Publicação do Sistema Fecomércio Sesc / Senac Piauí
Ano 02 - Nº 10 Novembro / Dezembro de 2014
Mala Direta Básica 9912366007/2014-DR/PI SESC/PI
Bares e restaurantes estão em expansão Planejamento e inovação são passos essenciais para quem quer brindar o sucesso do negócio. Quanto vale a sua empresa?
Saiba como fazer essa conta e tirar vantagem dessa informação.
Entrevista
Alzenir Porto Fundadora da Servemplac e ex-superintendente da Strans.
A Ventania não tira férias porque no Piauí faz calor o ano inteiro, mas nesse Natal a gente tem que reconhecer que até o clima muda! Feliz Natal e que 2015 traga bons ventos pra você!
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Rua Des. Freitas, 1056, (Praça do Liceu) Centro (86) 3003-1032
Setembro/Outubro 2014
Revista Fecomércio
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Palavra do Presidente
Cartas
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facebook/revistafecomercio
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revistafecomerciopi@gmail.com
FEDERAÇÃO DO COMÉRCIO DE BENS, SERVIÇOS E TURISMO DO ESTADO DO PIAUÍ BRAÇO SINDICAL DO SISTEMA FECOMERCIO/SESC/SENAC
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2014 bro de Outubro de 2014 bro // Outu Setembro - Nº 9, Setem Ano 02 - Nº 9, Ano 02
Um clima para a transição
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INDÚSTRIA INDÚSTRIA
COMÉRCIO COMÉRCIO
Caro leitor, sua opinião é muito importante para o crescimento da nossa revista. Envie-nos suas sugestões, críticas e comentários sobre os diversos assuntos abordados nesta publicação. “Porque nós crescemos mais quando crescemos juntos.” mbro de Nove mbro 11 aa 15 de Nove 11 15 Hall com.br com.br Theresina Hall preendedorpi. ndedorpi. Theresina .feiradoem doempree www.feira www
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PRESIDENTE Francisco Valdeci de Sousa Cavalcante 1º VICE PRESIDENTE Jairo Oliveira Cavalcante 2º VICE PRESIDENTE Maria do Socorro Moraes Correia 3º VICE PRESIDENTE Grigório Cardoso dos Santos 4º VICE PRESIDENTE Denis Oliveira Cavalcante VICE PRESIDENTE José Antônio de Araújo, João dos Santos Andrade, José Alves do Nascimento, Conegundes Gonçalves de Oliveira, Raimundo Rebouças Marques, Eliel da Rocha Santos,Teodoro Ferreira Sobral, Geraldo Ponte Cavalcante Neto 1º SECRETÁRIO - Raimundo Nonato Augusto da Paz 2º SECRETÁRIO - Maria Adelaide Cavalcante Castro 3º SECRETÁRIO - Getúlio Alves dos Santos 1º TESOUREIRO - Antonio Leite de Carvalho 2º TESOUREIRO - Margareth Silva Lopes DIRETOR PARA ASSUNTOS TRIBUTÁRIOS Delano Rodrigues Rocha DIRETOR PARA ASSUNTOS DE DESENVOLVIMENTO COMERCIAL Gerardo Ponte Cavalcante Júnior
A Revista Fecomércio tem contribuído de forma decisiva com o segmento empresarial e industrial do Piauí. Por meio de matérias, reportagens e entrevistas bem elaboradas tem pautado as discussões no ramo, tanto no mercado de trabalho como também no meio acadêmico. Em experiência recente, universitários de Administração analisaram esta importante ferramenta de comunicação e perceberem, na prática, como é preciso manter-se atualizado. Parabéns pelo projeto! Alisson Dias Gomes, Prof. Dr. em Comunicação dd 1 c_09.in capa_fe dd 1 c_09.in capa_fe
Agradecemos as competentes profissionais da Comunicação Karla Nery e Nahiane Gomes por nos proporcionarem um bate papo tão agradável com nossa turma, certamente nos será muito valioso esse momento de aprendizado. Parabéns a Fecomércio por ter profissionais competentes e comprometidas em desenvolver com tamanho zelo e maestria a Revista Fecomércio. Francisca Maria, aluna do 2º período do Curso de Admnistração do Instituto Camilo Filho A entrevista que concedi à na 9ª edição Revista Fecomércio foi para mim uma nova experiência. Tivemos um papo descontraído e muito agradável. Sem dúvida, foi muito prazeroso falar da minha pessoa e da minha família para um público tão seleto como é o dessa revista, voltada especificamente para nós empresários. Quanto à qualificação da revista, só tenho elogios. Severino Ramos Brasil, sócio-proprietário da empresa S.R.Brasil & Cia Ltda (Varejão) Foto da Capa: Carlos Pacheco Produção: Karla Nery Local: Chopptime Agradecimentos: Lucas Veras e Flávio Moura
DIRETOR PARA ASSUNTOS DE CONSUMO Leonel Leão Luz DIRETOR PARA ASSUNTOS DE COMÉRCIO EXTERIOR Pedro Oliveira Barbosa DIRETOR PARA ASSUNTOS SINDICAIS Francisco Carneiro Mapurunga DIRETOR DE COMÉRCIO ELETRÔNICO Moisés Rebouças Marques CONSELHO FISCAL ELETIVO Janes Cavalcante Castro, Erivelton Moura e Antônio Hermanny Normando Almeida SUPLENTES Gescimar Miranda de Sousa, Benedito Cardoso Rabelo e Francisco Severiano Frota SUPLENTE DA DIRETORIA Raimundo Florindo de Castro, Maria do S. de M. Correia, Raimundo de Sá Urtiga, Carlos Augusto da Paz, José Carvalho Neto, João Batista dos Santos, Odival Neres Machado, Roberto M. Campos Drumont, Maria dos Aflitos S. R. Cardoso, Pablo H. Couto Normando, Jorge Batista da Silva Filho, Paulo H. C. Normando e Francisco Lima Costa. DELEGADOS REPRESENTANTES JUNTO A CNC EFETIVOS Francisco Valdeci de Sousa Cavalcante SUPLENTE Jairo Oliveira Cavalcante, Grigório Cardoso dos Santos DIRETOR REGIONAL DO SESC Francisco Campelo Filho DIRETORA REGIONAL DO SENAC Elaine Dias NOSSO ENDEREÇO Av. Campos Sales, 1111 - Centro/Norte Ed. Agostinho Pinto - 4º andar CEP: 64000-360 - Teresina - PI Fone: (86) 3222-5634 Fax: (86) 3223-8253 E-mail: atendimento@fecomercio-pi.org.br
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Revista Fecomércio
Novembro/Dezembro 2014
Editora - chefe Karla Nery - DRT 1339 PI Produção e Redação Karla Nery, Nonato Paz, Samanta Petersen, Nahiane Gomes, Camilla Melo e Jonathas Freitas Assessor Fecomércio-PI André Ribeiro Colaboradores Ana Cláudia Coelho e Dalton Glédson (Sesc), Mariane Aquino e Eduardo Portela (Senac), Antônia Pessoa, Carlos Augusto Lima, Graça Batista e Misael Martins (Sebrae), Kálita Torres, Felipe Ricardo e Cristina Alves (Fecomércio) Revisão Glécia Lima Fotos Carlos Pacheco
Projeto Editorial Opala Comunicação e Eventos Ltda End: Rua Gabriel Ferreira, 1010, Centro/Norte CEP: 64.000-250 - Teresina-PI Marketing Karla Nery Diagramação e direção de arte Zabumba Propaganda Impressão Halley S.A. Gráfica e Editora Tiragem 2000 exemplares Contatos (86) 33039831 / 9458 4554 / 9804 8998 Email: revistafecomerciopi@gmail.com
Valdeci Cavalcante Presidente do Sistema Fecomércio Sesc/Senac -PI valdeci_cavalcante@hotmail.com
Talvez seja chegado o momento do desarmamento de tensões, do fim das ofensas especulativas, do exibicionismo pueril e outros itens que possam interessar ao desenvol- vimento do Estado.”
A
poeira cinza da campanha eleitoral deste ano ainda não assentou. Divergências, conflitos e intolerância, estrelismo e arrogância que orientaram o discurso dos candidatos saíram do palco das disputas para o noticiário policial. Se os debates de campanha nada trouxeram de inovador, pontuados pelas promessas recriadas ao sabor das conveniências eleitorais, finda a eleição, permanece o mesmo clima de beligerância, dificultando o diálogo para uma transição madura e responsável. Encerrada a eleição, conhecidos os resultados, confirmada a vontade do eleitor, teria enfim chegado o momento para o desarmamento dos espíritos, recrudescimento das tensões, diálogo maduro para o entendimento. Mas, o clima de revanche que aquece as discussões políticas ainda não cedeu, pelo contrário, tem elevado de temperatura a cada dia. As equipes encarregadas do processo de transição não se entendem e, assim, fica comprometida a busca de soluções adequadas para a economia, o exame objetivo da situação fiscal, os compromissos inadiáveis e inalteráveis com a folha de pagamento, previdência social, o estudo de medidas emergenciais de contenção de gastos e excessos; os planos de investimento e o próprio planejamento da fisionomia do Governo para o setor de infraestrutura, transporte, estradas e o reaparelhamento do complexo de obras na Educação, Saúde e Serviços. Infelizmente, não é isto o que vem ocorrendo. A imaturidade política de alguns interlocutores vem transformando o cenário da transição num campo de batalha, em alguns casos com o claro desejo de expor o adversário. Talvez seja chegado o momento do desarmamento de tensões, do fim das ofensas especulativas, do exibicionismo pueril e outros itens que possam interessar ao desenvolvimento do Estado. Nos últimos 15 anos, os que imaginaram receber do Governo Federal qualquer incentivo ou vantagem fora das planilhas de
transferências financeiras para o Piauí, foram frustrados pela frieza do sistema de repasses da União ou desinteresse das autoridades financeiras que não incluem o Piauí no cadastro de prioridades. Os desafios são muitos. No setor de exportações, o saldo comercial das últimas duas décadas é desastroso. O nível de competitividade do Piauí com os demais Estados é irrelevante. E a equipe que assumirá o Governo em janeiro de 2015 terá quatro anos para honrar promessas não concretizadas, feitas há mais de oito anos pelo mesmo grupo. Água, energia, biodiversidade, resíduos sólidos, isolamento, política de apoio a novos empreendimentos são alguns itens que ainda não mereceram cuidadosa análise das equipes responsáveis, que estão ocupadas em desnudar os fracassos dos adversários. Há conflitos de identidade nas discussões sobre metas. A equipe que está deixando precisa apenas administrar calosidades que se agravam no centro do poder. Ao que se percebe, o governador abriu mão de suas responsabilidades formais, transferindo a auxiliares a tarefa de governar. Essa indiferença provocou a crise de entendimento, levando a discussões inúteis sobre valores éticos e morais. É necessário, neste momento, racionalidade para encarar os desafios dos próximos quatro anos. O Piauí não tem tradição de planejar suas ações políticas. Os projetos, com raras exceções, refletem interesses de grupos, independentemente da necessidade de crescer ou da vocação econômica das regiões. No momento em que houver mudanças de rumos e de métodos na avaliação das necessidades sociais e das vocações regionais priorizando ações efetivamente identificadas com os interesses da população, aí, sim, teremos alcançado o ideal da missão de governar. Novembro/Dezembro 2014
Revista Fecomércio
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Ano 02 - Nº 10 Novembro / Dezembro de 2014
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Carlos Pacheco
Especial Karla Nery
ÍNDICE
Capa
28 Setor de gastronomia cresce em Teresina
Sesc
Sesc
Mostra Natalina de Corais
Senac
Eventos
Sebrae
Bem-estar
Outras Seções
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45
46
52
Carlos Pacheco
Iniciado ciclo de palestras no Sesc
Carlos Pacheco
Fecomércio participa de reunião da Renalegis em Florianópolis
Carlos Pacheco
Confiança dos empresários mantém estoques
Marketing Senac
Alzenir Porto / Fundadora da Servemplac e ex-superintende da Strans
5
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Revista Fecomércio
Novembro/Dezembro 2014
Feira de Franquias do Caxias Shopping
Informação, capacitação e oportunidades para empreender
Cuidar da saúde deve fazer parte da rotina dos homens
Senac inaugura Centro de Educação Profissional e homenageia personalidades
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Gestão e Pessoas
Ana Cristina Barros
Valdeci Cavalcante
18
Finanças Pessoais
48
26
Gestão Empresarial
50
36 Senac é referência na busca por profissionais qualificados
Palavra do Presidente
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Carlos Pacheco
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Ascom/Sesc
34
Senac Ascom/Sesc
17
Calculando o valor da sua empresa
Ascom/Sesc
14
Carlos Pacheco
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Caio Cezar / Fecomércio-SC
Fecomércio
Pesquisas Fecomércio Carlos Pacheco
Entrevista
Flávio Aragão Macau Segundo
Júlia Macedo
Direito & Empresas Francisco Soares Campelo Filho
1º
Agenda
Coaching de Carreira Cacilda Silva
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Cultura Empresarial
Nahiane Gomes
Novembro/Dezembro 2014
Revista Fecomércio
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Alzenir Porto / Fundadora da Servemplac e ex-superintende da Strans
“Eu não posso parar.”
Carlos Pacheco
Entrevista
A
persistência é sem dúvida uma das características mais fortes da empresária Alzenir Porto. Natural de Roça Velha, uma localidade próxima a Brejo, ela veio de uma família muito simples, passou por muitas dificuldades na infância e soube com muita garra vencer os desafios que a vida lhe apresentou. Fundadora da Autoescola Servemplac, ex-superintendente da Strans e advogada são apenas algumas das funções que ela tem orgulho de fazer parte da sua trajetória. Nessa entrevista concedida à Revista Fecomércio, ela nos conta suas lembranças de criança, da adolescência em Parnaíba, da vinda para Teresina, estudos, trabalhos, família e como entrou no mundo dos negócios e da Política. Convido você a fazer conosco uma viagem para buscar nessa história de sucesso, inspiração para crescer, pois como ela mesma diz, não podemos parar!
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Revista Fecomércio
Novembro/Dezembro 2014
Por Karla Nery
Eu queria que a senhora começasse contando um pouco da sua história e da Servemplac. Bom, eu e meu marido Edmilson fundamos a Servemplac há 35 anos, mas há mais ou menos um ano e meio, tirei meu nome e passei a administração para meus três filhos Andrews, Darlan e Anderson. Foi uma sucessão talvez um pouco precoce, mas depois que me afastei da administração, passei a advogar e a me dedicar a outros projetos. O mundo não para e eu também não posso parar. Com relação a minha história, eu nasci num interior chamado Roça Velha, uma localidade onde só moravam cinco famílias, perto de Brejo. Meus pais apesar de serem analfabetos, prezavam muito pelos estudos e o que eles mais queriam na vida era que nós não crescêssemos como eles, sem ter acesso aos estudos. Meu pai Enoque é uma pessoa por quem tenho uma admiração imensa porque imagine uma pessoa que nunca teve algo, que estava tão distante da civilização e conseguia ter a visão de que o filho pra ter um futuro melhor tinha que estudar. Dessa forma, ele levava professoras pra ensinar a gente a ler e escrever, coisa que ele aprendeu sozinho, aliás, com minha mãe, os dois juntos. Quando ele viu que não tinha mais futuro ficar em Roça Velha, decidiu levar os filhos para a cidade mais próxima que era Brejo. Lá, ele se deu bem. Colocou um comércio e alugou uma casa, conseguia deixar os filhos frequentando escola, bem alimentados. Foi um período muito bom da vida da gente. Só que chegou o dia que não tinha mais estudo para minha irmã mais velha, e como meu pai tinha alguns contatos em Parnaíba, resolveu que nós iríamos embora pra lá. Aí, de um dia pro outro ele vendeu esse comércio que já era um comércio até mais ou menos e seguimos viagem. Dessa vez, foi um pouco diferente porque quando a gente veio de Roça Velha para Brejo, eu costumo dizer que meu primeiro transporte foi um jacá. O pessoal não queria que ele viesse, aí soltaram os animais e meu pai trouxe a gente a pé. Os maiores vinham caminhando na frente, e eu como tinha uns dois ou três anos e minha irmã Berenice viemos junto com alguns pertences delicados dentro de jacás, uma do lado e a outra do outro lado, no único burro que ele conseguiu. Pegando pela minha idade, eu tenho 58 anos, isso foi há uns 55 anos. Como eram mais ou menos seis léguas, ele
optou por viajar a noite, pois era mais frio. Uma hora, ele revezava, pegava minha irmã um pouco maiorzinha nas costas e sempre que um cansava ele levava nos braços e assim a gente foi. Minha mãe com bebezinho nos braços que é meu irmão Antônio José, o segundo mais novo. Tudo isso para que a gente pudesse estudar. Nós somos uma família de sete filhos sendo cinco mulheres e dois homens. Quando fomos pra Parnaíba foi muito difícil. Posso lhe dizer que foi o período mais difícil da vida da gente, pois antes nossa vida era humilde, mas chegou a linha de pobreza extrema lá porque meu pai perdeu tudo, perdeu o pouquinho que ele tinha levado. Daí, pra completar não deu certo o aluguel da casa, pois quando chegamos, o pessoal deu pra trás e tivemos que ir pra casa de uma tia. Depois, fomos morar numa casinha da minha avó que era de pau a pique, de palha mesmo. Foi um período muito, mas muito difícil. Sua avó morava lá? Não. Minha avó foi com a gente. Minha avó materna era idosa, mas sempre foi muito independente. Ela tinha o próprio comércio, seu próprio dinheiro. A tradição do comércio já veio da família, não é? Verdade. Além do meu pai, eu tinha a referência da minha avó e depois da minha mãe. É que pouco depois que chegamos a Parnaíba meu pai adoeceu, teve problemas cardíacos e a minha mãe começou a, praticamente, sustentar a casa fazendo sacolas de plástico que a gente vendia. Mesmo doente, meu pai trabalhou como auxiliar de construção e em todo trabalho que aparecesse para sustentar os filhos e, mesmo com todas essas dificuldades, ele botou os filhos no colégio. Como foi que vocês foram superando isso? A gente foi superando trabalhando juntos. Meus pais tinham um objetivo que era botar a gente para estudar e jamais separar a família. Nesse período, sempre aparece um querendo que você dê um filho pra ele ajudar a criar, mas meu pai nunca tolerou esse tipo de coisa. Lembro que meu pai pescava e a gente vendia os peixes, minha mãe plantava os canteiros de cebola, coentro e a gente vendia na porta do mercado e, assim, nós íamos conseguindo sobreviver. Até minha mãe aprender com a vizinha a fazer os trabalhos de
plástico. A partir de então, ela começou a fazer sapatilhas, bolsas, flores, sapatinhos para crianças, coisas muito populares, muito simples que envolvia toda a família. Inclusive, a partir daí fiz que nem minha avó, tive minha independência. A minha mãe cortava os plásticos e eu pegava os retalhos e enquanto ela fazia as bolsas para vender para as pessoas grandes, eu fazia para vender para minhas amigas no colégio. Quantos anos você tinha? Uns seis, sete anos. A gente trabalhava desde pequenininho. Então, eu levava pra escola uma porção de bolsinhas pra vender. E depois do colégio, vendia as sacolas que a minha mãe fazia na vizinhança. E foi assim que minha mãe conseguiu nos sustentar. Ela até comprou uma casinha que era pequena, mas que pra mim parecia uma mansão. Na realidade, era um forno de padaria que minha mãe conseguiu adaptar pra gente morar. Era uma casa muito simples. Minha mãe comprou pra pagar com mercadorias, o que pra gente foi muito bom, pois lá já tínhamos uma condição de vida melhor, já conseguíamos ter alimento todo dia, coisa que não acontecia no passado. Hoje, eu penso como minha mãe sofria de olhar os filhos cedinho e não saber como alimentar. Naquele tempo, não tinha bolsa isso, bolsa aquilo que muita gente condena tanto, mas quem passou por isso sabe o tanto que aquilo ali faz falta. Quando você passa por uma situação dessas, Karla, você fica com muitos ensinamentos. A gente tem uma consciência de divisão, sabe? Se eu ganhasse no colégio um biscoito, eu dividia em casa. Eu lembro que no Dia das Crianças, eles davam uma sacolinha com petinhas, e eu poderia estar com a fome que fosse, porque a gente sempre estava morrendo de fome, mas eu levava pra dividir com a família toda. E isso não era só eu, meus irmãos faziam do mesmo jeito. Então, a satisfação da gente era chegar com alguma coisa em casa que servisse de alimento pra todo mundo. E, graças a Deus, sempre tem um vizinho bondoso que te ajuda. É por isso que eu admiro muito as pessoas que conseguem ficar com o coração aberto. Onde você estudou lá em Parnaíba? Meu primeiro colégio foi o Clóvis Salgado, mas nesse período que a gente morou nessa outra Novembro/Dezembro 2014
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Entrevista
Era uma casa muito simples. Minha mãe comprou pra pagar com mercadorias, o que pra gente foi muito bom, pois lá já tínhamos uma condição de vida melhor, já conseguíamos ter alimento todo dia, coisa que não acontecia no passado. Hoje, eu penso como minha mãe sofria de olhar os filhos cedinho e não saber como alimentar. Naquele tempo, não tinha bolsa isso, bolsa aquilo que muita gente condena tanto, mas quem passou por isso sabe o tanto que aquilo ali faz falta. Quando você passa por uma situação dessas, Karla, você fica com muitos ensinamentos. casa, a gente já estudava no Colégio São Sebastião que era um colégio melhor. Como minha mãe já tinha um pouco mais de condição, a gente já conseguia ter uma farda, mas mesmo assim ainda tinha umas situações meio desagradáveis, como a tal da caixa escolar. Quando a dona Francinon, que era o nome da senhora que cobrava a caixa entrava na sala, eu já me levantava porque sabia que ela botava pra fora quem não pagasse a taxa no final do mês. O que era essa taxa? No passado, os colégios públicos cobravam a taxa escolar, que era uma taxa irrisória e depois foi proibida. É como se fosse hoje R$ 2,00. Só que essa taxa irrisória para algumas pessoas fazia muita diferença. Pra nós, então, era caríssima porque eram sete filhos e todo mês tinha aquele dinheiro que quando multiplicava dava um valorzinho até bom. Lembro que como não tínhamos sapatos, a gente ia com sapatilhas de plástico que minha mãe fazia. Aqueles sapatinhos de bailarina eram muito quentes e como naquele tempo não tinha muito calçamento, a areia esquentava tanto os pés que de repente você vinha correndo na ponta dos pés pra esfriar. Foi assim, um período de muita dificuldade, de minha mãe não ter como alimentar os filhos. Mas, com todas essas dificuldades, você conseguiu concluir os estudos? Consegui. Eu estudei até o 5º ano nesse colégio. De lá, eu fiz aquele exame de admissão e fui para o Colégio Estadual Nossa Senhora de Lourdes, onde fiquei até completar 16 anos. Ai eu vim pra cá porque minha irmã Raimunda ia fazer faculdade e não conseguia ter casa para morar. Naquele tempo, ela arrumou um namorado que hoje é o esposo dela e resolveram locar uma casinha para poder morar os dois e mais o namorado da minha outra irmã Idenise que também tinha passado na universidade. Como naquela época, não podia uma mulher morar sozinha 10
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com dois homens, minha mãe me mandou vir morar com ela. Assim que eu cheguei já comecei a trabalhar porque minha irmã tinha que estudar de manhã na Universidade Federal e me colocou para lhe substituir no seu trabalho na Imobiliária Fernando Carvalho. Eu era recepcionista. Pra mim, aquilo foi algo que me deixou assustadíssima, pois sempre fui muito tímida, qualquer coisa que as pessoas falavam já me deixava ruim. Mas, no geral foi uma experiência muito boa. Aqui, eu estudei no Demóstenes Avelino, onde hoje é a Servemplac do Fripisa. De lá, eu fui para o Leão 13, onde conclui o ginásio. Do Leão 13, eu fui para o Cefet, que hoje é Ifpi e na época era a Escola Técnica Federal do Piauí. Lá, eu conheci meu esposo Edmilson Carvalho da Costa, no segundo ano do curso de Administração, e a gente se casou em 1979, mesmo ano que começamos a Servemplac. Quando nos casamos, ele trabalhava numa empresa de prestação de serviços na área de seguros. Eu já tinha trabalhado na Vemosa, uma revendedora onde hoje é a Alemanha Veículos e na JET Automóveis, mas resolvi largar tudo pra tomar conta desse escritório. De lá pra cá, a gente veio com emplacamento, depois autoescola e, graças a Deus, deu para criar nossa família muito bem, colocando nossos filhos em colégio particular. Não tinha muito dinheiro, mas dava pra viver e ajudar os familiares. Hoje, vocês já têm quantas lojas? São quatro lojas. Uma na Praça do Fripisa, antigo Colégio Demóstenes Avelino, outra na avenida Nossa Senhora de Fátima; outra na Barão de Gurgueia que foi onde tudo começou e outra dentro da CN motos. Quando nós começamos, ficava bem pertinho do Detran num prédio que alugamos do Nelson, depois fomos pra outro prédio. Na verdade, eu fiquei sonhando com aquele prédio, eu queria alugar só que era um sonho muito alto para mim. Aquilo era como se eu estivesse
saindo do primeiro andar, daquela partezinha mais escondida e indo para a cobertura. Eu e meu marido criamos coragem e fomos falar com o proprietário que é uma pessoa fantástica, o Sr. João Claudino, uma pessoa por quem eu tenho um carinho imenso. Eu acho que Teresina ainda não se conscientizou do grande homem que ele é. Quem tem o império que ele tem, de repente, ele para pra te ouvir, ele te ouve e te respeita e as coisas ficam muito fáceis quando você está falando com ele, tamanha a sua sabedoria. Nós não tínhamos nada pra dar de garantia, por isso no começo, alugamos só o andar debaixo e, depois que as coisas começaram a andar, alugamos o andar de cima. Então, foi muito importante essa confiança do Sr. João. Sem falar que a gente se sentia dono do prédio e tinha a garantia de que ninguém viria pedir o ponto, algo que assusta muito o empresário que faz um investimento e depois o dono pede o lugar de volta. De lá, a gente veio colocando as outras lojas e eu criei meus filhos mostrando que juntos nós somos fortes, separados não somos ninguém, que a família é muito importante. Com relação ao segmento de autoescola, eu lembro que teve uma discussão muito polêmica sobre os simuladores. O que são esses simuladores? O simulador nada mais é do que um carro parado. É como se fosse um daqueles fliperamas. A diferença é que ele não estaria com aqueles programas de velocidade, de bater, ele estaria com um programa de você manusear o carro para dentro da faixa, fazer manobras. É algo interessante. Eu tenho simulador. Então, por que as autoescolas eram contra essa implantação? Aquilo era um absurdo, Karla! Era algo que não poderia acontecer. Eu mesma entrei naquela confusão. O grande problema nosso é que está havendo muito acidente, então responsabilizam
as escolas dizendo que estão formando mal, o que não é verdade. Existem vários problemas que interferem nisso. Por exemplo, a escola é colocada através do Detran, numa espécie de concessão do serviço público. Então, quando você coloca pessoas que não tem instalação condizente, que você sabe que ali não vai ter um bom resultado, você está aumentando esse problema. Pra você ter noção, há seis ou oito anos, nós éramos 29 escolas em Teresina. De repente, credenciaram para mais de 130 escolas, fazendo o que nós chamamos de mercado predatório. Nós tivemos poucos alunos para muitas escolas e a autoescola demanda um custo muito alto. Você tem que ter dois funcionários de nível superior, que é um diretor geral e um diretor de ensino, tem que ter os instrutores teóricos, instrutores práticos, todos com cursos adicionais. Há um tempo, cada carro desses formava um número mínimo de pessoas. Tudo isso custa caro e não é dado muito valor. Às vezes, a pessoa prefere colocar o filho numa autoescola que cobra um valor inferior, mesmo sabendo que com aquele valor ele não vai ter aula porque não é possível que alguém que pague R$700 num curso de carro e moto acredite que aquela autoescola vai dar as aulas. Se ela fizer isso ela fecha as portas. Qual é a média de valor do curso? Um curso desses para você realmente ministrar as aulas que é de obrigação através de Resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que são 45 aulas teóricas, 20 aulas de carro e 20 de moto, se for pra carro e moto, não sai por menos de R$ 1.600,00. Menos que isso você vai estar pagando pra trabalhar. Quantos alunos já passaram pela Servemplac? Ah! Passaram muitos. Eu não tenho nem noção. Hoje, eu estou formando os filhos das pessoas que eu dei aulas alguns anos atrás e daqui um pouco mais de tempo vai chegar à terceira geração, afinal já estamos há 35 anos no mercado. Eu acho assim, dirigir é um ato de muita responsabilidade, é algo que só alguns segundos faz diferença entre a tua vida e a tua morte. E o que é pior, muitas vezes põe a família toda em risco, dependendo de quem está no veículo. A responsabilidade é tamanha que você não pode simplesmente chegar e dizer: “Eu quero o menor preço.” Quais são hoje as principais causas de acidentes? A imprudência. Principalmente, quando as pessoas acham que sabem dirigir, o que não é verdade, pois muitas vezes elas sabem conduzir o
carro. Daí, elas começam a se expor a velocidade maior, a tentar uma ultrapassagem em área proibida. Quando eu estava em sala de aula sempre dizia aos meus alunos que quando eu admito que vou fazer uma tentativa de ultrapassagem, eu já estou admitindo um acidente, uma colisão frontal. Além da questão das ultrapassagens, tem a questão de invadir o sinal vermelho e usar o celular enquanto dirige. Hoje, tem gente que passa mensagem de texto enquanto dirige. Gente, isso é um perigo! Um instante que você baixa seu olhar, acontece um acidente. Eu sempre digo que dirigir é algo de muita responsabilidade. O meu sonho seria que as autoescolas de todos os meus amigos pudessem parar e pensar: “O meu trabalho é de uma responsabilidade imensa, então eu tenho que fazer o melhor. Eu tenho que fazer com que esse aluno que saiu da minha escola, saia com a cabeça voltada para aquilo que é essencial que é o respeito na direção”. A senhora se formou em Direito há alguns anos. Quando foi que decidiu voltar a estudar? Quando olhei para o banco de trás e meus meninos não estão mais lá, pensei: “É hora de voltar para os estudos.” Eu e meu marido fizemos aquele curso sequencial de madrugada que era o único horário que a gente podia, porque tinha vezes que eu trabalhava até altas horas da noite. A visão do governador Mão Santa em relação aos cursos sequenciais ajudou muita gente a despertar a vontade de estudar de novo. Eu fazia Direito Penal e meu marido Administração Pessoal. Quando terminou, eu prestei vestibular para a Faculdade Santo Agostinho e passei a fazer o curso regular de Direito e o Edmilson passou na Faculdade Camillo Filho para Administração. Quando eu terminei o curso em 2007, fiz a OAB e, desde então, compartilho com meu filho Darlan, minha nora Lenara e meu cunhado Francisco um escritório de advocacia que fica perto do Ministério Público, do Procon. No início, eu passei pouco tempo lá porque foi no mesmo período que fui chamada para a Strans quando Dr. Elmano era prefeito. Eu nunca tinha trabalhado em serviço público, mas aceitei o desafio. Passei um período como diretora, depois recebi o convite para assumir a superintendência que no princípio recusei porque estava levando a Strans e a Servemplac. Como estava difícil levar as duas coisas, meu filho Darlan passou a tomar conta da empresa. Assim, eu fiquei até terminar a gestão do Elmano no final de 2012. Nesse período, a gente conseguiu fazer a integração do transporte pú-
Hoje, eu estou formando os filhos das pessoas que eu dei aulas alguns anos atrás e daqui um pouco mais de tempo vai chegar à terceira geração, afinal já estamos há 35 anos no mercado. Eu acho assim, dirigir é um ato de muita responsabilidade, é algo que só alguns segundos faz diferença entre a tua vida e a tua morte. E o que é pior, muitas vezes põe a família toda em risco, dependendo de quem está no veículo. A responsabilidade é tamanha que você não pode simplesmente chegar e dizer: “Eu quero o menor preço.” Na realidade, o curso são 45 aulas teóricas onde ele vai aprender sobre legislação, direção defensiva, meio ambiente, cidadania, noções de mecânica e primeiros socorros.
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Entrevista
blico, conseguimos recursos para construção de terminais e corredores e para asfaltamento das vias públicas, todos através do PAC 2, recursos que estão sendo utilizados pelo atual prefeito. Nessa última eleição, você foi eleita suplente do Senador Elmano Férrer. Queria que você falasse um pouco mais sobre esse convite e da decisão de entrar na Política. Eu não pensava em entrar na Política, mas aceitei o convite pra Strans e por causa do trabalho à frente da nossa equipe fui convidada novamente para trabalhar na campanha do Dr. Elmano para o senado, na coordenação financeira, sendo indicada também para segunda suplente. E agora, quais são seus planos? O que você acha que vai acontecer? Eu não sei, Karla. Eu estou sempre trabalhando, pois costumo dizer que não posso parar, mas eu não sou de chegar e pedir indicação, alegar alguma obrigação. Se alguém achar que eu me enquadro dentro de algum trabalho, dentro de alguma função e que eu possa realmente vir a ajudar, tudo bem. Eu sou muito grata a tudo que já recebi até aqui. Eu ouvi comentários de que você estaria sendo indicada para o Detran. É, houveram esses comentários, mas eu posso lhe assegurar que eu não fui convidada. Como meu trabalho é voltado para o trânsito, houve essa especulação. Eu sempre deixo muito a vontade porque hoje sou presidente da Comissão do PTB Mulher e, claro, estou à disposição do meu partido para aquilo que nosso presidente estadual que é alguém fantástico, o Senador João Vicente Claudino, venha a decidir. Estou lembrando aqui também, que tanto a Servemplac quanto a senhora já receberam alguns prêmios. Você lembra quais? A Servemplac já ganhou vários prêmios. Ela recebeu o Prêmio Qualidade Brasil várias vezes, já esteve no Marcas Inesquecíveis durante muitos anos. Inclusive, quando eu estive na Strans tam-
bém recebi todas as medalhas e todos os títulos que alguém poderia receber, outra coisa ao qual eu me senti muito agradecida. Eu recebi o Prêmio do Transporte dado pelo Setut, Mulher Destaque dentro do município, o prêmio Mérito Legislativo, a medalha Conselheiro Saraiva, o Título de Cidadania, entre outros. Então, assim, é muito bom as pessoas reconhecerem teu trabalho. Eu costumo dizer que o ser humano é movido através dos agradecimentos. Se você me contrata e confia a mim uma tarefa, eu procuro fazer o melhor, pois meu maior pagamento é conseguir acertar e deixar você satisfeita com meu serviço. Alguém se sentir satisfeita com o que você fez é um bálsamo para a alma da gente. Tem mais algum fato da sua história que você acha que é importante contar? Olha, eu diria que o momento mais importante é aquele que a tua família está saindo daquele formato de pai, mãe e filhos, para pai, mãe, filhos e noras, que são minhas filhas, pessoas maravilhosas que eu adoro, que são a Marcela, a Luana e a Lenara. Eu que não tive filha mulher me realizei com elas e já tenho cinco netos. Então, essa realização de você ver a sua família crescendo e, principalmente, crescendo da maneira correta, de você saber que conseguiu passar para seus filhos aqueles valores que seus pais te passaram, que os pais do meu esposo também passaram para ele e assim formar cidadãos, é algo tão difícil nos dias de hoje. Que conselho a senhora dá para quem está empreendendo ou quer começar a empreender? Eu acho que seria o seguinte: independente de qual seja o tipo de negócio, se prestação de serviços, que é meu caso, se comércio, varejo ou atacado, em qualquer tipo de serviço, o essencial é o que se chama de Recursos Humanos. Você tem que ter uma boa equipe formada com pessoas comprometidas que vestem a camisa e pensam essa empresa também é minha. Você tem que investir na qualificação dessas pessoas e dar
a elas a oportunidade de crescimento dentro da empresa. Eu costumo dizer que tive muita sorte, pois sempre encontrei essas pessoas. Então, hoje o que move qualquer empreendimento de sucesso são as pessoas que formam a empresa. Para finalizar, você participa também do Conselho do Sesc. Como é que foi esse convite? Foi um convite de uma pessoa que admiro muitíssimo, o Dr. Valdeci Cavalcante, que é um conterrâneo nosso, apesar de eu não ser parnaibana, mas assim me considero porque morei muito tempo lá. Dr. Valdeci me chamou e eu aceitei com uma felicidade muito grande porque sempre tive vontade de participar da Fecomércio e estou lá a mais ou menos dois ou três anos. Eu admiro muito o Dr. Valdeci pelo empreendedor que ele é, porque é muito difícil você pegar um Sistema na situação que ele pegou e transformar na grandiosidade que é hoje. Isso é resultado de muita dedicação, compromisso e confiança. Mas, o que eu mais admiro nele é esse dom de partilhar, algo muito raro nesse mundo individualista que nós vivemos. Pessoas como o Dr. Valdeci, Dr. Elmano e Sr. João Claudino que tem um pensamento agregador e empreendedor são raras. Eu acho que o Sistema Fecomércio tem que ser muito agradecido ao grande gestor que ele é. E já que estamos finalizando, eu só queria fazer uma colocação que no período que eu me afastei da empresa, eu me tornei ciclista. Quando meu filho Anderson abriu a loja Giro Radical, eu não sabia nem andar de bicicleta, mas aprendi com várias quedas. A primeira vez que eu fui, cai três vezes, mas nas três vezes eu me levantei e subi na bicicleta de novo. Hoje, eu faço trilha, participo de competições e consegui subir ao pódio em algumas delas. O bom é que esse é um esporte que a gente pode fazer com a família e além de ser muito agradável e agregador, nos deixa em forma, nada de barriga e cara de cansaço, a qualidade de vida melhora muito. Queria aproveitar pra indicar a todos!
Eu admiro muito o Dr. Valdeci pelo empreendedor que ele é, porque é muito difícil você pegar um Sistema na situação que ele pegou e transformar na grandiosidade que é hoje. Isso é resultado de muita dedicação, compromisso e confiança. Mas, o que eu mais admiro nele é esse dom de partilhar, algo muito raro nesse mundo individualista que nós vivemos. Pessoas como o Dr. Valdeci, Dr. Elmano e Sr. João Claudino que tem um pensamento agregador e empreendedor são raras. 12
Revista Fecomércio
Novembro/Dezembro 2014
Revista Fecomércio é 10! Chegamos na 10ª Edição, ajudando você a ficar cada vez mais por dentro do mundo dos negócios.
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Revista Fecomércio
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Pesquisas Fecomércio
Confiança dos empresários mantém estoques
Momento atual do Empresário do Comércio Na avaliação dos empresários do Comércio de Teresina, o índice Condição Atual da Economia atingiu 88,5 pontos caracterizando pessimismo e, quando comparado com o mês anterior houve uma queda de 5,14%. O setor Comércio também não foi bem avaliado pelos Empresários porque situou um pouco acima do valor de limite entre o oti-
O Índice de Confiança do Comércio da Capital piauiense, no mês de outubro foi o menor dos últimos 13 meses. Por Nonato Paz e Karla Nery Fotos: Carlos Pacheco
A
Pesquisa do Índice de Confiança do Comércio da capital piauiense, no mês de outubro de 2014, revelou o menor índice dos últimos 13 meses. A pesquisa foi realizada pela Confederação do Comércio de Bens Serviços e Turismo (CNC) em parceria com a Fecomércio-PI com 135 empresas do setor Comércio de Teresina. O levantamento é apresentado em pontos e em percentuais. Os pontos variam de zero a 200, sendo zero o total de insatisfação e 200 o último grau de otimismo. No mês de outubro, o otimismo dos Empresários do Comércio de Teresina sofreu uma queda de 2,44% com relação ao resultado da pesquisa do mês de setembro, uma vez que outubro alcançou 127,7 pontos e o mês anterior foi de 130,9.
62,3% das empresas do segmento de vestuário e calçados estão com estoques adequados e 8,7% estão com volume excessivo de produtos.
mismo e pessimismo, atingindo 106,0 pontos, além de ter ficado 2,57 abaixo do valor registrado no mês passado. Os empresários estão mais satisfeitos com os resultados de suas próprias empresas que foram avaliadas em 124,5 pontos e um ligeiro crescimento de 0,4% na comparação com o mês de setembro.
Investimentos
A sondagem revelou que 24,8% dos empresários teresinenses tem intenção de aumentar muito o número de empregados, mas 55,6% desejam aumentar pouco, principalmente em função do fraco desempenho da economia brasileira no terceiro trimestre do ano divulgado pelo IBGE e de outros fatores inibidores das vendas como a valorização do dólar e as dívidas dos consumidores. Quanto ao nível de investimentos em equipamentos e instalações, 17,9% dos empresários revelaram que este tipo de investimento vai ser maior do que o do ano anterior, embora 44,4% tenham afirmado, nesta pesquisa, que vai ser um pouco menor. Dos comerciantes que empregam mais de 50 pessoas, 28,6% disseram que este tipo de investimentos foi muito maior do que os realizados no ano passado.
EQIP • REVISTA - FECOMÉRCIO.pdf 1 16/12/2014 11:19:47
Situação atual dos Estoques A pesquisa mostra que 12,9% das empresas do Comércio consultadas informaram que tinham um volume de mercadorias acima do adequado. No levantamento por grupos de atividades, no segmento de vestuário e calçados, por exemplo, 8,7% das empresas estão com volume excessivo de produtos, porém 62,3% disseram que os seus estoques estão adequados para o mês de outubro. Entretanto, 27,5% das empresas deste segmento têm estoques insuficientes, revela a sondagem. Já no setor de duráveis como ar-condicionado, geladeira, fogão, TV e outros, 14,7% das lojas têm estoque elevado, mas 67,2% estão com estoques suficientes. É interessante observar que os bens de maior valor como automóveis, os comerciantes do ramo não estão conseguindo passar para frente, diferente de anos atrás em que neste período haviam filas para negociar alguns modelos de veículos. As encomendas de brinquedos eletrôni14
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C
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Quem deixou pra fazer encomendas de brinquedos eletrônicos importados para última hora sofreu o impacto da valorização do dólar.
cos importados que são os mesmos do Dia das Crianças foram realizadas logo depois desta data para se abastecerem nas festas de fim de ano. Todavia, alguns empresários
que deixaram para última hora terminaram por adquirir os mesmos produtos a preços majorados em função da valorização do dólar. Novembro/Dezembro 2014
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Pesquisas Fecomércio
Fecomércio
Compra a prazo e nível de consumo atual registram altas
Fecomércio participa de reunião da Renalegis em Florianópolis
A Pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias de novembro é realizada pela CNC e Fecomércio
Iniciativas da Renalegis e Fecomércio tem apoio dos Parlamentares de Santa Catarina Por Nahiane Gomes e Nonato Paz Fonte: Ascom Fecomércio-SC
A
Intenção de Consumo das Famílias de Teresina (ICF) alcançou 126,3 pontos e teve uma queda de 0,70% em novembro deste ano, na comparação com o mês anterior, registrando o menor índice desde maio, quando o indicador atingiu 126,2 pontos. Comparando com o mesmo mês do ano anterior, a desaceleração foi de 6,3%. A Intenção de Consumo apresentou-se mais intensamente nas famílias com renda acima dos 10 salários mínimos, nos componentes Compras a Prazo com otimismo de 188,2 pontos e Perspectiva de Consumo com 185,3 pontos. A Pesquisa sobre Intenção de Consumo das Famílias de Teresina (ICF) é realizada em parceria entre a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Piauí através do Instituto Fecomércio de Pesquisa e Desenvolvimento (IFPD-PI) e a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A Pesquisa é registrada numa escala que vai de zero a 200 pontos, que demonstra otimismo acima de 100 pontos. Dos sete indicadores que compõem a ICF, cinco apresentaram quedas na comparação mensal: Emprego Atual (-3,61), Perspectiva Profissional (-3,23), Renda Atual (- 3,61), Perspectiva de Consumo (- 0,52) e Momentos para Duráveis (-1,48). O resultado da queda destes índices está ligado ao endividamento das famílias, a inflação que está acima da meta e as altas taxas de juros. Outro fator inibidor do consumo no mês de novembro foi o encarecimento do dólar porque os produtos mais cobiçados neste período pelo consumidor dependem da moeda americana que já ultrapassou os R$ 2,60. Por causa do dólar valorizado, o Natal deste ano não vai ter muitos produtos eletrônicos e enfeites natalinos. Apesar de ter apresentado resultado negativo com relação ao mês passado, mais da metade (51,5%) dos entrevistados avaliaram que o momento é bom para as famílias que desejam adquirir Bens Duráveis tipo eletrodomésticos, TV, sons e outros. Mas 45,4% com 16
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Novembro/Dezembro 2014
Variação Mês
ÍNDICES
Nov/2013
Nov/2014
Out/2014
ICF (Intenção das Famílias)
134,4
126,3
127,1
-0,70
• Emprego Atual
127,4
122,8
132,1
-3,61
• Perspectiva Profissional
86,7
83,9
80,3
-3,23
• Renda Atual
157,9
147,6
146,6
-3,61
• Compra a Prazo
157,4
144,6
143,2
0,98
• Nível de Consumo Atual
140,9
127,0
125,5
1,2
• Perspectiva de Consumo
158,2
151,9
152,7
-0,52
• Momento para Duráveis
113,9
106,2
107,8
-1,48
Fonte: CNC Elaboração: IFPD-PI
certeza não desejam comprar nenhum tipo de Duráveis. Na comparação mensal, os componentes Compra a Prazo e Nível de Consumo Atual apresentaram crescimento de 0,98% e 1,2% respectivamente, além de mostrar otimismos de 144,6 e 127 pontos. O levantamento mostra que 63,4% dos entrevistados disseram que neste mês ficou mais fácil o acesso ao crédito enquanto que 18,7% confirmaram que ficou mais difícil. Já quando a avaliação deste componente é feita levando em conta a classe social do entrevistado, percebe-se que o maior percentual de otimistas em relação ao ano passado está na classe que fatura acima de 10 salários mínimos (89,7%). O Nível de Consumo Atual revela que 48,3% das famílias estão comprando mais do que no ano passado e 30,4% avaliam na pesquisa que o consumo é o mesmo de 2013. O otimismo para os consumidores com renda até 10 salários mínimos ficou em 123,4 pontos e para quem tem poder aquisitivo superior a esta renda o índice de satisfação foi de 179,4 pontos.
Para o Presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Piauí, Francisco Valdeci de Sousa Cavalcante, estes indicadores (Compras a Prazo e Nível de Consumo Atual) que cresceram neste mês mostram que, mesmo com a desaceleração da Intenção de Consumo, existem fatores de aquecimento de vendas como a injeção de dinheiro da primeira parcela do 13º salário, bem como as promoções e liquidações do fim de ano. Ainda com relação às Compras a Prazo, nota-se que os consumidores não se contentam mais com um só cartão de crédito e acabam gastando o que está fora da linha de seu orçamento. As compras a longo prazo vão se acumulando em muitos cartões e até se esquecem das compras que vem fazendo. Está tão banal as pessoas possuírem cartão que não estão sabendo utilizar este crédito, eles compram mais por impulso. A Fecomércio-PI chama atenção aos consumidores para não comprometer mais de 30% de suas rendas com dívidas.
B
runo Breithaupt, presidente da Federação do Comércio de Santa Catarina e vice-presidente eleito da Confederação Nacional do Comércio (CNC), fez o discurso de boas vindas da 6ª Reunião Extraordinária da Rede Nacional de Assessorias Legislativas (Renalegis), realizada no dia 14 de novembro, no auditório do Sesc de Cacupé, em Florianópolis. Depois de cumprimentar os integrantes da reunião, que contou com a participação da bancada parlamentar catarinense, composta pelo deputado federal Esperidião Amin (PP), senador Casildo Maldaner (PMDB), deputado federal Mauro Mariani (PMDB), deputado federal eleito João Paulo Kleinübing (PSD), dentre outros, o presidente não deixou de lembrar o importante papel da Renalegis em ser um fórum de acompanhamento, análise e discussão para a atuação estratégica do Setor Terciário junto ao Poder Legislativo e enfatizou o empenho da CNC e Fecomércio na luta para defender o Comércio frente aos parlamentares e setores da sociedade civil, seja com sugestões, posicionamentos, parcerias, debates e encontros pelo Brasil afora. Ele destacou a realização das audiências públicas para tratar do novo código comercial e das alterações da Lei do Simples Nacional, ocasião em que a Fecomércio lançou a Cartilha do Simples. Na oportunidade, Breithaupt também não esqueceu de citar o debate que vem sendo feito acerca da terceirização. “O Congresso e a sociedade como um todo estão absolutamente maduros para trabalhar de forma assertiva e sem pré-julgamentos essa questão da terceirização, que devemos urgentemente colocar na ordem do dia e que, certamente, além de proporcionar maior produtividade e qualidade ao setor produtivo, gerará mais empregos e renda a todos os brasileiros”. Ele pediu apoio aos parlamentares que integram a bancada catarinense no Congresso Nacional para os temas que afetam ao comércio de bens, serviços e turismo e cujas demandas fo-
Caio Cezar / Fecomércio-SC
Por Nonato Paz e Karla Nery
Na ocasião, a Fecomércio lançou a Cartilha do Simples e foram debatidos temas como a terceirização
ram reunidas na Carta do Comércio entregue à eles e aos candidatos ao governo do Estado num debate promovido na sede da Fecomércio no dia 22 de setembro. De acordo com o presidente, as propostas consolidadas nessa Carta do Comércio são resultados de uma minuciosa pesquisa feita pela Federação junto aos empresários e aos sindicatos da base de representação, para identificar os principais desafios enfrentados nas diversas esferas da administração pública e que afetam a produtividade e a competitividade das empresas. Na Carta, foram abordados temas como educação, inovação, infraestrutura, legislação trabalhista, ambiente econômico e captação de recursos, cargas tributárias e encargos que incidem na folha de pagamento das empresas. Todas essas questões, fundamentais para o pleno desenvolvimento da sociedade e incremento de ações relacionadas ao meio empresarial.
O deputado federal e coordenador do Fórum Parlamentar Catarinense, apoiou em seu discurso a atenção que deve ser dada a cada nova legislatura das questões ligadas à Fecomércio. “Precisamos sempre saber qual é a prioridade de quem produz, gera empregos e riqueza para o país”, disse. O senador Casildo Maldaner também foi de acordo. “É importante a participação da Fecomércio junto aos legislativos, nas Câmaras municipais, Assembleias e Congressos, defendendo o interesse do setor e atuando de forma transparente”, concordou. Para o deputado federal eleito, João Paulo Kleinübing, na Carta do Comércio, ficou evidente o compromisso da Fecomércio e daqueles que empreendem no Brasil, o enfrentamento de desafios com relação à burocracia, com o objetivo de se criar um ambiente favorável ao desenvolvimento da economia de Santa Catarina e do país. Novembro/Dezembro 2014
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Fecomércio
Flávio Aragão Macau Segundo Assessor de Investimentos Cilp Investimentos flavio@cilp.com.br
O interessante é o consumidor endividado ter conhecimento da sua situação, para um possível planejamento visando à melhora de sua saúde financeira, evitando no ano seguinte um quadro semelhante ao do anterior.”
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Revista Fecomércio
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O
fim de ano se aproxima e os anseios pelo tão desejado décimo terceiro salario só aumentam. De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), devem ser injetados na economia mais de R$ 158 bilhões. Para os comerciantes, esta é uma época de aumento no faturamento devido às diversas datas comemorativas (presentes, ceias de natal, réveillon), início de ano letivo (material escolar), férias, viagens. Já para os trabalhadores em geral, este recurso tem que ser visto como uma oportunidade de planejamento e organização de suas finanças. Para um entendimento mais adequado sobre como se planejar com a ajuda do salário extra, devemos dividir tais trabalhadores levando em conta sua situação financeira em três tipos: Endividado, é aquele que tem como principal característica estar com as contas atrasadas, sem muitas perspectivas de uma melhora na saúde financeira em um curto e médio prazo; Aperreado, está com as contas regularizadas, mas não resta recursos para poupar caso necessite em uma emergência futura, pois as reservas já estão comprometidas com as despesas de início de ano (matrícula, material escolar, IPTU); Tranquilo, é aquele que possui além das contas regularizadas, a capacidade de poupar uma reserva para emergência e aposentadoria, podendo participar dos eventos de final de ano sem preocupações financeiras. Para aqueles enquadrados na primeira situação, ou seja, com dívidas acumuladas, o ideal é conhecer detalhadamente cada um desses passivos, principalmente no que se refere a multas e juros para depois negociá-las dando preferências para as mais onerosas (Exemplo: Cartão de Crédito, Cheque Especial). Não esqueça que as empresas tem todo o interesse em receber o valor devido e negociarão tais dívidas oferecendo melhores oportunidades de pagamento
(alguns abatimentos nos juros, parcelamentos). Nas dívidas que não conseguir boas negociações, o ideal é quitá-las com o uso do décimo terceiro. Na segunda situação, o trabalhador está com suas contas em dia, mas não consegue poupar nenhum recurso para qualquer emergência financeira. Neste caso, recomenda-se manter o décimo terceiro exclusivamente para gastos futuros e prováveis de início de ano. Caso o valor não esteja completamente comprometido com as despesas citadas, o excedente poderá ser aplicado em investimentos de resgate imediato com rentabilidade superior à inflação (Fundos de Investimento, CDB’s), protegendo-o da desvalorização da moeda. Para quem se encontra em uma situação similar ao terceiro caso, este dinheiro extra poderá ser usado para viagens, descanso, presentes, podendo incluir até mesmo uma farta ceia de Natal aproveitando bem o final do ano. É importante lembrar que o planejamento financeiro continua sendo fundamental para os próximos meses. Sendo necessária a existência de investimentos que reservem dinheiro para emergência e, ao mesmo tempo, fortaleça uma aposentadoria de qualidade. Para viabilizar o planejamento feito é necessária uma alocação correta desses recursos distribuindo entre investimentos de resgate imediato, de médio prazo (Letras Bancárias, Debêntures) e longo prazo (Bolsa de Valores, Títulos Públicos, Previdência Privada), garantindo assim uma vida financeira mais saudável. O interessante é o consumidor endividado ter conhecimento da sua situação, para um possível planejamento visando à melhora de sua saúde financeira, evitando no ano seguinte um quadro semelhante ao do anterior. Para aquele que se encontra no limite, o ideal seria um melhor planejamento para ter uma vida mais sossegada. E, é claro, para os trabalhadores que se encontram em uma situação tranquila financeiramente, se mantenham assim e evitem qualquer complicação futura.
Participantes encerraram módulo Gestão de Processos e discutiram novos rumos para 2015. Por Nahiane Gomes Fonte: Portal CNC/ ASCOM Fecomércio-PI
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este ano de 2014, o XV Encontro de Multiplicadores do Sistema de Excelência em Gestão Sindical (Segs) aconteceu em novembro, na sede da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), no Rio de Janeiro. No XV Encontro do Segs, as discussões foram em torno dos novos rumos do Sistema para 2015, incluindo inovações. Nesse recente encontro, o treinamento foi realizado pelos assessores da Gerência de Programas Externos, Leonardo Fonseca e Mateus Dornelas e os participantes encerraram o módulo Gestão de Processos, a terceira etapa do Programa de Formação de Multiplicadores. Renato Rodrigues, consultor sindical da presidência da CNC, falou que o Segs deverá ser de caráter contínuo e permanente nos quadros de programas oferecidos pela CNC e realizou a entrega dos certificados de conclusão do
módulo. O assessor da Fecomércio-PI, Felipe Ricardo é um dos 24 multiplicadores do Segs que recebeu certificado. O evento contou ainda com as presenças de Daniel Lopez, chefe do Departamento de Planejamento da Confederação e de Rodrigo Wepster, gerente de Programas Externos da CNC que agradeceu o empenho de todos em mais um módulo do Programa de Formação, bem como em mais um ciclo do Segs em 2014. O Segs foi criado para uma maior coesão das práticas de gestão sindical dos integrantes do Sistema Confederativo de Representação Sindical do Comércio (Sicomércio). Por isso, se faz importante a constante capacitação dos líderes sindicais para uma representatividade forte e singular na luta por seus interesses e o desenvolvimento da busca por excelência administrativa e qualidade nas ações de gestão como um todo.
O assessor da Fecomércio-PI Felipe Ricardo (a direita) recebeu o certificado de multiplicador do Segs.
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XV Encontro de Multiplicadores do Segs Carolina Braga-Ascom CNC
Finanças Pessoais
SINDICAL
2015
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ANTONIO CARLOS LIMA DO NASCIMENTO · ANTONIO CARLOS PEREIRA DE BRITO · ANTONIO FRANCISCO DO NASCIMENTO · ANTÔNIO ROMÃO DOS SANTOS · ATACADÃO · BOMPREÇO FREI SERAFIM · CARLOS ANDRE LIMA NASCIMENTO · CONAB · CARVALHO SUPERMERCADO · CEAPI · CEVAP · CIA DE DANÇA LUIZ FILHO · CIRILO SOARES DA SILVA · COOPERATIVA DOS PRODUTORES ORGÂNICOS DOS TABULEIROS LITORÂNEO DO PIAUÍ – BIOFRUTA · DOIS MEIA UM LOW CLUB · DOMINGOS RODRIGUES DO NASCIMENTO · EDOR GILMAR BUSKE · EDSON ALBUQUERQUE DE ARAÚJO · EDUARDO JUAREZ DE M.PIRES · ELIAS CÂNDIDO DO NASCIMENTO · EVALDO COUTO SILVA · FACULDADE INTERNACIONAL DO DELTA - FID · FAUSTO FERNANDES BASTO · FRANCISCO DAS CHAGAS SANTOS · FRANCISCO MENDES DINIZ · FRIOSINA INDÚSTRIA · FRIOSINA PRODUTOS ALIMENTÍCIOS LTDA · FRUTARIA POCOTA · GRANJA IELNIA · GRANJA SANTOS - GEOVANE SANTOS GOMES (MEE) · HERCULANO MORAIS DA SILVA FILHO · HIPERBOMPREÇO KENNEDY · HORTIFRUTI JAP · INSTITUTO EDUCACIONAL SÃO MATEUS · JOSÉ FRANCISCO LIMA DO NASCIMENTO · JOSÉ MARIA PORTELA DE BRITO · JOSE NILTON PEREIRA DE BRITO · JOSÉ VANDO DA SILVA SANTOS · JOSÉ WILSON FORTES DE SOUZA · JOSENILTO LACERDA VASCONCELOS · LISEFINA ALEXANDRE · LUÍS PAULO DE SOUZA NETO · LUIZ ALBERTO TAVARES ROCHA · M.DIAS BRANCO S/A IND. E COMERCIO DE ALIMENTOS · MACIO BARBOSA DA SILVA · MARIA DE LOURDES SANTOS COSTA · MÁRIO FORTES DE ARAÚJO · MÁRIO MARQUES COELHO · MASSA FINA ALIMENTOS · MERCANTIL IDEAL · PABLO BERALDO PIMENTA · PADARIA SUPER PÃO · PÃO DE AÇUCAR · PEDRO VIANA MARQUES · ROSA MACHADO DE SOUZA · ROSITÔNIA PEREIRA MENÊSES · SANTA EDWIRGES · SEBASTIANA MACHADO DE SOUSA · SEBASTIÃO MARÇAL COSTA · SEBRAE · SENAC · SESC · TERRACAL
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A beleza fica no gesto solidário e responsável de cada parceiro que ajuda a alimentar milhares de piauienses em 21 municípios através de doações para o Programa Mesa Brasil. Com a importante colaboração de vocês são distribuídos pelo Sesc Piauí quase 1 milhão de quilos de alimentos por ano em 126 instituições espalhadas pelo estado.
Ações assim fortalecem o corpo e enobrecem o espírito. A todos vocês o nosso MUITO OBRIGADO!
Teresina: 0800 280 9919 · Parnaíba: 86 3322 - 7299 · Picos: 89 3422 - 6983 www.pi.sesc.com.br 20
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Especial
Calculando o valor da sua empresa
Fazer o Valuation é importante não só na hora de comprar e vender seu negócio.
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ocê já ouviu falar em Valuation? Esse é o termo em inglês para “Avaliação de Empresas”, “Valoração de Empresas” ou “Arbitragem de Valor”. Se não tem a mínima ideia de quanto vale a sua empresa, essa avaliação pode te ajudar a fazer essa conta, assim você terá em mãos o cálculo estimado do seu valor total e o preço justo, estando preparado para reagir tranquilamente à possíveis propostas de concorrentes, “se” e “quando” for o caso. Mas, você deve estar se perguntando para que se dá esse trabalho, qual a necessidade de saber disso se não estou nem pensando em vender a minha empresa? O mundo dos investimentos e dos empreendimentos é exigente em fazer com que se pense no futuro e pensar no Valuation hoje é uma percepção de mercado que automaticamente desperta para estratégias futuras de crescimento da empresa e até atrai investidores. Ou seja, o domínio de saber quanto o seu negócio vale, além de permitir ter ideia dos riscos e oportunidades, ajuda plenamente em casos de fusão de empresas e sociedade. De acordo com Carolina Stocche da equipe de Educação Empreendedora da Endeavor Brasil, em se tratando de valores numéricos, quantitativos, estudar historicamente, através do Valuation sua empresa, permite
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que você tenha uma visão do comportamento dela ao longo do tempo. “Compreendendo esse valor real você a conhecerá melhor, explorando os aspectos que a valorizam e os que a fazem valer menos. Podendo trabalhar as deficiências com o tempo”, afirma. Em algumas situações fazer esse cálculo pode inclusive revelar os produtos que mais rendem, ou identificar aqueles que estão dando mais prejuízo do que lucro. Na realidade, o processo do Valuation não é recente, mas a cada dia que passa vem se mostrando como uma prática, de fato reveladora, porém não muito simples, mas que faz dentre divisões, multiplicações e subtrações uma soma diferencial na vida da empresa. Entrevistado sobre esse assunto na revista Exame, Eduardo Casarini, empresário paulistano, dono de uma floricutura virtual, a Flores Online e que costuma fazer o Valuation, explica que embora as vendas aumentem, se essa expansão não for acompanhada por ganhos de rentabilidade, isso é prova que o valor criado para a empresa foi pouco. Quando a Seara, empresa do segmento de alimentação que antes pertencia à empresa americana Cargill, foi vendida em 2009 para o empresário paulista Marcos Molina, presidente do frigorífico Marfrig, seu valor foi re-
velado em US$ 900 milhões. Em 2013, ela foi repassada por R$ 5,85 bilhões para os irmãos Joesley e Wesley do grupo JBS, principal concorrente de Molina. A compra da marca de prestígio agregou tantos valores à JBS que a fez alcançar a meta de seu faturamento chegar a R$100 bilhões, tornando-a a maior empresa privada brasileira não-financeira. Mas, os resultados de quanto vale uma empresa em hipótese alguma são revelados ao público até que a venda seja finalizada. Pelo contrário, eles são mantidos em extremo sigilo, firmado em contrato de confidencialidade, nomeado tecnicamente como mandato emitido ao negociador ou consultor, pelo presidente da empresa que será vendida, como nos explica José Maria Porto, diretor-geral da Valorize Consultoria Empresarial de Fortaleza-CE, mestre em Administração com MBA em Finanças e professor do IEMP, que aceitou o convite da Revista Fecomércio para dar dicas e detalhes desse processo do Valuation, que exige conhecimento aplicado do mercado, formação técnica, além de um olhar financeiro estratégico. Segundo ele, para fazer o Valuation em si, o empresário precisa se convencer do modelo técnico empregado, o fluxo de caixa descontado, usado em 70% das operações finan-
ceiras mundiais, inclusive pelas big fours, as quatro maiores empresas contábeis especializadas em auditoria e consultoria do mundo (PricewaterhouseCoopers, Deloitte Touche Tohmatsu, KPMG e EY). Nesse cálculo, são feitas projeções futuras sobre o caixa (valor total faturado menos valor gasto depois de X anos) e desse resultado é subtraído um percentual correspondente ao custo necessário para trazer ao presente, valores que só seriam obtidos no futuro. De acordo com José Maria Porto, o Valuation não necessariamente é feito somente para vender empresas. Ele é bom para que você possa se certificar de que esteja criando valor para sua empresa, com ele tem como fazer projeções futuras de quanto ela valerá baseadas nos percentuais de crescimento hoje. Você vai se enxergar dez anos na frente. Evidentemente que tem um certo grau de subjetividade porque toda projeção tem um grau de subjetividade, mas atualizando a sua planilha anualmente e avaliando, vendo toda a estrutura de receita, toda a estrutura de custo, você começará a enxergar coisas que não enxergava porque números que eram muito soltos, passam a ficar consolidados numa informação só.
Karla Nery
Por Nahiane Gomes
O professor do IEMP José Maria Porto nos explica como funciona o processo do Valuation
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Especial
Dicas do consultor: • •
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Quanto mais organizada uma empresa é, mais rápido é o seu Valuation; A venda de uma empresa é uma questão extremamente sigilosa e nem dentro da empresa a venda pode ser divulgada, pois cria-se um estresse muito grande quando essa notícia vaza; Para quem está vendendo não é interessante que se chame 10 pessoas, por exemplo, para vender, porque assim vai leiloar a empresa; Quando for repassar todas as informa-
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ções da empresa para quem for fazer o Valuation e negociá-la, nomeie somente uma pessoa para isso, recomenda-se que seja o contador; Evite o fluxo de documentos. Ele deve existir única e exclusivamente entre o presidente ou diretor financeiro e o negociador ou consultor que for vender a empresa; Tem que ter cuidado para quem vai vender porque muita gente diz que quer comprar a sua empresa, mas na realida-
Razões para vender uma empresa:
Razões para comprar uma empresa:
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Oportunidade de outro negócio ou diversificação de investimentos; Aposentadoria dos sócios ou falta de sucessores; Falta de experiência gerencial; Problemas societários; Separação ou divórcio
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Economia de tempo com licenças tributárias, contratação e treinamento de funcionários; procura de instalações, de máquinas e equipamentos; Ganho na formação da marca; Ganho de mercado;
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de quer conhecê-la, saber quanto vale e como está se dando seu faturamento; O negociador ao calcular o Valuation deve ter, sobretudo o domínio dos aspectos que a valorizam, as chamadas premissas, porque os valores de cada aspecto do seu negócio podem variar de investidor para investidor, dependendo dos seus interesses e da oferta; nunca deixando que o empresário esteja à frente da negociação evitando que ele envolva emoção.
Ganho de visibilidade; Aproveitamento de know-how existente; Possibilidade de aprender com os erros dos proprietários anteriores; Possibilidade de otimização do quadro de funcionários.
Fonte: Livro A arte de comprar e vender empresas
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Instituições que oferecem o curso de Valuation: • Insper (Instituto de Ensino Superior e Pesquisa) www.insper.edu.br (11) 4504-2400 • PUC- RJ www.cce.puc-rio.br (0800-970-9556) • Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais) www.anbima.com.br (11) 3471-4200/5225/ (21) 3814-3800 • FIA (Fundação Instituto de Administração) www.fia.com.br
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(11) 3732-3500 • APIMEC (Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais) www.apimec.com.br (11) 3107-1571 •
• FACULDADE FIPECAFI (Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras) www.fipecafi.org (11) 2184-2020
FGV- EESP (Fundação Getúlio Vargas - Escola de Economia de São Paulo) www.eesp.fgv.br (11) 3799-3350/3357
• SAINT PAUL ESCOLA DE NEGÓCIOS www.saintpaul.com.br (11) 3513-6901
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Gestão Empresarial
Reconhecimento
O Perfil do Gestor nas Organizações Júlia Macedo Especialista em Gestão Empresarial Administradora e professora juliammacedo@bol.com.br
Os desafios presentes no cotidiano organizacional exigem profissionais empreendedores, possuidores de amplo quadro de referência e que estejam aptos a lidar com a diversidade. Portanto, segue um conjunto formado por dez características primordiais inerentes ao comportamento de um profissional de destaque e que faça a diferença.”
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uito se fala das competências e habilidades do gestor nas organizações. Mas, qual seria o perfil do gestor nas organizações de sucesso? Essa questão têm se tornado bastante importante para o mundo corporativo, pois no passado bastava alguns chefes com conhecimentos específicos para comandarem um grande número de colaboradores. Hoje, o cenário mudou! Os desafios presentes no cotidiano organizacional exigem profissionais empreendedores, possuidores de amplo quadro de referência e que estejam aptos a lidar com a diversidade. Portanto, segue um conjunto formado por dez características primordiais inerentes ao comportamento de um profissional de destaque e que faça a diferença. • 1. Atitude – Está ligado ao comportamento proativo, em oposição à hesitação (será mesmo que devo fazer?) e à procrastinação (será que posso fazer amanhã?). Esse profissional conjuga os verbos fazer, agir, executar e finalizar, como também antecipa-se aos fatos. • 2. Comunicação – Essa habilidade é importante para haver um entendimento entre o gestor e sua equipe. Outro fator relevante é que esse profissional seja um bom ouvinte. • 3. Planejamento Estratégico – Planejar é definir os objetivos e escolher a melhor estratégia para alcançá-los. O gestor tem que ter em mãos seu plano de ação, definir seus objetivos e estabelecer as estratégias, ou seja, definir aonde quer chegar, como chegar e como deverá ser feito. E, depois, acompanhar e avaliar os resultados. • 4. Estabelecimento de metas – Toda meta tem que ser revestida pela objetividade a partir das seguintes características: específica, mensurável, alcançável, relevante, temporal. • 5. Empreendedorismo – No passado, o gestor exercia um perfil cauteloso, avesso ao risco, buscava manter a ordem e o ritmo nos negócios. Hoje, temos gestores com perfil empreendedor, arrojado e criativo, que gosta de correr riscos, extremamente
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ativo e que está sempre em busca de novos desafios. 6. Liderança Treinadora “Coach” – É essencial a habilidade de desenvolver, inspirar e motivar pessoas. É papel fundamental do líder conhecer cada integrante de sua equipe, delegando tarefas de acordo com o perfil de cada um. Dessa forma, conseguirá alcançar os objetivos e oferecer oportunidade para que todos brilhem. 7. Administração do Tempo – Saber dividir o tempo com tarefas importantes, urgentes e circunstanciais faz toda a diferença para um profissional de alto nível. Você já ouviu falar em gerente bombeiro? São aqueles que vivem apagando incêndios, pois são acostumados a resolver apenas as tarefas urgentes deixando as importantes de lado, e essas tarefas acabam se tornando urgentes também. O gestor deve, então, listar na sua agenda primeiro as tarefas importantes (curto prazo), depois as tarefas urgentes (algo inesperado) e por último as tarefas circunstanciais (longo prazo). 8. Marketing Pessoal – Todo profissional precisa projetar sua imagem em relação a ele mesmo. É necessário cuidar de alguns pontos que potencialize sua marca pessoal, tais como: cuidar da aparência, se manter sempre atualizado, construir sua rede de relacionamento (networking), ter ética e transparência para desenvolver um estilo próprio e conquistar o coração das pessoas. 9. Inteligência Emocional – Esse ponto é primordial na vida de um gestor, pois quem tem inteligência emocional é confiante, sabe trabalhar na direção de suas metas, é adaptável e flexível. Saber gerenciar as próprias emoções e as das outras pessoas é fundamental para o sucesso do gestor. 10. Paixão – Não adianta ter todas essas competências e não ter paixão pelo trabalho, pois colocar emoção nele faz toda diferença. Ao se entregar com prazer a sua vocação, o gestor terá grande oportunidade de cultivar sua felicidade e se tornar bem-sucedido. Portanto, se você não faz o que gosta pelo menos deverá gostar do que faz.
A Revista Fecomércio está na faculdade! Chegando na 10ª edição a Revista agrada leitores do meio acadêmico. Por Nahiane Gomes Fotos: Alisson Dias
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ra um jornal interno que virou revista, que se transformou na Revista Fecomércio, que era só da Fecomércio e dos empresários e hoje atinge leitores de vários lugares e meios, inclusive o meio acadêmico. Desde o início da sua circulação até agora, a Revista Fecomércio obteve conquistas relevantes que ao longo do tempo, soma e contribui para o crescimento e motivação de toda uma equipe que faz esse projeto ser levado adiante. Dentre as conquistas, destacamos aqui duas muito importantes, como o 3º lugar na categoria impresso do Prêmio Sebrae de Jornalismo deste ano e a participação em sala de aula num bate-papo
com os alunos do 2º período do Curso de Administração do Instituto Camilo Filho. As jornalistas Karla Nery e Nahiane Gomes receberam o convite do professor da disciplina de Comunicação Organizacional, Dr. Alisson Dias Gomes, que acredita ser de suma importância o contato dos seus alunos com a realidade com a qual irão se deparar e, a Revista Fecomércio é uma ótima forma deles ficarem por dentro do mundo dos negócios. “A Revista Fecomércio tem contribuído de forma decisiva com o segmento empresarial e industrial do Piauí. Por meio de matérias, reportagens e entrevistas bem elaboradas tem pautado as discussões no
As jornalistas Karla Nery e Nahiane Gomes apresentaram o projeto da revista aos alunos do Instituto Camilo Filho.
ramo, tanto no mercado de trabalho como também no meio acadêmico. Nesta experiência, os alunos de Administração analisaram esta importante ferramenta de comunicação e perceberem, na prática, como é preciso manter-se atualizado.” Destacou Alisson. Na ocasião, os alunos puderam compreender como se dá a relação dos meios de comunicação com os empresários do Piauí e a Revista Fecomércio foi sendo apresentada paralela aos conceitos e práticas da Comunicação Organizacional, seguidos de esclarecimentos das dúvidas e respostas às curiosidades dos alunos. Novembro/Dezembro 2014
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Setor de gastronomia cresce em Teresina Planejamento é essencial para sucesso do negócio. Por Samanta Petersen Fotos: Carlos Pacheco
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e antes Teresina era conhecida por suas deliciosas comidas típicas, hoje o cardápio dos teresinenses está cada vez mais contemporâneo. Os pratos variam da comida chinesa e japonesa até as massas italianas, passando pelos doces tipicamente parisienses, o churrasco Gaúcho e o fast food americano. Isso sem deixar de lado a Maria Isabel, a carne de sol e o Baião de dois. São tantas opções que fica até difícil escolher. De acordo com a Secretaria Municipal de Finanças (Sefin), existem na capital 678 restaurantes e similares e 268 bares e outros estabelecimentos especializados em servir bebidas. Em quatro anos, esse número quase que dobrou. Em 2010, eram 365 restaurantes e 119 bares. O crescimento no número desses estabelecimentos só confirma a tendência da capital piauiense de ser uma cidade voltada para a prestação de serviço. Algumas mudanças de hábitos podem ter ajudado nesse incremento do setor. Com a correria da vida moderna, muitas pessoas hoje não têm tempo de ir para casa diariamente para almoçar e há ainda o caso dos jovens que optam por morar só e por comodidade e praticidade fazem pelo menos uma refeição fora de casa. Em 2014, o mercado brasileiro de alimentação fora do lar deve ter tido um crescimento de 3% em relação ao ano anterior e deve ter movimentado R$ 140 bilhões, segundo expectativa da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel). A inauguração e reforma de shoppings centers também está auxiliando esse crescimento. A nova praça de alimentação do Teresina Shopping aumentou de 31 para 46 o número de lojas regionais e nacionais do gênero alimentício e com a abertura dos dois novos shoppings há uma maior oportunidade para quem pretende investir no setor de alimentação. O Shopping Rio Poty, por exemplo, terá 35 lojas de alimentação, além do complexo Villa Poty, um espaço gourmet composto por oito restaurantes. E muitos desses novos empresários do ramo alimentício optam por franquias. 28
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Presidente do Sinhores Moacir Uchôa afirma que mercado não aceita mais amadorismo.
O empresário Lucas Veras levou dois anos entre planejamento e inauguração de restaurante.
Segundo os dados da Associação Brasileira do Franchising (ABF), o setor alimentício faturou cerca de R$ 24 bilhões em 2013 e ficou em terceiro lugar no mercado de franquias. E o crescimento no número de franquias aumentou 22,7% entre 2012 e 2013 no País. Em uma pesquisa realizada pela ABF em parceria com a Associação Brasileira de Shopping Centers, no setor de alimentação, 57% dos pontos de venda pertencem a marcas de franquia, o que coloca o segmento em
posição de destaque no mercado de franchising nos shoppings. O empresário que opta por uma franquia, já inicia seu negócio com uma marca conhecida no mercado, melhor planejamento dos custos de instalação e treinamento e orientação quanto as práticas administrativas e comerciais. Em contrapartida, o franqueado não tem muita liberdade de ação porque deve seguir as regras de padronização da empresa e seu sucesso acaba atrelado ao da marca e, qualquer erro cometido
pela empresa franqueadora pode afetar os negócios de todas as franquias. Assim, quem pretende investir no setor da gastronomia deve ter cautela. De cada dez bares e restaurantes que são abertos no Brasil, cinco fecham antes de completar dois anos. De todos os ramos do comércio, o da alimentação é um dos que menos sobrevive. E vários aspectos devem ser levados em consideração na hora de decidir qual o tipo de negócio e onde instalá-lo.
Restaurantes que vendem comida por quilo, por exemplo, são mais indicados para regiões comercias e de grande fluxo de pessoas e tem maior público no horário do almoço. Já os restaurantes a la carte são mais procurado no horário do jantar, o que não impede que também funcionem para almoço. Nestes locais, o consumidor tende a exigir um pouco mais de qualidade – tanto no sabor como no atendimento – e costuma gastar mais tempo para fazer a refeição.
“Não dá mais para se abrir um restaurante como se fazia antigamente na base do amadorismo. Hoje é preciso observar todas as especificações técnicas que passa pelo meio ambiente, vigilância sanitária e mão de obra qualificada. Além de ter uma grande exigência no aspecto físico do local e com a limpeza e conservação dos alimentos também”, explica o presidente do Sindicato de Hotéis, Bares e Restaurantes do Piauí (Sinhores), Moacir Uchoa. E mesmo o planejamento não é garantia. Depois de seis meses de programação e oito de funcionamento do Califórnia Bar, o empresário Felipe Ribeiro teve que fechar as portas. O problema não era falta de público, mas de mão-de-obra qualificada e, principalmente, com a acústica do local. O empresário diz que logo no começo teve muitas reclamações devido ao atendimento aos clientes, mas que estavam sendo contornadas ao longo dos meses. Entretanto, a acústica foi ponto preponderante para o fechamento. “Aqui em Teresina é preciso apelo musical para atrair mais clientes. Nosso palco tinha um projeto de acústica, mas não foi suficiente e os moradores de um condomínio reclamaram com o Ministério Público. Colocamos bandas menores e diminuímos a intensidade do som e gastamos mais 80 mil para melhorar a acústica do bar, mesmo assim o som da conversa dos clientes também foi alvo de reclamação. E a solução apresentada para nós não compensava o investimento, por isso, decidimos encerrar os negócios”, diz Felipe Ribeiro. Quando foi investir no restaurante ChoppTime, o empresário Lucas Veras e seus sócios passaram dois anos planejando, inclusive com pesquisa de mercado. Os empresários investiram em estacionamento próprio, além de espaço para crianças e adolescentes. O projeto também pensou na acústica do local que possui dois ambientes: um fechado e outro ao ar livre. No primeiro, foi feito um projeto de acústica que permite a realização de shows musicais sem que o som saia do restaurante e incomode os vizinhos, pois ele fica localizado em área residencial. “Nós pensamos a questão da acústica não só para as atrações musicais, mas nos preocupamos em fazer um ambiente em que as pessoas se sintam confortáveis em estar aqui dentro também. Você não ouve ruídos e as conversas de outras mesas como ocorre em outros locais”, explica Lucas Veras. Novembro/Dezembro 2014
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Bares e restaurantes abrem as portas para a criançada
Cursos e especialização são essenciais para quem pretende investir no setor
Com poucas opções de lazer, o teresinense aproveita as refeições para se confraternizar com a família e os amigos. Entretanto, quem tem filhos sempre precisa optar por espaços nos quais os pequenos também possam se divertir. Muitos bares e restaurantes já perceberam essa necessidade e possuem espaço específico para as crianças. Em alguns locais, além dos tradicionais parquinhos há opção para crianças menores, quase um berçário, e até para os maiores já existem espaços com computadores e vídeo games de forma que todos os integrantes da família possam se divertir. Outra novidade no mercado são bares, restaurantes e até lanchonetes voltadas para quem procura uma alimentação mais saudável ou para quem tem alguma restrição alimentar. Os empresários Fernando Correia Lima e Leonardo Leal são donos do Naturalmente. Inaugurado em setembro de 2012, o empreendimento começou pequeno e expandiu em 2014 com uma nova sede e ampliação do cardápio. Se antes só abria no período da noite, hoje o Naturalmente também fornece almoço para os adeptos de uma vida mais saudável. “O Leonardo tinha tido um espaço como o Naturalmente, mas na época o mercado de Teresina não estava muito aberto para esse tipo de alimentação, e acabou fechando. Depois, quando viu que já havia oportunidade de negócios nessa área decidiu investir novamente e abrimos o Naturalmente que começou pequeno, mas o público passou a exigir um local melhor, mais confortável e com uma maior variedade no cardápio e decidimos mudar e expandir o negócio”, fala Fernando Correia Lima. Quem também viu seu negócio no ramo de alimentação crescer foi a advogada Ana Zélia Rego, proprietária da Gourmet Fit. Há um ano, ela começou a vender lanches naturais pelas redes sociais por sistema de encomendas. Com o aumento da demanda passou a deixar os produtos em pontos fixos e depois iniciou o sistema de delivery. Em novembro de 2014, a empresária abriu uma loja fixa da marca. “Eu sempre fui uma pessoa que faz dieta e sentia falta de lanches saudáveis e gostosos. Daí, comecei a adaptar algumas receitas em casa e minhas amigas começaram a provar e pedir para que eu vendesse. E a loja fixa foi uma conseqüência desse crescimento e é uma opção para quem
O crescimento no número de bares, restaurantes e similares gerou um aumento nas vagas de empregos para trabalhadores como chefes de cozinha, cozinheiros e garçom que precisam cada dia mais se qualificar para atender ao exigente público de Teresina. O Instituto Federal do Piauí (IFPI) oferece o curso de tecnólogo em Gastronomia. Com duração de dois anos e meio, o aluno se prepara para atuar em restaurantes, cantinas escolares, bares e bufês. O Senac-PI também possui cursos voltados para a área de alimentação e atendimento. No local, é possível fazer aulas de curta e média duração que ensinam desde a preparar pratos da culinária nordestina a pratos para pessoas com dietas especiais. Existem também opções de cursos em faculdades particulares da Capital. Quando começou seu negócio, a empresária Ana Zélia Rego estudava em casa receitas e adaptações, mas com o crescimento do negócio percebeu a necessidade de se especializar. “Fui me profissionalizar e tive que sair do Estado para fazer cursos
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Espaços para crianças e adolescentes são diferenciais para atrair clientes
O Senac-PI e outras instituições oferecem cursos voltados para o setor
de gastronomia funcional para aprimorar ainda mais o meu cardápio”, diz. E a falta de profissionais qualificados é a maior reclamação dos empresários do setor de alimentação. “A nossa maior dificuldade no setor é de mão de obra qua-
lificada. Nós já estamos conseguindo instrumentos como cursos e parcerias para qualificar essa mão de obra, mas aí vem nossa segunda dificuldade que a falta de interesse das pessoas para se qualificar”, afirma Moacir Uchoa.
Gastronomia funcional está em crescimento em Teresina
quer um lanche saudável e rápido”, diz. No espaço, é possível encontrar coxinha, brigadeiro, bolos, tortas feitos com ingredientes nutritivos e saudáveis. O mercado de delivery de comida também está crescendo. Pedir comida em casa ou no trabalho, vem se tornando um hábito dos brasileiros. O total de pequenos negócios que fornecem alimentos preparados para consumo domiciliar no Brasil cresceu mais de 18 vezes em cinco anos. De acordo com o Cadastro Sebrae de Empresas (CSE), havia pouco mais de três mil pequenos negócios
ligados a esse segmento em 2007 e o número saltou para 57.725 em 2012 em todo o País. E para quem gosta de festas, os bufês são outro ramo do setor de alimentação que vem se expandido. O Brasil tem hoje 21.958 pequenas empresas que fornecem serviços de alimentação para eventos e recepções, número cinco vezes maior que o de 2007, quando o Brasil tinha 4.285 pequenos negócios no segmento de bufês. Os bufês tiveram um crescimento 412% nos últimos sete anos de acordo com levantamento do Sebrae Nacional. Novembro/Dezembro 2014
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Avenida Nossa Senhora de Fátima terá Polo Gastronômico A zona leste da capital é o local que mais reúne estabelecimentos da área da alimentação. Somente na avenida Nossa Senhora de Fátima são 31 bares, restaurantes e casas de shows de diversos estilos. São tantos que nos finais de semana, estacionar se torna complicado. Os frequentadores da avenida podem optar por fazer um lanche rápido, jantar ou até curtir uma balada. Devido a esse grande movimento, a Prefeitura de Teresina e os empresários do local estão estudando a implantação do Polo Gastronômico, que pretende transformar o espaço em uma referência cultural para Teresina. O Polo irá compreender o espaço que fica entre a avenida Dom Severino e prossegue até o balão da Universidade Federal do Piauí. O projeto prevê a melhoria da iluminação da avenida, intervenções nas ruas laterais e secundárias, com asfaltamento e iluminação adequada, a correção e melhoria das calçadas com acessibilidade. Para o secretário Fábio Nery, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo (SEMDEC), a gastronomia já é vista como uma vocação econômica para a cidade e o projeto pretende que o local se torne uma referência em entretenimento. “É um meio que deve
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setor alimentício o n s io óc eg n a ar p al ci n Planejamento é esse ntificação de públipas fundamentais são: ide
ócio • não é garant ia de que o neg so oro sab io dáp car um r Te junto de esso depende de um con será bem suced ido. O suc ja dicas Ve ço. o, conforto e até pre fatores como atend iment gastronomia: • para invest ir no setor de ter o cis marca e o seg mento, é pre • Na hora de escolher a em Na ma ioria das vezes qu afinidade com o negócio. lazer • bal har nos momentos de investe nessa área vai tra de horários noturnos e finais das outras pessoas, como semana; , vantarcado, seus concorrentes • É preciso analisar o me , ent re- • ais loc portante visitar gens e desvantagens. É im funcionários; vistando proprietários e
Outras eta ho, projeto, métodos de trabal co-alvo, infraestr utura do olv itação da equ ipe e desenv o recrutamento e capaci ócios; mento de um plano de neg s o de pessoas, os princípio ent am No processo de recrut ma de s do am ser comun ica e valores da marca precis neira clara; car ercial, é importante che Na escolha do ponto com o te ento do mu nicípio permi na prefeitura se o zoneam as um o naquela reg ião. Em alg funcionamento do negóci ial; erc com ade vid ati mitida a áreas residenciais não é per de res edo nec for dosamente os É preciso selecionar cu ida alimentos e bebidas.
Avenida tem opção para todos os gostos e bolsos
ser incentivado porque pode gerar mais empregos e fomentar a economia, pois a área da gastronomia exige muita mão de obra, além de ser um negócio constante, permanente”, diz. O plano está em fase de conclusão e deve ser apresentado para os empresários no início
de 2015, para só depois começarem as modificações necessárias no local. Uma das ideias apresentadas será a interdição parcial de um dos trechos da avenida, nos finais de semana à noite, para colocação de feira de artesanato e outros tipos de atrações culturais.
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Iniciado ciclo de palestras no Sesc
Mostra Antropia em Parnaíba
Centro Educacional do Sesc Ler Piripiri foi o primeiro a receber agentes da Polícia Federal, que ministram palestras sobre Prevenção às Drogas.
Mostra realizada pelo Sesc Ciência busca desmitificar conhecimentos científicos aproximando o público dos fenômenos que ocorrem na natureza.
Por Ana Cláudia Coelho Fotos: Ascom/Sesc
Por Ana Cláudia Coelho Fotos: Ascom/Sesc
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s efeitos ambientais provocados pelo homem foram tema da mostra realizada pelo Sesc por meio do projeto Sesc Ciência. De 26 de outubro a 7 de novembro, a mostra “Antropia: os reflexos da ação do homem sobre o meio ambiente” permaneceu aberta ao público na Galeria “Carlos Guido”, no Sesc Avenida, em Parnaíba. Composta por equipamentos lúdicos e interativos, jogos e outros dispositivos, a exposição desperta a curiosidade dos visitantes e levanta a discussão sobre os efeitos nocivos que o homem tem provocado ao meio ambiente. A consequência dessas ações humanas é conhecida como Antropia. O objetivo da mostra é popularizar e desmistificar os conhecimentos científicos aproximando o público, sobretudo os estudantes de Parnaíba, dos fenômenos que ocorrem na natureza. O tema Antropia foi escolhido em função da sua relevância global, atualidade e importância para a população brasileira. A mostra também objetiva discutir as evidências científicas sobre o impacto das atividades humanas no clima do planeta e o que cada pessoa pode fazer para minimizar a degradação do meio ambiente. “A mostra é mais uma ferramenta de trabalho para que os professores, desde a educação infantil ao ensino médio, possam estimular os seus alunos a interagir com o mundo de maneira critica e que levem a reflexões constantes sobre seu papel e suas atitudes na preservação e/ou modificação deste mesmo mundo”, explica a coordenadora Regional de Educação do Sesc, Francisca das Chagas Lemos. Para realizar a mostra Antropia, o Sesc contou com importantes parcerias como o projeto Biomade, que cedeu palestrantes e oficineiros e a Universidade Estadual do Piauí (UESPI), que destacou professores para ministrarem palestras e oficinais com os temas Erosão, Reciclagem e Efeito estufa.
om a presença dos diretores do Sesc Piauí, Jesus Arias Fernandes (Administrativo-Financeiro) e Ana Lúcia Rocha (Programas Sociais), os agentes de Polícia Federal, José Carlos Fontenele e Mário Paulo Nascimento ministraram a palestra inaugural do convênio de cooperação técnica entre o Sesc Piauí e a Superintendência de Polícia Federal. A palestra “Prevenção às drogas”, ministrada no dia 26 de novembro no ginásio do Sesc Ler Piripiri, foi a primeira do ciclo de palestras que serão ministradas pelos agentes da Polícia Federal, por meio do convênio com o Sesc para alunos dos centros educacionais do Sesc Ler e das escolas da rede pública de ensino. Na solenidade de abertura, também estavam presentes representantes da Prefeitura Municipal de Piripiri, da Secretaria Municipal de Educação, da Comunidade Terapêutica Monte Tabor e do grupo de Narcóticos Anônimos. Antes de iniciar a palestra, os agentes da PF agradeceram o convite do Sesc para ministrarem as orientações aos estudantes. Eles apresentaram vídeos, recortes de jornais e dados estatísticos para mostrar o poder de destruição que as drogas provocam nos indivíduos e na sociedade. 70% dos assaltos e assassinatos têm a ver com as drogas. “O tráfico não perdoa. Ele não quer saber de valores, mas de resultados”, reforça o agente de polícia Fontenele, ao apresentar os dados sobre o aumento da violência. Já o agente Mário Paulo falou sobre os fatores de risco, os efeitos das drogas e o que a sociedade pode fazer para evitar o avanço delas. No final da palestra, os participantes fizeram perguntas aos palestrantes. Descontraídos, os alunos da Alfabetização de Jovens e Adultos (EJA) do Sesc Ler tiraram dúvidas sobre os efeitos nocivos que as drogas provocam no organismo, os tipos de drogas e o que fazer para evitá-las. 34
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Agentes da PF ministram palestra no Sesc Ler
Várias escolas de Parnaíba visitaram a mostra
Fenômenos abordados • • • • •
Efeito estufa Mudanças climáticas Desastres naturais (panorama mundial) Efeitos climáticos sobre a biodiversidade brasileira Aquecimento global
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Impactos na produção agrícola Desertificação e impactos nas áreas costeiras do Nordeste Desertificação e enchentes, o paradoxo do Sul As ações emergenciais e preventivas
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Direito & Empresas
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A responsabilidade pessoal do sócio pelas obrigações da empresa Francisco Soares Campelo Filho Diretor Regional do Sesc-PI Presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB/PI Advogado, Professor e Mestrando em Direito campelo@campelocampelo.com.br
As empresas precisam profissionalizar suas administrações e os sócios devem ficar atentos à possibilidade de serem responsabilizados pessoalmente pelas dívidas contraídas pela sociedade empresária.”
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em-se observado no Brasil um movimento jurídico que cada vez mais vem tornando os sócios de empresas pessoalmente responsáveis pelas obrigações contraídas em nome da pessoa jurídica. É um claro sinal de que as empresas precisam profissionalizar suas administrações e os sócios devem ficar atentos à possibilidade de serem responsabilizados pessoalmente pelas dívidas contraídas pela sociedade empresária. Faz-se necessário que os sócios tomem conhecimento sobre as hipóteses em que poderá vir a ser responsabilizado, até mesmo para que possa orientar-se adequadamente na prática de atos em nome da sociedade. Não cabe mais ao empresário simplesmente pensar que pode administrar a empresa sem critério algum, sem respeitar as normas pertinentes e sem compreender a política econômica-administrativa das sociedades empresárias. Nos dias atuais, com o arrocho das leis anticorrupção e com a atuação mais próxima do Poder Judiciário, tem aumentado sobremaneira as decisões em que os sócios vêm sendo responsabilizados com seus patrimônios pessoais por dívidas contraídas em nome da empresa, mesmo quando já deixaram de ser sócios. Recentemente, uma decisão da 14ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo manteve sentença que desconsiderou personalidade jurídica de sociedade empresária e impôs que sócio responda com seus bens particulares por dívida contraída pela pessoa jurídica. De acordo com o processo, o sócio emitiu cheque no valor de R$ 30 mil para pagamento de dívida em janeiro de 2006, meses antes de deixar a sociedade, mas não havia fundos para cumprir a obrigação. Como a empresa não tinha bens suficientes para garantir a dívida, o magistrado determinou que os bens do sócio fossem utilizados para a quitação, mas ele recorreu da decisão, alegando prescrição na cobrança do débito.
Para o desembargador Carlos Henrique Abrão, relator do caso, o argumento do empresário não pôde ser acolhido, pois o cheque foi emitido ao tempo em que ele ainda integrava a sociedade. “O prazo para cobrança do cheque, nos termos da Súmula 503 do Superior Tribunal de Justiça, é prescricional de cinco anos e, embora o sócio tenha se retirado em março de 2006 e responsabilizado pela desconsideração em setembro de 2014, a prescrição veio a ser interrompida pela citação válida, inclusive pela sentença prolatada em outubro de 2009. O fato gerador da obrigação precede a retirada do recorrente e, engendrar a sua irresponsabilidade seria o mesmo que aplaudir o descumprimento do título executivo judicial.” Assim como as empresas, enquanto pessoas jurídicas com personalidade distinta de seus sócios e que precisam de um assessoramento jurídico, também os sócios necessitam desse assessoramento, especialmente quando da constituição da sociedade, bem como por ocasião da sua dissolução, ou mesmo com a saída de um sócio apenas. Cada tipo societário possui uma peculiaridade, cada uma com leis próprias, sendo extremamente necessário que antes da constituição, os sócios e/ou administradores compreendam suas responsabilidades, bem como os limites de seus poderes e atribuições. Mesmo os sócios que não fazem parte da administração precisam ficar atentos, pois ao permitirem que a empresa seja administrada pelo outro sócio, ou mesmo por terceiros, estão de certa forma outorgando um mandato para que um terceiro (sócio ou não) tome decisões na administração da sociedade, as quais poderão vir a responsabilizá-los. Portanto, é preciso ficar atento, e buscar uma assessoria preventiva é fundamental para quem não deseja enfrentar pesados dissabores amanhã.
Mostra Natalina de Corais
A mostra foi realizada no Espaço Cultural “Cosme Oliveira” no Edifício Agostinho Pinto. Por Ana Cláudia Coelho Fotos: Ascom/Sesc
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ma mostra que encantou o público no Espaço Cultural “Cosme Oliveira” no Edifício Agostinho Pinto, em Teresina. A III Mostra Sesc Natalina de Corais reuniu 14 Coros da capital, em duas noites inesquecíveis nos dias 27 e 28 de novembro. O Coral da Terceira Idade do Sesc, Harmony Voice, abriu a Mostra numa apresentação com a Orquestra Jovem do Sesc. Formado por senhoras de 60 a 92 anos, o Coral atua desde 1994, tendo se apresentado em grandes festivais do Brasil. Em seguida, subiu ao palco o Coral da Faculdade Ademar Rosado (FAR). Depois vieram as apresentações do Coral dos Missionários Mormóns (Missão Brasil Teresina), Coral da Secretaria da Administração do Estado, Coral Vox Justitia, Coral do Centenário da Primeira Igreja Batista, Coral do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFPI) e fechando a noite de apresentações, o Coral Madrigal Vox Populi.
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Por Mariane Aquino e Karla Nery Fotos: Carlos Pacheco
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Produção de Vídeo, voltado para cursos do segmento de Comunicação e um laboratório para Tradução e Interpretação da Língua Brasileira de Sinais (Libras), a fim de ofertar cursos que facilitem a inclusão do surdo na sociedade e no mercado de trabalho. O Laboratório de Óptica é o grande diferencial do Centro de Educação Profissional Severino Ramos Brasil, sendo o único do Piauí, viabilizando a abertura de uma nova área de formação e qualificação dentro do Estado. De acordo com o presidente Valdeci Cavalcante, a competência do Senac se atribui às diversas unidades geradoras de matrículas espalhadas por todo o Piauí. O presidente disse ainda que o Senac está de portas aberMarketing Senac
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Senac dá continuidade ao seu projeto de expansão entregando ao Piauí mais uma unidade. O novo Centro de Educação Profissional foi inaugurado no dia 11 de dezembro e homenageou o empresário Severino Ramos Brasil. Na ocasião, o empresário e empreendedor Jorge Tomaz Tajra (in memorian) foi homenageado com uma placa de honra ao mérito, entregue pelo presidente do Sistema Fecomércio Sesc/ Senac, Valdeci Cavalcante, ao filho do homenageado, Dr. Ricardo Lobo. A solenidade aconteceu no auditório José Alves Filho e contou com a presença da Diretora Regional do Senac no Piauí, Elaine Dias; do senador João Vicente Claudino, do senador eleito Elmano Férrer; do presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL), Evandro Cosme; do presidente do Sindilojas, Luís Antônio Veloso; além de várias autoridades, empresários, conselheiros e funcionários do Senac. Na ocasião, o presidente Valdeci Cavalcante falou sobre a escolha do nome dos homenageados. “Sem dúvida, são dois grandes homens. Jorge Tomaz Tajra, assim como o Severino Brasil fazem parte da história do nosso Estado e merecem ser lembrados porque são homens como eles que fazem com que o Piauí cresça cada vez mais”. Emocionado, o empresário Severino Brasil agradeceu a homenagem recebida pelo Senac e afirmou que as ações da instituição precisam ser enaltecidas, tendo em vista os relevantes serviços prestados na qualificação dos profissionais que estão inseridos no mercado de trabalho. “O Senac tem um papel importantíssimo nesse processo de desenvolvimento do Estado e eu tenho certeza que daqui sairão cada vez mais profissionais qualificados para atender as necessidades do mercado. Eu não esperava receber essa homenagem, mas confesso que de certa forma ela me deixa muito lisonjeado e feliz”.
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Centro de Educação Profissional Severino Ramos Brasil é um espaço voltado para a preparação e requalificação de profissionais para o mercado de trabalho em diversas áreas. Com 25 espaços pedagógicos, a unidade possui foco voltado para a área da Tecnologia da Informação. A nova estrutura conta com laboratórios de Informática para cursos na área da Programação, inclusive jogos eletrônicos, Computação Gráfica, Cad, Redes de Computadores, Montagem e Manutenção de Computadores, Tablets, Smatphones e Impressoras e um laboratório de Eletrônica. Além da Informática, o Centro conta com um laboratório de Radiologia, contemplando a área da Saúde; um laboratório de Fotografia e
tas para quem deseja ingressar no mercado de trabalho. “Estamos oportunizando nesta nova unidade mais de oito mil vagas a partir de 2015 para jovens que desejam progredir na vida porque o ensino e o estudo são fatores de ascensão social”, afirmou. A Diretora Regional do Senac no Piauí, Elaine Dias, assegurou que o Senac buscou inovar tanto na oferta de cursos como na estrutura da nova unidade, entregando à população ambientes pedagógicos com equipamentos de última geração. “Buscamos modernizar e utilizar tecnologia de ponta para melhor capacitar nossos estudantes para que eles estejam mais aptos a adquirir uma vaga no mercado de trabalho”, pontuou. Marketing Senac
Com estrutura moderna e tecnologia de ponta, a nova unidade oferta oito mil vagas para qualificação.
Estrutura do Centro de Educação Profissional
Marketing Senac
Senac inaugura Centro de Educação Profissional e homenageia personalidades
A obra homenageou os empresários Severino Ramos Brasil e Jorge Tomaz Tajra (in memorian), representado pelo seu filho Dr. Ricardo Lobo
Empresário Severino Ramos Brasil recebe homenagem do Senac
O empresário João Claudino fez um discurso emocionado para homenagear o amigo Severino Brasil
Durante a solenidade, o empresário e amigo João Claudino Fernandes se emocionou ao falar da justa e merecida homenagem dedicada ao amigo Severino Ramos Brasil. “Esse edifício é muito bonito, mas ficou
completo com o nome desse meu amigo que conheço de longas datas e posso afirmar que é um exemplo de caráter e de honestidade a ser seguido. O Senac não poderia ter escolhido nome melhor!”
A nova unidade do Senac homenageia o empresário Severino Ramos Brasil que nasceu em Uiraúna (PB), em 17 de agosto de 1937. Ele é casado com Maria Madalena Nunes Brasil, com quem tem três filhos: Carlos André, Lydia Maria e José Augusto e dois netos: Maria Madalena e Carlos André Filho. As atividades laborais começaram na adolescência, onde ajudava o pai na roça, e posteriormente, trabalhou em mercearias, porém o primeiro emprego formal veio aos 22 anos, quando foi admitido como vendedor na loja do Armazém Paraíba em Bacabal (MA), em 1960. Em 1969, ele veio transferido para Teresina para gerenciar o Setor de Tecidos da primeira loja de tecidos do Armazém Paraíba na capital do Piauí. Em 1989, deixou o Grupo Claudino para abrir a primeira loja da empresa
S.R.Brasil & Cia. Ltda em Teresina, com nome fantasia “Varejão”. Atualmente, Severino Ramos Brasil dirige a empresa junto com o filho, o economista Carlos André Brasil. Em 25 anos, a empresa conta com
11 lojas e cerca de 300 funcionários. Seu legado e sua história incentivam os novos empreendedores e colaboram para o fortalecimento da economia do Piauí.
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Senac é referência na busca por profissionais qualificados Mais de 200 estudantes foram inseridos no mercado de trabalho em 2014. Por Mariane Aquino Fotos: Marketing Senac
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bertura de vagas no mercado de trabalho, busca por profissionais qualificados e aumento no número de contratações são alguns aspectos que caracterizam o panorama econômico do período de proximidade do final do ano. Outro fator interessante é que o segundo semestre para a capital piauiense foi marcado pela inauguração da segunda fase de expansão do maior shopping de Teresina. A abertura de novas lojas motivou as empresas a buscarem mão de obra qualificada no Senac, como foi o caso da franquia Patroni Pizza. A proprietária Kislley Sá disse que encontrou o que estava procurando para o seu empreendimento através do site do Senac: “Observando o site encontrei exatamente o que eu estava buscando que é a qualificação em diversas áreas. Isso me motivou a procurar os profissionais egressos da instituição”, afirmou. Atualmente, 50% do quadro de funcionários da Patroni Pizza é composto por profissionais qualificados pelo Senac. Irene Almeida, uma das estudantes contratadas pela franquia, era apenas dona de casa e não havia buscado se qualificar profissionalmente até o momento em que decidiu ingressar no curso de Pizzaiolo: “Eu achava que a vida já havia parado por aqui. Fiz o curso, recebi a oportunidade e vejo que ainda existe muita coisa pela frente. A vida está apenas começando”, declarou. No ano de 2014, o Banco de Oportunidades, através das parcerias realizadas com as empresas, intermediou mais de 200 contratações. Os números se intensificaram no segundo semestre por conta do aumento do fluxo no comércio. De acordo com a supervisora do Banco de Oportunidades no Senac Piauí, Luciana Ponte, este foi um ano em que ocorreu a diversificação nas áreas de contratações e demandas nos mais diversos segmentos oferecidos pelo Senac seja Informática, Gestão, Comércio, Hospitalidade, Beleza, dentre outros. 40
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Geiciane Oliveira fez o curso Auxiliar Administrativo em Vendas no Senac e foi contratada pela Patroni Pizza
Geiciane Oliveira, Irene Almeida e Socorro Rodrigues são egressas do Senac.
Empresa Werner Coiffeur contrata egressos do Senac No dia 25 de novembro, a empresa Werner Coiffeur, que atua no ramo da Beleza há 25 anos, realizou um processo seletivo no Senac com ex-alunas que possuem currículo cadastrado no Banco de Oportunidades. O resultado foi positivo! A franquia contratou 10 estudantes para as funções de copeira, estoquista, recepcionista, cabeleireira e manicure. “O Senac foi o primeiro local onde buscamos recrutar e selecionar pessoas porque entendemos que daqui saem profissionais qualificados”, afirmou a gerente de Recursos Humanos da Werner Coiffeur, Cristiane Moura.
Irene Almeida fez o curso de Pizzaiolo no Senac
A equipe administrativa da Werner Coiffeur conduziu a seleção no auditório José Alves Filho
Alunas do Senac inseridas no mercado pelo projeto Banco de Oportunidades
Para a gerente do Senac, Janaína Moraes, as contratações significam que as metas traçadas foram alcançadas. “Para nós, é uma alegria saber que o nosso trabalho tem resultado. O nosso objetivo é capacitar e fazer com que o nosso estudante seja encaminhado e permaneça no mercado de trabalho”, pontuou.
Os interessados em cadastrar o currículo no Banco de Oportunidades devem enviá-lo para o e-mail bancodeoportunidades@pi.senac.br ou entregá-lo na sala 109 da Unidade Miguel Sady, av. Campos Sales, nº 1111, Edifício Alcenor Almeida, Centro de Teresina-PI.
Estudantes participam de seleção da empresa do ramo da Beleza.
Kyslley Sá, proprietária da Patroni Pizza (à esquerda) e Luciana Ponte, supervisora do Banco de Oportunidades (à direita).
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Gestão e Pessoas
Eventos
Liderança Feminina
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Ana Cristina Barros Sócia-fundadora do IEMP Diretora Presidente da ABRH/PI ana@iemp.com.br
O ambiente corporativo precisa evoluir ainda mais para se livrar das amarras do passado, para quais as mulheres, ditas “sexo frágil”, cabiam sempre cargos de subordinação, com salários inferiores, com condições diferenciadas por serem mães, por terem filhos, etc. O que vale é o que se pode oferecer, o que se pode entregar para as corporações, e aí o que tem que prevalecer é o que realmente precisa ser diferenciado – a competência.”
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embram quando em qualquer ficha cadastral feminina encontrava-se no campo profissão a expressão “do lar”? Pois é, os tempos mudaram e a realidade destas mulheres no mercado de trabalho, também mudou. No início, elas eram caracterizadas como “as rainhas do lar” e para elas cabiam o papel de cuidar da casa, do marido e dos filhos. A inserção da mulher no mercado de trabalho aconteceu com as duas Guerras Mundiais, pois com os homens à frente das batalhas, a mão de obra disponível para as indústrias eram das mulheres e das crianças. E coube então, a mulher, assumir o papel antes ocupado por homens e, a partir daí, esta participação feminina no mercado de trabalho não parou mais de crescer e se solidificar. Hoje, profissionais com perfis que o mercado de trabalho tem claro interesse, as mulheres têm ocupado cada vez mais cargos de liderança e estratégicos dentro das organizações. Observando as mudanças ocorridas na sociedade, desde a escolha mais assertiva da profissão, o interesse em se capacitar, estudar e empreender, as mulheres redefiniram seus papeis e estão posicionando suas competências em áreas antes dominadas pelo perfil masculino. Podemos citar como exemplo os cargos de gestores de compras, de finanças, de produção, que eram, na sua grande maioria, exclusivos para homens. Por quê? Puro preconceito! Competência se avalia a partir dos conhecimentos, das habilidades e das atitudes que desenvolvemos gerando resultados. E não por diferenças de sexo, idade, cor ou outra diversidade. Em função de suas características pessoais, que de alguma forma podem atribuir diferenciais competitivos ao perfil feminino no mercado de trabalho, existem estudos que nominam esses diferenciais como “vantagens competitivas”, dentre elas podemos destacar que as mulheres costumam ser bem sucedidas nos processos de comunicação e de negociação, exercitam mais a capacidade de ouvir, se destacam em promover a união e a cooperação, por terem uma jornada dupla de trabalho (aquele exercido no emprego e aquele dentro de casa). Além disso, as mulheres conseguem ser mais flexíveis no ambiente corporativo e ainda fazer diversas atividades ao mesmo tempo, são profissionais atentas aos de-
OAB discute mudanças no Estatuto da Micro e Pequena Empresa Algumas empresas já aderiram ao Simples desde agosto e outras poderão entrar em 2015.
talhes de cada situação, fazendo com que elas tenham uma visão ampla da empresa. Todas essas características são avaliadas como essenciais ao perfil de liderança nas organizações. Por outro lado, não se observa uma presença acentuada das mulheres em posições de decisão, de chefia ou de liderança nas empresas. A análise que se faz acerca dessa realidade é que persistem preconceitos, que ainda existem diferenças ao contratar, remunerar ou promover mulheres, porém estamos evoluindo, seja pela exigência do mercado em contratar profissionais competentes, independente do sexo, ou pela profissionalização espontânea da mulher, que tem buscado de forma relevante se qualificar e estudar. Afinal, todos nós temos características que podem ser consideradas como pontos fracos, mas também temos outras que são pontos fortes, e isso é o que importa: serem diferentes para serem melhores! Muitos dilemas e dificuldades pode-se evidenciar na trajetória de uma profissional que investe em sua carreira: conciliar família, trabalho, vida social, saúde e ainda as barreiras e preconceitos que contaminam as relações de trabalho. Tudo isso pode desestimular o empenho em seguir carreira e a galgar cargos de maiores responsabilidades como os cargos de chefia e liderança. Porém, diversos fatores influenciaram e impulsionaram a entrada e a permanência da mulher no mercado de trabalho. Entre outros motivos, podemos destacar a necessidade econômica, o desejo de libertação da submissão, a conquista de sua independência financeira e novas necessidades de consumo. O ambiente corporativo precisa evoluir ainda mais para se livrar das amarras do passado, para quais as mulheres, ditas “sexo frágil”, cabiam sempre cargos de subordinação, com salários inferiores, com condições diferenciadas por serem mães, por terem filhos, etc. O que vale é o que se pode oferecer, o que se pode entregar para as corporações, e aí o que tem que prevalecer é o que realmente precisa ser diferenciado – a competência. E não por ser mulher, mas por ser competente, por ser profissional que, com as habilidades femininas, se destacam num mercado extremamente competitivo para todas as diversidades.
Por Jônatas Freitas Fotos: Carlos Pacheco
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s mudanças advindas da Lei Complementar nº 147 de agosto/2014, que altera o Estatuto da Micro e Pequena Empresa, foram discutidas na noite do dia 18 de novembro, no auditório da Escola Superior de Advocacia do Piauí (ESA-PI), durante o Ciclo de Debates da Micro e Pequena Empresa, evento organizado pela Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Piauí – OAB-PI e pelo Fórum Estadual da Micro e Pequena Empresa. Foram convidados a tomar a palavra para falar das inovações o advogado Sebastião Rodrigues Barbosa Júnior, especialista em Direito Fiscal e Tributário e Secretário-Geral da OAB-PI, Carlos Frederico Nascimento, contabilista e advogado membro da Comissão de Direito Empresarial da OAB-PI, e José Corsino Raposo Castelo Branco, também advogado e contabilista. Frederico Nascimento discorreu principalmente sobre os tipos de empresas que, a partir de 2015, poderão ser incluídas no Simples Nacional, sistema que atende principalmente micro e pequenas empresas. De acordo com ele, empresas de fisioterapia, corretagem de seguros e serviços advocatícios já podem optar pelo sistema desde que a lei foi sancionada. Entretanto, outras empresas precisam aguardar até 1º de janeiro de 2015, tais como de corretagem de imóvel de terceiros, produção de comércio atacadista de refrigerantes, estádio, ginásio, auditório, parque de diversões, casa de espetáculo, serviço de transporte na modalidade fluvial, medicina veterinária, psicologia, odontologia, dentre vários outros. Segundo o contabilista, esta mudança no estatuto é uma forma do governo de desestimular a informalidade. “As empresas que aderem ao SIMPLES são desobrigadas de várias atribuições, e isto gera uma maior formalidade, mais empregos são criados, elas tem acesso a crédito mais facilmente e os funcionários contratados contam com todos os direitos assegurados”, relata.
Ciclo de Debates discute mudanças provocadas pela Lei que altera o Estatuto da Micro e Pequena Empresa
O peso dos impostos na vida do brasileiro e a importância dos mesmos para o funcionamento dos serviços públicos foram o tema da fala de Sebastião Rodrigues. De acordo com o advogado, o governo ao mesmo tempo em que garante benefícios às empresas e aos funcionários destas através do Simples, também garante para si uma maior arrecadação. José Corsino destacou a importância das empresas se formalizarem para garantir crescimento. “No atual momento, a informalidade pode é prejudicar, porque de forma legalizada a empresa pode reduzir seu lucro, por conta da enorme tributação, mas poderá crescer, sabendo o que está faturando, ganhando vantagens através do Simples,
e na informalidade ele se perde e não consegue o crescimento almejado”, finalizou. O evento também marcou o lançamento da Cartilha de Direitos e Deveres dos Trabalhadores, publicação organizada pela OAB-PI para auxiliar empregadores e empregados no que diz respeito ao conhecimento da lei trabalhista, a fim de informar problemas que venham a prejudicar ambos, e também com a finalidade de apresentar os direitos dos trabalhadores. Novembro/Dezembro 2014
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Carlos Pacheco
Eventos
Workshop desvenda o mundo da negociação Aprender as técnicas de negociação ajuda a melhorar os resultados comerciais. Por Samanta Petersen Fotos: Carlos Pacheco
Qual a principal estratégia para ser um bom negociador? A primeira estratégia é conhecer as regras do jogo. Cada cliente, cada empresa tem um sistema de compras diferente e você tem que oferecer de acordo com o perfil e a necessidade de cada um. Todos têm uma rotina, uma maneira de comprar, então você precisa saber quem são os influenciadores, quem decide. Essa é a melhor maneira, mapear como o cliente compra para, aí sim, conseguir fazer a melhor abordagem. 44
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egociar é uma arte e é preciso habilidades para saber vender ou comprar produtos e serviços com os melhores preços e condições. Ensinar o processo de negociação é a especialidade de Fabrício Medeiros, professor da Faculdade Getúlio Vargas (FGV) e especialista em Negociação pela Harvard Law School, que esteve em Teresina no mês de novembro para ministrar workshop de negociação e vendas. Durante o curso, 80% dos exercícios são práticos com jogos empresariais que possuem limitação de tempo e situações de pressão, de forma que as pessoas aprendam negociando as técnicas para melhorar seus resultados comerciais. De acordo com o especialista, algumas normas devem ser observadas na hora da negociação, como sempre estudar os mercados e as regras do jogo de cada cliente, especialmente se for negociar com pessoas de outros países, pois a cultura influência na forma de abordagem. Pesquisar seu concorrente também é uma dica a ser seguida. “É preciso comparar seus pontos fortes com os fracos do concorrente”, diz. Fabrício ainda afirma que os brasileiros não conduzem as negociações de forma correta. “Oitenta por cento das negociações no Brasil são feitas de forma fechada, ou seja, as pessoas escondem as informações e quando você começa a fazer uma negociação do tipo aberta é muito melhor porque você gera confiança, consegue extrair alguns dados e chegar a uma proposta melhor, a um acordo”. Confira outras dicas que podem ajudar a melhorar suas negociações.
Segundo Denis Cavalcante, a feira reuniu mais de 220 grandes marcas interessadas em abrir ou expandir os seus negócios no Nordeste
Existem diferentes tipos de negociadores, dentre eles há um que seja melhor? Existe o individualista que pensa mais nele e consegue até mais lucro para a empresa, mas é um negociador que visa mais negociações em curto prazo e não faz relacionamentos longos. Existe o cooperativo, que é um perfil melhor porque as duas partes pensam em ganhar. Tem também o competitivo que quer ganhar, mas quer ganhar apenas um pouco a mais e tem o altruísta que é aquele que cede mais para a outra parte. Não existe um perfil certo, existe um perfil adequado para cada momento. Cada perfil tem qualidades e defeitos e o mais importante é conhecer cada um deles e trabalhar essas arestas para ser um negociador completo que perpassa por todos esses perfis. No dia a dia como se pode aproveitar uma negociação que não deu certo? Um dos grandes defeitos dos negociadores é que quando eles perdem ficam chateados e abandonam o cliente. A melhor forma é você ir atrás do cliente novamente e saber se o concorrente, para o qual você perdeu a venda, entregou o que prometeu. A maioria não entrega. Essa é uma grande estratégia: vá atrás do
Feira de Franquias do Caxias Shopping
Formatação de negócios e aspectos jurídicos de franchising foram temas de palestras no evento. Por Nahiane Gomes e Karla Nery
U Fabrício Medeiros diz que antes de negociar é preciso estudar o cliente
cliente e descubra os motivos pelos quais você perdeu para voltar muito mais forte. Qual o maior erro que o brasileiro comete durante as negociações? Falar demais, o brasileiro é o povo mais ansioso do planeta. Nós falamos sem parar, respondemos as nossas próprias perguntas e isso prejudica a negociação. Dê o preço e fique calado, deixe que o cliente dê sua contraproposta. Não dê o preço e baixe imediatamente. Escute atentamente porque assim você terá mais elementos para fechar a venda.
ma oportunidade para ter seu próprio negócio sem começar do zero. A experiência de empresas bem sucedidas que se transformaram em franquias foi debatida na Feira de Franquias realizada nos dias 18 e 19 de novembro no Coco Bambu em Teresina. A Feira foi organizada pelo Caxias Shopping com o objetivo de apresentar o Shopping como uma excelente opção para quem quer adquirir uma franquia, mas de acordo com Denis Cavalcante, um dos organizadores da Feira, ela beneficiou não apenas quem é de Caxias ou Teresina. “Na verdade, esse evento acaba por beneficiar não só o Caxias Shopping, mas o comércio como um todo, pois os participantes podem encontrar aqui o estímulo para abrir seus empreendimentos em qualquer lugar, seja no centro, em outros bairros e shoppings da capital ou do interior. Aqui, eles encontram mais de 220 grandes marcas, dentre elas, Bob´s, Bebelu, Giraffa´s, Subway, Lojas Americanas e Riachuelo. São grandes mar-
cas interessadas em abrir ou expandir seus negócios aqui no Nordeste e estão à procura de franqueados para a região”, disse Denis. Além de visitar os estandes, os participantes puderam assistir palestras com consultores de grandes franquias, que apresentaram noções básicas de como abrir o primeiro negócio, a importância do planejamento financeiro e estratégico, da formatação de negócios e aspectos jurídicos de um empreendimento no caso de franchising. De acordo com Paulo Zambonaro, gerente de expansão de vendas do grupo Mercatto de consultoria e um dos palestrantes da Feira, as franquias são interessantes porque já possuem um manual de operação que facilita a vida do franqueado, que perderá menos tempo para aprender sobre aquilo com o qual vai trabalhar e ainda não tem tanto conhecimento e experiência, além de prestar uma consultoria para ajudar na implantação do negócio. Segundo ele, a tendência das empresas
dos eixos Centro-Oeste, Sul e Sudeste é expandir cada vez mais nos estados do Norte e Nordeste do país. “O que nós temos ouvido falar em São Paulo é que existe uma franca expansão do mercado de franchising aqui no Nordeste. O governo está apoiando bastante, as instituições bancárias estão com juros muito baixos e uma carência de até 12 meses. Esse é o momento certo para investir numa franquia. Sem falar que o brasileiro tem essa vontade de ser chefe. Ter seu próprio negócio é um dos maiores sonhos do brasileiro, perdendo apenas para ter a casa própria e viajar para o exterior e, no Nordeste, fica em segundo lugar”, afirmou o gerente. O próximo evento do Caxias Shopping está previsto para maio de 2015, quando acontecerá a “Festa da Cumieira”, uma tradicional festa que acontece em quase todos os shoppings quando estão com a cobertura da construção concluída. E assim as expectativas para a inauguração do Caxias Shopping aumentam a cada etapa. Novembro/Dezembro 2014
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Informação, capacitação e oportunidades para empreender Feira do empreendedor incentiva o desenvolvimento de negócios no Piauí. Por Camilla Melo
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Feira do Empreendedor acontece a cada dois anos e tem o objetivo de capacitar empreendedores, bem como proporcionar um ambiente de informação para os que têm como meta abrir um negócio. Nessa edição, a feira contemplou três eixos temáticos: atendimento, oportunidades de negócios e capacitação. Assim, foram montados vários espaços como forma de abranger cada uma dessas áreas. Na ocasião, os visitantes do evento puderam conferir palestras magnas com renomados palestrantes nacionais, além de participar de workshops e outros eventos que ocorreram no mesmo espaço físico da feira, como o Preview do Fórum de Inspirações, a Corrida de Startups e Fomenta Piauí. O evento foi realizada de 11 a 15 de novembro, no Theresina Hall.
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Analistas e consultores do Sebrae foram disponibilizados para repassar informações sobre processos de planejamento do negócio, legalização, gestão, finanças, marketing, recursos humanos, franquia, produção, formação de preços, crédito, entre outros assuntos. Além dos estandes de várias empresas e instituições piauienses, o espaço contou ainda com o Cinema Empresarial Sebrae, onde foram exibidos filmes com temas relacionados a empreendedorismo; e a Livraria Sebrae, com títulos sobre o mundo dos negócios. O seminário Fomenta Piauí também ocorreu paralelamente a Feira do Empreendedor. Ao longo do evento foram discutidos assuntos como: participação em
licitações públicas; vendas para o governo; visão dos Tribunais de Contas do Estado e da União, com relação às compras públicas no âmbito da Lei Complementar 123/06, lei geral da micro e pequena empresa. A Feira do Empreendedor é uma realização do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, Sebrae no Piauí, com patrocínio da Prefeitura Municipal de Teresina, Banco do Nordeste e Banco do Brasil; e apoio do Governo do Estado, da Federação das Indústrias do Estado do Piauí, Fiepi; Federação da Agricultura do Estado do Piauí, Faepi; Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Piauí, Fecomércio; e Caixa Econômica Federal.
Carlos Lima (Sebrae)
Durante o evento, foram proferidas palestras sobre os mais diversos temas com renomados empreendedores e consultores nacionais. Renato Santos, palestrante com atuação internacional, abordou o tema Empreendedorismo Criativo. Ele é coautor da atual versão do Empretec, programa da ONU de formação de empreendedores e foi um dos conselheiros do programa “O Aprendiz”, ao lado de Roberto Justus, em sua edição 2013. Na oportunidade, o empresário, apontou as bases do empreendedorismo e da criatividade, segundo ele, a diferença está na coragem, visão e competência, pois empreendedores para realizar seus projetos movem outras pessoas e, por vezes, se colocam em risco. Ao longo da palestra, Renato Santos afirmou que criatividade é o ato de criar para atender uma necessidade e ressaltou a importância das etapas para empreender com criatividade. “A primeira etapa é a fase da ideação, onde o empreendedor troca ideias e pede opiniões. Posteriormente, vem a incubação, onde a ideia é testada no mercado com baixo custo; e por fim, a aceleração, nesse momento as equipes se organizam e iniciam um processo de aceleração com os fornecedores e distribuidores”, conta. O palestrante deu exemplos de empreendimentos que tiverem sucesso por conta da criatividade de seus gestores e falou que ser criativo depende da conexão com o público-alvo. Ele citou como exemplo de empreendedores no Brasil: o navegador Amyr Klink, a modelo Gisele Bundchen e o cineasta Fernando Meireles. “A criatividade é o ponto principal para o sucesso. Também é preciso inovar. Grandes ideias tornam-se grandes negócios”, disse. Outro palestrante do evento foi Walter Longo, mentor de estratégia e inovação do Grupo Newcomm e quatro vezes eleito profissional do ano no Prêmio Caboré, ministrou a palestra Empresa do futuro Como ampliar suas chances de sucesso. O fundador e principal executivo do Buscapé Company, Romero Rodrigues, abordou a temática Acredite no impossível, onde o empreendedor contou a história do seu negócio, a importância da paixão por empreender e como lidar com o fracasso e sucesso. J.B.Maxx, administrador, coaching e consultor de marketing e vendas, proferiu
Renato Santos falou sobre a criatividade para empreender Carlos Pacheco
Carlos Pacheco
O Empreendedorismo foi o foco nas palestras nacionais
Corrida das Startups foi um dos eventos que ocorreu no mesmo espaço da Feira
a palestra Como manter clientes por toda a vida, onde apresentou estratégias práticas para atender e fidelizar os clientes, proporcionando que os vendedores se tornem gestores de clientes. Foram ministradas ainda as palestras: Um jeito arretado de empreender, com
Bráulio Bessa; Gerando falcões, com Eduardo Lyra; Escolhas inteligentes para seu bolso e sua vida, com Renato Cerbasi; Brasil: desafios e oportunidades, com Carlos Alberto Sardenberg; e Top five - Desenvolvendo atitudes vencedoras na vida e nos negócios, com Sérgio Mena Barreto. Novembro/Dezembro 2014
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Eventos
Agenda
JANEIRO 2015
16ª FEIRA NACIONAL DA INDÚSTRIA DA MODA Quando: 20 a 22 de janeiro Onde: Serra Park - Viação Férrea, 100 - Três Pinheiros/ Gramado-RS Mais informações: http://www.ciadasfeiras. com.br
SÃO PAULO PRÊT À PORTER Quando: 11 a 14 de janeiro Onde: Expo Center Norte - Pavilhão Azul/ São Paulo-SP Mais informações: http://www. salaopretaporter.com COURO MODA 42ª FEIRA INTERNACIONAL DE CALÇADOS, ARTEFATOS DE COURO E ACESSÓRIOS DE MODA Quando: 11 a 14 de janeiro Onde: Expo Center Norte - São Paulo-SP Mais informações: http://www.couromoda. com INSPIRA MAIS 11ª SALÃO DE DESIGN E INOVAÇÃO DE MATERIAIS Quando: 13 a 14 de janeiro Onde: Centro de Convenções do Shopping Frei Caneca/ São Paulo-SP Mais informações: http://www.inspiramais. com.br
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EXPONOIVAS E FESTAS - EDIÇÃO IMIGRANTES 8ª EXPOSIÇÃO DE PRODUTOS E SERVIÇOS PARA FESTAS Quando: 22 a 25 de janeiro Onde: Centro de Exposições Imigrantes/ São Paulo – SP Mais informações: http://www.exponoivas. com.br
FEVEREIRO 2015
Mais informações: http://www.abimad.com.br 3º SUPER SHOWROOM MÓVEIS E ELETRO BH Quando: 04 a 06 de fevereiro Onde: Expominas - Av. Amazonas, 6030, Gameleira/ Belo Horizonte- MG Mais informações: http://www. supershowroom.com.br FEIRA DO EMPREENDEDOR Quando: 07 a 12 de fevereiro Onde: Pavilhão Parque Anhembi/ São PauloSP Mais informações: http://www. feiradoempreendedor.sebraesp.com.br 7ª TÊXTIL HOUSE FAIR Quando: 07 a 10 de fevereiro Onde: Centro de Exposições Anhembi/ São Paulo-SP Mais informações: http://www.grafitefeiras. com.br
19ª ABIMAD - FEIRA BRASILEIRA DE MÓVEIS E ACESSÓRIOS Quando: 03 a 06 de fevereiro Onde: Expo Center Norte/ São Paulo-SP
Natal de dezembro
A Revista Fecomércio deseja a todos um final de ano repleto de paz, amor e esperança e que em 2015 nós possamos crescer juntos!
Datas importantes no Comércio - Fique atento para não deixar passar em branco!
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DEZEMBRO
JANEIRO
01. Dia Internacional da luta contra a AIDS
01. Confraternização Universal/ Dia Mundial da Paz
02. Dia Nacional das Relações Públicas
08. Dia do Fotógrafo
04. Dia da Propaganda
12. Dia do Empresário Contábil
08. Dia Mundial da Imaculada Conceição/ Família/ Justiça
19. Dia do Cabelereiro
09. Dia do Fonoaudiólogo
20. Dia do Farmacêutico
11. Dia do Arquiteto/ Engenheiro
24. Dia da Constituição/ Previdência Social / Aposentados
14. Dia Nacional do Ministério Público
25. Dia do Carteiro
25. Natal
25. Dia da Criação dos Correios e Telégrafos no Brasil
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Idealizador do método C.A.R.M.A. fala sobre Autogestão de carreira O método é ideal para quem está em busca de realização pessoal e profissional. Por Iolany Galiza Foto: Luciano Nunes
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economista Edson Carli, autor do livro “Autogestão de carreira”, esteve em Teresina recentemente para ministrar a palestra “Autogestão de Carreira e Felicidade”. O evento aconteceu no Executive Flat e foi promovido pela empresária e Master Coaching Cacilda Silva que trouxe para a capital piauiense uma unidade da franquia ‘MÉTODO C.A.R.M.A.®’, um produto da GDT Brasil. A palestra convidou as pessoas para refletirem sobre seus valores, sua forma de ser e pensar, e com isso utilizar ferramentas para a construção de uma carreira de sucesso e felicidade. Edson Carli é o idealizador do método e é reconhecido pela mídia especializada como importante fonte de informação. Como construtor de metodologias sobre os temas: gestão de talentos, sucessão, carreira e estratégia empresarial, ele foi bem recebido pelo público ávido por conhecimento e mudanças em suas carreiras. Seu método está contido no livro, que é um lançamento independente e esteve entre os mais vendidos do segmento de negócios, disputando mercado com publicações de editoras tradicionais. “Os motivos que me levaram a escrever este livro são tão simples e óbvios quanto contundentes. Ninguém obtém sucesso em nada na vida se não estiver fazendo algo que gosta”, explica o economista. C.A.R.M.A. é uma sigla em inglês para Career and Relationship Management e permite as pessoas avaliarem o que lhe traz felicidade e prazer. Diante das conclusões é possível ver quais as opções de atividade que poderia executar e como conseguir crescer profissionalmente de acordo com suas expectativas. O modelo de licenciamento foi desenvolvido para permitir que profissionais de várias formações, como coaching, consultores de carreira, head hunters, orientadores pedagógicos e professores possam atuar de maneira estruturada no segmento de orientação profissional. “O modelo é desenvolvido em formato de clínicas de orientação e transferência de conceitos. Métodos e ferramentas vão para
profissionais que já atuam com o desenvolvimento de pessoas, permitindo que estes operem como especialistas em gestão de carreira, desenvolvendo planos de ação factíveis e de fácil acompanhamento para seus clientes”, ressalta Edson Carli. A GDT Brasil é um grupo legitimamente brasileiro com foco na gestão empresarial e capital humano. O objetivo é oferecer para empresas conhecimentos, métodos e ferramentas que possibilitem o perfeito alinhamento entre as estratégias e perfil do empresário.
Edson Carli é o idealizador do método Carma e autor do livro Autogestão de Careira
A metodologia
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método C.A.R.M.A. é aplicado em todas as fases da vida profissional, desde a escolha da profissão por jovens até a definição de novos caminhos para os profissionais em tempos de aposentadoria. No Brasil, a franquia está presente em SP, no RJ, MG, RO, PR e PI e já foi utilizada em sete países e por mais de oito mil usuários. “O primeiro passo dentro da franquia é o treinamento dos novos orientadores inclusos no C.A.R.M.A. assegurando que metodologia e ferramentas sejam amplamente dominadas. Seguindo o conceito do C.A.R.M.A., a franquia disponibiliza quatro módulos para diferentes públicos: C.A.R.M.A Teen, voltado para jovens do ensino médio em fase pré-vestibular; C.A.R.M.A. Pro, com
foco em pessoas que procuram obter mais satisfação e resultado na vida profissional; C.A.R.M.A. Class, para formação de lideranças e sucessores, e C.A.R.M.A. Senior, que é um Programa de Preparação para Aposentadoria (PPA), voltado para o desenvolvimento de profissionais para aposentadoria e sucessão”, explica a franqueada piauiense da GDT, Cacilda Silva. As empresas que adquirem os programas do Método C.A.R.M.A. obtêm benefícios diretos pela redução dos custos de treinamento, aumento da fidelização de seus talentos e melhoria no clima corporativo. Ainda somam-se benefícios indiretos: a aproximação de profissionais das suas habilidades naturais, reduzindo erros, absenteísmo e baixo desempenho.
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Eventos
Coaching de Carreira
Coaching de Carreira III Etapa Cacilda Silva Empresária, Master Coach e Neuro Coach cacildamastercoach@gmail.com
Seja qual for o seu sonho, comece. Ousadia tem genialidade, poder e magia”. (Goethe)
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ontinuando com o nosso artigo Coaching de Carreira, vamos continuar falando agora das fases 3 e 4 que fazem referência as Escolhas e Implementação. Um aspecto importantíssimo quando o coachee resolve fazer uma transição de carreira é ter um plano ”B”, principalmente se já tem uma família para a qual precisa contribuir financeiramente. Reserva financeira suficiente para um período inicial de construção da nova carreira é necessário para gerar tranquilidade e equilíbrio emocional para a fase de adaptação a um novo cenário profissional. Já atendi alguns clientes dentro do processo de Coaching de Carreira, que tomaram a decisão de pedir demissão do emprego para depois procurar outro. Em quase 100% desses casos, havia um nível de insatisfação que beirava o desespero, uma angústia forte que se revelava em declarações, como “Só de pensar em ir trabalhar hoje me dá uma dor de estômago”. Para alguns desses clientes, a recolocação foi rápida, para outros, demorada. Independente do tempo de início em outro trabalho, uma coisa é certa: Sem uma segurança financeira para uma mudança profunda e madura na carreira, as chances de tomar uma decisão precipitada são enormes. A pressão do imediato, das “contas a pagar”, influencia sobremaneira na forma como o coachee vai enxergar as possibilidades e tomar decisões. Torna-se, então, fundamental o coach entender como o coachee está planejando o processo de transição, reforçando a importância do planejamento prévio. O final da etapa 3 acontece quando o coachee toma a decisão da mudança ser feita (ou da manutenção da situação atual). Inicia-se, assim, a última fase do processo de Coaching de Carreira que é a Implementação. A partir desta etapa, o desafio do coach é apoiar o cliente na construção de um
plano de ação para a realização da escolha feita na fase anterior e, ainda, suportar o processo de avaliação em torno da decisão tomada, que acontecerá nesse período. Não é surpresa que muitos coachees voltem atrás em suas decisões quando enxergam com mais nitidez os desafios da implementação da escolha, mesmo após inúmeras análises e ponderações em torno de cada uma das possibilidades nas etapas iniciais. Em geral, os processos de Coaching de Carreira terminam algumas sessões após a decisão ter sido tomada, mesmo que sua implementação não seja imediata. Um de meus coachees decidiu que deixaria a vida de executivo em dois anos para empreender um negócio próprio. Assim, na etapa 4, Implementação, ele construiu um plano de ação para que, nesse período, fosse solidificando relacionamentos e condições financeiras para viabilizar a decisão dentro do prazo estabelecido por ele. Independentemente dos resultados finais, acredito que mudanças em nossas trajetórias profissionais serão cada vez mais frequentes, até porque nossa expetativa de vida aumentou muito e a chance de termos mais de uma carreira também. O importante deste processo de Coaching de Carreira é que ele ao ajudar o cliente a entender, a gerar possibilidades e escolhas e a implementar decisões profissionais entrega-lhe algo muito mais valioso: o direito de voltar a sonhar. E isso na verdade não tem preço! Pense sempre no dilema do gato do livro “Alice no país das maravilhas”, que prega que “Se você não sabe para onde vai, qualquer caminho serve”. Utilize o Coaching de Carreira como uma poderosa metodologia de mudança comportamental, dosando a forma, o conteúdo e as condições para que em cada sessão em particular sua meta possa ser atingida e superada.
Lançamento do Prêmio Melhores empresas para trabalhar Piauí 2015 Premiação revelará as 100 melhores empresas do Estado. Por Nahiane Gomes Fotos: Raoni Barbosa/ Cidade Verde
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Great Place to Work (GPTW), instituto de referência internacional na análise e avaliação de ambientes de trabalho e na premiação das melhores empresas para trabalhar, firmou parceria com a Revista Cidade Verde e a Associação Brasileira de Recursos Humanos do Piauí (ABRH-PI), para identificar as melhores empresas para trabalhar no estado do Piauí. O lançamento do prêmio aconteceu no dia 12 de novembro, no Cardinalle Buffet, em Teresina, em evento organizado por Maria Tajra, diretora de RH do Grupo Cidade Verde e contou com a presença da diretora da GPTW, Haline Aquino, do consultor de relacionamentos do grupo, Daniel Casseb, da presidente da ABRH-PI, Ana Cristina Barros e do presidente do Grupo Cidade Verde, Jesus Tajra Filho. Como o prêmio será um reconhecimento às empresas que aplicam práticas eficazes de gestão de pessoas e com isso obtém resultados positivos e expressivos nos seus negócios, a presidente da ABRH-PI, incentivou os empresários a concorrerem ao prêmio. “Nós podemos mostrar que o Piauí tem boas práticas de gestão de pessoas, que podem ser mostradas para o Brasil e para o mundo, independente do tamanho das empresas e não importa se é na iniciativa privada ou na gestão pública. Não subestimem o que vocês tem e fazem na empresa de vocês, aquilo de gestão de pessoas que vocês fazem e acham que não é tão importante ou não tem tanto valor, tem sim e pode ser mostrado como boas práticas para o mundo”, disse. Com a credibilidade que tem o Great Place to Work, as empresas participantes terão oportunidade de agregar valor à marca e aumentar a sua credibilidade. O presidente do Grupo Cidade Verde, Jesus Tajra Filho, acredita que a premiação e a parceria com o Instituto, será de grande valia para o Piauí como um todo. “A atividade empresarial com pessoas capazes e preparadas a partir de práticas que surgem dentro das próprias empresas é algo fundamental para o desenvolvimento inclusive do nosso Estado, por isso estamos felizes e gratos com a parceria que nós fizemos com a Great Place to Work”, declarou o presidente.
Como participar Para participar, as empresas precisam ter 30 ou mais colaboradores e estarem sediadas no Piauí. As inscrições já podem ser feitas através do site greatplacetowork. com.br, na aba INSCREVA-SE.
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Bem-estar
Cuidar da saúde deve fazer parte da rotina dos homens Doenças cardiovasculares, diabetes e câncer são as mais frequentes nas pessoas do sexo masculino. Por Samanta Petersen Fotos: Carlos Pacheco
Campanha conscientiza sobre o câncer de próstata
Francisco Pádua diz que homens devem fazer exames de pré-natal
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Taxa de mortalidade entre os homens é 2,3 vezes maior do que nas mulheres
esde sua adolescência, as mulheres são incentivadas a frequentarem o consultório médico e a realizarem exames preventivos anualmente. Os homens, ao contrário, não costumam procurar atendimento médico por iniciativa própria. Em muitos casos, eles são levados por insistência da esposa e dos filhos. “É preciso quebrar barreiras e conscientizar os homens que eles precisam cuidar da saúde”, diz o diretor de Ações Assistenciais da Fundação Municipal de Saúde (FMS), Francisco Pádua. De acordo com dados do IBGE, Teresina possui uma população de 830.231 habitantes e deste total 46,76% são do sexo masculino e a grande maioria tem idade entre 25 e 59 anos. Nos adultos e idosos do sexo masculino, as doenças cardiovasculares, diabetes e cânceres são os problemas de saúde mais comuns. O Instituto Nacional de Câncer (Inca) prevê que em 2014, o Piauí deve diagnosticar 2.050 novos casos de câncer na população masculina, sendo que 660 devem ocorrer em Teresina. Os ti-
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pos mais registrados serão os cânceres de próstata, traqueia, bronco e pulmão, cólon, reto e estômago. De acordo com dados do Ministério da Saúde, divulgados na pesquisa Perfil da situação de saúde do homem no Brasil (2012), a taxa de mortalidade geral na faixa etária de 20 a 59 anos de idade é 2,3 vezes maior entre os homens do que entre as mulheres, chegando a quatro vezes mais na faixa etária mais jovem. A pesquisa ainda aponta que os homens se envolvem mais em situações de acidentes e violências, levando à morte prematura, sendo as causas externas as que mais levam os homens jovens ao óbito, em seguida, os transtornos mentais e comportamentais e as doenças do aparelho digestivo. O relatório aponta que essas duas últimas causas devem ser provavelmente associadas com comportamentos de risco, como uso de drogas, consumo excessivo de bebidas alcoólicas e de alimentos ricos em gorduras, entre outros fatores.
Gustavo Baião pratica atividades físicas como forma de cuidar da saúde
O relatório ainda mostra que os homens, comparativamente às mulheres, têm mais excesso de peso, baixo consumo de frutas, de legumes e de verduras, consumo abusivo de bebidas alcoólicas e tabagismo. O servidor público e músico Gustavo Baião é uma exceção, aos 38 anos pratica atividade física regularmente, faz exames de rotina todos os anos, não fuma e só bebe socialmente. A alimentação também é controlada, pois na família há casos de pessoas com colesterol alto. Ele reconhece que sua conduta não é seguida pela maioria dos homens. “Sempre tive cuidado com a minha saúde, uso protetor solar e consigo controlar meu peso. Mas vejo que os homens da minha idade não têm esse mesmo cuidado e muitos acabam aparentando serem mais velhos devido aos excessos, especialmente de peso”, afirma. Para Francisco Pádua, as ações de prevenção de problemas de saúde nos homens devem começar ainda na escola com práticas educativas como palestras e outros
O C.A. de próstata é o câncer mais frequente no sexo masculino. No intuito de conscientizar os homens sobre a doença, motivar a realização de exames preventivos e diminuir a taxa de mortalidade, o Brasil realiza o Novembro azul, um mês voltado para campanhas de combate à doença. Em 2014, de acordo com o Inca, o Piauí deve diagnosticar 790 casos de câncer de próstata, destes 240 serão em Teresina. Para a Sociedade Brasileira de Urologia, os homens a partir de 50 anos devem começar a fazer exames para detectar a doença. Aqueles com maior risco da doença (história familiar e raça negra) devem procurar o urologista a partir dos 45 anos. Em casos diagnosticados precocemente as chances de cura são de cerca de 90%. O único fator de risco bem estabelecido para o desenvolvimento do câncer de próstata é a idade. Aproximadamente 62% dos casos diagnosticados no mundo ocorrem em homens com 65 anos ou mais. Além disso, a etnia e a história familiar da doença também são consideradas fatores de risco. O Inca ainda alerta que o consumo de alguns alimentos é considerado fator de risco para o desenvolvimento de C.A. de próstata. A frequente ingestão de gordura animal, carne vermelha, embutidos e cálcio têm sido associada ao aumento da probabilidade de desenvolver câncer de próstata. A obesidade também é apontada no aumento do risco de desenvolver a doença. Assim, é preciso que os homens se conscientizem que realizar exames preventivos, se alimentar de forma correta e praticar atividade física são atos necessários para aumentar sua qualidade de vida e prevenir os mais diversos tipos de doenças.
tipos de abordagem junto aos jovens, com destaque para o direito sexual e reprodutivo, o uso de drogas e a cultura da paz para mostrar como lidar com a violência urbana. Já para as pessoas acima de 25 anos, a prevenção e a detecção precoce de doenças devem ser prioridade. A questão é como levar os homens para os consultórios médicos. A Fundação Municipal de Saúde tem aproveitado a gravidez das mulheres para aproximar os homens dos centros de saúde com a realização do pré-natal masculino. “Assim como as mulheres que precisam fazer vários exames
quando descobrem que estão grávidas, os maridos ou companheiros também realizam exames de rotina e preventivos. Em alguns bairros de Teresina, a taxa de adesão dos homens tem sido de 60%. Com isso, vários homens estão descobrindo doenças e começando o tratamento cedo e até prevenindo futuros problemas de saúde”, diz Francisco Pádua. Teresina ainda possui programas de combate ao tabagismo instalados no Hospital do Parque Piauí, na Universidade Federal do Piauí e academias populares nos bairros para combater o sedentarismo e a obesidade. Novembro/Dezembro 2014
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Cultura Empresarial
Nahiane Gomes Jornalista, especialista em Gestão de Comunicação Corporativa nahianegomes@gmail.com
Aqui você encontra dicas de livros, filmes, sites, twitter e fanpages que irão lhe ajudar a se manter sempre atualizado no mundo dos negócios! Aproveite o tempo livre para curtir as nossas dicas.”
Dica de Leitura: Gênios: Como despertar a genialidade na sua empresa, na sua equipe e em você Autor: Dr. Alan S. Gregerman Comentário: Nesse livro, o especialista em estratégia Dr. Alan Gregerman, com vinte anos de experiência em organizações líderes de vários setores, mostra como você e sua empresa podem vencer os mercados mais competitivos, partindo do pressuposto de que todos possuem um gênio oculto e em potencial dentro de si. Basta que você saiba identificar quais os talentos capazes de revelar essa genialidade ao mundo atual, onde a inspiração, os insights e a criatividade podem provocar efeitos notáveis. Assim o leitor vai se debruçando sobre uma pilha de ideias e possibilidades e quem sabe nunca levadas em consideração para fazê-lo acreditar que exista mesmo esse gênio com ideias brilhantes e muito mais perto do que se imagina. Essa leitura perpassa pela subjetividade, mas aponta para a objetividade e razão. Em alguns momentos leva à reflexão sobre os desafios da gestão empresarial, enfatizando práticas, lições e recursos fundamentais a serem utilizados em equipe para o alcance de objetivos comuns.
Vale a pena curtir: Relato de um empreendedor Comentário: Criada em 2012 essa fanpage é interessante desde à sua foto de capa, trazendo um provérbio africano que diz “Se você se acha muito pequeno para fazer a diferença, tente dormir com um mosquito”, até os cases de empreendedorismo que ela relata, para motivar os já empreendedores e incentivar os empreendedores em potencial. Na página, são contadas histórias de sucesso, mas também de fracassos e desafios. 54
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Dica de filme: A vida secreta de Walter Mitty Comentário: Apegado ao lema da tradicional Revista Life, Walter Mitty (Ben Stiller), dedicou 16 anos de sua vida à essa empresa. Ele era responsável pelo departamento de arquivo e revelação de fotografias e mesmo prestes a ficar desempregado, porque a revista vai fechar as portas e será veiculada somente no formato online, Walter não desanima em fazer a sua parte e levar a última edição às bancas. Ao receber um pacote com negativos do importante fotógrafo Sean O’Connell (Sean Penn), ele percebe que está faltando uma foto e trata-se exatamente da foto escolhida para ser a capa da última edição. É quando com o apoio de Cheryl (Kristen Wiig), ele se sente obrigado a embarcar em um jornada de desafios pessoais e profissionais para encontrar a almejada foto. Essa é a segunda adaptação para o cinema do conto de 1939 de James Thurber, um filme que mistura aventura, fantasia e comédia dramática que conduz uma reflexão sobre missão, valores, competência, dedicação, motivação e responsabilidade no trabalho.
A Ventania não tira férias porque no Piauí faz calor o ano inteiro, mas nesse Natal a gente tem que reconhecer que até o clima muda! Feliz Natal e que 2015 traga bons ventos pra você!
Dica de site: www.institutoempresariar.com.br Comentário: Esse site apresenta os serviços e contatos do Instituto Empresariar, localizado em Fortaleza-CE, que disponibiliza consultoria empresarial personalizada, para pequenas e médias empresas, baseado na filosofia de integrar conhecimento científico às práticas de gestão. Visitando o site se tem acesso à um apanhado de notícias relacionadas ao meio empresarial, como também vídeos e textos sobre administração empresarial e psicologia organizacional, além de estratégia, gestão, governança e família.
Venha conhecer a nossa linha de ventiladores, ar-condicionados e climatizadores! Rua Clodoaldo Freitas, 1505, Centro (86) 3222 9213
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Rua Des. Freitas, 1056, (Praça do Liceu) Centro (86) 3003-1032
Mais do que um período de festas, de boas compras e vendas, de troca de presentes, a Fecomércio deseja que o verdadeiro sentido do Natal prevaleça, levando paz e esperança em mundo melhor no ano que se inicia, afinal nosso nome já começa com fé!
Acesse a versão on-line da revista no site: www.fecomercio-pi.org.br