Este poderia ser mais um editorial qualquer, fazendo um apanhado geral dos temas que abordamos nesta edição. Mas tendo em vista as grandes tragédias que vêm assombrando nosso país, é preciso falar mais.
Dentre as centenas de vítimas da tragédia em Brumadinho, muitas delas não tiveram tempo de fazer as pazes com alguém, ou de dizer que amavam seus filhos ou pais. Talvez alguns dos mortos pelo deslizamento no Rio de Janeiro tenha deixado de responder a uma mensagem rápido demais só para não causar essa ou aquela impressão, e nunca mais respondeu. Os jovens no ninho do Urubu tinham sonhos e mais sonhos, que não mais serão realizados. Ricardo Boechat avisou a esposa e as filhas que iria almoçar em casa, mas infelizmente não voltou.
Quantas tragédias teremos de assistir até entendermos que a vida não espera? Quantas coisas temos guardadas sem saber quando poderemos dizer de novo? Você já demonstrou seu amor hoje?
Não deixe para depois o reencontro com aquele velho amigo. O café da tarde com aquela tia distante.