Revista Giropop 92 by Revista Giropop

fevereiro/março 2021 | EDIÇÃO 92

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Editorial COLABORADORES DESTA EDIÇÃO A Re v i st a G i r opop agradece a todos os prossionais que colaboraram conosco nesta edição da revista. Neste novo conceito, exploramos a diversidade de opiniões e modo de escrita. Trazendo uma leitura muito mais atraente, com prossionais que entendem do assunto, envolvendo diferentes públicos.

Jornalista, Jean Balbinotti

Jornalista, Pedro Gunther

Farmacêutico/Bioquímico Moises Antônio Nieckarz

Jornalista Ricardo Haponiuk

Jornalista, Leandra Francischett

Médico Evanius Weirmann

Cirurgião Dentista Eduardo E. Khoury

EXPEDIENTE

Administrativo Claudio Kessler Jr

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4 | REVISTA GIROPOP | FEVEREIRO/MARÇO 2020

Comercial Antonio A. Vieira

Redação Juliana Ramos

Distribuição gratuita Tiragem: 3000 exemplares

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HORÁRIO COMERCIAL Segunda à Sábado : 8:30 até 18 horas

Avenida Ana Maria Rodrigues de Freitas, nº 866, Itapema do Norte, Itapoá - SC

CAPA | CONSTRUTORA MASSANEIRO

Lazer completo, esse é o diferencial da Massaneiro Em ano de pandemia, muitas empresas reduziram investimentos e quadros de funcionários para não fechar as portas. A queda do movimento nos estabelecimentos comerciais foi a principal motivação, muito por causa das restrições de circulação de pessoas em razão do risco de contágio por coronavírus. Mas alguns setores da economia, como o da construção civil, reagiram muito bem ao momento de incertezas, colocando empresas em destaque. É o caso da Construtora e Incorporadora Massaneiro, que oferece aos moradores de Itapoá empreendimentos únicos e de qualidade comprovada. Para contar um pouco mais sobre essa história, que iniciou em 2009, convidamos os sócios João Francisco Massaneiro e Josiane Massaneiro; Simone Massaneiro Silva; Rosi Lechakoski; e Marcos Scortegagna para falar do atual momento da empresa, seus projetos para o futuro e análise do mercado. As respostas foram enviadas pela assessoria de comunicação da construtora e estão em consonância com o pensamento coletivo dos sócios. Confira: Como surgiu a Construtora e Incorporadora Massaneiro? Quem foi o grande idealizador da fundação e quais diretrizes norteiam as ações da empresa desde a sua fundação? - A história da empresa está ligada ao sonho da família Massaneiro que começou a realizar empreendimentos na cidade de Itapoá no ano de 2009. Os sócios fundadores chegaram em Itapoá com a determinação e a experiência para consolidar a empresa na área da construção civil. Em 2018, após a sua fundação, a empresa iniciou a construção de seu primeiro prédio, e desde então vem se especializando na construção de edifícios residenciais e comerciais de alto padrão. 6 | REVISTA GIROPOP | FEVEREIRO/MARÇO 2021

Hoje, o mercado da construção civil em Itapoá está em franca expansão. Para a Massaneiro, a pandemia trouxe algum reflexo? O número de obras realizadas diminuiu, se manteve igual ou aumentou? Dê números, se possível. - A pandemia não afetou o setor da construção civil em Itapoá, pois o mercado imobiliário está aquecido. Apesar da paralisação, necessária e obrigatória, que houve por conta da pandemia, a empresa não teve atrasos na entrega dos imóveis. A Massaneiro tem como meta a entrega de 100% dos imóveis no prazo. Com o aquecimento da economia local, é natural que novas empresas se arrisquem na construção para aproveitar esse bom momento. O que a Massaneiro tem feito para se diferenciar das demais? Qual é o públicoalvo? - A Massaneiro está se especializando em imóveis de alto padrão com área de lazer completa. Hoje, a empresa oferece um maior número de itens de comodidade nos seus prédios, focando na qualidade e oferecendo um ambiente confortável aos seus clientes. Os empreendimentos da Massaneiro se tornaram um ótimo investimento, com valorização garantida. O objetivo da empresa é ser referência em Itapoá na construção de imóveis residenciais, com o melhor custo/benefício do mercado.

A empresa tem gestão familiar, com cinco sócios. É o modelo de gestão é mais eficiente? Por quê? - A Massaneiro busca se firmar no mercado prezando pela satisfação e confiança dos clientes. A sua gestão é pautada na ética e responsabilidade em cada obra. Além de ser um negócio em família, é um sonho antigo. E tudo é planejado e executado com muito amor, desde a elaboração de uma planta, até a escolha dos acabamentos e jardinagem. Sempre buscando melhorar seus padrões construtivos, oferecendo imóveis diferenciados que atendam o mercado imobiliário e superem as expectativas dos clientes. Se o foco da empresa é a qualidade dos empreendimentos, isso naturalmente exige investimento e a contratação de mão de obra qualificada. Itapoá dispõe de profissionais desse nível para fazer jus ao objetivo ou precisa trazer gente de fora para aprimorar os processos construtivos? - Hoje a empresa conta com uma equipe de profissionais especializados. Temos colaboradores que são de Itapoá, mas a maior parte da equipe vem de fora da cidade. À frente da equipe estão administradores e engenheiros qualificados e, no canteiro de obras, contamos com profissionais especializados, que têm a experiencia e conhecimentos necessários para executar serviços com segurança e qualidade. Quantas obras a empresa realiza no momento e em quais bairros ou praias? - O foco da empresa é a cidade de Itapoá. Neste ano de 2021, estamos à frente de quatro obras, uma a ser finalizada este ano, o Residencial Santa Catarina; duas a serem

finalizadas em 2022, o Edifício Norberto Weber e o Residencial São João; e um obra a ser finalizada em 2023, o Edifício Tower, que será a maior obra da Massaneiro em Itapoá, totalizando 30 apartamentos e salas comerciais no térreo. O empreendimento conta com elevador, garagens cobertas e uma estrutura de lazer completa, com piscina, ofurô, deck, academia, salão de festas, praça do fogo e playground. Para este ano, a empresa projeta um crescimento em seu portifólio de obras? Qual é a expectativa? - A cada ano, a Massaneiro vem aumentando seu portfólio. O foco atual da empresa é oferecer uma variedade maior de opções de apartamentos, com tamanhos e valores que atendam a todos os seus de clientes, desde pessoas solteiras ou famílias a investidores. A empresa trabalha meticulosamente no planejamento e organização de suas obras e sempre com capital próprio, pensando em oferecer aos clientes um negócio seguro, garantindo que o cliente receba seu sonhado imóvel. Como é a atuação da empresa nas redes sociais? Vocês entendem que é possível fazer boas captações de negócios em perfis criados no Instagram e no Facebook, por exemplo? - Acreditamos que as redes sociais sejam uma ferramenta muito importante para alavancar as vendas e gerar leads (negócios). Hoje, a Massaneiro conta com uma empresa especializada de São Paulo que gerencia suas redes sociais. Como o público em geral é de fora da cidade, as redes sociais e portais de vendas, bem como a parceria com imobiliárias locais e corretores, é o foco da empresa e sua maior fonte de captação e vendas. REVISTA GIROPOP | FEVEREIRO/MARÇO 2021 | 7

SAÚDE | BEBÊS

Teste do pezinho ajuda a identiﬁcar doenças raras por Leandra Francischett Exame deve ser coletado ainda na maternidade, com no mínimo 48 horas de vida.

teste do pezinho é simples de ser coletado, apenas uma picadinha próximo ao calcanhar do bebê, mas a sua eficácia é grande. O exame gratuito, disponibilizado a todas as crianças, é capaz de detectar 12 doenças. Enquanto o pago amplia a detecção para mais de 100 doenças. É o que explica o pediatra dr. Alberto Bauer Filho, médico há 26 anos, sendo 21 anos em Itapoá, atuando nesta área e exclusivamente para saúde pública, que é tão carente dessa especialidade. Além disso, dr. Alberto atuou 18 anos como médico emergencista em plantões pronto-atendimento 24 Horas. “O teste do pezinho é importante para um diagnóstico e tratamento precoce das doenças consideradas raras, para melhorar a qualidade de vida e evitar sequelas futuras desses bebês”, explica dr. Alberto. O teste do pezinho é uma triagem que detecta seis doenças genéticas ou congênitas: fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, doença falciforme, fibrose cística, deficiência de biotinidase e hiperplasia adrenal congênita.

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Dr. Alberto Bauer Filho É feito logo que o bebê nasce? “Não, é realizado entre o 3º e 5º dia de vida, que é o ideal que a maioria dos recém-nascidos faça. Quanto mais tarde realizar o teste, maior o risco de não fazer o diagnóstico precocemente e atrasar o tratamento”, responde dr. Alberto. O teste do pezinho faz parte Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN), iniciado em 2012, quando o SUS passou a testar seis doenças com o exame do pezinho, sendo a melhor forma de diagnóstico e tratamento precoce.

Fenilcetonúria: É o acúmulo do aminoácido Fenilalanina (FAL) no sangue. Sem o diagnóstico precoce e do tratamento antes dos 3 meses de vida, a criança com Fenilcetonúria apresenta um quadro clínico clássico, caracterizado por atraso global do desenvolvimento neuropsicomotor (DNPM), deficiência mental, comportamento agitado ou padrão autista, convulsões, alterações eletroencefalográficas e odor característico na urina. Hipotireoidismo congênito: O bebê não produz quantidades adequadas de hormônios tireoideanos. Sem o diagnóstico e tratamento precoce, a criança terá o crescimento e desenvolvimento mental seriamente comprometidos. O tratamento da doença consiste na reposição dos hormônios tireóideos deficitários, no caso, reposição de levotiroxina sódica. Doença falciforme e outras hemoglobinopatias: Causadas por um defeito na estrutura da hemoglobina, que leva as hemácias a assumirem forma de lua minguante. O paciente afetado apresenta as seguintes alterações clínicas: anemia hemolítica, crises vaso-oclusivas, crises de dor, insuficiência renal progressiva, acidente vascular cerebral, maior susceptibilidade a infecções e sequestro esplênico. O ideal é que o tratamento seja iniciado antes dos 4 meses de vida. As principais medidas preconizadas são: administração de antibióticoterapia profilática (esquema especial de vacinação), suplementação com ácido fólico, além do seguimento clínico especializado. Fibrose cística ou mucoviscidose: Doença grave que afeta especialmente os pulmões e o pâncreas, dificuldade de ganho de peso, problemas respiratórios, perda de sal pelo suor, dor abdominal recorrente, icterícia prolongada, pancreatite recorrente, cirrose biliar e retardo no

desenvolvimento somático. O tratamento do paciente com fibrose cística consiste em acompanhamento médico regular, suporte dietético, utilização de enzimas pancreáticas, suplementação vitamínica (vitaminas A, D, E, K) e fisioterapia respiratória. Hiperplasia adrenal congênita: É quando ocorre a deficiência de uma enzima responsável pela produção desses hormônios. Dessa forma, temos uma redução na produção do cortisol e da aldosterona. O aumento da produção dos andrógenos, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado melhoram o padrão de crescimento podendo normalizá-lo na maior parte dos casos. Deficiência de biotinidase: É uma doença metabólica hereditária na qual há um defeito no metabolismo da biotina. Clinicamente, manifesta-se a partir da sétima semana de vida com distúrbios neurológicos e cutâneos, como crises epiléticas, hipotonia, microcefalia, atraso do desenvolvimento neuropsicomotor, alopecia e dermatite eczematóide. Nos pacientes com diagnóstico tardio observam-se distúrbios visuais e auditivos, assim como atraso motor e de linguagem. O tratamento medicamentoso é muito simples, de baixo custo e consiste na utilização de biotina (vitamina) em doses diárias.

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ENTREVISTA | TENENTE ALEXANDRE DE MELLO ROGGE

‘O problema está na falta de conscientização das pessoas’ Quando o verão chega, turistas e moradores de cidades litorâneas invadem as praias em busca de diversão e Itapoá é um dos destinos preferidos no Norte de Santa Catarina Conra a seguir a entrevista com o Tenente Rogge, que é nascido em Londrina (PR), mas já trabalhou em Florianópolis e Canoinhas antes de se estabelecer em Itapoá.

esta temporada, por causa da pandemia da Covid-19, a movimentação tem sido um pouco menor, mas ainda assim as praias continuam bem procuradas. Para garantir a plena segurança dos banhistas, a presença de guarda-vidas em postos de controle é fundamental. Com quase 30 quilômetros de praias, Itapoá possui 23 postos em funcionamento na alta temporada, cobrindo os principais pontos da orla. Mas há locais que não são monitorados

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devido ao contigente de guarda-vidas e isso exige muita atenção e cuidados das pessoas que entram no mar. O Tenente Alexandre de Mello Rogge, comandante do Pelotão do Corpo de Bombeiros de Itapoá desde março de 2018, conhece bem os meios para prevenir afogamentos e arrastamentos de pessoas no mar. Segundo ele, os registros desses episódios nas praias itapoaenses estão diminuindo nos últimos anos,

mas a preocupação continua grande. Conforme levantamento da corporação, entre o início da Operação Golfinho, em dezembro, e o dia 15 de janeiro, ocorreram cinco afogamentos, 74 arrastamentos e um morte na orla de Itapoá. Os arrastamentos e afogamentos, segundo o tenente Rogge, quase sempre decorrem de atitudes imprudentes dos banhistas, que avançam no mar sem conhecimento. Confira a seguir a entrevista com o Tenente Rogge, que é nascido em Londrina (PR), mas já trabalhou em Florianópolis e Canoinhas antes de se estabelecer em Itapoá. 1) No Verão, os banhistas buscam as praias, rios e lagos para se refrescar e isso naturalmente aumenta o número de afogamentos e mortes por afogamento. Como é essa realidade em Itapoá? O serviço de salvamento aquático evoluiu muito em Itapoá nos últimos anos. Antigamente, era comum morrer cerca de 15 pessoas afogadas por temporada. Com o aumento na área protegida e com o foco do serviço na prevenção – e não mais no resgate em si -, a quantidade de óbitos por afogamento caiu drasticamente, mesmo com o aumento no fluxo de banhistas frequentando as praias a cada temporada. Na temporada 2019/2020, tivemos dois óbitos por afogamento, 11 ocorrências de recuperação de afogamento e 209 arrastamentos, que é quando o guarda-vidas tem que entrar na água e realizar o resgate. Na temporada atual, até o dia 15 de janeiro, registramos apenas um óbito por afogamento, cinco ocorrências de recuperação de afogamento e 74 arrastamentos. É importante ressaltar que, há pelo menos quatro anos, não acontece em Itapoá óbito por afogamento dentro da área guarnecida por guarda-vidas, o que demonstra a qualidade do serviço prestado pela corporação.

2) Na sua avaliação, quais são os maiores "pecados" dos banhistas e que aumentam as chances de afogamento? O maior problema está na falta de conscientização das pessoas. Elas devem se conscientizar que existem locais adequados para tomar banho de mar, que são próximos aos postos de guardavidas. O índice de mortes por afogamento nos locais patrulhados por guarda-vidas é praticamente zero. Então, ao chegar na praia, a atitude mais correta é ficar próximo ao posto de guardavidas. Também é importante perguntar ao guarda-vidas quais são os melhores locais para entrar no mar, pois, mesmo nas proximidades do posto, podem haver locais perigosos para o banho, como uma corrente de retorno, por exemplo – a qual é sinalizada com uma bandeirola vermelha. Do mesmo modo, deve-se sempre seguir as orientações dos guarda-vidas, pois são eles que detêm o conhecimento sobre o local e garantem a segurança das pessoas. Além disso, é preciso que cada pessoa respeite o seu nível de conhecimento do mar e a sua habilidade em natação. O mar não é para amadores. Quem sabe nadar em piscina, mas não conhece o mar, deve tomar o mesmo cuidado de quem não sabe nadar, ou seja, deve manter a água até na altura do umbigo. Outro ponto importante é não entra no mar após fazer o consumo de bebidas alcoólicas. Muitas mortes por afogamento estão relacionadas ao abuso do álcool, devido às alterações na capacidade de discernimento que a substância provoca. 3) Itapoá tem um vasto litoral, com mais de 30 km de praias, além de rios e cachoeiras. Como os bombeiros se preparam para fazer esse monitoramento? Quantos bombeiros atuam no pelotão e qual é o reforço na alta temporada? Nós dispomos de 23 postos de guarda-vidas na orla do município, estrategicamente posicio-

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nados a fim de atender os locais com maior concentração de pessoas. Além disso, para abranger uma área ainda maior, também contamos com quatro cadeirões fixos e com postos móveis (cadeiras e guarda-sol), os quais são ativados nos dias de maior movimento. Em paralelo, onde não há local protegido por guarda-vidas, instalamos sinalizações indicativas e boias de salvamento, no intuito de tornar esses locais um pouco mais seguros. Para complementar, temos uma viatura 4x4 e dois quadriciclos empregados exclusivamente para o serviço da praia. A preparação para a Operação Veraneio ocorre o ano inteiro, seja na aquisição de materiais, reforma de postos e capacitação de pessoal. Os guarda-vidas civis voluntários são treinados e capacitados pelos bombeiros militares para atuarem na temporada. Assim, são realizados cursos de formação e de recertificação a fim de oferecer o conhecimento teórico e prático necessário ao serviço. Nesta temporada, dispomos de 85 guarda-vidas civis voluntários aptos para o serviço. Com relação ao efetivo militar, contamos com 14 bombeiros militares, sendo que na temporada esse número aumenta com o reforço de bombeiros vindos do interior do Estado. Assim, nesta temporada 2020/2021, temos 21 bombeiros militares. Além disso, temos os bombeiros comunitários, os quais são fundamentais para completar as guarnições de serviço. 4) Muito se fala em prevenção, mas invariavelmente, vemos pessoas abusando dos limites e não respeitando as orientações dos guardavidas. Na sua opinião, esse é um fator determinante para a ocorrência de afogamentos? Sim, definitivamente. Uma parcela significativa dos afogamentos acontece por imprudência do banhista. É o sujeito que não sabe nadar mas se arriscou; é aquele que bebeu demais e entrou

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no mar; pode ser também a pessoa que não respeitou a orientação do guarda-vidas e permaneceu em um local perigoso. Enfim, exemplos não faltam. Uma das maiores consequências do desrespeito às orientações dos guarda-vidas é o mau exemplo que essa pessoa acaba dando aos demais banhistas, pois se ela não segue suas orientações e não respeita a sinalização de local perigoso, acaba estimulando outros banhistas a fazerem o mesmo, colocandoos em risco e assim prejudicando – e muito – o serviço dos guarda-vidas. 5) A conscientização e educação das crianças, com a realização de ações pontuais nas praias, é um bom caminho para diminuir esses índices de afogamentos? A educação é sempre o melhor artifício para conscientizar as pessoas, e as crianças são uma excelente ferramenta para disseminar o conhecimento. Esta é a principal ideia do Projeto Golfinho: ensinar as crianças para que elas transmitam o conhecimento aprendido. Assim, as crianças replicam os ensinamentos que recebem no Projeto Golfinho para seus familiares e também para as demais pessoas do seu círculo de convivência (na escola, vizinhos, amigos, etc), formando uma nova mentalidade de conscientização e garantindo um banho de mar cada vez mais seguro. 6) Como os banhistas podem evitar e identificar as correntes de retorno? Para a maioria das pessoas, elas são um perigo invisível, porém, com algumas orientações pontuais e a observação atenta do mar é possível identificá-las por meio de algumas características bem definidas. A primeira delas é observar as bandeirolas vermelhas posicionadas na areia, que são colocadas pelos guarda-vidas no início do serviço, as quais indicam que neste

Tenente Rogge, Cabo Paulo, Soldado William, Bombeiro Comunitário Manoel e Bombeira Comunitária Dutra.

local existe uma corrente de retorno, tratando-se de um local perigoso. A segunda característica, que exige um certo conhecimento do mar para ser percebida, é que, devido a uma maior profundidade e a um fluxo de água em direção ao fundo, há menor incidência da quebra das ondas no local, bem como uma coloração mais escura da água. 7) Para finalizar, que cuidados o senhor recomenda aos banhistas que estão em uma praia sem um posto guarda-vidas? A orientação é evitar banho de mar em áreas não protegidas pelo Corpo de Bombeiros Militar,

uma vez que a maioria dos afogamentos seguidos de morte ocorrem nessas áreas. Se ainda assim o banhista assumir o risco de entrar em áreas não protegidas, deve atentar-se para algumas regras básicas, tais como: manter a água até na altura do umbigo, não nadar sozinho, conversar com pessoas que conhecem o local, sempre avisar alguém antes de entrar na água e evitar locais com pouca concentração de pessoas (pois em caso de necessidade não haverá alguém para ajudar). Por fim, todos devem conhecer o número de emergência do Corpo de Bombeiros Militar: 193.

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SAÚDE | DIA MUNDIAL DO CÂNCER

Prevenção é a forma mais eﬁcaz de alcançar a cura deﬁnitiva do câncer Em 4 de fevereiro é comemorado o Dia Mundial do Câncer e, de acordo com dr. Daniel Rech, oncologista, esta data foi criada no início dos anos 2000, pela união internacional para o controle do câncer e apoiada pela Organização Mundial de Saúde (OMS). O principal objetivo é a conscientização, focada em medidas de prevenção, como forma de lembrar os governos e a população da necessidade de buscar atendimento neste sentido. Conra a entrevista.

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por Leandra Francischett É possível preveni-lo? Dr. Daniel Rech: A prevenção é a melhor forma de alcançar cura definitiva. Infelizmente, a maioria dos casos não tem um “culpado” direto como causador, mas sim uma série de fatores somados. É sabido que hábitos de vida mais saudáveis, atividade física, dormir bem, enfim, qualquer medida visando qualidade de vida, são úteis na prevenção. Tabagismo e bebida alcoólica nem se fala! A prevenção depende do local e da área atingidos? Quando se menciona a prevenção de tipos específicos, sim, o local determina algumas formas de cuidados e exames a serem realizados. Por exemplo, a mamografia, para câncer de mama; o exame preventivo ginecológico, o papanicolau, para o câncer de colo uterino; a inspeção visual, nos casos de tumores de pele; exames de imagem, para o câncer de pulmão. Enfim, para todos que possuem alguém na família é importante consultar e direcionar os cuidados individualmente. Quais os cânceres mais comuns? Câncer de pele é o mais frequente, mas excluindo-se esses, temos o câncer de mama, como líder nas mulheres, e o de próstata nos homens, seguidos de perto pelo câncer de pulmão, depois vem o câncer de intestino, estômago e uma série de outros não menos importantes. Quais são os mais fatais? Todos eles são passiveis de tratamento e cura

Dr. Daniel Rech. se forem precocemente identificados; no entanto, podem ser fatais, não gosto muito dessa palavra, mas, se forem tardiamente diagnosticados, todos podem ser assim considerados. Mas, certamente, neste sentido, o câncer de pulmão é um dos piores na atualidade. Quais os tipos de tratamento? Os tratamentos em oncologia englobam em algum momento e dependendo do tipo de tumor: quimioterapia, radioterapia e cirurgia. Dentro das quimioterapias, temos as drogas citóxicas clássicas e outras novas modalidades, como as imunoterapias, que são anticorpos monoclinais, bloqueadores de vias celulares específicas. Então temos uma variedade de drogas novas, algumas são até tomadas em forma de comprimidos. Já o mapeamento genético tem como objetivo identificar características dos tumores que nos ajudam a escolher essas medicações.

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SAÚDE | DIA MUNDIAL DO CÂNCER

Aﬁrmações que um oncologista deve evitar fazer a seu cliente por Evanius Wiermann Todos concordamos que a comunicação pode ser uma forte arma durante uma consulta médica para estabelecer uma relação duradoura e cativa entre o prossional e seu cliente e, da mesma maneira, permitir que as informações cientícas sejam traduzidas da melhor maneira possível para o interlocutor permitindo a este entender seu diagnóstico e avaliar cuidadosamente suas opções terapêuticas frente ao seu prognóstico, levando-se em conta também as potenciais complicações que tal terapia eventualmente poderiam acarretar a este paciente.

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iante disto, uma consulta com um oncologista, médico que trata o paciente com câncer, assume uma dimensão muito mais dramática, dado a gravidade da situação que na maioria das vezes se apresenta, o que acaba por testar as habilidades de comunicação do cancerologista, que tentará explicar situações complexas claramente, mas ao mesmo tempo, tendo um senso humanitário comum que revele empatia e compaixão neste contexto específico. Frente a este cenário, o profissional deve sempre estar atento a determinadas assertivas que quando ditas no consultório podem ter um efeito deletério sobre o cliente e sobre a relação a se formar, portanto, devemos nos atentar bastante a tais detalhes. Um texto recente publicado no blog do Dr. Craig Hildreth serviu como base para a produção do mesmo e algumas destas armadilhas serão aqui dirimidas para sempre lembrarmos como o colóquio médico pode ser instigante.

Infelizmente tenho notícias ruins para dar. O cliente que procura o oncologista, na vasta maioria das vezes já o faz de posse de um diagnóstico pré-estabelecido e, então, as más notícias já foram

transmitidas e a adoção de um tom melodramático durante a consulta em nada ajuda a se estabelecer uma relação de confiança entre as partes. Ser objetivo e evitar frases de efeito e pieguices é uma boa maneira de se manter uma postura que transmita respeito e credulidade num momento de muita fragilidade emocional, demonstrando ser um porto seguro para seu cliente.

Por que não procurou seu médico antes quando se iniciaram os sintomas? Além de já saber qual é a resposta a tal questionamento (negação...), aumentar a sensação de culpa do cliente não torna a situação menos grave naquele momento. Aborrecer o cliente com mais uma carga desnecessária de sentimentos negativos, relembrando-o do que deveria ter sido feito em tempo hábil (ele já sabe...) não traz melhores resultados para seu tratamento e ainda deixa-o mais depressivo e menos aderente à terapia. Temos que aproveitar este momento para também cientificar os familiares sobre os sintomas de alerta para que isto não se repita outras vezes, sempre poupando o paciente de um comportamento passivo agressivo de cobrança.

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Se você não tivesse fumado, isto não teria acontecido a você. Seria inocência ou mesmo condescendência da parte do médico não imaginar que o paciente hoje não saiba da relação entre o tabagismo e o câncer ante a quantidade de informação exposta nas diversas formas de mídia. Então, um tabagista que entra em um consultório oncológico já sabe deste conceito e enchê-lo de mais culpa em nada traz ajuda ao processo terapêutico. Enquanto devemos sempre desestimular este hábito, especialmente durante o tratamento, dado que o cigarro pode reduzir a eficácia de alguns quimioterápicos, este processo deve ser acompanhado por especialista, dado que o abandono do vício é muito difícil e ele pode ser ajudado por medicações específicas para tal intenção. Independente disto, uma discussão abrangente sobre a relação do câncer tabacoinduzido pode servir de ponto de partida para se estimular a outros parentes a abandonarem o hábito tabágico, levando-se em consideração o também conhecido papel deletério do fumo passivo.

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A qualidade de vida tem um papel muito mais relevante que o próprio tempo de sobrevida geral.

Você tem (inserir aqui um número) meses de vida. Muitos pacientes querem saber sobre seu prognóstico de sobrevida, especialmente no contexto de doença avançada. Nenhum oncologista possui o dom da premonição. O que existe são dados de sobrevida média baseado em estudos clínicos publicados, a maior parte deles internacionais e nos quais a vasta maioria dos pacientes tratados em consultórios não se encaixaria nos perfis de inclusão dos mesmos, e portanto, mesmo estes são razoavelmente falíveis. Portanto, seria

bastante fútil e sadista prenunciar a sobrevida de um paciente, até porque neste sentido a qualidade de vida tem um papel muito mais relevante que próprio tempo de sobrevida geral. Temos sim que trazer uma perspectiva real sobre o prognóstico do paciente sem omissões de informações, mas também sem gerar expectativa sobre um número mágico sobre o qual alguns tendam a se fiar. Ganhos terapêuticos e de qualidade de vida devem ser comemorados, enquanto insucessos (infelizmente frequentes em algumas doenças oncológicas) devem ser relatados e trabalhados para que o paciente saia mais maduro do processo, sempre com o suporte de uma assistência profissional psicológica para trazer conforto neste momento. Isto sim trará mais dignidade e tranquilidade ao cliente.

Após estas considerações, sempre relembramos a relevância de se manter um espírito de positivismo, bom senso e empatia frente ao cliente oncológico. A atenção dispensada numa conversa deve trazer sempre uma mensagem de apoio

e suporte, não importa o quão grave seja o caso, reduzindo ao máximo as dúvidas que o cliente apresente, por mais simples e inocentes que sejam (para ele isto é muito importante, se não ele não perguntaria). Atitudes assim podem trazer mais conforto e segurança ao tratamento, sempre se baseando num time multidisciplinar de especialidades que possa prover uma assistência integral ao paciente. Dr. Evanius G. Wiermann CRM - 18982, Oncologia Clínica Membro Titular pela Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC); Título de Especialista em Oncologia Clínica pela Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC); Título de Especialista em Oncologia Clínica pelo Conselho Federal de Medicina; Especialização em Oncologia Clínica pela Santa Casa de Belo Horizonte (MG); Graduação em Medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Este artigo foi assinado pelo Dr. Evanius Garcia Wiermann. O texto foi publicado originalmente no portal Bem Paraná, no dia 21/07/2014.

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POR AÍ | VIAGENS

O Reino Unido, a Rainha e o Coronavírus

por Pedro Gunther

Sempre planejamos nossas viagens com pelo menos seis meses de antecedência. Ao elegermos a terra da Rainha Elizabeth II como destino começamos pela Geograa, aprendendo que Inglaterra é um dos países da ilha GrãBretanha, a qual abriga também o País de Gales (a oeste) e a Escócia (ao norte). E que o Reino Unido compreende os países da Grã-Bretanha mais a Irlanda do Norte (que divide uma ilha com a República da Irlanda, que é independente).

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Decidimos então passar duas semanas em Londres, uma no início e outra no final do roteiro e, no meio tempo, visitar a terra dos Beatles (Liverpool), conhecer Edimburgo, na Escócia, e passar por Dublin, na Irlanda, onde combinei de me encontrar com um colega da Sax School para gravarmos um clipe. Saímos do Brasil dia 03/03/20, quando havia um único suspeito de ter contraído o Coronavírus. Não podíamos imaginar que a pandemia se alastraria com a velocidade que aconteceu, e que acabou nos forçando a voltar antes do planejado. Chegando em Londres, ainda no aeroporto, compramos os cartões para andar no transporte público com validade de um mês. E os chips para celulares, que fica muito mais barato que pagar o roaming das operadoras do Brasil. E fomos de metrô até o apartamento que alugamos pelo AirBnB. O bairro era Kensington, perto do Palácio onde morou a Princesa Diana. Como chegamos durante o dia, aproveitamos para resolver logo o assunto mais importante da viagem: ir à loja sax.co.uk comprar acessórios para saxofone. Existe coisa mais importante que isso? No dia seguinte iniciamos o roteiro turístico, começando por assistir a troca da guarda no Palácio de Buckingham. Depois passeamos pelo Parque St. James e fomos até a Abadia de Westminster. Notamos, no caminho, diversas casas com placas na lateral da porta de entrada dizendo que ali morou fulano de tal (sempre um nome importante para a história deles). Seguindo, passamos pela estátua de Churchill e pela Downing Street, onde fica a casa e o gabinete do Primeiro Ministro. No próximo dia começamos pelo Museu Britânico. Essa visita, na minha opinião, é a coisa mais interessante a se fazer em Londres. Fundado em 1753, é o segundo museu mais visitado no mundo. Só perde para o Louvre, de

The Cavern Club em Liverpool.

Penny Lane em Liverpool.

Atravessando rua dos Beatles.

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Tower Bridge

London Eye. Paris. Sua coleção permanente inclui peças como a Pedra de Rosetta e os frisos do Parthenon. Foi o primeiro grande museu público e gratuito em todo o mundo. Abriga mais de sete milhões de objetos de todos os continentes, documentando a história da cultura humana de seus primórdios até o presente. Parte do seu acervo, recolhido nos quatro cantos da Terra, na época em que o Império Britânico dominava um quarto da população e da área do mundo ("o sol nunca se põe no Império Britânico") agora está sendo disputado pelos países de onde foram tirados. Terminamos o dia dando uma volta na roda gigante London Eye. Inaugurada na virada do milênio, e por isso também chamada de Millenium Wheel, tem 32 cabines que levam 30 minutos para dar uma volta completa. Quando a cabine chega ao alto é possível avistar até 40 km de distância. Outros passeios que fizemos foi ao mercado de Covent Garden, que ficou conhecido pelo comércio de flores, frutas e legumes, e a Royal Opera House que fica ao lado. Assistimos a uma missa cantada na Catedral St. Paul, onde a Princesa Diana se casou. Fomos ao Abbey Road Studios, onde os Beatles gravaram a maior parte dos seus discos, e onde tem as famosas faixas na rua, daquela foto de capa de um disco deles.

Museu Britânico.

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Com a rainha. Passamos na Baker Street do Sherlock Holmes e depois fomos ao Museu de Cera Madame Tussauds. Lá tiramos fotos com muitas personalidades famosas, culminando no chá que a Luciene tomou com a Rainha Elizabeth. Quando ela mandou as fotos para as amigas, elas acreditaram que era a rainha mesmo! Daí fomos para Liverpool, onde fizemos um tour guiado pelas casas em que moraram os "fab four", locais que frequentaram e o icônico Cavern Club onde iniciaram a carreira que os levou à fama mundial. Na sequência fomos a Edimburgo, capital da Escócia. Conhecemos as "Highlands", cenário de filmes famosos e o Lago Ness. O monstro não apareceu, mas nossa decepção foi compensada com deliciosas bolachas amanteigadas que compramos no caminho da volta. Nessa altura, a pandemia já estava se alastrando rapidamente e tivemos que cancelar a viagem a Dublin. Foi uma pena, porque estávamos curiosos pra conhecer a cidade onde moram muitos brasileiros e a sede da famosa cerveja Guinness. Como não pudemos encontrar o nosso amigo Greg, no mês seguinte fizemos a gravação remotamente. Mudar os vôos deu um trabalho enorme. As linhas telefônicas estavam sempre ocupadas.

Coro na igreja St Paul-2

Lago Ness na Escócia. Tivemos que ir ao aeroporto e enfrentar longa fila para conseguir antecipar a volta. Todos começaram a usar máscaras e no metrô as pessoas ficavam olhando de forma estranha uns para os outros, tipo "será que esse aí está contaminado?". Chegamos no Brasil pelo Rio de Janeiro. O voo para São Paulo foi cancelado e tivemos que pernoitar lá. De São Paulo a Maringá foi outra novela, com atrasos e cancelamentos. Mas finalmente chegamos em casa, sãos e salvos. Dois dias depois as fronteiras foram trancadas. A sensação foi de ganhar o jogo aos 46 minutos do segundo tempo.

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Hercilio Rohrbacher Junior Médico Neurologista

Dor de Cabeça Devemos entender como “Dor de Cabeça”, ou mais tecnicamente falando“Cefaleia” - termo médico para essa condição, a sensação dolorosa tanto na cabeça, quanto na face e até mesmo no pescoço. Essa questão – Cefaleia é uma das queixas mais comuns no dia a dia dos atendimentos médico. Segundo o Global Burden of Disease Study de 2010, as Cefaleias Tipo Tensão e a Migranea (popularmente conhecida como Enxaqueca) são respectivamente a segunda e a terceira doenças mais comuns no mundo - perdendo apenas para as cáries. São ainda a principal causa de consultas aos Neurologistas e um dos mais frequentes sintomas relatados aos médicos no atendimento primário. Mais de 95% das pessoas em algum momento da vida tiveram, têm ou terão cefaleia; e mais de 200 condições clínicas cursam com cefaleias. Existem vários tipos diferentes de cefaleia - mais de 150, e estas estão descritas na Classiﬁcação Internacional das Cefaleias 3ª Ed. e elas são divididas em Cefaleias Primárias e Cefaleias Secundárias. 1. Cefaleias Primárias são as mais comuns - tanto no atendimento eletivo ao paciente (nos consultórios) quanto no atendimento emergencial nos ProntoAtendimentos. Elas representam as dores nas quais o problema é a própria dor. Dentre elas temos: - Migraneas, ou Enxaquecas, - Cefaleia Tipo Tensão, - Cefaleias Trigêmino-Autonômicas - Cluster, Hemicrânia Paroxística, Hemicrânia Contínua e SUNCT/SUNA, - Outras Cefaleias Primárias - Cefaleia Primária da

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Tosse, Cefaleia Primária do Exercício, Cefaleia Primária Associada a Atividade Sexual, + 22 tipos; 2. Cefaleias Secundárias por sua vez, são decorrentes de alguma "situação física" que origina a dor: - Infecções, Traumas, Tumores, Mal formações, demais lesões... Dentre as Cefaleias mais comuns – Cefaleia Tipo Tensão e Migraneas, várias situações do nosso dia a dia – da nossa rotina, podem estar associadas ao seu início, alívio ou mesmo piora. A frequência das crises pode ser bem variável e assim sendo, pode haver pouca ou muita interferência na rotina diária do indivíduo. Essas duas condições tem como diagnóstico apenas a consulta clínica – não necessitando de exames laboratoriais ou de imagem (como Tomograﬁa ou Ressonância Magnética de Crânio). E em se tendo o diagnóstico, existe algumas opções terapêuticas que devem ser sugeridas e discutidas com o paciente visando ao seu perﬁl. Não há cura para essas condições, mas há sim tratamento para que haja amenização dos sintomas e assim uma melhora na qualidade de vida do paciente que sofre com Cefaleia. E você? Você sofre com Dores de Cabeça? Gostaria de tentar descobrir qual é o seu tipo de Cefaleia e as possibilidades de tratamento? Programe-se e venha conversar conosco. Hercilio Rohrbacher Junior Médico Neurologista CRMSC 11385 - RQE 8531 www.hrneuro.med.br" - exames ocupacionais (aso) - eletrocardiograma - eletroencefalograma

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MEDICINA OCUPACIONAL

SAÚDE | VACINAÇÃO

Vacina contra Covid-19: Principais dúvidas A vacinação contra a covid-19 começou no Brasil em 18 de janeiro, porém ainda muitas duvidas permanecem. Por enquanto, duas vacinas estão sendo administradas no país, a Sinovac/Butantan, mais conhecida como CoronaVac, e a AstraZeneca/Fiocruz, ambas por via intramuscular em duas doses. por Moises Antônio Nieckarz

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Mas quando serei vacinado? Preciso apresentar algum documento? Já tive covid posso me vacinar? Quando será minha segunda dose? Sou gestante ou estou amamentando; posso ser vacinada? Grupo prioritário: Como não há vacina para todo mundo por enquanto, o Ministério da Saúde decidiu determinar grupos prioritários para a vacinação com base no maior risco para agravamento da doença e de morte. À medida em que mais doses estejam disponíveis, mais grupos serão incluídos na campanha de vacinação. Segundo o ministério da saúde o início da vacinação se deu pelos trabalhadores da saúde, pessoas idosas residentes em instituições de longa permanência (institucionalizadas), pessoas maiores de 18 anos com deficiência residentes em Residências Inclusivas (institucionalizadas), população indígena que vive em terras indígenas homologadas e não homologadas, "em confor midade com os cenários de disponibilidade da vacina". Como vou saber quando eu serei vacinado? Estados e municípios tendem a seguir as diretrizes do Ministério da Saúde. Dessa forma, caberá à pasta orientá-los sobre quais os próximos grupos a serem vacinados. Mas, em última análise, o calendário de vacinação é estabelecido pelo município — assim, vale ficar de olho nos informes divulgados pela Prefeitura da cidade onde você mora. Onde posso ser vacinado? Normalmente, a vacinação ocorre em postos de saúde nos bairros da cidade.

A vacina é gratuita? Sim, ela é disponibilizada pelo SUS sem custo. Quantas doses terei que tomar da vacina? Ambas as vacinas atualmente disponíveis no Brasil — a CoronaVac e a AstraZeneca — são administradas por via intramuscular, no músculo deltoide, em duas doses. No caso da primeira “CoronaVac”, o intervalo entre as doses é de 02 a 04 semanas. Na segunda, “AstraZeneca” de 12 semanas. Perdi o prazo para tomar a segunda dose e agora? Deverá toma-lá assim que possível, para completar o processo de imunização do seu corpo. Posso pegar Covid-19 ao tomar a vacina? Não pois a vacina não contém o vírus vivo, ele está atenuado, ou seja, sem efeito. Quais os efeitos colaterais da vacina? Como todos os medicamentos e vacinas ela pode causar efeitos colaterais, os mais comuns são: Sensação dolorosa no braço em que você recebeu a vacina. Essa dor tende a ser pior em torno de 1 a 2 dias após a vacina; cansaço; dor de cabeça; dores gerais ou sintomas leves de gripe, embora a sensação de febre não seja incomum por 2 a 3 dias; febre alta é incomum e pode indicar que você tem covid-19 ou outra infecção. Posso tomar outras vacinas simultaneamente? Não. "Considerando a ausência de estudos de coadministração, neste momento não se

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recomenda a administração simultânea das vacinas COVID-19 com outras vacinas", diz o Ministério da Saúde. Sou obrigado a tomar vacina? Em dezembro, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que o Estado pode determinar a obrigatoriedade da vacinação contra a covid-19. Mas o uso da força para exigir a vacinação está proibido, ainda que possam ser aplicadas restrições a direitos de quem recusar a imunização. Essa obrigatoriedade poderá ser determinada pelo governo federal, estados ou municípios. As penalidades a quem não cumprir a obrigação deverão ser definidas em lei. Na prática, no entanto, as vacinas no Brasil são condicionalidades para alguns serviços e programas, tais como: matrículas em escolas públicas, concursos públicos e Bolsa Família. Preciso apresentar algum documento para tomar a vacina? O Ministério da Saúde pede que quem for tomar vacina apresente o Cadastro de Pessoa Física (CPF) ou o Cartão Nacional de Saúde (CNS). Segundo a pasta, a apresentação do documento possibilita "o acompanhamento das pessoas vacinadas, evitar duplicidade de vacinação, e identificar/monitorar a investigação de possíveis efeitos adversos". Acho que estou doente. Posso tomar a vacina mesmo assim? Depende. O Ministério da Saúde recomenda o adiamento da vacinação "diante de doenças agudas febris moderadas ou graves", até a resolução do quadro. Essa regra vale para todas as vacinas, não apenas a da covid-19.

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Já tive covid-19. Posso tomar a vacina? Sim. "Não há evidências até o momento de qualquer preocupação de segurança na vacinação de indivíduos com história anterior de infecção ou com anticorpo detectável pelo SARS-COV-2", diz o Ministério da Saúde. Estou com covid-19. Posso ser vacinado? Se você está com sintomas leves de covid-19, você deve se isolar e não sair de casa, pois corre o risco de infectar outras pessoas. Mas, segundo o Ministério da Saúde, "é improvável que a vacinação de indivíduos infectados (em período de incubação) ou assintomáticos tenha um efeito prejudicial sobre a doença". Apesar disso, o órgão recomenda o adiamento da vacinação "nas pessoas com quadro sugestivo de infecção em atividade para se evitar confusão com outros diagnósticos diferenciais". "Como a piora clínica pode ocorrer até duas semanas após a infecção, idealmente a vacinação deve ser adiada até a recuperação clínica total e pelo menos quatro semanas após o início dos sintomas ou quatro semanas a partir da primeira amostra de PCR positiva em pessoas assintomáticas", diz o órgão. Sou gestante ou estou amamentando. Devo tomar a vacina? A segurança e eficácia das vacinas não foram avaliadas nos grupos de gestantes, puérperas e lactantes. Mas estudos em animais não demonstraram risco de malformações. Existem contraindicações? Sim. Para quem tiver hipersensibilidade ao princípio ativo ou a qualquer dos excipientes da vacina e para quem apresentou uma reação anafilática confirmada a uma dose anterior de uma vacina contra a covid-19.

Mesmo depois de completar a dupla inoculação, teremos que continuar usando máscara. Depois de tomar a primeira dose da vacina, posso deixar de usar máscara ou fazer distanciamento social? Não. A imunização contra o coronavírus não é imediata; nosso corpo demora de dez a vinte dias para criar anticorpos que poderão combater o vírus. Ainda que a primeira dose lhe dê um bom nível de proteção, ela só é garantida a partir da segunda dose. Mas mesmo depois de completarmos a dupla inoculação, teremos que continuar usando máscara, higienizando as mãos regularmente e praticando o distanciamento social por algum tempo, afim de não colocar novas vidas em perigo. O Ministério da Saúde também disponibiliza uma ferramenta com informações sobre o registro das doses aplicadas da vacina por meio de um painel online.

Moises Antônio Nieckarz CRF - SC 9245 Farmacêutico generalista, Bioquímico, Tecnologia do Alimento Pós-graduado nutrição esportiva.

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SAÚDE | ODONTOLOGIA

A importância da saúde bucal em tempos de pandemia Todos sabem que medidas de higiene ajudam a prevenir a propagação do coronavírus, mas o que nem todos sabem é que a saúde bucal vem ganhando cada vez mais espaço para reduzir uma série de desaos impostos pela COVID-19

por Eduardo Elias Khoury

egundo estudo do Instituto do Coração (InCor), da Universidade de São Paulo (USP), concluído em 2020, 45% das doenças cardíacas têm início na cavidade bucal.

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Entre elas estão a endocardite bacteriana, aterosclerose, arritmia, acidente vascular cerebral (AVC) e até mesmo o infarto. Esse estudo acende mais um alerta em tempos de pandemia, pois, além dos cuidados amplamente divulgados na prevenção da COVID-19, uma boa higienização bucal também se apresenta como uma boa estratégia no combate ao coronavírus.

A placa bacteriana quando acumulado na cavidade oral, dentro de 24 à 48 horas já começa com a proliferação de bactérias, fungos e outros microrganismos que quando em contato com a corrente sanguínea, podem contribuir para o surgimento de alterações cardíacas, o que pode provocar o agravamento do quadro de COVID-19 caso este venha se adquirido no organismo. A COVID-19 trata-se de uma doença sistêmica, onde o vírus ataca não apenas as vias respiratórias mas todo o organismo como um todo. Desta forma, quanto mais fortalecidos estivermos mais chances teremos de combater a doença caso ela venha ser adquirida. Já se sabe que a transmissão acontece de forma similar a outras doenças respiratórias, ou seja, por gotículas respiratórias expelidas durante a fala, tosse e espirro; pelo contato direto com as pessoas infectadas ou pelo contato indireto, por meio das mãos, objetos ou superfícies contaminadas. A boca é, portanto, uma via de contágio de grande relevância, tanto como emissora de gotículas, como receptora de vírus provenientes do contato. A saúde da boca está diretamente relacionada com o nosso bem-estar geral e a sua manutenção está diretamente ligada ao fortalecimento do seu sistema imunológico. Uma alimentação equilibrada fortalece as defesas do seu corpo e se os seus dentes estão saudáveis, melhor será a sua capacidade de mastigação, processamento dos seus nutrientes e digestão dos alimentos ingeri-

dos. Alimentos antiinflamatórios são muito recomendados neste época, como gengibre, cúrcuma e vinagre de maça. Escovar os dentes, usar fio dental, limpar a língua, bochecha, gargarejar com um enxaguatório bucal auxilia na prevenção e redução dos impactos deste vírus no seu corpo. Por isso recomenda-se o uso regular de enxágue bucal contendo agentes oxidantes. Medidas simples, como escovação e uso do fio dental são capazes de remover mecanicamente bactérias. Uma dica importante é sempre lavar bem as mãos antes de proceder com a escovação. O enxaguante bucal é um recurso adicional, além da remoção mecânica com escova e fio dental, porque ele tem substâncias com ação antimicrobiana, que ajudam na redução do biofilme dentário. Com a correta higienização da boca, as chances de o vírus chegar às células pulmonares e as suas conseqüências no organismo poderão ser reduzidas. Além dos cuidados com a limpeza bucal, recomenda-se separar objetos pessoais, como escova e pasta de dente, sabonete e toalhas. Mais do que nunca neste período de pandemia é preciso redobrar cuidados com sua higiene pessoal, pois a prevenção é sempre o melhor remédio. DR. EDUARDO ELIAS KHOURY Cirururgião-dentista e Mestre em Sáude pela Univille

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MEIO AMBIENTE | ZONAS ÚMIDAS

Por quanto tempo ainda teremos água doce no mundo? por Ricardo Ribeiro Haponiuk Não é novidade para ninguém que nosso planeta tem 70% de sua superfície coberta por água. Mas você sabia que de todo o montante de água disponível no globo, apenas 2,5% é água doce?

ois é, uma mínima parte que fica armazenada principalmente em geleiras, coberturas de neve e aquíferos subterrâneos. Outro dado muito importante é que menos de 1% da água doce disponível é aproveitável para os usos da Humanidade, sendo que apenas 0,3% dessa água está concentrada em rios e lagos. E lamentavelmente hoje já chegamos ao limite de usar mais água do que a Terra pode repor. O uso de água no planeta aumentou seis vezes nos últimos 100 anos e continua crescendo a uma taxa de 1% ao ano, sendo que 2.2 bilhões de pessoas no mundo não têm acesso à água potável para a sua sobrevivência. Ainda, quase 90% das zonas úmidas do mundo já foram perdidas desde o ano de 1700 e quase todas as fontes de água doce ainda existentes no planeta já estão comprometidas pela poluição e patógenos.

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Por isso regiões de concentração superficial de umidade são tão estratégicas para a manutenção do ciclo da água e da vida em nosso planeta. As zonas úmidas, como são tratadas tecnicamente, podem ser definidas como sendo ecossistemas na interface entre ambientes terrestres e aquáticos, continentais ou costeiros, naturais ou artificiais, permanente ou periodicamente inundados ou com solos encharcados. As águas podem ser doces, salobras ou salgadas, com comunidades de plantas e animais adaptados à sua dinâmica hídrica. Para promover a conscientização sobre essas áreas o dia 02 de fevereiro foi estabelecido como o Dia Mundial das Zonas Úmidas. Esta data surgiu dentro do contexto da Convenção sobre Zonas Úmidas de Importância Internacional, mais conhecida como Convenção de Ramsar, realizada no Irã em 1971. Este tratado nasceu com o objetivo de defender a importância ecológica dos habitats aquáticos para a conservação da biodiversidade, integrando, com o passar do tempo, a valoração social, econômica, cultural, científica e recreativa das zonas úmidas. Atualmente 171 países são signatários deste acordo, incluindo o Brasil, que aderiu ao pacto em 1993 e instituiu oficialmente a agenda no país três anos mais tarde, por meio do Decreto Federal n° 1.905/96. A convenção reconhece importantes áreas úmidas como sendo sítios Ramsar, considerando suas características, biodiversidade e

importância estratégica para as populações locais. Hoje existem 2.416 sítios Ramsar reconhecidos mundialmente, sendo que destes 27 são áreas localizadas aqui em nosso país, incluindo a maior área úmida do mundo, o Pantanal. Bem pertinho da gente existe outro desses sítios, a Área de Proteção Ambiental de Guaratuba, que obteve reconhecimento em setembro de 2017. Zonas úmidas são, portanto, fundamentais para o meio ambiente e para o bem-estar da população humana. Mas na prática, porque devemos nos preocupar com essas zonas? São inúmeros os serviços ecossistêmicos que estas áreas prestam, como a captura e armazenamento de água da chuva e reabastecimento dos aquíferos subterrâneos, a melhora na qualidade da água pela absorção e remoção de poluentes, captura e armazenamento de carbono, proteção contra desastres naturais, adaptação e mitigação das mudanças climáticas, além do fornecimento e apoio de produção de alimentos e geração de milhares de empregos e serviços. Importante destacar ainda que o crescimento populacional, a urbanização desgovernada, as mudanças no uso da terra e o consumo excessivo de água vêm devastando as zonas húmidas, colocando uma pressão insuportável no abastecimento de água doce e intensificando a crise hídrica mundial. Para além disso a contaminação por dejetos e agrotóxico, perda de espaço para a agricultura, introdução de espécies invasoras, sobreexplotação (coleta exagerada das espécies aquáticas) e as mudanças climáticas também são grandes ameaças para essas regiões. Fica claro que a relação das zonas úmidas, da água e da manutenção da vida é inseparável. E para manter a integridade dessas áreas e da qualidade da água é preciso que se desenvolvam políticas públicas, legislações, ações de

Apenas 0,3% dessa água está concentrada em rios e lagos. gestão e educação e um planejamento territorial tecnicamente fundamentado, alcançado por meio da implementação de abordagens ecossistêmicas, no contexto de um desenvolvimento sustentável. E você também pode e deve agir para mudar esse cenário, realizando pequenas ações no seu dia a dia como, por exemplo, não poluir fontes de água doce e fazer uso consciente da água. Aqui em Itapoá devemos ter um cuidado especial com o nosso manancial de abastecimento de água – o Rio Saí Mirim – que corta a cidade de sul para norte, tendo a captação de água feita na Rua 1000, na altura do Balneário Paese, depois de passar por uma boa parte do município. Fique atento e vamos todos cuidar do nosso quintal para não correr o risco de ter comprometida a qualidade da nossa água. Ricardo Haponiuk, Oceanógrafo, Mestre em Gerenciamento Costeiro e Jornalista

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INVESTIMENTO | PORTO ITAPOÁ

Porto Itapoá lança seu novo site institucional e Portal do Cliente Da Assessoria Com a visão de ser líder em satisfação do cliente e inovação e buscando sempre a eficiência e a modernidade em seus serviços, o Porto Itapoá utilizou estes conceitos em seu novo site institucional (portoitapoa.com) e no novo Portal do Cliente (clientes.portoitapoa.com) que foram totalmente remodelados e entraram no ar nesta semana. O objetivo da reformulação desses dois ambientes é trazer mais facilidade para os clientes, parceiros e demais públicos de interesse. Os novos site e Portal do Cliente são responsivos e podem ser facilmente acessados via celular. Os novos ambientes digitais do Porto Itapoá também já estão adequados à nova Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) referente às boas práticas e à governança no tratamento de dados pessoais. No Novo Portal do Cliente os usuários contarão com as novas funcionalidades de módulo de faturamento on-line, agendamento de inspeção on-line, central de notificações e uma home page com muito mais interatividade. Já o novo site institucional traz

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muito mais modernidade e facilidade para navegação, mais intuitivo e prático para acesso às informações, acompanhando o mesmo padrão e identidade visual aplicada no novo Portal do Cliente. Em caso de dúvidas sobre o novo Portal do Cliente o contato pode ser feito pelo email atendimento@portoitapoa.com O Porto Itapoá Sendo considerado um dos terminais mais ágeis e eficientes da América Latina, o Porto Itapoá é também um dos maiores e mais importantes do País na movimentação de cargas conteinerizadas, segundo a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ). Situado no litoral norte de Santa Catarina, o Porto Itapoá está posicionado entre as regiões mais produtivas do Brasil, contemplando importadores e exportadores de diversos segmentos empresariais. Sua localização privilegiada, na Baía da Babitonga, proporciona condições seguras e facilitadas para receber embarcações de grande porte, uma tendência cada vez mais adotada na navegação mundial.

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Quer sua foto na social da Giropop? Envie um e-mail para giropop@gmail.com e entramos em contato com você.

O casal Robson De Lucca e Paula Langner De Lucca, com os lhos Pietro, 5 anos e a pequena Angelina.

No último dia 13/02 foi dia desta menina atleta, ciclista, esposa e mãe de família. Parabéns Virgínia Queiroz. Desejamos-lhe muitas felicidades, muita saúde e claro, muitos êxitos em ambas atividades.

Parabéns Rose Zioli que no dia 13/02 comemorou mais um aniversário. Aqui durante um pedal na companhia do marido Jorge Leite.

Dia 14 de janeiro, foi o dia de aniversário da Mariana Lima. Aqui na foto com a sua própria sombra. Se tem pedal e a Mariana vai, então a Susi Schultz também vai... Parabéns, muitas felicidades.

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Rua Caracaxá, 194, Jardim Pérola do Atlântico, Itapoá - SC 16 48| |REVISTA REVISTAGIROPOP GIROPOP| |JULHO FEVEREIRO/MARÇO DE 2020 2021

Quem esteve de parabéns neste dia 10/01 foi a Kettlin Zeni. Aqui durante a maratona (42,195 km) de Florianópolis na companhia do seu marido Cassiano que saiu de Itapoá pedalando até Floripa para acompanhar a Kettlin durante a corrida. Parabéns Kettlin, muitas felicidades e que continue sempre com essa boa disposição.

Tem pessoas assim. Quanto mais velhas mais novas. A Deisy Maciano que comemorou mais um ano de vida no dia 18/02 é uma delas. Ela corre, ela pedala, tornou-se motociclista recentemente. Só falta ela começar a correr de moto também... Parabéns Deisy. Continue sempre com esse ânimo. Aqui durante uma viagem a Paris com o marido, Márcio e os lhos Nicole e Nicolas.

O casal Jean Pablo Correa e Márcia Camargo comemorando o aniversário do lho Lucas, que completou cinco anos no dia 8 de fevereiro, na foto com o mano Felipe.

REVISTA GIROPOP | FEVEREIRO/MARÇO 2021 | 49

Vitorino Paese Historiador

HISTÓRIA NÃO É O QUE PASSOU, MAS O QUE FICOU DO QUE PASSOU.

estes últimos números da prestigiada Revista Cultural GiroPop vínhamos abordando o passo a passo do empreendimento francês de 1841, o qual contemplou também a área territorial que atualmente constitui o município de Itapoá. Nesta edição continuamos ligados a narrativa dos fatos ocorridos à época, porém com um viés voltado para a importância da História em si. Destacamos, então, que ela a História vai além de registrar os fatos ocorridos na medida em que se coloca, também como repositório de boas ideias as quais naquele momento em que foram aplicadas não obtiveram êxito, todavia continuaram importantes.O ousado plano de 1841, urdido pelo médico homeopata francês Benoit Jules Mire encontrou um momento histórico altamente ideal para a sua aplicação. De um lado o jovem e recém coroado D. Pedro II, ávido por realizar grandes feitos. De outro a crise no continente europeu acenando com a disponibilização de mão de obra excedente, altamente qualificada, e barata. Ressalte-se que o projeto proposto da Colônia Industrial do Saí escondia, sutilmente, um experimento de cunho socialista, ou seja, através do trabalho associativo eliminar as injustiças do trabalho assalariado. A sua implantação recebeu toda atenção e recursos por parte do Império, na pessoa do Imperador D. Pedro II. Para se tornar auto sustentável, além de muitos outros atributos, o projeto previa a implantação de uma fábrica de máquinas a vapor destinadas a embarcações e afins para atender a

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demanda do governo e particulares. Tinha ainda o condão de alavancar a economia gerando renda, bem como integrar o Brasil por via marítima, suprindo a ausência de estradas e caminhos de ferro. O experimento de 1841 teve efêmera duração, porém foi um marco para mostrar o quanto era importante a integração do Brasil fazendo uso da via marítima, doada sem qualquer contrapartida pela natureza. Segundo o Cardeal D. Helder Câmara, uma boa ideia, uma vez exposta jamais permanece no seu tamanho original. Esse despertar avançou em velocidade aquém do esperado, porém avançou. Cento e setenta e nove anos depois, no ano 2020, o governo entendendo a importância desse modal de transporte no custo Brasil e com o respaldo político para realizar as mudanças necessárias, através da assinatura de projeto de lei contemplando a navegação de cabotagem, ou seja, de um porto a outro do Brasil dá uma nova dinâmica a esse modal de transporte.A importância dessa atitude pode ser avaliada em termos comparativos. Atualmente o minério que vira aço no Sul, chega no Nordeste 40% mais caro do que o minério ir para a China virar aço e voltar. Opinião: Além de participar do momento histórico que despertou a importância de integrar o Brasil pela via marítima e as vantagens dela decorrentes no distante 1841, Itapoá ainda se destacou ao referendar, através da implementação de um moderno porto inaugurado em 2011, o acerto da proposta passada.

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