários de animais de estimação sempre têm dúvidas sobre os cuidados importantes com seus bichinhos! Afinal de contas, eles são criaturas completamente diferentes de nós, seres humanos, e precisamos entendê-los para suprir suas necessidades e proporcioná-los uma boa qualidade de vida. No “Direto aos Fatos” deste mês trouxemos o Médico Veterinário, Rodrigo Willian da Conceição, graduado pela Universidade Presidente Antônio Carlos – Juiz de Fora, à frente da Clínica Veterinária ZOO CENTER há mais de 4 anos, para responder algumas questões. Ele é especializado em cirurgias de tecidos moles e realiza atendimentos de urgências, emergências e cirurgias ortopédicas de animais de companhia. O Dr. Rodrigo é ainda membro do CBCAV - Colégio Brasileiro de Cirurgia e Anestesiologia Veterinária e da AOVET - Associação de Ortopedia Veterinária. Nossos leitores mandaram algumas perguntas e ele as respondeu para sanar tais dúvidas. Confiram: Quais são as principais vacinas que o cão deve tomar? Qual a periodicidade? Essas vacinas gratuitas que são distribuídas em praças e pontos específicos são seguras? Ou o ideal seria levar o animal para vacinar em uma clínica veterinária? As vacinas obrigatórias em qualquer protocolo vacinal são a múltipla (que protege o cão contra diversas doenças, destacando-se: cinomose, parvovirose, hepatite e leptospirose) e a antirrábica. As outras vacinas devem ser definidas de acordo com o estilo de vida de seu animal, seu habitat, seu histórico e particularidades. Os cães adultos que nunca foram vacinados e os filhotes a partir de 45 dias de idade, recebem 3 doses da vacina múltipla, espaçadas de 21 dias cada e uma dose da vacina antirrábica após 120 dias de idade, mesmo procedimento adotado em cães sem histórico conhecido. Depois, anualmente, deve ser aplicada uma dose da múltipla e uma da antirrábica. Por vezes, ocorrem problemas com essas vacinas distribuídas gratuitamente e aplicadas por leigos, que já levaram cães à morte. O único profissional habilitado para vacinar seu animal é o veterinário, que antes de aplicar a vacina examina seu animal, já que um organismo enfraquecido não reage bem à vacinação.
Gabriela Mussi, 22 anos, Estudante.
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Marieta Barbosa, 46 anos, Professora.
Como posso contribuir para uma boa saúde dentária da minha Maya? Ela é uma cadela de 7 anos e os dentes já estão bem manchados. Me disseram que dar ossos pra ela roer ajuda, é verdade? E essas pastas de dentes caninas, são eficazes? Os pets devem ter seus dentes escovados diariamente. Escovas e cremes dentais específicos, que sim, são eficazes, são facilmente encontrados. Contando com estas ferramentas, basta apenas um pouco de paciência para manter limpa a boca de seu cão. Além da frequente higienização, é preciso que sejam feitas “inspeções” constantes em sua boca para que qualquer sinal de alteração ou inflamação possa ser detectado e tratado rapidamente. Alimentá-lo com rações de qualidade e oferecer brinquedos que ajudam a não acumular comidas nos dentes (como os famosos ossinhos ou bolinhas duras de borracha) também são bons complementos. No caso da Maya, é bem provável que ela tenha que fazer uma limpeza de tártaro, melhor você a levar para uma avaliação veterinária.
Tem muita gente que tem “nojo” de gato, dizendo que eles transmitem doenças entre outras coisas negativas. Isso é mito ou verdade? Seria bacana um veterinário esclarecer as coisas para diminuir a violência e aumentar o número de adoções destes animais. Isso é mito! Temos que ter em mente que qualquer animal mal cuidado, sem vacinas ou sem vermifugação, poderá transmitir doenças ao ser humano. Vale salientar que alguns cuidados sempre são necessários quando decidimos ter um animal de estimação em casa. Levá-lo ao veterinário com regularidade é fundamental para garantir a vida saudável de seu pet e de toda família.
Luciana Pacheco, 44 anos, Auxiliar de Odontologista.
Luma Candian Grizone, 23 anos, Designer de Produto.
Sempre usamos produtos de uma dose para combater as pulgas, porém, eles fazem efeito durante alguns meses (2 no máximo) e depois voltam. Existe algum remédio para eliminá-las definitivamente? Infelizmente, Luciana, não existe nada capaz de eliminar definitivamente as pulgas. Hoje, o que temos de mais moderno no mercado para cães é o Bravecto, um comprimido mastigável que protege contra pulgas e carrapatos por 3 meses. Mas é fundamental lembrar que a desparasitação nos animais deve ser feita concomitantemente à limpeza e aspiração da casa, já que apenas 5 ou 10% das pulgas estão nos animais, o restante fica no ambiente, na casa. Todos os cães e gatos em casa devem ser tratados, mesmo que acredite que apenas um deles está com pulgas. Lembrando que alguns antipulgas para cães são altamente tóxicos para gatos, sendo o ideal consultar um veterinário antes para dissipar qualquer dúvida. Revista Fato - Abril 2016
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Patrimônio Cultural
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Anderson Moreira
Professor de história das redes municipal e estadual de ensino. Especialista em História do Século XVIII. Contato: andersonmv1@yahoo.com.br
UMA VIAGEM no tempo...
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A parca impiedosa do destino vibrou mais um golpe fatal na sociedade tocantinense. Desta feita, foi escolhida para vítima a mocidade dinâmica e esperançosa de uma da distintíssima, filha de tradicional Família daquele distrito, coração bondosíssimo, alma cândida, dotada de acrisoladas virtudes.
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mergulho na leitura de jornais antigos de Ubá, além de uma oportunidade excelente de pesquisa sobre a história da cidade, também pode proporcionar momentos de diversão. São muitos anúncios e propagandas que chamam a atenção pelo bom humor, pelo menos com os olhos de hoje. Vejam este: “Conhecer-te a ti mesmo, diz o provérbio bíblico. E, portanto, faze a tua radiografia no Gabinete Médico de RAIO-X, de Ubá (...)” Esta propaganda encontra-se no Jornal “Cidade de Ubá” em várias edições semanais do ano de 1942. O texto original é maior e traz informações sobre endereço e telefone, cujo número, na época, era composto de apenas três números. Afora o questionamento sobre “provérbio bíblico”, chama a atenção o duplo sentido de “conhecer a si mesmo”. Ao proferir essa expressão na Grécia Antiga, Sócrates filosofava sobre o conhecimento interior sim, mas não tão fisicamente palpável. O anúncio a seguir é uma nota de falecimento, muito comum nos jornais da época, principalmente
(Cidade de Ubá, outubro de 1943).
quando se tratava de óbito em família tradicional. Vou resguardar o nome da senhora cuja morte foi anunciada e concentrar no texto que, com todo respeito, chega a ser cômico nos dias de hoje: (ver imagem ao lado) Além do jornal citado acima, há outras edições antigas para consulta pública no Arquivo Histórico da Cidade de Ubá, encadernados e em bom estado de conservação, como “Folha do Povo” e “O Lábaro”. O acervo do Arquivo Histórico também preserva fotografias e filmagens de muitos eventos realizados em Ubá, como os nossos antigos carnavais. A época cronológica pode ter passado, mas essa memória ainda permanece viva naquelas fitas, papeis, fotos, cheiros de vida, realizações, emoções, reminiscências e lembranças. Neste mundo moderno das tecnologias digitais, sentir o passado entre os dedos, foleando páginas que guardam a nossa história, é um tipo de privilégio que está ao alcance de qualquer pessoa. Vale a pena!
Abrindo o Closet
Ficha Técnica Nome completo: Claudia Beatriz Januzzi Alves; Signo: Touro; Profissão: Funcionária Pública; Cor favorita: Branco, azul e verde; Um ídolo: Airton Senna; Um sonho: Ver meus filhos, Larissa Januzzi Alves, Marcela Januzzi Alves e Pedro Antonio Januzzi Alves, formados e realizados nas profissões que escolherem; Um ensinamento: O exemplo de vida da minha mãe; Um destino de viagem: Itália; Valores: Família.
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Servando Lopes
ENTREVISTA Se abríssemos as portas do seu closet neste exato momento, qual tipo de peça de roupa nós mais encontraríamos lá dentro? Meu closet é bem eclético. Como gosto de compor o visual de acordo com meu estado de espírito, vocês vão achar um pouco de tudo, de calças ao macacão, de vestidos a saias, de camisas sociais a camisetas leves... Ou seja, um pouco de tudo. O que é ser uma “mulher estilosa” no seu ponto de vista? Estilosa... toda mulher tem seu estilo, não é? Toda mulher expressa em seu jeito de vestir um pouco da sua personalidade, não é mesmo? Então pra mim ser estilosa é ter personalidade no vestir. E falando em estilo, conte-nos: qual é SEU estilo? Clássico. Embora procure estar sempre “antenada” com o que diz a moda, não gosto de modismo. Prezo por um estilo mais clássico, valorizando peças que tenham um bom corte e caimento perfeito. Minha preferência recai sempre por peças que sejam atuais e ao mesmo tempo atemporais. O que você mais preza na hora de escolher uma roupa: conforto e simplicidade, elegância e sofisticação, ou cores e peças ousadas? Ou melhor! Seria uma junção de várias destas características? Conte-nos suas preferências! Minha preferência recai pela elegância e sofisticação. Gosto de estar bem vestida e minhas escolhas são bem clássicas. Não sou adepta a cores fortes, a não ser para combinar com outra peça mais clássica, como o preto, branco e o jeans. Ousadia não combina com meu jeito de ser. Por estar sempre em ambientes mais formais, não uso peças que não se adequem a tais situações. Qual combinação de cores para roupas que você mais gosta?
Revista Fato - Abril 2016
Abrindo o Closet
Make-Up: Deborah Januzzi; Cabelo: Viviane Correa.
menos um batonzinho. Tenho muito zelo com minha pele e uso produtos específicos que garantem a proteção necessária.
Ao escolher minhas roupas e combinar as peças procuro harmonizar as cores que mais gosto: azul, verde, branco e preto. Como uma Primeira Dama, de que forma é possível refletir sua personalidade e a posição que ocupa através da maneira como se veste? Tenho uma personalidade forte, aliás, esta é uma característica marcante das mulheres da família Jannuzzi. Minha personalidade, claro, reflete no meu estilo de vestir e como opto sempre pelo clássico me adéquo a qualquer ocasião. Você gosta de peças com estampas? Se sim, quais tipos de estampas são suas favoritas? Gosto muito. Animal print e listrado são meus preferidos. Qual seu critério para usar maquiagem? Você está sempre maquiada? Como gosta de combinar as cores e tons no rosto? Procuro estar sempre atualizada e para isso conto com o auxilio de minhas filhas que me dão “altos toques”. Para compromissos sociais uso maquiagem completa. No dia a dia, não dispenso um bom protetor solar com tonalizante e uma maquiagem leve. Nunca sem batom, seguindo os fiéis ensinamentos de minha mãe que não vai nem à padaria sem pelo 60
Gosta de acessórios? Quais você mais tem o costume de usar? Muito. Isto faz toda diferença no look, podendo deixá-lo mais casual ou elegante. Gosto em especial de brincos, anéis e relógios. E bolsas? Dizem que mulheres prevenidas sempre andam com bolsas. E é como diz o ditado: “Uma mulher prevenida vale por duas!”. Sendo assim... O que de “importante” encontraríamos dentro da sua bolsa? Ah, este é um dos meus “pontos fracos” (o outro são os sapatos). Adoro bolsas, de todas as cores e estilos. Uso em todas as ocasiões. O que de “importante” encontraríamos dentro dela? Cá entre nós, como mulher tem coisa importante para carregar, não é? Vejamos... Tem um pouco de tudo: documentos pessoais, chaves, kit básico de maquiagem, creme para mãos e rosto, agenda, celular, óculos de sol. Deixe falar a voz da experiência: na sua opinião, qual look é aquele tipo “coringa”, para qualquer ocasião, nas opções entre as mulheres? Calça e camisa social, acompanhado de uma boa sandália ou sapato e uma bela bolsa! Você possui alguma inspiração para ser tão elegante? Como gosto de estar sempre atenta aos lançamentos das coleções procuro sempre me atualizar. Inspiração? Sem dúvida alguma, minha mãe que é uma mulher muito elegante.
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Marketing S/A
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Rafael Martinez
Publicitário, Especialista em Marketing e Inteligência de Mercado, Mestre em Administração e Sócio-diretor na Oito Marketing e Inteligência de Mercado. Contato: Rafael@oitomkt.com.br
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REVISTA “ECONOMIST” PEDE RENÚNCIA DE DILMA
STORYTELLING
A revista britânica The Economist, uma das mais influentes e importantes publicações da atualidade, defendeu em editorial, que é hora de a presidente Dilma Rousseff deixar o cargo. Segundo eles, a escolha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a Casa Civil foi uma “tentativa grosseira de impedir o curso da Justiça”.
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torytelling é um jeito de fazer marketing através de histórias inesquecíveis que se vendem praticamente sozinhas. Este formato representa o modo como olhamos para diversos fatos e tomamos opiniões, já que somos influenciados por histórias e pela forma como as interpretamos. O processo de storytelling pode ser resumido em várias etapas: ouvir, aprender, descobrir, explorar, criar, comunicar e encantar. Esse novo conceito de marketing foi introduzido no Brasil pela JourneyCom, agência de publicidade em São Paulo. O storytelling é um processo que começa muito antes da criação da peça publicitária. Primeiro, a sabedoria de ouvir o cliente e outros eventuais envolvidos no processo. Depois se aprende sobre a empresa e descobre-se sua história (ou outras a serem contadas). O próximo passo é explorar o máximo potencial dessas histórias, suas variações e implicações para criar conceitos, campanhas e peças que possam encantar o consumidor final. O principal é que a história seja verdadeira para que o consumidor – seja ele um público interno, público em geral, ou corporativo – se identifique com a marca ou produto. Este processo, muitas vezes, implica em uma espécie de auto-análise do cliente. Ele e seus colaboradores devem se reconhecer na história que será contada ao público. A partir daí, qualquer ação criada deve estar impregnada desta história. Pode ser um anúncio ou até mesmo imagens que reflitam um novo estado de espírito. Para o storytelling funcionar é preciso descobrir a história única, real e exclusiva. Resumindo o conceito: podem até copiar sua marca e seus produtos, mas ninguém conseguirá copiar a sua história.
PROTESTO EM UBÁ Servidores da Prefeitura Municipal de Ubá protestaram no último dia 21/03, em frente ao prédio da prefeitura, reivindicando reajuste salarial previsto na constituição aos servidores municipais. Além do reajuste foi reivindicando ainda melhores condições de trabalho.
GASTOS DE BRASILEIROS NO EXTERIOR CAEM 43,6% EM UM ANO Os brasileiros gastaram US$ 841 milhões em viagens internacionais em fevereiro, uma queda de 43,56% em relação ao mesmo mês do ano passado, quando os gastos haviam sido de US$ 1,49 bilhão. Em relação a janeiro (US$ 840 milhões), o resultado ficou praticamente estável. Os números são do Banco Central (BC) e foram divulgados na quarta-feira, 23 de março. Revista Fato - Abril 2016
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Editorial de Moda
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Marilia Rinco
Graduada em Design de Moda e Vestuário/ FAESA – ES. Pós Graduada em Gestão Empresarial / FAESA – ES. Atua na área no Ateliê Ana Costa.
Ficha Técnica Produção: Marilia Rinco; Fotografia: Fabiano Araújo – Fotografe; Beleza: Laryssa Delezari; Modelo: Mariana Costa; Assessoria de Produção: Thalita Nogueira e Ana Costa; Calçados: Arpel Ubá; Acessórios: Samantha Esser; Looks: Maison Ana Costa; Tiara: Rosane;
Geração Y Z
Perguntas frequentes ao
PEDIATRA Dr. Clérison Mendes
Qual o melhor momento para furar a orelha de um bebê? Não há consenso entre os pediatras. Alguns liberam assim que o bebê sai da maternidade, outros só após um ou dois meses. Isso porque nos primeiros dias de vida do bebê deve-se evitar ao máximo que ele fique exposto ao risco de infecções. Procure profissionais capacitados para o procedimento e use brincos estéreis vendidos especialmente para a finalidade e com o uso da pistola. Não faça o furo da orelha do bebê em casa, pois é necessário realizar as etapas do processo corretamente para evitar risco de infecções. Quando já é possível levar o bebê recém-nascido para passear na rua? Há alguns cuidados que devem ser levados em consideração? Bom, não existe um dia ou uma data exata para que o bebê possa sair para passear. No entanto, sem alguns cuidados, o que deveria ser um momento prazeroso, pode se transformar em pesadelo. É preciso lembrar que a primeira semana de vida é um período importante de adaptação, onde o contato com o ambiente extrauterino deverá proporcionar segurança e paz ao recém-nascido. As três semanas que se seguem são de igual importância na consolidação dessa adaptação, facilitando que em um futuro próximo a criança possa estar com outros familiares e em outros ambientes, 70
com suas defesas fortalecidas pela amamentação ao seio e pela vacinação em dia. Por isso, aqui vão alguns conselhos para orientar os pais nesse sentido: Coto umbilical: Não há qualquer impedimento ao passeio do recém-nascido que ainda traz o coto umbilical. Porém todos os cuidados deverão ser tomados a fim de se evitar uma contaminação local ou trauma. Sugere-se apenas proteger o umbigo, sem usar faixas ou curativos, nem substâncias que possam umedecer a região. Roupas: A roupa do recém-nascido nos seus passeios deverá ser adequada ao que ele estará exposto. Um bebê pode ficar ‘’quente’’ quando usa roupas em excesso em um local cuja temperatura esteja elevada e sem ventilação suficiente, permitindo confundir essa elevação de temperatura corporal com febre. Nos ambientes frios, uma proteção maior deverá ser feita, evitando-se o resfriamento corporal do bebê. Ambientes fechados: O recém-nascido não deverá ser exposto em nenhum momento a ambientes fechados, com aglomeração de pessoas, como shoppings, supermercados e festas, nem a condições climáticas adversas tais como calor, vento, chuva ou frio. É importante ficar atento à condição do local e ofe-
recer o seio materno com maior frequência quando em ambientes quentes, a fim de se evitar maior perda líquida que pode ocorrer nessas condições. Vacinas: Os pais de um recém-nascido sadio deverão protelar sua saída de casa se as vacinas indicadas para a idade não tiverem sido administradas ainda, ou se a mamãe não estiver bem. Sol e praia: O bebê só poderá ser exposto ao sol antes das 9h00 da manhã e pelo tempo máximo de 15 minutos. Mesmo sob uma barraca de praia, a criança fica sujeita aos raios solares. A exposição ao sol aumenta a possibilidade do bebê desidratar rapidamente. Deve-se sempre evitar a desidratação, oferecendo o seio materno com maior frequência. Protetor solar: Não se recomenda o uso de protetor solar em crianças com menos de seis meses de idade, devido à sua maior absorção através da pele e a dificuldade de eliminação, causada pela imaturidade de seu sistema excretor. Se o bebê já tem 12 meses e ainda não anda, devo me preocupar? Como posso incentivá-lo a dar os primeiros passos? Provavelmente é normal sim que seu filho ainda não ande. Ao longo do primeiro ano de vida a criança vai ganhando coordenação e controle muscular pelo corpo todo. A maioria das crianças faz suas priRevista Fato - Abril 2016
meiras experiências em ficar em pé, segurando-se em alguma coisa, lá pelos 8 meses, e grande parte dá os primeiros passos entre 9 e 12 meses. Mas é absolutamente normal e frequente as crianças demorarem mais do que isso. Muitas só vão andar com um ano e cinco meses ou com um ano e meio. O importante é observar o avanço das habilidades: se seu filho demorou um pouco mais para rolar e engatinhar, é provável que ele demore também para andar. Desde que ele esteja constantemente aprendendo, não há motivos para se preocupar. Veja algumas dicas importantes: Dispense o andador: Por mais que pareça dar segurança ao bebê, pode prejudicar os movimentos dos músculos dos passos e a habilidade de se equilibrar. Há riscos de o andador virar em degraus ou obstáculos no chão podendo machucar o bebê; Ensine seu filho a levantar: Brincando, os pais podem ensinar os filhos a agachar e levantar. A criança tende a imitá-los, fortalecendo os músculos e a coordenação motora das pernas; Ofereça às crianças brinquedos de empurrar: Esses as deixam mais seguras, ao contrário do andador, sem prejudicar a mobilidade ou mecânica da caminhada;
Deixe a criança descalça: O bebê precisa de estímulos táteis nos pés para desenvolver a percepção do próprio corpo nos ambientes onde pisa. O uso de calçado pode ser bastante incomodo para a criança; Brincar com o bebê desde cedo: Rolar no chão, engatinhar, apoiar as mãos na parede e brincar de jogar bolinhas são exemplos de ações que estimulam o sistema nervoso e sensorial dos bebês; Não tente evitar as quedas: Quando o bebê começa a ficar de pé, as quedas se tornam bastante frequentes, o que, muitas vezes, acaba assustando os pais. As quedas são normais nessa época da vida do bebê e fazem parte do aprendizado; Deixe o bebê ir até você: Ele pode começar engatinhando. Mas, aos poucos, os movimentos vão se misturando a pequenos passos. Manter brinquedos nas mãos ajuda a atrair o bebê. Essa brincadeira, se feita com frequência, faz o bebê tentar chegar cada vez mais aos pais, incentivando ele a deixar de engatinhar. Doutor, a cirurgia de fimose é obrigatória? Com que idade é recomendada realizá-la? A postectomia (nome dado a cirurgia para correção da fimose) não é obrigatória. O tratamento conservador com uso de cremes específicos e massagens resulta em cerca de 50 a 60 % de sucesso. Em mais
de 80% a aderência se desfaz até os três anos de idade, por isso não se aconselha operar antes dessa faixa etária. De qualquer forma, é melhor realizar a cirurgia antes da adolescência, entre sete e dez anos de idade. Quando deve ser iniciada a higiene bucal? A prática dos bons hábitos de cuidados dentário começa antes de nascer o primeiro dentinho. A gengiva do lactente deve ser limpa delicadamente com escova de cerdas macias ou com a gaze depois de cada mamada. Ouvi dizer que andadores não são recomendados pela Sociedade Brasileira de Pediatria e nem por pediatras. Isso é mito ou verdade? Verdade. Apesar de ainda muito popular no Brasil para bebês de seis a quinze meses, o andador não é recomendado pelos pediatras. O mesmo interfere no desenvolvimento psicomotor da criança atrasando o tempo para ficar de pé e caminhar sem apoio. Além disso, o bebê engatinha menos e fica mais sujeito a traumatismos, sobretudo craniano.
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Espaço Jurídico
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César Campos Lara
OAB/MG 108.555, pós-graduado em Direito Tributário, Direito Militar e pós-graduando em Direito e Processo do Trabalho pela Universidade Anhanguera. Advogado membro do escritório Pacheco & Sousa, Assessoria Jurídica e Empresarial. E-mail: camppss@bol.com.br
FISCO TERÁ ACESSO A DADOS BANCÁRIOS INDEPENDENTE DE AUTORIZAÇÃO JUDICIAL
Supremo Tribunal Federal entende que não há quebra do sigilo bancário
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Supremo Tribunal Federal concluiu, no dia 24 de fevereiro deste ano, o julgamento conjunto de cinco processos, RE 601314 e Ações Diretas de Inconstitucionalidade 2386, 2390, 2397 e 2859, que questionam os dispositivos da Lei Complementar 105/2001, responsáveis por permitir à Receita Federal receber dados bancários de contribuintes diretamente pelas instituições bancárias, sem necessidade de prévia autorização judicial. O entendimento prevalecido foi o de que a norma não resulta em quebra de sigilo bancário, mas sim em mera transferência de sigilo da órbita bancária para a fiscal, ambas protegidas contra o acesso de terceiros. Em julgamentos anteriores, o Guardião da Constituição Federal manifestou entendimento de que a obtenção destes dados por parte do fisco, através das informações fornecidas pelas instituições bancárias, dependia de prévia autorização do Poder Judiciário. Todavia, modificou seu entendimento, argumentando pela constitucionalidade dos dispositivos da Lei Complementar 105/2001. O Ministro Gilmar Mendes entendeu pela constitucionalidade da lei questionada, ao afirmar que a transferência de informações bancárias ao fisco 72
não viola o sigilo consagrado, sendo que a proteção almejada pela Carta Magna é em relação a terceiros, sob pena de originar processos de diversas naturezas contra o auditor fiscal. No mesmo sentido, o Ministro Luiz Edson Fachin, em seu voto, entendeu pela constitucionalidade do art. 6º da Lei Complementar em questão, ao argumento de que o sigilo bancário não tem caráter absoluto, a partir do momento em que estão em vigor os princípios da isonomia tributária e da capacidade contributiva. Dessa forma, o conhecimento do fisco acerca dos dados bancários asseguram igualdade no que se refere à tributação, evitando ilícitos por parte daqueles que reivindicariam direito ao sigilo para evitar recolhimento de tributo. Como não poderia deixar de mencionar, a Ministra Carmem Lúcia, com maestria, já havia manifestado entendimento em julgamentos precedentes, juntamente com o Ministro Dias Tofolli, no sentido de que o envio das informações ao fisco não implicaria na quebra de sigilo. Segundo ela, o interesse público é resguardado com tal atitude mediante uma série de normas que asseguram a privacidade do contribuinte. Bem assevera que a privacidade não restará rompida, eis que o intercâmbio entre fisco e banco,
acerca das movimentações financeiras dos contribuintes, não serve para dar a público, mas é apenas uma mera troca de informações entre ambos. Ela votou pela constitucionalidade do diploma legal, negando provimento ao Recurso Extraordinário, julgando improcedentes as ações declaratórias de inconstitucionalidade. Diante do exposto, caso possua conta bancária, é imprescindível que o contribuinte fique atento ao calendário para declarações de renda, pois no caso dos rendimentos tributáveis procederem com o recolhimento do respectivo tributo, momento em que faço menção ao Imposto de Renda, o fisco terá acesso às informações bancárias.
Significado de Fisco: Administração encarregada de calcular e arrecadar os impostos. O termo fisco refere-se ao Estado enquanto gestor do Tesouro Nacional no que diz respeito a questões financeiras, econômicas, patrimoniais e, especialmente, tributárias. Revista Fato - Abril 2016
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Economia
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Michel Pires
palavra DESAFIO tem o seguinte significado: “Ato de instigar alguém para que realize alguma coisa, normalmente, além de suas competências ou habilidades. Ocasião ou grande obstáculo que deve ser ultrapassado”. Muitos levam isto ao “pé da letra” fazendo de sua vida um constante desafio. Nascer é um desafio, assim como acordar a cada dia, crescer, aprender, formar família, trabalhar, entre outros. Muitos são nossos desafios do dia a dia, mas alguns querem ainda mais! Em vez de apenas trabalhar em um emprego, alguns querem um bom ou excelente emprego, outros fazem seu próprio emprego, criam suas empresas e querem dar emprego aos outros. Este, para mim, no país que estamos vivendo, é um dos mais difíceis. Impostos a pagar, obrigações trabalhistas, ambientais, de segurança, sociais e muitas outras que nos desafiam a cada dia mais. Aqueles que estão do outro lado às vezes não percebem este sacrifício, muitas vezes com estresse e tendo que se privar de muitas coisas. Tem o lado positivo, mas existe também o lado negativo. Entretanto, aqueles que “amam”, gostam da pressão, vivem sob pressão e é isto que os motiva. Fácil não é, mas o prazer da conquista supera qualquer hora de sono perdido, qualquer dia de viagem longe da família, o estresse e todo tempo dedicado ao objetivo. Em nosso país, oito em cada dez empresas abertas fecham antes de completar 5 anos de existência. Isso mesmo, apenas 20% das empresas abertas passa deste tempo, muitas por falta de capital, planejamento, conhecer o ramo e o mercado, entre muitos outros problemas – e por falar nisto, problemas é o que mais encontramos no caminho ao abrir uma empresa. Mas aqueles que superam os 5 anos ainda tem um grande desafio a cada dia: tentar ser rentável para arcar com todas as obrigações e vencer o sexto, sétimo, oitavo ano... E assim por diante. Como se diz, “matar um leão a cada dia”. No mês de março, eu e mais 26 ciclistas realizamos o “Desafio Serra do Rio do Rastro”. Ciclistas experientes, outros nem tanto, ciclistas preparados para tentar uma boa colocação, outros com o objetivo de apenas subir o percurso. Esta serra é hoje a montanha mais alta asfaltada do país – uma das mais belas do mundo. Todos no grupo nos desafiamos. Foram dias de preparo. Perdermos noites de sono.
Diretor da Modecor; mhp@modecor.com.br; www.modecor.com.br
Alguns deixaram certos prazeres de lado... O desafio estava lançado! Tivemos a grata satisfação de que todos os que lá tiveram superaram seus limites, completaram a subida, alguns com tempos melhores que achavam que iriam fazer. A energia que tínhamos dentro do grupo, tanto na ida quanto na volta, era algo motivante. Pessoas com espírito de superação, de ser melhor a cada dia, querendo ser cada vez mais saudável. Tenho a satisfação de poder conviver com pessoas assim, de poder fazer meus exames rotineiros, meu check-up e saber que para ficar bem perto do desejável, tenho de piorar meus resultados, pois todos eles estão em níveis excelentes – ter triglicerídeos menor que 60, colesterol abaixo de 170, vitamina D quase 80 e assim por diante. Posso até ter algum problema no futuro, mas sei que me cuidei da melhor forma, que não causei nada disto, que me sacrifiquei para estar bem de saúde. Quero ter uma terceira idade muito ativa! E não deixo de tomar meu vinho duas vezes por semana, minha cerveja, comer torresmo, fritura e muitos outros, mas tudo dentro do limite, pois o “fazer todo dia” é que estraga tudo. Tem de saber dosar. Da mesma forma que apenas 20% das empresas continuam a operar depois dos 5 anos, podemos ver no dia a dia de amigos, vizinhos, conhecidos e parentes, quantos entram na academia e continuam, começam a fazer um curso de línguas, começam regimes e muitas outras coisas que nos “desafiam”, nos tiram do conforto e aí sabotam a si mesmos. Eu gosto do “desafio”, lógico que dentro das minhas limitações. Não vou me desafiar a subir o Monte Everest, pois sei que posso não conseguir e não retornar, como já aconteceu com várias pessoas. Mas se eu vejo que vai me fazer bem ou bem para outras pessoas, quero fazer, quero tentar, quero ajudar, vou tentar! Sugiro que você faça semelhante: desafie a si mesmo. Tenha um objetivo, mas nunca sabote ou engane a si mesmo, se quer ser melhor que ontem. Sugiro que tente isto, faça exercícios, movimente-se, transpire, respire, acelere seu coração... Nunca é tarde para começar, pois fazendo isto, vai viver uma terceira idade muito melhor. Faça, comece agora, pare com esta desculpa de que vai começar só na segunda-feira. Comece hoje. E seja feliz!
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Paulo Marcos
Marques Roque
Contador, Consultor Tributário, Professor Graduação no curso de Ciências Contábeis. Site www.paulomarcosconsultor.com.br e e-mail contato@paulomarcosconsultor.com.br
SOLTARAM O
LEÃO!!!
Divulgação
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stamos no tempo de intensa correria em que as pessoas físicas contribuintes do imposto de renda devem prestar informações para a Receita Federal. É a conhecida Declaração de Imposto de Renda das Pessoas Físicas. A figura animal do leão é usada desde a década de 80 para identificar a Declaração de Imposto de Renda, sendo uma forma na qual o governo encontrou para associar que ela tem as características de ser justa e leal – as mesmas de sua mascote, o leão. O problema é que muitas pessoas brincam com a fera sem saber que ela não tem entre suas características ser boba ou inofensiva... Caso as pessoas obrigadas não cumpram a declaração e simplesmente não a envie para o governo, já recai em uma penalidade de R$ 165,74 (cento e sessenta e cinco reais e setenta e quatro centavos), apenas pela omissão. Mas nem todos 76
estão obrigados. Resumidamente devem ser observadas as seguintes condições: (ver box ao lado) As novidades mais comentadas em 2016 é que deverá ser informado o número de CPF do dependente acima de 14 anos e também a necessidade de informação do CPF de todos os clientes, por parte do profissional liberal. Estas condições não são cumulativas, ou seja, a pessoa que se enquadrar em qualquer uma delas já estará obrigada a transmitir a declaração. O prazo para enviar o Imposto de Renda em 2016 é até dia 29 de abril, portanto não deixe para a última hora. Outra dica importante é contar com a ajuda de um profissional habilitado para preencher de forma adequada e qualitativa a sua declaração, de preferência um bom contador. A maioria das pessoas que “caem na malha fina” tem como motivo o erro ou não esclarecimento no momento da elaboração desta importante obrigação. Traduzindo ao popular, cair na malha fina é quando a pessoa transmite a declaração com erros e ela fica na mira da Receita Federal para ter que justificar e explicar as informações contidas de forma equivocada. Então, atente-se para não ficar à frente do leão de forma desprevenida. Soltaram o Leão, porém ele só vai pegar quem o desmerecer! O imposto de renda deve ser justo, portanto depende de você para passar por este período totalmente despreocupado e não ser enquadrado na malha fina, que para muitos ao invés de ser leal, pode ser letal!
•Rendimentos tributáveis acima de R$ 28.123,91 (exemplo: trabalho assalariado); •Rendimento isento ou não tributado acima de 40 mil reais; (exemplo: rendimentos de poupança e lucro distribuído de empresas); •Quem obteve ganho de capital na transferência de bens; •Realizou operações em bolsa de valores; •Patrimônio total acima de 300 mil reais em 31/12/2015; •Passou a residir no Brasil em 2015; •Receita de atividade rural acima de R$ 140.619,55 em 2015; •Quem obteve ganho de capital na venda de imóveis residenciais e optou pela isenção porque utilizou o dinheiro da venda na compra de outro imóvel residencial, dentro de 180 dias; •O contribuinte que, no ano-calendário de 2015, realizou operações no montante superior a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais), deve transmitir a Declaração de Ajuste com a utilização de certificado digital.
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Segurança Pública
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Dr. Rafael
Gomes de Oliveira
Delegado Titular da Delegacia Especializada em Investigação Antidrogas e Homicídios. Pós Graduando em Análise Criminal. contato: rgomesdir@hotmail.com
Arquivo Polícia Civil
OPERAÇÕES ANTIDROGAS e Incineração de Entorpecentes
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ano de 2016 se iniciou com grandes apreensões de drogas em nossa cidade, reforçando o compromisso da Polícia Civil de Minas Gerais em promover uma segurança pública eficiente e de qualidade. No dia 21 de fevereiro de 2016, deflagramos a operação “Arrest Me” que culminou na prisão de “L”, suspeito de ser o principal fornecedor de drogas sintéticas em festas de música eletrônica em Ubá e região. Durante a operação, comparecemos a um evento e localizamos com o suspeito 18 comprimidos de ecstasy, 18 pacotes da droga conhecida como “Key”, “K” ou “Special K” (Ketamina ou Cetamina), 45 papelotes de cocaína e um saco plástico contendo ecstasy triturado, razão pela qual demos voz de prisão em flagrante ao mesmo pelo crime de tráfico de drogas. Já no dia 24 de fevereiro de 2016, deflagramos a operação “Palmatória” que culminou na prisão do estudante “J. V.”, responsável pelo comércio de grandes quantidades de drogas em nossa cidade. Apreendemos aproximadamente 03 kg de cocaína. Frise-se que o suspeito foi abordado no momento em que saía da faculdade e dentro de sua mochila localizamos 1,5 kg de cocaína, sendo o restante localizado em sua residência. Dando continuidade ao combate aos pinos de cocaína citados na edição passada, no dia 02 de março de 2016 realizamos a prisão do suposto cabeleireiro “R” que realizava comércio de pinos de cocaína no interior do seu salão. Na operação apreendemos 13 pinos. No dia 09 de março de 2016, para fechar um ciclo vitorioso de trabalho, realizamos a incineração de aproximadamente 250 quilos de diversos tipos de drogas, esclarecendo para toda sociedade qual é o destino das drogas apreendidas. Por fim, no dia 14 de março, deflagramos operação antidrogas no Bairro São Domingos que culminou na prisão de um suspeito e apreensão de um adolescente infrator que estavam com 24 pinos de cocaína e 14 pedras de crack. Tendo em vista o objetivo do presente periódico, apresentamos apenas os casos de maior repercussão em nossa cidade, não fazendo menção, contudo, às diversas operações policiais realizadas por nossa delegacia.
A Operação “Palmatória” culminou na prisão do estudante “J. V.”. Foram apreendidos aproximadamente 3kg de cocaína.
Suposto cabeleireiro “R” realizava comércio de cocaína no interior do seu salão. Na operação foram apreendidos 13 pinos da droga.
Operação no São Domingos culminou na prisão de um suspeito e apreensão de um adolescente infrator. Foram apreendidos 24 pinos de cocaína e 14 pedras de crack.
A Operação “Arrest Me” culminou na prisão de “L”, suspeito de ser o principal fornecedor de drogas sintéticas em festas de música eletrônica em Ubá e região. Revista Fato - Abril 2016
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Gestão em Foco
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Adm. Josiane Souza
CRA-MG 36.936 - Bacharela em Administração de Empresas; pós-graduada em Gestão de Pessoas e em MBA Executivo em Gestão Empresarial pela FAGOC Ubá/MG; certificada pela ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais) – CPA 10 Contato: josianesouzadt@yahoo.com.br “Por que Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito para que todo aquele que Nele crê não pereça, mas tenha vida eterna”. João 3,16
LIDERAR
sinônimo de influenciar!
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Revista Brasileira de Administração (RBA) em sua edição 109 abordou um tema muito interessante, que nos instiga à reflexão: liderança. Uns dizem que ela é exercida pelo diálogo, outros apontam que líder é aquele que manda enquanto outro obedece. Enfim, será que existe alguma receita? É possível adotar algum modelo afim de se obter sucesso? Há diversos estilos de liderança e estamos vivendo significativas mudanças no modelo de gestão. Antes o que prevalecia era o modelo vertical ou pirâmide, fundamentado na hierarquia. Hoje as empresas têm adotado o modelo horizontal, com foco no pensamento sistemático em todos os componentes da organização, mais conhecida como liderança estratégica, cujo trabalho é compartilhado, afinal o ser humano nasce para se completar – melhor dois do que um! O autoritarismo das “lideranças” de outrora, de fato, ficou no passado e quem ainda adota esse tipo de direcionamento está fadado ao fracasso, mesmo porque os líderes modernos ouvem todos os envolvidos, analisam e aplicam as sugestões mais coerentes. Uma liderança que pode ser adaptada ao momento e à situação vivenciada, que acreditam que liderar é si-
nônimo de influenciar, pautando-se no diálogo, afinal todo líder tem o poder de influenciar, seja negativa ou positivamente. Como você tem influenciado seus liderados? Você tem os ajudado a serem profissionais e pessoas melhores? Laurie Beth Jones baseia seu livro “Jesus, o maior líder que já existiu” em três premissas simples: (Ver box ao lado) Um dos grandes desafios no mundo dos negócios é transformar chefes em líderes, mas líderes que ouvem, constroem, educam, apoiam, fortalecem, ou seja, compartilham informações que geram conhecimento. Neste entendimento, a edição elencou o que o líder precisa saber: ouvir, dialogar, influenciar, conhecer as características individuais da equipe, ter desapego, possuir senso de aprendizagem, ser acessível, criar condições para que a equipe se fortaleça, delegar, compartilhar, incentivar a liberdade de ação e aprender a lidar com adversidades e opiniões distintas. Jesus demonstra o poder das relações: “Ame o Senhor, seu Deus, com todo o coração, com toda a alma e com toda a mente. Este é o maior mandamento e o mais importante. E o segundo mais importante é parecido com o primeiro: ame o seu próximo como a si mesmo.” Mateus 22, 37-39
• Um homem treinou 12 pessoas que influenciaram o mundo de tal maneira que o tempo passou a ser dividido em antes (a.C.) e depois (d.C.) de sua existência; • Ele trabalhou com uma equipe longe de ser perfeita, mas independente do passado questionável, todos se esforçaram para realizar as tarefas em que tinham sido treinados. E fizeram isso por um único motivo: para estar com Ele novamente; • Seu estilo de liderança pode ser usado por qualquer um de nós. “Jesus me tocou como o líder mais nobre de todos os tempos”, afirma a autora.
Ubaense Ausente - Por Onde Andas?
GILDA Paoliello
TRADIÇÃO Gilda Paoliello é ubaense de nascença – e de espírito! –, mas nunca viveu de fato na Cidade Carinho. Ela mora em Belo Horizonte desde os 6 anos de idade, local onde construiu sua trajetória pessoal e profissional repleta de experiências e grandes conquistas. Formou-se em Medicina na UFMG e especializou-se em Psiquiatria e Psicanálise pela Associação Brasileira de Psiquiatria. No decorrer desta reportagem vamos conhecer mais sobre seus trabalhos expressivos ao longo desses anos. Mesmo não morando em Ubá, sua conexão com a cidade é incrivelmente especial, pois além de ter nascido aqui, sua família materna é ubaense e com isso ela sempre veio passar alguns períodos, férias escolares e comemorar feriados. Inclusive, Gilda nos conta que nasceu nestas terras por pura tradição familiar, incentivada por seus avós, Levindo Coelho, antigo prefeito da cidade, e sua esposa, Antonina, carinhosamente apelidada como “Dona Tonica”. “Meus avós tiveram 13 filhos, 5 homens e 8 mulheres. Os filhos se casaram e vários se mudaram da cidade. Porém, quando alguma gravidez acontecia, os nascimentos eram sempre em Ubá para se manter a tradição de uma família ubaense”, ela esclarece. “Assim, meus irmãos Lindolfo, Camilo, Antonina e eu, além dos primos, lá nascemos, no ‘quarto grande’ da
casa de nosso avô, localizada na Av. Raul Soares”.
LEMBRANÇAS DE UMA INFÂNCIA DELICIOSA Gilda é filha de Lindolfo Paoliello e Maria da Piedade Coelho Paoliello. Seu pai era natural de Mu-
zambinho, sul de Minas, formado em Direito no Rio de Janeiro. Segundo a entrevistada, ele era um juiz bastante rigoroso que sempre fez questão de morar com a família nas comarcas onde trabalhava. Com isso, até os 6 anos, Gilda morou em Raul Soares, Manhuaçu e Lavras, antes de se fixar em BH. “Meu pai se adiantava para preparar a casa que nos receberia e nestes intervalos permanecíamos, minha mãe e
Gilda, aos 25 anos, sentada no banco da Praça São Januário, em 1977. Revista Fato - Abril 2016
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Ubaense Ausente - Por Onde Andas? meus irmãos, na casa matriz em Ubá. Dessa forma, Ubá sempre foi nosso ‘porto seguro’”, declara. Ela fala que neste período teve liberdade para ser uma criança feliz, com brincadeiras simples nas ruas e nas matas. Porém, como se mudavam muito, logo chegava o momento de abandonar o local, o que se tornava algo triste, pois várias amizades acabavam ficando para trás e um novo estágio de adaptação começava. “Por isso as idas à Ubá eram tão festejadas, pois era a garantia de reencontrar os primos queridos. Sem contar no quintal imenso pra brincar, o rio, as histórias do vovô e ah... o cheiro das mangas!”, lembra. Sempre muito esperta, Gilda nos diz que começou a ler aos 5 anos de idade com ajuda de seu irmão Camilo, 3 anos mais velho, sempre parceiro. Com isso, desde cedo, os livros também se tornaram grandes companheiros. “Os clássicos de Grimm e Andersen, 1001 noites e Monteiro Lobato, que despertaram minha paixão por mitologia, foram os primeiros. Mas também adorava brincar com as bonecas, criar roupinhas, principalmente quando estava em Ubá com as primas mais velhas”, conta sobre os passatempos da época. Entre as lembranças mais marcantes, Gilda lista: “A Praça de Esportes, o Abacatinho, a mangada, o picolé Pinguim, as casadinhas de doce de leite da Padaria Amazonas! A família, o movimento da casa, a ‘Folha do Povo’... As traquinagens do meu irmão Lindolfo com os primos mais velhos. (risos) Os Natais, com o ritual de montarmos o presépio com a vovó Tonica. As orações no final da tarde, sempre terminando com a retirada da meninada da sala, por causa dos ‘frouxos de riso’. Íamos então tomar ‘a fresca na varanda’ com nossas babás... Era tudo muito mágico!”, recorda saudosa.
Gilda autografando um de seus livros no Congresso Brasileiro de Psiquiatria, em Brasília, 2014.
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ADAPTAÇÃO, ADOLESCÊNCIA E ANSEIOS “Eu tinha 6 anos quando fomos para BH. Confesso que estranhei um pouco as restrições à liberdade no início”, conta Gilda, comparando as experiências no interior de Minas Gerais com a nova morada na grande capital mineira. Sua entrada no Colégio Sagrado Coração de Maria, porém, lhe trouxe o alento da convivência com meninas da mesma idade, as colegas de classe. “Algumas amizades permanecem até hoje”, afirma. Para completar, ela ainda ganhou uma nova companheira para ajudar na adaptação no novo território: sua irmãzinha Antonina. Algum tempo mais tarde, aos 13 anos, mesmo relativamente nova para Gilda Paoliello atualmente, aos 63 anos. tais anseios, Gilda teve uma conversa muito séria com o mais velhos estudavam. O ensino era impecável e pai. “Sentamos e eu lhe disse que queria fazer Medicom filosofia avançadíssima! Lá eu poderia fazer o cina, meu projeto de vida desde criança. Na época eu curso científico. Papai soube ouvir e respeitar aquela estudava no Instituto Educação, mas sentia que premenina de 13 anos. cisava ir para o Colégio Estadual, onde meus irmãos “Tenho a maior gratidão a ele por tudo que nos ensinou. Pela coerência de vida e respeito ao próximo. De minha mãe, queridíssima e carismática, herdei a alegria de viver e o prazer nas coisas essenciais da vida: família e amizades. Como vêem, essas são heranças riquíssimas que não podem ser roubadas!”, Gilda relembra emocionada. Durante a adolescência, ela continuou com as vindas anuais à Ubá, principalmente no Carnaval. “Foi uma época deliciosa! Como papai era muito rigoroso, em Ubá ficávamos sob a tutela mais flexível dos queridos tios Ude e Geraldo Alves do Vale, Tida e David Abelha, sempre contando com a cumplicidade de meus queridos Camilo, irmão, e Marina Abelha, prima-irmã, com quem debutei nas folias do Tabajara e nos primeiros flertes no footing do Jardim, a Praça São Januário - ah que delícia!”, conta sobre os bons momentos da juventude. Gilda conheceu seu marido, Marcílio TaFoto tirada em 1975. Primeiro plano: Gilda com o sobrivares Nicolau, aos 16 anos, em uma festa na casa nho David no colo, o irmão Camilo e a prima-irmã Marina. de uma amiga. “Soube imediatamente que ele Segundo plano: irmã Antonina e o pai Lindolfo. Em pé: o marido Marcílio e o irmão Lindolfo. seria meu companheiro de vida”, ela fala apaiRevista Fato - Abril 2016
Arquivo Pessoal
xonada. “Conversamos sobre nossos projetos futuros e lhe falei que pretendia fazer Medicina. Ele questionou: ‘Por que você fala ‘pretendo’? Por que não fala ‘vou fazer Medicina’? E começamos a namorar! Como papai era muito rígido, o jeito que arrumamos para nos encontrarmos foi ele me dando aulas de matemática e física. Casei-me aos 20 anos, no segundo ano de Medicina. Marcílio sempre me incentivou em tudo”.
CONQUISTAS E HORIZONTES INFINITOS Após terminar o Científico, Gilda foi direto estudar Medicina na UFMG, especializando-se em seguida em Psiquiatria. Após a residência, ela iniciou sua formação psicanalítica. “Junto às atividades clínicas, comecei a ensinar, a melhor maneira de aprender”, conta. Os primeiros trabalhos foram no Instituto de Previdência dos Servidores do Estado (IPSEMG), como psiquiatra e professora da residência. Mais tarde, foi coordenadora da Clínica Psiquiátrica e em seguida, Diretora Clínica do Hospital Governador Israel Pinheiro. “Fui a 1ª mulher e a 1ª psiquiatra a dirigir um hospital geral em Minas. Foi uma experiência riquís-
sima de interlocução e projetos com colegas de mais de 30 especialidades. Paralelamente aos trabalhos clínicos, acadêmicos e administrativos, atuei também na área institucional, onde participei ativamente da reforma psiquiátrica em Minas e no Brasil. Fui, por dois mandatos, de 1997 a 2003, presidente da Associação Mineira de Psiquiatria e, mais recentemente, diretora sudeste da Associação Brasileira de Psiquiatria”, ela lista os grandes feitos na bagagem. Atualmente Gilda dá aulas no curso de pósgraduação do Instituto de Pesquisas Médicas (IPEMED) em BH, São Paulo e Salvador, uma atividade que a entusiasma muito, pois a coloca em contato com colegas de todo o Brasil, vivendo experiências ricas e peculiares. Gilda também gosta de escrever e já publicou três livros, sendo “Supervisão Em Psiquiatria: Ensino da Clínica e a Clínica do Ensino” o de maior repercussão. “Também trabalho muito com a imprensa em entrevistas e artigos, principalmente sobre comportamento. Um dos focos de meu trabalho neste sentido tem sido a vida virtual e as mídias sociais, suas possibilidades e consequências. Como vêem, minha rotina é puxada. Trabalho em média 10 horas por dia. Mas sempre com muito prazer e sem deixar de ter tempo para a família e os amigos”, ela fala. Gilda finaliza dizendo que além das conquis-
tas profissionais, a vida também lhe presenteou com outras grandes felicidades, sendo seu filho, Eduardo, hoje com 38 anos, uma das maiores. A recente e fantástica experiência de ser avó também encheu seu coração: “Nunca imaginei que este sentimento pudesse ser tão intenso! Várias vezes me pego pensando na Aninha, minha neta, como quando a gente está apaixonada. Fico matutando sobre o que é mais especial nesta relação e acredito que seja o resgate à infância”, diz com emoção. “Aprendi com meu irmão Camilo, que perdi há 18 anos, mas completamente presente sempre, que a vida é feita da matéria dos sonhos. Então, sonhar é preciso! Quero continuar meu trabalho, como formadora e clínica, ajudando as pessoas a construírem seus próprios sonhos. E quero muito acompanhar a Aninha, minha paixão, nas descobertas de seus sonhos!”, fala sobre o incerto futuro que aguarda a todos nós. E esperamos que de fato os sonhos nunca deixem de existir e movimentar destinos mundo afora – e muito mais, que as pessoas possuam sabedoria para garantir que eles sejam sempre realizados! Afinal, é como diz a própria Gilda: “Descobri que as coordenadas que dirigem nossas vidas são as capacidades de amar e trabalhar – o resto vem por acréscimo!”, encerra.