SE BEBER NÃO DIRIJA
Ano 18 - Edição Nº 91 - 2018
Envase terceirizado: qualidade de primeira
Expediente SE BEBER NÃO DIRIJA
Ano 18 - Edição Nº 91 - 2018
Índice 06
Entrevista: ABRACERVA: Momento de evolução intenso
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Mercado: Panorama brasileiro do consumo de bebidas não alcoólicas 2010/2017.
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Capa: Envase terceirizado: qualidade de primeira
Capa: www.bellpar.com.br
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Inauguração: Águia Inox: voos ainda mais elevados
Diretoria: Fábio dos Santos Cátia Rodrigues dos Santos fcsantos2002@uol.combr
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Produto: Sidra verde e amarela para a torcida brasileira
28
Empresa: Qualiterme: investir em um atendimento diferenciado
Envase terceirizado: qualidade de primeira
Edição: Nº 91 - 2018
Jornalista Walter Fernandes fcsantos2002@uol.com.br Diagramação e Criação: Rubem Araújo Spínola binhoartegraf@gmail.com fcsantos2002@uol.com.br Estagiária Letícia dos Santos Dutra fcsantos2002@uol.com.br Assinatura / Expedição: Reinaldo A. dos Santos fcsantos2002@uol.com.br Departamento Comercial: Fábio dos Santos fcsantos2002@uol.com.br Departamento Administrativo: Carla Rodrigues fcsantos2002@uol.com.br Colaboradores: José Carlos Giordano umbrellagmp@terra.com.br Matthias R. Reinold matthias@cervesia.com.br Marco A. Amaral marcoagamaral@uol.com.br Consultor: Matthias R. Reinold (Mestre Cervejeiro) “Os artigos assinados são de inteira responsabilidade dos autores e não representam a opinião da editora.” FC Santos Editora e Eventos Ltda Av. da Paz, 665 – Salas 02/04 – Utinga Santo André – SP – CEP: 09220-310 Tel.: (11) 4976-1053 fcsantos2002@uol.com.br www.industriadebebidas.com.br Facebook: revistaindustriadebebidas www.revistaindustriadebebidas.blogspot.com.br
Anunciantes Allupack.................................................29
Kinox......................................................05
Agavic............................................4ª Capa
Lapiendrius....................................3ª Capa
Àguas Pilar.............................................19
Levteck...................................................21
Bellpar....................................................13
Pallets RP................................................27
Casa Di Conti..........................................30
Proenvase..............................................23
Cervesia.................................................24
Qualiterme............................................26
Chopeiras CCitti...........................................07
Marco Amaral........................................24
Desthil....................................................18
Movex………............................2ª Capa / 03
IEC Perma..............................................16
Rami.......................................................11
I.G Máquinas....................................17/25
Regal Beloit............................................15
Jopemar.................................................09
VLB……….................................................20
Editorial Diversificação, essa tem sido a palavra utilizada e executada pelo mercado de bebidas nos últimos tempos. São vários lançamentos e produtos diversificados para públicos diferentes. Mesmo com a economia brasileira sem dar o ar da retomada nosso setor continua trabalhando sério e firme, pensando e dias melhores. Com esse objetivo nesse mês de junho, várias indústrias estão se reunindo na Fispal Tecnologia em São Paulo para levar as indústrias de bebidas e alimentos novidades e tendências tecnológicas para serem utilizadas no mercado. Com esse objetivo a revista Indústria de
Bebidas, traz em suas páginas nessa edição, vários assuntos para contribuir com esse objetivo. Nossa matéria de capa, apresenta números e novidades sobre o rumo da terceirização no envase de bebidas, também estamos mostrando um panorama nacional do consumo de bebidas não alcoólicas, no período 2010/2017. Carlo Lapolli, presidente da ABRACERVA (Associação Brasileira de Cerveja Artesanal) é nosso entrevistado da edição. Nossos leitores poderão acompanhar ainda nessa edição, outros assuntos diversos do setor de bebidas. Boa Leitura e ótimos negócios!
ENTREVISTA
POR Walter Fernandes
ABRACERVA: Momento de evolução intenso Criada em 2013 a ABRACERVA (Associação Brasileira de Cerveja Artesanal), tem como presidente o Sr. Carlo Lapolli, com o objetivo de representar as cervejarias e a cadeia do mercado em todos os âmbitos: desde o governamental, apresentando o segmento para a sociedade e buscando condições mais competitivas até a apresentação da cerveja artesanal para o público como uma opção de paladar diferenciado. Revista Indústria de Bebidas – Fale sobre a trajetória da ABRACERVA. Carlos Lapolli – A entidade foi criada em 2013 com o objetivo de representar as cervejarias e a cadeia do mercado em todos os âmbitos: desde o governamental, apresentando o segmento para a sociedade e buscando condições mais competitivas – até a apresentação da cerveja artesanal para o público como uma opção de paladar diferenciado. De lá pra cá, nestes cinco anos, tivemos alguns momentos que passaram pela mobilização dos cervejeiros, mudanças de diretorias e o alinhamento de um Norte mais claro para a associação nas últimas duas gestões. Uma liderada pelo Rodrigo Silveira, que fez um trabalho brilhante, e agora com a nossa diretoria. Revista Indústria de Bebidas – Quais são os objetivos da associação para com o mercado de microcervejarias?
Carlos Lapolli – Temos algumas premissas da nossa atuação, marcadas desde o início da gestão. O fortalecimento da entidade, acredito que seja um dos primeiros e o item que temos trabalhado com muita força. Só vamos conseguir atuar junto do Governo Federal e ao público consumidor se tivermos c o n d i ç õ e s d e r e p r e s e n t a r, efetivamente, as cervejarias e a cadeia. O nosso segmento é muito recente no Brasil e ainda não tem a cultura do associativismo clara. Estamos trabalhando para mostrar q u e p r e c i s a m o s n o s u n i r, precisamos nos estruturar para então buscarmos os resultados que todos almejam. Na questão tributária, estamos com uma relação mais próxima com o MAPA no sentido de entender e esclarecer a eles as nossas demandas e especificidades do 06
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Carlos Lapolli – ABRACERVA (Associação Brasileira de Cerveja Artesanal) nosso negócio. Nos últimos dias, por exemplo, falamos sobre o uso do growler, que é uma nova atitude e uma nova cultura. No que tange a profissionalização, promovemos nos últimos dois meses dois eventos que foram muito marcantes. O primeiro seminário regional em Belo Horizonte (MG), que foi um formato muito bacana e aprovado por todos para troca de informações sobre vários aspectos do setor. O segundo foi o 1º Congresso Técnico de Sommeliers, em Pirenópolis (GO), que trouxe nomes nacionais e internacionais para debater a cerveja artesanal. Acreditamos que esse seja um evento que se tornará cada vez maior e atingirá mais profissionais
a cada ano. Outra questão muito bacana já realizada foi o lançamento do Selo de Cervejaria Independente Brasileira, que é a nossa primeira inciativa para separar as artesanais das comerciais de forma visual e clara para o consumidor. Nesta frente, novas iniciativas ainda serão tomadas. Revista Indústria de Bebidas – Cite algumas conquistas da ABRACERVA para o setor. Carlos Lapolli – Além dessas acima, criamos efetivamente uma estrutura de trabalho que até então não existia. Temos um escritório físico em Brasília (DF) e dois profissionais atuando diretamente com a Abracerva. Em relação à tributação, que é uma das causas mais complexas, estamos entrando nas secretarias e ministérios, apresentando
ENTREVISTA
as nossas causas e colhendo possibilidades. É um trabalho de médio prazo, que está sendo feito com muito afinco. Revista Indústria de Bebidas – Qual é a sua opinião referente ao atual momento do setor de microcervejarias no Brasil? Carlos Lapolli – É um momento ímpar de abertura de mercado, de entendimento do consumidor sobre o nosso produto e do olhar apurado de investidores para a cerveja artesanal. Acredito que dois focos são necessários para que esse seja o pontapé de um crescimento sustentado: profissionalização e associativismo. O que temos hoje é um mercado movido por apaixonados, aficionados pela cerveja artesanal e os seus sabores. E isso é incrível! Agora precisamos começar a juntar conhecimento técnico, troca de informações e experiências a essa receita. Temas como produtividade e gestão precisam entrar em pauta para que, junto com o sonho, possam fazer as marcas decolarem. Já o associativismo é o que vai fazer com que algumas demandas sejam alteradas num âmbito mais macro. Leis, impostos, conhecimento do consumidor, práticas comerciais regulamentadas e outras questões como estas só vão entrar em pauta quando nos unirmos. E é essa a proposta da Abracerva. Revista Indústria de Bebidas – Como a ABRACERVA tem atuado para defender os interesses do setor?
08
Carlos Lapolli – Não há dúvidas de que as condições de competitividade são inexistentes com a atual situação da carga tributária. Acredito que disso ninguém tem dúvidas. O que precisamos fazer para que o nosso mercado consiga se diferenciar é apresentar as diferenças entre as marcas artesanais e comerciais. Ainda é um cenário que confunde muitos tomadores de decisão, que não tem uma grande quantidade de números e argumentos para que as mudanças aconteçam. É isso que precisamos fazer e é para isso que estamos trabalhando. A Abracerva acredita no diálogo com os órgãos públicos para que as questões tributárias sejam diferenciadas entre as grandes e as microcervejarias. Mas entende que, para isso, precisa de argumentos sólidos calcados em dados e nos impactos que essa diferenciação vai trazer. Estamos ao mesmo tempo em que abrindo portas, trabalhando para consolidar esses números. Revista Indústria de Bebidas – No seu ponto de vista, onde e como o setor de microcevejarias ainda precisa melhorar? Carlos Lapolli – Na profissionalização e no associativismo. A profissionalização para olharmos as cervejarias como negócios que precisam de uma forte estratégia aliada a paixão e o associativismo para mudarmos o cenário macro. Revista Indústria de Bebidas – Como você vê atualmente a aceitação do mercado pelos produtos nacionais? Carlos Lapolli – Acredito que estamos num momento de evolução intenso e isso se reflete nas gôndolas e no gosto do consumidor. As cervejas nacionais evoluíram muito nos últimos cinco, dez anos. Tanto na questão sensorial quanto na c o m u n i c a ç ã o, n o d i á l o g o c o m o consumidor e na busca do entendimento dele de que está consumindo um produto de qualidade assim como se tivesse optado por um importado.
Carlos Lapolli – Através de uma presença constante nos pontos de decisão em Brasília (DF), da apresentação do nosso segmento às entidades que podem proporcionar as mudanças que tanto queremos, de eventos de aproximação e troca com o mercado e na promoção das cervejarias artesanais independentes brasileiras.
Revista Indústria de Bebidas – Quais são as parcerias e benefícios que a ABRACERVA oferece para as cervejas ciganas e outros integrantes da cadeia cervejeira que venham a se associar?
Revista Indústria de Bebidas – Qual é a sua análise referente à carga tributária cobrada sobre as microcervejarias atualmente no Brasil?
Carlos Lapolli – O principal benefício é a continuidade do trabalho da Abracerva. Temos parcerias, descontos em produtos e serviços, acesso diferenciado a informação
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e aos eventos que promovemos. Mas acreditamos que aqueles mais de 300 profissionais e empresas que estão conosco sabem que através da sua adesão estão contribuindo para tornar o mercado mais competitivo, o conhecimento sobre a bebida mais amplo e o cenário cervejeiro nacional mais forte.
Revista Indústria de Bebidas – Quais são as projeções de crescimento desse mercado para o ano de 2018? Carlos Lapolli – Acreditamos que é possível ultrapassarmos mil cervejarias este ano. Terminamos 2017 com 679 indústrias dedicadas à cervejaria artesanal. Revista Indústria de Bebidas – A ABRACERVA tem alguma parceria com as ACERVAS regionais e quais? Carlos Lapolli – As Acervas, assim como os cervejeiros caseiros, tem um papel fundamental no crescimento da quantidade de cervejarias e na disseminação da cultura cervejeira. Apoiamos-nos mutuamente e acreditamos que, embora bastante diferentes esses dois segmentos tenha muito a crescer. Revista Indústria de Bebidas – Deixe um recado para todos associados e ao setor de microcervejarias nacional. Carlos Lapolli – É fundamental que aqueles que não se associaram ainda o façam. A Abracerva está se estruturando para atender mais e melhor as demandas do segmento, mas p recisa d e ap o io institucional para que isso aconteça. Só vamos conseguir evoluir juntos. E a Abracerva é a ferramenta que vai oportunizar essa evolução para todos. Serviço: www.abracerva.com.br
POR Marco A. Amaral
MERCADO
Panorama brasileiro do consumo de bebidas não alcoólicas 2010/2017. O Brasil tem passado nos últimos anos por mudanças significativas no consumo de bebidas não alcoólicas motivadas por fatores culturais, sócios econômicos e até climáticos.
E
m relação aos fatores culturais podemos ressaltar o amadurecimento do consumidor, com sua conscientização da necessidade de ingerir menos açúcar e bebidas com excesso de ingredientes químicos e artificiais. Quantos aos fatores Sócios Econômicos destacamos a elevação dos preços de algumas bebidas acarretando a migração para outras categorias de bebidas mais baratas e até mesmo a diminuição e ou
desistência de consumo. Por último devemos mencionar os fatores climáticos, altas temperaturas sempre refletiram em um consumo maior de líquidos e principalmente água, algumas regiões brasileiras nos últimos anos têm passado por verões secos e com altas temperaturas. A grande dúvida é saber quais tipos de mudanças de consumo irão perpetuar no habito do brasileiro e quais não. Historicamente as mudanças
sócio/culturais são mais duradouras e muitas vezes refletem em um caminho sem volta, porem climáticas e econômicas podem ser passageiras fazendo com que os consumidores voltem ao consumo assim que os indução cessem (retomada do poder compra por exemplo). Fazendo uma análise geral das bebidas industrializadas e da população brasileira, atingimos um consumo per capita em 2017 de 166 litro/habitante/anos, índice similar aos anos anterior porem com crescimento médio entre 2010/18 de 1,26%.
Brasil - Consumo Per Capito de Bebidas Não Alcoólica Litros/ano/abitante
190 180 170 160 150 140 130
Ano
2010
2011
Isso não significa que todas as categorias de bebidas cresceram nos últimos anos em ritmo constante, pelo contrário tivemos desempenhos bem únicos e peculiares para cada categoria, de acordo com a demanda do consumidor e sua capacidade de compra. Vejamos uma rápida análise entre as duas categorias de maior volume no mercado doméstico, refrigerantes carbonatados e água mineral engarrafada. Em 2010 refrigerantes cabonatados representavam 57% em volumes das bebidas não alcoólicas consumida no país e água mineral apenas 22%, em 2017 os carbonatados caíram 39% e água mineral teve um incremento significativo e chegou á 40% entre todas as bebidas. Com isso podermos ver que nesta análise (gráfico abaixo) um exemplo de mudanças de hábitos de consumo sobre duas categorias muito importantes, notamos 10
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2012
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Fote ABIR/IBGE
que há alguns anos atrás não imaginávamos que chegariam a ter a mesma participação em volume dentro da família de bebidas não alcoólicas. Água mineral engarrafada cresceu devido a busca de bebidas saudáveis, bebida de baixo preço e aliado ao fato de possuir uma grande disponibilidade de marcas e tamanhos de embalagens e forte presença nos principais canais de consumo, dentro e fora do lar. Já os refrigerantes carbonatados sempre triunfaram como os principais bebidas do mercado em volume e faturamento, porém a elevação de seus preços de venda nos últimos anos, as empresas líderes passaram a perder volume tendo que se adequar em diferentes formas, desde a redução de açúcar na formulação até no tamanho de embalagens. Para os próximos anos água mineral poderá apresentar um volume maior de consumo
que refrigerante, fato impossível de se pensar a uma década atraz.
MERCADO Volume total de Todas Categorias x % volumes água e refrigerantes 57%
30000
54%
52%
50%
46%
25000
45%
43%
40% 30%
20000 15000
26%
24%
22%
40% 39%
37%
36%
33%
33%
42%
20%
10000
10%
5000
0%
Ano
Milhões de LItros
Participacao %, Agua x Refrigerantes
60%
0 2010
2011 2012 Agua Mineral
Fote ABIR/IBGE
2013 Refrig. Carbon
2014
2015 2016 Totas Bebidas Não Alcoc.
formulação, % de polpa abaixo de 50%, consumiam néctares. Sucos 100% tiveram uma maior procura e com isso motivando o aparecimento de novas marcas, sabores e embalagens. Néctares por sua vez partiram para uma “guerra” de preços no intuito de manter os antigos e altos volumes de consumo, isso porem não foi possível. Consequência deste cenário, o consumo de suco foi tão grande que prevemos para os próximos anos uma equiparação ao de néctares.
menos saudáveis. Nos últimos quatros anos com o amadurecimento do consumidor e percepção da real diferença entre as duas, Néctar mais barato porem menor % de polpa e sucos mais caro, mas apresentando mais polpa, houve uma segmentação de consumo. Aqueles podiam pagar mais caro e queriam maior qualidade optavam por sucos 100% e aqueles que queriam qualidade mas abriam mão de algum aspectos como: aditivos e conservantes presentes na
Suco e Néctares: Estas duas categorias por muito tempo ficou sendo vista pelo consumidor como única, sem, qualquer distinção. Suco 100% esteve sempre com o volume muito menor e poucas marcas existentes no mercado nacional e ao contrário de néctar, maior volume e vários players no mercado. Ao longo dos anos estas bebidas caíram no gosto e habito de consumo do brasileiro e passaram a apresentar crescimentos expressivos e competir com outras bebidas
2017
Volume total Sucos 100% e Néctares x % volumes entre S&N 82%
81%
81%
78%
80%
1306
75% 1258
1258 71%
1137
70%
1143 63%
861 50%
800
744 37%
40%
600
29%
30% 19%
20%
18%
18%
19%
25%
22%
400 200
10%
Ano
0%
0 2010
2011
Em resumo o mercado de bebidas é dinâmico e para os fabricantes, existe a necessidade de sempre estarem atendo à demanda e necessidades dos consumidores para poder persistir como bebida.
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1200 1000
987
60%
Fote ABIR/IBGE
12
1400
82%
Milhões de LItros
Participacao % Volume entre Suco 100% e Nectares
90%
2012 % Vol. Néctares
2013 % Sucos
2014
2015
2016
2017
Volume Sucos e Nectares
Ao consumidor, ficar atento ao que é publicado nos rótulos dos produtos ao que se referem ingredientes e conhecer muito bem as definições das categorias de bebidas para não se confundir.
Boa sorte e Saúde!! Serviço: Marco A. Amaral E-mail: marcoagamaral@uol.com.br
CAPA
POR Walter Fernandes
Envase terceirizado: qualidade de primeira Empresas de bebidas abrem suas modernas linhas de produção para outras companhias e mostram que negócio apresenta ótimo custo-benefício
T
udo o que um fabricante quer é uma bebida com qualidade inquestionável em seus diferentes aspectos. Por isso, o envase é uma etapa de suma importância para todas as empresas do setor. De olho neste nicho cada vez maior, a terceirização do processo tem sido bastante utilizada nos dias de hoje. São diversas as companhias que oferecem um serviço de alta tecnologia, além de um custo-benefício extremamente vantajoso. Refrix – Com 47 anos de mercado, a empresa de Tietê (SP) está conquistando e ampliando sua atuação no Brasil e no mundo com soluções de terceirização. Só no ano passado, a indústria registrou um crescimento de 29% em receita com serviço terceirizado em relação a 2015. De acordo com o gerente comercial de novos negócios da companhia, Fabio Mouro, a produção de bebidas para terceiros vem ganhando força, 14
I.B Ed. Nº 91 - 2018
especialmente com o fortalecimento das marcas próprias, que ganharam a adesão dos consumidores nos tempos de crise econômica. O executivo observa que o mercado brasileiro de bebidas não alcoólicas movimenta anualmente mais de R$ 80 bilhões, segundo a consultoria Euromonitor, e está sempre aberto para as novidades. Entre os segmentos mais promissores está o das marcas próprias, que vem atraindo os consumidores em busca de alternativas mais baratas no momento de compras. A divisão de novos negócios da empresa comemora dez anos de serviço de envase para terceiros respondendo por 40% do volume envasado na fábrica. Hoje, a fabricante e dona da Água de Coco e Néctares Vittal, do energético V12 Black, dos refrigerantes e da Groselha Xereta produz e envasa para cerca de 60 empresas,
totalizando mais de 90 produtos. A expectativa é fechar 2017 com aumento de 12% em comparação ao período anterior. Para alavancar os negócios no mercado, a Refrix oferece moderna linha de produção com capacidade de envase de cerca de 26 milhões de litros de bebidas por mês em embalagem PET e latas de alumínio. O grande diferencial da companhia são soluções customizadas, abrangendo desde desenvolvimento de bebidas específicas para cada marca (criadas a partir do seu “Banco de Fórmulas”), departamento fiscal, área regulatória dedicada, compra de matéria-prima e até envase, armazenamento, tudo com controle de qualidade de uma grande indústria. “O nosso objetivo é oferecer uma infraestrutura completa para quem quer ingressar no mercado de bebidas ou ampliar a capacidade de produção de forma rápida, segura e com melhor custo-
CAPA
benefício, inclusive com suporte comercial e análise dos canais de distribuição”, afirma Fábio Mouro. “Entrar no mercado em parceria com indústrias experientes do setor é um caminho que proporciona uma série de vantagens. A principal é redução de custo, pois não é preciso investir em linhas de produção, manutenção dos equipamentos e treinamento da mão de obra. Com essa infraestrutura, o investidor pode ter produtos de qualidade e a preços bastante competitivos”, complementa. Max Wilhem – A companhia catarinense abre as portas de sua fábrica para que outros fabricantes possam envasar diferentes bebidas – como energéticos e refrigerantes – em diversos tamanhos de embalagem, que podem ser de vidro ou P E T. A e m p re s a d e s t a c a p o s s u i r “capacidade produtiva e técnicas para elaborar e desenvolver qualquer projeto, além do assessoramento na área de bebidas”. Fundada em 1925, é uma das mais antigas e tradicionais indústrias de refrigerantes do País. Atualmente, conta com um moderno parque industrial na cidade de Blumenau (SC). Brunholi – Há mais de 20 anos atuando na produção de vinhos, licores e derivados, a Adega Brunholi possui uma estrutura completa para realizar a produção e o envase de bebidas alcoólicas nãocarbonatadas. A empresa está pronta para realizar engarrafamento de vinho, cachaça e licores; desenvolvimento e registro de produtos; e rotulagem com rótulos autoadesivos. NewAge – A fabricante de Leme (SP) produz e comercializa cerca de 170 produtos
diferentes, um misto de inovação e variedade. A empresa do município de Leme (SP) atende a fabricantes que buscam o envase em alumínio, PET e também em vidro. Em sua planta fabril de 20 mil m², utiliza ingredientes puros de origem. Bellpar Refrescos – A empresa também vem ampliando a sua participação nos setores de envase e terceirização. Para tanto, a empresa investiu, em 2015, no desenvolvimento de seu departamento de qualidade e alcançou grandes mudanças operacionais e culturais. Por meio do SGQ (Sistema de Gestão da Q u a l i d a d e ) i m p l e m e nta d o e b e m estruturado, a Bellpar conseguiu uma melhoria completa em sua capacidade produtiva, pois corrigiu procedimentos ineficientes e aprimorou outros com recursos e métodos de última geração.
CAPA Os novos métodos ajudaram a empresa a operar com máxima potência e a mudar a postura de seus colaboradores com relação aos sistemas de qualidade. A equipe ficou mais motivada e passou a trabalhar em sinergia para conquistar certificações rigorosas que aumentaram gradativamente o índice de valor agregado da Bellpar. Com a busca da excelência, a Bellpar conquistou a confiança de diversos clientes. A Rede Dia % deixou com a empresa a re s p o n s a b i l i d a d e p e l o e nva s e d o energético Groove para mais de 1.100 lojas em quatro estados. Já a DSF Import confia o envase de seu energético Vale Night, que está presente nos maiores atacadistas do estado de São Paulo (Roldão, Mercadão Atacadista, Tonin Superatacado, Atacado Máximo, etc). Outro cliente de renome é o Refrigerantes Orlando, marca piracicabana de 100 anos de comercialização com o genuíno sabor Gengi-birra. Desta forma, a Bellpar se consolida como uma das empresas mais versáteis e inovadoras do centro-oeste paulista. Fundada em 1989 na cidade de Conchas (SP), a Bellpar traz em sua essência o knowhow adquirido ao longo de décadas de aperfeiçoamento e atualizações na fabricação e distribuição de refrigerantes, sempre norteando-se pela alta performance de seus produtos, cujo controle de qualidade evidencia-se desde a seleção da matéria-prima até o transporte do produto final, mantendo sua integridade até a gôndola do varejo. Refrigerantes Piracaia – Recentemente, a empresa, que leva o nome do município do interior paulista, deu mais um grande passo: iniciou a construção de um parque industrial de nove mil m². O investimento permitirá o compartilhamento de seu
know-how com empresas que desejam ter a Piracaia como parceira no envase de bebidas.
Além disso, a companhia oferece criação de marca, rótulo, sabores e estudo de conceito do produto; assessoria para aprovação do
CAPA
TERCEIRIZAÇÃO Equipamentos Modernos e com Sistemas Assépticos
Há 70 anos a Água Pilar mantém uma relação de respeito e amor à natureza, pois é dela que extraímos a puríssima água que levamos a milhares de consumidores em todo país. Agora estamos estendendo nosso portfólio, terceirização de envase, com uma planta industrial completa. Podemos desenvolver seu projeto em todo tipo de embalagem. Sendo nosso parceiro cliente, sua empresa terá qualidade e resultado, contate-nos
Estrada do Sapopemba, km 3 – Ribeirão Pires – SP Fone: (11) 4828-2317 / 4828-1777 – www.aguaspilar.com.br – contato@aguaspilar.com.br
CAPA
produto e rótulo junto aos órgãos competentes; laudos microbiológico e físico-químico de todos os produtos; fornecimento das embalagens; e consultoria para desenvolvimento de novos produtos, incluindo pesquisa de mercado, estudo da concorrência e viabilidade econômica. Casa Di Conti – Com estrutura e tecnologia com padrões internacionais e considerada uma das fábricas mais modernas da América Latina, a Casa Di Conti possui uma planta fabril que garante alta capacidade produtiva. Seu parque industrial, situado em Cândido Mota (SP), tem área superior a 135 mil metros quadrados. Não à toa, foi escolhida pela fabricante espanhola Estrella Galícia para envasar suas cervejas. A Casa Di Conti é a única envasadora da marca no Brasil. A parceria começou em 2014 e hoje a empresa é responsável pelas embalagens de vidro de 500 ml e 600 ml, além das latas de 269 ml e 350 ml. “Temos como diferenciais nossa transparência comercial e fiscal, um parque fabril de alta tecnologia para bebidas quentes e frias, além de sermos uma marca reconhecida pela elevada qualidade de seus produtos”, enumera o supervisor de marketing da Casa Di Conti, Abílio Duarte Neto. O parque fabril da companhia possui equipamentos de última geração e alta tecnologia fabricados pela Steinecker/Krones, maior e mais tradicional indústria de equipamentos cervejeiros do mundo. Para manter-se sempre em ascensão, a Casa Di Conti está investindo para dobrar a sua capacidade de envase de cerveja e refrigerantes até o ano de 2020. Na fabricação de seus produtos são utilizadas matérias-primas – cevada e lúpulo – importadas e água atestada como uma das melhores do País. Mas ter os melhores materiais não é suficiente. Desta forma, a empresa conta também com mestres cervejeiros altamente capacitados e funcionários que recebem treinamentos e atualizações constantes.
Serviço www.bellpar.com.br www.brunholi.com.br www.casadiconti.com.br www.maxwilhelm.com.br www.newagebebidas.com.br www.piracaiabebidas.com.br www.refrix.com.br
ARTIGO
POR Walter Fernades
INAUGURAÇÃO
Águia Inox: voos ainda mais elevados Com nova fábrica e processos modernos, empresa gaúcha busca ser a melhor da América do Sul em tanques, reatores, cervejarias e máquinas para laticínios
A
águia é conhecida por sua excelente capacidade visual e voos elevadíssimos. Não à toa, Alex Conci e Leandro Cesar Soccol batizaram, em 2006, , sua então recém-fundada empresa com o nome da ave.“Tudo começou com um grande sonho e muita vontade compartilhada. A experiência de mais de 20 anos trabalhando juntos na mesma empresa serviu de base para alçarmos novos voos. Em alturas aonde apenas as águias chegam. E desse sentimento surgiu a Águia Inox”, conta Soccol. Doze anos depois, a dupla demonstra excelente visão de mercado e vislumbra um futuro bastante promissor. “Trabalhamos incessantemente para nos tornarmos a mais moderna calderaria do Brasil. Hoje alcançamos esse patamar.Nosso foco agora está em aprimorar a engenharia de desenvolvimento e o departamento de pósvendas para nos tornarmos a melhor empresa de tanques, reatores, cervejarias e máquinas para laticínios da América do Sul”, destaca o diretor Leandro Cesar Soccol. Tal visão é fruto de um incansável trabalho. A Águia Inox inaugurou recentemente sua nova unidade de 20 mil m² na cidade de Garibaldi (RS). Com a implantação da fábrica, atingiu um elevado patamar de qualidade, podendo oferecer equipamentos diferenciados de acordo com a necessidade de cada segmento e cliente. “Esse é um projeto que trouxemos da Europa. Trata-se de uma fábrica modelo 22
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no Brasil, onde as etapas de processo são s e g m e n t a d a s . Tr a b a l h a m o s c o m profissionais especialistas em cada parte do processo (como sistemistas de montadoras de automóveis). Além disso, o trabalho simultâneo de seis robôs de solda aumentou significativamente a capacidade produtiva. Outro ponto a ser destacado é nosso pavilhão com pé direito de 25 metros de altura, que nos possibilita montagem de tanques com grandes volumes in door”, ressalta Soccol. Com tamanho investimento, a Águia Inox conquistou a confiança de grandes companhias dos mais diversos setores. “São empresas de alto nível de exigência
que nos submeteram a rigorosas inspeções e auditorias, inclusive por empresas de engenharias europeias. Ser fornecedor de multinacionais com alto nível de exigências e ver nossos equipamentos se espalhando pelo Brasil e pelo mundo afora nos deixa felizes e na certeza de que estamos no caminho certo”, enfatiza o diretor. Mesmo diante de um cenário econômico difícil, a Águia Inox mantém seu olhar fixo em bons negócios. “Graças a muito trabalho, redefinição de foco e uma equipe de alta performance, estamos passando pela crise sem desacelerar. Crises sempre existirão. Criatividade, humildade para entender momento de acelerar e de recuar
INAUGURAÇÃO
são características fundamentais para empreendedores e executivos que estão à frente das empresas no Brasil. Acreditamos que, em breve, teremos um novo momento econômico onde o crescimento será retomado. Temos que acreditar. Mais do que isso, temos que ser criativos para encontrar alternativas. Hoje a exportação para países da América Latina é uma das saídas que encontramos para driblar a crise no Brasil”, conta Soccol, que prevê um
crescimento de 20% em faturamento neste ano.
Produtos O catálogo da Águia Inox apresenta uma série de soluções para a indústria de bebidas. Filtro polidor, reservatório de água, tratamento de efluentes, tanque fervedor, cozinhas completas para cervejarias, fermentador maturador, filtro
de terra de diatomácea, moinho de malte, autoclaves para espumante, sistema CIP e tanque para destilados estão entre os produtos oferecidos. “Estamos prontos para garantir atendimento personalizado e desenvolvimento de projetos especiais”, finaliza o diretor Leandro Cesar Soccol.
Serviço www.aguiainox.com.br
PRODUTO
POR Redação
Sidra verde e amarela para a torcida brasileira A bebida símbolo de comemoração entra em campo com versão dedicada ao esporte do coração dos brasileiros
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Cereser, marca da CRS Brands, uma das principais indústrias brasileiras de bebidas, apresenta a edição especial da Sidra, com rótulo inspirado no universo do futebol brasileiro. Serão produzidas apenas 25 mil unidades da edição da Sidra Cereser Futebol, que vem vestida com as cores do Brasil para juntar-se à torcida e emanar boas vibrações à nossa Seleção. A garrafa de 660 ml foi recoberta por rótulo termoencolhível verde com dourado, com uma bola de futebol e os dizeres: É do Brasil! A nova versão de Sidra Cereser já está disponível no site da CRS Brands ou nos melhores supermercados de todo o país. E se tem comemoração, tem Cereser, autêntica brasileira! A empresa, que se destaca entre as mais expressivas indústrias brasileiras de bebidas
alcoólicas da América Latina, é também detentora de diversas marcas Chuva de Prata, dos tradicionais vinhos Dom Bosco e Massimiliano, Sidra Cereser, do vermouth Cortezano, das vodkas Kadov e Roskoff, aguardente 88, aperitivo com malte whisky Chanceler e, agora, com os novos espumantes Georges Aubert e a linha Frizée Cereser. Com unidades fabris em Jundiaí (SP) e em Suape (PE), que juntas somam capacidade para armazenar até 20 milhões de litros, seus produtos são exportados para mais de 40 países na América Latina, África e Ásia. Serviço: www.crsbrands.com.br
EMPRESA
POR Walter Fernandes
Qualiterme: investir em um atendimento diferenciado Essa é a palavra de ordem na empresa, que inaugurou uma nova sede recentemente na cidade de Novo Hamburgo (RS)
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á quem prefira manter uma postura bastante cautelosa nos momentos de recessão econômica. Já a Qualiterme decidiu aproveitar o período para investir em uma nova sede na cidade de Novo Hamburgo, na Região Metropolitana de Porto Alegre (RS). No terreno de 80 mil m², a empresa da área de refrigeração industrial terá espaço mais amplo para produção e armazenagem. “Esse beneficio nos dará um poder maior de compras em grandes volumes. Além disso, poderemos ter equipamentos a pronta entrega,pois hoje é muito importante possuir agilidade no atendimentoaos nossos clientes”, destaca o diretor comercial da companhia, Neimar Holz. Ao todo, foram investidos R$ 6,5 milhões na estrutura. Contudo, na avaliação de Holz, cada centavo gasto valeu muito a pena. Isso porque a nova sede permite que a
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Qualiterme busque, entre outras coisas, novas áreas de atuação. “Se não tivéssemos a iniciativa de expandir o espaço, as antigas instalações freariam o nosso crescimento. Por isso, pensamos que melhor seria já estarmos preparadose não aguardar para ver se vai acontecer, uma vez que, quando o mercado estiver em crescimento, já estaremos preparados para atender de fo r m a d i fe r e n c i a d a n o s e t o r d e refrigeração”, explica o diretor comercial. No mercado há 20 anos, a empresa gaúcha fabrica equipamentos de alta tecnologia no sistema de resfriamento. Unidades de água gelada, torres de resfriamento de água e bebedouros industriais são alguns dos produtos disponíveis para o mercado. O uso de componentes modernos e qualificados é um dos diferenciais. Por meio de novas técnicas, o objetivo é entregar aos seus clientes alta eficiência e rentabilidade.
Hoje, a companhia atende às indústrias de alimentação, laticínios, bebidas, metal mecânica, segmento hospitalar, conforto térmico, entre outros. A Qualiterme conta com representantes em todo o Brasil e a expectativa para 2018 é de crescimento na casa dos dois dígitos. “Trabalhamos com a estimativa de elevação de 30 a 40% para este ano. Além disso, participaremos dos principais eventos e feiras em busca de novos negócios”, finaliza o diretor comercial Neimar Holz.
Serviço www.qualiterme.com.br