Publicação do Sistema Fecomércio Sesc / Senac Piauí
Ano 02 - Nº 6, Março / Abril de 2014
Pesquisa traz perfil e hábitos do consumidor de Teresina pela internet As empresas na rede
Como utilizar as novas ferramentas a seu favor
Entrevista
Pablo Normando Sócio-diretor da Fênix Móveis e Masotti Março / Abril 2014
Revista Fecomércio
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Palavra do Presidente
Cartas
Janeiro
/ Fevereiro
de 2014
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Ano 02
- Nº 5,
Por um mundo melhor
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facebook/revistafecomercio revistafecomerciopi@gmail.com
FEDERAÇÃO DO COMÉRCIO DE BENS, SERVIÇOS E TURISMO DO ESTADO DO PIAUÍ Braço Sindical do Sistema FECOMERCIO/SESC/SENAC
PRESIDENTE Francisco Valdeci de Sousa Cavalcante 1º VICE PRESIDENTE Jairo Oliveira Cavalcante 2º VICE PRESIDENTE Maria do Socorro Moraes Correia 3º VICE PRESIDENTE Grigório Cardoso dos Santos 4º VICE PRESIDENTE Denis Oliveira Cavalcante VICE PRESIDENTE José Antônio de Araújo, João dos Santos Andrade, José Alves do Nascimento, Conegundes Gonçalves de Oliveira, Raimundo Rebouças Marques, Eliel da Rocha Santos,Teodoro Ferreira Sobral, Geraldo Ponte Cavalcante Neto 1º SECRETÁRIO - Raimundo Nonato Augusto da Paz 2º SECRETÁRIO - Maria Adelaide Cavalcante Castro 3º SECRETÁRIO - Getúlio Alves dos Santos 1º TESOUREIRO - Antonio Leite de Carvalho 2º TESOUREIRO - Margareth Silva Lopes DIRETOR PARA ASSUNTOS TRIBUTÁRIOS Delano Rodrigues Rocha DIRETOR PARA ASSUNTOS DE DESENVOLVIMENTO COMERCIAL Gerardo Ponte Cavalcante Júnior DIRETOR PARA ASSUNTOS DE CONSUMO Leonel Leão Luz DIRETOR PARA ASSUNTOS DE COMÉRCIO EXTERIOR Pedro Oliveira Barbosa DIRETOR PARA ASSUNTOS SINDICAIS Francisco Carneiro Mapurunga DIRETOR DE COMÉRCIO ELETRÔNICO Moisés Rebouças Marques
Caro leitor, sua opinião é muito importante para o crescimento da nossa revista. Envie-nos suas sugestões, críticas e comentários sobre os diversos assuntos abordados nesta publicação. “Porque nós crescemos mais quando crescemos juntos.”
Entrevistaerda Trânsito
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NOSSO ENDEREÇO Av. Campos Sales, 1111 - Centro/Norte Ed. Agostinho Pinto - 4º andar CEP: 64000-360 - Teresina - PI Fone: (86) 3222-5634 Fax: (86) 3223-8253 E-mail: atendimento@fecomercio-pi.org.br
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Revista Fecomércio
Março / Abril 2014
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Fui entrevistado na 5ª edição da Revista Fecomércio e o resultado me surpreendeu desde a abordagem e também pelo bate-papo descontraído, fluente e pela fidelidade a minha história. Vi nessa entrevista um filme sobre a minha vida! E cada vez mais, tenho a certeza que tudo que vivo hoje é resultado do trabalho e de se fazer bem feito. Achei muito bacana! Desejo que a revista tenha vida longa, sempre motivando e trazendo ótimas dicas. A Revista Fecomércio entrou na minha lista de revistas indispensáveis para leitura. Sílvio Roberto Costa Leite, Diretor-presidente do grupo Pag Contas A Revista Fecomércio é completa em termos de conteúdo, bem focada, objetiva. Aqui no Sebrae, recebemos alguns exemplares, e sempre que vou encontrar com os empresários nos treinamentos eu saio entregando in loco. Eu gosto muito de fazer isso porque a gente tem uma cultura que o empresário nunca tem tempo pra nada e eu costumo dizer que é sempre bom ler um jornal, uma revista, afinal ter acesso à informação é importante para quem quer ter um negócio bem sucedido. Só gostaria que a revista focasse mais na área de tecnologia em Teresina, pois temos a tecnologia a nosso favor e não a usamos. Ana Karina da Silva Sousa, consultora do Sebrae-PI. Como docente do Departamento de Gestão e Negócios do IFPI gostaria de parabenizar a Fecomércio pela revista, pois é de grande importância termos informações sobre os negócios que acontecem no Estado do Piauí, assim como dados sobre consumo, intenção de compras, crescimento de determinados mercados, sendo mais uma ferramenta que pode ser utilizada em sala de aula para mostrar aos alunos a realidade local. Parabéns pela dica e pelo conteúdo da revista. Denilson Pereira da Silva, Professor do Departamento de Gestão e Negócios do IFPI.
SUPLENTES Gescimar Miranda de Sousa, Benedito Cardoso Rabelo e Francisco Severiano Frota
DELEGADOS REPRESENTANTES JUNTO A CNC EFETIVOS Francisco Valdeci de Sousa Cavalcante SUPLENTE Jairo Oliveira Cavalcante, Grigório Cardoso dos Santos DIRETOR REGIONAL DO SESC Francisco Campelo Filho DIRETORA REGIONAL DO SENAC Elaine Dias
I SEBRAE-P
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CONSELHO FISCAL ELETIVO Janes Cavalcante Castro, Erivelton Moura e Antônio Hermanny Normando Almeida
SUPLENTE DA DIRETORIA Raimundo Florindo de Castro, Maria do S. de M. Correia, Raimundo de Sá Urtiga, Carlos Augusto da Paz, José Carvalho Neto, João Batista dos Santos, Odival Neres Machado, Roberto M. Campos Drumont, Maria dos Aflitos S. R. Cardoso, Pablo H. Couto Normando, Jorge Batista da Silva Filho, Paulo H. C. Normando e Francisco Lima Costa.
Mário Lac erintendente do Sup Diretor
Editora - chefe Karla Nery - DRT 1339 PI Produção e Redação Karla Nery, Nonato Paz, Samanta Petersen, Nahiane Gomes, Denilson Avelino, Gisele Alves e Marciene Cruz Assessor Fecomércio-PI André Ribeiro Colaboradores Ana Cláudia Coelho e Dalton Glédson (SESC), Glécia Lima, (SENAC), Antônia Pessoa, Carlos Augusto Lima, Graça Batista e Misael Martins (SEBRAE), Kalita Torres e Cristina Alves (Fecomércio) e Tim Mendes (SICONFLOR)
Editorial Opala Comunicação e Eventos Ltda End: Rua Gabriel Ferreira, 1010, Centro/Norte CEP: 64.000-250 - Teresina-PI Marketing Karla Nery e Luiz Gonzaga Diagramação Zabumba Propaganda Impressão Grafiset
Revisão Glécia Lima
Tiragem 1500 exemplares
Fotos Carlos Pacheco
Contatos (86) 33039831 / 9458 4554 / 9804 8998 Email: revistafecomerciopi@gmail.com
Valdeci Cavalcante Presidente do Sistema Fecomércio Senac/Sesc-PI valdeci_cavalcante@hotmail.com
Estas reflexões vêm a propósito do desempenho de dirigentes de entidades sociais, do Sistema “S”, Maçonaria, Lions, Rotary, Pastorais, Juventude católica e outros segmentos, cujo sucesso depende da determinada abnegação dos sonhadores, responsáveis e dedicados, cumprindo, sem clara explicação, o papel que a vida lhe destinou. O caminho do empreendedorismo social nos conduz a Deus.”
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que leva um empresário em pleno vigor produtivo econômico/financeiro a abraçar causas sociais e se dedicar a melhorar a vida de pessoas e comunidades? O que leva alguém a assumir o comando de entidades e instituições sócio-esportivas de serviços e cultura, de política ambiental ou atividade sindical, que não rendam vantagem pecuniária? O que leva um sonhador a acreditar que pode melhorar o mundo, construindo algo de concreto em favor da humanidade? Estas reflexões vêm a propósito do desempenho de dirigentes de entidades sociais, do Sistema “S”, Maçonaria, Lions, Rotary, Pastorais, Juventude católica e outros segmentos, cujo sucesso depende da determinada abnegação dos sonhadores, responsáveis e dedicados, cumprindo, sem clara explicação, o papel que a vida lhe destinou. O caminho do empreendedorismo social nos conduz a Deus. Saulo, que em determinado momento de sua vida perseguiu Cristo impiedosamente, teve um sonho, e, ficando cego, compreendeu o desvio que estava tomando em sua vida. E aquele gigante do conhecimento empírico, que falava fluentemente o grego e o aramaico, e era reconhecido como modelo do cidadão romano, caiu de joelhos e passou, então, a ocupar o cenário de sua existência, dedicando-se aos mais pobres e orando pelo bem de todos. Creio na predestinação. Creio no sopro de um vento a abrir as janelas da consciência nos indicando caminhos: Albert Sabin, Pasteur, Martin Luther King, Santo Agostinho, Allan Kardec, Irmã Dulce, Chico Xavier, Madre Teresa de Calcutá, Nelson Mandella receberam a luz da consciência divina e deram magnífica contribuição ao aprimoramento humano. Albert Schuvaser, o grande intérprete da obra de Wagner. Em órgão medieval que o mundo conheceu, compreendeu e
admirou, foi convocado por sua consciência para outra missão. Abandonou o luxo dos teatros e salões de festas deslumbrantes de uma Europa imperial e foi viver na África Equatorial, no Congo Belga, para cuidar de pobres, doentes e amputados. Uma das indagações mais significativas de Allan Kardec (O Livro dos Espíritos) é aquela em que ele consegue interrogar às entidades mais elevadas sobre “Onde está escrita a Lei de Deus?”. Aí as entidades redarguiram: “Na consciência humana, pois o homem é obra prima de Deus”. A sublimação humana só é possível àqueles que se despojaram de ambições, vaidades tolas, arrogância fútil e passaram a distribuir a riqueza, não apenas material, mas também a riqueza do conhecimento espiritual, abrindo horizontes de felicidade na consciência das pessoas. A sublimação não é o nirvana, que é alcançado no último estágio da consciência emocional. A sublimação é quando o homem alcança a consciência cósmica, perde o interesse pelo poder terreno e se dedica ao próximo com as forças disponíveis do seu espírito. É uma peregrinação que percorre cinco estações da consciência, até alcançar um elevado nível de realização pessoal incomum em relação aos demais seres. Aos homens e mulheres de empresa que dedicaram uma vida a construir um patrimônio material que lhes possibilitaram conforto e estabilidade econômica e que se dedicam a nobres causas sociais, distribuindo seu tempo, energia, inteligência e recursos próprios, em projetos sociais humanitários, manifesto minha solidariedade na convicção de que somos agentes sociais na construção de um mundo bem melhor. Março / Abril 2014
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Piauí fechou o ano com saldo negativo na Balança Comercial
Projetos e ações do Sincopeças-PI para 2014
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Carlos Augusto Lima
Pablo Normando, sócio-diretor da Fênix Móveis e da Masotti
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Sindicatos
Carlos Pacheco
Pesquisas Fecomércio
Pesquisa aponta perfil do comprador teresinense na internet
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Sesc
Sesc
Sesc
Símbolo da transformação social
Sesc e Prefeitura de Parnaíba reinauguram Restaurante Popular
Carnaval é no Sesc
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34 Entrevista
Capa
Empresas na rede Não dá mais para ficar fora dessa
Ana Cláudia Coelho
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Divulgação
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Especial
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Manoel Soares
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Ano 02 - Nº 6 Março / Abril de 2014
Divulgação
Karla Nery
ÍNDICE
Dino Alves
28
Palavra do Presidente
1º
Agenda
Valdeci Cavalcante
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Comunicado
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Educação Financeira
Rafael Fernando Correia
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6
Senac
Senac
GEM 2013
Bem-estar
Senac na Olimpíada do Conhecimento
Senac e Google realizam treinamento em Teresina
Sebrae divulga resultado de pesquisa sobre empreendedorismo no Brasil
Visão embaçada pode ser sintoma de catarata
Revista Fecomércio
Março / Abril 2014
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Erivelton Moura
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Comportamento Organizacional
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Normas sindicais
Jéssyca Lages
Março / Abril 2014
Coaching
Cacilda Silva
Cultura Empresarial
Paulo Medeiros Filho
Revista Fecomércio
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Pablo Normando, sócio-diretor da Fênix Móveis e da Masotti Karla Nery
Entrevista
A
história do empresário Pablo Normando é de um homem que sabe ressurgir das cinzas. Literalmente. É que ele perdeu, em um incêndio em 1994, tudo que tinha na livraria que gerenciava em Fortaleza. Foi aí que resolveu voltar para o Piauí e começar aqui outro negócio. Nesse sentido, o nome da sua empresa é mais que sugestivo: Fênix Móveis. Pra começar do zero e crescer, o empresário teve que desenvolver muitas habilidades, entre elas a ousadia que o levou a tornar sua empresa numa marca inesquecível na cabeça dos teresinenses quando se fala de móveis de escritório. Nesta entrevista à Revista Fecomércio, ele nos conta as dificuldades que passou e as lutas que ainda enfrenta para empreender no nosso Estado, em especial, por causa da falta de apoio do Governo para os empresários locais. Uma indignação que ele compartilha com vários empresários piauienses e manifesta também nas linhas a seguir.
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Revista Fecomércio
Março / Abril 2014
A personalidade de uma Fênix Por Karla Nery
Seu Pablo, quantas empresas o senhor tem? Eu e minha esposa somos sócios da Fênix Móveis e da Masotti. Na verdade, a empresa é uma só, mas com estilos diferentes. Nós temos a Fênix Móveis com uma unidade aqui na avenida Campos Sales e uma na rua Senador Teodoro Pacheco. Temos também a Fênix Casa Escritório, em Luís Correia no Shopping Amarração e outra filial Fênix Masotti na Av. Universitária. Gostaria que o senhor contasse um pouco da sua história. O senhor é do Ceará. Como veio parar no Piauí? Eu nasci em Fortaleza (CE) em agosto de 1966. Meus pais são cearenses e tenho dois irmãos, o mais velho, o Paulo, é o proprietário da Eqip Copiadoras e o mais novo, o Plácito é major do exército e mora em Fortaleza. Quando eu tinha três anos de idade, nosso pai faleceu em um acidente de carro. A partir dos meus oito anos, eu e meus irmãos fomos criados pelos nossos avós paternos. Nosso avô, em 1970, já tinha atividade comercial em Fortaleza no ramo de papelaria. Ele era dono da Livraria e Papelaria dos Contribuintes. Em 1972, ele abriu uma filial aqui em Teresina e, em 1976 transferiu a matriz para cá. Em 1978, eu, meus irmãos, minha avó e o restante da família viemos também. Portanto, estou em Teresina desde 1978. Seu primeiro trabalho foi com seu avô? Foi. Aos 14 anos por uma opção minha, não por obrigação. Eu costumo dizer o seguinte: que literalmente a primeira escada que eu subi e desci foi na Livraria dos Contribuintes do meu avô (que ficava aqui na Álvaro Mendes com a Rui Barbosa). Eu praticamente nasci dentro no comércio. Essa questão do comércio em si é desde criança. Então, aos 14 anos eu comecei a trabalhar meio expediente na papelaria com meu avô. Ajudava na arrumação da loja, ficava no balcão. Passei por vários setores, fui chefe de almoxarifado. Quando eu tinha 18 anos, meu avô abriu uma nova filial na Rui Barbosa com Senador Teodoro Pacheco onde hoje funciona a Farmácia Pague Menos, e eu já gerenciava aquela loja, era responsável pela parte de vendas no balcão. Em 1990, meu avô me convidou a retornar
pra Fortaleza pra cuidar da filial de lá. Então, eu me mudei em abril de 1990 e em dezembro do mesmo ano me casei com a Socorrinha. Eu ia fazer 25 anos. Fiquei lá na livraria de abril de 1990 até maio de 1994. Foi lá na Papelaria dos Contribuintes que teve o incêndio? Como foi isso? Sim. A papelaria se situava na Rua Barão do Rio Branco no Centro de Fortaleza. Nessa época, o IJF que é o Hospital Geral de Fortaleza estava passando por uma grande reforma (ficava um quarteirão de distância da papelaria) e a noite houve um problema na subestação de energia deles que ocasionou uma sobrecarga de toda rede elétrica daquele quarteirão, que saiu queimando a fiação elétrica do colégio que tinha na frente, das casas ao redor e o nosso segmento como era um material altamente inflamável, como papel e também usávamos muito álcool para mimeógrafo, então em poucos minutos perdemos tudo. Isso foi em que ano? O que senhor fez a partir desse momento? Em 1994, exatamente no dia da morte do Ayrton Senna, algo que realmente marcou. Como lá não tinha mais estrutura, o fogo tinha consumido tudo, eu paguei os fornecedores, os funcionários, os impostos e deixei o prédio fechado. Posteriormente, reformei o prédio e deixei nas mesmas condições que eu tinha recebido. O que me sobrou depois que eu paguei todo mundo e deixei as coisas em dias foi uma quantia de 20 mil reais que seria 20 mil dólares a preço de hoje para recomeçar a vida. E aí conversei com meu irmão Paulo que também já trabalhava no ramo de comércio, em Teresina. Na época, ele tinha a Casa das Variedades, uma loja de artigos de festa, perfumaria e eu resolvi vir aqui passar uns dias, trouxe minha esposa. Nós já tínhamos nosso filho, o Bráulio, que tava com pouco mais de dois anos e ela também já estava grávida de nosso segundo filho, o Bruno, que veio a nascer em setembro de 1994, aqui. São quantos filhos? Na verdade, são cinco filhos. A Socorrinha é a minha segunda esposa. Eu casei pela primeira vez com 20 anos e desse meu primeiro casamento tivemos um filho que é o Pablo Edir-
mando. Com a Socorrinha, tenho o Bráulio, o Bruno, o Breno e depois veio a Ana Maria. Bem, ai como eu tava falando, depois do acontecido, eu vim aqui no mês de junho e início de julho trazer minha esposa para passar uns dias com a mãe dela e para conversar com meu irmão Paulo que é dois anos mais velho que eu, também para prestar contas com meu avô, entregar os relatórios, tudo direitinho. E um dia conversando com meu irmão, eu disse: “Olha, eu gostaria muito de não voltar a Fortaleza, mas também eu não gostaria de ficar em Teresina no ramo de papelaria para concorrer com meu avô e com meus tios que também atuam no mesmo ramo”. Então, eu marquei com ele e fomos até Palmas (TO). Em 1994, a cidade ainda era um projeto, era pouco o que tinha sido construído, fomos até lá de carro. Naquela época, tudo lá era muito escasso e muito caro. Quem tinha dinheiro pra começar valia a pena, mas para quem tava com pouco era complicado porque aluguel tudo era muito caro e o que eu tinha era pouco. Nós passamos três dias em Palmas estudando o mercado, visitando empresas e na volta da viagem conversando com o Paulo, eu disse pra ele que não tinha condição de ir pra lá. Aí ele me perguntou: “Fora a papelaria, com o que mais você já mexeu?” e eu disse: “Olha, lá em Fortaleza eu tive oportunidade de comprar e vender alguns móveis, botei dentro da papelaria um pouquinho de mesas, armários e cadeiras. Aquelas cadeiras de palhinha, mas uma coisa muito limitada mesmo”. E aí ele sugeriu: “Por que você não coloca uma loja de móveis aqui em Teresina? Já está dentro desse segmento e você atende tanto a iniciativa privada quanto a iniciativa pública, e não vai concorrer com ninguém da família”. Foi aí nasceu a Fênix. Um dia, um tio meu, que era administrador da Livraria dos Contribuintes na época, o Sávio Normando, disse para o Paulo: “Olha, não se preocupe com o Pablo não porque ele é uma fênix, jájá ele está renascendo de novo, e o Paulo comentou comigo isso e eu disse, pois pronto o nome da empresa vai ser esse: Fênix. Daí, nós começamos nossa primeira loja na Lisandro Nogueira esquina com a David Caldas. Uma loja bem modesta, prédio antigo, apenas com três fornecedores. Março / Abril 2014
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Entrevista
Eu ouvi por diversas vezes, pessoas falando que em questão de meses iríamos fechar, mas graças ao trabalho, determinação, perseverança, a redução do máximo de custos, nós não falimos. O que nos ajudou também foi que nós tínhamos um conceito junto aos nossos fornecedores de pagar as duplicatas sempre antecipadas, quer dizer tínhamos credibilidade, por causa disso eu consegui renegociar todas as duplicatas para que na data do vencimento eu pagasse o juro e prorrogasse o valor principal por mais 60, 90 dias.
Quando foi a inauguração? No dia 17 de agosto de 1994, estávamos abrindo as portas da Fênix. E a sociedade começou da seguinte forma: o capital que ficou acertado para começar foi de R$ 14.400, cujo eu entrei com a metade e a outra metade meu irmão Paulo entrou comigo. No início, começamos com três funcionários e tivemos um bom crescimento dado a uma série de fatores (sou católico e acredito muito nos desígnios de Deus), por estar entrando um novo conceito econômico no Brasil, naquela época uma moeda forte, poder de compra teoricamente equilibrado, perspectiva de crescimento de Teresina de 1994 pra cá se tornou outra realidade em relação aos anos 80 em que a capital ficou estagnada e ainda por contatos e o conhecimento já da minha família e do meu irmão junto a clientes potenciais. A Fênix já inaugurou com propaganda no jornal. Desde o primeiro dia que a Fênix abriu as portas, dentro das possibilidades, ela sempre investiu em publicidade, e até hoje temos mídia nos meios de comunicação, no Jornal O Dia, Diário do Povo e Meio Norte, TV Cidade Verde, TV Clube. Todos são nossos parceiros há 20 anos, trabalhamos muito com sistemas de permuta. Na verdade, eu sempre investi em marketing. Quantos funcionários você tem hoje? Até esse mês (março), temos 175 funcionários contando com as lojas e a fábrica que está instalada na Rua Santos Dumont, bairro Aeroporto. E já estamos construindo, bem adiantado e até agosto estará terminado, se Deus quiser, a nova sede no Polo empresarial sul, uma área de 10.000 m² com espaço de construção inicial de 6.400 m². E depois da abertura em 1994, que outros momentos marcaram a história da Fênix? Em 1996, teve a inauguração do Riverside Shopping. Na época, fomos convidados para 10
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colocar uma loja lá, então colocamos uma loja ampla, bem grande e posso dizer que foi um passo maior do que poderíamos dar. Como é que foi essa experiência? Bem, pra Teresina em relação a shopping tudo era muito novo. O Riverside foi o primeiro shopping logo em seguida teve a abertura do Teresina. Hoje, o shopping é uma área de convivência, de lazer, comercial, mas naquela época o público não assimilou bem o conceito de shopping, principalmente de uma loja de móveis e escritório dentro de um shopping. Então, apesar de estarmos com uma loja muito mais bem estruturada dentro de um local nobre, a venda de lá era infinitamente menor do que a venda da loja do Centro. , da filial na Álvaro Mendes que abrimos em 1996 ali por trás da Prefeitura. Na realidade, nós transferimos a loja da Lisandro Nogueira para a Álvaro Mendes porque a da Lisandro Nogueira já não comportava mais. A localização da loja na Álvaro Mendes era melhor? Era sim. Era perto do Santander, antigo Sudameris, tinha um barzinho na esquina, próximo a um cartório, hoje acredito que seja um órgão da Prefeitura que funciona lá. Então, em pouco tempo, nesses dois anos, nós fizemos dois investimentos altos que foram a instalação de uma loja no shopping porque recebemos a loja crua e tivemos que construir literalmente toda loja dentro e a mudança pra a Álvaro Mendes que teve aquele momento da euforia da loja, aquela coisa toda. Mas é importante ressaltar o seguinte: meu sistema de administrar que eu já tinha quando trabalhava com meu avô desde criança, é que um compromisso firmado com o fornecedor, quando se dá um prazo para pagar de 30 ou 60 dias, aquilo era o prazo para se pagar. Só que eu sempre adotei um calendário de pelo menos 10 dias antes para não atrasar. Então, eu
posso dizer que em 1997, depois dessa euforia aí, nós quebramos, só não fizemos foi apartar, fechar as portas porque eu juntei tudo o que eu tinha que era uma casa que eu ainda estava terminando de construir e meu carro, as coisas do Paulo que também tinha a casa dele, com estoque, as instalações que tínhamos, juntando tudo, não dava para pagar as contas. E então? Eu previ com antecedência. Não é que foi milagre, mas antes de eu ter a primeira duplicata protestada (que não houve), nós conseguimos dar um jeito porque eu sabia quanto eu estava devendo, eu sabia quanto precisava para manter a estrutura, para me manter, pro meu irmão manter a família dele. Então, em cima de todos esses dados eu falei pra ele: “Paulinho, a situação é essa, juntando tudo o que a gente tem hoje, não dá pra pagar o que temos para os próximos seis meses.” E ele me disse “Pois, vamos reduzir o máximo de custos”. Nessa época (1997), ali na Senador Teodoro Pacheco, onde ainda temos uma filial, como dizem era uma ponta de rua, bem na descida já chegando na Av. Maranhão. Ali não existia, literalmente, nada de comércio, mas nós encontramos um galpão antigo que foi na década de 70, o depósito da JET, do Sr. José Elias e lá estava desocupado, uma estrutura bem precária, mas estava com um aluguel atraente, então eu mudei da Álvaro Mendes onde o aluguel era caro, fechei a loja do shopping, fiz uma pequena reforma, coloquei um forro de gesso e uma cerâmica bem baratinha que a gente comprou numa ponta de estoque e mudamos para lá. Eu ouvi por diversas vezes, pessoas falando que em questão de meses iríamos fechar, mas graças ao trabalho, determinação, perseverança, a redução do máximo de custos, nós não falimos. O que nos ajudou também foi que nós tínhamos um conceito junto aos nossos fornecedores de pagar as duplicatas
sempre antecipadas, quer dizer tínhamos credibilidade, por causa disso eu consegui renegociar todas as duplicatas para que na data do vencimento eu pagasse o juro e prorrogasse o valor principal por mais 60, 90 dias. Eu paguei o juro antecipado de mercado, ou seja, nosso fornecedor não tava perdendo e eu estava ganhando fôlego para honrar os compromissos. Passamos o ano de 1998 e 1999 nessa situação aí. Já pelo ano de 2000 estávamos mais equilibrados, começamos a fazer novos investimentos, de maneira mais moderada, mais prudente. Uma coisa importante de se ressaltar é que em 1995 (retrocedendo um pouco), tinha um fornecedor nosso que era a Brother, um fabricante de fax. O gerente regional que nos atendia, o João Batista, saiu da Brother e foi trabalhar na Sharp do Brasil que nessa época era uma empresa grande, forte no mercado e um dia ele bateu na minha porta e eu agradeço muito a ele por ter vindo nos oferecer o desafio da gente trabalhar com máquinas copiadoras. Portanto, bem no início, além de móveis, nós começamos a trabalhar com as copiadoras da Sharp, vendas e assistência técnica. Inclusive, fui a São Paulo e fiz um curso técnico junto com outro rapaz que trabalhava com a gente que era um pouquinho de cada coisa, motorista, administrador, vendedor, técnico de máquina, instalador... (risos). Eu era um pouco de tudo. Assim, quando foi em 2001, nós já tínhamos duas empresas com razões sociais distintas: a Fênix Móveis e a Eqip. O senhor também é sócio da Eqip? Até 2001, eu e o Paulo tínhamos essas duas empresas em sociedade, mas decidimos sentar e sem briga, sem confusão decidimos dividir. Ficou acertado que eu iria ficar com a parte de móveis e ele com a parte de copiadoras, plastificação, voltado mais para esse segmento de Informática. A partir daí, eu coloquei minha esposa como sócia na Fênix e ele (Paulo) ficou com a comercial Eqip. Precisou dividir por questões de impostos, cresceu muito o faturamento? Não. Foi por uma questão estratégica comercial da Eqip. Hoje, vocês também fabricam móveis e estão construindo no Polo Empresarial Sul. Quando foi que vocês começaram a construir lá? Qual a previsão de conclusão? Nós começamos a fabricar aos poucos lá no depósito da Santos Dumont e quando vimos
já estávamos com máquinas e o espaço não era mais condizente. Começamos a construir no polo em 2012. A previsão é para inaugurarmos em agosto deste ano em comemoração aos 20 anos da empresa. Por conhecer outras cidades, outros polos moveleiros, fábricas, indústrias em outras regiões do Brasil, eu percebi que para você ser empreendedor aqui em Teresina e no Piauí como um todo, você tem que ser meio louco, ousado, porque o Governo não dá nenhuma estrutura. Digo isso de uma forma geral, não estou me referindo a uma administração ou a um partido, mas sim a conjuntura e a burocracia do governo como um todo. O incentivo para a instalação de uma empresa é mínimo, amarrado e burocrático. Pra você ter noção, eu dei entrada em 2009 com uma solicitação para implementarmos nossa fábrica no Polo Empresarial Sul e eu só consegui esse documento no final de 2011 e desde de 2012 que eu venho com recursos próprios bancando a obra porque nós não conseguimos apoio do Governo nem para obter uma linha de crédito junto aos bancos. Para as empresas de fora, tudo é mais fácil. Como o quê, por exemplo? Olha, um dos nossos maiores clientes é o cliente governamental. Nós vendemos tanto para as prefeituras do interior como repartições públicas a nível estadual, municipal e federal. Mas, a Prefeitura mesmo não me deu absolutamente nada. Então, qual é a concepção de desenvolvimento, de estrutura e de incentivo do Governo. No Paraná, eles estão dando para as empresas comprovadas, que já existem há algum tempo e que querem ampliar, um galpão pronto. É outra realidade. No polo empresarial hoje, o asfalto da avenida principal já se acabou, as outras vias são todas de terra batida, a energia lá está uma droga, a Eletrobrás vai fazer subestação, vai ampliar e fica só empurrando com a barriga. Por conta da queda constante de energia, a maioria das fábricas que estão lá atualmente tem trabalhado por segurança com um gerador que traz um custo de energia caríssimo porque é rodado a óleo diesel. Além disso, não tem internet. Se você quer usar a internet, tem que colocar uma torre de rádio. Iluminação pública esquece, não existe. Guarita, sistema de segurança não tem, água quem quiser que tenha seu poço, tratamento de esgoto isso também não existe. Então, eu pergunto o que o Governo e a Prefeitura estão dando de incentivo para os empresários? Nada! Por que para que eu pudesse viabilizar o
Por conhecer outras cidades, outros polos moveleiros, fábricas, indústrias em outras regiões do Brasil, eu percebi que para você ser empreendedor aqui em Teresina e no Piauí como um todo, você tem que ser meio louco, ousado, porque o Governo não dá nenhuma estrutura. Digo isso de uma forma geral, não estou me referindo a uma administração ou a um partido, mas sim a conjuntura e a burocracia do governo como um todo. O incentivo para a instalação de uma empresa é mínimo, amarrado e burocrático.
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nosso projeto junto ao Banco do Nordeste, eu tive que comprar o terreno da Prefeitura. Abri uma conta específica no Banco do Brasil e fiz um depósito tipo calcionamento por garantia da compra do terreno. Daí, daqui a 10 anos, eles vão devolver esse dinheiro como se tivesse numa caderneta de poupança que o rendimento é mínimo. Nesses 10 anos, se você não cumprir todos os requisitos de instalação, de fabricação eles ficam com o dinheiro. Então, eu tive que abrir essa conta, fazer esse depósito, receber a escritura e na própria escritura está dizendo que o terreno está livre para financiamento bancário podendo ser dado como garantia. É difícil falar sobre essas coisas porque pode ser levado para o lado pessoal, mas o que eu já disse para o secretário da SEMDEC que atualmente é o Fábio Nery é o seguinte: “Quando eu recebi lá, eu recebi só mato 100x100, um hectare, não tinha nada, nada. Naquela época em 2012, eu fiz um depósito no banco de mais de 15 mil reais pra compra do terreno, que poderia ser dado como garantia pra construção ou financiamento, só que eles mandaram outro engenheiro da SEMDEC avaliar lá e o cara chegando viu construindo e disse que valia uns 200 mil e eu disse “Não, Fábio, não é 200 mil, Isso está valendo muito mais do que um milhão, mas é porque eu que fiz, a Prefeitura não deu nada! Então, quer dizer, esse é o incentivo que a gente recebe.” E agora como está lá? Eu continuo tocando a obra, não na velocidade que poderia ter sido tocada porque por já ter acontecido problema de ter quebrado no passado, agora eu tenho mais cautela em qualquer outro investimento e, diga-se de passagem, tudo que até hoje nós temos, os prédios, os maquinários, todos foram pagos, eu não devo nada a ninguém. Mas confesso que é difícil a gente querer crescer e desenvolver aqui porque não tem incentivo. Quer outro exemplo? A prefeitura desde 2009 quer me tirar da
Santos Dumont porque ali, eu reconheço, já é uma indústria, mas eu digo pra eles desde 2009, me dê condições pra ir pro polo. E eles me dizem “Ah! Por que você não instala sua indústria em outro local?” E eu respondo que é pretensão nossa porque um dos critérios pra se ter a ABNT, que é Associação Brasileira de Normas Técnicas e, consequentemente, também o ISO, é que a empresa esteja num polo industrial. Portanto, são mil e uma exigências. Como se pode estar dentro de um polo industrial com empresas grandes como a FerroNorte, Só aço, Floramel, LNunes e tantas empresas e não ter um Corpo de Bombeiro? São 23 km do Centro até lá, com esse trânsito horrível, a gente torce pra se chegar lá em 40 minutos, mas com esse tempo já tem queimado quase tudo. Então, se cobra muito, se pede muito, se paga muito e o básico eles não dão, não tem um posto de saúde, não tem uma ambulância, segurança é brincadeira... O Marcos, dono da Só Aço, foi assaltado, baleado e só não morreu porque tinha dinheiro. Ele foi pra um dos melhores hospitais daqui de Teresina, teve que ir pra fora, pois a bala saiu destruindo tudo dentro dele. Quer dizer, se você não tiver uma condição aqui, esquece. Aí, tem mil e uma exigências é Licença Ambiental, do Corpo de Bombeiros, etc. Tudo bem, nós estamos fazendo a nossa parte e o que eu vou fazer agora... eu gerei o resíduo, pronto. Eu acho brincadeira essa história do lixo seletivo: tamborzinho vermelho, amarelo, azul (coleta seletiva) porque vai tudo para o lixão. Aqui, não tem um carro de coleta de lixo separado, vai tudo junto. Vamos ver se tem uma usina de reciclagem, mas que tenha pelo menos a coleta separada, a do orgânico para o não orgânico. Para finalizarmos, gostaria que o senhor falasse sobre os 20 anos da Fênix. Eu não sei de que forma você vai colocar isso
aí, mas eu nunca esperei por ninguém. Eu joguei na minha vida toda, umas cinco vezes na Mega Sena, mas por brincadeira, nunca esperei enricar, ganhar dinheiro sem o trabalho, acho que aquela coisa, você tem que ter determinação, tem que pensar sempre positivo e seguir sempre em frente, mas olhando sempre um pouco pra trás pra saber onde errou para procurar melhorar. Eu procuro sempre dizer pros meus filhos e falar para as pessoas o seguinte: Que é mais fácil você aprender com os erros dos outros do que você aprender com seus próprios erros. Então, é isso, veja as empresas que estão fazendo certo, procure seguir o caminho delas, pois assim, naturalmente, você vai se sair bem. A gente tem que ter a mente aberta, por menor que seja aquela oportunidade, temos que saber aproveitar. Então, você tem que mesmo num momento difícil ver o lado positivo, por tudo que lhe falei aqui da minha história. Não importa se você não vai fazer sua parte, eu vou fazer a minha, não vou esperar. Se eu pensar que não vou me instalar porque lá no polo industrial não tem segurança, não tem água, não tem internet, não tem Corpo de Bombeiros, não tem um posto de saúde, a gente vai esperar muito, por isso eu faço a minha parte. Aqui, todos os funcionários da nossa empresa recebem mais que um salário mínimo. O nosso piso salarial é de R$ 900 e todo mundo tem vale refeição e plano de saúde. Não vamos ficar esperando por governo porque vira e mexe aqui um se acidenta de moto, que hoje é horrível essa situação. Já tive dois funcionários que chegaram a morrer por acidente de moto e eu sei o quanto é cruel se você não tem um plano de saúde, se tiver que ir pra um HUT da vida. Então, não vou esperar o governo fazer mais hospitais pra atender melhor, se eu posso fazer melhor eu faço pela minha equipe, pelos meus funcionários. Em resumo, não devemos esperar, devemos fazer!
Eu procuro sempre dizer pros meus filhos e falar para as pessoas o seguinte: Que é mais fácil você aprender com os erros dos outros do que você aprender e se sair com seus próprios erros. Então, é isso, veja as empresas que estão fazendo certo, procure seguir o caminho delas, pois assim, naturalmente, você vai se sair bem.
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Revista Fecomércio
Março / Abril 2014
Ano 01 Nº 3 Setembro / Outubro de 2013
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E é claro que a Revista Fecomércio estará junto para registrar tudo isso! Revolta Empresarial Presidente da Fecomércio-PI, Valdeci Cavalcante, articula protesto contra a alta carga tributária do país
Aumento na frota de veículos estimula crescimento de outros setores
Entrevista
Sílvio Roberto Costa Leite Proprietário do Grupo Pag Contas e ex-secretário de Comunicação e de Turismo do Piauí
28/11/13 09:48
28/11/13 10:46
Trânsito
Falta de estacionamento gera problemas no Centro
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Entrevista
Mário Lacerda Diretor Superintendente do SEBRAE-PI
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Ano 02 - Nº 6, Março / Abril de 2014
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www.fecomercio-pi.org.br Março / Abril 2014
Revista Fecomércio
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Pesquisas Fecomércio
Pesquisas Fecomércio
Piauí fechou o ano com saldo negativo na Balança Comercial
Inflação de 2013 supera expectativas dos analistas
Por Nonato Paz e Karla Nery
S
egundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), e gráfico elaborado pelo Instituto Fecomércio de Pesquisa e Desenvolvimento (IFPD-PI), o Estado do Piauí vendeu para o exterior US$ 161.847.995 em 2013 e no ano de 2012 o total vendido foi de US$ 225.729.176 representando uma queda de 28,30%. Por outro lado, as importações na passagem de 2012 para 2013 tiveram um crescimento de 15,31%, atingindo um valor de US$ 196.742.634 em 2013. Com este resultado, constata-se um déficit comercial de US$ 34.894.639. Para o Presidente da Fecomércio-PI, Valdeci Cavalcante, o Piauí está numa situação de dependência do Comércio Exterior, pois além de se posicionar numa situação deficitária, exporta produtos básicos (commodities) e importa manufaturados. Em 2013, do montante de exportações 67,69% correspondeu a produtos básicos, tipo grãos de soja, milho e algodão; 28,89% semimanufaturados (mel de abelhas e ceras de carnaúba) e apenas 3,42% produtos totalmente manufaturados. Com relação às importações, US$ 40.173.375 (20,42%) foram gastos com compras de Bens de Capital, US$ 151.958.926 em Bens Intermediários e US$ 4.610.333 (2,34%) em Bens de Consumo. Durante o ano passado, a China foi o país que mais recebeu produtos do Brasil, seguido da Espanha, Tailândia, Estados Unidos, Japão, Vietnã, Alemanha e Arábia Saudita. A origem das importações também é encabeçada pela China que em 2013 participou com mais de 35% das vendas ao Piauí. A Rússia com 9,77%, Estados Unidos (8,15%), Turquia (7,43%), Chile (7,28%), Israel (5,18%) Egito (4,00%), entre outros. 14
Revista Fecomércio
Março / Abril 2014
Tabela: Exportação do Piauí em US$ 1.000,00
Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) Elaboração: Instituto Fecomércio de Pesquisa e Desenvolvimento (IFPD) – PI.
Por Nonato Paz e Karla Nery
U
ma grande surpresa para os analistas financeiros. A inflação de dezembro de 2013 apresentou variação de 0,92% quando o esperado girava em torno de 0,50% a 0,60%. Este índice foi o maior desde abril de 2003 e o maior Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) dos meses de dezembro, desde 2002. A informação é da Fecomércio-PI com base nos indicadores de 2013 levantados pelo IBGE. Com a incorporação deste índice, a inflação de janeiro a dezembro ficou em 5,91%, superior a de 2012 que foi de 5,84%. O diretor do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio Piauí (IFPD-PI), Nonato Paz, diz que a pesquisa não é realizada em todos os estados brasileiros. “Esse levantamento só atinge Brasília e as 10 regiões metropolitanas: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Fortaleza, Recife, Salvador, Belém e Goiânia”, enfatiza. Em dezembro de 2013, o item transporte foi o que mais impactou o resultado da pesquisa, com destaque para combustíveis (gasolina – 4,12%; óleo diesel – 4,8% e etanol – 4,83%) e passagem aérea que teve um aumento médio de 20,13%. Também tiveram aumento considerável, outros produtos que fazem parte do elenco do cálculo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). (Veja quadro) No item despesas pessoais, o destaque refere-se às despesas com empregados domésticos com variação de 0,86%, excursões com alta de 8,89%, cabeleireiro e manicure com 1,99% e 1,55% respectivamente. Os artigos de residência subiram 0,89% ante 0,38% em novembro, com destaque para os eletrodomésticos que aumentaram 1,78%. O consumidor passou a pagar mais pela carne, que subiu de preço, 2,33%. No item alimentação e bebidas, o aumento médio foi de 0,89%. Já produtos como vestuário, educação e habitação tiveram os preços rebaixados. O item habitação baixou devido à desaceleração da tarifa de energia elétrica, com o programa do Governo Federal. Os preços dos produtos monopolizados pelo Governo Federal como energia elétrica da Eletrobrás e petróleo da Petrobrás, tam-
Carlos Pacheco
A exportação caiu 28,30% de 2012 para 2013
A inflação de janeiro a dezembro de 2013 ficou em 5,91%, superior a do ano 2012 que foi de 5,84%
O item Transporte foi o que mais impactou o resultado da pesquisa
Tabela de Preços ao consumidor / Inflação GRUPO
VARIAÇÃO (%) Novembro / Dezembro
Índice Geral
0,54 / 0,92
Alimentação e Bebidas
0,56 / 0,89
Habitação
0,69 / 0,52
Artigos de Residência
0,38 / 0,89
Vestuário
0,85 / 0,80
Transportes
0,36 / 1,85
Saúde e Cuidados Pessoais
0,41 / 0,41
Despesas Pessoais
0,87 / 1,00
Educação
0,08 / 0,05
Comunicação
0,40 / 0,74
Fonte: IBGE Elaboração: IFPD - PI
bém chamados preços administrativos, fazem parte dos produtos que compõem o cálculo do IPCA. Ao longo do ano, o Governo, astutamente, mandou baixar as contas de energia dos consumidores e com isso o grupo habitação
caiu de 0,69% para 0,52%. Mesmo causando prejuízos à Petrobrás, os preços dos combustíveis quase não foram majorados durante o ano. Com a medida, o grupo Transporte poderia ter tido um aumento bem maior em 2013. Março / Abril 2014
Revista Fecomércio
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Pesquisas Fecomércio
Peic
Empresários estão mais otimistas
Mais de 83% das dívidas estão nos cartões de crédito
Fonte:IFPD-PI
A
Pesquisa sobre o Índice de Confiança dos Empresários do Comércio de Teresina (ICEC) constatou que o otimismo do ICEC cresceu 0,53%, passando de 132,7 pontos em janeiro para 133,4 em fevereiro de 2014. No entanto, em relação a fevereiro do ano passado, a variação foi de -2,77%. O otimismo apareceu ainda no Índice de Expectativa do Empresário do Comércio (IEEC), atingindo 167,5 pontos, com crescimento de 0,1% em comparação com o mês anterior e na expectativa de contratações que teve crescimento de 8,16% relativo a janeiro, além de outros aspectos analisados. O ICEC tem por objetivo medir com precisão a percepção que os comerciantes têm sobre o nível atual e futuro da propensão a investir em curto e médio prazo. É uma ferramenta poderosa para o varejo, para os fabricantes e para as instituições financeiras. O levantamento atinge 135 empresas do Comércio de Bens e Serviços, na qual os empresários foram indagados sobre a Economia, sobre o setor Comércio e suas empresas, no presente e no futuro. A pesquisa foi realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) em parceria com a Fecomércio-PI, por meio do Instituto Fecomércio de Pesquisa e Desenvolvimento (IFPD-PI). O resultado é revelado em pontos. Acima de 100 pontos constata-se a situação de otimismo e abaixo deste valor diz respeito a pessimismo. O índice 100 é a fronteira entre a avaliação de satisfação e insatisfação dos empresários.
Condições atuais Na avaliação dos empresários, no momento atual, a economia não teve boa performance, uma vez que atingiu apenas 92,9 pontos, ficando abaixo da linha de indiferença (100 pontos) e ainda obteve queda de 10,24% com relação ao mês anterior. O setor Comércio também não foi bem avaliado pelos empresários, uma vez que obteve um Índice de Confiança de 110,8 pontos, mas caiu 3,9% em comparação com janeiro. A empresa avaliada, isoladamente, recuou 3,78% sobre o mês anterior, mesmo tendo obtido um otimismo de 129,8 pontos. 16
Revista Fecomércio
Março / Abril 2014
Expectativa para os próximos meses Os comerciantes de Teresina relataram que nos próximos seis meses a situação vai ser outra totalmente diferente. O otimismo no IEEC atingiu 167,5 pontos, com crescimento de 0,1% em comparação com o mês anterior. Todos os três fatores que compõem este índice obtiveram otimismo acima de 160 pontos. A economia foi avaliada em 160,6 pontos, o setor Comércio em 168,4 e a Empresa em 173,4 pontos. Isso mostra que os empresários estão na esperança que ainda possa haver novas isenções fiscais e/ou medidas de desoneração das folhas de pagamentos das Empresas.
Investimentos Com relação aosinvestimentos analisados na pesquisa constam as expectativas de contratações de empregados que obteve o Índice de Confiança de 137,8 pontos, com crescimento
de 8,16% relativo a janeiro. Neste cenário, 23,2% dos entrevistados disseram que desejam aumentar muito o número de empregados neste mês, enquanto mais da metade 54,0% querem aumentar pouco. Ao contrário disso, 20,7% revelam desejo de reduzir o número de empregados em suas empresas. Quanto aos investimentos em estoques,13,8% das empresas do comércio que foram consultadas, informaram que tinham um volume de mercadorias acima do adequado. O presidente da Fecomércio-PI, Valdeci Cavalcante, acredita que seja a sobra dos produtos adquiridos para as festas de final de ano que não conseguiram passar pra frente. Todavia, 21,7% já disseram que os seus estoques estão insuficientes para atender a demanda.Para 63,6% dos entrevistados, o volume de produtos está adequado. No segmento de vestuários e alimentos, considerados como bens não duráveis, 14% das empresas estão com um volume excessivo de produtos estocados.
Tabela ICEC – Fevereiro 2014 ÍNDICES
JANEIRO
FEVEREIRO
VARIAÇÃO %
Confiança do empresário do Comércio
132,7
133,4
0
Condição atual do empresário do Comércio
117,9
111,2
-0,1
• Condição atual da economia
103,5
92,9
-10,24
• Condição atual do setor (Comércio)
115,3
110,8
-3,9
• Condição atual da Empresa
134,9
129,8
-3,78
158,8
167,5
0,1
• Expectativa para a economia brasileira
155,1
160,6
3,55
• Expectativa para o setor Comércio
156,4
168,4
7,67
• Expectativa para a Empresa
165,0
173,4
5,09
Investimento do empresário do Comércio
121,3
121,5
0
• Expectativa para contratação de funcionários
127,4
137,8
8,16
• Nível de investimento da Empresa
132,1
118,8
-10,07
• Situação atual do estoque
104,5
107,9
3,25
Expectativa do empresário do Comércio
Realização:Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) em parceria com a Fecomércio-PI, por meio do Instituto Fecomércio de Pesquisa e Desenvolvimento (IFPD-PI).
A pesquisa foi realizada pela CNC e Fecomércio no mês de fevereiro. Por Nonato Paz e Karla Nery
A
Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) em parceria com a Fecomércio-PI, através do Instituto Fecomércio de Pesquisa e Desenvolvimento do Piauí (IFPD-PI) realizou em Teresina no final do mês de fevereiro a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC). A pesquisa revelou que 61,6% das famílias da capital possuem algum tipo de dívida. Um crescimento de 6,57% sobre a dívida mês de janeiro (57,8%). A proporção de famílias que se declarou muito endividadas alcançou 7,6%, enquanto a fatia que considerou mais ou menos endividado atingiu 30,1%. Para os que se avaliaram como pouco endividados a proporção foi de 24,0%. Os consumidores que preferiram comprar à vista somam 38,45%. Os instrumentos de crédito mais utilizados pelas famílias foram os cartões de crédito com 83,5% e carnês de lojas (citados por 17,4% dos entrevistados), seguidos por financiamentos de carro (3,9%), financiamento de casa (3,2%), crédito pessoal (1,0%), crédito consignado (0,6%), cheque especial (3%) e outras dívidas (3,5%). Cheque pré-datado não foi citado na pesquisa de fevereiro. O consumidor termina por aceitar as ofertas das operadoras de cartões de crédito, mais pela facilidade de acesso, embora tenha que enfrentar taxas de juros exorbitantes. As taxas médias de juros no mercado são basicamente a metade oferecida pelos cartões de crédito (de dois dígitos), porém os bancos estão exigindo garantia que o cliente não tem. O maior paradoxo é que a taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (SELIC) está em 10,5% ao ano.
Contas em atraso De acordo com a pesquisa, o atraso nas contas a pagar obteve um crescimento de 5,71%, passando de 17,5% em janeiro para 18,5% em fevereiro do corrente ano. Dentre as famílias com contas atrasadas, 24,7% disseram que o atraso é de até 30 dias, enquanto que
Carlos Pacheco
Pesquisa revela que 13,8% das lojas estão com estoques acima do adequado
A pesquisa revelou que 61,6% das famílias da capital possuem algum tipo de dívida.
Tabela PEIC Fev/2014 PERCENTUAL (%) MESES
ENDIVIDADOS
CONTAS EM ATRASO
INADIMPLENTES
JAN/14
57,8
17,5
6,9
FEV/14
61,6
18,5
6,4
JAN/13
65,4
17,2
6,2
Fonte: Pesquisa Direta CNC
36,6% afirmaram que varia de 30 a 90 dias e 37,6% acima de 90 dias. Pode-se afirmar que entre as famílias com contas ou dívidas atrasadas, o tempo médio de atraso foi de 60 dias. Entretanto, 13,2% dos endividados afirmaram que tem compromisso com dívidas por mais de 1 ano, 26,1% entre 6 meses e um ano; 29,7% de 3 a 6 meses e 28,7% por um período inferior a 3 meses. O percentual de famílias que declarou na pesquisa não ter condições financeiras
de honrar nenhum dos seus compromissos atrasados, os chamados inadimplentes, neste mês, atingiu 6,4%, tendo diminuído 0,5 pontos percentuais na comparação com janeiro (6,9%). A inadimplência caiu um pouco, o que deu uma esperança aos comerciantes, porém o endividamento aumentou. Observa-se que os recursos extras do salário mínimo que entraram na economia, serviram muito pouco para quitar as dívidas. Março / Abril 2014
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Comunicado
Fecomércio
Fórum reúne diretores de Institutos da Fecomércio O encontro aconteceu na Fecomércio de Tocantins em março
REUNIÃO DE DIRETORIA CNC/RJ – 13/3/2014 Senhores Diretores, Estamos trazendo ao conhecimento da Diretoria uma nota sobre a situação atual da conjuntura econômica brasileira e a nossa preocupação sobre a sua evolução a curto e médio prazo. Visivelmente, como é do conhecimento de todos nós, a economia nacional atravessa uma fase de baixo crescimento e de preocupantes desequilíbrios em alguns setores, como é o caso do permanente déficit fiscal e crescimento da dívida pública, da inflação. Da estagnação industrial, da deficiente infraestrutura dos transportes e do desequilíbrio do balanço de pagamentos. São exceções, nesse quadro deficitário, o mercado de trabalho, que vem ostentando nos últimos anos baixas taxas de desemprego e a agricultura, que vem registrando taxas memoráveis de expansão, com o recorde histórico de produção de 196 milhões de toneladas de grãos. Também se insere nesse quadro de exceções o comércio de bens, serviços e turismo que, após um longo período de crescimento médio anual da ordem de 8% vem declinando sucessivamente e poderá registrar um aumento de cerca de 5% neste ano de 2014. A estagnação do setor industrial é a mais evidente, com uma queda de 0,8% em 2012, um crescimento mínimo de 1,3% em 2013 e previsão de 135% para o corrente ano. Na área fiscal, registra-se o saldo de R$ 2 trilhões e 830 bilhões da dívida pública bruta, atingindo 58,5% do Produto Interno Bruto (PIB) e um acréscimo de R$ 206 bilhões, nos últimos 12 meses. Na área externa, observa-se um quadro semelhante. As exportações brasileiras, que cresceram 26,8% em 2011, sofreram queda de 5,3% em 2012, zero por cento em 2013, com perspectiva de crescimento zero, também em 2014. As importações superaram as exportações em 2013 e deverão ter crescimento nulo neste ano, acentuando-se o déficit em Transações Correntes de US$ 81,4 bilhões em 2013 para uma expectativa de US$ 78 bilhões em 2014, com evidentes dificuldades de financiamento externo. Nesse contexto negativo, alguns pontos devem ser destacados, tais como: 1) A pesada carga tributária que se aproxima a 38% do PIB, uma das mais elevadas do mundo; 2) A extraordinária burocracia fiscal, que chega a representar um ônus adicional entre 3% e 10% do faturamento das empresas, apenas para administrar o pagamento dos tributos, sem mencionar os custos para a abertura ou fechamento de empresas, com destaque para as exigências ambientais e as dificuldades de localização das propriedades rurais em vários Estados. 3) As elevadas taxas de juros reais – as mais altas do mundo – que oneram e entravam o setor privado, em particular o financiamento dos créditos subsidiados dos bancos oficiais para alguns setores específicos; 4) A deficiente logística dos transportes, incluindo portos, aeroportos e o sistema rodoferroviário, que afeta significativamente a produtividade e a competitividade da produção industrial e agropecuária; 5) Os elevados encargos que pesam sobre a folha de pagamentos das empresas, além da inflexibilidade da legislação trabalhista; e 6) Os equívocos da política externa, particularmente em relação à América Latina, com destaque para as distorções que estão entravando politicamente a administração do Mercosul. A nosso ver, todo esse conjunto resulta, basicamente, da excessiva dimensão a que chegou o Estado brasileiro, com inúmeras superposições administrativas distribuídas por 39 Ministérios, 78 autarquias, inúmeros conselhos e fundações. Esse Estado leviatã, burocrático e opressivo, de baixa eficiência na gestão administrativa, representa, hoje, cerca de 40% do PIB nacional, absorvendo e comprometendo significativa parcela da poupança privada que deveria financiar os investimentos mais essenciais. O objetivo desta nota é registrar em Ata de nossa Diretoria a grande preocupação que nos aflige e a todo o sistema do comércio de bens, serviços e turismo, em relação à excessiva carga tributária e à crescente burocracia oficial, assim como aos desvios da administração pública na utilização e gestão dos recursos fiscais, que acarretam a perda de dinamismo da economia nacional e promove o agravamento das pressões inflacionárias. Entre os inúmeros reparos que podem ser feitos à gestão administrativa oficial, cabe destacar os danos causados às duas maiores empresas nacionais, a Petrobras e a Eletrobras, que estão sendo sacrificadas em sua situação financeira e patrimonial, em função da política de combate á inflação. É impressionante o fato de que, em menos de dois anos, a Petrobras perdeu 43% de seu valor patrimonial e a Eletrobras 70%, em detrimento dos acionistas minoritários. É fundamental restabelecer o sistema de preços que fornece sinais que levam à melhor alocação dos fatores de produção e reforçam a democracia. Em nome do Sistema Confederativo representado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), cabe registrar essas preocupações na esperança de que ainda haja tempo para corrigir os desvios da administração pública, a começar pela redução da excessiva carga tributária e da sufocante burocracia oficial, além do restabelecimento do clima de confiança do setor empresarial, fundado nos princípios de segurança jurídica que devem presidir a maior liberdade de funcionamento do mercado.
ASCOM-TO
Por Ana Cláudia Coelho e Nonato Paz
O
Instituto Fecomércio do Estado de Tocantins sediou o 5º Fórum de Dirigentes dos Institutos Fecomércio de Pesquisa e Desenvolvimento, realizado dias 11 e 12 de março, em Palmas (TO). O Fórum discutiu novas ações e promoveu a troca de experiências entre os Institutos Fecomércio do país, com a participação dos Estados do Acre, Alagoas, Amapá, Distrito Federal, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Paraná, Pernambuco, São Paulo, Piauí, Santa Catarina, Goiás e Tocantins. A abertura do evento foi realizada pelo empresário Hugo de Carvalho, presidente da Fecomércio Tocantins e do Instituto Fecomércio Tocantins. Ele saudou os representantes, agradeceu a presença de todos e fez um rápido comentário sobre a economia do Estado, com destaque para o Setor do Comércio. Citou que o Aeroporto de Palmas recebe diariamente 23 voos e os hotéis estão lotados.
Instituto Fecomércio do Piauí foi representado pelo assessor econômico da Fecomércio, Nonato Paz
“Que esse fórum possa trazer bons frutos para todo o Sistema porque a troca de experiência é fundamental para o sucesso”, enfatizou Hugo de Carvalho. Em seguida, a diretora Executiva do Instituto Fecomércio do Tocantins, Alexandra Bramatti, ressaltou a discussão sobre a proposta de unificação da identidade visual dos institutos. O Instituto do Piauí foi representado pelo
assessor econômico, Raimundo Nonato Paz, que falou sobre as pesquisas realizadas pelo Instituto Fecomércio de Pesquisas e Desenvolvimento do Piauí. Como convidado especial marcou presença o programador visual da Confederação Nacional do Comércio de Bens Serviços e Turismo (CNC), Marcel Vital, que discorreu sobre a marca da instituição que também foi motivo de grandes debates.
Antonio Oliveira Santos Presidente 18
Revista Fecomércio
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Sindicatos
Eventos
Projetos e ações do Sincopeças-PI para 2014
Ações do Setor Industrial são apresentadas para Imprensa
Questões trabalhistas e tributárias serão prioridade do sindicato Por Gisele Alves
O
Sindicato do Comércio de Veículos, Peças, Acessórios e Serviços para Veículos do Piauí (Sincopecas-PI), tem atuado com o propósito de reverter o atraso dos anos sem representação efetiva dos interesses da categoria junto aos órgãos públicos. A entidade surgiu em 2007 com a necessidade de uma representação forte e específica do setor automotivo no Estado. Desde então, luta diariamente pelos interesses da categoria, buscando benefícios para o setor. O presidente do Sincopeças no Piauí, Erivelton Moura, afirma que dentre as pautas prioritárias para este ano estão as questões tributárias e trabalhistas. “Estamos atuando para evitar um novo aumento da Margem de Valor Agregado (MVA), que incide sobre a substituição tributária nas operações interestaduais com autopeças, consubstanciado no Protocolo Confaz ICMS n° 62/2012. Com o aumento do MVA, os tetos para as concessionárias serão de 52,80% e 83,24% para o mercado independente”, explicou. O Sincopeças-PI tem ainda procurado con-
duzir um diálogo com a classe laboral, garantindo uma melhor segurança na participação da negociação coletiva, buscando sempre alternativas de crescimento para o mercado automotivo. De acordo com o presidente do Sincopeças-PI, ao longo dos anos a categoria tem sido massacrada por convenções coletivas pouco expressivas, com a total ausência de conotação específica ao segmento econômico. “A evolução do setor nos conduz a necessidade imperiosa de apresentar horários e dias especiais de funcionamento para serem definidos em Convenção Coletiva. Não podemos mais permitir que os sindicatos laborais existentes sejam os únicos ‘profissionais’ no que se concerne ao sindicalismo”, afirmou Erivelton Moura. O presidente acredita que, apesar das intervenções previstas para 2014, como eleições e copa do mundo, o mercado, por ser muito flexível, estará aberto a inúmeras oportunidades, já que os empresários apostam em investimentos tecnológicos para melhor atender seus clientes e aumentar cada vez mais suas vendas.
Por Marciene Cruz Fotos: Karla Nery
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Erivelton Moura, presidente do Sincopeças-PI
“Quanto à análise do mercado, os números e desafios acompanham o crescimento nacional do setor, a frota de veículos está aumentando cada vez mais, o que traz movimentação nas lojas e oficinas para a manutenção, proporcionando um crescimento econômico no nosso ramo”, concluiu Erivelton Moura.
s entidades que representam a classe industrial do Piauí, Federação das Indústrias do Estado do Piauí (Fiepi) e Associação das Indústrias do Piauí (AIP) promoveram um jantar para a imprensa no dia 20 de fevereiro com o intuito de apresentar ações desenvolvidas em prol do setor para o Estado. O encontro realizado no prédio da Fiepi reuniu também empresários, presidentes de sindicatos e autoridades políticas. Na abertura foram apresentados vídeos institucionais com ações e resultados realizados no biênio 2012/2013 pela Fiepi relativos às áreas de Educação, bem como iniciativas realizadas na promoção da qualidade de vida dos trabalhadores da classe. Em seguida, o vice-presidente da Fiepi, Félix Raposo, deu as boas-vindas aos convidados, enfatizando que o momento se torna histórico, pois evidencia o comprometimento de ambas as instituições para o desenvolvimento da indústria piauiense. O empresário Joaquim Costa, presidente da AIP, fez um panorama sobre a situação da
economia local e as perspectivas para o ano de 2014. Ressaltando a importância de investimentos em infraestrutura e pesquisa. “Precisamos ter um crescimento pelo menos de 10% ao ano para que a nossa economia comece a se tornar competitiva com relação ao resto do país, pois ainda temos a incomoda posição de ser a menor renda per capita do Brasil. Devemos inovar sempre, nos mobilizar para cobrar ações, reivindicar, por isso estamos aqui hoje, unidos para mostrar ações efetivas que promovam o nosso desenvolvimento. Temos uma das mais altas cargas tributárias e elevados gastos com insumos que precisam ser combatidos para reativar o setor”, ressaltou o presidente. Em seu discurso, Joaquim Costa falou ainda sobre a construção da ferrovia Transnordestina, a precariedade do Distrito Industrial do Piauí, incentivos fiscais e modernização da Indústria, apontando soluções através de um documento que visa fortalecer a categoria a fim de garantir emprego e geração renda.
Sincopeças-PI lança novo site com nova identidade visual O site do Sincopeças-PI iniciou o ano com nova identidade visual. Seguindo os padrões da nova marca da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que traduz o sentido de unidade do Sistema Comércio, tornando o site leve e de fácil navegação. O novo layout proporciona aos usuários uma navegação simples, evitando que percam tempo com muitas informações soltas e espalhadas. Através do site, o empresário poderá baixar convenções coletivas; saber todas as informações acerca das contribuições; se informar com notícias sobre o setor; se cadastrar para receber newsletter; se informar sobre os eventos do sindicato e de parceiros; emitir guias de contribuição; entrar em contato direto com a diretoria para tirar dúvidas; se informar sobre links úteis para o setor. O Sincopeças também tem uma página no Facebook, garantindo mais interativida20
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de com os empresários, que terão outro canal de comunicação com a entidade e maior aproximação com o setor. No site e na página do sindicato no Facebook serão publicadas informações sobre o segmento.
Acesse o site: www.sincopecas-pi.com. br e a página do sindicato no Facebook através do link www.facebook.com/sincopecas. pi e fique por dentro de todas as novidades do Sincopeças. Março / Abril 2014
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Especial
Inaplicabilidade das normas coletivas firmadas sem o Sindicato do Empregador Erivelton Moura Advogado / Empresário Especialista em Direito Público Presidente do Sincopeças-PI Membro da CNC/CBCPAVE eriveltonmoura@hotmail.com
No que tange as Convenções Coletivas, o mesmo tribunal não aceitou o apelo sob a “hipótese em que inaplicáveis as normas coletivas juntadas pelo reclamante, uma vez que a reclamada, não tendo vínculo social básico com o sindicato representativo da categoria econômica da empregadora, portanto participado daquele processo negocial, o apelo não será provido.”
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abe-se que as entidades sindicais laborais em sua maioria se organizam e trabalham fortemente para colocar na pauta das negociações coletivas demandas que muitas vezes são incompatíveis com a realidade em que vivemos. Conforme definição do art. 611 da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), a convenção coletiva, é o acordo de caráter normativo, pelo qual dois ou mais sindicatos representativos de categorias econômicas e profissionais estipulam condições de trabalho aplicáveis, no âmbito das respectivas representações, às relações individuais de trabalho. Uma das atribuições do sindicato patronal é analisar essas demandas e, por meio de um estudo baseado em argumentos factíveis e de muitas conversas e discussões propositivas, apresentar na mesa de negociação acordos que sejam, sobretudo, coerentes. Passamos agora ao enfrentamento do ponto nevrálgico da questão posta no presente artigo, que é a inaplicabilidade das normas coletivas firmadas sem a participação do sindicato representativo da categoria econômica do empregador. A regra geral, no ordenamento jurídico pátrio, é de que a categoria profissional dos empregados está diretamente vinculada à atividade econômica preponderante da empresa, conforme parágrafo 2º do artigo 511 da CLT, com exceção das categorias econômicas diferenciadas que são devidamente regulamentadas por lei. O enquadramento sindical é definido na Consolidação das Leis Trabalhistas, ordenando as categorias econômicas (empresas) e profissionais (empregados), observado o Quadro de Atividades e Profissões a que se refere o art. 577 da CLT, no qual as atividades estão distribuídas por diversos grupos. Conforme entendimento firmado pelo Tribunal Superior do Trabalho, o enquadramento sindical deve ser observado para a correta composição da negociação coletiva, dissídios coletivos e ações pertinentes pelo descumprimento dos mesmos. Vejamos
como está escrito: “Não há falar em conflito coletivo autêntico e especificamente caracterizado, para cuja solução seja necessária a interferência do poder Judiciário, na atual ordem jurídica, sem que haja correspondência entre os segmentos profissional e econômico envolvidos, sob o prisma da atividade desenvolvida por cada qual. Processo que se extingue, sem julgamento do mérito”. Sobre o assunto, existe inclusive orientação Jurisprudencial da Seção de Dissídios Coletivos (SDC) do Tribunal Superior do Trabalho que diz que é necessário haver correspondência das atividades profissional e econômica envolvidas no conflito para que haja legitimidade ad causam do sindicato. No mesmo sentido, têm-se os seguintes julgados oriundos do Tribunal Regional do Trabalho da 4º Região, que dizem respeito ao Enquadramento Sindical dos Empregados, a atividade preponderante da empregadora e as Convenções Coletivas. No primeiro caso, o Tribunal entende que de acordo com o artigo 511 da CLT, “se nem a reclamada, nem a entidade sindical representativa da sua categoria econômica, participou da negociação coletiva que deu origem às normas coletivas cuja observância pretende o reclamante, a empresa ré não pode ser compelida ao cumprimento das suas disposições”. No que tange as Convenções Coletivas, o mesmo tribunal não aceitou o apelo sob a “hipótese em que inaplicáveis as normas coletivas juntadas pelo reclamante, uma vez que a reclamada, não tendo vínculo social básico com o sindicato representativo da categoria econômica da empregadora, portanto participado daquele processo negocial, o apelo não será provido”. Diante de todo o exposto, não tendo o sindicato representativo da categoria econômica da empresa participado da negociação coletiva, não se reconhece a sua aplicação ao empregado, não sendo aplicável a empresa, a norma coletiva firmada sem a participação do sindicato patronal representativo da mesma.
Empresas na rede Não dá mais para ficar fora dessa Por Nahiane Gomes
C
omo encontro sua empresa no Facebook? E no Instagram? Qual o site da sua loja? Você tem e-mail corporativo? Me envia um WhatsApp! Diante dessas situações, você puxa do bolso apenas o seu cartão de visita com o número do telefone, o e-mail pessoal e o endereço local da sua empresa? Muita atenção nessa hora! É por essas e outras que seu concorrente já deve ter fisgado muitos dos seus clientes para a rede dele! E você vai fazer o quê? No ritmo acelerado de evolução das inovações tecnológicas no meio corporativo, para sucesso nos negócios, mais do que “trabalhar a marca” das empresas, os empresários devem estar atentos às novas ferramentas para se posicionar no mercado. Nesse caso, entender sobre redes sociais, saber escolher quais as mais indicadas para seu negócio, investir no gerenciamento de conteúdo online e analisar até que ponto os resultados são satisfatórios, pode fazer uma grande ou total diferença. Sites, fanpages, criação de e-mails corporativos, canais no YouTube, envio de e-mails marketing e um bate-papo pelo WhatsApp. Todas essas opções são formas de entrada da
Dino Alves
Normas sindicais
sua empresa na rede e de trazer seus clientes para dentro dela. São espaços também de reuniões e negociações que se abrem bem mais viáveis pelo baixo ou nenhum custo, dependendo da sua opção, e que de quebra ainda
ajudam a dar visibilidade. Isso é prova de que está havendo uma mudança na cultura empresarial. Agora, os clientes vão até você sem sair de casa. Mas pra isso, a sua empresa precisa estar na rede.
As vantagens de se ter uma fanpage O Brasil é o segundo país com mais usuários que entram diariamente no facebook, perdendo apenas para os Estados Unidos. Segundo a entrevista concedida ao G1.com pelo diretor-geral do Facebook no Brasil, Leonardo Tristão, são 76 milhões de usuários ao todo no país, sendo 44 milhões de usuários por tablets e smartphones. Hoje, por causa da sua visibilidade e acesso, o facebook pode entrar no planejamento estratégico global das empresas. Para tanto, é preciso saber como promover seus produtos e serviços junto aos clientes conectados. Se utilizar e-mail pessoal como contato para sua empresa é questão ultrapassada, o uso de um perfil (ideal para pessoas físicas) no Facebook, para fins comerciais, chega
a ser arriscado em termos de perda de arquivos, pois, quando os administradores do Facebook se atentam para isso, automaticamente seu perfil com todas as publicações, fotos e tudo que o envolve nesse espaço é excluído. No caso de empresas e instituições, o ideal é optar em criar uma fanpage. Focada em redes sociais e trabalhando há três anos nessa área, Jacqueline do Valle, gerente da Premere Assessoria e Comunicação Empresarial, enfatiza que o facebook mais do que qualquer outra rede social virou uma nova lista telefônica. “O cliente hoje quer ter uma visão antecipada da empresa utilizando o facebook, como se pudesse entrar na loja antes de sair de casa e muitas vezes até compra por ele”, disse a gerente.
Segundo Jacqueline, outra grande vantagem da criação de uma fanpage, ou da conversão de um perfil em uma página, é o respeito e a conquista de uma imagem mais profissional, adquiridos com esse empreendimento. A empresa, constando como “amiga” em um perfil qualquer nessa rede social, é vista com olhares desinibidos dos clientes que se sentem no direito de ditar o que ela deve postar ou até de fazer comentários pejorativos nas fotos e isso pode gerar uma crise de imagem para a empresa. “Uma rede social se for bem administrada, se tiver um conteúdo pensado para aquela rede, terá um alcance e uma repercussão maior do que um outdoor ou uma mídia na TV. Hoje em dia, a rede social é o que há!”, afirma a gerente. Março / Abril 2014
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Especial Dicas para quem tem fanpage:
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Não faça marcações nas postagens. Isso irrita os clientes que receberão notificação a cada curtida do post em que 50 pessoas ou mais foram marcadas;
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Não sature o cliente com fotos de produtos e serviços. Ao invés disso, é melhor postar algo para cumprimentá-lo;
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Analise os melhores horários para a visualização das postagens de acordo com o perfil do seu público-alvo;
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Crie um padrão de postagem que ajude a fixar a identidade visual da marca. Isso implica em ter um ícone, símbolo ou logomarca
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Crie um padrão de postagem que ajude a fixar a identidade visual da marca. Isso implica em ter um ícone, símbolo ou logomarca que remeta seu cliente instantaneamente à sua empresa;
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Não foque na quantidade de postagens e sim na qualidade;
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Invista numa boa administração da página. Se sentir necessidade, procure ajuda de empresas e profissionais especializados em redes sociais.
Jacqueline do Valle, gerente da Premere Assessoria e Comunicação Empresarial fala sobre o uso das redes sociais
Empresas que administram redes sociais, geralmente são procuradas para diagnosticar erros e problemas, diante disso traçam um planejamento estratégico para atingir o público alvo daquelas que as contratou. Esse planejamento é baseado em perguntas como: Quem eu quero “atingir”? O que eu posso fazer para “atingir”? Que conteúdos interessam ao meu público? O que essas pessoas estão buscando nas redes sociais? Quem são meus concorrentes? Foi pensando nisso que Isabela Rufino e Anne Edla, proprietárias do Ateliê Mandingas de Moça, buscaram os serviços de
uma empresa especializada para fazer o gerenciamento da fanpage do ateliê. Elas cometiam muitos erros e o investimento nas redes levou a resultados que chamaram a atenção das empresárias. “Não tínhamos hora para postar, nem organização das informações o que poluía visualmente a página e não prendia a atenção do cliente a cada post. Hoje, nossa fanpage é organizada, tem padrão visual, aumentou o número de curtidas, aumentou nossa credibilidade e nosso número de clientes não só no Piauí, mas em outros Estados”, declarou Isabela Rufino.
Os resultados de uma fanpage melhor gerenciada vão além do padrão visual
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E-mail corporativo e e-mail marketing não são iguais Além do facebook, outros investimentos para ingresso na rede e que impactam muito pouco no orçamento das empresas, trazendo notórios resultados, são a criação de sites e de e-mails corporativos e e-mails marketing. Nos sites, há uma total liberdade para divulgação da história da empresa, bem como dos produtos e serviços e até a própria efetivação da venda. Empresas que se apresentam como inovadoras, na fase de conquista dos clientes, devem pensar em abandonar o “velho” e-mail pessoal e aderir ao e-mail corporativo e ao envio de e-mails marketing para seus clientes em substituição das malas-diretas. De acordo com Franzé Chaves, sócio-diretor da Log Call Center, uma empresa ao criar e-mail corporativo demonstra preocupação em adquirir credibilidade por assumir profissionalismo nos negócios. “Quando você recebe um e-mail corporativo é diferente. Você já vê que o empresário está separando o pessoal do profissional. Isso passa mais credibilidade.” O diretor também chama atenção para a política de uso do e-mail corporativo e alerta: “Só se deve usar e-mail corporativo para trabalho. Ele é de uso restrito empresarial, não se deve usá-lo para enviar correntes de orações, muito menos fotos pessoais. Isso tem que ser item de avaliação de desempenho dos colaboradores, dentro de uma cultura empresarial que deve existir”. Diferente do e-mail corporativo, o e-mail marketing é uma mensagem mais trabalhada para ter um impacto maior junto aos clientes, em geral para divulgação de um evento, produto, serviço ou um informativo. Para Ana Karina Sousa, consultora do Sebrae, as vantagens do e-mail marketing vão desde seu custo-benefício à sua praticidade. Segundo ela, para alguns negócios, essa ferramenta é mais interessante, mais rápida e mais lucrativa e mesmo que você não consiga vender, você divulga a imagem da empresa, solidifica a marca, passa a ter uma propaganda mais efetiva com menor valor investido. “Quanto mais você conhece o perfil do seu cliente, mais você vai acertar e construir algo com a cara dele. Isso diz respeito, por exemplo, a saber o que ele gosta de ler, de que forma ele gosta que essas informações cheguem até ele, se é um cliente conservador ou moderno”, recomenda a consultora.
Franzé Chaves, sócio-diretor da Log Call Center, falou sobre a importância das empresas terem e-mail corporativo
A consultora do Sebrae Ana Karina Matos enfatizou as vantagens do e-mail marketing Março / Abril 2014
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Especial
Ao criar um e-mail corporativo:
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• Escolha um servidor estável; • Adquira um AntiSpam de qualidade; • Ao registrar o domínio, se sua empresa for www.suaempresa.com. br; opte pelo e-mail corporativo seunome@suaempresa.com.br. Nesse caso, dê preferências para endereços com final “.com.br” para demonstrar que o endereço é brasileiro. Você pagará para registrar seu domínio/url R$30,00 por ano, diretamente a empresa www.registro.br, empresa responsável pelos endereços no Brasil. • Crie e-mails corporativos para seus funcionários de acordo com a função ou cargos, nunca usando o nome deles, por exemplo, financeiro@suaempresa.com.br, pois, futuramente, eles podem se desligar da empresa e inviabilizar o uso do e-mail por outro que o substituir. Fazendo assim, você muda apenas a senha e o novo funcionário terá todos os contatos do antecessor; • Crie um e-mail principal de uso da gerência ou diretoria, o qual você usará para a divulgação da empresa; • Crie um rodapé para seu e-mail, por exemplo: Atenciosamente; Seu nome e dados como cargo, telefone, endereço do site, logomarca da empresa. Isso ajuda quem está recebendo o e-mail a identificar informações para quem se dirigir quando for retornar o contato, se for o caso.
Para um e-mail marketing de resultado • Nunca fazer propaganda enganosa; • Ter alguém para responder os clientes; • Atentar para a estética, criar uma arte sabendo trabalhar cores, fontes, informação e imagem de forma objetiva, clara. • Em e-mail marketing não se deve jogar muita informação. É mais interessante criar
uma arte com texto do que somente texto; • Fazer uma seleção de público ao enviar; • Cuidado com o tamanho do arquivo. Eles precisam ser leves para um download rápido quando o cliente receber, caso contrário, eles desistem de abri-lo muito rápido também.
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Envie um WhatsApp para o seu cliente Na realidade, entender toda a cultura das redes sociais é pré-requisito valioso do empreendedorismo contemporâneo imprimindo um novo ritmo aos negócios. O WhatsApp, por exemplo, aplicativo de bate-papo, possui em suas configurações a Lista de Transmissão. Com ela, você cria uma lista a partir dos contatos que você tem arquivados no seu celular e pode enviar uma mensagem, ou um vídeo e ima-
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gem para todos os seus contatos selecionados em questão de segundos, ao invés de mandar de um por um ou somente para um grupo. Não dá pra ficar fora disso tudo! Quem ainda não tem um endereço fixo nesse espaço virtual, está mais do que na hora de procurar um lugar ao sol nesse mar de oportunidades, onde curiosamente não basta só jogar a rede, tem que se jogar nela!
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Rua Des. Freiras, 1056, (Praça do Liceu) Centro (86) 30841993 Março / Abril 2014
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Pesquisa aponta perfil do comprador teresinense na internet Dados sobre o consumo online podem ajudar empresário que pretende investir no setor Fonte: Instituto Amostragem Por Samanta Petersen Fotos: Carlos Pacheco
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ma pesquisa inédita traz dados sobre o hábito de comprar pela internet do consumidor de Teresina. Dos 300 entrevistados, 49,67% declararam ter o hábito de adquirir produtos de forma online. O consumo pela internet é maior entre as pessoas do sexo masculino, 59,33% dos homens e 40% das mulheres da capital afirmaram fazer esse tipo de compra. A pesquisa foi realizada pelo Instituto Amostragem em parceria com a Revista Fecomércio, entre os dias 1º e 7 de março com 150 pessoas do sexo feminino e 150 do masculino, residentes em Teresina, com 18 anos ou mais e hábito de acessar a internet. As entrevistas foram realizadas em pontos de grande fluxo de pessoas na capital, como praças e shoppings no Centro, Zonas Norte, Sul, Leste e Sudeste. A pesquisa ainda apontou que não são apenas os jovens que fazem compras online, mais de 47% dos entrevistados em todas as categorias de faixa etária, com exceção das pessoas com 60 anos ou mais, declararam que usam a internet para adquirir produtos. Entre 18 e 24 anos, o percentual foi maior, 50,85%; seguido pelos consumidores entre 25 e 34 anos (49,59%), 35 a 44 anos (48,78%) e 45 a 59 anos (47,06%). Quando dividimos os entrevistados por classe econômica, todas apresentam um percentual acima de 30,99% dentre as pessoas que fazem compras pela internet, sendo a maioria das classes A e B. Para o presidente do Instituto Amostragem, o estatístico João Batista Teles, essa iniciativa é o primeiro passo para que o comércio de vendas online tenha conhecimentos baseados em pesquisas para tomada de decisão dos empresários da capital, já que as informações traçam o perfil das pessoas que consomem pela internet e de seus hábitos de compra. “Com esses dados, o empresário vai ter ideia do perfil do consumidor teresinense,
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Estatístico analisou hábitos das pessoas ao comprar pela internet Tabela 1 Instituto Piauiense de Opinião Pública Ltda. - AMOSTRAGEM. Hábito de Comprar na Internet por sexo, faixa etária, classe econômica. Teresina (PI), 1 a 7 de março de 2014. HÁBITO COMPRAR NA INTERNET
SEXO FAIXA ETÁRIA
Não
%
%
Total %
Masculino
59,33
40,67
100,00
Feminino
40,00
60,00
100,00
18 a 24
50,85
49,15
100,00
25 a 34
49,59
50,41
100,00
35 a 44
48,78
51,22
100,00
45 a 59
47,06
52,94
100,00
,00
100,00
100,00
A1
100,00
,00
100,00
A2
90,00
10,00
100,00
B1
69,23
30,77
100,00
B2
55,13
44,87
100,00
C1
44,90
55,10
100,00
C2
30,99
69,01
100,00
49,67
50,33
100,00
60 e + CLASSE ECONÔMICA
Sim
Total Fonte: Pesquisa Direta. Pergunta: O(a) Sr(a) já fez compra na internet pelo menos uma vez?
qual meio de pagamento ele utiliza, que tipo de compra faz e o grau de satisfação sobre a compra que ele realizou. Tem uma série de informações que vão ajudar o empresário a fazer um planejamento e tomar decisões de qual a melhor forma para investir na venda via internet”, analisa.
Mesmo com um grande número de consumidores realizando compras online, há ainda um percentual elevado de pessoas que receiam adquirir produtos e serviços pela internet. Do total de entrevistados pela pesquisa, 46,36% revelaram não confiar ou ter medo de fazer compras pela internet, os outros
dois motivos mais apontados foram: nunca se interessou/não tem vontade (19,21%) e medo de passar os dados pessoais/clonagem (10,60%). Os mais desconfiados são as pessoas entre 25 e 34 anos: 56,45% dos entrevistados nesta faixa etária declararam não confiar neste tipo de compra. Os entrevistados entre 35 e 44 são o segundo grupo que mais tem receio e são os que mais desconfiam da segurança das compras online (14,29%). Quando questionados sobre qual produto foi adquirido pela internet em sua última compra, os mais citados pelos consumidores piauienses foram: celulares e smartphones (24,83%), tênis, sapatos e outros calçados (12,08%), livros (8,72%), notebooks (5,37%) e roupas (4,70%). Tanto entre as mulheres quanto entre os homens, celulares e smartphones foram os produtos mais comprados. Além deles, os homens compraram mais (em ordem de preferência): tênis, sapatos e outros calçados, livros, notebooks, eletrônicos, camisas de times e roupas. As mulheres deram preferência a cosméticos, perfumes, TVs, mochilas/malas, computadores, notebooks, roupas e tênis, sapatos e outros calçados. Quando analisamos os últimos produtos adquiridos pela internet por classe econômica, mais uma vez os celulares e smartphones foram a preferência. Os livros tiveram destaque em todas as classes sociais, sendo o terceiro produto mais adquirido, e mais comprado pela classe C do que pela A; 10,4% dos entrevistados da classe C afirmaram que sua última compra foi um livro, contra 7,9% da A. “Esses dados mostram a ascensão da classe C, que está aumentando seu poder aquisitivo e comprando produtos que antes eram mais direcionados para uma classe de poder aquisitivo maior”, explica João Batista. As pessoas da classe A consumiram ainda mais câmeras digitais, mochilas/malas e eletrônicos. Os consumidores da classe B optaram por tênis, sapatos e outros calçados, roupas, livros e notebooks e os da classe C deram preferência a perfumes, livros, máquinas de lavar, roupas, camisas de time, eletrônicos e computadores. Os celulares e smartphones são mesmo o objeto de desejo entre os consumidores online. Questionados sobre quais produtos comprariam hoje, 25,33% iriam adquirir esse tipo de produto. As outras opções mais apontadas foram: eletrônicos (13,67%), roupas (8%) e livros (7%) A forma de pagamento mais utilizada
Gráfico 5 - Instituto Piauiense de Opinião Pública Ltda. - AMOSTRAGEM. Produto Adquirido Pela Internet. Teresina (PI), 1 a 7 de março de 2014. Celular/ smartphone
24,83 12,08
Tênis/ sapato/ calçados Livros
8,72 5,37
Notebook Roupas
4,7 4,03
Mochila/ malas TV
4,03
Eletrônicos
3,36
Perfume
3,36 3,36
Câmara digital Computador
2,68
Cosméticos
2,68
Camisa de time
2,68 2,01
DVD Outros
24,79 0,67
Não sabe/ não opina 0
5
10
15
20
25
30
% Fonte: Pesquisa Direta. ## Resposta múltipla, soma mais 100%. ## (P/ Quem tem hábito de comprar na internet).
Gráfico 3 - Instituto Piauiense de Opinião Pública Ltda. - AMOSTRAGEM. Produto Que Compraria Pela Internet (Hoje). Teresina (PI), 1 a 7 de março de 2014. Celular/ smartphone
25,33
Eletrônicos
13,67
Roupas
8
Livros
7
TV
5
Tênis/ sapatos/ calçados
5
Eledrodomésticos
4,33
Tablet
3 2,67
Notebook Cosméticos
2,33
Computador
2
Material de Informática
2 22,92
Outros Nenhum
4,67 5,33
Não sabe/ não opina 0
5
10
15
20
25
30
% Fonte: Pesquisa Direta. ## Resposta múltipla, soma mais 100%.
pelos consumidores de ambos os sexos é o cartão de crédito parcelado (53,02%). O segundo meio mais comum para efetuar as compras online é à vista por boleto bancário (28,86%), cartão de crédito em única parcela (14,09%) e à vista por transferência bancária (4,03%). A preferência da forma de pagamento também permanece a mesma quando analisamos os entrevistados por classe econômica e por faixa etária. Dos entrevistados pela pesquisa,
65,10% declararam terem ficado satisfeitos com a qualidade do produto adquirido em sua última compra online, 24,16% ficaram muito satisfeitos. A porcentagem de entrevistados que afirmaram não ter ficado nem satisfeito, nem insatisfeitos e também insatisfeitos, foi a mesma (4,03%). Os que alegaram terem ficando muito insatisfeitos com a qualidade do produto foram minoria, apenas 0,67%, e os que não sabem ou não opinaram, 2,01%. Março / Abril 2014
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Comércio eletrônico brasileiro faturou mais de R$ 28 bilhões em 2013 Em 2013, os brasileiros gastaram no comércio eletrônico R$ 28,8 bilhões, representando um crescimento nominal de 28% em relação a 2012, quando o faturamento chegou a R$ 22,5 bilhões. Mesmo com a inflação e a desaceleração da economia, os valores foram superiores a expectativa do setor, que indicava um crescimento nominal de 25%. Entretanto, o Tíquete Médio (TM) teve leve queda de -4,4% e ficou em R$ 327,00 refletindo o cenário econômico. Apenas no ano passado, 9,1 milhões de pessoas fizeram a sua primeira compra online. Com isso, o número total de consumidores que já realizaram ao menos um pedido via internet chegou a 51,3 milhões. Em con-
trapartida, 8 milhões destes consumidores não utilizaram o comércio eletrônico em 2013 e o número de compradores ativos ficou em 43,2 milhões. Cada um fez, em média, duas compras e o número de pedidos feitos via internet chegou a 88,3 milhões. Os dados são da pesquisa WebShoppers da empresa E-bit, especializada em informações do comércio eletrônico. A pesquisa ainda apontou que as categorias de produtos mais vendidos em 2013 foram: “Moda & Acessórios”, “Cosméticos e Perfumaria/Cuidados Pessoais/Saúde” e “Eletrodomésticos”. Os dados mostram também que tem crescido o número de pessoas
que utilizam os dispositivos móveis para realizar compras pela internet. Em janeiro, as transações correspondiam a 2,5% de todas as vendas online. Em dezembro, esse número era praticamente o dobro: 4,8%. Para 2014, a empresa prevê um crescimento nominal do setor de 20%, fechando com um faturamento de R$ 34,6 bilhões. De acordo com a E-Bit, essa leve redução no crescimento se deve a economia e também ao calendário, já que neste ano o Carnaval foi tardio, a quantidade de feriados prolongados é maior e o Brasil ainda tem pela frente uma Copa do Mundo e eleições no segundo semestre.
Gráfico 9 - Instituto Piauiense de Opinião Pública Ltda. - AMOSTRAGEM. Tipo de Problema Ocorrido Ao Comprar Pela Internet. Teresina (PI), 1 a 7 de março de 2014.
Consumidores apontam problemas das compras online A pesquisa realizada pelo Instituto Amostragem mostrou que 22,82% das pessoas entrevistadas que compraram pela internet tiveram problemas. Os mais apontados foram: entrega fora do prazo/demora (41,18%), produto recebido diferente do anunciado/errado (20,59%), não entregaram o produto/ não recebeu (17,65%) e produto com defeito (14,71%).
Entrega fora do prazo/ demora
41,18
Produto rebebido diferente do anunciado/ errado
20,59
Não entregaram o produto/ não recebeu
17,65
Prodtuto com defeito
14,71
CEP errado
2,94
Comprou um produto e a empresa faliu/ fechou
2,94
Valor cobrado diferente do anunciado
2,94
Produto extraviado
2,94
Não sabe/ não opina
5,88 0
5
10
15
20
25
30
% Fonte: Pesquisa Direta. ## Resposta múltipla, soma mais 100%. # # (P/ quem tem hábito de comprar na internet).
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Para evitar dor de cabeça o consumidor deve seguir orientações 1- Confirme se o site no qual você pretende comprar possui endereço físico, telefone e CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas); 2- Pesquise sobre a qualidade e a reputação da loja no Google, na fanpage da loja no Facebook e em fóruns de discussão. Uma boa dica é o site Reclame Aqui, onde você pode verificar quais reclamações há contra determinada loja online e se a empresa fornece retorno satisfatório para as queixas. No site Buscapé você encontra ainda uma avaliação do nível de confiança das lojas virtuais. O consumidor virtual também pode checar no Procon se existem reclamações contra o site em que ele pretende comprar. 3- Compare preços em diversos sites e não compre se o valor estiver muito abaixo da concorrência; 4- Na hora de efetuar a compra com o cartão de crédito, é importante que o site possua um ambiente seguro. Para confirmar, verifique se há o símbolo de um cadeado no canto direito superior da janela do navegador ou na barra de endereços, dependendo do navegador que você utiliza; 5- Evite efetuar compras de computadores de terceiros ou de acesso público como lan houses, bibliotecas ou faculdades, por exemplo. Eles podem ter programas e/ou vírus que capturam seus dados e informações bancárias; 6- Após efetuar a compra, você deve receber por e-mail um comprovante, no qual geralmente consta o número do pedido,
descrição dos itens comprados e prazo de entrega; 7- No comércio virtual, que inclui compras por telefone ou catálogo – depois da entrega, o consumidor tem o direito de arrependimento de até sete dias úteis a partir do recebimento do produto ou assinatura do contrato. No caso de desistência, é preciso entrar em contato com o fornecedor e formalizar o pedido de cancelamento e devolução. Importante: o fornecedor não pode exigir que a embalagem do produto não tenha sido aberta; 8- Guarde os comprovantes de compra e exija nota fiscal quando receber o produto. Se tiver algum problema, o primeiro passo é procurar a empresa fornecedora. Caso a solução não seja encontrada, o
segundo passo é procurar os órgãos de defesa do consumidor; 9- Para compras internacionais, deve-se verificar alguns detalhes como as medidas e os pesos máximos admitidos para produtos comprados em sites estrangeiros. Livros, jornais e periódicos em papel, não são tributados, assim como produtos enviados de pessoa física para pessoa física com valor aduaneiro (soma do custo da mercadoria, do frete e do seguro) inferior a US$ 100 também não pagam impostos. No site dos Correios há uma cartilha que orienta sobre compras internacionais; 10- E sempre mantenha atualizados o sistema operacional e o antivírus do seu computador, notebook e smartphone.
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Mercado local investe em lojas virtuais
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Empresária investiu na divulgação dos produtos pelas redes sociais
Rodrigo Lima diz que consumidor pode otimizar tempo com as compras online
Jovem empresário Herlon da Costa decidiu apostar nas vendas pela internet
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caminho inverso ao de muitas empresas foi o que tomou a empresária Débora Prado. Enquanto muitos empresários tentam se adaptar ao mundo das vendas virtuais, Débora deu início aos seus negócios tendo como principal ferramenta de divulgação as redes sociais. Em agosto de 2012, com problemas familiares, Débora Prado precisava aumentar sua renda e viu um nicho de mercado pouco explorado no Estado. E começou a investir na venda de camisetas femininas em seu perfil pessoal no Facebook. “Quando eu comecei, as camisetas estavam explodindo no mundo da moda. Eu já usava e todo mundo queria saber onde eu comprava, então pensei em começar a revender pelas redes sociais, o que quase ninguém fazia. Inicialmente, eu trabalhava somente com vendas sob encomenda e todo o lucro eu reinvestia em novas peças, até que comecei a ter estoque”, explica. Em dois meses, a empresária já tinha criado a marca LolitaStore com fanpage, perfil no Instagram e site. E os pedidos começaram a chegar de todos os cantos do país. “Hoje, Sul e Sudeste são meus principais clientes pela Web, principalmente São Paulo e Paraná”, destaca Débora. Em dezembro do ano passado, a marca ganhou uma loja física. Para a empresária, o sucesso da sua loja se deve a forma como ela soube explorar a internet. “Hoje, quem está fora das redes sociais vai estar atrasado, não importa o seu segmento de mercado. As pessoas querem otimizar seu tempo e a internet serve de vitrine para o seu negócio”. Pensando na economia de tempo para seus clientes, os empresários Rodrigo Lima e Lucas Veras desenvolveram, há quatro anos, o CompreOSeu, um site para intermediar as vendas de ingressos para shows e festas, bem como para inscrições em congressos e cursos. Pioneiro no Piauí, o site atende eventos realizados localmente e também em outros estados brasileiros como: Rio Grande do Norte, Recife, São Paulo, Ceará e Maranhão. “Para quem quer comprar pelo site, as vantagens são a otimização do tempo, a facilidade e a segurança. Para o produtor do evento, há um controle maior sobre as vendas, além de não haver taxa de adesão ou outros custos. Já que ele nos paga de acordo com o que for vendido no site”, analisa Rodrigo Lima.
O administrador com MBA em Logística, Herlon da Costa, é outro jovem empresário que está investindo nas vendas pela internet. Criador do shopping online Bateperna.com, com diversas lojas e até praça de alimentação, ele explica que no site, as lojas vão disponibilizar seus produtos para venda e vai haver livre concorrência já que nenhum setor terá exclusividade. “As pessoas vão encontrar tudo em um único local e poder adquirir produtos e também alimentos com a vantagem de comprar e receber sem sair de casa, 24 horas por dia”. Outro diferencial do site é a transparência com número de produtos vendidos, quantas lojas existem no site, número de acessos e pessoas cadastradas. “Esse é um dos pontos para conseguir conquistar a confiança dos nossos parceiros e clientes”, afirma Herlon. Segundo o empresário, o negócio começará a funcionar efetivamente em abril. As lojas que se interessarem vão poder participar pagando hospedagem ou em um segundo tipo de pacote repassando uma porcentagem sobre o valor das vendas online.
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Símbolo da transformação social Há 12 anos a frente do Sesc, Valdeci Cavalcante faz um balanço das principais realizações Por Ana Cláudia Coelho Fotos: Ascom Sesc/PI
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s serviços do Sesc são reconhecidos em todo o país pela qualidade, compromisso em bem servir e a pela transformação social. No Piauí, não é diferente: a marca Sesc conquistou a credibilidade dos piauienses, sendo uma referência na assistência social. Há 12 anos, o empreendedor Valdeci Cavalcante, iniciava o maior e mais ousado projeto de modernização e descentralização das atividades do Sesc em todo o Estado. O que antes era restrito a Teresina e às cidades de Parnaíba e Floriano passou a atender comunidades no extremo Sul do Piauí, na região Meio Norte e na região Sul. A expansão dos programas e projetos do Sesc proporcionam atendimento odontológico a diversos municípios por meio de duas carretas do OdontoSesc. O programa Mesa Brasil Sesc possui sedes em Teresina, Parnaíba e Picos, mas beneficia mais de 130 instituições sociais, em 11 municípios. Os centros educacionais do projeto Sesc Ler levaram não apenas educação, mas uma nova visão às comunidades, proporcionando o acesso a cursos de capacitação e empreendedorismo que ajudaram a melhorar a renda das famílias. Em Teresina, a partir de 2004, todos os centros de atividades do Sesc passaram pela maior reforma estrutural desde sua criação, há 67 anos. Os prédios ganharam melhor mobilidade e equipamentos de última geração. Em 2005, foi inaugurada a reforma, ampliação e modernização do Sesc Centro de Atividades “Lourival Nery”, conhecido como “Sesc Ilhotas”. A unidade integra o Centro Educacional de Teresina “José Alves”, o Ginásio de Esportes “Jesus Tajra” e o Parque Aquático com piscinas adulto e infantil. No ano seguinte, foram inauguradas as novas instalações do Sesc Centro de Atividades “José Elias Tajra” – (Sesc Centro), em Teresina, onde fica o Restaurante do Sesc, a Clínica Odontológica e o Pré-vestibular do Sesc, que em sete anos, conseguiu aprovar mais de 3 mil alunos para diversos cursos universitários, dentre eles: Direito, Medicina, Ciências Contábeis, Odontologia e Engenharia Civil. 34
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Sesc Ler, presente em cinco cidades do Piauí
12 anos de administração de Valdeci Cavalcante
Entre 2006 e 2009, foram inaugurados novos centros educacionais do projeto Sesc Ler, nas cidades de São Raimundo Nonato e Piripiri. No litoral, o Sesc Praia passa a contar com o Complexo Turístico “Valdeci Cavalcante” – espaço para grandes eventos a beira-mar, com estrutura de palco, som, bar com barracas à beira-mar. Ainda em 2009, foram inauguradas as novas instalações do Sesc “Virgílio Neris Machado” (Sesc Avenida), em Parnaíba. Esse espaço ganhou uma Galeria de Artes, Sala de Música e teve o seu Teatro totalmente reformado e equipado com iluminação especial. O Teatro recebeu a denominação “Antônio Oliveira Santos” - uma justa homenagem ao presidente da Confederação Nacional do Comércio (CNC). No ano seguinte, é inaugurada a nova sede do Programa Mesa Brasil Sesc em Parnaíba, que recebeu o nome de “Teresinha Correia”, em homenagem à senhora do vice-
-presidente da Fecomércio Piauí, Vicente Correia. A nova sede da Administração Regional do Sesc foi inaugurada em janeiro de 2010 – um suntuoso prédio de quatro andares – edifício “Agostinho Pinto” - que abriga as sedes e setores administrativos da Fecomércio Piauí, do Sesc e do Senac no Estado. O ano de 2013 foi marcado por novas inaugurações no Sesc. Em julho, foram entregues as obras de ampliação do Centro de Turismo e Lazer “Lucimar Veiga” – Sesc Praia, em Luís Correia, e em dezembro, o novo Sesc Beira-Rio, que passou a ser denominado Sesc Centro de Atividades “Ranulpho Torres Raposo”. O Centro é referência em grandes eventos na cidade de Parnaíba.
A cidade de Guaribas foi a primeira a receber um moderno Centro Educacional do projeto Sesc Ler, em dezembro 2004. O prédio é considerado uma das maiores obras arquitetônicas do município – que em 2003 ficou conhecido nacionalmente por apresentar o menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do país. No mesmo ano, a cidade de Acauã, no extremo sul do Piauí, também recebeu um Centro Educacional. Em 2005, foi inaugurado o Sesc Ler em São João do Piauí e, em 2006 São Raimundo Nonato passa a contar com um Centro Educacional do Sesc Ler. Em 2009, a cidade de Piripiri, ao Norte do Estado recebeu um moderno Centro Educacional do Sesc Ler. O projeto Sesc Ler oferece educação integrada para jovens e adultos não escolarizados, de acordo com a diversidade cultural e necessidades da região. Mais que ensinar a ler, o projeto mostra a importância da educação considerando o contexto social, aliada a ações
Desde 2004, cidades como Guaribas foram beneficiadas com projetos do Sesc
de cultura, lazer e saúde. Também estimula a qualificação profissional, ação comunitária, desenvolvimento cultural e a cidadania. Em 2010, um projeto ousado com a participação dos alfabetizandos de Guaribas
– “Historiando Guaribas – uma experiência de escolarização do Sesc Ler”, conquistou o mais importante prêmio de Educação do país “A Medalha Paulo Freire”, do Ministério da Educação e Cultura. Março / Abril 2014
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Sesc e Prefeitura de Parnaíba reinauguram Restaurante Popular O restaurante oferece mil pratos por dia com alto padrão de qualidade Por Ana Cláudia Coelho Fotos: Ascom Sesc/PI
Luiz Mota
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Sesc Praia dobra capacidade de hospedagem
O Centro de Turismo e Lazer “Lucimar Veiga” (Sesc Praia), em Luís Correia, passou por reforma e ampliação em 2006, ganhando o espaço Beira Mar, um local com ampla área para eventos no litoral, com palco, iluminação, bar e barracas à beira-mar. Em 2010, o Centro de Turismo e Lazer do Sesc passa a contar com o Centro de Convenções “Governador Wellington Dias” – totalmente equipado e com capacidade para 500 pessoas, além de três salas de conferências, palco especial e camarins. No ano passado, o Sesc inaugurou a nova estrutura do Sesc Praia com ampliação em 100% na sua capacidade de hospedagem, passando a contar com 80 modernos apartamentos, nova fachada e ampliação da área urbanizada. Também foram inaugurados a nova portaria do Centro de Turismo e Lazer, o bloco administrativo, ampla área de jardins e a ampliação do estacionamento, que passa a contar com 3 mil m².
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São 80 apartamentos a disposição dos comerciários
Restaurante Popular do Trabalhador Parnaibano é frequentado por idosos, estudantes, comerciários e trabalhadores autônomos de Parnaíba que têm acesso à refeição com o padrão de qualidade do Sesc por um valor que cabe no bolso, R$ 1,50. Cerca de mil pessoas almoçam diariamente no Restaurante Popular, sob a operacionalização do Sesc em parceria com a Prefeitura de Parnaíba. A parceria também abrange o Senac que vai usar a estrutura como laboratório para cursos na área de Gastronomia. Os frequentadores, personalidades sociais e os visitantes também são agraciados com apresentações culturais. A Orquestra Jovem do Sesc de Parnaíba faz apresentações semanais no restaurante. Mas não é apenas a qualidade da comida e o preço que atraem os parnaibanos ao Restaurante Popular. A estrutura do estabelecimento foi totalmente reformada pela Prefeitura de Parnaíba, seguindo orientações da Vigilância Sanitária. A cozinha foi montada com o que há de mais moderno para o preparo de alimentos em grande escala e todo o manejo dos alimentos é observado por uma nutricionista do Sesc. Acompanhado do prefeito de Parnaíba, Florentino Veras Neto, o presidente do Sistema Fecomércio Sesc/Senac no Piauí, Valdeci Cavalcante, almoçou com os conterrâneos de Parnaíba. Para o prefeito, a parceria com o
Qualidade e preço são maiores atrativos do Restaurante
Sesc visa maior integração entre as instituições para atender os parnaibanos e proporcionar acesso à capacitação dos trabalhadores por meio do Senac. Valdeci Cavalcante reforça que a parceria com a Prefeitura de Parnaíba proporciona o acesso a serviços com alto padrão de qualidade de uma instituição que há mais de 65 anos presta assistência à população.
Valdeci Cavalcante almoça com o prefeito Florentino Veras Neto
Novas obras estão por vir As obras de modernização das unidades do Sesc, a qualidade dos serviços e a divulgação da marca Sesc destacaram a entidade em todo o Piauí. Um exemplo da credibilidade do Sesc são os inúmeros pedidos de gestores municipais para que a entidade construa Centros de Atividades no Município. Atualmente, o Sesc está construindo um moderno Hotel Escola
na cidade de Oeiras, previsto para ser inaugurado este ano. Também será construído, em Teresina, o maior Centro Cultural da cidade, com auditório, galeria de artes, salas para oficinas de artes plásticas, dança, gravação de CD e DVD, biblioteca material e virtual, amplo estacionamento, dentre outros espaços propício a atividades lúdicas e culturais.
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Carnaval é no Sesc
Sucesso de público em Floriano
Comerciários lotam Sesc Ilhotas, Sesc Floriano e Sesc Praia durante o feriadão Por Ana Cláudia Coelho Fotos: Antônio Mourão/W. Salmito
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ais uma vez o carnaval no Sesc Ilhotas, em Teresina, foi um dos mais animados da capital. Centenas de pessoas, famílias inteiras de comerciários escolheram o domingo e a terça-feira – dias 02 e 04 de março, para se divertirem no carnaval do Sesc ao som da banda “Os Filhos do Soldado”. O carnaval do Sesc é conhecido pelos comerciários pela segurança, animação e preços acessíveis à população. Nas duas matinês que realizou neste carnaval, o Sesc registrou recorde de público. Na ocasião, foram contratados animadores para coordenar atividades recreativas com as crianças que participaram das matinês no Sesc Ilhotas. As piscinas, o salão de eventos e a área de lazer do Sesc estavam lotados de foliões que dançaram o melhor carnaval com segurança e qualidade dos serviços do Sesc. Nos dois dias de folia, o Sesc realizou a Campanha Carnaval Seguro, distribuindo preservativos masculinos e folders com informações para prevenção das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), incluindo a Aids. A técnica de Educação em Saúde, Aracy Albuquerque, coordenou a campanha durante o carnaval no Sesc Ilhotas.
Que o carnaval de Floriano é um dos melhores do Piauí todos já sabem. Agora a folia tem um ingrediente a mais – o Centro de Lazer “Jorge Batista” que é opção para os foliões aproveitarem dois dias de festa com o padrão de qualidade do Sesc. O espaço foi inaugurado há dois anos e promove manhãs recreativas todos os domingos para comerciários e o público em geral de Floriano. O carnaval do Sesc Floriano reuniu mais de duas mil pessoas no Centro de Lazer “Jorge Batista”, na segunda e terça-feira, dias 3 e 4 de março. O primeiro dia foi animado pela cantora Lily Araújo, de Teresina. Já na terça-feira, Roberto e Banda, de Floriano, subiu
Nas duas matinês, o Sesc Ilhotas registrou recorde de público
Carnaval do Sesc Praia é só alegria!
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Os hóspedes foram recepcionados com música e muita animação
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ao palco para fechar a programação carnavalesca do Sesc. Dentre os presentes estavam comerciários, coordenadores do Sesc, as gerentes do Sesc Floriano, Ana Paula Oliveira e do Senac Floriano, Josélia Miranda e o conselheiro do Senac-PI, Conegundes Oliveira. Os quiosques do Centro de Lazer ficaram lotados de famílias que levaram as crianças para dançar carnaval com muita animação, serviços de qualidade e segurança para os foliões. O Sesc mobilizou recreadores para acompanhar as crianças na sala de jogos, brinquedos e dinâmicas na piscina.
carnaval no Sesc Praia foi comemorado com música ao vivo e muitas brincadeiras para hóspedes e visitantes do maior centro de lazer e turismo do Piauí. O clima de carnaval estava em toda parte. Desde a chegada, momento em que os hóspedes receberam colares havaianos e foram recepcionados por banda local que tocou as tradicionais marchinhas carnavalescas. Foram quatro dias de muita recreação para quem escolheu o litoral para passar o feriadão de carnaval. As atividades encerravam por volta das 20h após um dia inteiro com jogos, brincadeiras, exibição de filmes no cinema animado de carnaval.
Além disso, o Sesc Praia contratou bandas e cantores locais para animar as matinês carnavalescas. Educadores físicos ministraram aulas de hidrodance com atividades no parque aquático do Sesc. O carnaval do Sesc teve ainda orientações de saúde com distribuição de preservativos masculinos, aferição de pressão, educação em saúde e realização de testes de glicemia. As crianças tiveram muito lazer e recreação com atividades no parque aquático e playground, oficinas lúdicas como produção de colares e máscaras carnavalescas que fizeram o maior sucesso nas matinês. Teve ainda serviços de pintura de rosto, desfile das pinturas e muita animação nos quatro dias do feriadão de carnaval. Março / Abril 2014
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Senac na Olimpíada do Conhecimento Alunos de cursos Pronatec se destacam na etapa estadual da competição Por Glécia Lima
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competidores autocontrole, saber trabalhar sob pressão e executar o trabalho em curto período de tempo, fatores fundamentais para qualquer profissional que, no seu dia a dia, precisa saber lidar com tais situações. Enquanto realizam as tarefas, os competidores são avaliados por profissionais de outras instituições que observam todo o processo. São classificados aqueles que alcançarem as notas mais altas. Criada pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), a Olimpíada acontece há mais de 20 anos no Brasil. Desde 2008, a competição inclui alunos de
Glécia Lima
Senac-PI oferece a melhor qualificação profissional do Estado. Prova disso foi a etapa estadual da Olimpíada do Conhecimento, maior competição de educação profissional das Américas. O torneio, que acontece a cada dois anos, reúne os estudantes mais talentosos dos cursos técnicos e de formação profissional em uma disputa de conhecimento, técnica e criatividade, onde são desafiados a executar tarefas referentes à ocupação profissional que estão concorrendo, dentro de prazos e padrões internacionais de qualidade. Durante a competição, são exigidos dos
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Brenda Ozório, coordenadora da Olimpíada do Conhecimento no Senac-PI Revista Fecomércio
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cursos oferecidos pelo Senac em todo o país com o objetivo de incentivar o desenvolvimento das competências profissionais dos alunos. A Olímpiada possui quatro etapas: escolar, estadual, nacional e internacional (WorldSkills). Os melhores estudantes da etapa nacional representam o Brasil no WorldSkills, torneio mundial de competência profissional. Na última edição, em 2011, realizada em Londres, o Brasil ficou em segundo lugar, atrás apenas da Coréia do Sul e a frente de países como Estados Unidos, Japão e Suíça.
Trabalho em equipe: alunos e colaboradores mostraram dedicação ao evento Para tornar essa competição possível, o Senac envolveu grande parte de seus colaboradores e alunos. Foram seis meses de muito trabalho e horas de atenção voltadas para O.C. A frente da organização esta-
va a coordenadora técnica pedagógica do Senac-PI, Brenda Ozório, que cuidou dos detalhes para fazer deste mais um acontecimento que fica marcado na história da instituição.
Glécia Lima
Luciana Castelo Branco, Psicóloga Clínica e Desportiva da Confederação Brasileira de Judô – CBJ)
O evento foi bastante prestigiado
delo de organização. Alunos do curso de Recepcionista, Garçom e Operador de vídeo colaboraram recepcionando, servindo e registrando os momentos do acontecimento que foi um exemplo de trabalho em
equipe. Dessa forma, o sucesso da O.C. deve-se ao esforço, à dedicação e ao empenho de cada competidor, avaliador, das equipes de coordenação, organização e diretores.
Os melhores alunos da educação profissional do Piauí são do Senac Muito conhecimento, controle emocional e preparo técnico resultaram na definição dos vencedores da Olimpíada do Conhecimento. Conheça os campeões da educação profissional do estado: Na ocupação Cabeleireiro 1º) Bruno Ribeiro 2º) Joana Dar´c 3º) Carolina Barbosa Na ocupação Enfermagem 1º) Lívia Lopes 2º) Lailson Alves 3º) Francisco Wanderson Para ficar definido quem vai a etapa nacional é regra da competição que o primeiro e o segundo lugar de cada ocupação dispute novamente. Quem alcançar a maior pontuação será o representante estadual.
Bruno Ribeiro, 1º lugar na ocupação Cabeleireiro. “Participar da Olimpíada do Conhecimento é um sonho que Deus está me proporcionando, pois estou adquirindo muito conhecimento e aperfeiçoamento com tendências internacionais de qualidade. Isso será um diferencial na minha vida profissional e me dá mais vontade e determinação para focar, competir e vencer as próximas etapas.”
Marcus Sousa
Coordenadores e Instrutores com os vencedores da Olimpíada do Conhecimento
Palestras e workshops que abordaram assuntos relacionados aos desafios profissionais, a empregabilidade e o empreendedorismo marcaram a abertura da O.C. No segundo dia do evento, estudantes do curso de Inglês Intermediário, que assim como os competidores, também fazem parte do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) encenaram uma peça teatral e o competidor Lailson Alves, segundo lugar na ocupação Enfermagem, fez uma apresentação de violino. Aconteceu também uma palestra sobre “A importância da competição” com a psicóloga Luciana Castelo Branco, que acompanha a lutadora de judô e campeã olímpica, Sarah Meneses. “A Olimpíada do Conhecimento é um evento de suma importância para o desenvolvimento de grandes profissionais. A competição revela talentos e estimula a busca pelo conhecimento e aperfeiçoamento de habilidades. A Psicologia do Esporte vem a contribuir preparando psicologicamente os participantes para que os mesmos possam trabalhar por seus objetivos monitorando e controlando efetivamente seus sentimentos, pensamentos e comportamentos de forma que estes o beneficiem em seu desempenho e rendimento tanto nos treinamentos quanto na competição”, afirmou Luciana. Com o intuito de mostrar a competência e o potencial dos alunos do Senac-PI, a instituição envolveu seus estudantes em atividades que fizeram do evento um mo-
Marcus Sousa
Carlos Pacheco
Senac
Lívia Lopes conquistou a 1ª colocação na ocupação Técnico em Enfermagem. “Vou levar ensinamento para toda a vida. É muito bom estar participando. A O.C. é uma oportunidade única, quero continuar me aperfeiçoando para fazer um atendimento diferenciado na profissão que escolhi. E a Olimpíada está sendo o caminho certo para isso.”
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Treinadoras acreditam que Senac-PI estará entre os melhores do Brasil Glécia Lima
“A Olimpíada do Conhecimento é um desafio para todos os participantes. A rotina de treinamento, a dedicação aos estudos e o equilíbrio emocional são os pilares para o sucesso. Vamos levar a Belo Horizonte o melhor de nós, e mostrar que o curso Técnico em Enfermagem do Senac-PI forma profissionais capacitados e comprometidos com o bem estar do cliente.” (Profª. Márcia Beatriz Viana é enfermeira e está treinando os competidores da ocupação Téc. em Enfermagem).
Estiveram presentes na Olimpíada a Diretora Regional da instituição, Elaine Dias, o Diretor de Educação Profissional, Francisco Dias, as gerentes dos centros de educação, coordenadores e supervisores que prestigiaram o evento e incentivaram os competidores. Após a premiação, o Sr. Francisco Dias falou que esse é apenas o começo dos trabalhos relacionados à Olimpíada, alertou os alunos sobre a importância da dedicação e esforço quando se quer alcançar um objetivo, agradeceu a todos que estavam direta e indiretamente envolvidos na realização da competição que já está provocando o crescimento e maior procura pela educação profissional no Estado. Revista Fecomércio
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Alunos Senac e público convidado assistindo a aula exibida pelo Google
Luícia Ferreira, produtora master do Google Expert Training Day
alização de dinâmicas e sorteio de brindes marcaram alguns dos momentos do Google Expert Training Day. Os participantes podem incluir o Google em seus currículos e a certificação recebida é internacional. Aqueles que tirarem sua certificação entre os dias 26/03 e 26/04 terão seus nomes publicados na revista do Google. Eduardo Portela, coordenador de Planejamento e Marketing do Senac PI, falou sobre a importância da parceria Google e Senac. “Estamos sempre buscando novas parcerias para que os nossos alunos possam ser cada vez mais preparados e qualificados para o trabalho e o público em geral possa conhecer os serviços ofertados pelo Senac. Firmamos essa parceria
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sintonizados com as necessidades das empresas, pois apontam tendências tecnológicas. Esse fator auxilia na orientação e atualização dos currículos e na identificação das mudanças nos perfis profissionais. Através da busca pela inovação na execução das tarefas, é possível aumentar o padrão dos cursos. Mais do que revelar talentos, a O.C. constrói o futuro profissional brasileiro, exigindo de todos, alunos e instituição, o permanente compromisso com uma educação profissional de qualidade. O Senac-PI está em um momento ímpar na busca pela excelência no aprimoramento técnico. A proposta é também mostrar o talento de nossos alunos e a constante preocupação em ofertar a melhor educação profissional. E os resultados reforçam que estamos no caminho certo. O excelente desempenho dos alunos comprova a qualidade da formação oferecida pela instituição.
Juliana Barros
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endo uma estratégia muito eficaz como incentivo ao estudo e a formação continuada, a O.C. faz os estudantes se aperfeiçoarem continuamente, além de promover a visibilidade dos competidores por grandes organizações e empresários interessados em contratar os profissionais mais capacitados e com grau de excelência na área a que se dedicam. Mais do que uma competição, a Olimpíada do Conhecimento é uma vitrine de novos talentos, inteligência e tecnologia de última geração para o comércio e indústria do país. Além de incentivar o espírito competidor e a dedicação dos estudantes, a O.C. é uma forma de analisar a qualidade da educação profissional oferecida. Isso porque a competição forma um conjunto de indicadores que permitem as instituições avaliarem a qualidade do ensino, ajudando a manter os cursos
Carlos Pacheco
Marcus Sousa
Participar da O.C. é um grande passo para o sucesso profissional
Google Expert Training Day, treinamento de Adwords mais esperado do ano, foi realizado no Senac dia 25 de março simultaneamente em 20 salas de cinema e 19 auditórios do Senac nas principais capitais do Brasil. Em 2013, o sucesso foi tão grande que as 5.000 vagas esgotaram em um único dia. Por isso, este ano, foram abertas 9.000 vagas e ampliado para 31 o número de cidades que receberam o treinamento. No Senac Piauí, o evento aconteceu no Auditório José Alves Filho, localizado na Unidade Miguel Sady, Edifício Alcenor Almeida. Com início às 13h e término às 19h30, a apresentação do evento foi de Vince Vader, professor de Mídia Digital da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), de Isabel Furtado, professora da escola de marketing digital Gawa e da dupla Jovem Nerd e Azaghâl, do blog Jovem Nerd. O Senac, em parceria com o Google, maior empresa multinacional de serviços online e software, que gera lucro principalmente através da publicidade pelo AdWords, ofereceu às pessoas interessadas em trabalhar com comunicação, marketing, publicidade e outras áreas relacionadas ao mercado digital a chance de aprender mais sobre AdWords, que é uma ferramenta de publicidade do Google. Com ela o profissional aprende a criar anúncios na página do Google. “Esse evento é uma oportunidade que o Senac e Google dão para as pessoas que querem se aperfeiçoar mais em AdWords, além da possibilidade de fazer networking com outros profissionais da área”, explicou a produtora master do evento em Teresina, Luícia Ferreira. O evento foi aberto ao público que aprendeu a desfrutar das funcionalidades que o Google Adwords apresenta de forma inteligente, através da divulgação de sites por meio de links patrocinados, pois para que as ferramentas sejam utilizadas com o máximo de performance possível é preciso traçar estratégias, estudar as possibilidades e claro, dominar o assunto. Distribuição de kits, re-
Juliana Barros
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Presença de lideranças do Senac na O. C.
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O Google Expert Training Day ofereceu a estudantes a possibilidade de ter o Google no seu currículo Por Glécia Lima
“Participar como treinadora na Olimpíada do Conhecimento é muito gratificante, pois envolve trocas e desenvolvimento profissional. A minha expectativa é que nossos competidores consigam estar entre os melhores do Brasil!” (Profª. Nerivalda Portela é cabeleireira e está treinando os competidores da ocupação Cabeleireiro).
Profª. Márcia Viana(à esquerda), Brenda Ozório, coordenadora da O.C.(ao meio) e Nerivalda Portela (à direita)
Senac e Google realizam treinamento em Teresina
Eduardo Portela, coordenador de Planejamento e Marketing do Senac PI
pela grande importância desse evento e pela necessidade de profissionalização, de capacitação na área de mídia, de publicidade. Ainda em fevereiro, esgotamos as inscrições, foi um sucesso total. A nossa expectativa agora é de em 2015 estendermos essa parceria para as nossas outras unidades para que possam realizar esse evento”. O Senac está sempre oferecendo treinamentos como esse, com o objetivo de que alunos e interessados conheçam as estratégias para se destacar no mercado de trabalho e dessa forma ganhar grandes oportunidades. A instituição pretende manter a parceria com o Google e assim levar o evento para outros municípios a partir do ano que vem. Março / Abril 2014
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Comportamento Organizacional
Celular e Redes Sociais no ambiente de trabalho Jéssyca Lages Diretora Geral da Carreira RH Especialista em Carreiras jessycalages@carreirarh.com
O celular pode ser utilizado para facilitar a comunicação, mas também pode ser um grande vilão da produtividade organizacional. O uso inadequado e excessivo dele, como atender ligações ou passar mensagens de texto durante uma reunião com seu chefe, causa um grande transtorno.”
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egundo dados da Anatel, o número de acessos de telefone móvel já ultrapassa os 190 milhões no Brasil. Dados também comprovam que para cada habitante, temos em média dois aparelhos celulares. Logo, não temos como fugir da realidade. O celular faz parte da nossa vida pessoal e profissional. Considero a mobilidade e a tecnologia bênçãos para a produtividade e para ações emergenciais, mas é preciso ter limites. Hoje em dia, estamos com os celulares nas salas de aulas, em reuniões, em treinamentos, em todo lugar, até no banheiro! O vício é tão grande que hoje se criou uma brincadeira de empilhar os telefones. Consiste basicamente em, durante um jantar ou reunião, todos empilharem seus telefones. Ninguém pode pegar seu celular, por nada. Alguns grupos criam até uma penalidade, por exemplo, quem pegar no celular paga a conta da mesa. Este cenário mostra o quão esta tecnologia tem influenciado o nosso modo de vida. E no ambiente de trabalho, não é diferente. O celular pode ser utilizado para facilitar a comunicação, mas também pode ser um grande vilão da produtividade organizacional. O uso inadequado e excessivo dele, como atender ligações ou passar mensagens de texto durante uma reunião com seu chefe, causa um grande transtorno. A psicóloga organizacional da Carreira RH, Ana Virlânia, alerta “A utilização de quaisquer tecnologias no ambiente de trabalho requer bom senso do profissional, acima de qualquer coisa. Utilizar um toque muito alto e com músicas inadequadas causa incômodo e constrangimento. Além de prejudicar a produtividade e seu desempenho na organização”. Aí vão algumas dicas para um bom uso de celular no ambiente profissional: mantenha o seu celular no modo vibrar ou em um toque baixo; se precisar falar mais alto e mais firme, vá para um local que não atrapalhe seus colegas de trabalho; não atenda ligações
ou passe mensagens de texto durante reuniões e treinamentos; saia de grupos de mensagens que atrapalhem sua produtividade. Não é interessante seu chefe estar olhando para você e você está sorrindo para a tela do celular com alguma piada do seu grupo de amigos. Este não é o ambiente. Mas não é apenas o celular que precisa ser utilizado com cautela, as redes sociais também podem se tornar um grande vilão se não forem bem utilizadas. A visita constante a páginas como facebook, twitter, instagram também desconcentra os profissionais e pode fazer do ambiente de trabalho um espaço altamente improdutivo. Eu, particularmente, utilizo as redes sociais como ferramenta de divulgação do meu trabalho. Se você também utiliza com este fim, reserve 1 hora do seu dia para atualizá-las. Dependendo da política da sua empresa, será possível fazer isso no ambiente de trabalho. Mas faça sem ansiedade, você não é obrigado a responder conversas na mesma hora que a pessoa lhe enviou ou a fazer comentários nas postagens dos amigos de trabalho assim que eles a publicaram. Se a sua utilização das redes sociais for extremamente pessoal, nem arrisque acessá-la no ambiente de trabalho. Até as empresas que liberam a utilização, fazem restrições ao tempo de navegação nas redes sociais e ao exagero no uso para assuntos pessoais ou para simplesmente ficar olhando as atualizações dos amigos. Agora, se você prefere passar a maior parte do seu dia nas redes sociais, mesmo no ambiente de trabalho, reflita sobre o emprego que escolheu para você. Ele pode não estar sendo tão interessante como parecia. Mas tenha cuidado ao analisar, perceba se realmente é isso que o faz utilizar muito o celular ou as redes sociais no trabalho. O que você faz com seu tempo produtivo está diretamente ligado ao seu resultado profissional. Março / Abril 2014
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GEM 2013
Eventos
Sebrae divulga resultado de pesquisa sobre empreendedorismo no Brasil
Venda Mais é sucesso de público em Teresina
Estudo revela que a maioria dos empreendedores são mulheres que abriram um negócio por oportunidade Por Antônia Pessoa
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Índice foi o melhor já registrado desde 2002 Crédito: Divulgação
menos o 2º grau completo. Nos negócios estabelecidos, esse índice cai para 41%. “A cada ano, o perfil do empreendedor brasileiro se torna mais feminino e mais escolarizado. As mulheres estão investindo em qualificação, buscam informações, não permitem amadorismo. Elas estão empreendendo não só para complementar a renda da família ou por consequência de um passatempo. São movidas pela oportunidade e não pela falta de alternativas”, destaca Luiz Barretto. A pesquisa GEM, uma iniciativa da London Business School e Babson College, é aplicada em 68 países. No Brasil, ela é patrocinada pelo Sebrae e realizada pelo Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP) em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O estudo completo está disponível no site www.sebrae.com.br.
Carlos Augusto Lima
Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) divulgou os resultados da Global Entrepreneurship Monitor (GEM/ 2013). O estudo revela que de cada 100 empreendedores brasileiros, 71 iniciaram um pequeno negócio por oportunidade. Esse índice foi o melhor já registrado desde 2002, ano em que a pesquisa começou a ser desenvolvido no país. Naquela época, apenas 42% das pessoas abriam uma empresa por identificarem demanda no mercado, enquanto os demais tinham o empreendedorismo como única opção, por não encontrarem alternativas no mercado de trabalho. A pesquisa revela ainda que 87% dos entrevistados consideram o empreendedorismo uma saída para a realização pessoal e profissional. Esse índice está acima da média nacional, que ficou em 84%, deixando a região Nordeste em posição de destaque no cenário empreendedor, à frente ainda do Sudeste, Sul e Centro-Oeste. “No Piauí, o empreendedorismo vem avançando a passos largos. Isso se deve às oportunidades que surgem na região devido ao desenvolvimento econômico acentuado registrado nos últimos anos. No Estado, de cada 100 empresas, 99 são pequenos negócios comandados por homens e mulheres. Essas empresas vão desde mercadinhos e salões de beleza até restaurantes e pousadas”, afirma o diretor superintendente do Sebrae no Piauí, Mário Lacerda. Outro dado interessante do estudo é que as mulheres estão dominando o mundo dos negócios. 52% dos empreendimentos em estágio inicial são comandados por mulheres. Em todas as regiões do país, com exceção do Nordeste, o número de mulheres a frente dos negócios já ultrapassou o de homens. E a maioria das mulheres (66%) só abre uma empresa por oportunidade, buscando assim como os homens, mais qualificação para atuar no mundo dos negócios. Prova disso é que 49% dos empreendedores iniciais têm pelo
Segundo Mário Lacerda, diretor superintendente do Sebrae no Piauí, o empreendedorismo vem avançando a passos largos no Estado
O evento foi realizado pela Lepper no Centro de Convenções do Atlantic City Por Karla Nery e Marciene Cruz Fotos: Marciene Cruz
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ensando em estreitar o relacionamento com seus parceiros e clientes, a Lepper, empresa líder no segmento de cama, mesa e banho em todo o Brasil, em parceria com a loja Ventania realizou em Teresina no dia 17 de fevereiro, um treinamento com o objetivo de capacitar pessoas no segmento de vendas no varejo e qualidade no atendimento ao cliente. O evento realizado no Centro de Convenções do Atlantic City ficou pequeno para a quantidade de conhecimento compartilhado. Com a palestra intitulada “Venda Mais”, o consultor e palestrante Artur Ximenes apresentou de maneira dinâmica e objetiva os caminhos para se chegar ao sucesso para mais de mil vendedores, supervisores e gerentes de médias e grandes empresas da capital que vendem os produtos da marca. Durante a palestra, diversos pontos foram abordados, entre eles: apresentação pessoal, informações para argumentação, atenção e gentileza no atendimento. Sobre as dificuldades enfrentadas nas vendas do varejo, Ximenes diz que o mercado balizou o preço como principal atributo. “Os vendedores não sabem falar o diferencial, explicar em detalhes porque aquele produto custa mais ou menos, então quando não se tem a informação necessária para argumentar você vai para o que é mais fácil, que é preço e prazo”. O consultor reforça ainda que atendimento de qualidade é aquele que o cliente sai da loja satisfeito, convicto que fez uma boa compra, independente do produto que comprou ou do quanto gastou. “Se o cliente saiu feliz, isto é sinal de bom atendimento. Um dos maiores erros no universo das vendas é não acreditar que o cliente tem potencial de compra, é pensar que em função da roupa que ele está vestindo ele vai levar pouca coisa, ou não vai levar o que é caro. O vendedor não pode ter preconceito. A função do vendedor é assistir ao cliente no que ele precisa, perguntar, pesquisar, sondar, oferecer, mostrar, induzir e, assim, em algum momento a venda vai ser efetivada”, concluiu o palestrante. Para Suellen Geromel, responsável pelo marketing da Lepper e pela coordenação do evento, a empresa que tem sede em Joinville (SC) e já tem 107 lojas no mercado está sem-
Mais de mil vendedores, supervisores e gerentes de médias e grandes empresas da capital participaram da palestra
Teresina foi a primeira de 50 cidades a receber o evento
pre investindo em treinamento. “Acreditamos que essa é uma ótima ferramenta para estarmos cada vez mais próximos dos nossos clientes, vendedores, balconistas e, consequentemente, do consumidor final. A Lepper aposta no talento dessas pessoas e está investindo fortemente em capacitação e no ponto de venda. Os treinamentos irão percorrer todo o Brasil passando por 50 cidades. O primeiro acontece aqui na cidade de Teresina e em seguida nas cidades de Fortaleza, João Pessoa, Campina Grande e Recife, mantendo uma média de cinco eventos por mês”. Ainda durante o evento, o palestrante Artur Ximenes propôs aos participantes uma brincadeira para testar a relação da confiança vendedor/cliente. Eles entregaram uma quantia em dinheiro ao palestrante que ao
Os empresários Álvaro Souza e Agesilau Souza entregam a doação para a coordenadora do Lar da Criança Maria João de Deus
final do evento foi revertida como doação para uma instituição de caridade. A instituição escolhida pela organização do evento foi o Lar da Criança Maria João de Deus que há mais de 30 anos cuida de crianças em situação de vulnerabilidade. A coordenadora da instituição, Joelma Ferreira, elogiou a iniciativa e agradeceu aos empresários Álvaro Souza e Agesilau Souza em nome das 55 crianças atendidas. “Se todas as empresas fizessem isso, quanta gente não poderia estar sendo ajudada. Precisamos de mais ações de solidariedade como esta”. No encerramento, foram sorteados diversos brindes aos participantes, entre eles, artigos de cama, mesa e banho da Lepper, além de ventiladores e climatizadores entre outros produtos da loja Ventania. Março / Abril 2014
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Agenda
Comemorações
MARÇO D.A.D
17ª Feira Profissional de Decoração Quando: 10 a 13 de março Onde: Expo Center Norte – Pavilhão Vermelho São Paulo - SP Mais informações: http://www.feiradad.com.br EMPRETEC Metodologia desenvolvida pela ONU, um dos melhores cursos de empreendedorismo do Brasil Quando: 17 a 22 de março Onde: Microserv Store Mais informações: atendimento@pisebrae.com.br FEICON BATIMAT 20º Salão Internacional da Construção Quando: 18 a 22 de março Onde: Pavilhão de Exposições do Anhembi - São Paulo - SP Mais informações: http://www.feicon.com.br FEIRA INNOVALAR 10ª Feira de Móveis, Decorações e Acessórios para o Lar Quando: 18 a 24 de março Onde: Minascentro – Belo Horizonte – MG Mais informações: http://www.innovalar.com.br STARTUP WEEKEND TERESINA
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Maior evento de empreendedorismo do mundo Quando: 21, 22 e 23 de março Onde: Alemanha Veículos – Teresina- PI Mais informações: http://teresina.startupweekend. org/
FEIRA MULHER BRASIL Quando: 03 a 06 de abril Onde: Parque Vila Germânica – Blumenau –SC Mais informações: www.feiramulherbrasil.com.br
FEIRA EBS 12 ª Feira de Destinos, Espaços e Fornecedores para Eventos Corporativos, Esportivos, Shows e Gastronomia Quando: 26 a 27 de março Onde: Centro de Convenções Frei Caneca – São Paulo Mais informações: http://www.feiraebs.com.br
MÃOS DA TERRA 6ª Feira Internacional de Cultura e Artesanato Quando: 04 a 13 de abril Onde: Centro de Eventos da Festa da Uva Caxias do Sul – Caxias do Sul - RS Mais informações: http://www.maosdaterra.com.br
ABRIL ABRIN 31ª Feira Brasileira de Brinquedos Quando: 01 a 04 de abril Onde: Pavilhão Expo Center Norte - São Paulo - SP Mais informações: http://www.abrin.com.br FEIRA DO BEBÊ E GESTANTE VITÓRIA - ES 8ª Feira do Bebê e Gestante / Moda Infanto Juvenil Quando: 01 a 06 de abril Onde: Pavilhão de Carapina – Serra - ES Mais informações: http://www.feiradobebeegestantevitoria.com.br
RETAIL REAL ESTATE Evento no Brasil dedicado a expansão varejista com foco em pontos comerciais Quando: 08 de abril Onde: Fecomércio – São Paulo/SP Mais informações: gsmdnrf@gsmd.com.br BIJOIAS 65ª Feira Internacional Bijuterias, Acessórios, Joias de Prata e de Aço, Folheados e Semijoias Quando: 24 a 26 de abril Onde: Centro de Convenções Frei Caneca – São Paulo - SP Mais informações: http://www.b8-bijoias.com.br
Dia Internacional da Mulher
de março
A Revista Fecomércio parabeniza a todas as mulheres pela disposição e coragem para enfrentar os obstáculos impostos pelo dia a dia com determinação e ao mesmo tempo delicadeza!
DATAS IMPORTANTES NO COMÉRCIO Fique atento para não deixar passar em branco!
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MARÇO
ABRIL
02 · Dia Nacional do Turismo
02 · Dia do Propagandista
04 . Carnaval
07 · Dia do Jornalismo
08 · Dia Internacional da Mulher
07 · Dia Mundial da Saúde
08 · Dia da criação da Casa da Moeda do Brasil
08 · Dia Mundial do Combate ao Câncer
12 · Dia do Bibliotecário
10 · Dia da Engenharia
14 · Dia Nacional da Poesia
12 · Dia do Obstetra
15 · Dia Mundial do Consumidor
13 · Dia dos Jovens
21 · Dia Internacional Contra a Discriminação Racial
13 . Dia do Hino Nacional - 1º Execução do Hino Nacional Brasileiro -1831
22 . Dia Mundial da Água
18. Sexta-feira da Paixão
28 · Dia do Diagramador
19 · Dia do Índio
Revista Fecomércio
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Empresária comemora 19 anos da Supricabos Empreendimento surgiu da necessidade de mercado em solução e conectividade Por Marciene Cruz Fotos: Karla Nery e Carlos Pacheco
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empresária Cacilda Silva comemorou ao lado de amigos e empresários os 19 anos da Supricabos Informática no dia 14 de fevereiro na sede da loja na Av. Campos Sales. Implantada no mercado piauiense em 1995, a loja se tornou referência no segmento de cabos, conectores e placas de redes para computadores. Segundo ela, a Supricabos começou por uma necessidade de mercado, pois na época não existia uma loja com esse perfil em Teresina, apenas em Fortaleza e Recife. Por causa disso, quando as empresas precisavam desse tipo de material passavam de 20 a 30 dias para receber o produto. A empresária identificou nisso uma oportunidade, buscando cursos fora da capital para se aperfeiçoar e montar seu próprio negócio. “Começamos na Rua 24 de Janeiro, no Centro, com uma salinha alugada. Na proporção que as salas ao lado iam desocupando nós alugávamos. Foi preciso muita determinação e força de vontade. Passei por um período intenso de adaptações, um conjunto de coisas boas e ruins que contribuíram para o meu crescimento enquanto empresária e mesmo pessoal. Essa data representa uma das maiores conquistas da minha vida. Posso dizer que ao longo desses 19 anos à frente da Supricabos vivi muitos momentos especiais, também de dificuldades e superação, mas aprendi que o papel do empreendedor é justamente esse: superar os obstáculos, pois eles existem para que você possa mostrar sua competência”, disse. Em 2009, a empresária teve oportunidade de comprar o terreno que atualmente é sede de sua loja e durante a construção, que durou aproximadamente dois anos, passou por várias dificuldades, porém focada no sonho de empreender, persistiu. Como dica aos empresários, Cacilda diz que investir em capacitação é a chave para quem deseja abrir ou melhorar seu empreendimento, pois apenas aqueles que estão capacitados conseguem visualizar oportunidades. Março / Abril 2014
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Notas
Cartão de crédito é o vilão? Rafael Fernando Correia Bacharel em Ciência da Computação Autor, Palestrante e Educador Financeiro rafael.investidor@gmail.com
“Quem paga o valor total da fatura em dia, utiliza o cartão de forma correta, já quem paga o mínimo, não faz um bom uso e é obrigado a pagar juros como forma de punição por não honrar o acordo do subsídio das instituições. Pagar o mínimo é um tremendo vacilo, pois nele incide a cobrança de juros elevados.”
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uitos brasileiros estão endividados devido à falta de educação financeira que infelizmente em linhas gerais não é ensinada nas escolas e dentro da família. Para muitos, o cartão de crédito é o grande vilão, mas será que isso é verdade? Devemos cancelar nossos cartões? Claro que não. Na verdade, devemos saber utilizá-los a nosso favor. Trata-se de uma invenção da humanidade e como qualquer invenção pode ser utilizada para o bem ou para o mal. Basta lembrar que o avião foi criado para transportar pessoas, mas na Segunda Guerra Mundial foi utilizado para jogar bombas que mataram tanta gente. Quanto a sua origem, o cartão de crédito surgiu na década de 1920, nos Estados Unidos. Inicialmente, eles eram dados somente aos clientes mais fiéis que o dono do estabelecimento acreditava serem confiáveis por pagarem suas compras em dia. Mas foi na década de 1950, quando Frank MacNamara estava com executivos financeiros em um restaurante na cidade de Nova York e percebeu que tinha esquecido seu dinheiro e seu talão de cheques para pagar a conta, que teve a ideia de criar um cartão em que contivesse o nome do dono, e que após um tempo, o dono do cartão pudesse pagar a conta. Foi assim que surgiu esse instrumento simples de pagamento eletrônico que consiste em oferecer o limite, dinheiro emprestado por uma instituição financeira, como meio de pagamento para facilitar e possibilitar a compra de vários produtos e serviços com o compromisso de pagamento apenas no vencimento da fatura. Aliás, a palavra chave do cartão de crédito é consumir hoje e pagar depois. Listo a seguir algumas vantagens do cartão de crédito: é mais seguro carregá-lo do que dinheiro; benefício de parcelar as compras sem juros; muitos oferecem prêmios; descontos; bônus; milhas. Um usuário racional aproveita essas oportunidades sem se comprometer financeiramente e, por fim ainda tem o controle detalhado das compras. O grande perigo está no uso imprudente das pessoas que saem consumindo por impulso, baseadas no limite ao invés de se preocupar
com o valor da fatura. O dinheiro tem custo e, se nós não estamos pagando por ele, é porque alguém está subsidiando. O limite disponível é emprestado e não lhe pertence. Não podemos culpar as instituições financeiras, devemos sim entender as regras. Quem paga o valor total da fatura em dia, utiliza o cartão de forma correta, já quem paga o mínimo, não faz um bom uso e é obrigado a pagar juros como forma de punição por não honrar o acordo do subsídio das instituições. Pagar o mínimo é um tremendo vacilo, pois nele incide a cobrança de juros elevados. Para ilustrar melhor a evolução, vamos tomar como base o caso de uma pessoa que possui saldo devedor de R$ 1.200 e juros rotativo de 9% ao mês. O pagamento mínimo em geral é fixado em 20% do valor da fatura. Neste caso, o saldo da fatura que teria que ser financiado, por não ter sido pago, seria de R$ 960. Calculando os juros rotativos, em R$ 86,40 (R$ 960 x 9%), a multa por atraso é de 2% a.m., em R$ 19,20, e os juros de mora é de 1% a.m., em R$ 9,60. Em outras palavras: quase R$ 115,20 em encargos! No mês seguinte, portanto, a dívida, antes de R$ 960 no cartão, passou a valer R$ 1.075,20 (R$ 960 + 115,20). Se, por mais uma vez, não for possível quitar a fatura inteira e tiver que pagar apenas o mínimo (20% ou R$ 215,04), é bom saber que, sobre o saldo restante, R$ 860,16, serão calculados, novamente, todos os encargos já mencionados. Vale ressaltar que, neste exemplo, assume-se que não houve novos gastos no mês seguinte, o que é quase improvável na vida real. Outra dica que damos é ter cuidado nas compras pela internet e evitar cartões de crédito específicos de uma loja. Eles não trazem vantagens, pois em muitos casos obrigam você a fazer o pagamento em um lugar estratégico, levando você a percorrer toda a loja para que o seu inconsciente desperte o desejo de consumir. Além disso, existem casos em que eles embutem custos secundários. Portanto, fique atento e use o cartão de crédito de maneira consciente para não sofrer depois.
Teresina sedia Startup Weekend O evento é um dos maiores na área de empreendedorismo digital
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os dias 21, 22 e 23 de março, a capital piauiense reuniu cerca de 120 pessoas do segmento de Tecnologia da Informação (TI) com o intuito de transformar boas ideias em negócios viáveis na internet. Em sua primeira edição em Teresina, o Startup Weekend, evento de renome internacional que já foi realizado em mais de 400 cidades em todo o mundo, contou com a presença de empresários, profissionais das áreas de Gestão, Comunicação, Marketing e Tecnologia. Em meio à competição, os participantes dividiram-se em equipes e durante 54 horas de trabalho intenso puderam montar um modelo de negócios, desenvolver um protótipo e apresentar para a banca avaliadora. Ao total, 46 ideias foram apresentadas, sendo que apenas 15 foram selecionadas para serem executadas. “Meu caderninho” e “To no prego” foram eleitos pela banca como os melhores startups. Os ganhadores serão premiados em formas de cursos, consultorias e qualifica-
ções para que as ideias possam sair do papel e amadurecidas para posteriormente serem comercializadas. Joselé Elias Martins que esteve à frente da organização do evento disse que esse momento foi importante para explorar o po-
tencial da cidade nesse segmento. “Durante esses dias, mostramos que é possível inventar, empreender e pensar muito mais nessa área, desenvolvendo soluções inovadoras que visam atender a necessidade de mercado”, concluiu.
Líder Nordeste reúne jovens empresários em Teresina
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os dias 15 e 16 de maio acontece em Teresina a 2ª edição do Líder Nordeste, um evento voltado para jovens empresários com o objetivo de apresentar as potencialidades do Estado. Com o tema Empreendedorismo Digital, Tecnologia e Inovação, o evento pretende reunir jovens empresários, executivos, autônomos, estudantes universitários, lideranças políticas e demais interessados. A exemplo da primeira edição serão homenageadas personalidades que contribuíram para o movimento Jovem Empreendedor do Piauí nas categorias: Personalidade Pública, Entidade, Empresa Privada, Veículo de Comunicação, Jovem Empresário Destaque, Responsabilidade Social, Responsabilidade Ambiental. O II Líder Nordeste será realizado no prédio da Federação das Indústrias do Estado do Piauí (FIEPI) e é uma iniciativa da Associação dos Jovens Empresários (AJE-PI) em parceria com a Mais Entretenimento.
Divulgação
Educação Financeira
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Bem-estar Crédito: Manoel Soares
Coaching
A comunicação no processo de Coaching Cacilda Silva Master Coach e Neuro Coach cacildamastercoach@gmail.com
No processo de Coaching, é necessário se criar estreita e poderosa relação entre coach e coachee porque cada cliente reflete a sua individualidade e precisa ser tratado como indivíduo que carrega crenças, valores e personalidade única. É a qualidade da comunicação que se opera nessa interação que revela o sucesso do processo de Coaching.”
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o processo de Coaching, impera um princípio básico, o saber ouvir. E é justamente nesse ponto que a comunicação entre o coach e o coachee revela o seu poder curador. No vasto campo das interações sociais, os homens estão constantemente intercambiando energias provenientes dos pensamentos, emoções, sentimentos e palavras. A comunicação entre os seres humanos, a priori, se operou por meio de gestos e símbolos e depois pela palavra escrita e oral. Na comunicação oral, o ato de ouvir, assume lugar de extrema importância, para se interpretar o real sentido da mensagem verbalizada. Porém, as palavras e as explicações se constituem o mapa e não o território, na medida em que se constituem de símbolos de linguagem que, geralmente, não correspondem fielmente aos fatos. No processo de Comunicação, nos prendemos excessivamente às palavras quando, na verdade, se faz significativamente necessário, em certa medida, nos libertarmos dos símbolos que compõem a linguagem, porque por mais que um vocabulário seja rico em símbolos de linguagem, a realidade em sua essência não pode ser traduzida em palavras. Quando voltamos nossa atenção, apenas para as palavras, no processo de Comunicação, nosso mecanismo psicológico, tende a interpretar os símbolos consoante nossas crenças, preconceitos e julgamentos, ativando o sistema de defesa, que: aceita ou rejeita, concorda ou discorda, opõe uma ideia com outra, racionaliza e conclui o significado das palavras. Nesse sentido, o que estamos fazendo, nada mais é que interpretando as palavras do interlocutor consoante nossos conhecimentos e experiências. Dessa forma, temos uma tendência, primária e paradoxal de nos opormos ao verdadeiro ato de escutar porque adentramos na realidade do outro, interpretando as suas palavras em conformidade com a nossa própria realidade. No ato de ouvir, o coach, tem de se afas-
tar de si mesmo, sem contudo perder a conexão com o outro, com o intuito único de não valorar as palavras do coachee, tomando por base as suas próprias crenças, memórias, experiências e julgamentos – isso para não correr o risco de interpretar as experiências de quem fala, como reflexo da sua própria maneira de ver o mundo. A qualidade de ouvir o outro, nesse sentido, está na atenção, que a mente livre de ideias preconcebidas, de comparações e julgamentos do coach, dispensa no processo de Comunicação, para transcender e vislumbrar a realidade que se esconde por trás de cada palavra verbalizada pelo seu coachee. O ato de escutar, no processo de Comunicação, não envolve apenas os ouvidos, mas a mente livre e focada, o sistema nervoso, os sentimentos, o coração e o espírito de liberdade oriundo da sensação de atemporalidade que envolve diálogo, no sentido, de fazer com que o coachee descubra em si mesmo os valores que jazem adormecidos e melhore a sua competência na área em que atua. No processo de Coaching, é necessário se criar estreita e poderosa relação entre coach e coachee porque cada cliente reflete a sua individualidade e precisa ser tratado como indivíduo que carrega crenças, valores e personalidade única. É a qualidade da comunicação que se opera nessa interação que revela o sucesso do processo de Coaching. São perguntas simples que levam a respostas óbvias, até desnudar toda verdade. Essa técnica já é conhecida como método maiêutico, utilizada por Sócrates na Grécia antiga, que consistia em usar perguntas para extrair conhecimentos que já existiam na mente da pessoa e precisavam apenas de um incentivo para as respostas virem à tona. Enfim, a pergunta no processo de Coaching é uma forma simples de ajudar as pessoas a descobrirem as respostas por elas mesmas.
Cirurgia a laser tem apresentado benefícios para os pacientes
Visão embaçada pode ser sintoma de catarata Único tratamento para a doença é a cirurgia que é considerada simples
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e repente sua visão começa a ficar meio embaçada como se no seu olho houvesse uma película impedindo que você enxergue direito. Ou ainda, sua visão começa a ficar distorcida, com imagens duplicadas, as cores ficaram alteradas e ainda há uma sensibilidade maior à luz. Se você apresenta alguns desses sintomas, pode estar com catarata. “Ao apresentar alguns destes sintomas, o paciente deve procurar o oftalmologista para que o mesmo realize exames para verificar se o cristalino possui alguma lesão (aparência de véu esbranquiçado nos olhos)”, explica a oftalmologista Kaline Castro. A doença atinge normalmente pessoas idosas, mas também há casos, menos frequentes, de catarata traumática e catarata congênita, ou seja, que vem desde o nascimento. A catarata pode ser desencadeada por vários fatores como obesidade, diabetes, hipertensão arterial, arteriosclerose, distúrbios das glândulas endócrinas, tabagismo e enfisema pulmonar. O único tratamento eficaz para a catarata
é a cirurgia, que é considerada simples, rápida e é feita sob anestesia local. No procedimento, o médico substitui o cristalino danificado por uma lente artificial que recuperará a função perdida. “Com as novas tecnologias, é possível fazer a intervenção no estágio inicial da doença. A cirurgia de catarata é feita rapidamente, não possui internação e altera pouco a rotina
de vida do paciente”, destaca a oftalmologista. Mesmo sendo considerada simples, a cirurgia da catarata exige cuidados pós-operatórios como qualquer outra intervenção cirúrgica. “Para que não apresente nenhum problema após a cirurgia os pacientes devem seguir recomendações orientadas pelo oftalmologista e equipe de Enfermagem”, lembra a médica.
Novas tecnologias permitem cirurgias mais seguras Entre as inúmeras técnicas existentes, o LensX é considerado o mais avançado aparelho de cirurgia de catarata. Sem o uso de bisturi, o laser possibilita posicionar com precisão a lente intraocular implantada, o que reduz os erros refracionais que causam a miopia, o astigmatismo e a presbiopia. Além disso, a cirurgia de catarata a laser é mais rápida, segura e confortável, dando ao paciente uma maior qualidade de visão.
“Essa máquina é a última palavra em tecnologia para cirurgia oftalmológica. Ela oferece um procedimento automatizado a laser, com mapeamento digital e personalizado do olho, garantindo aos nossos pacientes mais conforto, segurança e um pós-operatório como nunca antes vistos no tratamento da catarata”, pontua Thiago Castro, diretor técnico do Hospital do Olho. Março / Abril 2014
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Cultura Empresarial Dica de Filme: Capitão Phillips Comentário: No filme “Capitão Phillips”, o ator Tom Hanks comanda um navio cargueiro que é atacado por ladrões armados. Mesmo diante de uma situação inesperada, o capitão planeja um jeito para salvar a si mesmo e a sua tripulação. Assim como no filme, o empresário lida com dificuldades e fatores externos que podem afetar a empresa. A questão é: como reagir a isso? É preciso ter planejamento e foco para superar tais obstáculos.
Paulo Medeiros Filho Especializado em Gestão de Pessoas medeiros.drh@gmail.com
Aqui você encontra dicas de livros, filmes, sites, twitter e fanpages que irão lhe ajudar a se manter sempre atualizado no mundo dos negócios! Aproveite o tempo livre para curtir as nossas dicas.”
Dica de Leitura: Como fazer uma empresa dar certo em um país incerto Autor: Instituto Endeavor Editora: Campus Comentário: Visando atacar as raízes do mal que aflige o empreendedorismo brasileiro, este livro traz muitos exemplos de empreendedores, mesclando histórias de gente famosa com outras protagonizadas por pessoas desconhecidas, aproximando os relatos da realidade de quem está começando ou não conta ainda com uma empresa renomada. “Como fazer uma empresa dar certo em um país incerto”serve como um verdadeiro guia para qualquer empreendedor, de qualquer área, pontuando os obstáculos que podem surgir ao longo de um caminho raramente fácil e mostrando formas de contorná-los.
Siga no Twitter: @senhordinheiro Comentário: Luis Carlos Ewald, professor de finanças da FGV-Rio, conhecido como Senhor Dinheiro no programa Fantástico da TV Globo, ensina economia doméstica e faz palestras de educação financeira.
Dica de site: www.jovemempresario.com Comentário: É um portal de educação financeira indicado para jovens que são ou que tenham vontade de se tornar empresários. Cobrindo diferentes tópicos como investimentos, finanças,estilo de vida e negócios. A principal missão é desenvolver o espírito empreendedor nosvisitantes. 54
Revista Fecomércio
Março / Abril 2014
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