Revista Giropop - Edição 80

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Editorial Chegou o mês de setembro e, com ele, mais uma edição da revista Giropop voltada a casa e construção. Dessa vez, relatamos a experiência da construção pela ótica daqueles que amam o município de Itapoá tanto quanto aqueles que aqui vivem: os veranistas. Afinal de contas, mais que tijolos e outros materiais, uma casa na praia é feita, principalmente, de sonhos. Outro tema explorado nesta edição é o desenvolvimento no município de Itapoá. Abordamos temas relevantes como o Porto Itapoá, o empreendimento Riviera Santa Maria e uma obra pública que promete marcar o município – isso tudo projeta e dá perspectivas à Itapoá do futuro. Em uma cidade que cresce ano após ano, uma coisa é certa: especialmente quando se trata do segmento imobiliário, este é um ótimo lugar para bons investimentos.

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Tem uma sugestão de pauta? Envie para a Giropop Você tem uma sugestão de pauta, super bacana, que é ‘‘a cara’’ da nossa revista? Conhece alguém ou algo aconteceu com você que daria uma ótima matéria? Então conte para a gente! A equipe selecionará as melhores sugestões e as transformará em reportagens. O tema é livre, lembrando que aqui só tem notícia boa! Para participar envie sua sugestão para: giropop@gmail.com WhatsApp 47 9 9934.0793



EMPREENDEDORISMO

21 anos da rede Laurita Center com “um pouco de tudo”, o conceito da rede de lojas é que o cliente possa sair delas com tudo o que precisa, desde itens infantis até artigos para cama, mesa e banho. Para ampliar o mix de produtos e buscar o que há de novidade no mercado, a família da Silva visita feiras e realiza diversos cursos no SEBRAE. Contudo, creditam boa parte do sucesso da rede de lojas aos mais de 300 fornecedores e mais de 160 funcionários – muitos deles, presentes desde o início dessa trajetória – e inúmeros clientes.

Ana Beatriz Machado Pereira da Costa

Em uma era onde as mulheres cada vez mais alcançam seus espaços, a história de Laurita da Silva (63) serve, sem dúvidas, de inspiração àquelas que sonham em empreender. Depois de passar por grandes dificuldades, Laurita deu a volta por cima e abriu um pequeno negócio. Vinte e um anos depois, em setembro de 2019, Laurita Center Mega Store é uma rede de sucesso, com onze lojas pelos estados do Paraná e Santa Catarina.

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omo sugere o significado de seu nome (“loureiro símbolo de honra e vitória”), a trajetória de Laurita também é marcada por vitória. Nascida em Campo Mourão (PR), passou a residir em Curitiba (PR) em 1983, já casada e mãe de quatro meninos. Nos fundos de seu quintal Laurita mantinha uma pequena empresa de confecção de roupas. No ano de 1990, ela divorciou-se – um ato de coragem para a época. “Quando isso aconteceu, fiquei com os quatro filhos e uma maquininha de costura que não tinha sequer motor. Depois de quitar um consórcio, optei por comprar uma máquina de costura ao invés de uma motocicleta, para poder continuar trabalhando”, recorda. Já em 1991, seu filho mais velho foi diagnosticado com leucemia e, depois de contrair meningite, veio a falecer. “Foi uma fase sofrida, pois em um curto período de tempo me divorciei, perdi um filho

Laurita Silva com os filhos Alexandre Cristiano de Holanda Guerra (a esquerda), Gabriel Fernando de Holanda Guerra e Paulo Henrique de Holanda Guerra.

e, com a chegada do plano real, a demanda na confecção diminuiu”, conta. Em busca de novas oportunidades, mudou-se com os três filhos para Matinhos (PR), onde moravam alguns familiares, com a pretensão de praticar o que aprendeu em um curso de confeitaria. O recomeço Chegando ao litoral, iniciou uma pequena fábrica de gesso, que não deu certo. Ainda assim, não desistiu: “Desejava abrir uma loja de ‘tudo um pouco’, pois a cidade necessitava de produtos variados, mas não tinha capital inicial para tal. Então, um de meus filhos contou desse meu sonho para um distribuidor. Felizmente, ele fez uma proposta muito boa: forneceu a mercadoria para eu quitá-la conforme as vendas”. Assim, em 1998, com uma pequena quantidade de mercadoria consignada, nasceu a primeira loja Laurita Center Mega Store – um ponto comercial de 30 m², que vendia artigos de 1,99 e peças de gesso.

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Negócio em família De lá para cá, Laurita realizou o sonho da casa própria e o negócio cresceu com a ajuda dos filhos – Gabriel Fernando, Alexandre Cristiano e Paulo Henrique – que, nas palavras da mãe, “tomaram gosto pela coisa”. Com o casamento dos rapazes, cada um deles passou a ser dono da filial em determinada região. Já as novas lojas nasceram da chegada de novos sócios, mas com um detalhe importante: sempre tendo um membro da família como parte do negócio, inclusive, os netos de Laurita. Além dos filhos, a matriarca da família também vem expandindo as lojas que estão sob sua responsabilidade. Atualmente, são onze unidades da Laurita Center Mega Store: uma em Matinhos (PR); duas em Itapoá (SC); uma em Guaratuba (PR), quatro em Pontal do Paraná (nos balneários Balneário Praia de Leste, Ipanema, Canoas e Shangrilá), além de três lojas em Paranaguá (PR). Muito bem abastecidas

Triunfo Hoje, Laurita se declara satisfeita com os frutos de seu trabalho e apaixonada pelo que faz: “Adoro escolher as mercadorias, fazer as compras, expor os produtos, decorar as lojas, atender os clientes e gerenciar a equipe. Acredito que o visual e até mesmo o cheiro da loja são essenciais para que os clientes sintam-se bem dentro dela”. Além de trabalhar, a empresária gosta de curtir os filhos e netos, praticar exercícios físicos e viajar – inclusive, nos roteiros dentro e fora do Brasil encontra inspiração, como, por exemplo, para as vitrinas ou iluminação das lojas. Ao olhar para trás, com os 21 anos da rede de lojas Laurita Center Mega Store, Laurita da Silva recorda as dificuldades que teve no início, todos os anos de suor e muito trabalho.

“Creio intensamente no poder de Deus e, antes de qualquer passo, oro e peço a Ele. Sempre fui uma mulher de palavra e de honrar meus compromissos”, conta a empreendedora, uma grande referência enquanto brasileira, mulher, mãe e empreendedora.



HISTÓRIA

Construindo na praia aos 91 anos Ana Beatriz Machado Pereira da Costa

Adoraci de Sá Oliveira tem 91 anos de idade e é fonte inspiração, daquelas que nos faz pensar que a idade é apenas um número – o que vale mesmo é manter o espírito jovem. Ela tem WhatsApp, gosta de costurar, fazer artesanato, pescar, fazer piquenique na praia, jogar caxeta, dirigir sozinha e, recentemente, tomou uma decisão que muitos mais jovens encaram com cansaço: construir uma casa na praia. Planejada para acomodar os filhos, netos, bisnetos e tataranetos, a casa de veraneio de dona Adoraci é um antigo sonho de seu falecido esposo e tem até regulamento para uso.

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Família na casa de praia: Dona Adoraci junto dos filhos Sérgio (à esquerda) e Vera (à direita).


Na realização deste sonho, contaram com o profissionalismo da engenheira Aguida Carvalho Luz e do construtor Neri, de Itapoá.

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ano era 1981 e Rui Gonçalves de Oliveira (já falecido), era oficial da Polícia Militar e morador de Curitiba (PR). Em sua memória, a esposa, Adoraci, de 91 anos de idade, recorda: “Ele adorava a praia. Como ele era militar, costumávamos viajar com nossos oito filhos para as praias de Guaratuba (PR) ou Itapoá (SC), onde ficávamos hospedados nas associações da Polícia Militar. Mas seu grande sonho era construir uma casa na praia para toda a família”.

Sérgio Gonçalves de Oliveira, um dos filhos do casal, também relembra: “Meu pai tinha uma camionete Vemaguet. Ele e a mãe viajavam na frente e, nós, os filhos, atrás. É claro que naquele tempo não havia fiscalização e a preocupação que se tem hoje. Mas tenho boas lembranças de toda a família viajando para a praia”. Então, quando seu compadre comprou um terreno no município litorâneo de Itapoá, Rui não hesitou em fazer o mesmo, sem ao menos conhecer o terreno. O tempo passou e, ainda

Família reunida na casa, que foi planejada para comportar os filhos, netos, bisnetos e tataranetos.

em vida, o oficial da Polícia tornou a visitar o terreno em Itapoá, mas não encontrou sua localização exata – já que, naquele tempo, Itapoá era “só mato”, como muitos costumam dizer. Anos depois, mais precisamente em 2001, Rui veio a falecer, sem antes realizar o sonho da casa na praia. Realizar o sonho Viúva e mãe de oito filhos – seis de laço sanguíneo e dois ‘de coração’, Adoraci sempre fora uma mulher forte e corajosa. Certa vez, um de seus filhos comprou um

imóvel em Itapoá e toda a família foi visitá-lo. “Lembramos, então, daquele terreno e do antigo sonho de meu falecido esposo. Visitamos o terreno, mas o acesso ainda era bastante precário”, comenta Adoraci, que prometeu a si mesma que quando aquelas ruas fossem pavimentadas, iria realizar o sonho do falecido esposo e construir a casa de veraneio da família de Sá Oliveira. Projeto O ano, então, era 2018 e o município de Itapoá, para quem o conheceu nos anos

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80, já se tornara uma grande potência. Dona Adoraci ‘bateu o martelo’ e decidiu dar vida ao terreno na praia. Por indicação de um pedreiro, conheceu o trabalho da engenheira Aguida Carvalho Luz, da empresa Aguiar & Carvalho Engenharia, em Itapoá. “Cheguei até ela com a ideia de construir uma pequena casinha. Mas ela, com toda a sua experiência, e meus filhos, que constantemente me davam sugestões, me convenceram a construir uma casa onde toda a família ficasse acomodada. Afinal de contas, manter a família unida era o que Rui desejava”, recorda Adoraci. Trabalhando junto do escritório de engenharia de Aguida, foram poucos esboços até que o projeto fosse definido: um sobrado de 350 m², sete quartos amplos – todos eles suítes, churrasqueira, área gourmet, cozinha ampla, sala de recreação, piscina e área externa. Conforme Adoraci, a casa foi planejada de modo que esta comportasse 32 pessoas bem-acomodadas – seus filhos, netos, bisnetos e tataranetos.

O ‘start’ Para a realização deste sonho, dona Adoraci e sua família contaram com o profissionalismo da equipe do escritório Aguiar & Carvalho Engenharia e do construtor Neri. “Aguida e Neri foram verdadeiros anjos nesta empreitada. Nos passaram um cronograma de obras, e cumpriram tudo com muita responsabilidade e eficiência. Não me incomodei com um prego sequer”, comenta a senhora de 91 anos. Enquanto os profissionais trabalhavam em Itapoá, Adoraci, em Curitiba, teve como grande aliado o telefone celular – por onde recebia informações, opções de acabamento e tomava decisões. Durante a construção, realizava apenas uma visita à obra ao mês para resolver os pormenores. Tanto no projeto quanto na escolha dos materiais, os filhos eram convidados a contribuir com sugestões, mas todos já tinham conhecimento da regra: a palavra final é sempre o que a matriarca da família decidir. Cumprindo os prazos e superando as expectativas, a obra durou de fevereiro a

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No auge de seus 91 anos de idade, Adoraci decidiu construir uma casa na praia, gosta de dirigir, pescar e fazer artesanato.

dezembro de 2018. Logo no Ano Novo a família já estava reunida na casa de praia. Regulamento Sérgio, um dos filhos, seguiu os passos do pai e também tornou-se militar,

mas, no seu caso, do Corpo de Bombeiros. Com todos os anos de experiência em associações de militares, entendeu a importância de um regulamento de uso para um imóvel usado por muitas pessoas.


lia pudesse dar sugestões e se atualizar das normas de uso. “Pode parecer um exagero, mas é uma casa de praia que está à disposição de 32 pessoas diferentes. Portanto, precisam existir regras a serem cumpridas, senão vira uma bagunça”, diz Sérgio, o autor do regulamento. O familiar que desrespeitar as normas, ganha uma advertência e, depois de um número x de advertências, é suspenso de visitar a casa de praia por certo período. Mas, felizmente, a família de Sá Oliveira vem desfrutando do patrimônio com sabedoria e respeito.

Construir uma casa de praia para toda a família em Itapoá era um sonho antigo de Rui Gonçalves de Oliveira (falecido).

“Me inspirei nos regulamentos de associações militares e criei, em conjunto com a família, normas de regimento interno para uso da casa de praia”, conta. Trata-se de um documento de 19 páginas, contendo 40 artigos

sobre o que não se deve fazer na casa, como, por exemplo, deixa-la suja ao ir embora, levar desconhecidos sem autorização de dona Adoraci, entre outros. O arquivo foi enviado por e-mail para que toda a famí-

Inspiração Desde que a casa de praia foi, de fato, construída, a família viveu grandes momentos no local. Vera Lúcia de Oliveira, uma das filhas de Adoraci e Rui, conta: “Toda semana tem gente na casa. As crianças amam se jogar na piscina, os adultos adoram fazer um churrasco... a família unida é sempre uma alegria”. Adoraci tem oito filhos, onze netos, treze bisnetos e um tataraneto. E na cidade

de Curitiba não é diferente. Lá, ela construiu um condomínio, com cinco casas distintas e churrasqueira e playground comum, onde grande parte da família vive unida. Na casa da mãe Adoraci, jogar caxeta aos sábados é tradição há cinquenta anos. Antes de tudo, Adoraci é inspiração e comprova a teoria de que idade é apenas um número, o que vale é manter o espírito jovem. Aos 91 anos de idade, ela tem WhatsApp, gosta de viajar com grupos de excursão, pescar, fazer piquenique na praia, costurar, fazer artesanato e dirigir sozinha – aliás, neste último mês ela renovou sua carteira de motorista. Mas o que gosta mesmo é de ver a família reunida. Trinta e oito anos depois, o pedido de Rui foi atendido e, hoje, a família tem um cantinho em Itapoá. Orgulhosa da sua disposição aos 91 anos e com um coração que é ainda maior que a casa construída, dona Adoraci fala: “Tenho certeza de que ele (Rui) está feliz por termos construído essa casa e por continuarmos unidos. De onde estiver, tenho certeza de que está orgulhoso”.

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HISTÓRIA

O sonho da casa de praia

Ana Beatriz Machado Pereira da Costa

Praias limpas, boa vizinhança, cidade em constante desenvolvimento e segurança foram fatores decisivos para que o casal Vanilda Cavalari Baraco e Clóvis Baraco, de Curitiba (PR), investisse em Itapoá (SC). Mas, diferente da maioria dos turistas, ao invés de comprarem um imóvel, Vanilda e Clóvis optaram por construí-lo, na intenção de que a casa de praia atendesse exatamente às suas necessidades.

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O casal Vanilda Cavalari Baraco e Clóvis Baraco, de Curitiba (PR), na casa de praia construída em Itapoá (SC).

ascidos ao Norte do Paraná e moradores de Curitiba (PR), Vanilda e Clóvis conheceram Itapoá no ano de 2001, através de alguns amigos que já residiam no município. “Gostamos muito da cidade, especialmente por oferecer segurança, praias limpas e por ser próxima de Curitiba”, comentam. Com o

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passar do tempo, o casal tornou a frequentar o município litorâneo com mais frequência, durante as férias, feriado e finais de semana. Buscando um espaço confortável e aconchegante para as idas ao litoral, Vanilda e Clóvis optaram por comprar um terreno em Itapoá. “Poderíamos ter comprado um imóvel pronto, mas escolhemos comprar um terreno e

construir uma casa, para que melhor atendesse às nossas necessidades”, conta Clóvis. Sendo assim, com a ajuda de uma imobiliária, no ano de 2010, o casal adquiriu um terreno com uma pequena casa no bairro Itapema do Norte. A casa que havia no terreno foi demolida e, sem pressa, Vanilda e Clóvis pesquisaram muito antes de dar início à obra. Através da


Ao invés de investirem em um imóvel já pronto, Clóvis e Vanilda optaram por construir uma casa, de modo que ela atendesse às suas reais necessidades.

regularização de outro imóvel, conheceram o trabalho do arquiteto Geraldo Weber. “Muitas pessoas já haviam recomendado o seu trabalho e vimos que ele tinha muito conhecimento na área. Então, decidimos que ele faria o projeto arquitetônico da casa”, contam. Vanilda e Clóvis têm uma filha de 17 anos, mas gostariam que a construção da casa de praia fosse pensada para toda a família: seus pais, irmãos e amigos. O arquiteto Geraldo Weber, encarregado de projetar o sonho do casal, explica:

“Trabalhar com Vanilda e Clóvis foi bem tranquilo. Eles sabiam o que queriam em número de quartos, banheiros, número de pavimentos, churrasqueira, edícula, qualidade em acabamentos, paisagismo, enfim, foi um projeto bem arrojado. O que facilitou muito a edificação da obra foi a compra de materiais de construção de qualidade e a contratação da mão de obra qualificada, primordiais para um final feliz”. “Realizamos muitas pesquisas e tivemos momentos de indecisões para definir-

mos os materiais do imóvel. Demoramos algumas semanas para escolher e viajávamos a Itapoá para visitar a obra toda a semana, pois queríamos que ficasse uma casa aconchegante. Ao final das contas, fizemos a escolha certa e ficamos extremamente satisfeitos com a competência de todos os profissionais e fornecedores que participaram da construção”, conta Vanilda. A obra iniciou no mês de junho de 2018 e foi concluída em maio de 2019. Aos poucos, o casal decora, faz ajus-

tes e dá vida ao tão sonhado imóvel na praia: uma casa de 267m², com dois andares, quatro suítes, sala, cozinha, edícula com churrasqueira, piscina, garagem e jardim. Para Clóvis e Vanilda, investir em Itapoá foi um ótimo negócio, uma vez que a cidade cresce, é desenvolvida e valorizada ano após ano. Em suas palavras: “Aqui, em Itapoá, sentimos tranquilidade e sossego. É um bom lugar para investir, um pequeno paraíso com boa vizinhança e praias limpas. Todos deviam conhecer”.

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HISTÓRIA

Investimento à beira-mar

O município de Itapoá tem atraído pessoas com as mais diversas intenções quando se trata do segmento imobiliário – entre eles, estão Lisia Fernando Kato Vidotti (38) e Edgar Vidotti (42), de Londrina (PR). Em frente à praia que tanto ama, o casal encontrou em um apartamento da Grassi Zappelini Empreendimentos o lugar ideal para viver bons momentos junto da família. Ana Beatriz Machado Pereira da Costa

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e Londrina (PR), Lisia e Edgar já tinham ouvido muito sobre Itapoá, mas a oportunidade de conhecer o município surgiu em 2010, ao convite do irmão de Edgar, que frequentava o litoral há anos. “A calmaria, as águas limpas e cristalinas das praias

O casal Lisia Fernando Kato Vidotti e Edgar Vidotti, de Londrina (PR), no apartamento à beira-mar que investiram em Itapoá (SC).

de Itapoá nos encantaram”, recorda o casal, que a partir de então passou a frequentar o município com frequência. Certa vez, enquanto caminhavam pela praia, observaram a construção de um prédio à beira-mar. Tratava-se do Ilha do Sol Residence, construído pela empresa Grassi Zappelini Empreendimentos, na Avenida Atlântica (Beira Mar 3), Balneário Jardim Pérola do Atlântico. “A vontade de termos um

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apartamento na praia para fugirmos do aluguel foi instantânea. Ficamos interessados e decidimos nos informar sobre o empreendimento. Felizmente, fomos muito bem recepcionados e adoramos o projeto do imóvel”, conta o casal. O apartamento no Ilha do Sol Residence tinha tudo o que Lisia e Edgar buscavam: “Gostamos da água do mar, das belezas naturais e da vegetação nativa dentro da cidade, e este imóvel nos disponibilizou

tudo isso, além de uma vista maravilhosa, conforto e acabamento impecável”. Tudo aconteceu muito rápido. O casal veio a Itapoá um dia pra ver e tirar informações sobre o imóvel e, no outro dia, voltou para assinar o contrato. No Ilha do Sol, o que mais lhes chamou a atenção foi a localização que, sem dúvidas, é privilegiada – com conforto e segurança, cercada de belezas naturais, perto de tudo que é conveniente e em um dos pontos mais nobres da cidade. Lisia e Edgar pensaram no apartamento como uma forma de usufruírem no futuro junto de seus filhos, Gabriella, de 19 anos, e Victor, de 9 anos, e das cachorrinhas Mel e Maya, que sempre lhes acompanham nas viagens. “Como somos muito ligados à família, o imóvel foi pensado pra acomodar a todos. Nós o decoramos e planejamos para dez pessoas”, comentam. Além da localização à beira-mar, os apartamentos no Ilha do Sol Residence dispõe de três quartos, sendo uma suí-


te, cozinha, sala ampla, lavanderia, banheiro social, sacada gourmet, torre com elevador e guarita de segurança. A experiência com o empreendimento da Grassi Zappelini deu tão certo que Lisia e Edgar tornaram a investir em um segundo imóvel. “Conhecemos a Grassi Zappelini no dia da compra do imóvel e confiamos no trabalho deles. Apostamos que seria um bom investimento futuro e, hoje, podemos comprovar que é um ótimo lugar para investir e usufruir” comentam os dois. “O segundo investimento foi pensando no futuro, queríamos algo que nos desse uma renda e apostamos novamente com a Grassi Zappelini que, sem dúvidas, tem nos proporcionado isso e muito mais. Ao final das contas, acabamos nos tornando amigos dos empresários, que são ótimas pessoas e administradores”, acrescenta o casal. Conforme Sergio Rodrigo Grassi, um dos sócios da Grassi Zappelini Empreendimentos, Itapoá é um lugar que tem atraído pessoas com as mais diversas intenções quando se trata do segmento imobiliário. “No caso do Edgar e da Lisia, eles já conheciam a cidade, até que decidiram adquirir seu próprio imóvel quando conheceram um de nossos empre-

O imóvel com vista para o mar é mais um empreendimento da empresa Grassi Zappelini, que tem como foco empreendimentos de alto padrão.

endimentos. A pessoa que decide ter um imóvel de veraneio em Itapoá é porque, de alguma forma, criou uma relação de carinho pela cidade. Por isso, não buscamos apenas ‘vender um imóvel’ e, sim, desenvolver um relacionamento com os clientes. Tudo isso tem muito valor, lidamos com o sonho de muitas pessoas”, comenta Sergio. Desde que investiram em um imóvel no município litorâneo, Lisia e Edgar desfrutam de bons momentos junto à família. Por fim, o casal conclui: “Hoje, Itapoá é nossa segunda casa, um refúgio que amamos. Somos apaixonados por esta praia maravilhosa, que oferece águas limpas, restau-

rantes excelentes e amigos que fizemos para a vida toda. É uma praia de famílias, que vem se desenvolvendo a cada ano. Com toda a certeza, um excelente investimento”.

Saiba mais sobre Grassi Zappelini Empreendimentos Precursora no conceito de imóveis de alta qualidade em Itapoá, a empresa Grassi Zappelini Empreendimentos é uma construtora e incorporadora de imóveis, que realiza gerenciamento de obras, com foco na construção de imóveis de médio a alto padrão à beira-mar. Foram mais de 70 obras concluídas nos últimos dez anos, das mais diversas características: residências unifamiliares de alto padrão, prédios residenciais e comerciais, além de obras públicas de galerias de águas pluviais, escolas e auditórios. Mas, as principais referências são os prédios Jardim do Mar Residence, na região do Rainha, Quinta Poá, no bairro Itapoá, o Espelho D’água Residence e o Ilha do Sol Residence, ambos construídos na Avenida Beira Mar 3, em Itapema do Norte. A Grassi Zappelini conta com diversos profissionais, entre eles empreiteiros, equipe de hidráulica, elétrica e pintura. A principal missão da empresa é realizar obras com excelência, que satisfaçam e contribuam para a qualidade de vida de seus clientes, sempre com total dedicação, transparência e respeito.

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EMPREENDIMENTO

Riviera Santa Maria: inovação e desenvolvimento para Itapoá Ana Beatriz Machado Pereira da Costa

Em breve Itapoá será palco de um empreendimento do qual todos os munícipes poderão se orgulhar. Com conceitos urbanísticos modernos e referências do mundo todo, o Riviera Santa Maria promete gerar uma nova identidade para o município, proporcionando a integração entre moradia, trabalho e lazer, com qualidade de vida e sustentabilidade.

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projeto nasceu em razão de uma confluência de fatores: a existência de uma área com características únicas, o grande potencial de crescimento do município, o desejo da família Gunther de deixar um legado para Itapoá, e a intenção dos empreendedores de aplicar os modernos conceitos de cidades inteligentes (smart cities). Desenvolvido pela IGG, o empreendimento conta com a consultoria das empresas Acquaplan Tecnologia e Consultoria Ambiental, Ioch Engenharia Simultânea, Vector Geo 4D e Jaime Lerner Arquitetos Associados. O estudo, elaborado pelo consagrado urbanista Jaime Lerner, contempla as mais modernas tendências urbanísticas. Um dos pontos altos do plano é a Praia de Bambu. Este espaço, de uso público, se trata de um shopping a céu aberto, com ampla faixa frontal livre, formando um parque linear em frente à orla, para a prática de esportes, convivência e ponto de encontro, além de espaço comercial para a instalação de lojas, restaurantes e de uma praça de eventos. Uma alameda para pedestres fará a conexão

entre os estabelecimentos. As construções e o passeio terão cobertura de bambu, em formatos diversos, criando uma identidade própria. Haverá uma Rambla, alameda para convivência, gastronomia e entretenimento, com a instalação de cafés, restaurantes e comércio local. A pavimentação será permeável e nivelada, com uso de blocos intertravados, e haverá espaço arborizado, com bancos e mesas. Ainda, o empreendimento contará com parques destinados ao lazer de toda a população, com lagoa para prática de esportes aquáticos não motorizados e instalação de equipamentos públicos como canchas de vôlei e de futebol, pistas para caminhadas, equipamentos de ginástica, etc. O projeto do Riviera Santa Maria prevê ainda a Lagoa Santa Maria, um atrativo turístico de fluxo anual, a ser executado com a tecnologia chilena Crystal Lagoon, a mesma utilizada em mais de 300 unidades instaladas pelo mundo, nas Américas, Europa, África e Ásia. Outros diferenciais do Riviera são: mais de 10 km de ciclovias (vias exclusivas) e ciclofaixas (vias compartilhadas) ao longo de todo o empreendimento, integrando o Riviera Santa

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Maria à malha de ciclovias já existente ou prevista no município; pista exclusiva de caminhada e corrida contornando as lagoas, integrando os parques públicos e as áreas privadas de lazer. Também, as redes de serviços de água, gás, esgoto, comunicações e energia elétrica serão instaladas em valas técnicas compartilhadas, sob as calçadas e, nos cruzamentos, sob as faixas de pedestres elevadas, facilitando a manutenção e eliminando cortes na via e consequente geração de resíduos. Áreas institucionais, sistema viário interno e integração com o município também fazem parte do projeto – isso tudo, pautado no conceito de vida em vizinhança, ou seja, permitindo deslocamentos a pé ou de bicicleta e, consequentemente, diminuindo o tráfego de veículos. Em busca de modernidade e novos conceitos, muito do que está no Masterplan do empreendimento é resultado de viagens ao redor do mundo feitas pelos empreendedores, que se reúnem regularmente para discutir novas ideias e soluções que venham a beneficiar a todos. Muitas das características do projeto, é bom lembrar, são pautadas na sustentabilidade, como, por exemplo, a captação

de água da chuva, iluminação pública eólica e/ou solar, telhados/paredes verdes, paisagismo abundante, entre outros. Apresentado à comunidade em 2013, em outubro de 2016 obteve a Licença Ambiental Prévia, após a conclusão de extenso Estudo de Impacto Ambiental (EIA/RIMA). Concluídos os projetos de infraestrutura, em junho de 2018 foi requerida a Licença Ambiental de Instalação. Conforme a IGG, empresa responsável pelo Riviera Santa Maria, estão sendo tomadas todas as medidas para que o empreendimento seja implantado em breve, com segurança jurídica, e ofereça grande impacto de desenvolvimento ao Município. Transformar Itapoá em um novo destino no litoral Sul do Brasil é a pretensão dos idealizadores e profissionais do projeto. Vem aí, o Riviera Santa Maria, uma ocupação planejada, ecologicamente adequada, pensada para o ser humano, que emprega modernos conceitos urbanísticos de adensamento e de mobilidade urbana. Ou seja, diferente de tudo que existe hoje em Itapoá e região. Saiba mais sobre o empreendimento em: www. rivierasantamaria.com.br.


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URBANISMO

Parque Linear: um novo conceito de espaço público para Itapoá Ana Beatriz Machado Pereira da Costa

Na idealização do Plano de Governo para Campanha a Prefeito do Carlos Henrique em 2012 o casal de arquitetos e urbanistas Andrea Choma e Carlos Henrique Nóbrega desenvolveram em conjunto algumas propostas de intervenções urbanísticas para a cidade, entre estas o Parque Linear de Itapoá. Segundo Carlos Henrique, atual vice-prefeito de Itapoá, o projeto como um todo conta com skate park, praça para atividades cívicas, culturais e educacionais, mirante, tirolesa, anfiteatro ao ar livre, entre outros – quando todo implantado, irá revolucionar o conceito de uso do espaço público no município.

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proposta dos arquitetos foi criar um parque linear na Rua 1670, onde está situada a Escola Municipal Frei Valentim, no balneário Princesa do Mar. A escolha pelo Balneário Princesa do Mar para sediar o Parque Linear se deu por diversos motivos. Além da largura da rua e a proximidade de diversos equipamentos públicos, os arquitetos notaram a carência de espaço público de lazer para Bairro Itapoá. “A largura da Rua 1670 permite a criação de um parque linear. A proximidade com escolas, ginásio, CRAS e Centro de Convivência do Idoso conferem a este espaço um amplo

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potencial de uso”, explica Carlos Henrique. Uma vez que a rua abrange seis quadras, foi possível priorizar e setorizar os espaços, criando seis diferentes módulos. O primeiro módulo, próximo à praia, dispõe de: posto de guarda-vidas; passarela (deck em madeira); deck (área de contemplação); estacionamento de bicicletas; anfiteatro ao ar livre, academia; área de convívio e lazer infantil, e uma pista de

200m para corrida e caminhada que fará o contorno por todo o parque. Já o segundo módulo, implica em um skate park ; com 2 bowls e área de street. Para o terceiro módulo, que se aproxima à escola, foi projetado um espaço para eventos, atividades culturais, cívicas, educacionais. No caso do quarto módulo, este dispõe de: área pública – um bosque já existente a preservar, duas quadras O casal de arquitetos e urbanistas Andrea Choma e Carlos Henrique Nóbrega com os estudos preliminares doados em 2012. Carlos é vice-prefeito nesta atual gestão.

Reinilda Fiorese, chefe de Cartografia e Legislação, vice-prefeito Carlos Henrique Nóbrega, Rafael Vida Almeida, secretário de Planejamento e Urbanismo, Rodrigo Ferreira Freitas, diretor de Planejamento e Fernando Vitor Peres, diretor de Urbanismo.

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poliesportivas, quatro tênis de mesa em concreto, duas canchas de bocha e duas quadras de tênis. Já no quinto módulo, os arquitetos projetaram áreas de lazer infantil de apoio à escola. Por fim, o espaço do sexto e último módulo, que se aproxima de uma área verde preservada ao final da Rua 1670, ficou destinado à educação ambiental com espaço para implantação de uma tirolesa e um mirante.

Marco urbanístico Ao projetar o Parque Linear Itapoá, os arquitetos e urbanistas utilizaram-se do conceito de Acupuntura Urbana, difundido por Jaime Lerner, arquiteto, urbanista, ex-prefeito de Curitiba (PR) e ex-governador do Paraná. “Intervenções pontuais são capazes de gerar a melhoria das cidades. Este conceito faz parte de uma teoria de ecologia urbana, que combina desenho urbano com a tradicional teoria médica chi-


nesa da acupuntura. Em outras palavras, a Acupuntura Urbana nada mais é que um conjunto de ações pontuais que podem mudar progressivamente a vida na cidade. Essas intervenções na tessitura urbana ajudam a resolver o problema de forma instantânea, eficaz e funcional, equilibrando os pontos estratégicos pela cidade – assim como a acupuntura em nosso corpo”, explica Carlos Henrique Nóbrega.

O projeto também apresenta outra característica: mudar o conceito de espaço público no município de Itapoá. A arquiteta e urbanista Andrea Choma, especialista em Psicologia do Espaço Urbano comenta: “O Parque Linear Itapoá será uma referencia urbana para a cidade. Acreditamos que os moradores terão uma vivência ativa dos espaços públicos, com isso se ampliará o sentimento de apropriação dos espa-

ços públicos. Afinal, estes espaços pertencem a todos nós. Cuidar, fiscalizar, zelar, desfrutar, vivenciar estes espaços é dever de todos nós”.   Primeira fase O anteprojeto criado foi doado a Prefeitura Municipal de Itapoá em 2013 . A gestão atual, do prefeito Marlon Roberto Neuber e vice-prefeito Carlos Henrique Nóbrega (2017/2020), atra-

vés da Secretaria de Planejamento e Urbanismo detalhou e transformou o anteprojeto em um projeto executivo, cujo primeiro módulo já está em faze de licitação com recursos oriundos de financiamento junto ao BADESC. Assim em breve deve ser iniciada as obras do primeiro módulo do Parque Linear Itapoá. Os demais módulos serão executados conforme a disponibilidade financeira do município.

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MEIO AMBIENTE

Cresce o número de solicitações para licenciamentos ambientais

Ana Beatriz Machado Pereira da Costa

A Secretaria de Meio Ambiente (SEMAI) da Prefeitura de Itapoá registrou um crescimento significativo de solicitações e emissões de licenças nos primeiros oito meses deste ano. Em reunião com auditores do Ministério Público (MP), na semana passada, para avaliar as ações desenvolvidas pelo Executivo Municipal, ficou constatada uma grande evolução.

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e acordo com relatório da SEMAI, apenas para a obtenção da Certidão de Cadastro Ambiental (CCA), a qual é concedida a proprietários de pequenos empreendimentos, com até 10 unidades habitacionais, foram protocoladas, entre 1º de janeiro e 22 de agosto, 44 CCAs, 24 a mais que todo o ano passado Também houve crescimento importante no número de solicitações de Declaração de Atividade Não-Constante (DANC), documento onde o município declara que determinada atividade econômica não consta na listagem de atividades potencialmente causadoras de degradação ambiental. Segundo a SEMAI, até o dia 22 de agosto, foram 12 solicitações protocoladas, seis a mais que todo o ano passado.

Da mesma forma que há mais solicitações, há também mais licenças emitidas pela Prefeitura. Segundo a SEMAI, em 2017 foram concedidas 21 licenças; em 2018, 53 licenças; e, em 2019; até 22 de agosto, 63 licenças. Estão inclusas no montante as licenças Ambiental Prévia (LAP); Ambiental de Instalação (LAI); Ambiental de Operação (LAO);, CCA e DANC. No ano de 2018 foram abertos 97 pedidos de Autorização de Corte (AUC), sendo autorizados 54 no ano de 2019. Até a presente data foram solicitadas 239 protocolos, sendo já liberados 133. Conforme Rodrigo Cechin, secretário de Meio Ambiente de Itapoá, o aumento do número de licenças ambientais concedidas tem a ver com o crescimento da cidade e o desembargo de loteamentos que estavam sob análise da Justiça, como o Verdes Mares, Itapoá e o Princesa do Mar. Esses loteamentos foram liberados por causa do Sistema de Conversão Flo-

restal (Simflor) desenvolvido pela SEMAI dentro do Plano de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica de Itapoá. O que preocupa Cechin é a falta de esclarecimento do contribuinte para a obtenção das licenças exigidas. Ele explica que toda solicitação precisa ser checada pelos profissionais da SEMAI, com a realização de visitas presenciais e a posterior análise de documentos. Se o contribuinte deixar de entregar um documento, por exemplo, isso impactará todo o processo e causar demora na liberação da licença. Para acelerar a entrega, Cechin sugere ao proponente que busque informações mais detalhadas com as imobiliárias, engenheiros e corretores de imóveis antes mesmo de efetivar a compra da propriedade. “Se a pessoa quer construir, ela deve conferir os documentos exigidos e levá-los para análise da SEMAI. Não liberamos o corte de vegeta-

ção de uma área, por exemplo, se o propósito é o de apenas deixá-la limpa para valorizar. Isso mudou com a Lei 73/2018, que até prevê essa possibilidade, mas de forma muito criteriosa e dentro dos parâmetros da lei”, explica. Atualmente, entre 75% e 80% das solicitações feitas à SEMAI são para autorização de corte de árvores e vegetação. Os 20% a 25% restantes são destinados à empresas interessadas em construir empreendimentos de maior porte, como prédios residenciais e /ou comerciais. De acordo com Cechin, o trabalho de fiscalização e emissão de licenças ambientais segue as instruções normativas do Instituto do Meio Ambiente (IMA) e o cumprimento das exigências é condição fundamental em qualquer processo de licenciamento. Por isso, para acelerar a liberação, a montagem do inventário de documentos, antes mesmo de procurar o órgão ambiental, é superimportante e necessária. “Cada tipo de licença tem instruções normativas diferentes. Então, o primeiro passo é procurar saber o que precisa e levar tudo para análise do órgão ambiental. Economizaria um tempo significativo”, alerta Cechin. Para mais informações sobre licenciamentos, faça contato pelo e-mail meioambiente@itapoa.sc.gov.br ou pelo telefone (47) 34432780.


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HISTÓRIA

Os heróis de Ana Maria Lincoln Pradal

Dona Ana Maria, 68, se emociona ao se lembrar de seus avós. André Rodrigues de Freitas e Ana Maria R. de Freitas são peças importantes do quebra-cabeças que é a história de Itapoá.

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ndré R. de Freitas era policial civil do Paraná. Segundo Ana, a primeira casa de turistas da região foi de seus avós, construída no início dos anos 60. Onde hoje a avenida que leva o nome de André se encontra com a Av. Beira Mar III, Ana e seus parentes acessavam a praia. “Para nós era uma festa. Amávamos visitar a casa de nossos avós”, conta

Ana Maria. “Não havia rua ali, tudo era mata. Aos poucos meu avô foi abrindo o caminho com as ferramentas que possuía, para facilitar nosso acesso”, completa Ana. André e Ana Maria eram católicos. Depois que vieram morar em Itapoá, tornaram-se evangélicos. André então comprou um terreno na Rua Gaivota e ali construiu a primeira Igreja do Evangelho Quadrangular da cidade. A partir daí, deu-se início ao trabalho social do casal, que marcou uma geração. “Meu avô não tirava um centavo das ofertas para comprar uma lata de cera sequer. Tudo ele investia do próprio bolso, por amor ao reino de Deus”, conta a neta orgulhosa. Segundo Ana Maria, diversas vezes André e Ana custearam médico e alimentação para os moradores mais necessitados. “A vida

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Dona Ana Maria, neta de André e Ana Maria Rodrigues de Freitas.

das pessoas aqui era muito precária, viviam apenas da pesca. Então meus avós procuravam ajudar a quem precisasse”, completa Ana. A antiga igreja foi vendida e foi para outro local, mas para

Ana o legado dos avós é eterno: “o que meus avós plantaram, permanece”. André também era muito patriota, como explica Ana Maria: “onde quer que ele estivesse, fazia reverência


O casal que da nome as principais avenidas do município.

ao Hino Nacional ao ouvi-lo tocar. Tamanho patriotismo, faleceu no dia 7 de Setembro, em 1992”. Cinco meses após seu André falecer, a esposa Ana Maria também se foi. Para a neta, ela morreu de saudades do amado: “Era um casamento muito lindo. Nunca brigaram. Meu avô sempre respeitou muito minha avó, tanto que a chamava de ‘Dona Ana’. Essa convivência foi um exemplo maravilhoso para os netos”. Os pais de Ana Maria faleceram cedo. Com a perda, ela mesma tomou para si a responsabilidade de cuidar dos avós. Casou-se com um pescador da cidade, o famoso “Bife”, e nestas terras fincou raiz. “Eu brincava com meu marido quando éramos crianças. Eu tinha sete anos e ele nove quando eu vinha visitar meus avós. Hoje estamos com 44 anos de casados”, conta Ana Maria. Para Ana, defender a memória dos avós é questão de honra: “eles são meus heróis”, diz ela. “Na Bíblia fala que a memória dos justos permanece para sempre, e a dos meus avós está per-

manecendo. Mesmo que eu quisesse esquecê-los, não conseguiria. A todo momento os nomes deles são lembrados nas propagandas de carro de som, informando o endereço dos comércios”, completa. O amor que as pessoas tinham por André e Ana Maria, se reflete hoje na neta do casal. “As pessoas me respeitam, têm muito carinho por mim, por tudo o que meus avós fizeram por aquela geração”, conta Ana. Em dezembro de 1995, André Rodrigues de Freitas foi eternizado, dando nome à principal via de comércio do município (Lei nº 113/1995). No ano seguinte, em abril, Ana Maria Rodrigues de Freitas também foi homenageada, através da Lei nº 126/1996, nomeando a larga avenida paralela à de seu amado. Assim, o amor de um casal tão icônico para Itapoá ficou registrado na história. Lado a lado, continuam recebendo turistas e moradores da cidade, e servindo de referência histórica e geográfica a todos.

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EMPREENDIMENTO

Qualidade em mármores e granitos Ana Beatriz Machado Pereira da Costa

Nesta edição, voltada à casa e construção, conversamos com Simone Lopes Carneiro Ramos e Ozéias de Paula Ramos, proprietários da Marmoraria Talismã, em Itapoá. Quando o assunto é mármores e granitos, a empresa que existe há 15 anos é referência em toda a região.

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imone é natural da comunidade do Saí Mirim, em Itapoá, enquanto Ozéias veio da cidade de Curitiba (PR). Eles se conheceram em Itapoá e se casaram há 27 anos. O casal possuía um escritório na área jurídica em Joinville (SC), até que um amigo, Antônio Rodrigo de Toledo, decidiu vender sua empresa para mudar-se para o exterior. Antônio Rodrigo era proprietário da Marmoraria Talismã, em Itapoá, empresa que tocou durante treze anos. “Mesmo trabalhando em uma área totalmente distinta, ficamos muito interessados em investir em um comércio em Itapoá. Com todos estes anos vivendo na cidade, apostamos no fato de termos muitos amigos e conhecermos muitas pessoas, inclusive, no ramo da construção civil”, comenta Ozéias. Sendo assim, em agosto de 2017 o casal comprou a marmoraria, e assumiu as atividades no ano de 2018. No início, o público-alvo da empresa eram os turistas, mas Simone e Ozéias trabalharam para reverter esse quadro. “Tudo bem que Itapoá é um município que sobrevive, especialmente, do turismo. Mas nós vivemos aqui, somos daqui, e buscamos valorizar as pessoas que vivem aqui. Portanto, passamos a focar, também, nos moradores, que estão conosco durante o ano todo”, explica o casal. Muito além de turistas e veranistas, a empresa tornou a atender e trabalhar com condições especiais de pagamento para moradores locais, funcionários

O casal de proprietários Simone e Ozéias (em pé à direita) e parte da equipe que dá nome ao sucesso da Marmoraria Talismã, em Itapoá.

do Porto Itapoá, da Prefeitura Municipal de Itapoá e de comércios itapoaenses. Firmando parceria com pedreiros, arquitetos e outros profissionais da construção civil, a Marmoraria Talismã passou a oferecer mão de obra especializada, incluindo em seus serviços a entrega, a instalação e a manutenção de mármores e granitos. “Mão de obra sempre foi uma grande preocupação de moradores e turistas que desejavam construir em Itapoá. Mas, hoje, temos uma equipe de 12 funcionários, entre eles atendentes, entregadores e instaladores, e diversos colaborares com quem trabalhamos em parceria. Nossa missão é facilitar a vida de nossos clientes, para que a construção não seja uma ‘dor de cabeça’, mas, sim, eficiente e prazerosa”, diz Simone. Com 15 anos de história em Itapoá – dois deles sob direção de Ozéias e Simone, a Marmoraria Talismã oferece variedade em mármore e granito, além de peças prontas, como cubas e nichos para lavatórios, e molduras para churrasqueiras. Conforme os proprietários, os grandes diferenciais da empresa são a qualidade no atendimento e o baixo custo: “Existe um pensamento popular de que peças

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em mármore ou granito têm valores exorbitantes, mas isso não é verdade. Especialmente aqui na Talismã, trabalhamos duro para oferecermos o menor preço de toda a região. Não é à toa que temos clientes em outras cidades, como Joinville (SC), Garuva (SC), Guaratuba (PR) e Matinhos (PR)”. O meio ambiente também é preocupação da empresa, que possui o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais. De Jaraguá do Sul (SC), o casal Clarice Mokwa e Lizeo Mokwa frequenta as praias de Itapoá há cerca de trinta anos. Apaixonados pelo litoral, construíram uma casa de praia no Balneário Palmeiras, em Itapoá. Por indicação, conheceram o trabalho da Marmoraria Talismã. “Optamos por utilizar as peças da Talismã na área gourmet e nos banheiros da casa. Foi uma escolha muito feliz, pois o serviço é de qualidade e a equipe muito prestativa, dos atendentes aos instaladores. Com toda a certeza, recomendamos o trabalho da Marmoraria Talismã aos demais”, dizem Clarice e Lizeo. Granito ou mármore? Os granitos e mármores são pedras muito utilizadas nas edificações em bancadas, revestimentos de piso, parede, entre outros. Mas essa dúvida

sempre persiste: qual a diferença entre granito e mármore? De acordo com Ozéias, o granito é uma rocha natural ígnea formada por três minerais (mica, feldspato e quartzo) responsáveis pela sua beleza, resistência e durabilidade. “O granito é muito indicado em áreas internas, externas, bancadas de cozinhas e áreas de serviço. Por ter baixa porosidade não mancha e absorve pouca água”, explica. Seu preço varia de acordo com a sua raridade, ou seja, quanto mais raro, mais caro. Na Marmoraria Talismã, o granito “da vez” tem sido o modelo Verde Labrador. Já o mármore é uma rocha natural metamórfica composta principalmente por minerais de calcita. Conforme Simone, o mármore é mais caro, menos resistente e mais poroso que o granito. Por isso, dependendo do modelo, é mais suscetível a manchas e pode absorver gordura. Em contrapartida, para o revestimento de paredes o mármore é mais indicado, pois é mais leve que o granito. “É interessante que o mármore seja utilizado em ambientes internos, já que sofre com a ação de intempéries e da poluição”, explica a proprietária. Na Talismã, os mármores que fazem sucesso neste ano de 2019 são o Mármore Travertino e Branco Rajado. Vale lembrar que, na Marmoraria Talismã, você encontra apenas pedras de primeira mão. Ainda, é importante ressaltar que a manutenção, ou seja, o polimento dessas peças tem de ser feito de três em três meses. Para Ozéias e Simone, “o segredo do sucesso é muito trabalho e bastante bom humor”. Não raramente eles tornam-se amigos de seus clientes, e isso, aliado ao preço justo, faz da Marmoraria Talismã uma referência em toda a região. Caminhando e acompanhando o progresso do município de Itapoá, o casal de proprietários finaliza: “Agradecemos imensamente aos nossos funcionários, clientes, colaboradores e amigos por toda a confiança. Estaremos sempre dispostos a atendê-los, oferecendo o que há de melhor em mármores e granitos, e fazendo parte deste sonho tão especial que é a construção de um lar”.



EMPREENDEDORISMO

Porto Itapoá promove ações socioambientais em Itapoá

A cada embarque e desembarque de navio, Itapoá prova seu crescimento: se tornou um dos grandes polos logístico-portuário do país. Isso se deve à atuação do Porto Itapoá, empreendimento que desde 2011 trouxe uma dinâmica diferente à cidade. Conforme Cássio Schreiner, presidente do Porto Itapoá, a sustentabilidade é um dos principais pilares da atuação do Terminal e um dos norteadores da estratégia da empresa como um todo.

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Giropop: Podemos começar falando sobre a ampliação do Porto Itapoá. Em que fase se encontra? Já podemos perceber resultados significativos com relação ao ano de 2018? Cássio Schreiner: O Porto Itapoá completou o ano de 2018 na 5ª posição entre os terminais portuários de contêineres brasileiros. Nesse primeiro semestre de 2019 já ocupa o 4º lugar e a expectativa até o fim do ano é alcançar a 3ª posição no ranking (fonte: ANTAQ). Para atender a esse crescimento, o empreendimento fez investimentos que dobraram sua capacidade, passando a contar com uma estrutura capaz de movimentar até 1,2 milhão de TEUs/ano. As obras contemplaram 100 mil m² adicionais de pátio, resultando em uma área de 250 mil m², e mais 170 metros de píer, que passou a ter 800 metros de comprimento. A terceira fase da expansão permanece em andamento, onde o objetivo do Terminal, ao final do projeto, é alcançar uma área total de 450 mil m² de pátio e 1200 metros de píer, com capacidade para superar 2 milhões de TEUs/ano. O andamento das obras nessa última fase está alinhado com o crescimento da economia e a demanda exigida pelo mercado. Giropop: Este investimento é sinônimo de mais empregos em Itapoá? Cássio Schreiner: Com certeza. O Porto Itapoá possui atualmente cerca de 950 colaboradores. Em relação a dezembro de 2016, éramos em 650 cola-

Cássio Schreiner, presidente do Porto Itapoá

boradores, o que significa um acréscimo de 35% da mão de obra em três anos. A expectativa para o fim das obras é ultrapassamos o número de 1100 pessoas. Giropop: Para ampliar o seu terminal, o Porto Itapoá compensou com uma área ambiental dez vezes maior que o número exigido. Como você enxerga a importância da área compensada estar situada dentro do próprio município? Cássio Schreiner: A empresa é a fomentadora de uma das maiores RPPNs (Reserva Particular do Patrimônio Natu-

ral) do Sul do País. Fruto do projeto de expansão do Terminal, que compensou em 10 vezes mais a área suprimida para a obra de ampliação, em forma de reserva legal dentro do município de Itapoá, contígua à já existente Reserva Volta Velha, um dos atrativos turísticos de nossa cidade. O local visa pesquisas científicas e visitações de cunho ambiental, além de se tornar um importante ativo ambiental do município de Itapoá. Além disso, a decisão por concentrar essa área preservada dentro do município de Itapoá, adicionando área e infraestrutura a outra Reserva Natural já existente e ainda ao lado a um Parque Municipal – Parque Municipal dos Carijós, traz um valor ainda maior para o projeto, tanto no aspecto ambiental como também nos aspectos social e econômico, pois cria um verdadeiro atrativo para a comunidade e para o público em geral. Essa compensação adicional voluntária consiste em um entendimento do Porto Itapoá sobre a importância da conservação da Mata Atlântica para a manutenção da biodiversidade, equilíbrio do micro clima e manutenção da qualidade ambiental da região. Giropop: Podemos afirmar, então, que sustentabilidade é um dos pilares da empresa? Cássio Schreiner: A sustentabilidade é um dos principais pilares da atuação do Porto Itapoá, e um dos norteadores da estratégia da empresa como

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um todo. Desde o início das operações o Porto Itapoá desenvolve uma série de ações socioambientais com o foco dirigido para o desenvolvimento local. Hoje, essas ações se transformaram em 59 projetos socioambientais inseridos na estratégia de sustentabilidade na empresa. Destaca-se, dentre estes, os programas Ampliar, Itapoá Sempre Verde, Geração Turismo, Geração Pesca e Geração Agricultura, assim como os monitoramentos de fauna aquática, terrestre e flora. Aqui também estão inseridos todos os programas relacionados ao tráfego de veículos com origem ou destino ao Porto Itapoá, bem como o monitoramento da qualidade do ar. Para saber mais sobre as principais ações socioambientais do Porto Itapoá basta acessar a plataforma de compartilhamento de informações no www.portoitapoa.com/socioambiental. Giropop: Falando no projeto Itapoá Sempre Verde, o Porto Itapoá conquistou mais uma vez o Premio Empresa Cidadã, promovido pela ADVB SC (Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing de Santa Catarina), dessa vez na Preservação Ambiental. Cássio Schreiner: Sim, a premiação corrobora o compromisso do Porto Itapoá com a sustentabilidade e reforça a importância do programa Itapoá Sempre Verde, que desenvolve a produção de mudas florestais nativas da região para atividades de Educação Socioambiental. O viveiro florestal mantido pelo Porto

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também proporciona à comunidade em geral o acesso à mudas destas espécies nativas, seja para recomposição da flora ou para ornamentação doméstica e pública. Giropop: Desde o início das operações o Porto Itapoá desenvolve uma série de ações socioambientais com o foco dirigido para o desenvolvimento local. Quais são as principais? Cássio Schreiner: Hoje, essas ações socioambientais se transformaram em programas inseridos na estratégia de sustentabilidade na empresa. Destaca-

-se, dentre estes, os programas Geração Turismo, Geração Pesca e Geração Agricultura, cujos objetivos estão relacionados à geração de renda e desenvolvimento do conceito de autonomia socioeconômica. Nessa linha de desenvolvimento da autonomia social e econômica, o grande expoente dentre os projetos promovidos pelo porto é o Programa Ampliar, recomendado aos mais importantes prêmios do setor Brasil afora, como a EcoBrasil2019 (Revista Portos e Navios), a Empresa Cidadã (ADVB-SC), ABRH e o Navis 2019 Inspire Awards, realizado em San Francisco, na Califórnia.


Giropop: Poderia explicar melhor aos nossos leitores do que se trata o Programa Ampliar? Cássio Schreiner: O Ampliar é um espaço de diálogo para discutir, de forma participativa, temas importantes e projetos comunitários que visam o desenvolvimento dos bairros Jaguaruna, Figueira e Pontal. O Ampliar é constituído por cinco temáticas: Pesca e Agricultura, Comunicação e Cultura, Esporte e Lazer, Geração de Renda e Tráfego. As comissões são formadas por representantes das três comunidades (Pontal, Figueira e Jaguaruna), do poder público local, de entidades e organizações da sociedade civil, de técnicos especialistas e do Porto Itapoá. Hoje, o Ampliar não se configura mais como uma iniciativa do Terminal, já conseguiu se consolidar como um programa da comunidade itapoaense, e é visto como um importante meio de valorização da cultura, história, cidadania e participação social no município de Itapoá. Giropop: Somente neste ano de 2019, o Porto Itapoá conquistou diversos prêmios, como o prêmio internacional Navis Inspire Awards, e ficou entre as 50 empresas mais inovadoras do Sul do Brasil, segundo a Revista Amanhã. Seriam estes motivos de orgulho para nós, itapoaenses? Cássio Schreiner: O Porto Itapoá é um empreendimento de classe mundial em todos os aspectos. Com uma ges-

tão moderna e profissional, processos, equipamentos e tecnologias de última geração e profissionais altamente capacitados, o Terminal, sem dúvida, figura entre os mais modernos do mundo e deve, sim, ser motivo de orgulho para os itapoaenses. Giropop: Afinal, não é novidade alguma que a empresa trouxe incontáveis avanços e impulsionou a economia do município. Enquanto presidente, como você mensura a importância do Porto Itapoá para o povo itapoaense e vice-versa? Cássio Schreiner: O Terminal trouxe uma dinâmica diferente para cidade. Além dos investimentos em projetos sociais, atualmente o Porto conta com 950 colaboradores diretos, o que significa quase 3500 empregos, entre diretos e indiretos, para um município cuja população economicamente ativa gira em torno de 7.000 pessoas. Além disso, o Porto Itapoá –somando-se os demais empreendimentos da sua retroárea – é responsável por 80% da arrecadação tributária municipal. Essa contribuição, adicionada de outros projetos realizados pelo Terminal, desde 2011, resultam em aproximadamente de R$ 140 milhões gerados no município através do empreendimento, sendo R$ 33 milhões em acessos rodoviários no município, R$ 23 milhões para a estruturação da rede de energia elétrica e R$ 14 milhões em projetos nas áreas

sociais e ambientais. Os moradores de Itapoá sempre responderam de forma positiva à instalação do Porto na cidade, entendendo ser um vetor de desenvolvimento sustentável e de geração de emprego, renda e novas oportunidades de empreender no município. Giropop: Em nome dos 950 colaboradores da empresa, você poderia contar-nos quais as previsões do Porto Itapoá para os próximos anos? Cássio Schreiner: Os investimentos na ampliação do Porto estão baseados nas perspectivas de crescimento da economia e, consequentemente, da movimentação de cargas. Em Itapoá, o Terminal é um vetor de crescimento e, com a capacidade ampliada e ocupada, outros empreendimentos são atraídos para a região, movimentando a economia local e gerando novas oportunidades. O Porto Itapoá é um investimento de mais de R$ 1 bilhão, que se insere num cenário de perspectivas positivas, encontrando oportunidades no setor de infraestrutura logística. Obviamente que o desenvolvimento dos negócios está atrelado a uma série de fatores que precisam considerar perspectivas políticas, sociais e econômicas, tanto do ponto de vista nacional como local. Nesse sentido, o plano do Terminal está diretamente ligado ao desenvolvimento sustentável de nosso município e da região como um todo, compartilhando as oportunidades, mas também os desafios que nos farão chegar em nossa plenitude operacional.

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Frederico Dácio de Souza... SEU FREDERICO, com letras maiúsculas, pelo muito que representou para Itapoá. Sinônimo de iniciativa, coragem, solidariedade e Espírito desbravador.

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o seu vasto e rico curriculum de vida, destacamos: Graduação pela Faculdade da Vida e Doutorado pela Universidade da natureza onde apresentou a tese intitulada Sinais da natureza, a qual foi desenvolvida informalmente ao longo de 96 anos, 11 meses e 16 dias de permanente contato com ela e orientado por inumeros guias do bem. Em sua tese, aprovada com nota máxima, aviventou e demonstrou para a banca examinadora que, mesmo sem a tecnologia atual, era possível a, no sol ler as horas; nos animais e no vento, a chuva próxima; nas

Frederico e Anevio Paese inspecionando trecho da estrada na Serra da Tiririca no ano de 1957.

aves voando sobre o oceano, os sinais de estio; na cor da água, o prenúncio de mar revolto e no canto da cigarra, o aviso da “corrida do caranguejo”, ou seja, o momento de apanhá-lo. Mas, para que todo esse acervo de conhecimento empírico se espraiasse amplamente, sendo também usufruído por outros, foi conduzido a participar da abertura de uma estrada, a tão conhecida Serrinha das inumeras curvas. Seo Frederico engajou-se de corpo e alma nessa empreitada e integrou uma equipe de homens, que sem esquecer a perspectiva de resultados financeiros, tinham no ideal do fazer o maior de seus recebimentos.

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Para tudo tinha uma solução adequada. Quando os trabalhadores atacados por pernilongos e maruins que não os deixavam dormir durante a noite ou as botucas de outubro que não lhes permitiam descansar nos dias de folga, rapidamente arregimentou um grande número de amigos e abriram uma grande clareira junto a praia. Enquanto as extensas fogueiras mantinham distante os insetos, construiram um barracão coberto de folhas de guaniova com telas nas janelas e portas. Quando a malária ou maleita se apresentava bolinhos de farinha de mandioca com embira era o remédio. Nos dias tediosos, carrancudos, de chuva prolongada, juntamente com Ambrósio Paese na companhia do violão, pandeiro e o corote de cachaça mantinham o entusiasmo e a harmonia dos trabalhadores. Para se ter uma idéia da grandeza de seu desprendimento, ao receber a notícia de que a construção da via podia ser paralisada devido ao exaurimento de recursos quando faltavam pouco mais de três quilômetros para atingir a praia, sensibilizou-se e ciente da importância da obra

para retirar o local do anonimato não recuou, nem desistiu. Mesmo não sendo responsável pelo empreendimento, o que fez Seu Frederico? Aproximou-se ainda mais dos Irmãos Paese e demais sócios da empresa S.I.A.P. e sugeriu a adoção do sistema de mutirão. Pessoalmente passou a convidar os moradores que até então tinham o mar e picadões rudimentares para deslocarem-se, a doarem alguns dias de seus trabalhos em prol do término de tão importante projeto para suas vidas. Essas mesmas pessoas que atenderam ao chamado do Seo Frederico para as custas de pás e picaretas concluir a estrada, antes mesmo de ser pensada e rasgada, tinham um desenvolvido sistema de ajuda mútua, pois durante o período de março a outubro trabalhavam sertão a dentro cultivando mandioca, arroz e cana-de-açúcar com os quais produziam farinha, melado, açúcar e cachaça. Quando chegava novembro, empurrados pelos mosquitos e o calor, fugiam em direção a praia onde permaneciam até fevereiro. Nesse espaço de quatro meses pescavam e formavam um grande estoque de peixes-secos que eram levados para ser consumidos quando retornavam ao interior. Nessa sua trajetória de vida, onde prevaleceram os altos, teve o privilégio de ver que a estrada da qual participou do início ao fim foi o start para o surgimento do Município de Garuva em 1964 e Itapoá no ano de 1989, bem como o tão sonhado porto. Obra completa SEO FREDERICO. Sua vida valeu a pena.




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