Revista Giropop - Edição 63

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Editorial Incomparável. Talvez essa palavra resuma bem o município de Itapoá: incomparável por suas belezas naturais, incomparável por sua paz, incomparável pelos seus filhos e incomparável pelo seu potencial. Sim, em Itapoá falta isso ou aquilo. Em Itapoá, isso ainda não chegou ou aquilo ainda não aconteceu, é verdade. Mas, não raramente, esquecemo-nos que, no dia 26 de abril, nosso município completará 29 anos de emancipação política. Apenas 29 anos. Muito está por vir no município que dá seus primeiros passos. E é por esse mesmo motivo que a revista Giropop buscou, nesta edição comemorativa, explorar as grandes potencialidades e perspectivas da pequena Itapoá, como o mercado imobiliário, grandes empreendimentos e iniciativas que marcarão a Itapoá do futuro. Por último e não menos importante, a revista Giropop agradece ao município e aos seus filhos, os itapoaenses, que apoiam nosso trabalho e nutrem nossas páginas de histórias, mês após mês. Feliz 29 anos, Itapoá!

ÍNDICE RIVIERA SANTA MARIA | Empreendimento Riviera Santa Maria marcará a Itapoá do futuro MERCADO IMOBILIÁRIO | Um traçado sobre o mercado imobiliário no município de Itapoá TURISMO | Comerciantes desejam fazer da Barra do Saí a “Rota das Esculturas” INVESTIMENTO | Em Itapoá, empreendimentos de alto padrão são boas opções para quem deseja investir EMPREENDEDOR DO MÊS| Scor Net disponibiliza tecnologia de fibra ótica em Itapoá ENTREVISTA | PORTO ITAPOÁ Onde o crescimento desembarca PDITS | Plano de ações prevê estratégias para turismo sustentável de Itapoá ADOTE UM ATLETA | Gabriel Castigliola: Itapoá na rota do surf ARTE | Aos 94 anos, a artista Fina utiliza da pintura para expressar-se ITAPOÁ E SUA HISTÓRIA | Olhe as riquezas de Itapoá e vejam 2050 EMBARQUE | Continuando a viagem em Sydney, Austrália!

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RIVIERA SANTA MARIA

Empreendimento Riviera Santa Maria marcará a Itapoá do futuro

Irmãos Gunther em recente encontro familiar. Ana Beatriz Machado Pereira da Costa

Influente na história de Itapoá, a família Gunther sempre acreditou no futuro promissor do município. Além das contribuições passadas, os Gunther buscam, também, marcar a Itapoá do futuro. Estamos falando do empreendimento Riviera Santa Maria, um projeto da família, junto de outras empresas e empreendedores. Em entrevista à revista Giropop, os irmãos Pedro Silvano Gunther e Rubens Geraldo Gunther falam sobre a história de sua família, suas contribuições e, é claro, sobre este projeto inovador, moderno e sustentável, que promete grande impacto no município.

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Ida Ormeneza Gunther e Geraldo Mariano Gunther, os fundadores da IGG.

Qual a relação da família Gunther com a história de Itapoá? Nosso patriarca, Geraldo Mariano Gunther, foi um homem à frente do seu tempo. Advogado militante, político atuante (vereador, prefeito, deputado estadual), jornalista, proprietário do jornal “O Democrata”, de Concórdia (SC), e empresário visionário, sempre acreditou no futuro promissor do município. Costumava dizer que essa era a praia mais bonita do “sul do mundo”. Em 1956, sugeriu a Dórico Paese que investisse em Joinville (SC). Dórico liderava os empreendimentos da família Paese na criação de loteamentos urbanos e


Família Gunther em 1957, ano em que Geraldo e demais sócios da SIAP iniciaram o desenvolvimento de Itapoá.

vinha de uma bem sucedida experiência em Concórdia. Acreditando no potencial de Joinville, juntaram-se a outros empreendedores e fundaram, em janeiro de 1957, a SIAP – Sociedade Imobiliária Agrícola e Pastoril Ltda. Logo em seguida, Adalcino Rosa comentou com Dórico sobre a existência da praia de Itapoá, a qual só era acessada por barcos, a partir de São Francisco do Sul (SC). A “descoberta” de Itapoá animou o grupo a focar esforços nesse projeto e, como primeira tarefa, abriram os 8 km de estrada que faltavam para ligar a colônia Saí Mirim à praia. Os detalhes desse início de colonização de Itapoá estão muito bem descritos no livro “Memórias Históricas de Itapoá e Garuva”, de Vitorino Luiz Paese. Há quanto tempo frequentam o município? A partir de 1964 passamos a veranear todos os anos em Itapoá. O mês de janeiro era, exclusivamente, dedicado à praia. Morávamos em Concórdia e a viagem levava o dia inteiro, saindo de madrugada, em estradas precárias e, em certas épocas do ano, intransitáveis. A luz era a do sol e a água a da chuva. Somente anos depois vieram os fornecimentos de energia elétrica, água, telefone, asfalto, etc.

Veraneio da família em Itapoá, em 1964.

Rubens Geraldo Gunther e Pedro Silvano Gunther, Presidente e Vice-Presidente da IGG.

Vocês participaram ativamente da transformação política, social e econômica de Itapoá? Pedro Silvano e Rubens Gunther: Em 1964, nossa família apoiou a transferência do município de São Francisco do Sul para Garuva, em 1989, acompanhou a criação do município de Itapoá e, em 2003, a instalação da Comarca. Também, cedeu áreas para a construção dos Condomínios Solar do Atlântico, Vivenda das Palmeiras, Portal dos Mares e Cancun. Construiu espaços de lazer e convívio, como o Camping D’Itapoá (hoje, administrado pela Associação dos Funcionários da Prefeitura Municipal de Itapoá) e a casa de espetáculos

Primeira tentativa de lançar o loteamento Santa Maria, em 1969.

Maresia (hoje, Italama). Doou uma quadra para a Fundação Hermon, colaborou na viabilização do CTG Fronteira do Litoral e do Campo de Futebol. Apoiou o desenvolvimento urbano, cedendo área para a primeira estação de captação e tratamento de água e doando 60.000 m² para a instalação da nova Estação de Tratamento de Águas (ETA) e da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE). Em 2000, pagamos o asfaltamento da Avenida Brasil, no trecho compreendido entre o Tikay e o Condomínio Vivendas das Palmeiras. Já em 2011, assumimos o asfaltamento do Caminho da Onça, no trecho que corta a área, enquanto o Porto arcou com o custo do asfalto no resto da cidade.

60.000 m² doados pela família para a construção da Estação de Tratamento de Água de Itapoá.

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E quanto ao projeto do empreendimento Riviera Santa Maria? Quando começou? Quais as dificuldades iniciais? Em 1959, a família adquiriu duas glebas para desenvolver empreendimentos imobiliários. Dez anos depois, foi registrado o Loteamento Santa Maria e entregue sua abertura para a empresa Moreira Bastos, de Lages (SC), que não conseguiu completar o serviço. Pelas incertezas e dificuldades da época, o empreendimento não prosperou. As dificuldades associadas às demarcações e sobreposições de áreas inviabilizaram o loteamento e foi necessário um processo judicial de retificação e ratificação de divisas, que só foi concluído em 1999. Já entre 1995 e 2005, antevendo uma forma de urbanização mais própria para residências de veraneio, a família promoveu a implantação dos Condomínios Vivenda das Palmeiras, Solar do Atlântico, Portal dos Mares e Cancun, em regime de permuta por área construída. Contudo, apesar dos cuidados tomados para que as construções atendessem a todos os critérios técnicos e legais, a partir de 2003, o MPF (Ministério Público Federal) ingressou com Ações Civis Públicas (ACP) contra os Condomínios, contra a FATMA (Fundamentação do Meio Ambiente) e contra a Prefeitura de Itapoá, pedindo a anulação das licenças concedidas, com a ar-

gumentação, que até hoje não está superada, de que as construções se encontravam em Terras de Marinha e em Áreas de Proteção Permanente (APP), coberta de vegetação de restinga. Como se encontra a situação dessas Ações Civis Públicas? Estamos contestando judicialmente a demarcação da linha de preamar média de 1831 (LPM1831) por entender que ela foi realizada de forma ilegal, e contestando a classificação de proteção de vegetação de restinga por entendermos que a lei protege a vegetação associada ao acidente geográfico restinga e não genericamente a vegetação de restinga. Das quatro ACP’s, duas foram solucionadas através de acordo e outras duas continuam sem decisão até o momento. Desde a iniciativa de implantar o loteamento, nos anos 70, ao imbróglio jurídico ambiental originado na construção dos condomínios, o que vem sendo estudado? Fomos estudando alternativas e avaliando riscos. A família desenhou muitos projetos para a área, que sempre esbarraram na insegurança jurídica que entendíamos que só seria superada por um projeto transformador e que atendesse a todas as exigências legais, ambientais e fosse economicamente viável.

Área sobre a qual foi projetado o Riviera Santa Maria.

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Ilustração da concepção da Praia de Bambu.

Tivemos a felicidade de encontrar um grupo empreendedor e visionário, composto por engenheiros, administradores e advogados que se dispuseram a assumir o risco, em conjunto com a família, de implantar em Itapoá um projeto inovador, ambientalmente e socialmente responsável e economicamente viável, evitando “fazer mais do mesmo”. O grupo de desenvolvedores – formado por executivos que implantaram o Porto Itapoá, um conceituado empreendedor imobiliário de Curitiba, um arquiteto e um escritório de advocacia – assinou em 2011, com a IGG, empresa da família, um “Protocolo de Intenções” para o desenvolvimento e implantação do projeto Riviera Santa Maria, baseado no “Estudo Conceitual da Gleba”, elaborado pelo escritório de arquitetura do urbanista Jaime Lerner.

Desde então, o trabalho tem sido desenvolvido junto dos empreendedores? Estamos em intenso trabalho, contratando empresas de elevada capacidade técnica, como a AQUAPLAN, para elaborar o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e o respectivo Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), a VECTOR, para os projetos de infraestrutura, a IOCH, para o projeto elétrico, além do indispensável e qualificado suporte jurídico do escritório BRÜMMER ADVOCACIA. Todo o esforço está sedo feito para que quando obtivermos a Licença Ambiental de Instalação (LAI) não haja interrupção no desenvolvimento do projeto, que só se transformará em realidade quando tivermos a segurança jurídica necessária.

Masterplan que está sendo objeto de licenciamento ambiental.


Rubens e Pedro visitam Crystal Lagoon no Chile.

Há bastante informação no site rivierasantamaria. com.br a respeito do empreendimento. Mas gostaríamos que vocês falassem sobre os conceitos do mesmo. O projeto do Riviera é algo que só poderia sair da cabeça de um urbanista experiente como Jaime Lerner, com uma vida dedicada à administração de Curitiba (PR), além de trabalhos no planejamento de outras cidades. O que ele nos ensina é que devemos priorizar o deslocamento a pé ou de bicicleta e, consequentemente, diminuir o tráfego de veículos. Desenhou, então, um bairro, onde as pessoas possam morar, trabalhar, fazer compras, divertirem-se, sem grandes deslocamentos. O projeto abriga os conceitos de diversidade de usos e de renda, que servirá tanto para moradores quanto veranistas. E a Praia de Bambu – espaço de uso público onde ficarão lojas, restaurantes, uma alameda para pedestres e áreas de descanso e lazer – deve prover lazer e gastronomia para os moradores de outros bairros da cidade. As construções e o passeio terão cobertura de bambu, criando, assim, uma identidade própria, que servirá de ponto turístico para Itapoá. Além da Praia de Bambu, quais as outras inovações do projeto? Haverá um eixo comercial e de serviços públicos no Ca-

Rubens visita ponte de bambu em Bogotá, Colômbia.

minho da Onça para servir toda a cidade. Serão criadas duas pistas largas, com bastante área de estacionamento e ali se dará o trânsito entre os bairros vizinhos. Ligando o Caminho da Onça à Avenida Brasil, no centro do empreendimento, haverá uma rambla, que é uma avenida bem larga, com lojas, restaurantes e bares. Serão 12 km de ciclovias e muitas ruas exclusivas para pedestres. Os prédios residenciais serão menores na frente, para a Avenida Brasil, e maiores à medida que se distanciam do mar. Estão previstos apartamentos de 70 m² a 350 m², para acomodar a necessidade de diversos interesses e rendas. Há também um espaço previsto para lagoas cristalinas, cuja ideia é usar uma tecnologia chilena de tratamento de água, o que geraria um outro ponto de atração, com operação o ano todo, dentro do Riviera. Muito do que está no planejamento do empreendimento é resultado da experiência obtida pelos integrantes do projeto em viagens. Quais foram as suas principais inspirações? Em viagem ao Chile, conhecemos a já mencionada tecnologia de tratamento de água. São lagos que parecem verdadeiras piscinas, ideais tanto para banho quanto para prática de esportes aquáticos, a custo razoáveis. Em Cartagena de Índias, na Colômbia, pudemos

Pedro visita Jardim Botânico no Havaí.

ver formas eficazes de combate à erosão marinha. Estivemos também em Portugal, França e Mônaco, onde pudemos conhecer, além dos trabalhos de proteção da orla, a forma de ocupação das cidades. Já em Abu Dabhi, conhecemos a cidade sustentável de Masdar, com muitos conceitos interessantes de uso de energia e coexistência de moradias e escritórios. Por Cingapura, vimos o resultado do esforço de uma linha de governo que transformou um porto sujo em uma cidade de primeiro mundo. Os integrantes do grupo desenvolvedor, por seu turno, também conhecem diversos países e, a cada viagem, trazem importantes subsídios para o aperfeiçoamento do projeto do Riviera. Há muitas empresas e profissionais envolvidos no projeto? É um projeto complexo, que exige alta especialização e envolve alto risco. Atualmente, entre as empresas contratadas, os empreendedores e a família, temos cerca de 20 profissionais trabalhando no projeto. Na implantação, será dada preferência para empresas e profissionais de Itapoá, desde que atendam as pré-qualificações técnicas e os altos padrões de qualidade que o projeto exige. Além disso, estamos prevendo apoio na formação e qualificação de mão-de-obra para as necessidades futuras.

E o empreendimento tem ano previsto para lançamento? Todas as nossas previsões foram adiadas, pois não contávamos com a extrema burocracia envolvida no processo. Além das licenças municipais e estaduais, temos o acompanhamento do Ministério Público Federal que, apesar de não ser órgão licenciador, tem a prerrogativa de solicitar o embargo judicial de qualquer obra que supostamente agrida o meio ambiente. Então, estamos dando todos os passos necessários para prosseguir com segurança. De qualquer forma, nossa expectativa é que obtenhamos as licenças que faltam e o “sinal verde” do Ministério Público Federal ainda este ano. Vocês estão trabalhando para proporcionar um novo destino para o município. Em comemoração aos 29 anos de Itapoá, qual a mensagem final a todos os munícipes? Participamos da história de Itapoá há seis décadas. Somos testemunhas do progresso deste pedaço do paraíso e não temos dúvida que o município crescerá de forma ainda mais acelerada. A nossa maior realização, que vem somar com o trabalho de tantas outras famílias pioneiras, será a viabilização do Riviera Santa Maria, que vai contribuir para a grandeza de Itapoá. Estamos otimistas e acreditamos que a população vai orgulhar-se deste empreendimento.

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MERCADO IMOBILIÁRIO

Um traçado sobre o mercado imobiliário no município de Itapoá Ana Beatriz Machado Pereira da Costa

De um lado, a localização geográfica de fácil acesso, orla extensa e praias com 100% de balneabilidade; de outro, atividades portuárias cada vez mais expansivas. Aliados à ampla área territorial, todos estes fatores contribuem com o mercado imobiliário de Itapoá, que vem atendendo novas demandas. Em entrevista à revista Giropop, os Corretores de Imóveis Rodrigo Lopes Oliveira, Patrícia Claudino e Jerry Luís Sperandio falam sobre as mudanças e perspectivas do mercado imobiliário do município.

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Hoje, o mercado imobiliário de Itapoá comporta clientes que optam por imóveis à beira-mar ou mais próximos da praia.

tapoá não para de crescer. A chegada do Porto Itapoá e de outras empresas do ramo retroportuário abriram caminhos para que o município, até então fomentado pelo turismo da alta temporada, passasse a receber

moradores e investidores durante a baixa temporada – fato que, consequentemente, refletiu no mercado imobiliário do município. O Corretor de Imóveis Jerry Luís Sperandio comenta: “Com as atividades portuárias

localizadas em um extremo da cidade, a região turística de Itapoá não foi prejudicada. Estes fatores, aliados à ampla área territorial, possibilitam o atendimento de um público diversificado na área imobiliária, desde os veranistas que não


Rodrigo Lopes Oliveira é perito em avaliação imobiliária, corretor de seguro e corretor de imóveis da Imobiliária Rodrigo Lopes, cuja especialidade é a locação mensal. Reside em Itapoá desde 2003 e atua no mercado imobiliário desde 2008. Também, foi presidente da ACITA (Associação dos Corretores de Imóveis de Itapoá) durante quatro anos e vice-presidente por um ano.

dispõem de muitos recursos e compram imóveis mais afastados da praia, tendo também aqueles com maior poder aquisitivo, que optam por imóveis à beira-mar ou mais próximos da praia e, ainda, tendo os terrenos destinados à área de logística portuária”. Com o advento do Porto e outras empresas, Jerry afirma que muitos moradores de Itapoá conseguiram empregos formais e tiveram a

Patrícia Claudino atua como corretora de imóveis em Itapoá há onze anos. Desde 2014 possui seu próprio escritório, Patrícia Claudino Corretora de Imóveis, especializado em compra, venda e locação.

oportunidade de obter financiamentos. De acordo com o Corretor de Imóveis Rodrigo Lopes, a procura por moradia habitual, ou seja, pessoas que buscam a residência fixa no município, seja em função do emprego ou pelo desejo de empreender, vem sendo ainda maior que a procura por casas de veraneio. “Essa mudança no perfil dos clientes é bem nítida de uns

Jerry Luís Sperandio é corretor de imóveis e sócio da Sperandio Imóveis & Arquitetura. Sua família atua com imóveis em Itapoá desde 1994, sendo que a partir de 2008 através da constituição de Pessoa Jurídica. Formado em Tecnologia em Processamento de Dados e em Administração, Jerry atua na intermediação de compra e venda de imóveis em Itapoá e realiza, também, a elaboração de projetos arquitetônicos.

anos para cá. A estratégia do mercado é continuar agindo junto aos órgãos públicos para se adaptar a essa nova demanda, potencializar a vinda de novas empresas e novos moradores e, consequentemente, alimentar o mercado imobiliário de Itapoá”, fala Rodrigo. Nos últimos dez anos, outras mudanças foram percebidas pela Corretora de Imóveis Patrícia Claudino. Ela afirma

que, hoje, está iniciando-se a procura por imóveis de alto padrão e com arquitetura moderna – o tipo de negócio que sentia dificuldade para fazer antigamente. “O público também está mais exigente, seja em relação à localização ou ao acabamento do imóvel. As obras realizadas, falando ao grosso modo, ‘de qualquer jeito’, estão perdendo sua vez”, completa a corretora.

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Por ser um local de menor movimento, a Barra do Saí pode ser boa opção para quem deseja preços mais acessíveis e por possuir um número considerável de comércio nas imediações.

Melhores formas de investir Para Jerry, o maior volume de negociações concentra-se em residências de até R$ 150.000,00, porém, ele conta: “há um novo público surgindo, de adquirentes com poder aquisitivo superior e, por consequência, que procura por imóveis de padrão melhor e localização mais privilegiada, como à beira-mar”. Para atingir os programas habitacionais disponibilizados pelo governo, Rodrigo fala que muitas pessoas estão investindo em pequenos apartamentos ou casas geminadas, que podem custar, em média, de R$ 150.000,00 até R$ 180.000,00. E a Corretora Pa-

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trícia completa: “As moradias do programa Minha Casa Minha Vida estão cada vez mais em evidência. Noto que, hoje, muitos casais de jovens estão tendo a oportunidade de sair do aluguel e adquirir o próprio imóvel”. Ela fala que, além de moradias financiadas e casas de veraneio, investir em terrenos de até 300 metros de distância da praia também pode ser uma boa opção, uma vez que não dispõem de muita manutenção e têm boa valorização. Quando o assunto é a melhor região para investir, os Corretores de Imóveis afirmam que não há uma resposta definitiva, pois questões pessoais podem ser decisivas. “Itapoá

A região de maior procura continua sendo Itapema do Norte, em razão da consolidação dos comércios e serviços de educação, saúde, etc.

tem a vantagem de ter regiões distintas, com peculiaridades próprias. Há quem goste da Barra do Saí, por ser um local de menor movimento, outros preferem o Pontal, graças às águas tranquilas e ideais para a prática de esportes aquáticos, e assim por diante. Mas a região de maior procura continua sendo Itapema do Norte, em razão da consolidação dos comércios e serviços de educação, saúde, etc.”, explica Jerry. Para quem busca terrenos mais acessíveis do que Itapema do Norte, balneários como Itapoá, Princesa do Mar, Rainha, Barra do Saí e Mariluz são boas opções, já que possuem um considerável número

de comércios nas imediações. Assim como Jerry, Patrícia e Rodrigo concordam que o público investidor busca ficar perto tanto das praias quanto dos comércios, bancos e órgãos públicos. “Contudo, todos os bairros têm perspectivas de investimento, cada um deles com suas características. E essa é uma das vantagens do segmento imobiliário em Itapoá: o município atende praticamente todos os perfis”, diz Rodrigo. Atualmente, o valor do m² construído varia muito de acordo com o padrão da obra. Os profissionais afirmam que uma construção simples parte de R$ 1.300.00/m², enquanto as obras com mais refinamen-


A região do Pontal é famosa por suas águas tranquilas, ideais para a prática de esportes aquáticos, e das áreas retroportuárias.

tos podem alcançar até R$ 4.000,00/m². Destaque para as áreas retroportuárias, onde há grande especulação imobiliária, para as construções dentro de loteamentos fechados e, principalmente, para os imóveis localizados na Avenida Beira Mar 3, em Itapema do Norte, que figuram com maior valor de mercado no momento. Perspectiva para os próximos anos Todos os três Corretores afirmam que o ano de 2017 foi aquém da expectativa, pois percebeu-se que as pessoas que pretendiam adquirir imóveis tiveram cautela. Já o ano de 2018 começou agitado, com

muita procura e, também, com muitas vendas. “Acreditamos que com a redução na taxa de juros o mercado imobiliário irá retomar aos padrões de antes do início das crises política e econômica”, fala Jerry. Assim como seus colegas de profissão, ao olhar para o futuro, Rodrigo se diz muito positivo. “O mercado imobiliário de Itapoá é bastante promissor, pois ainda há muitas áreas disponíveis para investimentos, tanto na região urbana quanto na região rural ou, então, de serviços retroportuários”, conclui Rodrigo. Criada em Itapoá, Patrícia afirma que a cidade ainda está “engatinhando” e tem mui-

Com o Porto Itapoá e à chegada de outras empresas do ramo, o perfil do público imobiliário mudou. Hoje, além de veranistas, a cidade recebe demanda de novos moradores o ano todo.

to para crescer. “É a primeira praia catarinense para quem vem do Paraná, tem praias limpas e tranquilas, que agradam desde crianças até surfistas, possui natureza exuberante, tem duas opções de acesso, é bastante extensa e tem mais de 50 loteamentos, a maioria ainda pouco explorado: motivos para viver ou investir em Itapoá não faltam. A cidade é maravilhosa, apenas precisa de boas soluções e iniciativas, que não atravanquem em seu desenvolvimento”, fala a Corretora. Patrícia também aposta na ampliação do Porto Itapoá e na conclusão da obra que ligará a BR-101 com a SC-415 evitando, assim, congestionamentos no

acesso ao município. Jerry também acredita que há muita coisa a se fazer em Itapoá, principalmente na área de infraestrutura. Por fim, o Corretor conclui: “Com algumas melhorias, a tendência é que haja uma expansão em todos os sentidos: lazer, entretenimento, mobilidade, etc. Acreditamos e por isso estamos investindo em um futuro ainda muito promissor para nossa área de atuação, com geração de renda, obras diferenciadas e uma maior imigração de pessoas que buscam qualidade de vida, que deixam as cidades maiores para encontrar um lugar melhor parar criar seus filhos: Itapoá”.

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TURISMO

Comerciantes desejam fazer da Barra do Saí a “Rota das Esculturas”

Ana Beatriz Machado Pereira da Costa

Desde agosto de 2017 a Barra do Saí vem ganhando novos chamarizes turísticos: esculturas de concreto gigantes em formato de caranguejo, siri, tartaruga, cavalo-marinho, cotia e lagosta. O talento e as mãos por trás das obras são do potiguar Guilherme da Silva Ferreira, mais conhecido como “Índio Artesão”. Já a iniciativa de contratar o artesão partiu de comerciantes locais, que investiram nas esculturas com o intuito de embelezar a Barra do Saí, deixar a região mais atrativa e, também, impulsionar o seu negócio. Unidos em prol do turismo e da cultura, o grupo de comerciantes acredita no trabalho artístico de Índio Artesão e buscam deixar a região da Barra popularmente conhecida como a “Rota das Esculturas”.

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Norte. Eles recordam: “Durante a viagem, visitamos muitos pontos turísticos e três deles nos chamaram a atenção: eram três esculturas de caranguejos gigantes em frente a um bar. Nós nos olhamos e falamos um para o outro: ‘Itapoá precisava de algo assim, pois é disso que o turista gosta. Vamos fazer uma escultura dessa por lá?!’, mas a ideia acabou se esvaindo”. Anos depois, Juliano e Marineide retornaram a Natal, dessa vez, Da esquerda para a direita, Amanda Cristina, Thauani Zanetti acompanhados do casal e Guilherme Oliva Flores, da Imobiliária Juliano Oliva. Ao fundo, Julio Cesar Flores e Ieda o “Caranga”, a primeira obra do artista Índio em Itapoá. Adalina Flores (irmão nteriormente, na sua marca – e em Itapoá não e cunhada de Juliano), revista Giropop de está sendo diferente. Por isso, proprietários do Restaurante número 57, con- acreditamos que os motivos Oceano, também na Barra tamos a vida e a que o trouxeram ao município do Saí. “Quando retornamos obra do artesão litorâneo do norte catarinense ao local, a ideia de trazer o Índio, de Nísia Floresta (RN). merecem ser recontados. tal artista para Itapoá veio à Autodidata, possui mais de 3 Tudo começou em 2013, tona novamente. Nessa busmil trabalhos espalhados por quando o casal Juliano Oliva e ca incessante, localizamos todo o Brasil (em sua maioria, Marineide Cordeiro Flores, pro- suas obras pelo Google Maps, nos estados do Nordeste) e, in- prietários da Imobiliária Juliano telefonamos para restauranclusive, pelo exterior. Por cada Oliva, da Barra do Saí, conhe- tes de Natal e até buscamos canto onde passa, Índio deixa a ceram Natal, no Rio Grande do o número do celular de uma

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Em frente ao restaurante Oceano, Paula, Os proprietários Julio Cesar Flores e Ieda Adalina Flores pediram ao artesão que fizesse Ieda e César - filhos de Julio e Ieda. esculturas de um siri (forte do restaurante) e um cavalo-marinho (que funciona como ducha).

das proprietárias no Facebook, até que localizamos o Índio”, recordam Juliano e Marineide. O artesão, por sua vez, sentiu-se empolgado com o convite de trazer sua arte para Santa Catarina, uma vez que conhecer o Sul do país era um antigo desejo. Marineide conta: “Tamanha era a sua empolgação que levou quatro dias para chegar até aqui, de ônibus. Comentamos que nosso desejo era realizar uma escultura de um caranguejo em frente à imobiliária e que no inverno não tinham caranguejos em Itapoá. Então, ele trouxe em sua viagem um caranguejo de amostra dentro de uma caixa de gelo, pois queria ter perfeição em fazer um igual”.

Caranga e Sirigão, os precursores Chegando a Itapoá no início de agosto de 2017, o artista, finalmente, executou um trabalho em frente à Imobiliária Juliano Oliva: um caranguejo gigante, de 3,5 metros de comprimento. Em seguida, dedicou-se a um siri gigante, de 6 metros de comprimento, no Restaurante Oceano, próximo ao Rio Saí Mirim, considerando que o forte do restaurante são as casquinhas de siri. As obras foram batizadas carinhosamente pelo próprio criador de “Caranga” e “Sirigão”. A relação entre a família e o artesão tornou-se um laço forte de amizade e respeito. O casal Thauani Zanetti e Guilherme Oliva Flores, também

da Imobiliária Juliano Oliva, passou a auxiliar Índio com a divulgação de seu trabalho. Mais tarde, Guilherme foi convidado para ser seu assessor e, hoje, encara esse desafio como uma honra. “Com a beleza de suas obras, Índio trouxe muitas alegrias para Itapoá e para as cidades vizinhas, como é o caso de Paranaguá (PR), onde realizou um caranguejo de 7,5 metros”, comentam Thauani e Guilherme. Visto que as obras de Itapoá funcionavam como atrativos para o comércio e para toda a região da Barra do Saí, outros comerciantes adotaram a ideia, como, por exemplo, Isaías da Silva Bueno e Maria Helena Crepaldi Bueno, proprietários da loja A Paulistinha.

Trabalhos seguintes “Conhecemos Índio e sua arte enquanto ele trabalhava na construção do caranguejo em frente à imobiliária. Desde o início, ficamos muito interessados, pois aquele investimento atingiria grandes proporções para a Barra do Saí”, contam Isaías e Maria Helena, que optaram por uma tartaruga de 6 metros de comprimento e 2 metros de altura – obra que, mais tarde, ganhou até cenário pintado na parede da loja A Paulistinha. Fãs declarados do trabalho do artista, Julio e Ieda, do Restaurante Oceano, também o contrataram novamente em janeiro deste ano para fazer, dessa vez, um cavalo-marinho de 3 metros de altura, que fun-

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ciona como uma ducha ao ar livre. “Dependemos muito do turismo da cidade e notamos que a obra do Sirigão foi bastante eficaz, por isso, decidimos investir em mais uma atração”, explicam. A passagem de Índio pelo município foi prolongada ainda mais quando o casal Cecília Rosa Pereira e Osni Pereira, proprietários do tradicional Supermercado Cotia, investiu na arte do artesão. Diferente dos outros comerciantes, Osni e Cecília não seguiram a linha dos animais marinhos, mas, sim, do mascote que é “a cara” do seu negócio: uma cotia, com 3,5 metros. “Ficamos muito felizes em deixar a nossa Barra do Saí ainda mais linda pelas mãos desse artista sensacional”, comentam os proprietários do mercado que existe há 44 anos em Itapoá. Novidade a caminho Depois do caranguejo, do siri, da tartaruga, do cavalo-marinho e da cotia, a Barra do Saí está prestes a ganhar sua sexta escultura: uma lagosta de 4,5 metros de comprimento, que já está em construção – iniciativa da moradora Lúcia Cavaleiro, proprietária de alguns pontos comerciais da região. “Quando contamos nossa proposta, de transformarmos a Barra na ‘Rota das Esculturas’, Lúcia foi

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muito receptiva e acatou na hora. O bacana é que a o ponto comercial onde está situada a sua obra (onde ficava a antiga sorveteria Paviloche) está para alugar, o que valoriza ainda mais o imóvel”, explica Thauani, que trabalha como corretora de imóveis. Vale mencionar que Índio Artesão também executou outras esculturas Itapoá afora, como, por exemplo, a sereia, realizada para a loja Recanto da Sereia, e a concha, feita para o Restaurante e Hotel Pérola – ambas em Itapema do Norte –, e que, nessa pauta, as obras realizadas na Barra do Saí ganharam destaque graças à união dos comerciantes locais em prol de um objetivo comum. Resultados positivos Antes mesmo de concluídas, as esculturas de Índio já são motivos de especulação entre a população e viram registros fotográficos nas redes sociais. Para Osni e Cecília, do Supermercado Cotia, é muito importante essa valorização da Barra do Saí: “moramos aqui há 60 anos e ficamos orgulhosos ao ver nossa região sendo tão elogiada”. Responsáveis pela vinda de Índio ao município de Itapoá, o casal Juliano e Marineide fala: “assim como um dia visitamos Natal e nos encantamos com

Na loja A Paulistinha, a tartaruga, de 6 metros de comprimento e 2 metros de altura, é um sucesso.

as esculturas, hoje, os turistas visitam Itapoá e se encantam, também”. Para Guilherme e Thauani, a repercussão da obra superou as expectativas: “Tivemos um grande crescimento no movimento em frente à imobiliária, desde turistas querendo registrar sua passagem pelo município até escolas municipais que realizaram passeios nos pontos turísticos e pararam por aqui. Mas é importante lembrar que essas obras atingiram, inclusive, os próprios moradores de Itapoá, que sentiram-se mais motivados e orgulhosos do município onde vivem”. Assim como aconteceu no Restaurante Oceano, Isaías e Maria Helena, que residem e têm comércio em Itapoá há

cerca de 14 anos, também têm planos de trazer mais uma escultura para a loja A Paulistinha. “Quando divulgamos a imagem da tartaruga gigante nas redes sociais, sua repercussão se deu a nível mundial, encantando até mesmo pessoas de outros países, que conheceram o nome de Itapoá”, contam Isaías e Maria Helena, “recomendamos a qualquer comerciante que realize algum investimento nesse sentido, pois renova os ânimos, faz do seu comércio um ponto de referência e faz com que olhemos nosso município com muito mais amor”. Em todas as seis esculturas espalhadas pela Barra do Saí, tanto os munícipes quanto os


Mateus Alves de Lima, de Curitiba, posa em frente à escultura da cotia, em frente ao tradicional Supermercado Cotia.

veranistas se mostram curiosos e interessados. Perguntam como a obra foi feita, desejam saber mais obre o artesão, de onde ele veio e como se chama, elogiam o ponto turístico e, inclusive, os comerciantes que deram esse passo. “A riqueza de detalhes nas suas obras é o que chama mais a atenção das pessoas. E nossa intenção, desde o início foi essa: atrair pessoas e deixar um presente para Itapoá, mais precisamente para a Barra do Saí, em agradecimento pelo acolhimento dos moradores nativos, que sempre nos prestigiaram”, contam Juliano e Marineide, que residem no município há 35 anos e atuam no mercado imobiliário há 17 anos.

Barra do Saí A famosa Barrinha, como é carinhosamente chamada, possui muitos atrativos: faz divisa com o Paraná; é nela que o principal rio da cidade, o Saí Mirim, desemboca no mar e convida a todos para a prática de esportes náuticos; possui forte influência da cultura de pesca artesanal; a água do mar oferece boas ondas para a prática do surfe, e a praia deserta contrasta com o verde nativo do manguezal. Contudo, os comerciantes afirmam que faltava algo do porte das esculturas, que interagisse com a população e despertasse ainda mais seu interesse pela Barra – que ainda é conhecida como uma região pacata.

Nas palavras de Isaías e Maria Helena, “ninguém escolhe onde nascer, mas podemos escolher onde viver, e é preciso amar o lugar onde se vive”. E foi justamente esse amor que fez com que esse grupo de comerciantes investisse do próprio bolso nas esculturas, que fomentaram seus comércios e, consequentemente, agitaram o turismo e a cultura do município. “Vivemos e trabalhamos aqui há, aproximadamente, 33 anos, e não pretendemos deixar o lugar. Por isso, a importância de deixa-lo mais interessante e bonito, não pensando somente nos moradores e turistas, mas, também, nas próximas gerações”, falam Julio e Ieda. Assim como acontece no Nordeste do país, Índio Artesão vem fazendo história no município litorâneo do norte catarinense. O projeto, de fazer da Barra do Saí a Rota das Esculturas, é visto com bons olhos para os empresários locais. “Muita gente comenta ‘vamos para a Barra, lá tem esculturas gigantes!’ e isso valoriza nosso lugar, nosso trabalho e nossas pessoas. Já foram seis obras pela Barra do Saí, mas ainda contamos com o apoio de futuros comerciantes, que sejam tão apaixonados pelo lugar quanto nós”, completam Guilherme e Thauani, nativos

do município. Por fim, Índio, o artesão de mão cheia, se diz muito feliz em Itapoá, onde permanece até que surjam novas demandas de obras. “Esse é meu desafio: onde quer que eu chegue, observo a necessidade da comunidade e, unindo a minha arte à natureza, transformo e crio um novo vínculo entre turistas e moradores, crianças e adultos, apreciadores da arte e da natureza”, conta o artesão que, apesar das belas paisagens e dos grandes amigos que conheceu em Itapoá, sente falta da família, do cuscuz e do calor do Rio Grande do Norte. Mais que longos quilômetros de praias e belezas naturais, a Itapoá do futuro será lembrada, também, por abrigar a Rota das Esculturas. Para saber mais sobre a vida e obra de Índio Artesão, acesse a página www. facebook.com/artistaindio (Índio Artesão) ou entre em contato através do número (47) 99938-4368. Não deixe de conferir as obras do artista Itapoá afora. E é bom lembrar: seja morador ou turista, respeite as placas e não suba nas esculturas, afinal, é um patrimônio público que deve ser preservado por todos.

Revista Giropop | Abril 2018 | 17






INVESTIMENTO

Em Itapoá, empreendimentos de alto padrão são boas opções para quem deseja investir Ana Beatriz Machado Pereira da Costa

“Valorizar pessoas, não apenas bens materiais” é um dos lemas da Grassi Zappelini Empreendimentos, empresa com mais de dez anos de expertise na área de construção civil e pioneira na construção, incorporação e gerenciamento de obras de alto padrão em Itapoá Com transparência e ética, os sócios André Zappelini, Sergio Rodrigo Grassi, Alisson Grassi e Gerson Grassi buscam a excelência, a fim de impulsionar novos investimentos e contribuir com a qualidade de vida daqueles que frequentam o município.

P

recursora no conceito de imóveis de alta qualidade em Itapoá, a empresa Grassi Zappelini Empreendimentos é uma construtora e incorporadora de imóveis, que realiza gerenciamento de obras, com foco na construção de imóveis de médio a alto padrão à beira-mar. Foram mais de 70 obras concluídas nos últimos dez anos, das mais diversas características: residências unifamiliares de alto padrão, prédios residenciais e comerciais, além de obras públicas de galerias de águas pluviais, escolas e auditórios. Mas, as principais referências são os prédios Jardim do Mar Residence, na região do Rainha, Quinta Poá, no bairro Itapoá, o Espelho D’água Residence e o Ilha do Sol Residence, ambos construídos na Avenida Beira Mar 3, em Itapema do Norte. A Grassi Zappelini conta com mais de vinte profissionais, entre eles empreiteiros, equipe de hidráulica, elétrica e pintura. “Toda a equipe de execução é treinada e com larga experiência na realização dos diversos serviços que compõem todo o processo construtivo. Temos buscado colaborar ao máximo dentro de uma cadeia que emprega muitas pessoas”, comenta Sergio, um dos sócios da empresa. Sendo a construção civil um segmento que exige cada vez mais profissionalismo, a equipe considera que todos os processos de um 22 | Abril 2018 | Revista Giropop

Foto: Aham Filmes

Conforme a empresa Grassi Zappelini Empreendimentos, não existe investimento mais seguro e rentável do que os imóveis e, em especial, os apartamentos à beira-mar.

empreendimento são importantes. O sócio André Zappelini afirma: “Buscamos a qualidade da obra, desde a fundação até o acabamento final. Adotamos, também, uma forma de gerenciamento que prioriza segurança, prevenção de acidentes, organização e limpeza, o que reflete diretamente na qualidade de execução e na minimização de desperdícios”. Investindo em Itapoá Segundo André, o perfil de clientes da Grassi Zappelini Empreendimentos concentra-se, especialmente, em profissionais liberais ou empresários, que reconhecem a solidez e valorização de investirem em imóveis, e que buscam qualidade de vida no litoral. De Campo Grande (MS), Salah Hasan e família investiram em uma unidade no Ilha do Sol Residence. Ele conta: “Depois de anos passando as férias em Itapoá, nos identificamos cada vez mais com o município, sua tranquilidade e águas limpas. Optamos por investir aqui, pois acreditamos no crescimento ordenado da cidade e na valorização do imóvel”. O casal Edgar Vidotti e Lísia Fernanda Kato Vidotti, de Arapongas (PR), frequenta o município há cerca de oito anos. “Somos uma família de quatro pessoas e costumávamos alugar casas para curtir Itapoá, pois sempre gostamos de suas belezas naturais, águas limpas e seu povo acolhedor. Até que, um dia, passamos em frente à

construção do Ilha do Sol Residence. Ficamos encantados com o prédio e com o atendimento da equipe, então, fizemos do local o nosso cantinho em Itapoá”, contam. Também, Humberto Betti Santana e família, de Paranavaí (PR), veranistas de Itapoá, enxergaram nas belas praias uma sensação de satisfação e segurança e, por isso, investiram junto da empresa Grassi Zappelini. Bem como a família de Roberto da Rocha Ferreira, de Curitiba (PR): “frequentamos o município há mais de trinta anos, pois gostamos muito de suas praias”, comenta Roberto, que adquiriu uma unidade no Espelho D’água Residence. “Essa decisão de compra se deu, inicialmente, para investimento, pois acredito no município novo, mas, à medida que a obra foi ficando pronta, toda a família se encantou”, completa o veranista. Novos lançamentos Atualmente, o foco da empresa está na construção do Tamarindo Beach Front e do Pedra Poá – ambos localizados na Avenida Beira Mar 3, em Itapema do Norte. Todas as unidades serão de frente para o mar, com três quartos, suíte, ampla varanda, elevador, espaço gourmet, duas vagas de garagem, entre outros diferenciais. De acordo com André, a obra do Tamarindo Beach Front tem previsão de entrega para março de 2019. Já o Pedra Poá

ainda não possui previsão de entrega, mas seus apartamentos (que serão um pouco menores do que os outros empreendimentos) irão custar em torno de R$ 350.000,00, sendo uma ótima opção para investidores. Para o futuro, os profissionais desejam crescer junto com a cidade, de forma sustentável, oferecendo ainda mais qualidade de vida aos seus moradores. “É importante também que a administração pública dê mais atenção ao segmento de construção civil, afinal, trata-se da principal atividade econômica e também da que mais emprega em nosso município”, fala André. Dentre tantas características que marcam o trabalho da Grassi Zapellini Empreendimentos, a principal delas é o compromisso com seus clientes e colaboradores. Por fim, André, em nome de toda a equipe, conclui: “Não existe investimento mais seguro e rentável do que os imóveis e, em especial, os apartamentos à beira-mar. Mas, é importante ressaltar que, antes mesmo de valorizar imóveis, buscamos valorizar pessoas, trabalhando sempre com respeito, transparência e ética”. Para saber mais sobre o trabalho e lançamentos da Grassi Zappelini Empreendimentos, ligue para (47) 3443-6064. A empresa fica localizada na Avenida Celso Ramos, número 560, no Balneário Cambijú.



EMPREENDEDOR DO MÊS

Scor Net disponibiliza tecnologia de fibra ótica em Itapoá

Ana Beatriz Machado Pereira da Costa

Sendo a primeira empresa a fornecer internet em Itapoá, a Scornet cresceu junto ao desenvolvimento do município. Hoje, o proprietário Marcos Scortegagna aposta em novas tecnologias, a fim de que toda a comunidade itapoaense enriqueça sua experiência de navegação no mundo digital. Agora, a novidade é a fibra ótica – tecnologia de ponta, que permite alta velocidade e chegará a todas as regiões do município até o final de 2018.

N

o município de Garuva (SC), Marcos possuía uma loja de informática. Em busca de novas oportunidades, mudou-se para Itapoá no ano de 2006, onde fixou sua loja de informática e entrou no ramo da internet. “Na época, oferecia e instalava antenas caseiras, até que notei uma demanda muito maior para internet do que para informática”, recorda. Assim sendo, legalizou a empresa junto da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e, então, em 2011, foi criada a Scornet – a primeira empresa a fornecer internet em Itapoá. Com o passar do tempo, outras empresas da área instalaram-se no município, o que fez com que a equipe investisse em tecnologia e buscasse diferenciais. Josiane Massaneiro, que trabalha ao lado do esposo Marcos desde 2011, recorda: “investimos em uma torre na região do São José, que hoje é nossa torre principal e, a partir daí, a demanda só aumentou”. Sendo uma empresa “de Itapoá e para Itapoá”, a Scornet cresceu e aprimorou seus serviços junto ao crescimento do município. Conforme o consultor de internet e sócio da empresa Nivaldo Braga Filho, a Scornet acompanhou o surgimento de novos loteamentos habitados, novos públicos e novas demandas para Itapoá. Hoje, além de preço e dos vinte distribuidores espalhados estrategicamente pela cidade, a empresa tem como diferencial o escritório e atendentes fixos em

24 | Abril 2018 | Revista Giropop

O casal Marcos Scortegagna e Josiane Massaneiro, da Scor Net, empresa pioneira em internet em Itapoá.

para todos os munícipes. Em comparação com a internet via rádio (disponibilizada de 1 a 10 megas), a internet de fibra ótica apresenta inúmeras vantagens, como, por exemplo, a disponibilidade de até 50 megas. Segundo a equipe, a fibra ótica funciona com um cabo composto por um núcleo (filamento de vidro), que é revestido por um material isolante de ondas eletromagnéticas. Por isso, é um material que não sofre interferências de ondas eletromagnéticas de outras redes. O principal benefício dessa tecnologia é oferecer uma internet de alta velocidade, sem falhas de sinal e com 100% de upload. “Consequentemente, nossos clientes terão uma qualidade de navegação muito mais satisfatória, sem se preocupar com quedas frequentes de conexão e baixa velocidade. Tudo isso, para enriquecer sua experiência de navegação no mundo digital”, fala Marcos. Nivaldo, Rodrigo, Mara, Robson, Paulo Marcelo e Cristiano - parte da equipe da Scornet Itapoá.

Itapoá, o que facilita e oferece rapidez no momento de instalação ou de manutenção da internet. Além do município litorâneo do norte catarinense, a Scornet possui filial no município de Tijucas do Sul (PR), em São Francisco do Sul (SC) e atende parte de Guaratuba (PR). Tecnologia de fibra ótica Novamente, a Scornet é pioneira em Itapoá: dessa vez, além da internet via rádio, está trazendo a tecnologia da fibra ótica

Após chegar ao bairro Samambaial, a internet de fibra ótica vem sendo distribuída da Rua do Príncipe até a região do Saí Mirim. Também, a equipe trabalha com base no plano de revitalização da Avenida André Rodrigues de Freitas e tem a pretensão de expandir essa tecnologia de ponta por toda a Itapoá até o final de 2018. Por fim, o proprietário Marcos conclui: “Agradecemos aos nossos clientes, às famílias e empresas que confiam em nosso trabalho. Ficamos honrados e satisfeitos em fazer parte da história e poder agregar ao município”.



ENTREVISTA | PORTO ITAPOÁ

Onde o crescimento desembarca te cenário exige muito foco no relacionamento com o cliente, planejamento estratégico e eficiência operacional. Essas três condições têm um elemento em comum: as pessoas, que precisam estar motivadas diariamente e acreditando verdadeiramente no valor de seu trabalho para a empresa e para elas mesmas.

Ana Beatriz Machado Pereira da Costa

A cada embarque e desembarque de navio, Itapoá prova seu crescimento: se tornou um dos grandes polos logístico-portuário do país. Isso se deve à atuação do Porto Itapoá, empreendimento que desde 2011 tem proporcionado grandes mudanças à cidade. Sendo um dos mais modernos e eficientes da América Latina, em 2014, por exemplo, o Porto Itapoá foi considerado o melhor terminal portuário na avaliação dos usuários, conforme pesquisa realizada pelo Instituto de Logística e Supply Chain (Ilos). No mesmo ano, a pesquisa realizada pelo jornal Valor Econômico mostrou que foi o único porto do país a figurar entre os melhores em Gestão de Pessoas. Na edição comemorativa ao 29º aniversário de Itapoá, essa grande potência não poderia ficar de fora. Em entrevista à revista Giropop, Cássio Schreiner, presidente do Porto Itapoá, fala sobre a preocupação ambiental, o desenvolvimento, as perspectivas e os projetos, como, por exemplo, o projeto de expansão do terminal. Giropop: Para iniciarmos nossa entrevista, gostaríamos que falasse sobre seu currículo e há quanto tempo atua como presidente do Porto Itapoá. Cássio Schreiner: Nasci em Canoinhas, no Planalto Norte de Santa Catarina, em 1971 e, com alguns meses de vida, meus pais mudaram-se para Medianeira, no oeste do estado do Paraná, onde vivi até 1991. Nesse ano mudei para Curitiba (PR), onde concluí a universidade em 1993 (havia iniciado ainda em Foz do Iguaçu em 1989). Sou bacharel em Ciências Contábeis pela Fundação de Estudos Sociais do Paraná e Pós-Graduado na Universidade de São Paulo (USP) em Finanças em Controladoria. Ainda cursando a universidade em Curitiba, ingressei, em 1991, em um programa de Trainee na PwC (PricewaterhouseCoopers), onde segui a carreira de auditor independente, tendo sido transferido para São Paulo em 1996. Em 2004, já como Senior Manager, saí da PwC e assumi a Gestão de Controladoria Corporativa da Votorantim Cimentos, atuando até 2007, quando fui transferido para a Votorantim Metais, onde assumi a Gestão de Finanças e Controladoria, permanecendo nesse Grupo até 2008. Em 2009, assumi a Diretoria de Administração e Controladoria da Louis Dreyfus Bioenergia (atualmente BIOSEV). No segundo Semestre de

26 | Abril 2018 | Revista Giropop

Cássio Schneider é presidente do Porto Itapoá. Em entrevista à revista Giropop, fala sobre os projetos e perspectivas do empreendimento que mudou Itapoá.

2010, recebi o convite para assumir o posto de Executivo de Finanças da Seara Alimentos (Grupo Marfrig), onde atuei como CFO – Chief Financial Officer até 2013. Neste ano, fui convidado a assumir como CFO no Porto Itapoá. Em março de 2017, assumi interinamente o cargo de Presidente, tendo sido oficialmente nomeado em outubro de 2017. Giropop: O terminal portuário itapoaense apresentou rápido crescimento e avanço, mesmo em tempos de crise. O que você, enquanto presidente, tem a dizer sobre isso? Cássio Schreiner: O Porto Itapoá é um projeto novo, tendo em comparação a estrutura portuária brasileira e, nesse sentido, os idealizadores do projeto sabiam onde e como poderíamos explorar nossos diferenciais competitivos. Sem dúvida, a Baía da Babitonga é um desses diferenciais, contudo, outros aspectos inerentes à operação do Terminal são determinantes para o rápido crescimento do porto e motivadores para que a empresa iniciasse sua expansão. Podemos destacar o investimento frequente e prioritário em pessoas, segurança e tecnologia. Atualmente, o mercado portuário brasileiro está repleto de empresas altamente qualificadas e tão eficientes quanto o Porto Itapoá. Concorrer nes-

Giropop: Recentemente, o assunto que vem sendo colocado em pauta é a ampliação do Porto Itapoá. Em qual fase a ampliação se encontra? Cássio Schreiner: Iniciamos nossa operação em junho de 2011, cujo pátio tinha capacidade de movimentação de 500 mil TEUs por ano (Twenty-foot Equivalent Unit ou TEU é uma unidade equivalente a 20 pés, medida padrão utilizada para calcular o volume de um container). Em menos de dois anos essa capacidade já havia sido superada. A expansão do terminal sempre esteve presente na estratégia do Porto Itapoá, no entanto, se viu a oportunidade de antecipar este projeto e, em 2013, demos início aos trâmites para a sua realização. As últimas licenças necessárias para o início das obras foram conquistas em outubro de 2016 e, em novembro de 2017, a primeira parte do pátio (60 mil m²) estava concluída. A área adicional desta fase – mais 40 mil m², completando 100 mil m² de pátio – incluindo mais 170 metros de píer, deve ser finalizada ainda no primeiro semestre deste ano. Essas dimensões possibilitarão ao Porto Itapoá uma capacidade de movimentação de 1,2 milhões de TEUs por ano. Giropop: Quais as pretensões do empreendimento com essa expansão? Cássio Schreiner: O objetivo da expansão do terminal é ser um agente de desenvolvimento regional, estadual e nacional. Sabemos que o investimento em logística de transporte é uma condição indispensável ao desenvolvimento de qualquer nação. Há muito tempo o Estado tem demonstrado dificuldade em contemplar essas demandas de investimentos de forma ampla e eficiente. Ao abrir o mercado para investimentos privados se criam oportunidades para compensar esses gargalos e, no Brasil, todos os investimentos privados no setor portuário têm se destacado com crescimento exponenciais a cada ano, gerando desenvolvimento, emprego, arrecadações e girando a economia de forma sustentável. Caso a economia do país retome o crescimento, o que é esperado a partir deste ano, a demanda por portos, aeroportos, rodovias, produção energética e toda uma gama de infraestrutura de base serão necessárias e, ainda falando de Brasil, todos esses itens ainda precisam de muito mais investimento para equivaler a perspectiva de crescimento esperada para os próximos 5 a 10 anos.


Giropop: Para dar início à obra de ampliação, a empresa compensou com uma área ambiental 10 vez maior que o número exigido. Como você enxerga a importância desse comprometimento com a sustentabilidade e, também, dessa área ser concentrada dentro do próprio município? Cássio Schreiner: O Porto Itapoá sempre foi parceiro do município. Desde a concepção do projeto, lá na década de 1990, nunca deixamos de estar presente nas demandas municipais. Itapoá é um caso atípico no que se refere à infraestrutura portuária e, por este motivo, o terminal, enquanto empreendimento, precisou mobilizar uma série de projetos para dar vazão à concretização do Porto Itapoá. Falamos aqui de estradas, energia elétrica, definição exata de áreas, plano diretor, entre outros projetos ligados ao meio ambiente e desenvolvimento social. Especificamente, sobre a compensação exponencial do Porto Itapoá junto à Reserva Volta Velha, aqui no município, foi uma decisão que equilibrou um dos objetivos estratégicos do terminal que é de gerar valor ambiental local, bem como de compensar, de fato, uma área de mata atlântica suprimida para construção do porto. Essa ideia existia desde 2013, quando foram iniciados os trabalhos do EIA (Estudo de Impacto Ambiental). Ao ser aceito e recomendado de forma especial pelo IBAMA, demos sequência às negociações pelas áreas e definição dos agentes responsáveis pelo manejo e gestão da referida reserva. Hoje, a área de reserva do Porto Itapoá é uma das maiores RPPNs privadas do país, inserindo o município de Itapoá dentro de um rol muito exclusivo de municípios com essa característica de valorização ambiental através da iniciativa privada. Giropop: O projeto para solucionar o problema originário no trevo de intersecção da rodovia SC-417 e o Contorno de Garuva, no qual o Porto Itapoá e outras empresas atuam junto à Prefeitura de Garuva, também é de interesse de muitos. Como investidor da região, o Porto Itapoá é um dos parceiros que buscam adequar a obra? Cássio Schreiner: O caso do trevo de contorno de Garuva é emblemático. Todos os envolvidos entendem que a obra é de interesse público, tanto que foi idealizada pelo Governo do Estado. Porém, os equívocos – sejam de projeto ou de execução – demoram para ser contornados em função de ter que voltar a ser mapeados pela estrutura do Estado e, assim, quase que uma nova obra precisa ser criada para sua concretização. Neste cenário, a Prefeitura de Garuva procurou o Porto Itapoá ainda no final de 2017, com a expectativa de viabilizar parte da obra. Em janeiro, o porto se reuniu com algumas empresas da região e definiu a sua participação, restando à Prefeitura de Garuva buscar as autorizações necessárias junto aos órgãos estaduais de infraestrutura. Pelas informações da própria Prefeitura de Garuva, o início da retificação do trevo só está aguardando a aprovação pelo DEINFRA.

Giropop: O Porto Itapoá é engajado em diversas ações e campanhas solidárias, que vão desde projetos de incentivo à leitura até iniciativas em prol dos animais. Seria correto pontuar que, além da economia, a empresa também exerce funções éticas e cidadãs no município? Cássio Schreiner: Atualmente, desenvolvemos uma série de investimentos socioambientais no município. Destacamos, por exemplo, o Projeto Ampliar, onde patrocinamos projetos desenvolvidos e escolhidos pelos moradores dos bairros da Figueira, Pontal e Jaguaruna. Todo ano são 12 projetos eleitos, que se inserem nas áreas de Educação, Cultura, Esporte, Infraestrutura, Pesca e Tráfego. Em 2018, o Ampliar está em sua terceira edição. Trago este exemplo para, também, trazer um alinhamento estratégico do Porto Itapoá referente à contribuição com a sociedade. Desde 2016 temos adotado e passado à comunidade que mais importante que contribuir com projetos sociais é desenvolver na comunidade o senso de autonomia e gestão social. O Porto Itapoá não consegue identificar os reais anseios da população. Quem melhor entende essas necessidades é a própria comunidade. Nesse sentido, o porto contribui com a metodologia, com a formação das pessoas e, neste momento, com o recurso financeiro. Acreditamos que, com o tempo, as necessidades serão menores, mas o senso de autonomia das pessoas transformará a comunidade em uma grande promotora e fomentadora de soluções sociais. Giropop: Não é novidade que a empresa trouxe incontáveis avanços e impulsionou a economia do município. Enquanto presidente, como você mensura a importância do Porto Itapoá para os itapoaenses e, também, do povo itapoaense para o Porto Itapoá? Cássio Schreiner: O Porto Itapoá é a maior empresa da cidade. Naturalmente, a contribuição que damos ao município vai muito além da arrecadação de tributos (R$ 9,2 milhões em 2017) e dos investimentos pré-operacionais em infraestrutura (aproximadamente R$ 100 milhões). Costumamos lembrar nossos colaboradores sobre a importância, por exemplo, de incentivarmos o comércio e os serviços locais. Destacamos sempre uma conta simples baseada no rendimento médio dos colaboradores do Porto Itapoá, onde calculamos que somente os seus salários representam aproximadamente R$ 1,2 milhões todo mês circulando dentro do nosso município. Não somos o maior pagador de impostos apenas. Somos o maior financiador de projetos do município. Somos o maior empregador privado do município. Somos o maior gerador de renda direta e indireta do município. Itapoá ganhou muito com o Porto, mas não temos dúvida que o Porto ganha todos os dias com o povo de Itapoá. Apenas como referência, lembramos que nos últimos anos a maior parte dos colaboradores do Terminal tem origem no município. Desde 2016 esta premissa vem sendo ainda mais frequente. Das últimas 200 contratações do porto, aproximadamente 90% são de moradores de Itapoá.

Giropop: Quantos colaboradores fazem, hoje, parte do Porto Itapoá? Cássio Schreiner: Hoje, somos em 750 Colaboradores diretos, e cerca de 3.000 indiretos (contando com empresas terceiras, que atendem diretamente ao Porto, e empresas ligadas ao Terminal através de serviços logísticos presentes na retroárea). Giropop: Quais planos a empresa prevê para a futura Itapoá? Cássio Schreiner: Nossa missão é ser a principal opção em Logística Marítima na América do Sul. Atualmente, já trabalhamos com essa linha e nossos clientes já nos reconhecem nesse sentido. Para os próximos anos estamos trabalhando – seja no âmbito das obras, no âmbito comercial ou tecnológico – para sermos a primeira opção dos clientes. Não temos a intenção de sermos os maiores, mas queremos ser os melhores, para clientes, comunidade, colaboradores, investidores e todos os nossos stakeholders (público estratégico). Nesse sentido, queremos também que a cidade caminhe em paralelo a este objetivo. Para isso, sabemos que muitas situações precisam entrar no plano do Governo. Um grande plano mestre de desenvolvimento precisa ser discutido e implementado em nossa cidade. Assim, independente de Governo (que pode mudar de 4 em 4 anos), teremos um documento que rege os interesses sociais. Itapoá precisa ter um Plano para o Turismo, para atividade Pesqueira, para o setor Logístico. Para isso acontecer é preciso planejar, medir, se relacionar, antes mesmo de fazer leis e limitar investimentos na cidade. Giropop: Considerando que esta entrevista fará parte da edição comemorativa de aniversário de Itapoá, sinta-se à vontade para deixar uma mensagem final aos leitores da revista Giropop. Cássio Schreiner: Gostaria de deixar como mensagem a todos os leitores, de forma muito especial aos itapoaenses, que esse lugar é especial. São pouquíssimos os lugares do país que possam ser comparados com o potencial que o município possui. Somado a isso, temos um povo trabalhador e empreendedor, que não mede esforços para mostrar o seu valor e aproveitar sempre, da melhor forma possível, o que Itapoá tem de melhor. Temos características naturais inigualáveis para explorar de forma sustentável: o Turismo (ecológico e de praia), a Pesca e até mesmo a Indústria. Temos um dos mais importantes portos do Brasil que, somado a uma área exclusiva de vocação portuária, poderá ser referência internacional para o desenvolvimento sustentável de cidades portuárias. Contudo, precisamos estar atentos. Precisamos estabelecer a visão de longo prazo, precisamos pensar em desenvolvimento estratégico. Ainda há tempo de planejar o município para investimentos, gerando mais empregos e adaptando nossa infraestrutura para esse futuro. Itapoá é o futuro – e o Porto Itapoá acredita muito nisso.

Revista Giropop | Abril 2018 | 27


PDITS

Plano de ações prevê estratégias para turismo sustentável de Itapoá Ana Beatriz Machado Pereira da Costa

O turismo é uma atividade que tem crescido de forma contínua ao longo das últimas décadas. Em especial, Itapoá se destaca em função da atratividade de sua oferta turística natural, oferta gastronômica diversificada e localização geográfica privilegiada que, desta forma, fortalece o papel do turismo como um dos principais setores da economia local. A fim de saber sobre as estratégias e ações para o desenvolvimento do turismo sustentável, a revista Giropop conversou com Claudio Lemonie, secretário de Turismo e Cultura de Itapoá, e teve acesso ao Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável – PDITS Itapoá, elaborado pelo SEBRAE, no período de julho a dezembro de 2017.

28 | Abril 2018 | Revista Giropop

Reunião do Conselho Municipal de Turismo, realizada na sede da Adea.

A

oferta turística do município de Itapoá é caracterizada por atrativos naturais e culturais, como as praias de Itapema do Norte, Itapoá e Barra do Saí, a Baía da Babitonga, a Reserva Ecológica Volta Velha, o Farolete Trincheira, as ilhas

de Itapeva e do Saí Guaçu, o rio Saí Mirim, a Praça do Rainha, o Trapiche da Figueira do Pontal – Pontal do Norte, Parque Natural Municipal dos Carijós, Píer do Porto de Itapoá, entre outros. Além destes atrativos, conforme apresentado no Estudo Preliminar do PDITS Itapoá, faz

parte da oferta turística o artesanato local de referência cultural, cujos trabalhos utilizam matéria-prima local, sejam elas recicladas ou naturais, como é o caso da utilização do couro de peixe, escamas e conchas para a confecção de peças artesanais. Depois de uma série de análises minuciosas, o plano chegou à missão do turismo: “desenvolver o turismo no município de forma sustentável, durante todo o ano, com serviços diversificados e de qualidade, buscando a satisfação plena do turista”. O objetivo foi compreendido como de longo prazo, mais precisamente, de 5 a 10 anos, desenvolvendo a sua atividade principal. Conforme Claudio Lemonie, secretário de Turismo e Cultura, foram identificados os fatores críticos para o desenvolvimento do turismo e, a partir destes, foram definidas as estratégias e ações para o desenvolvimento sustentável do turismo local.


Estratégias e ações Através dos estudos e das análises do PDITS Itapoá, foram identificadas quinze estratégias para o turismo de Itapoá, começando por promover a capacitação e qualificação da cadeia produtiva do turismo (1) e conscientizar a comunidade de Itapoá sobre a importância do turismo no desenvolvimento econômico e social do município (2). As ações previstas para estas estratégias são através de: parcerias com centros de ensino; da articulação junto às instituições de ensino de um curso técnico em turismo; de aulas/palestras e cartilhas escolares sobre a atividade turística nas escolas; da capacitação dos prestadores de serviços da cadeia produtiva do turismo, entre outras. Também, está a estratégia de integrar o poder público, a iniciativa privada e o terceiro setor no desenvolvimento sustentável do turismo (3). Para isso, o PDITS prevê ações, como: fomentar a comercialização de artesanato típico, por meio de instalação de expositores; realizar mutirões com a comunidade local para limpeza de praias, pinturas de muros, plantio de mudas, etc.; estabelecer uma parceria estratégica com São Francisco do Sul (SC) de modo a divulgar e comercializar o turismo integrado dos

dois municípios, etc. Promover o aperfeiçoamento da legislação e fiscalização relacionada à atividade turística (4) também é uma das estratégias, bem como instituir um sistema de informação para a gestão pública do turismo de Itapoá (5), cuja meta é gerar indicadores semestrais sobre a economia do turismo no município. A sexta estratégia implica em incentivar a inovação na gestão dos equipamentos e serviços turísticos, buscando a certificação das empresas turísticas e de apoio ao turismo no Cadastur e, também, a incorporação de novas tecnologias nestas empresas – implantar pontos de Wi-fi, com acesso gratuito, nos principais pontos turísticos do município é uma das ações previstas para essa estratégia. Com base no Plano de Desenvolvimento Integrado, as estratégias seguintes são: formatar produtos e serviços turísticos sustentáveis e inovadores (7), requalificar a produção associada ao turismo do município (8), desenvolver ações de promoção para a captação de fluxos turísticos o ano todo (9) (através de folders, fotografias, vídeos promocionais e outras ações de marketing) e investir recursos suficientes, públicos e privados, para o adequado desenvolvimento do turismo regional (10).

A estratégia de número 11 resulta em desenvolver ações para a captação de recursos para investimento no setor através de projetos, sejam estes recursos públicos ou privados. Já a de número 12, diz implantar infraestrutura eficiente e acessível para potencializar a experiência turística no destino, através de sinalizações de orientação, acessibilidade, entre outros. Ademais, o PDITS prevê ampliar o aporte de recursos públicos direcionados a atender a demanda nas principais áreas turísticas do município (13), revitalizar a orla marítima do centro turístico e dos conjuntos turísticos da Barra do Saí, Praia Itapoá e Baía da Babitonga (14) e, por fim, fortalecer as estruturas de segurança do município (15). Desenvolvimento sustentável O secretário de Turismo e Cultura lembra a importância do turismo sustentável: “Sabendo que Itapoá e um município muito novo, beirando seus 29 anos, onde o morador natural é a minoria (mas apresenta uma expressão cultural muito forte), tendo uma população que, em sua maioria, vem de várias cidades e estados, temos a responsabilidade de trabalhar para um desenvolvimento sustentável, ou seja, pensando em uma cidade com vocação tu-

rística, mas tendo em vista os aspectos ambientais, sociais e econômicos (pilares da sustentabilidade). Também, é imprescindível que nossas ações busquem sempre o resgate da cultura local”. A capacitação do setor turístico, a busca por novos empreendimentos, o fomento de atividades de cunho turístico, a integração com a comunidade, a conscientização por campanhas direcionadas e o apoio ao empreendedor são ações previstas para o turismo da Itapoá futura. O secretário Claudio Lemonie conclui: “O plano de ações já começou a ser implementado, através da Secretaria Municipal de Turismo e Cultura e de câmaras setoriais criadas no COMTUR (Conselho Municipal de Turismo), exclusivas para o plano e divididas por capacitação, legislação, marketing e infraestrutura. Acredito que, em breve, Itapoá poderá se orgulhar ao ser reconhecida como uma referência no litoral catarinense, em excelência, inovação e sustentabilidade nos serviços turísticos”. A quem possa interessar, o Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável (PDITS Itapoá) está disponível, na íntegra, no site da Prefeitura Municipal de Itapoá: itapoa.sc.gov.br

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ADOTE UM ATLETA

Gabriel Castigliola: Itapoá na rota do surfe

Ana Beatriz Machado Pereira da Costa

Ele começou no mar logo cedo, criou vício pelo surfe, mostrou seu lado competitivo em campeonatos, obteve resultados expressivos, fez carreira como atleta, deslizou por ondas nacionais e internacionais, sofreu lesões, disseminou o esporte e, hoje, compartilha sua experiência com a nova geração. Quando o assunto é surfe itapoaense, Gabriel Castigliola (33) é um dos nomes mais proeminentes.

Na Barra do Saí, uma de suas pistas de treinos.

T

Local de Itapoá, Gabriel Castigliola é um dos nomes mais renomados do surfe no município.

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udo começou através de seu pai, Geovanni Castiglioga, mais conhecido como Carioca – um dos precursores do surfe em Itapoá, em meados de 1980. A família morava em Garuva e tinha casa em Itapoá, onde Cario-

ca adorava surfar. “Meu pai relata que, aos 3 anos, consegui ficar de pé na prancha. A partir daí, as idas à praia seguiam um roteiro: primeiro ele surfava, enquanto eu aguardava ansiosamente na areia, para depois surfarmos juntos”, conta Gabriel. Ainda na infância em Garuva, era centroavante de um time de futebol. Na época, re-


Nos verões itapoaenses, onde tudo começou: à esquerda, em 1988/89, e à direita, em 1999.

cebeu propostas para jogar no exterior, mas, aos 9 anos, teve de escolher entre surfe ou futebol: “Quando soube que meus pais iriam morar em Itapoá, não pensei duas vezes. A ideia de poder surfar todos os dias me deixou muito empolgado”. Ele, que sempre se considerou competitivo, participou do primeiro campeonato de surfe aos 12 anos, na Barra do Saí. De ora em diante, criou gosto pelas competições, e os bons resultados lhe renderam apoios e patrocínios. Tendo o power surf (manobras fortes) como marca registrada, dos 18 aos 24 anos, Gabriel viveu profissionalmente do esporte, competindo os circuitos catarinense, paranaense e brasileiro. Junto do amigo e atleta Caetano Vargas, contri-

Na companhia do paizão Carioca, durante o 10º título municipal.

Um dia clássico em El Salvador, em 2015.

buiu para colocar Itapoá na rota do surfe. Entre seus resultados mais expressivos estão: Vice-campeão Paranaense na categoria Junior, em 2001; Vice-Campeão no Circuito Brasileiro por equipes, representando o estado de

Santa Catarina, em 2011; Campeão Paranaense na categoria Junior, em 2012; Vice-campeão Catarinense na categoria Open, em 2012; além de 11 títulos conquistados no município de Itapoá, em diferentes categorias, como Iniciantes, Mirim,

Local e Open. “Competir em Itapoá é único, pois foi onde me criei, conheci o surfe, tenho minha família, grandes amigos e boas histórias”, complementa. O atleta sempre buscou se envolver em projetos vinculados ao esporte. Foi representante de pranchas da Pró-Ilha Surfboards, realizou pequenos consertos de pranchas, conheceu de perto o trabalho do shaper e amigo Evandro Bonservizi e, desde os 15 anos, dá aulas de surfe para iniciantes. Ainda, realizou surftrips para todo o litoral brasileiro e países da América Central, como Costa Rica e El Salvador. Recentemente, Gabriel voltou a competir após uma lesão. “A recuperação é complicada, pois dá um pouco de receio. Mas toda lesão ensina alguma

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Boas memórias da surftrip para El Salvador, em 2015.

coisa, como ter paciência e dar a volta por cima”, fala. Hoje, representando os estados de Santa Catarina e Paraná, compete na categoria PRO-AM e leva o nome de seus patrocinadores e apoiadores: Pró-Ilha Surfboards, Krovel CB, Ctwax, Evandro Bonservizi, Wax Trek, Two Strokes, New Arts Comunicação Visual e Inspira Studio de Pilates e Treinamento Funcional. Naquele tempo Antes de ganhar popularidade, Gabriel recorda que o surfe não era visto com bons olhos. “Naquele tempo, os surfistas eram comumente renegados pela sociedade e tachados de

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Campeão Open BC, em 2017, na última etapa do Circuito Catarinense.

desocupados. Felizmente, hoje se tornou um esporte de elite”, comenta. Por essas e outras dificuldades que um surfista enfrentava no Brasil de antigamente, tem como inspiração atletas que fizeram história, como Jihad Khodr, de Matinhos (PR), e os irmãos Neco e Teco Padaratz, de Florianópolis (SC). Surfar em Itapoá também tinha suas peculiaridades. Gabriel recorda: “Tudo parecia mais longe, pois as estradas eram todas de chão. Para surfar de uma praia a outra, nós (a molecada do surfe) pegávamos carona com os caminhões de materiais de construção. Já para participarmos dos campeonatos, nossos pais costu-


também, técnica, vontade e disciplina. É um trabalho difícil, pois estou lidando com uma criança ou adolescente. Por isso, é preciso ser um pouco psicólogo e ter jogo de cintura. No final das contas, me sinto honrado em ter essa missão e dividir algo que amo para meus pupilos Julie e Ryan”.

Comemorando com a nova geração: Ryan Cordeiro campeão catarinense e Hedieferson Junior vice-campeão catarinense, em 2014.

mavam se revezar. Naquele tempo também não existia uma preparação física para o surfe, porém, os jovens eram muito mais ativos e estavam sempre andando a pé ou de bicicleta por todos os lugares”. Ele lembra que os comércios locais ofereciam muita ajuda aos surfistas. Contudo, seus maiores incentivadores foram os pais. “Minha mãe e meu pai eram exigentes tanto nos estudos quanto no esporte. Me ensinaram que um atleta tem de se preocupar com a saúde e ter postura dentro e fora da água”, fala.

Pupilos Julie Arissa e Ryan Cordeiro campeões em Itajaí, no Circuito Mormaii Surfutro.

Compartilhando experiência Além de ministrar aulas para iniciantes, Gabriel é coach (treinador) de atletas de alto rendimento. Com base em sua experiência, contribuiu com a performance de nomes da nova geração do surfe itapoaense, como Hedieferson Junior, Ryan

Cordeiro e Julie Arissa. Seja nos treinos de rotina, acompanhando os campeonatos pessoalmente ou via internet, o mais velho trabalha as deficiências dos pequenos. Ele diz: “Ser um bom surfista não requer somente talento, mas,

Surfar para sempre Após 30 anos de surfe, Gabriel confessa que o frio na barriga ao entrar na água e a fissura ainda permanecem. Hoje, concilia as horas de trabalho com o esporte: “vou trabalhar salgado, mas muito mais feliz”. Para o futuro, planeja conquistar novos títulos pela categoria Master (+35) e surfar e competir até quando a saúde permitir. O surfista local, que viajou para diferentes lugares, garante que viver em Itapoá é especial, principalmente pelas ondas da Terceira Pedra. Seja a ida ao supermercado ou a volta do trabalho, uma passadinha pela beira da praia é obrigatória. Assim, dependendo das condições do mar, Gabriel Castigliola já garante a alegria do dia. Para apoiar, patrocinar ou acompanhar a vida do atleta, acesse seu Instagram (@gabrielcastigliola) ou Faceboo k (facebook.com/gabriel.castigliola).

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ARTE

Aos 94 anos, a artista Fina utiliza da pintura para expressar-se Ana Beatriz Machado Pereira da Costa

Tomasa Josefina Perera Gonzalez, mais conhecida como Fina, seria uma senhora comum, senão pela sua história de vida e sua paixão pela arte. Natural da Espanha, vive, hoje, em Itapoá, onde encontrou ainda mais liberdade nos traços. Em uma manhã de conversa, a simpática senhora de 94 anos contou-nos, em “portunhol”, sobre sua vida, obra e o sonho realizado de uma exposição, a “Espaço Terra”.

F

ina nasceu em 11 de maio de 1924, em Santa Cruz de Tenerife, Ilhas Canárias, Espanha. Sempre gostou das artes, especialmente de desenhar. Estudou em uma escola de freiras e recebeu educação rígida, que a deixava reprimida para expressar-

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permaneceram na Espanha. “Tomei a direção que a vida escolheu para mim”, diz. Depois do falecimento de seu esposo, manifestou sua arte através da fotografia e assumiu um estúdio fotográfico de sucesso, em Curitiba (PR), entre os anos de 1965 a 1979. Com, aproximadamente, 80 anos de idade, Fina foi morar junto da filha mais velha, Ana Gonzalez Perera – renomada artista plástica, com diversas obras premiadas, inclusive, no exterior. Nesse período, a senhora voltou a manifestar sua arte através de desenhos abstracionistas, fazendo uso de tintas, papéis e canetinhas. Alberto Gonzalez Perera (filho de Fina), Tomasa Josefina Perera Gonzalez (a artista Fina), Elisa Gonzalez Corso (filha de Fina) e Neusa Contudo, descobriu o AlzheiLopes (diretora da Cultura de Itapoá), na exposição “Espaço Terra”. mer, que defasou sua coordenação motora, impedindo-a de -se. “Naquele tempo, a arte era Pela vida, dedicou-se ao pintar. comumente associada à noite lar, ao casamento e aos três Já em Itapoá (onde reside e à boemia. Mulheres artistas, filhos. Em meados dos anos desde 2007, na casa da filha principalmente, sofriam precon- 60, em busca de novos ares, Elisa Gonzalez Corso), voltou ceito”, recorda. Quando jovem, seu marido optou por deixar a aos desenhos e encontrou mais Fina realizou um curso de Belas Espanha para viver no Brasil, e liberdade nos traços, utilizando Artes na cidade natal e, apesar toda a família o acompanhou. tintas a óleo, tintas acrílicas, de terem artistas na família, seus Fina conta que chegou ao país pincéis, papéis e, até mesmo, pais acreditavam que arte não chorando, pois parte de seu as unhas dos dedos. Hoje, o Alera sinônimo de sustento. sentimento e de suas raízes zheimer não é obstáculo para a


Dona Fina sempre guardou um sonho para si: realizar uma exposição com suas obras. A oportunidade aconteceu no último 24 de março, na Casa da Cultura de Itapoá. A exposição “Espaço Terra” reuniu 42 obras da artista e foi um sonho realizado.

aficionada por arte, que recebe auxílio da família para pintar, ainda que na cama. Dona Fina, esporadicamente, pinta e presenteia amigos, familiares e pessoas benquistas por ela. “Fico feliz quando meus desenhos servem para embelezar os lares das pessoas, tenho essa necessidade”, comenta a senhora, que considera vender suas obras algo triste, pois acredita que a arte vai muito além do dinheiro. Ela afirma: “Antes de qualquer coisa, eu preciso gostar de minhas criações. Depois, penso em transmitir o que tenho de melhor para aqueles que amo. É assim que me expresso”. Arte manifestada Através das obras, Fina conta sua história de vida e de lugares, ora na figuração ou na abstração. Neusa Lopes,

artista e diretora de cultura de Itapoá, conheceu dona Fina no mesmo dia em que conheceu suas obras, e foi responsável para que a revista Giropop chegasse até ela. “Confesso que fiquei muito emocionada ao conhecer essa mulher incrível, sua história de vida e suas obras tão sensíveis, de inspiração na natureza e em imagens do passado”, diz Neusa. De Curitiba (PR), Dallwa Lobo é dona de ume extenso currículo no campo da arte, sendo arte educadora, artista visual, graduada pela Escola de Música e Belas Artes do Paraná. A convite de Neusa Lopes, Dallwa interpretou as obras da artista. Através de sua percepção, Dallwa escreveu: “Como visualizadora, naqueles traços (de dona Fina), ora curvos, com cores ou não, ligados sem interrupções ou nos dando impres-

sões de raízes furiosas, como que buscando uma saída, senti um espaço por onde a alma alça o seu voo. De repente, me deparo com paisagens, espaços divididos, onde brotam nos primeiros planos, arbustos florindo que, timidamente, indicam uma passagem” – passagem essa, cuja interpretação é válida para cada observador. Sonho realizado Durante mais de nove décadas de vida, dona Fina guardou um grande sonho para si: mostrar suas obras ao público em uma exposição de arte. Intermediado por Neusa Lopes e pela Secretaria de Turismo e Cultura de Itapoá, o sonho foi, enfim, realizado em março deste ano, na Casa da Cultura de Itapoá. “Espaço Terra” foi o nome da exposição que encantou a comunidade itapoaense,

reunindo 42 obras da artista Tomasa Josefina Perera Gonzalez, a Fina, então, com 94 anos de idade. Para Neusa, “incentivar e realizar desejos alimentados durante toda uma vida é gratificante e faz com que nosso trabalho tenha um sentido ainda maior”. Autocrítica, seja durante o dia, a noite ou a madrugada, Fina está sempre pronta para recomeçar uma obra ou uma história. “Tenho um espírito livre, aventureiro, que me ensina que cada lugar, onde quer que seja, tem seu encanto”, fala. Sem fins comerciais, poucas das paisagens e figurações de artista de 94 anos recebem sua assinatura, afinal de contas, servem, simplesmente, para expressar, para encantar e transmitir o amor pela natureza, pelo passado, presente e futuro.

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Itapoá e sua história (parte XVII)

História não é o que passou, mas o que ficou do que passou.

Olhe as riquezas de Itapoá e vejam 2050 JUSTIFICATIVA

Considerando que em 60 anos os seus dinâmicos cidadãos edificaram a fantástica Itapoá, temos múltiplas razões para acreditar que nos próximos 32 anos será possível realizar muito mais. Neste simpático ano de 2018 Itapoá está completando 60 anos de fundação e 29 como município. Idades provenientes de um positivo pensamento que levou ao início da pioneira estrada da Serrinha em 1956 e posterior inauguração em 1958, pois até então não havia nada que caracterizasse uma conexão regular terrestre com outras localidades. A estrada aberta pela empresa SIAP que permitiu desocultar Itapoá, teve a capitaneá-la o empresário-líder Dórico Paese. Esse idealista cidadão juntamente com seu pai, irmãos e sócios não exitaram em se desfazer de seus patrimônios pessoais ao verem ameaçada a conclusão da via em razão das intempéries que atrasaram o cronograma e consumiram antecipadamente os recursos financeiros. Públicas-formas, imagens e até um primoroso documentário rodado em 1958 quando da conclusão da pioneira estrada da Serrinha, o qual está anexo ao livro Memórias Históricas de Itapoá e Garuva permitem uma visão clara do grandioso feito desbravatório. Todos os fatos registrados no livro levam a conclusão que o empreendimento planejado visando ganhos com um bom retorno financeiro acabou se transformando em missão, pois foram absorvidos pelo ideal de serem protagonistas do surgimento de uma nova localidade. Por toda essa epopeia de agigantamento, diante de tantas e surpreendentes dificuldades vencidas é oportuno lembrar que

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Dórico Paese, Geraldo Mariano Günther, Serafim Paese, Werner da Silva, Waldemar Ernesto Paese, Pedro Harto Hermes, Ambrósio Paese, Ari Alcantara, Ernesto Paese, Irineu D’Azevedo Cruz, Anévio Paese, José Colombo e Armando Colombo – todos sócios da SIAP – foram os reais fundadores de Itapoá, pois arquitetaram e deram consistência ao objetivo estabelecido arcando com a responsabilidade do sucesso ou do fracasso. Os demais que também tem seus méritos e muito auxiliaram no crescimento de Itapoá, são co-fundadores e, muitos que se sentem fundadores, que chegaram para se instalar junto aos demais que lá estavam, são valentes pioneiros de uma época carregada de entusiasmo. O conduto pelo qual passou a circular a seiva do progresso proporcionou a energia necessária para que Garuva se tornasse município carregando com ele Itapoá e desvinculando-se de São Francisco do Sul no ano de 1963. Cumprida a missão de despertar as potencialidades das duas localidades, Itapoá também, com as credenciais que de há muito tempo portava, conquistou a sua condição de município as 17:45 do dia 26 de abril de 1989, quando o governador Cacildo Maldaner, sancionou a lei 7586. A referida formalização ocorreu após um intenso trabalho desenvolvido pelo seu criador, Ademar Ribas do Valle incluindo dois extenuantes plebiscitos, pois o primeiro foi injustamente indeferido pelo algoz de Itapoá, o então governador Pedro Ivo Campos. Somam-se aos eventos que contribuíram para a criação do novo município a expressa vontade de seus moradores e a persistente divulgação pelos loteadores e corretores, seguida do fechamento de negócios que geraram recursos para a economia itapoaense.

Também despontou como relevante no processo de busca de autonomia, o segundo acesso – estrada Cornelsen – inaugurada em 1970, trazendo alternativa de chegada e efetivando o crescimento da Barra do Saí.

POTENCIALIDADES Na sua extensa costa de 32 quilômetros a cidade do mar oferece um caudal de oportunidades inigualável. Nela estão inseridos os bairros Barra do Saí - desembocadura do rio Saí-Mirim até a divisa entre o balneário Rainha do Mar e o balneário Cambiju. Itapema do Norte – do Balneário Cambiju até a divisa entre o Balneário Jardim da Barra e o Balneário Paese. Itapoá – do Balneário Paese até a divisa entre o Balneário Uirapuru e o Balneário Itamar. Pontal do Norte – do Balneário Itamar até a divisa com o Balneário Santa Terezinha. Figueira do Pontal – da divida do Balneário Santa Terezinha até a divisa com o Balneário Figueira do Itapoá. Além dos balneários, o município conta com áreas agrícolas destacando-se a colônia do Saí-Mirim. Tendo em vista o tempo de vida a mais que nos será concedido em razão dos céleres avanços tecnológicos, particularmente no campo da Medicina, elencamos a seguir, alguns dos muitos motivos que nos possibilitam pensar uma Itapoá capaz de efetivar as suas potencialidades para bem aproveitar esse fato real e chegar ao ano de 2050 ostentando um índice de desenvolvimento humano – IDH – invejável:


1 – PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO URBANO Representantes dos diferentes segmentos da sociedade – arquitetos, advogados, engenheiros, economistas, sociólogos e outros cidadãos detentores de fartos conhecimentos amealhados na universidade da vida, chamados a integrar o Conselho da Cidade – CONCIDADE, doaram a bem do município, mais de 300 horas de seu precioso tempo para juntamente com representantes do setor público tornar mais adequado às demandas da cidade o plano previamente elaborado por empresa de consultoria. 2 – LOCALIZAÇÃO Representa um importante diferencial, pois está situada privilegiadamente entre centros urbanos importantes – Joinville e Curitiba – de fácil acesso e a pouca distância. 3 – ESTRADA DO MAR Além dos acessos rodoviários conta com uma larga avenida oceânica presenteada pela natureza, a qual a coloca em contato permanente com todos os pontos do globo banhados pelo Atlântico e também com outros oceanos graças aos canais que os interligam. Na margem itapoaense em sua parte profunda possibilitou a implantação de um moderno porto e espaço para outros, bem como uma magnifica praia com total balneabilidade gerando uma simbiose que produz riqueza e renda em todas as áreas da economia abrindo um enorme leque de oportunidades para tantos quantos queiram empreender. 4 – VIA FERREA No terreno das projeções possíveis, vislumbramos cada vez mais consistentes as movimentações voltadas para a construção de ferrovias destinadas ao transporte de cargas e passageiros. Esse modal de transporte torna-se cada vez mais indispensável, pois contribui para desafogar rodovias e diminuir o custo Brasil, tornando-o mais competitivo. Itapoá com seu porto estará seguramente incluso nesse avanço que agregará um forte incremento a sua economia.

Acrescente-se as alternativas de transporte, o aéreo com área para o aeroporto concretizada e em razão da sua localização pela ausência de obstáculos proporcionará opção de pouso quando ocorrerem impedimentos em Joinville. 5 – CAMINHO DO ENCANTO Faz de Itapoá um ponto de visitação obrigatória. Seu traçado prevê ligar a BR-101, Km34, no viaduto industrial de Joinville a BR-116 em Quatro Barras no Paraná, passando pela Vila da Glória, Itapoá, Guaratuba, Caiobá, Matinhos, Paranaguá, Morretes e Campina Grande do Sul. Essa nova opção com o aproveitamento de trechos existentes permitirá aos turistas que se deslocam ao litoral catarinense uma redução de 57 quilômetros no percurso em relação ao Paraná. Em 1990 o Instituto de Engenharia do Paraná, realizou um seminário em Matinhos para debater o projeto. Participaram cerca de 150 pessoas. 6 – NOVO ACESSO Na pauta de futuras obras viáveis o estudo e projeto do topógrafo Walter de Oliveira Mello, o popular Pistola, profundo conhecedor da região, o qual em levantamento de campo constatou a possibilidade de abertura de uma nova estrada com ponto de partida na Garuva-Guaratuba, entre as rodovias da Serrinha e a Cornelsen. No mapa por ele elaborado o percurso seria de apenas 13 quilômetros e seu término entre os balneários Paese e Pérola do Atlântico. De acordo com o traçado não haveria necessidade de pontes. 7 – RIVIERA SANTA MARIA Um mega projeto que tem a assinatura do renomado arquiteto Jaime Lerner. Numa extensa área frontal ao mar, o plano contempla um mix inovador resultando de bens sucedidos projetos implantados em diferentes pontos do globo. A revolucionária obra contempla de forma ampla e democrática, com a ausência de muros de isolamento, tanto o lazer quanto o trabalho. Constituir-se-á num polo capaz de suprir as demandas do público mais exigente.

8 – JARDIM SAÍ-MIRIM/IGUAÇU Nessa imensa área, totalmente preservada, localizada entre os rios Saí-Mirim e Saí-Guaçu, os dois mais importantes cursos de água que banham o município, orlada pela belíssima praia do Carrapicho, encontra-se o local ideal para um parque aberto ao turismo natural. Também é o espaço físico adequado para direcionar as demandas ambientais impostas pela legislação vigente e liberar as áreas urbanas consolidadas. 9 – OUTRAS FONTES Levando em consideração o tempo de vida a mais, já mencionado, é oportuno empregar as ferramentas do marketing, direcionando-as para o grande contingente de pessoas que estão atingindo a idade maior, pois dinheiro não tem idade nem cor. Para tanto é recomendável antecipar-se, preparando além dos existentes, outros atrativos geradores de bem estar e renda. Nesse rol a espera de efetiva exploração turístico cultural, encontram-se: A ocorrência de areia monazídica e a talassoterapia – cura pela água do mar. Os resultados do turismo de observação e a maricultura a espera de plantio na grande horta oceânica de águas férteis para a produção das apreciadas ostras. A exemplo do Japão grandes tanques no mar com a oferta de “pague e pesque”, ou seja, paga por um determinado tempo não importando o quanto pesca. OPINIÃO Tanta riqueza potencial, tanta história ousada e tanta promoção humana tem sido o foco constante do excelente veículo cultural Giropop, leia-se Juliana Ramos e sua competente equipe. Todavia é preciso mais, através de um incremento maior ao conhecimento físico das localidades e imensos atrativos do município, por parte da população e também dos alunos das escolas. Dessa forma estará sendo propalada de maneira efetiva as boas e promissoras oportunidades latentes.

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Continuando a viagem em Sydney, Austrália!

C

ontinuando a viagem em Sydney, Austrália percebe-se que temos muito para ver e vivenciar, portanto, jamais pense em ir para Sydney para ficar uma semana. Sugiro pelo menos quinze dias .Dias que devem ser bem planejados tendo em vista o que a cidade nos oferece. Procure planejar sua estada fazendo visitas por região. Bastam algumas horas para que você entenda que chegou num lugar como nenhum outro. Cidade muito civilizada, povo muito educado e o que é gostoso é que a cidade é ensolarada e descontraída. A baía, que os habitantes chamam de “harbour” é toda recortada, repleta de praias próprias para banho. As balsas e barcos, os quais citei na revista anterior são meios de transporte para apreciar as belezas da cidade, tanto as naturais como as construídas pelo homem. A Sydney Ópera House de construção e arquitetura magníficas é um dos edifícios mais marcantes a nível mundial, que precisa ser visitada com tempo. A

Darling Harbour, Sydney.

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Taronga Zoológico, Sydney

Ópera de Sydney tem aproximadamente mil divisões, incluindo cinco teatros, cinco estúdios de ensaio, dois auditórios, quatro restaurantes e lojas de souvenires. Não deixe de visitar a Torre de Sydney, desfrute da vista panorâmica em trezentos e sessenta graus a partir de cerca de duzentos e cinquenta metros de altura. Aprecie Sydney por terra, mar e do alto e seus pontos turísticos comprando um bilhete de ônibus hop-on-hop-off. Esses ônibus circulam por toda a cidade e você desce onde quer, passeia e volta a pegar o ônibus, esmo que seja em outra

localidade. Muitos desses bilhetes dão o direito de usar os barcos também. Basta se informar para explorar com tranquilidade o que a cidade oferece. Uma vez que você estiver em Darling Harbour visite o Aquário Sea Life. Aquário que abriga mais de doze mil animais de seiscentas e cinquenta espécies, como tubarões, tartarugas entre outros, lembrando que a diversidade de animais marinhos é grande na Austrália. Bem próximo ao aquário existe outro local dedicado à fauna e flora que vale a pena uma visita. Nesse local você pode ver e ter experiências com koalas, cangurus e cobras, que só existem na Oceania. Em Darling Harbour existem inúmeros restaurantes e casas de chá onde você, além de comer algo, tem bela paisagem marítima ao redor porque Darling Harbour é um porto. Caso queira existem barcos com almoço a bordo e de onde aprecia as belezas de Sydney. Para quem gosta de museus existem inúmeros e para todos os gostos, como também, existem exposições interessantes da história dos ancestrais, os aborígenes e da colonização inglesa. A viagem para Sydney, apesar da distância, traz experiências fantásticas em todos os sentidos. Só pelo fato de estar situada em um dos maiores portos naturais do mundo já vale a pena!

Bairro de Sidney.




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