abril/maio 2021 | EDIÇÃO 93
REVISTA
“EU ME COLOQUEI NAS MÃOS DE MARIA PARA QUE ELA ME PROTEGESSE E INTERCEDESSE POR MIM”
Maria Luísa Sales foi diagnosticada com câncer, dois meses após o nascimento do filho caçula Théo.
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Editorial COLABORADORES DESTA EDIÇÃO
Jornalista, Leandra Francischett
Jornalista, Pedro Gunther
Jornalista, Ricardo Haponiuk
Cirurgião Dentista Dr. Antonio Pizzamiglio
Farmacêutico/Bioquímico Moises Antônio Nieckarz
Doula Taynara Pinheiro
A Revista Giropop agradece a todos os profissionais que colaboraram conosco nesta edição da revista. Neste novo conceito, exploramos a diversidade de opiniões e modo de escrita. Trazendo uma leitura muito mais atraente, com profissionais que entendem do assunto, envolvendo diferentes públicos.
EXPEDIENTE
Administrativo Claudio Kessler Jr
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Comercial Antonio A. Vieira
Redação Juliana Ramos
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ESPECIAL | DIA DE MARIA
Maria Auxiliadora é um dos “Anjos da Madrugada” por Leandra Francischett Todo mundo tem uma Maria para chamar de sua.
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a casa de Maria Auxiliadora do Carmo de Menezes, além dela há seis irmãs chamadas Maria. “Por sermos em sete mulheres, minha mãe optou em colocar a maior parte delas com o nome de Maria. O nome Maria composto de um outro nome, até por ser comum também”, conta. Aos 51 anos, a empreendedora Maria Auxiliadora é voluntária em dois projetos sociais, um deles é o "Anjos da Madrugada", que leva marmitas prontas, nas terças-feiras à noite, aos moradores de rua, que muitas vezes não tem o que comer. O outro projeto é o "Unisocial", no qual distribuem cestas básicas, roupas, calçados e até mesmo gás de cozinha às pessoas necessitadas. Neste período de pandemia houve um grande aumento de pessoas carentes, que buscaram a ajuda de ambos os projetos. “Apesar de ser um momento muito difícil para todos, estou tentando me proteger o máximo possível, tomando todos os cuidados necessários. Porque, por mais que usamos nossa fé em Deus, estamos todos sujeitos a pegar essa doença”, destaca.
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Maria Auxiliadora do Carmo de Menezes com o colete do projeto Unisocial, de distribuição de alimentos.
Maria com o marido Claudinei de Menezes e os filhos Arian do Carmo Fernandes, Ana Claudia do Carmo de Menezes e Renan Felipe do Carmo de Menezes
E acrescenta: “Deus se encontra em tudo em minha vida, me capacitando, dando força e coragem para vencer as batalhas do dia a dia, seja como mãe, esposa, voluntária, em tudo o que vou fazer ele está presente”. Maria Auxiliadora está sempre se reinventando e nesta pandemia não poderia ser diferente. Além das divinas cocadas “Ki Delícia”, que revende nos mercados, ela está desenvolvendo trabalhos em artes. No momento, está aprendendo a fazer mesas com resina. Contribuição Segundo Maria Auxiliadora, os projetos recebem doações dos membros da igreja e de pessoas da comunidade, seja de alimentos, roupas, calçados, entre outros, “todos esses artigos são bem-vindos”. As doações são recebidas na Av. Ana Maria Rodrigues de Freitas, N° 1380, Bairro Itapema do Norte, em Itapoá.
As divinas cocadas Ki Delícia, que revende nos mercados da cidade.
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ESPECIAL | DIA DE MARIA
“Eu me coloquei nas mãos de Maria para que ela me protegesse e intercedesse por mim” por Leandra Francischett Maria Luísa Sales foi diagnosticada com câncer, dois meses após o nascimento do filho caçula Théo.
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aria passa à frente. “Maria” sempre fez parte da história de Maria Luísa Sales, 36 anos, mas no final do ano passado, ao ser diagnosticada com câncer, sua presença foi ainda mais marcante. “Desde que recebi o diagnóstico eu fui agraciada com uma onda de oração, e descobri o poder que ela tem. Minha família, amigos e pessoas que eu nem conhecia direito começaram uma corrente de oração por
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Maria Luisa tirou esta foto quando iniciou o tratamento. mim e por minha cura, e uma dessas primeiras orações que recebi foi da mãe de uma grande amiga, Dona Ivonete, mulher iluminada, de oração forte, que muito me apoiou e me deu forças. Ela foi até a minha casa orar comigo e ela que me disse para que eu fizesse a novena de 'Maria passa à frente', e dali por diante coloquei Maria à frente de tudo, coloquei-me nas mãos de Maria, para que ela me protegesse e intercedesse por mim.”
Maria Luisa Sales com a equipe de enfermagem do Centro de Hematologia e Oncologia (CHO), de Joinville.
E acrescenta: “No dia 7 de dezembro de 2020, um dia após o batizado do Théo, fui buscar o resultado da biópsia, e foi aí que recebi o diagnóstico que eu jamais pensei em receber. Eu estava sozinha naquela consulta, devido a protocolos da Covid eu não podia levar acompanhante; minha médica me deu o resultado entre lágrimas, eu não sabia o que pensar, eu não queria chorar, não queria parecer fraca diante da situação, eu só pensava que dentro do carro, me esperando, estavam meus dois filhos e meu marido, e tínhamos um roteiro para fazer em Joinville, entre pediatra das crianças e compras, eu precisava ser forte e engolir aquela notícia. Me recompus, entrei no carro, e seguimos nosso roteiro, sem falar muito eu apenas sinalizei para meu marido que o pior tinha acontecido, e naquele minuto mesmo já comecei a marcar consultas com cirurgião, oncologista, exames.”
Ao contar a notícia para família, viu sua mãe, irmã e sogra ficarem desoladas. “Foi aí que eu percebi que pelos meus eu precisava ser forte, encarar de frente essa doença, e mostrar pra eles que ficaria tudo bem. Na minha primeira noite chorei tudo que eu precisava, mas no dia seguinte, eu levantei com fé que tudo ficaria bem e é nessa fé que venho seguindo todos os dias até hoje.” Casada com Eliandro e mãe de Lívia, 8 anos, e Théo, 7 meses, Maria Luísa é administradora de empresas por formação, mas optou por cuidar da casa e dos filhos, além de colaborar com as mídias sociais da empresa do marido. Quando foi diagnosticada com câncer, ela pensou que as dores pudessem ser da recente cesárea, pois Théo tinha apenas dois meses, um tumor que viera a se desenvolver totalmente durante a gestação.
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... mas era para Maria que eu pedia ajuda para levantar todos dias, era Maria que me pegava pela mão, era Maria o tempo todo.
Sessões de radioterapia, quimioterapia e braquiterapia Maria Luísa iniciou o tratamento com sessões diárias de radioterapia e semanais de quimioterapia, finalizando com as sessões de braquiterapia e foi ficando debilitada mas, para cada momento que desanimava, ela rezava e pedia pra Maria dar-lhe forças. “Eu não podia pegar nem meu próprio filho no colo no início do tratamento e isso mexia muito comigo. Foram dias tão difíceis, que é quase imensurável a angústia e o medo que tomam conta da gente, mas era para Maria que eu pedia ajuda para levantar todos dias, era Maria que me pegava pela mão, era Maria o tempo todo. Encarei de frente todo o tratamento, consegui permanecer forte, confiante, a cada sessão do tratamento eu comemorava internamente, eu rezava e pedia que me curasse.” Seu marido Eliandro e sua mãe Marlene foram os maiores suportes, tomaram a frente de tudo, cuidaram com tanto amor das crianças, deram-lhe apoio nos dias difíceis, estiveram sempre presentes. Maria
Foto tirada no dia da última quimioterapia, em frente à igreja, numa missa de Cura e libertação do Padre Jorjão. Luísa lembra também das amigas: “Tenho amigas maravilhosas, que estiveram sempre ao meu lado, aquelas que não puderam estar fisicamente me davam forças através de lindas mensagens e flores que eu recebia semanalmente”. Com a fé fortalecida e o apoio da família e dos amigos, Ela conta sua história como inspiração para outras mulheres, mostrando a importância de colocar-se “no colo de Maria”. Sobre o difícil tratamento, conta que foi rezando e pedindo a Maria e a Deus que compreendeu que precisava passar por isso, para evoluir, para que sua fé se fortalecesse, para que pudesse ver a vida de outra forma e dar mais importância ao que
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Maria Luisa com o marido Eliandro e os filhos Lívia, 8 anos, e Théo, 7 meses. realmente importa na vida. “Os planos de Deus são maiores e melhores que os meus. Talvez um dia eu possa ajudar alguém com minha história, eu entendi o poder da oração, e que se recebemos orações, devemos devolver em orações para quem necessita. Tenho muito o que aprender ainda, tenho muito que exercitar minha fé, mas hoje já posso dizer que não sou mais a Maria de novembro de 2020. Renasci na oração, renasci em Maria.”
pelos médicos para refazer os exames e comprovar os resultados do tratamento. “A força para enfrentar essa doença que nem gostamos de falar o nome vem de ser mãe, de olhar para os filhos e saber o quanto você é importante para eles, de olhar para a família e ver quanto amor eles têm guardado pra você, de saber que você ainda tem muitas risadas para dar com os amigos, e muito joelho para dobrar em oração, agora em agradecimento.”
Recuperação Em março, Maria Luísa finalizou o tratamento, está se sentindo bem e sem dores, mas aguarda o período estipulado
Aliás, seu nome não é uma coincidência. “Minha mãe havia escolhido o nome Daiane para mim, mas meu avô interviu dizendo que eu precisava ser Maria, Maria Luísa, Maria como a mãe de Jesus.”
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ESPECIAL | DIA DE MARIA
Maria Semilda fala sobre sua vida na política e sobre o momento mais triste de sua vida por Leandra Francischett Ela destaca que a perda de um filho é algo insuperável.
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os 62 anos, Maria Semilda da Cunha Reinert, que nasceu em Rio Negrinho (SC), fala à Giropop sobre sua participação na política, sobre a realização do sonho com a loja Dvestir e a triste perda do filho. Quanto ao nome Maria, ela acredita ter sido uma homenagem de seus pais às avós, já que as duas eram Maria. “Eu amo ser Maria, me sinto abençoada.” Maria Semilda tem três filhos, um já falecido, e quatro netos, motivos de orgulho.
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Foi casada duas vezes; hoje está solteira. É formada em Administração, atua como Despachante de Trânsito e atualmente retomou um sonho antigo na área de moda, inaugurando a loja Dvestir. Participou da política como vereadora, porém não atua mais no meio. “A minha vida na política também teve o tempo que devia durar. Acredito que todas as pessoas que gostam de política deveriam participar, ajudar na administração e no desenvolvimento da
nossa cidade; todos podemos contribuir. Sou uma participante, atuei bastante.” Além de Maria Semilda, foram mais quatro vereadores na família: pai, marido, irmão e cunhado. “Fomos cinco na família, acredito que contribuímos bastante pra esta cidade, agora é a vez de outras pessoas.” Uma ausência insuperável “Perder um filho não é fácil pra ninguém, ainda dói muito, mas a vida é feita de ciclos. Ele foi um filho maravilhoso. O tempo que ficou comigo só me ensinou e acredito que ainda me ensine. Não existe superação disso, existe um meio de aprender a viver com a dor. Me sinto muito amada por meus filhos e netos. Essa é a minha realidade hoje e é assim que eu vivo. Tenho meu tempo de sofrimento, eu me recolho, vivo intensamente, mas acredito que eu era uma pessoa antes e sou outra hoje, porque a gente se transforma.”
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Transformação na pandemia Maria Semilda destaca que é preciso aprender a conviver com a pandemia. Tomar os devidos cuidados, mas a vida segue, por isso é importante se reinventar. “Foi o que nós fizemos. Transformamos no escritório, mudamos nosso sistema de trabalho, ampliamos o atendimento e nossa equipe de uma forma que a gente possa aproveitar todas as ferramentas que o mundo oferece, com a internet. Eu, meus filhos e meus netos, trabalhando juntos, criamos a loja, um sonho antigo. Um ajuda o outro, com ideias, com projetos. Estamos sempre conversando e inovando, pra acompanhar o crescimento da cidade. A cada dia recebemos mais pessoas de outras cidades, precisamos estar em constante evolução.”
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SAÚDE | SANTA CANNABIS
ONG atende pacientes em busca de tratamentos com essa planta por Leandra Francischett
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Associação Brasileira de Cannabis Medicinal facilita o tratamento, seja com óleos artesanais, importados, via SUS ou planos de saúde.
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Santa Cannabis, numa alusão a Santa Catarina, trata-se da A ss o c i a ç ã o B ra s i l e i ra d e Cannabis Medicinal, uma ONG que atende pacientes em busca de tratamentos com cannabis, seja óleos artesanais, importados, via SUS, planos de saúde ou com quem busca o direito de plantar em casa. A ONG surgiu em Florianópolis, em 2019, a partir da luta de Pedro Sabaciauskis, presidente da associação, para conseguir tratar sua avó, dona Edna, que é portadora de Parkinson, na época com 82 anos; somente com óleo de cannabis ela conseguiu controlar os tremores. Segundo Marcus Bruno, diretor de comunicação da Santa Cannabis, dona Edna já estava acamada e hoje consegue t r i c o t a r e l eva r u m a v i d a n o r m a l . Compartilhando essa história nas redes sociais, o assunto viralizou e muitos amigos e até mesmo pessoas desconhecidas
Crédito: Reprodução YouTube Edna Figueiredo, 81 anos, paciente com Parkinson, também apresentou melhoras com as cannabis medicinal. passaram a procurar Pedro, em busca de óleo. “O Pedro indicava o óleo da Associação do Ceará, que se chama Abracam, então Thomas Deeter, presidente da Abracan, disse pra ele abrir uma associação em Florianópolis, pois não havia nenhuma em Santa Catarina. Hoje são atendidos mais de 500 pacientes em todo o Brasil”, conta Marcus.
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REVISTA GIROPOP | ABRIL/MAIO 2021 | 21
O principal objetivo, de acordo com Marcus, é levar acesso e informações da cannabis medicinal ao maior número possível de pessoas e tratá-las, pois há muitas doenças que podem ser tratadas com cannabis, como epilepsia, autismo, fibromialgia, Parkinson, esclerose múltipla e Alzheimer, bem como na questão de dores e náuseas causados pela quimioterapia em pacientes de câncer e no coquetel de pacientes de HIV. “É uma ampla variedade de tratamentos e pouca gente conhece. O Brasil tem 500 mil médicos e menos de 1.500 já prescreveram cannabis, segundo Anvisa.” Representações A Santa Cannabis hoje tem representação em São Paulo, mas atende pacientes de outros estados. “Há um paciente com habeas corpus pra plantio em casa, em Baturité, interior do Ceará, que representa a associação naquele estado. Há ainda representação no Rio Grande do Sul. No Paraná ainda não há representação, mas são atendidos muitos pacientes do estado.” São diversas ações. A ONG trabalha em várias frentes, como fornecer óleos artesanais e importados e prestar orientação
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jurídica pra pacientes que buscam que o plano de saúde ou o SUS forneçam esses medicamentos, já que muitas vezes eles se negam, por não serem medicamentos que estão no hall de procedimentos da Agência Nacional de Saúde Suplementar. “Então temos que entrar na justiça e a ONG presta este apoio jurídico. E também presta apoio jurídico pra pessoas que pretendem plantar em casa, através de um habeas corpus. Há ainda a frente de pesquisa, em parceria com uma doutoranda da Universidade do Porto, em Portugal, sobre o uso de cannabis por atletas e outra pesquisa sobre cannabis pra insônia e ansiedade, com pesquisadores da Unicamp, São Judas Tadeu e Mackenzie, em São Paulo.” Cursos Além disso, trabalha-se na produção de conteúdo, como o Santa Cannabis Podcast, que está no Spotify, apresentado por Marcus Bruno, sendo o principal programa de entrevistas do setor de cannabis no Brasil; já são cerca 40 programas. Há ainda a divulgação nas redes sociais, como no Instagram @santacannabismedicinal.
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Neste mês de maio, a ONG promove a 7ª edição do curso de cultivo, voltado para pacientes que pretendem plantar em casa e buscar habeas corpus. Há participação de uma bióloga responsável, um químico e um cultivador. Gera-se um certificado para os pacientes buscarem o habeas corpus. Mais informações: https://www.santacannabis.com.br/curs o-cultivo-extracao/ Depoimentos No canal Santa Cannabis, no YouTube, pacientes comentam os benefícios deste tratamento. É o caso de Kauê, 18 anos, que nasceu prematuro, com diagnóstico de leucomalácia periventricular, que é uma lesão de prematuros. Andrea Funke, sua mãe, comenta que o Kauê tinha muitas crises convulsivas e chegaram a morar em frente a uma emergência de hospital, diante das crises generalizadas. “É muito dolorido para uma mãe ver seu filho convulsionando e não poder fazer nada. Fomos em vários lugares, procuramos vários médicos; ele fez uma cirrose por medicamentos. Testamos todas as possíveis e nada controlava, até que eu descobri a cannabis medicinal. Na época, o médico não podia receitar, o acesso era bem difícil, a importada era bem
Crédito: Reprodução YouTube Andrea Funke e o filho Kauê, que tinha muitas crises convulsivas, até iniciar o tratamento com cannabis medicinal. cara, mas por amor a gente faz qualquer coisa. Então, nós conseguimos e no momento que ele tomou a gente já sentiu a diferença, ele ficou mais tranquilo, as crises começaram a diminuir. Hoje, ele raramente tem crise. A cannabis trouxe pra ele qualidade de vida.” Além da epilepsia, a cannabis medicinal também é usada em casos de fibromialgia e artrose, de síndrome de Tourette e Parkinson.
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INVESTIMENTO | PROJETO
IGG anuncia implantação do Riviera Santa Maria
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o dia 26 de abril de 2021 Itapoá comemorou 32 anos de emancipação política. A IGG homenageou a população do município com o início da implantação do projeto Riviera Santa Maria, decidida em assembléia de cotistas realizada nesta quarta-feira (21). A a d m i n i st ra ç ã o d a e m p re s a fo i autorizada a tomar todas as providências necessárias para o sucesso do empreendimento Após dez anos de estudos e investimentos em projetos e licenciamentos, o Riviera Santa Maria começa a sair do
papel. De posse da Licença Ambiental de Implantação (LAI) e da Autorização de Corte (AuC), concedidas em Fevereiro/20 pelo IMA – Instituto do Meio Ambiente, a empresa foi atrás dos recursos para a implantação do empreend i m e n to. A l é m d e a m b i e n t a l m e n te responsável, o Riviera é inovador, inclusivo e transformador. Um marco na ocupação urbanística, que valoriza o homem e o meio ambiente, integrando moradia, trabalho e lazer. Itapoá vai se transformando, cada vez mais, num “Novo Destino”. Parabéns itapoaenses!
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SAÚDE | RESISTÊNCIA ANTIMICROBIANA
O que fazer para evitar doenças resistentes? por Moises Antônio Nieckarz
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cada ano, os profissionais de saúde se deparam com microrganismos cada vez mais resistentes a medicamentos. Isso representa um perigo para a saúde pública mundial, pois os remédios utilizados atualmente podem não ser úteis nas próximas décadas. Dados da OMS sobre o assunto: •700 mil mortes por ano são causadas em todo o mundo por infecções resistentes aos medicamentos. •230 mil mortes são por tuberculose multirresistente – um número que poderá aumentar para 10 milhões de mortes por ano até 2050, se nada for feito. •2,4 milhões de pessoas poderão morrer nos países desenvolvidos até 2050 se não for feito um esforço sustentado para conter a resistência antimicrobiana. Pensando nisso, a OMS lançou uma estratégia chamada “Uma Só Saúde” (One Health) para combater a resistência antimicrobiana em diversas frentes. Os cuidados começam no campo, com acesso a água potável e saneamento básico para que microrganismos nocivos não estejam presentes no plantio e colheita, nem nas rações e no gado. Assim, evitando o uso de medicamentos nesta fase que podem afetar o consumidor final.
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É importante também que indústrias sejam responsáveis por seus dejetos a fim de não contaminarem recursos naturais, como os rios, e que o lixo tenha a destinação correta. Os governos devem promover a toda população o acesso básico a saúde por meio de vacinas, diagnóstico precoce e medicamentos de forma segura. Você também pode fazer sua parte para evitar a resistência antimicrobiana evitando a automedicação, principalmente de antibióticos. Outra forma simples é o hábito de lavar as mãos, além de manter a higiene pessoal e salubridade do ambiente em que vive. De acordo com o relatório da OMS, “se esses investimentos e a ações sofrerem ainda mais atrasos, o mundo vai ter de pagar bastante no futuro, para poder lidar com o desastroso impacto da resistência antimicrobiana descontrolada”. A implementação dessas recomendações ajudará a salvar milhões de vidas, manter os ganhos econômicos e preservar o futuro contra as doenças resistentes a medicamentos. A resistência antimicrobiana também está relacionada à perda econômica por diminuição de produtividade. De acordo com o economista britânico Jim O’Neill, até 2050, dez milhões de óbitos anuais serão atribuídos à resistência antimicrobiana. Segundo o mesmo estudo, o impacto para a economia global será de aproximadamente cem trilhões de dólares. As estimativas econômico-financeiras, entretanto, dão conta de apenas um lado do
problema. Para os serviços de saúde, as principais consequências da resistência aos antimicrobianos são o aumento da morbidade e de doenças que, anteriormente, eram tratáveis com antibióticos ou antimicrobianos quimioterápicos. Além disso, destaca-se, também, a possível reemergência de doenças infectocontagiosas, como febre amarela, dengue, doença de Chagas, esquistossomose, hanseníase, leishmaniose, malária e tuberculose. Mutações de microrganismos têm provocado maior resistência de parasitas e agentes causadores dessas e de outras doenças que representam graves problemas de saúde pública, especialmente nas populações mais vulneráveis, ampliando-se os obstáculos para seu controle.
Diagnóstico molecular: Ao solicitar o diagnóstico molecular para identificação de doenças, o profissional da saúde sabe com precisão que tipo de micro-organismo acomete o paciente. Dessa forma, a prescrição de medicamentos, principalmente de antibióticos, acontece de forma responsável, sendo utilizada realmente quando for necessário. Os exames moleculares são um dos métodos mais rápidos e precisos, pois detectam o DNA do patógeno causador da doença. Os benefícios deste método incluem a rapidez de resultado e a alta sensibilidade do teste. Isso é muito importante, devido a possibilidade de identificar a doença
mesmo em casos assintomáticos. Estes exames moleculares podem detectar infecções sexualmente transmissíveis, tuberculose, meningites, infecções respiratórias e inclusive detectar o agente causador de uma sepse (sepse é uma reação sistêmica potencialmente fatal, que é causada por uma resposta imune desregulada à um quadro infeccioso). A introdução da última classe de novo antibiótico foi registrada há quase três décadas e apesar das inúmeras iniciativas recentes para o enfrentamento à AMR (sigla em inglês para Resistência aos Antimicrobianos), ainda falta mensurar a magnitude e o impacto das infecções causadas pelos patógenos resistentes na saúde humana e na saúde animal. Como demonstrado pela evolução de tratativas e abordagens sobre AMR nos foros internacionais, o conflito e a concorrência de interesses pode representar, por vezes, obstáculo à sedimentação de uma perspectiva definitiva dessa agenda no plano global. A abordagem proposta para o enfrentamento da AMR, marcada pelo caráter multissetorial, acrescenta desafios à busca de consensos. De um lado, a indústria farmacêutica justifica a lacuna em inovação pelos baixos incentivos ao desenvolvimento de medicamentos e métodos diagnósticos inovadores; de outro, as populações mais vulneráveis e com acesso limitado aos sistemas de saúde padecem por agravos decorrentes do baixo investimento e do reduzido interesse comercial, em razão do preço elevado para desenvolvimento de novas drogas; por seu turno, governos de países em desenvolvimento carecem de mecanismos financeiros e tecnológicos que encurtem as distâncias entre ofertantes e demandantes desses insumos de saúde.
Moises Antônio Nieckarz CRF - SC 9245 Farmacêutico generalista, Bioquímico, Tecnologia do Alimento Pós-graduado nutrição esportiva.
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Pedro Silvano Gunther Jornalista
Mariano Escolhendo o próprio nome
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nteressante como os assuntos de uma conversa vão se encadeando. Falando com a Juliana sobre esta edição do Giropop, ela me disse que seria dedicada à divulgação do mês mariano. Continuamos tratando de outros temas, mas aquele mariano ficou me intrigando; afinal, o nome do meu pai é Geraldo Mariano Gunther. Então recordei a história inusitada envolvendo o nome dele. Comentei com a Juliana e ela me pediu para contar aqui para todos vocês. Lá vai! O meu pai nasceu em 1918, em Bela Vista do Toldo-SC, filho de Maria Schiess’l, descendente de suíços, e Paulo Günther, imigrante alemão. Recebeu o nome de Geraldo Günther. A família mudou-se para Concórdia. Geraldo cresceu, foi estudar em Curitiba e voltou como advogado para Concórdia. Certa ocasião, enquanto aguardava uma correspondência que demorava a chegar, descobriu que a mesma fora entregue a um outro Geraldo Günther, que morava em Porto União. Os mais jovens não sabem, mas naquela época a correspondência se dava por papel, em cartas manuscritas a caneta, ou datilogra-
fadas, e eram entregues pelos Correios. A carta, que fazia o trajeto CuritibaConcórdia, parou no meio do caminho, porque o carteiro sabia que o Geraldo Günther morava em Porto União. Ele não suspeitava que poderia haver um homônimo em Concórdia, a quem a carta era efetivamente endereçada. Para evitar ser confundido novamente, o Geraldo meu pai requereu ao juiz o acréscimo de um nome. Qual nome ele escolheu? Mariano! Por quê? Porque sua mãe chamava-se Maria e ele quis homenageá-la. Mariano significa filho de Maria. E por que se fala em Mês Mariano? Maio tem um sentido especial para os cristãos católicos. É dedicado à devoção à Virgem Maria, mãe de Jesus Cristo. Além da mãe Maria, Geraldo casou-se com Maria Ida e teve uma filha chamada Maria Madalena. São tantas as Marias, e tão importantes, que o Projeto Riviera em Itapoá foi nomeado Santa Maria! Os nomes e as histórias vão se entrelaçando e a vida segue. Não se esqueça de homenagear as Marias de sua vida, e comemorar o Mês Mariano!
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Hercilio Rohrbacher Junior Médico Neurologista
Tremores
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ma das queixas que habitualmente ouvimos no consultório, é em relação a "tremores". Além disso, é bem comum o paciente relatar que nem havia percebido que tremia, mas que um familiar ou alguém no seu trabalho lhe chamou a atenção referente a isso. E também muitos pacientes já iniciam a consulta relatando estar incomodado com o fato de que as pessoas ficam reparando no seu tremor - algo que nem preocupava o próprio paciente. Então, os tremores podem estar associados a condições benignas ou não, e habitualmente, na consulta o grande medo relatado pelos pacientes está na associação entre tremor e Doença de Parkinson (DP). A DP, descrita por James Parkinson em 1817, é uma doença neurodegenerativa caracterizada por sintomas motores e sintomas não motores. Dentre os sintomas motores temos: 1 - o tremor de repouso; 2 - a bradicinesia (poderíamos descrever esse sintoma como "lentidão"); 3 - a rigidez, e; 4 - a instabilidade postural. E entre os sintomas não motores: 1 - distúrbios neuropsiquiátricos; 2 - distúrbios do sono; 3 - distúrbios autonômicos, e; 4 - distúrbios sensitivos.
- PROGRAMA DE SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO
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- matriz Joinville 34 | REVISTA GIROPOP | ABRIL/MAIO 2021
Precisamos de 2 sintomas motores para fazermos o diagnóstico, e, habitualmente no início da doença podemos encontrar apenas um deles, por ex. o tremor de repouso, e com a progressão da doença os demais sintomas se instalam. Importante sabermos que a DP é uma doença neurodegenerativa progressiva e que os tratamentos buscam apenas aliviar os sintomas pois infelizmente não há cura. Após o diagnóstico - que é feito na própria consulta (ou seja, o diagnóstico é clínico não havendo exames específicos para tal), precisa-se traçar a estratégia terapêutica que, em determinado momento, será multidisciplinar com o acompanhamento da fisioterapia, terapia ocupacional e psicologia. O tratamento inicial da DP é feito com o uso de medicamentos e, com o passar do tempo, em determinados casos, pode ser indicada avaliação com a neurocirurgia. Você tem dúvidas sobre esse assunto? Venha conversar comigo." Hercilio Rohrbacher Junior Médico Neurologista CRMSC 11385 - RQE 8531 www.hrneuro.med.br"
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MEDICINA OCUPACIONAL
SAÚDE | GESTANTE
Pré Natal Odontológico Sabemos que é comum as mulheres mudarem alguns hábitos durante a gravidez. Afinal, elas passam a carregar outra vida. Mas certos costumes e atitudes devem ser mantidos, como aqueles voltados à saúde bucal. por Antonio Pizzamiglio Neto por estarmos cientes desse elo entre a saúde bucal e o bem-estar de todo o corpo que recomendamos o pré-natal odontológico. Trata-se do acompanhamento da gestante com o dentista, em que o profission... O que acontece no período de prénatal? Nesse período, a mulher se torna mais sensivel e suscetível a doenças bucais, como a cárie. Um dos motivos são as alterações hormonais típico desta fase, que modifica a saliva e o pH da boca. Além disso, as mudanças dos hábitos alimentares, do ph da boca, mudança no fluxo salivar, da higiene , tudo isso forma um conjunto , que favorece a instalação da doença carie. Essa doença também é considerada um fator de risco ao desenvolvimento da criança. Isso porque a cárie pode trazer consigo a dor, que aumenta a produção de hormônios relacionados ao estresse, como a adrenalina e o cortisol, e podem ser
É
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prejudiciais ao feto. Ao mesmo tempo, o estômago é comprimido pelo útero que está aumentado, e tem sua capacidade diminuída. Assim, a gestante adapta sua rotina alimentar, e pode passar a ingerir pequenas quantidades de alimentos diversas vezes ao dia. Ocorre que nem sempre o número de escovação acompanha esse aumento de refeições. Algumas gestantes costumam dizer que as náuseas são as principais culpadas, já que o enjoo aumenta na hora de escovar os dentes. Segundo pesquisadores, existe também o risco de contaminação da criança, após seu nascimento, pelas bactérias da cárie presentes na boca da mãe. Na pesquisa foram acomoanhados 16 dias de mães com seus filhos (faixa etária inicial entre 4 e 8 meses), por um período de 20 meses. Foi relatado na pesquisa que as mães foram as principais fontes de infecção de cárie para seus filhos, com uma taxa de ocorrência de transmissão de 81,3%.
Dúvidas mais frequentes 1. Em que fase da gestação deve-se agendar uma consulta com o dentista? Deve-se agendar a visita ao profissional assim que iniciar os cuidados do pré-natal. Estabelece-se a frequência das consultas odontológicas de acordo com a necessidade individual de cada gestante 2. Qual o período durante a gestação é o ideal para o tratamento odontológico? A odontologia fornece condição segura de atendimento em qualquer fase da gestação, desde que se sigam todos os protocolos de segurança. O segundo trimestre é o melhor período para se fazer um tratamento odontológico, quando necessário 3. Sobre anestesia e medicamentos na gestação? Na maior parte dos casos, radiografias,
anestésicos dentais, medicação contra a dor e antibióticos (especialmente a tetraciclina) não são receitados durante o primeiro trimestre da gravidez, a não ser que sejam absolutamente necessários. Em caso de dúvidas em ministrar algum medicamento para a paciente gestante, entre em contato com o médico responsável. 4. Existem evidências de que as gestantes podem ser mais suscetíveis à náusea. Como resolver esse problema? O profissional pode lançar mão de anestésicos tópicos em spray antes do atendimento, isso poderá amenizar o desconforto. O dentista pode contribuir para que a gestação siga com tranquilidade. O profissional deve estar preparado para orientar a paciente não somente do ponto de vista odontológico, mas promover mudanças na dieta da gestante para que ela tenha hábitos saudáveis de alimentação e, especialmente, sobre a importância do aleitamento materno, o que irá contribuir muito para a saúde da criança. O pré-natal odontológico é um processo simples que representa mais qualidade de vida para a mãe e para o filho, tanto durante a gestação, quanto para a vida toda.
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SAÚDE | LEITE MATERNO
Mitos e verdades sobre a amamentação por Taynara Pinheiro
O
leite materno é o alimento mais completo para os recém-nascidos, pois devido as suas propriedades nutricionais e imunológicas, protegem o bebê de infecções, diarreia e doenças respiratórias. O leite materno permite, ainda, o crescimento e desenvolvimento saudável do bebê, além de fortalecer o vínculo entre mãe e bebê e de reduzir o índice de mortalidade infantil. A amamentação pode também exercer um efeito protetorcontradoençasnoiníciodavidadobebê,além de reduzir o risco de algumas doenças crônicas, auxiliando positivamente o seu sistema imunológico. Para além disso, sabe-se que a amamentação oferece vantagens não só ao bebê, mas também para a mãe, à famíliaeàsociedadeemgeral. Com relação aos benefícios para a mãe, estudos indicam que a prática do aleitamento materno favorece a recuperação da mãe no pós parto, e pode ainda reduzir a chance de doenças, como diabetes, o câncer de mama e de ovários. No que se refere à família, as vantagens da amamentação estão relacionadas ao custo, a praticidade e ao estímulo de vínculo afetivo entre mãe e filho. Ainda, o aleitamento materno tem baixo custo, comparado com o uso de fórmulas infantis ou com outros tipos de leite, o que resulta em uma economia familiar e também para o Estado, que pode focar ser esforços no atendimento de famílias carentes que necessitam de nutrição
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especial para suas crianças. Por todos esses fatores, a amamentação é considerada uma prática fundamental para promoção, proteção e apoio à saúde de crianças, sendo esta prática recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Ministério da Saúde (MS) durante os primeiros seis meses de vida do bebê e de modo exclusivo. Essas duas instituições ainda recomendam que depois dos seis meses até os dois anos de idade, a criança deve receber o leite materno juntamente com a alimentação complementar. Os desafios não são poucos para que a amamentação seja efetiva e boa para mãe e para o bebê. Muitas vezes, ou quase sempre se faz necessário um suporte técnico e emocional individualizado para que a amamentação se estabeleça. Além dos profissionais da área de saúde, como médicos obstetras, enfermeiras obstetras, obstetrizes, fonoaudiólogos, também estão disponíveis no mercado serviços de Consultoras de Amamentação. Estas profissionais dão o suporte técnico, principalmente, nos primeiros dias de vida do bebê para que osdesafiosiniciaispossamser superados. Amamentação é um dos maiores presentes que você pode dar ao seu filho! Procure uma consultora de amamentação ou presenteie uma gestante com uma consultoria que pode fazer toda a diferença na história da mãe e de seu bebê! Basta dialogar com mães que amamentaram que elas irão contar sobre os mitos que envolvem o aleitamento materno e que acabam tornando o processo ainda mais desafiador.
Por isso trouxemos aqui alguns mitos e verdades para ajudar quem está passando ou irá passar por esse processo:
•Estresse e ansiedade prejudicam a produção de leite Verdade: O estresse interfere na quantidade e produção de prolactina (hormônio responsável pela produção do leite) e também na produção da ocitocina (hormônio responsável pela ejeção do leite). Uma mãe relaxada, bem cuidada e feliz conseguirá amamentar muitomelhor.
•Algumasmãesproduzemleitefraco Mito: Cada mãe produz o leite adequado para as necessidades de seu bebê. Se a criança mama regularmente e está ganhando peso, não há motivo para preocupação. Algumas mulheres podem ter dificuldades para amamentar e é preciso muitas vezes uma avaliação profissional para identificar o problema, excetoisso,podemosdizerquenãoexisteleitefraco.
•Quantomaislíquidoamãeingerir,maisleiteterá Mito: A mãe vai produzir leite independentemente daquantidadedelíquidosqueingerir.
•Quanto mais o bebê mamar, mais leite a mãe produzirá! Verdade: “Seio não é estoque, é fábrica!” A produção do leite materno vem pela sucção do bebê. Quanto mais o bebê mama, mais hormônio é liberado e maiorseráaprodução.
•O bebê que mama no peito não precisa tomar água Verdade:Oleitematernoécompostoemboaparte por água, suprindo a necessidade do bebê. Somente após o inicio da introdução alimentar é preciso avaliar a necessidadeequantidadedeáguaaseoferecer.
•Acriançadevemamaracadaduasoutrêshoras! Mito: Não há uma regra, isso varia conforme o bebê. A recomendação é oferecer o leite em “livre demanda”, ou seja, toda vez que o bebê solicitar. Atente-se aos sinaisdefomedobebê,lembrandoquechoroéumsinal tardio de fome, nunca espere o bebê chorar para só entãoofereceropeito.
•Consumir certos alimentos ou bebidas aumentam aproduçãodeleite Mito. Não existem evidências científicas que comprovem que o consumo de determinado alimento oubebidaaumenteaproduçãodeleite.
•Éprecisorevezarasmamasparaamamentar Mito: O bebê pode se saciar somente com um seio por mamada, como também pode demandar as duas mamas em uma mesma mamada. Esqueça as tabelinhas, apenas observe as necessidades do seu bebê! •Mamadeiraechupetapodeminterferir Verdade: Os bicos de chupetas e mamadeiras aumentam o risco de desmame. Além disso, o bebê rejeita o seio materno por fazer a tal confusão de bico. Não existe no mercado qualquer modelo que se iguale aoseiodamãe.
•Tipodepartointerferenaamamentação Mito. Tanto mulheres que fizeram cesariana, quanto as que tiveram parto normal podem amamentar igualmente. Outros fatores terão maior influência no sucessodaamamentação. IMPORTANTE! Sempre que tiver alguma dúvida, pergunte a uma consultora em aleitamento materno ou um profissional queapoieaamamentação.
Taynara Pinheiro Doula e Consultora em Amamentação taynara.gpinheiro@gmail.com (47)992644899
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Rodrigo Cechin Biólogo
Conhecendo nossa fauna Anta-brasileira
A
anta-brasileira ou simplesmente anta, é um mamífero, É o maior mamífero terrestre do Brasil e o segundo da América do Sul, com até 300 kg de peso e 242 cm de comprimento. Ocorre desde o sul da Venezuela até o norte da Argentina, em áreas abertas ou florestas próximas a cursos d'água, com abundância de palmeiras. Sendo ainda encontrada no nosso município de Itapoá, São Francisco do Sul (Vila da Gloria) e Garuva. são consideradas ameaçadas de extinção. Isso se deve principalmente ao desmatamento e à perda de habitat e à caça de antas pelos humanos. É considerada a jardineira de nossas florestas por ser uma excelente dispersora de sementes, contribuindo desta forma para a formação e manutenção da biodiversidade dos biomas brasileiros onde vive (Amazônia, Pantanal, Cerrado e Mata Atlântica). É muito comum quando uma pessoa quer insultar outra pela falta de inteligência, chamar de anta. Essa expressão popular tem como uma das principais origem ,o período gestacional da anta é 13-14 meses, e se assemelha ao do burro, contudo não se sinta ofendido pois estes animais são adoráveis e muito inteligentes.
Rodrigo Cechin Graduado em Ciências Biológicas Pós Graduado em Biologia da Conservação e Manejo da Vida Silvestres, Pós Graduado em Perícia, Gestão e Auditoria Ambiental.
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MEIO AMBIENTE | TERRA
Lar de todos nós, está clamando pela nossa ação por Ricardo Ribeiro Haponiuk No dia 22 de abril é celebrado no mundo todo o Dia da Terra. Também conhecido como Dia da Mãe Terra ou Dia do Planeta Terra, esta data tem sua origem em 1969 numa grande manifestação popular movida por um fatídico derramamento de óleo na Califórnia, Estados Unidos.
O
resultado prático daquele movimento, que envolveu mais de 20 milhões de norteamericanos, foi a criação da Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos. Nos primeiros anos, o evento esteve restrito àquele país, porém algum tempo depois a data ganharia proporções internacionais e passava a ser celebrada em mais de 140 países. A principal motivação de criação desta data é o reconhecimento da importância do nosso planeta! Mas que um dia a ser comemorado, essa celebração é um convite para que todos nós possamos refletir e, principalmente, possamos agir,
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dentro da nossa realidade cotidiana, para colaborar para com a conservar a Terra. Parece óbvio, não é mesmo? Mas a situação não é tão simples como parece ser. Como a própria Organização das Nações Unidas (ONU) evidenciou em 2020, a natureza está sofrendo, os oceanos estão se enchendo de plástico e ficando cada vez mais ácidos. Estamos vivendo períodos de calor extremo, com grandes ocorrências de intensos incêndios florestais e inundações, vivenciando temporadas recorde de tempestades e furacões que vem afetando milhões de pessoas ao redor do globo. Além de tudo isso, ainda testemunhamos atualmente uma pandemia mundial avassaladora, que nos alerta ainda mais para a saúde dos nossos ecossistemas. Pode parecer difícil ao primeiro momento compreender a relação direta do coronavírus com conservação do nosso Planeta. Contudo mudanças na natureza provocadas pelo homem como a ameaça a biodiversidade, o desmatamento, a desordem no uso e ocupação do solo, a intensificação da agricultura e pecuária e o crescente comércio ilegal de animais selvagens, podem aumentar o contato e a transmissão de doenças infecciosas de animais para humanos (doenças zoonóticas), como a COVID-19.
Importante lembrar que a ONU absorveu o Dia da Mãe Terra em seu cronograma oficial, e destaca que é responsabilidade coletiva a promoção da harmonia entre a natureza e o Planeta para buscar alcançar um balanço entre economia, sociedade e ambiente. E foi nas comemorações da data do ano de 2016 que tivemos o maior marco histórico mundial nesse contexto, a ratificação do Acordo de Paris. Esse acordo foi assinado pelos Estados Unidos, Reino Unido, China e outros 120 países, atendendo a um requisito fundamental para a entrada em vigor do mais simbólico tratado internacional de proteção ao clima, adotado por consenso das 195 nações presentes na Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima de 2015, em Paris. Já no Dia da Terra de 2020, mais de 100 milhões de pessoas ao redor do mundo participaram do 50º aniversário da data, no que está sendo considerado a maior mobilização em massa online da história. E você? Tem percebido que nosso planeta está pedindo ajuda? Como entende toda essa situação em sua rotina de vida? Concorda que precisamos agir dentro do nosso contexto para fazer a diferença? Acha que devemos manter um mundo sadio para as próximas gerações? Como tem orientado seus filhos e filhas a esse respeito? Educação é a chave para as grandes transformações, portanto instrua seus herdeiros com ações práticas para colaborar nesse processo. Ensine-os a plantar uma árvore nativa da sua região, incentive-os a reciclar, reutilize materiais reciclados para criar brinquedos e utensílios que se possam ser utilizados em sua própria
22 de abril: Dia da Terra casa, sugira e participe de mutirões na escola dos seus filhos, demonstre a eles que é possível usar menos energia, desligando as luzes quando não forem, de fato, necessárias, alimente-se melhor e os alimente da mesma forma, façam exercícios físicos, brinque. Faça tudo isso, mas explique o motivo das ações, justifique a importância da atividade para o planeta e para o futuro daquela criança. Só assim iremos modificar o discurso que devemos deixar um planeta melhor para os nossos filhos, para deixarmos filhos melhores para o nosso planeta que tanto merece. Todos e cada um de nós temos responsabilidades sobre isso. Portanto devemos agir. Aja! Ricardo Haponiuk, Oceanógrafo, Mestre em Gerenciamento Costeiro, Doutorando em Ciência e Tecnologia Ambiental e Jornalista
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Parabéns Janaína klodzinski. No dia 28/04 soprou mais uma velinha na companhia do seu marido João. Felicidades! Eita que turma. Marujo, Beronha e Brunão. Aliás Ariel, Júnior e Bruno. Parabéns Ariel. Dia 02/05 celebrou mais um aniversário. Muita paz e saúde. Muitas felicidades.
Dra. Lueide no dia 22/04 e o Dr. Eduardo no dia 07/04. A clínica de odontologia Dentalclin mais uma vez está em festa. Parabéns aos dois aniversariantes.
16 48| |REVISTA REVISTAGIROPOP GIROPOP| |JULHO ABRIL/MAIO DE 2020 2021
Quando os caminhos de um trilheiro do Acre e de uma ciclista de Itapoá se cruzam dá nisto. Casório. Parabéns Janaína e José. Desejamos a vocês muitas felicidades.
Leonardo Pereira comemorou o seu oitavo aniversário no dia 07/03. Está um homenzinho. Parabéns Leonardo
O casal Moisés Antônio Nieckarz e Flávia Jordana Sanchez, dia 30 de abril completaram dez anos de união e dia 4 de maio, Moisés completou idade nova. Felicidades!
Parabéns Dr. O dentista Antonio Pizzamiglio está de parabéns. No dia 06/05 fez aniversário. Muitas felicidades.
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Vitorino Paese Historiador
HISTÓRIA NÃO É O QUE PASSOU, MAS O QUE FICOU DO QUE PASSOU.
O
mirabolante e inédito plano do francês Benoit Jules Mure gestado para ser implementado no Sul do Brasil, mais propriamente nos atuais territórios de São Francisco do Sul, Garuva e Itapoá no ano de 1841, previa como linhas mestras para seu êxito: 1. A substituição da exploração e a injustiça provindasdo trabalho assalariado pelo associativo onde bônus e ônus seriam equitativos. 2. A implementacão de um falanstério, ou seja, a casa da comunidade, dela fazendo parte a escola, hospital, armazém e centro social.Tudo propriedade dos colonos, conforme preconizava a doutrina de Fourier.3. Servir de modelo bem sucedido para que as comunidades vizinhas imitassem, passando a ter um viver mais evoluído e feliz. Para dar início as atividades relacionadas a Colônia Industrial do Saí, além dos primeiros profissionais contratados em Paris - Loiseil, Jamars, Leclerc, Rouffinel, Vanaigre, Lefevre e Champanard - o Dr. Mure, em documentos posteriores, afirmava ter alistado para a empresa 345 operários de todas as profissões, sendo 1500 pessoas ao todo. Porém, os que realmente aportaram em São Francisco do Sul foram 217. Os primeiros 100 colonos idealistas chegaram em janeiro de 1842 a bordo da Galera "Caroline du Havre".Menos de um depois outros 117, trazidos pelo bergantim Virginia e pelo
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brigue "St. Paul".Assim que desembarcavam eram imediatamente levados para o Saí que abrangia a Vila da Glória. Num primeiro passo, montaram uma forja dirigida pelo Sr. Clemente Labbe para o fabrico das ferramentas necessárias aos colonos.Abriram uma estrada que da Freguesia do Saí atravessava a serra e se dirigia para o interior, beirando o rio SaíMirim. Logo do outro lado da serra, represaram as águas do Saí-Mirim e montaram uma grande serraria. Também implantaram uma olaria.O jornal denominado "Phalange de Londres" levava aos colonos saisenses as notícias além atlântico e ainda contribuia para sustentar a confiança dos fervorosos catecúmenos do trabalho glorioso e amável.A estrada que atravessava a serra da freguesia, com mais de quatro quilômetros e meio, partia da casa PICOT e levava, após 18 pontes ou pontilhões, em terreno acidentado, até a planície onde se encontrava a serraria. Foi denominada estrada Magin em homenagem a seu construtor. Opiniao Em época de pandemia e desafios vale lembrar que o Doutor Benoit Mure fundou nestas terras o Instituto de Homeopatia - primeiro das Américas - o que nos inspira a pensar num movimento para implantação de um hospital para atender os pacientes de Itapoá e região, bem como seus filhos aqui nascerem.
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