EDITORIAL Com as festas de Carnaval chegando não poderíamos deixar de retratar um pouco de toda a alegria, cores e harmonia que nos embalam no feriadão. A folga para alguns, o trabalho para outros. A viagem de descanso para alguns, maior correria para outros. Não importa onde nos encaixamos, este é sim um período único durante todo o ano. As cores ecoam nas fantasias, o ritmo é embalado no gingado do corpo e a alegria é estampada no sorriso dos foliões. Porém, não é só Carnaval. Continuamos atrás de grandes apaixonados por Itapoá na música, no artesanato e na leitura. Continuamos atrás de boas histórias, que na maioria das vezes acontecem quase sem querer. Continuamos atrás do diferente, do novo, do apaixonante.
ÍNDICE 05 Pelo Sabor
ou Pelo Dinheiro
14 15
Werney Serafini
06 07
Histórias do Pontal Carlos Martini
Parcerias faze a diferença
Sônia Charlotte Heeren
08
A importância do incentivo à leitura
Sônia Charlotte Heeren
09
Família que lê unida, permanece unida Sônia Charlotte Heeren
10
Uma coleção de coleções Augusta Gern
12
Mãos que recriam peças coloridas
Augusta Gern
Ritmos de uma vida
Augusta Gern
Tradição de ‘‘relampejos de verão’’ Augusta Gern
16
Muito mais do que tequila Augusta Gern
17 18 20
26
André, Bernardo e Maurício
A arte milenar da construção de barcos Giropop Verde
Antonio Alberto Vieira
A festa da alegria está garantida Augusta Gern
27
.30 Baianas Mix Augusta Gern
32 33
Sônia Charlotte Heeren
A bike me leva por aí
Amigos do Samambaial
Amigos do Brasão Augusta Gern
Embarque
Sônia Charlotte Heeren
24
28
Mustafá
Augusta Gern
Caia na folia... mas não deixe seu corpo cair
Sônia Charlotte Heeren
35 36
Girokids Ada Tina Expertise Cosmética
37
Moda
38
Ensaios
39
Moda Praia
40
Ledamir Silveira
Priscila Pohl Regiane Priebe
Empresários & Negócios Novidades. Lançamentos
Augusta Gern
40 42
Ponto de Vista
Alexandre Martinez
Indicador Profissional
Guia de Compras e Serviços
4| Fevereiro 2013 | Revista Giropop
ARTIGO
Pelo sabor ou pelo dinheiro
Werney Serafini werneyserafini@hotmail.com O título é de um artigo de Rodrigo Ratier e Camile Monroe, - publicado na revista Nova Escola - sobre os incentivos utilizados para melhorar a assiduidade e o desempenho dos alunos nas escolas. O governo de São Paulo apresentou uma proposta em que oferecia um incentivo, tipo ‘vale-presente’, no valor de R$ 50 reais, aos alunos que participassem das aulas de recuperação de Matemática. O projeto contemplaria, em caráter experimental, 1,2 mil estudantes de 6º e 7º anos, que receberiam o premio se não faltassem às aulas. Os idealizadores temiam muitas ausências e desistências durante o reforço. Em vista da repercussão negativa, a Secretaria de Educação paulista suspendeu a ação, achando que a proposta deveria ser mais analisada e discutida com a sociedade. A prefeitura do Rio de Janeiro, em 2007, apresentou projeto, no qual premiava com 760 reais os estudantes que concluíssem um ciclo de ensino, das séries iniciais e finais do ensino Fundamental ou Médio, com a nota máxima. O governo fluminense, em 2009, recompensou com notebooks cerca de 7.500 estudantes que se destacaram na avaliação de desempenho da rede escolar. Nos Estados Unidos, a prática de premiação financeira, de tão utilizada, suscitou uma pesquisa sobre o assunto, feita pela conceituada Universidade de Harvard. De 2007 a
2009, o economista Roland Fryer Jr. coordenou o mais completo estudo já realizado sobre incentivos monetários aos estudantes americanos, que distribuiu 6,3 milhões de dólares a 38 mil alunos em 122 escolas. O objetivo era verificar se a ‘isca monetária’ proporcionava um melhor aprendizado. A pesquisa concluiu que, apesar de avanços no comportamento isolado de algumas turmas e melhor desempenho em algumas matérias, o impacto ao oferecer incentivos financeiros, com o objetivo de melhorar as notas nas provas foi, estatisticamente, insignificante. O resultado na aprendizagem considerado pequeno. Para os autores, o importante é perceber que mensagem é transmitida ao aluno oferecendo dinheiro ou recompensa material para que vá à escola ou se saia bem nas provas. A premiação em dinheiro faz parte dos mecanismos da economia de mercado introduzidos no ambiente escolar, com a pretensão de modernizá-lo. De certa forma, estabelece uma espécie de chantagem na aprendizagem. Do tipo: foi à escola ganhou, não foi não ganhou ou ainda, tirou nota boa, um prêmio, não tirou, sem prêmio. Um toma lá dá cá. Assim, a dedicação do aluno estaria condicionada a alguma recompensa de caráter material. Alguns desses mecanismos podem ter impactos positivos, a exemplo dos sistemas de avaliação para identificar o que os alunos sabem e a profissionalização dos gestores escolares. Outros geram mais perdas do que ganhos, como os que estimulam a competição entre professores e escolas, os rankings das melhores e piores instituições de ensino. Entre esses está a premiação monetária ou material aos alunos, insinuando que para tudo
existe um preço. Pagar para alguém estudar é renunciar a tentativa de demonstrar que a educação não só é indispensável para a vida em sociedade, mas que também pode proporcionar prazer. Aprender representa evoluir de um patamar de conhecimento para outro superior. Estimular a percepção do mundo e do próprio indivíduo. Desenvolver novas habilidades ao assimilar algo desconhecido. Crescer pessoalmente. Os especialistas em educação reconhecem que a vontade de estudar, de ir à escola, deve ser incrementada através da motivação em aprender. O “que” e o “como” ensinar seria a forma a ser empregada para que o aluno veja sentido no ato de ir à escola. Sem recompensas materiais, mas pelo interesse em aprender. Muitos professores conseguem mostrar aos alunos que estudar é uma atividade que exige esforço e dedicação, mas, também, traz recompensas bem mais valiosas que um prêmio de 50 reais. Conseguem encantá-los através do conhecimento didático, tornando as aulas interessantes e atrativas para os jovens. Seria esse o melhor estimulo. Atribuo o gosto pela História e pelos livros a um desses professores. O inesquecível mestre Santos Filho, que nas suas aulas, no Colégio Estadual do Paraná, não ficava apenas em datas e fatos, mas estimulava criativamente a pesquisa, o entendimento e a interpretação dos acontecimentos históricos. Suas aulas despertavam interesse nos alunos e eram sempre as mais concorridas. Como recompensa, o prazer de aprender.
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CONTO | CARLOS MARTINI
Histórias do Pontal Dizem, que em tardes muito quentes, de pouco ou nenhum vento e mar calmo, os pescadores que navegam pelas águas da baia da Babitonga, correm um sério risco. O risco de ouvir um canto melodioso, de uma beleza indescritível, que atrai seus barcos para perto dos costões das ilhas e do continente. O canto leva os barqueiros a um total torpor e quando chegam perto em demasia das pedras, avistam uma linda sereia, metade mulher, metade peixe, que pela força de sua beleza leva o barco a se chocar com essas pedras e ela, orgulhosa,leva seu homem para viver no fundo do mar. Os mais temerosos e os muito bem casados, só navegam com cera nos ouvidos, para evitar o risco ou sina, se boa ou ruim, não se sabe, nenhum desses rapazes voltou para contar como é a vida no fundo das águas. Dizem, também, que em noites de festa na igreja ou na escola, entre barracas de doces, pescaria ou jogo das latas, aparece um rapaz muito bonito, alto e forte, bem vestido e de uma conversa envolvente. Escolhe uma das jovens presentes, convida a moça para dançar ou para uma das atrações da festa, comem e bebem com muita alegria e envolvimento e aos poucos, ele leva a jovem para um lugar ermo e com promessas de amor eterno e muito carinho, a seduz e depois desaparece. Eu mesmo, conheço várias dessas incautas, com seus filhos no colo ou na barra da saia,
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levando suas vidas aos suspiros, na esperança de que esse jovem volte e que assuma seu papel junto a criação do filho e tire a dor de seus corações. O que elas não perceberam, por estarem completamente encantadas, é que o jovem nunca tirava o chapéu, pois isso denunciaria o furo na cabeça, por onde respirava, pois por mais que o “boto” se disfarce, esse detalhe o denunciaria. Os mais velhos falam do Boitatá, encarnação do coisa ruim, do inimigo, do invejoso, que aparece de várias formas, sempre rodeados de fogo e risadas estranhas. Muitos já viram pela baia, um esqueleto de pássaro grande, voando, rindo muito alto e soltando fogo. Os barqueiros para se livrar da aparição, olham para o nascente e para lá navegam, pois o tal inimigo não suporta a luz do sol. Das lendas, se é que são lendas, a que mais me fascina é a da Maria Preta, caranguejeira enorme e venenosa, que em noites de lua cheia, sai da mata e se transforma em lindíssima mulata, de corpo escultural, cabelos cacheados, lábios carnudos e olhos cheios de ternura. Pelas praias desertas, nestas noites de luar intenso, ela procura os jovens mais fortes e bonitos, que pela noite pescam sozinhos e desprotegidos. Com sua beleza, facilmente os conquista e eles se jogam aos seus pés,submissos,obedientes, leais. Durante o ato de amor, voltam a ter seus tentáculos e com eles suga
as forças, a vitalidade, a energia de suas presas. Alguns perecem, outros vivem à mingua, sonhando em ter sua Maria de volta, em sua vida, em sua cama, em suas mãos, já que do coração ela nunca mais saiu. Meu passado de paulista urbano, ri e não crê nessas lendas, já o caiçara catarinense em que estou me transformando, se encanta e acredita, até com provas, nestas histórias. Com o Boitatá, não quero conversa e peço a Deus, que dele me proteja. Já com a sereia,gostaria de me encontrar, ouvir sua voz, seu canto, ver seus seios, cabelos e boca, que dizem, belíssimos. Com o boto preciso conversar e pedir alguns conselhos, aulas mesmo, de sedução e conquista, para deixar de ser tão só e cheio de ilusões. Quanto à Maria Preta, acho que até já conheci algumas, pretas, loiras, ruivas, todas elas me sugaram, me deram falsas esperanças, brincaram com meus sentimentos e levaram a força, a “força” do meu amor. Porém, continuo procurando... e mesmo que Paulo Vanzolini, em sua “Ronda”, diga: “Há se eu tivesse, quem bem me quisesse, esse alguém me diria, ... Desiste, a busca é inútil.” Pois está em mim, na formação do meu ser, a crença de que a procura, sempre leva à felicidade. Então, vamos procurar? A paz, a amizade, o amor, a felicidade e como nas melhores e mais belas histórias, o tão esperado: “e foram felizes para sempre.”
CAMPANHA | INCENTIVO À LEITURA
Parcerias fazem a diferença Projeto Giroteca e Ciranda da Leitura a todo vapor com a campanha de incentivo à leitura e socialização do livro, em vários pontos da cidade de Itapoá! Sônia Charlotte Heeren
Olhe, escolha, leve, leia, troque e usufrua de bons momentos junto a esse companheiro de todas as horas e lugares, o livro! Faça a diferença... Modifique, coopere com livros, que estão em sua casa e que você gostaria que outros tivessem a oportunidade de ler.Contribua para que a leitura se torne um hábito e que livros de literatura venham a fazer parte do cotidiano de cada um de nós, na cidade de Itapoá. A Revista Giropop firmou parceria com o diretor de Cultura, Dante Puchta, ampliando a valorização do ato de ler e da busca pelo que se considera literatura, uma vez que livros do Projeto Ciranda da Leitura estão fazendo parte do acervo da Giroteca. O acesso à leitura de livros se encontra em vários expositores da cidade e em breve em cinco outros locais, ainda a serem definidos. Verifique nos seguintes pontos: Panificadora Tezukuri, Laboratório Itapoá de Análises Clínicas, Panificadora Docita, Bella Pele Cosméticos e Restaurante Dona Elza. Faça parte ativa dessa campanha! Faça acontecer interagindo nos diversos pontos da cidade! Empresário, una-se a nós...seja parceiro nessa campanha! Quer saber como? Envie um email para redacao@giropop.com.br.
Diretor de Cultura Dante Puchta e diretor da Revista Giropop Antonio Alberto Vieira firmam parceria.
Os expositores receberão nova identificação.
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LEITURA | JOVENS LEITORES
A importância do incentivo à leitura
Gabriela Almodi, com sua coleção de livros. Sônia Charlotte Heeren
Partindo-se do princípio de que a leitura é mais do que uma simples decodificação e sim uma atividade de interação, de descoberta e muito incentivo por parte da família e da escola que a Revista Giropop reservou espaço para relatos dessa atividade desafiadora, de assimilação de conhecimentos, além de lúdica e de reflexão, a leitura de livros! Aprendemos a ler quando relacionamos o que lemos com nosso conhecimento de mundo, por isso dizemos que cada leitor tem uma experiência própria de um mesmo texto, dependendo do seu “currículo oculto”, ou seja, sua “bagagem.” Cabe a escola, a família e a comunidade o incentivo e a oferta de livros para que haja participação ativa no processo da leitura. Faça parte desse mundo lúdico, desafiador e de aprendizagem relatando sua experiência e sugerindo livros!
Gabriela aprendeu cedo o gosto pela leitura
Gabriela Almodi, 7 anos, moradora de Itapoá, adora ler desde que ingressou na Pré Escola. Sempre muito incentivada tanto na escola como em
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casa, diz que vive rodeada por livros. Tanto gosta de ler que não existe lugar apropriado para ler. Lê no carro, na hora de dormir. Essa vontade de ler faz com que leia pelo menos dois livros pequenos por dia. É na biblioteca da escola que descobre inúmeros livros que fazem parte do seu universo aliado aos livros comprados pela mãe, chega a ler aproximadamente uns cinquenta livros por ano. Segundo a mãe de Gabriela, ela aprendeu a ler rapidamente e essa vontade de saber e descobrir o que iria acontecer na história dos livros lidos acelerou o processo da leitura e paralelamente o gosto pele literatura. Logo que aprendeu a ler gostava de ler livros de animais. Atualmente, “ A festa no céu”, “Cinderela”, “ O casaco novo de Dundum”, “Peter Pan”, “Pinóquio” , “Menino Caranguejo”, “Bolinha, o pequeno barbeiro”, “Chapeuzinho Vermelho” esses e muito mais livros, fazem parte do seu acervo de livros infantis. Diz que quando não tem livros novos para ler não se importa de ler o mesmo de novo. Tamanha é a vontade de ler, que Gabriela se interessa por livros ligados à filosofia, como “As mulheres e a filosofia”. A mãe, grande incentivadora da
Pedro tem cinco anos e já é fã de livros. leitura, diz que achou essa matéria da Revista Giropop muito importante e de grande incentivo para outras crianças, acrescenta “ olha, achei a matéria sensacional, pois ela só tem sete anos, é um incentivo enorme para as crianças, que ainda não desenvolveram o gosto pela leitura. Uma criança que lê possui raciocínio rápido e lógico.”
Um presente para Pedro
O relato agora é de um menino chamado Pedro, tem 5 anos e estuda na Escola Gente Feliz em Itapoá! Segundo Pedro, ganhou uma coleção de livros infantis da avó. É uma coleção que pode ser lida por crianças que se utilizam do Braille, do Projeto Brailinho Tagarela e adorou a história chamada “ Sofia soltou um pum de novo”. Além da história gostou muito de manusear com canetas que emitem sons. Coleção que adotou o conceito de inclusão total, podendo ser utilizado por crianças que enxergam como também para crianças deficientes. Cada coleção é acompanhada por duas canetas especiais, que possuem um dispositivo que ao tocar as figuras e partes do livro, acionam uma descrição em áudio explicando a situação ou ilustração selecionada pela criança.
Projeto Brailinho Tagarela Atenção Secretarias da Educação, professores e demais interessados:
O “Projeto Brailinho Tagarela” consiste em introduzir professores, alunos e sociedade ao conceito de inclusão e respeito à diversidade, por meio da produção e distribuição nas unidades educacionais das Secretarias Municipais da Educação, da “Coleção Brailinho Tagarela”, composta por 700 coleções, contendo cada uma dez títulos infantis para crianças com e sem deficiência visual, totalizando 7.000 livros. O contato é Fundação Dorina Nowill para Cegos. www.fundacaodorina.org.br
LEITURA | JOVENS LEITORES
Família que lê unida, permanece unida
Leonardo Sônia Charlotte Heeren
Muito incentivo, tanto da escola como das mães e avó transformaram a família Minguetti em pequenos e assíduos leitores. O livro para essas crianças é acessório importante para trazer na mala quando passam as férias com a avó, na praia de Itapoá. Quer seja, embaixo do guarda sol, na rede, no sofá e na hora de dormir o livro de literatura está com eles. São romances, aventuras, livros só com ilustração para os menores e livros informativos e que já se tornaram filmes. São assíduos em salas de cinema em Curitiba. Avós leitores geram filhos leitores e assim sucessivamente. É aqui que tudo começa e reside o gosto e o hábito pela literatura e a busca dos significados e da reflexão!
Capitão Cueca
Meu nome é Leonardo, fiz oito anos em janeiro. Vou falar sobre um livro, que li e gostei muito! O livro chama-se “ Capitão Cueca” , escrito por Dav Pilkey, editora COSACNAIFY. O livro trata da história de um herói,
Ana Clara
Manoela
Pedro
Capitão Cueca, que era um diretor de escola. Não gostava de dois alunos considerados “nerds”, mas eram muito inteligentes e usavam óculos. Os meninos hipnotizaram o diretor pedindo para que ele se transformasse em um super herói. Foi nessa ocasião que deram o nome de Capitão Cueca para o diretor, pois ele usava cueca por cima da calça. Existia também um vilão que criou uma calça gigante com uma arma de encolhimento para encolher o Capitão Cueca porque ele destruía as invenções do vilão. O nome do vilão é Dr. Genovevo, que foi para a cadeia.
um gato chamado Arquimedes, que mora junto com eles no museu e este gato junto com Pedro sai à procura do pai de Pedro, que desapareceu no museu quando Pedro era bebê. Pedro descobre que o avô tem uma doença provocada pelo desaparecimento do pai e nessa aventura dentro do museu desvendam grandes mistérios até encontrarem o pai, que estava num mundo mágico. Leiam o livro para saber das peripécias de Pedro e Arquimedes na procura do pai!
que haverá uma competição de patinação no gelo e aquele que vencesse, ganharia uma boa quantia de dinheiro. Nikki, a personagem principal e suas amigas decidem participar para conseguir o referido dinheiro. e acabam ganhando e assim o amigo não precisará mais sair do país. História cheia de atrapalhadas e confusões, que valem a pena!
Como Viver para Sempre
Meu nome é Ana Clara, tenho 11 anos. Gosto muito de ler, a minha mãe compra muitos livros e na minha escola também tem muitos livros. Vou sugerir o livro “Como viver para sempre”, de Colin Thompson, editora Brinque-Book, tem 240 páginas. O livro trata da história de um menino de 10 anos, chamado Pedro e que mora num museu junto com sua mãe e seu avô. Ele também tem
Diário de uma garota nada popular
Tenho 11 anos e meu nome é Manoela. Leio muitos livros. Um dos livros que li e mais gostei foi “Diário de uma garota nada popular”, da autora Rachel Renèe Russel, editora Verus e faz parte de uma coleção de vários livros. Este, que mais gostei trata de uma menina que precisava arrecadar dinheiro para uma ONG de cachorros e se não arrecadasse o dinheiro o seu amor secreto teria que mudar para outro país. Ela e suas amigas descobrem
Diário de um banana
Meu nome é Pedro, tenho 11 anos. Li vários livros, mas o que mais gostei chama-se “Diário de um banana”, o autor é Jeff Kinney, editora V&R. Gostei porque o livro é cheio de aventuras divertidas e o conteúdo é engraçado. A história é de um menino que tem muitos problemas na escola e em casa com seu irmão mais velho, que sempre o incomoda e por outro lado, seu irmão mais novo estraga todos seus brinquedos. Tem um único amigo chamado Rowley e este amigo acaba com ele nas inúmeras confusões. Quer saber das confusões? Leia o livro, pois vale a pena!
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COLUNA | COLECIONADORES
Uma coleção de coleções O gosto em preservar a história é a grande chave de uma das atividades de Hadryano Minatti Cavalari, professor de geografia da rede municipal de Itapoá. Augusta Gern Notas, moedas, cartões telefônicos, selos, figurinhas, revistinhas, chaveiros e cheques são só algumas das coleções que registram diferentes épocas e lembranças. A primeira coleção surgiu por volta dos 12 anos quando, inspirado na irmã, começou a fixar coisas na parede do quarto, feito uma exposição. “Também todas as pessoas que passavam por ali escreviam recadinhos na própria parede, como: estive aqui, ou coisa parecida”, lembra Hadryano. Assim, talvez quase sem querer, começou a guardar notas e moedas antigas. A maioria ganhava, mas também comprou várias de outros colecionadores. Porém, quase perdeu toda a sua primeira coleção: “Guar-
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Hadryano e as suas coleções. Uma delas é uma pasta exclusiva de registros da vida de Raul Seixas.
dava em uma embalagem jeans e um dia todas as notas sumiram”. Hadryano lembra que perguntou para todos da casa e a mulher que lá trabalhava assumiu que tinha trocado todas as notas no bar. Talvez por inocência ou falta de conhecimento,
notas muito antigas e até moedas de prata foram trocadas sem qualquer valor. Mas isso não desanimou o colecionador. Logo começou a comprar e ganhar novas notas e moedas, e hoje são dezenas. Também, seu avô tinha uma indústria e alguns cheques que acabaram ficando para trás foram parar em suas mãos. Em uma pasta plastificada, a coleção reserva cheques de bancos que hoje não existem mais. De figurinhas, a variedade é grande. Tem a coleção das Balas Atlas, que herdou de sua mãe e, do chiclete Ping Pong tem a coleção completa da Fórmula 1. Com o mesmo chicle-
te completou a coleção de Futebol Cards, sobre os times brasileiros, mas acabou dando de presente aos amigos. “Um dia resolvi entregar as cartas para os amigos que torciam para cada time. Só fiquei com a do Palmeiras”, conta. Outras coleções que ganharam rumos diferentes, ao invés de estarem bem guardadas em seu quartinho, são a de isqueiros, embalagens de cigarro e fitas VHS. Como em sua família quase todos fumavam, começou a guardar as embalagens e isqueiros descarregados. As duas
foram vendidas, hoje só ficaram algumas embalagens de cigarro repetidas. Já a coleção de VHS deu para um amigo que fez um painel personalizado na parede. Outra coleção que já teve mais valor, mas ainda é guardada com carinho em uma pasta exclusiva, é a de registros da vida de Raul Seixas. Desde a certidão de nascimento do músico, matérias, fotos e curiosidades são guardadas. Conforme Hadryano, já foi mais fã do Raul, mas tudo tem o seu tempo. O professor também conta com uma coleção de cerca de 300 CDs, todos originais e em diferentes ritmos. Agora busca tempo para passar todas as músicas da coleção para o meio digital, preservando-a nas diferentes épocas da tecnologia. E mesmo que em poucas unidades, brinquedos antigos, objetos e até uma câmera fotográfica é guardada. Junto com as coleções, os objetos buscam guardar e resgatar a história de diferentes épocas, buscam preservar uma história como herança de família.
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ARTESANATO | MOSAICO
Mãos que recriam peças coloridas Feito confetes de Carnaval, peças coloridas de diferentes formatos dão vida a objetos Augusta Gern A alegria presente nas passarelas da festa carnavalesca pode ser comparada com as peças recriadas por Cíntia Beatriz Machado e Guido A. G. Brzezinki. Cheia de formas, cores e composições é a arte musiva, mais conhecida como mosaico. Com registros de 3.500 anos antes de Cristo, na região da Mesopotânia, o mosaico está entre as primeiras manifestações culturais do homem, e está viva e presente em Itapoá. Com pequenos pedaços de azulejo ou pastilhas coloridas, objetos e formas são recriadas: “É uma arte engraçada, pois nós pegamos uma peça, quebramos e construímos outra”, conta Cíntia. Uma reconstrução que resulta em desenhos de diferentes formatos, motivos e cores. Reconstruções únicas que só um trabalho artesanal pode proporcionar. Artesanato esse que Cíntia quase conheceu por acaso, há 12 anos. Conforme ela, tudo começou em um dia em que sua sogra resolveu fazer mosaico em uma mesa, mas nada conheciam da arte. “Não tinhamos noção de como era, só sabíamos que tinhamos que juntar os pedacinhos de azulejo”, conta. Ela lembra que todos os vizinhos da rua os visitavam diariamente para acompanhar o processo, que no final deu super certo: a bela mesa hoje faz parte de seu quintal e acompanhou toda esta entrevista. Assim, movida pelo gosto e intuição, junto ao marido começou a
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fazer algumas peças para a própria casa, até que o primeiro convite profissional chegou. Indicados pela arquiteta Andrea Choma, o casal fez mosaico em 20 mesas para o jardim da sogra de Andrea. Para surpresa, dez dessas mesas foram para Miami fazer parte de um restaurante. Com o tempo as pessoas começaram a procurá-los e batiam na casa: “é aqui que mora a pessoa que faz mosaico?”. Então há nove anos construiram o ateliê Maria João, o qual reserva todo o estilo de tranquilidade do casal e homenageia seus dois filhos. Na mesma época também começaram a participar de feiras de artesanto e o mosaico de Itapoá foi ficando conhecido. “Hoje, depois de tantos trabalhos, posso afirmar que tenho retorno”, fala Cíntia. Conforme ela, hoje as pessoas reconhecem o trabalho e, com as facilidades da internet, mosaicos já foram vendidos para o Rio Grande do Sul e São Paulo. Além disso, a artesã afirma que Itapoá está diferente, pois já tem vida no inverno. Também, materiais antes só comprados fora da cidade já são encontrados no comércio local. As peças mais procuradas são os números de casa, que em diferentes cores e formatos dão vida à fachada de
qualquer residência. Porém, uma infinidade de objetos é beneficiada pelos pequenos formatos coloridos: móveis, enfeites para a casa, quadros, retratos, placas comerciais e painéis de piscina. E entre desafios, tentativas e paciência, hoje Cíntia é considerada uma mosaicista completa: a única técnica ainda não praticada é do mosaico italiano que, conforme ela, utiliza um martelinho e mármore. E tudo isso foi adquirido com os erros, e claro, muita prática. Também professora da rede municipal, Cíntia busca levar a arte para as salas de aula. O novo encontro dos alunos com a arte tem possibilitado ótimas experiências: teve um aluno muito agitado que, com o mosaico, aprendeu a controlar a ansiedade e incentivar a concentração. “Como outros colegas, ele conseguiu entender que situações de nossa vida são como o mosaico, não dá para fazer tudo de uma vez”, conta Cíntia. O maior ensinamento é que no mosaico é preciso muita paciência. Mas a pergunta que sempre esteve presente nos corredores das escolas: “Que horas você faz isso Cíntia?”. E com alegria no olhar – a mesma que deve tê-la acompandado em todas as respostas é simples: “faço isso para relaxar”. Para ela, depois de um dia agitado na escola, não há terapia melhor para desestressar. E assim, a cada peça quebrada e recriada, entre as mais diferentes cores e formas, mais uma técnica destaca Itapoá pelo artesanato, arte e cultura.
MÚSICO | BAIANO ROOTS
Ritmos de uma vida Augusta Gern Nesta edição a protagonista não é a voz, mas o ritmo embalado pelas mãos. Conhecido por músicos, itapoaenses e turistas, Baiano – ou Baiano Roots, como também é conhecido – é o grande percusionista de Itapoá. Barzinhos e participações especiais em shows tornam Francisco Eduardo Costa Oliveira (32) uma personalidade na cidade litorânea. A percussão é o instrumento que emite o som através do impacto, raspagem ou agitação, possibilitando uma variedade de ritmos e embalos. E nisso Baiano é especialista, nasceu com o ritmo nos ouvidos. Lembra que quando criança seu tio tinha uma banda de rock e estava sempre acompanhando ensaios. Além disso, seu pai sempre organizava boas rodas de samba em casa, foi quando se apaixonou pelo pandeiro. A percussão veio logo em seguida: aos dez anos de idade. Não foi preciso aulas ou pessoas que ensinassem, Baiano praticamente nasceu com o dom nas mãos. “Gostaria de saber quem me escolheu para fazer isso”, brinca. Aos 17 anos começou a tocar profissionalmente em uma banda de pagode, junto com amigos de Curitiba. Depois vieram mais dois grupos no mesmo ritmo, todos na capital paranaense, sua cidade natal, até que veio para Itapoá. Há 12 anos foi a primeira temporada que tocou na cidade litorânea. Vinha nos finais de semana, tocava e voltava para Curitiba. Até que em 2006 duas paixões não o deixaram ir embora: a praia e Patrícia Machado Pereira, hoje gestora da pré-escola Palhacinho Feliz. Com ela construiu uma família: ganhou uma filha, hoje Ana Beatriz está com 19 anos; e com Patrícia teve o pequeno Francisco, que já está com seis anos. Ao chegar em Itapoá, além da família e da praia, nasceu uma nova
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paixão: o reggae. “Conheci o Bola e me apaixonei por este ritmo também”, conta Baiano. Para ele, os grandes ídolos e inspiradores são Bob Marley, Carlinhos Brown e Cláudio Pepe. Hoje Baiano é conhecido principalmente pelo reggae e já tocou com bandas como Yomanaho, Djambi e já abriu diversos shows nacionais. Em Itapoá sempre é convidado para participar de shows e muito elogiado por diferentes músicos. No final do ano foi convidado para tocar com a banda Djambi em Itapoá, São Francisco do Sul e na Ilha do Mel. “Eu tinha o sonho de conhecer a Ilha do Mel e lá foi a melhor apresentação que já vi do Baiano”, conta Patrícia. Segundo ela, a banda apresentou o músico itapoaense ao público e o deixou a vontade nas músicas. Este encontro promete grandes parcerias, com o convite de viagens para acompanhar a banda. Além dos shows, Baiano também toca em barzinhos. Neste verão, nas folgas de seu trabalho no Porto, marca presença no barzinho Na Oca. “Quero agradecer aos músicos que sempre me ajudam com a música:
Diogo, Garam e Niva”, fala. Ele também agradece às casas de Itapoá e pede mais valorização aos músicos locais. Para ele, cada apresentação é diferente e tem uma energia especial. “Fico reparando no que o público quer ouvir. Quando uma mesa não está interagindo, dou um toque para os outros músicos, mudamos de ritmo e integramos todo mundo”, conta. E assim, com todo o talento e simpatia, também agradece a seus fãs. “Nunca imaginei que um dia iria ter fãs, e hoje posso dizer que tenho”, fala. Para ele, ver as pessoas o aplaudirem e ganhar elogios não tem preço:
“É muito bom ter a valorização do público, pois não há cachê que pague uma palma”.
Além do samba e do reggae, Baiano toca qualquer ritmo: não há o que não saiba tocar; e quando acha que não sabe, entra no ritmo e embala. E tudo isso sem nenhuma aula. A técnica aprendeu observan-
do: “Sempre que vou a um show fico lá na frente do percusionista para ver como ele faz”. Conforme ele, com a música se aprende todo o dia. Seu sonho é um dia tocar em uma banda famosa e poder viver só de música, mas enquanto esse dia não chega, segue a vida feliz da vida. “Não penso em sair de Itapoá, aqui ainda temos o sossego e tranquilidade que todo mundo precisa”, fala. Além disso, afirma que tem duas grandes paixões, que na verdade se transformam em três: a família, a música e o porto. O gosto pelo trabalho, pela cidade, pela família e a música o tornam uma pessoa completa. “Ele é um exemplo de superação, passou por vários caminhos complicados e hoje é modelo para os jovens”, fala Patrícia. E a pergunta que todos fazem não poderia faltar: Por que Baiano? A resposta vem do berço: apesar de ser curitibano, toda sua família é baiana e sempre o chamou de baianinho.
MÚSICA | DAZARANHA
Tradição de “relampejos de verão” Augusta Gern O show que já se tornou tradição em Itapoá não poderia deixar de marcar presença nesta temporada. Com as altas temperaturas e o embalo de todo o público, no dia 1º de fevereiro a banda Dazaranha transformou o Maresia em um verdadeiro Salão de Festa a Vapor. E não teve quem não curtiu. De Florianópolis, a banda apresenta um som único, entre o reggae e o rock, e o uso de violino e percussão. Já são quatro álbuns de estúdio e um CD e DVD gravado ao vivo. Também, para comemoração de 20 anos, lançaram um box com todos os materiais, brindando a história que começou em 1992. Amantes da capital catarinense, dois locais inspiraram o nome da banda: a Ilha das Aranhas, localizada na região norte de Florianópolis e que guarda mistérios e histórias, e o Canto das Aranhas, que fica na praia do Moçambique. Conforme Gazú, vocalista da banda, é este amor pela Ilha da Magia que os move e inspira as músicas: “As nossas músicas buscam retratar coisas simples do cotidiano das pessoas, as belezas da natureza, a importância de preservação”, conta. Segundo ele, não há muito segredo, as músicas aparecem
O cantor Gazú e Jeferson Garcia, antigo responsável pelo Maresia. em situações cotidianas da vida. E esta proximidade das músicas com o litoral pode ser o grande segredo para o sucesso em Itapoá. Conforme Jeferson Garcia, mais conhecido como Jefinho, a banda tocou em Itapoá pela primeira vez em 1999. Conforme ele, antigo responsável pelo Maresia, na época a banda se identificava muito com Curitiba, mas não demorou nada para também se identificar com o público itapoaense. “Aí virou tradição a vinda do Daza em todas as temporadas no Maresia”, conta Jefinho. E esta tradição é seguida por muitos fãs. Renan Brito Silveira (20),
Dazaranha e a fã da banda e jornalista da Revista Giropop Augusta Gern.
por exemplo, sempre que pode marca presença com os amigos. Em Itapoá já foi a sete shows do Dazaranha e há dois anos compartilha a mesma Ilha da Magia com a banda. Mesmo morando em Florianópolis, sempre que está aqui não perde a oportunidade: “Um show desses na companhia dos amigos lava a alma”, afirma. Ele conta que desde pequeno admira a banda e se identifica muito com as letras das músicas: “Retratam com maestria o cotidiano do povo caiçara e da galera que vive no litoral”. Além disso, neste show considerado incrível, ele e seus amigos aproveitaram muito em memória do amigo e gran-
de fã Darci Reinert, conhecido como “Caveira”. Porém, não são apenas os fãs que gostam quando a banda está por aqui. O vocalista Gazú conta que a banda toda gosta muito de Itapoá e que em todos os shows rola uma energia muito boa. “O povo aqui é muito carismático, até parece que estamos em Floripa. Me sinto em casa”, afirma. Agora algumas pessoas já aguardam o próximo ano, aguardando que a tradição continue. Afinal, entre ritmo, letras e muita energia, o show demonstra a alegria dos “relampejos de verão”.
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QUEM É? | TIO ROY
Muito mais do que tequila Augusta Gern A dose, o limão e o sal ganharam um espaço reservado nas baladas itapoaenses. O estilo único, performances e muita simpatia nas noites tornaram Roy uma personalidade na cidade, mas sua vida vai muito além disso: mais do que nas noitadas, está marcado na arte, com trabalhos de pintura, iluminação e decoração. Roy Angelo Zibetti (50), ou “Tio Roy” como é mais conhecido, conta que durante toda a vida trabalhou com arte. No início eram apenas trabalhos manuais, depois trocou o artesanato pelos pincéis, e então veio a pintura de casas e trabalhos artísticos em fachadas. De Curitiba, lembra da arte que fez na fachada de um barzinho de rock: “A pintura ficou anos lá, até mesmo depois que o bar fechou. Ninguém pichou, foi muito legal”. Os bons detalhes na imagem - um pouco pesada ao olhar dos que não curtem rock - resultou em boas oportunidades, como o convite para uma pintura no Hospital de Câncer. Na capital paranaense, junto à pintura, também trabalhava em barzinhos. E aí veio a ideia de juntar os dois ofícios: começou a inserir a arte na balada. O primeiro trabalho foi no teatro Guaíra, depois passou para os
bares. “No início da semana pintava painéis com a programação dos barzinhos e depois trabalhava lá dentro”, conta. Além disso, a produção visual com iluminação de ambientes sempre foi o seu carro-chefe nas noitadas. Em Itapoá não é diferente. Como muitas outras pessoas, Roy conheceu a cidade na temporada, gostou e acabou ficando. A sua primeira vinda foi para vender sor-
vetes no verão. “Vim e trouxe o meu filho, aí só havia um carrinho de sorvetes e deixei para ele. No mesmo dia fui atrás de trabalho no Maresia e deu certo”, lembra. Assim, no vai e vem foram muitas temporadas, até que um dia se cansou do movimento da capital e se fixou em Itapoá. “Antes vinha como turista mercenário, agora não saio mais dessa cidade”, brinca.
Segundo ele, ainda não encontrou um lugar tão legal. “Aqui é uma cidade caseira, todo mundo é uma família, você nunca está sozinho”, conta. E mais: “a cidade tem um brilho e uma energia muito intensa”. Com todo esse amor pela cidade, uniu o gosto pela arte e trabalho nas baladas. Há cinco anos oficialmente em Itapoá, já trabalhou alguns anos no Muvee e no Maresia e, como em Curitiba, os drinks nunca foram o único chamariz. “O bar sempre foi o meu escritório de arte”, afirma. Conforme ele, nunca foi preciso uma placa in-
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dicativa ou de propaganda, com uma produção visual e jogos de luzes as pessoas sempre o procuraram pela curiosidade. Além de personalizar seu próprio espaço, Roy também já produziu outros ambientes nas casas de festa em Itapoá e fez construções artísticas como colunas de tijolos massiço e pedra. “Mas o que quero mesmo incrementar neste ano é a pintura, principalmente em quartos de criança”, afirma. A habilidade com os pincéis já resultou em belos trabalhos em muros escolares, quartos infantis e fachadas de estabelecimentos. Boas referências são o muro da APAE e a arte em frente ao camping de Itapoá. E assim, de forma tranquila, com uma “sobrevivência prazerosa”, o personagem Tio Roy vai levando a vida no balneário Paese. Para distração e até manutenção de mais paixões, a música e o surf também estão presentes. Atualmente está desenvolvendo estudos com o baixo. “Gosto do reggae ao metal. Gosto de ouvir, interpretar e desenvolver a música, não copiar”, fala. Esta alegria em curtir a música é a mesma do surf. Faz pouco tempo que começou a pegar ondas mas, segundo ele, já não é mais chamado de “prego”, foi promovido à “parafuso”. “Às vezes nem é preciso ficar em pé, o gostoso é sentir a energia e poder fazer wohooo”, afirma. E entre energias de cores, luzes e drinks, sonha com que seu trabalho cresça e consiga finalmente construir a tão desejada casa exótica. “Quero uma casa redonda de três andares, com todas as árvores em volta”, afirma.
Descobrindo Atenas, a fonte do pensamento ocidental Finalmente, chegamos à Atenas, extraordinária cidade, onde a democracia nasceu, o conhecimento racionalizado e a civilização ocidental tomou forma. Atenas produziu obras monumentais de Arquitetura, Matemática, Literatura, Filosofia e até Medicina. Platão, Aristóteles, Sófocles entre outros, continuam muito vivos nessa metrópole, passado e presente convivem juntos, basta caminhar pelas ruas e ter um ponto de referência, um local para poder se situar e não se perder, como também, aproveitar bem a estada na cidade. Deixando o cais, existem táxis e ônibus para levá-lo para os pontos de interesse histórico e turístico, como por exemplo, o Templo de Zeus, o maior monumento em estilo coríntio na Grécia, o Arco de Hadrian, que separa a cidade antiga da moderna, os Jardins Nacionais, a Biblioteca Nacional, o Edifício do Parlamento, o estádio Panathinion, construído em 1895 e que foi o local dos primeiros jogos olímpicos modernos. O auge dessa estada em Atenas, sem dúvida, é a Acrópole, situada no alto de uma colina com vista magnífica para a cidade e o incomparável Parthenon, o Teatro de Dionísio, o
Templo de Adonis e a Ágora, que é emocionante pelo simples fato de que nesse local foram criadas as primeiras leis e que o cidadão era respeitado e tinha os bens comuns valorizados. Monumentos de beleza milenar indescritíveis, grandiosidade e história. O passeio se torna agradável porque a região é repleta de oliveiras. Há um museu ao lado da Ágora, que vale a pena visitar. Nesse museu você pode apreciar peças fascinan-
tes, que os gregos já conheciam em 447 a.C como xícaras com asas, grelhas como essas que usamos hoje em dia em nossas churrasqueiras, espetos e maravilhosos fogareiros, tipo “réchaud.” Outra opção é caminhar pelo calçadão de pedestres, pois o calçadão liga muitos desses monumentos importantes, os quais citei acima. Ande pelas ruas de paralelepípedos de Plaka, um bairro muito antigo e explore as igrejas bizantinas, as vilas
neoclássicas e as tavernas. Viaje a pé, não só para queimar calorias, mas para apreciar os pontos mais interessantes da cidade, desvendando os mistérios da Antiguidade, dando asas à imaginação enquanto admira todos os lugares por onde passar. Seja aventureiro, alguns dos melhores sabores da Grécia e mesmo da Ásia podem ser encontrados na rua. Siga os odores da requintada culinária grega e saboreie-a nos bares e ou tavernas. De volta a bordo, experimente a agitação de um mercado grego dentro do navio. Pergunte sobre os delicados frascos de perfume locais pintados à mão, leve para casa sobremesas gregas e pacotes com vários sabores gregos para compartilhar com os amigos. Uma verdadeira delícia! À noite, prepare-se para noite grega, use e abuse de roupas brancas. Desfrute da música grega dançando e ou aprendendo a dançar com os bailarinos do navio. Próxima parada, Mykonos, ilha em que nasceu Apolo, deus grego do Sol, da Música, da Luz, da Harmonia e Beleza!
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POR AÍ | CICLISMO
A bike me leva por aí
Relato de André, Bernardo e Maurício No início de fevereiro, passaram por Itapoá, três ciclistas em busca de um desafio: pedalar de Curitiba até Florianópolis, em oito dias, atravessando a Serra da Gra-
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ciosa e passando por todas as praias do litoral norte catarinense e sul do Paraná A empreitada tem um nome: Expedição Galo Pedal. O projeto surgiu em 2009, quando três mineiros (Marcos Miranda Toledo, Bernardo de Faria Leopoldo e Maurício Fidélis Rodrigues Junior) torcedores do Atlético-MG, o “Galo”, resolveram se aventurar em duas rodas pelo litoral nordestino, percorren-
do mais de 550km de litoral, entre Maceió (AL) e João Pessoa (PB). A segunda expedição ocorreu em abril de 2013, desta vez desbravando o Pantanal sul-matogrossense, a Serra da Bodoquena e a cidade de Bonito. Para celebrar a maior conquista de seu time do coração (campeão da Libertadores da América em 2013), resolveram, em 2014, colocar novamente os pés na estrada. Ou melhor, no pedal! O destino escolhido foi o sul do Brasil. Com dois integrantes de sua formação original (Bernardo e Maurício)
e um reforço sulino de última hora (o ex-morador de Itapoá, André Luis Regolin), a jornada iniciou-se -se no dia 1º, com o encontro da equipe no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em Curitiba. Cada bicicleta tinha seu nome e sua história: Brutal Bike, IronBike e Coringrela. Com uma média de mais de 60 km pedalados por dia, os cicloturistas atleticanos conheceram lugares incríveis e paisagens deslumbrantes, sempre com uma boa dose de aventura sobre duas rodas.
André Luis Regolin, ex-morador de Itapoá hoje reside em Florianópolis. De mudança para Santa Maria - RS, onde vai fazer o seu mestrado. Na primeira parte da viagem, pedalaram de Curitiba até Morretes, passando pela Serra da Graciosa com todo o seu esplendor. Foram longos trechos onde foi possível experimentar o melhor da Mata Atlântica, com suas cachoeiras e belezas naturais. O barreado, prato típico da localidade, deu a energia necessária para seguir viagem. De lá, foram percorridos , no segundo dia, cerca de 60 km até para Praia de Leste, no litoral paranaense. No terceiro dia passaram pelas praias do Pontal do Paraná, Matinhos, Guaratuba e chegaram a Itapoá, onde foram acolhidos por um banho de mar na Terceira Pedra. O amigo e xará do André,André, da loja Tribo do Sol, agilizou a hospedagem, enquanto o habilidoso torneiro Tony e seu filho, Antônio, concertaram a IronBike. A noite foram presenteados com um belo concerto de acordeon
realizado pelo tatuador argentino Rodrigo, que também trabalha na loja. Apesar de haver lugares para visitar e amigos para reencontrar, eles partiram na manhã do dia seguinte, pois ainda havia muito a pedalar. De Itapoá, seguiram, no quarto dia, para São Francisco do Sul, onde, além das belas praias Enseada e Prainha, conheceram o centro histórico. No quinto dia enfrentaram um dos maiores desafios da viagem: atravessar por uma estrada de areia os cerca de 20km do Parque Estadual do Aracaí e depois pedalar mais alguns km pela praia até chegar ao Canal do Linguado, onde contaram com a ajuda do barqueiro Sr. Alvim para a travessia até Barra do Sul. A pedalada continuou até a Barra do Itapocu, onde tiveram que pegar mais um barco para atravessar a Lagoa da Cruz e chegar a Barra Velha. Através de estradas pavimenta-
das e de chão, os três aventureiros percorreram, no sexto dia, as belas praias de Barra Velha, Piçarras, Penha, Navegantes e Itajaí, encerrando a pedalada diária em Balneário Camboriú. No sétimo dia, a equipe foi reforçada pela Aline, uma ciclista local que os guiou pelas praias e mirantes da sinuosa costa de Itapema, Porto Belo e Bombinhas. O último dia da expedição também foi marcado por desafios. Após um banho na praia de Mariscal, atravessaram o morro da antena e seguiram até Tijucas, onde a BR-101 os aguardava. Apesar das dificuldades, dos obstáculos e da vontade de aproveitar um pouco mais de cada um dos lugares visitados, o trio alcançou
sua meta. Chegaram a Florianópolis no início da noite, totalizando 530km percorridos, 23 cidades visitadas, 3 travessias de balsa, 2 de lancha, 5 pneus furados, 1 bagageiro quebrado e inúmeras recordações. Para cada um dos integrantes, além de ser uma conquista pessoal, o sucesso de mais uma Expedição Galo Pedal representa um conjunto de vitórias: do físico, da mente e da amizade. E a vitória das paixões: pelo Galo, pelos lugares, pessoas, bicicletas e pelas suas histórias! Ao longo do caminho, além das fotos e recordações, também fizeram novos amigos e viveram inúmeras aventuras, as quais estão compartilhadas em seu blog: HTTP://galopedal.blogspot.com.br
Chegada em Florianópolis, 530km percorridos, 23 cidades visitadas.
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HISTÓRIA | MANOEL CALDEIRA
A arte milenar da construção de barcos Sônia Charlotte Heeren Desde os tempos mais remotos, os barcos têm sido utilizados como meio de transporte importante para aqueles que moram próximo a rios e mar. A construção de barcos feitos de tronco de árvores pode ser considerada milenar, evidências de quarenta mil anos atrás foram encontradas na Austrália, como também, na Grécia. Em Itapoá, tivemos o prazer de conversar com Manoel Caldeira, 81 anos e construtor de barcos, canoas e remos para pesca. Casado com Dulce Soares Souza, morador da Barra do Saí, pai de onze filhos, diz
que construiu barcos para toda cidade de Itapoá e nos explicou passo a passo seu trabalho como autodidata na função. Conforme relato, a construção dessas embarcações é feita a mão. As madeiras utilizadas são a guapuruvu pouco resistente, porém, presta-se à confecção de canoas, exatamente, pela leveza e facilidade de entalhe; a madeira guarataia também utilizada na construção de vigas, caibros e assoalhos, como também, as madeiras guaruva, cauvi, imbiriçu, canela, que segundo
Manoel Caldeira com sua esposa Dulce Soares Souza e seu filho.
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Manoel são madeiras da localidade. Muitas das madeiras utilizadas por Manoel são do Saí Mirim e a canoa construída de uma só madeira ou de um só tronco. A construção de um barco leva aproximadamente um mês passando por várias etapas. Inicialmente, precisa de uma licença, que intitula “ avulsa” para construir o barco, segundo critérios da “ arqueação”. Após a construção do barco faz-se necessária uma vistoria da capitania para ver se a embarcação corresponde aos critérios da “arqueação”, que estabelece o comprimento da embarcação, a largura de boca, a fundura “pontal” e o contorno, que é a medida externa. Portanto, por essa medição a capitania estabelece as normas de uso para cada embarcação, seja ela, barco com motor, barco a remo, barco vela ou outra forma de embarcação. Relata que perdeu a conta de quantos barcos e canoas já construiu desde seus vinte anos e que sempre caprichou na “bordadeira”, que é o
acabamento de um barco e na pintura do mesmo. A pintura é um requisito importante. Manoel fala com orgulho que muitos dos seus barcos foram para Peruíbe, Cananeia e até para o Rio de Janeiro e que sempre foi procurado por pessoas da Ilha do Mel, Ilha das Peças para consertar barcos. Atualmente, reside à beira do Rio Saí Mirim. Pescador de mar e de rio, onde pesca mangonas e até cação grande. Conta que passou por momentos difíceis na vida.Saia com a “cara e a coragem” utilizando-se de carro de boi e que uma vez se viu diante da figura do Boitatá. Segundo, Manoel a canoa e o barco de madeira já tiveram sua história e que hoje em dia tudo é feito de fibra e ou materiais muito mais resistentes. Com essa história de vida e dedicação a Revista Giropop resgatou mais um morador de Itapoá,que com toda simpatia nos relatou seu meio de vida, a de construtor dessa arte milenar, a canoa e o barco de madeira.
104 – Baln. Itapoá, LT 07, QD 105, 24m p/ R. 1580 (asfalto de acesso à SC-416), faz esquina c/ 16m p/ R. Caiuá, área total = 384m². PX = antiga Prefeitura, Posto de Saúde, Corpo de Bombeiros, Mercado Sol e Mar. DP = 700m. R$ 120.000,00; 105 – Baln. Rainha, LT 25, QD 50, R. 540, 13x30=390m², QD do mar, limpo, relevo acima do nível da via. PX = calçadão do Rainha, Hotéis Zöe e Rainha, APP, Mercado Ferri, Farmácia. DP = 100m. Aceita veículo e/ou terreno como parte pagto. R$ 95.000,00; 107 – Baln. St. Terezinha, LT 05, QD 11, R. Pyssando esquina c/ 2830, 12,80x24=307,20m², cercado, relevo no nível da via. PX = Porto Itapoá, Marina Pontal, Mercado Pontal. DP = 280m. R$ 55.000,00; 108 – Baln. St. Clara, LT 04, QD 30, R. 1310, 15x24=360m², pouca vegetação, relevo no nível da via. PX = “Projeto Riviera St. Maria”, residências, R. 1580 (acesso à SC-416). DP = 850m. R$ 45.000,00; 109 – Baln. St. Clara, LT 03, QD 30, R. 1320, 15x24=360m², pouca vegetação, relevo no nível da via. PX = “Projeto Riviera St. Maria”, residências, R. 1580 (acesso à SC-416). DP = 850m. R$ 45.000,00; 110 – Baln. Itapoá, LT 09, QD 114, R. Raquel de Queiroz (entre R. 1420 e 1450), relevo no nível da via. PX = diversas residências, “Projeto Riviera St. Maria”, R. 1580 (via de acesso à rodovia SC 416), Mercados (Brisa do Mar e Veleiros), Panificadora Maykon. R$ 45.000,00; 116 – Baln. Itamar, LT 12, QD 02, 12x30=360m², R. 2330, QD do mar, limpo, murado na lateral direita. PX = “Conjunto Bamerindus”. DP = 50m. R$ 85.000,00; 117 – Baln. Praia do Imperador, LT 01, QD 46, R. 1980, 14x24=336m², esquina, limpo, diversos moradores na região. PX = Mercado Mar Azul, Mendonça Mat. de Const., “Conjunto Bamerindus”. DP = 1.100m. R$ 42.000,00; 118 – Lot. Volta ao Mundo I, LT 09, QD 29, R. 460, 13x30=390m². Ao lado do South Beach II. PX = Supermercado Brasão (Barra do Saí), JP Sacolão, Besen Mat. de Const. DP = 900m. R$ 45.000,00; 120 – Baln. Saí Mirim, todos os 20 LTs que compõem a QD 130, área total = 7.200m² (60x120), frente p/ R. 370 (acesso à Itapoá via Barra do
Saí). PX = Posto Maré Mansa (Ipiranga), Besen Mat. de Const. DP = 1.100m. R$ 495.000,00; 127 – Baln. Rosa dos Ventos, LT 43, QD 09, R. Catacata (entre R. 2360 e 2370), 15x30,10=375m². PX = Diversas residências (novas e em construção), “Conjunto Bamerindus”. DP = 250m; 128 e 129 – Baln. Volta ao Mundo I, LT 20 e 19, QD 03, R. 450, QD do mar, 12x30=360m². PX = Loteamentos South Beach, Supermercado Brasão (filial Barra do Saí), Besen Mat. Construção. DP = 150m. R$ 95.000,00 (cada); 134 – Baln. Praia do Imperador, LT 15, QD 03, R. 2080, 12x32=384m², QD do mar, pouca vegetação, relevo acima do nível da via, murado nos fundos. PX = Mendonça Mat. de Const., Mercado Mar Azul, “Conjunto Bamerindus”. DP = 100m. R$ 85.000,00; 136 – Baln. Princesa do Mar, LT 15, Q D13, R. 1740, QD do Mar, 12x32=384m², relevo plano (nível da via). PX = Mercado Tupã, Panificadora Tezukuri. DP = 50m. R$ 110.000,00; 140, 141 e 142 – Baln. Itapoá, Anexo B1, LT 15, 16 e 17, QD 13, R. Ouro Preto (entre R. 1590 e 1600), 12x24=288m², pouca vegetação, relevo no nível da via. PX = Mercado Sol e Mar, Panific. Maykon, Posto de Saúde. DP = 900m. R$ 45.000,00 (cada); 147 – Baln. Itapoá, Anexo B1, LT 09, QD 13, R. 1590 (entre R. Caiuá e Ouro Preto), 15x42=630m², pouca vegetação, relevo no nível da via, vala de água pluvial tubulada. PX = Mercado Sol e Mar, Panific. Maykon, Posto de Saúde. DP = 820m. R$ 86.000,00; 148 e 149 – Baln. Itapoá, Anexo B1, LT 10 e 11, QD 13, R. 1590 (entre R. Caiuá e Ouro Preto), 15x42=630m², pouca vegetação, relevo no nível da via. PX = Mercado Sol e Mar, Panific. Maykon, Posto de Saúde. DP = 840m. R$ 85.000,00 (cada); 150, 153 e 154 – Baln. Itapoá, Anexo B1, LT 19, 20 e 21, QD 13, R. 1600 (entre R. Caiuá e Ouro Preto), 15x42=630m², pouca vegetação, relevo no nível da via. PX = Mercado Sol e Mar, Panific. Maykon, Posto de Saúde. DP = 860m. R$ 85.000,00 (cada); 152 – Baln. Jd. da Barra, LTs 09/10/11, QD 04, R. 1000 esquina c/ R. Guaivira, área total = 1.112m² (37 x 30), limpos, aterrados (acima do nível da via), fechados (muro e “palitos” de concreto), passeio (calçada) pavimentada. PX = Edifício Paraty, Agência da Celesc, Mercado Brasão (Pae-
se), Prefeitura, Calçadão da Av. Beira Mar III. DP = 350m. R$ 300.000,00; 155 – Baln. Itapoá, LT 04, QD 114, R. Ouro Preto (entre R. 1420 e 1450), 15x24=360m², relevo no nível da via, lateral direita murada. PX = R. 1580 (acesso à rodovia SC-416), Mercado Brisa do Mar, Projeto Riviera St. Maria. DP = 800m. R$ 45.000,00; 158 – Baln. Uirapuru, LT 15, QD 23, R. 2070, 12x32=384m², relevo plano (nível da via), lateral esquerda murada. PX = “Conjunto Bamerindus”. DP = 900m. R$ 35.000,00; 164 – Baln. Jd. P. Atlântico, LT 10, QD 56, R. Presid. Campos Salles (entre R. 910 e 960), 14x30=420m². PX = Prefeitura, Av. Beira Mar III, Colégio Nereu Ramos, Panificadora, Mercado. DP = 280m. R$ 130.000,00; 168 – Baln. Brasília, LT 09, QD 05, R. Max Cley Defendi (entre R. 640 e 650), 12x30=360m², limpo, relevo no nível da via, lateral direita e fundos murados. PX = Mercado Chaves, Mat. de Const. Realeza, “3ª Pedra”. DP = 150m. R$ 150.000,00; 173 – Baln. Nascimento, LT 08, QD 02, R. 1810, QD do Mar, 12x32=384m². PX = Mercado Tupã, Escola Frei Valentim. DP = 80m. R$ 95.000,00; 174 – Baln. Nascimento, LT 17, QD 02, Av. Brasil esq. c/ R. 1800, QD do Mar, 38m de frente p/ Av. Brasil, 600m². PX = CTC Mat. Const., Mercado Tupã, Escola Frei Valentim. DP = 170m. R$ 180.000,00; 176 – Área “E-13”, entre Jd. P. do Atlântico e Jd. da Barra, R. Pirauna, esquina, 14,28 x 30 = 428,40m², limpo, murado nos fundos, relevo no nível da via. PX = Prefeitura, Calçadão da Av. Beira Mar III, Mercado Brasão (Paese), Fórum, P.A. 24h. DP = 300m. R$ 150.000,00; 179 – Lot. Volta ao Mundo I, LT 06, QD 02, R. 450, 14x26=364m², QD do mar, limpo, relevo plano (nível da via), lateral esquerda murada. PX = South Beach, Sacolão JP, Mercado Brasão (Barra do Saí). DP = 50m. R$ 92.000,00; 198 – Baln. Rosa dos Ventos, LT 11, QD 10, R. Paraju (entre R. 2370 e 2390), 15x30,10=375m², relevo plano (nível da via), limpo, c/ padrão de energia elétrica. PX = Diversas residências (novas e em construção), “Conjunto Bamerindus”. DP = 100m. R$ 70.000,00;
178 – Baln. Princesa do Mar, LT 05, QD 89, R. 1700, 12x32=384m². PX = Panificadora Tezukuri, Mercado Tupã. DP = 950m. R$ 7.425,00 + 120x de R$ 758,00;
320 – Baln. St. Terezinha, LT 08, QD 15, R. 2820, 12,80x32=409,60m². Boa opção p/ investimento = zona urbana III. PX = Porto Itapoá. DP = 600m. R$ 7.050,00 + 120x de R$ 644,53; 322 – Baln. Londrina, LT 01, QD 17, R. 2660 esquina c/ R. Camaru, 15x24=360m², limpo, aterrado (nível da via), demarcado. PX = Hotel e Marina Baiti, Mercado Pontal, Porto Itapoá. DP = 450m. R$ 7.800,00 + 120x de R$ 796,00; 340 – Baln. Palmeiras, LT 02, QD 68, R. Atoba próximo a esquina c/ R. 1970, 16x24=384m², demarcado, relevo no nível da via. PX = Mercado Mar Azul, Mendonça Mat. de Const. DP = 800m. R$ 6.300,00 + 120x de R$ 643,25; 342 e 345 – Baln. Itapoá B1, LT 05 e 06, Q 13, R. Caiuá (entre R. 1590 e 1600), limpo, aterrado, galeria de água pluvial tubulada. PX = Supermercado Sol e Mar, Panificadora Maykon, Realeza Mat. Const. DP = 700m. R$ 8.775,00 + 120x de R$ 896,00 (cada); 354 – Baln. Cambiju, LT 11, QD 10, R. Leonides Pommer (entre R. 590 e 600), limpo, aterrado. PX = Mercado Casagrande, Hotel Mar Azul. DP = 250m. R$ 125.000,00; 400 – LOTEAMENTO PRÍNCIPE, terrenos limpos, demarcados, relevo acima do nível da via, c/ galerias de águas pluviais, rede de energia elétrica, iluminação pública. PX = Escola Particular Gees (no próprio Lot.), Pré-Escola Municipal Palhacinho Feliz, Escola Municipal Ayrton Senna, Colégio Estadual Nereu Ramos, Câmara de Vereadores, Fórum, Pronto Atendimento Médico 24 horas, APAE, Arena Itapema (espaço de entretenimento), Templos Religiosos (Igreja Luterana e do Evangelho QDngular), Mercados, Panificadoras e diversos outros estabelecimentos comerciais. Início do Lot. a 1.200m da praia. Terrenos com entrada a partir de R$ 12.960,00 e saldo em até 180x de R$ 755,00; 500 – SOUTH BEACH II. Excelente Loteamento aberto, c/ todas as vias pavimentadas c/ bloquetes sextavados de concreto, ampla área de reserva ambiental, áreas destinadas p/ serviços públicos. Sistema próprio de tratamento de esgoto (ecológico). Todos os LTs possuem meio-fio, rede de água, rede de esgoto, rede de energia elétrica (em implantação) e sarjetas p/ águas pluviais. PX = South Beach I, Supermercado Brasão (Barra do Saí), Besen Mat. de Const. Diversos terrenos, c/ entrada a partir de R$ 8.400,00 e saldo em até 120 prestações, c/ parcelas a partir de R$ 1.058,40 mensais.
GIROPOP VERDE
Mocho Diabo
/ Asio Styguis
Corujas entre mitos e lendas representam prosperidade, sabedoria e filosofia, porém pela sua aparência, hábitos noturnos e habilidades de caça sempre foram ligadas ao misterioso e ao desconhecido. Há uma infinidade de lendas sobre corujas e a realidade apresentada é tão surpreendente quanto o folclore que a inspira. Aconteceu em Itapoá e o relato e as fotos são de Antonio Alberto Vieira!
Em meados de janeiro, ao voltar de um evento, por volta das 2 horas da manhã, ouvi um som estranho. Com o auxílio de uma lanterna, percebi que se tratava de uma coruja nunca vista na localidade por mim. Peguei a minha câmara fotográfica e fiz, aproximadamente, umas seis fotos dela e não sabendo que tipo de coruja se tratava, pedi aos colegas fotógrafos do Wikiaves, que me ajudassem a identificá-la. Para meu espanto, se tratava de uma espécie comum no Brasil, denominada mocho-diabo. Todavia, pelos seus hábitos noturnos rara de se ver. Consta no site Wikiaves que é o primeiro registro fotográfico da espécie em Itapoá. Fascinado com a espécie de coruja, continuei por duas a três semanas atrás dela continuando a vê-la e ouvi-la todas as noites até que um dia desapareceu. Apareceu linda, altiva, olhos vivos alaranjados, curiosa e muito atenta e assim como apareceu, desapareceu deixando saudade pela beleza e sonoridade. Tenho estado procurando por ela até que um dia, quem sabe, eu a encontre novamente.
Descritivo do mocho-diabo:
O mocho-diabo é uma coruja da família dos estrigídeos. Também conhecida como coruja-diabo e coruja mocho-do-diabo. Recebe esses nomes devido a sua coloração escura e pela cor vermelho brilhante dos olhos ao refletir a luz incidente, lembrando a figura de um “demônio”. Coruja de tamanho médio-grande, variando de 38 a 46 cm. Apresenta aspecto escuro com duas “orelhas” eretas, olhos apresentando íris amarela. Alimenta-se de pequenos mamíferos, incluindo morcegos e aves até o tamanho de pombos, bem como, pequenos vertebrados e insetos. Tem como hábito de caça a investida à presa oriunda de um poleiro. Morcegos são caçados em pleno voo. Coruja estritamente noturna. Esconde-se durante o dia em densa folhagem ou galho de árvore coberto com epífitas, geralmente perto do tronco. Quando alarmada, apresenta postura bastante fina e ereta, “orelhas” ( tufo de penas ) eretos. Quando em posição relaxada, as “orelhas” permanecem abaixadas e não visíveis. Ave bastante territorial, os machos vocalizam em seu território, cantando nas copas das árvores. ( Fonte: site www.wikiaves.com.br com adaptação da Revista Giropop )
24 | Fevereiro 2013 | Revista Giropop
Augusta Gern Depois que as festas passam e o ano começa pra valer, não há quem não aguarde ansiosamente o feriado de Carnaval. Alegria, liberdade e muita festa são palavras-chave desse período que reúne milhares de foliões com o mesmo objetivo: curtir. E diante disso, a Secretaria Municipal de Turismo, Meio Ambiente e Cultura está organizando uma programação que promete agitar quatro noites em Itapoá. Como no ano passado, a festa contará com desfile de blocos e a escolha da rainha. “Quando mudamos o formato do Carnaval buscamos resgatar a alegria dessa festa e proporcionar bons momentos para pessoas de todos os gostos e idades, tanto às famílias quanto aos que gostam do agito”, afirma o secretário da pasta, Conrado Schneider Jr. A festa será realizada na Avenida Beira Mar III, na região da rua Mariana Michels Borges (rua da Prefeitura). De acordo com a secretaria, o palco será maior e melhor do que o ano passado. Serão 110 metros de via cercada e, ao longo desse percurso haverá oito tendas de abrigo contra chuva e com espaço exclusivo à cadeirantes, idosos e crianças. A expectativa é o que o número de visitantes supere o ano passado. Neste ano, além do carnaval ser mais longe das férias de final de ano, o que faz a saudade da praia aumentar, alguns pontos são apostados pelo Poder Público. Em março de 2013 uma pesquisa do Grupo RBS elegeu Itapoá como a melhor praia de Santa Catarina. “O resultado disso já vimos agora entre Natal e Ano Novo, pois o número de turistas aumentou significativamente, e no carnaval não deve ser diferente”, fala Conrado. Além disso, outdoors instalados em dois pontos da BR 101 convidando as pessoas a conhecerem a cidade estão contribuindo para a divulgação do município, segundo o secretário.
18 | Fevereiro 2013 | Revista Giropop
Niara e Nicole Quandt vão desfilar pelo Bloco Amigos do Brasão. Este ano haverá matinê para as crianças.
PROGRAMAÇÃO A banda será a mesma em toda as noites: Sagitarius. O agito começa no dia 1º de março (sábado), às 23h30, com a escolha da Rainha do Carnaval, depois a noite segue até às 3h com a banda. No domingo (2), a festa começa no mesmo horário com o desfile dos blocos. Muita cor, música e samba no pé prometem alegrar a Avenida Beira Mar. Na segunda (3) a festa segue no mesmo horário e, na terça-feira (4) o agito carnavalesco se despede com a matinê para as crianças, das 18 às 21h.
CARNAVAL | AMIGOS DO SAMAMBAIAL
Saúde cai no samba Augusta Gern Com saúde a vida vira uma festa. É com esta ideia que um novo bloco surgiu para alegrar o desfile carnavalesco: Amigos do Samambaial. Organizado pela equipe do Posto de Saúde da Família do Samambaial, o bloco irá reunir funcionários, pacientes e quem mais estiver a fim de se divertir. A ideia surgiu no ano passado e desde janeiro a equipe já está se organizando. Apesar de afirmarem que tudo está sendo organizado de forma simples, a integração e eventos com a comunidade não é novidade. Em datas comemorativas a equipe sempre realiza encontros com os pacientes, como festa junina ou festa de final de ano. Dessa vez o diferencial é que toda a comunidade estará unida. “As festas sempre são realizadas apenas com os grupos, às vezes o de gestantes, outras vezes de hipertensos e diabetes”, conta Aurinéia Ramos Teixeira, agente comunitária de saúde.
Confira a pa ródia do blo co Amigos do Samambaia l:
Festa
Hoje tem ac olhimento, p ode vir pode chegar , que a equip e do samamba está aqui para aj udar. Tem gente d e to de toda fé, re da cor, tem raça união de hip ertenso e saúde da m ulher, vai lá , pra que? Pra saúde m elhorar, a doe nça se acabar e o as tral levantar.. Avisou, avis A ACS... ou, avisou, av isou Que vai rola r a fe Aqui o samam sta, vai rolar ba vai arrasa Que vai rola r r a festa, va i rolar Aqui o samam ba vai arrasa r Autoria: Equ ipe do PSF do Sam ambaial
Aurinéia, mais conhecida como Néia, trabalha há 10 anos no postinho e é uma das idealizadoras do bloco. Para ela, este será um momento de muita alegria e diversão. Os participantes poderão desfilar com qualquer fantasia ou, se preferirem, ganharão uma camiseta personalizada. Além da camiseta, contará com uma faixa, uma bandeira e até um carro alegórico. Um casal de gêmeos irá abrir o
A pequena Mariana e as organizadoras Daniele, Néia e Aritana. bloco com o carrinho de bebê personalizado. Conforme Aritana Kluck da Silva, auxiliar de enfermagem, a ideia é também reunir a família, as mães terão fantasias iguais a de seus filhos. Com os funcionários e comunidade, a expectativa é que o bloco desfile com cerca de 50 pessoas. “Achamos que não iriamos conseguir, mas agora está dando tudo certo”, conta Néia. O bloco conta com o apoio da Secretaria Municipal de Saúde e com todos os funcionários do posto. Conforme a enfermeira Daniele Kuroba, todos estão trabalhando e colaborando para que tudo saia da melhor forma. A paródia, por exemplo, foi formada em uma reunião e cada um foi dando a ideia de uma frase. Ao final a música ficou muito criativa.
Então com os preparativos encaminhados, ansiedade não falta no postinho. Com a saúde na avenida, não há como não ter alegria. Quem sabe, este é o início para mais um tradicional bloco itapoaense.
Revista Giropop | Fevereiro 2013 | 27
CARNAVAL | AMIGOS DO BRASÃO
Tradição e muita novidade Em homenagem aos pescadores, o bloco Amigos de Itapoá promete superar a beleza e alegria do ano passado.
Fique por dentro do samba do bloco “Amigos do Brasão”
As riquezas do mar
Augusta Gern
Vencedores do concurso carnavalesco do ano passado, o bloco “Amigos do Brasão” encantou a todos com as belas fantasias e enredo sobre as maravilhas de Itapoá. Neste ano a promessa é que será ainda melhor. Muita cor, alegria e novidades prometem surpreender o público na noite de domingo (2), no desfile de blocos na Avenida Beira Mar III. Com o tema “A riqueza do mar”, as diferentes alas do bloco irão homenagear a rotina dos pescadores itapoaenses e toda a vida presente na imensidão azul. Os preparativos estão a todo vapor. O bloco conta com uma bateria própria e os ensaios iniciaram há mais de um mês. Três vezes por semana o grupo de voluntários e amantes do ritmo se encontram para afinar e preparar um belo espetáculo. Os argumentos do enredo e todos os instrumentos são de Waldemar Vieira dos Santos Filho, idealizador do bloco. Por paixão à cidade, Waldemar conta que organiza o bloco desde 1998 - quando ainda era apenas “Amigos de Itapoá” - e hoje,
28 | Fevereiro 2013 | Revista Giropop
com o cargo de diretor municipal de turismo, promete uma grande festa em todas as noites de Carnaval. Iniciado em 1998 como “Amigos de Itapoá”, há três anos o bloco é denominado “Amigos do Brasão”, a partir de uma parceria de dois grupos diferentes. Conforme fotos de Waldemar, o Carnaval em Itapoá já movimentou milhares de pessoas. Em 1998 o número de foliões do bloco foi grande, mas em 2000 superou todas as expectativas, tendo um público maior do que os últimos anos. “Queremos resgatar essa festa em Itapoá”, afirma Waldemar. Neste ano o “Amigos do Brasão” contará com mais de 200 participantes, todos voluntários. De acordo com Edson Luiz Gab, gerente do Brasão, todos os interessados são bem vidos a participar, desde que dividam o interesse comum: aproveitar o Carnaval. “Nunca tivemos problemas com participantes. A cada ano chegam novas pessoas”, conta Edson. Segundo
Chuá chuá, chuá chuá Bate na pedra as ondas do mar Tarrafeiros pescadores de caniço e samburá Cantam com amigos em Itapoá Vem, vem ver Itapoá em festa cantar Contando a história dos homens Que convivem com o mar Que saem em busca do pão Muitas vezes na emoção Sem hora e data para chegar O suor no rosto cansado (2x) Pescador apaixonado Puxa rede com ouro do mar Chuá chuá, chuá chuá Bate na pedra as ondas do mar Tarrafeiros pescadores de caniço e samburá Cantam com amigos em Itapoá Vem amo, deixa o meu barco te levar Dançando no embalo das ondas No enredo do mar E o meu sonho de menino Uma prece um destino Vem meu desejo realizar Trazendo do fundo do mar (2x) O prêmio em forma de vida Meu Deus a missão está cumprida.
Waldemar Vieira dos Santos Filho, idealizador do bloco.
Bloco Amigos do Brasão Letra: Rodrigo Vieira dos Santos Música: Mutti
Anahi Riego (Brasão), Marli de Souza (Baiana Mix) e Rahiane Caroline de Jesus (Brasão).
ele, além de itapoaenses, visitantes de outras cidades também marcam presença no bloco, formando uma grande família. E independente da idade e cidade de origem, todos os participantes contarão com fantasias. Das mãos e criatividade de Sônia Zubek é que nascem quase todos os trajes. Conforme Edson, no ano passado o bloco ganhou várias fantasias de uma escola do Rio de Janeiro, mas a maioria é reformada e muitas outras são confeccionadas. Neste ano algumas fantasias serão reaproveitadas, mas a produção de novas é grande. Assim, instalada em um galpão, Sônia é responsável pela criação de uma infinidade de peças e harmonia
entre cores e texturas. Natural de Curitiba, a figurinista do bloco trabalha com arte desde os 14 anos. Conforme ela, já trabalhou na Escola de Samba Mocidade Azul, de Curitiba, e na Boticário com maquiagem artística. Há 18 anos trabalha com tatuagem de henna e há nove exerce a atividade em Itapoá. “Há anos trabalho em Itapoá, mas esta foi a primeira temporada que fiquei na frente do Brasão. Por acaso um dia estava conversando com o Edson e fui convidada a fazer as roupas para o bloco”, conta. Para ela, não há alegria maior: adora Carnaval. Há um mês está trabalhando diariamente com as fantasias, sem
Sônia Zubek é responsável pela criação de uma infinidade de peças. hora para ir para casa: “são muitos detalhes”, afirma. Conforme ela, serão mais de 300 fantasias, todas inspiradas na vida dos pescadores. E diante de tudo isso, o motivo de todos são os mesmos: paixão por Itapoá e pelo Carnaval. “Algumas pessoas duvidam que fazemos tudo
isso sem ganhar dinheiro, mas fizemos isso por prazer”, afirma Waldemar. Segundo ele, o bloco “Amigos do Brasão” quer mostrar que é possível fazer um Carnaval bonito e divertido sem apelação, um Carnaval da família e para a família.
Revista Giropop | Fevereiro 2013 | 29
CARNAVAL | BAIANAS MIX
Carnaval para todas as idades
Sueli Peres e Francisco Peres do Rosário do Clube Céu Azul Augusta Gern Para os que acham que a alegria do carnaval só contagia os mais novos, está enganado. O tradional bloco das Baianas Mix do Pontal mostra a alegria de viver e de festejar a folia
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Jair Vanderlei Moura e Ivone Maria Polina da Associação Maria Izabel
carnavalesca com pessoas de todas as gerações, principalmente as da “melhor idade”. Para as participantes, a roupa branca e os colares coloridos de nada valem sem o adereço principal: o sorriso. Muito conhecido no município, o bloco participa de desfiles desde 2002. As danças tranquilas e marchinhas antigas são marcas registradas no grupo que reúne dezenas de pessoas, a maioria mulheres. Tudo
nasceu no balneário Pontal, onde a Baía da Babitonga encosta em Itapoá. Francisco Peres do Rosário, nativo da região, conta que o Pontal sempre cultivou as festas carnavalescas. “Dançávamos todas as noites de Carnaval, fazíamos blocos e todo mundo se divertia”, conta. Segundo suas lembranças, lá os bailes carnavalescos iam até o amanhecer e, sem ensaio ou preparação, montavam os
chamados “cordões”, onde dançavam em filas como pequenas alas. Sem muitos motivos ou explicações, nasceu o bloco das Baianas. “Pensamos em fazer um bloco e alguém sugeriu ser de baianas, aí ficou”, lembra Francisco. O bloco é coordenado pelo Clube da Terceira Idade Céu Azul, mais precisamente pela tesoureira do clube, Célia Maria Konell. Para ela o objetivo é um só: diversão. “Queremos mostrar que não tem idade para se divertir, para participar do Carnaval”, afirma. Segundo Célia, cerca de 40 pessoas da comunidade já se inscreveram para participar do bloco. Porém, este ano o grupo terá um diferencial: contará oficialmente com a participação da Associação dos Idosos Maria Izabel, do balneário Itapema do Norte. Conforme Terezinha Alves Martins, presidente da associação, participar do Carnaval é como a alegria de uma brincadeira. Os sócios da Maria Izabel sempre estiveram envolvidos em outros grupos: participaram durante dois anos com o bloco da Capoeira e no ano passado fizeram parte do bloco das Baianas. O diferencial neste ano são
as novas alas. Coordenados por Jair Vanderlei Moura e Ivone Maria Polina, uma ala de ciganos vai se agregar às baianas. Conhecidos pelas belas performances em bailes da cidade, o casal está colaborando na organização dos trajes. Conforme Terezinha, outra ala com as roupas da própria associação também vai marcar presença. O objetivo é unir toda a melhor idade em uma única festa. E esta é uma festa que promete ir longe. Depois do desfile, a programação de dançar em bailes com a fantasia carnavalesca anima os participantes. Uma animação que percorre toda a avenida, segue nos bailes e em toda a vida. Uma animação que afirma: não há idade para se divertir.
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Bloco Mustafá busca resgatar a tradicional cultura carnavalesca A alegria estará garantida no balneário Pontal, com Carnaval de Salão na Acopof. Augusta Gern Resgatar o Carnaval em Itapoá, este foi o objetivo que movimentou colaboradores do Porto Itapoá na criação do bloco Mustafá em 2011. Durante dois anos o bloco mostrou toda a alegria da maior festa popular do país e incentivou a participação de centenas de itapoaenses. Este ano o bloco não participará do desfile, mas a festa está garantida. Foi em uma daquelas “conversas de botequim” que o grupo nasceu. Os dois grandes mentores do bloco, Juarez Eleutério Domingues e Eduardo Pellegrini, ambos de Santos e colaboradores do Porto Itapoá, sentiram falta da festa em Itapoá e decidiram criar um gupo para o festejo. “Aqui não havia festas de Carnaval, então nos organizamos para reacender a tradição”, conta Juarez. Então, em busca de alegria e confraternização, surgiu o bloco Mustafá. O nome foi uma homenagem ao simpático cachorro adotado
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pelos colaboradores do Porto que, como mascote, incentivou a criação do samba-enredo. Durante os dois anos a letra buscou conscientizar a população e turistas contra os maus tratos e abandono de animais. Neste ano não irão participar da festa da Prefeitura e não haverá um novo samba, mas alegria e projetos estão a todo vapor. Conforme Juarez, o bloco não teve muita participação do pessoal nos primeiros ensaios e, se forem se apresentar, querem mostrar algo legal. “Muitos dos par-
ticipantes trabalham em turnos e não podem estar presentes em todos os encontros”, conta. “Também, a distância entre as festas de final de ano e o Carnaval podem ter esfriado o agito do pessoal”. Outro ponto, segundo Juarez, é que o objetivo do bloco é diversão, e não competição. “No ano passado acabamos fugindo um pouco da essência, pois o objetivo é proporcionar alegria sem muito compromisso”, afirma. E esta alegria estará garantida no balneário Pontal. Neste ano o bloco optou por fazer a festa na comunidade e, com a bateria afinada, irão propocionar um verdadeiro Carnaval de Salão. O objetivo é resgatar as boas festas e ritmos. “As pessoas confundem muito os ritmos do Carnaval com axé, pagode e até sertanejo. Aqui faremos uma festa com as tradicionais marchinhas”, fala Juarez.
O bloco se apresentará no local nos dias 1, 2 e 3 de março (sábado, domingo e segunda-feira), a partir das 21h. A entrada é franca, mas haverá arrecadação voluntária de doações de 1 kg de ração para cães. Porém, mais do que alegria, o bloco conta com bons planos. Com a mesma didática e exigência observada nos ensaios, o mentor do samba-enredo Eduardo Pellegrini planeja criar uma escolinha de samba. “O projeto prevê aulas e ensaios durante todo o ano, aí quando chegar o Carnaval estão todos afiados”, fala Eduardo. Além do ritmo e festa garantida, o projeto visa trabalhar o resgate da cultura e questões sociais. “Será uma forma de tirarmos a criançada da rua e ensinar uma coisa nova”, afirma. Assim, mais do que boas expectativas para o bloco Mustafá, os organizadores buscam o resgate da boa e velha cultura carnavalesca. Que venham novos carnavais com velhos ideais.
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SOCIAL | ANIVERSĂ RIO
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BELEZA E ESTÉTICA | COSMÉTICOS
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Mensagem para elas A Mulher é um símbolo sagrado, a imagem da perfeição que cria a vida e se preciso for também a doa. Como mãe semeia a esperança que ilumina o caminho dos filhos. Na imagem de esposa é a perseverança, a base da família onde seu amor se irradia, sua força inebria e antes de ser mulher seu título deveria ser de rainha. Feliz Dia Internacional da Mulher! C OME CE A S EM ANA C O R R E N DO !
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A partir de março o calor já começa a se despedir de nosso belo país e com o outono chega também uma série de novas coleções e tendências. A Sabrina Magazine já está cheia de novidades esperando por você.
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Plaza Confecções e o Dia da Mulher
No Dia Internacional das Mulheres, 8 de março, a Placa Confecções comemora sete anos em Itapoá. A proprietária Divanir de Fátima Plaza e a gerente da loja Ivone Balsanelli, parabenizam todas as mulheres de Itapoá pela passagem do seu dia. Na Plaza, você pode encontrar tanto moda masculina, quanto feminina. Tamanhos do 34 ao 62. Do PP ao ExtraGG, do G1 ao G6. Aqui, você realmente vai encontrar o que precisa, não importa o tamanho!
Amanda Plaza Esteticista Luana Gnata Viana trás novidades
Farmácia Ecofarma comemora oito anos
A credibilidade demonstrada ao longo dos anos fizeram com que a Farmácia Ecofarma criasse raízes em Itapoá. Ao todo são oito anos de total dedicação aos clientes e amigos.
Tiago Rech é diretor de uma das mais conceituadas organizações na área de assessoria contábil de Itapoá, esta conectado nas atualidades impostas por leis e decretos e muitas mudanças que vem ao encontro de empresas e pessoas físicas, mantendo os clientes informados e conectados ao contador de forma direta, com uma equipe à altura dos maiores do setor. PONTO DE VISTA - Com as leis sobre movimentações de produtos e transações financeiras, quais setores podem e devem ter apoio de uma organização contábil? TIAGO RECH - Prezado Ale e leitores da Giro Pop, creio que essas informações que vamos passar é de grande valia pois vamos falar de um assunto muito sério, quais temos grande experiência e satisfação em responder. Bom. Toda e qualquer organização, desde uma igreja, associação, pessoa física, empresa de pequeno porte a grandes empresas, devem procurar e ter sempre próximo um contador experiente. Uns dos principais objetivos da contabilidade e gerar informação para base de tomada de decisões, para que cada atitude seja tomada com tranqüilidade e clareza perante aos órgãos competentes para que futuramente uma simples tarefa se torne um grande transtorno. PONTO DE VISTA E que apoio pode ser dados à estes clientes? TIAGO RECH - Um cliente Atos e Fatos tem assessoria contábil e empresarial, para o bom andamento de sua empresa, assessoria na área trabalhista, área tributaria, societário, apoio a projetos, acompanhamento e apontamento de evolução
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O Kavix Avatar realiza efetivamente a lipólise, melhorando e reduzindo a gordura localizada. As ondas mecânicas de alta potência e alta frequência atingem a pele e agem especificamente na camada adiposa produzindo um efeito de cavitação, realizando a implosão da célula adiposa, que tem como consequência a diminuição da espessura e quantidade de gordura presente. Além disso, hidrolipoclasia e pré-operatório.
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empresarial. Uns dos princípios contábeis e o da Continuidade da Organização, seguimos este pensando no presente e futuro.
atualiza trazendo para nossos clientes e amigos, o que há de mais recente em leis, normas e decretos nacionais.
PONTO DE VISTA - O ramo imobiliário esta aquecido na cidade muitos vendem e compram. Processos jurídicos envolvendo finanças, estão passivos de uma fiscalização ou até de um pente fino pelos órgãos fiscalizadores? TIAGO RECH - Sim, este risco esta cada dia mais eminente, O leão esta faminto, e a área imobiliária é muito visada, pois para a RFB – Receita Federal, é umas das mais lucrativas, Somos especializados na área imobiliária e construção civil, temos informações relevantes a respeito.
PONTO DE VISTA – Tiago, sabemos que nossa revista tem rompido barreiras levando informações para diversas cidades de Santa Catarina, Paraná e outro Estados. Agradecemos sua colaboração e suas importantes informações. Atos e Fatos esta aberto à consultas e dúvidas. Tiago faz seu expediente no escritório, a Rua Mariana Michels Borges, 187, Sala A, ao lado da sede nova da prefeitura, disposto a atender pessoas físicas, pequenos à grandes empresários. É normal chegar ao escritório e encontrar diversas pessoas em busca de informações e todos saírem com suas duvidas sanadas pela equipe Atos e Fatos. Assim é feita nossa cidade, de pessoas que estão com olhos voltados ao futuro.
PONTO DE VISTA - O Leão esta chegando uma boa assessoria contábil pode afastar ou até mesmo manter uma relação passiva? TIAGO RECH - Para pessoa física se inicia agora em 06 de março os IRPF, este a RFB tendo novos mecanismos para cruzamento de dados, o Leão está acabando com o famoso gosto pelo jeitinho brasileiro. Digo que é necessário o empreendedor, empresário, buscar informações, estar atento, trabalhar em sintonia com seu contador, para afastar o risco de problemas, e manter uma relação sadia, e justa com o leão. PONTO DE VISTA - Itapoá está aos olhos de fiscalizações? Ainda consigo esconder? Ou seja, mentir, ocultar dados pra receita tem suas complicações? Quais são? TIAGO RECH - Este tempo já passou, mudamos a pagina, tudo, digo tudo, os órgãos fiscalizadores tem acesso, com as notas fiscais eletrônicas, e demais informativos relacionados as movimentações, o sistema esta blindado, e o pouco que falta esta mudando, neste ano vamos ter uma grande alteração na área trabalhista, posso dizer a maior desde a CLT do ano de 1943, que teremos de nos adaptar juntamente com as empresas, pessoas físicas, domésticos, em geral. Por isso temos uma equipe qualificada que diariamente se
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