Revista Indústria Cervejeira Ed. Nº 18 by Revista Indústria de Bebidas

SE BEBER NÃO DIRIJA

Ano 04 - Edição Nº 18 - 2019

c A importância do setor cervejeiro na economia brasileira

NÃO DIRIJA DIRIJA SE BEBER NÃO

Expediente Ano 03 17 - 2019 2018 04 - Edição Nº 18

Índice

A importância do setor cervejeiro na economia brasileira

06 Rasen Bier celebra 10 anos de história

Edição: Nº 18 - 2018 Capa: Foto: Divulgação

Diretoria: Fábio dos Santos Cátia Rodrigues dos Santos fcsantos2002@uol.combr Jornalista Walter Fernandes fcsantos2002@uol.com.br Diagramação e Criação: Rubem Araújo Spínola binhoartegraf@gmail.com fcsantos2002@uol.com.br Estagiária Letícia dos Santos Dutra fcsantos2002@uol.com.br

Sucesso: Uma história extraordinária

Eventos: Eventos do setor cervejeiro mobiliza o mercado

Capa: A importância do setor cervejeiro na economia brasileira

Sustentabilidade: O Dióxido de Cloro TwinOxide como Ferramenta de Redução do Índice de Consumo de Água em Microcervejarias

Empresa: Soluções da ARO® aumentam a produção de cervejarias artesanais

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I.G Máquinas..........................................13

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Assinatura / Expedição: Reinaldo A. dos Santos fcsantos2002@uol.com.br

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JBR Brasil................................................21 Kinox.......................................................17

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Lapiendrius.............................2ª Capa / 03

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Departamento Comercial: Fábio dos Santos fcsantos2002@uol.com.br

Cocoricó..................................................10

Rami........................................................15 Taimak............................................3ª Capa

Departamento Administrativo: Carla Rodrigues fcsantos2002@uol.com.br Colaboradores: José Carlos Giordano umbrellagmp@terra.com.br Matthias R. Reinold matthias@cervesia.com.br Marco A. Amaral marcoagamaral@uol.com.br Consultor: Matthias R. Reinold (Mestre Cervejeiro)

“Os artigos assinados são de inteira responsabilidade dos autores e não representam a opinião da editora.” FC Santos Editora e Eventos Ltda Av. da Paz, 665 – Salas 02/04 – Utinga Santo André – SP – CEP: 09220-310 Tel.: (11) 4976-1053 fcsantos2002@uol.com.br www.industriadebebidas.com.br Facebook: revistaindustriadebebidas www.revistaindustriadebebidas.blogspot.com.br

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Editorial Estamos iniciamos através dessa edição, Nº 18 da revista Indústria Cervejeira as informações do setor cervejeiro nesse segundo semestre. Além dessa edição a FC Santos estará publicando o Guia do Comprador Cervejeiro-2019 que será impresso e on-line e mais as edições Nº 19 e Nº 20 (On-Line). Exclusivamente nessa edição estamos trazendo informações atualizadas para que possa auxiliá-lo no dia a dia. Estamos iniciando com uma matéria sobre a história de sucesso da Cervejaria Ashby, nossos leitores poderão acompanhar todas as novidades que aconteceram durante a

Brasil Brau e o Mondial de la Bière. Em nossa matéria de capa, destacamos a importância do setor cervejeiro para com a economia brasileira. Novas tecnologias que melhoram a produção das cervejarias artesanais, são as novidades que a Aro fabricante líder mundial de produtos de gerenciamento de fluidos, apresenta para o mercado e um artigo técnico apresentado pela empresa Holandesa TwinOxide sobre; Dióxido de Cloro como ferramenta de redução do índice de consumo de água em Microcervejarias. Boa Leitura e ótimos negócios!

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SUCESSO

POR Redação

Uma história extraordinária Conheça a história da primeira microcervejaria do Brasil que foi fundada na região em 1993

Os maltes de alta qualidade e o espírito inventivo da Ashby, que mescla as tradicionais receitas e técnicas de grandes mestres cervejeiros do mundo com a modernidade e a alta tecnologia, fez com que a marca se consolidasse no mercado de cervejas especiais

á mais de duas décadas que o Brasil tem contato com o mercado das micros cervejarias e há pelo menos dez anos que o produto começou a ser conhecido do grande público. As micro cervejarias se espalham pelo país com a honrosa missão de serem elementos de difusão dessa cultura que fincou raízes por aqui. Mas para adentrar esse mercado há que se contar com a melhor estrutura para produzir as melhores cervejas. Ciente dessa necessidade, a Cervejaria Ashby foi a pioneira em introduzir no Brasil, cervejas especiais através de uma micro fábrica. A cervejaria nasceu no ano de 1993 para mudar a história do mercado cervejeiro, não só brasileiro como também do continente.

O embrião da Ashby Foi no ano de 1993 que Scott Ashby, americano que chegou ao Brasil em 1992 com sua esposa brasileira Anelise, e, decidiram montar, na cidade Amparo, SP, a primeira Micro Cervejaria do Brasil, a fim de trazer ao país o conceito de cervejas especiais dos EUA. Scott, Doutor em Física,

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apaixonado por cervejas, ingressou no curso de Mestre Cervejeiro na Universidade da Califórnia no ano de 1990 e, logo em seguida começou a trabalhar na cervejaria americana Wasatch, onde permaneceu por dois anos. Antes disso, Scott já era homebrewer e produzia cervejas para seus amigos, que rapidamente consumiam toda a produção caseira. E a diferenciação da empresa já começou quando pensaram em montar uma fábrica na cidade de Amparo, SP, circuito das Águas Paulistas, e que completa 190 anos no dia 8 de abril. ”Temos um orgulho imenso de poder falar que nossa história começou em Amparo, pois foi um município que nos acolheu e que nos deu condições de montarmos a primeira micro cervejaria do país, então desejamos cada vez mais que a região cresça e ganhe destaque”, finaliza Scott Ashby, fundador da marca. Como as cervejas são compostas por 90% de água, a qualidade desta na fabricação é extremamente relevante. Por isso, a Ashby, escolheu estrategicamente o melhor lugar para suas instalações. As águas de Amparo, além de conservar a pureza que brota da

terra, tem um equilíbrio excelente entre sais e minerais tornando-a perfeita para a fabricação de chopps e cervejas de qualidade ímpar.

A primeira Pale Ale do Brasil Em 1994 nasceu a primeira Pale Ale fabricada no Brasil, na fábrica da Ashby. Cerveja de alta fermentação, com baixo teor de gás carbônico, a Pale Ale firmou a Ashby como uma cervejaria ousada e cheia de planos para o futuro. O maquinário, de origem europeia, para fazer o engarrafamento, trouxe na época uma novidade para o mercado cervejeiro no Brasil, pois detinha a tecnologia de ponta utilizada (sistema WF), que garante melhor qualidade da cerveja.

Chopp Ashby O Chopp Pilsen Ashby começou a ser produzido no ano de 1998, devido à grande demanda por parte das distribuidoras e clientes. Nesse período, a Ashby concentrou toda a sua produção para esse segmento, chegando a triplicar sua

SUCESSO produção e redirecionando a distribuição para outros estados do Brasil.

A história continua Em 2005, a linha de produção da cervejaria foi automatizada, aumentando a produção e assegurando ainda mais qualidade e padronização dos produtos. E tudo isso feito com muita consciência social e cuidado com o meio ambiente. No ano seguinte, a Ashby lança o Cooler de Vinho. A ideia de criá-lo veio da grande aceitação dos Coolers Californianos. Sua composição levemente frisante possui teor alcoólico de 5, 1%. Por conta do suco de uvas selecionadas e cultivadas na fronteira entre Brasil e Uruguai, a coloração da bebida é acentuadamente vermelho rubi e o sabor levemente frutado. E em comemoração à sua “maioridade”, em 2014, a cervejaria lançou em seu aniversário de 21 anos, a linha de Cervejas Ashby. A primogênita dessa família, a Pale

Ale Extra voltou com rótulo comemorativo, o mesmo e original datado de 1993 e outros quatro tipos de cervejas foram criados: Pilsen, Porter, Weiss e Ale.

Estrutura Física A fábrica da Ashby está instalada em um terreno de 37.862,00m2 e possui 4.000m2 de área construída. Hoje são 75 colaboradores que pertencem ao time, formando uma equipe comprometida com os objetivos da cervejaria.

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EVENTOS

POR Redação

Eventos do setor cervejeiro mobiliza o mercado Brasil Brau e Mondial de la Bière, mostram a força desse mercado apresentaram conteúdo, unindo abordagem técnica com degustação orientada de cervejas em prol do debate de boas práticas, processos de produção, usabilidade de produtos e serviços.

Segunda edição do Mondial de la Bière paulista chega ao final

15ª edição da Brasil Brau, feira bienal de tecnologia em cerveja que aconteceu de 28 a 30 de maio no São Paulo Expo, reuniu as últimas tendências mundiais em maquinário, tecnologia, insumos, produtos e serviços do mercado cervejeiro. Participaram 113 expositores vindos de diferentes regiões do Brasil e países como Estados Unidos, Alemanha, Inglaterra, China, Holanda, França, Taiwan, Canadá e México – 33% dos expositores eram estrangeiros. Ao longo dos três dias de evento, 6.500 visitantes circularam pelo espaço de 8.000 m². A organização do evento comemora os resultados: “A Brasil Brau deste ano foi realmente um divisor de águas, mostrandose atrativa e internacional. Tivemos mais de 100 expositores representando 13 países diferentes, o que comprova a abrangência e relevância da feira no cenário mundial para quem quer fazer negócios com o Brasil”, analisa Luana Cloper, diretora de negócios da Brasil Brau. Na parte de visitação, ela identificou uma qualificação ainda mais expressiva do que nas edições anteriores. “Tivemos visitantes que representam as indústrias de todos os portes, tanto grandes cervejarias quanto os novos negócios que se apresentam no Brasil, como é o caso dos brew pubs.” Leandro Spaniol, coordenador de marketing da empresa de refrigeração Zero 08

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Grau, que expôs pela primeira vez no evento, concorda: “A feira reuniu desde o cervejeiro que está começando e o empreendedor de médio porte, que já precisa ampliar o negócio, até as cervejarias maiores, que estão pensando em franquias, por exemplo”. “A qualidade dos visitantes é ótima”, atestou Volmir Roberto Gava, diretor da fabricante de equipamentos Egisa. “São pessoas focadas no segmento compradores, técnicos, cervejeiros, empreendedores – e para nós é muito bom que a feira seja focada e bem dirigida”. Dentro deste cenário, a presença de expositores de toda a cadeia produtiva foi fundamental para atender à demanda de um público cada vez mais qualificado e profissionalizado. Além das ramificações tradicionais, como maquinários e equipamentos, insumos e embalagem, a Brasil Brau contou com um importante rol de serviços, consultoria e educação, higiene bioquímica e ambiental, biotecnologia e instrumentos de medição e análise.

Atrações de conteúdo Uma das novidades de 2019 foi a estreia do Brewer Lounge, novo formato de divulgação e interatividade de expositores com seu público-alvo. No espaço, localizado no centro da feira, especialistas

A segunda edição do Mondial de la Bière São Paulo foi marcada por novos sabores e inovações tecnológicas. Confirmando a tendência, o estilo Sour, cervejas ácidas, e os envelhecidos em barris de destilados fizeram sucesso. O público viu de perto inovações como a Magic Booze, mistura da cervejaria paulista Pratinha que usa uma fórmula secreta solúvel em água com gás que se transforma, como mágica, em cerveja. O lúpulo em gotas, que possibilita a personalização da cerveja também chamou atenção. No último dia o clima era de festa entre os visitantes e expositores. Luana Cloper, diretora de negócios da GL events, responsável pela produção do Mondial de la Bière no Brasil, acredita no potencial do evento em São Paulo. “Ficamos muito felizes com o resultado desta edição. Novamente São Paulo nos recebeu de braços abertos. Nossa expectativa é que a marca Mondial de la Bière conquiste nos próximos anos na capital paulista a mesma projeção que tem no Rio de Janeiro, Montreal (Canadá) e Paris (França)”. No encerramento do festival foi divulgada a foto vencedora do concurso cultural #CERVAPORSP, uma parceria do Mondial de la Bière com o São Paulo City, projeto que divulga os melhores eventos e atividades da capital paulista, com dicas de gastronômicas e culturais. O objetivo do concurso é mostrar a interação entre a cerveja e a cena urbana a partir da fotografia. Durante o festival dez fotos selecionadas foram expostas e receberam a votação do público. O clique vencedor foi de Marilsa Bulhões, que captou um pôr do sol com a essência cosmopolita paulistana, acompanhado de uma cerveja artesanal. O Mondial Arena, com curadoria da expert Carolina Oda, encerrou sua estreia com quatro bate-papos. Luiz Nascimento, sócio dos bares H. Gin Bar e Volátil, Mestre Destilador da The Lab Spirits e Cervejeiro da Cervejaria Canoa, falou sobre os processos de produção e sobre o que é ser realmente

EVENTOS

artesanal. Já o engenheiro agrônomo Guilherme Francarolli conversou com o público sobre o conceito das cervejarias artesanais, os direcionamentos do estado brasileiro, as indicações geográficas e os debates em torno do assunto. Fábio Mena, agricultor e co-fundador do Reenvolver, empresa com a missão de fortalecer cadeias produtivas e agregar valor a

produtos da sociobiodiversidade, falou sobre a valorização da gastronomia local baseada no território. O ciclo de bate-papos foi fechado com a jornalista Kelly Stein, que há nove anos se dedica ao universo dos cafés artesanais. Ela convidou a todos para uma reflexão sobre como as histórias são contadas no ato da venda e como jornalistas, influenciadores e consumidores podem olhar para esse discurso a partir de novas perspectivas. “Aqui temos um exemplo de um evento que reúne marcas feitas por e para pessoas, respeitando processos artesanais buscando uma ressignificação das possibilidades e hábitos de consumo”, comentou a jornalista. Léo Gil, sócio fundador da cervejaria carioca Three Monkeys comentou sobre a sua percepção em relação à edição paulista: “É a primeira vez que a gente participa do Mondial em São Paulo, depois de já termos participado de cinco edições no Rio. O público é diferente, acreditamos que o evento aqui tem tudo para ter a mesma projeção que já tem no Rio. Estamos muito felizes de estarmos aqui e esperamos voltar no ano que vem”. Criador da cervejaria Júpiter e jurado do MBeer Contest, premiação que consagra os melhores rótulos do festival, David Michelson, falou sobre a importância de participar do festival. “Nós já somos veteranos no Mondial. É um festival que eu adoro porque tem todos os tipos de público. Aqui consigo trazer as minhas novidades e experimentos mais insanos e encontro muita gente que entende e curte saber como foi feito, de onde veio a ideia e ao mesmo tempo conseguimos ter opções convidativas para quem está conhecendo o mundo das cervejas artesanais agora. É possível dialogar com todos os públicos”, explica.

Serviço: www.brasilbrau.com.br www.mondialdelabieresp.com.br

POR Redação

CAPA

A importância do setor cervejeiro na economia brasileira Um dos mais tradicionais do Brasil, o setor cervejeiro tem ampla capilaridade e está presente em todas as cidades do país.

N E

m uma cadeia que vai do gronegócio ao pequeno varejo, passando pelos mercados de mbalagens, logística, maquinário, construção civil, entre outros. O setor é um dos mais relevantes da economia brasileira. Com mais de 2,7 milhões de pessoas empregadas ao longo da cadeia produtiva, está entre os maiores empregadores do Brasil e é forte indutor da economia nacional. Como possui um importante efeito multiplicador, sua atuação movimenta uma extensa rede que é responsável por 1,6% do PIB e 14% da indústria de transformação nacional. No campo, a produção de cevada representa cerca de 100.000 hectares de área plantada, com mais de 2.000 famílias empregadas e 300.000 toneladas produzidas/ano. Representando ainda uma grande oportunidade de negócio. A CervBrasil tem atuado juntamente com os

governos municipais, estaduais e federal no sentido de manter o ciclo virtuoso do setor e, conseqüentemente, seus impactos positivos para toda a sociedade. Consumo de cerveja fora do lar no Ceará supera em 26% média nacional A cervejinha do cearense é consumida mais fora de casa. Aliás, o consumo no Estado é 26% maior que a média nacional. É o que aponta levantamento da Associação Brasileira da Indústria da Cerveja (CervBrasil). “É uma característica nossa, do povo do Ceará, de estar na calçada. Não gostamos de ficar enclausurados. A nossa brisa nos convida a estar fora do lar”, diz Moraes Neto, vice-presidente do Sindicato de Restaurantes, Bares, Barracas de praia, Buffets e Similares do Estado de Ceará (Sindirest). Para incentivar o consumo, os cardápios de bares e restaurantes estão cada vez mais

sortidos. Segundo a Associação, são 7,5 mil rótulos disponíveis ao mercado brasileiro. Entre registros de produtos novos, conforme o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, foram concedidos mais de 6 mil, entre cerveja e chope, apenas no último ano. No quesito produção, o País ganhou 210 fábricas, totalizando 889 em 2018, com Rio Grande do Sul despontando entre os estados com a maior quantidade de indústrias (186). Em geral, o segmento estima crescimento de até 5% neste ano. “Os anos de 2016 e 2017 foram difíceis. O País tem uma das maiores cargas tributárias do mundo sobre bebidas. Apesar disso, as cervejarias mantiveram investimentos e têm colhido resultados. Foi muito importante o investimento naquele momento, porque agora o comércio tem uma reação, que pode ser tímida, mas é comemorada, pois é sinal de crescimento”, informa o Sindicato Nacional da Indústria

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CAPA da Cerveja (Sindicerv). O Ceará também apresentou crescimento em 2018 e espera nova alta em 2019, embora ainda engatinhe no setor. Ano passado, por exemplo, saiu de sete para 10 cervejarias. “O Ceará corresponde a cerca de 2% das vendas nacionais de cerveja. O Estado registrou um crescimento baixo em 2018, na casa de 0,5%. Não temos estimativas para 2019 ainda, mas deve apresentar melhoras, em linha com o crescimento do setor em todo o Brasil”, pontua Paulo Petroni, diretor executivo da CervBrasil.

Cerveja Blumenau apresenta terceiro rótulo limitado da série Confraria A união de expertise de diversos cervejeiros para a criação de um rótulo é cada vez mais comum no mercado das artesanais. E há três anos essa prática se tornou uma tradição em Blumenau (SC), durante o Festival Brasileiro da Cerveja. A Cerveja Blumenau acaba de anunciar que o terceiro rótulo da série Confraria iniciará a comercialização para os pontos de vendas nesta semana. São mais de dois mil estabelecimentos em todo o país. Para a produção da Hop Lager foram mais de 50 participantes. A brassagem aconteceu no dia 14 de março, na fábrica da cervejaria. O rótulo é um single hop, ou seja, utiliza apenas um tipo de lúpulo, ressaltando as suas características na bebida. O escolhido foi o Sabro, que se

destaca por notas intensas de tangerina, coco verde, frutas tropicais e ameixa, além de toques de menta. O resultado é uma cerveja refrescante, de final seco, cor dourado intenso, com médio amargor e espuma clara, abundante e persistente. A Confraria Hop Lager será comercializada em garrafa de 500 ml. O teor alcoólico é de 4,6% e tem 25 de IBUs. Para Valmir Zanetti, diretor da Cerveja Blumenau, o rótulo representa a consolidação deste projeto. “Entendemos que o mercado das artesanais está crescendo rapidamente e, por isso, se torna tão necessário explorar outros sabores. A ideia da Confraria é justamente essa: unir o conhecimento de diversos profissionais para criar algo novo e fora do comum. Esperamos que o público sinta isso em cada gole”, afirma. Fundada em 2015, a marca que traz o nome da Capital Brasileira da Cerveja atua hoje com mais de 15 rótulos de diversos estilos. Eles contabilizam mais de 20 premiações nacionais e internacionais, além do prêmio de Cervejaria do Ano no América do Sul no International Beer Challenge 2016 e Top de Marketing no Prêmio ADVB/SC 2016. Produzido em uma planta própria em Blumenau (SC), o mix é comercializado em mais de 2 mil pontos de venda sem todo o Brasil.

Grupo HEINEKEN no Brasil investirá R$ 550 milhões no estado de São Paulo em 2019

Foto: Divulgação Wilson Mello, Presidente da InvestSP, e Nelcina Tropardi, Vice Presidente de Assuntos Corporativos do Grupo HEINEKEN no Brasil

O Grupo HEINEKEN no Brasil, segunda maior cervejaria do País, anuncia, em reunião na Investe SP – Agência Paulista de Promoção de Investimentos e Competitividade, que fará um investimento de R$ 550 milhões no estado de São Paulo. Este aporte faz parte da estratégia de expansão nacional da companhia, que focará na modernização de suas cervejarias em Araraquara, Itu e Jacareí, além de sua micro cervejaria em Campos do Jordão. O Grupo também irá abrir mais um Centro de Distribuição no interior paulista, ainda em 2019. "Desde 2015, temos investido de forma consistente em nossas cervejarias para apoiar o crescimento do Grupo HEINEKEN. São Paulo é um estado extremamente importante para nós devido ao abastecimento da região Sudeste, mercado estratégico para a Companhia, principalmente no segmento de cervejas

CAPA Cerveja abaixo da inflação Um dos grandes protagonistas do Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) de abril foi o grupo dos alimentos, que tiveram a menor alta de preços nos últimos dez anos, segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Destaque no grupo, a cerveja de acordo com levantamento do Associação Brasileira da Indústria da Cerveja (CervBrasil) também pode ser brindada com baixa nos preços com queda percentual de 0,90 em abril e de 1,98 no acumulado janeiro a abril, na categoria alimentos dentro de casa. Já na categoria fora de casa, a cerveja teve redução percentual de 0,21 em abril e de 0,26 no acumulado. Em 12 meses, o IPCA para os alimentos registrou queda de 2,11%, puxado pelo grupo alimentação em domicílio, que apresentam deflação de 4,68% no período. Por outro lado, a elevação total do IPCA em 12 meses foi de 2,76%. “A eficiência da cadeia de valor da indústria cervejeira colabora com a redução da inflação e consequente aumento do poder de compra do brasileiro.”, afirma Paulo Petroni, diretor executivo da CervBrasil

premium", afirma Nelcina Tropardi, vice-presidente de Assuntos Corporativos do Grupo HEINEKEN do Brasil. A Investe SP é uma organização social ligada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico e tem como missão desenvolver o estado de São Paulo por meio da promoção de investimentos, aumento das exportações, incentivo à inovação e melhoria do ambiente de negócios. Para Wilson Mello, presidente da agência, "O segmento de bebidas está entre os que mais atraem interesse de investimento em São Paulo, e essa movimentação do Grupo HEINEKEN é mais um importante passo para o desenvolvimento econômico do estado". Com os investimentos na modernização e expansão de suas cervejarias, o Grupo HEINEKEN consolida o estado de São Paulo como seu principal polo produtivo no país. O Grupo HEINEKEN chegou ao Brasil em maio de 2010, após a aquisição da divisão de cerveja do Grupo FEMSA e, em 2017, adquiriu a Brasil Kirin Holding S.A ("Brasil Kirin"), tornando-se o segundo player no mercado brasileiro de cervejas. O Grupo gera mais de 13 mil empregos e tem 15 unidades produtivas no país, sendo 12 cervejarias, localizadas em Alagoinhas BA), Alexânia (GO), Araraquara (SP), Benevides (PA), Caxias (MA), Igarassu (PE), Igrejinha (RS), Itu (SP), Jacareí (SP), Pacatuba (CE), Ponta Grossa (PR) e Recife (PE), duas micro cervejarias em Campos do Jordão (SP) e Blumenau (SC) e uma unidade de concentrados para refrigerantes em Manaus (AM). No Brasil, o portfólio de cervejas do Grupo HEINEKEN é composto por Heineken, Sol, Amstel, Kaiser, Bavaria, Eisenbahn, Baden Baden, Devassa, Schin, Glacial, No Grau e Kirin Ichiban. O portfólio de não alcoólicos inclui Água Schin, Schin Tônica, Skinka e os refrigerantes Itubaína, Viva Schin e FYs. Com sede em São Paulo, a companhia é uma subsidiária da HEINEKEN NV, a maior cervejaria da Europa. Cervejaria Sunset Brew busca investimento de R$3,75 milhões via equity crowdfunding Aporte será destinado à instalação de novos bares no país, ampliação da capacidade produtiva, instalação de um laboratório e envasadora de latas e a implantação de painéis de captação de energia solar. Dois empreendedores e um rinoceronte: foi assim que começou a trajetória da

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Especializada na fabricação de equipamentos para cervejaria, a KINOX é uma empresa consolidada no mercado atual, atendendo também vários segmentos como o de alimentos e o de bebidas em geral. Isso se concretiza principalmente pelo compromisso tecnológico de investir a cada ano que passa na modernização de seus métodos de fabricação e dos profissionais altamente capacitados com mais de 25 anos de experiência, agregando aos produtos um alto padrão de fabricação e de inovação.

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CAPA

cervejaria Sunset Brew, da cidade de Tijucas, em Santa Catarina. O empreendimento começou a ser idealizado após uma viagem de Eduardo Petry e Sheldon Cole, ao Kruger National Park, na África do Sul, onde conheceram seu “muso” inspirador, o Sunset. Por lá ouviram um guia local contar a história sobre um rinoceronte da região. Valente, o animal derrotou o antigo líder da manada e dominou o território do safári.

Em um fim de tarde, a fera se posicionou de frente ao pôr do sol africano, criando uma cena tão marcante a ponto de fazerem os líderes da localidade batizá-lo de “Sunset” (pôr do sol, em inglês). Aquele momento, para a dupla de turistas, foi tão significativo que, ao chegarem ao local de descanso, abriram algumas latas de cervejas artesanais para relaxar. Dois anos depois, em 2015, nascia a marca Sunset Brew, em homenagem a fantástica

experiência na África. Para reforçar o time, Giovana Petry ingressou no projeto. Desde então, o desempenho da cervejaria impressiona. Avaliada em R$25 milhões, a Sunset Brew obteve um salto de faturamento de 173,9% de 2017 para 2018 e, atualmente, vende para 22 estados brasileiros, possuindo em torno de 900 clientes. Em 2016, apenas dois anos após o início de suas operações, a capacidade de produção

da fábrica foi expandida em 125%, chegando a 80 mil litros mensais. A Sunset Brew ainda abriu o seu primeiro Taproom (bar situado anexo às instalações da cervejaria), em Março de 2019, na região de Florianópolis. Agora, para crescer ainda mais, a empresa dá um importante passo e acaba de ingressar no universo do investimento coletivo chamado de equity crowdfunding. O valor pleiteado na plataforma Start Me Up é de R$3,75 milhões. O investimento mínimo é de R$ 1.000 para a compra de um título privado conversível em participação societária. O montante será destinado à instalação de bares no sul/sudeste do país, ampliação da capacidade de produção em 200%, instalação de um laboratório e envasadora de latas e a implantação de painéis de

captação de energia solar. “Projetamos uma valorização mínima de 300% para a empresa nos próximos três anos. A rentabilidade média esperada na atividade é de 19%”, explica o CEO da Sunset Brew, Eduardo Petry.

novos sócios. Os participantes do crowdfunding, além dos dividendos, podem recuperar seu investimento através da venda de sua participação, na expectativa que a empresa aumente seu valor de mercado com os objetivos alcançados.

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O equity crowdfunding é um modelo de investimento coletivo realizado através de uma plataforma virtual na qual os investidores aportam os seus recursos em uma sociedade empresária de pequeno porte em troca de, em um prazo previamente determinado, converterem o valor investido em participação societária em forma de ações preferenciais. Com o atingimento dos objetivos propostos, a Sunset Brew irá, num prazo máximo de cinco anos, se transformar numa S.A. distribuindo dividendos aos

“O possível investidor poderá conhecer mais sobre o projeto, participando de reuniões e, inclusive, visitando a fábrica para, então, decidir se quer fazer parte do projeto. Além disso, ao investir têm muitos outros benefícios, como receber em casa cervejas como cortesia no aniversário e participar na escolha de novos rótulos”, comenta Petry. Sob uma ótica otimista, mas compatível com a evolução dos dados históricos da

CAPA

ARTIGO

Modern Saison Ousada, leve, refrescante e estimulante, a Madame Tatá é uma premiada Modern Saison com características cítricas, condimentada e terrosa, o seu twist é a adição de lúpulos americanos em dry hopping. Uma cerveja muito versátil e fácil de harmonizar. Graduação alcoólica: 5% Harmoniza com peixes, embutidos e frutos do mar. Russian Imperial Stout com Cacau e Coco Escura como a noite africana e forte como o rinoceronte negro, a Imperial Black Rhino vai surpreender você com suas notas aromáticas adocicadas do cacau e do coco. Graduação alcoólica: 9% Harmoniza com sobremesas a base de chocolate e trufas. A empresa também mantém parceria com duas cervejarias internacionais, dividindo receitas com a Darling Brew, da África do Sul, e com a Two Birds, da Austrália. Em 2018, liderou uma iniciativa que congrega sete cervejarias dos cinco continentes ao recriar a Imperial Black Rhino, na cervejaria Fourpure, de Londres, dando o caráter especial para a “Nightfall”, que foi um sucesso de vendas. O cervejeiro Rudy Favero embarcou para viver uma experiência colaborativa na terra da rainha e produziu na Adnams Southwold Brewery, a Aggro Bear (IPA) que está sendo vendida em mais de mil pontos que a rede JD Wetherspoon. Além disso, também foi produzida na cervejaria Windsor & Eton uma Marula NEIPA elaborada pelas duas cervejarias e a Darling Brew. DADOS DO SETOR CERVEJEIRO NACIONAL

1,6% DO PIB

14,1% BILHÕES R$ 21 BILHÕES

NACIONAL

DE LITROS POR ANO

38 MIL

2,7 MILHÕES

VEÍCULOS NA FROTA

DE EMPREGOS

DE IMPOSTOS AO ANO

R$ 1

CADA INVESTIDO NO SETOR GERA

R$ 2,5 NA ECONOMIA

1,2 MILHÕES 99% DOS LARES 107 BILHÕES PONTO DE VENDA SÃO ATENDIDOS PELA DE FATURAMENTO ANO INDÚSTRIA CERVEJEIRA POR TODO PAÍS (BASE 2017)

INVESTIMENTO DE 2014 A 2017:

R$ 12 BILHÕES

PARQUE INDUSTRIAL: PRESENTE EM + DE 50 GRANDES COMPLEXOS INDUSTRIAIS E 690 EMPRESAS CERVEJEIRAS

Fonte: CervBrasil

A Sunset Brew tem ainda diversos projetos em andamento, os quais irão trazer números consistentes para a indústria. A empresa está produzindo as cervejas da Layback para a região Sul/Sudeste e tem contratos importantes com clientes, que garantem a sustentabilidade do negócio. No Festival da Cerveja de março de 2017 foi conquistada a primeira premiação com uma Saison, que já havia obtido medalha alguns meses antes na África. Hoje, a cervejaria possui mais de 17 medalhas nacionais e internacionais, incluindo melhor Coffee Beer do Brasil e a melhor Stout da América Latina, em 2019, com a Mystic Panther, pelo Concurso Brasileiro de Cervejas e o South Beer Cup, respectivamente. Hoje, o time da Sunset Brew conta com mais de 30 colaboradores que são apaixonados por cerveja e seguem sempre o rino, vibrando com cada vitória e conquista do time e da cervejaria.

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ARTIGO

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SUSTENTABILIDADE

Por: Rafael Bianchini / Pedro Amaral / José Ricardo Schwarz

O Dióxido de Cloro TwinOxide como Ferramenta de Redução do Índice de Consumo de Água em Microcervejarias

1 - Resumo da Iniciativa A proposta desta iniciativa é avaliar os impactos sobre o consumo de água advindos da substituição do desinfetante. Ácido Peracético pelo Dióxido de Cloro (ClO2) nos processos de Cleaning in Place (CIP) da Cervejaria Allegra (Rio de Janeiro). O desinfetante utilizado no Projeto é conhecido como “Solução de Dióxido de Cloro TwinOxide® 0,3%”. Desenvolvida e produzida na Holanda, esta tecnologia dispensa os altos investimentos em equipamento tradicionalmente usados na geração de ClO2, permitindo o seu uso em cervejarias de pequeno porte com viabilidade econômica e segurança operacional. As avaliações da substituição do desinfetante foram feitas levando-se em conta tanto os parâmetros do Tripé da Sustentabilidade quanto os parâmetros técnicos envolvidos no processo cervejeiro: - Ambiental: impactos sobre o consumo de água potável e sobre a geração de efluente industrial; - Social: impactos sobre o bem-estar e a segurança dos colaboradores; - Econômico: impactos sobre a performance financeira da cervejaria, incluindo consumo de água, desgaste de materiais e perdas de produção; - Técnico: eficácia microbiológica e impactos sobre a qualidade da cerveja produzida (e.g. paladar, aspecto visual); Entende-se que a substituição de 22

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Tripé da Sustentabilidade (“Triple Bottom Line”) tecnologias em processos industriais modernos deva, necessariamente, satisfazer todos os parâmetros listados acima para que seja, de fato, sustentável para a cervejaria.

2) Contextualização do Projeto e Leis Vigentes A água é um recurso natural de extrema importância para uma cervejaria, contabilizando entre 90 e 95% do produto final. Utilizada em quase todas as etapas do processo produtivo, a água possui influência direta tanto na qualidade final da cerveja quanto na eficiência do processo produtivo. A crescente escassez de recursos hídricos, somada aos altos custos com tratamento ou fornecimento público de água, fazem com que este tema se torne relevante não somente para a os índices de sustentabilidade da empresa, como também para a lucratividade da operação, razão pela qual se criou o chamado “Índice de Consumo de Água”, indicando quantos

Litros de Água são necessários para se fabricar 1 Litro de cerveja. Cervejarias modernas consomem cerca de 3 a 8 Litros de água por Litro de cerveja produzida, com as Microcervejarias se posicionando no final deste espectro (5 a 8 Litros/Litro). Essa variação é fruto de fatores diversos, como o estilo de cerveja produzida, implementação de Programas de Gestão da Água (PGA) e a existência de tecnologias modernas na sanitização de equipamentos, tratamento e reuso de água e lavagem de garrafas. Em geral, o custo envolvido na aquisição de equipamentos modernos é elevado e inviabiliza a sua aplicação em Microcervejarias, o que explica o maior índice de consumo de água quando comparado às grandes fábricas. Não obstante, já existem hoje tecnologias de baixo custo capazes de reduzir o consumo de água cervejarias de qualquer porte, trazendo viabilidade econômica ao esforço atual por reduções nos impactos ambientais do setor cervejeiro. O Dióxido de Cloro (ClO2) é um gás sintético, de cor amarela alaranjada e odor similar ao cloro. Foi descoberto em 1814 e aplicado no tratamento de água, alvejamento de celulose e outros processos industriais desde o início do século 20. O ClO2 tem sido descrito como o “biocida ideal” há diversos anos por pesquisadores e especialistas do setor. Não apenas devido à sua grande capacidade em controlar microrganismos patogênicos, como também devido ao fato de não gerar subprodutos cancerígenos. Sob o ponto de vista regulatório, tanto o Ácido Peracético quanto o Dióxido de Cloro são autorizados pelo Ministério da Saúde e pela ANVISA na sanitização de superfícies que estejam em contato com alimentos. No entanto, dentre estes dois princípios ativos, apenas o ClO2 é autorizado para o tratamento de água potável (Portaria de Consolidação nº 5, 2018). Isso significa que, do ponto de vista regulatório, resíduos de ClO2 não precisam ser totalmente removidos de superfícies que entrem em contato com a água cervejeira. 3) Justificativa da Iniciativa

SUSTENTABILIDADE Até recentemente, a produção de Dióxido de Cloro exigia equipamentos sofisticados (chamados Geradores de ClO2), capazes de controlar a reação química, explosiva e tóxica, que ocorre quando os reagentes são postos em contato com água. Uma vez que os custos destes equipamentos são altos, assim como a exigência por pessoal qualificado e por medidas de segurança ocupacional, esta tecnologia era limitada apenas cervejarias de maior porte. A TwinOxide International B.V. (Holanda) desenvolveu um sistema inovador de geração de Dióxido de Cloro que é seguro e dispensa a necessidades dos sofisticados sistemas de geração antigos. Não há riscos consideráveis aos operadores e a exigência por medidas de segurança é mínima quando comparada aos geradores tradicionais. É com base nesta nova realidade que a Cervejaria Allegra se uniu à BLUE ITS para avaliar o real impacto do uso do Dióxido de Cloro nos processos de CIP de Microcervejarias. Os resultados positivos obtidos foram além das expectativas.

4) Implementação do Projeto Durante os meses de Abril, Maio e Junho de 2018, foram realizados diversos testes para avaliar a viabilidade técnica e econômica na utilização do sanitizante TwinOxide®, a base de Dióxido de Cloro (ClO2), nos processos de CIP da Cervejaria. O projeto avaliou diversos fatores, como: - Redução no consumo de água; - Eficácia na morte de microrganismos-alvo para produção de cerveja; - Interferência dos sanitizantes na coloração e aspecto visual do Chope Pilsen Allegra; - Interferência dos sanitizantes no sabor e no aroma do Chope Pilsen Allegra; - Corrosão de materiais em contato com os sanitizantes; - Bem-estar e segurança dos operadores; - Viabilidade Econômica da Solução de Dióxido de Cloro TwinOxide®. O Dióxido de Cloro foi utilizado em três processos da Cervejaria Allegra: - CIP dos Tanques de Aço Inox; - Sanitização de garrafas e latas (Rinser); - CIP da Envasadora de Garrafas e Latas;

5) Apresentação de Resultados a) Redução no Consumo de Água Uma vez que os resíduos de Dióxido de C l o ro p re s e n t e s n a s p a re d e s d e equipamentos após o CIP não precisam ser eliminados, economiza-se um significativo 23

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Ácido Peracético

Dióxido de Cloro

Consumo Total de Água da Fábrica

190.000 Litros/Mês

160.000 Litros/Mês

Produção de Cerveja

40.000 Litros/Mês

4,75

Índice de Água (L Água/ L Cerveja)

Tabela 1: Comparação do consumo de água no processo CIP da Cervejaria Allegra Ácido Peracético

Dióxido de Cloro

Economia

Consumo de Água por CIP

1.500 Litros

1.050 Litros

30,0%

Total de Água usado no CIP por mês

99.000 Litros

69.300 Litros

29.700 Litros

Tabela 2: Avaliação da melhora no Índice de Água da Cervejaria Allegra volume de água que antes era utilizada na etapa final de rinsagem do Ácido Peracético. A Cervejaria Allegra calcula que, com o Ácido Peracético, eram utilizados cerca de 1.500 Litros de Água por cada ciclo de CIP. Em média, a cervejeira executa 66 processos de CIP por mês, totalizando um consumo de 99.000 Litros de água por mês nestes processos. A partir da introdução do Dióxido de Cloro, as seguintes reduções foram alcançadas: Percebe-se que a utilização do Dióxido de Cloro como desinfetante nos processos de CIP foi capaz de melhorar consideravelmente o índice de consumo de água na Cervejaria Allegra, passando de 4,75 para 4 Litros de Água por Litro de cerveja. Isso se traduz em uma redução de aproximadamente 16% no índice. b) Eficácia Microbiológica dos Sanitizantes: Os parâmetros analisados foram: contagem de bactérias mesófilas aeróbicas, bactérias mesófilas anaeróbicas e fungos. - Local de Avaliação: Tanque de Cerveja Maturada; - Concentrações dos Sanitizantes e Tempo

Da esquerda para a direita: Beckers contendo Chopp Pilsen Allegra sem contaminante, contaminado com Dióxido de Cloro e contaminado com Ácido Peracético

d) Alteração Sensorial (Sabor e Aroma) Teste Cego com Time de Degustação Allegra De acordo com o painel de degustadores da Allegra, com uma concentração de 0,05%, foi possível notar que o sanitizante com ativo de Ácido Peracético causou alterações sensoriais no produto. O mesmo não ocorreu com o sanitizante Dióxido de Cloro a 0,05%. e) Bem-Estar e Segurança dos Operadores O Ácido Peracético possui odor pungente, além de ser agressivos ao operador (irritação das vias aéreas, olhos e pele). Já a solução de Dióxido de Cloro TwinOxide® pôde ser manuseada com maior conforto

Tabela 3 – Resultados do ensaio microbiológico (Laboratório de Microbiologia da UFRJ) de Contato no CIP: - Ácido Peracético: 300 ppm e 20 Minutos; - Dióxido de Cloro: 8 ppm e 20 Minutos; c) Alteração de Cor do Chope Pilsen Allegra: É possível notar que o sanitizante com ativo de Ácido Peracético é capaz de degradar a cor do produto, deixando-o mais claro que o padrão. Já o sanitizante com ativo de Dióxido de Cloro manteve as características de cor do Chope Pilsen.

pelos colaboradores, uma vez que não possui o mesmo grau de agressão. Além disso, a tecnologia envolvida na geração do Dióxido de Cloro é simples e segura, trazendo segurança aos colaboradores. f) Corrosão de Materiais: O'Ring da Máquina Envasadora Ao utilizar o Dióxido de Cloro durante os três meses de teste, pôde-se perceber que os O'Rings da máquina de envase da

SUSTENTABILIDADE CIP. Considerando a média de envase da Allegra à época do projeto, projetou-se um aumento de receita de aproximadamente R$ 13.000 por ano. 6) Conclusão e Discussão Ao final do período de avaliação, concluiuse que o Dióxido de Cloro TwinOxide® é uma alternativa sustentável para a substituição do Ácido Peracético. Sua compatibilidade com o processo cervejeiro se traduziu em:

cervejaria não sofriam o mesmo grau de desgaste normalmente percebido com o uso do Ácido Peracético. Desta forma, não houve a necessidade de troca destes materiais durante o teste - o que geralmente acontecia a cada 30 dias. g) Viabilidade Econômica A análise de viabilidade financeira determinou que o custo mensal com aquisição de ambos os desinfetantes (Ácido Peracético e Dióxido de Cloro TwinOxide®) é similar. No entanto, o Dióxido de Cloro trouxe dois impactos positivos sobre as contas da Cervejaria Allegra. São eles:

i. Redução no Consumo de Água: Considerando um custo de R$ 20 por metro cúbico de água (CEDAE 2019), a Cervejaria Allegra economizou aproximadamente R$ 600 por mês a partir da introdução do Dióxido de Cloro. ii. Redução na perda de produto final A cada processo de CIP da máquina envasadora com Ácido Peracético, as primeiras 6 garrafas de cerveja eram descartadas devido à possibilidade de contaminação residual. Já ao se introduzir o Dióxido de Cloro nesse processo, o descarte se tornou desnecessário. Em média, evitase o descarte de 3,6 Litros de cerveja por

Redução de aproximadamente 16% do índice de consumo de água sem que houvesse necessidade de investimentos financeiros decorrentes de seu uso nos processos de CIP da fábrica; Redução do descarte de resíduos sólidos: Garrafas de Vidro e O'Rings; O custo operacional da Cervejaria Allegra foi ligeiramente reduzido ao se trocar o Ácido Peracético pelo Dióxido de Cloro TwinOxide®.

Serviço: www.twinoxide.com pedro@twinoxide.com https:// pt-br.facebook.com/cervejariaallegra/

EMPRESA

POR Redação

Soluções da ARO® aumentam a produção de cervejarias artesanais Northwest Canning eleva em 15% sua capacidade de engarrafamento com a bomba da série EXP O mercado das cervejas artesanais está em crescimento constante no Brasil. De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em 2018 ocorreu um aumento de 23% no número de cervejarias independentes. Para ajudar esses produtores, a ARO®, empresa líder mundial em gerenciamento de fluidos que pertence ao grupo Ingersoll Rand®, disponibiliza a linha de bombas de diafragma da série Expert (EXP), desenvolvida para transferir fluidos para os setores de alimentos e bebidas com eficiência e segurança. As bombas da série EXP oferecem vazão de 20% a 30% maior que os demais produtos do mercado e estão de acordo com as normas da FDA (sigla para Food and Drug Administration, órgão de supervisão na segurança alimentar e de fármacos). Essa solução permite maior agilidade no processo de engarrafamento das cervejas. A Northwest Canning, empresa norte-americana que oferece soluções de embalagem para microcervejarias e cervejarias artesanais em Oregon, modernizou sua operação com a bomba de diafragma pneumática da ARO. Como resultado, a capacidade de produção teve um aumento de 10% a 15%. "Já tínhamos avaliado outras bombas de diafragma, mas elas eram ineficientes e o nível de exigência dos clientes era muito alto", afirma Justin Brandt, fundador da companhia. O empresário reforça que o cuidado e segurança durante a transferência e engarrafamento é uma das prioridades das cervejarias. Antes, Brandt utilizava uma bomba centrífuga, que exigia operação em ciclo contínuo. Quando a operação precisava parar, o rotor continuava girando e isso introduzia mais oxigênio que o necessário na bebida, fazia a cerveja espumar, aumentava a temperatura e alterava o sabor. "Um processo de envase cuidadoso aumenta o tempo da cerveja em lata e mantém a qualidade do sabor, isso agrada aos meus clientes. Antes enchíamos cerca de 100 a 120 caixas de cerveja por hora. Com a bomba da ARO, aumentamos nossa capacidade para 160", finaliza Brandt.

A ARO® A ARO® é fabricante líder mundial de produtos de gerenciamento de fluidos projetados para oferecer desempenho e facilidade de manutenção, permitindo aos clientes alcançar o melhor custo total. Há 89 anos, a ARO ajuda seus clientes a resolver seus desafios de gerenciamento de fluidos mais complexos para manter seus negócios em movimento.

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