Revista Fato!

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Foto: Cássio Fotografias

EDIÇÃO 76 - ANO 7 - MARÇO / 2018 - UBÁ - MG / R$ 9,90

Soraia

Vieira

Professora, mãe e exemplo de mulher, ela conta sua trajetória à frente da querida cidade de Guidoval PREFEITA ALCANÇA FEITO INÉDITO E CONSTRÓI 120 CASAS POPULARES CIDADE

Tradicional Colégio Tiradentes inaugura unidade em Ubá

COMPORTAMENTO

Mulheres debatem o empoderamento feminino

TALENTO DE FATO

Ubaense Joziel alcança mais de 8 milhões de acessos no YouTube






Fagoc inaugura auditório com capacidade para mais de 400 pessoas

O espaço homenageia o ubaense Ary Barroso e possui estrutura flexível que se adapta a diferentes eventos A Faculdade Governador Ozanam Coelho (Fagoc) recebeu, no dia 10 de março, alunos, professores, colaboradores, autoridades e demais convidados para a solenidade de inauguração do seu novo auditório. O espaço, com capacidade para mais de 400 pessoas, homenageia o ubaense Ary Barroso, compositor, arranjador e radialista, autor da música Aquarela do Brasil e de outros sucessos da música popular brasileira.

Após o descerramento da placa de inauguração, que contém os dizeres “A realização de um sonho de todos que acreditam na educação como mola propulsora no desenvolvimento nacional”, foi servido um coquetel aos convidados com a apresentação do Duo de Instrumentistas Carlos Walter e

Marcelo Jiran, de Belo Horizonte.

Compuseram a mesa da solenidade o presidente da mantenedora SEGOC (Sociedade Educacional Governador Ozanam Coelho), Ricardo Belo Couto, o representante dos mantenedores da SEGOC, Nelson Parma de Azevedo, o diretor geral da Fagoc, Marcelo Oliveira Andrade, o ministro e Deputado Federal, doutor Saraiva Felipe, a doutora Mônica Januzzi representando a Juíza de Direito da 1ª Vara Cível de Ubá e Diretora do Fórum, doutora Joyce Souza de Paula, o pároco da paróquia de São Sebastião, Padre Volnei Ferreira Noro, o coordenador administrativo do curso de Medicina da Fagoc, doutor Ricardo Furtado, e o superintendente acadêmico e de tecnologia da Fagoc, Marcelo Santos Daibert.

Auditório flexível e sustentável

Com cadeiras e palco móveis, o auditório Ary Barroso pode se adequar a vários tipos de eventos, desde palestras até apresentações de dança, jantar executivo, entre outros. A obra, avaliada em R$ 1,5 milhão, conta com um elevador, iluminação e som profissional, revestimento acústico, internet exclusiva para até 500 pessoas conectadas simultaneamente, camarim, sala de recepção e banheiros.

Uma curiosidade é que a estrutura do auditório foi feita em Steel Frame, sistema construtivo sustentável à base de aço galvanizado 100% reciclável.

Texto: Maycon Douglas Henrique Fotos: Gabriela Mussi

O espaço, além de ser utilizado para eventos acadêmicos da faculdade ubaense, também pode ser alugado por qualquer pessoa da comunidade. Os interessados podem entrar em contato pelo telefone (32) 3539-5620 ou 0800 037 5600.

No QRCode, é possível conferir todas as fotos e vídeos da inauguração do auditório Ary Barroso.



Índice

Foto: Revista Fato!

Foto: Arquivo Pessoal

Foto: Cássio Fotografias

Panorama da edição

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CAPA

UBAENSE AUSENTE

CIDADE

Colégio Tirantes aplica ensino de tradição militar em Ubá

Foto: Pedro Roque Fotografia

Conheça a trajetória do pesquisador ubaense reconhecido internacionalmente Étori Aguiar

Foto: Revista Fato!

Foto: Cássio Fotografias

Soraia Vieira – Professora, prefeita, mãe e um exemplo de MULHER

42 POR TODA MINHA VIDA

Ubaense, garota propaganda da TV Rio na década de 60 retorna à Cidade Carinho e encontra refúgio no Asilo São Vicente de Paulo

10 – Editorial 16 – Social 23 – Gestão e Negócios: Por Alexandra Peron 24 – Psicologia: Por Marcela Corbelli 24 – Comportamento 27 – Palavra do VET: Por Dr. Ricardo Silva e Drª. Michele Marques 28 – Convidado Especial 30 – Contabilize: Por Paulo Marcos Marques Roque 08 Revista Fato! - Março 2018

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46 TREND

Verniz: tendência para quem gosta de moda

31 – Conectados: Por Rafaela Namorato 32 – Fato Especial 36 – Giro de Ubá: Por Bruno Siplício 38 – Aconteceu 44 – Moda Festa: Por Mário Coelho 48 – Prata da Casa 50 – Uainé?: Por Angélica e Mateus Benatti 51 – Educar é Ação: Por Waléria Arruda 52 – Abrindo O Closet 64 – Organize-se: Por Jô Caciano e Lindise

56 EDITORIAL DE MODA Especial Sou Fitness Moda

Massardi 65 – PaQueLavra: Por Ivi Monteiro 66 – Arquitetura e Design: Por Danielle Filgueiras 68 – Economia: Por Michel Pires 70 – Meu Dia D 72 – Talento De Fato 74 – Espaço Jurídico: Por Dr. César Lara



Editorial Arquivo Pessoal

“Lugar de

75 é onde ela quiser”

N

o mês dedicado a mulher, iniciamos esse editorial evidenciando o assunto mais abordado pela mídia recentemente: o caso Marielle Franco. No dia 14 de março, a vereadora do PSOL foi assassinada dentro de um carro no centro do Rio de Janeiro. O caso da ativista pelos direitos humanos, principalmente em defesa dos direitos das mulheres negras e moradoras de favelas e periferias foi discutido por famosos e intelectuais nas redes sociais. Marielle era mulher, negra, nascida na favela da Maré, bissexual, política, militante dos direitos humanos e empoderada. E é justamente esse um dos principais assuntos desta edição: O EMPODERAMENTO FEMININO, um termo que vem ganhando visibilidade nos últimos anos. Se antes as mulheres não tinham espaço para demonstrarem seu total valor, hoje elas provaram que podem atuar em áreas que eram dominadas pelos homens. Tudo isso, resultado de empoderamento, ou seja, de dar mais poder a essa fatia da população. Para ilustrar a capa da edição de número #76 da Revista Fato!, convidamos uma mulher empoderada e super ativa no meio político, a mãe, professora e prefeita, Soraia Vieira. Representante da cidade de Guidoval, a leonina de 50 anos tem riso fácil, brilho nos olhos e uma força admirável. Soraia é de fato uma mulher que venceu as barreiras do preconceito e assumiu, muito bem, diga-se de passagem, o seu papel na política. Vale à pena conferir cada linha da entrevista. Está de arrepiar! Já em Comportamento, dando sequência ao tema iniciado neste editorial, trouxemos uma

matéria sobre o fortalecimento do papel da mulher na sociedade. Com a finalidade de esclarecer esse e outros termos da perspectiva feminina, convidamos uma cientista social e duas estudantes, todas com vivências diferentes, mas com um desejo em comum: a igualdade social. Outra editoria que merece destaque é Fato Especial onde abordamos o papel do coaching e da psicoterapia. Explicamos através da polêmica da novela global “O outro lado do paraíso”, sob o olhar de especialistas no assunto, a real necessidade sobre os procedimentos. Aproveitando o gancho do tema mulher resgatamos as últimas convidadas da editoria mais queridinha da mulherada para uma homenagem especial. Dez nomes de mulheres fortes representam a editoria que vai muito além de looks bonitos e corpos impecáveis, mas que retrata a essência do ser mulher, o trabalho, seus desafios e conquistas. Sintam-se abraçadas por toda nossa equipe. Vale lembrar, caros leitores, que além das matérias citadas acima, temos várias reportagens de total interesse público, bem como colunas ricas em informações. Um salve de boas vindas ao casal Angélica e Mateus Benatti, os mais novos colunistas desta revista. E assim me despeço: “Lugar de mulher é onde ela quiser”, foi com esse título que iniciei esse editorial e é com essa frase que o encerro. Sou uma mulher empoderada, forte e que acredito na igualdade social do ser mulher. Acredito na força do poder feminino e na capacidade que nós temos de representarmos os mais importantes papeis dentro de uma sociedade. Um viva a todas as mulheres!

Direção Juliana Campos e Bráulio de Paula Edição Geral Vanessa Santos Diretora Administrativa Juliana Campos Artes Natália Meireles | Bráulio de Paula Redação Vanessa Santos | Natália Meireles Scarlett Gravina Diagramação Bráulio de Paula Comercial Juliana Campos Fotos Cássio Fotografias | Servando Lopes Pedro Roque Fotografia | Revista Fato! Colaboração Ricardo Silva | Michele Marques | Pedro Roque Paulo Marcos Marques | César Campos Lara | Scarlett Gravina | Marcela Corbelli | Fran Mendes | Alexandra C. Peron | Servando Lopes | Kelvin Tomaz | Mário Coelho | Vanessa Santos | Rafaela Namorato | Cássio Cândido | Michel Pires | Ivi Monteiro | Danielle Filgueiras | Natália Meireles | Lindise Massardi | Jô Caciano | Waléria Arruda | Angélica e Mateus Benatti Gráfica Olps Gráfica Redação

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DIR

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!

ISTA FATO

A REV ETORA D

Nota:

Os textos escritos por colunistas, profissionais convidados e empresas que divulgam seus trabalhos em nossas páginas são de total responsabilidade de seus autores originais.



Capa Por Vanessa Santos

Beleza: Jonas Sperandio Casa da Beleza Brรกulio Coiffeur; Fotos: Cรกssio Fotografias.

Soraia Vieira Professora, prefeita, mรฃe e um exemplo de MULHER 12 Revista Fato! - Marรงo 2018

Cรกssio Fotografias


“Tenho muito orgulho do trabalho que estamos fazendo à frente da prefeitura de Guidoval e do legado que vamos deixar, acredito que nossas conquistas são um marco na cidade”.

V

amos trocar o barro pelas flores”. Essa foi uma das promessas de Soraia Vieira ao receber uma cidade totalmente danificada para administrar. Em 2012, Guidoval sofreu a maior enchente da história do município, cujo nível do Rio Xopotó subiu 15 metros deixando cerca de 6 mil moradores ilhados. A prefeita, que na época acabava de se eleger, encarou com muito empenho a missão de reerguer o local e honrou suas palavras transformando Guidoval na “melhor cidade para se viver”. Primeira mulher a assumir o comando do município, Soraia também é neta do primeiro prefeito da cidade, Cid Vieira e filha do ex-vereador, Januário Queiroz. A política sempre esteve enraizada em suas origens, mas, a princípio, a moça optou pela educação. Foi professora, diretora de escola, e finalmente iniciou seu caminho na vida pública ao entender que poderia fazer mais por sua cidade. E fez. Soraia ficou conhecida em toda a região por conta de seu desempenho a frente de Guidoval, conseguindo recursos inéditos, construindo passarela, creche, escola, casas populares e trazendo vida novamente ao município que se encontrava desamparado. Mas, além do exercício do cargo público, a gestora se equilibra entre os papéis de filha do Senhor Januário e da Dona Maria da Glória, seus grandes amores, e mãe dos jovens Frederico e Leonardo, sua maior preciosidade. Aos 50 anos, ela segue com muita energia, olhar firme e sorriso no rosto de quem sabe aonde quer chegar. Ao longo de sua trajetória, Soraia fez jus ao seu nome que significa “brilhante, estrela da manhã”, irradiando luz na vida dos guidovalenses e das pessoas ao ser redor. Além de prefeita do povo, ela é também mulher de aço e de flores, que fez da sua história um legado o qual você confere na entrevista a seguir.

RF: Como começou sua carreira na política? Foi por influência de alguém ou já era um desejo seu? SV: Acredito que tudo que acontece na minha vida faz parte de uma linha evolutiva, primeiro fui professora, profissão que tenho o maior orgulho de ter exercido, depois fui diretora e hoje estou prefeita. Meu avô foi o primeiro prefeito de Guidoval, meu pai foi vereador e assim o meio político sempre esteve presente em minha vida, mas o start para que eu pudesse me candidatar foi em uma excursão da qual participo todos os anos para Aparecida do Norte, no meio daquela brincadeira no ônibus, levantaram meu nome para ser candidata e aquilo me despertou um novo olhar. Lembrei-me da frase do presidente Kennedy que dizia “não pergunte o que o seu país pode fazer por você, pergunte o que você pode fazer pelo seu país”, e fiquei me perguntando o que eu poderia fazer por Guidoval, a partir daí iniciei minha caminhada, amigos foram somando forças e nos empenhamos em fazer sempre o melhor. RF: Como foi a eleição para o seu primeiro man-

dato? De que forma a população recebeu a ideia de ter uma mulher no comando da cidade? SV: Bem antes de ter sido eleita, fui candidata em 2008 e perdemos a disputa. Em 2012 veio a enchente e junto daquele ano uma nova eleição, quando tive a honra de ser eleita prefeita para o mandato de 2013 a 2016. Dado o nosso expressivo número de votos, acredito que a população entendeu que naquele momento em que a cidade exigia tantos cuidados, somente uma mulher poderia assumir o comando de Guidoval. RF: Você se reelegeu em Guidoval com uma campanha baseada no tema “a prefeita da

Praça Nossa Senhora do Rosário inaugurada em julho de 2016.

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Capa

Passarela João Tolentino, inaugurada em abril de 2016.

gente”. Como é sua relação com o povo? SV: Continuo sendo a Soraia filha da Glorinha que morava no Vai e Volta, pois acredito que o gestor público deve zelar primordialmente pela sua população, afinal, estamos aqui para servir. Eu atendo todo mundo que vem à prefeitura, é só ter um pouquinho de paciência, porque é muita gente. Tenho muito carinho por minha cidade, mas principalmente pelos que nela habitam. RV: É visível que você preza de maneira especial pela educação. Ao seu ver, qual a importância da escola e o que tem feito pelo ensino público em seu município?

Praça Santo Antônio. 14 Revista Fato! - Março 2018

SV: Não se pode esperar outra coisa de uma professora, educação é a base de tudo numa sociedade justa. Penso que o Brasil só vai se tornar um país desenvolvido quando os gestores compreenderem que o ensino é peça fundamental de uma grande nação. Aqui investimos muito na educação, fizemos o plano de carreira para os profissionais do setor, reformamos a escola Antônio Barbosa Neto, construímos a Escola Cid Vieira e estamos construindo uma creche ao lado, com isso a criança vai ingressar na creche ao 0 ano e vais sair aos 6 anos, o que será uma espécie de educandário. O ensino deve ser realizado de forma contínua, portanto, estamos sempre buscando mais melhorias na certeza de que todos os gestores deveriam agir assim, espero que os que virão também pensem dessa forma. RV: Ao longo de seus dois mandatos a frente da cidade de Guidoval, quais foram as suas maiores realizações? SV: Fizemos muita coisa para a cidade, foram mais de R$30 milhões investidos em convênios conquistados para o nosso povo, 120 casa populares as quais espero em bre-

ve entregar, uma escola novinha toda mobiliada, uma creche, toda frota de veículos completamente renovada e novos ônibus para o transporte de nossos alunos. Cada convênio requer muito trabalho, várias idas e vindas a Belo Horizonte, mas, onde houver algum benefício para os guidovalenses eu vou atrás. RF: Você se coloca como uma mulher do povo e certamente a cidade de Guidoval ganhou muito com a sua administração. Mas e você, o que o fato de ser prefeita mudou em sua vida? SV: Alguns fios de cabelo brancos a mais e umas rugas de preocupação (risos). Esses aí são derivados do estresse do dia a dia, entretanto, quando se tem comprometimento no que está proposto a fazer, deve-se fazer bem feito. No mais, minha vida não mudou em nada, lógico que sendo prefeita conheci pessoas novas, fiz amizades e adquiri bastante conhecimento com essa experiência. RF: Como é atuar na política em um momento em que as pessoas estão tão desacreditadas nela? SV: A boa política é o maior benefício para a população, por se buscar uma sociedade mais igualitária e justa para todos, só que, como em todo lugar, existem os bons e os maus, e na política não seria diferente. Acontece que no Brasil os escândalos foram muito grandes, mas eu vejo toda essa mídia em torno do cenário nacional de forma positiva,


Capa porque acredito na transformação do nosso país, acredito sobretudo no povo brasileiro que este ano terá consciência e saberá escolher o melhor para o Brasil. É como digo, onde o justo governa o povo se alegra. RF: Estamos no mês internacional da mulher. Por desempenhar uma liderança com grande aceitação, você se sente um exemplo para o público feminino? SV: Eu? Imagina! Posso sim ser apenas um exemplo de profissional, de gestora pública. Tenho muito orgulho do trabalho que estamos fazendo a frente da prefeitura de Guidoval e do legado que vamos deixar, acredito que nossas conquistas são um marco na cidade. RF: Você é exemplo, e quem é o seu grande exemplo de mulher? SV: São tantas mulheres que me inspiram, tantas amigas, minhas irmãs, mas, meu maior exemplo de mulher é minha mãe, Glorinha Vieira, com ela eu aprendi tudo, não há um só dia em que eu não pense nela.

Escola Municipal Cid Vieira, inaugurada no final de 2017.

RF: A mulher tem o mesmo espaço dentro da política que os homens? SV: O espaço na política é livre a todos, afinal vivemos numa democracia, o que acontece é que viemos de um regime completamente masculino, claro que com grandes mulheres fazendo sua parte na história, porém, mesmo assim o patriarcado se sobrepôs ao poder feminino. Vejo que esse cenário tende a mudar, já que cada vez mais estamos buscando nossos direitos. RF: É fato que as mulheres têm se agigantado dentro do mercado de trabalho e dentro da sociedade como um todo. De que maneira você enxerga essa ascensão feminina? SV: Eu vejo isso de forma muito positiva, acredito no potencial da mulher, na capacidade feminina de solucionar conflitos, de se organizar e organizar-se de novo se for preciso. O olhar feminino é diferente, a gente enxerga atrás da montanha e já busca a solução do problema. Somos razão e coração pensando juntos. Tem se falado muito que lugar de mulher é onde ela quiser e eu concordo plenamente. RF: Você também é mãe de dois meninos lindos, Leandro e Fred. Como é a sua relação com seus filhos? SV: Meus filhos são tudo para mim, amo-os demais. Mesmo estando longe, sei que eles compreendem essa rotina de vida que me afasta um pouco das minhas funções de mãe, mas graças a Deus eles já são homens formados e prontos para enfrentar qualquer desafio que a vida lhes trouxer.

Obras creche municipal. RF: Falando um pouco da Soraia, quais são os seus maiores defeitos e qualidades? SV: Meu maior defeito é querer agradar a todo mundo, querer tudo na hora, sou muito imediatista e extremamente perfeccionista. Minha maior qualidade acredito que seja a sensibilidade, sou muito humana nas minhas decisões e tenho uma senso de empatia enorme, me coloco no lugar dos outros e isso facilita a minha forma de enxergar a vida. RF: Quais são os seus maiores sonhos? SV: Meu maior sonho é poder sair da prefeitura de Guidoval no fim do nosso mandato da mesma maneira que entrei, espero que os próximos governantes desse município que tanto amo deem sequência as realizações que alcançamos.

RF: E os seus planos para o futuro? SV: Tenho muitos planos e projetos, mas acerca da minha saída da prefeitura, quero descansar um pouco e depois colocar minhas ideias em prática, no entanto, aprendi que ideia é segredo de um só, prefiro guardá-las comigo por enquanto. RF: Você se sente uma mulher realizada? SV: Sim e não. Sinto-me realizada em tudo aquilo que já fiz, em todo o trabalho que desempenhamos, confesso que tenho um orgulho enorme disso, mas não sou completamente realizada porque tenho apenas 50 anos e sei que ainda vou fazer muito mais. É como diz a canção, “os sonhos não envelhecem”. Revista Fato! - Março 2018

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Social Graduada em Comunicação Social - Jornalismo pela Fagoc; Sócia Diretora da Revista Fato! e do Grupo Fato! Eventos. revistafato@gmail.com

Juliana Campos

A coluna desta edição está mesmo esbanjando fofura. E permitam-me desta vez me derreter toda, afinal, falo do batizado do meu primeiro afilhado, o filho do casal de amigos, o estilista e empresário Mário Coelho e sua esposa, a empresária Thays Dias. O pequeno Nicolas foi batizado dia 4 de março na Igreja do Rosário. Após a benção, aproximadamente 60 pessoas compareceram à residência da querida tia da família, Míria Lima, para uma comemoração que contou com décor chiquérrimo do colunista Orlando Silva, Pérola Bufett, doces finos da Casa dos Cupcakes e registros fotográficos do competente Cássio Fotografias. O que posso dizer como dinda do Nicolas é que me sinto honrada por fazer parte desse momento e que desejo chuvas de bênçãos na vida dessa família.

Nem a chuva forte do dia 10 de março desanimou os foliões que compareceram a 1ª edição da Micaneja, realizada na simpática cidade de Divinésia-MG. No registro: a gerente de marketing do grupo Valdemóveis, Gisela Zanete, a ex-BBB 2010, presença vip no evento, Cacau Colucci e o fotógrafo, queridinho das famosas, o ubaense Ygor Marques. Aproveito esta nota para parabenizar ao Fabrício Januzzi, um dos organizadores da festa, pela estrutura e logística. Mesmo com a chuva e os estragos causados em toda a nossa região, as pessoas que compareceram à Micaneja curtiram muito. Parabéns e aguardamos a segunda edição do evento.

Foto: Revista Fato!

Foto: Cássio Fotografias

E quem começou 2018 esbanjando alegria e está comemorando a chegada de um lindo príncipe é o casal de empresários, proprietários da Nuclemig, Marcos Aurélio Lázaro de Moura e Cristiane Pacheco de Moura. O lindo bebê Marcos Pedro nasceu no dia 23 de janeiro, na cidade de Juiz de Fora, onde residem os papais da criança. A vovó Sônia Maria Lázaro de Moura também está radiante com a chegada do primeiro neto. Desejamos a essa bela família muita luz, amor e saúde. Vocês merecem! Foto: Arquivo Pessoal 16 Revista Fato! - Março 2018

O lindo Henrico, filho do casal, Henrique Vieira e nossa colunista e micropgmentadora, Fran Mendes, mal chegou e já está fazendo o maior sucesso. Que o diga o fotógrafo Bruno Guedes. O profissional da fotografia teve duas de suas fotos clicadas no dia do nascimento do pequeno premiadas no concurso de fotografia documental de família da FPJA (Family Photojournalist Association). Parabéns ao profissional pela sensibilidade!

Foto: Bruno Guedes

O bonito par jovem, Matheus Pereira e Mariana Coelho, celebrou o sucesso do empreendedorismo. À frente da Check-in Viagens e Turismo há mais de 1 ano, o empresário do segmento de lazer está apoiando sua esposa no mais novo negócio da família: o La Mary Cerimonial. E para se especializarem no assunto que é uma crescente em nossa região eles viajaram até a capital carioca entre os dias 26 e 27 de fevereiro, no hotel Hilton Barra, para o Workshop Marriages, que contou com a presença de duas profissionais referências em cerimonial e organização de eventos internacionais, Márcia Possik e Giuliana Cohen. Desejo vida longa a essa veia empreendedora do casal. Foto: Arquivo Pessoal





Ubaense Ausente Por Vanessa Santos e Natália Meireles

Ubaense

ganha o mundo através da ciência CRIADO NA SIMPLICIDADE DA CIDADE CARINHO, ÉTORI AGUIAR É RECONHECIDO INTERNACIONALMENTE POR SUAS PESQUISAS

N

a simplicidade do interior de Minas nascia um grande contribuinte para a ciência. Filho de mãe solteira, dona Maria Elizabeth Cesário de Aguiar, “Beth” criou o menino com muita dificuldade, mas também com muito amor. Há 31 anos Étori Aguiar Moreira veio ao mundo para mostrar que não há limites para os sonhos. “Minha vida sempre foi muito simples, minha família é muito humilde e nunca tive nenhum luxo”, conta. Criado sem regalias, Étori era um adolescente introspectivo, mas que já demonstrava desempenho escolar acima da média, tanto que durante o ensino fundamental, Beth foi aconse-

lhada pela professora do garoto a colocá-lo em um colégio particular. Os esforços da mãe junto as boas notas do filho deram-lhe uma vaga no Colégio Sagrado Coração de Maria, onde estudou até ter o benefício suspenso pela nova gestão da referida instituição. Por conta da condição financeira limitada, o aluno matriculou-se na Escola Estadual Senador Levindo Coelho e depois conseguiu concluir o terceiro ano do ensino médio no Colégio Raiz, onde foi homenageado por sua admirável dedicação aos estudos. Amante dos filmes de ficção científica, dos animais e da química, desde novo o ruivinho já demonstrava gosto por tudo que envolvesse a ciência. Logo, prestou vestibular para biologia e aos 18 anos

iniciou os estudos na Universidade Federal de Viçosa (UFV). A partir daí deu-se uma sucessão de conquistas. O estudante foi selecionando para um intercâmbio em Portugal e mestrado na conceituada Universidade de São Paulo (USP), onde foi eleito para uma fazer um curso em Berlim. Nomeado para o pós-doutorado na Suíça, ele escolheu a cidade de Basiléia como lugar para viver. Apesar da distância e da infinidade de compromissos, o jovem contou a Revista Fato! como foi sua infância na Cidade Carinho, suas maiores saudades e seus planos mais ousados. Confira o bate-papo a seguir:

ENTREVISTA

Entrega do prêmio de melhor tese em virologia na cidade de Wurtzburgo, na Alemanha. 20 Revista Fato! - Março 2018

Você é natural de Ubá? Conte-nos como foi a sua infância. Quais são as maiores recordações do tempo de criança? Sou natural em Ubá e cresci no bairro Cohab. Meus avós tiveram 12 filhos e minha mãe é a mais velha e inicialmente moramos junto com meus avós. Minha família é muito humilde e nunca tive nenhum luxo. Minha mãe era professora do pré-escolar e seu marido, que eu fazia questão de chamar de pai, era garçom. Então minhas maiores recordações são dos dias de muita simplicidade que levava em Ubá, onde tudo se resumia em ir para a escola e brincar com

os amigos na rua. E na adolescência, quais lugares mais gostava de frequentar? Na adolescência eu gostava de encontrar meus amigos e primos, passar o tempo livre conversando, jogando vídeo game ou vendo filmes de terror ou ficção científica. Nunca fui de festas, aliás, durante a adolescência inteira eu sequer cheguei a consumir bebida alcoólica e não bebo até hoje. Também não tinha condições de viajar, então estava sempre em Ubá.


Ubaense Ausente Arquivo Pessoal

Você é graduado em biologia na Universidade Federal de Viçosa, certo? Conte-nos um pouco sobre essa época. Morei no alojamento de estudantes dentro do campus e estudava em tempo integral. Logo no segundo semestre do curso fui nomeado para um programa especial para alunos selecionados do curso, o Programa de Educação Tutorial, no qual recebi um treinamento diferenciado para trabalhar os pilares da pesquisa, ensino e extensão universitária, além de ganhar uma pequena bolsa de estudos que me sustentou até o final da universidade. No meu penúltimo ano do curso, também fui selecionado para um intercâmbio em Portugal, onde estudei Biotecnologia por um semestre. Terminei meu curso no Brasil e tive a honra de ganhar a medalha de ouro Arthur Bernardes por ter o maior coeficiente acumulado (notas das disciplinas) entre todos os formandos de todos os cursos no meu ano. Após a graduação, você foi para São Paulo fazer mestrado e de lá para Alemanha. Você se imaginava estudando e trabalhando fora do Brasil? O que te motivou a embarcar nessa aventura? Durante a minha graduação eu fiz um intercâmbio em Portugal, onde estudei Biotecnologia por um semestre, e tive também a oportunidade de viajar

para alguns países na Europa, o que me fez querer voltar. Antes mesmo de terminar meu curso de Biologia na UFV, já havia sido selecionado para fazer meu mestrado na Faculdade de Medicina na USP em Ribeirão Preto. Em São Paulo, conheci muitos pesquisadores internacionais e fui eleito para fazer um curso de verão em doenças infecciosas em Berlim, na Alemanha. Foi aí que me apaixonei pela cultura e ciência alemãs. Então, quando estava para acabar meu mestrado na USP, apliquei para um programa de doutorado na Universidade de Freiburg, no Sul da Alemanha. O processo de seleção foi bem disputado, com centenas de estudantes internacionais concorrendo a oito vagas. Depois de análise de currículo, carta de motivação, prova oral e várias entrevistas, fiquei muito feliz de ser o primeiro brasileiro a entrar nesse programa. E para fechar com chave de ouro, ainda recebi o prêmio de melhor aluno de doutorado no final. Assim fui para o Instituto Albert Einstein em Nova York, nos Estados Unidos, apresentar os resultados da minha pesquisa com o vírus influenza. Na verdade eu sempre quis essa oportunidade de estudar numa das mais conceituadas universidades do exterior porque eu sabia que as minhas chances de fazer algo diferenciado seriam muito maiores, mas eu não imaginava que eu realmente poderia fazer isso.

Laboratório na Universidade de Freiburg na Alemanha.


Ubaense Ausente outras coisas que ainda quero realizar. Almejo ter meu próprio laboratório e comandar um grupo de pesquisa, por exemplo. E quero contribuir muito mais para o desenvolvimento da ciência. Como é a sua rotina de trabalho? Atualmente tenho muitas reuniões com outros pesquisadores e discutimos quais os mais importantes experimentos para tentar desvendar um mecanismo envolvendo Étori e seu grupo de pesquisa na Universidade de Hong Kong. a relação entre vírus e células. Eu e meu grupo de pesquisa planejamos os experimentos com detalhes e colocamos o plano Hoje você mora na Suíça trabalhando com o que em ação. Estou todos os dias no laboratório trabagosta. Se sente uma pessoa realizada? lhando com culturas celulares, produzindo vírus Terminando meu doutorado, recebi ofertas para em células ou através de técnicas moleculares, trabalhar com pós-doutorado no Instituto Albert usando o computador para interpretar meus dados Einstein, nos Estados Unidos, em Oxford, na Ine comparar com os dados de outros pesquisadores. glaterra e no Instituto Friedrich Miescher na Suíça. Também tenho que mostrar meus resultados para Como a pesquisa na Suíça me interessou mais, eu outros pesquisadores mais experimentes que me decidi me mudar para lá e hoje moro na Basiléia, ajudam a direcionar minha análise. também conhecida como a capital cultural da Suíça. Por todas essas conquistas que eu nunca pensei Você realizou algum grande sonho? Conte-nos que conseguiria, me sinto muito feliz, mas não gosto qual! E há ainda algum não realizado? Se sim, comde dizer que estou realizado porque existem muitas

PROVAS 26/05 SÁBADO

UBÁ BELO HORIZONTE RIO DE JANEIRO VITÓRIA

partilhe conosco. Essa oportunidade de estudar e agora trabalhar num país de ponta é algo que eu sempre quis e consegui realizar. Eu gostaria de poder ficar aqui ou em outro país de escolha por tempo ilimitado e não depender sempre de contratos de trabalho. Tenho um grande apreço pelo Brasil, pelos brasileiros e pela nossa natureza, mas as condições de trabalho e a qualidade de vida aqui são muito melhores. O que mais sente falta de Ubá? Sinto falta da família, dos vizinhos e dos amigos que fiz principalmente nas escolas em que estudei. Também sinto falta da manga Ubá que adorava pegar diretamente do pé e da comida típica mineira. Qual o seu sentimento em relação à Cidade Carinho? Por Ubá eu tenho aquele sentimento saudosista sobre a infância. Apesar dos problemas, a vida simples no interior é algo que me agradava bastante. Sentar no passeio e esperar o tempo passar é algo que eu não faço mais, porém, sinto muita falta.

INSCRIÇÕES ATÉ 18/05 0800.283.4628 0800.037.5600 www.consulplan.net www.fagoc.br


Foto: Art-Photo Digital

Gestão e Negócios Graduada em Processos Gerenciais. MBA em Liderança e Coaching para Gestão de Pessoas. Membro da Abracem (Associação Brasileira de Consultores Empresariais). Nº Registro: A50629. Contato: alexandraperon@yahoo.com.br

Alexandra C. Peron

Gabriela V SÍNDROME DE

ocê já ouviu falar sobre a Síndrome de Gabriela? Para quem não sabe, Gabriela é um personagem de Jorge Amado que virou novela exibida em 1975 e depois em 2012 cujo tema interpretado por Maria Bethânia dizia: “Eu nasci assim, eu cresci assim, e sou mesmo assim, vou ser sempre assim, Gabriela”. E desde então é utilizada para identificar pessoas e organizações que adotam esse mesmo discurso: “Eu sou assim mesmo. Não consigo mudar. Eu já tentei, mas não consigo. Aqui as coisas sempre foram feitas desse jeito; melhor não mexer. Em time que está ganhando não se mexe...” E a Síndrome de Gabriela acabou se tornando uma grande desculpa para a acomodação. No mundo corporativo, o colaborador que não consegue se adaptar a novas ideias, não contribui para o desenvolvimento da empresa e, por consequência, permanece estagnado, muitas vezes sendo excluído do mercado de trabalho. Pessoas que possuem essa síndrome acham que chegaram naquele determinado cargo agindo de uma forma, portanto devem continuar agindo daquela forma. Por outro lado, há também aquele colaborador que se apropria dessa síndrome porque possui benefícios na empresa cristalizando as suas atitudes. Na vida pessoal podemos perceber a Síndrome de Gabriela ao conversarmos com uma pessoa pessimista. “Eu nasci para ser infeliz”, “É o meu destino sofrer na vida e nada nem ninguém pode mudar isso”, são algumas frases típicas de quem não acredita que pode alterar o seu caminho e viver de maneira diferente. Agora você deve estar se perguntando qual a maior causa da Síndrome de Gabriela, e eu te respondo: O MEDO! Medo de vivenciar novas coisas, medo das mudanças, medo da decepção, medo do futuro, medo da incerteza, medo de sentir insegu-

rança enfim, medo de não atingir as expectativas do próximo. Tem alguma coisa que você deseja muito transformar ou criar em sua vida? Quão verdadeiramente comprometido(a) você está com essa transformação? Não há nada de errado em não traçar determinado objetivo, mas existe algo de muito incoerente em querer alguma coisa e não agir para que isso aconteça. Portanto, mais do que palavras, suas atitudes e comportamentos é que demonstrarão o seu nível de comprometimento com essa mudança. Quer falar inglês fluente? Quantas horas você estuda por dia? Quer emagrecer? Quanto você tem cuidado de sua alimentação e feito atividades físicas? Quer ser promovido? O que você tem feito para melhorar seus comportamentos, conhecimentos, habilidades, atitudes e a qualidade de suas entregas no dia a dia? E se você é líder, consciente de que uma de suas principais responsabilidades é trabalhar no desenvolvimento daqueles que estão à sua volta, afaste a Síndrome de Gabriela da sua rotina a fim de que tanto você quando seus liderados possam experimentar a semente e o poder da transformação que todo ser humano carrega dentro de si. Outro fato é que a mudança está cada vez mais acelerada. Com os avanços tecnológicos e das comunicações, o mundo se torna constantemente mais veloz. Também temos o fator densidade populacional. Há mais pessoas no mundo, o que aumenta a concorrência. Portanto, para se destacar em meio à multidão é preciso uma excelente capacidade de adaptação, ou seja, hoje em dia e no futuro sobreviverão aqueles que forem mais ágeis, mais rápidos, mais dinâmicos e assertivos. Portanto, fique alerta para perceber se você também não pegou o vírus da Síndrome de Gabriela. O primeiro sintoma é começar a achar que tudo está bom do jeito que está! Revista Fato! - Março 2018


Foto: Servando Lopes

Marcela Corbelli

Comportamento Por Scarlett Gravina

Empoderamento

Pisicologia Psicologa, Graduada pela Universidade presidente Antonio carlos. Pós graduada em gestão de pessoas. Grupo de estudos e orientação em psicanálise. Cursando psicanálise com crianças e adolescentes. CRP 04/30.453

O FORTALECIMENTO DO PAPEL DA MULHER NA SOCIEDADE

DEPRESSÃO PÓS-PARTO

Q

uando se fala em maternidade, logo vem à mente bebês lindos e saudáveis, alegria familiar, realizações e expectativas, mas, muitas vezes, esse lindo sonho pode se tornar algo difícil e sofrido. Acontece que durante a gestação o organismo passa por várias mudanças que podem desencadear uma depressão pós-parto. No entanto, como identificar se os sintomas apresentados pela mãe são realmente de uma depressão e não se trata de uma tristeza pós-parto? A tristeza pós-parto é algo praticamente fisiológico que acomete cerca de 50% a 80% das mulheres, surgindo por volta do terceiro dia após o nascimento da criança com duração de 10 a 15 dias no máximo. Os indícios mais comuns são irritabilidade, ansiedade, inquietude e determinada tristeza. Já a depressão pós-parto apresenta sinais após algumas semanas do nascimento da criança, os sintomas são mais severos chegando a ser incapacitante e o tempo de duração depende da intensidade, podendo desaparecer espontaneamente, durar meses e até se tornar crônico caso não haja busca pelo tratamento adequado. Estes são alguns indícios da depressão pós-parto: • Ansiedade, sentimento de culpa, descontentamento, desesperança, mudança de humor, raiva, solidão e tristeza; • Choro, inquietação, irritabilidade e isolamento social; • Insônia, pesadelos ou privação do sono; • Falta de concentração, pensamentos indesejados, medo; • Fadiga ou perda de apetite; • Ganho ou perda de peso repentino; • Dificuldade de criar um vínculo com o bebê. É fundamental que se tenha um cuidado especial com a depressão pós-parto, pois, por mais que o tema seja amplamente discutido nos dias de hoje, ainda existe muita gente que trata como “frescura” de algumas mulheres sendo os primeiros a fazerem tal julgamento os próprios membros da família ou pessoas mais próximas à mãe. Conseguir identificar precocemente a depressão e buscar ajuda o quanto antes, aumenta e muito as chances de cura da doença. Por isso, caso você conheça alguém que esteja passando por esse problema ou possa vir a passar, oriente-o a consultar um profissional. Um bom psicólogo e/ou psiquiatra podem ajudar consideravelmente a amenizar esse sofrimento.

(32) 9 9958-4697

(agendamento de consultas pelo telefone)

Rua Cel. Carlos Brandão, 99 Sala 303, Centro, Ubá/MG 24 Revista Fato! - Março 2018

N

os últimos anos, alguns termos como empoderamento, sororidade, feminismo e diversos outros temas relacionados ao movimento de luta das mulheres têm ganhado visibilidade em debates sobre a igualdade de gênero e o papel feminino na sociedade. Diante desse cenário, torna-se importante refletir e entender essas questões que estão fortemente presentes no vocabulário e no dia a dia das pessoas. De acordo com uma pesquisa realizada em 2016 pela Editora Positivo, a palavra empoderamento foi a mais buscada

ROSA MARIA DE SOUZA, 26 ANOS, CIENTISTA SOCIAL

Professora, cientista social e mestranda em Ciências Sociais, Rosa Maria explica que o empoderamento feminino está ligado à independência da mulher, o que abrange a liberdade que ela tem de tomar decisões e de ser quem ela quiser, independentemente de como a sociedade a enxerga. Para Rosa, esse conceito quebra os padrões midiáticos e possui um aspecto coletivo no sentido de fortalecer e empoderar outras mulheres, tema esse, conhecido também como sororidade; união das mulheres. “O empoderamento feminino representa

no dicionário e tem o seguinte significado: “empoderar; conceder ou conseguir poder; obter mais poder; tornar-se ainda mais poderoso”. Para Paulo Freire, um dos principais educadores brasileiros e o primeiro a traduzir a expressão empowerment para o português, empoderar é: “a capacidade do indivíduo realizar, por si mesmo, as mudanças necessárias para evoluir e se fortalecer”. Com a finalidade de esclarecer esse e outros termos associados a perspectiva feminina, convidamos uma cientista social e duas estudantes, todas com vivências diferentes, mas com um desejo em comum: a igualdade social. um esforço constante para mostrar a sociedade e a nós mesmas que não precisamos necessariamente sermos delicadas ou boas donas de casa, é um esforço de cada mulher para se aceitar do jeito que se sente melhor, seja optando por usar maquiagem ou não, seja escolhendo uma profissão ‘feminina’ ou não. É um esforço para mostrar que podemos ser completas sem um companheiro ou uma família, que podemos nos gostar sem nos encaixar em todos os padrões sociais que nos são impostos. Empoderar-se é resistir e fortalecer-se”, enfatiza. Interligada ao empoderamento, a expressão feminismo também se torna importante para o esclarecimento, uma vez que, um termo é consequência do outro. Embora sejam do mesmo universo, o que distingue uma palavra da outra, de acordo com Rosa, é que empoderamento refere-se ao passo para a equidade entre os gêneros, enquanto feminismo, é o movimento que luta pela igualdade. Sobre o posicionamento atual das mulheres na sociedade, a cientista social enxerga alguns avanços em relação aos movimentos femininos, porém, acredita que as conquistas das mulheres não atingem igualmente toda a sociedade. “Acabamos de perder uma grande ativista brasileira, Marielle Franco. Mulher negra,


Comportamento Arquivo Pessoal

nascida na favela, lésbica, que lutava pelos direitos humanos e vinha ganhando grande visibilidade, denunciando, dentro da legalidade, abusos cometidos pelo exército e pela PM. Creio que ela seja um grande exemplo de mulher empoderada. Seu caso é demonstrativo de como a luta não diminui, mesmo que tenhamos evoluído em algum sentido ou outro, retrocessos estão à nossa porta todos os dias e precisamos nos empenhar para manter o que conquistamos e avançarmos ainda mais”, afirma. Segundo a cientista social, é preciso atentarse sobre as questões de gênero e empoderamento, priorizando a empatia e o respeito. “Quando uma mulher busca se empoderar, ela não quer ser mais do que ninguém, nem mais do que ela é, pelo contrário, empoderar-se é procurar ser plenamente você, se desfazendo de padrões e amarras sociais, numa busca constante por transformar a nossa sociedade num espaço de convivência mais justo e equitativo. Empoderar-se é uma forma de lutar para que não precisemos ter medo de andar sozinhas pelas ruas, para chegarmos ao dia em que ninguém acreditará ter direito de violar o corpo alheio por ele ser feminino. Empoderamento faz parte da batalha para que cada vez mais as mulheres sejam vistas como seres humanos, capazes e dignos, merecedores de voz e respeito”, finaliza.

LAVÍNIA LUISA RIBEIRO, 21 ANOS, ESTUDANTE DE JORNALISMO E CAPOEIRISTA

Autoestima, aceitação e representatividade: essas são as ferramentas principais em seu “processo de empoderamento”, como ela mesmo define. Lavínia Luísa, praticante de capoeira desde os 2 anos de idade, é uma jovem mulher que revela sua força através da arte e do posicionamento contra os preconceitos culturais. Criada em um ambiente onde a cultura negra é representada, a estudante de jornalismo cresceu sabendo dos valores éticos baseados no respeito e igualdade. “Nasci nesse meio ainda considerado, por algumas pessoas, masculino. Minha mãe é a primeira

mulher a se formar Mestra de um dos maiores grupos de capoeira do mundo e é o meu exemplo de força. Acho que se eu não estivesse inserida nesse ambiente e se não tivesse crescido na convivência com mulheres resistentes como ela, eu demoraria muito mais a descobrir a minha própria força”, conta Lavínia orgulhosa das suas raízes. Engajada em eventos femininos dentro da capoeira junto com sua mãe, a jovem também tem planos de trazer para a cidade um projeto com a finalidade de promover a união entre as mulheres. “Eu e uma amiga, Naiara Gonçalves, temos nos reunido afim de consolidar uma ideia de criar uma ação aqui em Ubá, seria algo mais ligado a autoaceitação, transição capilar e valorização. Nosso intuito é mostrar que mulheres são lindas e que juntas nos tornamos ainda maiores”, revela Para a estudante, apesar de o empoderamento feminino ser visto hoje como um grande avanço, ainda falta conhecimento do assunto entre algumas mulheres e muitas delas ignoram seus direitos. “É preciso se informar sobre os direitos e os diferentes termos que temos escutado. Não precisamos conhecer tudo, mas é fundamental que tenhamos uma ideia do que é e de como lutar pelo que acreditamos e desejamos. Conversar com outras mulheres, conhecê-las e apoiá-las é essencial”, ressalta


Comportamento sobre a atual posição feminina. Hoje a aceitação dos cabelos naturais é reflexo de uma sociedade mais empoderada e inspirada em mostrar suas características físicas sem algum tipo de limitação. É dessa forma que Lavínia vem deixando sua marca, se aceitando, empoderando e auxiliando outras mulheres da sua geração. “Depois da minha transição capilar e de me conhecer melhor, eu comecei a ter consciência de que também tenho poder. Hoje em dia sou muito mais confiante em relação a diversas áreas da minha vida, pessoal e profissional. Mas ainda considero que seja um processo e a cada dia vou avançando mais”, encerra a estudante.

MYLENA WEBER GRAVINA, 20 ANOS, ESTUDANTE DE LETRAS E ATIVISTA

Dona de uma personalidade expressiva e um estilo próprio, Mylena Gravina não passa despercebida. Cabelo azul, pircieng e tatuagens, revelam sua despreocupação com os estereótipos. Envolvida com o movimento feminista, rodas de debates com outras mulheres e manifestações, a estudante de Letras conta que passou a se engajar mais na luta contra a desigualdade de gênero após conhecer histórias e presenciar posicionamentos de mulheres

em protestos pelos seus direitos. “Sair de uma cidade do interior de Minas Gerais e ir para a capital do estado foi uma mudança intensa. A universidade fez com que eu conhecesse mulheres que colocavam em prática o que eu via na teoria pela internet, porque quando morava em Ubá, eu não conhecia nenhuma coletiva feminista na cidade, não via manifestações nas ruas e nem conhecia muitas pessoas que davam importância ao movimento. No entanto, hoje vejo que a juventude ubaense está bastante engajada e isso me deixa feliz”, comenta. Formadora de opinião, a estudante enxerga o empoderamento como uma luta diária, que vai além de atitudes individualistas. Para ela, a sororidade precisa ser praticada no seu sentido mais fiel: a união entre as mulheres, dando apoio, ajuda e des-

mistificando a rivalidade feminina. “Nós precisamos nos fortalecer e nos cuidar, pois se não formos por nós, quem será? Não adianta apenas empoderar-se, devemos empoderar outras mulheres, ajudá -las em seu caminho. Nós não somos rivais, somos companheiras de luta e de alegria”, declara. Acerca do acesso à informação relacionado ao empoderamento, a jovem acredita que embora as mulheres da atualidade tenham adquirido mais conhecimento de seus direitos, há ainda muitas pessoas que não dispõem da utilização da internet. Contudo, ao seu ver, é ou deveria ser dever de todas as mulheres a consciência de levar informações e compartilhar conhecimentos para que elas se sintam mais seguras no sentido de buscar por seus direitos e entender a importância da igualdade social. Ainda sobre o posicionamento da mulher, Mylena encerra reforçando a ideia de que empoderar-se está ligado à liberdade, a ser quem ela quiser e não quem a sociedade espera que uma mulher seja. “Estou falando de coisas cotidianas como deturpar o molde de mulher ideal reforçado pela mídia. É vestir-se como quiser, é poder escolher não usar maquiagem nenhuma, é não precisar calar-se diante de qualquer tipo de assédio, não ter que sorrir para todos porque uma mulher deve ser amigável, não ter que deixar de ser assertiva para não ser vista como grossa enquanto ser assertivo é visto como qualidade em homens”, conclui.


Foto: Pedro Roque Fotografia

Palavra do Vet Médico Veterinário formado pela UFV e especializado em Oftalmologia Veterinária pelo Instituto Qualittas. Médica Veterinária formada pela UFV e apaixonada por Dermatologia Veterinária.

Dr. Ricardo Silva e Dra. Michele C. Marques

O seu pet tem

mau hálito?

O

s cães e gatos também necessitam de uma boa higiene bucal para manutenção da saúde, assim como nós. Quando não damos a devida atenção para esse tópico, podemos nos deparar com sérios problemas. Qualquer boca, incluindo a nossa, é colonizada por diversas bactérias. Essas bactérias se alimentam de restos alimentares e substâncias da saliva e se depositam nos dentes formando a placa bacteriana. A escovação dentária remove a placa bacteriana, que se forma continuamente. Quando há falha ou demora na escovação, essa placa mineraliza e endurece, se aderindo ainda mais nos dentes, formando o cálculo dentário, popularmente conhecido como tártaro. Tanto a placa bacteriana quanto o tártaro, se não removidos, irritam a gengiva causando a gengivite, linha mais avermelhada na base do dente que pode provocar sangramentos levando a uma doença periodontal. Daí a importância da escovação correta e constante. Um dos primeiros sinais de que algo está errado na boca do seu animalzinho é o aparecimento de mau hálito, ou halitose. Esse odor desagradável é oriundo inicialmente da degradação de restos alimentares pelas bactérias, mas piora com o aparecimento e evolução da gengivite. Uma vez instalada a gengivite, ocorrerão microssangramentos que permitem que algumas dessas bactérias presentes na boca do pet caiam na corrente sanguínea e se espalhem por todo o corpo, afetando órgãos importantes como cérebro, fígado, articulações, e outros, mas principalmente coração e rins. Para evitar esses problemas no seu amigo, o melhor passo é a escovação dentária, a qual deve ser feita como a nossa: de cima para baixo nos dentes superiores e de baixo para cima nos inferiores, utilizando dedeiras ou escovas, de preferência próprias para cães e gatos. Já os cremes dentais devem ser próprios para animais por não conterem flúor (elemento tóxico se ingerido). Existem pastas enzimáticas que pos-

“Para os pets, o recomendado são escovações diárias, mas se não for possível, com no mínimo uma escovação semanal já surgem resultados. O ideal é acostumar a escovar os dentes do animal desde filhote, no entanto, ainda é possível acostumá-lo com a higiene bucal na fase adulta”. suem um desempenho muito melhor. O recomendado são escovações diárias, mas se não for possível, com no mínimo uma escovação semanal já surgem resultados. O ideal é acostumar a escovar os dentes do seu bichinho desde filhote, no entanto, ainda é possível acostumá-lo depois de adulto. Uma dica é criar a rotina de passar uma gaze com caldo de carne, todos os dias no mesmo local e horário. Quando já estiver condicionado, passe para a escova com o caldinho e finalmente para a pasta. Com o tempo ele permite uma escovação melhor. Já para o tártaro não há escolha. Devemos realizar a profilaxia dentária com um ultrassom odontológico e polimento. Esse procedimento é indolor, mas nosso paciente não colabora como humanos, então deve ser realizado sob anestesia geral. A frequência da profilaxia varia de acordo com a higiene bucal e predisposição à formação do tártaro. Leve seu pet regularmente ao seu veterinário de confiança para uma avaliação da saúde oral. Com os devidos cuidados, ele vai manter os dentes fortes e um sorriso bonito até o fim.

Revista Fato! - Março 2018


Convidado Especial Por Natália Meireles

Hipnoterapia

Servando Lopes

COMO A HIPNOSE PODE AJUDAR VOCÊ

A

hipnoterapia, cujo próprio significado já diz, é um tratamento que reúne hipnose e terapia, resultando em uma poderosa ferramenta para os especialistas. Não se sabe ao certo quando o método surgiu, pois embora haja relatos de sua utilização por culturas antigas como persa, grega e egípcia, a hipnose só foi reconhecida como terapia em 1958 pela American Medical Association (Associação Médica Americana). Com 2 anos de experiência na área, o psicólogo Júlio César Dias Custódio esclarece que a hipnoterapia utiliza a hipnose como recurso para acessar o inconsciente, levando o paciente a entrar em um estado de transe. Segundo ele, o método ainda proporciona uma série de benefícios. “A hipnoterapia pode auxiliar no alívio de dores, em doenças psicossomáticas (causadas por questões emocionais) e controle de impulsos (compulsões alimentares, sexuais, vícios, entre outros). A prática também contribui na psicoterapia em tratamentos de fobias, síndrome do pânico, ansiedade e controle de componentes emocionais da depressão”, explica. De acordo com o profissional, a hipnose pode ser aplicada por

Júlio César Dias Custódio Psicólogo e Hipnoterapeuta.

médicos, psicólogos, dentistas, psicanalistas e especialistas que realizem terapias naturais, desde que eles sejam filiados a Associação Nacional de Terapeutas (ANT) e formados em cursos de hipnose clínica. Quer saber mais sobre esse tratamento? O psicólogo Júlio César esclarece as principais questões acerca da hipnoterapia a seguir. Quais benefícios a hipnoterapia traz para a saúde do paciente? São muitos! Considerando saúde como “um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não somente ausência de afecções e enfermidades”, como definido pela Organização Mundial de Saúde (OMS), cada coisa que uma pessoa percebe em si que não sabia, cada potencialidade reconhecida que antes era ignorada, cada dor que é elaborada de forma a permitir uma visão mais positiva de futuro, traz progressos na direção do bem-estar físico, mental e/ou social. Existe algum risco em fazer um tratamento terapêutico que use a hipnose? Não. A hipnose em contexto terapêutico não apresenta risco maior que a psicoterapia. Em outras palavras, o tratamento será conduzido de forma adequada se o profissional for devidamente capacitado e tiver as competências necessárias para guiar o processo. Há alguma restrição cuja pessoa não pode ser hipnotizada? Qualquer pessoa, de qualquer idade, que seja capaz de manter um diálogo lúcido, pode se beneficiar da hipnoterapia. Quando se está em transe, o que o paciente sente? Cada pessoa vivencia o transe de uma maneira diferente. É uma experiência única e prazerosa. A pessoa em transe continua ciente do ambiente ao seu redor e em circunstância alguma corre o risco de “ficar presa” no transe. Existe um medo por parte do paciente de perder o controle de si no momento de transe. Isso pode acontecer? Não. Muitas vezes a pessoa chega com esse medo, mas a partir das explicações

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sobre o processo, ela se sente segura e tranquila. Em momento algum a pessoa perde o controle de si. Alguns procuram a hipnoterapia como forma de regressão, certo? Como ocorre essa regressão de idade buscando lembranças sobre uma vida passada? Quando se fala de regressão na hipnose, estamos falando de regressão a momentos do passado, como a infância. Além disso, muitas pesquisas também preveem a regressão até a vida no útero da mãe. A polêmica nesse sentido se dá pela associação com vidas anteriores a esta, dentro de uma perspectiva reencarnacionista. Entretanto, na hipnose terapêutica, regressão significa levar o paciente a ter contato com fatos de seu passado, geralmente de sua infância, para dessa forma reelaborar conflitos, bloqueios e sofrimentos que têm consequências no presente. Recentemente a novela “O Outro Lado do Paraíso” mostrou um tratamento para trazer lembranças de traumas esquecidos. Isso seria possível? Como acontece esse processo? Sim, é possível! Trata-se de uma utilização que traz resultados muito significativos dentro do processo terapêutico. Sendo o transe um estado de alta concentração, é possível acessar memórias há muito tempo esquecidas. A partir da lembrança de fatos antes ignorados, com a ajuda do psicoterapeuta, é possível reelaborar aquela experiência, modificando a relação do paciente com a dor e o sofrimento, promovendo então a vivência do presente de forma mais plena. Espaço aberto para agradecimentos. Amo o que faço, por isso invisto e me dedico muito a aprimorar meus conhecimentos e competências, buscando os melhores cursos de aperfeiçoamento do Brasil. É uma satisfação enorme poder auxiliar as pessoas a encontrarem ou reencontrarem o prazer de viver, a perceber as belezas da vida e a compreender que as crises pelas quais se passa são oportunidades ímpares de crescimento. Esse é o meu trabalho, esse é o meu prazer!

(32) 3532.7200 Ser Natural Ubá clinicasernatural sernaturalclinica@yahoo.com.br Rua Santo Antônio, nº 298, Centro, Ubá/MG (Próximo ao IPSEMG - Estacionamento Próprio).



Foto: Fotografe

Contabilize Contador; consultor tributário; professor de graduação no curso de Ciências Contábeis. Site: www.pmrassessoria.com.br; E-mail: pm@pmrassessoria.com.br

Paulo Marcos Marques Roque

Órgãos Representativos Saiba a importância sobre as atividades contábeis

U

ma frase que embala várias dinâmicas, reflexões e demais momentos corporativos é: “a união faz a força!” E de fato posso dizer que é verdade. Temos exemplos de órgãos ou grupos de pessoas que são reconhecidamente constatações de sucesso no que se propõem. Vale ressaltar que independente de outras finalidades específicas, um grupo tem sempre o intuito de representar bem os seus integrantes. E aí começo a tocar de maneira incômoda em um assunto delicado da classe contábil da nossa região: como está essa representatividade? Nesse sentido, lembro-me de, tempos atrás, ter ido a algumas reuniões de contadores, ocasião em que eu ainda nem era empresário no segmento, ou seja, eu ia a essas reuniões para estar ciente de assuntos que me interessavam por conta da profissão e para estar ao lado de pessoas que com certeza teriam algo a agregar na minha projeção profissional. Eram as reuniões da extinta ASCONT – Associação dos Contadores de Ubá e Região. Eu enxergava naquele órgão, na maneira que seus “diretores” falavam, um instante em que me sentia compreendido, blindado e até mesmo motivado para a lida de um escritório contábil, que convenhamos não é muito fácil, pois requer dinamismo, competência e até mesmo paciência. Porém, muito repentinamente aquele ambiente de segurança acabou.

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“Vale ressaltar que independente de outras finalidades específicas, um grupo tem sempre o intuito de representar bem os seus integrantes. E aí começo a tocar de maneira incômoda em um assunto delicado da classe contábil da nossa região: como está essa representatividade?” As reuniões foram ficando cada vez mais vazias, até que não existia mais quórum suficiente para se aventurar a agendar uma nova data. Houve tentativas isoladas, como montar um GE, chamado Grupo de Estudos, que era gratuito, mediante participação de algumas pessoas direcionadas por um profissional que estivesse disposto a organizar ou trocar orientações técnicas. O GE teve algumas edições e mais rápido do que aconteceu com a ASCONT, também encerrou suas atividades. Mais uma frustração coletiva. No entanto, alguém pode questionar que o contador possui um órgão: o CRC, Conselho Regional de Contabilidade que inclusive tem a obrigação anual de recolhimento da taxa institucional. Porém, acontece que esse órgão foi alvo de críticas pelo distanciamento em um passado recente e até

mesmo no presente dos profissionais contábeis da nossa região. Mas há uma luz no fim do túnel! E sabe qual é? Os próprios contadores. No final do ano passado, na última eleição do CRC MG, para mudança de dois terços das diretrizes da instituição, tivemos como parte da equipe vencedora, uma contadora que reside em Ubá-MG. Isso é um avanço! Vejo com bons olhos também a áurea em que percebo alguns profissionais novos, chegando com vigor e pensamento coletivo não apenas da representatividade, mas como também de colaboração mútua. Com certeza o caminho é esse. Lembrando que é essencial que esses novos profissionais tenham o direcionamento e acompanhamento daqueles que possuem uma bagagem maior e que sabem por experiência própria o caminhar da dificuldade cotidiana das atividades contábeis.

FATO É: Será desses profissionais, tanto os mais antigos quanto os mais novos, que deve florescer a consciência de que a união faz a força! Eu apoio e torço para que isso aconteça, e assim tenhamos novas páginas da história, hoje estagnada, da ASCONT, grupos de estudos e da nossa representatividade.


Foto: Fotografe

Conectados Jornalista, especialista em Assessoria de Comunicação, Gestão da Comunicação nas Organizações e pós-graduanda em Gestão de Pessoas e Coaching. É uma verdadeira apaixonada por internet e pelas mídias sociais. Além disso, é dona do Boteco Feminino (www.obotecofeminino.com.br).

Rafaela Namorato

Divulgação

JOVENS COMEÇAM A DAR ADEUS AO

E

m seu planejamento, o Facebook já previa uma queda no número de usuários mais jovens. O que a empresa talvez não esperasse é que essa saída aconteceria tão cedo e tão rápido. Um levantamento feito recentemente pelo eMarket mostrou que, mesmo a rede social ainda ganhando novos usuários todos os meses, o número de jovens segue caindo em ritmo mais acelerado do que o previsto. A pesquisa mostrou que, somente neste ano, menos da metade dos internautas americanos na faixa de 12 a 17 anos usam o Facebook menos de uma vez por mês. Importante ressaltar que essa é a primeira vez que isso acontece com a rede social desde a sua criação.

“Ao contrário do que algumas pessoas imaginam, esses jovens não estão abandonando o Facebook e migrando totalmente para o Instagram (outra rede social de Mark Zuckerberg). Uma das suposições sobre a saída deles do Facebook é o fato de estarem em busca de alternativas que proporcionem uma comunicação mais rápida e prática. Por isso, muitos estão deixando a rede social e optando por utilizar serviços como o WhatsApp, o próprio Snapchat e até mesmo o Twitter”.

Os dados ainda dão conta de que o Face tenha perdido algo em torno de 2,8 milhões de usuários com menos de 25 anos nos Estados Unidos no ano passado. Além disso, outros 2 milhões de usuários, com idade abaixo dos 24 anos, deverão deixar a rede social ainda em 2018. Embora os dados façam referência aos norte-americanos, o Brasil também já sinaliza o mesmo comportamento. E, ao contrário do que algumas pessoas imaginam, esses jovens não estão abandonando o Facebook e migrando totalmente para o Instagram (outra rede social de Mark Zuckerberg). Uma das suposições sobre a saída deles do Facebook é o fato de estarem em busca de alternativas que proporcionem uma comunicação mais rápida e prática. Por isso, muitos estão deixando a rede social e optando por utilizar serviços como o WhatsApp, o próprio Snapchat e até mesmo o Twitter. E por falar em Snapchat, na contramão dos que acreditavam que o aplicativo estava perto do fim, o levantamento mostra que a rede social deve receber mais de 1,9 milhões de pessoas abaixo dos 24 anos, contra 1,6 milhões de novos possíveis usuários do Instagram. Existe ainda a possibilidade do Snap superar o Insta nos grupos entre 12 e 24 anos. Ainda que isso se concretize, o Instagram continuará a liderar o ranking em número de usuários. O aplicativo já conta com aproximadamente 105 milhões de fãs ativos. Enfim, há quem diga que a verdade é que os jovens estão dando adeus à rede social exatamente por conta do aumento do público considerado mais velho. Isso porque, os pais desses jovens também fazem parte desse grupo e com a presença deles no Facebook, os filhos acabam se sentindo menos à vontade e monitorados o tempo todo. Sendo assim, vamos aguardar as cenas dos próximos capítulos e conferir qual será o posicionamento da empresa sobre isso ou se haverá alguma outra novidade para tentar reverter esse quadro. Revista Fato! - Março 2018


Fato Especial Por Vanessa Santos

qual o papel de cada um? APÓS POLÊMICA EM NOVELA GLOBAL, ESPECIALISTAS EXPLICAM A REAL NECESSIDADE DE AMBOS OS PROCEDIMENTOS Laura explica a Clara tudo o que Vinícius fez com ela na infância O OUTRO LADO DO PARAÍSO

O

s limites entre a ficção e o factual parecem estar cada vez menores. Na tentativa de se aproximar da vida real, as novelas reproduzem situações cotidianas que muitas vezes acabam despertando discussões na sociedade. Na trama de horário nobre da Globo, “O Outro Lado do Paraíso”, a personagem Laura (interpretada por Bella Piero) descobre em uma sessão de coaching que foi abusada sexualmente durante a infância pelo padrasto. No entanto, o fato da menina ter compreendido a raiz de seus traumas por intermédio da coach Adriana (vivida por Julia Dalavia) gerou um

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descontentamento por parte do Conselho Federal de Psicologia (CFP) que enviou uma carta aberta a Rede Globo alegando que a emissora teria prestado um “desserviço à população brasileira ao tratar com simplismo” um problema de tamanha delicadeza. Desde então, muito se tem falado a respeito do assunto que abriu margem para a discussão sobre o que é o coaching, qual a finalidade do método e no que ele se difere da psicoterapia, uma vez que ambos recursos trabalham o autoconhecimento e exploram potencialidades. Logo, a qual processo recorrer? Convidamos dois profissionais habilitados para esclarecer o assunto que provocou dúvida e curiosidade entre a população.


Fato Especial Divulgação

O QUE É O COACHING? Ao pé da letra, coaching vem da palavra inglesa coach que significa treinador. A técnica, que movimenta cerca de US$3 Bilhões ao ano nos Estados Unidos, ainda é novidade para muitos brasileiros, no entanto, segundo informações da International Coach Federation (ICF), o mercado de coaching apresentou um crescimento superior a 300% em nosso país nos últimos anos. O processo realizado entre o coach, profissional certificado na área, e o coachee, que é o cliente, dura em média dez sessões, geralmente semanais, que visam otimizar a busca do indivíduo por um determinado objetivo. “O coaching é um processo orientado de transformação no qual o coach auxilia o coachee a encontrar, dentro de si, tudo o que precisa para realizar seus sonhos”, explica o coach e professor Fausto Coimbra. Segundo ele, a abordagem pode ser entendida como uma metodologia de desenvolvimento humano, que proporciona mudanças rápidas e sustentáveis em qualquer âmbito e/ou contexto, por meio da utilização de um “mix” de ciências. Para ajudar o indivíduo a alcançar o objetivo

“Normalmente procura-se o coaching para melhorar resultados atuais ligados ao trabalho (gestão de carreira), a assertividade e/ou a perspectiva da pessoa quanto ao futuro, não sendo tão profundo quanto a psicoterapia, que é mais indicada para o tratamento de conflitos internos, traumas e outras situações afins”. Camila Paschoalino Lavorato

estabelecido que pode ser de ordem profissional, financeira, pessoal, entre outras, o coach aplica uma série de ferramentas e testes. “O coaching utiliza mecanismos ligados à área de psicologia, comunicação, gestão, programação neurolinguística (PNL), neurociência e afins. Como forma de gerar mais autoconsciência no coachee, são utilizados, por exemplo, tanto testes de perfil comportamental mais lúdicos, como o dos animais (lobo, tubarão, gato e águia) muito aplicados por RHs, quanto testes cientificamente comprovados, como o Coaching Assessment, baseado na metodologia DISC”, afirma o profissional formado pelo Instituto Brasileiro de Coaching (IBC). Segundo ele, a partir do momento em que o cliente começa a se conhecer melhor, ele entende porque se comporta de determinada maneira, tendo assim, mais condições de mudar de postura, aproximando-se da finalidade que o fez iniciar o processo: “se a pessoa tem um objetivo ou quer descobrir qual é o seu objetivo na vida, o coaching poderá auxiliá-la. O processo vai fazer perguntas chamadas de ‘perguntas poderosas’ que irão conectar o indivíduo com ele mesmo através de recursos objetivos e subjetivos que facilitarão o passo a passo para ele chegar onde deseja”.


Fato Especial

Foto: Pedro Roque Fotografia

COACHING NÃO É PSICOTERAPIA

“A psicoterapia possui um caráter clínico, baseado em diagnóstico e aconselhamento, tendo como propósito investigar e analisar os conteúdos trazidos pelo paciente buscando a resolutividade dos conflitos apresentados”. Foto: Arquivo Pessoal

Camila Paschoalino Lavorato

Coaching não é tratamento! Para a psicóloga e mestranda em psicanálise, Camila Paschoalino Lavorato, o coaching visa o alcance de metas enquanto a psicoterapia zela pela saúde mental e bem -estar do paciente buscando sanar demandas que o estejam obstruindo de alguma forma. “Apesar de serem processos parecidos, pois buscam momentos de reflexão e de entendimento pessoal, as técnicas empregadas são distintas. A psicoterapia possui um caráter clínico, baseado em diagnóstico e aconselhamento, tendo como propósito investigar e analisar os conteúdos trazidos pelo paciente buscando a resolutividade dos conflitos apresentados. Já o coaching não busca esse ‘olhar clínico’, não é uma ferramenta adequada para lidar com problemas psíquicos e transtornos mentais; o foco encontra-se em atingir objetivos específicos”, pontua. “As duas técnicas têm seus valores e eficiência, variando de acordo com a necessidade de cada indivíduo”, afirma Camila. Segundo ela, dependendo da pretensão, a pessoa pode fazer uso de ambos procedimentos, uma vez que a psicologia irá potencializar o coaching e vice-versa. “Não há (a meu ver) nenhuma contraindicação ao realizar os dois processos de forma conjunta, mesmo porque a abordagem dos profissionais é diferente e muitas vezes complementar. Normalmente procura-se o coaching para melhorar resultados atuais ligados ao trabalho (gestão de carreira), a assertividade e/ou a perspectiva da pessoa quanto ao futuro, não sendo tão profundo quanto a psicoterapia, que é mais indicada para o tratamento de conflitos internos, traumas e outras situações que possam refletir na saúde emocional do paciente”, completa.

QUAL FOI O GRANDE EQUÍVOCO DA NOVELA?

“O coaching é um processo orientado de transformação no qual o coach auxilia o coachee a encontrar, dentro de si, tudo o que precisa para realizar seus sonhos”. Fausto Coimbra 34 Revista Fato! - Março 2018

Embora Fausto acredite que o coaching não tenha sido usado como tratamento para o problema da personagem na novela, pois ela apenas descobriu a razão de seu trauma durante o processo, ele é enfático ao dizer que o autor Walcyr Carrasco poderia ter mostrado a atuação de um profissional da área de maneira mais clara. “No decorrer das sessões, a Laura apenas revelou o que houve realmente com ela, não estava acontecendo um tratamento. Ela só estava trazendo o fato pra superfície. Entretanto, não vou dizer que o coaching foi apresentado da melhor forma. A novela trouxe o processo num contexto de uma pessoa que demonstrava precisar de uma abordagem terapêutica. Portanto, fica claro que isso é um cuidado que ultrapassa os limites da nossa

profissão”, declara. Para Camila, a abordagem provocou um descontentamento genuíno por parte dos psicólogos ao minimizar a magnitude da questão, o que acabou desencadeando em novos rumos para a trama: “em nota de esclarecimento, o Conselho Federal de Psicologia relatou que a emissora tratou de forma simplista um sofrimento mental profundo por parte de quem passa por esse tipo de abuso, desqualificando assim a função do psicólogo, tendo em vista que a profissional que realizou o atendimento não tinha formação na área psíquica. O pronunciamento do CFP e de diversos profissionais da área gerou tamanha repercussão que, em capítulos posteriores, a emissora mencionada encaminhou a personagem para a psicoterapia. Penso assim que a novela percebeu o grave erro ético cometido e retratou¬-se”.

RESSIGNIFICANDO... De acordo com o coach, é importante salientar ainda, que cada método busca atender o indivíduo com base em abordagens distintas, uma vez que eles têm finalidades diferentes. “Posso dizer que o coaching trabalha no presente orientado para o futuro. O cliente tem a oportunidade de saber mais sobre crenças que tem no momento e se elas lhe fortalecem ou limitam, independente da origem das mesmas. Logo, ele pode ressignificar as crenças que considerar importantes para alcançar a meta estabelecida no processo. Por outro lado, a terapia, pelo que sei a respeito, age de outra forma, a pessoa chega com uma incapacidade no presente que geralmente vem de um acontecimento no passado. Então a psicologia muitas vezes “olha” para o passado a fim de poder ressignificá-lo e assim o paciente conseguir desbloquear o que o impossibilita de plantar no presente o que ele deseja colher no futuro”, comenta Fausto. Apesar das diferenças mencionadas, Camila destaca que o coaching e a psicoterapia podem sim caminhar juntos, somando forças e proporcionando uma grande evolução ao ser humano. “Autoconhecimento: essa é a palavra que, para mim, une os dois processos, objetivando estabelecer a autonomia, a responsabilidade de si mesmo, a motivação e o desejo daquele indivíduo que buscou por ajuda. Cada um de nós é um ser único. Carregamos nossa história singular e insubstituível. Buscar por ajuda pode mudar toda uma vida (a sua e a de seus descendentes). Não hesite em fazê-lo!”, conclui.



Foto: Iron BIKE Brasil

Cidade Por Scarlett Gravina

Giro de Ubá

UBÁ ABRE AS PORTAS PARA O

Vendedor; Ciclista por paixão; Um dos organizadores e idealizador do Giro de Ubá e Membro do Galo da Madrugada.

COLÉGIO TIRADENTES

Bruno Simplício

Giro 2018 a todo vapor

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Giro de Ubá, conhecido como um dos principais eventos de ciclismo do Brasil, já teve seu pontapé inicial! No sábado dia 3 de fevereiro, aconteceu a entrega de um carro Fiat Mobi 0 km para o presidente da APAE Ubá, Francisco Eustáquio. O automóvel veio através de uma parceria muito bacana entre a turma do Galo Fest (patrocinadora do Giro 2018) e a organização do Giro, que juntos fizeram a doação no intuito de arrecadar fundos para a referida entidade. Com o carro, a APAE, o Galo Fest e o Giro irão promover uma ação entre amigos cujo sorteio será realizado no dia 5 de agosto durante a 5ª edição do grande evento de ciclismo que acontece no Horto Florestal. Os participantes do Giro poderão adquirir seus bilhetes junto com a inscrição no site, já os amigos que quiserem adquirir a rifa, devem procurar a sede da APAE ou algum organizador da ação. E a solidariedade não para por aí! Este ano, o Giro e o Galo Fest irão contribuir com o Núcleo Regional de Voluntários de Combate ao Câncer (NRVCC). Dia 3 de fevereiro, também foi entregue a instituição uma moto Yamaha 0 km com o mesmo propósito do sorteio e arrecadação de recursos. Como falamos um pouco sobre a filantropia, agora vamos ao evento! O Giro de Ubá 2018 já tem data marcada e promete fortes emoções. Na sexta, dia 3 de agosto, os ciclistas de plantão começam a esquentar os tamborins com o Baile do Giro, que este ano acontece no clube mais tradicional da cidade, o Tabajara. Uma linda festa já está sendo preparada! No sábado (4), as atrações não param. O Horto Florestal que abre suas portas para o público a partir das 13h00min. A programação inclui o desafio XCO, com uma prova de tirar o fôlego, e o adorável Girinho para a criançada, com direito a medalhas e prêmios! Além das recreações, os shows durante a noite garantem agitar a galera. No domingo (5) as 7h00min começa tudo novamente, após a concentração dos ciclistas, as 8h00min sai o tradicional passeio dando uma volta no centro da cidade e partindo para um trajeto que irá surpreender a todos mais uma vez... Uma super estrutura te aguarda. Pode treinar bastante, pois iremos te levar nas nuvens no Giro 2018! Abraço e até a próxima!

ENSINO DE TRADIÇÃO MILITAR DESPERTA A CURIOSIDADE DA POPULAÇÃO

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aseado na doutrina militar o tradicional Colégio Tiradentes refere-se a uma instituição de ensino público da Polícia Militar de Minas Gerais. Executando um trabalho educacional há cerca de um mês em Ubá, a nova unidade do colégio tem despertado a curiosidade entre a população da Cidade Carinho e até mesmo entre pais de alunos de outras instituições. Localizado na antiga escola estadual Cândido Martins de Oliveira, o colégio, apesar do pouco tempo de atuação na cidade, já conta com aproximadamente 400 alunos do ensino fundamental 1 e 2. De acordo com o Capitão

“Nós queremos formar além do profissional, um cidadão que seja respeitador e ético, que possa seguir na sociedade fazendo boas ações”.

Capitão Ivan Arrighi.

36 Revista Fato! - Março 2018

Arrighi, um dos idealizadores do projeto, a procura tem superado as expectativas. “Durante a escolha da escola, fizemos um acordo com o Estado e a Secretaria de Educação; receberíamos todos os alunos que estivessem matriculados na escola, não iríamos tirá-los, mas a prioridade inerente ao regime da instituição


Cidade Revista Fato!

Alunos em posição sentido.

são os dependentes diretos de policiais militares bem como os filhos de funcionários civis que trabalham na Polícia Militar. Logo, as vagas que restantes seriam destinadas a um sorteio realizado de acordo com as inscrições no site”, explica o Capitão. Com o intuito de pregar disciplina, respeito, responsabilidade e senso de conduta, o Colégio Tiradentes preza pela formação de cidadãos comprometidos com os valores humanos. Acerca da diferença do ensino com fundamentos militares em relação a outras escolas, o Capitão e dirigente do colégio destaca: “O Colégio Tiradentes tem como base a disciplina e é semelhante a outros colégios, pregamos valores à pátria, aos símbolos nacionais e as pessoas que trabalham conosco. Como método de ensino, os alunos possuem livros didáticos, apostilas, acompanhamento com professores e nosso ano letivo é maior que o das escolas públicas, além de termos também atividades aos sábados”, conta. Uma característica que também diferencia a instituição são os uniformes, os quais são uma das regras que os estudantes precisam cumprir todos os dias. Segundo o dirigente, a coordenação fez uma campanha de apadrinhamento a fim de conseguir apostilas para os alunos de comunidades carentes e também entrou em contato com outras unidades do Colégio Tiradentes com o objetivo de conseguir as vestimentas. “Foi muito gratificante saber que

todo mundo colaborou, os meninos estão todos uniformizados, os que ainda não estão é porque foram chamados há pouco tempo. As apostilas e os livros didáticos também já foram adquiridos”, pontua. Assim como a vestimenta, o restante do visual também deve seguir as normas, como o cabelo em corte tradicional para os meninos e coques alinhados para as meninas. São proibidos cabelos coloridos, piercings, celulares, entre outros. Ao chegarem ao colégio, os estudantes são submetidos a uma espécie de revista feita por uma equipe responsável alguns minutos antes das aulas, momento que inclue o asteamento da bandeira e o ato da

continência. De acordo com o Capitão, o colégio visa manter uma relação de pais e filhos, uma vez que a participação nos estudos é fundamental para o desenvolvimento educacional da criança. “Meu compromisso é que os pais dos nossos alunos tenham orgulho e não se arrependam, já falei nas reuniões de professores que podem reclamar que o colégio está feio, sem pintura e não tem ar condicionado nas salas de aula, mas a qualidade do ensino, isso pra mim não tem meio termo. É fundamental que nós mantenhamos essa missão que o Colégio Tiradentes prega”, finaliza o dirigente, otimista e orgulhoso do trabalho desempenhado.

Turma do turno da tarde uniformizada durante uma aula. Revista Fato! - Março 2018

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Aconteceu Por Scarlett Gravina

Servando Lopes

MAIOR FEIRA DE MÓVEIS DE MINAS GERAIS MOVIMENTA UBÁ COM 12 MIL VISITANTES DE DIVERSOS LUGARES DO BRASIL E DO EXTERIOR

O “Participei de todas as edições e sempre tive resultados positivos, mas este ano me surpreendi com a estrutura e com a qualidade dos móveis. Os lançamentos estavam lindos, consegui realizar excelentes investimentos”. (Walter Dimas, lojista). 40 Revista Fato! - Março) 2018

Pavilhão de Exposições do Horto Florestal de Ubá abiriu as portas para a 13ª edição da FEMUR, a maior feira de móveis de Minas Gerais. Durante os dias 26 de fevereiro a 1º de março, lojistas de diversas regiões do Brasil e até de outros países tiveram a oportunidade de fecharem negócios no setor moveleiro e ainda ampliar a cartela de contatos de fornecedores. A fim de destacar o produto, todos os estandes foram padronizados proporcionando ao expositor maior facilidade na montagem e menor investimento em estrutura. “O novo formato agradou a todos. Com estandes padronizados, o diferencial estava realmente no produto. Fizemos um teste do formato na Mostra de Móveis de Ubá, que foi realizada em janeiro de 2017 e, com a grande aprovação, adaptamos o projeto para a FEMUR. Acreditamos que esse seja o modelo utilizado a partir de agora, já que além de valorizar o móvel, facilita o acesso aos estantes e é mais econômico”, afirma Ludmila Oliveira, assessora de comunicação do sindicato responsável pela realização do evento, o Intersind. Com cerca de 12 mil visitantes e 85 expositores, a feira foi marcada por gerar um grande número de negócios, o que superou as expectativas do empresariado. O diretor presidente da Divina Decor, Agostinho Batista, participou pela primeira vez como expositor e conta que se surpreendeu com a magnitude do evento. “Havia muitos expositores e logistas, conseguimos o espaço em cima da hora, tivemos que criar modelos novos para apresentar aos visitantes... Foi trabalhoso, mas, ao mesmo tempo, gratificante. A FEMUR representa um avanço para nós da Divina Decor, por sermos uma empresa com apenas 4 anos de experiência”, diz. “Achamos tudo muito bem organizado, principalmente em relação ao buffet. Outra melhoria foi a estrutura padronizada, ficou melhor para recepcionar os


Aconteceu visitantes”, completa Agostinho. Segundo o lojista Walter Dimas da cidade de João Molevade, a feira foi uma ótima oportunidade para fechar bons negócios. “Participei de todas as edições e sempre tive resultados positivos, mas este ano me surpreendi com a estrutura e com a qualidade dos móveis. Os lançamentos estavam lindos, consegui realizar excelentes investimentos”, comenta Walter. Durante a FEMUR também aconteceu a cerimônia de entrega da segunda edição do Prêmio Design Sustentável. Para receber os troféus foram convidados: Michel Pires, em nome da Modecor, ganhadora do primeiro lugar, Leandro Melo, representando a Cozinhas Itatiaia em segundo lugar, e Franciele Aparecida, representante da House Decor em terceiro lugar. Em nome da comissão julgadora, o secretário municipal de Ambiente e Mobilidade Urbana de Ubá, Vicente de Paulo Pinto, e os instrutores de design de móveis, Maria Noemi Arruda e Marcelo Dias, foram os responsáveis pela entrega dos prêmios aos vencedores. Além de toda a movimentação no Pavilhão de Exposições do Horto Florestal,

a feira também exerce um papel importante para a cidade de Ubá, principalmente no que se refere a economia local. Pensando nisso, o Vieirão vestiu a camisa literalmente e apoiou a FEMUR recepcionando os visitantes com mensagens de boas vindas no estacionamento do supermercado. “No intuito de apoiar a feira, as funcionárias vestiram uma camisa feita especialmente para a FEMUR e toda a equipe do Vieirão recebeu os visitantes de braços abertos”, afirma a sócia-proprietária do supermercado, Izabel Cristina Vieira Guimarães. De acordo com a assessoria do Intersind, o evento superou as expectativas e ultrapassou a marca das edições anteriores. “Já estamos trabalhando na FEMUR 2020, buscando cada vez mais realizar uma feira com foco no produto e na geração de negócios”, completa Ludmila que aproveita para agradecer aos empresários presentes. “Gostaríamos de externar nossa gratidão aos 85 expositores que confiaram no trabalho do Intersind, aos lojistas pela visita e a todos que contribuíram de alguma forma para o sucesso da 13ª edição da FEMUR”, conclui.

Representantes das empresas vencedoras do Prêmio Design Sustentável.

Presidente do Intersind, Aureo Barbosa.


Por Toda a Minha Vida Por Vanessa Santos

Ana Maria e as surpresas do destino UBAENSE GAROTA PROPAGANDA DA TV RIO NA DÉCADA DE 60 RETORNA À CIDADE CARINHO E ENCONTRA REFÚGIO NO ASILO SÃO VICENTE DE PAULO

“Deixe-me ir Preciso andar Vou por aí a procurar Rir pra não chorar Se alguém por mim perguntar Diga que eu só vou voltar Depois que me encontrar”. (Candeia)

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reciso me Encontrar”, interpretado pelo mestre Cartola, é um dos sambas que mais identificam a história da nossa personagem desta edição. Ana Maria da Silva Cunha é daquelas mineirinhas inquietas que projetavam no Rio de Janeiro uma chance de fazer seu destino. Natural de Ubá e criada na roça, próximo à Pedra Redonda, ela conta que desde pequena já sonhava em se mudar para uma cidade maior. “A minha cabeça sempre foi sair de Ubá”, revela a senhora, hoje com 74 anos. Dona de uma memória lúcida e traços delicadamente expressivos, Ana Maria se emocionou, sorriu, voltou no tempo e relembrou boa parte da sua vida em entrevista concedida a equipe de reportagem da Revista Fato! Nascida na década de 40, ela veio de uma família simples e de normas extremamente rigorosas, conforme característico da época. Filha de Vital Cunha e Jacira Silva Cunha, ela tinha o pensamento um tanto quanto incomum a seus irmãos. “Eu tinha uma diferença com a minha mãe porque eu era muito rebelde, era aquela criança que veio trazendo a nova geração, então tudo que eu falava e que eu fazia era um choque, apanhei muito para aprender o regime dos meus... Gostava de ganhar um dinheirinho, mas minha mãe não me deixava vir pra cidade trabalhar porque eu era muito danada”, recorda. 42 Revista Fato! - Março 2018

Ana Maria da Silva Cunha (74) no Asilo São Vicente de Paulo

Atrevida e corajosa, a garota se planejou para fugir de casa assim que completasse 18 anos. “Consegui o endereço de uma família ubaense que morava no Rio, peguei um ônibus para lá e pintei na casa deles”. Sem contar que havia fugido, a menina logo tratou de conseguir um emprego e se mudar com medo de ser descoberta. Esperta, a mineirinha se ajeitou em uma pensão e começou a trabalhar para um casal. Ana costumava acompanhar sua patroa à praia, até que em um desses passeios houve uma grande surpresa. “Chegamos à praia e eu fui escolhida para ser garota propaganda. Tinha um pessoal lá da TV Rio da época que me perguntou se eu não queria fazer comercial e eu aceitei”, conta. Moça muito bonita, ela passou a ser chamada para vários anúncios. Até que veio o período eleitoral cujos políticos gravavam diversos programas e lá estava a jovem ubaense. “Eles me enfeitavam e eu ficava muito bem aparentada, aí conheci um senhor, me apaixonei por ele e ele por mim”. O rapaz era irmão de um famoso deputado da época e logo

a convenceu a abrir mão de seus trabalhos na TV, que segundo ele era “coisa de mulher que não prestava”. Inocente, ela aceitou a imposição do namorado. “Comecei a frequentar uns jantares políticos muito chiques, cheios de talheres, mas eu era uma menina naquele meio e aos poucos fui notando a violência que existia entre eles. Meu companheiro não me deixava pintar cabelo, usar maquiagem, nem ter amiga, ele tinha muito ciúme de mim. Então comecei a ficar com medo daquela situação e decidi fugir”, conta a moça que escolheu a capital paulista como seu próximo destino. Endereçada a um pensionato só de mulheres, Ana se estabeleceu em São Paulo e logo arrumou um serviço. “Eu chorava muito com saudade do meu companheiro e das pessoas que deixei em Ubá, mas sempre tinha em mente trabalhar para enviar dinheiro pra minha família, só que não tinha contato com eles por medo deles irem atrás de mim”, afirma a ubaense, que logo se adaptou a nova vida. “São Paulo era um lugar muito bom, a gente trabalhava, ganhava super bem, o povo era excelente, muito educado e assim eu fui mudando de emprego para melhor. Eu tive sorte, mas tinha um pouco de beleza também”, completa. Com a nova realidade, veio junto um novo amor. Foram meses recebendo flores, presentes e telegramas, até que a moça se rendeu novamente. “Comecei a namorar um senhor e em seguida ele deu uma festa de noivado. Depois de um tempo, alugou um apartamento para eu morar até nos casarmos. Começamos a trabalhar juntos e como o salário que eu ganhava era todo para mim, fui guardando dinheiro. Eu andava no pique da Globo, porque ele gostava de me ver muito bem. Como uma


Por Toda a Minha Vida Revista Fato

menina do interior eu pensava que estava arrasando, tinha aliança de baguete, chuveiro de brilhante, joias, tinha tudo... Até meu castelo desmoronar”. Foram mais de 10 anos de relacionamento e promessas de um casamento que nunca aconteceu. Até a mocinha descobrir que o rapaz era casado. Em uma ligação cruzada no trabalho, ela o ouviu falando com a esposa que morava em outra cidade. Ele era pai de três filhos e a notícia caiu como uma bomba na vida de Ana Maria. “Aí veio o choque, a doença, meu castelo era imenso, eu era uma princesa. Fiquei 21 dias adoecida e sem falar, mesmo assim meu noivo não se separou de mim. Então coloquei na minha cabeça que ia ficar com ele, mas assim que conseguisse esquecê-lo eu o abandonaria. Assim o fiz. Compramos um apartamento, vivemos juntos mais um tempo e no dia que deixei de gostar dele, eu chutei ele. Mas eu fiz a maior besteira da minha vida, não deveria ter deixado uma pessoa que foi boa demais para mim. Posso dizer que foi a única pessoa que me amou”. A partir daí as circunstâncias foram se transformando. Veio o governo Collor e a moça perdeu todo o dinheiro que tinha na poupança. Desalentada, ela embarcou com uma amiga para a Itália, onde viveu tempos difíceis. “Parecia um filme de terror”, recorda. “Fui camareira, lavei prato, fiz tudo o que eu

podia fazer. Todo fim de ano eu vinha para o Brasil e trazia dinheiro pra minha família. Até me casei com um italiano, mas não por amor. Ele estava procurando alguém que pagasse para casar e para ter documento. Como eu não tinha e a polícia podia me pegar, eu aceitei e fiquei 16 anos por lá”, conta. Até que um telefonema a trouxe de volta ao seu país de origem. Ana Maria veio as pressas para Ubá ao saber que sua irmã havia suicidado. Ao ver a família desolada, ela entrou em depressão e voltou para a Itália a fim de ajudar financeiramente no tratamento de sua mãe, que se encontrava em um quadro de diabetes agravado, o que acabou desencadeando outros problemas. “Quando a minha mãe morreu, eu me entreguei. Tive uma overdose. Tomei um monte de remédio dormindo e resolvi vir embora de vez. Era por volta de 2002. Já em Ubá, fiquei de cama muito tempo, caía muito. Não dormia e nem comia”, revela. Em um estágio delicado de depressão, o médico disse que Ana Maria não podia morar sozinha, pois ela tinha muita energia, e essa energia parada poderia se transformar em uma série de doenças, foi quando ela decidiu ir para o asilo. “Foi aquele alvoroço na família, mas me mantive firme na minha decisão. Na verdade eu não tinha muita esperança, porque achava que o asilo era o fim da vida, entre-

tanto, hoje sou uma pessoa feliz, emagreci, fiquei elegante, consegui controlar minha diabetes e durmo muito bem”, conta . Na entidade, Ana tem o dia cheio. Ela acorda, ajuda na cozinha, cuida do quarto onde vive, passeia e tem diversas atividades, além de uma ótima saúde. “Eu encontrei aqui uma vida que eu não tinha lá fora. Eu tinha uma vida vazia, não tinha nem coragem de tomar um café, não tinha vontade de comer... Foi uma virada na minha história. Hoje eu sou uma pessoa completamente diferente”, diz. “A gente olha para trás e vê que a nossa família também não tinha outra escolha, eles têm filhos, netos, maridos... Eu sou a única irmã solteira, então Deus me deu essa luz, porque pensando bem, a verdade é que o asilo é o único lugar em que um ser humano que está sozinho pode ficar. E só é infeliz aqui quem for muito ruim”, revela emocionada. Talvez o Asilo São Vicente de Paulo seja o lugar que Ana Maria passou a vida inteira procurando. Cantinho onde não tem luxo nem anel de baguete, mas tem carinho de sobra. Onde ela é verdadeiramente cuidada e amada. Onde, fazendo menção ao samba de Cartola, ela se encontrou e é feliz.


Foto: Fotografe

Cássio Fotografias

Moda Festa Estilista e Proprietário do Ateliê Mário Coelho Moda, Festa, Noiva e 15 Anos

Mário Coelho

Vestido de noiva com

fundo rosê

Os tons tradicionais têm disputado espaço com outras cores que são tendências para vestido de noiva em 2018! O clássico branco ainda é bem procurado, mas alguns toques modernos têm sido apontados nos modelos que desfilam nas passarelas internacionais. Contudo, a novidade não se atém aos vestidos de noiva off white ou com fundo nude, a grande inovação são os vestidos com fundo rosê, realçando ainda mais os desenhos das rendas que saltam aos nossos olhos e dão um toque romântico às peças. Esse tom é ousado e, em alguns casos, até mesmo inusitado para o mundo bridal, porém, é uma alternativa arrojada e deixa o grande dia mais especial com um toque de modernidade.

Vestido: Mário Coelho; Foto: Cássio Fotografias; Make Hair: Kelvin Tomaz; Modelo: Isabela Vasconcelos.

44 Revista Fato! - Março 2018



Trend Por Scarlett Gravina

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Cássio Fotografias

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tendência para quem gosta de

O verniz está de volta! Em mais um ano, essa tendência vem fazendo a cabeça das fashionistas. Também conhecido como couro brilhoso, ele é a grande aposta do outono inverno e pode ser encontrado em saias, bolsas, calças e sapatos. Na cartela de cores, a peça-chave na cor preta se torna essencial para qualquer look. O vermelho e o prata também dão um charme todo especial nas peças para quem não tem medo de ousar. Inspire-se e se jogue no verniz!

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Fotos: Cássio Fotografias; Beleza: Kelvin Tomaz; Modelo: Cicilhia Josaphá; Look: Aparato; Acessórios: Arsenal.


Look: Arsenal e Aparato

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1. Bolsa vermelha Smartbag - Arpel - R$ 648,00 | 2. Sapato prata Vicenza - Arpel - 399,90 3. Cinto envernizado vermelho - Arsenal - R$29,70 | 4. Bota Vicenza - Arpel - 447,90 5. Bota vermelha verniz Vicenza - Arpel - R$447,90 | 6. Bolsa Loucos e Santos - Passaporte Bolsas - R$ 185,07 | 7. Cinto envernizado preto - Arsenal - R$32,70 | 8. Bolsa preta Smartbag - Arpel - R$ 703,00 | 9. Pochete prata - Passaporte Bolsas - R$ 59,90 | 10. Ankle boot - Arpel - 499,90 | 11. Scarpin com fivela Vicenza - Arpel - R$399,00 | 12. Calça vinil Lucky You - Arsenal - R$221,70 | 13. Croped couro Audiovisual –Arsenal – R$131,70.


Prata da Casa Por Scarlett Gravina

memória de Ubá

J B Pedroso

Carinho e respeito à

BIBLIOTECÁRIA NAIR PASCOAL SE DESTACA NA PRESERVAÇÃO DA HISTÓRIA LOCAL

A

“O conhecimento é algo realmente fantástico, entretanto, para adquiri-lo não é fácil, é preciso ir à luta. Passei por caminhos difíceis de serem rompidos, ainda não venci, mas acredito que cada derrota que tive na vida me tornou mais forte”. 48 Revista Fato! - Março 2018

leitura engrandece a alma”. A frase do filósofo iluminista francês Voltarie muito se aplica a trajetória da ubaense Nair Pascoal Gomes (52). Bibliotecária documentalista e, claro, apaixonada pelo universo da literatura, ela é figura importante na preservação da memória da Cidade Carinho. Servidora pública há 27 anos, Nair carrega consigo uma bagagem repleta de aprendizados e experiências vivenciadas ao longo de sua carreira. Trabalhando no Arquivo Histórico de Ubá e colaborando com a recuperação e preservação documental, a profissional conta que fazer parte desse resgate cultural do município é um ofício gratificante no qual tem prazer de atuar. “Contribuir para a produção e circulação da história local, para mim, é recompensador. Como forma de reconhecimento, tive a honra de ser homenageada pela Academia Ubaense de Letras e me senti muito especial com a condecoração de ‘Mérito Acadêmico’ que recebi. Meu trabalho como bibliotecária documentalista me enche de orgulho e satisfação”, declara acerca do importante título recebido no ano passado. Ao falar dos projetos do Arquivo Histórico, a profissional destaca que a iniciativa Visita Guiada é uma oportunidade que os estudantes têm de conhecer o acervo e ainda serem estimulados a pensarem na história com uma realidade próxima da cidade em que vivem. “Os documentos custodiados pelo arquivo possibilitam aos usuários o acesso a aspectos diversos de nossa memória econômica, social, cultural e política, desde a produção agrícola de meados do século XIX ao processo de industrialização (Polo Moveleiro) do município. Nosso objetivo é despertar nos alunos, independente da área de estudo, a possibilidade de criar seus trabalhos de conclusão de curso, monografias ou mesmo projetos de pós-graduação a partir do contato com o acervo”, explica a bibliotecária. A Biliotecária Nair Pascoal.


Prata da Casa Aos 52 anos, Nair não poupa energia em seus afazeres. “Vaidosa, criativa e generosa” são algumas das qualidades que afirma possuir, sendo uma delas, essencial para o desenvolvimento de seus trabalhos manuais: a criatividade. Além das atividades na biblioteca, a funcionária pública dedica parte do seu tempo livre ao artesanato. “Adoro produzir artesanatos nas horas vagas e sempre que posso participo de feiras livres a fim de expor minhas criações e encontrar novos clientes”, comenta. Casada há mais de 35 anos com José Antônio Gomes com quem tem três filhos, Débora, Naiara e Gabriel, a ubaense também é vovó do pequeno Bernardo Pascoal Gomes. Ao falar da relação com a família, Nair reconhece o ciúme e a demasiada proteção com sua “cria”, como ela mesmo diz. “Sou extremamente apaixonada por meus filhos e pela minha família, adoro estar ao lado deles”, destaca a mamãe coruja assumida. Quanto às realizações profissionais e pessoais, ela é enfática ao dizer que os desafios foram apenas um impulso para suas conquistas: “passei por caminhos difíceis de serem rompidos, ainda não venci, mas acredito que cada derrota que tive na vida me tornou mais forte no sentido de levantar e sacudir a poeira, certa de que a derrota de hoje será a vitória de amanhã”, diz. “Gosto de ser quem eu sou, sei das minhas limitações e sinto que essa realização profissional está perto. Acredito que o conhecimento, a leitura, e a vontade de vencer fazem o nosso sucesso se concretizar”, completa a profissional revelando sua determinação. Ao encerrar, ela agradece a todos que contribuíram para o seu crescimento e a auxiliam no desempenho de sua função. “Sou muito grata a diversas pessoas que me ajudaram a evoluir. Ser lembrada representa a certeza de que o nosso trabalho não tem sido em vão, é a prova de que, ao longo desses 10 anos no Arquivo Histórico da Cidade de Ubá, estamos no caminho certo. Preservar a memória ubaense, organizar informações e disseminá-la é o que nos inspira”, encerra.

No trabalho, Arquivo Histórico de Ubá.

Durante o trabalho com a preservação documental.


Divulgação

Uainé? *O mundo do vinho sem segredos

Mateus e Angélica Benatti

Mateus Benatti - Empresário e Sommelier profissional pela Associação Brasileira de Sommeliers de São Paulo ABS-SP. Angélica Andrade Benatti - Empresária do ramo de vinhos.

Consumo de

no Brasil COM O AUMENTO DA EXIGÊNCIA DO CONSUMIDOR, A BEBIDA ENTRA DE VEZ NA TAÇA DOS BRASILEIROS

A

partir desta edição, teremos o prazer de trazer para os leitores da Revista Fato! informações, dicas e curiosidades sobre o mundo do vinho. Para iniciarmos esta jornada, nada melhor que falar um pouco dos números do mercado brasileiro. Aliás, o consumo de vinho no Brasil cresce a cada ano, apesar da alta carga tributária (que pode chegar a 75% do preço final!). Muitos fatores influenciam esse aumento, entre eles o crescimento do interesse por gastronomia, os investimentos em qualidade e modernização das vinícolas bem como o aumento da oferta de mais vinhos mais despojados e fáceis de beber para os iniciantes. Diferentemente da Europa, Argentina de Chile, onde o vinho é considerado um alimento e não uma bebida alcoólica, fazendo parte da cultura e das refeições diárias, no Brasil, até mesmo por influência do clima quente, o vinho ainda não é a primeira escolha do consumidor. Não faz tanto tempo assim, ele 50 Revista Fato! - Março 2018

era invariavelmente associado a uma bebida mais sofisticada e restrita a ocasiões formais e eventos específicos. Para se ter uma ideia de como nosso consumo ainda é baixo, no Brasil atingimos apenas 2 litros/ano per capita (por pessoa), contra 32 litros/ ano dos nossos hermanos argentinos e 54 litros/ano dos portugueses (maiores consumidores per capita do mundo!). Trazendo a pesquisa para cá, nós, mineiros, somos, sabidamente, um povo com cultura cervejeira, além da maior referência nacional em cachaça. Mas, quando o assunto é vinho, ainda estamos um pouco tímidos. Ocupamos ainda a oitava colocação em consumo nacional. Porém, com o aumento do nível de exigência do consumidor brasileiro por qualidade, o consumo de vinhos finos e cervejas artesanais está subindo, enquanto o consumo de cervejas tradicionais vem caindo. O brasileiro, de modo geral, está preferindo comprar menos, mas ter um produto de melhor qualidade. Segundo pesquisas da Ideal Consultoria, em 2017 o Brasil atingiu o recorde histórico de importação de vinhos, ultrapassando 13 milhões de caixas de 9 litros (entre brancos, tintos e espumantes). Dentre os preferidos por aqui, o Chile responde por 45% do mercado, seguidos dos Portugueses, com 14,4% e argentinos, 13,6%. Quando o assunto é vinho nacional, onde o predomínio de consumo ainda é de vinhos de mesa (os chamados “vinhos suaves” ou “vinhos de garrafão”), vemos um crescimento de qualidade na produção de vinhos nacionais finos, puxado pelo

Rio Grande do Sul, que representa 90% de toda a produção nacional. No entanto, não são só os gaúchos que estão evoluindo, a descoberta de novas regiões com boas condições para o cultivo de uvas para vinhos finos é uma realidade há alguns anos. Estados como Santa Catarina (Serra Catarinense), Pernambuco (Vale do São Francisco), São Paulo (Serra da Mantiqueira) e até as nossas Minas Gerais vem revolucionando a produção de vinhos finos no Brasil. Por aqui, três cidades do Sul de Minas aparecem como o mais novo polo de produção de vinhos no Brasil. Três Pontas, Três Corações e Cordislândia têm surpreendido com a produção de rótulos de altíssima qualidade, principalmente nas variedades de Syrah, Cabernet Sauvignon e Cabernet Franc, Chardonnay e Sauvignon Blanc. Isso graças à utilização de uma técnica denominada de dupla poda, desenvolvida pelo engenheiro agrônomo Murilo Albuquerque Regina da EPAMIG (Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais), que consiste em fazer uma poda adicional no momento da brotação, fazendo com que a planta reinicie o seu ciclo vegetativo e a colheita aconteça em junho/ julho e não em fevereiro/março, período em que, a grande incidência de chuvas, aumenta a concentração de água na fruta, baixando consideravelmente a qualidade do vinho. Ou seja, a terra do café, da cachaça e das cervejas artesanais tem tudo para colocar seu selo de excelência também na produção de vinhos. E, por que não, sermos referência na confirmação dessa tendência de consumo?


Foto: Servando Lopes

Educar é Ação Orientadora Educacional e Franqueada do Instituto Kumon em Ubá. Doutora, Mestre e Licenciada em Ciências Biológicas. Contato: Waleria.furtado@unidadekumon.com.br CRQ MG: 02200302

Waléria C. de Arruda Furtado

guiainfantil.com

O pequeno pode tudo?

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asci no tempo em que esperávamos nossos pais se servirem primeiro à mesa e só depois nos servíamos. O pedaço de carne melhor era do pai. Tínhamos hora para dormir, acordar, nos alimentar, brincar, tomar banho, fazer as tarefas, ir à escola... O que foi que mudou? Onde se perdeu a responsabilidade dos pais pelos filhos? Não existe mais uma hierarquia nessa relação?

“Nós, pais, estamos repassando aos nossos filhos responsabilidades e atribuições que não cabem a eles. Crianças e adolescentes não devem tomar para si a decisão sobre a hora de dormir, sobre o que comer e onde estudar. Pais precisam sim dar limites e cobrar que os mesmos sejam cumpridos. Limites são necessários à formação de caráter e de personalidade”. Tenho me deparado frequentemente com cenas em restaurantes onde vejo pais CONSULTANDO filhos menores de 3 anos sobre o que querem comer! Essa atitude me causa estranheza, uma vez

que crianças nessa idade não têm conhecimento suficiente ou mesmo capacidade de discernimento para decidir se irão se alimentar disso ou daquilo. Cabe aos responsáveis colocar à disposição delas alimentação saudável e em quantidade o bastante para suprir as necessidades de sobrevivência e desenvolvimento. Vejo esses pequenos DECIDINDO em lojas a GRIFE de roupa que querem vestir. Isso sem falar na capa do caderno, a estampa da mochila, todo o material escolar e, pasmem, até a escola que querem frequentar... Algumas crianças hoje em dia vão dormir à revelia dos pais. Ficam às vezes boa parte da madrugada no celular, tablet ou computador. Os pais dormem e elas permanecem acordadas com os olhos e atenção ligados a um mundo aberto de possibilidades; a internet. Há um grande problema aqui! Nós, pais, estamos repassando aos nossos filhos responsabilidades e atribuições que não cabem a eles. Crianças e adolescentes não devem tomar para si a decisão sobre a hora de dormir, o que comer e onde estudar. Pais precisam sim dar limites e cobrar que os mesmos sejam cumpridos. Limites são necessários à formação de caráter e de personalidade. Amem seus filhos, deem seus corações por

eles, mas, acima de tudo, sejam pais de seus filhos no sentido mais amplo dessa palavra! Estabeleçam regras, determinem hora para o uso de tecnologias e para o cumprimento de tarefas escolares, cobrem resultados, ensine-os a ouvir não, exijam que respeitem ao próximo. Motive seus filhos a serem pessoas de bem e mentalmente saudáveis para o convívio em sociedade.


Abrindo o Closet Por Vanessa Santos

Especial “NÓS SOMOS MULHERES, NÓS SOMOS DIFERENTES. NOSSAS IMPERFEIÇÕES SÃO O QUE FAZEM DE NÓS ÚNICAS E BONITAS”. Sempre quando o que está em pauta é a seção “Abrindo O Closet”, muitas mulheres alegam não ter o “perfil” para estampar nossas páginas. No entanto, desde o ano passado demos um novo formato a essa editoria com o objetivo de D-E-S-C-O-N-S-T-R-U-I-R! DESCONSTRUIR estereótipos, modelos e, sobretudo, a crença de que temos um padrão ideal de moda... Porque nosso padrão mais bonito é VOCÊ! Logo, em homenagem ao mês da mulher, reunimos as últimas edições do Closet com representantes do sexo feminino de faixa etária, cabelo e estilo diferentes a fim de mostrar que não há nada mais belo do que a diversidade.

52 Revista Fato! - Março 2018


Abrindo o Closet


Abrindo o Closet

54 Revista Fato! - Marรงo 2018


Abrindo o Closet


Editorial de Moda








FICHA TÉCNICA Fotos: Pedro Roque Fotografia; Cabelo: Jonas Sperandio Casa da Beleza Bráulio Coiffeur; Make-Up: Kelvin Tomaz; Modelo: Flavinha Braga; Looks: Sou Fitness Moda; Locação: Spaço Vida Academia; Produção: Sou Fitness Moda e Revista Fato!.


Divulgação

Foto: Servando Lopes

Organize-se

Lindise Massardi e Jô Caciano

Graduadas em Administração de Empresas pela Faculdade Governador Ozanam Coelho - FAGOC. Especialização em Personal Organizer incluindo Gerenciamento e Padronização de Arquivos e Organização de Mudanças. Contato: fluitapersonalorganizer@gmail.com

FILHOS NA ESCOLA E A

Organização

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nsinar o valor da organização desde a infância é de suma importância para o desenvolvimento das crianças, pois contribui para a otimização da aprendizagem, favorece o acesso a matéria dada e facilita a compreensão. Ou seja, todo o processo está ligado, desde entender a preparação ao sair de casa até o retorno para casa depois da escola. Estas são algumas dicas que vão ajudar você a agilizar esse procedimento: Para quem sai cedo de casa, é sempre bom deixar tudo adiantado para o café da manhã do dia seguin-

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te, isso evita muito aqueles atrasos do dia a dia; Deixe o uniforme já pronto e separado; Lanches para a semana: faça um cardápio semanal! Isso pode ajudar e muito nas compras, além do mais, você pode fixá-lo na porta da geladeira, o que facilita a visualização de todos; Para crianças bem pequenas, é bom deixar tudo bem separadinho na bolsa em saquinhos, como roupa limpa, roupa suja, lenços e outros itens que achar necessário; No caso de crianças maiores, o ideal é sempre deixar o calendário escolar à mostra, isso simplifica o controle dos pais e ajuda na programação de ma-

terial para o próximo dia de aula; Procure criar hábitos! Ter uma rotina é importante e otimiza o dia a dia dos nossos pequenos, claro que tudo pode mudar durante a semana, mas ter um planejamento facilita esse processo. A Organização contribui diretamente para que a criança tenha um ambiente favorável e obtenha o melhor aproveitamento possível do seu tempo. E a rotina do seu filho, como está? Pense e reveja o que pode melhorar para você e principalmente para ele.


Foto: Servando Lopes

Ivi Pereira Monteiro

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Divulgação

Pa Lavra Graduada em Comunicação Social – Jornalismo, e em Letras. Mestre em Comunicação e Tecnologia. Doutoranda em Educação. Professora Integral na Fagoc. Mãe do Lucas e da Maria Clara. Contato: prof.ivimonteiro@gmail.com

Mulher Ressignificando

ês de Março! Não poderia perder a oportunidade de expressar minha homenagem às mulheres! Porém, escrever uma coluna sobre palavras, referenciando a elas foi tarefa muito mais complexa do que imaginava; afinal, nossa sociedade é ‘machista’ a começar pelas palavras. Sempre que empregadas, no sentido primitivo, referenciando a algo coletivo usa-se o masculino; por exemplo: funcionários, manifestantes, alunos, carnavalescos, escritores, etc. Diante da predominância masculina, há de se reconhecer que o movimento feminista fez, ao longo de toda a nossa história, um trabalho fantástico! Talvez hoje seja difícil entender a amplitude disso, pois as mulheres já circulam livremente por muitos lugares (concretos e abstratos), para não dizer todos, de nossa sociedade. Mas basta avaliar a etimologia da palavra mulher para entender melhor: A palavra “MULHER” tem origem do latim “MULIER”, que significava o mesmo, ou seja, “mulher”, especialmente as casadas. “MULIER”, por sua vez, já é uma derivação de outra palavra latina, “MOLLIOR”, que é o superlativo relativo de “MOLLIS” que, em fim, é o latim para “mole”. Isso mesmo, “mole”! Como em molenga, fraco, sem consistência, etc.

Como vemos, a injustiça contra a mulher começou muito antes de sequer aprendermos seu nome. Tem sido chamada de “sexo frágil” na própria raiz da palavra. (Paulo Ximenez - 2011) Vários são os estudos acerca dessa palavra, mas esse foi o que mais fez sentido pra mim. Mulher sempre foi vista como o “sexo frágil”, como pró-

prio antônimo de machismo que expressa em seu significado a virilidade, a força. Por muitos anos me incomodei com isso. Já cheguei a ouvir que ‘não me aceitava mulher’. E hoje, após estudar melhor o significado de mulher percebi que na consciência de quem pensou isso eu, realmente, não poderia me aceitar assim. A mulher “2.0” transcende à fragilidade! Ela é, praticamente, o sinônimo de resiliência! Trafega entre inúmeros papéis e volta a si em busca da definição expressa na significação da palavra. Ou seja, fazemos tudo que todos (para não parecer competição com homens) fazem e conseguimos, ainda, ter como bônus o direito da fragilidade. Nós, mulheres, estamos em um processo de ressignificação. Parece que a clássica “Há que endurecer sem perder a ternura” é a definição do que se espera de nós. Portanto, mulheres, neste mês de março, ressignifiquemos! Continuemos nossa jornada de profissional, de mãe, de filha, de amiga, de companheira, de estudante, de atleta, de escritora, de doadora, etc, etc, etc e nos presenteemos com a possibilidade da fragilidade! De ter nessa palavra o momento adquirido de paz e descanso! Felicidades no dia da mulher e em todos os nossos dias!


Foto: Pedro Roque Fotografia

Danielle Filgueiras

Arquitetura e Design Designer de Interiores e Produtos, graduada pela Universidade do Estado de Minas Gerais, Pós graduada em Design de Interiores pelo IPOG BH, Especialista em Design de Interiores pelo Instituto Politécnico Di Milano na Itália, gradua Engenharia Civil e comanda o Escritório - Loja Empório Design #AmeiEssaIdeia. Contato: (32) 99912-8585

FAÇA VOCÊ MESMO! Decoração Alternativa: reutilização, aproveitamento de materiais, criatividade e mãos à obra

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Molduras, porta retratos e objetos penduráveis, são uma ótima opção para personalizar sua parede. Não sabe o que fazer com revistas antigas? A mesinha de centro nesse ambiente foi feita com várias revistas que iriam para descarte.

m tempos de crise, é comum a busca de alternativas em vários seguimentos. Na arquitetura de ambientes não é diferente, com soluções simples e práticas conseguimos transformar um ambiente gastando-se pouco e você mesmo pode fazer. Hoje é possível decorar utilizando técnicas de reciclagem, materiais alternativos, peças artesanais e a criatividade para tornar o ambiente aconchegante e com características pessoais exclusivas. Com todo o apelo e a necessidade de consumo consciente e sustentabilidade, é cada vez mais imprescindível a contribuição das pessoas para um mundo melhor e menos poluído. O mercado oferece peças acessíveis feitas com materiais reciclados, ou, se preferir, você mesmo pode confeccionar seus móveis. Decorar um ambiente com produtos de reuso, além de gastar pouco, contribui para essa causa. Com imaginação, pesquisa e bom gosto, é possível alcançar resultados diferenciados e interessantes. Veja alguns exemplos nas imagens a seguir e inspire-se!

A divisória ficou por conta da estrutura de colchão de molas, reutilizado e incrementado com bocais de iluminação e pintado com spray.

Para esse ambiente o pneu virou puff com sisal, pedaços de madeira se transformaram em um aparador, garrafas de vinho viraram vasos de flores, caixotes de feira formaram um jardim vertical, a luminária foi confeccionada artesanalmente com fios, bocal e spray preto, cestas de plástico foram utilizadas como revisteiro e para o tapete foram usados dois metros de courino, muito simples e com baixo custo.

Blocos de construção civil e paletes de madeira são uma ótima alternativa para a confecção de móveis alternativos. Com uma pitada de decoração você deixa seu ambiente super aconchegante.

44 Revista Fato! - Março 2018

O mural de fotos foi feito com grades finas de ferro, compondo uma atmosfera minimalista.



Foto: Servando Lopes

Michel Pires

Divulgação

Economia Diretor da Modecor; Vice-presidente do Intersind. mhp@modecor.com.br; www.modecor.com.br

Sai a Reforma entra o

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arece que a reforma da previdência que o governo tanto queria aprovar, vai ficar em segundo plano. Depois de fazer um levantamento e ver que não tinha votos suficientes para a aprovação, a atual gestão, com uma manobra, resolveu fazer a Intervenção Federal na segurança do Rio de Janeiro e com isso não pode alterar a constituição. Para quem queria ficar na história como o Governo Reformista, este vai passar longe. Alguns dizem que foi proposital, para não colocar em votação e perder, a gestão teria agido assim visando tentar aprovar em partes a Reforma, o que particularmente acho difícil, uma vez que até os aliados já disseram ser impossível. Aliados estes, que também ficaram surpresos com a intervenção em que um governo que estava com popularidade baixa, recorre a atos populistas para melhorar sua imagem nas próximas eleições, chegando até a mudar o nome do partido. Como vários políticos que estão no governo têm intenção de se candidatar, é melhor para a imagem deles intervir na segurança do Rio de Janeiro, que está nos jornais o tempo todo, mostrando o desespero da população, do que ficar fazendo lobby para aprovar a reforma da previdência. Com essa atitude, perdemos a confiança em nosso Brasil, quando tudo parecia estar caminhando para entrar nos trilhos certos, surge uma manobra, um “jeitinho brasileiro” e acaba com a nossa credibilidade, sai de cena o Reformismo e entra o Populismo. As empresas multinacionais que tinham planos de investimentos por aqui, estão repensando se vale a pena investir hoje para um retorno em 10, 20 anos, pois um investimento externo, não visa retorno imediato, mas sim a longo prazo. Logo, fica a dúvida no ar; o que vai ser mudado amanhã? O país terá condições de apostar em infraestrutura com o deficit da previdência cada dia maior? O governo vai priorizar as reformas visando uma adequação do 68 Revista Fato! - Março 2018

“Quando tudo parecia estar caminhando para entrar nos trilhos certos, surge uma manobra, um “jeitinho brasileiro” e acaba com a nossa credibilidade, sai de cena o Reformismo e entra o Populismo”. Brasil ao resto do mundo ou vai priorizar o Populismo e tentar se manter no poder? Volta em cena a impunidade? Ou estamos no caminho da justiça de quem fez tem de pagar? São perguntas sem respostas. Está difícil prever algo em nosso país em todas as esferas; política, cambial, empresarial e industrial. É como se equilibrar na corda bamba atravessando um abismo. A única certeza que temos é de que os impostos – que já são os mais altos do mundo – podem aumentar, com o PIB em baixa (recuperamos pouco) e os gastos em alta, principalmente os gastos da Previdência, não tem como o governo fechar as

contas, então ele faz uma manobra onde o Rio de Janeiro é a vitrine do país e mostra para o mundo que está tomando as medidas necessárias à segurança da população, desviando a atenção para o que o povo acha que realmente tem que ser feito e joga um balde de água fria nas indústrias e comércios que acreditavam que se conseguissem ficar mais um ano abertas, as coisas melhorariam. Que venha a eleição, que possamos mudar o rumo do nosso Brasil colocando no poder quem realmente está preocupado com os interesses da população, mas será que temos esse candidato? Sim, teremos bons nomes, mas o que temos que parar de fazer é votar por “gratidão” de ter recebido algo em troca ou mesmo vender o voto, pois o valor que se recebe não é nada perto do que se perde em colocar no poder pessoas que têm intenção de sugar aquele valor gasto com favores e compras de votos. Vamos nos unir, vamos eleger quem realmente faz, que pode trazer até nós investimentos em saúde, educação, infraestrutura e também uma redução de impostos, reduzindo gastos do governo. A máquina está inchada, não aguenta mais regalias, vamos dar um basta.



Meu Dia D Por Scarlett Gravina

DOCES OU TRAVESSURAS?

Wanderson Produções

Hotel Transilvânia invade os 8 anos de

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o contrário do que dizem sobre a segunda-feira ser um dia desanimador, para Arthur Bernardino Souza Araújo o início da semana foi diferente, repleto de alegria e com muita animação. Ao lado de seus pais e amigos, o pequeno festejou seu aniversário no dia 5 de fevereiro no Buffet Infantil Cata-Vento, onde comemorou seus 8 anos de vida. O tema escolhido pelo aniversariante foi inspirado no filme Hotel Transilvânia, a animação infantil que encanta as crianças com seus monstrinhos nada assustadores. Os pais Wanderson de Oliveira Araújo e Sandra Oliveira Araújo organizaram tudo com muito carinho para que a comemoração fosse conforme esperado pelo filho, o qual não se conteve de alegria ao saber que sua festa seria no lugar que ele tanto queria. “É maravilhoso poder vivenciar esses momentos, ficamos com vontade de congelar o tempo a fim de que tenhamos sempre uma criança amada ao nosso lado, por isso aproveitamos cada minuto com nosso eterno menino”, conta Sandra, feliz por compartilhar ao lado do filho instantes de muita alegria. De acordo com a mãezona, Arthur não escondia a ansiedade para o tão esperado dia, a felicidade no olhar do menino contagiou a todos que estavam presentes, inclusive seus amiguinhos que também não viram a hora passar e aproveitaram junto com o dono da festa até a meia-noite. Os proprietários do Buffet Cata-Vento, Túlio e Mara, também foram alguns dos responsáveis pelo sucesso da comemoração, que agradou a todos os convidados. “Sabendo que a família do Arthur é conhecida no meio festivo de Ubá e região, nós, do buffet Cata-Vento, ficamos enobrecidos por sermos escolhidos para realizar o seu aniversário. Isso nos mostra que estamos indo no caminho certo. Obrigado Wanderson e família”, finaliza Túlio. Os registros que não poderiam faltar, ficaram por conta da equipe fotográfica do pai, Wanderson Produções, que marcou a noite com belíssimas recordações. Confira os cliques!

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Aniversariante: Arthur Bernardino Souza Araújo; Idade: 8 anos; Data de nascimento: 05/02/2010; Data da festa: 05/02/2018; Pais: Wanderson de Oliveira Araújo e Sandra Oliveira Araújo; Local da festa: Buffet Cata-Vento; Tema da Festa: Hotel Transilvânia; Decoração: Buffet Cata-Vento; Fotógrafo: Wanderson Produções; Buffet: Buffet Cata-Vento.


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Talento de Fato Por Natália Meireles e Vanessa Santos

Ubaense

VIRA SUCESSO NO YOUTUBE

CANAL DO JOZÃO JÁ ULTRAPASSA 8 MILHÕES DE VIEWS

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om apenas 17 anos o ubaense Joziel Marcos Souza já conquistou mais de 270 mil inscritos em seu canal no youtube intitulado “Jozão”. Após ganhar seu primeiro computador em 2014, o garoto se apaixonou pelos vídeos feitos por youtubers, logo, suas tardes eram na frente da tela buscando todas as informações que ele pudesse absorver. A partir daí, em junho de 2015 Joziel se encorajou e decidiu que era hora de ter seu próprio espaço na internet o qual seria composto por piadas, brincadeiras e, acima de tudo, muita sinceridade. Dono de um carisma genuíno o estudante não põe barreiras para realizar seu sonho de ser um digital influencer famoso. “Atualmente tenho uma câmera profissional, mas comecei com uma webcam e depois passei mais de um ano gravando com o celular. Faltava dinheiro, mas a vontade de fazer era enorme. Tanto que eu mesmo edito os vídeos, aprendi tudo sozinho mexendo no programa de edição”, relata acerca de sua experiência há 3 anos no canal. Constantemente ele procura trazer diversos assuntos que despertem o interessante do seu público, que tem em média de 10 a 18 anos de idade. O garoto salienta que seu maior investimento é a dedicação; ele está sempre estudando sobre produção audiovisual e o que está em alta entre os youtubers, visando otimizar o canal e alcançar retorno financeiro. “Espero chegar ao ponto de poder me manter financeiramente apenas com empreendimentos que cerquem o canal. De fato meu trabalho já traz retorno, mas ainda não é suficiente, por isso dedico todo o meu esforço em torno disso”, pontua. Segundo o estudante, ele não costuma re-

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“Atualmente tenho uma câmera profissional, mas comecei com uma webcam e depois passei mais de um ano gravando com o celular. Faltava dinheiro, mas a vontade de fazer era enorme. Tanto que eu mesmo edito os vídeos, aprendi tudo sozinho mexendo no programa de edição”. ceber muitas críticas em relação a seus vídeos, no entanto, quando há comentários negativos ele ignora e segue se inspirando em suas influências no ramo. “Existem canais que me motivam na questão de conteúdo, que são os do Júlio Cocielo e Lucas (Inutilismo) além de outros que admiro por conta da visão empreendedora como o do Felipe Neto”, esclarece. Em relação aos temas escolhidos o jovem conta que tudo vira conteúdo, basta usar a criatividade. “Mantenho uma frequência de dois vídeos por semana, o que requer bastante tempo investido até porque faço tudo sozinho”, afirma o youtubber que tem como sua maior dificuldade na profissão os rápidos avanços do meio. “Acompanhar e entender as tendências é um desafio, na internet uma


Talento de Fato Pedro Roque Fotografia

semana equivale há um ano, quando você se ausenta por três dias já fica sem entender as referências quando volta, é um mundo muito rápido”. Outra dificuldade é conciliar o trabalho com a escola, que por vezes toma seu tempo. Sobre os planos para o futuro Joziel ressalta que assim como a internet se transforma, ele também muda constantemente de opinião. “No momento eu diria que não penso em cursar uma faculdade, mas pode ser que isso mude, por enquanto creio que ter mais tempo para poder investir no youtube seria muito importante”, afirma. “Apesar de não ter conquistado tudo o que quero o canal já é motivo de grande orgulho, pois nunca imaginei que poderia chegar a 100 inscritos e hoje mais de 270 mil pessoas me acompanham, espero um dia poder viver bem disso que tanto amo fazer”, completa. A princípio, a família do jovem não acreditao mesmo tanto que eu admiro e sonho em conheva muito na carreira, mas após a evolução do canal, cer o Cocielo, por exemplo, outras pessoas também eles perceberam que era algo sério, e a participação sonham em me conhecer. É realmente surreal”, desde Joziel no ‘Qual o Próximo Youtuber de Sucesso’ taca sobre a relação com o público. (QPYS – um reality show destinado a descobrir noJoziel encerra deixando um recado para vos talentos da plataforma), apenas consolidou isso. aqueles que têm um sonho, mas que muitas vezes se “Quando voltei do QPYS, tive muito contato com deixam levar pelo desânimo. “Para concluir, gostaria fãs que muitas vezes pediam para tirar foto comigo de dizer que se você tem um sonho, corra atrás dele, e estavam tremendo de nervoso por estar perto de ann revista uba TRADICAO E DIVERSAO copy.pdf 1 20/03/2018 11:57:00 mas corra mesmo, pois se desanimar com situações mim, aquilo foi um choque de realidade, saber que

negativas, sua vida vai ser sempre a mesma coisa. Eu queria gravar vídeos e não tinha sequer uma câmera, eu queria ser visto na internet, mas tinha vergonha de cumprimentar uma pessoa na rua, por muitas vezes pensei em parar, mas levo uma frase do Emicida sempre na memória: ‘irmão, você não percebeu que você é o único representante do seu sonho na face da Terra? Se isso não fizer você correr, chapa, eu não sei o que vai’”, finaliza.


Foto: Fotografe

Espaço Jurídico OAB/MG 108.555; pós-graduado em Direito Tributário, Direito Militar e pósgraduando em Direito e Processo do Trabalho pela Universidade Anhanguera. Advogado membro do escritório Pacheco & Sousa, Assessoria Jurídica e Empresarial. E-mail: camppss@bol.com.br

César Campos

Registros Públicos LEI SOFRE IMPORTANTES ALTERAÇÕES A SERVIÇO DA SOCIEDADE

A

Lei 6015/1973 versa acerca dos registros públicos, entendidos estes como certidão de nascimento, casamento, óbito, emancipações, interdições, declarações de ausência, opções de nacionalidade e adoção, sendo que, recentemente Lei 13.484/17 trouxe importantes alterações em benefício da sociedade. Todo nascimento que ocorrer no território nacional deverá ser dado a registro no lugar em que tiver ocorrido o parto ou no lugar da residência dos pais dentro do prazo de 15 dias, o qual será ampliado em até três meses para os locais distantes mais de 30 km da sede do cartório. Dentro dos requisitos da certidão de nascimento, a nova lei acrescentou os nomes e prenomes, profissão e residência de duas testemunhas do assento quando se tratar de parto ocorrido sem assistência médica em residência ou fora da unidade hospitalar/casa de saúde, assim como a naturalidade do registrando. Alteração interessante é que, com a nova lei, a naturalidade poderá ser do Município em que ocor-

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reu o nascimento ou do Município de residência da mãe do registrando na data do nascimento, desde que localizado em território nacional, e a opção caberá ao declarante no ato de registro do nascimento. A certidão de casamento não se viu livre das mudanças, sendo que, a partir de agora, deverão ser registrados os nomes, prenomes, nacionalidade, naturalidade, data de nascimento, profissão, domicílio e residência atual dos cônjuges. No mesmo sentido, a certidão de óbito não restou intocada, pois, com o advento da nova lei, nenhum sepultamento será feito sem certidão do oficial de registro do lugar do falecimento ou do lugar de residência do falecido, quando o falecimento ocorrer em local diverso do seu domicílio, extraída após a lavratura do assento do óbito, em vista do atestado de médico, se houver no local, ou em caso contrário, de duas pessoas qualificadas que tiverem presenciado ou verificado a morte. Outra modificação se dá no caso daqueles que são proprietários de lajes, eis que, conforme a nova regra, a instituição do direito real de laje ocor-

rerá por meio de abertura de uma matrícula própria no registro de imóveis e por meio de averbação desse fato na matrícula da construção-base e nas matrículas das lajes anteriores, com remissão recíproca. Outro passo importante é a instituição do Código Nacional de Matrícula (CNM) que corresponde à numeração única de matrículas imobiliárias em âmbito nacional, sendo que o CNM referente a matrícula encerrada ou cancelada não poderá ser reutilizada e compete ao Conselho Nacional de Justiça e à Corregedoria Nacional de Justiça regulamentar as características e a forma de implementação do Código. O pedido de reconhecimento extrajudicial e usucapião (instituto pelo qual o postulante deixa a condição de mero possuidor para ser o proprietário do bem através de inúmeros requisitos a serem comprovados) passou por severas inovações, de forma que acerca deste instituto tratarei em outro artigo em decorrência da atenção especial que o assunto merece e exige.




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