Revista Giropop - Edição 68

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Editorial

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omo já é tradição, a edição de setembro da Revista Giropop é voltada ao tema casa e construção. E como a cada edição nos reinventamos, nesta edição de 2018 compartilhamos histórias de casais em busca da casa própria na série ‘Quem Casa, Quer Casa’, trazemos tendências, informações, ideias e tudo o que há de mais inspirador neste segmento. Afinal de contas, nós, da Giropop, defendemos que a construção de um imóvel vai muito além de blocos, tijolos, telhas e outros materiais. Um imóvel é feito, também, de sonhos, planos, histórias, suor, amor, dedicação e personalidade daqueles que nele habitam. Portanto, puxe uma cadeira, sinta-se em casa, inspire-se e renove seus sonhos! Editorial de capa: Erika Bauer Foto e Afeto

ÍNDICE QUEM CASA, QUER CASA | Rusticidade, personalidade e muito, muito amor Pág 6 QUEM CASA, QUER CASA | Um lar para chamar de ‘nosso’ Pág 11 QUEM CASA, QUER CASA | Construindo com propósito e com as próprias mãos Pág 14 CONSTRUÇÃO | Lugar de mulher é, também, na construção e reforma Pág 16 ARTE SOLIDÁRIA | O poder da arte, cultura e educação Pág 18 MERCADO IMOBILIÁRIO | Como descobrir o quanto vale o seu imóvel Pág 26 TELHAS | Informe-se e faça a escolha certa Pág 28 MEIO AMBIENTE | Campanha ambiental coleta cerca de 400kg de resíduos perigosos Pág 30 FINANCIAMENTO | Financiar o seu sonho também pode ser uma boa opção Pág 32 EMPREENDEDOR DO MÊS | Terraplenagem Miqueletto Pág 34 INFORMAÇÃO | Promotor esclarece dúvidas de quem tem um terreno e pensa em construir Pág 36 SOCIAL | Com Beto Vieira Pág 38 DISK POP! Pág 39

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QUEM CASA, QUER CASA

Rusticidade, personalidade e muito, muito amor

Ana Beatriz Machado Pereira da Costa

Estreamos o ‘Quem Casa, Quer Casa’ de 2018 com um casal muito querido por nós, da revista Giropop. Depois de compartilharmos a história do grande dia, o casamento, de Augusta Fehrmann Gern e Lucas Henk, de Itapoá (SC), marcamos presença em outro momento importante da vida a dois: o sonho realizado da casa própria.

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ssa história começou no ano de 2006, quando Augusta e Lucas trocaram suas primeiras palavras através da rede social Orkut. Depois de se tornarem grandes amigos, daqueles que trocam confidências, o primeiro beijo veio em 2008 e, seguido dele, o pedido de namoro. Juntos, eles cresceram, dividiram momentos e sonhos.

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Quando o namoro completou quatro anos, compraram um terreno no final da rua, no bairro Itapoá. Apreciadores da natureza, a escolha pelo terreno se deu por sua localização privilegiada, ao lado de um morro e muitas árvores. “Compramos, limpamos e aterramos o terreno. A partir de então, começamos a planejar como seria a nossa casa”, conta o casal. O tempo passou, Augusta se formou em Jornalismo e Lucas em Engenharia Civil. Após o noivado em 2016, eles se casaram em abril de 2017. Depois disso, optaram por morar em uma casa alugada. “Gastamos nossas economias com o casamento, então, decidimos morar de aluguel até

do sonho que compartilhávamos de ter o nosso próprio cantinho, nossos ‘filhos’ estavam aprontando e crescendo muito rápido. Por isso, decidimos antecipar a construção no terreno que já tínhamos”, lembram.

Cores, plantas e rusticidade: o lar de Augusta e Lucas é ‘a cara’ do casal.

Violeta, a responsável pela antecipação da construção da casa.

que pudéssemos economizar para o início da obra”, falam. Marido e mulher não tinham pressa para realizar o sonho da casa própria, até que o destino colocou em suas vidas Violeta e Teobaldo – dois cãezinhos de rua que Augusta e Lucas adotaram e chamam carinhosamente de ‘filhos’. Na casa onde moravam de aluguel não havia quintal para os cachorros (ainda bebês) brincarem, o que sempre acabava em bagunça. “Além

Os primeiros esboços Para Augusta e Lucas, o período em que viveram na casa alugada foi uma experiência enriquecedora, que os preparou para o projeto da casa dos sonhos. “Uma casa para nós dois e nossos dois cachorros, onde pudéssemos receber amigos e familiares, coubesse todos os móveis que já tínhamos e pudéssemos ampliar futuramente – esse era o nosso desejo”, conta Augusta. Ela, que estava bastante ansiosa e sempre gostou de desenhar projetos de casas à mão, costumava fazer diferentes esboços de plantas para apresentar ao esposo que, então, desenvolvia o desenho arquitetônico no AutoCAD – software utilizado por projetistas, arquitetos e engenheiros civis para a elaboração de projetos, junto com a equipe da HLH Engenharia & Construção, empresa da família.

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Neste mesmo período, Augusta, em seu trabalho na ADEA (Associação de Defesa e Educação Ambiental), conheceu os irmãos construtores João Francisco Klodzinski e Luiz Antônio Klodzinski, responsáveis pela construção do Centro de Referência em Estudos de Florestas Costeiras (CREF) da RPPN Fazenda Palmital – Reserva Volta Velha. “Acompanhamos a construção do Centro e ficamos muito animados com a estrutura, feita em madeira de Pinus

autoclavado”, lembram Lucas e Augusta. Por conta da rapidez, procedência ambiental e rusticidade, a matéria-prima escolhida foi a madeira de Pinus autoclavado e, assim, os irmãos João e Luiz assumiram a obra, que iniciou em janeiro de 2018. Mãos à obra Após a fundação da casa, em janeiro, o casal levou tempo para decidir se iria construir a casa aos poucos, economizando a cada etapa, ou

Feita em madeira de Pinus autoclavado, a casa foi construída 50 centímetros acima do chão para garantir ventilação e evitar a umidade.

Na rede, o casal fica ao som dos pássaros, observando os macacos que de vez em quando aparecem no morro ao lado.

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de uma só vez. Já que conseguiram fazer um empréstimo e conter gastos, decidiram construir a casa de uma só vez, retomando a obra após o Carnaval. O projeto da moradia da jornalista e do engenheiro foi inspirado em um loft, tendo como principais características: pé-direito alto com es-

cada e mezanino; aberturas amplas e altas; tubulações elétricas e estrutura aparente; ambientes integrados, sem muitas divisões, mantendo a sensação de amplitude e liberdade. “Tivemos sorte, pois o forte de João é a madeira, enquanto Luiz é muito caprichoso e atento ao acabamento. Além da funciona-


lidade da casa, eles tiveram a sensibilidade de pensar na parte estética”, conta o casal. A casa foi, então, resultado de sonhos esboçados por Augusta e refinados por Lucas, aliados às habilidades e conhecimentos dos talentosos irmãos construtores. Falando do sistema construtivo em si, as vigas que compõem as paredes da casa de madeira foram feitas com encaixe macho-fêmea, ou seja, sem pregos, e pintadas com óleo mineral. Para a função estrutural, foram utilizados parafusos galvanizados. E, na obra, tudo foi reaproveitado: os construtores tiveram a cautela de utilizar as sobras da madeira para criar rodapés e pequenos detalhes de acabamento. Somente áreas úmidas – como banheiro, lavabo, cozinha e lavanderia – foram feitas em alvenaria. Lucas, que acompanhou a obra diariamente, conta que a parte mais difícil foi pensar na inclinação do telhado e explica que foram tomados alguns cuidados para que o isolamento térmico fosse eficaz: “No telhado, feito com telhas cerâmicas, há uma manta térmica que não deixa com que frio e calor sejam absorvidos”. Também, a casa

Assim como no seu casamento, na construção de sua casa Augusta e Lucas também priorizaram empresas locais. Com exceção da parte elétrica e dos azulejos, todos os fornecedores escolhidos foram de Itapoá, como forma de agilizar o processo, promover o desenvolvimento do município e valorizar o mercado local. Beira Rio – Esquadrias Madeiras e Portões, Mendonça Material de Construção e Cia Vidros foram alguns dos comércios que tiveram participação no sonho de Lucas e Augusta.

Além do pé-direito alto, as aberturas altas e amplas também são características da residência.

foi construída 50 centímetros acima do chão para garantir ventilação e evitar a umidade. Com base em sua experiência, o casal afirma que a madeira é, sim, um material barato se comparado à alvenaria, mas que foram surpreendidos com os gastos na parte do acabamento.

“Não imaginávamos que fôssemos gastar tanto com os pormenores. As opções para acabamento são muitas, tem para todos os gostos e bolsos”, falam. Para economizar, aproveitaram para comprar materiais, como os azulejos do lavabo, do banheiro e da cozinha, em promoções.

Cores e histórias Augusta planejava mudar-se para a casa própria antes de seu aniversário, mas, por conta da greve dos caminhoneiros houve atraso na entrega de materiais. A tão esperada mudança aconteceu no início do mês de junho de 2018, quando os construtores ainda estavam nos retoques finais. “Foi muito bom que nos mudássemos enquanto a casa não estivesse finalizada, pois no dia a dia fomos percebendo algumas coisas que puderam ser ajustadas, como a disposição das tomadas, por exemplo”, conta o casal.

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No interior da casa, muitas histórias: o piso foi presente do pai de Lucas; os quadros da parede foram pintados pelo avô de Augusta; a mesinha da sala foi presente de um casal de amigos; a cadeira antiga foi garimpada de uma casa que seria demolida de uma tia de Lucas; os porta-toalhas e porta-papel do lavabo são estilo vintage e pertenceram à avó de Augusta; um lavatório antigo da tataravó de Augusta também compõe a decoração do lavabo; o interior da escada abriga o ‘cantinho da bagunça’, que funciona como depósito; o nicho de parede ganhou rodinhas e transformou-se em uma estante. Ainda,

Para eles, todos os momentos na nova casa são especiais.

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Na casa de Augusta e Lucas, cada detalhe, como os móveis ou os quadros, carrega cores e histórias.

há muitas cores e plantas que contrastam entre si e transmitem alegria e personalidade ao ambiente, pois, como menciona Augusta, “já que decidimos construir a nossa casa, que ela seja a nossa cara”. Morando há apenas três meses na casa, Augusta e Lucas ainda têm pretensão de fazer muros, ampliar a varanda, decorar com mais plantas, construir uma chaminé, fazer um jardim (se Violeta e Teobaldo permitirem, é claro) e, um dia, quando chegarem os filhos humanos, fazer uma garagem fechada para cons-

truir quartos no piso de cima, uma vez que a casa foi projetada com sustentação considerando essa ampliação. Até lá, Augusta e Lucas curtem a experiência de morar em uma casa própria, viva (já que a madeira é uma matéria-prima natural) e cheia de amor, onde namoram, têm inspiração, recebem a visita de amigos e familiares, brincam com os filhos de quatro patas e gostam de ficar deitados na rede, ao som dos pássaros e observando os macacos que de vez em quando aparecem no morro ao lado.


quem casa, quer casa

Um lar para chamar de ‘nosso’ Do interesse em comum pela engenharia civil nasceu a história Ana Beatriz Machado Pereira da Costa de Stéfanie Liara Cristine e Jonatha Aguiar, de Itapoá (SC). Há téfanie e Jopouco mais de um ano, o casal natha se conheceram na de engenheiros vivia um turbiUniSociesc, em lhão de emoções simultâneas: Joinville (SC). a chegada do primeiro filho e a Naquele tempo, ambos esexperiência de construção.

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tudavam Engenharia Civil. Mais tarde, passaram a trabalhar juntos no escritório Aguiar & Carvalho Engenharia, em Itapoá, onde Jonatha é sócio. Com o passar do tempo, perceberam que tinham afinidades além da engenharia – o que acabou,

ou melhor, começou em namoro. Era setembro de 2016, Stéfanie e Jonatha eram namorados e moravam com os pais, até que foram surpreendidos com a notícia de que ela estava grávida. “Como todo casal, também

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conversávamos sobre morarmos juntos quando nos sentíssemos prontos”, contam, “mas a vida mudou nossos planos e, desde que soubemos que teríamos um filho, passamos a planejar a vida a três”. Felizmente, Jonatha já possuía um terreno no bairro Itapoá, que de possibilidade de negócio passou a possibilidade de lar. Tendo em mente que iriam construir uma casa no terreno, Stéfanie e Jonatha foram em busca de recursos financeiros. Para tanto, usaram suas economias, receberam ajuda dos pais e de uma herança de família. “Nós podíamos ter financiado ou parcelado a construção, mas por conta do bebê, optamos por não deixar muitas pendências, pois poderíamos precisar de dinheiro em emergências de saúde e afins”, contam Stéfanie e Jonatha, que já pensavam no melhor para o filho antes mesmo de seu nascimento.

Além da experiência com a construção, o casal de engenheiros pensou em otimizar espaços na casa.

A experiência Uma edícula em alvenaria, ou seja, uma casa pequena, localizada no fundo do terreno, com sala, cozinha e lavanderia integradas, quarto e banheiro, que comportasse o

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Na cozinha, optaram pelo canto alemão, móvel que normalmente possui formato em L, criado para otimizar o espaço compactado da sala de jantar de uma forma diferenciada.

casal e o bebê, lhes proporcionasse conforto e segurança e, ainda, que fosse planejada cogitando uma ampliação – esse era o desejo dos papais de primeira viagem. Enquanto Jonatha foi o autor do projeto, um construtor responsabilizou-se pela obra, que iniciou em abril de 2017. Para Stéfanie, este período foi um frenesi de emoções, já que vivia os dias de construção e também de gestação. Sobre a ansiedade, ela responde: “Estava bastante ansiosa, mas pude ficar mais tranquila em relação à casa e me dedicar mais à gestação, pois Jonatha assumiu a obra e sei de seu capricho e profissionalismo”. Enfim, o pequeno Bernardo nasceu no mês de junho, quando a construção estava a todo vapor. “Foi uma alegria para nós e nossas famílias. Durante seus primeiros meses de vida, continuei na casa de meus pais com o bebê, enquanto Jonatha dormia na casa de seus pais, se dividia entre nossa família e a obra. De certa forma, isso nos deixou aliviados, pois deixamos de lado daquela pressão de concluir a casa antes do nascimento do Ber, e pudemos


deixar tudo pronto, do nosso jeitinho e no nosso tempo”, comenta a mamãe Stéfanie. Mais que construir, o casal também mobiliou toda a casa com móveis novos e planejados. A disposição dos móveis foi pensada com muito cuidado pelo casal, como, por exemplo, a estante no alto, para que não ficasse ao alcance do bebê, e o balcão da cozinha, com encaixe para cadeira de criança. Com exceção da cerâmica, que Jonatha teve a oportunidade de comprar direto de fábrica, e dos acabamentos elétricos, que foram comprados pela internet, todo o restante do material para a casa e da mobília foi comprado em Itapoá. “Nós moramos aqui, trabalhamos aqui, vamos criar nosso filho aqui e, por isso, achamos muito importante priorizar a compra aqui, em comércios locais”, diz Jonatha. Ele, que está prestes a se formar e já possui bastante experiência na área de construção civil, conta que tomou certos cuidados para obter conforto e funcionalidade em espaços reduzidos. Na cozinha, optou pelo canto alemão, móvel que normalmente

Família reunida: O casal Stéfanie Liara Cristine e Jonatha Aguiar, o filho Bernardo e o cãozinho companheiro.

possui formato em L, criado para otimizar o espaço compactado da sala de jantar de uma forma diferenciada. Já na área externa, projetou um pergolado de madeira coberto com policarbonato – opção com bom custo-benefício para utilizar como garagem e extensão da área de lazer, onde os amigos do casal costumam fazer churrascos. A mudança aconteceu, de fato, no dia 30 de dezembro

de 2017, em plena alta temporada, e simbolizou muitas coisas: a saída de Stéfanie e Jonatha da casa dos pais, o sonho realizado de ter sua própria casa e o início de uma nova família. Lar, doce lar Antes que a obra fosse concluída, Stéfanie e Jonatha pensavam logo na reforma de ampliação, mas, hoje, morando na casa relativamente pe-

quena, percebem que estão felizes, confortáveis e seguros assim. “Nosso Ber está com um ano e dois meses e já não depende de nós como antes, quando recém-nascido. Estamos vivendo uma fase muito boa e queremos aproveitá-la ao máximo”, comentam. Com base em sua experiência, o casal recomenda àqueles que desejam construir, mas não têm recursos financeiros para a ‘casa dos sonhos’, que priorizem o necessário na construção, mas pensem em um projeto a longo prazo, que possa ser ampliado. E, como um bom casal de engenheiros, ressalta a importância de um profissional de Engenharia Civil que, além de ter responsabilidade sobre a obra, oferece assessoria, soluções inteligentes e inovadoras. Recentemente, o lar ganhou um novo integrante: um filhote de cachorro, da raça buldogue francês, para ser o companheiro de Bernardo. Enquanto essas palavras estavam sendo redigidas o filhotinho ainda não havia recebido um nome, mas certamente trará ainda mais alegrias ao lar que Stéfanie, Jonatha e o pequeno Ber chamam de ‘nosso’.

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QUEM CASA, QUER CASA

Construindo com propósito e com as próprias mãos Ana Beatriz Machado Pereira da Costa

aos poucos, com minhas próprias mãos”.

Na vida de Jennifer Tainá Santos da Rocha e Claudio Saymon Henz, mais conhecido como Saymon, tudo acontece com um propósito de fé e força de vontade. Para economizar, ao contrário de muitas pessoas que possuem suas casas elaboradas por arquitetos ou construídas por uma equipe especializada em obras, o casal optou por morar em um local feito com as próprias mãos.

Fé e força O primeiro muro feito por Saymon ficou um pouco torto, o segundo já ficou melhor, até que o aspirante a construtor chegou ao resultado que desejava. “Acredito que Deus me capacitou para fazer coisas que eu nunca havia feito. O início da obra foi, sem dúvidas, um grande desafio para mim”, fala. Tudo estava indo bem, até que, em uma partida de futebol, ele fraturou a perna. Felizmente, recuperou-se rapidamente e pôde voltar ao

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ra final de 2016, Jeniffer estava de malas prontas, prestes a iniciar uma nova vida em outra cidade, mas uma série de imprevistos aconteceu. “Saymon e eu já éramos amigos no Facebook e conversávamos frequentemente. Como ele sabia que eu iria me mudar, também contei a ele quando deu errado”, ela recorda. Percebendo que a amiga estava triste com a mudança de planos, Saymon sugeriu que saíssem juntos. E, naquele mesmo dia que alguns planos deram errado, outros começaram a dar certo. Ele lembra que estava há dias orando para Deus com o propósito de encontrar uma mulher que gostasse das mesmas coisas que ele e com quem pudesse ter uma famí-

Jennifer Tainá Santos da Rocha e Claudio Saymon Henz posam em frente ao terreno, onde estará situado o lar da família.

lia. Três dias depois de se conhecerem, Saymon e Jennifer já estavam namorando; uma semana depois, estavam morando juntos, em uma casa alugada; e quinze dias depois, já haviam ganhado um terreno de presente do pai dela. Destino, acaso, coincidência... chame do que quiser, Jennifer e Saymon chamam de bênção. Para dar início à obra, tentaram o financiamento do programa habitacional ‘Minha Casa, Minha Vida’, mas não conseguiram. Certa vez, ele deixou seu emprego e, com o valor do acerto, encontrou a oportunidade ideal para começar a construir. A fim de economizar, o casal saiu do aluguel e passou a viver ora na casa dos pais dela ora na casa dos pais dele. Com orçamento reduzido, conseguiram a ajuda de um amigo da área de

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construção, que lhes ofereceu a planta de um projeto – dois quartos, sala, dois banheiros, lavanderia e cozinha, além de sustentação para uma possível ampliação – e assumiu toda a etapa de fundação da obra. Saymon lembra: “Precisávamos de uma forma econômica de dar continuidade à construção. Como eu já havia trabalhado como ajudante em obra e tinha um pouco de experiência na área, decidi construir a casa,


Para eles, focar no sonho da casa própria é priorizar o futuro e a família.

trabalho dois meses após o incidente. Jennifer conta uma cena que marcou sua memória: Saymon, em meio ao terreno, sentado sobre um tijolinho, com a perna engessada, assentando tijolos. Durante a semana, ele dedicava-se à construção e, aos finais de semana, ajudava a amada, que trabalha como confeiteira. “Focados em obter renda suficiente para comprar os materiais da casa, intensifiquei a produção de bolos e Saymon passou a me ajudar no preparo e nas entregas. Os bolos têm sido nossa única fonte de renda e, para nossa alegria, temos muitas encomendas”, conta Jennifer. Na execução da obra, além da ajuda do amigo na etapa da fundação, receberam ajuda de um compadre,

que ajudou no reboco das paredes. Tratando-se dos móveis não foi diferente: Jennifer e Saymon receberam muitas doações – que vão desde assento sanitário até fogão e geladeira – dos familiares. Eles, que são cristãos, mas não seguem religião, explicam como tudo conspirou a favor: “Sempre que estamos prestes a tomar uma decisão importante, como, por exemplo, comprar os móveis da casa, oramos juntos, para pedirmos a Deus um sinal. No dia seguinte, não precisávamos mais nos preocupar com o orçamento para a compra dos móveis, pois algum parente chegou até nós com algo usado, mas em bom estado, para nos dar. Além de muita fé em Deus e força de vontade, temos amigos e familiares

que são verdadeiros anjos em nossas vidas”. Família é o que há Apesar de jovens, Jennifer e Saymon, seja na construção ou na confecção de bolos, são determinados e esforçados. Para realizar o sonho da casa própria, vêm adotando medidas para contenção de gastos, como, por exemplo, optar por alimentos mais baratos, vender o carro, adiar a festa de casamento e abdicar das viagens que tanto amam fazer. Saymon, que é pai da pequena Alice, fruto de outro relacionamento, diz: “Já fui de me preocupar em vestir roupas de marca e ter um carro bom, mas desde que conheci o amor de Jesus venho priorizando minha família. Hoje, Jennifer e eu vivemos uma vida com propósito. Estamos muito animados com a ideia de morarmos em nossa casa, trabalharmos juntos e estarmos com nossas crianças”. Sim, você leu certo, nos-

sas crianças. Nos dias que antecederam essa entrevista, para alegria de Saymon, Jennifer e da pequena Alice, a confeiteira descobriu que estava grávida – um milagre que contrariou prognósticos de infertilidade. Baseado em sua experiência de construir com as próprias mãos, Jennifer e Saymon concluem: “Construir por conta própria é, sim, uma opção consideravelmente mais econômica do que a construção convencional, mas, em contrapartida, o envolvimento, a exaustão e a responsabilidade são muito mais intensos”. Durante o fechamento dessa edição, enquanto estava trabalhando com amigos para obter renda extra, Saymon sofreu outro incidente e, dessa vez, fraturou o pé. Desejamos uma boa recuperação a ele e que o lar do casal, ou melhor, da família, fique pronto em breve. Agora, é claro, com muito mais amor e sentido.

Recentemente, a pequena Alice, filha de Saymon, foi promovida à irmã mais velha, pois Jennifer e Saymon descobriram que serão papais.

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CONSTRUÇÃO

Lugar de mulher é, também, na construção e reforma

Ana Beatriz Machado Pereira da Costa

Com ferramentas em punho e disposição para sujar as unhas, Marta Fernandes Gomes, moradora de Itapoá (SC), quebra tabus e prova que lugar de mulher é onde ela quiser, inclusive, na construção e na reforma. Além de trabalhar de manicure e cuidar de residências de turistas, Marta ajudou a construir a própria casa, faz consertos, reformas e está sempre colocando a Um registro para se orgulhar: Marta Fernandes Gomes posa em frente à casa que ajudou mão na massa. a construir e sempre sonhou ter.

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ascida em Florianópolis (SC), Marta passou a viver em Itapoá logo aos onze anos de idade. Foi no município litorâneo do norte catarinense que se criou, se casou e teve dois filhos. Certa vez, o sogro de Marta presentou o filho e sua família com uma casa, na região de Itapema do Norte. “Passamos a morar na casa, que era feita de madeira, porém, estava tomada pelo cupim. Como meu pai era pedreiro e carpinteiro, pedi a ele que me ajudasse a construir uma casa para que eu e minha família morássemos, nos fundos do terreno”, recorda. O pai, prontamente, topou o desafio. Ele sugeriu a filha que fizessem um sobrado e, logo, desenharam o projeto.

Conforme Marta, seu pai foi seu grande professor: “Ele me ensinou a rebocar, assentar tijolos, pintar e fazer texturas nas paredes, colocar azulejos, cortar pisos e tudo o que você possa imaginar. Era um grande desafio, porque ele apenas explicava como era e, em seguida, eu tinha de colocar a mão na massa”. Felizmente, sem qualquer experiência na área, seja por habilidade ou por crescer observando o pai, Marta mostrou-se uma ótima aspirante a construtora da própria casa. Ela recorda que este período não foi fácil, pois trabalhava fora o dia todo, tinha dois filhos pequenos e, ainda, trabalhava na construção do sobrado até a madrugada. “Eu vivia com calos nos dedos, sentia dor, cansaço e às vezes até chorava, mas nunca desisti, fazia aquilo com prazer, porque estava construindo a casa própria, do jeito que sonhava quando criança”, lembra.


Marta colocando a mão na massa na reforma de sua casa.

O sobrado levou cerca de cinco anos para ser construído. Isso, porque todos os anos Marta trabalhava durante seis meses como manicure e cuidadora de casas de turistas com o objetivo de juntar dinheiro para a compra dos materiais, enquanto nos outros seis meses, além de trabalhar, dava continuidade à construção da casa ao lado do pai, que vinha de Balneário Camboriú (SC) para ajudar a filha. “Eu trabalhava focada em comprar os materiais da casa. Sempre preferi pagar à vista ao invés de parcelar, pois conseguia descontos, me

sentia mais segura e confortável”, conta. Assim que a obra da casa foi concluída, ela e o pai tinham planejado construir os muros, no entanto, ele veio a falecer. No coração e na memória de Marta ficaram todos os aprendizados e os bons momentos que compartilharam juntos durante a construção do sonho da filha. Recentemente, com a ajuda do irmão, que trabalha na área da construção civil, Marta reformou o sobrado, onde mora com o marido e um dos filhos. Volta e meia, a manicu-

A cada piso e azulejo colocado pela manicure, há suor e muita dedicação.

re troca azulejos, derruba paredes, faz pátina nos móveis, decora os ambientes, reforma os ambientes, dá cara nova a uma banqueta ou planta mudas na horta. Bastante ativa, Marta não gosta de ficar parada e tem muitas paixões: construir, reformar, cozinhar, decorar, limpar, correr, plantar e pedalar. Exemplo de foco e persistência, com o dinheiro que ganha trabalhando como manicure e cuidando de residências de turistas Marta construiu e reformou a casa própria, comprou seu carro e já teve motocicletas. Agora, irá fazer sua primeira viagem internacional para o Chile, a fim de pedalar com um grupo de amigos. Com toda a sua naturalidade, desconstrói o tabu que a sociedade nos impõe de que existem ‘atividades para homens’ e ‘atividades para mulheres’. Em sua opinião, a experiência com construção e reforma para uma mulher é, sim, desgastante, mas não impossível. Ela conclui: “Se eu não colocasse a mão na massa, não teria quem colocasse por mim. E quando a gente sonha a vida toda com alguma coisa, dá a vida por aquilo”.

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arte solidária

O poder da arte, cultura e educação Ana Beatriz Machado Pereira da Costa

A artesã Neusa Cardoso Lopes Montoya, moradora de Itapoá (SC), se realiza no trabalho manual. Mais que amor ao ofício, suas bolsas artesanais e exclusivas traduzem 73 anos de histórias e de uma educação que valorizava a arte e a cultura.

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ilha de imigrantes espanhóis, que chegaram ao Brasil para fugir da miséria que assolou a Europa após duas grandes guerras, Neusa nasceu em Santa Mariana (PR). “Minha família veio de Andalucía, ao Sul da Espanha, uma região bastante voltada à arte, dança e música, o que influenciou em minha educação”, conta Neusa, “oriunda de uma família de imigrantes, não tínhamos muito dinheiro, então, estudei por toda a infância em escolas públicas – mas,

Para a artesã Neusa Cardoso Lopes Montoya, que confecciona bolsas artesanais, todo trabalho feito à mão carrega muito amor e história.

naquele tempo, o ensino público era de primeiríssima qualidade, com muito incentivo à arte e cultura”, comenta. Na escola do interior do Paraná, especialmente nas aulas de educação artística, se aprendia tricô, crochê, bordado, costura e outras técnicas manuais. As aulas de música

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eram ensinadas por uma professora formada em música, que lecionava as aulas ao piano. Em casa, Neusa teve influência da mãe, que confeccionava as roupas da filha com bordados, crochês e rendas. “Sempre tive muita curiosidade e habilidade para tra-

balhos manuais. Tudo aquilo que é feito à mão me encanta, pois tem amor e história”, diz. O tempo passou, Neusa formou-se em Letras e trabalhou por muitos anos como professora. Casou-se com um artista plástico e, acompanhando o amado, ela manipulou tintas, organizou vernissages (evento cultural, onde pintores, escultores e fotógrafos expõem seus trabalhos), viajou para o exterior para participar de exposições e atravessou muitas fronteiras no campo da arte. Sua relação com o município de Itapoá começou na década de 70, onde Neusa e seu esposo, falecido há onze anos, colecionaram uma infinidade de bons momentos e amigos. “Depois que perdi meu marido, passei uma temporada em Itapoá para ocupar a cabeça e, como já estava aposentada e tenho muito afeto por este lugar, acabei ficando por aqui”, conta a professora aposentada, que reside no município litorâneo há dois anos.


Neusa confecciona uma infinidade de bolsas artesanais, práticas, informais e exclusivas.

Bolsas artesanais Ela, que despertou para o artesanato logo na infância, conta que muitos aprendizados ficaram armazenados em sua memória. Depois de dedicar-se a diferentes técnicas manuais, hoje, Neusa confecciona belíssimas bolsas artesanais, feitas em tecido, macramê, couro sintético, entre outros materiais. “Minhas peças são feitas para mulheres que gostam de bolsas práticas, para o dia a dia, com um conceito mais informal, descolado e, claro, exclusivo, uma vez que nenhuma bolsa é feita igual a outra”, explica. Para Neusa, o momento de criação é como uma terapia, onde ela extravasa sua ansiedade, suas angústias e

a saudade do amado marido. “O artesanato é vocação, é terapia, é lazer, é tudo. Produzo com muito amor e, obviamente, gosto quando me traz resultados positivos, seja uma venda ou um elogio. É gratificante para um artesão saber que seu trabalho pode agradar as pessoas”, conta. Em sua opinião, quando algum ofício é feito com amor, é porque faz parte de você, está intrínseco em sua personalidade desde seu nascimento. Poder transformador Enquanto artesã, Neusa sonha que o artesanato seja mais valorizado. “Em Itapoá, a Secretaria de Cultura se esforça muito em prol dos artesãos. Contudo, sonho que o artesa-

nato tenha cada vez mais lugar de destaque. Sonho com um lugar onde os turistas possam chegar, conhecer tudo aquilo que é produzido em Itapoá e levar para as suas cidades”, comenta. Ainda, a professora aposentada ressalta a importância do artesanato para a cultura, o turismo e a economia do município. “Acredito que a arte e o artesanato têm poder transformador e são representatividades culturais de um povo. O Brasil é muito diversificado, rico em culturas, povos, raças, credos, costumes e cada região possui sua representação. Tudo isso, resulta em uma linda miscelânea, que é o artesanato brasileiro”, diz. Além das habilidades

manuais, Neusa tem outras grandes paixões: a família, a música e a dança flamenca. Hoje, aos 73 anos de idade, ela curte seus filhos, netos e bisnetos, confecciona suas bolsas, desfruta da qualidade de vida no litoral e sonha com um futuro com mais arte, cultura e educação. Neusa Cardoso Lopes Montoya é uma das artesãs cadastradas junto ao Departamento de Cultura, da Secretaria Municipal de Turismo e Cultura. Se você deseja conhecer melhor a história da artesã ou adquirir uma bolsa artesanal e exclusiva, entre em contato com Neusa através do número 47 99793-2494.

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isepe

As redes sociais do século 21, para onde caminhamos?

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O compartilhamento de notícias falsas, as famosas fakenews; a difamação e a injúria, comprometem o futuro dessas estruturas tão importante na vida de uma sociedade em franco progresso.

undo conectado, pessoas conectadas, liberdade de expressão que nos torna cada vez mais próximos dos acontecimentos, de uma realidade globalizada e sem volta. Conectividade é a nova ordem. A socialização do século XXI passa obrigatoriamente pelas redes sociais (facebook, youtube, twitter, whatsapp, skype, linkedin, etc.), é como se fosse uma forma de identidade onde somos reconhecidos. Essas ferramentas de comunicação são extremamente positivas quando bem utilizadas, infinitos recursos que não só aproximam pessoas e conectam o mundo, mas principalmente, permitem expor opiniões sobre fatos e acontecimentos, um terreno fértil e democrático para a disseminação de ideias edificantes e do debate construtivo. Contudo, infelizmente não são poucos os excessos onde os desavisados não medem palavras e sequer as consequências, quando despejam ódio e regurgitam suas frustrações maculando reputações, como se todos fossem obrigados a pensar ou agir igualmente. O compartilhamento de notícias falsas, as famosas fakenews; a difamação e a injúria, comprometem o futuro dessas estruturas tão importante na vida de uma sociedade em franco progresso, estruturas com a finalidade de promover valores, informações, conhecimento e compartilhar objetivos comuns para a

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construção de um mundo melhor. Cada vez mais se torna difícil reconhecer o que é falso e o que é verdadeiro. E o que fazer para mudar esse quadro? Bom senso, nunca é demais quando se pondera no momento de se publicar ou compartilhar informação, afinal a internet não é um ambiente social? Aquilo que não se fala em público, via de regra, não deveria ser publicado, não é mesmo? O momento requer cons-

trutividade onde o tempo dos “sem noção” já não cabe mais. Liberdade sempre, mas com responsabilidade, onde palavras e opiniões devem ser pautadas em princípios que contribuam para o progresso de uma sociedade. Coordenação de Comunicação Prof. Jonas Maciel da Silva DRT 0010332/PR





MERCADO IMOBILIÁRIO

Como descobrir quanto vale o seu imóvel Ana Beatriz Machado Pereira da Costa

Existem algumas maneiras de avaliar o preço do seu imóvel. Umas são mais apuradas e indicadas para quem deseja estipular um valor mais preciso ao colocar o imóvel à venda. Outras, mais superficiais, podem ser indicadas para quem apenas quer ter uma noção sobre o valor do seu patrimônio. Para saber o que fazer para precificar seu imóvel, entrevistamos Jerry Luís Sperandio, cuja família atua no mercado imobiliário itapoaense desde 1993. Graduado em Tecnologia em Processamento de Dados e em Administração, Jerry é Corretor de Imóveis e sócio da Sperandio Imóveis & Arquitetura. Revista Giropop: Em sua visão, quais fatores influenciam na avaliação de um imóvel? Jerry Luís Sperandio: Em uma avaliação diversos aspectos devem ser considerados, tais como: localização, qualidade dos materiais utilizados na obra, estado de conservação, vizinhança (padrão das residências e opções de comércio e serviços existentes), etc. Po-

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Com anos de expertise, Jerry Luís Sperandio afirma que demanda e oferta têm enorme influência nos valores dos imóveis.

rém, considero que o valor de um bem consiste no preço que alguém esteja disposto a pagar por ele. A avaliação é uma estimativa considerando as diversas variáveis, mas o real valor do imóvel será conhecido quando de fato a negociação for efetivada, ou seja, o imóvel vendido. Por esse motivo, a demanda e a oferta têm uma enorme influência nos valores dos imóveis.

Revista Giropop: Contextualizando para o município de Itapoá, há algum detalhe que influencie na avaliação de um imóvel situado nessa região? Jerry Luís Sperandio: Sim. No caso de Itapoá, um detalhe importante é observar o relevo do terreno em relação ao nível da rua: como estamos em uma cidade plana e ao nível do mar, onde o escoamento das águas pluviais é mais


complicado e também o lençol freático é bem superficial, uma edificação mais elevada minimizará eventuais riscos decorrentes de chuvas torrenciais e, principalmente, diminuirá a umidade ascendente, tornando o imóvel mais seguro e confortável. A localização também é fator primordial, uma vez que Itapoá é um município extremamente extenso, com diversas regiões – cada uma com suas peculiaridades. É evidente que as regiões que concentram maior número de comércios e moradores tendem a ser mais valorizadas e, é claro, que a distância em relação ao mar também deve ser sempre observada. Revista Giropop: A avaliação pode divergir de acordo com quem estipula o preço? Há diferença se a avaliação é feita pela imobiliária, pelo banco ou pelo próprio proprietário? Jerry Luís Sperandio: Via de regra, existem normas técnicas para elaboração de avaliações, porém, mesmo que dois avaliadores sigam criteriosamente estas normas, podem chegar em resultados diferentes em razão de particularidades de cada imóvel e de fatores subjetivos. Infelizmente, também existem os profissionais que, na ansiedade de angariar um imóvel para venda, majoram o valor do mesmo, vindo a prolongar a possibilidade de realização de negócio. Os proprietários sempre esperam uma avaliação superior e muitas vezes se frustram quando passamos nosso parecer, principalmente quando a situação econômica é desfavorável, onde a oferta é muito grande e a procura reduzida. Em relação aos bancos, vou citar o exemplo da Caixa Econômica Federal, que possui cerca de 70 profissionais cadastrados em nossa região e, por definição, devem seguir rigorosamente as normas de avaliação e procedimentos internos do banco. Contudo, é comum de haverem diferentes avaliações em imóveis iguais. Revista Giropop: Qual a diferença entre o parecer técnico e o parecer verbal na avaliação de imóveis? Jerry Luís Sperandio: Obrigatoriamente, a elaboração de um PTAM (abre-

viação de Parecer Técnico de Avaliação Mercadológica) consiste em um maior detalhamento dos fatores que exercem influência para se estipular o valor de um imóvel e, geralmente, este documento é utilizado para fins de partilhas de bens, dações em pagamentos, etc. Já a avaliação verbal habitualmente é feita com base na visualização do imóvel pelo profissional, o qual, com sua experiência, pode exprimir um parecer mais subjetivo e rápido. Revista Giropop: Pesquisar o valor de imóveis similares é uma boa estratégia para descobrir quanto vale o seu bem? Jerry Luís Sperandio: Um erro comum é basear-se tão somente pelo valor anunciado de imóveis similares. Um imóvel que está sendo ofertado por determinado valor não representa, necessariamente, que será comercializado por esse valor. Evidentemente que a oferta de imóveis similares pode contribuir na estimativa de preço, porém deve-se levar em consideração principalmente as transações efetivamente realizadas, até porque os valores ofertados podem representar o desejo do proprietário e não representar a realidade de mercado no momento. Revista Giropop: E qual a sua opinião sobre sites e aplicativos como “Quanto Vale Meu Apê” e “123i”, que ajudam a estipular valores? Jerry Luís Sperandio: São aplicativos interessantes, porém, acredito que ainda não decolaram em razão da base de dados estar limitada a grandes centros. Devido às inúmeras particularidades de cada imóvel e de cada região, acredito que uma avaliação digital mais fidedigna somente será alcançada quando houver uma maior base de dados. Revista Giropop: A avaliação difere entre imóveis com benfeitorias (construção), situados em regiões com muitos ou poucos terrenos disponíveis? Jerry Luís Sperandio: Se tratar-se de um imóvel com benfeitorias é sempre importante se informar quanto um

empreiteiro cobraria para edificar uma obra nova. Somando-se esse valor ao custo médio do terreno nas imediações alcança-se o valor para começar uma casa desde o início. Se for em uma região onde há muitos terrenos disponíveis e o imóvel já for um pouco antigo, tem-se que considerar que para o adquirente se tornará preferível adquirir um terreno e edificar a casa da maneira que desejar, a não ser que o imóvel usado tenha uma vantagem competitiva, ou seja, o preço. Essa comparação não se aplica onde há escassez de terrenos disponíveis, onde o valor do terreno pode chegar a representar muito mais do que o valor da construção. Revista Giropop: Neste processo em busca da avaliação, qual a importância de consultar um Corretor de Imóveis? Jerry Luís Sperandio: O Corretor de Imóveis é o profissional mais capacitado para emitir pareceres sobre valores de imóveis, não só pela formação, mas principalmente pela experiência na atividade. É natural, portanto, que os Corretores que atuam há mais tempo tenham uma bagagem maior, mas um profissional dedicado e comprometido com menos tempo no mercado também pode se tornar um avaliador capacitado. O importante é ter convicção de seus métodos sem deixar-se influenciar por fatores alheios que possam prejudicar no resultado, tal como a “vontade” do proprietário em alcançar um valor maior pelo bem. Revista Giropop: Por fim, o que você diria àqueles que enfrentam dificuldade para avaliar o seu imóvel? Jerry Luís Sperandio: Em busca de obter o valor de seu bem, procure profissionais capacitados e dedicados, desconfiando daqueles que estipulam valores sem mesmo visitarem o imóvel. Em nosso escritório, por exemplo, temos como regra não sugerir valores sem antes irmos até o imóvel e sempre que possível reunimos os Corretores para, juntos, elaborarmos as avaliações, considerando a opinião e experiência de cada um.

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TELHAS

Informe-se e faça a escolha certa Ana Beatriz Machado Pereira da Costa

A cobertura bem planejada assegura proteção contra a água da chuva, além de eficiência contra barulho, calor e frio em excesso. E o elemento mais importante dessa composição é a telha. Logo, a tarefa de eleger o material e o formato das peças não é simples, pois qualquer erro pode pesar no bolso e resultar na temida infiltração. Em conversa com a equipe do Mercado das Telhas, de Itapoá (SC), respondemos as principais dúvidas para você dormir tranquilo sob um teto seguro.

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onforme Rita de Cássia Titon e Genivaldo Garcia Brunato, casal de proprietários do Mercado das Telhas, em uma construção, o telhado não pode ser deixado de lado, já

Genivaldo Garcia Brunato e Rita de Cássia Titon são proprietários do Mercado das Telhas, empresa que é referência no assunto.

que ele é uma das partes da residência que fica mais exposto às agressões do dia a dia. Embora em muitas construções só se pense em escolher as telhas e o telhado da casa quando a edificação já está quase pronta, o ideal é que a cobertura seja planejada desde o início do projeto. Para evitar incômodos com as mudanças climáticas, é muito importante seguir a recomendação do fabricante sobre a inclinação indicada no produ-

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to. A instalação também é essencial: as bordas das telhas devem ser fixadas à estrutura do telhado. O que considerar Na procura pela telha ideal, é preciso considerar alguns fatores, tais como a inclinação do telhado. “Se usar uma telha com mais ou menos inclinação do que indicado para o telhado, cedo ou tarde pode entrar calor, água e vento”, ressalta Genivaldo, “por exemplo, se a

telha exige uma inclinação de 35%, se for em instalada em 40% pode ser arrancada facilmente”, complementa. Também, é preciso analisar se o tipo de telha combina com o formato do telhado e com o estilo de construção, e observar se o produto é homologado pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Afinal de contas, a qualidade do material influencia diretamente na durabilidade do produto. O momento da instalação também exige cuidados. “As bordas de todas as telhas devem ser fixadas, para que uma borda levantada não acabe levando as outras junto. Para tanto, é imprescindível contratar um profissional que entenda da estruturação da cobertura, encaixe e fixação de telhas”, comenta Rita. Após a instalação, é preciso ficar atento às manutenções e limpezas periódicas. No Mercado das Telhas, em Itapoá, você encontra o Limpa Telhas Dubom, produto muito potente para limpeza de telhas e paredes.


As telhas, quando bem escolhidas, apresentam conforto térmico, apelo estético e eficiência em termos de vedação.

Tipo de telhas Cada vez mais surgem novas telhas para todos os bolsos e gostos. No Mercado das Telhas, há variedade em telhas de cerâmica naturais (também chamadas de telhas de barro), telhas de cerâmica esmaltadas e telhas de concreto. No comércio, os produtos são certificados e de qualidade, sendo os mais comuns das marcas Tettogres, Icetec, Isotec, Premier e Domus. De acordo com Genivaldo, há procura no mercado pelas telhas de concreto. Contudo, é preciso tomar certos cuidados: “Normalmente, as telhas de concreto não vêm com um esmalte de cobertura. Por isso, é importante aplicar alguma resina para fazer proteção e impermeabilização”, explica. As telhas de cerâmica são as mais antigas e ainda as

mais utilizadas em residências. “As de cerâmica, especialmente esmaltadas, que vêm com película de proteção, apresentam inúmeras vantagens, pois dão mais conforto térmico, são mais bonitas visualmente, além de serem muito eficientes em termos de vedação”, comenta Rita. Em Itapoá, ainda há procura pelas telhas de cerâmica naturais, ou seja, sem revestimento algum, mas os profissionais do Mercado das Telhas são unânimes ao dizer que as telhas de cerâmica esmaltadas são muito mais eficazes. Ricardo Pagnan, vendedor e consultor da marca Tettogres, ressalta que, em termos de cobertura com produtos cerâmicos, a melhor telha da atualidade no mercado é a telha cerâmica Semi-Grés. “A base da peça Semi-Grés é po-

pularmente chamada de telha de piso, pois o sistema de produção se assemelha muito ao sistema de produção de piso cerâmico. Sua base é o argilito, uma rocha que é moída, já na camada superior é aplicado o esmalte cerâmico, o que resulta em alta resistência e bom rendimento por metro quadrado”, explica Ricardo. Há vários modelos de telhas de cerâmica, como as portuguesas, americanas, coloniais, francesas, romanas, entre outros. Cor ideal Segundo profissionais do Mercado das Telhas, a cerâmica é o material mais adequado ao nosso clima, ou seja, o que mais oferece conforto térmico. Tons escuros retêm o calor e, por isso, são indicados para regiões mais frias. Já adotar as telhas brancas ou em cores

claras diminui a temperatura e refresca o ambiente, ou seja, são mais indicadas para regiões de calor. Por mais que as telhas claras reflitam melhor o sol e não absorvam tanto o calor, as telhas escuras são as mais requisitadas – especialmente o tom pinhão, a tendência da vez. Para harmonizar as cores da edificação com as da cobertura, Ricardo dá a dica: “No site oficial da Tettogres (www. tettogres.com.br) existe uma aba chamada ‘simulador de cores’, onde o visitante pode escolher a cor da telha e a cor da parede da casa para ver se combinam entre si”. Seja clara ou escura, de cerâmica ou de concreto, americana ou francesa, em Itapoá, você pode contar com o Mercado das Telhas para escolher a peça ideal para sua casa e seu estilo.

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MEIO AMBIENTE

Campanha ambiental coleta cerca de 400kg de resíduos perigosos

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Ana Beatriz Machado Pereira da Costa

A ASPLAMB Serviços LTDA, empresa de licenciamento e gestão ambiental em Itapoá e região, com apoio da Revista Giropop e de outras empresas municipais, realizou o projeto “Descarte Adequado de Pilhas e Baterias”. O principal objetivo da iniciativa foi sensibilizar a comunidade local sobre a necessidade de dar destinação correta às pilhas e baterias usadas, reduzindo a quantidade de artefatos lançados no meio ambiente. Para saber mais sobre os alcances e resultados positivos que a campanha ambiental, que encerrou-se em 29 de agosto de 2018, conversamos com Jéssica Holz, bióloga (CRBio 101237-03/D) e responsável técnica da ASPLAMB Serviços LTDA.

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Darlene Cechin, membro da equipe técnica da ASPLAMB Serviços LTDA.

princípio, a campanha deveria durar apenas 30 dias (de 10 de julho a 10 de agosto), contudo, notando a sensibilidade das pessoas com relação ao descarte correto de resíduos perigosos (no caso, pilhas e baterias), estendeu-se por um período maior, encerrando-se em 29 de agosto. Conforme Jéssica, houve grande procura e solicitação de outras entidades e comércios informando que as pessoas ainda buscavam local para descartar suas pilhas e baterias. “Acreditamos que muitas pessoas não têm conhecimento do potencial poluidor desse tipo de material. Além disso, também foi possível notar que as pessoas que sabiam que pilhas e baterias não podem ser descartadas em lixo comum, guardavam esse material em suas casas, pois diversas pessoas trouxeram as pilhas em suas


sacolinhas de mercado e em embalagens plásticas, como garrafas pets (evitando vazamento de material contaminante)”, explica. Com a iniciativa, foram coletados, ao todo, cerca de 400kg de pilhas e baterias. O material recolhido foi acondicionado em recipientes adequados e está aguardando a empresa responsável fazer a coleta, a fim de direcioná-lo ao destinador. Vale frisar que a empresa que realizará o transporte possui todas as licenças para transportar resíduos perigosos, bem como a que irá fazer a destinação final do material, que logo será fornecido ao Manifesto de Transporte e destinação de resíduos. Ao fim da campanha, a equipe da ASPLAMB Serviços LTDA notou que, felizmente, muitos moradores já tinham conhecimento sobre o risco de contaminação oferecido por esse tipo de material. Também, surpreendeu-se com a quantidade de baterias de celulares arrecadadas, que deve somar quase um terço do total de material coletado. Mas, ainda assim, é importante lembrar que grande parte da população ainda descarta esse tipo de mate-

tância do meio ambiente e a melhor forma de usufruir dos benefícios que nos são oferecidos. Precisamos tomar conhecimento que a educação ambiental é uma importante ferramenta de sensibilização, é de suma importância, é uma necessidade social e cultural”, comenta a bióloga.

A campanha reforça que pilhas e baterias são considerados resíduos perigosos, portanto, devem receber destinação adequada.

rial no lixo comum, por falta de informação e de local adequado para a destinação. Em nome de todos os envolvidos na iniciativa, Jéssica ressalta a importância de agir imediatamente para ajudar o meio ambiente. “Não podemos mais esperar. É preciso que tenhamos cada vez mais atitudes e ações como essa que realizamos. O auxílio dos patrocinadores, apoiadores e da população itapoaense foi de extrema importância. A educação ambiental é um dos pilares da preservação ambiental, uma vez que sensibiliza a população sobre a impor-

Descarte adequado de pilhas e baterias A campanha ambiental da ASPLAMB Serviços LTDA está encerrada, mas, se você possui resíduos perigosos em sua casa e deseja dar destino adequado a eles, fique atento na explicação de Jéssica: “Desde 1999, uma resolução do CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente), tornou obrigatório que revendedores e importadores de baterias, assim como serviço técnico autorizado, aceitem os produtos usados e os armazenem de maneira adequada, para serem posteriormente enviadas ao fabricante. Em 2010, a PNRS (Política Nacional de Resíduos Sólidos) reforçou a responsabilidade pelo descarte de baterias. A PNRS torna obrigatório o desenvolvimento e implantação de programas de logística reversa independentemente do

serviço público de limpeza, pelos fabricantes, importadores, distribuidores e revendedores de baterias de quaisquer tipos. Então, o correto é descartar em local adequado ou devolver ao local onde foi comprado, para que seja devolvido ao fabricante”. A ASPLAMB Serviços LTDA agradece a todos os envolvidos na campanha: munícipes, apoiadores e patrocinadores, como LMC, Fabianno Lima Arquiteto, Revista Giropop, Rafaela Besen Corretora da Imóveis, Jr Pava Adm de Bens Próprios, Horizon Topografia, Imobiliária Besen e South Beach. Nas palavras da bióloga e responsável técnica, “sem a ajuda de todos não teríamos conseguido arrecadar uma quantia tão grande de material, nem realizar as devidas destinações conforme prevê a Legislação vigente”. A empresa se coloca à disposição da comunidade para eventuais dúvidas ou, ainda, futuros projetos. A ASPLAMB Serviços LTDA está situada na Rua Caracaxá, 194, Jd. Pérola do Atlântico, Itapoá – SC. Telefone 3443-2905 e e-mail: contato@asplambambiental.com.br

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FINANCIAMENTO

Financiar o seu sonho também pode ser uma boa opção

Ana Beatriz Machado Pereira da Costa

O sonho da casa própria surge em oportunidades que a vida dá para a realização deste projeto. Quem pretende realizar este sonho encontra hoje no mercado uma variedade de opções de financiamentos. Para construção existe, por exemplo, o programa habitacional Minha Casa Minha Vida, através do qual é possível adquirir a casa pronta ou comprar o lote e idealizar a própria residência. Em Itapoá, a Pérola do Atlântico é a única empresa correspondente da Caixa Econômica Federal, oferecendo, desde 2014, todas as linhas de crédito imobiliário. Para saber mais, conversamos com Geila Mertens, proprietária da Apolar Imóveis de Itapoá e da Pérola do Atlântico.

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dquirir a casa pronta ou comprar o lote e idealizar a própria residência? Para esta segunda opção, o programa habitacional ‘Minha Casa, Minha Vida’ considera fundamental a criação de um projeto arquitetônico, que se adeque às exigências do programa, condições financeiras e gostos do cliente. Há quatro anos à frente da empresa correspondente da Caixa Econômica Federal, Geila explica como atua o programa Minha Casa Minha Vida na modalidade de construção com aquisição do terreno: “Neste ano de 2018, para se enquadrar no programa, a construção deve ser avaliada em um valor de, no máximo, R$ 145 mil. Contudo, a partir de 2019 esse valor deverá baixar para R$ 95 mil”. Segundo a proprietária da Pérola do Atlântico, o principal público com interesse neste tipo de financiamento são pessoas de diferentes idades e estado civil em busca de adquirir independência e planejar o futuro. Mas vale ressaltar que

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Geila Mertens é proprietária da Pérola do Atlântico, a única empresa correspondente da Caixa Econômica Federal em Itapoá.

para se adequar ao programa todas devem possuir renda comprovada. Para facilitar o entendimento, Geila detalha passo a passo o processo: “A primeira coisa é fazer uma avaliação do cliente, a fim de saber qual é o seu potencial de investimento, para, então, definir qual estratégia seguir. Uma vez definido este valor, é hora de procurar o terreno. Para a escolha do terreno, as exigências são básicas, como a obrigatoriedade de iluminação e abastecimento de água na área. Adquirido o terreno, o projeto é montado para ser aprovado na Prefeitura Municipal de Itapoá e, logo em seguida, passamos ao cliente uma lista com as documentações necessárias para montar o processo do financiamento. Tal processo é enviado para a fiscalizadora da Caixa Econômica e, se estiver de acordo, será aprovado e liberado para assinatura do contrato na agência”.

O valor do financiamento oferecido pela Caixa é liberado em etapas. “Após a primeira etapa da obra, a fundação, um terceirizado da Caixa faz visita à obra para fazer a vistoria, fotografar a obra e liberar a execução”, explica Geila, “e assim seguem nas próximas etapas”. Ou seja, a obra é iniciada com recurso próprio, por isso, é recomendado que o cliente tenha, inicialmente, uma reserva de dinheiro. A correspondente nos conta que, sobre os materiais utilizados no imóvel, a Caixa Econômica possui algumas exigências, tais como: obrigatoriedade de alvenaria em toda a parte interna e externa da casa; calçada ao redor da casa; laje e telha de fibra e cimento ou, então, telha de barro e forro de PVC ou madeira, entre outras exigências. Conforme Geila, atualmente, em Itapoá, a grande procura é pela modalidade que oferece o imóvel já pronto. Mas é importante lembrar que no ‘Minha Casa, Minha Vida’ os juros são iguais para as duas modalidades (tanto de construção quanto do imóvel já pronto). Ela explica que o que muda de uma modalidade para a outra é em relação à renda do cliente, pois, quanto maior a renda, maior a taxa de juros. Devido ao desconhecimento das regras construtivas do programa habitacional, alguns imóveis acabam não se enquadrando ao financiamento imobiliário. Portanto, Geila aconselha: “antes de construir, é extremamente importante que o cliente levante todas as informações necessárias para que execute a obra dentro das normas e para que não tenha do de cabeça na hora de financiar o imóvel”. Para esclarecer outras dúvidas, a empresa Pérola do Atlântico está situada na Avenida Beira-Mar III, 1104, sala 02 (no prédio da Apolar Imóveis), em Itapema do Norte. Para maiores informações, entre em contato com a correspondente Geila através do número: 47 99235-0918.



EMPREENDEDOR DO MÊS

Uma grande obra começa pela terraplanagem

Ana Beatriz Machado Pereira da Costa

Vários fatores devem ser considerados antes de iniciar uma construção, como, por exemplo, o terreno no qual a obra será levantada. Afinal de contas, um imóvel precisa ser construído em um terreno alinhado e regular. Pensando nisso, conversamos com Adriano Sebastião Miqueletto, proprietário da Miqueletto Terraplanagem, empresa referência na área de terraplanagem em Itapoá e região.

Adriano Sebastião Miqueletto trabalha com terraplanagem desde 1996 e, hoje, é proprietário da empresa Miqueletto Terraplanagem.

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tuante no segmento da terraplanagem desde 1996, Adriano iniciou seus trabalhos município de Itapoá há cerca de 15 anos. A em-

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presa que começou com apenas dois funcionários e dois equipamentos em uma área de 360 m² se desenvolveu e, hoje, possui mais de vinte funcionários, doze equipamentos e uma área de 7200 m².

As obras de terraplenagem consistem em movimentar quantidades de terra a fim de adequar o relevo de uma determinada área ou terreno com topografia irregular a um projeto de terraplenagem ou


A empresa trabalha com equipamentos modernos, renovação de frotas e maquinários.

de construção. “Normalmente, a obra ocupa toda a área do terreno, e se o mesmo estiver limpo e aterrado, além da estética, adianta a finalização da obra”, explica Adriano. Os principais serviços oferecidos pela Miqueletto Terraplanagem são serviços: de terraplanagem, locação de escavadeiras, retroescavadeiras, caminhões basculantes para aterro e desaterro, demolições, pavimentos de ruas e pátios. Para avaliar o preço do serviço, os profissionais fazem o reconhecimento vi-

sual do local e, com os dados corretos sobre as dimensões do mesmo, calculam altura, compactação e sua posterior limpeza. Na Miqueletto Terraplenagem, é possível realizar um orçamento sem compromisso e o pagamento pode acontecer através de pacotes ou valores individuais de horários e cargas. Àqueles que desejam construir, Adriano aconselha que procurem empresas de terraplenagem idôneas, referências com alguém que utilizou os serviços, recomenda-

Ao lado do filho, Adriano Miqueletto agradece a seus clientes, parceiros e colaboradores pela confiança.

ções com outros profissionais envolvidos na área e confiram trabalhos já executados. “Creio que todos precisam fazer a manutenção de sua área antes de serem construídas ou comercializadas. Em nossa empresa oferecemos todo suporte técnico e logístico, sempre inovando com equipamentos modernos e com a capacitação de nossos funcionários”, ressalta Adriano. Conforme o proprietário, os principais diferenciais da Miqueletto Terraplenagem são

qualidade e transparência, prezando por um resultado final satisfatório. Recentemente, a empresa trouxe novidades: pavimentação e artefatos de cimento em geral, e renovação de frotas e maquinários. Em nome de toda a equipe da Miqueletto Terraplanagem, Adriano conclui: “Agradecemos a todos os nossos clientes, parceiros e colabores pela confiança. Esperamos contribuir cada vez mais com os sonhos das pessoas, trazendo sucesso e benfeitorias à sua obra”.

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A nossa cicloviajante Suwana encantou-se com os corpos atléticos dos amigos surfistas do Gabriel Castigliola.

Itapoá Saneamento celebra um ano de operações da Iguá A Itapoá Saneamento comemorou no início do mês de agosto um ano de existência da operação da Iguá. Para celebrar a data, foi realizado um almoço festivo para os colaboradores. A Iguá é uma nova companhia de saneamento que atua no gerenciamento e na operação de sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário, por intermédio de concessões e de parcerias público-privadas. Atualmente, está presente em cinco estados brasileiros: Alagoas, Mato Grosso, Santa Catarina, São Paulo e Paraná, por meio de 18 operações, que, somadas, beneficiam cerca de 6,6 milhões de pessoas. O alcance da prestação de serviços coloca a companhia entre os principais operadores privados do setor de saneamento no país. O nome Iguá é uma referência direta ao universo de atuação da companhia: em tupi-guarani, “ig” que dizer água.

Itapoá na rota dos cicloviajantes.

Desta vez passaram por Itapoá Raphael Carle e Suwana Susan. Ele é francês e ela tailandesa. O Raphael já viaja pelo mundo há oito anos. Saiu de França rumo a Dakar no Senegal. De lá pegou carona em um navio de cargas e desembarcou na América do Sul. Por cá andou 5 anos durante os quais ele visitou todos os países do continente sul americano. Na sequência viajou para a Ásia e na Tailândia conheceu a Suwana. Desde então pedalam juntos. O foco do Raphael é voltar a dar a volta á América do Sul desta vez com a Suwana... Eita gente feliz!

Momento de descontração na Fisiopilates. Thayna e Custódio, donos da Fisiopilates posaram com a fisioterapeuta Gessica e com Ramon e Milena Silveira e Ana Roseli. O Ramon esteve de aniversário dia 31 de Agosto. Parabéns Ramon!

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No último dia 2 de Setembro o Guaraci comemorou mais um aniversário. Aqui na foto na Elite Car, os filhos, Gustavo, Renan e Solange Garcia, mais a esposa Marina Garcia e o aniversariante. Parabéns Guaraci!

A Duda estava de aniversário no dia 31 de agosto. Os pais, Andressa e Marcos Mertens foram com a Duda até ao Beto Carrero para comemorar.



INFORMAÇÃO

Promotor esclarece dúvidas de quem tem um terreno e pensa em construir Ana Beatriz Machado Pereira da Costa

Tem interesse em construir em um terreno? O Promotor de Justiça Paulo Antonio Locatelli, coordenador do Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) tira as dúvidas de quem tem um terreno e está pensando em dar início ao sonho da casa própria. Existe diferença entre direito de propriedade e direito de construir? Paulo Antonio Locatelli: Sim, é importante que toda pessoa que tem um terreno entenda a diferença entre ser dono, proprietário ou possuidor de um terreno, de um imóvel, de uma gleba, e de usar, construir ou edificar em cima desse imóvel. No segundo caso, ele precisa seguir uma série de regras edilícias, de zoneamento, urbanísticas, ambientais, para que esse empreendimento seja construída de forma adequada. O que fazer quando há interesse em construir um terreno? Paulo Antonio Locatelli: A primeira coisa que deve ser feita é procurar os órgãos públicos municipais e ver a viabilidade de construção desse imóvel. O plano diretor é a ferramenta mais importante. Ele que deve traçar todas as regras de construção e respeitar os códigos florestais, códigos de postura dos municípios, de maneira a respeitar as áreas de preservação permanente, as restrições edilícias, os zoneamentos para aquela atividade, etc. Todas essas regras serão observadas pelo município, que deverá deferir ou autorizar essa obra. E, em alguns casos, há também necessidade do licenciamento ambiental, só assim ele poderá ao final conseguir o ‘Habite-se’, autorização dada por órgão municipal permitindo que determinado imóvel seja ocupado. Quando os serviços públicos, como água e luz, serão prestados? 38 | Setembro 2018 | Revista Giropop

Paulo Antonio Locatelli: Todo o serviço de infraestrutura básica, principalmente de energia elétrica e água potável, deve ser fornecido quando o empreendimento estiver devidamente cumprindo a determinação legal, ou seja, logo após o ‘Habite-se’. É claro que muitas vezes ele poderá precisar de infraestrutura logo no alvará de construção, então, provisoriamente ele poderá receber luz e água. Mas é o ‘Habite-se’ que vai formalizar e materializar o recebimento definitivo desses serviços públicos. De outra maneira, é ilegal esse fornecimento. Quem construiu em um terreno desrespeitando os trâmites legais como faz para receber a infraestrutura básica? Paulo Antonio Locatelli: Basicamente, temos muitas construções irregulares, que são aquelas que passaram pelo controle do município, mas a pessoa, o produtor ou o construtor desrespeitou aquelas regras que foram colocadas. Há, ainda, construções clandestinas, que nem chegaram a conhecimento dos órgãos públicos municipais e foram construídas de forma aleatória. Nos dois casos, para levar luz para sua construção, o cidadão poderá ser inserido em um processo de regularização fundiária desse empreendimento. Somente após um projeto de regularização fundiária iniciar no município, o cidadão poderá receber luz e água. Vale ressaltar que esse projeto de regularização fundiária só existe após um diagnóstico socioambiental,

que vai apontar se aquela área tem interesse ambiental, tem área de risco ou ele pode permanecer. Se ele puder permanecer, recebe infraestrutura básica; do contrário, terá que ser relocado. Como é a atuação do Promotor de Justiça nesses casos? Paulo Antonio Locatelli: O Promotor de Justiça busca sempre, seja nas vias extrajudiciais ou processuais, essa promoção da regularização fundiária. A legislação permite que ele seja legitimado a propor ao município que promova essas regularizações fundiárias. Não meramente a regularização escriturária, a regularização imobiliária, administrativa, conhecida como regularização de papel, porque não basta ao cidadão receber apenas a posse, o documento de posse ou a escritura do imóvel. É preciso que a regularização fundiária traga rua, água, luz, saneamento básico, coleta de lixo e afins, através de um cronograma plausível e que o município possa suportar, tanto pra áreas de interesse social (como comunidades de baixa renda) quanto de interesse específico (incluindo áreas balneárias e industriais). Só dessa forma é que o município crescerá de forma ordenada. Estas informações foram extraídas do vídeo ‘Tenho um terreno e quero construir’, da série ‘Promotor Responde’, do canal do Ministério Público, no Youtube. Para maiores informações, acesse no youtube.com/ministeriopublicosc




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