Revista Fecomércio PI 12 Março/Abril 2015

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Entrevista: Luís Antônio Veloso - empresário e presidente do Sindilojas-PI

Publicação do Sistema Fecomércio Sesc / Senac Piauí

Ano 03 - Nº 12 - Março / Abril de 2015

Mala Direta Básica 9912366007/2015-DR/PI SESC/PI

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Opinião do leitor

Ano 01 Nº 3 Setembro / Outubro de 2013 Ano 01 Nº 3 Setembro / Outubro de 2013

Publicação do Sistema Fecomércio Sesc / Senac Piauí Publicação do Sistema Fecomércio Sesc / Senac Piauí

Mercado Mercado aquecido aquecido

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Revolta Empresarial Revolta Empresarial

Presidente da Fecomércio-PI, Presidente da Fecomércio-PI, Valdeci Cavalcante, articula Valdeci Cavalcante, articula protesto contra a alta carga protesto contra a alta carga tributária do país tributária do país

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Publicação do Sistema Fecomércio Sesc / Senac Piauí Ano 01 - Nº 4, Novembro / Dezembro de 2013 Publicação do Sistema Fecomércio Sesc / Senac Piauí Ano 01 - Nº 4, Novembro / Dezembro de 2013

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Entrevista Entrevista

João Paulo dos Reis Velloso João Paulo dos Reis Velloso Ex-ministro do Planejamento e autor do livro Ex-ministro do Planejamento e autor do livro “O Vale da Decisão”: “O Piauí é rico” “O Vale da Decisão”: “O Piauí é rico” - Em grandes oportunidades - Em grandes oportunidades

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FEDERAÇÃO DO COMÉRCIO DE BENS, SERVIÇOS E TURISMO DO ESTADO DO PIAUÍ BRAÇO SINDICAL DO SISTEMA FECOMERCIO/SESC/SENAC

PRESIDENTE Francisco Valdeci de Sousa Cavalcante

Caro leitor, Sua opinião é muito importante para o crescimento da nossa revista. Envie-nos suas sugestões, críticas e comentários sobre os diversos assuntos abordados nesta publicação. “Porque nós crescemos mais quando crescemos juntos.”

2º VICE PRESIDENTE Grigório Cardoso dos Santos 3º VICE PRESIDENTE Denis Oliveira Cavalcante VICE PRESIDENTE José Arimateia Melo Rodrigues, Pedro de Oliveira Barbosa, José Rivaldo de Sousa, João dos Santos Andrade, Conegundes Gonçalves, Raimundo Marques Rebolças e Geraldo Ponte Cavalcante Neto 1º SECRETÁRIO - Raimundo Nonato Augusto da Paz 2º SECRETÁRIO - Maria do Socorro de Morais Correia 3º SECRETÁRIO - Delano Leno Silva Miranda de Souza 1º TESOUREIRO - Antônio Leite de Carvalho 2º TESOUREIRO - Margareth Silva Lopes 3º TESOUREIRO - Francelino Lima Costa DIRETOR PARA ASSUNTOS TRIBUTÁRIOS Delano Rodrigues Rocha DIRETOR PARA ASSUNTOS DE DESENVOLVIMENTO COMERCIAL Gerardo Ponte Cavalcante Júnior

Investimento em vigilância Investimento em vigilância armada e equipamentos armada e equipamentos pode ser a saída para os comerciantes pode ser a saída para os comerciantes

Imagem da Capa: Plug Propaganda Arte: Tiago Bastos Agradecimentos especiais: George Mendes e Danilo Mendes

CONSELHO FISCAL ELETIVO Janes Cavalcante Castro, Francisco Pereira Dutra e Roberto Moacir Campos Drumont SUPLENTES Gescimar Miranda de Sousa, Lauro Antônio Cronemberg e Paulo Hernandez Couto Normando SUPLENTE DA DIRETORIA Raimundo Florindo de Castro, José Carvalho Neto, Maria dos Aflitos S. R. Cardoso, Pablo H. Couto Normando, Jorge Batista da Silva Filho, Mayra Oliveira Cavalcante Rocha e Silas Salviano de Sousa. DELEGADOS REPRESENTANTES JUNTO A CNC EFETIVOS Francisco Valdeci de Sousa Cavalcante Grigório Cardoso dos Santos SUPLENTE Jairo Oliveira Cavalcante e Pedro Oliveira Barbosa DIRETOR REGIONAL DO SESC Francisco Campelo Filho DIRETORA REGIONAL DO SENAC Elaine Dias NOSSO ENDEREÇO Av. Campos Sales, 1111 - Centro/Norte Ed. Agostinho Pinto - 4º andar CEP: 64000-360 - Teresina - PI Fone: (86) 3222-5634 Fax: (86) 3223-8253 E-mail: atendimento@fecomercio-pi.org.br

Colaboradores Ana Cláudia Coelho e Dalton Glédson (Sesc), Mariane Aquino e Eduardo Portela (Senac), Antônia Pessoa, Carlos Augusto Lima, Graça Batista e Misael Martins (Sebrae), Kálita Torres, Felipe Ricardo, Cristina Alves (Fecomércio) e Lana Rios (CDL) Revisão Glécia Lima Fotos Carlos Pacheco

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Ano 02 - Nº 5, Janeiro / Fevereiro de 2014 Ano 02 - Nº 5, Janeiro / Fevereiro de 2014

Trânsito Trânsito Falta de estacionamento gera problemas Falta de estacionamento gera problemas no Centro no Centro

Entrevista Entrevista

Mário Lacerda Mário Lacerda Diretor Superintendente do SEBRAE-PI Diretor Superintendente do SEBRAE-PI

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Publicação do Sistema Fecomércio Sesc / Senac Piauí Publicação do Sistema Fecomércio Sesc / Senac Piauí

Ano 02 - Nº 6, Março / Abril de 2014 Ano 02 - Nº 6, Março / Abril de 2014

A Revista Fecomércio leva para você informações que ajudam seu negócio crescer!

Pesquisa Pesquisa traz traz perfil perfil ee hábitos hábitos do do consumidor consumidor de de Teresina Teresina pela pela internet internet As empresas na rede

Entrevista Entrevista Pablo Henrique Couto Normando

As empresas nanovas rede ferramentas Como utilizar as utilizar as novas ferramentas aComo seu favor a seu favor

Pablo Henrique Normando Sócio-diretor daCouto Fênix Móveis e Masotti Sócio-diretor da Fênix Móveis e Masotti

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Publicação do Sistema Fecomércio Sesc / Senac Piauí Publicação do Sistema Fecomércio Sesc / Senac Piauí

Ano 02 - Nº 7, Maio / Junho de 2014 Ano 02 - Nº 7, Maio / Junho de 2014

A Copa chegou!!! Veja como como as as empresas estão estão Veja se preparando preparando paraempresas esse grande grande evento se para esse evento

Como abrir uma empresa

Como abrir uma Saiba o caminho paraempresa tornar Saiba o caminho para tornar seu negócio realidade seu negócio realidade

Entrevista Entrevista Alda Caddah

Alda Caddahda Aldatur Viagens e Turismo Proprietária Proprietária da Aldatur Viagens e Turismo

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Ano 02 - Nº 8, Julho / Agosto de 2014 Ano 02 - Nº 8, Julho / Agosto de 2014

Sucessão familiar familiar Sucessão nas empresas empresas nas

A vida longa dos negócios depende de planejamento A vida longa dos negócios depende de planejamento Senac: conquistando voos Senac: conquistando voos mais altos

mais altosinveste em estrutura Instituição Instituição investe em estrutura física e pessoal física e pessoal

Entrevista

Entrevista Jesus Elias Tajra, Jesus Elias Tajra, José Sobrinho e Jesus Filho José Sobrinho e JesusJelta Filho Diretores do Grupo Diretores do Grupo Jelta

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Entrevista: Luís Antônio Veloso - Empresário e presidente do Sindilojas-PI Entrevista: Luís Antônio Veloso - Empresário e presidente do Sindilojas-PI

PARA PARA EXPANDIR EXPANDIR CRESCER E CRESCER E INOVAR INOVAR VOCÊ VOCÊ PRECISA PRECISA DE DE OPORTUNIDADES. OPORTUNIDADES.

Publicação do Sistema Fecomércio Sesc / Senac Piauí Publicação do Sistema Fecomércio Sesc / Senac Piauí

Não deixe deixe que que os os Não atrasos virem virem rotina rotina atrasos em sua sua empresa. empresa. em

Ano 02 - Nº 9, Setembro / Outubro de 2014 Ano 02 - Nº 9, Setembro / Outubro de 2014

Publicação do Sistema Fecomércio Sesc / Senac Piauí

Ano 03 - Nº 12 - Março / Abril de 2015

Publicação do Sistema Fecomércio Sesc / Senac Piauí

Ano 03 - Nº 12 - Março / Abril de 2015

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Entrevista Entrevista Severino Ramos Brasil

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Severino Ramos Brasil Sócio-proprietário da S.R.Brasil Sócio-proprietário da S.R.Brasil e Cia. Ltda (Varejão) e Cia. Ltda (Varejão)

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Revista Fisco 2

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Prédios que homenageiam empresários do comércio piauiense Prédios que homenageiam empresários do comércio piauiense

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Março/Abril 2015

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DIRETOR DE COMÉRCIO ELETRÔNICO Moisés Rebouças Marques

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Publicação do Sistema Fecomércio Sesc / Senac Piauí Publicação do Sistema Fecomércio Sesc / Senac Piauí

Foto da Entrevista: Karla Nery e Luís Antônio Veloso Fotógrafo: Carlos Pacheco Local: Lojas Dragão

DIRETOR PARA ASSUNTOS SINDICAIS Erivelton Moura

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Mercado Mercado automotivo automotivo cresce cresce no no Piauí Piauí

Parabéns pela revista, Karla Nery! Hoje, eu enviei o PDF da edição para meu grupo de palestrantes em todo o Brasil e eles ficaram encantados com a riqueza dos conteúdos. Fico feliz de fazer parte desse sucesso. Parabéns a todos que fazem com que a Revista Fecomércio seja em toda edição cada vez melhor. Sucesso! Jefferson Xavier (Jex), Palestrante e articulista da Revista Fecomércio.

DIRETOR PARA ASSUNTOS DE COMÉRCIO EXTERIOR Raimunda Nonata da Silva Santos

Segurança Segurança no Comércio Comércio no Sustentabilidade nas empresas Sustentabilidade nasfazer empresas Saiba o que você pode para contribuir

Primeiro quero parabenizar esse novo empreendimento da Fecomércio, que está na sua 11ª edição e se constituindo em um patrimônio de informações do nosso estado, ressaltando as atividades empresariais, principalmente do comércio do Piauí. Na entrevista em que fui prestigiado, falando um pouco sobre minha história e muito sobre as atividades do comércio, fiquei absolutamente satisfeito com o resultado, que junto a gentil e profissional jornalista Karla Nery na condução da entrevista e, naturalmente na repercussão que causou na nossa entidade CDL e nas relações desta instituição com a comunidade. Parabenizo o jornalismo da Fecomércio e o seu presidente Valdeci Cavalcante. Evandro Cosme, Presidente da CDL de Teresina.

DIRETOR PARA ASSUNTOS DE CONSUMO Francisco Carneiro da Cunha Mapurunga

31/10/13 19:37

Acesse a versão on-line da revista no site: www.fecomercio-pi.org.br Acesse a versão on-line da revista no site: www.fecomercio-pi.org.br

Gostaria de parabenizar a toda equipe da revista pelas brilhantes matérias publicadas na edição anterior, o que teve grande destaque em muitos comentários edificantes em razão da grande trajetória de sucesso que a revista tem! Com uma abordagem de qualidade e sofisticação, a Revista Fecomércio é uma publicação diferenciada. As matérias de grandes profissionais do empresariado piauiense, contribuem significativamente para o desenvolvimento de novas ideias e novos horizontes para o comércio em geral. Isso faz da revista uma referência de alto nível editorial. Parabéns a todos que fazem a Revista Fecomercio o sucesso que é. Custódio Paiva - gerente de marketing da Marko Informática

1º VICE PRESIDENTE Jairo Oliveira Cavalcante

31/10/13 19:37

E é claro que a Revista Fecomércio estará junto para registrar tudo isso! E é claro que a Revista Fecomércio estará junto para registrar tudo isso!

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Março/Abril 2015

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Palavra do Presidente Arte: Tiago Bastos

ÍNDICE 28

Destaques

Plug Propaganda

Capa

Ano 03 - Nº 12 Março / Abril de 2015

O maior Centro Cultural do Piauí

N

Entrevista Carlos Pacheco

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Geral

Outras Seções

Pesquisas Fecomércio

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Luís Antônio Veloso Empresário e presidente do Sindilojas-PI.

Empresários menos confiantes com o rumo do setor Comércio Exportação do Piauí alcança 58,16% em 2014

18 Luis Mota

22

Deputados piauienses assumem comissões ligadas ao Comércio

Proprietários de salões de beleza lutam por melhorias

Empresários eternizados através de prédios do comércio piauiense .

Saúde, beleza e empreendedorismo na Mostra Mulher

40 Carlos Pacheco

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Senac comemora três anos de atuação em Campo Maior Comunicação sob o comando das mãos

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Revista Fecomércio

Março/Abril 2015

Restauração de prédio está na pauta de entidades de classe

Eventos

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Direito e Empresas

O prazer de ser Sesc Francisco Soares Campelo Filho

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Ponto de Marketing

Ações de endomarketing aumentam lucratividade das empresas

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Coaching

O segredo do sucesso Parte II Cacilda Silva

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Agenda

Comunicação & Desenvolvimento

Aumente seu poder de comunicação Jefferson Xavier – JEX

Sebrae

Reeducação alimentar é necessária para evitar efeito sanfona .

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Senac Bem-estar

Imposto de renda

O prazo para prestar contas com o leão está se esgotando!

Helder Freitas

Sesc

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Da União Caixeiral ao Centro Cultural João Paulo dos Reis Velloso

Fagner Selles

Sindicatos

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Palavra do Presidente

Valdeci Cavalcante

20

Notas Especial

7

Nova diretoria da AJE -PI toma posse

54

Da União Caixeiral ao Centro Cultural João Paulo dos Reis Velloso

Cultura Empresarial Nahiane Gomes

a segunda década do século XX, Parnaíba foi marcada por um comércio efervescente que atraía rapazes de todo o Piauí, Maranhão e Ceará. Os comerciários, chamados caixeiros, sentiram a necessidade de uma entidade que os protegesse e permitisse formação específica sobre os diversos setores de emprego no comércio. Em 28 de abril de 1918, um grupo desses rapazes, a maioria ainda solteiros, reuniu-se em sociedade de ajuda aos seus interesses, nascendo então a sociedade civil União Caixeiral, composta de 122 sócios. O nome já traduzia a base dos seus objetivos: caixeiros unidos em busca de um futuro melhor. Com a mensalidade de cada sócio, alugaram uma casa e logo iniciaram cursos noturnos, com aulas de português, aritmética, geografia, inglês para o comércio, noções de contabilidade mercantil e datilografia. Em 1919, compraram o terreno em que pretendiam construir a sede, na conhecida Rua Grande, hoje Presidente Vargas. Em 1922, começaram a construção, faziam festas e rifas para conseguir dinheiro. Algumas empresas acreditaram no sonho e colaboraram com verba e material de construção. Em 1933, embora o prédio não estivesse concluído, instalaram a escola. Em 1938, com o Curso Propedêutico Comercial devidamente legalizado, começou a primeira turma, com aulas noturnas, que se formou em 1942. O presidente da União Caixeiral era Godofredo Correia Lima, que concluiu

o prédio nos anos quarenta já devidamente ampliado. O diretor da escola era Clodoveu Cavalcante, professor registrado na Diretoria Nacional de Educação, com vasta experiência no magistério secundário na capital cearense e em Parnaíba, destacando-se em prol do ensino comercial e do movimento cultural da União Caixeiral. A Escola passou a ter Curso Ginasial, prosseguiu pela segunda metade do século e por dificuldades financeiras, fechou em

Um edifício que se sustenta numa história entre séculos!

2005. Deixou a sua história e a sua contribuição formativa em nomes que se destacaram no cenário nacional ocupando importantes cargos como Ministro, Procurador da Justiça Federal, Deputado Federal, Escritores, dentre outros. O Serviço Social do Comércio (Sesc), reconhecendo o inestimável significado histórico da União Caixeiral para a cidade de Parnaíba, para o Piauí e Brasil pela representação da força comerciaria fundadora desta instituição adquiriu o prédio no dia 23 de fe-

Valdeci Cavalcante Presidente do Sistema Fecomércio Sesc/Senac -PI valdeci_cavalcante@hotmail.com

vereiro de 2011 e transformou-o no Centro Cultural João Paulo dos Reis Velloso. São 1.841,28m2 de área reformada que registra a memória dos seus fundadores e pioneiros, professores, ex-alunos, personalidades e artistas da cidade, dando nome aos espaços culturais que compõem este complexo: • Andar Térreo: Hall dos Comerciantes Beneficiadores - homenagem aos empresários da Parnaíba que contribuíram para a construção do prédio da União Caixeiral; Escadaria dos Fundadores - homenagem aos 122 caixeiros sócios-fundadores da Caixeiral; Biblioteca Rubem Freitas; Espaço Assis Brasil – Mezanino; Cinema Miguel Ferreira e Alinda Tajra; Galeria Cristino Melo. • Andar Superior: Hall Godofredo Correia Lima - homenagem ao guarda-livros e contador, que foi um dos primeiros Presidentes da União Caixeiral; Salão Nobre Alarico da Cunha; Memorial Caixeiral Gilberto Escórcio Duarte; Ateliê de Artes Pedro Tobias; Núcleo Cênico Edméa Ferraz; Sala Francisco Eliziário - concertos; Sala Alcenor Madeira - viola e violino; Sala Luís Nelson de Carvalho - violoncelo e contrabaixo; Sala Antônio do Monte - flauta, clarineta e trompa; Sala Raul Bacelar - violão e teclado; e Cyber Café Antônio José de Moraes Souza. Um edifício que se sustenta numa história entre séculos! Revista Fecomércio

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Luís Antônio Veloso – empresário e presidente Sindilojas-PI

Por Karla Nery Carlos Pacheco

Entrevista

O

empresário Luís Antônio Veloso nos recebeu na Loja Dragão no Centro da cidade e nos contou um pouco da sua história, lembrou valores que aprendeu com o pai Emanoel Veloso, que abriu as lojas Dragão em 1960 e foi um dos fundadores da Associação dos Cegos do Piauí. Nessa conversa, ele destacou ainda suas lutas e conquistas a frente do Sindilojas e outras entidades de classe e debateu questões importantes como mobilidade urbana, revitalização do Centro – sua principal bandeira, convenções coletivas de trabalho, burocracia e alta carga tributária e como os empresários devem se preparar antes de datas importantes no Comércio. Atualmente, ele é sócio-majoritário da empresa familiar que possui três lojas, sendo uma no Centro, uma no Riverside Shopping e outra em Floriano. Aproveite para conhecer mais esse belo testemunho de quem no dia a dia tem como missão empreender e ajudar outros empresários a crescer cada vez mais.

Um defensor da revitalização do Centro Sr. Luís, eu queria que começasse contando um pouco da sua história. Onde foi que nasceu? Bem, eu nasci em Palmeirais, a 112Km de Teresina. Meus pais Emanuel do Bonfim Veloso e Antônia Daria Teixeira Veloso são naturais de lá. Meu pai é filho do Sr. Luís da Costa Veloso e minha mãe de Antônio Teixeira, foi daí que veio meu nome. Juntou Luís Veloso de um e Antônio Teixeira do outro, deu Luiz Antônio Teixeira Veloso. Que interessante, juntou o nome dos dois avós! E quantos irmãos o senhor têm? Eu sou o primogênito de sete filhos, mas meu pai criou também meu primo Gonçalo Bonfim. Meu pai era vaqueiro e agricultor. Era muito preocupado com nossa educação, tanto que mandou todos para estudar aqui na capital e não pôde vir porque não enxergava. Pelo menos quando jovem ainda enxergava e conseguiu aprender as primeiras letras, mas ele tinha um defeito no nervo ótico diagnosticado pelos médicos que fez com que ele perdesse a visão. Ele estudou só até o 4º ano do primário, mas, foi um homem, na minha visão, fora de série. Não é porque é meu pai, até porque não só eu digo isso, mas ele era um homem extraordinário, aprendeu a ser líder muito cedo. Quando foi que ele veio para Teresina? Ele veio para a capital no final dos anos 40. O senhor veio com ele? Sim. Eu nasci em 1943 e ele deve ter vindo em 1945. O fato é que já iniciei meus estudos aqui em Teresina. E qual foi a trajetória dele? Antes de vir, ele montou um comércio num bairro chamado Pedra da Luz lá em Palmeirais com a mãe dele. Minha avó vinha para Teresina, fazia as compras e mandava para Palmeirais e aos poucos ele foi crescendo e conseguiu ser o maior comércio da região.

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Revista Fecomércio

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Como era o nome do comércio? Não tinha um nome específico. Ele era conhecido como o Armazém do Seu Emanoel Veloso e vendia essas coisas de armazém de interior, desde alimentos, tecidos, remédios, ferramentas para o trabalho. Eu lembro que dia de sábado, o terreiro ficava cheio de animais, pois as pessoas traziam neles jacás cheios de produtos como arroz, feijão e farinha que eles produziam e vendiam para meu pai que vendia pra eles os produtos que eles precisavam como tecido para roupa, remédio, açúcar e produtos industrializados. Que lembranças o senhor têm da sua infância? Que aprendizados teve com seu pai que acha interessante ressaltar? Olha, foram muitos aprendizados. Meu pai sempre nos ensinou aqueles princípios básicos da honestidade, seriedade. Eu me lembro bem de um fato. Quando ele veio para Teresina, resolveu começar um comércio na Rua Lisandro Nogueira, mas não deu certo. Ai, ele passou a ter um comércio no rio, inicialmente numa lancha a vapor. Comércio no rio?! Sim. Era uma espécie de supermercado ambulante que chegava em cada ponto comercial na margem do Rio Parnaíba que na época era navegável. Mas, esse primeiro barco que ele fez também não deu certo, pois era uma máquina a vapor. Num segundo momento, mais ou menos em 1950, ele alugou um motor a diesel de fabricação sueca. Depois, ele comprou um motor novo e botou no barco e esse barco chamado Esperança passou a navegar no rio levando fretes e produtos que ele vendia. Ele começou indo daqui até Floriano, levava um mês para ir e voltar porque ia entregando os produtos industrializados e voltava recebendo os produtos regionais como arroz, feijão, cera de carnaúba, algodão, babaçu.

Mas, já eram encomendas? A maioria sim, mas muitas coisas as pessoas compravam na hora. Ele levava, inclusive remédios que comprava aqui na Botica do Povo e em Floriano nos laboratórios. Nas férias, eu viajava com ele. Lembro que ele tinha um bloco, uma conta corrente, que na ida a gente anotava os produtos entregues e na volta recebia os produtos regionais. A lancha Esperança rebocava dois barcos cheios e vendia esses produtos, principalmente para aquelas indústrias parnaibanas que tinham escritórios aqui tipo: Morais S/A, Roland Jacob, Machado Trindade. Uma vez, eu lembro que nós chegamos num lugar chamado Barra Seca, onde tinha um comerciante chamado Seu Rufino. Meu pai o perguntou se ele tinha um pouco de babaçu para completar um saco. Faltava mais ou menos uns 20 Kg e ele disse para eu e o Gonçalo irmos pesar e completar o saco. Só que ao invés de colocar 20 Kg, colocamos 21 Kg. Quando terminou a transação e entramos no barco, o Gonçalo falou para o papai. Você não queira saber a briga e a lição de moral que recebemos naquele dia. Papai não era de bater. Na verdade, eu nunca apanhei, ele nunca levantou a mão para bater em nenhum de nós, mas o sermão que ele fazia era tamanho que eu chorei muitas vezes porque era pior que uma surra. Nesse dia, o que ele falou para vocês? Meu pai disse: “Olha, eu nunca ensinei a vocês tirar nada de ninguém, o que é nosso é nosso, ninguém toma com a ajuda de Deus, mas também não queremos nada de ninguém. Então, na vinda eu vou pagar o quilo de babaçu ao Rufino e comprar mais um que vocês vão comer na nossa frente pra que isso nunca mais se repita.” O senhor tinha quantos anos? Na época, eu devia ter meus 12, 13 anos, não sei bem ao certo. Revista Fecomércio

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Entrevista

Ficou uma lição para o resto da vida? Sim. Ele nos ensinava muito valores como honestidade. A palavra dele valia como o fio do bigode, o que falou, valeu, independente da assinatura. Além disso, ele sempre foi muito caridoso, muito prestador de serviço. Na nossa casa, era muito difícil ter só a família para almoçar. Sempre tinha que fazer a mais porque vinham vizinhos e as pessoas do interior. Esses valores, nós temos que resgatar. Então, o senhor começou a trabalhar com ele? Sim, pois como não enxergava, precisava de alguém para conduzi-lo. Então, eu e meu primo-irmão Gonçalo é que o conduzíamos no dia a dia. Seu pai foi um dos fundadores da Associação dos Cegos do Piauí. O que o senhor lembra desse período? Meu pai foi o líder do grupo, formado por sete deficientes visuais, entre eles o deputado Abdon Portela, de Valença, se não me engano irmão de Lucídio Portela e Petrônio Portela, e o Joel Loureiro que era carroceiro e se tornou vereador. A presença desses dois representantes deixava o grupo forte. Meu pai foi eleito o primeiro presidente e continuou sendo em outros mandatos. Na sua liderança, ele influenciou na criação da entidade e que ela fosse respeitada por todos. Vai completar agora em julho 26 anos que ele faleceu e até hoje, esse é o maior legado que ele deixou. Em Teresina, é muito raro ver um cego pedindo esmola porque ele incutiu na cabeça do deficiente visual que ele não é inválido. O cego pode estudar, ir a universidade, se formar, trabalhar e conquistar sua independência, seu lugar no mercado de trabalho. Lembro que o ministro João Paulo dos Reis Velloso era muito amigo dele e que todos os projetos e pleitos que ele fez para a Associação dos Cegos eram prontamente atendidos. Na hora da prestação de contas, o ministro mandava um técnico para orientar como devia fazer para poder vir pronto o 10

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pedido. Ele também tinha um grande apoio da Associação Comercial que doou o terreno onde hoje é a sede da Associação dos Cegos, no bairro São Pedro. Ele fez parte da Associação Comercial do Piauí? Sim. Foi diretor, mas não chegou a ser presidente. Ele tinha uma paixão pelo comércio, algo incrível. Depois da mercearia lá de Pal-

O nosso maior pleito foi pedir que o Centro fosse cada vez mais humanizado, que os camelôs deixassem o calçadão e fosse construído o Shopping da Cidade. Eu fazia parte do grupo de revitalização do Centro. A solução foi criar uma entidade formada pelo Sindicato dos ambulantes, o Sindilojas, a CDL e a Prefeitura. Foi assim que criamos o Instituto de Negócios do Piauí (INPI) com o objetivo de desenvolver o empreendedorismo no Piauí. Eu fui o primeiro presidente durante quatro anos quando implantamos o Shopping da Cidade, trabalho que muito me orgulho, pois lá conseguimos fazer com que inicialmente 1915 empreendedores iniciassem ou continuassem seus negócios. meirais e da barca Esperança, meu pai abriu as Lojas Dragão aqui em Teresina em 1960. Eu era adolescente. Lembro bem dos meus tempos de estudante em época de promoção. Eu ficava gritando em um tabuleiro: “O tecido volta ao mundo! Olha aqui, o tecido volta ao mundo!” E cortava o tecido ali mesmo na porta. Fiz muito isso. Até porque aqui era passagem para o Mercado. No início, o nosso forte eram tecidos até por causa do nome que era Dragão dos Tecidos. Em pou-

co tempo, veio a confecção, calçados, eletrodomésticos e, por último, os móveis, ai resolvemos mudar o nome para Lojas Dragão.

e foi aprovada por unanimidade. Fizemos o projeto, fomos construindo e em 1990 inauguramos.

Quantas lojas são hoje? Já tivemos cinco lojas, mas no final dos anos 90, a coisa apertou e nós reduzimos para três. Essa do Centro, a do Riverside Shopping e outra em Floriano que é de dois irmãos, mas fazemos em conjunto as propagandas. Aqui, ficou eu, que sou sócio-majoritário, e meu primo-irmão Gonçalo que ajudou muito meu pai. Como o Gonçalo morreu ano passado, hoje o filho dele Gonçalo Júnior cuida do financeiro e meu filho Marco Antônio cuida do marketing. Como vê uma empresa familiar, algo bem comum, principalmente no Nordeste.

Quais são as principais lutas do Sindilojas hoje? A principal luta do Sindilojas é a defesa dos seus associados, de sua categoria. As empresas são penalizadas pela alta carga tributária e pelas exigências burocráticas. A burocracia pesa tanto quanto a carga tributária. Se paga imposto e se gasta bastante com burocracia. Não é só pagar o imposto. Acontece que você é fiscalizado por diversos órgãos e cada um vem exigindo muito. Você recebe fiscalização do Fisco, do estado, do município, do Governo Federal, tem a parte trabalhista com o Ministério do Trabalho, que é a fiscalização mais intensa, e, além disso, você tem a Vigilância Sanitária, tem o CREA. O CREA chegou aqui há alguns meses dizendo que precisa ter um engenheiro responsável pelo ar-condicionado da loja. Ainda bem que sou engenheiro. Fiz o relatório de responsabilidade técnica e mantive o ar-condicionado ligado. Então, são essas exigências que são descabidas. Eu acho que eles pararam por aqui. Ainda bem. Mas, são muitos órgãos que exigem e vem atrás. Na verdade, o que muito incomoda hoje é a carga tributária. Como é difícil cumprir as regras, não só no montante, mas porque todo dia surge uma lei nova. Nem os próprios fiscais conseguem saber de todas porque as mudanças são frequentes.

Quando foi que o senhor entrou para o Sindilojas? Foi no final dos anos 80. O então presidente José Sady não quis mais, pois a firma dele Credsady havia fechado e pediram ao meu pai que indicasse alguém. Naquele tempo, estava começando a profissionalização do sindicalismo laboral, as pessoas iam para as ruas e ele não quis mais, estava desanimado. Meu pai perguntou se eu queria e me convenceu que era possível a gente assumir. Antes, a entidade funcionava numa salinha em cima da Pernambucana. Assumi o Sindilojas em 1987 e sai em 1993 e voltei a ser presidente em 2010. Nesse primeiro mandato, fizemos a sede da entidade na Rua Rui Barbosa com a Rua Desembargador Freitas, próximo a Praça do Liceu em parceria com a CDL porque o Sindilojas tinha o terreno, tinha um bom caixa, mas na época a Prefeitura exigia no mínimo três pavimentos no Centro. Hoje, não é assim, mas na época era. E o caixa não dava para fazer três pavimentos. Como a CDL também não tinha sede própria, inicialmente construímos juntos. Era presidente da CDL o Sr. Agostinho Pinto. A proposta de juntarmos os caixas e construir um prédio único para as duas entidades foi feita pelo meu primo-irmão Gonçalo que havia sido presidente da CDL

Quantas empresas fazem parte do Sindilojas hoje? Como sócios, infelizmente não são tantas, temos umas 180 cadastradas, mas na base são em torno de 2.000 lojas de grande a médio porte em Teresina. Vi no site que vocês trabalham muito realizando convenções coletivas de trabalho. Como funciona isso? Também temos essa atividade. Na verdade, reunir patrões, empregados e poder público e chegar num consenso, talvez seja a nossa

mais dura tarefa, pois exige muito da gente. Como no ano passado, por exemplo, que eles chamaram de greve, mas não tinham comerciários lá. Só estavam os diretores dos sindicatos e pessoas que foram contratadas para ficar na porta daquelas lojas que eles priorizavam para fechar, como a nossa que, pelo fato de eu ser o presidente, foi a primeira a ser fechada. A Pintos, Riachuelo e outras grandes lojas também foram fechadas.

A Terceirização é um avanço na Legislação brasileira porque vai favorecer o surgimento e o crescimento de empresas especializadas, aumentando a produtividade do Brasil que hoje é baixa, fazendo com que o país, inclusive possa ter mais poder de concorrer no mundo dos negócios internacionais. Isso vai legalizar muitas atividades terceirizadas, como o caso dos condomínios residenciais que contratam empresas para segurança e limpeza e essas, segundo a lei, são atividades fins do condomínio. Outro exemplo são os bancos que tem por atividade fim guardar com segurança nosso dinheiro. A segurança é exigida a um especialista. Não dá para um bancário ficar com um revólver na cintura.

O que resultou daquela manifestação? Bem, terminou que se fez acordo a nível de Tribunal do Trabalho, pois o Ministério do Trabalho não conseguiu mediar. Eles queriam o vale alimentação que foi dado, mas em compensação conseguimos outras coisas como, por exemplo, o banco de horas, de modo que os funcionários podem trabalhar hoje horas a mais e compensar em outros

dias. Digamos que o funcionário trabalhou oito horas extras. Ele pode folgar lá na frente. Acho que é bom para a pessoa e bom para a empresa que não teve o encargo da hora extra. Além da assistência jurídica e contábil, o Sindilojas tem ainda uma série de serviços, como serviços médicos para admissão e demissão, plano de saúde, convênios e dois auditórios com 40 e 100 lugares para quando as empresas precisam dar treinamento. O que o senhor acha da Lei da Terceirização? A Terceirização é um avanço na Legislação brasileira porque vai favorecer o surgimento e o crescimento de empresas especializadas, aumentando a produtividade do Brasil que hoje é baixa, fazendo com que o país, inclusive possa ter mais poder de concorrer no mundo dos negócios internacionais. Isso vai legalizar muitas atividades terceirizadas, como o caso dos condomínios residenciais que contratam empresas para segurança e limpeza e essas, segundo a lei, são atividades fins do condomínio. Outro exemplo são os bancos que tem por atividade fim guardar com segurança nosso dinheiro. A segurança é exigida a um especialista. Não dá para um bancário ficar com um revólver na cintura. E com relação à mobilidade urbana aqui no Centro, pois além das calçadas que estão danificadas, nós temos um problema muito sério que é a falta de estacionamento. O que fazer para melhorar essa realidade? Pior do que isso é você chegar ou sair do Centro porque as ruas de Teresina continuam as mesmas e o número de carros aumenta todo ano. Se não me engano, são mais de 1000 carros que entram todo mês na cidade. Estamos propondo a Prefeitura, primeiro que melhore as condições de fluxo com viadutos e em segundo lugar incentivando as pessoas a morarem no Centro. Hoje, essa area que tem a melhor infraestrutura da cidade quando é noite ou final de semana fica deserta. Revista Fecomércio

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Entrevista

Eu fui criança morando no Centro, na Rua São João. Lembro que a gente ia para o colégio a pé. Eu estudei no Esmaragdo de Freitas onde fiz o primário. Depois, eu fui para o Barão de Gurgueia que ainda hoje existe na Praça Saraiva. De lá, fui para o Leão XIII e estudei †ambém no Liceu Piauiense e no Colégio Diocesano. Para todos, a gente ia a pé. Nossa ideia é incentivar as pessoas a morar no Centro para que não tenham que usar o carro, como são em inúmeras cidades. Um exemplo é Belo Horizonte, onde morei de 1962 a 1967 e me formei em Engenharia. Lá, eu conto na ponta dos dedos as vezes que foi preciso pegar o ônibus e ir a algum lugar em BH porque eu estudava no Centro, morava no Centro, trabalhava no Centro. Fazia tudo a pé. E vale ressaltar que Belo Horizonte era muito maior que Teresina naquela época. O nosso maior pleito foi pedir que o Centro fosse cada vez mais humanizado, que os camelôs deixassem o calçadão e fosse construído o Shopping da Cidade. Eu fazia parte do grupo de revitalização do Centro. A solução foi criar uma entidade formada pelo Sindicato dos ambulantes, o Sindilojas, a CDL, Associação Comercial e a Prefeitura. Foi assim que criamos o Instituto de Negócios do Piauí (INPI) com o objetivo de desenvolver o empreendedorismo no estado. Eu fui o primeiro presidente durante quatro anos quando implantamos o Shopping da Cidade, trabalho que muito me orgulho, pois lá conseguimos fazer com que inicialmente 1915 empreendedores iniciassem ou continuassem seus negócios. Antes, eles eram camelôs no sol e na chuva e hoje estão lá dentro, não precisam mais montar e desmontar suas barracas. Hoje, eles têm banheiros e condições mais dignas de trabalho. Atualmente, são só 1826 boxes porque se abriu espaço para alguns serviços, como Detran, autoescola e Correios. E a questão dos estacionamentos? Os estacionamentos são um problema sério. Muitas casas estão sendo demolidas para esse fim. Acontece que a Prefeitura deno12

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minou Centro Histórico e dentro dessa área não podem ser demolidas muitas casas. Tem um prédio que já foi nosso onde hoje funciona as Lojas Americanas na Rua Paissandu e por conta do paredão, eles preferiram ter fachada e entrada apenas na Rua Senador Teodoro Pacheco. Falando sobre o comércio em geral, a gente sabe que existem datas importantes que movimentam mais, como Dia das Mães, Dia dos Namorados, Dia dos Pais, Dia das Crianças e Natal. Eu queria que o senhor me falasse como é a preparação dos lojistas para esses períodos?

Tem dois aspectos muito importantes para quem quiser ter sucesso no comércio: ter produtos bons que atendam os interesses do seu cliente e um bom atendimento. Sem essas duas coisas, negócio nenhum vai pra frente por muito tempo. Chega dezembro, por exemplo, o movimento é duas vezes maior que o movimento normal, então não dá para ele continuar com a mesma quantidade de funcionários, assim vem os chamados empregos temporários.

O varejo depende muito dessas datas comemorativas. Começa ali no início do ano no Carnaval, Páscoa e vai até o Natal que é a maior delas. Cada data, conforme o tipo de negócio, a pessoa se prepara. Por exemplo, no Carnaval quem mais trabalha a data são aqueles que vendem bebidas, alimentos e adereços. Na Páscoa, é o pessoal do chocolate, do peixe, do camarão, do bacalhau, que tem que estocar e se preparar para vender mais. Quando chega o Dia das Mães são aqueles que têm produtos como perfumes, roupas, sapatos, flores, utensílios para casa e

por aí vai. Depois vem o Dia dos Namorados, onde os maridos e esposas também se presenteiam. O que fez com que essa data seja muito importante. Em seguida, vem o mês de julho com as férias, movimentando lojas de artesanato, restaurantes e agências de turismo. Se a pessoa vai para a praia quer comprar roupa de banho, bermuda e assim vai. Para o Dia dos Pais, aumentam as vendas de sapatos e roupas. No Dia das Crianças, é a vez das lojas e empreendimentos que trabalham com brinquedos e roupas infantis aumentar o estoque. O Natal, como disse antes, movimenta todos ou quase todos os setores e ainda tem janeiro que é o período mais importante para as livrarias. O que seria interessante destacar sobre essas datas para que os lojistas fiquem atentos? O que posso dizer é que eles devem, principalmente, criar as condições para agradar e atender bem o cliente. Tem dois aspectos muito importantes para quem quiser ter sucesso no comércio: ter produtos bons que atendam os interesses do seu cliente e um bom atendimento. Sem essas duas coisas, negócio nenhum vai pra frente por muito tempo. Chega dezembro, por exemplo, o movimento é duas vezes maior que o movimento normal, então não dá para ele continuar com a mesma quantidade de funcionários, assim vem os chamados empregos temporários. Uma das coisas interessantes que todo empreendedor deve ter cuidado primeiro é o do risco. Na atividade empresarial, todo empreendedor corre riscos. Ele começa o empreendimento que pode dar certo ou pode não dar. Assim acontece, seja com o fabricante de automóvel ou uma oficina pequena que conserta carros. Existem riscos em todos os negócios. O importante é que ele tenha bastante consciência do tamanho desse risco e saiba o que fazer para minimizá-los. A outra coisa é que ninguém trabalha sozinho, precisa de uma equipe treinada, preparada para fazer um bom atendimento. E, sobretudo, fazer aquilo que gosta.

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Pesquisas Fecomércio

Empresários menos confiantes com o rumo do setor Comércio

maior do que o registrado no ano passado, muito embora 43,2% deles tenham afirmado que vai ser apenas pouco maior.

Estoques

A pesquisa revela ainda o desejo de reduzir o número de empregados. Por Nonato Paz e Karla Nery Foto: Carlos Pacheco

A

Pesquisa sobre o Índice de Confiança dos Empresários do Comércio de Teresina (ICEC), realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) em parceria com a Fecomercio-PI, através do Instituto Fecomercio de Pesquisa e Desenvolvimento (IFPD-PI), revelou que o Índice ficou praticamente estável em fevereiro de 2015 com relação ao mês anterior, passando de 112,0 pontos para 112,2. No entanto, na comparação com fevereiro de 2014 sofreu uma variação de -15,89%. A queda no otimismo vem se tornando mais frequente desde setembro do ano passado quando o empresário estava se preparando para as festas de fim de ano. Em setembro, o índice era 130,9 pontos, outubro (127,7), novembro (124,1), dezembro (118,1), janeiro (112,0). A tendência destes indicadores era realmente para fracas vendas no Natal, o que de fato foi confirmado. O otimismo começou a despencar justamente depois do segundo turno das eleições. O ICEC é formado pelos sub-índices: Índice de Condições Atuais do Empresário do Comércio (ICAEC ), Índice de Expectativa do Empresário do Comércio (IEEC) e Índice de Investimento do Empresário do Comércio (IIEC). O resultado é revelado em pontos. Acima de 100 encontra-se a situação de otimismo 14

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O otimismo começou a despencar justamente depois do segundo turno das eleições.

e abaixo deste valor diz respeito a pessimismo. O índice 100 é a fronteira entre a avaliação de satisfação e insatisfação.

Condições atuais

De novembro para dezembro, o ICAEC passou da condição de otimismo para a situação de pessimismo, razão pela qual influenciou sobremaneira a Confiança do Empresário. No mês de novembro, foram registrado 101,7 pontos, caracterizando otimismo e em dezembro passou para 92,5 (abaixo dos 100 pontos recebe o grau de pessimismo). E seguiu com 88,6 pontos em janeiro e 89,5 em fevereiro.

O baixo Índice de Confiança dos Empresários do Comércio se deve principalmente as Condições Atuais. Neste levantamento o empresário opina sobre a Economia, o setor Comércio e sua Empresa. O grau de satisfação com a Economia recuou 26,77% com relação ao mesmo mês do ano passado. Tudo isso por causa do ritmo de crescimento econômico do país que foi decepcionante ao longo do ano. O fraco desempenho das vendas do setor Comércio provocou a queda de 18,59%, na mesma base de comparação. A desaceleração das vendas do setor no mês de fevereiro foi causada pelo aumento nas taxas de juros que afastaram os consu-

midores das lojas, pelas medidas tomadas pelo Governo Federal que mexeram nos direitos dos trabalhadores e refletiram nas vendas no varejo e, principalmente, pelos aumentos dos preços das mercadorias. O IPCA, índice oficial de inflação do Brasil, em fevereiro de 2015 foi de 1,22%. O mais desastroso são as consequências refletidas nos empregos. De acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) do Ministério do Trabalho e Emprego, no mês de fevereiro o líquido de empregos no Comércio (diferença dos contratados e dos demitidos) foi de -467 e no acumulado de janeiro e fevereiro já são -965 vagas. As empresas também foram avaliadas pelos empresários e tiveram otimismo de 110,4 pontos representando um recuo de 14,95% com relação ao mesmo mês do ano passado.

Expectativas para os próximos seis meses O otimismo no Índice de Expectativa do Empresário do Comércio (IEEC) atingiu 145,3 pontos. No mesmo mês do ano passado, o índice era de 167,5 pontos. Todos os três sub-índices que compõem o ICEC obtiveram otimismo abaixo dos obtidos no mesmo mês do ano passado. A economia

foi avaliada em 133,9 e em fevereiro de 2014 foi de 160,6 pontos, o setor Comércio em 145,6 e em 2014 foi de 168,4 pontos. O empresário analisando sua própria empresa avaliou um grau de satisfação de 156,5 pontos, mas em fevereiro do ano passado, o índice era de 173,4. Isso mostra que os empresários estavam há um ano mais esperançosos de melhoras futuras.

Investimentos

Nos investimentos analisados na Pesquisa, constam a expectativa de contratações de empregados que obteve o Índice de Confiança de 100,4 pontos, registrando uma queda de 10,04% na comparação com o mês anterior. Neste cenário, 16,4% dos entrevistados disseram que desejam aumentar muito o número de empregados neste mês, enquanto 31,2% contentam-se em contratar um número mais moderado. A pesquisa mostra ainda que 41,4% dos empresários querem reduzir o quadro funcional. Para as empresas maiores, com mais de 50 empregados, 42,9% querem reduzir o número de empregados. Quanto ao nível de investimentos em equipamentos e instalações, 14,0% dos comerciantes entrevistados revelaram que este tipo de investimento será muito

O índice de estoques adequados calculado nesta pesquisa registrou alta de 0,6 pontos percentuais na comparação com fevereiro de 2014, uma vez que as empresas pesquisadas em fevereiro de 2015 disseram que estão com seus estoques adequados. A proporção de empresários que avaliaram que os estoques estão acima do adequado foi de 19,6% e apenas 13,7% declararam que os estoques ficaram abaixo do adequado. Analisando os estoques por grupo de atividades, os empresários que trabalham com roupas e calçados, os semiduráveis, foram os únicos que obtiveram grau de otimismo (113,1 pontos), mesmo sendo uma pontuação bem próxima da zona de fronteira entre otimismo e pessimismo, que é 100 pontos. Houve pessimismo de 86,9 pontos para bens não duráveis e 99,1 pontos para bens duráveis. Ademais, os semiduráveis (citados por 21,5% dos empresários) declararam ter estoques abaixo do adequado. Quem apresentou baixa razoável nos estoques foram os vendedores de produtos não duráveis (26,2%). Se os estoques de mercadorias estão abaixo do adequado é porque as vendas foram boas. Ainda na pesquisa pode se notar que 24,5% dos comerciantes de bens duráveis informaram que seus estoques estão acima do adequado. Essa sobra de estoque é consequência das fracas vendas de fim de ano em 2014 e janeiro de 2015. O Presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Piauí, Valdeci Cavalcante, falou que se continuar assim por mais tempo o empresário talvez tenha que recorrer a bancos para saldar os seus compromissos com folha de pagamento e seus encargos, impostos e fornecedores. Revista Fecomércio

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Pesquisas Fecomércio

Pesquisas Fecomércio

O principal mercado consumidor internacional de nossos produtos é a China com 39,81%.

Carlos Pacheco

Valorização do dólar e inflação alta atingem emprego Arquivo: Internet

Exportação do Piauí alcança 58,16% em 2014

IPCA revela que a inflação foi a maior dos últimos 12 anos. Por Nonato Paz e Karla Nery

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Por Nonato Paz e Karla Nery

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estado do Piauí registrou vendas para o exterior em 2014 no valor de US$ 256,0 milhões e as importações ficaram em US$ 246,2 milhões, garantindo um saldo positivo de US$ 9,74 milhões. Nas exportações do Brasil, 15 estados apresentaram resultados negativos na comparação com o ano de 2013. Entretanto, o Piauí atingiu variação de 58,16%, perdendo apenas para Roraima que cresceu 138,74%. O Piauí ocupa hoje a 22ª posição no ranking nacional. Em 2013, era o 24ª, portanto avançando duas posições num só ano. Um único produto mudou o mapa das exportações do Piauí. A soja há sete anos não estava na lista das vendas para o exterior e naquele tempo os produtos de exportação eram ceras vegetais, em primeiro lugar, representando 48,05%. Seguido de policarpina (12,26%), castanha de caju (8,92%), quartzo (5,30%), mel (5,12%) e couros e peles (4,96%). Comparando as exportações de 2014 com o total exportado em 2007 que foi de US$ 56,65 milhões obtém-se um crescimento de 351,84% e no ranking o Piauí em 2007 representava a 25ª posição dos estados brasileiros em vendas para o exterior. Já no ano seguinte (2008), as exportações passaram para US$ 136,96 milhões e a soja participava com 44,91% e ceras vegetais passou para a segunda colocação com 29,22%. Foi o começo da mudança do cenário. 16

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A soja é de longe o principal produto de exportação, representando 68,16% de todos os produtos.

Principais países de destino

O principal mercado consumidor internacional de nossos produtos é a China com 39,81%, em 2012 a proporção era de 18,42%. Os outros países consumidores são a Alemanha com 12,18%, Estados Unidos (10,47%), Espanha (8,94%) e Japão (6,29%).

Principais produtos de exportação Segundo informações do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), a soja é de longe o principal produto de exportação, representando 68,16% de todos os produtos destinados ao exterior, em 2014. Em seguida, vem ceras

de carnaúba com 20,93%, algodão com 4,17% e mel de abelhas com 3,40%. Policarpina e castanha de caju, tradicionais produtos de exportação, aparecem em 5º e 9º lugares respectivamente.

Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o Índice oficial de inflação do Brasil. Ele é calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) desde 1980 e toma como base as famílias com rendimentos monetários de 1 a 40 salários mínimos. A pesquisa não é realizada em todos os estados brasileiros, só atingem o Distrito Federal e as 10 regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Fortaleza, Recife, Salvador, Belém e Goiana. A inflação de fevereiro de 2015 apresentou variação de 1,22% e a soma dos dois primeiros meses do ano alcançou o índice de 2,46%. O acumulado dos últimos 12 meses ficou em 7,70%, superior a de 2014% que contabilizou 5,68%. O índice de fevereiro do ano passado ficou em 0,69%. A última vez que a inflação chegou ao patamar de 1% foi em 2003.

As importações também tiveram crescimento em 2014. Na passagem de 2013 para 2014 as importações piauienses cresceram 27,51% e atingiram o valor de US$ 246.233.720,00. Os produtos importados tiveram destinos importantes no estado, uma vez que 10,14% foram direcionados para bens de capital, 87,33% para insumos industriais e apenas 2,52% para bens de consumo.

ACUMULADO NO ANO

JAN

FEV

2003

2,25

1,57

9,30%

2004

0,76

0,61

7,60%

2014

0,55

0,69

6,40%

2015

1,24

1,22

2,47%

Importação

Fonte: IBGE e Ministério de Indústria e Comércio Exterior Elaboração: Instituto Fecomércio de Pesquisa e Desenvolvimento do Piauí.

O aumento da inflação afeta diretamente no bolso do brasileiro.

Analisando por setor, os gastos com transporte subiram 2,20% com destaque para gasolina. Em habitação, cuja alta foi de 1,22%, o principal aumento nos preços ficou com energia elétrica. Entretanto, a mais elevada variação ficou com o grupo Educação que atingiu 5,88%, refletindo reajustes praticados no início do ano letivo, especialmente nos valores das mensalidades escolares que subiram 7,24%.

Desvalorização do real frente ao dólar A desvalorização do real frente ao dólar é outro indicador que está a preocupar o empresário do Comércio do Piauí neste começo de ano. No mês de fevereiro, o dólar chegou a R$ 3,29. O impacto foi tão significativo na economia piauiense que as

importações sofreram queda de 44,49% de janeiro para fevereiro, passando de 48 para 27 milhões de dólares. Mais de 80% das compras no exterior são destinadas a insumos industriais tipo trigo, indispensável na fabricação do pão. Ora, tem certos produtos que estão sofrendo aumento de preços por causa de dois indicadores, a inflação e a desvalorização do real. O empresário neste momento tem que ter bastante cautela na hora de preparar a sua planilha de preços para não afastar o consumidor das lojas porque se aumentar demais os seus preços poderá causar desemprego. Segundo o Cadastro de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho e Emprego (CAGED), no Piauí, existem 965 pessoas que perderam os empregos só no setor Comércio entre janeiro e fevereiro de 2015. Revista Fecomércio

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Notas

Notas

Deputados piauienses assumem comissões ligadas ao Comércio Por Nahiane Gomes

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O evento vai acontecer em Parnaíba no inicio de maio. Arquivo: Internet

A participação dos deputados em comissões parlamentares é crescente.

crescente a participação ativa dos deputados de partidos piauienses em comissões parlamentares. A Câmara dos deputados, assim como o Senado possui essas comissões, permanentes ou temporárias, com funções legislativas, fiscalizadoras e junto à essas comissões é que são apresentados e analisados dados de um determinado projeto para que seus aspectos sejam discutidos amplamente e de forma democrática. O parecer de um projeto pela comissão é que orienta o Plenário em suas decisões. Atualmente das 23 comissões da Câmara dos deputados, duas estão sendo presididas por deputados piauienses: A Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio (CDEIC), presidida por Júlio Cesar e a de Meio ambiente e Desenvolvimento Sustentável, presidida por Átila Lira, tendo como vice-presidente o deputado Rodrigo Martins. O deputado Júlio César que exerce seu quinto mandato, é o primeiro político piauiense a presidir a CDEIC, completamente ligada ao comércio e considerada de grande importância dentre as 23 comissões no geral. Ele foi eleito por unanimidade diante dos 18 votos válidos para o cargo. Em seu discurso de posse se comprometeu em promover debates no âmbito da comissão que contribuam para a crescente competitividade da indústria e do comércio do país, setores relevantes

Piauí sedia Fórum da Amazônia Legal Por Ana Cláudia Coelho Ilustração: Ascom/Sesc

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eunidos no Centro de Convenções do Centro de Turismo e Lazer “Lucimar Veiga” – Sesc Praia, em Luís Correia, presidentes, superintendentes e diretores regionais do Sesc e do Senac dos estados que integram a Amazônia Legal discutem melhorias para a economia e comercio locais. O XXI Fórum de Presidentes, Superintendentes de Federações do Comércio e Diretores Regionais do Sesc e do Senac acontece dia 1º de maio, com grupos de trabalho simultâneos com a participação de 11 estados, no Centro de Convenções do Sesc Praia. O evento tem caráter permanente e as discussões aprovadas pelos presidentes de federações são apresentadas

à Confederação Nacional do Comércio (CNC). Participam do Fórum dirigentes do Sistema Fecomércio Sesc e Senac do Acre, Amazonas, Amapá, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Piauí, Rondônia, Roraima e Tocantins. O objetivo é traçar novos rumos e fomentar

a economia e o comércio dos estados da Amazônia Legal, incluindo o Piauí e Mato Grosso do Sul. Durante o evento são realizados debates, apresentações e troca de experiências bem sucedidas entre as entidades que compõem o Sistema Fecomércio dos 11 estados participantes.

Projeto de lei

Mudanças na substituição tributária beneficiará pequenas empresas Projeto de lei para essas mudanças foi recentemente aprovado no Senado. Por Nahiane Gomes Os deputados Marcelo Castro, Átila Lira, Júlio César, Paes Landim e Rodrigo Martins integram comissões parlamentares.

não só para a geração de emprego e renda, mas também para a arrecadação tributária do Estado. Os deputados de partidos piauienses envolvidos em comissões não param por aí, pois, também na Câmara dos deputados, o deputado federal Marcelo Castro (PMDB) foi escolhido para ser o parla-

mentar relator do projeto que prevê a Reforma Política no Brasil. E agora em março deste ano o deputado Paes Landim também foi designado relator da Comissão Especial destinada a proferir sobre o Projeto de Lei nº1572, de 2011, do Sr. Vicente Cândido que institui o código comercial.

Fonte: Ascom Fecomércio SC/GO

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Projeto de lei que beneficia pequenas empresas no pagamento de substituição tributária, do senador Roberto Requião (PMDB-PR), apresentado ao Senado desde maio de 2013, foi aprovado em março. A substituição tributária é um regime de arrecadação utilizada pelos governos federais e estaduais que obriga a empresa

contribuinte a pagar o tributo devido por seus clientes ao longo da cadeia de comercialização, ou seja, pagar o ICMS da venda do produto antes que ela aconteça e mesmo se ela não acontecer. Com a aprovação desse projeto, as pequenas empresas se beneficiarão quanto ao pagamento de ICMS sobre produtos ou mercadorias sujeitos à essa substituição tributária, que passará a ser em única alíquota de 3,95%, decisão válida somente para as microempresas e empresas de pequeno porte enquadradas no Simples Nacional. Atualmente, essas pequenas empresas devem pagar, no ato da compra de produ-

tos de seus fornecedores, a alíquota cheia do ICMS da compra mais a alíquota reduzida da venda presumida, que está estabelecida em um máximo de 3,9%. Agora, o ICMS devido passa a ser apenas o da venda presumida, que é a alíquota reduzida e o limite máximo desse valor passa de 3,9% para 3,95%, acredita-se que esses 5% já faça uma diferença. Dessa forma, “o sim” do Senado para este projeto vem a simplificar e reduzir os custos de impostos para estas empresas, fazendo com que tenham mais recursos disponíveis, principalmente em casos de instabilidade econômica. Revista Fecomércio

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Sindicatos

Imposto de renda

O prazo para prestar contas com o leão está se esgotando!

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Revista Fecomércio

Fagner Selles Bacharel em Ciências Contábeis Especialista em Contabilidade Tributária contadorselles@gmail.com

Sindicato está sendo reestruturado e discute a regularização dos salões informais. Por Samanta Petersen

cultura do brasileiro é deixar tudo para última hora, portanto fique atento ao prazo para prestar contas com o leão que é até dia 30 de abril, às 23h59, evitando transtornos. Todo ano, milhões de brasileiros precisam enviar para a Receita sua declaração de Imposto de Renda. Está obrigado a entregar neste ano quem em 2014, se enquadrou em pelo menos uma das condições a seguir: renda tributável superior a R$ 26.816,55; rendimentos isentos superiores a R$ 40.000,00; atividade rural: receita bruta superior a R$ 134.082,75 ou que pretenda compensar prejuízos de anos anteriores; bens e direitos superiores a R$ 300.000,00; estrangeiros: passou a residir no Brasil em qualquer mês e nessa condição se encontrava em 31 de dezembro de 2014 e ganho de capital: ganho em qualquer mês sujeito à incidência de impostos, ou se realizou operações em bolsas de valores, dentre outras. Existem dois modelos de declaração: a completa e a simplificada. No primeiro, é permitido utilizar todas as deduções legais, observados seus limites (saúde, educação, previdência privada, dependentes, pensões e etc.), desde que comprovadas. Já no segundo, o contribuinte tem a opção de utilizar o desconto de 20% dos rendimentos, limitados a R$ 15.880,89. Ele 20

Proprietários de salões de beleza lutam por melhorias

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substitui as deduções legais da declaração completa, sem a necessidade de comprovação. Embora em um primeiro momento não tenhamos que enviar nenhum comprovante para Receita Federal, é

Após a elaboração e envio da declaração mantenha a documentação em ordem e guardada para eventual fiscalização, por um prazo de 5 anos. Caso o fisco queira verificar, o contribuinte é obrigado a apresentar os documentos à Receita Federal.

importante estar de posse de todos os comprovantes na hora do preenchimento, pois qualquer divergência ou falta de informação, já é motivo para que o sistema interrompa o processa-

mento regular da declaração enviando automaticamente para fiscalização. A declaração pode ser enviada pelo Programa IRPF2015, utilizando certificado digital, bem como através de tablets e smartphones. Faça um checklist de todos os recibos de despesas dedutíveis, bem como dos comprovantes de rendimentos recebidos e caso o contribuinte não entregue a declaração no prazo, incidirá multa de 1% ao mês ou fração, calculados sobre o valor do imposto devido, observados os valores mínimo de R$ 165,74 e o máximo de 20% do imposto devido. Com o avanço da tecnologia o cerco está ficando cada vez mais apertado possibilitando assim, ao governo, monitorar todas as informações com mais eficiência e rapidez, exigindo precisão na apresentação dos dados. Quando uma informação apresentada é considerada duvidosa ou incorreta, a declaração é retida para uma análise mais apurada (malha fina) e isso pode acarretar uma série de transtornos, desde a obrigação de apresentar comprovantes à Receita Federal até o pagamento de multas. Em virtude desse cenário complexo, recomenda-se recorrer aos profissionais contábeis para auxiliá-los na elaboração da declaração. Ao oferecer os serviços, ele também assume uma grande responsabilidade.

Foto: Carlos Pacheco

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mpresários do ramo de salões de beleza do Piauí estão trabalhando para reorganizar o sindicato da categoria. A intenção é convocar os proprietários de salões de

Adriana Veras é a nova presidente do sindicato.

beleza para que eles se filiem e a categoria possa lutar por mais direitos. “São muitos os entraves da nossa profissão. Primeiro, ela só foi regularizada há pouco tempo, fora isso temos algumas dificuldades com a legislação trabalhista, que não é específica para este ramo. Então, estamos querendo lutar por tudo isso”, explica a empresária Adriana Lobão Veras, que está à frente da reestruturação do sindicato. A Lei 12.592/2012, que dispõe

sobre o exercício das atividades profissionais de Cabeleireiro, Barbeiro, Esteticista, Manicure, Pedicure, Depilador e Maquiador, foi regulamentada em janeiro de 2012 e determina que eles são os profissionais que exercem atividades de higiene e embelezamento capilar, estético, facial e corporal dos indivíduos. Adriana diz que é preciso regulamentar a questão trabalhista visto que os salões de beleza têm horário de funcionamento diferenciado. “O maior entrave da questão trabalhista é com a carga horária. O salão não é uma atividade comum do comércio que tem sua hora limitada. Nós queremos mais flexibilidade, pois o salão de beleza não pode fechar aos sábados às 13h, por exemplo.” Outro aspecto que será discutido é a regularização dos salões de beleza informais. “Em Teresina, existem muitos salões de beleza, mas muitos ainda não funcionam dentro da lei. Com o apoio do Sebrae também vamos auxiliar os salões que querem se regularizar, já que hoje por meio do Microempreendedor Individual (MEI) qualquer pessoa, que atenda mesmo em casa, pode se regularizar e ter diversas vantagens como comprar dos grandes representantes”, destaca Adriana. Para a empresária, o mercado do ramo de beleza é amplo e ainda há mais oportunidades no estado. “O piauiense é vaidoso, gosta de se arrumar, de seguir tendências e mesmo com a grande quantidade de salões ainda há espaço no mercado”, finaliza. Revista Fecomércio

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Arquivo Associação Comercial

Empresários eternizados através de prédios do comércio piauiense Prédios levam nomes de empresários que ainda se encontram em pleno exercício da atividade ou que viraram ícones para gerações futuras. Por Lana Rios

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O empresário Severino Ramos Brasil recebe homenagem do Presidente do Sistema Fecomércio, Valdeci Cavalcante.

valcante aqui e ele me falou o motivo da sua visita, eu fiquei surpreso, mas também muito satisfeito. Sem dúvida, é uma homenagem que me deixa

muito lisonjeado e eu não poderia de forma nenhuma recuar, só agradecer.”, disse Severino Brasil ao receber a homenagem.

tica e Língua Brasileira de Sinais (Libras), respectivamente. O Centro abriga ainda estrutura e tecnologia de ponta para

ofertar cursos de graduação e pós-graduação através da Educação a Distância (EAD).

Valdeci Cavalcante e José Elias Tajra na inauguração do Sesc da Avenida Maranhão.

Sesc José Elias Tajra

A moderna unidade que leva o nome “José Elias Tajra” está entre umas das maiores obras do centro comercial de Teresina, desenvolvendo atividades nas áreas de Saúde, Educação e Cultura. O prédio ainda conta com um moderno restaurante, clínica odontológica, biblioteca, salas de aula com capacidade para 120 alunos, onde funciona curso pré-vestibular, auditório, pátio climatizado onde são realizados diversos eventos e exposições de obras de arte.

Centro de Educação Profissional Severino Ramos Brasil O Centro de Educação Profissional reúne uma moderna estrutura especializada na preparação e/ou requalificação de profissionais para o mercado de trabalho com atendimento em diversas áreas. O novo espaço, que contém 30 ambientes pedagógicos, terá como foco a preparação de profissionais para a área da Tecnologia da Informação, possibilitando a aprendizagem do que há de mais moderno na área de Informática. Além disso, a Unidade também possibilitará a oferta de formação profissional nas áreas da Comunicação, Saúde e Idiomas, envolvendo cursos como Operador de Câmera e Fotografia, Técnico em Radiologia e Óp-

Arquivo: Marketing SENAC

Arquivo Ascom/Sesc

ternizar. Essa foi a palavra escolhida pelo empresário Valdeci Cavalcante ao colocar nomes de ícones do comércio piauiense em prédios do Sistema Fecomércio. Personalidades que ao longo de sua vida se dedicaram ao trabalho e desenvolvimento do estado, hoje fazem parte da vida de centenas de pessoas que diariamente utilizam os prédios para realizar suas atividades. Mas quem pensa que as homenagens foram apenas para aqueles que já passaram pela história, está enganado. Muitos prédios levam o nome de empresários que ainda se encontram em pleno exercício da atividade. Um exemplo é o prédio do Sesc, localizado na Avenida Maranhão, que leva o nome do empresário José Elias Tajra. Motivo de orgulho para o Estado, José Elias Tajra é um exímio empresário do setor do Comércio e da Indústria, tendo inclusive empresas de Comunicação, como TV Antena 10, afiliada da Rede Record no Piauí; a Rádio FM Antena 10 e a Jet Difusão Ltda. O empresário foi presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae no Piauí e atualmente é presidente da Associação Comercial do Piauí, tendo ainda sob o seu comando as empresas: Jet Ltda, Jotal Ltda, Jet Veículos, Construtora Jet Ltda e Comercial Vanli Ltda.

Uma das mais recentes homenagens foi feita ao varejista Severino Ramos Brasil, que cedeu seu nome a um dos Centros de Educação Profissional do Senac, localizado no Centro da cidade. Severino, que foi funcionário do Armazém Paraíba, deixou o Grupo Claudino em 1989 para abrir a primeira loja da empresa S.R.Brasil & Cia. Ltda em Teresina, com nome fantasia “Varejão”. Atualmente, o empresário dirige a empresa junto com o filho, o economista Carlos André Brasil. Em 25 anos, a empresa conta com 11 lojas e cerca de 300 funcionários. Seu legado e sua história incentivam os novos empreendedores e colaboram para o fortalecimento da economia do Piauí. “Essa homenagem me deixa de certa forma orgulhoso, apesar de ser uma pessoa simples. Confesso que sinceramente eu não esperava merecer isso. Quando recebi o Dr. Valdeci Ca-

Carlos Pacheco

Especial

Revista Fecomércio

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Além do empresário Agostinho Pinto que dá nome ao edifício da nova sede da Federação do Comércio, é possível recordar ainda os empresários Cosme Alves de Oliveira, proprietário do Império das Bombas e principal incentivador dos lojistas através de entidades de classe, e Aluísio Parente Sampaio, empresário de longa história no Piauí, desbravador de muitas atividades comerciais. Ambos dão nomes a salões nobres e de eventos na sede da Fecomércio.

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Lana Rios

Herdeiros do empresário José Alves Filho, homenageado no auditório do Senac.

a produzir também torres de transmissão. Em seguida, nos anos 80 e 90, acompanhando o desenvolvimento tecnológico mundial daquele momento, veio a montar a Unitech, primeira e única fábrica de antenas parabólicas e receptores de satélite do Nordeste. Junto com a família, montou ainda a US

import, empresa que há 25 anos se destaca na importação de produtos de qualidade, tornando-se referência em segmentos também ligados à eletrônica, se especializando em projetos, comercialização e instalação de equipamentos de sonorização e segurança eletrônica por câmeras, para residências e empresas públicas e privadas.

Marketing Senac

rio que ia deitar tarde e levantar cedo e por isso merece sempre as nossas homenagens”, ressaltou o presidente da Fecomércio. O filho de Agostinho Pinto, Marco Antônio de Carvalho Pinto, acredita que essa é uma das maiores homenagens já realizadas ao pai. “Em nome de toda a minha família, estamos bastante emocionados e agradecidos pela homenagem ao meu pai, que tanto se empenhou pelo crescimento do comércio do Piauí”, disse Marco durante a inauguração do prédio em 2008. Arquivo Ascom/Sesc

mo Delfim Pinto entrou na sociedade e, em 1978, foi inaugurada a Pintos Magazine. Os anos seguintes foram de muito trabalho e grandes inaugurações tornando as Lojas Pintos uma referência no mercado com o slogan “Impossível não comprar”. Para Valdeci Cavalcante, é importante homenagear um empresário como Agostinho Pinto porque o seu legado já demonstra que ele foi capaz de transformar vidas. “Mais lojas são para gerar mais empregos e mais renda na cidade. Ele foi um empresá-

Arquivo pessoal

Nova sede da Fecomércio

O empresário José Alves Filho foi outra personalidade que teve o nome reconhecido e lembrado através de um dos auditórios do Senac. O lojista cearense José Alves Filho também foi um dos empresários que ganhou o coração dos piauienses. Ele iniciou suas atividades em Fortaleza, quebrando uma série de dogmas. Entre as décadas de 60 e 70, estudioso da eletrônica e apaixonado pela profissão, foi pioneiro no Nordeste na fabricação de equipamentos de telecomunicações, produzindo rádios de comunicação e, posteriormente, retransmissores e antenas de sinais de televisão, sendo o responsável, por exemplo, pelas primeiras transmissões de imagens de televisão em Teresina e Parnaíba. Nessa época, a empresa possuía também uma loja de componentes, instrumentos e acessórios para eletrônica em geral, chamada Seltron. Em 1978, no intuito de poder atender melhor e mais próximo à sua grande clientela do Maranhão, Piauí e Ceará, o empresário transferiu a sua fábrica para Teresina, a STS Indústria Eletrônica, passando

Autoridades e familiares de Agostinho Pinto na inauguração da nova sede da Fecomércio.

Arquivo Ascom/Sesc

Mas, as homenagens não param por aí e outros nomes que marcaram a história do comércio piauiense também foram reconhecidos e, atualmente, são lembrados através de prédios como o do Centro Administrativo do Sistema Fecomércio/Sesc/ Senac, localizado na av. Campos Sales, que leva o nome do empresário Agostinho Inácio Pinto. O português Agostinho Pinto atravessou o oceano para fincar no Brasil, mais precisamente no Piauí, o império da família, onde ele abriu suas lojas. Quando visitou Teresina a trabalho, decidiu adotá-la como seu lar. Em meados do século XX, a cidade era pouco desenvolvida, mas a hospitalidade de sua gente logo conquistou a simpatia do incansável português, que percebeu uma boa oportunidade à sua frente: Teresina não dispunha de nenhuma loja de armarinho. Sem perder tempo, inaugurou a Casa das Rendas, em um pequeno espaço de 36m2. O sucesso foi tanto que após dois anos foi aberta a primeira filial: a Casa Pinto, com mais de 20 funcionários. Em 1960, seu pri-

Arquivo Ascom/Sesc

Especial

Senac em Teresina

O Senac Teresina tem 4.200 metros quadrados, sendo todo adaptado com piso tátil e sinalização em braille, para acessibilidade aos portadores de necessidades especiais. Foram ampliados dois anexos proporcionando um aumento de 40 ambientes pedagógicos. O Edifício é totalmente climatizado com sistema de ar-condicionado inteligente, com climatização econômica e ecologicamente correta, através da utilização de gás ecológico e tem sistema de segurança e monitoramento por câmeras de TV digital e sistema de som integrado. Além disso, vale destacar a ampliação e modernização do auditório que contém sistema de som de última geração e equipamentos especiais para teleconferências, alterando a capacidade para 200 lugares. Revista Fecomércio

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Lana Rios

José Alves de Sousa Neto, proprietário da Casa das Linhas, foi homenageado no Sesc Ilhotas.

Outra homenagem foi ao empresário José Alves Sousa Neto, que se emocionou bastante ao ver seu nome no Centro Educacional, localizado no prédio do Sesc Ilhotas. O varejista que iniciou suas atividades em 1957, no ramo de linhas e acessórios de costura, fundando a tradicional Casa das Linhas. Ele escolheu esse nome devido à empresa Fábrica das Linhas, localizada em São Paulo e sucesso de vendas no período. Atualmente, conta com três lojas em Teresina, um quadro de 253 colaboradores e seções de tecidos, eletrodomésticos, cama, mesa e banho, roupa íntima e utilidades domésticas. A escolha desses grandes ícones do comércio piauiense foi uma missão difícil para o presidente do Sistema Fecomércio. “Falar bem e homenagear alguém não é fácil porque a humanidade geralmente prefere criticar. Homenagear é um ato nobre e mais do que receber homenagens, o mérito está em merecê-las e todos que emprestam seus nomes aos nossos prédios fizeram muito pelo nosso estado”, explicou Valdeci Cavalcante.

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Arquivo: Ascom Sesc

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Arquivo: Ascom Sesc

Em Teresina, outras sedes do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac homenageiam outros grandes empresários como Jesus Elias Tajra, Lourival Nery e o Professor Marcílio Rangel de Farias.

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O maior Centro Cultural do Piauí Por Ana Cláudia Coelho

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Andre Ribeiro

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ma obra para marcar a história e cultura de Parnaíba. O imponente edifício da antiga União Caixeiral, na avenida Presidente Vargas, no centro histórico de Parnaíba, reabre as portas desta vez como Centro Cultural “João Paulo dos Reis Velloso”. Será mais uma via de acesso para crianças, jovens e adultos no mundo da música, da dança, das artes cênicas e de outras linguagens culturais que vão transformar a rotina dos parnaibanos. A inauguração do maior e mais estruturado Centro Cultural do Piauí acontece dia 30 de abril, numa solenidade realizada pelo Sesc. O evento tem a participação de personalidades do Piauí e de vários estados, dentre eles presidentes de federações do Comércio dos 11 estados que integram a Amazônia Legal. Pouca gente imaginou que a antiga União Caixeiral, fundada por caixeiros (trabalhadores do comércio), em 1919, fosse se transformar no maior Centro Cultural do Piauí com 15 ambientes pedagógicos, biblioteca, galeria de arte, cyber café, salão nobre, sala de cinema, núcleo cênico, ateliê de artes, sala de concertos, espaço Assis Brasil, além de salas para aulas de instrumentos musicais: violoncelo, contrabaixo, trompa, trompete, clarinete, violão, viola e teclado. Os espaços registram a memória dos seus fundadores e pioneiros, ex-alunos da União Caixeiral – a maioria personalidades

que se destacaram na sociedade piauiense. O Centro Cultural também homenageia personalidades e artistas de Parnaíba. Tudo isso só foi possível graças à iniciativa do presidente do Sistema Fecomércio Sesc/Senac no Piauí, Valdeci Cavalcante, empreendedor, apreciador das artes, preocupado em incentivar a cultura e promover a transformação social. Em fevereiro de 2011, o Sesc adquiriu o

prédio de 1.841,28 m², que transformado no Centro Cultural homenageia uma das maiores personalidades de Parnaíba, com projeção nacional, o ex-ministro João Paulo dos Reis Velloso. Da União Caixeiral, ficam as lembranças dos cursos noturnos com aulas de Português, Aritmética, Geografia, Contabilidade Mercantil, Inglês para o Comércio e Datilografia.

Aos 82 anos, o parnaibano João Paulo dos Reis Velloso continua na ativa. Há 40 anos é professor da Escola de Pós-graduação em Economia da Fundação Getúlio Vargas. É também membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social da Presidência da República e presidente do Fórum Nacional e do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (IBMEC). Há cerca de dois anos, ele aceitou o convite do ex-governador do Piauí, Wilson Martins, para ajudar a elaborar o primeiro Plano de Desenvolvimento Econômico Sustentável do Piauí. João Paulo dos Reis Velloso nasceu em Parnaíba, dia 12 de julho de 1931. Fez os primeiros estudos no Grupo Escolar Luís Galhanoni e no ginásio São Luís Gonzaga. Ainda na infância, foi incentivado pela mãe à prática da leitura. Apreciador do cinema assistia a todos os filmes que passavam no Cine Éden (o primeiro cinema-empresa de Parnaíba). Na União Caixeiral, o aplicado João Paulo fez o Curso Técnico de Contabilidade, concluindo em 1948. No ano seguinte, é mantido na comunidade escolar da União Caixeiral, mas como professor, sendo escolhido Patrono da Turma de 1951. Com a intenção de continuar os estudos, seguiu para o Rio de Janeiro, onde foi aprovado em concurso público para o Banco do Brasil. Trabalhando no banco, começou o curso de Economia na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Como convidado, participou de um Seminário de Economia para estudantes brasileiros na Universidade de Illinois, nos Estados Unidos. De volta ao Brasil, concluiu o curso e fez uma pós-graduação de seis meses no Conselho Nacional de Economia, na Fundação Getúlio Vargas.

Luís Mota

Homenageado

Andre Ribeiro

Centro Cultural “João Paulo dos Reis Velloso” abre as portas, em Parnaíba, para oferecer cursos de formação em diversas áreas.

João Paulo dos Reis Velloso

UNIÃO CAIXEIRAL – ONTEM E HOJE Por João Paulo dos Reis Velloso

Retornou então aos Estados Unidos, para o doutorado de dois anos na Universidade de Yale. A pedido do então ministro do Planejamento, Roberto Campos, criou o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). Também criou o Sebrae e o Finep. Foi secretário geral do Planejamento na gestão do ministro Hélio Beltrão. Foi ministro do Planejamento de 1969 a 1979. Nesse período, contribuiu para o desenvolvimento de vários setores da cultura brasileira. Desde 1991, é presidente do Fórum Nacional, uma realização anual de diálogo e debate entre economistas e convidados em busca de soluções para o desenvolvimento do país. É autor de vários livros sobre desenvolvimento econômico e social, entre eles “O Vale da Decisão: O Piauí é Rico em Grandes Oportunidades.”

Quero transmitir aos meus amigos duas visões que tenho da União Caixeiral. Primeiro, a visão de ontem: quando morava em Parnaíba, fui aluno e fui professor, na União Caixeiral. Nessa visão retrospectiva, reconheço que, para a minha geração (e muitas outras), a Caixeiral desempenhou um papel da maior importância. Foi o Ensino Médio indispensável a que pudéssemos cursar o Ensino Superior e, também, posteriormente, a Pós-graduação. A outra visão começa hoje – e é ainda mais bela e importante. É a visão da Cultura – a visão da beleza, sob todas as formas. Sem ela, a vida é desprovida de alegria. Desprovida até de sentido.

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Acervo Sesc

Acervo Sesc

Acervo Sesc

Acervo Sesc

Acervo Sesc

Mais que resgatar a memória dos notáveis 122 caixeiros parnaibanos que fundaram a União Caixeiral, no início do séc. XX, o Centro Cultural “João Paulo dos Reis Velloso” socializa a cultura oportunizando o acesso a bens culturais e promovendo a manutenção do patrimônio histórico e cultural da cidade. Em 1918, unidos em busca de um futuro melhor, os caixeiros colaboravam com cotas mensais para criar aquela que se transformaria na mais conceituada escola de formação para o comércio do Piauí – a União Caixeiral. O terreno foi adquirido em 1919, mas a construção do prédio só começou três anos depois, com o dinheiro arrecadado também em festas e rifas realizadas pelos fundadores. Na época, alguns empresários acreditaram no sonho dos caixeiros e colaboraram com doações em dinheiro e material de construção. Em 1933, a escola foi instalada e passou a atender trabalhadores do comércio e jovens que almejavam cursar o tão sonhado Curso Propedêutico Comercial. Quase dez anos depois, já em 1942, a primeira turma da União Caixeiral é graduada com diploma legalizado pelo Ministério da Educação. Daí em diante, a Escola Técnica de Comércio União Caixeiral passa a formar jovens parnaibanos, transformando a vida de centenas de pessoas por mais de 80 anos. A União Caixeiral foi a primeira Escola de Contabilidade do Piauí, por onde passaram ilustres parnaibanos, dentre eles o ex-ministro João Paulo dos Reis Velloso, o ex-deputado federal Antônio José de Moraes Souza, Alarico da Cunha, Antônio do Monte, Luís Nelson de Carvalho, Godofredo Correia Lima, Gilberto Escórcio, Pedro Tobias Duarte, Cristiano Melo, Rubem Freitas e tantos outros jovens estudiosos e trabalhadores que se destacaram no cenário nacional ocupando cargos como ministro, procurador da Justiça Federal, deputado federal, escritores renomados, dentre outras funções de destaque.

Acervo Sesc

A força dos caixeiros

Acervo Sesc

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Espaços do Centro Cultural

Artes: Tiago Bastos

Todos os ambientes propiciam o aprendizado

Escadaria dos Fundadores reconhecimento aos 122 caixeiros sócios Fundadores da Caixeiral.

Biblioteca Rubem Freitas – Jornalista e membro da Academia Parnaibana de Letras. Um dos fundadores do Instituto Histórico (IHGGP).

Espaço Assis Brasil – Escritor parnaibano, membro da Academia Piauiense de Letras. Publicou vasta literatura brasileira com romances, contos, ensaios, infanto-juvenis com várias premiações.

Cine Sesc Miguel Ferreira e Alinda Tajra - Sala de Cinema. Homenagem aos donos do Cine Teatro Éden - o primeiro cinema -empresa de Parnaíba.

Galeria Cristino Melo – Proprietário da primeira loja de luxo de Parnaíba, especializada em presentes, joias, brinquedos e imagens religiosas.

Hall Godofredo Correia Lima Guarda-livros, contador, um dos primeiros presidentes da União Caixeiral.

Salão Nobre Alarico da Cunha - Um dos primeiros presidentes da União Caixeiral. Em 1918, juntou-se aos caixeiros e fundaram a União Caixeiral. Foi um dos sócios mais empenhados para a instalação da escola e construção do prédio. Se destacou na sociedade parnaibana como uma referência intelectual.

Memorial Caixeiral Gilberto Escórcio Duarte – Foi aluno, bedel, secretário, professor e diretor da União Caixeiral. Foram quase 70 anos de dedicação a Escola, em seus dois cursos, o Ginasial e o de Contabilidade.

Ateliê de Artes Pedro Tobias – Um dos primeiros caixeiros de Parnaíba. Fundou o Conselho Regional de Contabilidade do Piauí e foi o primeiro presidente do Conselho.

Núcleo Cênico Edméa Ferraz - Uma das mulheres mais atuantes na Cultura de Parnaíba entre os anos 30 e 50, em diversas áreas culturais. No teatro, mostrou todo o seu talento como líder de grupo, diretora de espetáculo e atriz.

Sala Francisco Eliziário (Concertos / aula pública) - Homenagem ao violonista e cantor da Orquestra Piratas do Ritmo e mestre do Chorinho.

Sala Alcenor Madeira (viola e violino) Foi o responsável pela instalação, fundação e inauguração da primeira estação de rádio do Piauí: a Rádio Educadora de Parnaíba.

Sala Luís Nelson de Carvalho (Violoncelo e contrabaixo) - Homenagem a um dos primeiros presidentes da União Caixeiral.

Sala Antônio do Monte (Flauta, clarineta, trompa e trompete) Homenagem ao casal de donos do Cine Teatro Éden, o primeiro cinema-empresa de Parnaíba.

Sala Raul Bacellar (violão e teclado) Fiscal de ensino nos anos 30 e 40. Escreveu o Relatório ao Ministério da Educação que aprovou o Curso Propedêutico da União Caixeiral, em 1938.

Café Concerto Antônio José de Moraes Souza – Ex-aluno da Caixeiral, deputado federal e presidente da Federação das Indústrias do Piauí.

Hall dos Comerciantes Beneficiadores homenagem aos empresários de Parnaíba que contribuíram para a construção do prédio da União Caixeiral.

Andar Superior

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Fotos: Ascom/Sesc

Direito e Empresas

Centro Cultural João Paulo Reis Veloso Parnaíba-PI

O prazer de ser Sesc

Centro de Educação Profissional Antônio Augusto da Paz Campo Maior-PI

Francisco Soares Campelo Filho Diretor Regional do Sesc-PI Presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB/PI

H

á um ano e meio assumimos a Direção Regional do Sesc no Piauí. A princípio, seria uma passagem rápida, porém, aos poucos fomos nos encantando com a beleza dos serviços que o Sesc presta à sociedade, o que cada vez mais tem nos cativado e estimulado a continuar com tão auspicioso trabalho. Descobrimos que trabalhar no Sesc é uma oportunidade ímpar que se tem de fazer algo em prol das pessoas, em especial daquelas que o Estado, dito social, não alcança. Na verdade, o Sesc a cada dia é que dá demonstrações de que é social, preenchendo uma importante lacuna que existe, beneficiando uma grande parte da população. Programas sociais como o Mesa Brasil, Odontosesc e o Sesc Ler, dentre tantos outros, enche a todos nós de orgulho, especialmente em face do momento sócio-político-econômico que atravessa o Brasil, pois os programas sociais desenvolvidos pelo Sesc, ao tempo que contribuem para o desenvolvimento de uma melhor qualidade de vida para as pessoas, trazem também a esperança de que com força de vontade, dedicação, desprendimento e solidariedade, podemos sim construir uma sociedade mais feliz. Nesse período que estamos à frente na Direção Regional, demos continuidade ao projeto que já vinha sendo bem executado pela administração anterior, conseguimos imprimir também uma metodologia de tra34

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balho que vem tendo o condão incrementar aquele projeto, assim como implementamos uma política administrativa onde reduzimos gastos e ampliamos resultados.

Programas sociais como o Mesa Brasil, Odontosesc e o Sesc Ler, dentre tantos outros, enche a todos nós de orgulho, especialmente em face do momento sócio-político-econômico que atravessa o Brasil, pois os programas sociais desenvolvidos pelo Sesc, ao tempo que contribuem para o desenvolvimento de uma melhor qualidade de vida para as pessoas, trazem também a esperança de que com força de vontade, dedicação, desprendimento e solidariedade, podemos sim construir uma sociedade mais feliz.

Temos buscado valorizar nossos profissionais e capacitá-los, bem como estimulá-los a laborar com maior dedicação, empenho e entusiasmo, a enxergar o trabalho no Sesc como uma grande oportunidade (que

efetivamente é) de prestar um serviço para a sociedade. Os profissionais que fazem parte da família Sesc têm respondido positivamente a essa política e vêm demonstrando um grande esforço e uma peculiar competência. Os números e as estatísticas comprovam que este é o caminho. É claro que para alcançar estes resultados, o Sesc conta com um Conselho composto por grandes mulheres e homens, sensíveis à importância de todo o trabalho que é feito pela instituição e não medem esforços ao hipotecar apoio ao desenvolvimento e ampliação das atividades. Assim é que somos gratos à confiança que o presidente do Conselho Regional, Dr. Valdeci Cavalcante, depositou em nosso trabalho. Ele que, antes de tudo, é o exemplo para todos nós, com sua incansável busca pelo crescimento e pelo aprimoramento dos serviços prestados pelo Sesc. Ele que, acima de todos, é o maior exemplo de dedicação, de luta e de um entusiasmo contagiante. O Sesc é um modelo para o Brasil e para o mundo. É a demonstração concreta do valor que tem a iniciativa privada, em especial dos empresários do comércio de bens, serviços e turismo. É a comprovação do quanto se pode fazer, quando se quer, quando se tem bons propósitos. O Sesc diverte, zela, distrai, ensina. O Sesc constrói, encanta, canta, exibe, interage. O Sesc edifica sonhos, transforma vidas!

Edifício Agostinho Pinto Teresina-PI

Centro de Turismo e Lazer Moisés Reis Oeiras-PI

Centro de Educação Profissional José Alves do Nascimento Floriano-PI

Anúncio Centro de Educação Profissional Gasparino Ferreira dos Santos São Raimundo Nonato-PI

A gente está construindo um Piauí melhor para você!

www.fecomercio-pi.org.br


Sesc

Saúde, beleza e empreendedorismo na Mostra Mulher

Sesc Floriano

As mulheres foram recebidas com lanche especial e música ao vivo na manhã recreativa no Centro de Lazer “Jorge Batista”. A programação teve muitas surpresas para o público feminino. • Apresentação cultural • Brincadeiras • Serviços de beleza • Brindes • Painel com fotos de mulheres empreendedoras • Sorteio de uma viagem ao Sesc Praia.

Os centros de atividades do Sesc comemoram o Dia Internacional da Mulher com atividades gratuitas de saúde, beleza, cultura e entretenimento. Por Ana Cláudia Coelho Fotos: Ascom Sesc/PI

A

s unidades do Sesc no Piauí realizaram programações especiais para comemorar o Dia Internacional da Mulher. Foram realizados atendimentos gratuitos de saúde, beleza e campanha de conscientização sobre doenças que acometem as mulheres. Em Teresina, o Sesc Centro realizou o projeto Mostra Mulher com atendimentos de 9 a 12 de março, além de palestras, exposições de peças artesanais, vestidos, livros, vídeos e fotografias. A programação do Sesc Ilhotas aconteceu dia 27 de março com apresentação cultural, exposição de peças artesanais produzidas pelas senhoras atendidas pelo Trabalho Social com Idosos, aulão de atividade física, atendimentos gratuitos de saúde e mostras sobre “Cardiologia” e “Câncer de mama e Colo do Útero”. Mais de 200 pessoas participaram da abertura da Mostra, no Salão de Eventos do Sesc Ilhotas. O Sesc Floriano e o Sesc Beira Rio em Parnaíba comemoraram o Dia da Mulher em uma manhã de lazer com música ao vivo, brincadeiras, atendimentos gratuitos e distribuição de brindes.

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Sesc Ilhotas

O coral Harmony Voice da terceira idade do Sesc abriu a programação da Mostra Mulher 2015 que teve serviços gratuitos de saúde, beleza e empreendedorismo. • Aferição de pressão arterial, • Teste de glicemia • Mostra “Câncer de Mama” • Mostra “Câncer de Colo de Útero”; • Mostra “Cardiologia” • Autoexame da mama • Teste de glicemia capilar • Aulão “aeróbico e exercícios lúdicos”.

Sesc Beira Rio

Domingão especial da Mulher com música ao vivo de Marlon Dreher, no Salão de Eventos do Sesc Beira Rio. O evento é realizado em parceria com o Sesc Avenida. • Blitz da saúde – Sesc Avenida • Quik Massagem – Clínica Rosângela Albuquerque • Balé folclórico – grupo cultural Sesc Avenida • Dramatização Cultural – Sesc Centro Educacional de Parnaíba.

Sesc Centro

Vasta programação com palestras no auditório “Álvaro Salmito” e atividades gratuitas no Espaço de Eventos do Sesc Centro. A delegada da mulher, Vilma Alves, foi uma das palestrantes do evento. • • • •

Palestras com temas ligados à mulher Exposições de vestidos e bijuterias Exposição de peças artesanais Exposição fotográfica

• Exposição de livros • Exibição de vídeos • Testes de glicemia.

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Sesc

Palco Giratório na programação do Sesc

Espetáculos para todos os públicos

Outra novidade do Março de Artes Cênicas é a apresentação do espetáculo do projeto Palco Giratório: “Nordeste – A Dança do Brasil”, pelo Ballé Popular do Recife (PE), dia 30 de março, no Teatro 4 de Setembro. O Palco Giratório é o maior projeto de circulação de espetáculos do país. É realizado pelo Sesc Nacional em parceria com os departamentos regionais e leva entretenimento a mais de 120 cidades, proporcionando as trocas de experiências e intercâmbios entre artistas e plateia, por meio de oficinas, seminários e festivais. No Piauí, o projeto circula com espetáculos de dança e teatro para todas as idades. O espetáculo “Nordeste – A Dança do Brasil”, do Ballé Popular do Recife, foi apresentado no Teatro do Sesc Avenida (Parnaíba) e no Teatro 4 de Setembro (Teresina). “Nordeste – A Dança do Brasil” é um retrato em movimento da riqueza cultural que vem da região Nordeste, marcada por um intenso processo de hibridização. Os quatro ciclos festivos da Metodologia Brasílica instituída pelo Balé Popular do Recife estão presentes em um espetáculo de cor, brilho e beleza.

Março de Artes Cênicas promove a circulação de 12 espetáculos em Teresina, Parnaíba e Floriano. Texto e fotos: Ana Cláudia Coelho

C

om plateia formada por estudantes, comerciários, dependentes de comerciários, diretores do Sesc e pessoas da comunidade, o Sesc realizou o Março de Artes Cênicas. O projeto realizado de 20 a 30 de março, promoveu a circulação de espetáculos de grupos e companhias locais nas cidades de Teresina, Parnaíba e Floriano. O grupo Piauhy Estúdio das Artes (Teresina) abriu a programação do Março de Artes Cênicas, no Teatro do Boi, em Teresina, com o espetáculo “Exercícios sobre Medeia”. O espetáculo, protagonizado pela atriz Silmara Silva, é inspirado na tragédia grega “Medeia”, de Eurípedes, em 431 a.C. Pela primeira vez realizado com a circulação espetáculos, o Março de Artes Cênicas apresentou 12 espetáculos para públicos diversos. O projeto foi criado para comemorar o Dia do Teatro e do Circo (dia 27 de março) e as apresentações vão aconteceram no Teatro do Boi e Teatro 4 de Setembro (Teresina), Teatro do Sesc Avenida (Parnaíba) e no auditório do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFPI), em Floriano. Todas as apresentações tiveram entrada gratuita, com exceção de Parnaíba, onde o acesso era um quilo de alimento não perecível – que foi doado ao programa Mesa Brasil Sesc. “O Março de Artes Cênicas é mais uma ação do Sesc para incentivar a formação de plateia, promover a cultura e levar o comerciário ao teatro”, enfatiza a Coordenadora de Cultura do Sesc, Lili Machado.

Mandu Ladino.

Desejos Catirina.

Nego Chico e Catirina.

Ballé Popular.

Nesta edição, o projeto trouxe companhias premiadas como o Grupo Independente de Teatro (Teresina), Grupo Canga-

ço de Teatro (Floriano), Grupo Raízes do Nordeste (Parnaíba) e o Coletivo Cabaça Produções (Parnaíba). Quem Roubou Luz.

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Sol Sanguineo. Revista Fecomércio

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Senac

Senac comemora três anos de atuação em Campo Maior Referência em Educação Profissional, o Senac tem beneficiado o município e regiões vizinhas.

Os participantes colocaram os ensinamentos em prática e produziram ovos de chocolate.

Técnicas de maquiagem chamaram a atenção de estudantes.

Por Mariane Aquino Fotos: Marketing Senac

Contribuindo para o crescimento do município

O

Senac é referência em Educação Profissional no Piauí e vem cumprindo um valoroso projeto de expansão pelo estado. No mês de março, foram celebrados os três anos de atuação da instituição no município de Campo Maior. A comemoração se deu com a 1ª Mostra Senac que envolveu estudantes e público em geral. Com o tema “Conheça o Senac de Campo Maior e seja o profissional que você quiser”, o evento foi uma verdadeira vitrine dos cursos e serviços oferecidos pela instituição. A programação foi iniciada com o hasteamento da Bandeira do Brasil, ao som da Banda de Música Municipal Honório Bona e, logo após, as atividades transcorreram de forma diversificada. Para os interessados em desenvolver o seu próprio negócio, foram oferecidas ao longo do dia palestras sobre Empreendedorismo com o consultor do Sebrae, Agenor Nogueira. Na Cozinha Pedagógica, a Gastronomia foi enaltecida com deliciosas oficinas de Ovos de chocolate e Cupcakes. As técnicas foram repassadas pela Agente de Educação Profissional Wal Ibiapina que também deu dicas sobre como comercializar os produtos. O Laboratório de Beleza atraiu olhares atentos para as oficinas de Automaquiagem para o trabalho, Unhas es40

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Risamara Costa comemorou a sua contratação e incentivou os participantes a se qualificarem pelo Senac.

A Banda de Música Municipal Honório Bona animou a abertura do evento.

peciais e Automaquiagem e Penteados para festas. Na oportunidade, foram mostradas as principais tendências e dicas imprescindíveis para quem deseja cuidar da aparência. A participante Ana Célia da Silva ficou satisfeita com o que aprendeu. Ela é estudante do curso de Cabeleireiro pelo Programa Senac de Gratuidade e agora pretende ingressar

no curso de Maquiador. “Sempre tive vontade de aprender a maquiar de forma correta. Agora, pretendo fazer o curso para me aperfeiçoar mais”, declarou. A Mostra Senac ofereceu também aula de Inglês para crianças, exposições de peças do segmento de Moda, oficina de customização, workshops, dentre outras atividades.

De 2012 ao início de 2015, foram realizadas mais de 10 mil matrículas envolvendo tanto a Educação Profissional como ações extensivas voltadas para egressos e comunidade em geral. A contribuição para a economia da região tem sido significativa com os inúmeros encaminhamentos feitos através do Banco de Oportunidades. Um exemplo de caso de sucesso é Risamara Costa, de 19 anos. Ela fez o curso de Recepcionista em Meios de Hospedagem e hoje atua em uma academia conceituada do município. “Cadastrei o meu currículo no Banco de Oportunidades e consegui uma vaga no mercado de trabalho. Sou grata ao Senac porque aqui me profissionalizei e consegui ser destaque”.

Gerente do Senac Campo Maior, Girlene Carvalho.

De acordo com a gerente da Unidade, Girlene Carvalho, a instituição cresce a cada dia com o propósito de atender a um número maior de estudantes: “Estamos construindo mais dois laboratórios de informática e um de artes. Nosso intuito é ser cada vez mais esse diferencial na oferta de cursos de Educação Profissional”, pontuou.

Centro de Educação Profissional Antônio Augusto da Paz.

Ao longo desses três anos, o Senac tem estabelecido uma trajetória de sucesso em Campo Maior e regiões vizinhas. O espaço educacional conta com uma biblioteca, um laboratório de informática, dois laboratórios de imagem pessoal, um laboratório de costura, uma cozinha pedagógica e quatro salas de aula convencionais.

Para o prefeito de Campo Maior, Paulo Martins, o Senac mudou a realidade educacional do município: “É de fundamental importância ter uma instituição como o Senac nesta região. Além de proporcionar a qualificação da nossa mão de obra, oferece a oportunidade de uma preparação para o futuro”, declarou.

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Senac

Comunicação sob o comando das mãos O Senac é referência na preparação profissional de Tradutores e Intérpretes de Libras. Por Mariane Aquino Foto: Marketing Senac

M

ãos que comunicam, gestos que ganham vida. Aos poucos, o silêncio vai dando lugar ao desejo do aprendizado que conduz os olhares na direção de um profissional: o Tradutor e Intérprete de Língua Brasileira de Sinais (Libras). Muito mais do que mediar a comunicação, o Tradutor e Intérprete de Língua de Sinais (TILS) deve conhecer a cultura do ouvinte e se envolver com a comunidade surda, além de ter o domínio da Língua Portuguesa e da Libras. A profissão do TILS tem ganhado mais visibilidade e importância, após a sua regulamentação pela Lei nº 12.319 de 01º de setembro de 2010. A carência de profissionais habilitados ainda é significativa e, por isso, o Senac se preocupa em oferecer a qualificação necessária para suprir as demandas no mercado de trabalho. Referência no ensino da Língua Brasileira de Sinais nos níveis Básico, Intermediário e Avançado, a instituição ganha maior destaque por ser pioneira na oferta do curso Técnico em Tradução e Interpretação de Libras no Piauí. Em fevereiro de 2015, realizou a solenidade de formatura da sua primeira turma de técnicos e lançou mais de 40 profissionais habilitados para atuarem em serviços especializados de tradução e interpretação em eventos, congressos e seminários, de atividades empresariais variadas, da administração 42

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Intérpretes fazem o acompanhamento de aluno surdo.

pública, em empresas, universidades, fundações e outras instituições, de caráter público ou privado. O Senac prepara também docentes e estudantes de licenciatura para atuarem com estratégias direcionadas para surdos através do curso Metodologia para a Prática Bilingue no Ensino para Surdos. Os cursos Libras para Profissionais da Saúde e SignWriting – Escrita de Sinais, também compõem o portfólio de cursos e serão ofertados pela instituição. Para aprimorar mais a educação de qualidade, está sendo finalizado um laboratório específico para as práticas de TILS com equipamentos modernos e estúdio para gravações. Firmando o seu compromisso em oferecer um ambiente educacional acessível, o Senac disponibiliza Intérpretes de Libras nas salas de aula que

Formatura da primeira turma do curso técnico realizada em fevereiro de 2015.

possuem alunos surdos. De acordo com a supervisora pedagógica, Ana Cristina, o Senac tem cumprido o seu papel junto à sociedade com a proposta de promover Educação Profissional de qualidade, observando as demandas existentes no mercado de trabalho. “Por ser uma profissão nova, surgiu a necessidade de criar cursos com novos títulos para disponibilizar à comunidade surda profissionais habilitados”, esclareceu.

Qualidade refletida no mercado de trabalho Muitas são as chances de sucesso profissional para quem decide se qualificar no Senac. A estudante Elisa Martins ingressou no curso Técnico em Tradução e Interpretação de Libras pelo Programa Senac de Gratuidade. Antes mesmo do término do curso foi aprovada em 1º lugar no concurso do Instituto Federal do Piauí (IFPI) para o cargo de TILS. “Todo o conhecimento adquirido durante o curso foi fundamental para minha aprovação,” disse. No ano de 2015, novas conquistas foram obtidas! Seis estudantes do curso Técnico em Tradução e Interpretação de Libras foram aprovados” no concurso da Secretaria de Educação e Cultura do estado do Piauí (Seduc) para o cargo Intérprete de Libras. Eles atuarão no Centro de Capacitação de Profissionais da Educação e Atendimento às Pessoas com Surdez – CAS/PI. As oportunidades se abrem também através de estágios curriculares feitos em parceria com a Secretaria Municipal de Educação e Cultura (Semec). A Escola Municipal Moaci Madeira Campos, situada na zona norte de Teresina, conta com o apoio de três estudantes do curso Técnico: Maria Angélica, Sirlene Leal e Antônia Raquel. Todas estão satisfeitas com a aplicação do conhecimento na prática. Maria Angélica é técnica em Enfermagem e viu a necessidade de aprender Libras para estabelecer a comunicação com pacientes com deficiência auditiva e surdos. “Recentemente, me deparei com um surdo internado no hospital em que trabalho e apenas eu sabia me comunicar com ele. Vi, então, a importância de ter ingressado no curso do Senac”, relatou. Para Sirlene Leal, o estágio é uma oportunidade de ver o comportamento do surdo e a sua relação com a família: “Na maioria das vezes, a família não conhece a Libras e cria uma gestualidade própria. Observo também o interesse que as outras

Elisa foi aprovada em 1º lugar no concurso do IFPI.

Estudantes Sirlene Leal, Maria Angélica e Antônia Raquel com os alunos surdos Márcio Lucas e Artur Melo.

crianças têm em aprender a Língua para interagir com o sujeito surdo”, acrescentou. Diante desta realidade e da necessidade de expandir o ensino de Libras para outras idades, o Senac vai lançar o curso Libras para Crianças. Segundo a Gerente de Educação Especial da Semec, Teresa Fortes, a Rede Municipal de Ensino conta com 36 alunos surdos e 40 com deficiência auditiva. Ela avaliou como positivo o trabalho exercido pelos estudantes do Senac através da parceria. “Os estudantes do Senac que estão em nossas escolas, apoiando os surdos, vêm realizando um bom trabalho

Sirlene Leal foi uma das estudantes aprovadas no concurso da Seduc e realiza estágio na Escola Municipal Moaci Madeira Campos.

sobretudo quando estão em estreita parceria com o professor da sala regular de Atendimento Educacional Especializado (AEE) e a equipe escolar como um todo”, destacou. Revista Fecomércio

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Ponto de Marketing

Sebrae

Ações de endomarketing aumentam lucratividade das empresas

Presidente do Conselho do Sebrae no Piauí e da Faepi/Senar encampará campanha para tirar projeto do papel. Por Antônia Pessoa

mpresário inteligente promove um ambiente motivador dentro de seu empreendimento. Refiro-me ao Endomarketing, que está ligado às ações de Marketing Interno e fazem com que colaboradores de um negócio tenham satisfação de pertencer à empresa e queiram fazer sempre o melhor. Relaciono alguns pontos simples que merecem maior atenção. Confira:

• Elogie seu funcionário por uma tarefa bem executada. Se o colaborador tratou e atendeu as necessidades do cliente, diga para ele, na frente dos outros colegas de trabalho, que sua atitude foi louvável, merecendo, portanto, um reconhe-

• Realize a integração da equipe. Pode ser um café da manhã, uma caminhada em um parque da cidade, uma palestra motivacional, a leitura de um texto, um torneio de tênis de mesa no final de semana, etc. Neste aspecto, se contratar um novo colaborador, apresente-o às pessoas da empresa e deixe claro qual sua função perante os outros; • Crie momentos de troca de informações. O ideal é que seja no começo do dia. Separe alguns minutos iniciais para que a sua equipe possa sentar e discutir sobre como foi o dia anterior e quais as perspectivas em relação ao dia que se inicia. Estabeleça quadros de avisos em local de fácil visualização. Textos curtos, letras maiores e com imagens chamam mais a atenção. Crie um grupo no Whatsapp para favorecer o diálogo rápido entre todos;

Empresário inteligente promove um ambiente motivador dentro de seu empreendimento. Refiro-me ao Endomarketing, que está ligado às ações de Marketing Interno e fazem com que colaboradores de um negócio tenham satisfação de pertencer à empresa e queiram fazer sempre o melhor.

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Helder Freitas Especialista em Marketing Autor do Livro “Sua empresa não vive sem Marketing” helderdefreitascosta@yahoo.com.br

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Restauração de prédio está na pauta de entidades de classe

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cimento. Além de amaciar o ego do colaborador aplaudido, faz com que os outros se estimulem em busca de um elogio similar;

• Capacite a equipe através da leitura de textos e/ou exibição de vídeos. Este último, os empresários têm no YouTube um excelente aliado. Na área de busca desta ferramenta citada, os empreendedores encontrarão excelentes temas para apresentar e discutir em grupo. Pode ser desde assuntos ligados diretamente ao negócio ou até mesmo vídeos com mensagens que levem o colaborador a ref letir outros aspectos. Reforço que um ambiente motivador em uma empresa passa por salários dignos e condizentes com a realidade do mercado; ambiente propício para a execução das tarefas da empresa, com infraestrutura contemplando equipamentos, espaços adequados, transporte e outros. Também não se pode descuidar da ventilação, iluminação, água, sanitários limpos, refeitório e até área para descanso depois do almoço, quando assim for necessário. Envolva os colaboradores no sentido de sugerir as melhores atividades para serem executadas. Isto também ajudará na conquista da equipe. Claro que a lista citada muda de acordo com o tipo de empreendimento. Saiba que colaborador motivado significa cliente externo melhor tratado e atendido e mais lucratividade para sua empresa.

Foto: Vilson Santos

O

presidente do Conselho Deliberativo Estadual do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e também presidente do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e da Federação da Agricultura do Estado do Piauí (Faepi), Carlos Augusto Melo Carneiro da Cunha, esteve em Campinas do Piauí, cidade localizada a 414 quilômetros ao sul de Teresina. O objetivo da visita foi verificar in loco a atual situação do prédio da Fábrica de Laticínios, que funcionou naquela região até 1947, sendo considerada a segunda maior do Nordeste. Caú, como é mais conhecido o presidente do Conselho do Sebrae e da Faepi/ Senar, pretende encampar um movimento para tirar do papel o projeto de restauração desse prédio secular. A ideia é valorizar o patrimônio histórico do Piauí, por meio da construção de um Centro Cultural e Administrativo, com a instalação do memorial da Fábrica de Laticínios, salas multiuso para oficinas de artes e exposições, biblioteca, lojas de artesanato e posto de serviços de órgãos estaduais e federais, e de outras entidades. “A estrutura do prédio é muito bonita. É uma construção ampla, que apresenta características neoclássicas, com uma fachada bastante trabalhada e pilastras sobrepostas, que contam a história do sé-

O presidente do Conselho do Sebrae em visita a Campinas do Piauí

culo XIX. Esse patrimônio encontra-se bastante dilapidado. Se não iniciarmos a restauração o quanto antes, a construção pode desabar, o que será uma perda irreparável para a memória cultural e econômica do estado”, afirma Caú. Ocupando uma área de 812,60 metros quadrados, em terreno de 1.462 metros quadrados, o prédio é tombado, em nível estadual pela Fundação Cultural do Piauí, Fundac; e encontra-se em processo de tombamento federal pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Iphan. “A população de Campinas do Piauí anseia pela restauração. O pré-

dio, em ruínas, fica na zona central da cidade e tem um grande valor arquitetônico. E ver esse prédio restaurado é uma pretensão antiga. Vou bater à porta do Governo do estado e do Ministério das Cidades para ter esse sonho concretizado”, acrescenta Caú. Entre os objetivos do projeto de restauração da fábrica estão: valorizar a cultura nordestina; promover a inclusão social; desenvolver uma política de democratização e fomento à cultura na região; e disponibilizar infraestrutura física, técnica e operacional para dinamização da cultura local e regional. Revista Fecomércio

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Coaching

Sebrae

O segredo do sucesso Parte II

Empreendedoras de sucesso são exemplos de superação Cacilda Silva Empresária, Master Coach e Neuro Coach cacildamastercoach@gmail.com

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Revista Fecomércio

Por Antônia Pessoa Fotos: Arquivo Internet

ando continuidade ao nosso artigo “O segredo do sucesso” da edição anterior, podemos dizer que a capacidade de atenção afeta fortemente nossas vidas e se essa capacidade se torna comprometida por causa de qualquer agitação ou tédio, dessa forma, não conseguiremos fazer quase nada certo. O reconhecimento de que a mente naturalmente oscila entre lentidão e agitação, distração e foco e, de que somos, involuntariamente, tomados por estados de aflições emocionais como ansiedade, hostilidade, depressão, orgulho, raiva, entre outros, estados que sabemos ter fortes impactos sobre o desempenho das pessoas, torna-se relevante aprender a cultivar a própria mente. Penso que há um aspecto sobre o desempenho ainda pouco falado - o estado interno da pessoa que está performando. Uma pessoa para ter alto desempenho precisa de boa capacidade de atenção e foco, mas o que viabiliza essa capacidade nas atitudes cotidianas? Antes precisamos entender que há dois tipos de atenção – a externa diz respeito as tarefas do momento, como tomar uma decisão, elaborar um relatório, atender um cliente, conduzir uma reunião, apresentar um projeto, realizar uma venda ou negociação. Por outro lado, a atenção interna diz respeito ao estado de consciência do agente, a sua capacidade reflexiva, a sua presença. Os dois estados são importantes, cada 46

Prêmio Sebrae Mulher de Negócios está com inscrições abertas até julho.

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um tem um lugar em nossas vidas, mas é a atenção interna que viabiliza, sustenta e fortalece a externa, tão necessária para ter bom desempenho. Em meus estudos encontrei diversas referências sobre a importância de estados internos mais qualitativos em obras de gestão e negócios. Nonaka e Takeushi,

Seja fiel nas pequenas coisas porque é nelas que mora a sua força. (Madre Teresa de Calcutá)

estudiosos da gestão do conhecimento, afirmam que empresas e pessoas bem sucedidas possuem grande capacidade de enfrentar e tirar vantagens dos paradoxos, das ambiguidades e incertezas que caracterizam essa época da complexidade. Uma “Mente dialética”, segundo eles, possibilita as pessoas abraçarem ativamente os opostos, lidarem com contradições e aceitarem ambos, livrando-se da tirania do “Ou-ou”. Otto Scharmer, de teoria U, afirmou que “a mesma coisa pode promover um resultado totalmente diferen-

te dependendo do lugar interior (fonte e qualidade de atenção) a partir do qual sua ação se origina”. Ele passou 10 anos estudando o pensamento de líderes mais impressionantes, criadores excepcionais e mestres da inovação e concluiu que pareciam operar a partir de um processo interno diferente, um processo que os inseria no campo das futuras possibilidades, isto é, aprendiam de forma generativa (a partir do futuro emergente). De forma sintética, o método de aprendizagem proposto por Scharmer, sugere: (1) Perceber a realidade como ela é, suspendendo voluntariamente o julgamento; (2) Criar um espaço de reflexão (Presencing), acessando a sabedoria interior para ter um diagnóstico “limpo” da realidade e permitir novas soluções e, (3) Realizar, fazer acontecer com rapidez e naturalidade. O Presencing é o momento de reflexão ou contemplação para acessar a sabedoria interna. O próprio Peter Senge reconheceu que o insight que deu origem a sua obra “Quinta Disciplina” veio em uma meditação. Todos nós já experimentamos, involuntariamente, total absorção no momento presente ao praticar um esporte, ler um livro, fazer amor, mexer no jardim ou na realização de qualquer atividade prazerosa. Todos esses são exemplos de conexão, presença e total atenção. Na próxima edição, vamos continuar falando deste tema.

R

econhecer e premiar mulheres que transformaram seus sonhos em realidade, e cuja vida é exemplo para outras mulheres que desejam empreender. Esse é o objetivo do Prêmio Sebrae Mulher de Negócios que está com inscrições abertas. A premiação é dirigida a mulheres empreendedoras, com mais de 18 anos, que poderão concorrer em três categorias: Pequenos Negócios (proprietárias de micro e pequenas empresas e franquias), Produtora Rural (mulheres que exercem atividades agrícolas, pecuárias e pesqueiras), e Microempreendedora Individual. “O foco do Prêmio Sebrae Mulher de Negócios é evidenciar o espírito empreendedor da mulher e utilizar os melhores relatos como exemplo de sucesso para outras mulheres que sonham em ter o próprio negócio”, destaca a gestora do Prêmio Sebrae Mulher de Negócios no Piauí, Luzinete Fontenele. Em 2014, 156 mulheres concorreram ao prêmio no Piauí, nas três categorias: Pequenos Negócios, Produtora Rural e Microempreendedora Individual. Na categoria Pequenos Negócios, a vencedora estadual foi a empresária Maria de Fátima Pereira de Sousa, da Beleza & Cia, de Teresina. Desde jovem Fátima é empreendedora. Aos 12 anos, começou vendendo salgadinhos. Depois fez cursos e se tornou manicure. Envolvida no

segmento de estética, nasceu a Beleza & Cia, que atualmente conta com mais de 25 mil clientes. Na categoria Produtora Rural, a vencedora foi a empreendedora Marcilene Lusia Barbosa, da Comunidade de Várzea Queimada, município de Jaicós, no sul do Piauí. Marcilene trabalha com trançado na palha de carnaúba, atividade que exerce há anos, para garantir a própria sobrevivência. A vencedora estadual na categoria Microempreendedor Individual foi a empreendedora Olívia Maria Alves de Pinho Rodrigues, do Centro de Artes Marciais, com sede em Parnaíba, no litoral do Piauí. Olívia sempre gostou de esportes, especialmente do Taekwondo. Ela percebeu que Parnaíba era carente de

espaços para a prática dessa modalidade e, em 2012, resolveu abrir a academia. As inscrições para o Prêmio Sebrae Mulher de Negócios seguem até 31 de julho e devem ser feitas no site www.mulherdenegocios.sebrae.com.br. Maiores informações na sede do Sebrae em Teresina, localizada na Av. Campos Sales, nº 1046 – Centro; ou pelo telefone (86) 3216-1359. As interessadas podem também procurar os escritórios regionais da instituição em Floriano, Picos, São Raimundo Nonato, Piripiri e Parnaíba. Revista Fecomércio

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Eventos

Agenda

MAIO WAKE UP Comece a ter tontrole de sua carreira Quando: Sábados a tarde Onde: Edifício Supricabos, Av. Campos Sales, 1858, Centro - Teresina-PI Mais informações: cacilda.silva@ metodocarma.com.br APAS 2015 31ª Feira e Congresso de Negócios em Supermercados Quando: 04 a 07 de maio Onde: Expo Center Norte – São Paulo SP Mais informações: http://www.feiraapas. com.br FORIND NORDESTE 7ª Feira de Fornecedores Industriais do Nordeste Quando: 05 a 08 de maio

11 { de maio

Onde: Centro de Convenções de Pernambuco – Olinda - PE Mais informações: http://www.forindne. com.br MÓVEL BRASIL Feira de Móveis e Decorações Quando: 12 a 15 de maio Onde: Centro de Eventos Promosul – São Bento do Sul - SC Mais informações: http://www. movelbrasil.com.br STARTUP WEEKEND CHANGE MAKERS TERESINA Evento de imersão, experiência única onde empreendedores e aspirantes a empreendedores podem descobrir se suas ideias de startups são viáveis. Quando: 15 a 17 de maio Onde: Centros de Artes e Esportes Unificados (CEU) do bairro Santa Maria da Codipi - Teresina-PI

Mais informações: http://teresina.up.co/ events/5595 ESTÉTICA IN RIO 9ª Feira de Beleza e Bem-Estar Quando: 23 a 25 de maio Onde: Centro de Convenções SulAmérica – Rio de Janeiro - RJ Mais informações: http://www. esteticainrio.com.br ENCONTRO DE MULHERES EMPREENDEDORAS DO PIAUÍ Oportunidade das Empreendedoras mostrarem suas empresas, produtos e ao mesmo tempo reforçar contatos. Quando: 28 de maio Onde: Espaço Coco Bambu – Teresina - PI Mais informações: (86) 9976-4450

Dia das Mães Nenhuma língua é capaz de expressar a força, a beleza e o coração de uma mãe.

Datas importantes no Comércio

Fique atento para não deixar passar em branco!

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Abril

Maio

02 - Dia do Propagandista 03 - Sexta-feira da Paixão 05 - Domingo de Páscoa 07 - Dia do Jornalismo / Dia Mundial da Saúde 08 - Dia Mundial do Combate ao Câncer 10 - Dia da Engenharia 12 - Dia do Obstetra 19 - Dia do Índio 21 - Tiradentes 22 - Descobrimento do Brasil

01 - Dia Mundial do Trabalho

Revista Fecomércio

Janeiro/Fevereiro 2015

03 - Dia Mundial da Liberdade de Imprensa 07 - Dia do Oftalmologista 08 - Dia do Profissional de Marketing 10 - Dia das Mães 12 - Dia Mundial do Enfermeiro 13 - Abolição da Escravatura 15 - Dia do Assistente Social e do Gerente Bancário 25 - Dia do Trabalhador Rural.

João Kepler realiza palestra sobre vendas em Teresina O empresário falou sobre “Como inovar em vendas em tempos de crise”. Por Gleyca Lima Foto: Carlos Pacheco

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palestrante e investidor anjo João Kepler esteve em Teresina no dia 28 de março para realizar a palestra “Como inovar em vendas em tempos de crise”. O evento aconteceu no Centro de Artes e Esportes Unificados (CEU) no bairro Santa Maria da Codipi e reuniu além de empresários, representantes de instituições e vendedores do Shopping da Cidade interessados em identificar os principais argumentos para trabalhar com vendas e entender a perspectiva do cliente. João Kepler, que é reconhecido como o palestrante mais sintonizado com inovação e um dos especialistas mais requisitados neste segmento, trouxe para Teresina muitos conceitos abordados em seu livro “O vendedor na era digital”. “Em uma época em que tudo muda de um dia para o outro, é um grande desafio nos manter conectados às novas tendências do mercado e oferecer o que o novo consumidor realmente deseja. O processo de vendas, que por anos foi feito da mesma forma, precisou se reinventar com urgência para atender às novas demandas, e com isso muitos vendedores tem dúvidas sobre como usar as novas tecnologias a seu favor”, disse o palestrante. Kepler falou ainda sobre a importância de inovar no jeito de pensar e se relacionar, em especial na hora de fechar negócios. “A venda deve focar no que o

O investidor anjo destacou o potencial dos empreendedores piauienses.

produto faz ou pode fazer pelo cliente, não no produto em si. As pessoas estão em busca de soluções para seus problemas e nesse tempo de crise querem resultados rápidos. Inovar em vendas é resolver os problemas dos outros e saber que tudo que você faz diferente encanta. Na verdade, o cliente não compra o que você vende, mas porque você vende, ou melhor, você não vende, o cliente é que te compra.” Segundo João Kepler, os empreende-

dores piauienses possuem grande capacidade de criar e inovar, mas está faltando determinação, pois não conseguem expandir seus negócios. “Eu acho que o Piauí tem ótimos empreendedores, mas que ainda estão tímidos para colocar o negócio no mercado. Tem criatividade, desenvolve, mas não consegue levar adiante. Então, o que eu quero é quebrar essas barreiras e expandir os bons projetos que aqui estão para o Brasil”, afirma o palestrante. Revista Fecomércio

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Comunicação & Desenvolvimento

Eventos

Nova diretoria da AJE -PI toma posse

Aumente seu poder de comunicação

O Troféu Moraes Souza homenageou contribuintes do movimento jovem Por Veridiana Carvalho

Jefferson Xavier – JEX Palestrante, coach, especialista em PNL, professor de oratória e coautor dos livros “Líderes em ação” e “Liberte seu poder” falajex@gmail.com

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ocê já parou para pensar como anda sua comunicação? Você consegue ser bem entendido quando fala com as pessoas? Você acredita que se comunica de maneira efetiva com os outros? Você sabe o que fazer para convencer e vender suas ideias? É sobre isso que iremos tratar neste artigo. Um empresário me procurou recentemente porque não estava conseguindo influenciar seus colaboradores a dar o seu melhor. Ele notou que algo não estava bem. Antes de mais nada e com sua permissão solicitei conversar com alguns de seus empregados. Nas primeiras conversas, percebi o que já imaginava. Eles não estavam sintonizados. Faltava conexão. Todos os relacionamentos melhoram, a influência aumenta, a produtividade cresce, a equipe se harmoniza quando as pessoas se conectam. E como isso pode ser conseguido? Um bom líder tem que se comunicar de forma eficaz e para isso ele deve observar os sinais que transmite: tom de voz, expressão facial, gestos, postura corporal e estar atento a sua capacidade de ouvir com atenção. Agindo assim fica mais fácil ele conseguir melhores resultados. Era isso que não estava acontecendo. Muitas vezes ao invés de pedir ele gritava. Seu semblante demonstrava raiva e preocupação o tempo inteiro. Não costumava ouvir sugestões e muito menos as críticas. Quando falava gesticulava com exageros e isso intimidava seus funcionários. Atitudes como 50

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essas de autoritarismo acabam afastando todos, inclusive os clientes. As pessoas gostam de estar com quem se sentem bem e isso vale para tudo. Quando temos prazer no que fazemos, o entusiasmo é contagiante independente

Um bom líder tem que se comunicar de forma eficaz e para isso ele deve observar os sinais que transmite: tom de voz, expressão facial, gestos, postura corporal e estar atento a sua capacidade de ouvir com atenção. Agindo assim fica mais fácil ele conseguir melhores resultados.

de crises. E tudo isso é perceptível através de nossa comunicação. Observe quando um relacionamento entre um casal não vai bem. Um dos dois ou mesmo ambos demonstram insatisfação através dos seus gestos. Qualquer coisa é motivo de discussão. Fica mais difícil entrar num acordo.

Demonstrações de carinho ficam raras e tudo isso gera desgaste até o fim da relação. O que estou querendo dizer é que quem deseja alcançar sucesso é essencial se conectar de forma correta. Temos que aprender a melhorar nossa forma de se comunicar com os outros. Podemos aumentar nosso poder de comunicação quando corrigimos as falhas que atrapalham nosso potencial. Que esforços extras podemos ter para conseguir melhores resultados? O caso do empresário, que citei há pouco, é um exemplo. Ele precisou reservar um pouco do seu tempo para se aprimorar e descobrir onde estava errando. Ele viu que precisava melhorar sua habilidade de se conectar e passou a agir diferente. Quem faz isso consegue elevar o nível dos seus relacionamentos, trabalhos e pode mudar sua vida. Então, identifique o que precisa fazer para aumentar seu poder de influência. Que tipo de habilidades precisam ser aprimoradas. Será que é seu tom de voz que não está adequado? Ou quem sabe sua expressão corporal não tem convencido? Observe também seu vocabulário. Quem se comunica bem simplifica e não complica. Mostre aos seus ouvintes seu interesse. Fique atento aos feedbacks e ganhe confiança das pessoas. Dessa forma, você vai aumentar sua capacidade de gerar resultados com sua comunicação e obter sucesso pessoal.

Fotos: Veridiana Carvalho

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nova diretoria da Associação dos Jovens Empresários do Piauí (AJE/PI) tomou posse em solenidade festiva, realizada no dia 26 de março, no auditório da FIEPI. A cerimônia aconteceu concomitantemente a 4ª edição do Troféu Moraes Souza, homenageando todos aqueles que contribuíram em 2014 para o movimento jovem empreendedor do nosso estado. O então presidente, Diego Oliveira, passou o cargo para Samuel Monte que foi empossado para a gestão 2015/2016 juntamente com o vice-presidente Landerson Carvalho e os seguintes diretores: Germana Morais, Émille Passos, Paulo Henrique Sousa, Eudes Junior, Philipe Melão, Ana Rosa Castro e José Cláudio Evangelista. O presidente eleito, Samuel Monte, afirmou que a AJE é um grande desafio, mas garantiu que junto a sua diretoria, construirá uma associação ainda melhor, mais forte e respeitada. “Me comprometo a trabalhar a serviço do nosso associado, congregando cada vez mais o jovem empresário, promovendo o seu desenvolvimento intelectual e profissional, formando novas lideranças e ampliando a rede de benefícios”, destacou. O ex-presidente e atual conselheiro da AJE, Diego Oliveira, definiu sua sensação como ambígua. “É o sentimento de dever cumprido, mas a certeza que muito ainda pode ser feito e nessa gestão faremos mais pelo associado, dando continuidade aos trabalhos e desenvolvendo novos projetos”, explicou.

Foto oficial com a nova diretoria da AJE/PI Presidente da AJE/PI, Samuel Monte

A cerimônia de entrega do Troféu Moraes Souza fechou com chave de ouro o evento. Os homenageados foram: Mário José Lacerda Diretor Superintendente Sebrae-PI Categoria: Homenagem especial Firmino da Silveira Soares Filho Prefeito de Teresina Categoria: Personalidade pública José Icemar Lavor Nery Secretário do Desenvolvimento Econômico e Tecnológico do Piauí Categoria: Órgão público ou empresa estatal Aluísio Parente Sampaio Neto Secretário Municipal do Meio Ambiente Categoria: Responsabilidade ambiental

Ednan Soares Coutinho Presidente da Caixa de Assistência dos Advogados do Piauí Categoria:Entidade Luís Gonzaga Teixeira de Carvalho Sobrinho Diretor do Grupo Newland Categoria: Empresa privada Nicole Elshout de Aguiar Diretora Geral da Teresina FM Categoria: Veículo de comunicação Luís Moura Associação Amigos da Sopa Categoria: Responsabilidade Social Orlando Freitas Empresário Franquiado Chilli Beans Teresina Categoria: Jovem empresário destaque

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Bem-estar

Reeducação alimentar é necessária para evitar efeito sanfona Por Samanta Petersen

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Carlos Pacheco

uem nunca tentou perder peso com alguma dieta da moda ou copiando as refeições de um famoso ou de um amigo? Durante algumas semanas consegue-se perder peso e/ou medida, mas nem sempre é possível emagrecer com saúde e de forma duradoura. É aí que entra o chamado efeito sanfona. O publicitário Júlio Santana chegou a pesar 183 kg em 2001, depois de tentativas frustradas de emagrecer recorreu a uma ci-

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Arquivo Pessoal

rurgia de estômago. Três anos depois, com 117 kg, voltou a engordar. Mesmo com uma segunda cirurgia o peso não se estabilizou e ele chegou a 162 Kg. Em 2013, Júlio tentou mais uma vez perder peso e passou a seguir a Dukan, um tipo de dieta da proteína que é dividida em quatro fases. Em um ano, os ponteiros da balança caíram 55 kg e o publicitário passou a pesar 107 Kg, menos do que após a redução de estômago. A diferença entre as dietas an-

Dietas restritivas ajudam na perda de peso, mas sem mudança nos hábitos alimentares pessoas podem voltar a engordar.

A nutricionista Yuska Paes Landim alerta que dietas devem ser individualizadas.

Júlio Santana teve que reaprender a se alimentar para manter o peso.

Alimentos diet, light, sem glúten ou lactose Um erro muito comum de quem quer emagrecer é substituir os produtos convencionais por outros diet, light, sem glúten ou lactose. Todavia, essa nem sempre é uma troca saudável. A nutricionista Yuska Paes Landim explica que muitas vezes esses produtos não têm um ou outro ingrediente, mas têm outros em excesso. “Nós não podemos trabalhar apenas com a questão da caloria e, sim, como aquele alimento se comporta no nosso organismo. Então, às vezes ele não tem muita caloria, mas tem muito

sódio, muita gordura hidrogenada. Pode não prejudicar o peso, mas sim a saúde e antes da estética tem que vir a saúde”. E qual a diferença entre os produtos light e diet? Um alimento diet tem ausência total de um componente. É recomendado a uma população específica como, por exemplo, aos diabéticos que não podem consumir o açúcar. Já o alimento light tem redução de pelo menos 25% em determinado nutriente ou calorias quando comparado com o alimento convencional. Isso quer dizer

que o alimento ainda continua a ter esse componente, mas em menor quantidade. Assim como os diabéticos que não podem consumir açúcar existem pessoas que não podem ingerir glúten e/ou lactose, por isso a indústria alimentícia tem lançado alimentos para esse tipo de consumidor. A intolerância à lactose é a incapacidade que o corpo tem de digerir lactose, um tipo de açúcar encontrado no leite e em outros produtos lácteos. A premissa básica para a dieta isenta de lactose é evitar qualquer tipo de produto lácteo, mas existem hoje no mercado produtos zero lactose que são alimentos

teriores, a redução de estômago e a dieta atual é que Júlio aprendeu a se alimentar melhor. “Fiz uma cirurgia achando que era uma coisa definitiva. Hoje eu aprendi a comer, percebo e avalio o que estou comendo. Não como mais no automático como fazia anteriormente”, esclarece. Júlio explica que há 10 meses mantém o peso e que pela dieta tem uma refeição semanal que permite abusar um pouco da comida, entretanto ele diz que não sente mais essa necessidade. “Nessa dieta, os alimentos que são permitidos podem ser consumidos à vontade, uma expressão mágica para quem é gordo. Mudei meus hábitos, hoje não saio de casa sem ter comido para não cair em tentação porque se você está com fome vai comer mesmo. O truque é ter disciplina e não ficar com fome”, afirma. O problema é que nem toda dieta funciona da mesma forma entre os indivíduos. “Quando se faz uma dieta se baseando em outras pessoas a gente corre o risco de ficar frustrado porque não consegue o mesmo resultado. Cada pessoa é um ser único com suas preferências alimentares, mas existe o ela quer e o que ela deve comer. Por isso, eu não posso me basear nas dietas de outras

aos quais são adicionadas a enzima lactase. O que não significa que esse produto esteja livre da presença de leite de origem animal. O glúten é encontrado no trigo, aveia, cevada, malte, centeio e nos produtos feitos a partir desses alimentos. Os alimentos sem glúten são aqueles que usam outros ingredientes para substituir essa proteína, como é o caso do arroz e seus derivados (farinha de arroz), milho e seus derivados (farinha de milho, fubá e amido de milho), batata (fécula de batata), mandioca (farinha de mandioca, polvilho azedo, polvilho doce). Sendo

pessoas”, explica a nutricionista Yuska Paes Landim. O correto antes de começar uma dieta é procurar um especialista na área que vai pedir exames e avaliações que vão mostrar qual o tipo de alimentação mais adequada para cada indivíduo, ao contrário do que era feito antigamente que as dietas eram generalizadas. “Nem sempre porque um alimento é bom, ele é bom pra mim e é bom pra você. Ele pode ser bom pra você e ruim pra mim. É como um medicamento às vezes eu posso usar um medicamento e resolver meu problema, outras tenho que ajustar a dose ou trocar o medicamento”, analisa a nutricionista. E o ideal é não apenas fazer uma dieta, mas sim um trabalho de reeducação alimentar que vai introduzir e incorporar ao seu dia a dia novos hábitos e alimentos de forma que comer continue a ser prazeroso e não um sacrifício. Outro ponto que sempre deve ser observado é que existe em qualquer dieta a fase de perda de peso e de manutenção desse peso. “As pessoas não dão tempo para o corpo se adaptar a essa nova realidade e voltam a comer normalmente ou até mais do que antes, o que acaba gerando o chamado efeito sanfona. E viver no efeito sanfona desestimula quem precisa emagrecer”, diz Yuska.

indicados para as pessoas que são portadoras da doença celíaca (que causa intolerância a essa proteína) Então, antes de simplesmente incluir esses alimentos em seus hábitos alimentares, primeiro é preciso pensar no objetivo da compra do produto. É importante que fique claro que nem todos os alimentos diet ou zero apresentam diminuição significativa na quantidade de calorias. Por isso, sempre leia os rótulos com muita atenção. Compare os produtos light e diet com os alimentos convencionais e verifique se eles atendem às suas necessidades.

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Cultura Empresarial

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Dica de Leitura: Salomão, o homem mais rico que já existiu Autora: Steven K.Scott Comentário: Nessa edição, a sugestão de leitura para alguns será um tanto desafiadora. As ideias deste livro vem da Bíblia e as conclusões acerca dessa leitura só comprovarão quão rico são os ensinamentos de Salomão, no livro de Provérbios da Sagrada Escritura. Scott apresenta de forma prática, através de conselhos, ensinamentos e técnicas, como a sabedoria de Salomão pode contribuir para uma vida com menos conflitos, mais objetivos e diligências, melhores relacionamentos e consequentemente mais sucesso. Assim, no decorrer de toda a obra vale “se permitir” ouvir conselhos e atentar-se aos exemplos, afinal, a história de Salomão é a história de um homem rico e vitorioso, por ter sido sábio e obstinado. Ele é mais uma prova de que sabedoria e conhecimento geram grandes resultados. /sebrae

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@sebrae

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Dica de filme: A dama de ferro Comentário: Filme sobre a trajetória política de Margaret Thatcher (Meryl Streep), primeira mulher que ocupou o cargo de primeiro-ministro britânico por 11 anos, num contexto temporal ainda completamente machista. A trama pretende biografar a ex-primeira ministra do seu próprio ponto de vista, por isso se passa no presente, com Thatcher relembrando o passado difícil da infância e da adolescência, incluindo seus erros, acertos, sonhos, aspirações e realizações. A perfeita atuação da Meryl Streep e a direção de Phyllida Lloyd nesse filme contribuiu para que fosse mostrado o lado humano de Thatcher, ressaltando a fase da velhice quando sua deficiência mental nos faz pensar sobre a intensidade com a qual essa figura pública que mexeu com o mundo, viveu e fez história, deixando muitas lições acerca do “fazer a vida acontecer”.

Vale a pena curtir: Mercadologia 100 Comentário: Uma fanpage criada desde 2008, que está sempre postando dicas e notícias sobre comportamento digital e educação corporativa com objetivo de contribuir para o bom gerenciamento dos negócios. Os links postados também são interessantes para aqueles momentos de pausa para reflexão sobre o mercado no geral e o ambiente corporativo como um todo.

Dica de site: www.cidademarketing.com.br Comentário: Um veículo de comunicação completamente interativo e riquíssimo em assuntos na área de marketing, incluindo artigos sobre empreendedorismo, recomendações de livros, vídeos, matérias de diversos blogs, vários espaços para interatividade e proveitosas entrevistas com grandes empresários e donos de agências de publicidade.


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