Revista FEUC em Foco - Edição 3 (Outubro/2010)

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Ano 1

CAEL: 42 anos de sucesso

. N 3 . outubro de 2010 . www.revistadigital.feuc.br 0

ComoEDUCAÇÃO prepararINFANTIL uma Instalações da creche educam divertindo

MERCADO DE TRABALHO

Segundo semestre: época de boas oportunidades para estágio e trainee em 2011

DISLEXIA

Dificuldades durante a pré-escola e a educação infantil podem revelar distúrbios de aprendizagem que dificultam o entendimento do aluno na área da educação

Alfabetização: entenda a importância da pré-escola no aprendizado da linguagem 1 FEUC


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Escola e Ética: companheiros inseparáveis Os educadores estão certos ao afirmarem que, nos últimos anos, recaíram sobre seus ombros tão pesadas responsabilidades, que o fardo parece impossível de carregar se a escola não possuir uma competente equipe de profissionais que possa ajudá-los a atenuar o peso. Todos nós sabemos que atribuições específicas de outras instituições, como as da família e as da igreja, foram delegadas à instituição escolar, deixando os educadores atônitos entre a formação acadêmica e a formação mais humanística do cidadão. A verdade é que são inúmeras e complexas as demandas da sociedade do conhecimento, assim como é forçoso reconhecer que a facilidade de uso das tecnologias da informação e comunicação abriu caminhos e perspectivas que devem permear o mundo da educação formal, na tentativa de não permitir que os alunos procurem os descaminhos, por faltar-lhes uma formação adequada. Nessa perspectiva, parece-nos fundamental que a ética, que pode ser entendida como determinante de nossas escolhas, como a forma que agimos, deve ser parte integrante e condição sine qua non do processo educativo. Ressalte-se que não é criar mais uma disciplina a ser incluída, obrigatoriamente, nos currículos da escola básica, que, diga-se de passagem, já estão exauridos com uma série de enxertos, como Filosofia, Sociologia, Artes, Música e conteúdos de Cultura Afro-Brasileira/Indígena e Direito das Crianças e dos Adolescentes. Atualmente, há uma pesada crítica à inclusão desses ingredientes, pois afirma-se que, em muitos casos, são tratados como adereço e perfumaria, em detrimento de um estudo mais consistente do português, da matemática e das ciências. A conduta das pessoas pode decidir o destino da humanidade. O homem precisa saber como deve agir perante os outros, o que parece ter uma relação muito próxima ao que espera das pessoas que com ele interagem. Filosoficamente, comportamento ético é aquele tido como bom. Em sua obra Ética a Nicômaco, Aristóteles afirma que a felicidade não consiste nem nos prazeres, nem nas riquezas, nem nas honrarias, mas numa vida virtuosa. E vida virtuosa pode ser entendida como aquela permeada por uma conduta de respeito ao próximo. A cada dia que passa, são evidentes as demonstrações de que as pessoas, de um modo geral, são capazes de fazer qualquer coisa para que seus objetivos sejam alcançados sem que ninguém atrapalhe. É muito triste reconhecer que as pessoas estão se tornando insensíveis e perdendo sua capacidade de indignação. Precisamos trabalhar muito em nossas escolas para que, desde os anos iniciais de vida, as crianças aprendam a respeitar o direito de outras, a ter empatia, limites, sentimentos. Sem isso, não há ética, e, sem ética, a espécie humana corre o risco de ser extinta. Prof. Hélio Rosa de Araújo Diretor-Geral das FIC e vice-presidente da FEUC

Expediente Revista

FEUC EM FOCO Publicação da Fundação Educacional Unificada Campograndense Estrada da Caroba, 685 - Campo Grande Tel.: (21) 3408-8484 Presidente Wilson Choeri Diretora Administrativa Profª Dieni da Costa Pimenta Diretor de Ensino Prof. Hélio Rosa de Araújo Diretor Superintendente Prof. Durval Neves da Silva Diretor das FIC Prof. Hélio Rosa de Araújo Diretora do CAEL Profª Regina Sélia Iápter Gerência de Marketing Flávio Silva Diagramação, Fotografia e Reportagem Thaís Cardoso Revisão Prof. Hélio Rosa de Araújo Projeto Editorial Flávio Silva Revista Digital Keli Veloso Colaboradores Prof. Alzir Fourny Marinho Profª Djanira Nunes Barbosa Prof. Hélio Rosa de Araújo Prof. Luíz Carlos Moura Profª Vivian Zampa Periodicidade Trimestral Tiragem 10.000 exemplares


Creche: conforto e qualidade Estrutura renovada para garantir uma educação de excelência em um ambiente onde se aprende brincando

Infraestrutura infantil Sala de Leitura

A creche e a educação infantil ganharam, no último ano, novos espaços que buscam aperfeiçoar o apredizado do aluno e melhorar as condições de onde ele passa a maior parte do tempo. Um parquinho totalmente colorido, com direito a piscina de bolinhas e casa de boneca - onde as crianças podem se fantasiar e viajar para o mundo dos contos de fada -, tem feito a cabeça da criançada, que espera ansiosamente pela hora do lazer. A amarelinha pintada no chão também tem espaço considerável nas brincadeiras, e, durante a diversão, aproveita para relembrar a importância dos números, bem como o desenvolvimento psicomotor, mantendo o equilíbrio da criança ao pular cada casinha para recuperar sua pedrinha. Um campo exclusivo da criança é outro espaço de lazer. Ela aproveita a grama sintética para rolar pelo campo brincando com carrinhos, bonecas, bola, entre outra atividades proporcionadas pelos educadores. Na piscina, as crianças aproveitam para se refrescar, mas também para aprender os primeiros exercícios da natação, sempre com o auxílio e acompanhamento de seus professores. Para tornar a brincadeira ainda mais divertida, foi criado o vestiário, onde a ansiedade começa. E, depois, para relaxar, é a hora de fazer um lanchinho.

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Piscina

Brinquedoteca

Campo sintético

Vestiário Creche

Parquinho

Piscina de bolas

Casa de boneca


educação infantil

a importância da pré-escola O processo pode chegar a 2 anos dependendo da maturidade, do preparo, do ritmo da criança e do quanto foi estimulada.

A

lfabetização a princípio significa o domínio da leitura e da escrita, mas esse domínio é na verdade a conclusão de um longo processo. Para que uma criança seja alfabetizada, é preciso que ela passe antes por uma série de etapas em seu desenvolvimento, tornando-se então preparada para a aquisição da leitura e da escrita. Essas etapas compõem a chamada “fase préescolar” ou “período preparatório”. O processo de alfabetização é bastante complexo para a criança, por isso a importância de se respeitar o período preparatório, que dará à criança o suporte necessário para que ela prossiga sem apresentar grandes problemas. Uma criança sem o preparo necessário pode apresentar, durante a alfabetização, dificuldades relacionadas à coordenação motora fina e à orientação espacial, não sabendo, por exemplo, segurar o lápis com firmeza, unir as letras enquanto escreve, ou como posicionar a escrita no papel. Pode ainda ter problemas para identificar os fonemas e associá-los aos grafemas. Também é possível encontrar crianças que só sabem copiar textos, e, durante um ditado, não conseguem escrever. Podemos falar também sobre as dificuldades de interpretação de texto, de compreensão, de raciocínio lógico e ainda nas dificuldades emocionais. Complexos de inferioridade, insegurança, medo de situações novas, medo de ser repreendida, medo de errar, de não corresponder às expectativas dos pais, apatia, indiferença ou indisciplina e revolta, problemas de socialização, baixa autoestima, e outros. O período propício para a alfabetização é entre os 6 ou 7 anos. Segundo Freud, é a chamada “fase latente”, quando a criança já não tem mais interesses relacionados à descoberta do próprio corpo e do sexo

oposto, bem como suas relações, e pode ter toda a sua atenção voltada para a aprendizagem porque esses interesses só voltam a se manifestar na puberdade. O processo de alfabetização pode chegar a 2 anos, dependendo da maturidade, do preparo, do ritmo da criança e do quanto foi estimulada. Este é o período adequado para que a criança tenha completo domínio da leitura e da escrita, havendo a necessidade daí por diante do aperfeiçoamento da ortografia, da gramática e a estimulação constante da compreensão, interpretação e produção de textos. Além de tudo isso, uma boa alimentação, boa saúde, tempo de sono respeitado com horários regulares e um ambiente de tranquilidade, segurança e amor entre a família, integração entre a família e a escola, facilitam muito a superação do período de alfabetização com bastante êxito. Falando agora do período preparatório, precisamos levar em consideração que, para ser alfabetizada, uma criança precisa antes de tudo ter uma autoestima elevada, precisa estar bem emocionalmente, ter segurança e auto-confiança, para poder enfrentar as dificuldades que o processo de alfabetização irão lhe impor. Além disso, a criança precisa apresentar características de socialização. Seja qual for o seu temperamento, ela deve saber se portar em grupo, respeitar as pessoas, saber quais são seus limites, ter disciplina, estabelecer boa comunicação, ir aos poucos adquirindo independência e responsabilidade, saber ganhar e saber perder, ter boas maneiras etc. Depois disso, a criança deve apresentar um bom desenvolvimento motor e dominância lateral definida. Isso significa que ela deve brincar muito, exercitar-se através de jogos e brincadeiras que estimulem

as percepções sensoriais (gustativa, olfativa, visual, tátil e auditiva). Deve dominar seus movimentos corporais com habilidade e segurança, deve conhecer seu corpo, seus limites, ter postura, equilíbrio, reflexos e raciocínio lógico bem desenvolvidos. Por isso a importância das brincadeiras de rua, de jogar bola, andar de bicicleta, rolar na grama, brincar com areia, nadar, correr, pular etc. Isso é o que chamamos de coordenação motora global. O próximo passo é o desenvolvimento da coordenação motora fina. A criança se desenvolve nesse sentido quando desenha ou pinta com todos os tipos de lápis, pincéis, quando usa tesouras ou quando pinta com os próprios dedos. Quando rasga, amassa ou pica papéis, quando brinca com jogos de encaixar e montar, enfim, são atividades que limitam-se mais ao uso das mãos, associadas ao raciocínio, à percepção sensorial e à concentração. Também são pré-requisitos importantes o desenvolvimento da capacidade de concentração, o desenvolvimento da memória e do raciocínio lógico e abstrato. Estes podem ser aprimorados com brinquedos e programas educativos, músicas, histórias, filmes infantis, livros, conversas informais e tantos outros recursos. Toda e qualquer atividade estimula o cérebro, e, quanto mais estimulado, melhor é o desempenho da criança em todo o processo de aprendizagem. Além de tudo isso, a criança precisa, sem dúvida, apresentar bom desenvolvimento físico e boa saúde. Por causa de todo esse aprendizado, é importante que as crianças frequentem a pré-escola. Katia Ferreira Lima Pedagoga e pós-graduada em psicopedagogia

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comportamento

DI S LEXIA

e distúrbios de aprendizagem Dificuldades durante a pré-escola e a educação infantil geralmente estão relacionadas a distúrbios neurológicos de aprendizado e não a qualidade do ensino ou do aluno

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efinida como um distúrbio ou transtorno de aprendizagem na área da leitura, escrita e soletração, a dislexia é o distúrbio de maior incidência nas salas de aula. Pesquisas realizadas em vários países mostram que entre 5% e 17% da população mundial é disléxica. Ao contrário do que muitos pensam, a dislexia não é o resultado de má alfabetização, desatenção, desmotivação, condição socioeconômica ou baixa inteligência. Ela é uma condição hereditária com alterações genéticas, apresentando ainda alterações no padrão neurológico. Por esses múltiplos fatores, é que a dislexia deve ser diagnosticada por uma equipe multidisciplinar. Esse tipo de avaliação dá condições de um acompanhamento mais efetivo das dificuldades após o diagnóstico, direcionando-o às particularidades de cada indivíduo, levando a

Foto divulgação

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resultados mais concretos. Os disléxicos geralmente apresentam dificuldades com a linguagem e escrita, dificuldades em escrever, dificuldades com a ortografia e lentidão na aprendizagem da leitura. Além disto, os portadores da síndrome poderão apresentar disgrafia: letra feia; discalculia: dificuldade com a matemática, sobretudo a assimilação de símbolos e de decorar tabuada; dificuldades com a memória de curto prazo e com a organização; dificuldades em seguir indicações de caminhos e em executar sequências de matérias complexas; dificuldades para compreender textos escritos; e dificuldades em aprender uma segunda língua. Algumas vezes pode apresentar dificuldades com a língua falada, com a percepção espacial e confusão entre direita e esquerda. A melhor forma de diagnosticar a dislexia é pais e professores se manterem atentos ao ritmo de aprendizado e desenvolvimento intelectual da criança. Vale ficar alerto quando crianças na préescola apresentarem sintomas como fraco desenvolvimento da atenção,

atraso no desenvolvimento de fala e da linguagem, dificuldade em aprender rimas e canções, fraco desenvolvimento da coordenação motora, dificuldade com quebra-cabeça e falta de interesse por livros impressos. Durante a idade escolar, quando disléxica, é comum perceber nas crianças um pobre conhecimento de rimas (sons iguais no final das palavras) e aliterações (sons iguais no início das palavras), desatenção e dispersão, dificuldade em copiar de livros e da lousa, dificuldade na coordenação motora fina (desenhos, pintura etc) e grossa (ginástica, dança etc), desorganização geral como constantes atrasos na entrega de trabalhos escolares e perda de materiais escolares, confusão entre esquerda e direita, dificuldade em manusear mapas, dicionários, listas telefônicas etc, vocabulário pobre com sentenças curtas e imaturas ou sentenças longas e vagas, dificuldade na memória de curto prazo como instruções, recados etc, dificuldades em decorar sequências como meses do ano, alfabeto e tabuada, dificuldade na matemática e desenho geométrico, dificuldade em nomear objetos e pessoas (disnomias), troca de letras na escrita, dificuldade na aprendizagem de uma segunda língua, problemas de conduta como depressão, timidez excessiva ou o “palhaço” da turma, e bom desempenho em provas orais. É muito importante que a criança diagnosticada com dislexia seja acompanhada por um


comportamento profissional, evitando assim que os sintomas persistam durante a fase adulta causando possíveis prejuízos emocionais, sociais e profissionais. Quanto mais rápido forem diagnosticados os problemas e a origem, mais fácil serão o controle e a prevenção de novos sintomas. Outros distúrbios de aprendizagem podem ou não estar relacionados a dislexia. Vamos conhecer um pouco sobre eles.

DISGRAFIA é caracterizada por problemas com a linguagem escrita, que dificulta a comunicação de ideias e de conhecimentos. A disgrafia pode comprometer o traçado de letras, números e desenhos, levando a pessoa a cometer erros ortográficos, omitir, acrescentar ou inverter letras e sílabas. Outra característica é a letra feia, que pode estar relacionada a uma escrita muito lenta para percepção das letras a serem utilizadas na palavra ou uma grafia muito rápida e impensada. DISCALCULIA é um distúrbio neurológico que afeta a habilidade com números. É um problema de aprendizado independente, mas pode estar também associado à dislexia. Tal distúrbio faz com que a pessoa se confunda em operações matemáticas, conceitos matemáticos, fórmulas, sequências numéricas, ao realizar contagens, sinais numéricos e até na utilização da matemática no dia a dia. Pode ocorrer como resultado de distúrbios na memória auditiva, quando a pessoa não consegue entender o que é falado e consequentemente não entende o que é proposto a ser feito, distúrbio de leitura quando o problema está ligado à dislexia e distúrbio de escrita quando a pessoa tem dificuldade em escrever o que é pedido (disgrafia). É muito importante buscar auxílio para descobrir a discalculia ou não no período escolar quando alguns sinais são apresentados, pois alguns alunos que são discalcúlicos são chamados de desatentos e preguiçosos

quando possuem problemas quanto à assimilação e compreensão do que é pedido.

DISORTOGRAFIA é um transtorno da escrita, que se caracteriza por inversões, aglutinações, omissões, contaminações, alterações internas da palavra e, como consequência, desordem na categoria e estrutura da frase. A disortografia reflete um processo cognitivo da linguagem defeituoso e não se refere à falta de correção motora. Os sintomas da disortografia estão relacionados a numerosos erros de ortografia, manifestados logo que se tenham adquirido os mecanismos da leitura e da escrita. Muitas destas alterações convergem a disortografia com a dislexia, ao ponto de, para muitos autores, a disortografia ser apontada como uma sequela da dislexia. DISLALIA é um distúrbio da fala que se caracteriza pela dificuldade de articulação de palavras. O portador da dislalia pronuncia determinadas palavras de maneira errada, omitindo, trocando, transpondo, distorcendo ou acrescentando fonemas ou sílabas a elas. Quando se encontra um paciente dislálico, deve-se examinar os órgãos da fala e da audição a fim de se detectar se a causa da dislalia é orgânica (mais rara de acontecer, decorrente de má-formação ou alteração dos órgãos

da fala e audição), neurológica ou funcional (quando não se encontra qualquer alteração física a que possa ser atribuída à dislalia). A dislalia também pode interferir no aprendizado da escrita tal como ocorre com a fala. A maioria dos casos ocorre na primeira infância, quando a criança está aprendendo a falar, e afeta meninos em sua maioria. Geralmente a criança portadora substitui uma letra por outra, ou não pronuncia consoantes.

TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) é um problema de ordem neurológica, que trás consigo sinais evidentes de inquietude, desatenção, falta de concentração e impulsividade. Hoje em dia é muito comum vermos crianças e adolescentes sendo rotulados como DDA (Distúrbio de Déficit de Atenção), porque apresentam alguma agitação, nervosismo e inquietação, fatores que podem advir de causas emocionais. É importante que esse diagnóstico seja feito por um médico e outros profissionais capacitados.

Fontes: Associação Brasileira de Dislexia, Brasil Escola e Agência Educa Brasil Ilustração: www.enscer.com.br

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artigo

É possível ver o ensino superior privado com outro olhar? As estatísticas do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (INEP) apontam que, no ano de 2008, quase 75% dos alunos matriculados em curso superior de graduação presencial pertenciam ao setor privado. Esse fato, por si só, é suficiente para dar prova irrefutável da importância do segmento privado que, nas últimas décadas, suprindo lacunas deixadas pelo setor estatal, assumiu a missão mais nobre de um povo: sua educação. O Art. 205 da Constituição Federal é contundente ao afirmar que “a educação, direito de todos e dever do estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”. E, embora o ART. 209 da Constituição Federal assegure que o ensino é livre à iniciativa privada, desde que cumpridas as normas gerais da educação nacional, seja autorizado e avaliado pelo poder público, tudo leva a crer que o setor privado não é considerado um parceiro, um aliado, que compartilha uma enorme responsabilidade com o Estado, mas, pelo contrário, parece ser visto pelos governantes como um usurpador. Na verdade, não se sabe quais são as causas geradoras desse verdadeiro preconceito governamental, embora se especule que ele decorra do tempo em que a demanda para o ensino superior era muito maior que a oferta, o que permitiu a alguns proprietários de instituições um significativo superávit, incomodando autoridades que acreditam que educação, por ser um bem público, não se coaduna com lucro. Na última década, o cenário do ensino superior privado sofreu considerável mudança. Inúmeros

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mecanismos foram criados para cercear o crescimento da rede de instituições e a criação de novos cursos e vagas. Tendo a qualidade como verdadeira panaceia, eclodiu a importância da avaliação (para credenciamento, autorização, reconhecimento, renovação de autorização, renovação de reconhecimento etc) de instituições e de cursos. A demanda para o ensino superior encolheu. As exigências para investimentos em infraestrutura e nos recursos humanos recrudesceram. Os impostos pagos ao governo e os encargos sociais aumentaram. A sociedade do conhecimento e a difusão das tecnologias da informação e comunicação exigiram modernos laboratórios e equipamentos. O Ministério da Educação transformouse numa intransponível fortaleza para os dirigentes de IES privadas. Como se não bastassem essas variáveis específicas e intervenientes, acima mencionadas, a degradação do ensino público contribuiu para que as instituições de ensino superior privadas passassem a acolher, especialmente nos últimos anos, um aluno menos preparado para esse grau de ensino, tendo em vista que os detentores de um conhecimento mais sólido, oriundo do ensino médio privado, preenchem as vagas oferecidas pelas instituições oficiais. Ressalta-se que, na educação básica, a situação de matriculados é o oposto do que acontece com o ensino superior – o segmento oficial (federal, estadual e municipal) abarca a grande maioria de matrículas. Por ironia do destino, esses concluintes da educação básica serão absorvidos pela rede privada, se pretenderem dar continuidade aos estudos, o que parece ser o sonho de muitos brasileiros. Parece, portanto, um paradoxo as instituições de ensino superior

privadas serem penalizadas pela ousadia de receberem um aluno que faz das tripas coração para prosseguir estudando, pois, além da base insatisfatória adquirida na educação básica, é, quase sempre, um trabalhador, sem tempo para estudos externos à universidade e com um salário que muitas vezes o leva a optar entre pagar a mensalidade ou se alimentar a contento. E aí nós perguntamos: quando é que daremos fim a esse terrível círculo vicioso? Está mais do que comprovado que a educação é o caminho para o verdadeiro desenvolvimento. Por tudo que tem realizado para alavancar a grandiosidade desse país, o ensino superior privado, por ser imprescindível, merece respeito e admiração. Afinal, segundo a Sinopse Estatística do INEP/MEC, relativa a 2008, os números da educação superior privada são muito expressivos:

- 612.560 concluintes de cursos de graduação presenciais (76,54%) - 2.016 instituições (89,52%) - 2.641.099 vagas para cursos (88,47%) - 17.947 cursos (72.60%) - 3.806.091 matriculados (74,92%)

Se, realmente, quisermos transformar o Brasil pela educação, temos que nos unir, governo e iniciativa privada, sem arrogância e preconceito. Nosso país merece essa união.

Prof. Hélio Rosa de Araújo Diretor-Geral das Faculdades Integradas Campo-Grandenses


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comemoração

Professor: peça fundamental na vida de todos No dia 15 de outubro de 1827 (dia consagrado à educadora Santa Teresa de Ávila), Pedro I, Imperador do Brasil, baixou um Decreto Imperial que criou o Ensino Elementar no Brasil. Ficou determinado que “todas as cidades, vilas e lugarejos tivessem suas escolas de primeiras letras”. Esse decreto falava de inúmeras matérias: descentralização do ensino, o salário dos professores, as matérias básicas que todos os alunos deveriam aprender e até como os professores deveriam ser contratados. A ideia, inovadora e revolucionária, teria sido ótima - caso tivesse sido cumprida. Mas foi somente em 1947, 120 anos após o referido decreto, que ocorreu a primeira comemoração de um dia efetivamente dedicado ao professor. Começou em São Paulo, em uma pequena escola no número 1520

da Rua Augusta, onde existia o Ginásio Caetano de Campos, conhecido como “Caetaninho”. O longo período letivo do segundo semestre ia de 1 de junho a 15 de dezembro, com apenas dez dias de férias em todo este período. Quatro professores tiveram a ideia de organizar um dia de parada para se evitar a estafa – e também de congraçamento e análise de rumos para o restante do ano. O professor Salomão Becker sugeriu que o encontro se desse no dia 15 de outubro, data em que, na sua cidade natal, Piracicaba, professores e alunos traziam doces de casa para uma pequena confraternização. A sugestão foi aceita e a comemoração teve presença maciça - inclusive dos pais. O discurso do professor Becker, além de ratificar a ideia de se manter na data um encontro anual, ficou famoso pela frase “ Professor é profissão. Educador

é missão”. Com a participação dos professores Alfredo Gomes, Antônio Pereira e Claudino Busko, a ideia estava lançada. A celebração, que se mostrou um sucesso, espalhou-se pela cidade e pelo país nos anos seguintes, até ser oficializada nacionalmente como feriado escolar pelo Decreto Federal 52.682, de 14 de outubro de 1963. O Decreto definia a essência e razão do feriado: “Para comemorar condignamente o Dia do Professor, os estabelecimentos de ensino farão promover solenidades, em que se enalteça a função do mestre na sociedade moderna, fazendo participar os alunos e as famílias”. E, no dia 15 de outubro, voltamos toda a nossa atenção aos professores, para homenageá-los por possuirem um papel tão importante na vida de todos nós.

Nesta data tão especial, as Faculdades Integradas Campo-grandendes (FIC), o Colégio de Aplicação Emmanuel Leontsinis (CAEL) e o Colégio Magali vêm juntos homenagear o seu corpo docente e os futuros professores que estão a caminho, estudando e dedicando-se a passar a vida ensinando e construindo sonhos através de palavras, números e sons. O professor é a peça fundamental do quebracabeça, é a base da sabedoria e do aprendizado. Quem consegue esquecer aquele ser com o dom de controlar dezenas de mentes em uma única sala, de prender a atenção, de ensinar o bê-a-bá, ou que 2+2=4. É por isso, professor, que estamos prestando-lhe homenagem e reforçando o quanto são membros importantes em nosso quadro de funcionários, e para o futuro de nossos milhares de alunos.

Parabéns, professor! 11 FEUC Foto Dan MacDonald


saúde

Tenossinovite: uma doença profissional No final deste século, tem sido frequente o surgimento de novos casos da doença que já está sendo considerada o mal do avanço tecnológico. A doença atinge a classe de trabalhadores que utilizam movimentos repetitivos das mãos, como, por exemplo, digitadores, caixas, datilógrafos, pianistas, tricoteiras, jornalistas, trabalhadores de perfuradeiras vibratórias, além dos remarcadores de supermercados. A Tenossinovite surge do atrito excessivo do tendão que liga o músculo ao osso. Este tendão é protegido por uma bainha que é sempre cheia de um líquido. Estes movimentos repetitivos é que provocam a inflamação do tendão, causando a doença. Os trabalhos em locais de baixa temperatura e esforços de peso acima dos seis quilos também podem causar o problema. Os primeiros sintomas da doença são queixas vagas de desconforto na mão mais utilizada. Uns sentem um peso no braço e uma dor localizada e, no princípio da doença, sentem um simples desconforto. Mas, com o passar do tempo, as dores vão ficando mais fortes, ao lado de uma diminuição da força muscular. Em uma fase mais adiantada, os músculos podem se atrofiar, impedindo que os pacientes consigam escrever ou mesmo segurar um copo. Muitos especialistas não acreditam na reversão da doença, e sim, em tratamento paliativo. Existem casos de trabalhadores que se aposentam aos 30 ou 40 anos, por causa das fortes dores da doença já avançada. O diagnóstico da doença é eminentemente clínico e é baseado na história do paciente, no exame físico, nos antecedentes pessoais do paciente e também nos exames 12 FEUC

complementares como radiografias.

TRATAMENTO O repouso e uma dosagem de antiinflamatórios são procedimentos que os médicos receitam para os pacientes quando eles manifestam os primeiros sintomas da Tenossinovite. Com o conhecimento da doença mais difundido, são raros os casos de avanço do problema até estágios mais comprometedores. Mas a prevenção ainda é o melhor remédio para a doença. Dentro destas atitudes que visam a evitar o surgimento da Tenossinovite estão alguns aspectos do ambiente de trabalho. Um dos exemplos mais comuns são os digitadores. Para eles já existem normas trabalhistas que os protegem do surgimento da doença. As cadeiras, mesas e teclados devem ser projetados para darem o conforto necessário aos digitadores. A questão da Tenossinovite nos digitadores é tão grave que já existe uma portaria regulamentando o assunto. As regras prevêem um intervalo de 10 minutos a cada 50 de trabalho, proibição de prêmios de produção, temperaturas entre 20 e 24 graus centígrados, e umidade relativa do ar que não pode ser inferior a 40 por cento. O ideal é manter-se atento ao seu ritmo de trabalho e às respostas do seu corpo aos esforços repetitivos. Em caso de dor frequente ou da presença de qualquer um dos sintomas, um médico deverá ser consultado para que o diagnóstico seja feito prontamente e, assim, iniciado o tratamento.

Fonte: www.boasaude.com.br


Uma história de 50 anos

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sses primeiros 50 anos de existência que a FEUC festeja em 2010 foram marcados por várias fases. O sonho que se transformou em realidade: da ideia, primeiras ações, a autorização, início das aulas, o reconhecimento dos primeiros cursos. Paralelamente a essa fase burocrática, vivemos a difícil fase da instalação e acomodação física, pois não tínhamos prédio ou sede: da Primeira Igreja Batista em Campo Grande para o Colégio Souza Marques, em Cascadura, de lá para o Colégio Belisário dos Santos, finalmente a Estrada da Caroba, 685, sede até hoje. A dinâmica imprimida

pelos verdadeiros heróis que fundaram e cuidaram da FEUC nas primeiras décadas deixaram marcas que dão ânimo, energia e orgulho a todos para a verdadeira batalha que se trava, dia após dia, ano após ano: remodelação dos padrões e modernização dos serviços, garantindo, cada vez mais, bons resultados para a nossa comunidade, segurança para nossos funcionários e uma educação mais abrangente e de maior qualidade visando a um Brasil mais justo e melhor preparado para a competição mundial. O brilho da Instituição e o prestígio dos seus egressos no

mercado de trabalho são frutos resultantes da ação, dedicação, vocação e da vontade dos nossos professores que buscam, permanentemente, melhor capacitação em cursos de PósGraduação, além de uma prática docente que recupera e estimula o aluno a se desenvolver. Nesses 50 anos, o grande preito de gratidão é com os amigos, servidores, professores, Diretores, Instituidores, que, semelhantes a arquitetos hábeis e de boa formação, construíram mais que paredes e prédios, mas homens e mulheres, profissionais e cidadãos de alta performance e qualidade para a nossa região. Prof Durval Neves Diretor Superintendente

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Nos 42 anos do CAEL quem Alunos

Rayanne Sobreira - aluna de Formação Geral

Posso afirmar que estão sendo três anos incríveis, e agora, faltando tão pouco para acabar, já estou sentindo saudades de tudo que vivi e aprendi no CAEL, das amizades, dos professores, de tudo como um todo. Agora, terminando o curso de Turismo no CAEL, penso em ingressar em uma faculdade federal, e cursar gastronomia. Quero ir me especializando neste área de alimentos e bebidas, e, futuramente, abrir o meu próprio negócio. O CAEL fez com que eu crescesse como pessoa e como aluno. Foi ótimo conduzir uma etapa da minha vida aqui. Rômulo Gomes de Lurdy - aluno de Turismo

Ex-aluno Estudar no CAEL foi fundamental. Fiz no Ensino Médio o curso técnico em Publicidade, e tive ótimos professores. Comecei, então, a estagiar na FEUC, no setor de cursos, e fui perdendo o medo e a vergonha de lidar com o público. Logo que me formei iniciei o curso de Bacharel em Sistemas de Informação, nas FIC. Conclui o estágio do CAEL e dei início ao estágio da Faculdade, onde fiquei um ano na área de informática. Em seguida veio a oportunidade de trabalhar na Instituição, eu aproveitei. Acho ótimo trabalhar onde estudei. Foi aqui onde tudo começou e onde aprendi o que faço hoje com muita satisfação. Keli Veloso

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Foto Marc Garrido

Desses três anos de Ensino Médio eu aprendi, amadureci e conheci verdadeiros amigos que vou levar comigo para sempre. O que aprendemos e vivemos na escola constrói nosso caráter e também nosso futuro. Hoje eu sei que estou mais bem preparada para escolher os caminhos certos e me tornar uma mulher cada vez mais realizada em todas as áreas. E tudo isso será não só por meu mérito, mas também porque, acima de tudo, sei que Deus tem o melhor para minha vida. E o apredizado que tive durante esses anos no CAEL contribui para que eu tenha um futuro de sucesso.

42 s


m ganha o presente é você

CAEL: 2 anos de sucesso

Alunos O CAEL pra mim é como minha segunda casa. Os amigos que aqui conheci são como minha segunda família e os professores meus segundos pais, que estão sempre dispostos a ensinar e querem o meu melhor. Termino esse ano o curso de Técnico em Administração e levo comigo boas recordações e ensinamentos. Com certeza voltarei para visitar. Igor Correia Pereira - aluno de Administração

No começo não gostava muito de estudar no CAEL, não pela Instituição, mas pela mudança de colégio. Com o tempo fui gostando muito dos professores e coordenadores que me receberam muito bem, além do ensino. Antes de me matricular queria fazer Turismo, mas fui convencida pelos meus pais a fazer Eletrotécnica, e agora estou adorando o incentivo deles e o aprendizado que tenho tido. Quero aproveitar ao máximo o que os professores têm a ensinar, quero conseguir uma boa colocação no mercado de trabalho e acho que o CAEL tem tudo para me proporcionar isso. Daniele da Rosa - aluna de Eletrotécnica

Ex-aluno Estudei no CAEL do 5° ano do Ensino Fundamental ao 3° ano do Ensino Médio. O CAEL tem grande importância na minha vida pois aqui me desenvolvi, fiz grandes amizades e tive a oportunidade de aprender com excelentes professores que, inclusive, como o professor Luiz Cláudio, me inspiraram a estudar Educação Física. Agora tenho o privilégio de atuar na área em que escolhi fazendo parte do corpo docente desse colégio tão querido pra mim, que é o CAEL. Raquel Innocêncio

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comemoração

CAEL: 42 anos de

tradição em educação Aniversário do Cael marca a tradição do Colégio em fornecer ensino de qualidade, e recebe convidados do mercado de trabalho

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epois da comemoração dos 50 anos da Fundação Educacional Unificada Campograndense (FEUC), em janeiro, chegou a vez do Colégio de Aplicação Emmanuel Leontsinis (CAEL) apagar as velinhas e comemorar seus 42 anos. SOLENIDADE na manhã de 21 de setembro marcou a abertura da comemoração pelo aniversário do Colégio. Alunos, professores e representantes de empresas participaram da solenidade na quadra de esportes da Instituição, onde unidos cantaram o Hino Nacional e o tradicional “Parabéns“. Durante a cerimônia, o diretor superintendende, Durval Neves, aproveitou para ressaltar que “muitos de nossos professores já foram alunos do CAEL. Mantemos um ensino de qualidade para termos os nossos alunos e ex-alunos sempre por perto“, concluiu. Logo após a solenidade de abertura, foi oferecido um Café

Professores, diretores e coordenadores das FIC, empresários da região são homenageados durante solenidade

da Manhã com empresários da região, como representantes do Banco Real, Panamericano, Prepara Cursos Profissionalizantes, Michelin, entre outros, juntamente com os professores, o diretor geral das FIC, prof. Hélio Rosa; o diretor superintendente, Durval Neves; a diretora administrativa, Dieni da Costa Pimenta; e a família Emmanuel Leontsinis. A música ao vivo animou a comemoração.

Café da Manhã com os empresários da região e funcionários do CAEL

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O importante é pensar no aluno em 1o lugar

Prof. Hélio Rosa de Araújo Alunas do CAEL carregam as bandeiras durante o Hino Nacional que abriu a cerimônia


acontecimentos

Alunos de Enfermagem ajudam em incêndio O incêndio que tomou conta do Hospital Estadual Pedro II, em Santa Cruz, Zona Oeste do Rio de Janeiro, na manhã de 14 de outubro, assustou os alunos do Colégio de Aplicação Emmanuel Leontsinis (CAEL) que estavam na unidade estagiando sob a supervisão da professora e supervisora de estágio Laucimar de Lima Santanna. De acordo com a supervisora, a luz piscou, e, em seguida, ao se estabilizar, ouviu-se um estouro e muita fumaça tomou conta do HEPII em segundos. Os alunos estavam distribuídos por setores dentro do hospital. Mantendo-se calmos, mesmo diante a

proporção do acontecimento, os alunos do 3° ano do Curso de Enfermagem do CAEL, Aline de Souza, Amanda Campos, Angélica Lourenço, Arthur Machado, Bruna Piorotti, Juliana da Silva, Karen Cristine, Sabrina Lucena e Tâmara do Nascimento, auxiliaram os enfermeiros na prestação de socorro aos pacientes internados na Unidade. O CAEL manteve-se, em todo momento, atento às necessidades dos alunos, e encaminhou um auxiliar da Instituição para prestar apoio aos alunos.

Nova diretoria no CAEL Diretoria da FEUC nomeia Regina Iápter e Jane Inocêncio como diretora e diretora adjunta, respectivamente, do CAEL. Ensino de excelência é promessa de continuidade para os próximos anos

Eles mantiveram a calma e deu tudo certo.

Profa Laucimar de Lima Santanna

Professoras que há anos vem fazendo parte da história do Colégio de Aplicação Emmanuel Leontsinis (CAEL), estão assumindo uma nova função dentro da Instituição. Há mais de 15 anos à frente do Colégio, a diretora adjunta, Regina Iápter, e a coordenadora do CAEL, Jane Innocêncio, estão assumindo as funções de diretora e diretora adjunta do CAEL, respectivamente. A função pertencia ao prof. José Mauro, que deixou a direção do Colégio para assumir a direção da 9ª CRE, mas continua fazendo parte do corpo docente da Instituição. A nomeação aconteceu no auditório da FEUC e reuniu funcionários da Instituição, bem como o presidente da FEUC, Wilson Choeri; diretor geral das FIC, prof. Hélio Rosa de Araújo; diretor superitendente,prof. Durval Neves da Silva; e a diretora administrativa, profª Dieni da Costa Pimenta. 17 FEUC


mercado de trabalho

O mercado de trabalho é bilíngue Em um mercado cada vez mais competitivo e globalizado, dominar um segundo idioma deixou de ser um diferencial para se transformar em uma condição de sobrevivência. O homem moderno deve ter plena consciência de que precisa investir no seu aprimoramento tanto profissional quanto pessoal e compreender que a responsabilidade deste crescimento é de cada um. A qualidade do seu futuro depende da qualidade das sementes que plantar todos os dias da sua vida. Se o cidadão não se reciclar profissionalmente, com certeza, será superado por jovens talentos, que estão surgindo bem mais flexíveis a mudanças. Hoje, é imprescindível saber se comunicar em outro idioma. Não saber falar inglês, por exemplo, impossibilita qualquer crescimento

profissional. Parece cruel, mas é a pura realidade. Contudo, um idioma não se aprende da noite para o dia. Exige programação e disciplina. Para um candidato a emprego realmente se destacar é preciso dominar, no mínimo, dois idiomas. Isso quer dizer que é preciso saber gerenciar a própria carreira, o que significa, muitas vezes, fazer algumas opções. Todo profissional deve ter em mente que possuir a fluência na língua inglesa é tão importante que se tornou um pré-requisito à ascensão profissional e, com certeza, o maior beneficiado é ele próprio. Isso não é mais uma exigência das empresas, mas sim do mercado de trabalho. O crescimento da globalização é outro fator que vem movimentando o mercado de trabalho. O conhecimento de técnicas, manuseio, funcionamento

e do próprio aparato tecnológico contribui para a ascensão de uma boa colocação no mercado de trabalho. Essa exigência nada mais é do que a busca do mercado pela modernização. Por isso, jovens profissionais devem manter-se em constante contato com o mundo moderno, buscando o aperfeiçoamento em outros idiomas, bem como os profissionais mais experientes devem se reciclar constantemente para não sofrerem declínio no mercado de trabalho. A parte boa do investimento em conhecimento tecnológico e linguístico estrangeiro é a intelectualidade do profissional, mas também outro fator ainda mais atraente: os profissionais melhor preparados e com fluência em alguma língua estrangeira tendem a ganhar 30% a mais que os demais profissionais.

Época de boas oportunidades O estágio, até mesmo quando não faz parte da grade da instituição, é o sonho da maioria dos estudantes. A busca pela oportunidade tende a ‘enlouquecer’ os alunos do ensino médio e superior. Mas a procura não termina por aí. Depois de formado, o profissional que concluiu a graduação recentemente, geralmente de 1 a 2 anos, também passa pelas mesmas dificuldades de quando cursava a graduação, a diferença é que agora a busca é pelo trainee. Este programa é oferecido, geralmente, por empresas 18 FEUC

de grande porte, que buscam um profissional ainda sem as manias do mercado de trabalho, e o capacitam e treinam para que o mesmo seja profissionalizado de acordo com a demanda da empresa e o tipo de serviço ou profissional que ela deseja manter em seu corpo. Os programas de estágio e trainee são, na maioria das vezes, o primeiro contato do estudante ou recém formado com o mercado de trabalho. É a partir deles que muitas vagas profissionais se abrem, por isso,

o ideal é não desistir da busca e dar o melhor de si na hora de executar suas tarefas. Quando a empresa fica satisfeita com o trabalho prestado pelo estudante, ela pode prolongar o período de estágio, que varia de 6 meses a 2 anos, ou até mesmo efetivar o aluno. O segundo semestre do ano é a melhor época de se conseguir programas de estágio e trainee. É neste período que as empresas começam suas buscas para compor o quadro de funcionários de 2011.


ensino médio

Curso de Meio Ambiente ganha maior visibilidade

O homem é o único ser capaz de evoluir tecnologicamente e biologicamente em busca da adaptação ao meio ambiente. Esta procura de evolução tecnológica em alguns momentos está diretamente relacionada a alguns desequilíbrios naturais que em algumas vezes podem ser irreversíveis, tais como extinção de espécies, proliferação de doenças e explosão do crescimento populacional. Neste grande desafio do homem em manter o equilíbrio dinâmico com a natureza, o homem faz uma revisão do seu comportamento e surge o curso de “Meio Ambiente”, visando a uma melhor utilização dos recursos naturais e matérias primas, utilização de práticas

A importância do Turismo para o futuro A indústria do turismo é considerada como a grande impulsionadora da economia mundial para o nosso século e milênio. Não longe disso estamos nós, o Brasil, mais precisamente o Rio de Janeiro, prestes a receber eventos de grande importância como: Jogos Militares (2011), Copa das Confederações (2013), Copa do Mundo (2014) e Olimpíadas (2016). São eventos de grande porte e importância, que requerem uma

de reciclagem e dos elementos. Neste contexto a revisão é bem mais ética do que tecnológica tornando a discussão mais complexa e interativa com outras disciplinas. O curso técnico em Meio Ambiente tem por objetivo formar cidadão com perfil que atenda as exigências do mercado e habilitado para atuar em todas as fases dos processos de prevenção e controle da poluição nas diversas áreas industriais. Neste curso, o aluno será capaz de analisar os impactos ambientais associados às atividades industriais, elaboração de planos para o controle de acidentes, implantação de desenvolvimento sustentável em qualquer atividade humana, controle e análise de sistemas de tratamento de água para uso em atividades industriais, prevenção para a poluição de águas, destinação correta de resíduos gasosos e líquidos gerados pelos processos produtivos, controle de tratamento de efluentes industriais e implantação de

mecanismo de desenvolvimento para produção mais limpa. As opções para o mercado de trabalho crescem muito, pois, com a cobrança da sociedade por utilização de produtos menos poluentes e o controle mais intenso por parte da Administração Pública, as empresas, em um futuro bem próximo, terão obrigações cada vez maiores para a preservação do Meio Ambiente para gerações futuras.

grande infraestrutura e mão de obra capacitada e qualificada. Esse é o momento de buscar qualificação na área de hospitalidade e turismo. E o curso de Turismo do CAEL está apto a capacitar e qualificar profissionais para esses eventos e todas as outras áreas da atividade turística. O curso de Turismo do CAEL tem inserido as disciplinas específicas e técnicas, tais como: Hospedagem, Transportes, Agenciamento, Eventos, Planejamento, Guiamento e Alimentos e Bebidas, que são as áreas ligadas diretamente a receptividade e hospitalidade do público alvo para esses eventos e as áreas da atividade turística. O Turismo é uma atividade capaz de surpreender e superar expectativas dos turistas na realização

de seus sonhos, agregando valores com o bom atendimento.

A tendência do futuro é o maior comprometimento das empresas com o meio ambiente

Prof. Luiz Carlos Moura Coordenador dos cursos técnicos de Meio Ambiente e Petróleo e Gás

Djanira Nunes Barbosa Coordenadora do Curso de Turismo

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tecnologia

Campo Grande já possui um sistema de fotos em 360º no serviço do Google Maps que abrange, inicialmente, MG, RJ e SP

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ecentemente, os mapas passaram para um ambiente virtual como o do Google Maps, possibilitando ver tudo de cima. A empresa Google inovou mais um pouco e possibilitou ver construções de vários lados (recurso 3D). Hoje, podemos ver no mapa de forma surpreendente as fotos panorâmicas nas ruas que possuem o símbolo de uma câmera fotográfica no mapa. Esse serviço de fotos é o Google Street View, um recurso do Google Maps e do Google Earth que disponibiliza vistas panorâmicas de 360° na horizontal e 290° na vertical, e permite que os utilizadores vejam partes de algumas regiões do mundo ao nível do chão.

O PROGRAMA Para Instalar o programa, digite no seu seu navegador Internet Explorer ou Firefox, que são os mais usados, o seguinte endereço: “earth.google.com/intl/ pt-BR”e escolha o nosso idioma se não estiver no idioma português do Brasil. Em seguida, clique em “Fazer download do Google Earth 5” e, no término do carregamento do programa para seu computador, clique no arquivo no local que foi salvo ou clique em executar, se

ainda ver a caixa de download do instalador do programa baixado, e deixe ser instalado. Após instalado e iniciado, o programa poderá mostrar uma caixa de escolha entre Directx e OpenGL, tente com um ou outro para iniciar o programa. No site Maps.google.com, esse serviço também está disponível. Se o seu computador não executar o programa Google Earth corretamente ou simplesmente não abrir, você poderá usar o serviço através de seu navegador.

BUSCA POR ENDEREÇO Não adianta jogar aleatoriamente os dados na caixa de busca do mapa, pois existe uma estrutura certa para achar os endereços com maior rapidez e facilidade. Vamos pesquisar o endereço da FEUC: sabemos que a instituição fica em Campo Grande, na estrada da Caroba, 685, e que essa estrada está no Rio de Janeiro, que fica no Brasil. A estrutura que deverá ser digitada é essa separada por vírgula: 1- Nome da rua/Avenida 2- Número em relação à rua 3- Cidade 4- Estado 5- País Se você estiver vendo Canadá, por exemplo, terá de digitar todos os dados citados acima, dessa forma: “Estrada da Caroba, 685, RJ, Brasil”. Mas, se você estiver em São Paulo, poderá digitar “Estrada da Caroba, 685, RJ”, pois já está no Brasil. Se você estiver

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vendo a ponte Rio-Niteroi e quiser achar a FEUC, ainda terá de digitar o estado, pois é obrigatório ter a rua, número e estado no mínimo para localizar os endereços. Em alguns casos, o nome da rua pode ser outro, pois pode ser chamada popularmente por um nome, mas oficialmente ter outro nome. Nesse caso digite o CEP próximo da área que acha que é o local.

O CARRO O carro do Google Street View pode ter passado pela sua rua e você não sabe. Se você tem a esperança de ver sua casa ou se tiver medo que esteja disponível para consulta, basta checar no programa de mapas ou no serviço Google Maps pelo navegador e digitar o endereço da mesma forma como descrita na parte “A busca por endereços”.

FLAGRANTES O carro pegou muitas situações inusitadas ao passar fotografando sem parar as ruas das cidades por onde passava. Veja essa imagem que foi tirada em Belo Horizonte, MG. A máquina de Mistérios do Scooby Doo circulando. Esse recurso é interessante, não é mesmo?

Darlan Gomes Lima Auxiliar de Suporte Técnico da FEUC


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acontecimentos

Ecos Sonoros em Belo Horizonte Coral prestou homenagem à cidade mineira ao final das apresentações, e arrancou suspiros de emoção e pedidos de bis do público O Coral da FEUC, Ecos Sonoros, participou de 17 a 26 de setembro do VIII Festival Internacional de Corais (FIC), que acontece anualmente em Belo Horizonte. Este ano, cerca de 150 corais dos estados brasileiros participaram do Festival, e oito corais internacionais de países, como os da Costa Rica, Itália, Equador e Venezuela. O Coral Ecos Sonoros se apresentou na Praça da Liberdade,

Parque Municipal, Hospital Biocor e no Teatro Municipal de Itabira, que segundo o maestro do Coral, David Souza, foi a apresentação mais emocionante da temporada. “A cada término de apresentação prestávamos homenagem a Minas Gerais. Foi emocionante ver a gratidão do público com aplausos, gritos de bis e satisfação em nos assistir”, emocionou-se o maestro. Este ano, o Festival homenageou o artista Milton Nascimento, e Coral, para fazer jus ao homenageado, apresentou um repertório vasto de MPB. Garota de Ipanema, Samba de

uma nota só, Águas de março e I´ll be there, cantada em português, foram algumas das músicas que encantaram Belo Horizonte. Está chegando perto do Coral Ecos Sonoros desembarcar em território internacional. O Coral foi convidado a participar do Festival de San Carlos de Bariloche, na Argentina, que vai acontecer em 2011.

Alunos do CAEL vencem em campeonato de futsal E dão título de melhor treinador de futsal ao professor de educação física, Miquel Louro. Luta, agora, é pelo título na Taça Zona Oeste de Futsal Estudantil Além de exportar profissionais para o mercado de trabalho, o CAEL vem mostrando talento também no esporte. O Colégio participou da IV Taça Campo Grande de Futsal Estudantil 2010, que aconteceu de abril a agosto, reunindo 20 colégios da região entre Campo Grande, Bangu, Santa Cruz e Realengo. Os times competiram nas categorias sub-11 (3° lugar), sub-13 (5° lugar) e sub-17 (3° lugar). A classificação do CAEL, assim como a do Colégio Estadual Aldebarã (1° lugar no sub-17), deu ao professor de Educação Física e treinador dos times, Miguel Louro, o título de melhor

treinador de futsal. “É gratificante. A classificação dos meus times fez de mim o melhor treinador desse ano“, concluiu. Atualmente, o CAEL está participando da Taça Zona Oeste, onde 24 colégios da região estão disputando um lugar no pódio. A competição começou em 16 de setembro e vai até dezembro, quando acontece a final. Os times do CAEL estão competindo nas categorias sub-11, sub-13 e sub-17.

Professor Miguel Louro com o troféu pelo trabalho realizado

Agora, é só torcer por mais uma vitória do CAEL! 23 FEUC


projetos

Dia da Responsabilidade Social A FEUC realizou, no dia 25 de setembro, o Dia da Responsabilidade Social. O objetivo foi fortalecer os laços com a sociedade, tanto para os alunos da Instituição, como para a comunidade, proporcionando um sábado inteirinho de cuidados e entretenimento. Este ano o evento aconteceu na FEUC, com atividades e oficinas voltadas para a comunidade, como: oficinas de artesanato; atividades de vídeo com a memória popular do Rio da Prata; uso da maquina de calcular na sala de aula; música como

ferramenta pedagógica; educação e direitos humanos; e construindo máscaras africanas; e projeto cinema na FEUC. No Calçadão da Barcelos Domingos, houve aferição da pressão arterial e apresentação da Orquestra Sinfônica da FEUC; no bairro Proletário, também foram feitas aferição da pressão arterial e atividades como: cuidados com a eletricidade no uso doméstico, o judô e a conquista do equilíbrio corporal para portadores de necessidades especiais, cante e conte, e o uso do software Winplot em situações didáticas no ensino da

Matemática. E, aconteceram também atividades na comunidade Vale da Esperança, com cinema na praça e aferição de pressão arterial. O Dia da Responsabilidade Social das Instituições Privadas de Ensino Superior foi criado pela Associação Brasileira de Mantenedoras do Ensino Superior (ABMES), em 2005, oficializando o evento. A atividade deve acontecer sempre no último sábado de setembro.

XII Encontro de História retrata a África

O curso de História da FEUC realizou de 13 a 17 de setembro o seu XII Encontro de História. O tema deste ano foi “Sankova: ressignificando a história da África”. Durante o evento, foram debatidos assuntos relacionados ao tema, mostrando a importância da história da África para o entendimento das culturas. Uma mesa redonda sobre “História e Literaturas Africanas”, presidida pelos professores Norma Jacinto da Silva e Erivelto da Silva Reis, discutiu o assunto. Os alunos apresentaram, também, uma peça teatral sobre contos africanos.

Durante o Encontro, foram realizadas palestras com as temáticas da África a fim de discutir as diferenças e esclarecer pontos culturais e raciais, com a participação de professores e pesquisadores do Rio de Janeiro: profª da UFF, Flávia Maria de Carvalho; prof. Júlio César Medeiros Pereira, representante da Fiocruz e pesquisador do Instituto de Memória Pretos Novos; profª Ingrid Silva de Oliveira, da UFRRJ; prof. Carlos Eduardo Moreira de Araújo, da Uniabeu; prof. Dr. Amilcar Araújo Pereira, da UFRJ. O evento contou ainda com exposição de fotografias, apresentação

de pôsteres elaborados pelos alunos da graduação, além da confraternização dos alunos com apresentação de capoeira e comidas típicas das nações africanas. O Encontro reuniu professores, alunos do curso de História e de demais cursos da Instituição, além de convidados e membros da comunidade.

XVII Octobermática discute a matemática nas profissões A FEUC realizou de 04 a 08 de outubro a XVII Octobermática, a Semana de Matemática dos alunos do curso de graduação das FIC. Este ano o tema foi a Matemática nas Profissões, destacando os cursos de formação da FEUC e do CAEL, e o uso da Matemática dentro destas formações. A Octobermática aproveitou, ainda, para prestar homenagem à FEUC por ter completado 50 anos de ensino, mostrando um vídeo com a história 24 FEUC

da Instituição e depoimentos do presidente atual, prof. Wilson Choeri, dos diretores e coordenadores de cursos e professores. Durante a Semana de Matemática, foram realizadas atividades desenvolvidas pelos alunos do curso de Matemática, como exposições de trabalhos apresentando a Matemática nas áreas de eletrônica, saúde, informática e nas licenciaturas como, história, geografia, química, entre outras; oficinas e minicursos

como, Matemática Financeira, Estatística, Interdisciplinaridade no Ensino da Matemática, O número de ouro e aplicações, Geometria Analítica, Matemática na Eletrônica, A demonstração do Teorema de Pitágoras, Desenho Técnico, Estudo do radiano no círculo trigonométrico, Rescisão de contrato e a Matemática nos mercados; peças teatrais; documentários; gincanas; e uma confraternização para os alunos e professores do curso.


empreender.com

Foto divulgação

Por que mudar?

Vivemos na era da perplexidade, quando o conhecimento de meia hora antes já foi feito obsoleto por algo novo. Vivemos em um mercado onde as ideias, os recursos e as competências estão globalizadas e a informação viaja numa velocidade espantosa, fazendo com que as organizações e os profissionais tenham que estar constantemente alterando sua maneira de agir para se adequarem ao meio onde estão inseridos. Faz-se necessário que este processo de mudança seja bem entendido e gerenciado. Em uma organização, quando falamos em mudança, pode significar desde uma alteração de posição no mercado em que está inserido, mudanças em sua função social, modificação em seu direcionamento estratégico, com possível alteração em sua missão, ou mudança em

sua cultura, com reavaliação de seus valores e práticas em diferentes níveis de autoridade e responsabilidade. As mudanças que afetam diariamente as organizações ocorrem na maioria dos casos com as mudanças de local de trabalho na estrutura organizacional, na linha de produtos ou de mercado, na política de comercialização, na implantação de novas tecnologias ou nas estratégias de sobrevivência com redução de custos e pessoas: as transições decorrentes de tais mudanças, geralmente são mal compreendidas e mal administradas. A mudança é tida como um processo natural ao longo da existência das organizações, e é decorrente da reação destas à ação de forças exercidas pelo meio onde estão

inseridas. O fato é que estas mudanças e transições, quando mal conduzidas, acabam levando muito mais tempo e envolvendo mais recursos do que qualquer um poderia prever, além de desgastes desnecessários nas pessoas envolvidas. Os motivos de qualquer mudança em uma organização estão dentro da própria organização ou no ambiente onde ela está inserida, ou com a combinação de ambos. A mudança causada por estas forças vai depender de sua natureza e intensidade, mas também da própria capacidade e versatilidade da própria organização em enfrentá-las. Flávio Silva Professor do curso de Empreendedorismo das FIC

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faculdade

A matemática do homem através das mãos de Deus Existem coisas na natureza que são Divinas. Não têm a interferência do homem. O dia e a noite. O movimento da Terra em torno do Sol. A lua como um satélite da Terra. O Eclipse. Muitos e muitos fenômenos são Divinos. Sabemos o que é ser Divino. É o inexplicável como construção. É aquilo que não teve a mão do homem, tal o grau de dimensão da criação. É aquilo criado por Deus. Sabemos, também, o que não é Divino. É aquilo criado pelo homem. Mas existem coisas que, embora criadas pelo homem, têm as mãos de Deus na construção. Falamos da razão áurea e da sequência de Fibonacci. A razão áurea, determinada entre o comprimento e a largura em um retângulo, chamado áureo, é a razão entre a raiz quadrada de 5 mais 1 e 2, valendo o número irracional 1,618..., descoberto na Grécia, antes de Cristo. Este número está presente em obras de arte, na arquitetura, nos seres vivos e na natureza. O retângulo áureo tem sido considerado, desde a antiguidade grega, como o retângulo mais bem proporcionado e de maior estética. O número 1,618...está relacionado à perfeição, à beleza, ao bem estar, à paz. Os números de Fibonacci, criados pelo famoso matemático italiano do século XIII, formam a sequência 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, 55, 89, 144,... Esta sequência, a partir do terceiro termo, Foto Denis Ongar

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tem cada termo obtido pela soma dos dois termos anteriores. Tem uma lei de formação. É apenas uma sequência numérica? Não. Esta sequência, além de ter várias propriedades matemáticas, está na natureza de forma precisa. Está no número de pares de coelhos procriados, a partir de um par, ao mês. Está na ramificação dos galhos de algumas espécies de árvores. Está na formação de câmaras no interior das conchas. Existe uma familiaridade entre o número 1,618... e a sequência de Fibonacci. A sequência de Fibonacci foi descoberta a partir de uma situação prática. Foi descoberta observando-se a procriação de coelhos. Após a descoberta da sequência, verificou-se que as divisões de um termo e seu anterior, conforme caminhamos para os termos no infinito, têm como resultados números que se aproximam da razão áurea 1,618... A razão áurea e a sequência de Fibonacci, descobertos pelo homem, estabelecem uma relação entre si. Estabelecem uma relação com a natureza e a perfeição, que são contextos Divinos. A descoberta da razão áurea e da sequência de Fibonacci tiveram a mão de Deus.

Prof. Alzir Fourny Marinho


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