Entrevista: Honorina Paes Landim, nutricionista e empresária
Mala Direta Básica 9912329399/2015-DR/PI SENAC/PI
ESPECIAL
Planos de saúde e odontológico para empresas
9 772525 730007
Ano 05 - Nº 25 - Maio / Junho de 2017
ISSN 2525-7307
Publicação do Sistema Fecomércio Sesc / Senac Piauí
VOCÊ TEM MIL PLANOS PARA O SEU FILHO. A GENTE SE ORGULHA DE SER UM DELES, PARA TODOS OS MOMENTOS. AUTORIZAÇÃO DE PROCEDIMENTOS ON-LINE
ATENDIMENTO 24H KIT BABY
2017
Anúncio
10
Mostra Sesc Amazônia das Artes 30 de junho a 12 de julho Entrada Franca
Confira a Programação Completa em: www.pi.sesc.com.br sesc.piaui sescpi
(86) 3131-6116
Realização:
cjflash.com.br
COBERTURA DE PARTO
Entrevista:
Opinião do leitor
no, Geraldo Rufi
JR Diesel rietário da strante e prop escritor, pale
Ano 05
do Sistema Publicação
rcio Sesc Fecomé
/ Senac
- Nº 24
- Março
/ Abril de
O MERCADO BUSCA QUEM ESTÁ NO LUGAR CERTO.
2017
Piauí
ta Mala Dire Básica
5-DR/PI 007/201 9912366 /PI
SESC
Caro leitor, sua opinião é muito importante para o crescimento da nossa revista. Curta e acompanhe a Revista Fecomércio PI no Facebook e envie-nos suas sugestões, críticas e comentários sobre os diversos assuntos abordados nesta publicação, nos contatos abaixo: FEDERAÇÃO DO COMÉRCIO DE BENS, SERVIÇOS E TURISMO DO ESTADO DO PIAUÍ BRAÇO SINDICAL DO SISTEMA FECOMERCIO/SESC/SENAC
facebook/revistafecomercio ESPECIAL
revistafecomerciopi@gmail.com (86) 99458-4554
do com a crise o está lidan r imobiliári Como o seto
PRESIDENTE: Francisco Valdeci de Sousa Cavalcante
A revista Fecomércio-PI, além de trazer informações atualizadas sobre diferentes temas do mercado comercial e empreendedorismo local, é uma excelente ferramenta de aprendizado, através de suas matérias com orientações e informações ela tem me incentivado muito. Iolany Galiza, assessora de comunicação do Governo do Piauí e empresária.
1º VICE PRESIDENTE Jairo Oliveira Cavalcante 2º VICE PRESIDENTE Grigório Cardoso dos Santos 3º VICE PRESIDENTE Denis Oliveira Cavalcante Raimundo Rebouças Marques José Antônio de Araújo João dos Santos Andrade Pedro de Oliveira Barbosa Conegundes Gonçalves de Oliveira José Rivaldo de Sousa José Arimatea Melo Rodrigues Gerardo Ponte Cavalcante Neto Teodoro Ferreira Sobral 1º SECRETÁRIO: Raimundo Nonato Augusto da Paz 2º SECRETÁRIO: Maria Adelaide Cavalcante Castro 3º SECRETÁRIO: Maria do Socorro de Morais Correia 1º TESOUREIRO: Antônio Leite de Carvalho 2º TESOUREIRO: Margareth Silva Lopes 3º TESOUREIRO: Francilino Lima Costa DIRETOR ASSUNTOS TRIBUTÁRIOS Delano Rodrigues Rocha DIRETOR ASSUNTOS DE DESENVOLVIMENTO COMERCIAL Gerardo Ponte Cavalcante júnior
Parabenizo pelo tema da 24ª edição (O segredo da felicidade no trabalho), pois precisamos despertar no leitor esse interesse em descobrir o segredo do sucesso pessoal e profissional. Marcello Flores, administrador de empresas e Professor. A Revista Fecomércio tem nos impactado a cada edição com suas matérias, feita por jornalistas de grande competência, que nos levam a um amplo conhecimento, seja na área da saúde, do empreendedorismo, da política e muitas outras. Elas nos ajudam a melhorar como profissionais e seres humanos. Gleydismar VignolLi, proprietária Macrolub Lubrificantes.
Anúncio
DIRETOR ASSUNTOS DE CONSUMO Erivelton Moura DIRETOR ASSUNTOS COMÉRCIO EXTERIOR Delano Leno da Silva Miranda de Sousa
Karla Nery, editora da Revista Fecomércio-PI, com a nutricionista e empresária Honorina Paes Landim.
DIRETOR ASSUNTOS SINDICAIS Francisco Carneiro C. Mapurunga DIRETOR DE COMÉRCIO ELETRÔNICO Moisés Rebouças Marques CONSELHO FISCAL EFETIVOS Janes Cavalcante Castro Francisco Pereira Dutra Roberto M. Campos Drumont SUPLENTES DO CONSELHO FISCAL Gescimar Miranda de Sousa Lauro Antônio Cronemberg Paulo Hernandez Couto Normando
Editora- adjunto Samanta Petersen - DRT 1281-PI
SUPLENTES DA DIRETORIA Raimundo Florindo de Castro José Carvalho Neto Maria dos Aflitos S. R. Cardoso Pablo Henrique Couto Normando Jorge Batista da Silva Filho Raimunda Nonata da Silva Santos.
Produção e Redação Karla Nery, Nonato Paz, Samanta Petersen, Robert Pedrosa, Denilson Avelino, Gleyca Lima e Iara Calli.
DELEGADOS REPRESENTANTES JUNTO A CNC EFETIVOS Francisco Valdeci de Sousa Cavalcante Grigório Cardoso dos Santos
Colaboradores Ana Cláudia Coelho e Raquel Lopes (Sesc), Layse Soares e Jair Silva (Senac), Antônia Pessoa (Sebrae), Diana Cavalcante e Cristina Alves (Fecomércio)
Assessor Fecomércio-PI André Ribeiro
SUPLENTES Jairo Oliveira Cavalcante e Denis Oliveira Cavalcante NOSSO ENDEREÇO Av. Campos Sales, 1.111, Ed. Agostinho Pinto, 4º andar, Centro. CEP: 64.000-360 – Teresina - PI Fone: (0 XX 86) 3222-5634 CNPJ Nº 07.243.215/0001-82
2
Editora - chefe Karla Nery - MTB 1339-PI
Revista Fecomércio-PI
Maio/Junho 2017
Revisão Glécia Lima Fotos Carlos Pacheco
Editora Opala Comunicação e Eventos Ltda End: Rua Antônio Chaves, 1896-1, Bairro dos Noivos. CEP: 64.045-340 - Teresina-PI Marketing Karla Nery Diagramação, direção de arte e capa Brendo Veras e JCA Consulting Impressão Halley SA Gráfica e Editora. Tiragem 2000 exemplares Contatos (86) 3303 9831 / 99804 8998 / 99458 4554 Email: revistafecomerciopi@gmail.com Versão online no site: www.fecomercio-pi.org.br
www.fecomercio-pi.org.br revistafecomerciopi@gmail.com + 55 86 3303-9831 | 99804-8998 /RevistaFecomercio
Divulgação
ÍNDICE
Palavra do Presidente
Da desordem para a ordem
Capa Ano 05 - Nº 25 Maio/Junho de 2017
26
Destaques
Empresários comemoram avanços da reforma trabalhista.
Entrevista Divulgação
6
Geral
Outras Seções
Pesquisas Fecomércio
12 Consumidores ainda compram com
5
Palavra do Presidente Valdeci Cavalcante
cautela
13 Confiança dos empresários do setor do Comércio volta a crescer
Honorina Paes Landim Nutricionista e empresária
14 Fórum reúne diretores da
Fecomércio em Bonito/MS
Carlos Pacheco
Educação Profissional Francisco Dias
Fecomércio
Especial
20
16 18
Direito e Empresas Francisco Soares Campelo
Sesc
32 Dança contemporânea do Piauí para o mundo
34 Palco Giratório: 20 anos promovendo
24
Educação Financeira Reinaldo Domingos
cultura no Brasil
Senac
36 Educação com igualdade e sem barreiras Planos de saúde e odontológico crescem no Piauí
38 Desenvolvendo competências para o
Bem-estar
mercado de trabalho
Divulgação
50
40
Gestão Empresárial Kelly Gonçalves
42
Planejamento Tributário Eduardo Gonçalves
Eventos
43 Presidente do Sistema Fecomércio recebe homenagem
45 Credibilidade: Revista Fecomércio
44
Venda Mais Marina Simão
completa quatro anos
47 Primeira unidade da Febracis é inagurada Cuidados com a saúde do coração
em Teresina
49 Fórum traz exemplos de empreendedorismo
4
Revista Fecomércio-PI
Maio/Junho 2017
52
Cultura Empresarial Denilson Avelino
Valdeci Cavalcante Presidente do Sistema Fecomércio Sesc/Senac -PI valdeci_cavalcante@hotmail.com
O
Presidente Michel Temer herdou o caos. Ao assumir o Governo passou a enfrentar os escândalos financeiros que se sucedem envolvendo altos figurões da República, empresários de grande coturno, funcionários públicos, banqueiros, parlamentares e gestores de todos os níveis. Poderosas empresas multinacionais, aliadas a empreendimentos de porte médio da América Latina, organizadas em cartéis, capitalizaram fortunas fabulosas distribuindo propina aos parceiros dessa espúria sociedade. É este o quadro herdado pelo Presidente e que perturba a tranquilidade de Brasília. Agentes desse processo corrupto, de forma hipócrita e cínica, passaram a cobrar ações eficazes ao Presidente, como se não fossem eles os responsáveis pelo caos. No Congresso, no coração dos sindicatos, nas favelas, nas praças urbanas, nos encontros de condomínio, nos restaurantes e salões de beleza, os beneficiários do negócio vociferam contra o Presidente da República, fingindo ignorar a origem de tudo. A turbulência social não prega à paz, o desenvolvimento, às reformas; não exige a apuração dos fatos e a condenação dos prevaricadores, não se importa com a liberdade; a segurança e a democracia social. De certo modo indiferente às
manifestações de rua, por saber que são organizadas pela massa de manobra de delinquentes partidários, o Presidente Michel Temer preside com serenidade. Não revela nervosismo, não se contamina pelas provocações, não se intimida com o quadro de derrota pintado por revoltados. Enfim, Temer preside o Brasil preocupado apenas em colocar o país na calha do desenvolvimento integral e participativo.
O Brasil sabe que tem contado e continuará contando com a confiança do empresariado honesto, cuja principal preocupação é trabalhar e produzir.
E é nesse cenário que o presidente Temer vem dando ao país as reformas necessárias. Algumas extremamente ousadas, como na área trabalhista e da previdência. A Reforma Trabalhista envolve valores e costumes e a da Previdência trata de vida, família e esperança. Reduzir o gigantismo do Estado, aperfeiçoar o sistema político, normatizar a política financeira, fixar linhas
metodológicas de controle interno para evitar gastos excessivos e supérfluos, combater a burocracia e fiscalizar para evitar evasões fraudulentas - eis algumas das medidas em planejamento. O Presidente, assim como a população, sabe que essas medidas não serão implementadas da noite para o dia, pois certamente passarão por longos debates e não apenas no Parlamento. Sabe também o Presidente que enfrentará a ira dos descontentes, daqueles que desfraldam bandeiras e seguem nas ruas sem saber a causa que estão defendendo. É nesse espetáculo que surgem os baderneiros e saqueadores, que queimam ônibus e assaltam o povo. Diante do caos estabelecido a reforma política poderá abrir novos horizontes, desde que descontaminada de interesses corporativos. O Brasil sabe que tem contado e continuará contando com a confiança do empresariado honesto, cuja principal preocupação é trabalhar e produzir. Aliás, diante do confuso quadro financeiro, é o comércio, a indústria, o agronegócio e os serviços que vem suprindo à população. É importante destacar neste momento de aflição nacional, que as classes empresariais permanecem dispostas a continuar trabalhando para que o Brasil encontre a paz que tanto necessita. Revista Fecomércio-PI
Maio/Junho 2017
5
Divulgação
Honorina Paes Landim – Nutricionista e empresária
Divulgação
Entrevista
Em busca de uma vida saudável
H
Milena Pessoa
Honorina investe na área de alimentação saudável
onorina Paes Landim entrou na área da nutrição porque gostava de novidades e de cozinhar. Mas não sabia que essa escolha iria lhe trazer reconhecimento nacional, como o Prêmio Mulher de Negócios do Sebrae. Empreendedora e inquieta, Honorina vem inovando há 20 anos no mercado piauiense de alimentação saudável. Começou em Teresina um dos primeiros consultórios para atendimento particular de nutrição e essa experiência abriu novas portas. A primeira foi o projeto “Acompanhantes do Emagrecimento” e através dele novas ideias foram surgindo, como os SPAs, os restaurantes, o livro com receitas saudáveis e mais recentemente, as feiras de produtos orgânicos. Para Honorina, todos os seus empreendimentos tem um único sentido, levar para as pessoas um estilo de vida mais saudável. Deixando para trás o conceito de que para comer bem é preciso contar calorias. Inspiração para os filhos e para outras mulheres e homens que querem empreender, Honorina conversou com a Revista Fecomércio PI para nos contar sobre essa trajetória de sucesso. Por Karla Nery
Divulgação
A empresária na entrega do prêmio “Mulher de Negócios”
Divulgação
O livro “Receitas Saudáveis” foi lançado em 2015 e Honorina já prepara um novo
Carlos Pacheco
Honorina tem na família uma das suas bases
Nos SPAs, a empresária trabalha a qualidade de vida
6
Revista Fecomércio-PI
Maio/Junho 2017
No restaurante, Honorina utiliza em suas receitas alimentos orgânicos
Honorina, como foi que a nutrição surgiu na sua vida? Desde nova eu gostava de fazer bolos, aquelas coisas de evento de avó. Com 17 anos, eu ia fazer vestibular e um amigo me sugeriu o curso de Nutrição, que era novo em Teresina, seria a segunda turma. Mas fiz sem uma noção bem exata do que seria realmente a nutrição. Nesse mesmo ano, eu passei no vestibular, casei e tive meu primeiro emprego no setor público e era muito corre-corre. Depois que me formei, fiquei na área pública por um tempo, mas em seguida eu resolvi partir para a área privada e fui trabalhar em escolas, em fábricas de alimentos e restaurantes. Sempre tive a necessidade de inovar, de querer mudar, fazer algo novo em todos os lugares que eu estava e como não era algo meu me sentia um pouco limitada. Eu achava que as coisas nesses lugares eram muito paradas, não tinha como dar asas aos meus sonhos, a imaginação e a criatividade. Então, eu decidi partir para uma área minha mesmo e montei em Teresina, talvez o primeiro consultório particular na área de nutrição. Isso, mais ou menos, no ano de 1989.
E como foi essa experiência? Eu fui a primeira nutricionista a realizar consultas particulares. Eu disse pra mim mesma: “Vou consultar como os médicos, atendendo em um consultório”. Eu vi a necessidade e a dificuldade que as pessoas tinham em perder peso e foquei nisso. Me especializei em obesidade e criei o primeiro programa de controle de obesidade chamado “Acompanhantes do Emagrecimento”. Isso tudo em um consultório, com acompanhamento particular, uma realidade muito desafiadora na época, por ser pioneira. A gente sabe que esse controle de peso é muito importante, pois a pessoa obesa precisa muito de atenção, de motivação, de orientação e foi um programa que teve muito sucesso. Eu tinha reuniões semanais com o grupo, cheguei a juntar 300 mulheres em um auditório para que a gente pudesse fazer o controle do programa. Era muito convidada para dar palestras na área de saúde e nutrição, e também sobre qualidade de vida. Eu inovei quando somei qualidade ao estilo de vida da pessoa e ao programa de emagrecimento, e deu muito certo, as pessoas tiveram muito resultado. Eu
falo sempre que o meu reconhecimento não foi através de propaganda comercial, foi um marketing pessoal, no sentido de trabalho. Aquela famosa propaganda boca a boca. Então, você começou com o consultório e o projeto de emagrecimento. E qual foi o passo seguinte, os SPAs? Eu sempre estou com essa ideia de coisas novas, sempre chega um ponto que quero fazer um projeto novo. Nesses encontros meus clientes diziam que precisavam de um acompanhamento mais personalizado. Foi aí que eu pensei, vamos montar os SPAs, porque neles eu vou passar uma semana com o cliente fazendo um trabalho de reeducação alimentar e ao mesmo tempo posso trabalhar o estilo de vida, mudança de paradigmas e incentivar porque saúde não é só alimentação. Saúde é bem-estar físico, mental, atividade física e meditação. E o programa de emagrecimento tem muito disso e os SPAs vieram para que as pessoas pudessem passar pelo menos uma semana lá se motivando. Revista Fecomércio-PI
Maio/Junho 2017
7
Entrevista
E c o m o f o i o d e s e n v o l v i m e nt o d o s S PA s ? Eu criei a logomarca SPA Turístico porque ele poderia acontecer em qualquer lugar. Ele é um SPA itinerante, leva toda a estrutura, que eu montei ao longo desses anos, para praia, serra, campo, sítio. E isso traz também muito dessa minha personalidade, de fazer coisas diferentes e diversificadas. Os SPAs trazem qualidade ao estilo de vida de cada pessoa. Eles são um pontapé inicial para uma mudança, porque saúde é mudar, qualidade de vida é mudar. Mudança é a palavrachave para tudo que você quer fazer. A vida é uma mudança eterna. Que novas ideias e projetos surgiram com os SPAs? Isso é interessante porque realmente um projeto puxa o outro. Quando a pessoa voltava do SPA ela se perguntava: como é que vou me alimentar? Daí eu criei o primeiro delivery saudável de Teresina. As pessoas recebiam os pacotes da semana com a comida toda pronta em casa. Mas aí elas começaram a perguntar, mas não tem um local onde eu possa levar meu marido, meu filho, minhas amigas? Então, surgiu a ideia de um restaurante de comida saudável, no qual eu pudesse estar criando novas receitas, novos pratos, novas técnicas de culinária. E o restaurante me deu uma liberdade maior de expandir a área da gastronomia saudável. Mas, o que diferencia a gastronomia saudável de uma normal? A questão da alimentação saudável não tem muito segredo, são pratos básicos, só que você faz uma troca de nutrientes, troca a composição alimentar. Você pode fazer, por exemplo, um strogonoff no qual não usa o creme de leite e nem manteiga. O que fazemos é usar ingredientes mais saudáveis. Optamos por frutas e verduras orgânicas. A 8
Revista Fecomércio-PI
Maio/Junho 2017
maneira de preparar o alimento também é diferente, não usamos fritura, fazemos tudo ao forno. Então, a gastronomia saudável é uma maneira de cozinhar focando na saúde.
Os SPAs são uma mudança de estilo de vida. Eles são um pontapé inicial para uma mudança, porque saúde é mudar, qualidade de vida é mudar. Mudança é a palavra-chave para tudo que você quer fazer. A vida é uma mudança eterna.
compartilha um empreendimento as ideias são diferentes. Eu notei que meu restaurante estava fugindo do conceito que eu passei 20 anos dedicada e construindo. E foi a hora que eu percebi que era o momento de ficar sozinha novamente, desenvolvendo o conceito que eu tenho batalhado. Essa criatividade que você disse que exerce na cozinha foi o que te inspirou a escrever o livro “Receitas Saudáveis”? Tudo é uma consequência do trabalho que a gente vem fazendo e de solicitações de clientes. Eu sempre acompanho e analiso o que eles estão interessados e o livro foi um pedido deles que eu vinha protelando por falta de tempo e por falta de certa prática no assunto, mas chegou uma hora que não dava mais para adiar e decidi escrever. Lancei o livro em 2015 com 50 receitas saudáveis e foi uma experiência muito boa. Um livro é um filho da gente que nasce. É um carinho especial, mais ainda porque no primeiro mês que eu lancei, ele foi o segundo livro mais vendido em Teresina. E isso é algo muito gratificante, é o reconhecimento de um trabalho que a gente faz por amor. Já existe o projeto de um novo livro? Sim, eu já estou com o projeto de um novo livro para ser lançado porque os clientes sentiram falta de certas receitas e estão me cobrando. Vamos divulgar mais novidades em breve.
Você já teve três restaurantes, como foi essa trajetória? Meu primeiro restaurante já tem mais de 15 anos. Com o tempo eu resolvi fazer um restaurante maior, com uma sociedade compartilhada, e agora eu decidi investir sozinha, com o Nóris - Cozinha Saudável. Um dos motivos é que sozinha posso dar mais asas à imaginação. O meu foco é saúde e quando a gente
E existem outros projetos? Outra novidade são os cursos de culinária saudável que venho realizando no Nóris - Cozinha Saudável. Eles têm ajudado muitas pessoas que querem preparar uma alimentação saudável em casa. Elas têm muitas dúvidas, não sabem utilizar determinadas verduras ou certos grãos, por exemplo. Então, eu faço cursos em diversas áreas, como alimentação funcional, alimentação
saudável e cozinha básica. A gente ensina as receitas com todo amor porque realmente temos isso como missão de vida, tanto que estamos sempre buscando formas de trazer mais qualidade de vida para nossos clientes. Você agora inovou com as feiras orgânicas. Como foi que surgiu essa ideia? Minha mente passa 24 horas do dia pensando no trabalho e nas minhas receitas e eu gosto muito de parcerias. Na verdade, eu acho que o mundo hoje é feito de parcerias. Você não está só, você não é uma ilha, você sempre tem que trabalhar com parcerias porque isso te dá um retorno muito importante. Já tive grandes parceiros nesse meu longo tempo de trabalho e agora nós estamos trabalhando com novas parcerias que tem como apelo o alimento orgânico, pois 90% dos alimentos do nosso buffet é orgânico. Eu trabalho com produtos orgânicos e decidi mostrar que, além de comerem aqui, as pessoas podem levar um alimento saudável para casa, para preparar aproveitando o que aprenderam nos cursos que a gente dá e com o livro também. É um novo conceito e estilo de vida que aos poucos está sendo implantado. Teresina tem tido um boom de novos empreendimentos que focam na alimentação saudável. Isso é moda ou mudança no estilo de vida? Eu acho que no ínicio era um modismo, as pessoas queriam mostrar alguma coisa diferente, mas quando o trabalho tem resultado o público começa naturalmente a adotar isso como um estilo de vida. Principalmente porque desenvolveu-se a conscientização de que essa mudança é boa, trouxe mais saúde e qualidade de vida. Então, do modismo virou um estilo de vida, e hoje em Teresina temos muitos empreendimentos voltados pra
quem quer viver melhor. Que dicas que você dá para quem quer empreender na área de alimentação saudável? Primeiro, ter um foco. Eu acho que a pessoa tem que definir realmente o
Eu inovei quando somei a qualidade ao estilo de vida da pessoa e ao programa de emagrecimento, e deu muito certo, as pessoas tiveram muito resultado. Eu falo sempre que o meu reconhecimento não foi através de propaganda comercial, foi um marketing pessoal, no sentido de trabalho. Aquela famosa propaganda boca a boca, da pessoa que vai, gosta, tem resultado e indica para as amigas.
que quer. Eu sempre trabalhei com alimentação, com saúde e com qualidade de vida. É muito importante você saber o que você quer e trabalhar em cima disso, adquirir mais conhecimento, trabalhar com amor. Não adianta você fazer uma coisa que não gosta, nunca vai dar certo. Agora fazer uma coisa que você gosta, às vezes, erramos e insistismos, erramos e insistimos até dar certo. O segredo do sucesso está em não desistir, em
perseverar até conseguir. O que é preciso fazer para ter uma vida mais saudável? Para ter uma vida melhor, eu digo sempre que você tem que ter uma base que englobe tudo. Você tem que ter fé. Ter uma religião é muito importante. Você tem que ter uma família, amigos, bons relacionamentos, porque eu acho que mais importante do que o conhecimento são os relacionamentos. É uma riqueza maior você ter um bom relacionamento de amigos e amigas. Saber que tem pessoas que você pode contar em qualquer situação. O bom relacionamento é uma escada para o sucesso, e também você ter saúde, trabalhar sua saúde, trabalhar sua alimentação, buscando sempre ser uma pessoa melhor. Como ter uma boa alimentação interfere nos diferentes aspectos da nossa vida? A alimentação é tudo, é a base da nossa vida e da nossa saúde. Não adianta você fazer atividade física, tomar remédios, ir a bons médicos. Não adianta você fazer uma série de coisas se você não cuida da alimentação. Ao longo dos meus quase 20 anos de carreira, a nutrição mudou muito. Atualmente, ela engloba saúde, espiritualidade, estilo de vida, são vários aspectos, não é só fazer comida. Com uma má alimentação, você pode ficar doente, deprimido, sem forças, porque vai ficar com o sistema imunológico baixo. Toda alimentação que não é de boa qualidade ou que é deficiente vai trazer muitos transtornos para a saúde de uma pessoa, assim como uma boa alimentação vai melhorar a nossa vida como um todo. Antes, na nutrição se falava muito em calorias. Gente, vamos esquecer calorias! Na nutrição não existe mais essa questão de calorias, é um conceito ultrapassado. O que se busca hoje é uma alimentação para melhorar a saúde. Revista Fecomércio-PI
Maio/Junho 2017
9
Entrevista
Como mãe e empresária você inspirou os seus filhos, que também estão empreendendo. Conta pra gente um pouquinho sobre o que eles estão fazendo hoje. Quando meu primeiro filho nasceu, eu tinha 19 anos e os outros vieram logo em seguida, foram todos escadinha, e mesmo sendo mãe eu sempre fui empresária. E nesses anos eles me acompanharam em todos os momentos alegres, tristes e de dificuldades. Eu acho que essa questão do empreendedorismo foi sendo incorporada na mente e no estilo de vida deles, naturalmente. Tanto que um dos meus filhos é advogado, mas também trabalha na área da gastronomia, o mais novo é administrador e é um excelente chefe de cozinha. E a minha filha seguiu minha carreira na nutrição e foi uma coisa que ela fez sem me perguntar. Quando eu vi, ela já estava aprovada no vestibular e eu nem sabia. Ela ama a profissão e é meu braço direito. Eu digo que ela sempre me incentiva. A maior riqueza que eu tenho são meus filhos, pois são pessoas empreendedoras, que têm bom caráter, são educados, gente boa mesmo. Eu agradeço muito a Deus por isso. Em parceria com a sua filha Yuska, você desenvolve um projeto na Fundação Maria Carvalho Santos, instituição que combate o câncer de mama. Como é esse trabalho e por que vocês escolheram se envolver com a questão do voluntariado? Na realidade, não se envolver em um projeto de voluntariado é como se o nosso trabalho estivesse incompleto. Temos que ter toda essa gama de conhecimentos e não poder colocar isso para um grupo maior de pessoas gera uma sensação de insatisfação por não estar servindo, contribuindo com a sociedade. E você pode falar pra eles que saúde não é uma coisa inatingível, que é possível ter qualidade de vida com 10
Revista Fecomércio-PI
Maio/Junho 2017
coisas básicas que se tem em casa, porque o grande problema não é, nem tanto, a questão financeira, é a desinformação. Então, levar esse conhecimento para estas pessoas que já estão sensibilizadas por uma doença, que querem ter mais
Atualmente, a nutrição engloba saúde, espiritualidade, estilo de vida, são vários aspectos, não é só fazer comida. Com uma má alimentação, você pode ficar doente, deprimido, sem forças, porque vai ficar com o sistema imunológico baixo. Toda alimentação que não é de boa qualidade ou que é deficiente vai trazer muitos transtornos pra saúde de uma pessoa, assim como uma boa alimentação vai melhorar a sua vida como um todo.
qualidade de vida, é muito gratificante, porque além de tudo o nutricionista é um educador. Através da Fundação Maria Carvalho, nós desenvolvemos várias atividades, como palestras, cursos de
culinária, projetos de cozinha saudável. Todos direcionados para que as pessoas aprendam a manusear, higienizar e a fabricar os alimentos. Enfim, como ter, através da alimentação, uma qualidade de vida melhor. Você é destaque não só aqui no Piauí, mas também nacionalmente, inclusive ganhou o Prêmio Mulher de Negócios do Sebrae. Como foi receber esse reconhecimento. É um prêmio muito querido porque é um certificado de que tudo que eu fiz deu certo. Até hoje, quando eu falo, me emociono porque é um reconhecimento de todas as noites que trabalhei, dos obstáculos e barreiras que enfrentei e superei, das coisas que tive que abrir mão no meu dia a dia, especialmente quando estava com meus filhos pequenos. É por isso que receber do público esse reconhecimento mostra que tudo que eu fiz durante todos esses anos valeu a pena. Ele me dá uma notoriedade, dá também um retorno empresarial muito grande, além da felicidade de ter meu trabalho reconhecido. Tem algum ponto de sua história que você acha interessante compartilhar? Todos os aspectos da minha vida são importantes porque cada coisa somou com outra e se tornou uma grande coisa, um grande aprendizado. Os acontecimentos bons ou ruins se somaram e me deram grandes lições que foram sendo aplicadas e transformando minha vida. Se você me perguntar se eu voltaria atrás de algo ou se vivenciaria cada etapa da minha vida novamente, eu diria que viveria sim, etapa por etapa, sem saltar nenhuma, porque eu acho que tudo o que aconteceu, de bom ou de ruim, contribuiu para o que eu sou hoje. E eu agradeço muito! Digo sempre que eu sou uma pessoa abençoada por Deus porque eu tenho tudo que é mais importante na vida.
Anúncio
Pesquisas Fecomércio
Pesquisas Fecomércio
Consumidores ainda compram com cautela
Confiança dos empresários do setor do Comércio volta a crescer
Aquisição de bens duráveis não é prioridade, assim como o consumo de outros itens.
Índice de otimismo em pesquisa registrou maior valor desde março de 2015.
Por Nonato Paz e Samanta Petersen Foto: Divulgação
Por Nonato Paz e Samanta Petersen
esde 2010, o Instituto Fecomércio de Pesquisa e Desenvolvimento (IFPD-PI) realiza mensalmente, em parceria com a Confederação Nacional do Comércio de Bens e Turismo, pesquisa sobre a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) de Teresina. O levantamento visa analisar como o teresinense está avaliando os quesitos de emprego, renda, acesso ao crédito, nível de consumo e compras de bens duráveis. De acordo com a pesquisa, se o índice estiver entre 100 e 200 pontos ele representa otimismo, abaixo de 100 caracteriza pessimismo. Em março de 2017, comparado ao mês de fevereiro deste mesmo ano, a pesquisa apontou uma retração de 1,64% em relação ao otimismo do teresinense, entretanto se comparado ao mesmo período de 2016 (março) houve um crescimento de 0,9% no índice. O que se pode avaliar como uma melhoria para o setor do comércio, visto que desde novembro de 2015 a pesquisa vinha apresentando uma sequência de dados pessimistas, que só voltou a crescer a partir de agosto de 2016.
pesquisa sobre o Índice de Confiança dos Empresários do Comércio de Teresina (ICEC) apontou que, em abril deste ano, o otimismo do empresário teresinense cresceu 18,26%, se comparado ao mesmo período do ano passado. Na comparação com o mês anterior a variação foi de 2,01 pontos percentuais. A pesquisa tem por objetivo detectar as tendências das ações empresariais do setor Comércio, no ponto de vista do empresário. Desta forma, o levantamento busca avaliar o otimismo ou pessimismo dos empresários levando em consideração três fatores: condições atuais do comércio, condições futuras e investimentos. Seu resultado é revelado em pontos. Acima de 100, a situação é de otimismo e abaixo deste valor, de pessimismo. A pesquisa atinge 135 empresas do Comércio de Bens e Serviços de Teresina e é realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) em parceria com a Fecomércio-PI, através do Instituto Fecomércio de Pesquisa e Desenvolvimento (IFPD). O índice de 116,6 pontos registrado em abril de 2017 é o maior desde março de 2015 (108,3 pontos), lembrando que de abril de 2015 a julho de 2016 a confiança do empresário encontrava-se abaixo de 100 pontos, ou seja, na zona de pessimismo. Os empresários do comércio que empregam mais de 50 pessoas em suas lojas foram os mais otimistas, uma
D
Emprego e renda
Na pesquisa de março, com relação ao emprego, 31,5% dos entrevistados sustentaram que estão mais seguros nos seus empregos e 16,2% disseram
12
Revista Fecomércio-PI
Maio/Junho 2017
A
Pesquisa alerta para que comerciantes não investam na renovação de estoque nos próximos meses
que têm medo de que venham a ficar sem ele, sendo que em fevereiro este indicador era de 12,9%. Além disso, 20,9% declararam que a situação é a mesma de 2016, apontando que houve uma melhora na forma que o teresinense tem visto a situação, pois em abril este indicador era de 35,7%.
Nível de consumo atual
O nível de consumo atual revela que 27,% das famílias teresinenses estão propensas a consumir mais do que no mesmo período do ano passado, enquanto que 33,2% avaliaram nesta pesquisa que o seu consumo será menor.
Compras de bens duráveis
A intenção de adquirir bens duráveis (geladeira, freezer, TV, fogão, automóveis, dentre outros) sofreu uma variação negativa de 7,73% na passagem de fevereiro para março de 2016. Sendo que fevereiro de 2015 foi o último mês em que este índice alcançou resultado positivo. Este índice revela que os comerciantes que revendem estes produtos devem ficar mais cautelosos no momento de repor os seus estoques, visto que 57,1% dos entrevistados declararam que este é um mau momento para a aquisição de bens duráveis.
vez que, no mês de abril, os dados nesse setor marcaram 137,1 pontos, superior ao mesmo período do ano passado, quando registrou 96,2 pontos. De acordo com a pesquisa, o item “Condições atuais do setor Comércio” apenas se estabilizou, passando de 90,5 para 90,6 pontos, dado que quase não influenciou o aumento do ICEC. ÍNDICE DE EXPECTATIVA DO EMPRESÁRIO DO COMÉRCIO
GERAL___________________ 163,3 Pts ECONOMIA_______________156,5 Pts COMÉRCIO_______________165,7 Pts EMPRESA_________________167,6 Pts Acima de100 pontos considerado otimismo.
Os índices que mais contribuíram positivamente para o aumento do otimismo do empresário do comércio foram os que se referem às expectativas para os próximos seis meses. O otimismo no Índice de Expectativa do Empresário do Comércio (IEEC) atingiu 163,3 pontos, registrando um crescimento de 1,55 pontos percentuais na comparação com o mês anterior. Todos os três fatores que compõem este índice obtiveram otimismo. A economia foi avaliada em 156,5 pontos, o setor comércio em 165,7 e o empresa em 167,6 pontos.
Investimentos
O segundo motivo que ocasionou o aumento no ICEC foram às expectativas de investimentos em emprego, que obteve 104,3 pontos, registrando uma elevação de 6,32 pontos percentuais na comparação com o mês anterior. Mostrando que este indicador saiu da zona de pessimismo no mês de abril de 2017. Neste cenário, 10,8% dos entrevistados disseram que desejam aumentar muito a contratação de empregados, enquanto 39,9% contentam-se em contratar um número mais moderado. Por outro lado, 45,7% dos empresários estão com intenção de reduzir um pouco o quadro de pessoal. Quanto ao nível de investimentos em equipamentos, instalações e reformas, 9,2% dos empresários entrevistados revelaram que este tipo de investimento será muito maior do que o registrado no ano passado, muito embora 40% deles tenha afirmado que vai ser apenas pouco maior. Paradoxalmente, 37,8% declararam que o nível de investimento vai ser pouco menor do que o realizado no ano passado, no mesmo período. Com relação aos investimentos em estoques, 18,1% dos empresários entrevistados na amostra declararam que suas mercadorias estão acima do adequado, índice considerado elevado, mostrando que as vendas estão sendo baixas. Com 22,2%, o setor que mais apresentou estoques acima do adequado foi o de bens duráveis. Revista Fecomércio-PI
Maio/Junho 2017
13
Fecomercio
Fecomercio
Fórum reúne diretores da Fecomércio em Bonito/MS
Tocantins sedia 25º Fórum da Amazônia Legal O Piauí foi um dos estados participantes do evento.
Representantes de 11 estados participaram do evento, que teve como um dos objetivos a troca de experiências. Por Gleyca Lima
Por Gleyca Lima
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação
O
s diretores das Federações do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio) de todo o país se reuniram em Bonito (MS) para participarem do 9º Fórum Nacional de Dirigentes de Institutos Fecomércio. O evento teve como objetivo a troca de experiências entre os participantes. Durante dois dias, representantes da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo
(CNC) e de 11 Federações do país se reuniram para discutir o cenário econômico e as oportunidades do mercado na atual conjuntura, além de oportunidades. Dentre os estados que participaram do evento estava o Piauí. Durante o Fórum, os participantes também debateram estratégias para fortalecimento dos Institutos, que têm como um de seus papéis a realização de pesquisas com indicadores do comércio para balizar as ações dos empresários.
C
O Piauí foi um dos estados que esteve presente no Fórum Nacional
Piauí se despede de Carlos Cunha Ele foi um dos fundadores da Faepi e lutava pelas causas do agronegócio no estado.
erca de 80 participantes entre presidentes e superintendentes da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio), diretores do Sesc/Senac e assessores jurídicos de treze estados participaram em Palmas (TO), em maio, do 25º Fórum da Amazônia Legal. O objetivo do evento foi compartilhar experiências para uma gestão de excelência e fortalecimento institucional, além de oferecer soluções que contribuam com a expansão do segmento comercial, de serviços e
O evento teve como objetivo o compartilhamento de experiências
turismo, dos estados que compõem a região da Amazônia Legal. “A cada seis meses os gestores se encontram para essa troca de experiências e
compartilhamento de novidades. E a Fecomécio só se fortalece com novas ideias” explica o superintendente da Fecomércio Piauí, Nonato Paz.
IFPI dá posse a Conselho Diretor A solenidade foi realizada no auditório do campus Teresina Central .
Por Iara Calli e Samanta Petersen Foto: Wilson Filho
Por Gleyca Lima
N
o dia 05 de abril, a classe empresarial piauiense e o Sistema S se despediram do presidente do Conselho Deliberativo do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-PI), Carlos Augusto Melo Carneiro da Cunha, o Caú, que morreu vítima de infarto fulminante. Carlos Augusto Cunha tinha 75 anos, era advogado, pós-graduado em direito agrário, procurador federal aposentado da Advocacia 14
Revista Fecomércio-PI
Maio/Junho 2017
O
Geral da União, agropecuarista, pioneiro na pasteurização de leite e um dos fundadores e presidente da Federação da Agricultura do Estado do Piauí (Faepi). Além de entusiasta da capacitação da mão de obra rural, das exposições agropecuárias e um lutador pelas causas do agronegócio no Piauí. Ele assumiu a presidência do Sebrae em 2015. Caú tinha 75 anos, era advogado e agropecuarista
novo Conselho Diretor (Condir) do IFPI tomou posse no dia 8 de maio, em solenidade realizada no auditório do campus Teresina Central. Ao todo, 11 conselheiros tomaram posse, entre titulares e suplentes. Dentre eles, Raimundo Nonato Augusto Paz (titular) e João Andrade (suplente) , representando a Federação do Comércio de Bens, Serviços e
Turismo do Piauí (Fecomércio). O Condir é um órgão consultivo e de assessoramento ligado à Direção Geral do IFPI, que tem como finalidade assessorar sobre assuntos de caráter administrativo, de ensino, de pesquisa e de extensão. Desta forma, os membros do Conselho devem participar ativamente de decisões, reuniões e votações que competem ao órgão. O Conselho Diretor é um
importante canal entre a gestão do campus e as comunidades interna e externa. “A Fecomércio representa o setor produtivo na área de Comércio, Serviços e Turismo. É imprescindível a presença desta entidade no Conselho Diretor do IFPI, haja vista a importância dos debates acadêmicos para o crescimento dos setores e do Estado”, afirma o superintendente da Fecomércio, Nonato Paz. Revista Fecomércio-PI
Maio/Junho 2017
15
Educação Profissional
Fecomércio
Senac, especialista em educação profissional e tecnológica
D
urante o mês de abril de 2017, o Senac no Piauí viveu mais uma etapa especial na sua história. Nesse período, 24 instrutores do seu quadro de docentes conquistaram, com competência e profissionalismo, o título de especialista em Docência da Educação Profissional e Tecnológica. Curso realizado em parceria entre o Senac no Piauí, o departamento nacional do Senac e o departamento regional do Senac em São Paulo. Tal conquista é uma vitória no caminhar diário da empresa para preservar a qualidade da educação ofertada, que é reconhecida e aprovada por um percentual de qualidade superior a 90% (nota atribuída à empresa pelo conjunto dos seus usuários) e que traduz o compromisso não apenas com a preservação dessa qualidade, mas também com a ampliação da mesma a um avançar que tende a produzir frutos para todo o estado, já que, os agora novos especialistas em educação profissional e tecnológica, atuam nas mais diversas unidades educacionais do Senac no Piauí. A existência dessa qualidade interna é o que impulsiona a escola a se posicionar como uma entidade educacional capaz de ajudar as demais empresas piauienses a crescerem e a se diferenciarem em um mercado de trabalho que procura incessantemente por um grau de excelência capaz de agregar valor aos 16
Revista Fecomércio-PI
Maio/Junho 2017
empreendimentos locais, motivando-os a buscarem, inclusive, espaços fora dos limites do estado. O esforço empreendido pela direção do Senac considera que o conhecimento
Novos instrutores do quadro de docentes do Senac conquistaram o título de especialista em Docência da Educação Profissional e Tecnológica e agora atuam nas mais diversas unidades educacionais da instituição no Piauí.
é um propulsor do desenvolvimento e ao disponibilizar essa gama de profissionais especializados na educação profissional e tecnológica oportuniza às demais empresas do estado à possibilidade de
Presidente do Sistema Fecomércio recebe homenagem Francisco Dias Diretor de Educação Profissional do Senac-PI Licenciatura Plena em Pedagogia Especialista em Gestão Escolar fcodias@pi.senac.br
crescimento das mesmas pela oferta de serviços de qualidade diferenciada representado pelo trabalho desenvolvido por profissionais especializados. Tendo a clareza de que, se o aperfeiçoamento por si só não resolve toda a gama de questões envolvidas para o avançar profissional, tampouco se pode fazer na ausência dessa formação. Essa confiança vem da certeza de que o aperfeiçoamento profissional, naturalmente diferencia os profissionais, e as organizações tendem a se beneficiar dessa qualidade para se firmarem no mercado e, assim, galgar novas oportunidades no mundo do trabalho. O resultado construído produz, tanto para o Senac quanto para os especialistas, um elevado grau de satisfação e um reforço no compromisso assumido perante a própria sociedade, que é o de somar esforços e trabalhar para a formação de uma sociedade cada vez mais profissional e que assim contribua para o crescimento do país. Dessa forma, reforçado por um novo time de especialistas, o Senac se coloca mais uma vez a disposição da sociedade, na certeza de que com gente qualificada é possível fazer mais pelas empresas que buscam a educação profissional e tecnológica para fortalecer a sua atuação no mercado e avançar na conquista de novos espaços, desejo de toda organização que busca servir bem a sua comunidade.
Valdeci Cavalcante foi surpreendido com uma festa para celebrar seu aniversário. Por Iara Cali e Karla Nery Fotos: Divulgação
F
amiliares e representantes do Sesc, Senac e da Federação do Comércio do Estado do Piauí (Fecomércio-PI) promoveram uma festa para celebrar o aniversário do empresário e presidente do Sistema, Valdeci Cavalcante, comemorado dia 12 de abril. A homenagem foi uma forma dos colaboradores retribuírem e agradecerem pela administração de excelência de Valdeci Cavalcante à frente das instituições. O diretor regional do Sesc, Campelo Filho, abriu a solenidade agradecendo ao presidente por sua competência na gestão das instituições. Em seguida, um vídeo com depoimentos de colaboradores, familiares e amigos foi exibido e emocionou Valdeci. “Sou muito fácil de me emocionar! Estou muito feliz por este momento. Minha motivação em trabalhar vem dessas pessoas. Minha missão é trabalhar pelo nosso país, nosso estado e pelo sistema Fecomércio”, afirmou. No aniversário do presidente do Sistema Fecomércio-PI, quem ganhou o presente foi a Casa Frederico Ozanam, visto que os convidados presentearam o aniversariante com alimentos nãoperecíveis que serão doados à instituição. A Casa Frederico Ozanam existe há 38 anos em Teresina, abriga 47 idosos e sobrevive de doações.
Revista Fecomércio-PI
Maio/Junho 2017
17
Sindicatos
Direito e Empresas
A incógnita da nova Lei da Terceirização
Sesc de Picos será um dos mais modernos do estado O presidente do Sindicado Varejista de Picos esteve vistando a obra. Francisco Soares Campelo Filho Diretor Regional do Sesc-PI Mestre e Doutorando em Direito e Políticas Públicas campelo@campelocampelo.com.br
A
lei nº 13.429 de 31/03/2017, chamada de Lei da Terceirização, foi sancionada pelo Presidente Michel Temer e tem suscitado diversos embates, em especial no tangente ao fato dela ser benéfica ou prejudicial ao trabalhador. Antes de julgá-la é preciso que toda questão político-partidária seja excluída da discussão e que a abordagem se circunscreva apenas às relações de trabalho, aos direitos dos trabalhadores e ainda à geração de empregos, sob pena de se fazer julgamentos precipitados, recheados de caráter ideológico e que impedem a necessária isenção que toda análise requer. A referida lei trata do trabalho temporário e dispõe ainda sobre as relações de trabalho em empresas de prestação de serviços a terceiros. Esta abordagem limita-se à segunda parte, fazendo uma análise sobre as questões a que nos referimos no parágrafo anterior. É claro que a Lei traz outros aspectos importantes, mas que deixaremos para analisar em outra oportunidade. Pois bem! Como argumentos contrários à Lei, há os que dizem que os trabalhadores perderão direitos e isto ocorrerá porque serão contratadas empresas que não cumprirão a legislação trabalhista, bem como porque com a terceirização os trabalhadores não terão os mesmos direitos que são 18
Revista Fecomércio-PI
Maio/Junho 2017
atribuídos aos empregados contratados diretamente pela tomadora dos serviços, inclusive “com rebaixamento de salários e das condições de trabalho, jornada excessiva, elevada taxa de rotatividade e alto número de acidentes” (ADI da 13.429/2017). Por sua vez, os argumentos favoráveis à lei navegam, principalmente, na possibilidade de geração de empregos, bem como no desenvolvimento da
Antes de julgar a Lei Trabalhista é preciso que toda questão políticopartidária seja excluída da discussão.
economia, considerando a diminuição dos processos internos e burocráticos e a necessidade de formação de redes de produção, o que contribui para o incremento da produtividade. O primeiro ponto que precisa ser observado é que o Brasil possui uma Justiça do Trabalho com alta eficiência e eficácia na resolução dos conflitos. Ao seu lado, na defesa dos direitos e garantias dos trabalhadores, há a Procuradoria Regional do Trabalho, que tem exercido
um papel primordial nesse sentido, e a própria Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, que fiscaliza diretamente as empresas. Existem ainda os sindicatos, que deverão acompanhar, fiscalizar e, principalmente, lutar por melhorias das condições de trabalho. O segundo aspecto, é que a nova lei traz algumas garantias, na medida em que veda a contratante a utilização dos trabalhadores em atividades distintas daquelas que foram objeto do contrato e estabelece ser de responsabilidade da contratante garantir as condições de segurança, higiene e salubridade dos trabalhadores, por exemplo. Porém, o principal ponto da lei é o que estabelece que a empresa contratante seja subsidiariamente responsável pelas obrigações trabalhistas referentes ao período em que ocorrer a prestação de serviços, trazendo uma dupla garantia para os empregados. Assim, entendemos ser muito cedo ainda para afirmar que a Lei da Terceirização trará prejuízos aos trabalhadores, assim como, se a mesma terá o condão de fazer gerar empregos, sendo uma incógnita que apenas com o tempo poderá ser solucionada. A prudência exige que fiquemos todos atentos para evitar que direitos trabalhistas sejam suprimidos, além de acompanhar os resultados positivos ou negativos da mesma.
Por Samanta Petersen Foto: Divulgação
A
cidade de Picos vai receber um dos mais modernos empreendimento do Sesc no Piauí. A obra contempla seis blocos com estrutura para prática de esporte, educação, cultura, lazer e recreação. A previsão é que a primeira etapa esteja concluída até o final de maio quando se iniciará a etapa final. Depois de finalizado, o empreendimento contará com ginásio poliesportivo, campo de futebol, parque aquático com piscina olímpica, salão de eventos, centro educacional, parque infantil, unidade do programa Mesa Brasil Sesc,
ampla área urbanizada, dentre outros espaços voltados para a prática de eventos culturais, aulas de música, dança e atividades físicas. Para conferir o andamento da obra, estiveram presente no local, o membro do Conselho Regional do Sesc no Piauí, José Rivaldo de Sousa, e o Secretário de Obras e Urbanismo de Picos, Gutenberg Rocha. Para Rivaldo Sousa, que também é presidente do Sindicado do Comércio Varejista de Picos, a obra é uma conquista da classe empresarial, que vai beneficiar toda a população da região.
Representantes do Conselho Regional do Sesc no Piauí e da Prefeitura de Picos visitaram o espaço Revista Fecomércio-PI
Maio/Junho 2017
19
Especial
Planos de saúde personalizam pacotes para atrair novos clientes Número de pessoas beneficiadas cresce em todo o Piaui. Por Denilson Avelino Foto: Carlos Pacheco
P
or muito tempo os planos de saúde no Brasil foram tidos como algo distante da maioria da população, mas com o passar dos anos, a melhoria salarial do brasileiro e a perspicácia das operadoras em entender as peculiaridades dos clientes no país, muita coisa mudou. Os serviços foram ampliados e novas redes foram regulamentadas. Hoje 24,5% da população brasileira, ou seja 48,5 milhões de pessoas, utilizam planos de saúde. Um aumento real de 6,8 pontos percentuais em relação ao ano de 2000. E um dos destaques, para o crescimento no mercado brasileiro, vem das novas adesões a planos empresariais, que cresceram significativamente nos últimos anos. Em termos concretos, a última pesquisa do Sistema de Informações de Beneficiários, encomendada pela Agência Nacional de Saúde, órgão vinculado ao Ministério da Saúde, apontou que o Piauí tem hoje uma cobertura entre 5% e 10% com base na população atual. Essa é a mesma proporção de estados vizinhos, como Maranhão e Tocantins. Os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santos e o Distrito Federal são os únicos que detém cobertura acima de 30%. O Uniplam é um desses casos de destaque no Piauí. Um plano de saúde totalmente piauiense, que começou no interior e se consolidou em todo o mercado piauiense. Adalton Sena, sócio do grupo, 20
Revista Fecomércio-PI
Maio/Junho 2017
lembra que ao longo de onze anos, o foco da Uniplam era ofertar planos hospitalares. “Preferimos ofertar algo para a população mais pobre e funcionou muito bem. Crescemos e hoje temos uma variedade de produtos que são oferecidos desde a rede hospitalar, ambulatorial, vínculos coletivos, empresariais e odontológicos”. O Uniplam, por exemplo, oferece dois modelos de planos. O familiar, no qual a pessoa vai até a operadora e contrata um plano para ela ou sua família, mas também há o modelo coletivo empresarial, o mais procurado. “A empresa quando entra
com um grupo de pessoas, colaboradores, funcionários, ela tem um poder maior de negociação. Não é uma pessoa, é um conjunto sendo devidamente representado por seus diretores”, destaca Adalton Sena. É válido frisar que nesse modelo de plano, ganham os dois lados. A operadora, que lucra com volume de mercado, e as empresas, que podem conseguir preços mais baixos nas rodadas de negociação. E cada vez mais os planos de saúde deixam de ser vistos pelo brasileiro como custo e passam a entrar no orçamento como investimento. Um dos motivos é
Adalton Sena lembra que o Uniplam começou priorizando o interior do Piauí
que, com o avanço da tecnologia médica e a deficiência do Sistema Único de Saúde (SUS), o brasileiro não quer ser pego desprevenido. Assim as empresas lucram com a segurança de terem seus colaborares atendidos por uma rede credenciada. O que reflete diretamente na redução da ausência do funcionário no ambiente de trabalho por motivos de saúde. A cobertura médica e hospitalar ainda reflete na melhoria da produtividade, dá mais segurança ao colaborador e há ainda empresas que desenvolvem projetos voltados para a prevenção de doenças que são adquiridas no ambiente de trabalho. Entre os atrativos do plano de saúde empresarial é a facilidade em relação a parte burocrática, já que tudo é feito através do departamento pessoal da empresa. Outra vantagem é a possibilidade de estender o plano a familiares de primeiro grau, dependendo do tipo de contrato realizado pela empresa. Para Geysa Coelho, especialista em planos de saúde, todas estas ações mostram que as empresas estão vendo a necessidade crescente de desassociar a cobertura médica e hospitalar de doenças, e voltando seu foco para o bem estar e prevenção. Geysa ainda revela que as próprias empresas de planos de saúde estão focando em um novo perfil de usuários, mais personalizado. “Hoje, as empresas operadoras de planos de saúde
querem oferecer modelos que se adequem às necessidades de cada cliente. Se uma pessoa não tem a necessidade de ir ao médico todo mês, ou semestralmente, ela pode ter um plano mais barato e que se encaixe em seu orçamento. As operadoras têm de se adequar ao seu estilo de vida, dando possibilidade ao cliente de conseguir redução de até 40% de um plano original”.
Tipos de planos de saúde Coletivo Empresarial: Contratado por empresas para a prestação de assistência à saúde de seus funcionários
Plano individual ou familiar: Contratado
diretamente
por
pessoas físicas para seu benefício próprio e de sua família.
Plano coletivo por adesão: Contratado por pessoas jurídicas de caráter profissional, classista ou setorial, como conselhos, sindicatos Geysa Coelho destaca que é preciso pensar nos clientes de forma individualizada
e
associações
profissionais Revista Fecomércio-PI
Maio/Junho 2017
21
Especial
Saúde da boca também precisa de prevenção
Público das classes B e C são o foco da Odontoclinic, como destaca Fernanda Siqueira
Depois da inflação e do aumento de impostos, a visita ao dentista pode ser um dos maiores temores financeiros dos brasileiros. É claro que tem um pouco de exagero nessa afirmação, até porque muitas vezes há outras prioridades no orçamento doméstico, mas cuidar do sorriso deixou de ser apenas uma questão estética e passou a contar pontos preciosos até na procura por um emprego, por exemplo. Com as novas tecnologias e tratamentos, aquele sorriso escondido por uma imperfeição ou noites mal dormidas por conta de dores e outros problemas ligados à dentição, podem ser resolvidos em meses. De tal forma que os planos de saúde odontológicos têm crescido no mercado
22
Revista Fecomércio-PI
Maio/Junho 2017
doméstico, especialmente porque com o benefício, o acesso aos tratamentos se torna mais baratos e isso incentiva o brasileiro a cuidar do seu sorriso. Visto que ainda são poucos os que cuidam da saúde bucal no Brasil. De acordo com a última pesquisa do Conselho Federal de Odontologia, apenas 15% dos brasileiros cuidam da saúde bucal. Um número pequeno se considerarmos que o Brasil concentra 11% dos profissionais de odontologia do mundo. Outro dado alarmante é que mais de 90% da população possui problemas na gengiva. E trinta milhões de brasileiros possuem ausência de algum dente, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS),. Em Teresina, a franquia Odontoclinic
atua com planos e programas diferenciados com comunicação direcionada para o público B e C – que beneficia desde crianças até os idosos. Um exemplo é a Rede do Sorriso, que vai até as empresas, fecha pacotes com os colaboradores e oferece descontos de 20% a 30% para tratamentos completos, como explica Fernanda Siqueira, administradora do negócio. “Nós não somos um plano de saúde, mas uma franquia de clínicas especializadas e oferecemos excelência em tratamentos odontológicos. Somos a primeira e única a oferecer esse tipo de serviço em Teresina, pois nosso foco é aliar conforto e segurança a preços acessíveis, oferecendo uma excelente relação custo-benefício para nossos clientes”, analisa. A Odontoclinic possui clínicas multidisciplinares, com unidades que oferecem soluções completas em tratamentos odontológicos com profissionais altamente qualificados em suas especialidades, como: clínica geral, clareamento, ortodontia, prótese, implante e periodontia. Outro programa desenvolvido em Teresina pela franquia é voltado para a prevenção e educação nas escolas. “Temos esse compromisso. Nosso modelo é ser uma alternativa para quem deseja um sorriso bonito e a prevenção é o melhor caminho”. Dentre outras vantagens da franquia, Fernanda cita o fato dos próprios dentistas, que atuam no consultório, serem os sócios e proprietários, o que dá mais segurança para o cliente que não terá rotatividade de atendimentos e pode começar e finalizar o tratamento com um único profissional.
Anúncio
Educação Financeira
Planejamento sucessório reduz riscos
M
eus amigos empresários, hoje quero falar de um tema complexo, mas necessário. Caso aconteça uma fatalidade que o leve a abandonar o seu cargo na direção de sua empresa, o que aconteceria com ela? O ideal seria que você pudesse afirmar, sem medo, que não haveria nenhum reflexo, pois a sua sucessão já está sendo planejada. Infelizmente, a realidade para a maioria das empresas é outra, em que a falta pode levar a empresa até mesmo ao encerramento de suas atividades. Este também é um perigo quando há a separação de sócios, pois muitas empresas não sobrevivem ao fim da relação. Sem contar os casos em que diversos problemas são ocasionados por herdeiros, que disputam o controle da sociedade após o afastamento do familiar que comandava a companhia, ou quando há a inclusão do patrimônio da empresa na divisão de bens decorrente do divórcio de um de seus sócios. Indesejadas, mas não imprevisíveis essas situações geralmente ocorrem por inexperiência e desinformação, pois existem várias formas de evitá-las. Assim como a elaboração de um plano de negócios, antes da abertura de uma empresa reduz os riscos inerentes a um novo empreendimento, o planejamento sucessório é essencial para assegurar a sua 24
Revista Fecomércio-PI
Maio/Junho 2017
continuidade por mais de uma geração. Por isso, é aconselhável inseri-lo na formulação do estatuto social. Além das cláusulas que identificam os sócios e definem os objetivos da nova empresa, o contrato também enfoca a dissolução da sociedade na eventual morte de algum dos sócios. Infelizmente, esses tópicos não recebem a devida atenção.
Assim como a elaboração de um plano de negócios, antes da abertura de uma empresa reduz os riscos do empreendimento, o planejamento sucessório é essencial para assegurar a sua continuidade por mais de uma geração.
É importante que as cláusulas prevejam todos os possíveis problemas, tais como: a invalidez de um dos titulares, divórcio, divergências entre sócios, etc. Elas também devem nomear os sucessores dos atuais dirigentes na eventualidade de seu
Reinaldo Domingos Educador e terapeuta financeiro, presidente da DSOP Educação Financeira, Abefin e Editora DSOP reinaldo.domingos@dsop.com.br
afastamento ou, ao menos, indicar um mediador decisório para essa ocasião. Como, normalmente, a empresa conta com a assessoria de uma empresa contábil para a elaboração de seu estatuto, ela pode se valer da experiência desses assessores para ser orientada. Na medida em que o empreendimento se solidifica, outras providências devem ser tomadas. Uma delas refere-se à sua profissionalização. Num primeiro momento, os cargos estratégicos ou de confiança comumente são ocupados pelos sócios ou por seus familiares. Contudo, a manutenção dessa política baseada no parentesco e não na competência pode prejudicar seriamente a competitividade da empresa. A solução é buscar no mercado profissionais aptos para exercerem tais funções. A profissionalização é um instrumento muito útil para combater outra tendência nociva aos negócios: a concentração do comando e das informações vitais em uma única pessoa. Quanto mais descentralizados forem à administração e os processos operacionais, menor será o impacto sofrido pela empresa por conta da ausência de qualquer de seus membros. É preciso consciência de que é imprescindível que o empresário procure assegurar a continuidade de seus negócios e proteja o patrimônio de sua família.
Anúncio
Capa
Para Valdeci Cavalcante, país agora tem uma lei trabalhista moderna
Entidades patronais prevêem que mudanças na CLT trarão crescimento e consequentemente mais empregos. Por Robert Pedrosa Fotos: Carlos Pacheco
S
e 2015 e 2016 foram anos terríveis para a economia do Brasil com o fechamento de várias empresas, devido à maior recessão da história nacional. O ano de 2017 aponta para a volta do crescimento. E uma das razões para isso é o atendimento de uma reivindicação antiga da classe empresarial do país: a reforma trabalhista, aprovada pela Câmara dos Deputados no final de abril. Criada em 1943, a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), que ainda está em vigor, é considerada muito atrasada para o Brasil, pois 74 anos após sua criação, houve muitas mudanças nas relações de trabalho, que não foram contempladas pela legislação. O que,
26
Revista Fecomércio-PI
Maio/Junho 2017
segundo os empresários, dificultava a contratação de mão de obra, aumentava o custo das empresas e engessava o seu crescimento. De acordo com o texto aprovado pelos Deputados, e que ainda seria apreciado pelo Senado Federal ao longo do mês de maio (portanto, após o fechamento desta edição), modificações importantíssimas afetarão as relações entre patrões e empregados, como a f lexibilização do horário de trabalho, facilidades nas negociações coletivas, introdução do trabalho remoto. Outro grande anseio da classe empresarial, a terceirização das atividades-f im, foi regulamentada um mês antes (em março), o que foi considerado uma
antecipação da reforma trabalhista. Apesar de todas essas vantagens, a aprovação da reforma não foi fácil. Centrais sindicais, advogados, juristas e integrantes da Justiça do Trabalho realizaram vários protestos no país contra a reforma, pois na visão deles, a mudança na CLT, da forma como ocorreu, só vai contribuir para diminuir mais ainda o fosso social entre empregadores e empregados. A Revista Fecomércio-PI ouviu especialistas dos mais diversos setores envolvidos no polêmico tema, para ajudar o nosso leitor a compreender melhor a mudança. Nossa intenção principal é facilitar o entendimento das novas relações de trabalho nesta segunda década do século XXI.
Durante debate, Valdeci Cavalcante garantiu que haverá mais criação de empregos
O empresário Valdeci Cavalcante, presidente do Sistema Fecomércio, Sesc/ Senac do Piauí, destaca que a reforma moderniza às leis trabalhistas, visto que não há necessidade de tantas regras rígidas numa época em que a relação entre patrão e empregado é muito mais harmoniosa do que na década de 1940. “Naquele tempo, a maioria da população era analfabeta e morava na zona rural. Hoje os trabalhadores são mais qualificados
e não há empresário atualmente que não conheça a importância de seu empregado, o que faz com que o patrão esteja sempre valorizando o funcionário”, afirma Cavalcante. Para ele, a atual CLT traz muita insegurança jurídica, já que permitia de forma exagerada a interferência do Estado na relação entre empresas e empregados, dificultando a contratação de mão de obra. “Uma das questões mais importantes, entre as aprovadas
foi a supremacia dos acordos coletivos sobre a lei, de forma que a negociação entre empresas e empregados será livre, já que são as duas partes que mais conhecem o mercado”, explicou o empresário. Outro ponto da reforma trabalhista, que havia sido aprovado ainda em março, também foi considerado um avanço pelo presidente da Fecomércio – a regularização da terceirização como atividade-fim da empresa. Ou seja, se antes uma empresa terceirizava apenas alguns serviços (atividade-meio, por exemplo), agora ela pode terceirizar toda a sua atividade. O próprio Valdeci Cavalcante é um adepto da terceirização e ressalta que ela facilita a vida dos empresários sem trazer prejuízos à população. Dono de uma empresa no ramo da construção, o presidente da Fecomércio-PI destaca o fato de ter apenas quatro empregados registrados na sua empresa, já que todos os demais serviços prestados são terceirizados. “Contrato uma empresa para limpar o terreno, outra para fazer investigação do solo, outra para construir e assim por diante. Sempre fiz isso e nunca tive problema. Os meus contratados estão todos bem. Alguns até já montaram escritórios”, opina o empresário. Com a permissão da terceirização como atividade-fim, estima-se que 600 mil empregos devem ser gerados em todo o Brasil até o final de 2017. “Atualmente, entre 12 e 15 milhões de brasileiros terceirizados, que antes estavam com uma regularização atrasada, serão agora beneficiados com a nova lei”, conclui.
Revista Fecomércio-PI
Maio/Junho 2017
27
Capa
Propostas da Reforma Trabalhista
O diretor administrativo do Sindicato dos Comerciários de Teresina, Genivaldo Ferreira dos Santos, foi um dos milhares de trabalhadores que participou, no dia 28 de abril, do protesto contra a reforma trabalhista e a reforma da previdência. Para ele, as duas mudanças prejudicam toda a classe trabalhadora do país. “A reforma acaba com os sindicatos, pois as homologações de rescisão de contratos não precisarão mais serem feitas nos sindicatos, apenas nas empresas. Assim, os empresário vão pagar o que quiser”, ataca o sindicalista. Genivaldo também critica a mudança que dá força à negociação coletiva mais do que o legislado. “Essa livre negociação
não existe. Se o empresário disser para o trabalhador que só pode pagar um valor X, o empregado não terá outra escolha a não ser aceitar. E a Justiça do Trabalho não poderá interferir”, comenta. Ele frisa ainda que, se hoje, com a atuação e proteção da Justiça do Trabalho, dos sindicatos e do Ministério Público do Trabalho, as empresas desrespeitam os direitos dos empregados, a situação só vai piorar. Por fim, Genilvado afirma que não é contra a atualização das leis trabalhistas, mas sim, contra a maneira como ela está sendo realizada, que de acordo com ele, apenas prejudica a parte mais fraca – o empregado.
Genivaldo Oliveira lamenta que rescisões não terão mais acompanhamento dos sindicatos
28
Revista Fecomércio-PI
Maio/Junho 2017
Propostas da Reforma Trabalhista
Sindicato dos Comerciários crê em prejuízos para todos os trabalhadores
Para dono de restaurante, jornada flexível permitirá a garçons terem maior renda O empresário Lucas Veras, proprietário do restaurante Chopp Time, na zona leste de Teresina, ressalta que, ao contrário do que muitos afirmam, a reforma trabalhista trará mais benefícios aos empregados, do que somente aos empresários. Uma das mudanças responsáveis por isso será a jornada de trabalho flexível. Veras lembra que hoje, em seu restaurante, o horário de demanda é maior na hora do almoço e no começo da noite, o que obriga a empresa a pagar aos funcionários (garçons e cozinheiros), mesmo quando estes estão ociosos. “Entre 12h e 15h há movimento no estabelecimento, porém, desse horário em
diante, só às 19h é que os clientes começam aparecer novamente. Nesse intervalo, tanto garçons quanto cozinheiros ficam ociosos, pois a lei diz que posso dar um intervalo de no máximo duas horas e não de quatro horas. Assim, eu fico tendo que procurar algo para eles fazerem, o que é improdutivo”, conta o empresário. Com a jornada flexível, agora é possível contratar garçons apenas para o turno de 12h às 15h e outros de 19h em diante. “Assim, eles acabarão tendo um ganho maior, já que recebem por comissão, e não serão obrigados a ficar na empresa num horário que não há demanda”, explica Lucas Veras.
Revista Fecomércio-PI
Maio/Junho 2017
29
Capa
Propostas da Reforma Trabalhista
Lojistas: haverá melhoria de serviços das empresas com a terceirização Para o presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Piauí (FCDL), Sávio Normando, a nova CLT trará muitos benefícios para a população, uma vez que os serviços das empresas terão mais qualidade. “A terceirização e a reforma vieram melhorar as deficiências que o sistema trabalhista do nosso país nos impõe. Teremos melhor flexibilização com redução de custos para as empresas, objetivando um melhor atendimento e mais qualidade nos serviços prestados ao público consumidor”, afirmou o empresário. Assim como Valdeci Cavalcanti, Normando entende que a CLT de 1943 é ultrapassada e não seguiu a evolução dos tempos. “A falta de uma reforma impede muito o desenvolvimento dos negócios e uma melhor relação entre patrão e empregado. Vai haver menos impedimentos para contração, para demissão e redução de custos para manter a folha, concluiu.
30
Revista Fecomércio-PI
Maio/Junho 2017
Propostas da Reforma Trabalhista
Kelly Gonçalves já foi terceirizada, empregada e agora é empresária
População se beneficiará com melhoria dos serviços, acredita Sávio Normando
Desembargador do Trabalho é contrário a reforma e teme precarização dos empregos O desembargador do Tribunal Regional do Trabalho da 22ª Região (TRT-PI), Manoel Edilson Cardoso, é uma das autoridades contrárias à reforma trabalhista e à terceirização da atividade-fim. Durante debate realizado entre ele e Valdeci Cavalcanti na Uninovafapi, Cardoso foi incisivo e duro com a atual reforma, alegando que ela vai trazer precarização dos empregos, penalizando o trabalhador. O jurista lembra que a Constituição Federal reconhece a empresa não apenas como atividade empresarial que visa o lucro, mas também com função
Ex-empregada, empresária diz que as mudanças não tiram direitos dos trabalhadores
social essencial para o desenvolvimento socioeconômico do país. Para ele, a reforma excluíra essa função social da empresa, uma vez que aumenta o já existente fosso econômico entre empresários e trabalhadores. Edilson Cardoso afirma que a terceirização da atividade-fim de uma empresa, ao contrário do que pregam os patrões, não irá gerar mais emprego, mas apenas vai priorizar uma classe de trabalhadores (os terceirizados), que já atuam em condições mais frágeis que os empregados contratados diretamente pelas empresas.
A favor da reforma trabalhista, a empresária Kelly Gonçalves pode falar sobre todos os lados envolvendo o trabalho, pois ela já foi terceirizada, empregada e agora é empresária. Na opinião de Kelly, a reforma trabalhista beneficiará a economia do país, a classe empresarial e os empregados. Kelly diz que a reforma trará um efeito dominó, pois a redução de custos favorece as empresas a repassarem uma menor carga sobre os preços de bens e serviços, o que ajuda a gerar demanda, investimentos e contratações (mais emprego). “Nós, empregadores, precisamos de uma maior flexibilidade nas contratações. Eu, por exemplo, poderia ter muito mais funcionários trabalhando intermitentemente, mas como a CLT não contempla esse tipo de contratação, mantenho o mínimo possível de empregados”, destaca a empresária.
Ela explica que a possibilidade de se contratar por hora, em jornada móvel, beneficiará tanto os consumidores quanto os trabalhadores, que poderão conciliar melhor o tempo de trabalho e as horas de estudos, com destacadas vantagens, sobretudo para os jovens. Outro ganho de larga relevância, segundo Kelly, é a formalização do que hoje é informal. “Na falta de uma legislação que regulamente e dê transparência ao trabalho intermitente, tal prática acaba ocorrendo de maneira irregular, devido as necessidades do empregador e do empregado”, frisa. Kelly faz questão de lembrar que não é contra os empregados. “Sou super a favor dos sindicatos defenderem os direitos dos trabalhadores. As relações trabalhistas de hoje são diferentes de quando a CLT foi criada. O mundo muda constantemente e as leis devem adaptar-se à nova realidade”, opina a empreendedora. Revista Fecomércio-PI
Maio/Junho 2017
31
Sesc
Dança contemporânea do Piauí para o mundo Teresina vai sediar um dos maiores festivais de dança do Brasil.
PROGRAMAÇÃO OFICIAL 28/06 20h30 - Espetáculo: “Os serrenhos do caldeirão” (Portugal) Local: Theatro 4 de Setembro 29/06 19h - Espetáculo: “Ópera nuda” (BA) Local: Sesc Administração Regional Av. Campos Sales 20h30 - Espetáculo: “O que podemos dizer de Pierre e Olympia” (Portugal) Local: Theatro 4 de Setembro
Por Ana Cláudia Coelho
21h30 - Espetáculo: “Pindorama” (RJ) Local: Galeria Nonato Oliveira/Clube dos Diários
Fotos: Humberto Araújo e Divulgação
A
trações nacionais e internacionais da dança estarão no Piauí durante o JUNTA - Festival Internacional de Dança, que acontece de 21 de junho a 2 de julho em vários locais de Teresina. Este ano participarão do Festival, coreógrafos de várias regiões do Brasil e de países como Portugal, Uruguai e Argentina. Entre os destaques, Vera Manteiro (Portugal) e Lia Rodrigues (Rio de Janeiro). A programação conta com espetáculos, instalações, workshops, residências, mostras de processos, performances, intervenções urbanas e outros formatos artísticos. “O JUNTA visa à experiência estética, o encontro, o diálogo, o fomento à dança e as arte locais, além da criação e manutenção de redes de atuação”, destaca Janaína Lobo, coreógrafa e uma das idealizadoras do evento. O Festival Internacional de Dança é uma realização do Sesc, Instituto Punaré e dos coreógrafos piauienses: Janaína Lobo, Datan Izaká e Jacob Alves. De acordo com a coordenadora de Cultura do Sesc, Lili Machado, “o JUNTA é um conjunto de ações artísticas e formativas, que tem a dança contemporânea como objeto e ponto de reflexão sobre a arte e o mundo”. Em sua 3ª edição, o Festival pretende fomentar e fortalecer a produção artística local, proporcionando a formação (artística 32
Revista Fecomércio-PI
Maio/Junho 2017
e de público), trazendo o olhar para as cidades e contextos de produções artísticas que estão fora do eixo de produção e circulação (ainda comumente estabelecido, como o Sudeste do Brasil). A ideia é mostrar o efervescente movimento artístico existente em Teresina e também contribuir para descentralizar a visão e o pensamento sobre as peculiaridades artísticas do país. Desta forma, o JUNTA é realizado há dois anos em parceria com o Conexão Dança (São Luís - MA). Em uma ação que visa unir forças e criar um contexto
de intercâmbio maior e mais potente entre as cidades e os artistas que circulam nos festivais. “A junta é uma ‘parte’ do corpo e, neste caso, é um contexto inventado para possibilitar inúmeras articulações: do corpo que se movimenta, de pensamentos e ações, de encontros, de artista e público, de arte e vida. Neste contexto, o JUNTA é antes de tudo, o que aproxima e articula. É aquilo que possibilita o que está imóvel de criar movimento, como danças, poesia, afeto e conhecimento”, pontua Datan Izaká.
30/06 19h - Espetáculo: “Eólico” (PI) Local: Sesc Administração Regional / Av. Campos Sales 20h30 - Espetáculo: “Pardo” (Uruguai) Local: Theatro 4 de Setembro 21h30 - Espetáculo: “Um duo para minha mãe” (PI) Local: Galeria Nonato Oliveira 01/07 18h - Espetáculo: “Imensidão” (PI) Local: Escola Estadual de Dança Lenir Argento 19h - Espetáculo: “Tentativas contra o vento (SP) Local: Sesc Campos Sales 21h30 - Espetáculo: “Como manter-se vivo” (PE) Local: Galeria Nonato Oliveira/Clube dos Diários 02/07 18h - Espetáculo: “Sala 3” (SP) Local: Escola Estadual de Dança Lenir Argento 20h30 - Espetáculo: “Acto blanco” (Argentina) Local: Teatro 4 de Setembro 21h30 - Catirinas (PI) Local: Galeria Nonato Oliveira/Clube dos Diários
Serão apresentados espetáculos de várias regiões do país e também de Portugal, Uruguai e Argentina Revista Fecomércio-PI
Maio/Junho 2017
33
Sesc
Palco Giratório: 20 anos promovendo cultura no Brasil
Espetáculos do Palco Giratório em Teresina O Quadro de Todos Juntos (MG) e Pigmalião Escultura que Mexe (MG) 28/04 | 19h | Teatro do Boi Ninhos - Balangandança Cia (SP) 09/06 | 10h | Espaço Cultural Sesc Edf. Agostinho Pinto
Serão apresentados, em Teresina, 12 espetáculos de companhias nacionais e locais.
Maiêutica – Raquel Mützenberg (MT) 07/09 | 17h | Parque da Cidadania Abrazo – Grupo de Teatro Clowns de Shakespeare (RN) 07/08 | 15h |Teatro do Boi Ledores no Breu - Cia do Tijolo (SP) 26/08 | 19h | Espaço Cultural Trilhos Finita - Denise Stutz (RJ) 20/09 | 19h | Theatro 4 de Setembro Cinzas ao Solo – Alexandre Américo (RN) 03/10 | 16h | Theatro 4 de Setembro
Por Raquel Lopes Fotos: Divulgação
C
onsagrado como o maior circuito de artes cênicas do país, o Palco Giratório 2017 foi lançado no final de março, no Sesc Centro de Campina Grande (PB). Este ano o projeto comemora 20 anos e conta com a participação de 20 companhias, que farão 685 apresentações artísticas em 147 cidades, incluindo todas as capitais do Brasil, além de festivais em oito delas. O Palco Giratório, reconhecido no cenário cultural brasileiro como um dos mais importantes projetos de difusão e intercâmbio das artes cênicas, intensifica a formação de plateias a partir da circulação
34
Revista Fecomércio-PI
Maio/Junho 2017
de espetáculos dos mais variados gêneros, nas capitais e no interior do Brasil, desde 1998. Muitas dessas apresentações dificilmente encontrariam, sem o apoio do Sesc, viabilidade comercial para acontecer nas diversas regiões do país. Além de espetáculos para todas as faixas etárias, uma vasta programação com oficinas, festivais, mesas-redondas e palestras, é realizada com a participação ativa da comunidade, artistas locais e convidados. Promovendo uma troca de experiências enriquecedora, divulgando o trabalho de profissionais de todo o país e gerando emprego para os inúmeros
trabalhadores que atuam no circuito. Os espetáculos selecionados pela curadoria têm como características a mistura de sotaques, as diferentes expressões artísticas e modos de criação. Apoiar manifestações artísticas voltadas para o desenvolvimento cultural e a democratização da cultura nacional é um compromisso do Sesc. No Piauí serão apresentados 12 espetáculos: nove do circuito nacional e três de companhias piauienses. “Os Mequetrefe”, do grupo Parlapatões (SP), abriu a programação de espetáculos em Teresina no mês de abril.
À beira de... - Silvia Moura (CE) 16/10 | 19h | Espaço Cultural Balde Pétalas – José Nascimento (PI) 19/09 | 19h | Casa da Cultura Baixa da Égua – Luzia Amélia (PI) 02/10 | 16h | Theatro 4 de Setembro ENTRE – Datan Izaká (PI) 14/10 | 18h | Escola de Dança Lenir Argento Revista Fecomércio-PI
Maio/Junho 2017
35
Senac
Educação com igualdade e sem barreiras
Senac eficiente: mobilidade e comunicação inclusiva com dignidade
Instituição promove a (re)inserção de pessoas com deficiência no mercado de trabalho Por Ascom Senac Foto: Marketing Senac
O
compromisso do Senac é proporcionar igualdade de oportunidades para todas as pessoas, independentemente de suas capacidades físico-motoras e perceptivas, culturais e sociais, e assim contribuir para um mundo melhor. Consciente do seu papel e da importância da formação qualificada de profissionais, o Senac desenvolve, desde 2002, um programa nacional voltado para a inclusão de pessoas com deficiência por meio da educação profissional. Com o Programa Senac de Acessibilidade (PSA), a instituição promove a inserção destas pessoas no mercado de trabalho e, consequentemente, proporciona melhoria na sua qualidade de vida.
Instalações do Senac são adaptadas para todas as pessoas com deficiência e mobilidade reduzida
Números que fortalecem a inclusão Quase 24% da população brasileira é composta por pessoas que possuem algum tipo de deficiência. De acordo com o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil possui 45 milhões de Pessoas com Deficiência (PCDs). Conforme a legislação federal, empresas com mais de 100 funcionários são obrigadas a destinar 2% de suas vagas de trabalho a pessoas com deficiência ou reabilitadas. O percentual sobe para 3% para quem emprega até 500 36
Revista Fecomércio-PI
Maio/Junho 2017
Educação Profissional voltada para PCDs é um dos focos do Senac
trabalhadores e alcança os 5% para as empresas com mais de mil funcionários. De tal forma, que o Senac investe na preparação de profissionais capazes e competentes que possam ser beneficiados com a lei. Para alcançar esta grande parcela da população, a instituição definiu duas frentes de atuação iniciais: a eliminação de
barreiras via mobilização e a capacitação das equipes técnicas e pedagógicas. A instituição ainda investiu em tecnologia educacional e em infraestrutura que visam à equiparação de oportunidades para as pessoas com deficiência, a partir dos princípios da educação inclusiva no atendimento da diversidade.
No Senac, as deficiências não são barreiras. As pessoas com deficiência são atendidas nos programas regulares, a fim de incentivar sua integração, pois a educação inclusiva fundamenta-se na premissa da educação para todos, conjugando igualdade e diferença como princípios indissociáveis. A partir de projetos arquitetônicos especialmente desenvolvidos, as instalações do Senac foram adequadas, estruturalmente, para atender às condições de pessoas com deficiência e mobilidade reduzida. Dentre as adaptações realizadas estão: rampas que permitem o acesso a todo o prédio, piso podotátil (um dos elementos mais importantes para fornecer as pessoas com deficiência visual maior independência e
segurança em sua locomoção), elevador, banheiros e bebedouros adaptados, reserva de vagas em estacionamentos e mobiliário diferenciado. Um exemplo é a nova Unidade do Senac em Barras, recentemente inaugurada, toda planejada de forma acessível e que ganhou o primeiro elevador da cidade. No âmbito da comunicação e informação, a instituição conta com sinalização nas dependências, através do uso do braille e outras formas de contato para pessoas cegas ou com baixa visão. Como uma instituição inclusiva, o Senac oferece em todos os cursos profissionais habilitados para as atividades de tradução e interpretação de Libras dos conteúdos ministrados em sala de aula e material adaptado em
Braile, sem que haja quaisquer custos adicionais. Além disso, as bibliotecas do Senac contam com os programas de acessibilidade Dosvox e NVDA, que se comunicam com o usuário através de síntese de voz, viabilizando, deste modo, o uso de computadores pelas PCDs. Em Teresina, a Biblioteca Deoclécio Dantas, localizada na Unidade Miguel Sady, conta com livros de literatura em Braile, áudio livros e livros com letras ampliadas. Dessa forma, o Senac desenvolve o seu trabalho e aprimora sua programação tendo como princípios fundamentais a igualdade, a equidade e a disponibilidade de condições para a garantia da inclusão. Revista Fecomércio-PI
Maio/Junho 2017
37
Senac
Senac por todo o Piauí
Desenvolvendo competências para o mercado de trabalho Com ênfase em atividades práticas, o aluno vivência situações reais do dia a dia de trabalho. Por Ascom Senac
Senac ganha “Prêmio Melhores do Ano 2016”
A unidade do Senac em Picos ganhou o Prêmio Marcas Vitoriosas na categoria “Melhor Escola de Cursos Profissionalizantes” da cidade. Já para a categoria de “Melhores Profissionais” foram premiados os docentes: Luanny Emmanuelly, Ellton Arthur, Remédios Costa e Jesualdo Alves, que ministram aulas nos cursos de vários segmentos do Senac, tais como: idiomas, hospitalidade, gestão e comércio.
Foto: Marketing Senac
O
Senac está sempre buscando caminhos para alinhar educação profissional e o perfil do profissional que o mercado absorve. Um desses caminhos é o Modelo Pedagógico Senac (MPS) que, ao invés de disciplinas, é composto por unidades curriculares que desenvolvem as competências necessárias para inserção do aluno no mercado de trabalho. Dessa forma, as principais qualificações do profissional são trabalhadas de modo a permitir o seu desenvolvimento contínuo, a articulação de conhecimentos, habilidades, atitudes, valores e uma ação profissional competente em todos os aspectos. Outro ponto de destaque do MPS são as marcas formativas, que permitem que o aluno não adquira apenas técnica, mas que seja crítico, capaz de fazer uma autoavaliação pessoal, tomar decisões de forma eficaz e inovadora e que faça a diferença como profissional. Nessa metodologia, o aluno é protagonista e sabe que terá que desenvolver determinados conhecimentos e práticas, dessa forma não há um dia específico para mensurar o seu conhecimento, de forma que a avaliação no MPS é contínua e todos os dias o aluno é observado. Tendo como unidade curricular a própria competência, não há nota, mas menção, na qual o aluno só é aprovado se tiver a competência desenvolvida e a 38
Revista Fecomércio-PI
Maio/Junho 2017
frequência mínima para aprovação, de acordo com a Lei (9.394/96) de Diretrizes e Bases. De acordo com Marcilene Silva, coordenadora pedagógica do Senac, já é notável o sucesso da metodologia do Modelo Pedagógico no Piauí. “Os alunos mostramse mais motivados, compromissados e já existem casos de sucessos de alunos que
conseguiram reconhecimento do mercado em virtude dessa metodologia”, afirma. O Modelo Pedagógico Senac veio para quebrar paradigmas, rompendo com o método tradicional de ensinoaprendizagem, permitindo que o aluno vivencie durante o curso as reais situações exigidas pelo mercado de trabalho.
“Fotógrafo cego” realiza palestra em Campo Maior O gaúcho Valdir da Silva, mais conhecido como o “fotógrafo cego”, ministrou palestra na unidade do Senac em Campo Maior, onde falou sobre o mercado de trabalho, deu dicas sobre técnicas fotográficas e contou sua história de superação. Valdir da Silva perdeu a visão com 24 anos de idade devido a um acidente em uma fábrica de sapatos, onde trabalhava. Depois do ocorrido, que o deixou cego, ele enfrentou muitas dificuldades, mas foi na fotografia que Valdir encontrou uma oportunidade para ‘reviver’.
Campanha de doação de sangue Alunos do curso técnico em Enfermagem do Senac Picos promoveram uma campanha de doação de sangue, que teve como objetivo humanizar e mobilizar o maior número de doadores para abastecer o estoque de bolsas de sangue do Hemocentro. O resultado foram 53 bolsas arrecadadas para abastecer o Hemocentro da cidade.
Senac de Barras está em pleno funcionamento Com estrutura acessível para pessoas com deficiência, a Unidade do Senac em Barras, Centro de Educação Profissional José Osório Pires da Mota, possui 22 ambientes pedagógicos entre salas de aulas convencionais, biblioteca e laboratórios. Cursos de diversos segmentos estão sendo ofertados dentre eles: moda, beleza, idiomas, gestão, comércio, gastronomia, informática e muitos outros.
Doação em Parnaíba Peças do vestuário infantil, confeccionadas pelas alunas do curso de “Costureiro” do Senac foram doadas às crianças de comunidades vulneráveis atendidas pela Diocese de Parnaíba. Através destas ações, a instituição reafirma seu compromisso em realizar ações sociais, que envolvem alunos e também a comunidade.
Modelo Pedagógico Senac proporciona o desenvolvimento de uma visão ampla sobre a atuação profissional Revista Fecomércio-PI
Maio/Junho 2017
39
Gestão Empresarial
Sebrae
Crescimento econômico e empreendedorismo
N
os últimos anos, o estímulo ao empreendedorismo ganhou força em todas as partes do mundo como alternativa para a promoção do desenvolvimento. Por trás de todas as iniciativas está a crença de que o empreendedorismo alimenta a inovação e o crescimento. As empresas ganham escala e com elas crescem também as pessoas, o mercado e as possibilidades de transformação da sociedade. Nas teorias do crescimento econômico, o espírito empreendedor foi excluído, embora muitos economistas acreditassem ser a capacidade empreendedora vital para o progresso econômico. Diversas pesquisas apontam que a prática do empreendedorismo influencia na elevação. Já outras mostram que um país crescente economicamente reflete em práticas empreendedoras. Assim, há uma relação recíproca. Para se alcançar taxas de crescimento econômico em curto prazo, o incentivo ao empreendedorismo é uma alternativa eficiente. Segundo Da Silva et al. (2015), pode-se observar uma variação crescente do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro nos últimos 13 anos, apresentando tendência significativa de crescimento. O autor também menciona que o coeficiente de correlação entre a variação da taxa de 40
Revista Fecomércio-PI
Maio/Junho 2017
empreendedores novos e a alteração do PIB indica que há uma forte e significativa relação entre estabilidade nos novos empreendimentos e as mudanças do PIB, ou seja, o aumento do Produto Interno Bruto está fortemente associado à taxa de novos empreendedores no Brasil. A crença no valor do empreendedorismo como um fator no desenvolvimento é de longa data, pois
Para se alcançar taxas de crescimento econômico em curto prazo, o incentivo ao empreendedorismo é uma alternativa eficiente.
modelos de crescimento econômico têm se expandido para incorporar várias medidas de empreendedorismo. Os pesquisadores têm procurado expandir a lista de fatores que podem contribuir para o desenvolvimento econômico observado, sendo um deles, o papel do empreendedorismo. Isto levou a informações valiosas sobre o processo dinâmico pelo qual o crescimento econômico ocorre. Mesmo indeterminando qual variável é a dependente e qual é a
Artesanato do Piauí é destaque na exposição “A Casa Bordada” Kelly Gonçalves Economista, mestra em Administração e em Engenharia de Produção e especialista em Finanças Empresariais kelly.goncalves08@hotmail.com
independente, sabe-se que há correlação positiva entre o desenvolvimento da economia e a atividade empreendedora. Por outro lado, há uma corrente de autores que discordam da relação positiva direta entre o crescimento econômico e atividade empreededora. Esta corrente assume que a atividade empreendedora é impulsionada por economias frágeis, nas quais as pessoas recorrem à abertura do próprio negócio como forma de obter renda, uma vez que não há emprego no mercado formal. Se não houver investimento e incentivo no capital humano, no direito de propriedade e no capital financeiro, a atividade empreendedora não gera crescimento econômico, sendo uma ação emergencial para aquisição de renda, também chamada de autoemprego de subsistência. Em países com economias pouco desenvolvidas, as pessoas são muito limitadas ao ambiente em que vivem. O processo empreendedor acontece dentro de um contexto determinado por situações já conhecidas. É como se as oportunidades fossem locais e nunca se estendessem para além dos limites da comunidade ou da pequena cidade. Em muitos desses casos, o empreendedorismo é socialmente produtivo, mas não gera um nível de riqueza que elimine a pobreza.
Mostra ficará aberta até agosto no Museu A Casa, em São Paulo. Por Antônia Pessoa Foto:Divulgação
O
s bordados do Piauí são destaque na exposição “A Casa Bordada”, que acontece no Museu A Casa, em São Paulo. A exposição foi aberta no último dia 10 de maio e permanecerá até o dia 13 de agosto de 2017. As peças apresentadas são resultado de pesquisa e curadoria do designer e artesão Renato Imbroisi, que tem ampla experiência no resgate, criação e aprimoramento do artesanato, realizando capacitação profissional em comunidades e grupos de artesãos do Brasil e de outros países. “É uma excelente oportunidade para divulgar a produção de bordados do Piauí. O designer Renato Imbroisi esteve em nosso estado, a convite do Sebrae, e pôde conhecer de perto o trabalho das nossas bordadeiras. Imbroisi realizou diversas consultorias para as artesãs, cujo resultado é traduzido nas peças apresentadas na exposição”, afirma a gestora do Projeto Piauí Brasil Original do Sebrae, Rosa de Viterbo. As peças em bordados do Piauí, juntamente com peças produzidas em outros estados do Brasil, formam as paredes e divisórias de uma casa, criada pelas arquitetas Tina Moura e Lui Lo Pumo. Do Piauí, são destaque os bordados valencianos da Associação de Artesãos do Deus Quer (Teresina); os
bordados em ponto cheio, da Artecam (Campo Maior); os bordados em ponto cruz da Associação das Bordadeiras Lili Escórcio (Buriti dos Lopes); e os bordados em ponto folha e cheio da Associação de Bordadeiras da Pedra do Sal (Parnaíba).
Artesanato da Pedra do Sal compõe estrutura da “Casa Bordada”
“As peças traduzem toda a riqueza do trabalho com tecidos, agulhas e linhas, mostrando a arte oriunda das mãos de artesãos, que com muita dedicação conseguem destacar a grandeza do nosso artesanato”, acrescenta Rosa. A bordadeira Maria Helena da Silva, da Associação de Artesãos do Deus Quer, diz que a exposição levará o artesanato do Piauí mais longe e com certeza será um sucesso. Maria Helena produziu uma peça em cambraia de linho com bordado valenciano, que reveste uma janela da casa cenográfica. O bordado valenciano é feito com agulha e linha, tendo um cheio em algodão. “Foram dois meses para essa peça ficar pronta. Um trabalho manual, feito com muita habilidade e paciência. Aprendemos muito com Renato Imbroisi, durante as consultorias do Sebrae, e estamos mostrando o resultado desse trabalho na exposição”, conta Maria Helena. A colcha da Artecam cobre uma parede da casa. Já os bordados da Pedra do Sal embelezam uma porta. Os bordados de Buriti dos Lopes, que compõem uma peça de mais de um metro, dão vida a outra parede da Casa Bordada. A ideia da exposição é valorizar o artesão e o artesanato brasileiro, destacando os fazeres manuais como ícone referencial da cultura do país. Revista Fecomércio-PI
Maio/Junho 2017
41
Planejamento Tributário
Eventos
Simples Nacional: gestão de riscos fiscais
Credibilidade: Revista Fecomércio PI completa quatro anos Eduardo Marcelo Gonçalves Advogado, especialista em direito tributário e MBA em gestão de riscos fiscais eduardo@goncalvesepinheiro.adv.br
P
ara empreender não basta idealizar um negócio inovador, é preciso planejar. Dentre as mais diversas ferramentas de gestão e controle para empreender, podemos destacar um dos mais importantes e necessários: o planejamento estratégico tributário. Tão importante quanto um bem elaborado modelo de negócio, a escolha do regime tributário é fundamental para o equilíbrio dos custos financeiros e controle dos riscos fiscais atrelados ao desempenho da atividade econômica. A legislação brasileira possui quatro regimes de apuração e recolhimento dos tributos, sendo eles: o lucro arbitrado, o lucro presumido, o lucro real e o simples nacional, consistindo esse último em um regime compartilhado de arrecadação, cobrança e fiscalização de tributos aplicável às microempresas e empresas de pequeno porte. Conforme dados, divulgados pela Receita Federal do Brasil, há onze milhões e meio de empresas optantes do Simples Nacional, número bastante expressivo e que desperta a indagação: os empreendedores optantes do Simples Nacional estão fazendo a correta gestão tributária e o controle dos riscos fiscais? O Simples Nacional encontra-se disciplinado pela Lei Complementar nº 123/2006 e composto por um regime unificado de arrecadação para microempresas e empresas de pequeno 42
Revista Fecomércio-PI
Maio/Junho 2017
porte com receita bruta anual igual ou inferior a R$ 3,6 milhões, teto que será elevado para R$ 4,8 milhões a partir de 1º de janeiro de 2018. Embora no Simples Nacional o recolhimento dos tributos seja realizado em um único documento fiscal, esse pagamento será distribuído de forma proporcional entre os principais tributos incidentes na atividade empresarial,
Há onze milhões e meio de empresas optantes do simples nacional no Brasil. Os empreendedores optantes do simples nacional estão fazendo a correta gestão tributária e o controle dos riscos fiscais?
quais sejam: IRPJ, CSLL, COFINS, PIS/PASEP, IPI, ICMS, ISS e CPP. A atenção que o empreendedor deverá ter, consiste em identificar qual será a alíquota aplicada à sua atividade e quais tributos estarão incluídos, sendo isso necessário para comparar o custo fiscal e tributário de cada regime de apuração e recolhimento.
As alíquotas para o cálculo do tributo não são as mesmas para todos os contribuintes, sofrendo alteração conforme a atividade econômica, seja industrial, comercial ou serviço. Detalhe importante a ser considerado no momento da escolha do regime de tributação consiste no fato do acúmulo da receita dos últimos 12 meses de atividade da empresa, ocasionando a elevação progressiva das alíquotas, conforme os anexos da Lei, com percentuais distintos, nos quais há a incidência ou não de determinados tributos que comporão a alíquota única do Simples Nacional. Outra particularidade que também merece a atenção está relacionado ao tipo de atividade econômica desenvolvida. Nos setores da indústria e comércio, onde há a aquisição de insumos para a produção e a circulação de mercadorias, a legislação permite o aproveitamento de créditos tributários para a compensação no recolhimento dos próprios tributos. No entanto, isso não é permitido para contribuintes optantes do Simples Nacional, ocasionando maior custo fiscal e elevação do preço final. Percebe-se, assim, a importância do planejamento tributário para a correta gestão dos riscos fiscais e tributários, exigindo do empreendedor boa gestão administrativa, contábil e tributária na busca da redução de custos e maximização dos resultados.
Veículo debate temas atuais e de interesse de toda a sociedade.
Por Denilson Avelino Foto: Layse Soares/ Ascom Senac
A
Revista Fecomércio Piauí completou quatro anos levando informação de qualidade, pesquisas, reportagens especiais e entrevistas exclusivas sobre o mundo dos negócios. Com distribuição gratuita para médias e grandes empresas e tiragem bimestral, a revista em sua 25ª edição se consolida como um dos veículos mais confiáveis do segmento de comunicação do Piauí. O superintendente e assessor econômico do Sistema Fecomércio, Nonato Paz, conta que a ideia da publicação surgiu através da demanda de pesquisas e informações ligadas ao setor do comércio e turismo. “Nós tínhamos uma série de pesquisas sobre economia, que apontavam as projeções e dados do comércio piauiense, mas não tínhamos espaço para divulgar. Criamos a revista com esse intuito e hoje ela tomou essa proporção gigantesca. Gente de todo o Brasil elogia nosso conteúdo. Me sinto lisonjeado. Eles se perguntam: como vocês conseguem tal informação? Respondo que a gente trabalha para levar o melhor e temos conseguido”. Para Karla Nery, jornalista e editora-chefe da Revista Fecomércio Piauí, o conteúdo da revista, seus
Conselheiros do Sistema Fecomércio Sesc/Senac PI comemoraram o sucesso da revista
artigos e informações têm impactado a vida de empresários, empreendedores e leitores. “O mundo está em constante transformação e as pessoas buscam por informação de qualidade. Antes, a pauta econômica era restrita, fechada e voltada apenas para quem entende como funciona o mercado. Hoje isso mudou. Todo mundo quer saber mais sobre empregos, mercado de trabalho, funcionamento de empresas e dicas para ter seu próprio negócio”, avalia Karla Nery. O aniversário da revista foi celebrado durante a reunião do conselho deliberativo do Sistema Fecomércio Sesc/Senac, na qual foram apresentados o crescimento, parceiros e os novos projetos da publicação. Durante a reunião, o presidente do Sistema Fecomércio Sesc/Senac,
Valdeci Cavalcante, exaltou os temas discutidos nas páginas da revista, que para ele são altamente atuais e mostram sintonia com o setor de comércio e serviços, com relevância para o que está em pauta no cotidiano do empresário piauiense. “A qualidade do material é indiscutível. Nós estamos em sintonia com as pautas que são discutidas em qualquer lugar do país e isso mostra credibilidade. São temas os quais o patrão e colaboradores querem se aprofundar. E você só encontra reportagens de nível nacional na revista”. A Revista Fecomércio é fruto da parceria entre a Opala Comunicação e Eventos e o Sistema Fecomércio-PI. A Opala também é responsável por outros projetos editoriais e também pelo programa “Negócios de Valor”, transmitido pela Band Piauí. Revista Fecomércio-PI
Maio/Junho 2017
43
Venda Mais
Eventos
Primeira unidade da Febracis é inaugurada em Teresina
A Inteligência Emocional aplicada às organizações
Paulo Vieira, fundador da Febracis, participou da inauguração do espaço localizado na Zona Leste da capital. Marina Simão
Administradora, Especialista em Gestão Empresarial, Mestranda em Gestão de Pessoas, Consultora e Palestrante marina-simao@hotmail.com
A
mente racional é aquela que avalia atitudes e consequências. Já a mente emocional é ilógica e impulsiva, um tanto quanto inconsequente. O equilíbrio entre elas é o que torna uma pessoa efetivamente saudável. Razão e emoção precisam funcionar de maneira harmônica. Muitos indivíduos são cientificamente considerados muito inteligentes e brilhantes academicamente, porém se não desenvolveram sua inteligência emocional podem ser absurdamente grosseiros, incompreensivos e estúpidos. Este é exatamente o ponto mais frágil para a boa convivência das pessoas nas organizações. Em alguns processos seletivos, o que é levado em consideração são apenas as capacidades inteligíveis e acadêmicas, o lado intelectual representado basicamente pela escolaridade e experiências profissionais desempenhadas. Enquanto o fator emocional é quase sempre deixado de lado, não observando a personalidade e desenvoltura em grupo, características ligadas à inteligência emocional. E neste caso, o fator relacionamento ficará seriamente comprometido. Silvana Rosiak (2013) em sua investigação científica para obtenção do grau de especialista diz que “mesmo sabendo disso, nossa sociedade, escolas e cultura ainda são voltadas para a inteligência intelectual, quase que ignorando a 44
Revista Fecomércio-PI
Maio/Junho 2017
importância do fator emocional. O que pode comprometer significativamente a prosperidade, o prestígio e a felicidade do ser humano”. As pessoas com prática emocional bem desenvolvida têm maior probabilidade de sentirem-se satisfeitas e serem eficientes em suas vidas, dominando os hábitos mentais que fomentam sua produtividade, já as que não conseguem exercer controle sobre a vida emocional travam batalhas internas que
As pessoas com prática emocional bem desenvolvida têm mais probabilidade de sentirem-se satisfeitas e serem eficientes em suas vidas, dominando os hábitos mentais que fomentam sua produtividade
sabotam sua capacidade de se concentrar no trabalho e pensar com clareza. Para Goleman (1995) se faz necessária a consciência e o controle das emoções para que se alcancem benefícios pessoais, sociais e para o desenvolvimento das aptidões, que são extremamente úteis para a boa convivência em qualquer ambiente,
mas especialmente nas organizações. Sendo essenciais as seguintes capacidades: autoconsciência emocional, controle das emoções, canalização produtiva das emoções, empatia e relacionamento interpessoal. Todas essas características oportunizarão um melhor entrosamento entre colaboradores, o que refletirá diretamente na produção e satisfação pessoal de cada indivíduo. Para Chiavenato (2006), a inteligência emocional não trata meramente de controlar os sentimentos, mas de uma habilidade fundamental para conseguir aprimorar a liderança. Rosiak (2013) diz que os profissionais que almejam excelência em sua forma de liderar, devem estar atentos às características componentes da inteligência emocional, desenvolvendo-as e aprimorandoas constantemente, pois só assim conseguirão criar um relacionamento baseado na confiança e lealdade por parte dos seus liderados. A inteligência emocional, em suma, é uma ferramenta capaz de proporcionar aos indivíduos uma forma melhor de lidar com a vida em todos os campos que a compõem, permitindo que as pessoas sintam-se predominantemente satisfeitas e felizes. E pessoas felizes produzem mais e com excelência, além de serem fonte propulsora para organizações saudáveis, de longa vida e de sucesso.
Por Denilson Avelino Foto: Tibério Hélio/ TH Vídeo
T
eresina ganhou, oficialmente, a primeira unidade da Federação Brasileira de Coaching Integral Sistêmico (Febracis). Há quase duas décadas no mercado, ela é a maior cadeia do método coaching no país e ganhou destaque por transformar a vida de milhares de pessoas em um processo que permite conquistar um estilo de vida pleno. No Piauí, Braitner Lira Leite Barbosa e Lucélia Maria Mascarenhas estão à frente do projeto que conta com modernas instalações, localizada em uma das principais avenidas da capital, dispõe de auditórios e biblioteca especializada em temas como inteligência emocional, finanças e estilo de vida. A inauguração contou com a presença de Paulo Vieira, fundador da Febracis e um dos mais renomados palestrantes no mundo sobre coach e mudança de vida. O Coaching Integral Sistêmico (CIS) se diferencia do coaching tradicional, pois trabalha a razão e a emoção de maneira absoluta, fazendo com que o coach, ou seja, a pessoa que está passando pelo processo, consiga obter alta performance pessoal e profissional. Saúde, família, casamento, vida financeira e social, entre outras áreas, são trabalhadas no processo.
As modernas instalações permitem que a Febracis possua um espaço próprio para sua atuação
O fundador da Febracis, Paulo Vieira, falou sobre a importância do CIS para transformar vidas Revista Fecomércio-PI
Maio/Junho 2017
45
Agenda
Eventos
JUNHO
XXVII SIMPÓSIO BRASILEIRO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO O evento tem por objetivo debater temas atuais e controvertidos sobre Direito Previdenciário. Quando: 01 a 02 de junho de 2017 Onde: Auditório OAB-PI Mais informações: www.ibgp.org.br SEBRAE MAIS LÍDER COACH A solução Sebrae Mais Líder Coach visa capacitar os participantes a adotarem as técnicas e ferramentas do Coach na busca da alta performance de suas equipes. Quando: 09 a 10 de junho de 2017 Onde: Sebrae – Teresina Mais informações: Na Unidade Estadual de Atendimento Individual e Mercado do Sebrae (Av. Campos Sales, nº 1046 – Centro - Teresina) ou pelo telefone (86) 3216-1384
16 {
NATURALTECH 13ª Feira de Alimentação Saudável, Suplementos, Produtos Naturais e Saúde Quando: 07 a 10 de junho de 2017 Onde: Bienal do Ibirapuera (SP) Mais informações: www.naturaltech.com.br
FEBRAVAR 5ª Feira Brasileira do Varejo Quando:12 a 14 de julho de 2017 Onde: Centro de Eventos do Barra Shopping Sul - Porto Alegre (RS) Mais informações: www.febravar.com.br
PIAUÍ EXPO SHOW 9ª Piauí Expo Show Quando:14 a 17 de junho de 2017 Onde: Bom Jesus (PI) Mais informações: www.piauiexposhow.com.br
EMPRETEC Seminário que tem por objetivo desenvolver características de comportamentos empreendedores nos participantes. Quando: 06 a 12 de julho de 2017 Onde: Sebrae - Teresina Mais informações: Na Unidade Estadual de Atendimento Individual e Mercado do Sebrae no Piauí, localizada na sede da instituição em Teresina, na Av. Campos Sales, nº 1046 – Centro; ou pelo telefone (86) 3216-1384.
JULHO
FRANCAL 49ª Feira da Moda em Calçados e Acessórios Quando:02 a 05 de julho de 2017 Onde: Expo Center Norte (SP) Mais informações: www.feirafrancal.com.br
Dia do Comerciante
A arte de satisfazer um cliente todos os dias merece todo nosso reconhecimento. Parabéns, comerciantes!
de Julho
Fórum traz exemplos de empreendedorismo Empresárias piauienses relataram suas experiências profissionais de sucesso. Por Diana Cavalcante Foto: Diana Cavalcante
C
om o objetivo de homenagear todas as mulheres e estimular o espírito empreendedor, foi realizado nos dias 10 e 11 de maio, o I Fórum Mulheres d’ Negócios PI, que ocorreu na Praça de eventos do Teresina Shopping. Um dos principais destaques do Fórum foi o momento das apresentações das histórias de sucesso de empresárias piauienses. Durante os dois dias, mulheres que se destacam no mundo dos negócios do Piauí contaram sobre suas trajetórias, dificuldades e superações. Participaram do evento as empresárias: Gabriele Mesquita, da Soma Consultoria; Ineide Costa, da Mídia e Eventos; a master coach
Denizia Rodrigues; Kelly Gonçalves, das lojas Buxudas e Girassol; Cláudia Claudino, do Grupo Claudino; Marielle Baía, do DSOP – Educação Financeira; Ana Cristina Barros, do IEMP; Rachel Reis, da Artte dos Pés e Honorina Paes Landim, do restaurante Nóris – Cozinha Saudável. A iniciativa de realizar o Fórum partiu do grupo Mulheres d’ Negócios do Piauí, criado em fevereiro de 2014, ele é apartidário e sem fins lucrativos e seu principal objetivo é unir empresárias e proporcionar troca de conhecimentos, experiências, fazer negócios e parcerias. Além de idealizar palestras e encontros. Atualmente, o grupo possui mais de 190 participantes.
Datas importantes no Comércio
Fique atento para não deixar passar em branco!
JUNHO
46
JULHO
1º - DIA NACIONAL DA IMPRENSA
04- DIA INTERNACIONAL DO
03- DIA MUNDIAL DO
COOPERATIVISMO
ADMINISTRADOR DE PESSOAL
08- DIA DO PANIFICADOR
12- DIA DOS NAMORADOS
16- DIA DO COMERCIANTE
15- CORPUS CHRISTI
20- DIA DO AMIGO E
20- DIA DO REVENDEDOR
INTERNACIONAL
30- DIA DO ECONOMISTA
DA AMIZADE
Revista Fecomércio
Março/Abril 2017
I Fórum Mulheres d’ Negócios reuniu histórias de superação feminina
Eventos
Associativismo
O Brasil para nossos filhos e netos
M
Revista Fecomércio-PI
Raimundo Marques Presidente do Sindicato do Comércio Atacadista do Piauí (Sincapi), vice - presidente da ABAD-PI e da Fecomércio-PI sincapi2016@gmail.com
udar, fazer diferente, buscar alternativas. Escolher um novo caminho. Mudar para satisfazer a si próprio, tendo o país como elemento fundamental e a família como centro da mudança. Questiono que se não mudarmos, se seremos capazes de deixar para nossos filhos e netos um país melhor que aquele que recebemos de nossos pais. Estamos vendo a degradação das corporações e das instituições públicas de nosso país. A política, em função da corrupção político-empresarial com aquiescência do executivo, dos tribunais de contas, do ministério público e do judiciário; a educação, com uma qualidade de ensino insuficiente para os desafios que temos de enfrentar em um mundo globalizado; e a segurança pública, com o constante aumento da insegurança e da violência. Isso ocorre porque não temos cumprido os deveres que cabe a cada um de nós, como cidadãos. Todos temos três responsabilidade. A primeira é a profissional, pela qual temos de exercer nosso trabalho com qualidade e serenidade. A segunda é a responsabilidade de atuar em nossa comunidade, procurando desenvolver atividades que ajudem a atender as mais diversas necessidades de forma voluntária. A última e mais importante, é a nossa responsabilidade institucional com o país - nossa contribuição para a construção de um Brasil melhor. “A mudança é a lei da vida. Aqueles 48
Empresa do grupo Jorge Batista ganha prêmio da ABAD
Maio/Junho 2017
que só olham para o passado ou para o presente estarão, com certeza, perdendo o futuro” (John F. Kennedy). A soma das condutas de todos nós determina o futuro do país. Portanto, a ação de cada cidadão é essencial para que possamos resolver o atraso institucional que ainda persiste no Brasil. A maioria absoluta dos nossos líderes não tem cumprido suas responsabilidades institucionais.
A soma das condutas de todos nós determina o futuro do País. Portanto, a ação de cada cidadão é essencial para que possamos resolver o atraso institucional que ainda persiste no Brasil.
Predomina o interesse individual e somente uma pequeníssima parcela desses líderes conseguem olhar o país como um todo e ter a real visão sobre o que precisa ser feito. Para que isso mude é preciso um entendimento entre as principais lideranças políticas, acadêmicas, empresariais, sindicais e sociais. Os governantes, por exemplo,
precisam deixar de tratar o país, os estados e municípios como propriedades particulares a serviço dos seus interesses partidários e pessoais. A sociedade, no contexto atual, tem trabalhado para servir ao poder publico, quando deveria ser o poder público servindo a sociedade. O empresariado e as entidades empresariais, que normalmente têm uma postura individualista, precisam buscar uma maior integração com o setor público. As universidades e o setor privado, por sua vez, precisam encontrar soluções para que as invenções científicas sejam mais aproveitadas em benefício de todos, que a ciência seja orientada para a promoção do desenvolvimento econômico e social, e não como fim em si mesmo. O judiciário deve ser focado na eficiência como um “novo paradigma do acesso à justiça”, para que todos os operadores do direito possam buscar a efetiva justiça. Se cada indivíduo orientar seu comportamento tendo em mente suas responsabilidades com o País, tanto nas grandes decisões como nas pequenas atividades, poderemos ter uma mudança real no Brasil, gerando mais renda e emprego. É preciso, portanto, que cada um de nós pergunte a si mesmo qual o país que queremos e o que estamos fazendo para obtê-lo. Se trabalharmos juntos, cumprindo nossas responsabilidades, podemos alcançar esse objetivo.
É a quinta vez que a empresa piauiense aparece no ranking como melhor distribuidora.
Por Samanta Petersen Foto: Ascom ABAD
A
nualmente, a Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (ABAD) divulga o resultado do prêmio Melhor Atacadista Distribuidor, a partir de pesquisa realizada com empresas varejistas de todo o país. O prêmio de melhor empresa nacionalmente do Ranking ABAD/Nielsen 2016 – Ano Base 2015, ficou para Martins Comércio e Serviços de Distribuição S.A. No Piauí, o prêmio de melhor distribuidor do Estado foi entregue ao Grupo Jorge Batista, que no evento de premiação foi representado pelo seu diretor Jairon Batista da Silva. O grupo também ganhou como melhor distribuidor do estado do Maranhão. Essa é a quinta vez que o grupo é destaque no ranking. Fundado no Piauí, pelo empresário Jorge Batista, o grupo atua no setor de distribuição de produtos farmacêuticos, de higiene e hospitalares, com três grandes empresas: Alto Miudezas Distribuidora, Nazária Distribuidora e Jorge Batista Distribuidora. O prêmio Melhor Atacadista Distribuidor é fruto de um levantamento realizado com varejistas que avaliam a sua satisfação com o parceiro atacadista distribuidor com base nos serviços
A empresa foi premiada como a melhor distribuidora do Piauí e Maranhão
e no atendimento prestado. Mais de 16.500 estabelecimentos participaram da pesquisa que deu origem ao ranking em 26 Estados e no Distrito Federal, bem como elegeu a melhor empresa nacional. De acordo com a ABAD, a premiação é uma forma de reconhecer
o bom trabalho realizado pelos atacadistas e distribuidores, levando em consideração aspectos como serviço ao varejista, relacionamento com a indústria, conceito de atendimento e eficiência na produtividade da empresa. Tais aspectos são importantes para elevar o nível de qualidade do setor. Revista Fecomércio-PI
Maio/Junho 2017
49
Bem-estar
Cuide do seu coração
Síndrome do coração partido Há casos, no entanto, em que mesmo tendo uma vida saudável e sem histórico familiar de doenças no coração, uma pessoa jovem e completamente sadia por vir a sofrer um infarto. Mas como isso é possível? Itamar Costa explica que um coração saudável apresenta uma coronária (normal), porém, em situações de muito estresse, ela pode fechar, causando o infarto. É a chamada síndrome do coração partido. Para que possamos entender melhor, Costa dá um exemplo hipotético: “Imaginemos que um assaltante invada a casa de uma pessoa saudável, aponte a arma para cabeça da vítima e comece a fazer várias ameaças. Vamos pensar que
Ninguém, absolutamente ninguém, está livre de morrer de infarto. Mas não se desespere, há como reduzir os riscos disso acontecer. Por Robert Pedrosaa Fotos: Carlos Pacheco
E
m 2016, cerca de 350 mil pessoas morreram, no Brasil, vítimas de doenças cardiovasculares, segundo dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia. O número representa quase 30% das mortes no país, o que revela o quanto temos corações doentes em nossa população. Para evitar que passemos a fazer parte dessa estatística, é preciso tomar algumas medidas importantes e que, embora possam parecer trabalhosas, são fundamentais para reduzir os riscos de sofrermos um infarto.
O médico piauiense Itamar Costa, cardiologista há 36 anos, explica que os fatores que aumentam as chances de alguém ter doenças do coração são bem extensos e precisam ser considerados (veja box). O especialista alerta, por exemplo, que um homem de 60 anos com hipertensão, que fuma, vive estressado, é obeso, e usa drogas está caminhando para sofrer um infarto em breve. Pois entre os principais inimigos do coração saudável estão o estresse, a obesidade, a diabetes mellitus, o fumo, as drogas ilícitas, a hipertensão,
a dislipidemia (elevação de gorduras no organismo), o sedentarismo e o uso abusivo de bebida alcóolica. Ainda segundo estudos, homens têm mais probabilidade de adoecer do coração do que mulheres, principalmente se ele tiver mais de 45 anos e for negro. “Apesar do acesso à informação ser maior, muita gente ainda ignora os alertas e mantêm hábitos prejudiciais à saúde”, lembra Costa. Assim, a prevenção para doenças cardíacas na maioria das vezes depende mais do paciente do que do próprio médico.
Dados da doença no país As doenças cardiovasculares, afecções do coração e da circulação, representam a principal causa de mortes no Brasil. No período de 2004 a 2014, elas foram responsáveis por 3.493.459 óbitos (29% do total), o que representa uma morte a cada 40 segundos em nosso meio. Os dados são da Sociedade Brasileira de Cardiologia. As doenças cardiovasculares causam o dobro de mortes do que todas as decorrentes dos diversos tipos de câncer juntos; 2,3 vezes mais que acidentes e violência; três vezes mais que as doenças respiratórias e 6,5 vezes mais que todas as infecções, incluindo a Aids.
isso dure 20, 30, 40 minutos. O cidadão, em situação de estresse muito acima do normal, libera tanta adrenalina que pode sofrer um infarto”, explica o cardiologista. Itamar Costa frisa que a síndrome do coração partido já foi comprovada cientificamente. “Quando é feito o cateterismo na vítima desta síndrome, o médico vê que a coronária está completamente aberta, mas o coração perdeu grande parte da musculatura, devido ao estresse agudo”, relata. Como qualquer pessoa está sujeita a passar por uma situação desse tipo, todos nós estamos correndo algum risco. “É algo que está fora de nosso controle”, alerta o médico.
Itamar Costa explica que evitar doenças do coração depende muito do paciente
Os dez mandamentos para um coração saudável 1 - Diga não à obesidade e controle o seu peso; 2 - Consulte seu médico periodicamente; 3 - Faça a aferição da sua pressão arterial com frequência; 4 - Diga não ao fumo; 5 - Evite consumo excessivo de sal e verifique a quantidade de sódio nos rótulos dos alimentos; 6 - Diga não ao sedentarismo. Pratique esportes; 7 - Escolha bem os alimentos; 8 - Saiba se é diabético e se tem colesterol alto; 9 - Evite o estresse; 10 - Ame a vida e o seu coração. Fonte: Sociedade Brasileira de Cardiologia.
50
Revista Fecomércio-PI
Maio/Junho 2017
Revista Fecomércio-PI
Maio/Junho 2017
51
Cultura Empresarial Aqui você encontra dicas de livros, filmes, sites, twitters e fanpages que irão lhe ajudar a se manter sempre atualizado no mundo dos negócios. Aproveite o tempo livre para curtir as nossas dicas!
Livro
Filme Denilson Avelino Jornalista e cientista político denilsonpereirah@gmail.com
Internet
52
Dica de filme: Fome de Poder, Diamond Films (2017). Temas: estratégia, mercados, liderança e foco. Avaliada em 95 bilhões de dólares, a maior rede de fast-food do mundo segue como sonho de consumo para muita gente, mas você já teve a curiosidade de conhecer um pouco da história do McDonalds? O filme “Fome de Poder” conta a história da ascensão da marca McDonald’s. Vamos conhecer como Ray Kroc, interpretado por Michael Keaton, deixou de ser um simples vendedor para ser sócio na lanchonete dos irmãos Richard e Maurice “Mac” McDonald, no sul da Califórnia (EUA) e, pouco a pouco, eliminou os dois da rede e transformou a marca em um verdadeiro império alimentício. Para empreendedores, o filme é um prato cheio sobre estratégia, visão e expansão de negócios. Mesmo que com atitudes pouco ortodoxas, Ray Kroc é retratado como um homem esperto e que percebe uma oportunidade.
Vale a pena conferir: Aplicativo Qipu O Qipu é resultado de uma parceria entre o Sebrae e o site Buscapé e tem como proposta ajudar o empreendedor a manter as contas no azul. A ferramenta gratuita ajuda a controlar as obrigações das microempresas, mandando alertas sobre: contribuições fiscais, arrecadação do microempreendedor ou os benefícios a que ele tem direito. O aplicativo está disponível para Android, IOS e Windows Phone, além da versão web.
10 2017
Dica de leitura: “Novos Caminhos, Novas Escolhas”, editora Objetiva. Temas: superação, persistência e capacidade de mudança. Abílio Diniz é um dos mais admirados empreendedores do país e tem se reinventado ao longo de décadas. Algumas de suas experiências deram forma ao livro “Novos Caminhos, Novas Escolhas”, no qual o empresário relata como organiza sua rotina e faz com que o tempo trabalhe a seu favor, além de dar dicas sobre alimentação e falar sobre a importância da prática de esportes na sua vida. O homem que construiu a maior rede varejista brasileira, o Grupo Pão de Açúcar, enfrentou crises pessoais e profissionais, foi sequestrado, mas deu a volta por cima. Neste livro, ele narra suas lutas recentes e os caminhos que descobriu nos últimos anos. “Novos caminhos, novas escolhas” é um livro singular. Mais do que isso, é uma fonte de inspiração que nos permite conhecer as faceta de um dos maiores empresários do Brasil.
Dica de site: Portal Mentalidade Empreendedora O Portal Mentalidade Empreendedora se apresenta como uma escola, movimento para quem acredita em uma alternativa ao atual padrão do mercado de trabalho baseado em 8 horas diárias, um salário X, fixo e férias anuais. O idealizador, Pedro Quintanilha, aposta na paixão ao trabalho e desenvolvimento de negócios para fazer a diferença no mundo. A ideia é proporcionar as pessoas uma nova visão, dando a elas a oportunidade de conhecer os mecanismos que influenciam no desenvolvimento de uma mentalidade empreendedora.
Mostra Sesc Amazônia das Artes 30 de junho a 12 de julho Entrada Franca
Revista Fecomércio-PI
Maio/Junho 2017
Confira a Programação Completa em: www.pi.sesc.com.br sesc.piaui sescpi
Realização:
o c i n c ĂŠ T Curso ĂŠ no
! c a Sen
MATRĂ?CULAS
! s a t r e b A
� Tradução e Interpretação de Libras � 1.200h � �egurança do Traba�ho � 1.200h � �st�tica � 1.200h � �odo�ogia � 1.200h � �adio�ogia � 1.�00h � Transaç�es Imobi�i�rias � ��0h � �ecursos �umanos � 800h � In�orm�tica - 1.200h
� In�orm�tica - 1.200h
� Tradução e Interpretação de Libras - 1.200h
! " # � �n�ermagem - 1.800h
� Administração - 1.000h � �n�ermagem - 1.800h � Tradução e Interpretação de Libras - 1.200h
� �ecursos �umanos - 800h � �utrição e �iet�tica - 1.200h � �ecursos �umanos - 800h