Publicação do Sistema Fecomércio Sesc / Senac Piauí
Ano 02 - Nº 8, Julho / Agosto de 2014
Sucessão familiar nas empresas
A vida longa dos negócios depende de planejamento Senac: conquistando voos mais altos
Instituição investe em estrutura física e pessoal
Entrevista Jesus Elias Tajra, José Sobrinho e Jesus Filho Diretores do Grupo Jelta
ar-condicionados e climatizadores nas Lojas Ventania!
Imagens Ilustrativas
Fuja do B-R-O-BRÓ!
Venha comprar ventiladores,
A escolha certa a qualquer tempo! Rua Clodoaldo Freitas, 1505, Centro (86) 3222 9213
Av. Campos Sales, 1852, Centro (86) 30845374
Rua Des. Freitas, 1056, (Praça do Liceu) Centro (86) 30841993 Julho/Agosto 2014
Revista Fecomércio
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Palavra do Presidente
Cartas
o do Siste Publicaçã
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Sesc / Sena
c Piauí
Ano 02
de 2014 / Junho - Nº 7, Maio
Empreendedorismo Social do Comércio
facebook/revistafecomercio revistafecomerciopi@gmail.com
FEDERAÇÃO DO COMÉRCIO DE BENS, SERVIÇOS E TURISMO DO ESTADO DO PIAUÍ Braço Sindical do SiStema Fecomercio/SeSc/Senac
PRESIDENTE Francisco Valdeci de Sousa Cavalcante 1º VICE PRESIDENTE Jairo Oliveira Cavalcante 2º VICE PRESIDENTE Maria do Socorro Moraes Correia 3º VICE PRESIDENTE Grigório Cardoso dos Santos 4º VICE PRESIDENTE Denis Oliveira Cavalcante VICE PRESIDENTE José Antônio de Araújo, João dos Santos Andrade, José Alves do Nascimento, Conegundes Gonçalves de Oliveira, Raimundo Rebouças Marques, Eliel da Rocha Santos,Teodoro Ferreira Sobral, Geraldo Ponte Cavalcante Neto 1º SECRETÁRIO - Raimundo Nonato Augusto da Paz 2º SECRETÁRIO - Maria Adelaide Cavalcante Castro 3º SECRETÁRIO - Getúlio Alves dos Santos 1º TESOUREIRO - Antonio Leite de Carvalho 2º TESOUREIRO - Margareth Silva Lopes DIRETOR PARA ASSUNTOS TRIBUTÁRIOS Delano Rodrigues Rocha DIRETOR PARA ASSUNTOS DE DESENVOLVIMENTO COMERCIAL Gerardo Ponte Cavalcante Júnior
Caro leitor, sua opinião é muito importante para o crescimento da nossa revista. Envie-nos suas sugestões, críticas e comentários sobre os diversos assuntos abordados nesta publicação. “Porque nós crescemos mais quando crescemos juntos.”
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Quero parabenizar a Revista Fecomércio pelo conteúdo bem elaborado. Gostei muito da 6ª edição por ter informado com clareza sobre o uso das novas ferramentas disponíveis nas redes sociais e na internet em geral. Fico sempre muito satisfeito de ver a Tecnologia da Informação se destacando a favor do gerenciamento de negócios. É uma publicação local recomendável e que só tende a somar à cultura empresarial do nosso Estado. Antônio Francisco de Mesquita Filho, analista de sistemas da VTI (Empresa especializada em serviços de tecnologia) A Revista Fecomércio trata de uma forma suave, com linguagem clara e direta sobre os desafios do mundo dos negócios, focando principalmente o cenário piauiense. Repleta de exemplos práticos e reais, aborda de maneira objetiva elementos enriquecedores, principalmente para jovens empreendedoras como nós que fazemos o Mandingas de Moça. Parabéns a todos que fazem a Fecomércio! Isabela Rufino, sócia-administradora e diretora de produção do Ateliê Mandingas de Moça
Modelos: José Gomes/José Ulisses Local: Fênix Móveis Fotógrafo: Carlos Pacheco Produção: Nahiane Gomes Direção: Karla Nery
DIRETOR PARA ASSUNTOS SINDICAIS Francisco Carneiro Mapurunga DIRETOR DE COMÉRCIO ELETRÔNICO Moisés Rebouças Marques CONSELHO FISCAL ELETIVO Janes Cavalcante Castro, Erivelton Moura e Antônio Hermanny Normando Almeida SUPLENTES Gescimar Miranda de Sousa, Benedito Cardoso Rabelo e Francisco Severiano Frota
NOSSO ENDEREÇO Av. Campos Sales, 1111 - Centro/Norte Ed. Agostinho Pinto - 4º andar CEP: 64000-360 - Teresina - PI Fone: (86) 3222-5634 Fax: (86) 3223-8253 E-mail: atendimento@fecomercio-pi.org.br
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Revista Fecomércio
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DIRETOR PARA ASSUNTOS DE COMÉRCIO EXTERIOR Pedro Oliveira Barbosa
DELEGADOS REPRESENTANTES JUNTO A CNC EFETIVOS Francisco Valdeci de Sousa Cavalcante SUPLENTE Jairo Oliveira Cavalcante, Grigório Cardoso dos Santos DIRETOR REGIONAL DO SESC Francisco Campelo Filho DIRETORA REGIONAL DO SENAC Elaine Dias
ismo gens e Tur Alda Cad a da Aldatur Via Proprietári
A Revista Fecomércio tem uma leitura estimulante, linguagem fácil e assuntos diversificados, inteligentes e atualizados. A entrevista sobre o nosso trabalho no turismo a frente da Aldatur teve um grande impacto e repercussão entre amigos e empresários não só de Teresina, mas de outros estados. Mais uma vez agradeço pelo carinho e atenção. Alda Caddah, diretora presidente da Aldatur Viagens e Turismo
DIRETOR PARA ASSUNTOS DE CONSUMO Leonel Leão Luz
SUPLENTE DA DIRETORIA Raimundo Florindo de Castro, Maria do S. de M. Correia, Raimundo de Sá Urtiga, Carlos Augusto da Paz, José Carvalho Neto, João Batista dos Santos, Odival Neres Machado, Roberto M. Campos Drumont, Maria dos Aflitos S. R. Cardoso, Pablo H. Couto Normando, Jorge Batista da Silva Filho, Paulo H. C. Normando e Francisco Lima Costa.
ta Entrevisdah
cam e Saiba o realidad seu negócio
Editora - chefe Karla Nery - DRT 1339 PI Produção e Redação Karla Nery, Nonato Paz, Samanta Petersen, Nahiane Gomes, Denilson Avelino, Gisele Alves e Marciene Cruz Assessor Fecomércio-PI André Ribeiro Colaboradores Ana Cláudia Coelho e Dalton Glédson (SESC), Mariane Aquino e Eduardo Portela (SENAC), Antônia Pessoa, Carlos Augusto Lima, Graça Batista e Misael Martins (SEBRAE), Kálita Torres e Cristina Alves (Fecomércio) e Tim Mendes (SICONFLOR) Revisão Glécia Lima Fotos Carlos Pacheco
Editorial Opala Comunicação e Eventos Ltda End: Rua Gabriel Ferreira, 1010, Centro/Norte CEP: 64.000-250 - Teresina-PI Marketing Karla Nery e Luiz Gonzaga Diagramação e direção de arte Zabumba Propaganda Impressão Halley S.A. Gráfica e Editora Tiragem 2000 exemplares Contatos (86) 33039831 / 9458 4554 / 9804 8998 Email: revistafecomerciopi@gmail.com
Valdeci Cavalcante Presidente do Sistema Fecomércio Senac/Sesc-PI valdeci_cavalcante@hotmail.com
O empresário, no momento em que destina parte dos seus lucros para servir aos que mais precisam, não está fazendo nenhum favor, mas compreendendo a necessidade humana.”
A
publicação de Empreendedorismo Social do Comércio no Piauí é a concretização de um compromisso assumido com a sociedade piauiense, os segmentos do sistema “S”, os financiadores e apoiadores dos projetos socioeducativos que desenvolvemos e os beneficiários de uma vasta rede de serviços, educação, esporte, cultura, saúde, lazer e entretenimento que atendem a uma grande demanda de usuários nas unidades do Sesc e do Senac.
Optei por uma espécie de prestação de contas do que realizamos desde o momento em que ingressei, até hoje, na condição de Presidente do Sistema “S”. Ao mesmo tempo, procurei definir o histórico de cada unidade, seus idealizadores, fundadores e os caminhos percorridos para construir o sucesso de cada ideia. O objetivo principal da obra é levar ao conhecimento de todo o Piauí o resultado do enorme esforço desenvolvido pelos dirigentes, funcionários e beneficiários do sistema, para dotar o Sesc e o Senac de uma estrutura funcional, eficaz e produtiva, prática e moderna, como devem ser os grandes empreendimentos. O detalhamento dos projetos, com os cenários de localização territorial, logística, funcionalidade, dimensões, serventia, público alvo, recursos investidos, valores, origem dos investimentos, conforto e bem estar é enriquecido com a exposição de motivos que justifica, por exemplo, a instalação de projeto de apoio integral e abrangente em municípios como Acauã e Guaribas e os resultados decorrentes dessa decisão. Todas as informações necessárias ao conhecimento do vasto painel de atendimento a um projeto executado ou em andamento são expostas para que o leitor melhor possa compreender o significado de um sonho na cabeça de um empreendedor. Outro ponto a salientar neste inventário é a dedicação de empresários, políticos, educadores e homens de negócios que atu-
am com sabedoria no campo da assistência às comunidades carentes do nosso Estado. São inúmeros, incontáveis, os empresários que passam a compartilhar com a dor e o sofrimento do seu próximo, doando tempo, dinheiro e disposição para aliviar as angústias dos que mais precisam. Se a ação do Sesc, do Senac e de outras instituições parceiras servir para ampliar o contingente de pessoas que estão ajudando os que precisam, basta isto para compreender a afirmação de que “a vida vale a pena, se a alma não é pequena”. Afinal, a Lei de Deus está insculpida na consciência humana. E eu creio, com toda a força da minha consciência que o empreendedorismo social nos conduz a Deus. Nada mais gratificante ao empresário que consolidou suas empresas depois de muito trabalho e dedicação, do que sentir a esperança e a felicidade estampadas nos olhos de crianças, idosos, portadores de necessidades especiais, e outros segmentos que precisam de apoio para sobreviver, vencer e acreditar. O empresário, no momento em que destina parte dos seus lucros para servir aos que mais precisam, não está fazendo nenhum favor, mas compreendendo a necessidade humana, o sacrifício de abnegados voluntários que sacrificam lazer e outras opções do seu cotidiano, para se dedicar a dar conforto e assistência aos desvalidos. A história da humanidade está repleta de exemplos e lições de generosidade e dedicação aos pobres e necessitados. Poderíamos citar Albert Showiss, o sanitarista de esplêndida força moral, maior intérprete de Wagner, pois também era músico, que abandonou o mundo em que vivia, cercado de conforto e riqueza, para viver na África Equatorial, no Congo Belga, para cuidar dos enfermos, amputados e tuberculosos, para demonstrar a força da dedicação humana em favor de uma sociedade mais justa. Julho/Agosto 2014
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Carlos Pacheco
Ano 02 - Nº 8 Julho / Agosto de 2014
Karla Nery
ÍNDICE
Capa
Sindicatos
28 58 anos de lutas do Sindicato do Turismo e Hospitalidade de Campo Maior
Sucessão familiar nas empresas
Especial
Sesc
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Sucesso de público no Sesc Festival do Riso
Senac
Senac
Sebrae
Bem-estar
Outras Seções
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Carlos Pacheco
O potencial do Turismo de Pesca
Misael Martins
Liquida Teresina terá início no dia 28 deste mês
Ilustração
Uso dos cheques é mais intensivo nas classes A e B
Arquivo Senac
Jesus Elias Tajra, José Sobrinho e Jesus Filho Diretores do Grupo Jelta
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Ana Cláudia Coelho e Luís Mota
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Sesc W. Salmito e Antônio Mourão
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Misael Martins
14
Carlos Pacheco
Carlos Pacheco
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Eventos
Arquivo Pessoal
Pesquisas Fecomércio
Entrevista
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Sesc Praia é recomendado pelo Guia Quatro Rodas
Palavra do Presidente
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Gestão Empresarial
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Constelações Organizacionais
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Comunicação & Desenvolvimento Jefferson Xavier – JEX
Valdeci Cavalcante
26
1º
Agenda
Júlia Macedo
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Coaching
Cacilda Silva
Emmilia Begitiz Araujo
38 Senac: Conquistando voos mais altos 6
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Senac lança sede em Barras
Educação Empreendedora
Uso de proteção solar deve ser um hábito
Direito & Empresas Francisco Soares Campelo Filho
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Cultura Empresarial
Nahiane Gomes
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Revista Fecomércio
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Jesus Elias Tajra, José Sobrinho e Jesus Filho - Diretores do Grupo Jelta Carlos Pacheco
Entrevista
A
família dos Tajra veio da Síria e do Líbano trazendo consigo a tradição de bons comerciantes. O empresário Jesus Elias Tajra é formado em Direito e passou pela Política antes de adentrar o mundo dos negócios. Hoje, ele e seus quatro filhos cuidam das nove empresas do Grupo Jelta (sigla formada com as iniciais do seu nome), entre elas as concessionárias Fiat, Peugeot, Citroen, Chery, Suzuki, Kia, Mitsubishi, Chrysler e Iveco Caminhões, além da TV, do Portal, da Revista Cidade Verde e uma corretora de seguros, a Jelta Corretora. Nessa entrevista concedida à Revista Fecomércio, Jesus Elias Tajra e os filhos, também empresários, Jesus Filho e José Sobrinho compartilham conosco experiências ricas no ramo empresarial que podem ajudar você a crescer e elevar seus empreendimentos.
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Revista Fecomércio
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Por Karla Nery
Negócios de pai para filhos
O senhor tem descendência de sírios e libaneses. Como vieram parar no Piauí? Jesus Elias Tajra: Minha mãe veio do Líbano para Fortaleza e meu pai veio da Síria direto para Teresina. Ele chegou aqui em 1906. Teresina era uma vila praticamente. Primeiro, meu pai trabalhou com um tio, depois se instalou como comerciante e costumava fazer viagem para o Sul, para fazer compras. Numa dessas viagens, que antigamente era de navio e ia pelo litoral parando em Fortaleza, São Luís e Teresina, ele conheceu a minha mãe em Fortaleza, porque foi lá onde se instalou a colônia libanesa. A paixão foi fulminante, tanto que ele foi logo pedindo para casar. Eles se casaram em 14 de junho de 1913. Geraram 13 filhos, sendo 10 mulheres e 3 homens. Eu sou o penúltimo e o José é o último. Meu pai era atacadista de tecidos. Depois, abriu uma seção de varejo, vendia perfumaria, tecido, bijuteria, ia mesclando as coisas. O senhor começou a trabalhar com ele? Jesus Elias Tajra: Trabalhei muito com ele desde garoto e tudo, mas eu era estudante de Direito na Universidade Federal do Piauí. No primeiro ano, surgiu um concurso de Fiscal de Tributos Federais e um primo meu me chamou para ir fazer com ele esse concurso. No início, eu não quis, relutei, mas como ele insistiu, eu fui. Quando eu vi o programa, eu me senti forte e falei “Aqui, dá pra eu passar! Não sei se vou classificar, mas que dá pra passar dá!” Acabei passando e logo fui nomeado para o Ministério da Fazenda do Amazonas, mas antes que eu fosse tomar posse, um colega de lá que foi nomeado para o Piauí me procurou na loja do meu pai e perguntou se eu não queria fazer uma permuta. Eu não titubeei, mandei-o bater o requerimento na mesma hora! Assim, houve um novo decreto de nomeação e eu comecei minha vida por aqui. Ainda de vez em quando dando uma assistência a meu pai, mas pouco depois eu fui promovido para o Ceará e para São Paulo, e ficou mais difícil. Na verdade, eu só entrei para a atividade empresarial mesmo me associando com meu irmão José muitos anos depois.
Como foi esse início? Vocês começaram vendendo o quê? Jesus Elias Tajra: Eram móveis para escritório, equipamentos, máquinas de escrever. Com o tempo, fomos ampliando e vendendo outras coisas. Por que vocês não estão mais nesse segmento de móveis? Jesus Elias Tajra: Bom, na época, eu e o José éramos sócios. Depois abrimos novos caminhos, entramos nesse ramo de venda de veículos, motos, tratores até que chegou um momento, que é natural, os filhos vão chegando para trabalhar e cada um tomou seu rumo. Nessa separação, eu fiquei com a Fiat, vendendo automóveis e ele ficou com a Jotal, vendendo caminhões, motos e tratores e também a loja principal Jet. Foi o tempo que o Jesus Filho chegou de São Paulo formado em Direito. A presença dele foi muito importante porque eu ia começar do zero. A verdade é que quando a gente separa e sai é um recomeço. Diferente de quem ficou, pois está todo instalado. Então, nós abrimos uma loja de eletrodomésticos, móveis residenciais e equipamentos chamada Jelta. Eu levei toda experiência que eu tinha para esse novo negócio. Vocês começaram com essas duas empresas. Quantas vocês têm hoje? Jesus Filho: São nove marcas de carro: Fiat, Citröen, Chery, Mitsubishi, Peugeot, Kia, Chrysler, Suzuki e Iveco Caminhões. E tem também a TV, o Portal, a Revista Cidade Verde e uma corretora de seguros, Jelta Corretora. São quantas concessionárias no Estado? Por que eu sei que tem em Parnaíba, Caxias...? Jesus Filho: São 16 pontos ao todo, contanto Piauí e Maranhão. Vocês têm noção de quantos empregados tem hoje? Jesus Filho: Deve estar próximo de mil pessoas, contando no grupo todo. Como foi esse começo com a Jelta? Jesus Elias Tajra: Quando o Jesus Filho vol-
tou, eu fiquei dirigindo a Fiat e ele a parte de eletrodomésticos. Dividimos as tarefas, embora ele estivesse mais presente em tudo pela experiência e vivência que ele tinha, eu usei todo o meu acervo de conhecimentos do Direito e de Contabilidade, porque fui professor de Contabilidade aqui na Academia do Comércio, que era um Curso Técnico de Contabilidade do professor Moacir. E também ensinei Direito Tributário na Faculdade de Direito. Dois anos depois, o Zé veio de São Paulo, também formado em Direito. Como eu sempre tive vontade de ser político, em 1986, eu me candidatei a deputado federal e depois de eleito deixei os dois tomando de conta das empresas e fui bancar o doido lá em Brasília. (Risos) O seu mandato foi na época da Constituinte em 1988. Como é que o senhor analisa sua experiência na Política? Jesus Elias Tajra: Bom, eu ainda era fiscal lá em São Paulo, quando o desejo de entrar na Política me fez voltar para Teresina. Aqui, eu fazia minha atividade política, escrevendo em jornal, dando presença aqui e acolá, me envolvendo com políticos e quando me candidatei, fui eleito. Fui deputado federal, deputado estadual e prefeito de Teresina. Com o tempo, a coisa começou a azedar e eu pulei fora. Mas, no geral, foi uma experiência boa. Todo cidadão tem o dever de acompanhar a Política porque toda decisão que envolve a sociedade em qualquer ramo, em qualquer atividade, depende de uma decisão política. E depois que o senhor passou pela Política? Jesus Elias Tajra: Hoje, eu estou aposentado, mas continuo político porque eu acompanho tudo. Pena que o Jesus Filho não quis ser. Ele foi muito convidado para ser prefeito, até convite para ser candidato a governador ele recebeu. Mas, o único convite que ele aceitou foi ser presidente do Sebrae-PI. Jesus Filho: Na verdade, eu fui presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas do Piauí (CDL), fui presidente da Federação das Câmaras Dirigentes por um período e encerrei a minha carreira nesta área como presidente do Sebrae-PI durante quatro anos. Julho/Agosto 2014
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Entrevista
A maior dificuldade hoje é a burocracia. Nós temos uma burocracia de peso aliada a uma alta tributação. São muitos olhos em cima da atividade empresarial. Toda hora, surge uma nova legislação sobre a qual temos que nos manter atualizados e adequados. Jesus Elias Tajra Por que você entrou nessa luta por melhorias das classes empresariais? Jesus Filho: Aquela coisa, a gente era convidado para participar e, depois, acaba gostando. Eu gostei muito de ter feito tudo isso. Foi uma experiência de vida. Eu tive oportunidade de conhecer muitas coisas na atividade associativa, de conhecer pessoas Brasil afora, de participar, inclusive, da Confederação Nacional e de poder participar, principalmente nesses períodos mais críticos do Brasil, de muitas reuniões, de muitas discussões, pois se reunia muito poder público pra tratar das dificuldades econômicas do país. Jesus Elias Tajra: Voltando um pouco sua pergunta, eu só me sacramentei como empresário em 1976 quando pedi licença no meu trabalho por dois anos para me testar na área empresarial e só voltei para pedir exoneração. Como foi que o senhor voltou depois de ser deputado federal? Jesus Elias Tajra: Eu lutei na área empresarial. Passei muito tempo com a loja. Nesse ínterim, eu instalei a TV Cidade Verde, na época TV Pioneira, que no começo era afiliada Band e hoje é SBT. No ano que inauguramos, em 1986, eu fui eleito deputado federal e o Jesus Filho assumiu a administração. Jesus Filho: Deixa eu tentar resumir e organizar cronologicamente para você entender melhor. Em 1973, meu pai já militava na atividade empresarial com o irmão dele José. Em 1983, eles separaram os negócios bem quando eu voltei formado e no ano seguinte já comecei a trabalhar com ele. Eu cheguei na transição em que os dois irmãos estavam rompendo a sociedade, coisa que hoje aqui é muito comum, não é? Logo em seguida chegou o Zé e a gente abraçou o trabalho porque nós queríamos mesmo a atividade empresarial. Nesse processo, nós iniciamos uma nova atividade que era a Jelta, com um pontinho de esquina, ali na Álvaro Mendes. Eu estava fazendo as contas, nós demoramos mais de 20 anos nesse setor, até que ele não foi mais interessante para nós. Decidimos fechar a Jelta após longo processo de avaliação. E já 10
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fazem 10 anos que nós deixamos o segmento de eletrodomésticos! Tudo isso ocorreu ao mesmo tempo em que o setor de automóveis estava se desenvolvendo. De quando saímos do eletrodoméstico pra cá, já surgiram praticamente quase todas essas marcas. E também coincidindo com a separação foi que surgiu a TV Pioneira. Só em 1998 foi que passou a se chamar TV Cidade Verde e transmitir a programação do SBT. Como foi que surgiu o interesse de ter uma TV? Jesus Filho: Na verdade, meu pai foi convidado por Dom Avelar para dirigir a Rádio Pioneira, a primeira emissora católica do nosso Estado. Ele sempre foi muito envolvido nessas questões políticas, lidava com sindicato dos jornalistas e diversas associações. Como você vê, ele sempre teve a veia política muito forte e com isso criou esse gosto pela Comunicação. Jesus Elias Tajra: Lembro que foi dada entrada em 1967, mas o processo ficou rolando por muitos anos. Depois, foi aberta uma licitação para um novo canal de TV em Teresina e na disputa de vários grupos, ganhou o grupo que eu fazia parte. Isso foi em 1982, mas ainda demorou quatro anos ou mais até inaugurarmos a TV Pioneira, a segunda emissora de TV do Piauí, depois da TV Clube. Vocês, filhos, foram entrando justamente nesse contexto de transição. O que vocês aprenderam com tudo isso? Jesus Filho: Foi um processo interessante. A gente estava chegando para continuar, mas também com aquele espírito de começar de novo, de fazer diferente. Como o papai disse aqui, você parte para um recomeço. Portanto, foi todo um processo de aprendizado de quem está começando, aliada a toda a experiência que ele tinha de negócios empresariais relacionados, principalmente a Fiat. Eu, por exemplo, comecei minha trajetória na loja de eletrodomésticos e móveis. Pouco tempo depois chegou o Zé já direto para a Fiat. José Sobrinho: Bom, eu cheguei recém-
-formado com 21 anos, no final de dezembro de 1986 e o papai disse que eu ia começar a trabalhar no dia 2 de janeiro. Não tive nem férias. Jesus Filho: Eu também comecei no dia 2 de janeiro. (Risos) José Sobrinho: Eu cheguei no negócio com a intenção de começar devagarinho, passando em cada setor, em cada departamento. Ocorre que quando eu cheguei no dia 31 de dezembro, o gerente pediu demissão alegando que não ia receber ordem de menino. O papai ainda passou um mês comigo nessa história porque ele só assumiu o mandato em fevereiro. Aí, eu tive que assumir com a cara e a coragem, sem entender de nada, mas com alguma noção que o curso de Direito oferece. Jesus Filho: Pra você vê a coincidência de cada momento, de cada um. Com a nossa família era assim, chegou, pega o negócio, segura a onda! José Sobrinho: O papai, focado na Política, me deu carta branca para eu trabalhar. Lógico que quando eu tinha minhas inseguranças perguntava pra ele, mas no geral eu fui fazendo. Lembro que reduzi o quadro de funcionários de 60 para 40 porque tinha muita gente e naquela época só vendíamos 15 carros por mês. Pra você ter uma ideia do que significa isso, hoje a gente vende 1000 Fiats por mês. Foi um crescimento muito grande. Assim, a gente foi se envolvendo em cada setor, em cada departamento e foi dando certo! Jesus Elias Tajra: Tropeçaram aqui e ali, mas levantaram e seguiram adiante! José Sobrinho: Foi assim que fomos descobrindo esse lado empresarial e seguindo cada vez mais apaixonados. Como a gente sempre diz, não é Jesus? Parece que a gente está começando agora, com a mesma vontade, com a mesma garra. Jesus Filho: Eu acho que o negócio não pode entrar na sua vida por uma herança ou uma sucessão porque se for assim você não se segura. Ou a pessoa gosta muito ou o herdeiro não quer porque pra manter tem que ter muita paixão. É por isso que muitas empresas familiares
não têm sucesso quando o patriarca vem a falecer ou adoece? Os filhos não conseguem dá continuidade porque não tem esse amor, essa paixão? Jesus Filho: Justamente! É preciso vocação! Jesus Elias Tajra: Houve essa identificação plena dos meus filhos! Jesus Filho: Agora, outra coisa que é interessante observar é que embora estejamos só nós dois aqui dando essa entrevista, as nossas irmãs também sempre participaram muito, até por causa da formação delas. Uma é administradora e a outra é economista. Elas ficam na parte da administração financeira do grupo. A Gillian e a Lillian trabalham juntas diariamente. Onde é que elas ficam? Jesus Filho: Elas ficam na Jelta da Av. João XXIII. José Sobrinho: É lógico que no decorrer desse tempo a gente teve muita ousadia, muita coragem, aqui e acolá a gente errava, mas como o papai disse, levantava e seguia adiante! O que vocês observavam no lado empresarial do Seu Jesus que depois trouxeram para os negócios da família? José Sobrinho: A credibilidade dele, a honestidade, o respeito que as pessoas tinham no nome e na figura dele. Respeito e seriedade também, mas a palavra certa é credibilidade mesmo! Jesus Filho: Esse é um ponto interessante, pois em qualquer negócio que tem longevidade, você tem que ter credibilidade, tem que merecer a confiança, tem que ter uma atitude ética com seus fornecedores, com seus funcionários e, principalmente, com seus clientes, que formam o tripé que define qualquer negócio. Eu destaco também a perseverança porque a atividade empresarial têm períodos muito bons, mas têm também períodos que baixam as vendas, tem dia que dá certo, tem dia que não dá, e mesmo assim a gente vai seguindo. Jesus Elias Tajra: A sua credibilidade depende de uma palavra: seriedade. Você só tem credibilidade, se você for sério, correto em tudo que você faz. Então, essa é a linha, seriedade em todos os seus empreendimentos. Daí, gera credibilidade e respeito. Jesus Filho: Esse é o tom que é dado nos nossos empreendimentos. No mais, é educação, dedicação, é ficar atento aos negócios, desenvolvimento, treinamento, todos aqueles
outros fundamentos e conceitos de Administração que existem, que a gente vai implantando. Quais são as dificuldades que o empresário piauiense enfrenta hoje? Jesus Elias Tajra: A maior dificuldade hoje é a burocracia. Nós temos uma burocracia de peso aliada a uma alta tributação. São muitos olhos em cima da atividade empresarial. Toda hora, surge uma nova legislação sobre a qual temos que nos manter atualizados e adequados. Jesus Filho: Essa aí é a parte jurídica que ele cuida até hoje, entende?! Mas, a atividade empresarial é assim mesmo! Pra mim, a maior dificuldade é a gente se conservar bem no mercado. Ficar todo tempo pensando que a gente nunca deve se acomodar, que é preciso acompanhar as mudanças, evoluir, nunca achar que está tudo bem. José Sobrinho: Por exemplo, nós estamos numa liderança com a Fiat há 18 anos. Pra gente conservar essa liderança tem que ter muita dedicação, pensar muito, trabalhar muito, não pode dormir no ponto. Então, o desafio é a gente não deixar a peteca cair, motivar a equipe, pagar as contas! Jesus Filho: Em resumo, você tem que gostar do que você faz e estar sempre acompanhando as mudanças! Quanta coisa já mudou em Teresina nesses últimos anos! Quando eu comecei a trabalhar, Teresina só tinha o Centro. Não tinha nada na Zona Leste, não tinha shopping. A maneira como se negociava era diferente. Se você fosse perguntar naquela época qual era a maior dificuldade no negócio, em vez de falar isso, todos íamos dizer que era a inflação! Eu vivi um mês em que a inflação chegou a 80%. Começou uma mercadoria custando R$10 e terminava por R$18. Então, vivíamos isso, períodos de muitos planos econômicos. Minhas filhas, por exemplo, só conheceram o Real. Atualmente, a atividade empresarial está mais serena, digamos assim, porque o empresário olha para a competição, inovação, crescimento e para as dificuldades de todo esse processo com mais naturalidade, mas a minha geração vivenciou uma época muito dura! Hoje, se fala em juro alto, mas juro alto era naquela época. O crescimento econômico do Brasil é muito favorecido por essa melhora na economia. Agora, o empresário brasileiro, além dessa dificuldade, enfrenta o consumo de energia que existe das empresas para a atividade
O papai, focado na Política, me deu carta branca para eu trabalhar. Lógico que quando eu tinha minhas inseguranças perguntava pra ele, mas no geral eu fui fazendo. Lembro que reduzi o quadro de funcionários de 60 para 40 porque tinha muita gente e naquela época só vendíamos 15 carros por mês. Pra você ter uma ideia do que significa isso, hoje a gente vende 1000 Fiats por mês. Foi um crescimento muito grande. Assim, a gente foi se envolvendo em cada setor, em cada departamento e foi dando certo! José Sobrinho
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Interessante essa observação pra gente comparar com as dificuldades que os empresários tinham antigamente com as que eles têm hoje! Jesus Elias Tajra: Vale destacar que ao mesmo tempo que surgiu essa estabilidade, o desdobramento da ação governamental foi se ampliando também! Jesus Filho: O Zé aqui pode lembrar o tempo de congelamento de preço que o carro usado era mais caro que o carro novo. Jesus Elias Tajra: Você nem consegue entender um negócio desse, mas houve! Como foi vender nesse período? José Sobrinho: Não tinha carro novo porque não tinha produção suficiente. A oferta era menor do que a procura. Eu chegava a vender um carro e tinha gente que comprava e vendia aquele mesmo carro mais caro. Jesus Filho: E mesmo que usasse seis meses, conseguia vender mais caro! São coisas de Brasil! Então, essa fase é que eu digo que consumia muita energia de qualquer empresa. A gente tinha que se adaptar à situação. Agora sim, dá tempo da gente investir em inovação, em marketing! Eu tenho propagandas com o Zé Bandeira e a Zulmira no tempo da Jelta que diziam “Ventilador Arno por apenas 4 de 125.380, Som 3 em 1 por apenas um milhão e duzentos e não sei quanto! Eu vou até juntar esses arquivos das propagandas daquela época porque é uma riqueza! Jesus Elias Tajra: Eu lembro que uma geladeira era um bilhão de cruzeiros! Antigamente, a gente não tinha segurança monetária. A partir de 1986, exatamente ano em que fui eleito deputado federal, a coisa piorou. Toda hora tinha um plano. Foi por isso que
o Plano Real foi um plano revolucionário! Quando ele começou, a gente não acreditava. Jesus Filho: É porque está fazendo 20 anos do Plano Real e ele está lembrando! Jesus Elias Tajra: Você comprava um cafezinho por 20 centavos, uma dúzia de ovos por 1 real! Muitas vezes, o Governo teve que tomar providências duras para segurar o Real, por causa dos problemas internacionais que repercutiam no Brasil. Toda a beleza do plano é que ele se sustentou muito tempo, mas de uns quatro anos pra cá o negócio vem desandando. Aí está o perigo porque a moeda da gente é ponto de soberania nacional. Antigamente, você rodava pelo mundo e ninguém trocava dinheiro, hoje em qualquer lugar do mundo está lá o Real! Você pode trocar por dinheiro local, passou a ter respeito! Pra gente ir finalizando, quais conselhos vocês dão para os empresários ou pra quem está querendo empreender? Jesus Filho: Gostar do que faz pra mim é o principal. Jesus Elias Tajra: Não existe uma regra pra isso! Primeira coisa, está na pessoa, ela querer fazer e superar as dificuldades, não desanimar. Depois, é buscar ampliar, inovar, se cercar de gente competente, até porque ninguém faz nada sozinho. Além disso, você precisa ter fé, acreditar! Eu tenho um lema que sempre cito: Fé em Deus e confiança em si mesmo. Porque se eu não tiver fé em Deus e confiança em mim mesmo eu não vou para lugar nenhum. Graças a Deus, meus filhos tem essa mesma marca. Nós somos de uma família muito católica. Eu mesmo tive três irmãs freiras. Minha mãe frequentava diariamente à missa na igreja Nossa Senhora das Dores. Então, essa fé também é importante. José Sobrinho: Eu acho que pra entrar num negócio, qualquer que seja ele, a gente tem que acreditar no sonho e buscar alcançar
que a gente consegue. Isso pra mim é fundamental. E trabalhar muito. Sem isso não dá. Jesus Elias Tajra: Tem que trabalhar. Eu na minha vida não tinha sábado, domingo, feriado. O único dia que eu respeitava era a Sexta-feira da Paixão. Nem Natal! Cansei de levar serviço pra casa. Agora, a vida familiar é fundamental também. Na verdade, tudo isso contribui para o sucesso. Está tranquilo para vocês essa questão da sucessão? O que cada um administra? Jesus Filho: Sim. José Sobrinho: Nós já estamos preparando é a terceira geração. A nossa aqui já está resolvida há muito tempo! Jesus Elias Tajra: Eles já tem filhos trabalhando na empresa, na faixa de idade que eles praticamente começaram. Inclusive, tenho netos na área jurídica, trabalhando comigo porque a retaguarda, o conhecimento da administração, do direito, das obrigações é vital para uma empresa. Tem também com o Jesus Filho na TV e aí vão chegando e se encaixando. E tem as netas médica, arquiteta. José Sobrinho: Mas, também são 19 netos, não dá pra botar todo mundo não! Jesus Filho: O Zé teve seis filhos, eu tive quatro, a Gillian teve cinco e a Lilian quatro. Jesus Elias Tajra: E eu ainda fiz força pra sair o vigésimo, mas não deu jeito! (Risos) Mas, sou feliz com os que tenho. Hoje, já tenho 6 bisnetos. E, se Deus quiser, eu ainda vou ser trizavô! Eu estou com 82 anos! Se alguma bisneta chegar a casar e eu viver mais 15 anos, eu ainda vou ver! Minha mãe faleceu com 97 anos. Mas, eu só quero viver assim se eu estiver consciente, andando com minhas próprias pernas. Não quero ficar prostrado em cima de uma cama porque isso pra mim não é viver! Eu espero em Deus chegar lá, assim, ativo!
A ESCOLHA CERTA PARA SEUS NEGÓCIOS CONTINUAREM CRESCENDO! Publicação do Sistema Fecomércio Sesc / Senac Piauí
Publicação do Sistema Fecomércio Sesc / Senac Piauí
Publicação do Sistema Fecomércio Sesc / Senac Piauí
Publicação do Sistema Fecomércio Sesc / Senac Piauí
A Fecomércio deseja a todos um Feliz Natal e um Ano Novo repleto de realizações, sucesso Mercado e novos empreendimentos! aquecido Ano 01 Nº 3 Setembro / Outubro de 2013
Publicação do Sistema Fecomércio Sesc / Senac Piauí Ano 01 - Nº 4, Novembro / Dezembro de 2013
Publicação do Sistema Fecomércio Sesc / Senac Piauí
Aumenta a procura por serviços imobiliários no Piauí
Revolta Empresarial
Presidente da Fecomércio-PI, Valdeci Cavalcante, articula protesto contra a alta carga tributária do país
A Copa chegou!!! Sustentabilidade nas empresas
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www.fecomercio-pi.org.br Acesse a versão on-line da revista no site:
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- Em grandes oportunidades “O Vale da Decisão”: “O Piauí é rico” Ex-ministro do Planejamento e autor do livro João Paulo dos Reis Velloso
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Saiba o que você pode fazer para contribuir com a preservação do Meio Ambiente e ainda aumentar os lucros e ainda aumentar os lucros com a preservação do Meio Ambiente Saiba o que você pode fazer para contribuir
Sustentabilidade nas empresas
Entrevista
capa_fec_06.indd 1 Sílvio Roberto Costa Leite Proprietário do Grupo Pag Contas e ex-secretário 28/11/13 10:46 de Comunicação e de Turismo do Piauí
de Comunicação e de Turismo do Piauí 28/11/13 10:46 Proprietário do Grupo Pag Contas e ex-secretário Sílvio Roberto Costa Leite capa_fec_06.indd 1
Entrevista
Trânsito
Entrevista
Falta de estacionamento gera problemas no Centro
Mário Lacerda Diretor Superintendente do SEBRAE-PI
As empresas na rede
no Centro Falta de estacionamento gera problemas
Diretor Superintendente do SEBRAE-PI Mário Lacerda
Trânsito
Entrevista
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Entrevista
pode ser a saída para os comerciantes armada e equipamentos Investimento em vigilância
tributária do país protesto contra a alta carga Valdeci Cavalcante, articula Presidente da Fecomércio-PI,
no Comércio Segurança
Revolta Empresarial
E é claro que a Revista Fecomércio estará junto para registrar tudo isso! serviços imobiliários no Piauí Aumenta a procura por
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Veja como as empresas estão se preparando para esse grande evento
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Entrevista
Acesse a versão on-line da revista no site: www.fecomercio-pi.org.br
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Ano 02 - Nº 6, Março / Abril de 2014
Ano 02 - Nº 5, Janeiro / Fevereiro de 2014
Segurança no Comércio
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As empresas na rede
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Pablo Henrique Couto Normando Sócio-diretor da Fênix Móveis e Masotti
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Saiba o caminho para tornar seu negócio realidade
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Entrevista
física e pessoal Instituição investe em estrutura
Diretores do Grupo Jelta José Sobrinho e Jesus Filho Jesus Elias Tajra,
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mais altos Senac: conquistando voos
Jesus Filho
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Revista Fecomércio
Julho/Agosto 2014
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Entrevista
A vida longa dos negócios depende de planejamento
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cresce no Piauí Mercado automotivo
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Ano 02 - Nº 5, Janeiro / Fevereiro de 2014
Publicação do Sistema Fecomércio Sesc / Senac Piauí
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Ano 02 - Nº 7, Maio / Junho de 2014
Publicação do Sistema Fecomércio Sesc / Senac Piauí
Esse é um ponto interessante, pois em qualquer negócio que tem longevidade, você tem que ter credibilidade, tem que merecer a confiança, tem que ter uma atitude ética com seus fornecedores, com seus funcionários e, principalmente, com seus clientes, que formam o tripé que define qualquer negócio. Eu destaco também a perseverança porque a atividade empresarial têm períodos muito bons, mas têm também períodos que baixam as vendas, tem dia que dá certo, tem dia que não dá, e mesmo assim a gente vai seguindo.
Jesus Elias Tajra, José Sobrinho e Jesus Filho Diretores do Grupo Jelta
Instituição investe em estrutura física e pessoal
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Entrevista
setores estimula crescimento de outros Aumento na frota de veículos
Publicação do Sistema Fecomércio Sesc / Senac Piauí Ano 01 - Nº 4, Novembro / Dezembro de 2013
Ano 02 - Nº 8, Julho / Agosto de 2014
Ano 02 - Nº 7, Maio / Junho de 2014
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Revista Fecomércio
13
Pesquisas Fecomércio
Uso dos cheques é mais intensivo nas classes A e B
Baixa inadimplência do consumidor teresinense
Segundo dados do Banco Central, houve ainda um aumento no número de cheques sem fundos
A Fecomércio-PI em parceria com a CNC realizou a pesquisa de endividamento no final de julho Por Nonato Paz e Karla Nery
Por Nonato Paz e Karla Nery
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Revista Fecomércio
Julho/Agosto 2014
Carlos Pacheco
A
113,4 mil cheques foram movimentados no mês de julho
Quantidade de Cheques
Elaboração: Instituto Fecomécrio de pesquisa e desenvolvimento- IFPD Fonte: Banco central do Brasil Carlos Pacheco
quantidade de cheques movimentados na economia do Estado do Piauí, no mês de julho de 2014, atingiu o montante de 113,4 mil que na comparação com o mês anterior representou uma queda de 2,58%, segundo dados do Banco Central do Brasil. As estatísticas mostram ainda que 14,73% destes voltaram aos seus donos, pelos seguintes motivos: código 11- sem fundos; código 12 – 1ª apresentação; código 13 – conta encerrada; código 14 – prática espúria; código 21 – sustado ou revogado. A proporção de cheques que voltaram por não ter fundos, com relação ao total emitidos durante o mês de julho foi de 12,70% tendo em vista que voltaram 14,4 mil. Esse resultado revela ainda um crescimento de 5,11% acima do verificado em junho (13,7 mil). Quanto a movimentação em reais referente aos cheques emitidos houve um recuo de 1,78%, passando de 213,7 milhões de reais em junho para 209,9 milhões em julho. A ironia é que os valores de cheques sem fundos não diminuíram também. Aconteceu o contrário, aumentou 1,99% (30,2 milhões em junho e 30,8 em julho). Os 30,8 milhões de reais sem fundos corresponde a 14,67% do montante de cheques emitidos. Nos últimos seis meses foram trocados 686,5 mil cheques no Estado do Piauí que comparado aos 774,8 mil registrados no acumulado de agosto de 2013 a janeiro de 2014, mostra uma queda de 11,4%. Pelos resultados alcançados, estima-se que os cheques como meio de pagamentos estão sendo substituídos pela moeda de plástico, mas lentamente. Ainda existe um bom número de empresários que recebe este instrumento como moeda de troca, mesmo sabendo que é grande a proporção de cheques devolvidos, finaliza o Presidente da Federação do comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Piauí, Francisco Valdeci de Sousa Cavalcante.
N
o mês de julho de 2014, a Pesquisa do Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), realizada em Teresina pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) em parceria com a Fecomércio-PI, através do Instituto Fecomércio de Pesquisa e Desenvolvimento do Piauí, revela que 58,4% das famílias da capital possuem algum tipo de dívida com cartão de crédito, cheque especial, cheque pré datado, financiamento de casa e automóvel, carnê de lojas e empréstimo pessoal. No entanto, houve uma queda de 2,66 com relação a dívida apurada no mês anterior (60,0%). A proporção das famílias que se declararam muito endividadas atingiu 6,8%, enquanto a fatia que considerou mais ou menos endividados atingiu 25,1%. Para os que avaliaram pouco endividados, a proporção foi de 26,6%. Os consumidores que preferiram comprar à vista alcançou o índice de 41,6%. Os instrumentos de crédito mais utilizados pelas famílias foram os cartões de crédito com 81% e carnês de lojas, citados por 25,3% dos entrevistados, seguidos por financiamentos de carro (2,4%), financiamento de casa (1,5%), crédito pessoal (2,2%), crédito consignado (0,5%). Cheque pré-datado e cheque especial não foram citados na pesquisa de julho. O consumidor termina por aceitar as ofertas das operadoras de cartões de crédito, mais pela facilidade de acesso, embora tenha que enfrentar taxas de juros exorbitantes. As taxas médias de juros no mercado são basicamente a metade oferecida pelos cartões de crédito (de dois dígitos), porém os bancos estão exigindo garantia que o cliente não tem.
Contas em atraso O atraso nas contas a pagar obteve uma variação negativa de 3,6 pontos percentuais, passando de 18,1% em junho para 14,5% em julho do corrente. Dentre as famílias com contas atrasadas, 30,1% disseram que o atraso é de até 30 dias, enquanto que 44,4% afirmaram que varia de 30 a 90 dias e 24,9% acima de 90 dias. Pode-se afirmar que entre as famílias com
Segundo o presidente da Fecomércio, ainda existe um bom número de empresários que recebe cheques em Teresina
PEIC- Julho de 2014
MESES DE COMPARAÇÃO
Jun/14
Jul/14
Jul/13
% mensal
% anual
60
58,4
65,3
-2,66
-10,57
Contas em Atraso
18,1
14,5
20,5
-19,89
-29,27
Inadimplentes
5,5
4
7,4
-27,27
-45,95
Endividados
Fonte: Pesquisa Direta da CNC Elaboração: Instituto Fecomércio de Pesquisa e Desenvolvimento – IFPD-PI
contas ou dívidas atrasadas, o tempo médio de atraso foi de 54 dias. Entretanto, 10,3% dos endividados afirmaram que tem compromisso com dívidas por mais de um ano, 33,4% de 3 a 6 meses, 16% de 6 meses a um ano e 35,1% por um período inferior a 3 meses. Dentre as famílias com contas atrasadas, 17,7% poderão pagar totalmente no próximo mês e 54,2% acreditam que poderão quitá-las parcialmente. Os mais ricos, ou seja, os que faturam mais de 10 salários mínimos disseram que tem condições de ficar livres das dívidas no próximo mês. O presidente da Fecomércio-PI, Valdeci Cavalcante, assegura que o desejo dessa classe pode ser concretizado por dois motivos: a restituição do Imposto de Renda que está saindo mensalmente desde junho e também poder se
livrar das altas taxas de juros de mercado que estão crescendo desde o começo do ano. O percentual das famílias que declarou na pesquisa não ter condições financeiras de honrar nenhum dos seus compromissos atrasados, os chamados inadimplentes, neste mês de julho atingiu 4%, tendo tido uma redução de 1,5 pontos percentuais na comparação com o mês anterior (5,5%). O assessor econômico da Fecomércio, Nonato Paz, garante que este indicador foi o menor desde quando começou a pesquisa em 2010. Agora, com pouca dívida do consumidor, o empresário do comércio entra no segundo semestre mais satisfeito e com esperança de efetuar vendas para clientes fiéis porque conseguiram quitar as antigas dívidas. Julho/Agosto 2014
Revista Fecomércio
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Pesquisas Fecomércio
Comércio
Cai 1,07% o Índice de Confiança dos Empresários
Comerciários paralisam atividades no Centro de Teresina
Pesquisa revela recuo nas condições atuais e crescimento nos investimentos do Comércio Por Nonato Paz e Karla Nery
O
Índice de Confiança dos Empresários do comércio (ICEC), no mês de julho de 2014 apresentou queda de 1,07% na comparação com o mês de junho. O otimismo do ICEC em julho foi de 129,5 pontos, enquanto que no mês passado este indicador indicou um valor de 131,2 pontos. Comparando com o mesmo mês do ano passado a variação foi de -1,60%. Este é o menor ICEC desde o início do ano de 2013. Os dados da tabela abaixo mostram o fraco desempenho da Confiança do Empresário do Comércio de Teresina no mês de julho de 2014. Na opinião do Presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Piauí, Francisco Valdeci de Sousa Cavalcante, o baixo nível de Confiança dos Empresários do Comércio se deve ao fato do comerciante já vir sofrendo com o fraco desempenho das vendas no período da Copa, somado as freqüentes greves dos comerciários. Quase sempre as vendas do mês de julho são fracas no Comércio da Capital porque se perde um bom número de consumidores que viajam de férias com os familiares nesse período. A pesquisa sobre o Índice de Confiança dos Empresários do Comércio atinge 135 empresas do Comércio de Bens e Serviços da capital. Foi realizada pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) em parceria com a Fecomércio-PI através do Instituto Fecomércio de Pesquisa e Desenvolvimento – IFPD-PI. O resultado é revelado em pontos. Acima de 100 encontra-se a situação de otimismo e abaixo deste valor diz respeito a pessimismo. O índice 100 é a fronteira entre a avaliação de satisfação e insatisfação dos empresários. A pesquisa divide-se em três partes: Condições Atuais, Expectativas do empresário e os Investimentos.
Condições Atuais O único componente das Condições Atuais que registrou variação positiva foi o Índice de Condições da Economia, com um crescimento de apenas 0,64% sobre o resultado do mês de junho. Entretanto, o índice foi ava16
Revista Fecomércio
Julho/Agosto 2014
liado apenas em 94,2 pontos, ficando abaixo da linha de indiferença (100 pontos). O setor Comércio não foi bem avaliado pelos empresários, tendo obtido um Índice de Confiança de 108,6 pontos, com uma queda de 1,81% na comparação com junho. Os empresários não avaliaram muito bem as suas empresas uma vez que foi registrada uma queda de 1,75 no índice de otimismo. O otimismo alcançado foi de 124,1 pontos.
Expectativas para os próximos seis meses Os comerciantes relataram que nos próximos seis meses a situação é muito mais animadora tendo em vista os resultados dos indicadores de Expectativas. O otimismo no Índice de Expectativa do Empresário do Comércio (IEEC) atingiu 155,9 pontos, o que representa um recuo de 2,99% na comparação com o mês anterior. Todos os três fatores que compõem este índice obtiveram otimismo acima de 150 pontos. A economia brasileira foi avaliada em 151,3, pontos, o setor Comércio em 155,5 e a empresa em 160,9 pontos.
Investimentos
Categoria pedia reajuste salarial e implantação do vale alimentação e do banco de horas
O Índice de Investimento do Empresário do Comércio (IEEC) foi o único dos componentes do Índice de Confiança dos Empresários que obteve crescimento, nesta pesquisa de julho. Passou de 122,6 para 123,6 pontos de junho para julho, atingindo um aumento de 0,64%. O Índice Expectativas de Contratações de Empregados obteve o Índice de Confiança de 135,2 pontos, com ligeira variação de -0,44 % relativo a junho. Neste cenário, 23% dos entrevistados disseram que desejam aumentar muito o número de empregados, enquanto um pouco mais da metade, 52,1% desejam aumentar pouco o quadro de empregados neste período. Ainda uma boa fatia dos empresários (21,9%) afirmou que pretende reduzir mesmo que pouco o número de empregados. Com relação ao Nível Geral de Investimentos, as empresas do Comércio de grande porte, ou seja, as que garantem mais de 50 vagas de emprego, 40,9% responderam que o nível de Investimento em julho está muito maior do que o registrado no ano anterior, enquanto que 36,4% pretendem fazer pouco investimento, neste mês.
Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) Em pontos
Junho/14
Julho/14
%
ICEC
131,2
129,5
-1,07
* Condição Atual do empresário do Comércio
110,2
109,0
-1,09
- Economia
93,6
94,2
0,64
- Setor
110,6
108,6
-1,81
- Empresa
126,3
124,1
-1,75
* Expectativa do empresário do Comércio
160,7
155,9
-2,99
- Expectativa para economia brasileira
155,6
151,3
-2,76
- Setor
160,2
155,5
-2,93
- Empresa
166,3
160,9
-3,25
* Investimento do empresário do Comércio
122,6
123,6
0,82
- Contratação de Funcionários
135,8
135,2
-0,44
- Nível de Investimento da Empresa
124
121,7
-1,85
- Situação Atual do Estoque
108
114,0
5,56
Fonte: Pesquisa Direta a Empresários do Comércio Elaboração: CNC / Fecomércio/PI
Por Samanta Petersen Fotos: Carlos Pacheco
J
ulho foi marcado pela paralisação e manifestação dos comerciários de Teresina. Entre os dias 03 e 29 a categoria realizou passeatas e a interrupção do trabalho dos comerciários das lojas do Centro, ocasionando o fechamento do comércio. Em algumas ocasiões, as manifestações causaram tumulto no Centro e a Polícia Militar precisou intervir. Os comerciários reivindicavam piso salarial de R$ 1 mil, o valor anterior era de R$ 791,27. Pediram também pela implantação do vale alimentação e do banco de horas. O maior impasse entre os comerciários e a classe patronal era a implantação do vale alimentação. O acordo entre as categorias só foi conquistado após rodada de conciliação intermediada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 22ª Região – Piauí (TRT/PI). A audiência de conciliação foi presidida pelo desembargador Manoel Edilson Cardoso e reuniu os representantes dos Sindicatos dos Comerciários e dos Sindicatos dos Lojistas do Piauí. Com o acordo, o novo piso dos comerciários passa a ser de R$ 820,00. Quem ganha acima do piso terá reajuste de 8%. A principal reivindicação dos trabalhadores – o vale alimentação - será no valor de R$ 6,00 por dia, aos funcionários com jornada acima de seis horas. Também ficou acertado que o valor trabalhado no domingo será de R$ 38,00. Outro ponto que ficou acordado na reunião do TRT se refere à criação de um banco de horas. Pelo acordo, a compensação de horas não pode ultrapassar 18 horas mensais e 24 horas no mês de dezembro, devendo a empresa repassar ao Sindicato dos Comerciários quando o banco de horas for solicitado, para que seja feita fiscalização.
As negociações entre os comerciários e a classe patronal duraram quase um mês Julho/Agosto 2014
Revista Fecomércio
17
Renalegis
Eventos
Farmácia passa a ser estabelecimento de saúde
Liquida Teresina terá início no dia 28 deste mês Lançamento da campanha contou com palestra do ex-ministro Ciro Gomes
Com aprovação do PLS 41/1993, as farmácias deixam de ser simples estabelecimentos comerciais
Por Misael Martins Fotos: Misael Martins
Por Nahiane Gomes e Nonato Paz Fontes: CNC/ CRF/ Portal no ar/ Agência do Senado Carlos Pacheco
P
ara alguns já era tempo disso acontecer, para outros essa aprovação gera algumas implicâncias. O fato é que agora aprovado, o projeto de lei, transforma farmácias e drogarias em estabelecimentos de saúde e torna obrigatória a presença de um farmacêutico, atendendo como responsável técnico pelo estabelecimento durante todo o horário de funcionamento. Antes, era permitida a presença de auxiliares de farmácia para prestar esse tipo de assistência técnica, agora a exigência é mais absoluta em termos profissionais. Essa resolução satisfez a classe farmacêutica e foi comemorada pelos conselhos e sindicatos.
A tramitação Há 20 anos esse referido projeto de autoria da ex-senadora Marluce Pinto (PTB/RR) estava em tramitação no Congresso Nacional. No dia 02/07/2014, em sessão extraordinária, o Plenário da Câmara dos Deputados o aprovou. As negociações foram intensas e lideradas pelo deputado Leonardo Quintão (PMDB/MG), com participação de entidades representativas do varejo farmacêutico. Aprovado na Câmara, o projeto foi protocolado, sua tramitação foi reiniciada na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), depois no Plenário do Senado Federal e agora em julho foi de vez aprovado pelos senadores de todos os partidos.
As implicâncias O texto do projeto, debatido no Plenário da Câmara dos Deputados, chegou a ser considerado prejudicial ao setor empresarial. Em reunião da Fecomércio RN, para discuti-lo, em maio deste ano, o presidente executivo da Abrafarma (Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drograrias), Sérgio Mena Barreto se pronunciou a respeito, alegando que o PL data de uma época em que a realidade de mercado era outra. De acordo com o presidente, o fato do projeto proibir a venda de produtos e expo18
Revista Fecomércio
Julho/Agosto 2014
Farmácias deixam de ser simples estabelecimentos comerciais e deverão cumprir novas exigências
sição de medicamentos isentos de prescrição, pode prejudicar inclusive a população, sobretudo as classes mais pobres e que residem em cidades menores. Além de prejudicar os donos de farmácias, considerando que o segmento de farmácia hoje é muito dependente da venda dos não-medicamentos, sendo que 67,49% das vendas nas redes são de medicamentos e 32,51% são de não-medicamentos, com uma média de lucro baixa, na casa dos 2%. Nesse caso, ele considera que o que o PL retira das farmácias, é exatamente o que equilibra o faturamento das lojas, lhes permitindo sobreviverem.
O Senado decidiu Mas, o Senado aprovou e ficou decidido por meio do texto substitutivo ao PL do deputado Ivan Valente (PSOL-SP), que farmácia se torna uma “unidade de prestação de serviços para assistência à saúde e orientação sanitária individual e coletiva”, deixando de ser um simples estabelecimento comercial. Com isso,
as drogarias serão os estabelecimentos de dispensação e comércio de drogas, medicamentos e insumos farmacêuticos e correlatos em suas embalagens originais e as farmácias de manipulação, além das atribuições das drogarias, terão competência privativa para o atendimento de unidades de saúde. Será permitido que farmácias vendam vacinas e medicamentos que atendam o perfil epidemiológico – as doenças mais comuns, endêmicas ou de epidemias. Mas, além da presença do farmacêutico, elas deverão ter localização adequada sob o aspecto sanitário, dispor de equipamentos necessários à conservação adequada dos imunobiológicos (vacinas, por exemplo) e outros equipamentos exigidos pela vigilância sanitária. E essas mesmas exigências vigoram para as farmácias instaladas em unidades hospitalares. Enfim, eis uma vitória para toda classe farmacêutica do país. Quanto ao lado comercial das farmácias, drogarias e “boticas” ainda restam dúvidas se a aprovação do projeto vai beneficiar a todos.
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Campanha Liquida Teresina foi lançada no dia 06 de agosto, na sede da Câmara dos Dirigentes Lojistas, CDL, no centro da capital. A iniciativa tem como objetivo criar uma data no calendário para aquecer as vendas, no período em que o fluxo do comércio diminui. Na ocasião, o exministro Ciro Gomes proferiu palestra com o tema “Economia Brasileira e a Perspectiva do Varejo no Cenário Mundial”, mostrando o atual contexto econômico do país e do mundo e a importância de eventos como o Liquida Teresina para movimentar o comércio local. Ciro Gomes afirmou que é necessário que as entidades políticas e instituições de fomento aos negócios desenvolvam ações para promover uma expansão no fluxo de compras e vendas nos estabelecimentos comerciais. O ex-ministro também explicou as causas e consequências da crise econômica de 2008 e como isso interfere na economia mundial e local. Gomes falou ainda sobre as relações econômicas entre os Estados Unidos, Europa, China e Brasil, e que a mídia e a política devem cada vez mais informar a sociedade sobre os fatos da economia. O lançamento do Liquida Teresina contou com a participação de cerca de 300 pessoas entre lojistas, autoridades e imprensa. Para o presidente da CDL de Teresina, Evandro Cosme, a campanha será um patrimônio para a capital piauiense. “Além de aquecer o comércio, o Liquida Teresina também será uma oportunidade para os lojistas se capacitarem e ainda gerar emprego e renda”, comenta Evandro. De acordo com o diretor superintendente do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, Sebrae no Piauí, Ulysses Moraes, a iniciativa deve gerar recursos que impactarão positivamente no desenvolvimento econômico. “O Sebrae apoia a iniciativa porque vê o Liquida Teresina como uma estratégia para incremento de faturamento dos pequenos negócios”, destaca Ulysses. Durante este mês, o Sebrae no Piauí realizará capacitações para colaboradores das lojas que aderiram à campanha abordando diversos assuntos, como: Vitrinismo, Como Encantar Clientes, Como Vender Mais e Melhor, e Atendimento ao Cliente.
LIQUIDA TERESINA O Liquida Teresina, que será uma das maiores campanhas do setor varejista, terá abrangência em toda a capital, desde o centro até os shoppings e os comércios de bairro. A campanha acontecerá entre os dias 28 de agosto e 06 de setembro. Será uma liquidação ampla, com descontos reais. Os consumidores participarão ainda de sorteios de grandes prêmios, como televisores de 50 polegadas, caminhões de prêmios e um carro zero quilômetro.
A campanha conta com o apoio de grandes empresas locais como Grupo Claudino, Grupo Carvalho, Pintos; de entidades de classe com CDL, Sindicato dos Lojistas do Comércio do Estado do Piauí, Sindilojas; Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Piauí; e também do Governo do Estado, Prefeitura de Teresina, do Sebrae no Piauí e outras instituições que fomentam o comércio.
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58 anos de lutas do Sindicato do Turismo e Hospitalidade de Campo Maior A realização de eventos e uma sede do Senac estão entre as principais conquistas do sindicato Por Gisele Alves e Karla Nery
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Karla Nery
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undado em 1956, o Sindicato do Turismo e Hospitalidade de Campo Maior possui entre os filiados, empresários do ramo de Turismo do município, que atuam no artesanato, casa de eventos, hotelaria, restaurantes e churrascarias, proporcionando um melhor atendimento ao turista que visita a cidade. O sindicato surgiu, ainda na década de 50 devido à necessidade da criação de uma Federação do Comércio no Piauí, para lutar por benefícios para a categoria. Naquela época, Miguel Mousinho foi um dos fundadores do Sindicato Varejista de Campo Maior e da Federação do Comércio. A Confederação Nacional do Comércio (CNC), que atualmente possui o nome de Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, surgiu em 1945, mas necessitava de federações em todos os Estados, já que naquela época poucos possuíam Federação. No Piauí, os municípios que tinham condição de fundar um sindicato patronal naquele período eram Parnaíba, Teresina, Picos, Floriano e Campo Maior, sendo este último, um dos mais prósperos no ramo do Comércio, por conta da produção da cera de carnaúba, um dos produtos mais cobiçados daquela época. “Onde tinha Loja Marc Jacob e Casa Inglesa tinha progresso. Elas se instalavam, compravam toda a produção de cera de carnaúba, tucum, o que movimentava a economia da cidade. Com o comércio fortalecido, criaram o sindicato para fazer parte da federação”. De acordo com o presidente Raimundo Nonato Paz, a modificação do nome Sindicato do Comércio Varejista de Campo Maior para Sindicato do Turismo e Hospitalidade de Campo Maior foi devido o fortalecimento do turismo e hospitalidade da cidade, tendo ainda como atrativo as belezas naturais de Campo Maior, a culinária e o Monumento Batalha do Jenipapo. “A culinária é muito boa. Nós temos a carne de sol, a paçoca, a Maria Isabel que atraem, no período de julho, 90% dos turistas de Te-
Raimundo Nonato Paz, presidente do sindicato
resina que vão para Parnaíba e se programam para almoçar em Campo Maior sendo muito grande o movimento de 12h às 16h. É algo impressionante! Se eu fosse fazer uma pesquisa, faria sobre a culinária local”, afirma o presidente. Dentre os benefícios proporcionados pelo sindicato para a categoria nos últimos anos, estão a criação de um site para a venda dos produtos de artesanato produzidos na cidade, a capacitação profissional da população e dos filiados, através da instalação de uma unidade do Senac no município. “Nós conseguimos levar para Campo Maior, o Senac, que atualmente está na cidade devido uma ação do sindicato. Conseguimos este benefício com o presidente do Sistema Fecomércio Sesc/Senac, Valdeci Cavalcante, oferecendo a população cursos de Culinária, Corte e Costura e Manicure”, comerciais ou pelo Programa de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) e Programa Senac de Gratuidade (PSG), para o público de baixa renda, disse o presidente. Ainda, segundo Nonato Paz, após finalizar o curso de capacitação no Senac de Cam-
Sabor Maior divulga a culinária de Campo Maior
po Maior, os profissionais estão abrindo suas empresas. “Geralmente, quando a pessoa recebe um treinamento desse tipo é porque está buscando um emprego, com o Senac oferecendo estas capacitações, como a demanda no setor é ampla, ele já finaliza o curso abrindo sua empresa. Esse índice é muito grande, o que comprova que a ação do sindicato está beneficiando a população em geral”, ressaltou. A principal meta do sindicato, atualmente, é ampliar o número de filiados, aumentando a representatividade da categoria, pois com o sindicato forte, facilita a luta por melhorias como a redução de impostos, que atualmente impede a contratação de mais funcionários. “Emprego hoje está muito difícil em função da pirataria e dos encargos sociais que estão muito altos. Você paga mais do que o dobro de encargos para manter um funcionário na empresa, e o microempresário não tem condição. Com a união, fica mais fácil reivindicar melhorias como, por exemplo, a redução de impostos, pois, por causa das altas taxas, fica difícil a contratação de mais funcionários”, concluiu o presidente. Julho/Agosto 2014
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O potencial do Turismo de Pesca
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Para pescadores amadores, uma prática; para os apaixonados, uma arte e para apreciadores é sempre uma opção Por Nahiane Gomes
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a sociedade urgente e de excessos em que vivemos hoje, com bombardeios de informações, cobranças, problemas e pressões, se torna cada vez mais necessário manter a saúde mental. Muitos profissionais que lidam diariamente com esse enfrentamento de ritmos acelerados e estressantes estão optando pelo turismo de pesca para relaxar. A pesca amadora era uma prática antes vista apenas como meio de sobrevivência, hoje ela é vista por muitos como um esporte, um lazer e para os apaixonados, uma arte. O Brasil pode se vangloriar do potencial que tem para atrair pescadores do mundo todo pela diversidade de peixes aqui encontrada, pela vastidão das bacias hidrográficas e por seus quase oito mil quilômetros de costa. Segundo o Ministério da Pesca e Agricultura, existem 400 mil praticantes da pesca amadora cadastrados e para cada um, existem 9 que já praticam, mas ainda não são cadastrados. Quando eles se cadastrarem a expectativa é ter em torno de 3 a 3,5 milhões de pescadores. No entanto, existem pesquisas que afirmam ser de aproximadamente 7,8 milhões os brasileiros que já têm o hábito de pescar. Os rios do Amazonas, Pará e Mato Grosso são bastante procurados por pescadores amadores, e de acordo com as boas histó-
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rias, a busca pelo Tucunaré, por exemplo, se dá pela emoção que provoca ao ser fisgado. Já as espécies grandes, como as pirararas e jaús, rendem belas fotos. Em destinos fora do Brasil, como Argentina e Uruguai, a procura é pelo dourado. No entanto, o grande premiado da pescaria amadora esportiva é sempre aquele que pesca o maior. E o mais interessante é que o turismo de pesca está ligado exatamente à consciência em relação à preservação ambiental, assim como a despretensão comercial, o que se incentiva é a pratica do “pesque, se emocione, tire a foto e solte”. O médico Joel Campos Neto costuma viajar para fazer turismo de pesca desde 2000. Seu grupo, formado por 15 amigos, se reúne para pescar pelo menos a cada 15 dias, aqui dentro do Estado, em municípios vizinhos, como Nazária, Palmeirais e Amarante. Em Teresina, já existem de três a quatro grupos de pescadores que partem em busca de aventuras pelos rios do Brasil. As viagens são organizadas entre eles. Tudo é combinado previamente com ajuda do WhatsApp e quando as viagens são longas, eles marcam reuniões a cada 15 dias ou com meses de antecedência para decidirem passagens, hospedagens, custos e programação. Quando as pescarias são ao longo do rio Parnaíba, eles se hospedam em ranchos
O médico Joel Campos Neto costuma viajar para pescar com os amigos
próprios. O grupo ao qual o médico Joel faz parte, por exemplo, tem um total de quatro ranchos. São lugares que tem uma casa coberta, um banheiro, um piso de cimento, uma cozinha com freezer e um cozinheiro contratado, que os acompanham sempre. Quando a pescaria leva muitos dias, até o
cardápio diário é elaborado, incluindo churrascos. Na bagagem, eles levam seus equipamentos básicos: carretilhas, linhas, varas de carbono, iscas artificiais, molinetes, tudo individual e específico para cada espécie de peixe. Para destinos distantes, antes é solicita-
da informação sobre o que já existe disponível nos ranchos ou barco hotel aonde irão se hospedar. Um detalhe que ele nos chama atenção é que em Teresina só são encontrados equipamentos básicos, os mais específicos e as novidades, eles compram pela internet ou encomendam aos amigos que viajam Julho/Agosto 2014
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Para saber mais acesse:
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A pesca como oportunidade de negócio
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para o exterior. Outros são comprados em alta floresta, dependendo do local da viagem. Como a troca de informação é grande entre o grupo acerca desse assunto, eles estão sempre por dentro das novidades desse segmento. Para cada grupo de 15, pelo menos quatro tem barcos próprios guardados em casa, comprados em São Paulo, outros em Goiás. Um barco com motor, custa em torno de 5 mil reais, sendo que o motor é removível e adaptável em qualquer outro. Esse valor sobe para 6 ou 7 mil reais quando é incluso o reboque, usado para transportar o barco para lugares próximos, onde não tem barco para alugar. Vale ressaltar que se porventura houver fiscalização dos barcos ou do reboque, os documentos a serem apresentados, geralmente são o do reboque, que deve ser emplacado e carteiras de pescador e “piloteiro” (motorista do barco), obtidas até pela internet, depois de responder às questões elaboradas pela capitania dos portos. Dentre seus destinos, destaca-se o lago Serra da Mesa, em Goiás. Eles seguem de avião até Brasília e depois continuam indo de carro para um rancho dos amigos de lá, que fica nas margens do lago. Às vezes, atravessam os carros de uma margem para outra em balsas. Quando vão para São Felix do Xingu, no Pará ficam em pousadas ou barco hotéis, assim eles têm apoio da equipe de bordo, dos barqueiros treinados para atendê-los bem e de toda uma estrutura que no geral é considerada muito boa. Já em Barcellos, no Amazonas, eles vão de avião até Manaus e de lá seguem em outra aeronave para um barco hotel que os esperam. Chegam a passar de 3 a 10 dias numa pescaria, dependendo do lugar e do planejamento. O custo de viagens como essas para fora do Estado fica em torno de 5 mil reais para cada, mas as emoções dessas aventuras passam a não ter preço. “É muito boa a sensação de pegar uma pirarara de 38kg. É emocionante demais! Depois encostamos numa ilha, temos o prazer de parar no meio do rio, tomar um banho, amarrar todos os barcos e ir descendo a correnteza conversando “lorota” com os amigos, tomando algum drink. Isso desestressa demais, você se desliga de celular, dorme, descansa, sente o clima frio”, descreve Joel.
Além de ser uma opção de lazer, o turismo de pesca vem despertando cada vez mais oportunidades de negócios. Na opinião de Auricélio Alves que trabalha como guia de pesca já há cinco anos no Brasil, os rios e locais para pescar são muitos, porém as estruturas podem ser melhores. Segundo ele, ainda há poucos lugares estruturados, no que se refere à rede hoteleira que serve de apoio para a prática da pesca amadora. No trabalho de guia, Auricélio é quem mostra aos pescadores, os “pesqueiros”, lugares que ele estudou e sabe onde tem concentração de peixes. O guia informa que a lua, a maré do rio e a ausência de chuvas para que a água não fique turva são fatores de influência numa pescaria e afirma que os melhores meses de pesca nas regiões Norte e Nordeste são de julho a novembro. Pensando nesse tipo de turismo, no Nordeste, alguns empresários resolveram empreender construindo complexos turísticos, voltado para o turismo ecológico e pescaria esportiva. Paulo Gouveia administra o Aquafort Hotel Fazenda, no estado do Ceará, que oferece 15 modalidades de diversão e chalés estruturados para hospedagem. O hotel é localizado nas margens do rio Coreaú, em Camocim, e fica próximo à três lagos artificiais de água doce. Aproveitando todo esse contexto não seria muito dizer que o pescador apaixonado se interessa por tudo que está em volta dessa atividade, e ansioso espera pelo antes, durante e depois da pescaria. De todas as pescarias, ficam suas histórias contadas aos familiares, amigos e companheiros de pesca e então já marcam a próxima aventura, ou seja, quem tem apreço pelo turismo de pesca não perde tempo, quanto mais uma oportunidade.
www.kaluapesca.com.br www.pescanordeste.com.br www.miamipescaoceanica.com.br www.paraibapesca.blogspot.com.br www.aquafort.com.br www.pousadagermano.com.br www.chalesdocunha.com.br www.pontaldapesca.com.br www.caiaquesnordeste.com.br
Sobre os destinos de turismo de pesca citados:
Lago de Serra da Mesa: conhecido como o quinto maior lago do Brasil, localizado no noroeste de Goiás. Formado pelos rios Tocantins, Traíras e Maranhão, tornou-se uma das melhores regiões para pesca esportiva de peixes como o Tucunaré, campeão de preferência dos pescadores. São Félix do Xingu: município do Pará, localizado a 1050 quilômetros de Belém, rodeado por vários rios. Os dois principais são os rios Fresco e Xingu que são atrações turísticas do município, usados para pesca e transporte no período da cheia. Barcellos: município do Amazonas, foi a primeira capital desse Estado. É uma cidade cercada de águas, um de seus grandes atrativos turísticos é a pesca desportiva, já foi conhecida como capital do peixe ornamental. Sua principal fonte de renda é a pesca sustentável dos peixes ornamentais, destacando-se pela grande produção e pela exportação dos mesmos, exporta mais de 20 milhões de peixes para todo o mundo, principalmente para o Japão. Possui um bom potencial turístico, com barcos hoteis por todo lado.
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Pessoas, Processos e Resultados:
Os pilares para uma gestão descomplicada Júlia Macedo Especialista em Gestão Empresarial Administradora, Professora e Gerente Financeira do Hospital do Olho juliammacedo@bol.com.br
Processos eficientes com equipes multifuncionais atuando de maneira integrada gerando resultados positivos para as empresas podem formar o tripé de sustentação para descomplicar uma gestão(...) Não é algo difícil. É compreender que pessoas, processos e resultados podem formar os pilares de sustentação da organização.”
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m tempos em que as organizações seguem um ritmo acelerado e uma maior complexidade de suas atividades organizacionais, podemos afirmar que descomplicar uma gestão está se tornando uma busca constante para profissionais da administração. Processos eficientes com equipes multifuncionais atuando de maneira integrada gerando resultados positivos para as empresas podem formar o tripé de sustentação para descomplicar uma gestão. A padronização e a otimização dos processos, com certeza, são ferramentas importantes para a eficiência empresarial. Desburocratizar os processos, definir papéis e responsabilidade, organizar o fluxo de informações, alinhar as atividades por etapas a serem cumpridas podem reduzir os erros e inconsistências dentro de uma Gestão. Modelos de gestão, melhores práticas organizacionais e a padronização dos processos podem ocupar uma posição de destaque no sistema corporativo. É necessário entender que a inobservância da relação desses processos pode afetar todo o sistema organizacional gerando riscos e perdas na competitividade. A eficiência das atividades depende principalmente da eficiência individual das pessoas que estão atuando nesse contexto. E, esse cenário competitivo exige níveis de performance cada vez maior, ou seja, fazer mais com menos, em um menor tempo, com o menor custo e de maneira planejada e organizada, assim evitando o desperdício. E isso é possível diante da realidade que estamos vivendo – a era do conhecimento – hoje não existe mais dúvida de que as organizações de sucesso são aquelas que souberam valorizar seus profissionais, dando-lhes condições de crescimento e reconhecendo suas contribuições ao negócio da empresa. As organizações entenderam que investir no capital intelectual e valo-
rizar as pessoas é a mágica para conseguir esse diferencial competitivo. Como exemplo, podemos citar o Hospital do Olho de Teresina, uma empresa que investe no potencial dos seus colaboradores através do Programa de Qualificação Profissional e Desenvolvimento Humano, realizado pela Focus Instrução Técnica Profissional. Esse programa visa alinhar a cultura organizacional com os objetivos de curto, médio e longo prazo, focando principalmente na comunicação e no relacionamento interpessoal orientado para resultados, como também implementar políticas e práticas da Gestão de Pessoas. Dessa forma, o Hospital do Olho de Teresina tenta através dessas práticas e de forma simples, descomplicar e desmistificar sua forma de administrar. Seus gestores investem no aprimoramento contínuo de sua equipe e dos seus líderes na intenção de estimular o potencial de crescimento de cada um e embasar as competências necessárias para a execução das estratégias do Hospital, que prima por qualidade e excelência. Em relação aos resultados, podemos dizer que, são consequências de ações e processos sistematizados. Essas ações devem ser planejadas e gerenciadas para objetivos e metas definidas. Resultados sustentados através do engajamento das pessoas significam que uma vez alcançados devem ser acompanhados e mantidos, caso contrário se tornarão frutos do acaso. Portanto, descomplicar uma gestão não é algo difícil, é compreender que pessoas, processos e resultados podem formar os pilares de sustentação da organização. Quanto maior a relação desse tripé com as exigências e definições estratégicas da empresa, maior será sua capacidade de diferenciar-se de forma competitiva. Julho/Agosto 2014
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Sucessão familiar nas empresas Profissionalismo da gestão impede conflitos entre integrantes das famílias Por Samanta Petersen Fotos: Carlos Pacheco
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esenvolver um projeto de sucessão familiar é essencial para manter a vitalidade das empresas. Muito mais do que uma estratégia de negócios, o planejamento da sucessão tem como objetivo evitar que crises e desentendimentos entre os membros da família acabem por prejudicar a empresa. A sucessão familiar deve ser pensada tanto por quem possui grandes negócios quanto para quem tem pequenas e médias empresas e não quer que todo o trabalho de uma vida acabe após a sua morte ou afastamento. O processo de sucessão passa por diversas etapas como a profissionalização da gestão da empresa para que ela tenha sustentabilidade no mercado; o planejamento do testamento, no qual há a separação dos ativos da empresa do patrimônio da pessoa física, e do contrato social da empresa, onde devem estar definidas as instruções de sucessão deixando clara a divisão entre os familiares que trabalham nos negócios e aqueles que serão apenas acionistas. Já que existem integrantes da família que não possuem perfil profissional adequado para estar na condução ou no corpo de trabalho da empresa. “É importante que se entenda que uma coisa é a família e outra coisa é a empresa. Então a gente se depara com situações de filhos e pessoas ligadas à família que não tem nenhuma relação com o negócio, não gostam de fato daquilo e tem outra carreira profissional, mas se deparam com uma situação que acabam sendo impelidos a assumir um negócio que muitas vezes não têm nada haver com seu perfil profissional. E isso pode incorrer em problemas sérios para a empresa na hora da transição para manter a sustentabilidade do negócio”, analisa a administradora e especialista em recursos humanos, Ana Cristina Barros. Nos casos em que não existe um gestor para os negócios dentro da própria família, o ideal é procurar um profissional do mercado ou no próprio seio da empresa para assumir
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O empresário Diego Oliveira trabalha a sucessão junto com o pai e demais membros da família
Pai e filha descobriram como dividir as tarefas no dia a dia
e manter o negócio. “Quando a empresa não consegue identificar um gestor no seu corpo familiar, é preciso abrir mão disso e contratar profissionais do mercado que possam realmente conduzir os negócios. Porque uma coisa é certa, você não pode esquecer que está tratando de uma empresa, de um negócio e não de atender vontades da família, de alocar cargos para familiares porque a pessoa está precisando de um emprego”, lembra Ana Cristina. E como saber se o seu filho tem perfil para um dia vir a lhe suceder na gestão da empresa? A proposta é ir formando aos poucos as pessoas que tenham aptidões e competências dentro da área do negócio. “Vemos vários empresários que começam desde cedo com os filhos fazendo atividades de rotina e operacionais, dentro da empresa, para que ele comece a se alimentar dos ares do ambiente corporativo e aí vai descobrir se tem alguma identidade e competência profissional para seguir carreira ali também”, destaca a administradora. Foi o que aconteceu com o empresário Diego Oliveira, de 27 anos, hoje na diretoria executiva do Grupo Geraldo Oliveira, fundado por seu pai, que tem entre suas principais empresas a Pax União. “Desde criança, eu trabalhava aqui dentro. Período de férias eu sempre fazia alguma coisa: ia para o caixa, para o atendimento. Mas eu trabalhava para conseguir aquele dinheiro no final do mês para poder gastar com o que eu quisesse. E aí eu fui aprendendo várias coisas aqui na empresa, várias funções, as pessoas foram me conhecendo, os colaboradores foram se tornando mais próximos a mim. E quando eu voltei de um intercâmbio fora do país já quis um emprego e meu pai me colocou na controladoria da holding”, explica o empresário que desde 2009 exerce o cargo de diretor-executivo e é o atual presidente da Associação dos Jovens Empresários (AJE-PI). Em outros casos, a descoberta das aptidões para os negócios pode demorar mais a acontecer. A empresária Sayonara Holanda, Julho/Agosto 2014
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Herdeiros do Grupo Claudino tiveram autonomia para encontrar sua vocação
Para a administradora Ana Cristina, nem sempre o sucessor ideal é um familiar
aos 20 anos começou a trabalhar no restaurante do pai, o Camarão do Elias, e precisou de 23 anos para descobrir que os negócios da família seriam sua realização profissional. “Na época que comecei a trabalhar no restaurante meu pai precisava de uma pessoa de confiança para ajudar nos negócios e eu estava precisando de um emprego. E hoje eu posso dizer que me separei e me reconciliei com o Camarão do Elias”, esclarece. A descoberta da aptidão para os negócios veio acompanhada de mudanças na empresa, como uma reforma na estrutura do restaurante e cursos de especialização na área de gestão de negócios. O pai, seu Elias, ainda acompanha o funcionamento do restaurante fundado há mais de 30 anos, mas é ela quem toma a frente dos negócios e planeja o futuro. “Sei da importância que o Camarão do Elias tem para a cidade, sei da credibilidade da marca e hoje tenho certeza que estou no caminho certo”, afirma a empresária. E quando seria o momento certo para começar a preparar a sucessão familiar. De acordo com Ana Cristina Barros, não existe uma ocasião ideal, mas deve sempre ser levada em consideração a sustentabilidade do negócio, sem claro deixar para resolver apenas quando o patriarca da família morrer ou não tiver mais condições de permanecer no cargo. “Durante o planejamento estratégico da empresa, você pode já ir descobrindo profissionais dentro do seio profissional que podem ir construindo sua carreira paralelamente dentro da empresa. Isso é um preparo para o futuro. O planejamento estratégico de uma empresa hoje tem duração média de 30
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cinco anos, então é possível ir se organizando para uma sucessão. O que é importante entender é que isso não pode se postergar, ser empurrado com a barriga e deixar para dia que o patriarca da família resolver sair, se aposentar, adoecer ou até em casos mais graves, como vir a falecer”. O empresário Diego Oliveira passou por essa experiência. O pai que é o presidente do Grupo Geraldo Oliveira, adoeceu e ele teve que tomar a frente dos negócios. “Nós temos a assessoria de uma empresa na área de recursos humanos que nos direcionou, que diagnosticou com a gente as principais dificuldades que poderíamos ter para começar a trabalhar isso de uma forma mais preventiva. Hoje, estamos discutindo o assunto dentro da nossa família. E estamos trabalhando para que haja uma rotina com ele ou sem ele para que a empresa não se desfaça. Assim continuamos num ritmo de trabalho mesmo com a ausência dele e da minha também”. Outro grande entrave na questão da sucessão familiar é saber como separar os problemas e conflitos de trabalho com a empresa. Ana Cristina Barros alerta para os desentendimentos com pessoas que não tem competência para assumir os cargos, mas que são alocados na empresa apenas por fazerem parte da família. “Se ela não é profissional para atender aquelas competências, ela não vai conseguir separar isso no ambiente familiar. Então, ocorrem as brigas e os conflitos. Quando você é profissional, mesmo sendo filho, você sabe separar as coisas e sabe tratar isso com profissionalismo e maturidade”, finaliza.
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o que se refere a isso, a empresária Cláudia Claudino, uma das herdeiras do Grupo Claudino, que hoje trabalha com seu pai, irmãos e dois dos seus filhos, destaca a importância do respeito, saber ouvir e escolher os momentos apropriados são algumas das estratégias. “Eu sempre dei como exemplo resolver as coisas de trabalho no local de trabalho e em casa ser realmente família. Eu acho também que a comunicação e o diálogo são a principal fonte de entendimento. Eu e a Danielle minha filha, por exemplo, trocamos muitas ideias. Não existe aquela coisa da imposição. Eu coloco a minha experiência pra ela e ela coloca as ideias dela. E até agora temos conseguido ter um relacionamento que não chegou a nenhum ponto de conflito, nem de estresse”, analisa. O Grupo Claudino é um dos maiores e mais influentes grupo empresarial do Estado e um dos maiores da região Nordeste, que hoje conta com diversos integrantes da família trabalhando nas direções e em outros cargos. Fundado, em 1958, pelos irmãos João e Valdecy, o Armazém Paraíba, deu origem ao Grupo Claudino. Atualmente, o Armazém Paraíba possui 228 pontos de venda nos Estados do Piauí, Maranhão, Ceará, Bahia, Pernambuco e Tocantins. O conglomerado é formado ainda pela Guadalaraja (fábrica de roupas das marcas Ônix Jeans, Win, Vizzual, Opcion, Kids & Kids e Emepê), Socimol, Colchões Ônix, Construtora Sucesso, Frigotil, Houston, Gráfica Halley, Sucesso Publicidade, Teresina Shopping, Remanso, Colon Carrocerias e Gestão de Peles e Couros. E foi o convívio nas empresas do pai, o empresário João Claudino, que levou seus filhos a trabalharem nos negócios. Hoje, eles já prepararam seus herdeiros, os netos, para uma futura sucessão. Dos cinco filhos de João Claudino, quatro trabalham diretamente no grupo: João Júnior (Paraíba e Houston), Cláudia (Guadalaraja), João Marcelo (Construtora Sucesso/ Remanso) e Alayde (Centro Mé-
Cursos e consultorias preparam para sucessão nas empresas
Parte da família reunida na inauguração do novo Paraíba do Teresina Shopping. Alayde Claudino, João Claudino Junior, Cláudia Claudino, Sr. João Claudino e João Marcello Claudino.
dico Grupo Claudino). João Vicente se afastou do grupo para exercer o cargo de senador, mas não vai tentar a reeleição este ano e deve voltar a trabalhar nas empresas do pai. “Na nossa rotina sempre constava o trabalho do nosso pai. Então, sempre teve o convívio diário com os negócios, com os trabalhos que ele desenvolvia. E quando chegamos a escolha da nossa formação todos escolhemos dentro da área de economia, de administração. E não foi nada planejado, nos foi sempre colocado bem a vontade a escolha de cada um. Mas, acredito que não só o que estava no nosso DNA, mas também o nosso convívio nos fez despertar para o comércio e a indústria”, explica Cláudia Claudino. Com essa autonomia para procurar seu lugar dentro das empresas, surgiram também novos negócios como a Houston que foi fundada e é administrada por João Claudino Júnior. “Quem não se identificou com as que já existiam procurou de alguma forma aquela que também estaria a sua vocação”, destaca a empresária. Atualmente, Cláudia, que é formada em Direito e Economia, administra parte dos negócios do pai e trabalha ainda com os filhos: Danielle e José Cláudio. Ela deixa claro que cada um pode escolher a própria vocação
Encontro de gerações nos negócios. A executiva Cláudia Claudino ao lado de sua filha, Danielle Claudino, que é Diretora de Criação da Guadalajara
profissional. “Da mesma forma que nós tivemos o livre-arbítrio de escolher e de encontrar a nossa vocação, os meus filhos: a Danielle e o José Cláudio também tiveram. O José Cláudio mesmo estudou em São Paulo, trabalhou em outras empresas lá, mas decidiu voltar pra cá e ter a experiência dele nas empresas do Grupo”. Sobre a sucessão familiar, a empresária destaca que ela vem acontecendo de forma natural. No caso dos Claudinos, eles parecem ter encontrado a fórmula para que a família e o trabalho andem de forma alinhada e com crescimento para ambas as partes.
Para quem pretende se preparar para realizar uma sucessão familiar de forma mais profissional existem diversos cursos no mercado voltado para o tema. O objetivo é que fundadores, sócios, gestores e herdeiros de empresas familiares possam compreender a dinâmica e os mecanismos de funcionamento deste tipo de negócio e aprendam técnicas e ferramentas que devem ser usadas para um melhor gerenciamento. Uma das instituições que oferece curso nesta área é a Harvard Business School com o programa de educação executiva Families in Business - From Generation to Generation (Famílias nos Negócios - De Geração Para Geração). Também existem consultorias especificas para trabalhar a sucessão familiar. O grupo Silvio Santos foi uma das grandes empresas nacionais que contratou uma consultoria, mas não levou o projeto adiante. Com mais de 50 anos de atuação e uma fortuna estimada em U$ 1,3 bilhão e 30 empresas, o Grupo Silvio Santos encomendou a consultoria logo após a crise do Banco Panamericano e sua venda para o BTG, em 2011. A ideia era que a empresa Cambridge Advisors to Family Enterprise criasse um planejamento da sucessão de Silvio Santos em seus negócios. A empresa fez um mapeamento de onde cada filha de Silvio Santos poderia se encaixar melhor na gestão do grupo e quais as deJulho/Agosto 2014
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ficiências de cada empresa. Após a entrega do relatório, o Grupo resolveu não levar adiante a consultoria, que acompanharia o processo de sucessão. A holding apenas resolveu seguir, informalmente, algumas sugestões do diagnóstico da empresa como a colocação das filhas de Silvio Santos em posições estratégicas. Hoje, Daniela Beyruti atua como diretora artística e de produção do SBT, Rebeca é diretora da Jequeti e Renata Abravanel atua no comando da holding. As outras herdeiras também trabalham no grupo, mas em cargos que não são considerados estratégicos. Para o professor de Gestão Empresarial, Rafael Alves Miranda, o processo de sucessão familiar deve ser iniciado bem cedo. O futuro sucessor deve passar a vivenciar a empresa em todos os setores dela, para ter uma visão 360º e também para ter certeza se é isso que ele vai querer para sua vida, claro que unindo todo esse conhecimento do dia-a-dia com estudos e porque não até estagiar em outras empresas, para ter outras vivências e novas ideais. O empresário deve, por mais dolorido que seja, passar a se ausentar por curtos espaços de tempo para acelerar esse processo e ajudar seu sucessor a ter mais responsabilidades. Com isso, tudo deve ser bastante planejado, todas as futuras funções no organograma, devem ficar especificadas, para que não haja contestações futuras. “A sucessão familiar sempre é lembrada, pensada, ao longo da vida de um empresário,
Divulgação SBT
Capa
Silvio Santos chegou a contratar consultoria de fora para analisar a sucessão no grupo
mas quando é para ser colocada em prática, surgem seus impasses. Muitas vezes, o filho substituto prefere seguir outros caminhos diferentes dos passos do pai, outras vezes não foi preparado ao longo de sua vida para ocupar uma posição tão importante, pois além de “substituir” seu inventor, irá ter total responsabilidade em um negócio que muitas vezes duram dezenas de anos”. Além disso, existem algumas empresas nacionais e internacionais especializadas no processo de sucessão familiar, onde é feito um levantamento de toda a organização, são reali-
zados vários estudos onde cada sucessor teria um melhor desempenho, de acordo com sua aptidão para os negócios e por fim é gerado um relatório com as decisões mais apropriadas a serem tomadas. Com um bom planejamento, e usando as habilidades técnicas, humanas e conceituais, a sucessão familiar tem tudo para ser bem sucedida e prolongar por mais tantas gerações possíveis a vida das empresas qualquer que seja o seu segmento e assim continuar o que um dia, nasceu de um sonho, muito trabalho e força de vontade.
Pesquisa aponta que 59% dos patriarcas preferem gerentes profissionais
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ma pesquisa sobre empresas familiares realizada, em 2012, pela PwC aponta que no Brasil 49% dos entrevistados já estão apreensivos com a questão da transferência do negócio para a próxima geração e 14% vislumbram um possível conflito familiar. A Pwc é um network global de firmas separadas e independentes que trabalham de forma integrada na prestação de serviços de Assessoria Tributária e Empresarial de Auditoria. A pesquisa “Empresa Familiar: um negócio que se adapta ao século 21” ouviu quase duas mil organizações familiares de todo o mundo, cobrindo setores distintos como indústria, varejo, ramo automotivo e construção. Entre os entrevistados brasileiros, 31% pretendem passar tanto a propriedade como a gestão de seus negócios para a próxima geração. E 59% têm a intenção de passar a propriedade da empresa adiante, mas planejam trazer
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gerentes profissionais. 7% responderam que planeja vender a empresa ou abrir o capital, 2% não sabe o que fará e 1% deu outro tipo de resposta. Esses últimos haviam chegado a essa conclusão por achar que a próxima geração não quer levar o negócio adiante ou porque é muito jovem ou ainda por considerar que ela não tem as competências necessárias. A pesquisa também mostrou outros dados relevantes sobre as empresas familiares brasileiras: • Três quartos das empresas familiares no Brasil têm membros da família que não
• • • •
trabalham na companhia, mas possuem ações; 97% têm membros da família trabalhando como executivos seniores na companhia; 50% têm membros da família trabalhando na companhia, mas não como executivos seniores; 76% têm membros da família que não trabalham na companhia, mas têm ações; 17% têm membros da família que não trabalham na companhia nem têm ações, mas são compensados de outras maneiras.
Dicas de Leitura • • •
Acontece nas melhores famílias: repensando a empresa familiar. Organização: Marcelo Melo e Paulo Lucena de Menezes. Ed. Saraiva. Governança Corporativa nas Empresas Familiares: Sucessão e Profissionalização. Domingos Ricca e Sheila Madrid Saad. Cla Editora Sucessão na Empresa Familiar: Teoria e Prática. José Ferreira de Macedo. Ed. Nobel.
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Constelações Organizacionais
Exposição
Um novo olhar sobre a Empresa Familiar Emmilia Begitiz Araujo Facilitadora sobre Constelações Organizacionais e Familiares constelacoesfamiliares.pi@gmail.com constelacoesfamiliarespi.blogspot.com.br
Mesmo que as intervenções realizadas pelo novo membro da empresa possam vir a ser sentidas negativamente pelos membros mais velhos, o novo funcionário deve intervir de maneira respeitosa e sem sentimento de menos valia com os membros mais antigos da empresa, entre outras. As Constelações Organizacionais são importantes para entender e reorganizar em qual aspecto tudo pode ser reavaliado conseguindo um novo viés de condução ao que permanece, cresce para ter êxito.”
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ada vez mais crescem as empresas familiares. O patrimônio sempre precisa ser cuidado por quem tem a primazia de zelar por este, em prol de sua família e de seus descendentes, e mesmo assim são incontáveis as situações que podem levar aos mais diversos caos. Convido você a ver isto pelo olhar da Constelação Organizacional, onde encontramos as Leis de Relacionamentos da Hellinger Sciência. Uma ferramenta inovadora para conhecer as dinâmicas ocultas, isto é, todas as implicações, todos os conteúdos que não saem à luz onde podemos organizar na prática, a vida, o sucesso, o fracasso, as empresas. No Método de Bert Hellinger, Constelação Familiar Sistêmica e Organizacional, devem ‘constelar’ na empresa os chefes e líderes que tenham poder de decisão em primeiro lugar, e depois por metas, por exemplo. Um sistema, no sentido organizacional, inclui os donos das empresas, os fundadores, administradores, gestores, funcionários, departamentos, produtos, mercado, clientes. Este método se baseia em três leis que permeiam nossas vidas e nossas empresas: 1) Respeito à Hierarquia; 2) Equilíbrio entre o dar e o receber; 3) Respeito a quem tem o direito de pertencer. É preciso saber que empresas são famílias, são pessoas que ao nascerem enfrentam já hierarquia, respeito e ordem. Nossa mãe é a base de todo sucesso na vida e na profissão, quem rejeita a mãe rejeita a vida, a profissão, o sucesso, precisamos também reverenciar nosso pai. O interessante é que as soluções sempre serão para todo o sistema. Destaco ainda algumas leis de relacionamentos, como por exemplo, “Ninguém pode estar em igualdade de direitos junto ao fundador”; “Se o chefe despede alguém injustamente, o grupo perde a segurança e se dissolve em pouco tempo”; “Mesmo que as intervenções realizadas pelo novo membro da empresa possam vir a ser
sentidas negativamente pelos membros mais velhos, o novo funcionário deve intervir de maneira respeitosa e sem sentimento de menos valia com os membros mais antigos da empresa”, entre outras. As Constelações Organizacionais são importantes para entender e reorganizar em qual aspecto tudo pode ser reavaliado conseguindo um novo viés de condução ao que permanece, cresce para ter êxito. Através do pensamento sistêmico focaliza-se o olhar no sistema e na maneira de como este interage com os seus vários elementos e estes entre si. Com a utilização das Constelações Organizacionais, problemas aparentemente complexos podem ter soluções muito simples e rápidas. Tudo é feito de uma maneira fluida e eficaz, o que faz com que a solução seja totalmente integrada e de mais fácil aplicação. A versatilidade desta metodologia é enorme. Aplica-se a todos os sistemas em que o Homem é um elemento fundamental: desenvolvimento da criatividade; team-building, valores e cultura, coesão interna; hierarquia funcional, encontrar um objetivo comum; negociações, lançamento de marcas e produtos; fusão e criação de empresas, abertura de filiais; comunicação interna e externa, diagnóstico; processos de decisão, gestão de conflitos, recrutamento; supervisão de consultores ou vendedores; mudanças profissionais, liderança. Por fim, as empresas são instituições VIVAS! Em empresas familiares deve-se ver caso a caso e liberar vínculos, na ordem da hierarquia, autorizando os filhos para ir adiante. É preciso levar isso em conta até porque a empresa serve à vida com êxito de muitos.
Marquise: Uma exposição não convencional
Obras de arte vão passa a integrar estrutura arquitetônica do prédio
Os artistas plásticos Jell Carone, Domer e Tássia Araújo participam da segunda edição do projeto Por Ana Cláudia Coelho Fotos: W.Salmito
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berta ao público no Hall superior do Sesc Centro, em Teresina, Marquise é uma forma não convencional de expor obras de arte. Três artistas plásticos participam da segunda edição do projeto: Jell Carone, Domer e Tássio Araújo com seus trabalhos inusitados, acessíveis ao público até agosto. Na entrada do Sesc Centro, a marquise construída por Domer passa a integrar a estrutura arquitetônica do prédio. O artista usa o futebol como princípio de criação. E o futebol é tema do projeto este ano “A cidade e o fu-
tebol”, pegando carona na maior competição internacional de futebol – a Copa do Mundo. Quem visita a Marquise, depara-se com os “insólitos balões”, de Jell Carone. Os visitantes podem usar uma ‘peruca de balões infláveis’ e, assim, refletem e questionam a obra. Para completar o trabalho, o público tem acesso a um vídeo de um ator percorrendo o centro da cidade usando os ‘insólitos balões’. Já a obra de Tássia Araújo remete às tradições nordestinas, entre elas o Bumba meu boi. Sua obra “O Boi de salto” fala de tradição
e cultura, levando os visitantes a refletirem sobre o boi. O personagem Boi de salto caminha e dança. E o visitante tem a possibilidade de interagir com a obra, usando máscaras de boi. A exposição Marquise permanece aberta ao público até agosto no Sesc Centro, com visitação gratuita. O curioso desta exposição é que as obras interagem com a arquitetura do prédio. “A estrutura vai se apropriar da obra”, explica a coordenadora do projeto, Marina Medeiros, técnica em Artes Visuais do Sesc. Julho/Agosto 2014
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Sucesso de público no Sesc Festival do Riso Programação do III Festival agradou tanto que lotou o salão de eventos do Sesc Beira Rio, em Parnaíba Por Ana Cláudia Coelho Fotos: W. Salmito e Antônio Mourão
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ivertido, hilário, muito bom!” Os elogios vêm dos espectadores que assistiram ao espetáculo “Autarquias do Humor”, com Hiran Delmar e o Teatro de Bonecos. O show abriu a programação do III Sesc Festival do Riso, de 23 a 25 de julho, em Parnaíba. Perto de mil pessoas assistiram ao espetáculo, no Salão de Eventos do Sesc Beira-Rio. Na plateia, pessoas de todas as idades entre turistas e parnaibanos que foram conferir as brincadeiras, imitações, caricaturas e os famosos personagens que consagraram o humorista Hiran Delmar. Logo no início, o artista brincou com os espectadores. Convidou-os para subir ao palco e os fez dançar para o público. A brincadeira divertida foi apenas para descontrair. Em seguida, entraram em cena, seus mais famosos personagens: Coxinha e seu melhor amigo Doquinha – que fizeram o público dar boas gargalhadas com suas ‘tesouradas’. Hiran Delmar também imitou personalidades nacionais como o apresentador de TV Silvio Santos e até brincou com o público fazendo perguntas de um dos quadros do programa “Show do milhão”, para delírio dos espectadores, sempre com a intervenção do “Coxinha” e seus famosos comentários. Enaltecendo suas raízes e o povo nordestino, Hiran Delmar encerrou seu show com muitos aplausos e a promessas de retornar no próximo Festival do Riso, promovido pelo Sesc durante a alta temporada no litoral piauiense. 36
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Entre piadas e paródias sobre casamentos, Amauri Jucá arrancou boas gargalhadas do público
Talento de Amauri Jucá em destaque no Festival
Hiran Delmar e seus bonecos brincaram com espectadores
O humorista Amauri Jucá presentou o público de Parnaíba com uma de suas melhores comédias. O show “Papai, eu Quero me Casar”, garantiu irreverência, bom humor e arrancou muitas gargalhadas dos espectadores, na segunda noite do Sesc Festival do Riso, no Sesc Beira-Rio, em Parnaíba. O show do humorista piauiense de Piripiri é uma mistura de stand up e teatro, onde Jucá conta piadas e estórias diferentes sobre casamentos. No palco, ele falou de todos os tipos de união conjugal e foi diversão pra valer com seu talento em contar piadas e fazer caricaturas. Lembrou as pessoas que não acreditam em casamento, “os que botam catinga na união conjugal” e mais uma vez acabou com a reputação das sogras. Muito aplaudido, Jucá lembrou da mais recente polêmica: a união homoafetiva. O humorista trouxe a história de Júnior, homossexual assumido que quer casar com o namorado e busca o consentimento do pai, machista de primeira linha. Entre paródias e piadas, o artista apresenta esse conflito com muito bom humor e mais uma vez exibe cenas hilárias dessa relação, proporcionando muitas gargalhadas. Amauri Jucá foi premiado nacionalmente, quando participou do concurso de humoristas do SBT, concorrendo com profissionais do humor do todo o Brasil.
Samba e muitas piadas no show de Dirceu Andrade
“Bagaceira” encerra Festival de humor no litoral A última noite do Sesc Festival do Riso, em Parnaíba, foi marcada por muitas gargalhadas. Mais uma vez o público lotou o Salão de Eventos do Sesc Beira-Rio para conferir o show “Bagaceira”, do humorista piauiense, Dirceu Andrade. Cerca de mil pessoas assistiram ao espetáculo. Dirceu Andrade subiu ao palco sambando e logo começou a contar suas piadas. Lembrou o episódio do Profeta de Teresina, que movimentou a capital do Piauí ao prenunciar o fim do mundo em 12 de outubro de 2012. O humorista contou piadas de padre e de personalidades do cenário político
e, ainda, imitou o ex-senador Mão Santa – uma de suas mais hilárias imitações. Além disso, ele dançou para o público e encerrou seu show agradecendo o apoio do Sesc à cultura e aos artistas locais. Na ocasião, ele lembrou o presidente Valdeci Cavalcante e das edições anteriores do Festival do Riso. Dentre os presentes no show, o diretor Regional do Sesc, Francisco Campelo Filho, o diretor Administrativo-financeiro, Jesus Arias Fernandes, a diretora de Programa Sociais, Ana Lúcia Rocha, o coordenador Regional de Esporte, Lazer e Turismo, Fernando Falcão e a gerente do Sesc Beira-Rio, Lourdes Gomes.
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Direito & Empresas
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A difícil missão de manter-se empresário no Brasil Francisco Soares Campelo Filho Diretor Regional do Sesc-PI Presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB/PI Advogado, Professor e Mestrando em Direito campelo@campelocampelo.com.br
O Estado tem buscado transferir para os empresários diversas obrigações sociais, e isso sem conceder qualquer contrapartida, sem se importar sequer em saber como os empresários poderão cumprir com essas obrigações.”
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er empresário no Brasil não é nada fácil, e apenas os empresários podem efetivamente relatar as dificuldades que enfrentam. E são muitas! Os empresários não suportam mais tantas obrigações! Isto também é um fato. E se não bastassem as obrigações de natureza tributária, previdenciária e trabalhista, ainda vêm sendo obrigados a cumprir obrigações sociais que deveriam ser da responsabilidade do Estado. A questão é que o dinheiro arrecadado pelo Estado, através dos impostos que recebem dos empresários, tem por justificativa a necessidade de, além de poder manter-se, enquanto estrutura política necessária à organização da vida em sociedade, também a de prover à sociedade as suas necessidades básicas, tais como saúde, educação e segurança. Nesse toar é que se percebe um desvio em que essas duas linhas se distanciam, ao invés de correrem paralelas sobre um mesmo eixo. O Estado mantém a sua estrutura, inclusive ampliando e gastando cada vez mais, enquanto os direitos fundamentais sociais permanecem sem atendimento adequado, muitas vezes ferindo a própria dignidade da pessoa humana. Basta ver a situação da saúde pública, por exemplo, para se confirmar a assertiva supra. Não se pode esquecer que a Constituição Federal brasileira estabelece em seu artigo 1o, III, que a dignidade da pessoa humana é um princípio fundamental, e por assim o ser, é que cabe ao Estado a integral proteção a esse princípio, sob pena de se ferir o próprio fundamento do Estado Democrático de Direito. E o que dizer das escolas públicas e da falta de segurança das pessoas? É daí que o Estado tem buscado transferir para os empresários diversas obrigações sociais, e isso sem conceder qualquer contrapartida, sem se importar
sequer em saber como os empresários poderão cumprir com essas obrigações. Deve-se ressaltar, contudo, que aqui não se desconhece a função social da empresa, ou mesmo a sua responsabilidade social. Muito pelo contrário, reconhece-se que as empresas têm uma grande e importante função social, e isso é muito claro em face dos empregos que gera, da economia que faz girar a moeda. As empresas são o motor que coloca o Estado em funcionamento. É possível imaginar, hoje, uma sociedade sem empresas? Um mundo sem empresas? Não, por óbvio! O que o Estado não percebeu, ainda, ao que parece, é que as empresas funcionam em cadeias, como os elos de uma corrente que, se houver o rompimento de um desses elos, poderá provocar um grande desastre. Uma empresa que fecha suas portas está também gerando um desemprego; o empregado que é demitido fica impossibilitado de pagar a farmácia ou supermercado, o colégio do filho ou o plano de saúde. Todos estes (farmácia, supermercado, colégio e plano de saúde) também são empresas que, sem arrecadação, também deixarão de pagar os empregados, ou os impostos. E tudo isso vira uma grande bola de neve! O ponto que se quer debater aqui é o fato de que esse motor já está por demais sobrecarregado, não podendo mais arcar com tantas obrigações, sem que haja uma injeção de potência pelo Estado, sem que se dê uma pausa para respirar... para esfriar. Assim, o Estado está perdendo uma grande oportunidade para caminhar junto com os empresários, em harmonia, dando e recebendo, exigindo, mas concedendo, sem esticar demais a corda, como já vem ocorrendo há alguns anos. Daqui a pouco o motor, cansado, não conseguirá mais funcionar, produzir, e poderá não mais haver motor, ou empresas, tampouco Estado.
Sesc Praia é recomendado pelo Guia Quatro Rodas Por quatro anos consecutivos, o estabelecimento recebe o selo de qualidade nos seus serviços de hotelaria, bar e restaurante Por Ana Cláudia Coelho Fotos: Ana Cláudia Coelho e Luís Mota
Parque aquático é uma das atrações do Centro de Turismo
Centro de Turismo é o maior do litoral do Piauí
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Centro de Turismo e Lazer “Lucimar Veiga”, mais conhecido como Sesc Praia, recebeu pelo quarto ano o selo do Guia Quatro Rodas. O selo indica que o estabelecimento é recomendado pela nova edição da mais importante publicação especializada em Turismo do país. O estabelecimento hospeda comerciários, dependentes de comerciários e turistas nacionais e internacionais. Desde 2010, o Sesc Praia é indicado pelo Guia Quatro Rodas, como sinônimo de qua-
Estrutura conta com 80 apartamentos, com ar, TV, frigobar e todo conforto
lidade nos seus serviços de hotelaria, bar e restaurante. O maior Centro de Turismo e Lazer do Litoral do Piauí oferece 80 apartamentos com ar, TV, frigobar e todo conforto que você merece em hospedagem no litoral do Piauí. O Sesc Praia conta ainda com Centro de Convenções com palco, camarins e três salas para conferências, parque infantil, parque aquático com toboágua, academia, sala lúdica, espaço temático do projeto “Tartarugas do Delta”, restaurante, bar com barracas a
Há 49 anos, o Guia percorre o Brasil classificando os melhores hotéis, restaurantes e atrações para os leitores beira mar, espaço com palco para grandes eventos e ampla área urbanizada com jardinagem e estacionamento para 200 veículos. A estrutura moderna, obras de arte e móveis de última geração, aliados à qualidade na prestação dos serviços proporcionaram o reconhecimento do hotel para os comerciários pelo Guia Quatro Rodas. Editado há 49 anos, o Guia percorre o Brasil pesquisando, selecionando e classificando os melhores hotéis, restaurantes e atrações para os leitores. Julho/Agosto 2014
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Senac: Conquistando voos mais altos
A instituição investe em estrutura para melhor capacitar novos profissionais Por Mariane Aquino Fotos: Arquivo Senac
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Senac sempre é líder de credibilidade quando o assunto é Educação Profissional. Desde 1946, a instituição transforma vidas e proporciona o acesso de milhares de pessoas ao mercado de trabalho. No Piauí, o avanço tem sido constante e a procura por parte da população é cada vez maior. Nos últimos 12 anos, o Senac Piauí passou por um crescimento bastante considerável. Sob a presidência do empreendedor Valdeci Cavalcante, a instituição vive um verdadeiro processo de expansão por todo o estado. Além da capital, o Senac possui unidades nos municípios de Parnaíba, Floriano, São Raimundo Nonato, Valença, Picos e Campo Maior. O processo de evolução e mudança começou a partir da marca da instituição. O primeiro símbolo do Senac trazia um tom nacionalista e procurava ser um distintivo escolar na proposta de “Serviço Nacional de Aprendizagem” e em 1969 foi modificado, obtendo um aspecto particular e simples. No ano de 2012, a instituição ganhou um novo símbolo que constituiu um marco histórico na mudança da sua forma de pensar e ver a sociedade em que atua. A nova marca tem como palavras-chave liberdade, inovação, leveza e alegria, além de significar um vôo em uma trajetória direcionada ao futuro. Diante do aumento significativo de atendimentos ao público e da possibilidade real de ampliação da geração de trabalho e renda para a população piauiense, o Senac investiu na ampliação e reforma de suas instalações. Em 2012, o edifício Alcenor Almeida, que abriga o Centro de Educação Profissional Miguel Sady, recebeu inovações, foi ampliado e reinaugurado. Hoje, o prédio é totalmente adaptado e acessível aos portadores de necessidades especiais incluindo Piso Podo tátil e sinalização em Braille. O ambiente é inteiramente climatizado com Sistema de Ar Condicionado Inteligente, climatização econômica e ecologicamente correta e possui sistema de monitoramento de câmeras. Além disso, o edifício recebeu a ampliação de dois anexos proporcionando um 40
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Cozinha didática do Centro de Educação Profissional Miguel Sady
Laboratório de Costura do Centro de Educação Profissional Miguel Sady
Edifício Alcenor Almeida, onde funciona o Centro de Educação Profissional Miguel Sady
Espaço moderno com capacidade para 200 pessoas
aumento de 30 ambientes pedagógicos. O local conta ainda com os centros de Beleza, Moda, Saúde e Gastronômico; laboratórios de Informática, Enfermagem, Segurança no Trabalho, Estética, Design, Costura e de Artes. O Auditório José Alves Filho teve a sua capacidade aumentada para 200 lugares, recebeu sistema de som de última geração
Centro de Beleza equipado para o aprendizado
e equipamentos especiais para teleconferências. A Biblioteca Deoclécio Dantas foi modernizada e adequada ao Ensino Superior e a modernização se estendeu também aos setores administrativos, de atendimento, lanchonete e áreas livres. O Centro de Informática Jorge Tomaz Tajra está passando por uma ampla reforma
e receberá novos equipamentos para contribuir ainda mais com o processo de aprendizagem dos alunos. São mais de 2.000m² de área construída com capacidade para atender 30 mil matrículas por ano. Em Teresina, o Senac possui também os Centros de Educação Profissional Clodoaldo Freitas e Miguel Rosa, ambos inaugurados em 2014.
Unidade Clodoaldo Freitas, Teresina-PI Julho/Agosto 2014
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O Senac vai mais longe Para levar a Educação Profissional a lugares mais distantes, o Senac recebeu duas carretas do tipo semi reboque, sendo uma unidade móvel de Turismo e Hotelaria e uma de In-
formática e Administração. Os veículos possuem ar condicionado, computadores com acesso à internet, equipamento audiovisual, antena parabólica, além dos equipamentos
Com o Senac, não há limites para o aprendizado
específicos utilizados nos cursos. Nessas unidades móveis, funcionam vários cursos voltados, em sua maioria, para a população de baixa renda.
Em 2009, o município de Picos recebeu o Centro de Educação Profissional José Almir Sá com estrutura que oferece total acessibilidade, já que cerca de 18% da população local corresponde a portadores de necessidades especiais. Além disso, a unidade conta com laboratórios de imagem pessoal que envolvem salas de depilação e estética, laboratórios de saúde e de informática com equipamentos de última geração. Em 2011, Valença ganhou uma sede do Senac. Além de salas confortáveis, os estudantes desfrutam de uma agradável biblioteca para aperfeiçoar os conhecimentos. Em Campo Maior, o Centro de Educação Profissional foi inaugurado em março de 2012 e possui estrutura ampla e adequada para atender à demanda local. Novas unidades do Senac já estão em andamento. A unidade do município de Bom Jesus está em sua fase final de construção. Para o segundo semestre de 2014, está previsto o início da construção de uma unidade
Sala de depilação do Centro de Educação Profissional José Almir Sá, Picos-PI
Unidade Móvel de Turismo e Hotelaria
O sucesso e a modernização do Senac/PI se estendem também por vários municípios. Em São Raimundo Nonato, a população ganhou o Centro de Educação Profissional Gasparino Ferreira dos Santos. O espaço foi inaugurado em outubro de 1998 e, atualmente, passa por reformas para oferecer maior comodidade através de ambientes pedagógicos amplos e modernos. Em Floriano, foram feitos investimentos a fim de oferecer um ambiente saudável de aprendizado aos alunos. A unidade, que foi inaugurada em julho de 1999, passou recentemente por uma reforma. A população de Parnaíba também conta com os serviços do Senac desde 1999 e a sede passará por um processo de modernização
Laboratório de saúde adequado para a prática do conhecimento
A Biblioteca da unidade de Valença-PI dispõe de um amplo espaço para os estudos
Avanço no acesso à qualificação profissional A trajetória de sucesso, liderada pelo presidente Valdeci Cavalcante, pode ser vista também na evolução do número de matrículas realizadas nos últimos 12 anos. Em 2002, foram feitas quase 14 mil matrículas e no ano de 2013 o Senac ultrapassou as 52 mil matrículas, um salto significativo de 275%. Entre 2002 e 2013, foram realizadas aproximadamente 355 mil matrículas, o que representa muitas oportunidades de geração de emprego e renda para a população do Piauí.
Sintonia entre talentos e oportunidades Surgido em 2009, o Banco de Oportunidades é um serviço de cunho social sem qualquer ônus de intermediação tanto para o candidato como para o empregador. O aluno do Senac pode se dirigir ao Banco para se cadastrar e as empresas ou empregadores podem realizar o cadastro tanto pessoalmente como por email. Cada vez que a empresa procura o Senac com a finalidade de oferecer vagas para o mercado de trabalho, o banco de dados é consultado de acordo com o perfil profissional exigido. O Senac-PI escreve a sua história de sucesso a cada dia sendo a maior e mais reconhecida instituição de Educação Profissional do estado que se empenha em desenvolver competências e realizar sonhos.
Centro de Educação Profissional Gasparino Ferreira dos Santos, São Raimundo Nonato-PI
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Centro de Educação Profissional José Alves do Nascimento, Floriano-PI Revista Fecomércio
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Senac lança sede em Barras
Novos profissionais para o mercado de trabalho Alunos concluem curso na maior instituição de aprendizagem do Piauí
O investimento vai gerar emprego e renda para a região
Por Mariane Aquino Fotos: Marketing Senac
Por Mariane Aquino Fotos: Ana Cláudia Coelho e Madson Henrique
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o dia 12 de agosto, foi lançada a pedra fundamental das instalações do Centro de Educação Profissional do Senac em Barras. Estiveram presentes no lançamento o presidente do Sistema Fecomércio Sesc/Senac, Valdeci Cavalcante, o prefeito municipal Edilson Sérvulo (Capote), acompanhado da primeira dama Edineida Fortes, a Diretora do Senac no Piauí, Elaine Dias, além de autoridades municipais e a comunidade local. O município, que fica na região norte do Estado, receberá o empreendimento que trará inúmeros benefícios para a população. O terreno que abrigará as instalações foi uma doação da Prefeitura Municipal de Barras. A Unidade de Barras faz parte do projeto de expansão do Senac por todo o Estado do Piauí e a presença do Centro de Educação Profissional no município trará qualificação profissional para a população local e para regiões circunvizinhas, além de incentivar a geração de emprego e renda. A apresentação do projeto arquitetônico do prédio foi feita pelo presidente Valdeci Cavalcante que falou do fortalecimento econômico, da formação de técnicos e da melhoria da qualidade da mão de obra na região “Todo curso que vocês imaginarem o Senac oferece, seja na área de Comércio, Gestão, Informática, Moda, Beleza, Conservação, Zeladoria, enfim, o Senac tem respaldo para oferecer cursos técnicos, à distância, de graduação e de pós graduação”, destacou o presidente. O prefeito de Barras, Edilson Capote, agradeceu ao presidente do Sistema Fecomércio do Piauí pela construção da sede no município. Segundo ele, a Unidade vai fortalecer o comércio da cidade e abrir oportunidades para o mercado de trabalho. De acordo com o Presidente da Câmara Municipal de Barras, Irlândio Sales, o projeto foi aprovado por unanimidade pela importância que o Senac tem no meio comercial e pela credibilidade dos cursos ofertados. Com 2 mil m² de área construída, o espaço vai abrigar 22 ambientes pedagógicos e terá capacidade para realizar, anualmente, cerca de 13 mil atendimentos. Ao todo serão investidos
Maquete eletrônica do Senac Barras
Presidente da Fecomércio, Valdeci Cavalcante e o prefeito de Barras Edilson Sérvulo
Valdeci Cavalcante, diretora do Senac no Piauí, Elaine Dias, prefeito Edilson Sérvulo e primeira dama Edineida Fortes comemoram o lançamento da Unidade
mais de nove milhões de reais na obra. O prédio, que será localizado em frente à Rodoviária da cidade, será dividido em três pavimentos com elevadores e estrutura que oferece acessibilidade aos portadores de necessidades especiais. Além disso, o projeto conta com área de eventos, biblioteca, lanchonete, auditório com capacidade para 200 lugares, laboratórios de Saúde, Informática e Imagem Pessoal que envolvem Salão de Beleza, Maquiagem, Manicure e Sala de Estética. A sede do município de Barras terá também Centro Gastronômico com Cozinha Didática, Sala de Moda para os cursos de Corte e Costura, salas de aula convencionais e estacionamento. O ambiente será
monitorado com câmera de circuito interno de TV digital e climatizado com sistema de ar condicionado inteligente. No Senac Barras, funcionarão os cursos que abrangem os segmentos de Gestão, Comércio, Artes, Educação, Informática, Turismo e Hospitalidade, Moda, Beleza, Idiomas, Design, Conservação e Zeladoria, Meio Ambiente, Segurança, Lazer e Desenvolvimento, Telecomunicações, Comunicação, Produção de Alimentos e Saúde. O Centro de Educação Profissional contará também com um Pólo Presencial da Rede Senac de Educação à Distância com cursos que favoreçam o desenvolvimento da comunidade da região.
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irmando cada vez mais o compromisso de promover educação profissional de qualidade, o Senac realizou, no dia 06 de agosto, a solenidade de formatura da turma do curso Técnico em Redes de Computadores, a primeira pelo Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (PRONATEC). O evento contou com a presença da Gerente da Unidade Miguel Sady, Fátima Filha, do Supervisor de Informática, Ivancley Brito, de Chefes de Setor, funcionários do Senac, além de familiares e amigos dos formandos. A Direção de Educação Profissional foi representada pela Coordenadora de Programas Sociais, Maria Karolina. O técnico em redes atua planejando a segurança e administrando redes em ambientes corporativos. Além dessas atribuições, o profissional analisa soluções de conectividade, projeta a infraestrutura de redes com ou sem fio e ainda pode atuar na configuração de dispositivos, manutenção de computadores, dentre outras funções. Pedro Lavoisier foi um dos professores homenageados pela turma. Segundo ele, Teresina tem um mercado amplo na área e vários profissionais estão sendo contratados. O professor ressaltou que o Senac é a única instituição do Piauí que oferece o curso Técnico em Redes de Computadores. “A oportunidade é única. É um curso muito bonito, que tem uma área muito aberta e Teresina está absorvendo muitos profissionais.” Pedro falou ainda da satisfação em ter sido homenageado pela turma e acrescentou que os alunos se destacaram porque gostam da profissão e sempre estão em busca de algo novo: “Dentre tantos profissionais e tantos professores bons, eles me escolheram, fizeram o convite e eu estou muito honrado, feliz por eles e por estar aqui porque é uma vitória, uma conquista. Eles têm o perfil de tentar buscar novidades no mercado relacionadas a redes”, afirmou. O Senac é o lugar certo para quem deseja corresponder às expectativas do mercado de trabalho. A prova disso é o formando Hatus Martins que, logo ao término do curso, já estava com um emprego garantido: “Assim que eu terminei o curso, entrei direto no estágio,
Formandos da turma “Backbone” comemoram a conquista
Formando Hatus Martins com o Supervisor de Informática, Ivancley Brito
Professor Pedro Lavoisier, um dos homenageados da turma, com a concludente Lizânia Oliveira
convidado por um dos professores aqui do Senac e já estarei sendo efetivado nos próximos dias. Para mim, foi uma surpresa imensa porque mal terminei o curso e já estou trabalhando”, comemorou. O curso Técnico em Redes de Computadores é na modalidade concomitante e possui carga horária de 1.100 horas/aula, o que equivale a uma duração de um ano e meio. Os alunos são oriundos da rede estadual que estão no segundo ou terceiro ano do ensino médio. De acordo com a Gerente da Unidade
Clodoaldo Freitas, Regina Ramos, os cursos oferecidos pelo Senac têm sido fundamentais para atender às exigências do mercado de trabalho atual: “O Senac, com a missão de levar a educação profissional, tem alavancado muito o ensino técnico. Sabemos que hoje é muito crescente a necessidade do profissional técnico no mercado que está de braços abertos esperando mão-de-obra qualificada, por isso a instituição está preparando e colocando à disposição esses profissionais”, assegurou. Julho/Agosto 2014
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Sebrae
Misael Martins
Comunicação & Desenvolvimento
A solução está no diálogo
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Jefferson Xavier – JEX Palestrante, consultor empresarial e coach em PNL Professor de oratória e co-autor do livro “Líderes em ação” falajex@gmail.com
As pessoas querem ser compreendidas e respeitadas. Elas não buscam apenas um emprego. Elas querem algo que tenha significado. Querem trabalhar com quem as escutam atentamente e que possam se comunicar com clareza. Por isso, o diálogo aberto e franco, sem rodeios ou intolerância é fundamental.”
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oda empresa de sucesso se preocupa em oferecer o melhor aos seus colaboradores e incentivá-los para que exponham suas ideias e projetos. De um modo geral, empresas que possuem uma abertura para o diálogo e prezam por uma comunicação aberta conseguem atingir resultados muito mais eficazes. Foi assim que aconteceu com um pequeno supermercado no bairro onde moro. O proprietário, bastante comunicativo percebeu que sua competência em saber dialogar, expressar opiniões e ideias, e estabelecer relacionamentos favorecia a superação de conflitos em seu negócio. Embora ainda fosse um negócio sem grandes proporções, ele viu que essa busca de entendimentos em saber negociar, o incentivo da criatividade e a capacidade de integrar pessoas e as equipes em torno de metas e objetivos era o que levaria sua empresa a crescer da forma como aconteceu. Essa estratégia deu certo e sua micro empresa já está na terceira unidade. Infelizmente, nem sempre é assim em boa parte das empresas. Muitos gestores não desenvolvem essas habilidades e o que vemos são colaboradores acuados, desmotivados, com vontade de mudar de emprego e revoltados com a falta da prática da boa comunicação. O diálogo se faz presente onde se valoriza a construção de relacionamentos, a criatividade e a recusa de conflitos. Por outro lado, encontramos colaboradores improdutivos e descompromissados que não param para ouvir ou quando ouvem uma informação a interpretam de maneira errada. Isso quando ouvem. Alguns nem isso fazem e as falhas na comunicação acabam gerando mal estar que poderia ser evitado. Muitos problemas poderiam ser eliminados se as pessoas prestassem mais atenção no que o outro fala ou no que deve ser feito. E que se não entendessem deveriam perguntar mais uma vez para não suscitar dúvidas. Isso impediria também muitas chateações. E a solução de tudo isso está num simples diálogo, pois ele traz clareza. Algo muito chato que ocorre nas empresas é ter que repetir um trabalho porque o outro não prestou atenção ou não ouviu cor-
retamente o que deveria fazer. Quando isso acontece de quem é a culpa? E por que isso ocorre? Observa-se também muitos líderes que possuem habilidades técnicas, mas não têm aptidão para perceber, entender e influenciar as emoções de seus subordinados positivamente. Até mesmo na forma de falar ou solicitar algum favor usam um tom autoritário e intimidam os participantes a contribuírem numa reunião com ideias para o crescimento da empresa. Esses têm maiores problemas para encontrar quem queira trabalhar com eles. Esse exemplo ocorreu numa rede de farmácias de uma cidade do interior. O proprietário simplesmente não queria ouvir ninguém. Essa falta de alinhamento com o seu pessoal provocou grandes atritos. O temor era frequente e a forma como ele tratava a todos provocou a saída dos seus melhores colaboradores e a fama de que o local era inviável para trabalhar. Isso acabou com uma péssima imagem da empresa e ela fechou há dois meses. E isso ocorre em muitos ambientes empresariais. Quem não se atenta a esses detalhes acaba perdendo muitas oportunidades. Segundo pesquisas feitas pelo Great Place to Work (pesquisas de clima organizacional), o índice de saídas voluntárias nas empresas é de 28% e as causas, muitas vezes, são as falhas de comunicação, falta de reconhecimento e não identificação com o trabalho. As pessoas querem ser compreendidas e respeitadas. Elas não buscam apenas um emprego. Querem algo que tenha significado. Querem trabalhar com quem as escutam atentamente e que possam se comunicar com clareza. Por isso, o diálogo aberto e franco, sem rodeios ou intolerância é fundamental. Esse é o segredo de empresas de sucesso que adotam essa cultura. A sua é assim? Parabéns! Se não for está na hora de encontrar meios para torná-la um ambiente mais humano e produtivo. Converse mais e ouça mais. Compreenda que isso faz uma grande diferença.
Treinamentos, palestras e oficinas abordam diversos temas sobre o mundo dos negócios
Educação Empreendedora
Sebrae tem diversas modalidades de cursos para atender quem procura capacitação Por Antônia Pessoa
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onhecimento é o caminho para o sucesso dos pequenos e grandes negócios. E o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, Sebrae no Piauí, é uma instituição que fomenta o conhecimento, oferecendo cursos gratuitos e subsidiados, de forma presencial e à distância. Para quem está começando ou já é um empresário experiente, há sempre um curso do Sebrae para atendê-lo. Alguns são realizados em salas de aula, outros pela internet. São treinamentos de qualidade, com metodologia avançada e conteúdos bastante variados. “A capacitação faz a diferença no mundo dos negócios. Para os empresários, é importante conhecer o mercado e o consumidor, bem como ferramentas de gestão interna, pois isso o torna mais apto a lidar com o seu colaborador e com os seus clientes”, explica a gestora do Treinamento Empresarial do Sebrae no Piauí, Valclêdes Moura. Ainda segundo Valclêdes, a capacitação também é importante para profissionais que desejam ingressar no mercado de
trabalho. “Todos precisam estar preparados para atuar no mercado. Quanto mais conhecimento, maiores as chances de se conseguir um bom emprego”, destaca. Os empresários precisam ficar atentos ainda à necessidade de promover capacitações para seus colaboradores. “Um funcionário bem preparado, produz mais, rende mais e a empresa ganha em faturamento. Por isso, o investimento em capacitação se torna muito lucrativo”, completa Valclêdes. Para atender a demandas específicas de empresas, o Sebrae no Piauí promove cursos in company, que são capacitações realizadas com exclusividade para determinado empreendimento. Os cursos podem acontecer tanto na sede do Sebrae como na empresa, contando com a participação somente dos colaboradores indicados pela contratante dos serviços do Sebrae. A instituição também disponibiliza uma programação mensal de treinamentos, realizados na sede em Teresina e nos escritórios de Piripiri, Parnaíba, Picos, São Raimundo
Nonato e Floriano. Essas capacitações, que são abertas ao público, abordam temas como vendas, vitrinismo, atendimento, gestão, finanças, inovação, entre outros assuntos. Além dos cursos subsidiados, o Sebrae oferece uma série de treinamentos gratuitos, como as oficinas do Programa Sebrae Empreendedor Individual(SEI), exclusiva para Microempreendedores Individuais(MEI). Os cursos de educação à distância também são totalmente gratuitos. São mais de 30 cursos on-line, divididos de acordo com o perfil e a necessidade do empreendedor. A metodologia dessas capacitações é simples, e o participante é acompanhado por um tutor até a conclusão do treinamento, além de ter a facilidade de download de todo o material utilizado na capacitação. Os cursos à distância estão disponíveis no endereço eletrônico www.ead.sebrae.com. br. Maiores informações sobre as modalidades de cursos ofertadas pelo Sebrae podem ser obtidas no site www.pi.sebrae.com.br. Julho/Agosto 2014
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Sebrae Quando: 06 a 09 de setembro Onde: Pavilhão Expo Center Norte- São Paulo- SP Mais informações: http://www.beautyfair. com.br
FENEPALMAS 21ª Feira de Negócios de Palmas Quando: 19 a 23 de agosto Onde: Centro de Convenções Parque do PovoPalmas-TO Mais informações: http://www.acipa.org.br BIENAL INTERNACIONAL DO LIVRO DE SÃO PAULO 23ª Feira Bienal Internacional do Livro de São Paulo Quando: 22a 31 de agosto Onde: Pavilhão de Exposições do Anhembi– São Paulo - SP Mais informações: http://www.bienaldolivrosp. com.br FRANCHISING FAIR 19ª Feira Nacional de Franquias Quando: 28 a 30 de agosto Onde: Centro de Eventos do Ceará– Fortaleza- CE Mais informações: http://www.feiradefranquias.com.br
SETEMBRO BEAUTY FAIR 10ª Feira Internacional de Beleza Profissional
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MERCOAGRO 10ª Feira Internacional de Negócios, Processamento e Industrialização da Carne Quando: 09 a 12 de setembro Onde: Parque de Exposições Tancredo NevesChapecó- SC Mais informações: http://www.mercoagro.com.br ARCTECH 3ª Feira Internacional de Tecnologias para Arquitetura e Urbanismo Quando: 10 a 13 de setembro Onde: Centro de Exposições Imigrantes – São Paulo- SP Mais informações: http://www.feiraarchtech. com.br FECOIMP 14ª Feira do Comércio e Indústria de Imperatriz Quando: 17 a 20 de setembro Onde: Centro de Convenções de ImperatrizImperatriz- MA Mais informações: http://www.fecoimp.com.br
ABAV 42ª Feira de Turismo das Américas Quando: 24 a 28 de setembro Onde: Anhembi São Paulo – São Paulo – SP Mais informações: http://www.feiradasamericas.com.br ELETRON 16ª Feira da Indústria Elétrica, Eletrônica e Automação Industrial Quando: 24 a 27 de setembro Onde: Expotrade- Pinhais-PR Mais informações: http://www.feiraeletron.com.br LOGTECH 16ª Feira de Logística e Comércio Exterior Quando: 24 a 27 de setembro Onde: Expotrade- Curitiba -PR Mais informações: http://www.diretriz.com. br MERCOPAR 23ª Feira de Subcontratação e Inovação Industrial Quando: 30 de setembro a 03 de outubro Onde: Centro de Feiras e Eventos Festa da Uva-Caxias do Sul-RS Mais informações: http://www.mercopar. com.br
Dia dos Pais de agosto
Nesse Dia dos Pais, queremos homenagear quem nos encaminhou na vida e no mundo dos negócios!
DATAS IMPORTANTES NO COMÉRCIO Fique atento para não deixar passar em branco!
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AGOSTO
SETEMBRO
10 · Dia dos Pais
07 · Dia da Independência do Brasil
11 · Dia do Estudante/ Dia da Televisão
09 · Dia do Administrador
13 · Dia do Economista
15 · Dia do Cliente
15 · Dia da Informática/ Dia da Assunção de Nossa Senhora
19 . Dia do Comprador
16 · Aniversário de Teresina
20 · Dia do Funcionário Municipal
27 · Dia do Corretor de Imóveis
22 . Dia do Contador
28 · Dia dos Bancários
29 · Dia do Anunciante
31 . Dia dos Nutricionistas
30 . Dia da Secretária
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Empresários e futuros empreendedores participam do Empretec Seminário desenvolve características do empreendedor Por Samantha Petersen
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a semana de 21 a 26 de julho, o Sebrae realizou mais um Empretec, um seminário voltado para atuais e futuros empresários que tem como objetivo estimular e desenvolver as características individuais do empreendedor. O Empretec aborda as 10 características empreendedoras: Busca de Oportunidades e Iniciativa, Persistência, Comprometimento, Exigência de Qualidade e Eficiência, Correr Riscos Calculados, Estabelecimento de metas, Busca de Informação, Planejamento e Monitoramento Sistemático, Persuasão e Rede de Contatos, Independência e Autoconfiança. De forma que o participante tenha oportunidade de vivenciar fortes mudanças comportamentais, revendo conceitos e atitudes. O programa do Empretec foi concebido pelas Nações Unidas, baseado em uma série de pesquisas com empreendedores de sucesso de diversos países. Hoje o programa atua em 34 países e no Brasil é realizado pelo Sebrae estando em operação no País há mais de 20 anos. No Piauí, o Seminário começou a ser
Arquivo Pessoal
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A turma é acompanhada durante uma semana por facilitadores do Sebrae
aplicado em 2000 e já foram formadas 136 turmas. A próxima turma está marcada para os dias 22 e 27 de setembro e as entrevistas serão realizadas entre os dias 10 e12 do mesmo mês.
Nada é tão bom que não possa melhorar Encontro Empresarial é mais uma ação da educação empreendedora do Sebrae Por Nahiane Gomes
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ada é tão bom que não possa melhorar! Foi com essa palestra que o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE-PI), promoveu em julho o Encontro Empresarial do palestrante Jefferson Xavier com empresários. Jefferson além de palestrante nacional, é administrador, consultor, escritor, articulista de revistas e portais, professor há 17 anos. Em tom de bate-papo, ele deu muitas dicas para empreender mais e melhor, apresentou soluções para alguns problemas do cotidiano das empresas, ressaltando que o empresário deve estar sempre se atualizando e se preocupando com um melhoramen-
to contínuo relacionado ao aprendizado e conhecimento. De acordo com Jefferson, ninguém é tão grande que não possa aprender, nem tão pequeno que não possa ensinar. No decorrer da palestra foram apresentadas aos empresários algumas ferramentas de Programação Neolinguística- PNL e de Coaching. Os empresários se mostraram contemplados com o conteúdo da palestra que foi encerrada com frases de incentivo para mudanças e melhorias que possam levar ao sucesso, como: ninguém pode ser perfeito, mas todos nós podemos ser melhores e ninguém é tão bom que não possa melhorar, nem tão ruim que não possa ficar bom.
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Agenda
Bate papo do palestrante Jefferson Xavier sobre os problemas comuns nas empresas Julho/Agosto 2014
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Coaching
Comemorações
Fênix Móveis: 20 anos de sucesso no mercado piauiense
Coaching de carreira Cacilda Silva Empresária, Master Coach e Neuro Coach cacildamastercoach@gmail.com
Escolhe um trabalho de que gostes e não terás que trabalhar nenhum dia na tua vida.” (Confúcio)
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ão raras as pessoas que não experimentam, em algum momento da vida, dúvidas a respeito da carreira profissional escolhida, até porque sabemos que uma escolha de carreira, que reflita os valores individuais e potencialize o uso de nossos talentos, acontece em um momento no qual não estamos maduros o suficiente para nos conhecermos e entendermos o impacto dessa escolha em nossa satisfação e felicidade pelo resto de nossas vidas. Além disso, com o passar do tempo, nossos valores e prioridades mudam, demandando novas experiências ou condições de trabalho que nos dê a sensação de “preenchimento interior”, na busca pela realização do nosso propósito pessoal. Pesquisas realizadas mostram que a maioria dos profissionais está insatisfeita com o trabalho atual, por questão da própria carreira, como a vontade de trabalhar com algo diferente, que melhor reflita os próprios valores, ou por aspectos profissionais específicos, como ambiente de trabalho insatisfatório, carga horária excessiva, remuneração baixa, etc. Sentir que há algo a mudar é natural e saudável. Todos sentimos ou sentiremos um dia. O problema acontece quando as dúvidas existem sem solução, levando o indivíduo a experimentar a angústia da insatisfação com sua vida profissional, sentindo-se perdido, enclausurado em sua incerteza a respeito de que caminho seguir: fazer ou não uma mudança de rumo, desistir da carreira atual e iniciar algo completamente novo, fazer uma mudança sutil na carreira para uma nova área, função, empresa, segmento de negócio, voltar a trabalhar após anos dedicando-se à família, enfim, muitas possibilidades, pouca certeza e muita insegurança em mudar. O objetivo de um Coaching de Carreira é apoiar o indivíduo na construção de novos capítulos profissionais, que lhe tragam grandes satisfações e alinhamento com valores e propósito de vida. O processo de Coaching de Carreira é constituído de quatro fases: Entendimento,
Empresa 100% piauiense comemora sua trajetória de conquistas Por Nahiane Gomes Fotos: Arquivo Pessoal
A Possibilidades, Escolhas e Implementação. Na primeira fase, Entendimento, o profissional (Coach) e o cliente (coachee) trabalham juntos para entender a situação atual da carreira, como ela começou, com base em que princípios e valores foi construída, qual a influência da família nas escolhas realizadas, como a carreira está, o que incomoda, o que tem de bom, quais talentos o cliente tem que o sustentam na carreira atual e que talentos não estão sendo necessariamente utilizados. Aqui começa o desenho do propósito de vida do cliente, que será em todo o processo, a referência para a trajetória profissional a ser construída dali para frente. Nossas escolhas iniciais de carreira são geralmente baseadas na necessidade de atender as expectativas dos nossos pais ou ainda na imagem superficial que temos a respeito do status e retorno financeiro que uma determinada carreira pode oferecer. Nesta etapa do entendimento, o objetivo é estimular o autoconhecimento, para ajudar o coachee a apropriar-se da sua responsabilidade com a situação que vive, bem como abrir seus olhos para os padrões mentais e comportamentais que alimentam sua experiência de insatisfação com a carreira e dificultam a decisão de mudança de cenário. Nessa etapa é possível identificar crenças limitantes, como por exemplo: “Eu não sou bom o bastante para fazer nada além disso” ou “Não há como prosperar se eu não trabalhar 12 horas por dia”, o que ajuda o cliente a construir um novo olhar para si e para o mundo, abrindo as portas para a próxima etapa, a construção das possibilidades. Espero que você tenha acompanhando até aqui. Na próxima edição vamos continuar falando das outras fases do processo de Coaching de Carreira que são as possibilidades, escolhas e implementação.
Fênix Móveis, empresa que atua no setor de móveis e equipamentos para escritório, comemora em agosto seus 20 anos de fundação. Desde sua criação em 1994, seus sócios e colaboradores procuram a consolidação do negócio no mercado piauiense, sempre buscando excelência nos produtos e serviços prestados aos seus clientes. A concepção dessa empresa líder em seu segmento não foi por acaso. Pablo Normando, atual sócio-diretor, administrava em 1994 uma filial da Papelaria dos Contribuintes em Fortaleza (CE). Certo dia, um curto-circuito na rede elétrica provocou um incêndio devastador na loja, e esse fato levou Pablo a se mudar para Teresina e empreender em um novo ramo. Escolheu juntamente com seu irmão Paulo Normando o segmento de móveis para escritório, diante da falta de uma loja especializada nesse ramo, e a inspiração para o nome do novo empreendimento veio da Fênix, ave da mitologia grega que renasce das cinzas. Em 17 de agosto, num ponto comercial bem modesto localizado na esquina das ruas Lizandro Nogueira e David Caldas e com apenas três funcionários, a Fênix Móveis é inaugurada. Passaram-se 20 anos e hoje a empresa já conta com três lojas (uma na Campos Sales, outra na Senador Teodoro Pacheco e uma loja com móveis para escritório de alto padrão na avenida Universitária). Mas a Fênix Móveis não é somente revenda, também é indústria. Atualmente sua instalação industrial está localizada na avenida Santos Dumont, próximo ao Aeroporto, e em breve será transferida para um grande e moderno parque fabril situado no Polo Empresarial Sul de Teresina. Sua nova indústria, numa área de 10.000 m², estará operando a todo vapor até o final do ano, com o que existe de mais moderno em maquinário e sistemas de produção de móveis para escritório e projetados sob medida. Pablo, juntamente com sua esposa e sócia Socorro Normando, contam com uma equipe de 150 colaboradores prontos para oferecer soluções em móveis de alto padrão e com excelente custo. A marca Fênix Móveis já conquistou sete vezes o prêmio Marcas Inesquecíveis em seu segmento, resultado conquistado com mui-
Três lojas, indústria própria e mais de 150 colaboradores
Primeira loja na rua Lizandro Nogueira
Paulo Normando (esq.) e Pablo Normando (dir.) acompanhados do avô Manoel Normando (centro)
Sete vezes consecutivas vencedora do prêmio Marcas Inesquecíveis
Pablo, Socorro e filhos na comemoração dos 19 anos da empresa
to trabalho e respeito ao cliente, afirma Pablo Normando. “Nossos planos são a ampliação dos negócios para outras regiões do Nordeste e o aperfeiçoamento de nossas técnicas de produção, o que se tornará possível com a nova in-
dústria que será inaugurada. Novas máquinas já foram adquiridas e investimos sempre em nossos colaboradores, para conseguirmos propiciar aos clientes cada vez mais qualidade em nossos produtos”, ressalta o proprietário. Julho/Agosto 2014
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Uso de proteção solar deve ser um hábito
Carlos Pacheco
Trabalhadores que se expõem ao sol devem ter cuidados redobrados
Uso de sombrinha, chapeus e protetor labial aumentam a proteção Por Samanta Petersen
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m Teresina, os cuidados com a pele devem ser uma constante, mas no chamado B-R-O-BRÓ é preciso ainda mais atenção para evitar manchas, o envelhecimento precoce da pele e até um câncer. No Brasil, o câncer de pele não melanoma, é o tipo mais frequente e corresponde a 25% de todos os tumores malignos registrados.
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De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), somente em 2014, devem ser registrados 98420 casos novos de câncer de pele não melanoma nos homens e 83710 nas mulheres no país. Esse tipo de câncer apresenta altos percentuais de cura, se for detectado precocemente. Entretanto, a melhor forma de prevenção
é o uso de protetor solar mesmo nos dias nublados. E para aumentar ainda mais a proteção da pele, outros artifícios podem ser utilizados, como o uso de chapéus e bonés, sombrinhas e até de roupas feitas com tecidos que já possuem proteção solar. Também deve-se evitar a exposição ao Sol entre 9h e 16h. Um dos motivos para tanto cuidado
com a pele dos teresinenses é que a capital é uma das cidades brasileiras que possuem alto índice ultravioleta (IUV). Esses raios possuem efeito cumulativo penetrando profundamente na pele, sendo capaz de provocar diversas alterações, como o bronzeamento e o surgimento de pintas, sardas, manchas, rugas e outros problemas como o câncer. Outro alerta é que até aparelhos eletrônicos e as lâmpadas podem prejudicar a saúde da sua pele. “O que a gente tem que considerar é a questão da luz visível, da radiação solar e também da luz refletida. Então, a luz que conta não é só essa luz do Sol diretamente na sua pele. A luz que reflete em um espelho, do verniz de um carro. E a luz visível que seria a de monitores, computadores, tablets, celulares e as lâmpadas florescentes. Então, toda a população tem que se habituar a usar e reaplicar o protetor solar”, orienta a dermatologista Anna Carolina Vaz. As pessoas que se expõem ao sol de forma prolongada e frequente, como carteiros, garis, motoboys e profissionais que fazem panfletagem, devem redobrar sua atenção. Além das recomendações gerais, esses profissionais devem cobrir as áreas expostas com roupas apropriadas, como uma camisa de manga comprida, calças e um chapéu de abas largas. O uso de óculos escuros com filtro de proteção solar na lente e de protetores labiais também complementam os cuidados essenciais. “Nesses casos, o ideal seria que a empresa fornecesse o protetor solar e que haja também um treinamento. A gente recebe muitos pacientes de empresas que indicam o uso da proteção solar, mas eles não querem fazer uso. Então é um trabalho de educação para mostrar a necessidade da proteção solar”, explica a médica. E para quem exagerou na exposição ao Sol no dia-a-dia ou nos momentos de lazer ou encontrou na pele pintas ou manchas suspeitas, a recomendação é procurar um médico. “Houve um problema, gerou uma patologia, a pessoa está com a pele doente, é preciso procurar o profissional que trata disso, que é o médico dermatologista, para que ele possa fazer as recomendações, tratar o problema que surgiu e prevenir problemas futuros”, destaca.
Carlos Pacheco
Bem-estar
Dermatologista Anna Carolina Vaz recomenda reaplicação do protetor durante o dia
Tipo de protetor solar depende de vários fatores De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, é preciso utilizar um produto que proteja contra radiação UVA e UVB e tenha um fator de proteção solar (FPS) 30, no mínimo. “Você tem que respeitar as faixas etárias e as condições de cada pele, porque quando você vai escolher uma proteção solar tudo isso é levado em consideração. O clima onde a gente vive, a questão com relação à idade, se é uma pela mais seca, mais oleosa ou acneica. Então, existem as indicações e as contra-indicações”, explica a dermatologista. O aconselhado é que pessoas de pele seca e idosos devem usar protetor solar mais oleoso. Já as que têm pele mais oleosa devem optar por um protetor tipo oil-free, gel ou gel-creme. Lembrando que filtros solares podem ser usados a partir dos seis meses. Para as crianças antes dessa idade, o uso do protetor não é indicado, mas elas também não devem ser expostas ao sol nos horários não recomendados. O protetor deve ser aplicado 30 minutos antes de sair de casa e reaplicado a cada duas horas ou menos, nas atividades de lazer ou trabalho ao ar livre. Ao utilizar o produto no cotidiano, o correto é aplicar uma boa quantidade pela manhã e reaplicar antes de sair para o almoço. Nas atividades diárias, é necessário aplicar protetor solar em todas as partes do corpo que ficam expostas como nuca, mãos, pescoço, rosto e braços. A Sociedade Brasileira de Dermatologia também recomenda que na praia ou na piscina, devem-se usar barracas feitas de algodão ou lona, que absorvem 50% da radiação ultravioleta. As barracas de nylon formam uma barreira pouco confiável: 95% dos raios UV ultrapassam o material.
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Cultura Empresarial
Nahiane Gomes Jornalista, especialista em Gestão de Comunicação Corporativa nahianegomes@gmail.com
Aqui você encontra dicas de livros, filmes, sites, twitter e fanpages que irão lhe ajudar a se manter sempre atualizado no mundo dos negócios! Aproveite o tempo livre para curtir as nossas dicas.”
Dica de Leitura: Empreendedorismo Social do Comércio no Piauí Autor: Francisco Valdeci de Sousa Cavalcante Comentário: O livro permite que se tenha uma visão panorâmica do trabalho realizado pelo Sistema Fecomércio Sesc/Senac-PI, no período de 2002 a 2013, tempo de gestão de Valdeci Cavalcante, como presidente. De acordo com o autor, que ainda se mantém no cargo e não hesita em prestar contas do que realizou até hoje, o livro procura reunir todas as informações necessárias para o leitor acerca do atendimento realizado por essas instituições e dos detalhes de investimentos nos projetos, que levaram à expansão e interiorização dessas instituições no Estado do Piauí. Foram muitos projetos e obras concluídas para a sociedade piauiense. As fotos apresentadas mostram o histórico de algumas e os caminhos percorridos, pontuando o compromisso social do Sesc/Senac.
Dica de site: www.aberje.com.br Comentário: O site da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje) é o primeiro portal da comunicação empresarial brasileira desde 1996. Seu acesso é um salto para as atualizações a respeito da comunicação no meio empresarial. São muitas as informações sobre cursos livres e internacionais nessa área. O acervo online é vasto e rico em pesquisas, artigos, colunas, livros e notícias em geral. 54
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Dica de filme: O Lobo de Wall Street Comentário: Filme americano, lançado em 2013, é baseado na história real de Jordan Belfort (Leonardo Di Caprio) e teve cinco indicações ao Oscar. Jordan trabalha numa corretora de Wall Street, onde aprendeu de fato a ser corretor. Com o Black Monday, as bolsas caíram de repente, desempregado, ele passa a trabalhar para uma empresa medíocre, na qual mostra seu incrível dom para extrair vantagens nos negócios. É assim que ele se junta a velhos amigos e cria a Stratton Oakmont, sua própria empresa, fazendo com que todos enriqueçam rapidamente e levem uma vida regada a loucos prazeres. É polêmico, politicamente incorreto, mas em contrapartida é intrigante, traz à tona a fugacidade do dinheiro, os limites do prazer comprado, o poder de motivação que pode ter um grande empresário junto aos funcionários e as veredas para as quais podem levar a adrenalina, a ambição, a sonegação e o fascínio pela riqueza.
Vale a pena curtir: Empreendemia Comentário: Uma fanpage que traz muitas dicas para o “Empreendedorismo sem enrolação”, motiva o empreendedor das mais diversas formas, principalmente por meio de artigos, notícias, cases e entrevistas com especialistas.