Índice Empreendedorismo - Ghanem Laboratório: referência em saúde e empreendedorismo Pág 10 Saúde | Fisiopilates - Conheça os inúmeros benefícios da prática de Pilates Pág 14 Adote um atleta - Jovem de Itapoá é revelação das artes marciais Pág 16 Músico - Entre métricas, melodias, flows e levadas Pág 20 Cultura - Costumes, aldeia e sociedade pelos índios do Alto Xingu Pág 24 Roteiros | Montanhismo - Castelo dos Bugres: ideal para esportes de aventura Pág 28 Por aí - Viajante a bordo: as dificuldades, lições e recompensas do trabalho em navio Pág 30 Embarque - com Sônia Charlotte Heeren Pág 32 Itapoá e sua história - com Vitorino Paese Pág 42
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EDITORIAL Todos somos movidos por sonhos, paixões, crenças e desejos. Nesta edição da Revista Giropop, convidamos vocês a adentrarem alguns universos alheios. Na edição 50, falamos sobre realizações: um laboratório que é uma empresa de sucesso, pessoas que mudaram de vida depois de praticarem exercícios. Ainda sobre satisfação pessoal, conhecemos também uma montanha ideal para aventuras, índios do Alto Xingu que lutam para manter sua cultura viva, um jovem que faz rimas e outro que viaja o mundo trabalhando em um navio. Toda essa pluralidade de sonhos, conquistas e estilos de vida nos leva a conclusão de que não existe um único significado para as palavras “felicidade”, “realização” e “sucesso”. Ainda bem, não é? Inspirem-se e tenham uma boa leitura.
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Empreendedorismo
Ghanem Laboratório: referência em saúde e empreendedorismo Ana Beatriz Machado
Com ênfase em uma gestão empreendedora e democrática, com o conceito de ser uma “empresa-escola” e tendo como princípio a paixão pela saúde, surgiu o Ghanem Laboratório e Saúde, o maior laboratório de análises clínicas de Joinville-SC e o segundo maior de Santa Catarina. Para saber sobre a história, as ideias e os diferenciais do grupo Ghanem, referência em toda a região, conversamos com Omar Amin Ghanem Filho, um dos criadores da empresa.
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A
história do Ghanem possui em seu DNA o amor pelas análises clínicas. De origem familiar, o laboratório iniciou suas atividades há 44 anos, pelas mãos do bioquímico Omar Amin Ghanem, que fundou o KG Laboratório de Análises Clínicas. Ainda crianças, Monique Amin Ghanem e Omar Amin Ghanem Filho, filhos de Omar e Cleide Ghanem, no retorno da escola, encontravam os pais no laboratório. “Na maioria das vezes, nossos pais tinham que terminar seus afazeres, o que nos deixava livres para explorar a dinâmica do laboratório. Assim, surgiu nossa paixão pelo ‘universo’ laboratorial”, explica Omar Amin Ghanem Filho. Através do exemplo dos pais, Omar se tornou bioquímico e administrador, especializado em Gestão do Conhecimento e Inteligência Competitiva, e Mestre em Administração Estratégica das Organizações; já Monique, se tornou bioquímica, especiali-
O Ghanem Laboratório e Saúde, em Joinville-SC, é referência para toda a região.
zada em Gestão e Planejamento Ambiental, e Mestre em Saúde e Meio Ambiente. “Eu e minha irmã compartilhávamos do mesmo sonho: aproveitar a competência da família na realização das análises clínicas e criar um novo laboratório de excelência, que fosse inovador e atendes-
se a todos os planos de saúde, inclusive ao Sistema Único de Saúde (SUS), na região norte de Santa Catarina”, explica Omar. Foi assim que, juntos, os irmãos fundaram o Ghanem Laboratório e Saúde, ao final de 2005, em Joinville. Desde o início, o foco do Gha-
nem foi o atendimento voltado para garantir maior acessibilidade à população, com a mesma qualidade e excelência dos serviços KG. De acordo com Omar, a qualificação profissional foi o maior desafio do laboratório, pois não existem cursos específicos para atendentes e coletadores nas análises clínicas no país. Por isso, os irmãos Omar e Monique, sócios no laboratório, criaram o conceito de o mesmo ser uma “empresa-escola”, que educa os profissionais para todas as esferas de atendimento, e criaram, há dois anos, a “Escola de Líderes e Sucessores Ghanem” – um curso interno de Especialização em Gestão para estes profissionais.
Com uma gestão empreendedora e democrática, o laboratório possui o conceito de uma “empresaescola”.
O Grupo Ghanem acredita que a saúde é o maior bem que você pode ter.
Conhecido por ser uma empresa de sucesso e o melhor laboratório da região, o Ghanem tem como diferencial o investimento no treinamento e capacitação de seus profissionais e a relação com seus clientes. “O envolvimento com nossos clientes é muito próximo. Nós atendemos cerca de 30 mil clientes por mês. Escutamos cada sugestão e entendemos quais são suas necessidades”, explica Omar. O laboratório também possui um grupo de analistas clínicos que realizam pesquisas e desenvolvem novos produtos, processos e serviços. Para implementar a
inovação, Omar conta que algumas das práticas de gestão do Ghanem são: o Laboratório de Ideias, Planejamento Estratégico, Cultura Intraempreendedora, recebimento de visitas, cursos e participações em diversos eventos nacionais e internacionais, entre outros. Para certificar a excelência dos serviços disponibilizados e conferir segurança aos pacientes e profissionais, o laboratório possui a qualidade de seus processos e análises laboratoriais acreditados pela Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial por in-
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termédio do PALC (Programa de Acreditação de Laboratórios Clínicos). Além disso, foi certificado pela Norma ABNT NBr ISO 9001/2 até 2010, proferido pelo Bureau Veritas Quality International (BVQI), e participa de avaliações externas de qualidade: Programa Nacional de Controle de Qualidade da Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (PNCQ), Controllab da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial, e do Programa de Excelência em Microbiologia da Sociedade Brasileira de Microbiologia (SBM).
Ademais, Omar também destaca que o diferencial se dá na excelência de atendimento ao paciente e na segmentação de serviços.
“Diferente de nossos concorrentes diretos, temos implementado em nossa estratégia de expansão a disponibilização de serviços contemplando uma segmentação por clientes, visando melhorar o atendimento a necessidades específicas desses segmentos”, explica. Atualmente, o Ghanem possui, ao todo, 46 unidades de atendimento, em Joinville, São Francisco do Sul, Garuva e Itapoá.
Uma das ações criadas pelo grupo foi a criação de um serviço exclusivo para o público infantil, o Ghanemzinho.
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Entre estas ações está a disponibilização de um serviço exclusivo para o público infantil (o chamado Ghanemzinho), outro para o público não atendido pelo sistema privado de saúde (Laboratório Popular), outro exclusivo para mulheres e gestantes (Ghanem Mulher) e um dentro do principal shopping de Joinville (Ghanem Shopping Mueller). Atualmente, o Ghanem Laboratório possui, ao todo, 46 unidades de atendimento. Além de Joinville, existem unidades nas cidades catarinenses de São Francisco do Sul, Garuva e
Itapoá. Sobre Itapoá, especificamente, Omar conta: “A ideia de implementar uma unidade especial de atendimento em Itapoá aconteceu em 2014, quando vimos que recebíamos, em nossas unidades de Joinville e Garuva, ao menos cinco pacientes itapoaenses por dia”. Nestes dezesseis anos de atuação do Ghanem Laboratório, muitas mudanças foram notadas na área da saúde. “A prevenção na saúde começou a fazer parte do cotidiano das pessoas, surgiram novas tecnologias de serviços e produtos e,
O Ghanem Mulher, desenvolvido exclusivamente para mulheres e gestantes.
como consequência do aumento da desigualdade social no Brasil, também houve o impacto no aumento de usuários do Sistema Único de Saúde (SUS)”, explica Omar. Ele ainda cita outras evoluções da área, como processos de certificação mais acurados, aumento das especializações profissionais, aumento no número de unidades de saúde e de centros de medicina diagnóstica, etc. Sobre ser um empreendedor de sucesso, Omar destaca que o grande segredo é “amar o que realiza e realizar o que ama”.
Gostar de pessoas, correr riscos – porém os calcular previamente, empreender, realizar benchmarking (ferramenta de gestão que avalia a empresa em relação à concorrência), networking (uma forma moderna de fazer negócios, criando sua própria rede de contatos profissionais e pessoais), estudar constantemente e trabalhar muito também são dicas para futuros empreendedores. Apesar de a atuação do laboratório ser muito positiva, Omar revela que ainda há muito a ser feito. “Nosso time de líderes e
nossos profissionais, juntamente do Conselho do Laboratório, estão anualmente caminhando com a implementação das ações estratégicas que o próprio grupo sugere e revisa”, explica. Entre os projetos futuros, ele destaca a reforma da Unidade Max Colin, além da instalação de uma filial na cidade de Itajaí-SC. Em poucas palavras, Omar define o Ghanem Laboratório e Saúde como uma organização apaixonada pela saúde de seus clientes. “Entendemos que a saúde é um dos maiores bens dos seres humanos”, diz. Ele e todo o grupo Ghanem estão disponíveis no que for preciso para a medicina laboratorial da região.
Além de referência na área de análises laboratoriais, o Ghanem Laboratório e Saúde faz história como um negócio de família e empreendimento de sucesso.
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Saúde | fisiopilates
Conheça os inúmeros benefícios da prática de Pilates Ana Beatriz Machado
Muita gente já ouviu falar de Pilates, mas poucos conhecem a sua infinidade de benefícios. No município de Itapoá-SC, a FisioPilates – Clínica de Fisioterapia e Stúdio de Pilates, é referência para aqueles que estão em busca de saúde e qualidade de vida. Para saber sobre este método que já é sucesso entre os itapoaenses, conversamos com o profissional Custódio Soares, da FisioPilates, e com alguns de seus alunos que sofreram mudanças na rotina e melhoras na saúde graças à prática de Pilates.
O
método surgiu no início do século passado, com o principal objetivo de unir o corpo e a mente. Nos dias de hoje, aperfeiçoar e condicionar os músculos do corpo, prevenir contra doenças cardiovasculares, eliminar o estresse, emagrecer, corrigir a
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postura, aumentar a flexibilidade, estimular a coordenação motora, prevenir fraturas, melhorar a concentração e amenizar as dores são alguns dos motivos que levam as pessoas a buscarem o Pilates. De acordo com Custódio, este método não é um conjunto de exercícios prontos e generalizados. “Ele consiste em observar o aluno e perceber quais são suas necessidades e, assim, adaptar os exercícios para alcançar o resultado necessário”, explica Custódio. Na FisioPilates, o Pilates é realizado com aparelhos, e os exercícios são feitos com o aluno deitado (na horizontal), em pé (na vertical) ou, até mesmo, sentado. Diferente das aulas em solo, as aulas com aparelho costumam ser individuais, onde as molas dos aparelhos adaptam os movimentos a cada corpo, sendo então indispensável para quem já tem alguma lesão ou alteração postural. Custódio explica que, nesta prática, o aluno tem total supervisão do profissional. “Os exercícios de Pilates ge-
Custódio Soares, da Fisiopilates, orientando o aluno Valdemar Favero, de 76 anos.
ram resultados mais eficazes e não prejudicam nem sobrecarregam os músculos e articulações que, assim, sofrem menos desgaste”, explica Custódio. Vale ressaltar que tudo isso é realizado tendo como base a reeducação da respiração e também da concentração. Por serem de baixo impacto, realizados de for-
ma fluente, com calma e poucas repetições, estes exercícios são muito recomendados por médicos e fisioterapeutas, como aconteceu com Ana Roseli Rampelotti, de 60 anos, Valdemar Favero, de 76 anos, e Domingos Artur Nogarotto, de 48 anos – alunos da FisioPilates. Ana, que sempre praticou
atividades físicas, como caminhadas, passeios de bicicleta e exercícios aeróbicos, recorda que sofreu uma lesão no joelho, além de estar sentindo fortes dores no pescoço. “Comecei a fazer fisioterapia e, por indicação do médico, há seis meses iniciei no Pilates”, conta, “graças às sessões de fisioterapia aliadas às sessões de Pilates, tive uma recuperação rápida e bem-sucedida”. Hoje, ela recuperou o joelho e não sente mais dores. “Me alimento melhor, durmo melhor, respiro melhor e sou uma pessoa mais feliz e disposta”, diz. Já Seu Valdemar, passou por uma cirurgia na coluna e sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Ele recorda o ocorrido: “Perdi a sensibilidade no lado direito dos membros inferiores e comecei a fazer fisioterapia. O médico me sugeriu que, para auxiliar na recuperação e no alinhamento da coluna, eu também fizesse Pilates”. Diferente de Ana, que hoje pratica o Pilates mais por condições físicas, Seu Valdemar tem suas aulas voltadas para a reabilitação dos músculos. Com apenas sete meses de Pilates, ele já apresenta evolução. “Após as aulas, sou outra pessoa, pois me sinto renovado. Hoje, minha coluna está forte, melhorei minha postura, capacidade física e bem-estar”, conta. Com Domingos não foi muito diferente. Ele iniciou no Pilates há cerca de dez meses, logo que
teve uma crise no ciático, por indicação de uma amiga. “Após os exames, o médico recomendou que eu continuasse a praticar. Ele me orientou da melhor forma e, após notar evolução, pude parar de tomar a medicação. Então, o que estava bom, ficou ainda melhor”, fala. Flexibilidade, postura, disposição e fortalecimento dos músculos foram alguns dos benefícios que o Pilates trouxe a Domingos. Como comprovam as experiências de Ana, Seu Valdemar e Domingos, unir fisioterapia ao método Pilates pode ser muito eficiente. De acordo com os profissionais da FisioPilates, isso se deve ao fato de que ambos têm forte potencial de reabilitação e realizam um trabalho terapêutico e de consciência corporal. Além de ser ideal para o tratamento das mais variadas patologias como AVC, Doença de Parkinson, hipertensão e problemas de coluna, o Pilates também é bastante recomendado para: gestantes, pois sua prática trabalha o fortalecimento, o alongamento e a respiração, o que facilita a oxigenação do bebê e a conexão da mulher com as transformações do corpo; para idosos, pois auxilia no combate a dores crônicas, problemas cardíacos e respiratórios, fortalecimento da musculatura, bem-estar e autoestima; para atletas profissionais e iniciantes, pois diminui a chance de lesões, torna a
A aluna Ana Roseli Rampelotti, de 60 anos, também teve sua vida mudada após a prática do Pilates.
recuperação muito mais rápida e oferece flexibilidade muscular e, também, para quem deseja emagrecer, se for aliado a um programa aeróbico e uma dieta balanceada. Segundo Custódio, uma das maiores vantagens deste método é que ele pode ser praticado por pessoas de qualquer idade, gênero ou grupo. “De crianças a idosos, todos podem fazer Pilates. No entanto, no caso das crianças, sempre sugerimos que façam atividades que estimulem a socialização e a interação entre os colegas, como natação, por exemplo”, explica o profissional, “salvo em casos clínicos, onde a criança deseje se recuperar de uma lesão” – isso se deve ao fato de que este método exige cons-
ciência corporal e concentração. Para aqueles que desejam iniciar no Pilates, Custódio lembra: “A eficiência está na qualidade, não na quantidade. Desta forma o aluno não cansa facilmente e consegue grandes resultados”. Ao final de cada aula, o profissional conta que se despede de Ana, Seu Valdemar, Domingos e dos demais alunos da FisioPilates com a certeza de que estão indo embora com mais saúde e disposição. Venha para Fisiopilates e faça uma aula experimental 47 3443.6797 47 99940.0614 Avenida Brasil, 3622, Princesa do Mar, Itapoá - SC
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Adote um atleta
Jovem de Itapoá é revelação das artes marciais Cada vez mais as pessoas estão descobrindo o prazer da vida saudável. O resultado desta tendência é o elevado índice de crescimento de praticantes de diversos esportes, entre eles, as artes marciais. No município de Itapoá-SC, as artes marciais vêm se popularizando e revelando grandes talentos, como o atleta Ozires Gava Neto. Com menos de um ano de carreira no jiu-jitsu, muay thai e nas Artes Marciais Mistas (MMA), Ozires já conquistou dezessete títulos em campeonatos. Hoje, é inspiração para aqueles que desejam iniciar nas artes marciais e carrega o nome de Itapoá Brasil afora. Ana Beatriz Machado
A paixão por esportes vem de berço. João Gava, pai de Ozires, já foi lutador de karatê, judô, boxe e campeão brasileiro de queda de braço. No entanto, seu filho seguiu um caminho diferente: jogador de futebol do Clube Atlético Paranaense (CAP), onde treinou na base do sub-17. Quando encerrou a carreira futebolística, Ozires mudou-se para Itapoá, onde, há aproximadamente um ano e meio, começou a
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fazer musculação para manter a saúde. “Vi que na academia onde eu treinava, a Pride Center Gym, também ofereciam aulas de jiu-jitsu e muay thai, e como já sabia dos benefícios, decidi fazer também”, conta. De imediato, se identificou com as artes marciais e, com apenas cinco meses de treinos, resolveu participar de um campeonato. Logo em sua estreia, em uma etapa do campeonato paranaense de jiu-jitsu, Ozires ganhou a medalha de ouro. A partir de
O atleta de artes marciais Ozires Gava Neto, de Itapoá-SC. Na foto, comemorando o título de campeão paranaense de jiu-jitsu, em 2016.
então, aprimorou suas técnicas, reforçou os treinos e obteve diversos títulos, dentre eles: campeão catarinense de muay thai tradicional, campeão brasileiro de muay thai tradicional, campeão paranaense de No Gi (treino sem quimono), campeão paranaense de jiu-jitsu, campeão da Copa Sul-Brasileira de Jiu-Jitsu, vencedor de todas as etapas em que participou do Campeonato Catarinense de Jiu-
Algumas das principais medalhas obtidas pelo atleta em 2016.
Apesar de ter apenas 18 anos, ele já compete com lutadores de diversas faixas e categorias, e é conhecido como um grande finalizador.
-Jitsu, vencedor de todas as etapas paranaenses e catarinenses do Circuito Stance de Jiu-Jitsu, medalha de bronze na seletiva de jiu-jitsu dos Emirados Árabes, contando também com um cartel de três lutas de MMA – tudo isso, apenas em 2016. Apesar dos bons resultados, o atleta deixou de participar de algumas etapas de campeonatos por carência de patrocínios. Ozires é treinado e recebe orientação dos seus treinadores Felipe Siqueira (muay thai) e Michael Souza (jiu-jitsu), que lhes acompanham nos campeonatos, no entanto, todos os gastos com inscrições, viagens, suplementos nutricionais e equipamentos são custeados por seus pais. Assim
como João, a mãe de Ozires, Janaína Gava, o acompanha em todos os campeonatos e vibra com as conquistas do filho. “Como ele mora sozinho, nos falamos por telefone com frequência. Enquanto o seu pai faz o papel de empresário, ajudando financeiramente e correndo atrás de patrocínios, eu cobro muito a parte da alimentação”, conta Janaína. Com 18 anos de idade, apenas doze meses de jiu-jitsu e dez meses de muay thai, Ozires já compete com lutadores de diversas faixas e categorias, e é conhecido como um grande finalizador. Por trás deste reconhecimento, há uma intensa rotina, com condutas, dietas e treinos diários. Para o atleta, sua dis-
ambos os sexos, em Itapoá. Eu acho isso muito bom, pois as artes marciais, além de proporcionar um bom condicionamento físico e noções de defesa pessoal, oferecem controle emocional, valores, paciência, equilíbrio, flexibilidade e agilidade”, diz. Se nos tatames Ozires costuma finalizar o oponente em pouco tempo, na vida, ele fala que ainda há muitos movimentos a serem feitos até que a “luta” acabe. “Estamos Ozires e seus pais João e Janaína Gava, em busca de patrocinadoem sua primeira luta de MMA, em 2017. res e apoiadores locais que ciplina e o bom psicológico são acreditem no seu potencial e no méritos de seus pais. “Sempre poder do esporte”, fala João, pai transmitimos confiança a ele, de Ozires. Para o futuro, o atleta pois acreditamos que autocon- conta que deseja fazer carreira fiança é tudo para um atleta. no MMA e conquistar o tão soHoje, nosso filho é um atleta fo- nhado título mundial. Ainda para cado e sabe o que quer”, falam este ano de 2017, ele planeja João e Janaína. Foram, inclusive, abrir um espaço junto à acadea determinação de Ozires den- mia Pride Center Gym para dar tro dos tatames e sua frieza nos aulas de artes marciais, formancampeonatos que lhe renderam do novos lutadores no município o apelido de “Ice Man” (homem de Itapoá. Para Ozires, tão importante quanto sonhar, é acrede gelo). Ele, que é um dos atletas de ditar no sonho de alguém. Itapoá incentivadores à prática de campeonatos, hoje serve de Para patrocinar ou apoiar inspiração para jovens itapoaen- o atleta Ozires, entre ses que iniciam nas artes mar- em contato através ciais. “Essas modalidades estão do número (WhatsApp): cada vez mais populares entre crianças, jovens e adultos, de 47) 99199-7636.
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2121 – LOTEAMENTO PRÍNCIPE Rua Honório Parra, terreno c/ 360m², casa de madeira c/ aprox.. 72m², 02 dormitórios, banheiro, sala/cozinha, garagem. R$ 52.200,00 + 147x R$ 1.106,00 2155 – BALNEÁRIO MARILUZ Rua 1740, terreno c/ 400m², casa em alvenaria c/ aprox.. 54m², suíte, sala/cozinha e lavanderia. PX: Mercado Brasão (antigo Tupã). R$ 57.640,00 + 82x de R$ 899,50 2161 – LOTEAMENTO PRÍNCIPE Rua Wellington R. Junqueira, casa de madeira c/ aprox. 70m², 03 dormitórios, banheiro, sala, copa/cozinha, área de serviço e garagem. R$ 71.700,00 + 159x R$ 848,95 2164 | 2165 | 2166 – BALN ITAPOÁ Rua Raquel de Queiroz esquina c/ Rua 1420, 03 casas novas, todas c/ face para o leste (nascer do sol), alvenaria, cada uma c/ 61m², 02 quartos, banheiro, sala, copa/cozinha e área de serviço. Aceita veículo (carro e/ou moto) como parte pagamento. PX: Mercado Brisa do Mar. DP: 900m. A partir de R$ 125.000,00 cada 2143 | 2144 | 2145 – BALN ITAPOÁ Rua 1490 esquina c/ Rua Leonidas A. da Costa, 03 casas novas, em alvenaria, cada uma c/ 61m², 02 quartos, banheiro, sala, copa/cozinha e área de serviço. PX: Mercado Veleiro. DP: 600m. A partir de R$ 135.000,00 cada 2142 – LOTEAMENTO PRÍNCIPE Rua Roberto Rizental Gomes, nº 501, terreno c/ 360m², casa em alvenaria, aprox. 100m², 03 dormitórios, 02 banheiros, sala/ cozinha, lavanderia, varanda. PX: Mercado Príncipe. R$ 144.900,00 + 101x de R$ 988,63 2094 – BALNEÁRIO PAESE Rua 1090 esquina com Rua Luiz Bosso, terreno de esquina com 312,50m², relevo acima do nível da rua. Casa em alvenaria c/ 48m². PX: Em frente ICI Clínicas. DP: 690m. R$ 149.000,00 2159 – BALNEÁRIO PAESE Rua 1010, nº 990. Casa em alvenaria c/ aprox. 131m², 03 dormitórios (suíte + 02 quartos), 02 banheiros (suíte + social), copa/cozinha, sala de estar, lavanderia, garagem coberta. Terreno 375m² (15x25). R$ 160.000,00 2098 – BALNEÁRIO MARILUZ Rua 1800, nº 415, casa 01. Casa recém construída, em alvenaria, 55m², 02 dorm. (suíte + qto), 02 banheiros (suíte + social), sala, copa/cozinha, área de lazer com deck, churrasqueira e pérgola. PX: Mercado Brasão (antigo Tupã). DP: 300m. R$ 167.500,00 2117 – BALNEÁRIO ITAPOÁ Rua 1530, nº 812, casa 02. Casa nova, em alvenaria, 72m², 03 dormitórios (suíte + 02 quartos), 02 banheiros (suíte + social), sala,
copa/cozinha, área de serviço, churrasqueira, terreno 192m². PX: Mercado Veleiro. DP: 800m. Aceita carro. APENAS R$ 169.000,00 2136 – BALNEÁRIO MARILUZ Rua 1790, 2ª QD do mar. Casa térrea em alvenaria c/ 66m², 02 dormitórios (suíte + quarto), 02 banheiros (suíte + social), sala, copa/cozinha, terreno c/ 192m², cisterna de água potável. PX: Mercado Brasão (antigo Tupã). DP: 100m. R$ 175.000,00 2134 – BALNEÁRIO PAESE Rua 1040, próx. Praça do Paese. Casa em alvenaria com 03 dormitórios (suíte + 02 quartos), 02 banheiros (suíte + social), sala, copa/cozinha, área de churrasqueira. PX: Mercado Litorânea. DP: 800m. R$ 180.000,00 2156 – JARD PÉROLA DO ATLÂNTICO Rua 910, próx. esquina c/ Rua Frontin, terreno c/ 450m² (15x30). Casa em alvenaria c/ 99m², 02 quartos, banheiro, sala, cozinha, varanda, lavanderia e churrasqueira. PX: Fórum. DP: 850m. R$ 185.000,00 2162 – PRAIA DAS PALMEIRAS Rua 1990, prédio novo c/ somente 04 apartamentos, apartamento 03, c/ 02 dormitórios (suíte + quarto), 02 banheiros (suíte + social), sala, copa/cozinha, churrasqueira, sacada, área de serviço. R$ 195.000,00 2093 – SALAS COMERCIAIS (PRÓX. PAESE) Avenida Brasil, próx. Rua 1100, Condomínio Sollar: 02 salas comerciais térreas. Área total de 107m². PX: Restaurante Tikay. DP: 200m. R$ 200.000,00 2148 – JARD PÉROLA DO ATLÂNTICO Rua Madalena Haú, entre Ruas 910 e 960, terreno c/ 450m² (15x30). Conjunto de 04 unidades residenciais, ideal p/ locação mensal ou por temporada. Aprox. 160m² de construção. PX: Fórum, Prefeitura. DP: 700m. R$ 200.000,00 2152 | 2153 – JARDIM DA BARRA Rua 980, próx. Prefeitura. Duas casa novas, casa uma c/ aprox.. 76m², 03 dormitórios (suíte + 02 quartos), 02 banheiros (suíte + social), sala, copa/cozinha, área de serviço, churrasqueira. Ótimo padrão de acabamento. Aceita carro. PX: Mercado Litorânea. DP: 500m. R$ 232.500,00 cada 2127 – BALNEÁRIO BRASÍLIA Rua João M. Vianney, entre Ruas 620 e 630. Casa nova em alvenaria, 89m², 03 dormitórios (suíte + 02 quartos), 02 banheiros (suíte + social), copa/cozinha, sala, área de lazer com churrasqueira, área de serviço e garagem. PX: Conveniência Vem Q Tem. DP: 350m. R$ 239.000,00 2122 | 2123 – JARDIM DA BARRA Rua 980, próximo à Avenida Dra. Zilda Arns Neumann (popular “Caminho da
Onça”). Duas casas novas em alvenaria, cada uma c/ 85m², 03 dormitórios (suíte + 2 quartos), 2 banheiros (suíte + social), copa/ cozinha, sala de estar, garagem, churrasqueira. Superior padrão de acabamento. Aceita veículo(s). PX: Prefeitura. DP: 500m. R$ 263.500,00 cada 2092 – BALN PRINCESA DO MAR Avenida Brasil (entre Ruas 1650 e 1660), QD do mar. Apartamento c/ 118m² privativos, 03 dormitórios (suíte + 2 quartos), 2 bwc (suíte + social), sala de estar/jantar com sacada, copa/cozinha, área de serviço e churrasqueira. PX: Mercado Empório Tropical. DP: 120m. R$ 265.000,00 2133 – BALNEÁRIO ITAPOÁ Rua 1380 esquina com Rua Malvina Barbosa. Terreno c/ 384m², face leste/norte. Casa térrea c/ 100m² em alvenaria, 03 dormitórios (suíte + 02 quartos), 02 banheiros (suíte + social), sala de estar/jantar, copa/ cozinha, área de churrasqueira c/ lavabo e lavanderia. Cobertura adicional de aprox. 40m² para garagem. PX: Mercado Brisa do Mar. DP: 850m. R$ 310.000,00 2151 – BALNEÁRIO BRASÍLIA Rua São J. Maria Vianney, entre Ruas 620 e 630. Sobrado novo, 171m², 03 dormitórios (suíte + 2 quartos), 02 banheiros (suíte + social), lavabo, sala de estar, copa/cozinha, área de serviço, área de lazer com churrasqueira e garagem. R$ 330.000,00 2157 | 2158 – BALNEÁRIO CAMBIJU Rua Sérgio Lago, entre Ruas 600 e 610. Sobrados em alvenaria, cada um c/ 123m², 03 dormitórios, 02 banheiros, sala de estar, copa/cozinha, área de serviço, área de lazer com churrasqueira e garagem. R$ 330.000,00 cada 2150 – BALNEÁRIO BRASÍLIA Rua 610, 2ª QD do mar. Sobrado novo, c/ vista p/ mar, 145m², 03 dormitórios (suíte + 2 quartos), 02 banheiros (suíte + social), lavabo, sala de estar, copa/cozinha, área de serviço, área de lazer com churrasqueira e garagem. R$ 370.000,00 2160 – ITAPEMA NORTE GLEBA Rua das Orquídeas, próx. da 2ª pedra. Casa em alvenaria c/ aproximadamente 184m², 03 dormitórios (suíte + 02 quartos), 02 banheiros (suíte + social), sala de estar, copa/cozinha, lavanderia/despensa, churrasqueira. Terreno c/ 497m². 280m da praia. R$ 380.000,00 2119 – JARD PÉROLA DO ATLÂNTICO Avenida Beira Mar 3, terreno 390m², casa térrea c/ 189m², 03 dorm. (suíte + social), 02 bwc (suíte + social), sala de estar e jantar, cozinha, despensa, mezanino, edícula com churrasqueira e garagem. PX: Prefeitura. DP: frente p/ o mar. R$ 450.000,00
2163 – BALNEÁRIO PAESE Rua 1040/1050, terreno c/ 480m² (15x32), casa em alvenaria, 220m², 04 dormitórios (suíte c/ closet + 03 quartos), 02 banheiros (suíte + social), ar condicionado, sala de TV, sala de estar, sala de jantar, cozinha c/ móveis planejados, lavabo, lavanderia, cisterna, garagem coberta p/ 03 veículos, churrasqueira. R$ 480.000,00 2100 – JARD PÉROLA DO ATLÂNTICO Ilha do Sol Residence. Edifício em fase final de construção, na Avenida Beira Mar 3, c/ áreas de lazer, piscina, vista permanente p/ o mar. Apartamentos com 03 dormitórios (suíte + 02 quartos), 02 banheiros (suíte + social), sala/copa/cozinha, varanda com churrasqueira. Condições facilitadas direto com a Construtora. A partir de R$ 498.000,00 2090 – BALNEÁRIO ESTRELAS Rua 1610, frente p/ o mar. 03 terrenos totalizando 1.032m² de área, sendo 28 metros de frente para o mar. Área total construída de aprox. 360m², c/ 05 dormitórios ao todo, ampla área de lazer. Localização mais que especial. PX: Panificadora Maykon. DP: frente p/ o mar. R$ 660.000,00 2052 – BALNEÁRIO N. S. APARECIDA Rua Joaquim F. de Souza, próx. esq. c/ Av. das Margaridas. Terreno c/ 360m², face leste. Amplo sobrado em alvenaria c/ 03 pavimentos, área total construída de 320m², 06 dorm. (02 quartos + 04 suítes), sala de estar, copa/cozinha, ampla área de lazer no térreo e no 3º pavimento. PX: Mercado Todo dia. DP: 250m. R$ 690.000,00 273 – BALNEÁRIO BRASÍLIA Rua Max C. Defendi, nº 98. Terreno c/ 360m², face leste. Sobrado em alvenaria, 304m², 06 dorm. (03 suítes + 03 quartos), sala de estar, sala de jantar, copa/cozinha, edícula, área de lazer com piscina e churrasqueira. PX: Rancho da Pesca, 3ª Pedra. R$ 850.000,00 2105 – BALNEÁRIO BRASÍLIA Rua do Príncipe esquina com a Rua 640. Prédio com 343,76m², sala comercial no térreo e apartamento duplex nos dois pavimentos superiores, com 03 dorm. (suíte + 02 quartos), 04 bwc (suíte + 03 sociais), sala de jantar/copa/cozinha, sala de estar, lavanderia, área de lazer com churrasqueira e linda vista para o mar. PX: “3ª Pedra” (Ponto Turístico). DP: 100m. R$ 850.000,00 2149 – BALN PRINCESA DO MAR Espetacular sobrado de frente p/ o mar, entre as Ruas 1620 e 1630. Terreno c/ 1.536m². Área total construída de 368m², 07 dormitórios (05 suítes + 02 quartos), 08 banheiros, sala de estar, sala de TV, sala de jantar, copa/cozinha, ampla área de lazer, piscina, garagem. PX: Mercado Empório Tropical. DP: Frente p/ mar. R$ 3.600.000,00
1249 – BALN MARILUZ LT 10, QD 55, terreno 384m² (12x32), Rua 1800. R$ 25.600,00 + 76x de R$ 601,90
1061 – LOTEAMENTO PRÍNCIPE LT 25, QD G, terreno 360m², próx. Merc. Príncipe. R$ 70.180,00 + 92x de R$ 991,43
1255 – SOUTH BEACH II LT 01, QD 13, terreno limpo c/ 425m² (17x25), relevo nível da rua, vias pavimentadas. R$ 33.385,00 + 85x R$ 1.385,00
1217 – BALNEÁRIO MARILUZ LT 17, QD 39, terreno 384m² (16x24), esquina, Rua 1810. R$ 72.000,00 à vista ou R$ 15.120,00 + 144x 595,00
1230 – BALNEÁRIO CAMBIJU LT 26, QD 50, terreno 360m², Av. Felipe Schimidt, p/ invest. R$ 37.000,00
1236 – BALNEÁRIO ITAPOÁ LT 06, QD 128, terreno c/ 480m², Rua Malvina Barbosa. R$ 75.000,00 à vista ou R$ 9.000,00 + 120x de R$ 1.189,00
1229 – BALNEÁRIO CAMBIJU LT 12, QD 44, terreno 360m², Av. Felipe Schimidt, próx. Rua 600. R$ 40.000,00 1169 | 1170 – BALNEÁRIO PRAIA DAS PALMEIRAS LT 08/10, QD 68, cada terreno c/ 384m². Rua 1970. R$ 50.000,00 cada 1246 | 1247 – BALNEÁRIO TOMAZELLI LT 08/09, QD 07, cada terreno c/ 388,60m². Rua 2770, p/ investimento. R$ 51.000,00 cada 1161 – BALNEÁRIO LONDRINA LT 10, QD 18, terreno 312m², esquina, Rua 2650, próx. área COAMO. R$ 55.000,00 1241 – BALNEÁRIO IMPERADOR LT 01, QD 46, terreno de esquina c/ 336m², pouca vegetação. R$ 55.000,00 1221 – BALNEÁRIO ITAPOÁ LT 12, QD 89, terreno 360m², Rua 1520. R$ 60.000,00 1251 – BALNEÁRIO ITAPOÁ LT 12, QD 116, terreno c/ 360m², Rua Ouro Preto (entre Ruas 1380 e 1420). R$ 62.000,00 1202 – BALNEÁRIO PALMEIRAS LT 03, QD 68, terreno 384m². R$ 62.000,00 av. ou R$ 13.020,00 + 144x R$ 512,36 1088 – LOTEAMENTO PRÍNCIPE LT 12, QD B, terreno 360m², próx. Escola GEES. R$ 63.720,00 + 86x de R$ 1.114,95
1237 – BALNEÁRIO PRINCESA DO MAR LT 02, QD 82, terreno c/ 464m², Rua Camapuá. R$ 75.000,00 à vista ou R$ 9.000,00 + 120x de R$ 1.189,00 1223 – JARDIM DA BARRA LT 01, QD 27, terreno 392m², esquina, Rua 1000, limpo, aterrado. R$ 79.000,00 1250 – BALNEÁRIO ITAPOÁ LT 02, QD 132, terreno 512m² (16x32), esquina, Rua Ouro Preto esquina c/ Rua 1330. R$ 80.000,00 1254 – BALNEÁRIO BRASÍLIA LT 17, QD 58, terreno 360m² (12x30), limpo, plano, demarcado, Rua 640. R$ 85.000,00 1235 – BALNEÁRIO FIGUEIRA DO ITAPOÁ LT 02, QD 09, terreno c/ 312m², p/ investimento, ao lado do Porto Itapoá. R$ 90.000,00
1199 – BALNEÁRIO SANTA TEREZINHA LT 01, QD 21, terreno 521m², esquina, zona retroportuária. R$ 125.000,00 1242 – BALNEÁRIO ITAPOÁ LT 09, QD 63, terreno 360m² (15x24), 450m da praia, relevo plano. R$ 125.000,00 1238 | 1239 – BALNEÁRIO VOLTA AO MUNDO I LT 11/12, QD 02, 1ª QD do mar, terrenos limpos, cada um com 364m², ao lado Condomínio Fechado South Beach. R$ 128.000,00 cada 1227 | 1228 – JARDIM PÉROLA DO ATLÂNTICO LT 08/09, QD 62, cada terreno c/ 450m², acima do nível da Rua, próx. Fórum. R$ 130.000,00 cada 1245 – BALNEÁRIO VOLTA AO MUNDO I LT 02, QD 09, 2ª QD do mar, terreno de esquina, faces leste/norte, pouca vegetação, com 462,50m², ao lado Condomínio Fechado South Beach, Rua 450. R$ 140.000,00 1248 – BALNEÁRIO ITAPEMA DO SAÍ II LT 10, QD 06, frente p/ Av. Dom Henrique II (asfalto), esquina, 2ª QD do mar, limpo, c/ 384m². R$ 170.000,00 1226 – BALNEÁRIO MARILUZ LT 01, QD 04, terreno c/ 620m², frente p/ mar, já possui licença p/ supressão de vegetação. Rua 1800. R$ 190.000,00
518 – SOUTH BEACH II LT 13, QD 13, terreno 360m², via pavimentada. R$ 98.000,00 av. ou R$ 9.800,00 + 144x R$ 1.126,31
1220 – BALNEÁRIO FIGUEIRA DO ITAPOÁ LT 20, QD 05, terreno c/ 528m², ao lado do Porto Itapoá. R$ 215.000,00
1253 – LOTEAMENTO PRÍNCIPE LT 01, QD “N”, terreno 460m², esquina, limpo, relevo acima do nível da rua, próx. Casa da Cultura. R$ 100.830,00 + 32x R$ 828,25
1047 – JARDIM PÉROLA DO ATLÂNTICO LT 16, QD 59, terreno c/ 450m², esquina, próx. Prefeitura, Rua 940. R$ 220.000,00
1231 – BALNEÁRIO ITAPOÁ LT 10, QD 130, terreno 384m², Rua 1430, limpo, aterrado. R$ 67.000,00
1243 | 1244 – BALNEÁRIO VOLTA AO MUNDO I LT 19/20, QD 03, 1ª QD do mar, terrenos limpos, cada um com 360m², ao lado Condomínio Fechado South Beach. R$ 115.000,00 cada
1210 – BALNEÁRIO MARILUZ LT 02, QD 39, terreno 384m², Rua Tijucas. R$ 67.500,00 av. ou R$ 14.175,00 + 144x R$ 557,81
1023 – BALNEÁRIO ITAPOÁ LT 04, QD 70, terreno 480m² (15x32), 400m da praia, limpo, relevo plano. R$ 120.000,00
1208 – BALNEÁRIO MARILUZ LT 06, QD 54, terreno 384m², Rua 1790, limpo, aterrado. R$ 70.000,00 av. ou R$ 14.700,00 + 144x R$ 578,47
1004 – JARDIM PÉROLA DO ATLÂNTICO LT 03, QD 65, terreno 450m², acima nível da Rua, próx. Fórum. R$ 120.000,00
1252 – PRAIA DO IMPERADOR LT 04, QD 03, terreno c/ 288m² (12x24), frente para o mar. R$ 225.000,00 1040 – BALNEÁRIO NASCIMENTO LT 05, QD 02, terreno c/ 714m², pertinho da praia, Rua 1810. R$ 230.000,00 1224 – JARDIM PÉROLA DO ATLÂNTICO LT 09/20, QD 59, terrenos c/ área total de 900m², limpos, aterrados. R$ 330.000,00 pelos dois lotes 1200 – BALNEÁRIO TOMAZELLI 07 terrenos na quadra 07, área total de 2.702m². R$ 430.000,00
MúsicO
Entre métricas, melodias, flows e levadas
Ana Beatriz Machado
A expressão “RAP” provém da língua inglesa, com o sentido de Rhythm And Poetry – traduzindo, Ritmo e Poesia. Este estilo é assim denominado porque mescla um ritmo intenso com rimas poéticas, integrando o cenário cultural conhecido como hip hop. No Brasil, este gênero vem se difundindo cada vez mais e lançando novos MC’s (os chamados mestres de cerimônia, que versam e rimam). Em Itapoá-SC, o estudante Jadiel Miotti do Nascimento, de 21 anos, vem batalhando por amor à música, letra e poesia no rap e, hoje, se tornou o Otti MC.
S
eu primeiro contato musical começou em família, especialmente com sua mãe, que canta desde cedo na igreja e sempre lhe incentivou a cantar. Já o contato com o rap veio um pouco mais tarde, através de seus irmãos
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mais velhos, que escutavam músicas do gênero. Durante o ensino médio, Jadiel conta que descobriu seu talento com as palavras nas aulas de português, onde falavam sobre poesia. “Assim como aconteceu com muitos outros, a arte me surgiu como refúgio, alcova particular
De Itapoá-SC, Jadiel Miotti do Nascimento se tornou o Otti MC.
que me auxiliava a vivenciar meus próprios dilemas”, diz. Jadiel, que é aluno do curso de Direito, recorda que no início da faculdade conheceu Daniel, um amigo que compunha rap com muito talento e lhe incentivou a criar seus próprios versos. A partir de então, ele pas-
sou a participar de batalhas de rimas na região, onde chegou a se consagrar campeão, e produziu e lançou duas músicas às mídias: “Chocolate e Avelã” e “Remanescente”. Com músicas de teor lírico e conteúdo poético, ele deseja levar amor e reflexão aos ouvintes. “Visualizou a minha evolução muito mais em meu trabalho e em mim, enquanto ser humano, do que propriamente com as conquistas obtidas por intermédio do rap, pois amadureci muito nos dois sentidos”, diz. Fã de rappers como Sabotage, Mano Brown, 2Pac e Eminem, Otti MC conta que, atualmente, músicas dos rappers Russ e Coruja BC1 não saem de sua playlist e estão lhe inspirando bastante. Conciliar os estudos com a música não tem sido fácil. De acordo com o estudante, isso se deve ao fato de que seu processo criativo nas composições está cada vez maior. “Isso me faz, em grande parte do tempo, deixar os estudos em segundo
do”, explica. Porém, para Jadiel, a maior dificuldade do cenário do rap é a falta de apoio, seja ele financeiro, para promoção e divulgação dos trabalhos, ou na questão de oportunidades. Ele explica que, como o cenário do rap no Brasil vem crescendo de maneira estrondosa, a visibilidade de um MC no início da carreira é muito baixa, e em um cenário bastante concorrido. “Na questão financeira, sempre que possível, meu pai me ajuda, o que é de grande valia. Mas, na maioria Otti MC quando foi campeão da das vezes, eu escrevo 8ª Edição da Central das Rimas - Joinville. minhas letras, crio minhas melodias, e ainda plano. Obviamente, minha mãe pago meus beats (batidas), e as não gosta muito disso (risos)”, produções de áudio e visuais”, conta. Sobre o preconceito com fala. Apesar das dificuldades, o rap, Jadiel fala que já notou ele afirma que algumas portas olhares ou comentários, mas, já lhes foram abertas, e que felizmente, nada mais que isso. continuará trabalhando para “Por levantar bandeiras pouco que portas ainda maiores se questionadas, de uma minoria abram. que sofre, o rap ainda carrega Para aqueles que desejam muito estigma por pessoas que entrar para o mundo do rap, não conhecem o ritmo e aplicam Jadiel aconselha: “Não será um a ele um julgamento premedita- caminho fácil. Mas persista nos
seus sonhos, afinal de contas, você é o único representante deles”. Estudar e praticar os elementos que compõe o rap, como métrica, levada, melodia e flow, também é uma dica para se tornar um rimador melhor. Mas, apesar do longo caminho, ele se diz satisfeito. “É muito bom ouvir elogios, críticas e sugestões de pessoas próximas ou, até mesmo, de outros estados. Através das rimas, pude ser gratificado com relatos de pessoas que disseram que minha música lhes motiva, lhes inspira ou embala seus relacionamentos amorosos”, conta. Jadiel, que nunca pensou em viver da música, conta que, ultimamente, esta ideia vem sendo cogitada. Para esse ano de 2017, Otti MC possui cinco projetos
musicais e videoclipes, e nos adianta que em março lançará uma nova música com a participação de seu amigo Patrick Hdk. Ele também pretende continuar participando de batalhas de MC’s para, quem sabe, garantir uma vaga para o Duelo Nacional de MC’s. Aos que acompanham o seu trabalho, Jadiel agradece e oferece a certeza de que sempre estará buscando evoluir em suas músicas. Para conhecer mais sobre seu trabalho, basta acessar a página Otti MC, no Facebook. “E se você não conhece muito o rap nacional, procure pesquisar”, fala o rimador, “pois existem várias vertentes dentro do rap e talvez alguma delas lhe agrade ou, melhor, mude a sua vida, assim como mudou a minha”.
Jadiel na produção de suas músicas, que têm teor lírico e conteúdo poético.
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CULTURA
Costumes, aldeia e sociedade pelos índios do Alto Xingu Ana Beatriz Machado
Mesmo no século XXI, a vida dos povos indígenas permanece cheia de mistérios, segredos e curiosidades. Através do índio Yawaritsawa Trumai Waurá – hoje, morador da Reserva Volta Velha, em Itapoá-SC – conhecemos seus pais, Amutua Waurá e Tuayaka Trumai, de passagem pelo município litorâneo do norte catarinense. O casal, representante legítimo do Parque Indígena do Alto Xingu, localizado no Mato Grosso-MT, nos revela alguns costumes e fala sobre a visão de aldeia e sociedade, segundo suas origens.
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O casal de índios do Alto Xingu, Tuayaka Trumai e Amutua Waurá, de passagem por Itapoá-SC.
O
Parque Indígena do Xingu engloba, em sua porção sul, a área cultural conhecida como Alto Xingu, formada pelos povos Aweti, Kalapalo, Kamaiurá, Kuikuro, Matipu, Mehinako, Nahukuá, Naruvotu, Trumai, Waurá e Yawalapiti. Em meio a essa mistura, certo dia, Tuayaka foi levada à aldeia de Amutua, onde se conheceram. Quando isso aconteceu, exatamente, eles não se recordam: “Antigamente, não havia a preocupação de nos apegarmos aos números. Por isso, não sabemos datas, nossas idades e essas coisas”, diz o índio Amutua. Naquela época, por serem de diferentes etnologias, a união entre eles era reprovada por seus povos, mas Tuayaka e Amutua venceram este tabu e se casaram. De acordo com o casal, a celebração indígena é realizada pelo cacique e o ato matrimonial consiste em amarrar a rede de dormir do “noivo” em cima da rede de dormir da “noiva”. A celebração da união de Tuayaka e Amutua durou dois dias de festa, com danças e rituais. Juntos, após juntarem suas redes, eles enfrentaram outra dificuldade: a comunicação. “Como éramos de aldeias diferentes e falávamos línguas diferentes, eu tinha difi-
O índio Amutua preparando seu fumo e, ao fundo, sua esposa Tuayaka.
culdade para entender o que ele dizia”, recorda Tuayaka. Até as três primeiras semanas de casados, a índia se comunicou com o parceiro, basicamente, através de gestos. Depois de aprenderem a língua um do outro, iniciaram as atividades do matrimônio: enquanto ela passou a preparar alimentos e confeccionar artesanatos, ele começou a pescar, caçar e executar os demais trabalhos da área rural. No Alto Xingu, o casal de índios mora em uma grande oca, junto de outros índios. “Todas as tarefas diárias, como ralar a mandioca, fazer o beiju (iguaria tipicamente brasileira, feita de polvilho de
mandioca-brava) ou o pirão de peixe, são revezadas entre os índios”, explica Amutua. Na vida de casados, os índios dormem dividindo a mesma rede e realizam parte das atividades juntos. No Alto Xingu, a formação da pessoa implica em períodos de reclusão. Amutua explica que, no caso dos homens, na reclusão pubertária, passam a receber sistematicamente ensinamentos sobre as técnicas de trabalho masculino e de luta huka-huka, um estilo de luta tradicional brasileira dos povos indígenas. “Quanto mais prolongada é a reclusão, maiores as responsabilidades sociais e liderança que se deve assumir na comunida-
de”, explica. Já a mulher, entra em reclusão ao menstruar pela primeira vez, quando aprende a executar tarefas que eles destinam às mulheres. Durante a sua reclusão, ela não corta os cabelos e sua franja cresce sobre os olhos. Ao final, ela recebe um novo nome e é considerada adulta, pronta para o casamento. Duas figuras importantes na organização da tribo indígena são o pajé e o cacique. Amutua é o pajé de sua tribo e explica: “O pajé conhece todos os rituais ensinados a ele, e recebe as mensagens dos espíritos através de seu guia espiritual. Ele também é o curandeiro, pois conhece muito de chás e ervas para curar doenças”. Para se tornar um pajé, ele conta que basta se sentir pronto para tal função e procurar um pajé mais velho que lhe doutrine. O pajé mais velho, por sua vez, o fará passar por uma rigorosa prova, um período de enclausuramento, onde o aprendiz se encontra, muitas vezes, em situações de risco de vida. Já o cacique faz o papel de líder, pois organiza e orienta os índios. Uma única aldeia pode ter vários caciques, cada um responsável por um determinado setor, como estradas, eventos e afins. As crianças da aldeia são cuidadas por todos e, desde
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Peças artesanais produzidas pelos índios com missangas, sementes, fios, entre outros.
cedo, são ensinadas a produzir artesanatos e obter o próprio alimento. “Os meninos são ensinados a fazer arco e flecha e a pescar cada vez mais longe, já as meninas são ensinadas a produzir esteiras, redes e pulseiras”, conta Tuayaka. As diversões dos pequenos índios são danças, esconde-esconde e brincadeiras na água, como a brincadeira “peixe e ariranha”, onde a criança que representa a ariranha nada até pegar as crianças que representam os peixes. Na cultura indígena, beleza é sinônimo de força e, por isso, os
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índios adultos se divertem praticando esportes e realizando competições de corrida, natação e huka-huka. Nas aldeias do Parque Indígena do Alto Xingu não há energia elétrica: a energia é obtida através de um gerador. Amutua e Tuayaka têm celulares, mas só fazem uso deles na cidade ou no centro da FUNAI (Fundação Nacional do Índio), onde há sinal da rede. Com a chegada de novas tecnologias, alguns costumes e parte da cultura indígena se perderam. Nesse contexto, os mais velhos temem perder aqui-
Amutua é pajé e, junto de sua esposa, faz o uso de ervas e fumos para atingir a espiritualidade.
lo que se sedimentou ao longo dos séculos e que faz a beleza e a especificidade Xinguana, justamente aquilo que eles reconhecem como tisuguhutue ou “o nosso costume”, e tisakisú ou “a nossa palavra”. Em contrapartida, os índios falam que, com o passar do tempo, houve algumas melhorias. “Antigamente, muitos povos eram extintos por conta de gripes, sarampo e catapora e, agora, há prevenção e tratamento para essas doenças. Também quando éramos jovens, não podíamos estudar. Hoje, temos um professor indígena que dá aula
dentro da aldeia”, conta Amutua. Quanto ao território, vale ressaltar que o Parque do Xingu foi criado em 1961 por Jânio Quadros, e foi a primeira terra indígena homologada pelo governo federal. Os irmãos Villas Boas e Darcy Ribeiro foram nomes que colaboraram de forma direta na implantação do projeto que visa defender as etnias existentes nestas terras. Atualmente, Amutua e Tuayaka são pais de oito filhos, que estão espalhados por São Paulo, Brasília, Santa Catarina (Yawaritsawa, morador de Itapoá), e
cinco deles permanecem na aldeia, no Mato Grosso. Quando deseja saber notícias dos filhos, Tuayaka pede para que o marido use seus saberes de pajé e, através de ervas e fumos, entre em contato com eles. À distância, fazendo uso da espiritualidade, Amutua sente as dores ou as alegrias dos filhos. Volta e meia, o casal viaja para visita-los, mas sempre retornam ao Xingu rapidamente. Para os dois, a vida na aldeia é de uma grande liberdade, uma vez que moram na beira do rio e têm como companhia as onças, as cobras, os macacos e outros animais, enquanto na cidade o
índio está sempre confinado a um pedacinho de terra. Mesmo sobre Itapoá, um município litorâneo e consideravelmente tranquilo, eles afirmam: “Alguns lugares da cidade são realmente bonitos, mas não gostamos deste barulho. Também não gostamos do fato de, na cidade grande, tudo girar em torno de dinheiro. Na aldeia, as negociações são na base da troca e ajuda ao próximo”. Por tudo isso, por suas especificidades culturais, pela natureza exuberante e pela vida na aldeia, é que o mundo indígena será sempre considerado por muitos um mundo religioso, místico e mágico.
Revista Giropop | Março 2017 | 25
Roteiros | montanhismo
Castelo dos Bugres: ideal para esportes de aventura
A trilha para o Castelo dos Bugres cruza várias vezes o rio e passa no seu leito em determinados trechos. Ana Beatriz Machado
O Castelo dos Bugres é assim chamado devido às tribos indígenas que existiam na época da colonização de Joinville pelos alemães, que chamam os índios de “bugres”. Com a construção da estrada Dona Francisca, os exploradores da época tinham que passar por esta região e muitas histórias relatam que existia uma tribo indígena que vivia lá, próximo deste aglomerado de pedras, conhecido hoje como Castelo dos Bugres.
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ara Alan Jacob da Rosa, diretor técnico e um dos fundadores do Grupo de Resgate em Montanha, de Joinville-SC, esta montanha atrai muitas pessoas por diversos motivos: “Por sua facilidade, boa sinalização, belas vistas e por atrair praticantes de vários esportes de aventura”. Alan conta que escalou o Castelo dos Bugres pela primeira vez em 2001, logo que chegou para morar em Joinville. “Achei uma montanha fantástica e, de lá para cá, já perdi as contas de quantas vezes voltei a este lugar”, fala. Por se tratar de uma montanha relativamente fácil e muito bonita, foi lá que Alan e sua esposa
Karin Galkoski da Rosa escolheram para iniciar sua filha Luna no montanhismo, quando ela tinha pouco mais de um aninho. “Ela nos acompanhou nesta montanha carregada em nossas costas, em uma mochila especial para carregar crianças. Adorou esta aventura e, em determinados pontos da trilha, quando parávamos para descansar e a retirávamos da mochila, ela queria ir caminhando na trilha”, recorda Alan. De acordo com o montanhista, o Castelo dos Bugres é uma montanha relativamente fácil para quem já é montanhista ou para quem pratica atividade física regularmente, porém, pode ser considerada difícil para uma
pessoa sedentária ou que não tenha a mínima noção do que é fazer uma trilha na mata, com subidas íngremes, barro, lama, atoleiros, etc. Ele também conta que uma das trilhas – conhecida como trilha do container, trilha nova ou trilha de cima – é considerada autoguiada, está bem aberta e sinalizada. “Nesta trilha, é praticamente impossível alguém se perder, até mesmo os mais leigos que estão indo pela primeira vez”, diz Alan. Já a trilha de baixo, também conhecida como trilha velha, é mais complicada para os iniciantes, sendo mais fechada, com alguns pontos confusos e, por cruzar várias vezes o rio e passar no seu leito em determinados
trechos, acaba fazendo com que os visitantes se percam. Neste local, Alan conta que existem dois mirantes de rocha, que são dois aglomerados com grandes rochas sobrepostas, onde algumas pessoas que conseguem escalar estes obstáculos podem ter uma melhor visão da cidade de Joinville, do Morro Pelado e do Pico Jurapê. Em dias de céu limpo é possível até mesmo ver o mar, mas aqueles que não escalarem estes mirantes também podem ter uma visão parecida. “Estes mirantes só devem ser escalados por pessoas com experiência e com uso de equipamentos de segurança, como cordas, cadeirinhas de escalada ou rapel e freios”, ressalta Alan. Além de montanhistas e escaladores, os aglomerados de rocha do Castelo dos Bugres também atraem os praticantes de rapel e highline (esporte derivado do slackline, que consiste em andar em uma vida sobre penhascos).
Por se tratar de uma montanha relativamente fácil e muito bonita, foi no Castelo dos Bugres que Alan Jacob da Rosa e sua esposa Karin Galkoski da Rosa escolheram para iniciar sua filha Luna no montanhismo, quando ela tinha pouco mais de um aninho.
A trilha para o Castelo dos Bugres cruza várias vezes o rio e passa no seu leito em determinados trechos.
O Castelo dos Bugres é uma montanha relativamente fácil para quem já é montanhista ou para quem pratica atividade física regularmente, porém, pode ser considerada difícil para uma pessoa sedentária.
Mais que as riquezas naturais, existem algumas histórias e lendas acerca do Castelo dos Bugres. “Os mais antigos contam que a tribo que lá vivia era muito valente e que, por várias vezes, houve confrontos entre ‘bugres’ e ‘homens brancos’. Eles falam que um dos grandes guerreiros dessa tribo, montado em seu cavalo, adentrou as fendas deste Castelo e seu espírito está até hoje eternizado lá dentro”, conta Alan. Para aqueles que desejam conhecer este local, por mais que seja uma trilha considerada tranquila, o montanhista recomenda que tomem os cuidados como qualquer outra trilha ou montanha, pois os riscos são praticamente os mesmos. “É bom lembrar que mudanças climáticas repentinas podem trazer tempestades e, com isso, existe o risco de hipotermia ou até mesmo de as pessoas se machucarem na trilha e não conseguirem mais caminhar”, diz Alan. Ele também aconselha as pessoas a evitarem visitar o local com grupos muito numerosos, pois se trata de uma região com trilhas bastante sensíveis e a degradação por excesso de pessoas vem aumentando todos os anos. Para preservação
ambiental do Castelo dos Bugres, as pessoas devem recolher seu lixo, não fazer fogueiras ou cortar árvores. Mais informações sobre Castelo dos Bugres Onde fica: Serra Dona Francisca, em Joinville – SC Primeira ascensão: Não há registro (provavelmente os índios) Altitude: 998 m Desnível: 148 m Comprimento da trilha: 4 km Duração: De 45m a 2h30m Temporada ideal: Entre maio e agosto, mas costuma receber visitação o ano todo. Como chegar: O acesso pode ser feito através de duas trilhas: uma nova, bem aberta, e outra mais antiga (original). A trilha nova se inicia entre os km 36 e 38 da SC-301, que passa em frente a um bar, onde existe uma borracharia e local para estacionamento dos carros. Já a trilha antiga tem seu início na SC-301, km 36, em frente ao traçado antigo da Estrada Dona Francisca, onde existe a borracharia, do outro lado do asfalto.
Revista Giropop | Março 2017 | 27
Por aí
Viajante a bordo: as dificuldades, lições e recompensas do trabalho em navio Ana Beatriz Machado
“Sempre gostei de viajar, louco é quem não gosta”, diz Pedro Wielewicki, de 22 anos, morador de Itapoá-SC. Adepto à filosofia de que devemos fazer nossas vidas valer a pena, após se formar na faculdade, Pedro encontrou no trabalho em cruzeiro a resposta para todos os seus desejos: obter experiência profissional, ganhar dinheiro, aperfeiçoar o inglês e, principalmente, explorar novos lugares. Para ele, ingressar na vida a bordo mistura vivências, culturas, dificuldades e, claro, muitos aprendizados.
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os 12 anos pelo recrutamento de Pedro já tripulantes. Eu fiz todo viajava soo processo pela agênzinho para cia ISMBR, mas há visitar outras agências muiseus tios, viajantes desto boas, também. Fiz se mundo afora, em Porduas entrevistas em to Alegre - RS. “Quando inglês por Skype e, em estava no Ensino Méseguida, realizei um dio, costumava ouvir de curso chamado STCW, meu pai que eu deveria que basicamente são dar uma chance para a os primeiros socorros vida a bordo, mas nunca para a vida no mar. Este parei para pensar securso dura cinco dias e riamente no assunto”, custa entre R$900,00 e recorda. Depois que se R$1300,00, dependendo formou em Gastronodo local. Há também os mia, deixou Itapoá e foi exames médicos que buscar experiência em variam entre R$400,00 São Paulo, onde se cone R$600,00, mas a comcentram os melhores panhia de cruzeiro faz Pedro Wielewick (à esquerda), de Itapoá, e seu restaurantes do país e do amigo Jones Wolker (à direita) trabalhando na o reembolso desses examundo, e onde trabalhou, mes. Fiz o novo passaporte cozinha, a bordo do Costa Fascinosa. por quatro meses, em um brasileiro, com validade restaurante japonês. Até que, você, arriscaria. Não custa ten- de dez anos, que custa cerca de certo dia, sua mãe compartilhou tar”. E assim ele o fez. R$250,00. Por fim, os custos com Para ingressar no trabalho a passagens aéreas e hotel que um link em uma de suas redes sociais dizendo que haviam sido bordo, Pedro narra o processo antecedem o embarque ficam disponibilizadas 500 vagas de de etapas e gastos: “Primeiro, por conta da companhia”. emprego em navios, e escreveu é preciso se cadastrar em uma Três anos de curso em Gasa seguinte frase: “Se eu fosse ou mais agências responsáveis tronomia, um ano e meio de cur-
Praça Plebiscito em Nápoles, na Itália.
so de inglês e alguns trabalhos na área era o que Pedro tinha quando fez o seu cadastro para trabalhar na cozinha de um navio. “Quando me selecionaram, fiquei bastante assustado. Eu nunca tinha estado sequer dentro de um navio e mal tinha experiência em cozinha. Não sabia o que esperar, se iria conseguir e se realmente valeria a pena” conta. No entanto, apesar de que saber inglês e ter experiência de trabalho contribui muito, Pedro afirma que não é o essencial. “Ter foco, objetividade, força física e mental é a chave para se trabalhar a bordo de navios de cruzeiro”, diz.
Marseille, na riviera francesa.
De acordo com Pedro, variando de uma companhia para outra, os contratos para brasileiros em navios vão de seis a oito ou nove meses. Em seu primeiro contrato, ele trabalhou oito meses em três semanas como 3rd Cook (terceiro cozinheiro). Já os itinerários mudam de navio para navio, assim como os cruzeiros em si. Ele explica que no Brasil eles duram nove dias, mas há os que durem sete, onze ou até mesmo quase vinte dias, que são os cruzeiros de travessia (o cruzeiro que faz Buenos Aires, na Argentina, até Savona, na Itália, dura dezenove dias, por exemplo).
Funchal, Ilha da Madeira, em Portugal.
Pedro considera as primeiras semanas como as mais difíceis, especialmente para quem nunca trabalhou a bordo. “Diferente do que muitos imaginam, trabalhar em cruzeiro não é glamoroso, começando pela língua. Você pode ser o maior expert em inglês que, mesmo assim, vai encontrar dificuldade ao embarcar. Viver em um local que mistura trinta nacionalidades diferentes significa muitos sotaques a bordo, uns deles mais difíceis de compreender, como o inglês falado pelos indianos e jamaicanos”, explica Pedro. A escala de trabalho é outro desafio, pois não há nenhum dia de fol-
ga. A bordo se trabalha todos os dias do contrato, no mínimo, de onze a doze horas por dia. Tudo isso, fora o fato do fuso horário. “Toda semana, trabalhando na temporada brasileira, tínhamos que nos adequar ao horário argentino”, recorda Pedro, “então, se você é do tipo que reclama muito do horário de verão, vai gostar muito menos de avançar e voltar uma hora toda semana, pior ainda na travessia do Brasil para a Europa, na qual avançamos cinco vezes o relógio, dia sim, dia não”. Mas, apesar do tempo para se adaptar ao ambiente, à língua e à rotina exaustiva, o viajante
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Pedro e seus colegas de trabalho, na cozinha do navio. A bordo, na temporada brasileira, ele conheceu a Praia de Búzios, no Rio de Janeiro.
ressalta que há muitas vantagens ao trabalhar a bordo. A primeira delas é ter o salário “limpo”. Brasileiros, em sua maioria, recebem em dólar. Não há gastos para acomodação, alimentação ou uniforme de trabalho (inclusive, a lavagem desses uniformes fica por conta da companhia de cruzeiro). Já nas horas de folga, é possível descer do navio e conhecer os lugares pelos quais ele (o navio) passa. “Foi a bordo
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que conheci lugares que jamais imaginei que conheceria tão cedo, desde Montevidéu, no Uruguai, até a Ilha da Madeira, em Portugal, e Ibiza, na Espanha. Isso, sem mencionar as várias festas que acontecem a bordo, com pessoas de diversos lugares do mundo, com costumes, hábitos e culturas diferentes”, conta. Entre todos os lugares visitados até o momento, os favoritos de Pedro foram Buenos Aires, na
Argentina, e Barcelona, na Espanha, “não ter criado expectativas ajudou muito, pois me surpreendi”, diz. Já no Brasil, a Ilha Grande e Búzios, no Rio de Janeiro, fizeram sua alegria. Para Pedro, a grande lição de trabalhar a bordo é a humildade. Ele conta que, com a experiência, aprendeu coisas novas, conheceu lugares e pessoas em diferentes circunstâncias, e aprendeu a dar ainda mais va-
lor às pessoas que o cercavam em terra e, também, em mar. “Dentro do navio tudo fica mais intenso pelo fato de estarmos trabalhando sob pressão, longe de casa e das pessoas que amamos”, fala, “por isso, não espere viajar para fora do país para ver o quanto são maravilhosas as belezas que possuímos a nossa volta, sejam elas as belezas naturais ou das pessoas”. Hoje, ele enxerga que nada foi em vão
Basílica da Sagrada Família, em Barcelona, Espanha, um dos lugares explorados por Pedro.
e que todo seu esforço e dedicação aos estudos valeram a pena: “Sou grato a minha família e a todos os professores que me ensinaram grande parte do meu saber”. A história de Pedro é baseada em sua experiência de um contrato como cozinheiro na Costa Crociere. Ele ressalta que, muito provavelmente, tripulantes de outras agências, compa-
nhias e nacionalidades possuem outra visão da vida a bordo. Para aqueles que têm a pretensão de se aventurar no trabalho em navio, Pedro deseja coragem e força. Ele também recomenda um grupo no Facebook chamado Crew Life, que reúne tripulantes, ex-tripulantes e futuros tripulantes – um bom começo para fazer amizades e tirar dúvidas. E aconselha: “A vida não é nada
O navio Costa Fascinosa, onde Pedro trabalhou.
fácil, mas não é tão difícil quanto parece. Vejo que muitas pessoas não possuem fé nelas mesmas e na própria capacidade, por isso, acredite em você”. Seja trabalhando a bordo ou em sua cidade, sempre que possível, Pedro explora novos lugares. Para o futuro, ele revela que não tem a pretensão de “fazer carreira” a bordo, mas deseja continuar a trabalhar
em navios. Seu próximo objetivo é migrar para o Canadá. Para acompanhar suas aventuras, basta segui-lo no Facebook (Pedro Wielewicki) e Instagram (@w_pedro_w). “Torço para encontrar mais tripulantes de Itapoá e região nesse mundão afora, para que também vivam essa experiência única e tenham suas vidas mudadas”, conclui Pedro, de Itapoá para o mundo.
Revista Giropop | Março 2017 | 31
Ainda na Alemanha
Castelo à beira do Rio Reno.
S
e você quer viajar e deseja segurança, conforto, excelente gastronomia, cidades lindas, organização e muita história visite a Alemanha e percorra o país de norte a sul, preferencialmente de carro. Estradas muito bem sinalizadas, sem perigo de se perder. Ao longo dessas estradas você passa por inúmeras cidades e aldeias pitorescas decoradas com todo jeito alemão. Dependendo da época do ano há muitas flores nas janelas, parques e praças, que fazem as
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Cidade da Rota Romântica.
paradas obrigatórias. Cafeterias aconchegantes são inúmeras para todos os gostos.Saborear as famosas tortas e doces alemães deve fazer parte de qualquer roteiro nesse país, cuja tradição gastronômica é uma das melhores. A Alemanha se torna o país mais marcante pelos contrastes, mistura o moderno com o medieval, vilarejos com grandes metrópoles, tecnologia avançada com o clássico. Antes de viajar procure estudar os vários roteiros, que o país oferece. Fazendo um bom
Loja em cidade da Rota dos Contos de Fadas
Loja em cidade da Rota dos Contos de Fadas
Cidade Medieval
Ruela da cidade da Rota Romântica.
Rota do Contos das Fada
Trajeto Rio Reno
planejamento garanto que você conhecerá muitos lugares lindos e com custo reduzido. O carro é uma boa opção para se economizar, uma das opções é parar onde se quer e pesquisar pousadas com café da manhã, que oferecem todo conforto e simpatia dos proprietários. Viajando de trem, que também é uma boa opção você terá que reservar um hotel antecipadamente para não correr o risco de chegar na cidade e não achar um local para repousar com bom preço. Um roteiro bonito e interessante é a chamada Rota Romântica. Começa na cidade de Würzburg e termina em Füssen. São trezentos e cinquenta quilômetros passando por cidades tipo “casinha de bonecas”, inúmeros castelos, vinhedos e paisagens de tirar o fôlego. Ao longo desse trajeto percebe-se
Casa Típica da Alemanha
o aspecto medieval mantido nas localidades. Outro roteiro fantástico é a viagem de ferry, espécie de bar-
co confortável que navega pelo Rio Reno oferecendo uma vista magnífica de ambos os lados. Castelos enfeitam o trajeto. Existe também o Roteiro dos Contos de Fadas que vai de Hanau até Bremen.Muito interessante e encanta adultos e crianças por ser a região, onde nasceram os Irmãos Grimm, autores de histórias infantis famosas e passadas de geração em geração. Hanau é uma das cidades medievais em melhor estado de conservação e a cidade grande mais próxima da Rota Alemã dos Contos de Fadas é Frankfurt. País culturalmente muito avançado. Existem aproximadamente trezentos teatros, centro e trinta orquestras e seiscentos e trinta museus. Portanto, viaje com sabedoria, planeje sua viagem e desfrute a aventura de viajar!
Revista Giropop | Março 2017 | 33
Itapoá e sua história (parte X)
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História não é o que passou, mas o que ficou do que passou.
asso a passo, graças a bem pensada revista Giro Pop, temos a possibilidade de fazer chegar a um grande número de leitores a surpreendente História de Ita-
poá. Cadenciamente o público leitor tem tomado conhecimento de episódios que nem sequer imaginavam, mas que foram importantes, pois extrapolaram as fronteiras brasileiras inserindo-se no contexto histórico mundial, graças a comunicação proporcionada por essa imensa e ramificada estrada Atlântica que Itapoá tem o privilégio de desfrutar. Atestam como guardiões do tempo e dos fatos essa afirmação, os artigos publicados e cuja sequência relembramos a seguir: Índios Carijós, primitivos habitantes aos quais é atribuído o topônimo Itapoá. Expedição do francês Binot Palmier de Goneville em 1504 levando consigo, ao retornar, o menino Içá-Mirim Formiga Pequena - filha do cacique Arosca. Comitiva de Alvar Nunez Cabeza de Vaca por 400 homens com desembarque na margem direita da Baía da Babitonga, e em seguida pelo Caminho do Peabiru, caminhada até Assunción no Paraguai, onde chegararam, após 130 dias. em março de 1542. A finalidade era garantir a posse das terras da Coroa Espanhola definidas pelo Tratado de Tordesilhas. Escravidão negra, triste capítulo de nossa história, porém com fortes reflexos na economia e na cultura da região. Experiência socialista prática de 1841, uma das primeiras no mundo idealizada e implementada pelo médico homeopata francês Benoit Jules Mure com o envolvimento direto no Império Brasileiro, incentivando e liberando recursos. Empreendimento francês de 1919 com fins comerciais tendo o casal Paix, o
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| Revista Giropop
qual perdurou até 1935, deixando um rastro positivo de viabilidade com escola, serraria, indústria de conservass arrozais e até mesmo uma estrada de ferro para o transporte de madeira da serraria até o porto. Recordados os tópicos já publicados retomemos a continuidade dos fatos que levaram ao desbravamento de Itapoá. Para tornar realidade o projeto Itapoá só havia uma alternativa, rasgar uma estrada que permitisse o trânsito regular por via terrestre. Fundamentados na inquestionável afirmação romana ‘’via este vita’’, ou seja, o caminho é vida, a vereda é necessária para vida, partem os corajosos e empreendedores para o lado prático do objetivo. Constatam, de pronto, que a magnitude da obra clamava por mais recursos e pessoas com aporte de capital. Com sua credibilidade em alta e sólida posição negocial junto ao mercado a S.I.A.P - Sociedade Imobiliária Agrícola e Pastoril Ltda atrai rapidamente novos investidores dispostos a correr riscos e integrar a organização. Para tanto o contrato social da S.I.A.P registrado na junta comercial de Santa Catarina em 10 de janeiro de 1957 é alterado e seu quadro social que tinha como sócio: Dórico Paese, Waldemar Ernesto Paese, Armando Colombo, Werner da Silva José Colombo e Geraldo Mariano Gunther, amplia-se com a inclusão dos senhores Ari Alcântara, Irineu D’Azevedo Cruz, Pedro Harto Hermes, Serafim Paese e Anévio Paese. Vale ressaltar que Ari Alcântara era um mega empresário do agro-negócio, tendo sido também deputado federal e pessoa da irrestrita confiança do então presidente Emílio Garrastazu Médici. Visando ajustes e o estabelecimento de
prioridades passam a ocorrer sucessivas reuniões técnicas para atender o desafiador projeto. No decorrer de uma das muitas e entusiásticas reuniões, um dos sócios recorda aos demais, o compromisso do governador Jorge Lacerda, recém-eleito, em relação a Itapoá. Isto é, de que daria o suporte necessário para que a iniciativa alcançasse êxito. As razões para a atitude do chefe de estado estava lastreada em saldar a palavra empenhada quando da campanha eleitoral pelo apoio recebido, mas também porque o plano desbravador daria notoriedade a sua administração. Outrossim, havia a preocupação de que, pelo posicionamento geográfico e não ocupação, Itapoá viesse a ser reivindicado pelo Estado do Paraná. Como é normal na busca de viabilidade abrangendo celeridade, na execução e visão futura com a finalidade de retorno dos investimentos com rentabilidade financeira, um dos sócios sugeriu que tendo em vista o montante de recursos disponíveis fosse deixado, nessa primeira etapa, o auxílio governamental Consensualmente apostam e optam por lançar mão do apoio estatal após a conclusão da estrada, empregando-o na urbanização da praia cuja demanda de recursos para transformá-la num balneário-modelo seria muito maior. Definida a estratégia firmam contrato com Waldemar Kentoop, empreiteiro e profundo conhecedor da região onde seria aberta a via. Prometemos novos detalhes dessa histórica façanha no próximo número da tradicional Giropop. O livro Memórias Históricas de Itapoá a Garuva encontra-se à venda na livraria oceano anexo Supermercado Brasão