Índice PROGRAMA MINHA CASA MINHA VIDA - Itapóa sendo discriminada? EMPREENDEDORISMO - Construção como forma de investir SEGURANÇA - A importância dos alarmes de monitoramento MINHA CASA MINHA VIDA - Realizando o sonho da casa própria com o financiamento imobiliário VERANISTAS - A experiência de construir à distância CONSTRUÇÃO A DISTÂNCIA - Um sonho em frente ao mar TERRENO - A importância da terraplenagem para o sucesso da obra DESIGNER DE INTERIORES - Projetando e decorando sonhos PERSONAL ORGANIZER - Dicas para manter a ordem na cozinha e lavanderia ESTILO - Sua casa diz muito sobre você PAISAGISMO - Área de jardim: bem estar e contemplação
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EDITORIAL
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lém de tijolos, madeira ou outros materiais físicos, toda a construção é feita de sonhos. Casa, apartamento, empreendimento comercial... Não importa a construção: ela sempre nasce de desejos, planejamento financeiro, ideias e vontades. Por isso, mais um ano este tema marca presença na revista: buscamos contribuir para novos sonhos e projetos a partir de dicas e histórias inspiradoras de gente daqui, que está pertinho de você. Nesta edição, pincelamos diferentes etapas dessa concretização. Histórias nos mostram formas de se planejar financeiramente e viabilizar a construção, entendemos a necessidade de preparar bem o terreno e também sentimos um pouquinho a ansiedade de quem aguarda as chaves da nova casa. Para os que já estão entre as quatro paredes, informações sobre os diferentes tipos de alarmes mostram como é fácil prezar a segurança. Além disso, dicas de decoração e organização mostram que é sempre possível renovar mesmo sem ter um imóvel novo, é possível renovar ideias e até sonhos. Com diferentes relatos - de moradores fixos e veranistas, profissionais e clientes, pessoas de diferentes idades - entendemos e demonstramos que um imóvel expressa mais do que tendências arquitetônicas ou materiais de qualidade, ele também é personalidade, parte da história de cada pessoa que ali vive. Assim, nada melhor do que se sentir bem e realizado onde se mora, não é mesmo? Entre, sinta-se em casa. Confira as dicas, inspire-se e renove seus sonhos!
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PROGRAMA MINHA CASA MINHA VIDA
Itapóa sendo discriminada?
Jerry Luis Sperandio
A economia de Itapoá começou a sofrer profundas transformações positivas desde o início das obras de construção do Porto Itapoá, mudanças essas que se acentuaram com o início das operações do Terminal em razão das diversas oportunidades, diretas e indiretas, de colocação profissional, proporcionando renda formal aos jovens, que no passado muitas vezes abandonavam suas famílias ao chegarem na idade economicamente ativa, indo em busca de maiores e melhores oportunidades de emprego em municípios maiores.
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geração de renda formal e estável iniciou um processo virtuoso de prosperidade, impulsionando a economia local e proporcionando a realização de sonhos que muitos tinham como inalcançáveis, como a aquisição da moradia própria.
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Instrumento catalisador para aquisição do primeiro imóvel próprio para fins de moradia é o Programa Habitacional do Governo Federal denominado Minha Casa Minha Vida (MCMV), destinado a pessoas com renda, atualmente, de até R$ 5.000,00, com juros e encargos de financiamento conside-
ravelmente menores do que os praticados pelas demais linhas de financiamento habitacional disponíveis no mercado e, ainda, com a possibilidade de concessão de subsídio (governo banca uma parte do imóvel). Com a grande demanda de moradias próprias por pessoas que se enquadram no MCMV,
observou-se nos últimos anos um exponencial crescimento de construções residenciais voltadas a atender esse atrativo público, movimentando uma extensa cadeia econômica no município, iniciando pela comercialização de terrenos, serviços de terraplenagem, projetos nos escritórios de engenharia e arquitetura, venda de materiais de construção, contratação de mão de obra na construção civil, etc. Em 1º de julho de 2016, a Caixa Econômica Federal, ente financeiro responsável pela gestão do MCMV, divulgou a Circular nº 727, na qual consta a relação dos valores máximos de imóveis para enquadramento no programa habitacional, para cada um dos 5.570 municípios brasileiros - confira a lista na internet no endereço (encurtado): https://goo.gl/zLn4pq. De acordo com a mencionada circular, nosso Município de Itapoá, integrante da Região Metropolitana Norte/Nordeste
de Santa Catarina, passou a ter o limite máximo no MCMV para imóveis residenciais novos de R$ 90.000,00. Considerando o teto anterior de R$ 145.000,00, a abrupta redução beira os 38%. Empresários e trabalhadores envolvidos na área de construção civil e de comercialização imobiliária sabem que a realidade em Itapoá inviabiliza a construção de residências de boa qualidade, em regiões dotadas com o mínimo de infraestrutura, para que o empreendedor almeje lucro comercializando-as sob o novo limite imposto. As novas regras se baseiam pela estimativa de população mais recente do IBGE, sendo que quanto maior o número de habitantes em uma cidade, maior é (ou deveria ser) o teto – essa regra, porém, não foi seguida a risca, sendo que injustificadamente cidades como Itapoá estão sendo, aparentemente, discriminadas, pois não é preciso muito trabalho para identificar que municípios com porte similar ou até inferior que Itapoá, mantiveram o valor máximo dos imóveis para enquadramento no MCMV e,
pasmem, alguns ainda tiveram o valor máximo elevado para R$ 160.000,00, como é o caso da vizinha cidade de Garuva, também integrante da Região Metropolitana Norte/Nordeste de SC, a qual na última estimativa do IBGE possui 16.786 habitantes. Itapoá, segundo a mesma estimativa populacional, possui 18.137 moradores. (???) Um programa habitacional nos moldes do MCMV é um importante e indispensável instrumento de política de Estado, e não de partido ou grupo político, necessário para proporcionar melhoria de qualidade de vida para todos os cidadãos brasileiros, de todas as regiões do país, lembrando que os subsídios por ele concedidos são engrenagens que movimentam a economia, principalmente em cidades como Itapoá, que por sua vez geram novos tributos aos fiscos municipais, estaduais e federal, ou seja, o subsídio concedido pelo governo acaba retornando aos cofres públicos através de impostos e contribuições como o ITBI devido nas transações imobiliárias, o ISS nos projetos, o ICMS na compra de materiais e o INSS incidente sobre a mão
de obra. Infelizmente municípios como Itapoá possuem pouca representatividade política, e muitas vezes a já pouca existente fica inerte a graves situações como essa, o que faz com que essas absurdas medidas discriminatórias sejam cometidas. A Associação dos Corretores de Imóveis de Itapoá (ACITA) tem-se mobilizado para tentar reverter a redução do teto de R$ 90.000,00, tentando ao menos que seja permanecido no valor de R$ 145.000,00. Vários expedientes foram direcionados pela ACITA aos políticos locais e deputados e senadores que lograram bom número de votos em nossa cidade nas últimas eleições. Até o momento de lavratura deste artigo somente o Senador Paulo Bauer havia se manifestado, posicionando que encaminhou ofício ao titular do Ministério das Cidades. Aguardemos, ansiosos, pela necessária reversão dessa impactante medida.
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empreendedorismo
Construção como forma de investir
Ana Beatriz
Com a aceleração do desenvolvimento em Itapoá nos últimos anos, acentuado pela implantação do Porto Itapoá, o mercado da construção civil na cidade tem se despontado como um dos principais setores de geração de renda e emprego local. O número de empreendimentos, principalmente imóveis destinados a primeira moradia, aliado a possibilidade de acesso a financiamentos habitacionais, prova que a construção civil é um bom negócio e que construir casas para vender pode ser uma boa alternativa financeira. Em Itapoá, o profissional Claudio Kessler Junior trabalha com construção há quatro anos. Para ele, construir imóveis para a venda é um investimento rentável e sem muitos riscos, desde que, como em qualquer negócio, haja planejamento.
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ntes mesmo de Claudio residir no município litorâneo, além do descanso e lazer, visitar imobiliárias, pesquisar preços de terrenos e buscar conhecer todos os balneários do
Claudio Kessler Junior, de Itapoá-SC trabalha com construção e fala sobre o mercado imobiliário no munícipio.
município eram atividades obrigatórias no roteiro de férias. Entre idas e vindas para Itapoá, investir na compra de terrenos no município foi seu principal foco. Há dez anos, quando passou a residir em Itapoá, além da compra de terrenos, cons-
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truir imóveis e depois vendê-los, passou a ser outra forma de investimento. Ele, que trabalhava com softwares, enxergou no crescimento da cidade uma oportunidade de renda na área de construção. “Na época, por experiência na compra da pri-
meira casa, graças às visitas e pesquisas realizadas, notei que Itapoá era carente de construções funcionais, com planejamento e que muitas, inclusive, não se encontravam documentalmente regularizadas, o que impedia a aquisição por meio
de financiamento bancário”, recorda Claudio. Conforme ele, normalmente, as peças dentro do imóvel não possuíam proporções adequadas, como exemplo cita que em muitos a cozinha era muito grande e os quartos muito pequenos, isto porque a atividade de construção de casas para revenda era praticamente inexistente, os imóveis comercializados geralmente consistiam em casas que inicialmente foram concebidas para veraneio e ao longo do tempo foram sendo reformadas e/ou ampliadas. Desde o início dos negócios, Claudio desejou iniciar as obras sem a necessidade de realizar empréstimos, ou seja, investindo com capital próprio, para evitar qualquer risco possível no tempo entre a construção e a venda da unidade, pois, segundo ele, por mais que o mercado possa estar aquecido, o empreendedor tem que ter em mente que a venda pode em alguns casos demorar para se concretizar e também após a venda firmada, os recursos do Banco, nos casos que envolvem financiamento, costumam demorar pelo menos 90 (noventa) dias após o encaminhamento do processo. Atualmente, realiza construções voltadas ao programa habitacional Minha Casa
Minha Vida, cujo teto máximo atual das residências é de R$ 145.000,00. Na escolha da área a ser construída, ele conta que prioriza terrenos de esquina, pois permitem que as construções sejam melhor posicionadas. Outro fator levado em consideração são localidades que possuam vizinhos e uma boa infraestrutura, como mercados, farmácias e escolas nas proximidades. Já para a escolha do terreno, ele recomenda que seja verificada a documentação do mesmo. Em seguida, é preciso realizar um check-up na rua, como instalação de água e luz, verificar se o terreno é alto ou baixo, se possui muita vegetação e, por fim, se haverá a necessidade tubulação da galeria de águas pluviais (colocação de manilhas) – pois todas essas características refletem no custo final da obra. Em suas obras, Claudio procura manter os mesmos fornecedores de serviços e materiais, pois acredita que, em qualquer negócio, a parceria de uma equipe reflete na tomada de decisões e no resultado do trabalho. Como qualquer outra área de empreendimento, o mercado imobiliário também cresce de forma planejada com a cidade:
se o município de Itapoá está se desenvolvendo, expandindo ou tem perspectiva de crescimento, este ramo tem como consequência crescer também. Além do bom momento econômico da cidade, outro fator que influencia diretamente no mercado imobiliário é a possibilidade de acesso dos moradores locais a financiamentos habitacionais, principalmente o programa Minha Casa Minha Vida (MCMV). “Os subsídios governamentais do programa MCMV, instalaram uma nova onda de lançamentos imobiliários, repaginados às faixas de renda de até dez salários mínimos”, explica Claudio. Sobre diminuição, em Itapoá, do valor máximo de imóvel financiado pelo programa MCMV, que está previsto para ser de R$ 90.000,00, Claudio dá sua opinião: “Dessa forma, toda a cidade tem a perder, pois um imóvel envolve tudo: trabalhadores, construtores, lojas de materiais de construção e outros comércios que vendem, posteriormente, utensílios, linha branca, geladeira, fogão, entre outros. Com esse novo limite certamente haverá uma acentuada diminuição no ritmo de construções”. Por isso, essa mudança envolverá toda a cidade. Cláudio complementa: “Reconheço a importância do pro-
grama MCMV para as pessoas de renda menor conseguirem retornar o imposto com uma ajuda, através de um subsídio e com juros menores. Por isso, este programa é tão importante e oferece oportunidade às pessoas, ao mesmo tempo que impulsiona a economia local”, diz. Àqueles que desejam comprar um imóvel, Claudio aconselha a efetuar a compra por intermédio de uma Imobiliária ou Corretores de Imóveis, procurando empresas e profissionais da área com boas referências, já que, tendo o aparato destes, é possível minimizar tempo e transtornos com documentação. “De acordo com as necessidades e prioridades do cliente, o corretor saberá conduzi-lo da melhor forma”, fala. E para quem deseja iniciar no ramo, é preciso entender que a construção para vender ou alugar é um empreendimento como qualquer outro, onde é preciso juntar capital, mão-de-obra, capacidade de gerenciamento e espírito empreendedor. De acordo com Claudio, como em qualquer outro ramo, é preciso fazer as coisas “na ponta do lápis” e com muita consciência, pois qualquer erro no gerenciamento pode ser fatal e causar prejuízo ao invés de lucro.
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SEGURANÇA
A importância dos alarmes de monitoramento
Ana Beatriz
Hoje, segurança nunca é demais e, graças ao avanço da tecnologia, a segurança residencial vem se reinventando com recursos cada vez mais eficientes. As empresas de monitoramento são cada vez mais requisitadas para investimentos em segurança particular, seja em estabelecimentos residenciais ou comerciais. Porém, quando as pessoas optam por mais segurança, surgem diversos detalhes que fazem a diferença para que o sistema de alarme seja totalmente eficaz. Por isso, conversamos com Cátia Raquel Rissa, supervisora do Monitoramento Anjos da Noite, e Adilso Ronchi Junior, técnico da empresa, de Itapoá.
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odo mundo deseja ter uma casa ou comércio seguro e o sistema de alarme, quando instalado, tem como objetivo principal enviar informações para a central de monitoramento para que a mesma possa registrar e analisar essas informações em relação ao seu grau de importância e tomar uma decisão, como, por exemplo, comunicar seus proprietários, enviar apoio técnico motorizado para o local ou até pedir ajuda policial. Mas, antes de optar por um determinado sistema de alarme, Cátia explica que, o sistema de monitoramento se adapta a qualquer residência ou comércio. Atualmente, existem três sistemas de comunicação através dos alarmes de monitoramento sendo elas por linha telefônica, GPRS e radio transmissor. “O sistema via linha
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Adilso Ronchi Junior e Cátia Rachel Rissa, do Anjos da Noite Monitoramento, destacam as vantagens do sistema de alarme.
telefônica é eficiente, mas em contrapartida, tem um custo adicional de uma ligação toda vez que a central de alarme se comunicar com a empresa”, explica o técnico. Já o sistema de monitoramento via GPRS funciona através de um chip de dados. O técnico explica: “Este chip entra na rede da operadora de celular via canal de dados (GPRS) e através dele estabelece uma conexão com o software de monitoramento, criando um canal de comunicação online entre o cliente monitorado e a empresa de monitoramento de alarmes, possibilitando a transmissão imediata de todos os eventos gerados pelo painel de alarmes”. Adilso também aponta outras vantagens do módulo GPRS, como velocidade na comunicação, melhor custo em relação à linha telefônica e menores possibilidades de falhas. O sistema mais atual é o Radio transmissor, que também possibilita o envio de informações em tempo real sem custo adicional, dependendo apenas
de uma prévia avaliação no local para verificar o nível de sinal de comunicação. De acordo com Cátia e Adilso, as câmeras de segurança também agregam uma segurança adicional para o estabelecimento. “No caso de estabelecimentos comerciais, além de prevenir roubos e furtos, um bom sistema de câmeras mantém credibilidade ao comércio, visto que com o aumento da sensação de violência no país, as pessoas preferem frequentar lugares onde se sintam seguras”, diz Cátia. Além do monitoramento 24
horas através das tradicionais rondas e alarmes monitorados, existem opções de sistemas mais efetivos e completos de segurança, como o sistema de palavra-chave, disparo, botão do pânico, queda de energia e sensor pet. Segundo Adilso, outro ponto importante é o atendimento especializado por bairros, o que facilita o deslocamento por todo o município. A principal dica para um sistema de alarme que funcione adequadamente é a escolha de uma empresa com profissionais especializados, certificados e
reconhecidos no mercado – isso garante segurança e eficiência, especialmente na instalação e manutenção do mesmo. Os profissionais Cátia e Adilso, do Monitoramento Anjos da Noite, destacam a importância do alarme como precaução, uma vez que muitos moradores só passam a procurar o serviço depois de passar por alguma situação de risco. “É uma medida de segurança essencial nos dias atuais, uma vez que os índices de violência e criminalidade não param de crescer, e que pode ser instalada em qualquer tipo de residência ou comércio, sem restrições”, ressalta Adilso. Para esclarecer mais dúvidas sobre alarmes de monitoramento ou fazer um orçamento, procure uma empresa especializada. Afinal de contas, todos prezam por segurança e tranquilidade, e nada melhor do que viver com a certeza de que você e seus bens estarão sempre seguros e protegidos.
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MINHA CASA MINHA VIDA
Realizando o sonho da casa própria com o financiamento imobiliário Ana Beatriz
Ter a casa própria sempre foi um dos principais desejos dos brasileiros. Durante muitos anos esse sonho permaneceu distante, quase inatingível para grande parte da população que, devido ao elevado preço dos imóveis, não tinha condições de realizar um financiamento tradicional. Em 2009, essa realidade começou a mudar quando o governo federal lançou o Minha Casa Minha Vida, o maior programa habitacional da história do Brasil. O sucesso do programa vem do incentivo à construção de moradias populares. Em vez de o cidadão de baixa renda ter que adaptar o orçamento para conseguir pagar as prestações, é o governo que subsidia a aquisição, de modo a fazer com que a prestação caiba no bolso do interessado. É de acordo com a renda da família do interessado que o programa oferece condições de pagamento e taxas de juros diferenciadas. Nesta edição, voltada à casa e construção, contamos a história de dois casais de Itapoá, beneficiários do programa Minha Casa Minha Vida. Hoje, o primeiro casal reside no próprio imóvel, enquanto o segundo casal, está a um passo de receber as chaves e realizar este sonho. Eles falam sobre o processo de adquirir a casa própria e o que este momento representa em suas vidas.
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Do aluguel à casa própria
De Londrina-PR, Roberto Antônio de Oliveira, mais conhecido como “Buiú”, passou a residir em Itapoá no ano de 2006. No município, trabalha no Porto Itapoá e há sete anos namora Franciele Alves da Sil-
va, com quem mora há dois anos. “Nós morávamos em uma casa alugada, mas sempre desejamos comprar uma casa e ter nosso próprio espaço”, fala Buiú. Para o casal, morar em uma casa alugada era sinônimo de insegurança, já que os va-
lores poderiam subir ou o proprietário poderia requisitar o imóvel a qualquer momento. Buiú, de 29 anos, e Francieli, de 26, sempre tiveram o costume de economizar e controlar o dinheiro gasto. Logo, as economias fizeram o momento oportuno para realizar o sonho da casa própria, e tudo foi realizado com muito planejamento. “Pensamos em comprar um terreno e construir a casa à nossa maneira, no entanto, durante a construção, teríamos que permanecer morando de aluguel, o que resultaria em muitos gastos”, fala Francieli. Foi então que, através de um amigo, Buiú recebeu a indicação de uma imobiliária. “Como já conhecia meu perfil e minhas necessidades, esse amigo me garantiu que a imobiliária teria a casa que eu estava procurando”, e assim aconteceu. A casa geminada localizada no Balneário Paese era ideal para eles, no entanto, já estava sendo quase vendida a outro proprietário, que acabou desistindo. Hoje, o casal acredita que esse imóvel era para ser deles. Depois da aprovação de Buiú, Francieli também visitou o imóvel e gostou. Para eles, além do valor do financiamento, outro fator decisivo da compra foi a localização, já que o imóvel
O casal Roberto Antônio de Oliveira, o Buiú e Franciele Alves da Silva, no conforto de sua casa própria.
se situa em uma região tranquila, próxima aos comércios e em constante desenvolvimento. Também priorizaram o imóvel de dois quartos, pensando na visita de amigos e familiares. Em fevereiro deste ano, 45 dias depois de visitar o imóvel, o casal deu entrada ao processo de financiamento pelo programa Minha Casa Minha Vida. “Graças ao excelente trabalho da imobiliária, todo o processo foi rápido e livre de incômodos”, diz Buiú. Eles contam que os corretores de imóveis foram
responsáveis por toda a parte burocrática de documentação e afins, e que compareceram na imobiliária apenas para assinar os papéis. O contrato do imóvel financiado pelo MCMV foi assinado no mês de abril e, de acordo com os beneficiários, foi o período de maior ansiedade. “Nós morávamos em uma casa alugada, mas nosso pensamento se concentrava apenas em receber a chave da casa própria”, recorda Francieli. Quando o sonho se concretizou, o casal descreve o
frenesi de emoções: “Foi alívio, realização e muita alegria”. Hoje, Buiú e Francieli residem no imóvel junto de seus dois cachorros e estão construindo uma área de lazer nos fundos. Com o passar do tempo, ele descobriu que seu vizinho de casa geminada já era seu amigo. “Estamos felizes, porque sentimos que as coisas estão conspirando a nosso favor”, conta ele. O próximo passo, de acordo com o casal, será casar na igreja. Após a experiência, amigos passaram a procurá-los para pedir dicas de como adquirir um imóvel pelo programa Minha Casa Minha Vida. “Isso é muito bom, pois você pode estar disposto a comprar, mas, às vezes, falta um empurrãozinho, um incentivo”, fala Buiú. Para ele, esse programa é muito importante, pois contempla as pessoas de baixa renda, que possuem poucos recursos. A principal dica do casal é não deixar o tempo passar. Eles ressaltam: “O município de Itapoá está em constante desenvolvimento. Empresas estão investindo aqui e mudando o perfil da cidade. A tendência é que, com o passar do tempo, o processo do programa MCMV se torne um pouco mais limitado, por isso, a melhor hora de adquirir a casa própria é agora”.
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Jovens também querem uma casa
J
untos há quase dois anos, o casal Pedro Gabriel Tibúrcio e Maiele Brizola está a um passo de realizar o sonho da casa própria. Nesta história, o que mais chama atenção é a determinação, já que ambos têm 19 anos de idade. Apesar de jovens, eles contam que planejar as coisas juntos, sempre pensando no futuro, é algo muito importante. Desde o início do namoro, Maiele e Pedro já desejavam sair da casa dos pais para morar juntos. “Muitos sugeriram que nós morássemos juntos, mas próximos de nossos pais. Porém, além de uma vida a dois, também desejamos independência e maturidade”, diz Maiele. A princípio, eles contam que seus pais estranharam a ideia, pois pensaram que seria algo passageiro. Durante
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Mesmo jovens, Pedro Gabriel Tibúrcio e Maiele Brizola decidiram investir em um imóvel.
algum tempo, ela e o namorado pesquisaram casas para alugar em Itapoá, mas constataram que, com o valor do aluguel, seria mais compensador investir em uma casa própria pelo programa Minha Casa Minha Vida. Acompanhando de perto a determinação dos filhos, os pais de Pedro e Maiele passaram a ajudá-los a concretizar esse sonho. Com esse objetivo em mente, o casal visitou algumas imobiliárias da cidade, a fim de entender o processo de financiamento e pesquisar imóveis. Na Sperandio Imóveis, eles contam que se sentiram seguros e foram muito bem atendidos. “Acreditamos que a escolha de uma boa imobiliária é imprescindível na realização do sonho da casa própria”, diz Pedro. Depois de visitarem e pesquisarem diversas casas no município, o corretor de imóveis lhes apresentou um apartamento. “Nunca cogitamos comprar um apartamento, mas quando o visitamos, foi como se quiséssemos aquilo há tempo”, recorda Maiele. A escolha do apartamento foi baseada no diálogo e consenso, algo que o
casal pratica durante todo o relacionamento. Na época, o prédio, localizado no bairro Itapema do Norte, e de seis apartamentos, ainda estava sendo finalizado na parte de acabamento. Pedro e Maiele foram os segundos compradores de um dos apartamentos. Os principais fatores que lhes convenceram a fechar negócio foram a segurança e a praticidade de morar em um apartamento, além da localização, já que a região possui muitos comércios e é movimentada. Antes de fecharem negócio, os jovens trocaram dicas e informações com amigos e familiares que já tinham experiência na compra de imóveis. Para eles, pedir dicas de pessoas confiáveis também ajuda na escolha. Mas, a maior facilidade, de acordo com o casal, foi a escolha da imobiliária. “Foram muito prestativos e atenciosos em todas as etapas. Só tínhamos que comparecer até a imobiliária para assinar os papéis, e lá o corretor de imóveis nos manteve a par do andamento da compra”, conta Pedro. Se-
gundo eles, esta é uma grande vantagem para um casal que trabalha em lugares e horários diferentes. Hoje, Maiele e Pedro ainda residem na casa dos pais. Por conta da greve nos bancos, houve um atraso na assinatura do contrato. Mas, até o fim do ano, o casal estará com a chave do apartamento em mãos. “As exigências para o financiamento imobiliário estão ficando cada vez maiores e a tendência é ficar mais burocrático ainda. Por isso, aproveitamos esse momento para investir”, conta Pedro. Segundo eles, a reta final é a etapa mais difícil, devido à ansiedade da espera. Após essa experiência, eles afirmam que estão muito mais maduros. “Muitos questionaram por que não pegamos o dinheiro para viajar ou nos casar, mas acreditamos que ter onde morar é a nossa prioridade atualmente”, diz Pedro. Aos poucos, eles mudaram seus pensamentos sobre economia e estão se preparando para a vida a dois. Maiele recorda que antes costumava gastar com roupas e tinha uma vida social
mais ativa, e hoje abre mão de certas coisas para comprar móveis e poupar dinheiro para o imóvel. Além deles, vários outros casais de amigos jovens também foram morar junto e compraram sua casa própria. “Especialmente partindo de nós, jovens, comprar um imóvel exige muito foco e responsabilidade. Não está sendo fácil, mas
seremos recompensados em breve”, diz Maiele. Ainda neste mês, ela fará um chá de panela e o casal irá se casar no civil. Depois de se estabilizarem no apartamento, Maiele e Pedro desejam dar uma festa de casamento. Enquanto isso, eles vivem a emoção de comprar os móveis, objetos decorativos e fazer planos para um sonho que está prestes a se realizar.
Em janeiro de 2017 começará a valer o novo limite para financiamento de imóvel pelo Minha Casa, Minha Vida. De acordo com Eliane Wille, da empresa Heinzen & Heinzen, correspondente bancário da Caixa Econômica, em Itapoá-SC, dentro das normas do programa habitacional, o imóvel a ser financiado, que atualmente não pode ultrapassar o valor de R$ 145.000, com o reajuste, não poderá ultrapassar o valor de R$ 90.000. No entanto, Eliane conta que esse novo limite pode ser negociado, graças ao limite populacional no município de Itapoá. “A ACITA (Associação dos Corretores de Imóveis de Itapoá) está reivindicando para que o limite para financiamento do imóvel pelo MCMV acompanhe o limite da cidade de Garuva ou permaneça como está atualmente”, explica. Independente do resultado da alteração, até dezembro, os imóveis seguem com o limite de financiamento de R$ 145.000. O parecer do resultado do reajuste no município de Itapoá será publicado oficialmente em breve, após a finalização da greve dos bancários.
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veranistas
A experiência de construir à distância
Ana Beatriz
Ter uma casa na praia, para onde seja possível fugir nos finais de semana e dias de folga, é o sonho de muitas pessoas. As vantagens de ter uma casa de veraneio são muitas: o dono da propriedade pode usufruir quando quiser, tem privacidade, tem um lugar decorado conforme suas vontades para receber amigos e parentes e, além disso, evita enfrentar estresse para planejar antecipadamente as férias. Inspirando e sugerindo dicas, dois casais de veranistas do município de Itapoá relatam suas experiências de construir um imóvel à distância. Apesar de servir como segunda residência, eles contam que a construção da casa de veraneio também exige cuidados de bons profissionais e carrega, sobretudo, o sonho de toda a família.
22 | Outubro 2016 | Revista Giropop
De Curitiba, Rosineide Bardini e Emerson Bardini, em sua casa de veraneio, em Itapoá.
Família reunida: Rosineide, Emerson, as filhas Yasmin e Carolyne, e a cachorra Meg.
Casa de veraneio, um espaço para inspirar
De Curitiba – PR, Rosineide Bardini e Emerson Bardini possuem familiares em Itapoá e frequentam o município há cerca de 15 anos. Apaixonados pelas belezas naturais da região, eles decidiram investir em uma casa de veraneio. “Já que a casa seria construída em uma cidade litorânea, queríamos que ela fosse de frente para a praia, para aproveitar a localização, como sempre desejamos”, diz
Rosineide. Certo dia, há três anos, ela e o marido visitaram a cidade com a intenção de conhecer um terreno, mas um sobrado logo a frente cobria a visão da praia. Do outro lado da rua, havia outro terreno à venda, próximo à praia. O casal telefonou para o vendedor e, rapidamente, fecharam o negócio. O proprietário do terreno contou, então, que havia colocado a placa de “vende-se” no dia anterior. Por essa coincidência, o casal se sentiu ainda
mais confiante com o investimento. Eles já tinham experiência com reformas da residência, mas esta foi a primeira obra vivenciada pelo casal. O terreno foi vendido junto com o projeto que, até então, seria de uma casa baixa. No entanto, Rosineide e Emerson desejaram realizar um novo projeto, que atendesse aos seus gostos e necessidades. “No município nos indicaram a arquiteta Andrea Choma, que foi uma de nossas escolhas certas e primordiais para a realização de nosso sonho”, fala Emerson. A arquiteta conta que, como a maioria de seus clientes, o casal já tinha uma ideia formada quanto ao projeto. “Pensamos em um sobrado na frente do lote e uma área de lazer com churrasqueira e, nos fundos, a famosa edícula”, conta Rosineide. Então, a arquiteta realizou dois estudos, um dessa forma e outro com a área de lazer integrada a casa, formando um “L”. Dessa forma, os clientes puderam visualizar que o aproveitamento era muito melhor. “Particularmente, gosto dessas soluções. Em um dia chuvoso, por exemplo, os moradores teriam dificuldade em carregar utensílios. Por isso, é preciso
pensar no trânsito da casa para a edícula”, fala a arquiteta Andrea, que também lhes indicou um bom empreiteiro, formando uma boa equipe. “Desde o início da obra, tivemos sorte com os profissionais contratados em Itapoá. Uma arquiteta com conhecimento e boas soluções e um empreiteiro responsável e caprichoso foram imprescindíveis para o bom andamento da obra”, ressalta Rosineide. A obra iniciou há, aproximadamente, um ano e meio. A partir de então, o casal passou a visitar o município de Itapoá todos os fins de semana, a fim de acompanhar a construção. “Vínhamos pela manhã e voltávamos para Curitiba pela noite”, fala Emerson. Muitos detalhes também foram resolvidos com a arquiteta e o empreiteiro via telefone, e-mail ou aplicativos de celular. Para a obra do sobrado, o casal tinha algumas reinvindicações: quartos e janelas voltadas para o mar, janelas grandes, churrasqueira voltada para a piscina e uma garagem grande. A arquiteta Andrea acompanhou toda a obra e confeccionou o projeto arquitetônico. Já o projeto de interiores – móveis, trabalhos em granitos e
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iluminação – ficou por conta de uma arquiteta de São Paulo, que também decorou a residência do casal em Curitiba. “Seguimos o mesmo estilo de nossa residência: um sobrado com cores claras predominando, para termos mais possibilidades nos móveis e objetos decorativos”, diz Rosineide. Entrosamento e diálogo foram essenciais para o bom relacionamento do casal de clientes com os profissionais. “Eles nos apresentam boas ideias e interferimos apenas nas deci-
sões mais importantes e nos detalhes”, diz Rosineide. Entre o casal, também foram tomadas decisões em consenso. De acordo com eles, o único dilema encontrado foi o fogão à lenha que, inicialmente, Emerson não priorizava no projeto, mas acabou cedendo. Além da arquiteta, do empreiteiro e sua equipe, o casal também contratou um eletricista do município. Os materiais utilizados na construção também foram adquiridos em Itapoá. “Diferente do que es-
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perávamos, encontramos todos os materiais na cidade, o que contribuiu para o seguimento da obra. Além disso, nos deparamos com materiais de qualidade, por um bom preço e bom atendimento”, fala Emerson. Para quem deseja construir sua casa de praia, a arquiteta Andrea Choma sugere um projeto que priorize a integração dos espaços. Por exemplo, um abrigo próximo da varanda ou churrasqueira pode se tornar uma ampliação deste espaço em momentos que a casa estiver
com mais pessoas. “Esse é um ponto importante, pois é possível ter um projeto enxuto que, em determinadas situações, possa „esticar”, explica a profissional. Outro fator importante considerado por Andrea, para todos os projetos, sejam casas de praia ou moradores, é considerar os ventos dominantes e a insolação. O principal segredo para o sucesso da obra realizada à distância foi, para Rosineide e Emerson, a contratação de profissionais responsáveis e experientes. Por isso, sugerem
que os clientes pesquisem projetos já executados e conversem com clientes antigos antes de contratar tais serviços. Eles também contam que não houve dificuldade em construir a residência à distância, e que a obra superou suas expectativas. Atualmente, o casal trabalha e reside em Curitiba, onde tem uma distribuidora de frios. Mas, há aproximadamente três meses, aos finais de semana, Rosineide, Emerson, as filhas Yasmin Bardini e Carolyne Bardini, e a cachorra Meg, des-
frutam do sossego da casa de praia, em Itapoá. O casal planeja, um dia, morar no município litorâneo, mas este é um projeto em longo prazo. Enquanto isso, se dividem entre a correria da cidade grande e a calmaria da praia. Em poucas palavras, eles descrevem bem a importância dessa segunda casa: “Para nos inspirarmos e voltarmos às rotinas durante a semana, nós recarregamos as energias no ambiente que sempre desejamos: A nossa casa, ao nosso jeito, e de frente para o mar”.
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Construção a distãncia
Um sonho em frente ao mar Ana Beatriz
O casal Rosângela Denk Miara e Antônio César Miara sempre foi apaixonado por praia. De Ponta Grossa – PR, eles frequentam o município de Itapoá há, aproximadamente, 30 anos. Pais de dois filhos, as atividades em família eram muito comuns à beira da praia, como surfe e pesca – o que os motivou a construir uma casa na cidade litorânea em meados dos anos 90. A casa foi vendida, mas os turistas decidiram retomar esse sonho.
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ela internet, descobriram dois terrenos à venda em Itapoá. Era exatamente o que desejavam: dois terrenos grandes, em frente à praia, no bairro Barra do Saí, um lugar tranquilo e muito aconchegante. “O que sempre nos encantou em Itapoá não foram somente as belezas naturais, mas também as pessoas, que são muito simples e hospitaleiras”, fala Rosângela. Portanto, no mês de setembro, eles adquiriram os terrenos. O casal, que trabalha com uma loja de mecânica e autopeças, conta que tem muita experiência em construção. Rosângela
bem esse perfil. “Quando clientes veranistas me procuram é porque eles não desejam se incomodar com a obra, até porque o custo para executarem sozinhos é muito alto, devido às inúmeras vezes que têm que viajar a cidade para definir o que fazer, e isso pode causar vários prejuízos”, explica Fabianno. Ao contratar um arquiteto, que possui atribuições técnicas para executar obras, e serve como canal O casal Rosângela Denk Miara e Antônio César Miara, junto entre cliente e pedreiao filho Maikol Miara, na construção da casa, em Itapoá. ro, resolvendo desde a e Antônio já construíram cinco do arquiteto Fabianno Lima, que compra dos materiais até orienresidências – quatro em Ponta ficou responsável pelo projeto da tações técnicas ao pedreiro, os Grossa e uma em Itapoá – todas obra. “A escolha do arquiteto fez clientes sentem-se mais seguros. por conta própria. “Foram expe- com que essa fosse a nossa mePara a casa de praia, Rosânriências desgastantes, mas que lhor experiência com construção. gela e Antônio pesquisaram muinos ensinaram muito”, recorda O Fabianno é um profissional que tas referências na internet. AlguAntônio. Para a primeira obra se atualiza constantemente, tem mas de suas exigências eram: um realizada em Itapoá, por exem- vasto conhecimento em projetos terreno grande, para guardar o plo, o casal trouxe profissionais na área litorânea, deixou todos barco; queriam que a residência de Ponta Grossa, o que, segun- os detalhes acertados no projeto, fosse um sobrado, com um quardo eles, não foi uma experiência nos ofereceu uma variedade de to para cada um dos dois filhos, muito positiva. Já agora, na sexta opções e está fiscalizando toda com banheiro e vista para o mar; obra do casal, resolveram seguir a obra”, fala Rosângela. Ela, que uma boa edícula; varanda com por outro caminho, contratando, se diz muito detalhista, afirmou deck de frente para a praia; um pela primeira vez, um profissio- ter tido segurança e confiança no quarto na varanda para guardar nal da cidade litorânea. profissional. Já Fabianno, diz que pranchas de surfe, acessórios de Através de alguns amigos que a relação entre clientes e pro- pesca, entre outros objetos de residem em Itapoá, Rosângela e prietários é o fator principal de praia; e muitos vidros para enAntônio receberam a indicação uma obra, e que o casal atende xergar o mar. Através de estudos
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e desenvolvendo a mesma linguagem de seus clientes, o arquiteto Fabianno considerou as reinvindicações de Rosângela e Antônio, agregando conhecimento e seu estilo de projetar. “As maiores intervenções dos clientes foram na escolha dos acabamentos da obra. Essa etapa tem-se bastante uma relação direta entre proprietário e profissional, por conta da escolha de materiais adequados, combinação e relação de ambientes, alguns aspectos técnicos, entre outros”, explica o arquiteto. Realizado o projeto, veio a segunda etapa da realização do sonho: a construção. Também através do arquiteto, eles tiveram a indicação dos profissionais para a execução da obra. Para acompanhar o andamento mais
de perto aos finais de semana, Rosângela e Antônio alugaram uma casa em Itapoá. “Apesar de alugarmos a casa, tivemos pouca preocupação em relação à obra, o que fez com que viajássemos pouco”, fala Rosângela. Ela e o marido contam que visitaram poucas vezes a construção do imóvel. “Voltávamos para Itapoá no fim de semana mais por saudade do lugar do que por preocupação e insegurança da obra, pois estávamos a par de tudo e cientes de que nosso sobrado estava em boas mãos”, diz Antônio. Para isso, contaram com e-mails, telefonemas, mensagens via WhatsApp, entre outras facilidades que encurtam a distância e facilitam o conhecimento da evolução da obra.
Além da escolha de bons profissionais, o casal ressalta a vantagem de ter chovido muito pouco desde o início da execução da obra, o que contribuiu para o seguimento da mesma – que está prevista para novembro desse ano. Com um pensamento a longo prazo, o casal também especificou todos os detalhes internos, como o uso de cores neutras, tomadas, ponto de luz, ar condicionado, paisagismo, etc. Uma das novidades acatadas pelo casal foram as esquadrias de PVC, extremamente duráveis e resistentes, uma característica importante, pois muitas molduras de janelas acabam se desgastando pelo uso constante. O PVC foi uma ótima escolha para uma casa na beira da praia, pois também oferece isolamento acústico e térmico. Os móveis também foram feitos todos sob medida, com o intuito de otimizar ainda mais os ambientes. Para todos esses detalhes, os filhos e a nora de Rosângela e Antônio também palpitaram e ofereceram sugestões. Quando se fala em necessidades de casas de veraneio, o arquiteto Fabianno recorda que “cada cliente tem a sua necessidade em particular”, ou seja, uns gostam mais de privacidade, outros não, e o que é pequeno para um, pode ser grande para outro. Isso também altera em função do potencial econômico de cada cliente. “Mas, a grande maioria dos imóveis para veranistas tem
como características: ambientes integrados, bem iluminados, como uma boa iluminação e insolação. Esses são os pontos principais para uma boa obra, mas devem estar aliados ao entorno do lote em que será construído”, fala. Para Fabianno, por seus 25 anos de experiência na área, construir à distância é simples, basta estar bem alinhado e ajustado o contrato, para que não haja surpresa. Ele também sugere que os clientes visitem a obra cerca de uma vez ao mês, como Rosângela e Antônio fizeram, para que, se houver alguma dúvida, dê tempo de corrigir. Coincidentemente ou não, o casal conta que, a cada 15 anos, constrói uma nova residência. “Não criamos apego e gostamos de estar sempre renovando. Mas essa foi a primeira obra em que contratamos profissionais, nos ausentando de problemas e preocupações, e está ficando exatamente como sonhamos”, diz Antônio. Agora, na reta final da construção, o casal se diz ainda mais ansioso: esta é a fase em que eles estão fazendo planos e imaginando toda a família aproveitando a praia e a casa. “Acreditamos muito em bons fluídos e, desde o início da obra, a energia vem sendo boa, com profissionais do bem e dispostos. Por isso, temos certeza de que viveremos bons momentos aqui”, fala Rosângela. Afinal, é esse o objetivo da casa de veraneio, descansar, mas em um cenário diferente.
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TErreno
A importância da terraplenagem para o sucesso da obra Ana Beatriz
Quando o assunto é construção, vários fatores devem ser considerados antes de colocar, literalmente, a mão na massa. Leis, materiais de qualidade, equipamentos, equipe profissional e, principalmente, o terreno no qual a obra será levantada. Um prédio, uma casa ou qualquer que seja a construção não pode ser realizada em um terreno irregular. Por isso, para alinhar e alisar a superfície existe a terraplenagem. Quem explica sobre essa técnica é Adriano Miqueletto, proprietário da Miqueletto Terraplenagem, empresa referência na área em Itapoá.
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á 20 anos nesta atividade, Adriano iniciou com a empresa de terraplenagem há 14 anos. O serviço de terraplenagem consiste em movimentar quantidades de terra a fim de adequar o relevo de uma determinada área ou terreno com
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topografia irregular. “Normalmente, a obra ocupa toda a área do terreno e, se o mesmo estiver limpo e aterrado, além da estética, adianta a finalização da obra”, explica Adriano. Vale ressaltar que a terraplenagem não é utilizada somente para construção de edificações, mas também para pista de aeropor-
tos, estradas, barragens, açudes, entre outros. Com os materiais disponíveis no município de Itapoá, na maior parte é utilizado o aterro de barro arenoso, no entanto, devido às condições climáticas, Adriano conta que também aderem ao uso de areia suja, a qual dá um acabamento melhor no serviço. “Há um consenso entre engenheiros e construtores para uma medida que chamamos de 60 cm X 30 cm, sempre acima do nível da rua. Dessa forma, a obra fica alta, gera menos umidade e ainda ganha espaço, se caída o suficiente, para encanamento de sistema de fossas”, explica. Quando o local é crítico, os profissionais realizam uma análise com base na experiência de trabalho, em seguida fazem uma limpeza mais elaborada, retirando todo o material impróprio existente e, por fim, é realizada uma base com material adequado, dando assim,
suporte para que a construção possa ser executada com segurança. “Logo após o término do aterro pode ser dado início na construção”, diz Adriano. Ele também explica que a construção independe do aterro, tendo em vista que a estrutura é independente. No entanto, aquele material que compacta melhor é o essencial, nesse caso, tanto o aterro arenoso quanto a areia suja. Já para o acabamento é recomendável optar por um aterro mais refinado, pois oferece uma estética mais apresentável. O embargo de obra por corte indevido de árvores acontece através da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, que fiscaliza e faz cumprir leis federais. “Nossa empresa, em particular, não executa nenhum serviço
sem mediante apresentação do documento de liberação. Oferecemos aos nossos clientes todo o encaminhamento do processo junto ao órgão competente, conseguindo, dessa maneira, que a obra tenha a transparência e a segurança necessária para o proprietário”, explica Adriano. Para avaliar o preço do serviço de terraplenagem os profissionais fazem o reconhecimento visual do terreno e, com os dados corretos sobre as dimensões do mesmo, calculam altura, compactação e sua posterior limpeza. Na Miqueletto Terraplenagem é possível realizar um orçamento do serviço sem custo algum. Para pagamento, é oferecido ao cliente a possibilidade de optar por um pacote geral ou por valores individuais
de horários e cargas. Àqueles que desejam construir, Adriano aconselha que procurem empresas de terraplenagem idôneas, referências com alguém que utilizou os serviços, recomendações com outros profissionais envolvidos na área e confiram trabalhos já executados. Em Itapoá, por se tratar de uma cidade litorânea, ele conta que o aterro funciona de forma igual para todas as regiões. “A dica é acompanhar o vendedor do terreno, verificar a altura do lote, sempre usando como referência a rua em frente, analisar a quantidade de vegetação existente nesse lote – pois não interfere no resultado final, mas se torna burocrático devido à documentação ambiental –, e verificar com outras pessoas
que fizeram o aterro e limpeza nas imediações”, fala. Oferecendo todo suporte técnico e logístico, sempre inovando com equipamentos modernos e com a capacitação de seus colaboradores, a Miqueletto Terraplenagem oferece serviços de qualidade e agilidade, prezando por um resultado final satisfatório. “Temos estrutura para atender grandes empreendimentos, serviços de grande porte na região retro portuária, como, também, serviços de pequeno porte – tudo isso, com a mesma seriedade e responsabilidade”, afirma Adriano. Considerando que a base da obra dará sustentação para o empreendimento, a terraplenagem se torna essencial para o sucesso de uma obra.
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designer de interiores
Projetando e decorando sonhos Ana Beatriz
Não é de hoje que admiramos o que é belo, especialmente quando o assunto é decoração. Porém, a parte estética é apenas um dos pilares que garantem o sucesso dessa profissão. Outros itens, como a questão de melhor aproveitamento de espaço, o qual seja funcional, prático e confortável também devem ser colocados em pauta. Oferecer o máximo de aconchego, beleza e funcionalidade aos ambientes é o principal objetivo do designer de interiores. De Itapoá, a designer de interiores Rubia Cristina fala sobre a importância desse profissional.
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ubia, proprietária da empresa de móveis planejados MadeMóveis, onde trabalha há 13 anos, afirma: “Um bom projeto de decoração traz inúmeros benefícios para o ambiente em que vivemos e oferece alternativas invisíveis aos olhos comuns, visando o total aproveitamento do espaço”. Assim, por gosto à área e em busca de amplitude no segmento de casa e decoração, cursou Design de Interiores e realizou diferentes cursos voltados a programas de computador. Parte de sua experiência é compartilhada aqui. De acordo com a profissional, o principal equívoco cometido pela maioria das pessoas é procurar o designer de interiores somente após a construção do imóvel. “O ideal é que o designer seja contratado e inicie seu trabalho junto com a
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equipe de construção, pois ali são definidas informações técnicas, como ponto de água, luz, tomadas, pé direito, etc., o que influencia diretamente no projeto da decoração”, explica Rubia. Atualmente, a tecnologia dos projetos em 3D permite que o cliente tenha uma melhor visualização do espaço já construí-
do e decorado, evitando futuros problemas. O ponto de partida para a elaboração de um projeto de design de interiores é traçar o perfil do usuário, conhecendo sua personalidade, suas prioridades, seu jeito de agir e ser. “É preciso saber qual ambiente da casa ele mais gosta, onde costuma permanecer, se tem filhos ou deseja ter, se recebe visitas, promove festas, etc.”, conta Rubia. Após o levantamento de ados, é montado o projeto e, depois, são realizadas as alterações necessárias. De acordo com a designer, é muito importante respeitar as reivindicações do cliente, no entanto, cada profissional dá um toque de sua personalidade no projeto. Rubia, por exemplo, tem um estilo neutro e minimalista, e gosta de trabalhar com estruturas de madeira, por durar bastante. “É preciso muita honestidade com o cliente, pois não se deve vender uma ideia na qual você não acredita”, diz. Apesar de parecer um investimento alto aos olhos de al-
Perspectiva de uma cozinha em madeira, pela designer Rubia Cristina.
guns, a profissional conta que é possível realizar projetos mais econômicos. “Hoje, encontramos no mercado bons materiais por valores mais acessíveis. Com o projeto em mãos, o cliente consegue ter orçamentos mais precisos e evita gastos desnecessários”, explica. Uma boa opção para economizar e otimizar os espaços são os móveis inteligentes, ou seja, móveis com dupla funcionalidade, que se adaptam. Nas cidades litorâneas ou com mais umidade, Rubia recomenda móveis embutidos sem fundo, ou que sejam afastados alguns centímetros
da parede, permitindo a circulação do ar e evitando que, caso a alvenaria comece a “suar”, a madeira fique úmida. Projetar para uma casa de uma cidade urbana ou litorânea e projetar para um morador ou turista são fatores que também influenciam diretamente no projeto. “Há cerca de cinco anos atrás seria loucura investir no papel de parede em uma casa de praia, mas este pensamento vem mudando”, conta a profissional. Ela fala que cada vez mais as casas de praia se assemelham às residências fixas dos turistas. Os que vêm de fora
costumam optar por ambientes mais alegres e descontraídos, enquanto os moradores priorizam um ambiente confortável e com personalidade. “Oferecer uma agradável sensação de bem-estar é um dos objetivos do designer de interiores, mas este profissional também servirá de outros artifícios indispensáveis, como o projeto de iluminação, o planejamento das cores utilizadas no ambiente, a escolha mais adequada dos móveis, dos acessórios e dos objetos decorativos”, fala a designer – tudo isso, sempre de acordo com o estilo e com o orçamento do cliente. E assim como as demais áreas de casa e construção, a decoração também possui tendências de estilo. Para o ano seguinte, ela destaca o uso da madeira colonial, cores escuras, como preto,
cinza, vermelho e azul, e plotagem em móveis. Economia de tempo e dinheiro, avaliação profissional, planejamento e otimização do espaço são algumas das vantagens de contratar um designer de interiores para decorar a sua casa. No município de Itapoá, esta área ainda é muito recente, porém, em breve, Rubia pretende abrir seu próprio escritório dentro da empresa MadeMóveis, um espaço direcionado aos projetos de design de interiores. Enquanto isso, ela realiza projetos para Itapoá e toda a região, sempre se aperfeiçoando em busca de novidades. Apaixonada pela profissão, ela e os demais designers de interiores são verdadeiros provedores de sonhos, transformando-os em realidade e satisfação, através da leitura de cada desejo.
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PERSONAL ORGANIZER
Dicas para manter a ordem na cozinha e lavanderia Ana Beatriz
Para facilitar a vida das pessoas e deixar toda rotina mais prática, seja em um espaço residencial ou corporativo, surgiu o “personal organizer”, profissional especializado em organização personalizada. De Cascavel-PR, Sandra Zini atua nesta área há dois anos e desenvolveu uma linha de produtos voltados às necessidades dos profissionais do ramo, a SZ Produtos Organizadores. Ela conta um pouco sobre esta profissão e, nesta edição, oferece dicas de organização para dois ambientes da casa: a cozinha e a lavanderia.
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rganizar qualquer espaço, criar soluções e rotinas, sejam elas da casa, empresa, escritório ou loja, são o prazer de Sandra. Porém, sua principal paixão é organizar cozinhas. Ela acredita na frase de Louis Parrish que diz: “Se você pode organizar sua cozinha, você pode organizar sua vida”. O trabalho de uma personal organizer se inicia com uma conversa, onde a mesma percebe as necessidades do cliente e do espaço. “Observo o ambiente que ele solicitou e quais as dificuldades apresentadas. A partir desses itens, elaboro um projeto, criando soluções reais que facilitem a vida de todos, sejam elas de armazenamento, rotinas e/ou treinamentos”, explica. Apesar de ser uma profissão nova, a procura pelo serviço de um personal organizer aumenta a cada dia. De acordo com Sandra, esta profissão permite um mercado amplo, onde cada pro-
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Personal organizer Sandra Zini, SZ Produtos Organizadores.
fissional define o seu segmento de afinidade e satisfação. “Em residências, podem ser cômodos, mudanças, gestão do tempo, rotina doméstica, fotografia, home office, brinquedoteca, co-
zinha, lavanderias, etc. Já na área empresarial, é possível organizar papéis, documentos, estoques, disposição de produtos em lojas, entre outros”, conta. Cada profissional define seu método de trabalho e pagamento, podendo cobrar por hora, diária ou projeto – este último, como faz Sandra. De acordo com sua experiência, ela conta que a principal dificuldade inicial de seus clientes é o excesso de objetos. “Mesmo que você não seja uma pessoa organizada, você pode aprender a ser, pois as habilidades de organização podem ser ensinadas e um organizador profissional treinado saberá compartilhar técnicas e sistemas para colocar seu tempo e seus espaços em ordem”, explica. Dessa forma, o tempo pode ser otimizado e ocupado para melhorar os relacionamentos e realizar outros afazeres, contribuindo assim para a qualidade de vida dos moradores.
Dicas de como organizar a sua cozinha
Organizar a cozinha pode parecer uma tarefa difícil, mas, segundo Sandra, basta um pouquinho de paciência: “Com os objetos certos e um pouco de desapego, este ambiente pode se transformar no lugar mais arrumado da casa”. Ela dá as dicas: - Armários: Setorizar por famílias o que vai ser usado no dia a dia, como pratos, copos, travessas e afins. As louças mais sofisticadas e jogos de cristais, que são usados apenas em ocasiões especiais, podem ser guardados em outro ambiente da casa. - Panelas: Com o uso diário, é ideal que sejam empilhadas e guardadas embaixo da pia. Coloque as tampas enfileiradas em uma cesta ou suportes especiais. - Geladeira: “Esta deve sempre estar longe do fogão, já que a sujeira que respinga das panelas pode sujar a lateral do eletrodoméstico e ainda há o perigo da porta bater no cabo de alguma panela e causar um acidente”, diz. Na parte interna, ela recomenda setorizar e armazenar os itens em cestos. - Eletrodomésticos: Deixar sempre todos juntos e, se houver espaço, usar um gavetão ou armário. - Dispensa: O ideal é que os alimentos sejam organizados
Coloque as tampas enfileiradas em uma cesta.
Utilize cestos na parte interna da geladeira.
Organizar as vassouras em ganchos.
por categorias no armário. Por exemplo: latas com latas, farináceos, massas, etc. - Pia: Deixar apenas os utensílios que mais usa. É possível organizá-los em cestas ou pendurá-los em ganchos para que não fiquem espalhados. - Gavetas: Organizar os utensílios pela mesma categoria e abuse de organizadores de gavetas e cestos.
ganização e limpeza da casa. Por isso, a lavanderia deve ser prática, funcional e organizada. Para este ambiente, as dicas são: - Jogar o lixo. “Comece se livrando de tudo que você não precisa mais, como produtos de limpeza vencidos e/ou embalagens vazias”, diz Sandra. Itens que não pertencem à lavanderia também devem ser devolvidos ao local adequado. - Organizar os produtos de limpeza e vassouras. Para isso, é possível usar um armário, prateleiras ou ganchos na parede, otimizando o espaço do chão. - Ter cestas destinadas às roupas limpas e outras destinadas às roupas sujas.
- Estender as roupas de maneira funcional, já que existem no mercado diversos modelos de varais inteligentes. - Usar eletros que auxiliem no trabalho doméstico. - Por fim, Sandra recomenda destinar um pequeno espaço da lavanderia para “achados e perdidos”, como dinheiro, moeda e comprovantes de pagamentos, que normalmente são encontrados nos bolsos.
Dicas de como organizar a sua lavanderia
Normalmente, a lavanderia é um dos cômodos menos utilizados da casa e, em sua maioria, se trata de um espaço pequeno. No entanto, a personal organizer destaca a importância deste espaço para a or-
BOX Entre em contato com a personal organizer Sandra Zini: Telefone: (45) 8802-2098 Página: www.facebook.com/ SandraZini.PO Instagram: @sandra_zini_ personalorganizer
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Estilo
Sua casa diz muito sobre você Ana Beatriz
Do mesmo modo que nos apresentamos por meio das roupas, dos gestos e do uso da linguagem verbal, a nossa casa também é resultado de nossa personalidade, crenças e ideais. Costumamos não pensar muito sobre isso, mas, normalmente, todos os ambientes possuem aspectos, como cores e materiais, que permitem aos visitantes que conheçam um pouco mais sobre você. De Itapoá, a professora e mosaicista Cíntia Beatriz Machado Pereira é uma dessas pessoas que preza pela decoração da casa e é adepta ao “faça você mesmo”. Para ela, cada canto de sua casa fala sobre sua história, sobre sua paixão pela arte e artesanato, e sua personalidade.
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esde sua juventude, Cíntia sempre se interessou por artesanato, arte e decoração. Ela recorda que, quando criança, seu pai era professor de desenho técnico e ela e sua irmã faziam aulas de artesanato, pintura, modelagem, entre outros, em uma escola de arte para crianças. Sua mãe também sempre gostou de fazer cursos, e isso também a inspirou. Já na fase
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adulta, entrou em um curso de tapeçaria, onde aprendeu a bordar tapete arraiolo. Depois que casou, isso se intensificou, já que seu marido, Guido Brzezinski, também gosta muito de arte e decoração. Juntos, passaram a trabalhar fazendo peças em cerâmica. Mais tarde, iniciaram no mosaico, técnica que trabalham até hoje em seu atelier, fazendo peças decorativas, painéis para piscinas, etc. Todos esses conhecimentos
acerca da arte são perceptíveis na decoração da casa de Cíntia. Ela conta que, há algum tempo atrás, acreditava que ter bom gosto era sinônimo de combinar cores, estampas, objetos e afins, ou seja, seguir uma linha de estilo decorativo. “Hoje, mais madura, penso diferente. Ainda prezo por uma harmonia, mas acredito que uma casa deve ter a sua cara, a sua personalidade, para que, então, você se sinta em paz e à vontade dentro dela”, diz.
Quando passou a residir em sua casa atual, ela recorda que decorou o espaço com a ajuda da sogra, que é uma grande decoradora. “Ela sabe organizar cores e objetos de forma harmônica, sem sobrecarregar. Aprendi muito com ela”, conta Cíntia. A sogra também lhe presenteou com alguns móveis que são utilizados até hoje, de madeira com palha. “Pensei em criar algo para combinar com todos esses móveis, então, bordei tapetes, eu e meu marido criamos quadros, colecionamos objetos decorativos, etc.”, diz. Juntando algo aqui, outro ali, aos poucos, o ambiente ficou aconchegante, com cores, artes e plantas contrastando com a madeira pré-fabricada da casa. Seja para presentear alguém ou dar uma repaginada em seu ambiente, Cíntia também é adepta ao “faça você mesmo”.
“Além de ser divertida, econômica e exclusiva, a peça passa a ter um significado especial, pois carrega toque de suas próprias mãos”, conta a professora e mosaicista. Ela recorda que a primeira peça que ela e o marido reformaram foi uma máquina de costura de sua falecida mãe: lixaram e pintaram os pés da máquina e colocaram um tampo de vidro, o que resultou em um aparador na sala com porta-retratos da família. De uma falecida avó, Cíntia ganhou um baú de lenha, que hoje serve como criado-mudo para o quarto de sua filha. Para ela, mudanças de todos os tipos são sempre bem-vindas, e quando se trata de decoração não é diferente. “Pintar uma parede, mudar a disposição dos móveis, repaginar o jardim... Qualquer mudança, seja ela grande ou pequena, renova o ambiente e o energiza, o que
influencia, inclusive, no bem-estar dos moradores”, diz Cíntia. Todos os detalhes da casa contam histórias, vivências e crenças daqueles que ali vivem. Ela, por exemplo, se identifica muito com objetos e técnicas que somem à espiritualidade, como o Feng Chui. “Gosto de ir às lojas de decoração e ver as novas tendências, e muitas vezes tenho vontade de obter alguns objetos. Mas, nos tempos atuais, onde a crise torna muitas coisas supérfluas e a sustentabilidade vem sendo muito discutida, criamos saídas alternativas”, fala Cíntia. Seus filhos, Maria Eduarda Brzezinski e João Alexandre Brzezinski, também costumam desenvolver a criatividade e reutilizar objetos aparentemente sem uso, como, por exemplo, quilhas de pranchas para servirem de cabides. Para se inspirar
em estilos de arte, casa e decoração, Cíntia costuma pesquisar na rede social Pinterest, ou até mesmo em revistas e sites especializados na área. A rusticidade das plantas, flores, madeiras e tijolos maciços, aliada ao artístico dos quadros, mosaicos, azulejos e afins, fazem da casa de Cíntia um cantinho especial. Ela também gosta de receber lembranças de viagens para a decoração, pois acredita que esses objetos contam histórias de diferentes culturas e acredita muito no poder dos detalhes. Dessa forma, o ambiente abraça as pessoas que nele adentram. Para a decoração, apesar de não seguir regras e ser movida por tudo que lhe agrada visualmente e emocionalmente, Cíntia afirma: “Acredito que minha casa demonstra bem a pessoa que sou. E gosto de exatamente tudo nela”.
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Paisagismo
Área de jardim: bem estar e contemplação
Ana Beatriz
A alma da casa mora nos detalhes. Isso inclui a presença de plantas, de flores e do verde. Nesse contexto, o paisagista é o profissional ideal para realizar o desejo de trazer a natureza um pouco mais perto. De São José dos Pinhais – PR, Drica Chiminello é formada em Engenharia Florestal e, unindo a experiência dos anos de trabalho de design com o conhecimento botânico e de planejamento, trabalha com paisagismo há alguns anos. Para ela, a beleza de um bom jardim deve ter o poder de encantar a todos, não importando a classe social ou o nível de escolaridade.
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ada profissional segue uma linha de preferência e, normalmente, em seus projetos, Drica propõe que a implantação de cada espécie de planta siga uma rigidez em sua localização e que o profissional responsável por colocar as plantas siga com muita atenção o desenho. Ela conta que a área social da residência ou escritório recebe um jardim mais rígido, geometricamente falando. Já a parte íntima recebe formas orgânicas, sempre que possível. Outra característica dos projetos da paisagista são as plantas de destaque, isoladas, chamando a atenção para um ponto específico. Para ela, um bom projeto atende às necessidades do cliente. “Entendo que todo o conhecimento técnico deve ser direcionado para contemplar as aspirações do contratante”, fala. Os elementos de composição, como equilíbrio, harmonia, contraste e proximidade, definirão um projeto consistente e agradá-
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vel aos olhos. Os diferentes volumes das plantas também devem interagir de forma harmoniosa. Na questão de projetos voltados ao paisagismo, existem softwares específicos, que oferecem uma série de filtros e opções, como fotomontagens. No entanto, Drica aprecia o desenho feito à mão e trabalha com grafite e lápis de cor, seguindo os mesmos conceitos utilizados na criação do jardim. Para o trabalho em campo, ela conta que os equipamentos estão sempre em evolução, permitindo a execução
de tarefas pesadas ou delicadas com maior eficiência e menor desgaste físico do profissional de jardinagem. Ao iniciar um projeto de paisagismo, algumas questões devem ser consideradas, começando com uma entrevista, na qual o cliente fornece diversas informações. “Costumo buscar conhecer as expectativas, o gosto pessoal, bem como a disponibilidade financeira para o jardim. Outras questões importantes: se o cliente tem filhos pequenos, se tem animais de
estimação e qual o porte deles, se tem alergia por alguma planta específica, se não gosta de algum tipo de planta, etc. Toda informação deve ser levantada, sem preconceitos”, diz Drica. Se plantas inadequadas estiverem no jardim, por exemplo, crianças pequenas e animais podem se intoxicar com folhas e flores ou se ferir com espinhos. A profissional fala que não são poucas as questões relativas à escolha de plantas e que este é um assunto bastante complexo. Primeiramente, as espécies botânicas a serem utilizadas
precisam ser adequadas à região em que se implantará o projeto. Diversos fatores influenciam nas diferenças de projetos voltados para a cidade ou para a praia, como clima, solo, chuvas, insolação, ocorrência de geadas, etc. “Isso significa que as espécies botânicas utilizadas em um local não poderiam ser usadas em outro, sob o risco de se ter alto índice de mortalidade dessas plantas”, diz. O projeto de paisagismo para residência no litoral, na concepção de Drica, deve fazer com que os moradores e visitantes se sin-
tam em um ambiente que remeta à mata atlântica, com o uso de plantas exuberantes, de folhas largas e com menos intervenções no porte e formato, dando estética mais natural possível. “A vantagem de se usar plantas nativas, de mata atlântica, é a fácil adaptação e sobrevivência, bem como a menor necessidade de manutenção”, explica Drica. Palmeira jerivá, helicônia papagaio, clusia, além de bromélias, marantas e variedades de manacá são plantas de fácil adaptação e grande potencial ornamental. Com o aumento do número de empreendimentos imobiliários no Brasil, houve também houve aumento na demanda por áreas verdes bem planejadas. Atualmente, a profissional conta que as áreas de lazer e relaxamento nos condomínios necessitam de projetos de paisagismo, implan-
tação e manutenção. Outro fator que também introduziu a cultura do paisagismo nos habitantes da cidade foi a valorização dos parques como cenário para atividades físicas e de lazer. Drica acredita que o paisagismo tem a capacidade de melhorar a vida das pessoas. Para ela, a beleza das plantas ornamentais é sempre inspiradora. “Até mesmo o estresse é amenizado quando visualizamos um jardim bem projetado e cuidado. Acredito, inclusive, que o paisagismo e a educação ambiental são formadores de cidadania”, fala. Aos apreciadores da natureza, a área externa possui uma dinâmica de luzes e sombras, e o sol se movimentando cria ritmos surpreendentes. Assim, não é exagero concluir que quanto mais a natureza participa de um espaço, mais bonito ele fica.
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Uma equipe bem animada na De Paula Embalagens. O Pedro, Carlos, Regiana que está prestes a ganhar nenezinho, Leila, Meri e Neusi.
Vanessa e Andressa da Helinho Materiais Elétricos, convidam você para visitar a loja, e conferir todas as novidades.
38 | Outubro 2016 | Revista Giropop
Mario e Debora, com seu nenezinho, Davi, vieram visitar a Exclusiva imóveis. Leandro, Simone, Johnny e Daiane. Leando e Simone são padrinhos do pequeno Davi. Elaine esteve de aniversário no dia 17 de setembro. Silvana, sua mãe estará comemorando mais um ano de vida no dia 4 deste mês e Adilson, o companheiro de Silvana e dono do PA Celulares irá festejar seu aniversário também, no dia 14 deste mesmo mês. Parabéns aos três!
Piscina e Lazer em Itapoá. Você que procura seja o que for para a sua piscina ou para enfeitar o seu jardim, o Jonathan, a Josiane e o Anderson estarão lá para o atender.
Parte da equipe de Monitoramento da Anjos da Noite André, Cátia, Maristela, Cassiano e o Junior.