Editorial Valmor dos Santos *
Está na hora de plantar o
PROGRESSO
A vida é derivada do fruto das decisões de cada momento. Realmente é por isso que a ideia de plantio, seja tão reveladora sobre a arte de viver. Está chegando a hora de plantar! Cada semente que germina, mostra a excelência da nossa existência. Acreditamos que a safra 2017/ 18 pode superar todas as expectativas, que são constantes no dia a dia, e também fortalecem a plantação. Desafios sempre existem, e os enfrentamos sem pestanejar, com muita dedicação. Pode parecer que estamos retratando o obvio, mas de fato, existe toda uma prerrogativa por trás do obvio. Quando se tem um solo fértil por natureza, que necessite de poucos estudos, por exemplo, fica mais fácil de plantar. E quando não existem essas condições no solo?
As pesquisas independentes, nem sempre amparadas a nível nacional, estão comprovando que um solo até então denominado como pouco produtivo, está tornando a produção viável a cada safra, e com altos índices de colheita. É por isso que defendemos o preparo da área de maneira adequada, utilizando técnicas eficazes, como por exemplo, o sistema plantio direto (SPD), que já está evidenciado como uma ótima alternativa para se obter resultados de produção acima da média. Obviamente não se trata somente desta tecnologia. Instituições de renome, (Aiba, com apoio da Adab, Seagri, Mapa, Fundação Bahia, Uneb/Barreiras, Aciagri, Faeb/Sindicatos dos Produtores Rurais, Agrolem, AEAB, Aprosem e Aprosoja/BA), comprovam que a cada safra, necessitamos de mais e mais
estudos. Prova disso é o novo calendário do vazio sanitário para aa cultura da soja, com a finalidade de também reduzir a ferrugem asiática na região. O novo cronograma, instituído pela Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), através da portaria de nº 235, de 15 de agosto de 2017, dispõe sobre as datas do vazio sanitário, que passa a ser de 01 de julho a 07 de outubro (99 dias). Também foram aprovadas a data final de plantio da cultura para 15 de janeiro e a data de finalização da colheita para 30 de maio. A tecnologia de ponta para o agro, tem alto custo para ser implantada. Estamos a cada safra, superando todas as expectativas. Fato extremamente importante, é aglomerar as regiões do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia (MATOPIBA), como um dos maiores pólos pro-
Foto: divulgação
dutores de grãos do país. O Brasil está em segundo lugar na produção de soja no mundo. Na safra 2016/17, os números mostram que produzimos 113,923 milhões de toneladas, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Ficamos pouco atrás dos Estados Unidos da América (EUA), que produziu 117,208 mi/ton, de acordo com os dados do United States Department of Agriculture (USDA). O que não podemos perder no foco, é que a vida não é real fora do cultivo. Sempre é tempo de lançar sementes. Sempre é tempo de recolher frutos. Tudo ao mesmo tempo. Sementes de ontem, frutos de hoje, Sementes de hoje, frutos de amanhã, aliados à tecnologia! * Engenheiro agrônomo e presidente do Instituto PAS
Com o objetivo de fortalecer o sistema de produção agrícola da soja na Bahia, o setor produtivo, juntamente com representantes do governo do Estado, se reuniu no dia 1º de agosto, em Luís Eduardo Magalhães, para definir ações de prevenção e controle da Ferrugem Asiática. As medidas foram apresentadas para os produtores rurais presentes e aprovadas pelo Comitê Estadual de Controle da Ferrugem Asiática da Soja (CTR), o qual a Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) faz parte. Além do novo período de vazio sanitário, que passa a ser 01 de julho a 07 de outubro (99 dias) – hoje acontece entre 15 de agosto a 15 de outubro, somando 60 dias – também foram aprovadas a data final de plantio da cultura para 15 de janeiro e a data de finalização da colheita para 30 de maio. O Comitê Estadual de Controle da Ferrugem Asiática da Soja (CTR) é formado, além da Aiba, pela Adab, Secretaria de Agricultura da Bahia (Seagri), Superintendência Federal da Agricultura (SFA/Mapa), Fundação Bahia, Universidade Estadual da Bahia (Uneb/Barreiras), Associação Comercial de Insumos Agrícolas (Aciagri), Federação da Agricultura e Pecuária da Bahia (Faeb/Sindicato dos Produtores Rurais), Associação dos Engenheiros Agrônomos de Luís Eduardo Magalhães (Agrolem), Associação dos Enge-
nheiros Agrônomos de Barreiras (AEAB), Associação dos Produtores de Semente de Soja do Matopiba (Aprosem) e Associação dos Produtores de Soja e Milho da Bahia (Aprosoja/BA). OUTRA AÇÃO - A ferrugem asiática já é uma velha conhecida dos produtores baianos. O primeiro caso da doença foi registrado na safra de 2003/2004, mas foi controlada. Hoje, uma mutação ou adaptação do fungo tem criado resistência à ação dos fungicidas existentes no mercado, dificultando o combate à doença. Por este motivo, foi discutido e também aprovado pelos produtores rurais, a implantação do Programa Fitossanitário de Combate à Ferrugem Asiática da Soja, que formará núcleos regionais com produtores líderes, seguindo o modelo adotado pelo Programa Fitossanitário do Algodão da Associação Baiana de Produtores de Algodão (Abapa), já existente e com ótimos resultados na região. O projeto contará com uma equipe de profissionais que realizarão visitas em todas as áreas de soja em propriedades cadastradas, monitorando e orientando sobre as melhores opções para o controle do fungo, além de prestar informações sobre prazos para plantio, destruição de tigüeras, entre outras. O programa será coordenado pela Aiba, com apoio da Adab, Seagri, Mapa, Fundação Bahia, Uneb/Barreiras, Aciagri, Faeb/Sindicatos dos Produtores Rurais, Agrolem, AEAB, Aprosem e Aprosoja/BA. Ascom Aiba
AZIMUT
®
A solução simples e eficaz para o controle de Ramularia areola na cultura do algodoeiro A cultura do algodoeiro possui um papel socioeconômico muito importante para o país. De acordo com o último levantamento feito pela Conab (2017), a área cultivada é de 939,4 mil hectares, com destaque para os estados do Mato Grosso (MT), Bahia (BA), Mato Grosso do Sul (MS) e Goiás (GO). A cotonicultura brasileira vem testemunhando novos problemas fitossanitários ao longo dos anos, dentre eles o aumento da pressão de “mancha de ramulária” (Ramularia areola), que antes era considerada uma doença secundária, porém hoje está entre as principais do cerrado. Isso ocasionou o aumento do número de aplicações. Dados extra oficiais indicam que o número de aplicações visando o controle dessa doença varia de 6 a 10 durante o ciclo da cultura, a depender do sistema de cultivo (sequeiro, irrigado, verão ou safrinha) empregado. Diante desse complexo cenário, o uso da ferramenta correta se faz ainda mais necessário. No gráfico abaixo, os dados dos Departamentos de Desenvolvimento de Produto e Mercado da Adama Bra-
sil comprovam que AZIMUT é o produto ideal para controle da mancha de ramulária. Com alto desempenho, a Adama Brasil apresenta o AZIMUT, um pro-
duto robusto e eficaz no controle de “mancha de ramulária” e no complexo de doenças do algodoeiro. Tiago Souza Pesquisador Adama Brasil
Aprosoja Bahia tem nova diretoria A Associação dos Produtores de Soja e Milho da Bahia (Aprosoja/BA), neste ato representada por seu presidente, Alan Juliani, agradece publicamente a todos os produtores rurais que estiveram presentes na Assembleia de Eleição e Posse da nova diretoria, realizada no último dia 26 de julho, na sede do Sindicato dos Produtores Rurais de Luís Eduardo Magalhães. “Sabemos que o momento é de debate em torno de todos os entraves que os produtores rurais enfrentam para vencer o desafio de produzir alimentos. Além dos avanços que precisamos obter no aspecto econômico, político e de logística, um dos temas fundamentais da atualidade é o meio ambiente”, enfatizou Juliani. A nova diretoria da Aprosoja compreende que é necessário participar da criação de um Plano Fitossanitário responsável e eficiente, voltado para a sustentabilidade da região. “Nessa seara, um dos aspectos fundamentais é o período de vazio sanitário. Assim sendo, em consulta informal que realizamos aos agricultores da região, reafirmamos a opção do período de vazio sanitário decidido em Assembleia no Sindicato dos Produtores Rurais de Luís Eduardo Magalhães, que compreende o período de 01 de julho a 07 de outubro, sem exceções”, esclarece o diretor. “Aproveitando a oportunidade, agradecemos o suporte e orientação da Aprosoja Brasil, em nome do seu
presidente Marcos da Rosa, que se fez presente e abrilhantou a assembleia com uma palestra, reafirmando os laços de parceria, também agradecemos o apoio do Sindicato dos Produtores Rurais de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e Formosa do Rio Preto, e todas as entidades que congregam o agro”, concluiu Alan Juliani. SOBRE A APROSOJA BRASIL - A Associação dos Produtores de Soja do Brasil (Aprosoja Brasil), é uma entidade representativa de classe sem fins lucrativos, constituída por prodotures rurais ligados à cultura de soja. O objetivo central é unir a classe, evidenciando o real valor dos agricultores. A sede da Aprosoja Brasil está situada em Brasília (DF). Além disso, a entidade mantém canal de comunicação aberto com os sojicultores brasileiros, através das entidades estaduais dos produtores de soja associados nos principais estados produtores da legumiosa do país. Para maiores informações, acesse o site da Aprosoja e saiba como proceder para realizar o cadastramento! www.aprosojabrasil.com.br Ascom IPAS
(com informações do blog Sigi Vilares e imprensa Aprosoja)
Empresa secular no mercado agrícola, industrial e de consumo, a multinacional FMC é uma das patrocinadoras do 11° Congresso Brasileiro do Algodão (CBA), que será realizado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), entre os dias 29 de agosto e 1° de setembro, em Maceió (AL). Este ano, além do portfólio de produtos voltados à cultura do algodão, dentre os quais os lançamentos Presence e Nordik, respectivamente, primeiro nematicida microbiológico do mercado com registro para o tratamento de sementes, e inseticida de alta eficácia para o bicudo do algodoeiro, a FMC figurará no Congresso como a primeira parceria da segunda fase do movimento Sou de Algodão. Voltado à conscientização dos compradores no mercado interno - indústria, lojistas e consumidores finais -, o movimento liderado pela Abrapa tem como objetivo incrementar em dez pontos percentuais, em cinco anos, o consumo da fibra nesses segmentos. "O Sou de Algodão é inovador e de extrema importância para o setor algodoeiro, mas seus benefícios podem se estender a uma grande parcela da
população, na medida em que deem prioridade a produtos feitos com uma fibra natural e de qualidade. A Abrapa é nossa parceira de longa data e acredito que iremos realizar um excelente trabalho em conjunto", afirma o diretor comercial da empresa, Marcelo Magurno. Na segunda fase do Sou de Algodão, iniciada em junho, a Abrapa abriu às empresas do setor a possibilidade de se engajar à iniciativa, cuja estratégia passa pela divulgação dos atributos positivos da fibra frente aos concorrentes sintéticos, assim como da sustentabilidade no processo produtivo. "Ter a FMC mais uma vez no CBA já seria uma prova da confiança que a empresa deposita no evento e no trabalho da Abrapa, mas isso se torna ainda mais relevante quando podemos contar com seu apoio em um movimento inédito e revolucionário como o Sou de Algodão. Agradecemos em nome de todos os nossos associados, e tenho certeza de que a adesão da FMC não só fortalecerá nossas ações, como fomentará novos engajamentos", afirma Arlindo Moura. Catarina Guedes / Imprensa Abrapa
Inaugurada em Lucas do Rio Verde, no Mato Grosso (MT), no último dia 11 de agosto, a primeira usina de etanol exclusivamente a partir do milho. Para um Estado que pena com estradas sofríveis para o escoamento de uma super safra, a notícia não poderia ser melhor. Hoje o milho está sendo vendido a R$ 16,00 a saca (cotação da primeira quinzena de agosto), no Estado, o que desestimula os produtores no plantio da safrinha, importante para a rotação de culturas e na formação de cobertura vegetal do solo. Joint venture entre a brasileira Fiagril e a gestora americana Summit Agricultural Group, a FS Bioenergia recebeu investimentos de R$ 450 milhões para ser erguida.
Com a implantação da usina/ fábrica, a produção estimada é de 180 mil toneladas de farelo, 6 mil toneladas de óleo de milho e energia. Além, é claro, do etanol. Inicialmente serão 240 milhões de litros por ano, que consumirão 600 mil toneladas de milho. Essa capacidade pode ser duplicada. Pouco, para as quase 30 milhões de toneladas produzidas apenas no Mato Grosso. A expectativa é que ela não seja a única da FS Bioenergia - e muito provavelmente, nem de outros investidores interessados nesse tipo de combustível. Além da usina em Lucas do Rio Verde, a FS estaria planejando mais duas unidades, sendo que uma delas ficaria em Sinop (MT), de acordo com os produtores da região.
Os próprios agricultores também estão começando a estudar a possibilidade de se organizar para beneficiar o milho. Temos discutido a viabilidade de investir numa usina, em uma cooperativa, diz um agricultor. Nos Estados Unidos, 1/3 da produção de 321 milhões de toneladas de milho é utilizada na produção do etanol, com rendimentos de até 4.000 mil litros por hectare. Isso importa na utilização de 120 milhões de toneladas do cereal, mais do que as safras do Brasil e da Argentina. A média de produção é de 10.500 kgs, 175 sacas de 60 quilos. Os americanos não tem safrinha. Optam pelo milho ou pela soja. Ascom IPAS
(com informações de O Expresso)
O algodoeiro (Gossypium hirsutum) é uma espécie vegetal de ciclo curto anual, produtora da mais importante fibra vegetal cultivada, estando entre as mais antigas do mundo. A cadeia produtiva do algodão é uma das principais no agronegócio brasileiro e mundial. No Brasil é de grande importância sócio-econômica, gerando milhares de empregos diretos e indiretos. Já nas regiões do Cerrado, devido às condições favoráveis para o desenvolvimento da cultura e ao alto nível tecnológico adotado nas lavouras, altas produtividades são alcançadas, Carvalho et.al 2007. Visando aumentar a atividade microbiológica no solo, os produtores mais tecnificados têm utilizado a tecnologia Penergetic®, que consiste na aplicação dos produtos "Penergetic® Solos" e "Penergetic® Plantas", os quais segundo a fabricante, é uma tecnologia de bioativação natural, desenvolvida e produzida na Suíça que permite a cópia e
transferência de informações específicas de substâncias originais para uma substância portadora, que ocorre através do processo de energização de ondas eletromagnéticas de espectro reduzido (Brito et al., 2012). O Penergetic® Solos e Plantas é uma ferramenta de bioativação do solo e da planta a qual contribui para a melhoria das propriedades químicas, físicas e biológicas do solo, refletindo diretamente sobre a qualidade e produtividade das culturas agrícolas. Mesmo sendo recente a utilização do produto na agricultura brasileira, existem resultados promissores de seu uso em trigo (Kadziuliene et al., 2005; Pekarskas, 2012 a), pepino e tomate (Jankauskiene & Surviliene, 2009), feijoeiro comum (Brito et al, 2012), batata (Jakiene et al, 2008) e cevada (Perkarskas, 2012 b). Bioativação dos ambientes agrícolas significa promover qualquer ação que influencie, positivamente, a vida microbiana e vegetal presente no solo. Assim, torna-se possível utilizar recursos naturalmente existentes no solo para otimizar a produção agrícola. Sendo assim, o presente trabalho tem como objetivo avaliar o desempenho da tecnologia Penergetic® Solos e Plantas sobre os componentes de produtividade na cultura do algodoeiro. MATERIAL E MÉTODOS O ensaio foi conduzido na estação experimental Alvorada, localizada na Fazenda Alvorada, município de Luís Eduardo Magalhães (BA), durante o período de dezembro de 2016 a julho de 2017, referente à safra agrí-
cola 2016/17. A área está situada entre as coordenadas 11°58'22,0''S de latitude e 46°01'27,0''W de longitude, com altitude de 810 m e com clima classificado como do tipo Aw, segundo classificação internacional de Köppen. A safra 2016/17 foi marcada inicialmente pela falta de chuva entre final de dezembro e começo de janeiro. O solo da região é classificado como LATOSSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico (EMBRAPA, 2013). Foi realizada análise química do solo antes do preparo nas profundidades de 0-10 cm/10- 20 cm e 20-40 cm. A partir dos resultados da análise (TABELA 1), foi recomendado o manejo de preparo do solo e adubação da cultura. O ensaio foi conduzido em área semeada no dia 12 de dezembro de 2016 com a variedade DP 1536 BG ll RR FLEX, seguindo os moldes de uma lavoura comercial. Durante o ciclo da cultura, o controle de pragas e plantas daninhas foi executado sempre que necessário, respeitando as boas práticas e o manejo integrado. O delineamento estatístico adotado foi o de blocos casualizados (DBC) com quatro tratamentos e quatro repetições (4 x 4), sendo cada parcela constituída por 6 linhas da cultura espaçadas a 0,76 m entre linhas por 30 m de comprimento. Para as aplicações dos tratamentos onde se utilizou a tecnologia Penergetic® Solos e Plantas, o intervalo adotado separando as parcelas foi de 60 metros. A TABELA 2 apresenta os tratamentos com as respectivas doses por hectare (ha) e as fases de cada aplicação, de acordo com a fenologia da cultura. Nos tratamentos T2 e T4 foram realizadas 3 aplicações com intervalos de 20, 40 e 60 DAE, sendo a primeira realizada em 03/01/2016. Foi pos-
sível realizar um ajuste na adubação, na qual foi retirada a adubação fosfatada dos tratamentos T3 e T4. Para as aplicações de Penergetic®, foi utilizado um pulverizador costal de pressão constante por gás carbônico (CO2), equipado com bicos leques TT 110 02 e regulado à vazão de 150 l/ha. Buscou-se realizar as aplicações preferencialmente sob condições de maior umidade relativa, menores temperaturas e ventos amenos. As avaliações foram realizadas quando a cultura atingiu 90% dos capulhos abertos, foram avaliados o número de entrenós, número total de maçãs e o número de maçãs podres por metro. Após a colheita, foram avaliados o peso de 100 capulhos e estimada a produtividade em @/ha do algodão em caroço e em pluma. A colheita foi realizada de forma manual e na sequência, o volume obtido de algodão em caroço foi submetido ao processo de pesagem para determinação da produção final, seguindo-se com o processo de beneficiamento, que ocorreu através de uma descaroçadeira mecânica de parcelas (descaroçadeira de serra). A análise estatística
* Fosfatagem de acordo com a análise de solo.
* Médias seguidas de mesma letra não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. ** Penergetic Kompost; Penergetic Pflanzen; MAP: Fosfato Monoamônico
foi feita com médias e coeficientes de variação, fazendo-se comparações e contrastes através do teste Tukey a 5% de significância, utilizando o programa Assistat v. 7.7 (SILVA e AZEVEDO, 2016).
dução foi de 5,47%, ou seja, 10 @ de algodão em caroço, comprovando assim a eficiência do Penergetic®.
RESULTADO E DISCUSSÃO
Os tratamentos nos quais foi utilizada a tecnologia Penergetic®, independente da variação de adubação fosfatada, proporcionaram maiores valores de produtividade de algodão em caroço e em pluma, em relação aos tratamentos sem aplicação do produto, ou seja, sem o uso da tecnologia. A tecnologia Penergetic® proporcionou maior produtividade de algodão em caroço (216,94 @/ ha), do que na ausência do produto (194@ / ha), tendo um incremento de 11,82% na mesma adubação proposta.
Entre as variáveis avaliadas, como altura de plantas e população final, não houve diferença estatística entre si como mostra a TABELA 3. Mesmo não havendo diferença entre os tratamentos pelo teste de Tukey 5% de significância, é possível identificar um ganho de 22 @ de algodão em caroço no tratamento T2 (Penergetic®) em relação ao tratamento 1 (250 Kg/ha de MAP), comprovando assim a eficiência do Penergetic®. Em relação ao comparativo de produção entre o tratamento 3 (1 t de Gesso) e o tratamento4 (Penergetic® + 1 t de Gesso), o incremento de pro-
CONCLUSÃO
Mercer Assessoria Agronômica * Engenheiro Agrônomo ** Técnico de pesquisa *** Estagiário de nível superior
REFERÊNCIAS * BRITO, R.O.; DEQUECH, F. K.; BRITO, R. M. Use of penergetic products P and K in the snap bean production. Annual Report of the BeanIm provement Cooperative, v.55, p.277-278, 2012. * CARVALHO, M. da C. S.; FERREIRA, G. B.; SANTOS, F. C. Manejo de solo e respostas do algodoeiro à calagem e adubação na região de cerrados de Goiás e Bahia. In: CONGRESSO BRASILEIRO DO ALGODÃO, 6., 2007, Uberlândia. Anais.... Uberlândia: [s.n.] , 2007. 1 CD-ROM. * CRUZ, Fabiano A. B.; FABRIS, Aline; LIMA, Edimilson M.; ERNESTO, Carlos; SILVA, Adiel S. Efeito do Penergetic® P e K na Cultura do Algodão. Boletim Divulgação dos Resultados de Pesquisas Safra 2014/15. Edição Set/15 Ano II - Nº 02, Bahia: 2015. Disponível na internet <http://www.fundacaoba. com.br/boletim/boletim-tecnico-2015.pdf> * KADZIULIENE, Z.; FEIZIENE, D.; LEISTRUMAITE; SEMASKIENE, R. Peculiarities of some legumes and cereal sunder organic farming system. NJF Report, v.1, n.1, p.103-106, 2005. * Revista Resultados Oficiais 2ª edição - Tecnologia em Bioativação - Penergetic®- 2016 .Disponível na internet < https://issuu.com/penergetic_brasil/docs/ revista_resultados_penergetic_portu> * SILVA, F. de A. S. e.; AZEVEDO, C. A. V. de. The Assistat Software Version 7.7 and its use in the analysisof experimental data. Afr. J. Agric. Res, v.11, n.39, p.3733-3740, 2016. * PEKARSKAS, J. Effect of grow thactivator Penergetic-P onorganicall ygrown spring wheat. Zemes Ukio Mokslai, v.19, n.3, p.151-160, 2012a. * PEKARSKAS, J. Influence of grow thactivato Penergetic-P on yield and chemical composition of barley in organic farm. Zemes Ukio Mokslai, v.19, n.4, p.249-256, 2012b.
Trichoplus JCO é um inoculante microbiológico sólido, formulado a partir de conídios e propágulos do fungo Trichoderma asperllum Isolado UFT 201 e inertes (FIGURA 1). Este produto é indicado para promoção de crescimento e incremento da produtividade.
mento de semente, que utiliza como inerte exclusivamente o grafite, já comumente usado por agricultores no plantio de sementes. Nas operações em campo, esta nova
formulação poderia substituir o grafite já usualmente empregado para melhorar a plantabilidade, sem que se acrescente mais alguma etapa para aplicação do Trichoplus JCO.
FIGURA 2 - Colônia em meio de cultura batata dextrose ágar de Trichoderma asperellum, isolados UFT 201
Imagem: Dr. Magno Rodrigues de Carvalho Filho
MODO DE AÇÃO O fungo T. asperellum (isolado UFT 201), presente no produto Trichoplus JCO, se estabelece na região da rizosfera e estimula o desenvolvimento vegetal, principalmente pela produção do fitohormônio de crescimento ácido indol acético, solubilização de fosfato, ciclagem de nutrientes e decomposição de matéria orgânica, transformando-a em nutrientes assimiláveis pelas plantas. Assim, o produto Trichoplus JCO vem se destacando pelo incremento da produtividade, no vigor e na germinação da soja. FACILIDADE DE USO Está em fase de teste uma nova formulação do produto Trichoplus JCO para trataFIGURA 1 - Representação das estruturas microscópicas do isolado da espécie Trichoderma asperellum, isolados UFT 201
Imagem: Dr. Magno Rodrigues de Carvalho Filho
EXPERIMENTO 1
EXPERIMENTO 2
• Dose: 5g/kg semente
• Dose: 5g/kg semente
• Variedade: TMG 2187
• Variedade: M 8349 IPRO
• Região: Coaceral
• Região: Coaceral
• Data do Plantio: 20/11/2016
•Data do Plantio: 10/12/2016
Produtividade Trichoplus
Produtividade Trichoplus
JCO = 75 sacas/ha
JCO = 77 sacas/ha
Produtividade Padrão
Produtividade Padrão
Fazenda = 71 sacas/ha
Fazenda = 74 sacas/ha
Diferença em
Diferença em
produtividade = +4 sacas/ha
produtividade = +3 sacas/ha
EXPERIMENTO 3
EXPERIMENTO 4
• Dose: 4g/kg semente
• Dose: 5g/kg semente
• Variedade:TMG 1182 RR
• Variedade: FTR 4288
• Região: Roda Velha
• Região: Placas
• Data do Plantio: 03/11/2016
• Data do Plantio: 23/11/2016
Produtividade Trichoplus
Produtividade Trichoplus
JCO = 81 sacas/ha
JCO = 59 sacas/ha
Produtividade Padrão
Produtividade Padrão
Fazenda = 78 sacas/ha
Fazenda = 53 sacas/ha
Diferença em
Diferença em
produtividade = +3 sacas/ha
produtividade = +6 sacas/ha
“
O Trichoplus JCO no tratamento de semente, é uma excelente alternativa para produtores que desejam incorporar produtos biológicos em seu manejo agrícola, sem interferir com a rotina da propriedade. Inúmeros testes já foram feitos com a nova formulação do Trichoplus JCO e todos atestaram o incremento de produtividade lavouras.
“
RESULTADOS DE TESTES COM TRICHOPLUS JCO EM SOJA (safra 2016-2017)
* Doutor em Fitopatologia pela Universidade de Brasília/Portugal. Gerente de pesquisas, JCO Fertilizantes ** Engenheira agrônoma. Mestre em Agricultura de Precisão. Gerente de pesquisas, JCO Fertilizantes
As plantas daninhas constituem grande problema para a cultura da soja e a necessidade de controlá-las um imperativo. Conforme a espécie, a idade, e a distribuição da invasora na lavoura, as perdas são significativas. A invasora prejudica a cultura, porque com ela compete pela luz solar, pela água e pelos nutrientes, podendo, a depender do nível de infestação e da espécie, dificultar a operação de colheita e comprometer a qualidade do grão (Embrapa, 2012). Nos ecossistemas agrícolas as plantas daninhas levam vantagem competitiva sobre as plantas cultivadas, pois o melhoramento genético das espécies cultivadas objetiva obterem acréscimo na produtividade econômica, e isso quase sempre é acompanhado por decréscimo no potencial competitivo (Pitelli, 1985).
Para possibilitar que a espécie cultivada seja mantida sem competição de invasoras, são adotadas algumas práticas de manejo, tais como formação de biomassa, a fim de impedir a emergência de invasoras e a utilização de herbicidas pré e pós-emergentes. Atualmente, o retorno no uso de herbicidas pré-emergentes se faz presente pela necessidade de preservação do principal evento transgênico, a resistência ao glifosato. O uso destes herbicidas permite a redução de pelo menos uma aplicação do glifosato em pós-emergência da soja. Por conseqüência, reduz a pressão de seleção sobre as plantas daninhas e aumenta a viabilidade desta tecnologia, ou mesmo de outras que surgirão ao longo dos anos (Rizzardi, 2012). Com o objetivo de avaliar a eficiência, sobre as principais plantas daninhas da
Solo com 18% de argila
cultura da soja, foram testados os principais herbicidas préemergentes em um experimento conduzido a campo durante a safra 2016/17. O experimento foi conduzido na fazenda COPACEL, localizada no município de Barreiras (BA), a qual apresenta 844 m de altitude, com latitude de 11º47'34,7" S e longitude de 46º13'21,4" W. O clima é classificado como Aw na classificação de Kö-
ppen-Geiger, com temperaturas médias anuais de 24º C, e precipitação média anual de 1.200 mm, distribuídos entre os meses de novembro e abril, com período seco bem definido entre maio e setembro. A realização do experimento contou com 8 tratamentos (TABELA 1), sendo que as parcelas foram compostas de 3 m de largura (6 linhas) por 5m de comprimento. O delineamento utilizado foi em blocos casualizados
(DBC) com 4 repetições. A variedade utilizada foi a M8349 IPRO e o espaçamento lateral foi de 0,5 m, com densidade de semeadura de 12 sementes/m e semeada no dia 23/11/16. A aplicação foi realizada com pulverizador de pesquisa pressurizado por CO2 com barra de 6 bicos 110º tipo leque e vazão de 150 L/ha, sendo que a aplicação dos tratamentos foi realizada um dia após a semeadura, na modalidade plante aplique. Como padrão para todos os tratamentos foi utilizado glifosato (Zapp QI) e óleo mineral (Nimbus). As avaliações foram constituídas de stand da cultura aos 15DAE, porcentagem de controle de germinação de sementeira (notas visuais) aos 21 e 36DAE (dias após emergência) das principais plantas daninhas presentes na área, PMS e produtividade. Os dados obtidos foram submetidos a análise de variância pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade utilizando o programa SASM-Agri (CANTERI, M.G.; ALTHAUS, R.A.; VIRGENS FILHO, J.S. das; GIGLIOTI, E.A.; GODOY, C.V.) SASM-Agri: sistema para análise e separação de médias em experimentos agrícolas
Total acumulado: 1096,5 mm
Números seguidos pela mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de significância
pelos métodos Scott-Knott, Tukey e Duncan. Revista Brasileira de Agrocomputação, v.1, p.18-24, 2001. RESULTADOS Podemos observar a distribuição de chuvas ocorrida por mês durante
a safra 2016/2017 (GRÁFICO 1). Na área do experimento foram avaliados os efeitos de cada tratamento sobre 5 espécies de plantas daninhas presentes em maior quantidade. Podemos observar as porcentagens de controle de Vassourinha de botão (Spermacoce verticillata), na TABELA 2, Erva de touro (Tridax procumbens),
na TABELA 3, Trapoeraba (Commelina benghalensis), na TABELA 4, Capim pé de galinha (Eleusine indica), na TABELA 5 e Capim amargoso (Digitaria insularis), na TABELA 6. As avaliações foram realizadas em duas épocas, uma aos 21 e outra aos 36DAE (dias após a emergência). Podemos observar planta de amargoso desenvolvida na testemunha (FIGURA 1), e o nível de controle no tratamento T5 (FIGURA 2). Quando a cultura estava com 15DAE foi realizada a avaliação de stand (número de plantas emergidas, GRÁFICO 2). Confira nas próximas páginas o gráfico descrito. A colheita do experimento foi realizada no dia 06 de março, sendo que a colheita foi em 4 linhas centrais por 3 m de comprimento em cada parcela. As amostras foram identificadas, trilhadas, pesadas, verificada a umidade e calculados o PMS, como mostra o GRÁFICO 3. Já a produtividade está exemplificada no GRÁFICO 4 (nas próximas páginas, respectivamente). CONSIDERAÇÕES - Em relação ao controle de vassourinha de botão e erva de touro, os melhores
Números seguidos pela mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de significância
Números seguidos pela mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de significância
resultados aos 36DAE foram obtidos com os tratamentos T3 (Glifosato + Flumizin + Pivot), T4 (Glifosato + Flumizin + Clorimuron) e T5 (Glifosato + Spider), no caso da vassourinha todos com controle acima de 95% e de erva de touro acima de 90%. No controle de
trapoeraba, os tratamentos T3, T4 e T5, já aos 21DAE, apresentaram ótimos resultados e mantiveram aos 36DAE. Os tratamentos T6 (Glifosato + Trifluralina), T7 (Glifosato + Trifluralina + Clorimuron) e T8 (Glifosato + Trifluralina + Pivot), apresentaram um controle menor aos 21DAE, po-
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rém aos 36DAE o controle melhorou, mostrando a velocidade de ação dos produtos. No caso do capim pé de galinha, todos os tratamentos apresentaram níveis acima de 90% de controle aos 36DAE, somente o T2 (Glifosato + Flumizin) ficou com 87,5%. Para o capim amargoso foi realizada mais uma avaliação, além dos 36DAE, foi possível verificar a eficiência dos produtos pré emergentes controlando a planta daninha até o fechamento das entre linhas, sendo que os melhores resultados foram obtidos com os tratamentos T3 (Glifosato + Flumizin + Pivot), T4 (Glifosato + Flumizin + Clorimuron), T5 (Glifosato + Spider) e T8 (Glifosato + Trifluralina + Pivot), apresentando controle acima de 95% aos 58DAE. No caso do PMS, os tra-
tamentos não apresentaram diferenças significativas entre eles. Já em relação à produtividade, podemos observar como a mato competição ocasiona queda de produtividade, quando não se utiliza um préemergente, que foi o caso da testemunha com uma produtividade de 68,1 sc/ha, enquanto os melhores resultados foram obtidos com os tratamentos T2 (Glifosato + Flumizin), T4 (Glifosato + Flumizin + Clorimuron) e T5 (Glifosato + Spider), com respectivamente 82,2 sc/ha, 83,6 sc/ha e 82,1 sc/ha, cada.
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EFICÁCIA Dessa forma, se analisarmos os tratamentos que apresentaram melhores resultados de controle nas plantas daninhas avaliadas, com os melhores resultados de produtividade, ficam eleitos os tratamentos T4 (Glifosato + Flumizin + Clorimuron) e T5 (Glifosato + Spider), como sendo os melhores manejos préemergentes para a cultura da soja nesse experimento. * Engenheiro Agrônomo Singer Pesquisas e Serviços Agronômicos ** Técnico Agrícola Singer Pesquisas e Serviços Agronômicos
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS EMBRAPA, Tecnologias de produção de soja – região central do Brasil 2012 e 2013. Londrina (PR). Embrapa Soja, 2011. 264p.
RODRIGUES, B. N.; ALMEIDA, F. S. Guia de Herbicidas. 5 ed. Londrina (PR). 2005. 592p.
ARTUZI, J. P.; CONTIERO, R. L. Herbicidas aplicados na soja e produtividade do milho em sucessão. Pesq. Agropec. Bras., v. 41, n. 7, p. 1119-1123, 2006.
MELHORANÇA, A.L. Efeito dos herbicidas pós-emergentes no desenvolvimento e na produção de grãos de soja. Londrina: Embrapa-CNPSo, 1984. 1078p. (Embrapa-CNPSo. Documentos, 7).
Conhecer a variabilidade espacial dos ambientes de produção tem sido um dos grandes desafios da agricultura dos Cerrados, apesar de prevalecer ainda a ideia de que nesta região as áreas são homogêneas, planas e contínuas e por isso permitem a prática dos cultivos pela média; no entanto a variabilidade da produção é o resultado de uma complexa interação de diferentes fatores, tais como, biológico (microbiota, nematóides, fungos de solo etc.), edáfico (salinidade, matéria orgânica, fertilidade natural, etc.), antrópico (atividades humanas, cultivos, preparo de solo, etc. ), topografia (relevo, elevação) e climático (umidade relativa, temperatura, etc.).
Custos altos, maiores expectativas de produção, e necessidade de tecnificação são fatores que impulsionam um estudo mais aprofundado da fertilidade dos solos, sob os aspectos químicos, físicos e biológicos, e a identificação e o conhecimento dessa variabilidade, que de fato existe e é mais freqüente do que se pensava. A agricultura de precisão, conceito amplo do conjunto de práticas que permitem ações de manejo direcionadas com base no geoposicionamento vem dando sua parcela de contribuição como tentativa de manejar melhor essa variabilidade, porém num primeiro momento esteve focada apenas na análise química do solo, nos aspectos da fertilidade relacionados aos teores de nutrientes e com o passar do tempo e da adoção da tecnologia podemos considerar que não houve sucesso em muitas das áreas em que se fez a prescrição de taxa variável de fertilizantes ou corretivos; atribui-se a isso o fato de que não se procurou conhecer melhor o ambiente de produção sob os mais variados aspectos e características , tais como densidade do solo ou presença de compactação, ocorrência de nematóides, erosão laminar, presença de fungos do solo, acúmulo de defensivos e
herbicidas, entre tantos outros fatores que têm impacto direto na produção e fazem parte do ambiente de produção, e que, juntamente com bom suprimento de água e nutrientes vão definir o potencial produtivo das áreas. UNIDADES DE MANEJO Um novo conceito chamado unidades de manejo, ou unidades de gerenciamento vem ganhando espaço e se consagrando como uma alter-
nativa eficiente para identificar e manejar a variabilidade das áreas de produção, e na maioria dos estudos tem mostrado que prevalece a variabilidade natural dos solos , aquela que já existia na área ainda como vegetação nativa e em seu estado natural; sobre a variabilidade induzida, ou resultado da ação antrópica que é fator das operações de preparo de solo, deposição de fertilizantes e corretivos e tempo de cultivo das áreas. Desta forma podemos considerar estas unidades de
manejo como áreas de uma gestão direcionada. As ferramentas que podem ser utilizadas para identificar estas unidades de manejo tem sido basicamente três, os mapas de produtividade, o imageamento, seja de captação de fotos com vôos de drones ou vants (veículos aéreos não tripulados) ou de imagens de satélites, e os mapas da condutividade elétrica do solo. CONHEÇA A ENERGIA DO SEU SOLO ! O mapeamento da Condutividade Elétrica – CE vem sendo utilizado no Brasil e tem sido mais uma ferramenta eficiente para conhecer melhor a variabilidade espacial; parâmetros físicos e químicos do solo têm alta correlação com a CE o que permite identificar por exemplo áreas com textu-
ras diferentes. Na região oeste da Bahia, a Amasolo – Precisão na Gestão da Fertilidade, de forma inovadora, vem trabalhando com esta
ferramenta e validado, também aqui na Bahia, o que já vem sendo praticado em outros estados como Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Paraná e São Paulo, que o mapeamento da CE se consagra como um importante diagnóstico e ferramenta viável que pode agregar muito no direcionamento do manejo e no aumento da produtividade. Além da textura, outros atributos do solo que estão correlacionados com a CE são, compactação, matéria orgânica, capacidade de retenção de água, e saturação de bases, neste último com destaque para os níveis de Potássio, todos parâmetros que fazem parte do diagnóstico que vão definir o manejo de adubação e correção. A seguir, descrevemos o mapeamento realizado na Fazenda Torres, localizada na região da Bela Vista, em que se pode observar manchas de solo Diagrama da transmissão de corrente pelos sensores - eletrôdos
mais arenoso, desde a imagem de satélite com a área sem cultura, e depois confirmado pelos resultados de análise com a amostragem direcionada nas classes de condutividade. A correlação direta, principalmente com os teores de argila, matéria orgânica, CTC e níveis de potássio evidencia de forma clara a importância e utilização prática deste diagnóstico. O equipamento Veris - CE é um leitor da condutividade que através de um conjunto se sensores - eletrôdos acoplados a discos de corte, gera uma leitura/segundo numa camada mais superficial e outra mais profunda que permite um diagnóstico numa camada de até 90 cm. Como está equipado com receptor GPS, registra essa leitura numa coordenada geodésica, o que permite posteriormente gerar um mapa interpolado que irá identificar áreas de diferentes condutividades, medida em mS/m (miliSiemens/metro). Desta forma iremos identificar nas áreas de produção, ambientes menos condutivos e ambientes mais condutivos, e também como isso se comporta no perfil do solo. Os ambientes de menor condutividade elétrica, que em nossa região e nas características de nossos solos, podem variar entre 0,3 e 1,5 mS/m, são as áreas mais restritivas à produ-
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Um novo conceito chamado unidades de manejo, vem ganhando espaço e se consagrando como uma opção eficiente para identificar e manejar a variabilidade das áreas de produção.
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ção, por serem provavelmente as de mais baixo teor de argila e menor capacidade de retenção de água e nutrientes; já as mais condutivas, normalmente acima de 4,0 mS/m, são as áreas de melhor produção. Isto tem sido observado nos mapas de produtividade, o que evidencia que ambientes mais condutivos são, com maior freqüência, ambientes mais produtivos, e que portanto a produção final pode ser mais dependente de fatores relacionados às características naturais e intrínsecas da formação do solo, do que aos fatores da variabilidade induzida pela ação antrópica. AÇÕES DE MANEJO COM BASE NA CE As ações de manejo que podem ser sugeridas mediante a identificação das unidades de gerenciamento são várias, e vão depender da variabilidade encontrada. Seguem abaixo as que têm sido mais indicadas: Amostragem dirigida: as unidades de manejo identificadas pelo mapeamento da CE permitem direcionar a amostragem, não mais como grid ou malha , mas sim nas diferentes classes de CE encontradas.
Diagnóstico de outros fatores: a presença de compactação e o levantamento da população de nematóides são análises que também podem ser feitas nas classes de CE, procurando encontrar correlação entre esses fatores e a produtividade. Semeadura em taxa Variável: ambientes menos condutivos podem ter sua restrição de produção reduzida se houver a compensação com maior população, da mesma forma, em áreas com maior potencial produtivo a população poderá se reduzida, também diminuindo os riscos do acamamento, comum nestes ambientes e em anos de chuvas regulares. Maior aporte de biomassa: podendo identificar áreas com baixos teores de matéria orgânica, mais arenosas, de menor retenção de água e nutrientes, pode-se fazer um maior apor te de biomassa, direcionando culturas de sucessão ou rotação que tenham maior produção de matéria seca. Adubação corretiva de Fósforo: na abertura das áreas, na fase da adubação corretiva de Fósforo - Fosfatagem pode-se direcionar a dosagem em função do teor de argila, promovendo maior dosagem em áreas mais argilosas que têm maior adsorção.
Adubação em taxa variável de Potássio: classes de CE que após a amostragem revelam áreas de menor CTC e menores níveis de K podem receber acréscimo da dose ou parcelamento do Cloreto de Potássio em co-
bertura para melhor eficiência do fertilizante e menor risco de perdas. Calagem em taxa variável: considerando que além do Potássio , o Cálcio e o Magnésio também podem ter correlação com a CE, podemos sugerir taxa variável de calcário. * Engenheiro Agrônomo, Especialista em Manejo e Fertilidade dos solos Sócio-diretor da Amasolo
A semente é um insumo indispensável no cultivo de soja. A possibilidade de agregar outros insumos de interesse agronômico às sementes e aproveitar a semeadura como um sistema de distribuição no campo é bastante atrativa aos agricultores. Os experimentos apresentados neste artigo, tiveram como objetivo avaliar a resposta aos produtos Booster Mo e Broadacre CMZ, aplicados via semente, em diferentes parâmetros produtivos da cultura de soja. Eles foram conduzidos nos municípios de Chapadão do Sul (MS) e São Desidério (BA), seguindo critérios técnico-científicos recomendados para experimentação agronômica em nível de campo, avaliando diferentes componentes de produtividade das plantas. Os resultados obtidos permitem concluir que a aplicação dos produtos Booster Mo e Broadacre CMZ no tratamento de sementes eleva o potencial produtivo da cultura de soja, nas diferentes condições avaliadas. A aplicação conjunta dos dois produtos via semente apresenta os melhores resultados. FERTILIZANTES VIA SEMENTE O uso de fertilizantes via semente é uma alternativa interessante no manejo das culturas, com ação principal nas fases iniciais de desenvolvimento das plantas. Em culturas anuais como a soja, o crescimento inicial vigoroso tende a contribuir de maneira significativa para a produ-
tividade (Kolchinski et al., 2005). nia maxima; 2% Mo; d: 1,16 g cm-3) conAtualmente no Brasil, estima-se que tém extrato de alga marinha da espécie mais de 95% das sementes de soja re- E. maxima, cujos efeitos positivos para cebem algum tipo de produto antes da as plantas são confirmados em muitos trabalhos científicos semeadura (Nunes, recentes (Arioli et al. 2016), principalmente 2015; Rengasamy et visando proteção, nual., 2015; Yakhin et trição e promoção do al., 2017). crescimento de planOs extratos são tas nas fases iniciais obtidos a partir do de desenvolvimento. O uso de processamento inA operação de FS fertilizantes via dustrial da biomassa pode ser realizada tansemente é uma de algas marinhas, to em escala industrial alternativa consistindo em uma como em menor escafonte altamente renola (na propriedade ruinteressante vável e sustentável, ral), sendo que ambas no manejo das devendo ser estimuapresentam resultados culturas, com lado seu uso na agrisatisfatórios. Em relaação principal nas cultura (Trentacoste ção à escolha dos profases iniciais de et al., 2015). dutos para FS, devemNo caso do molise adotar critérios técdesenvolvimento bdênio, há muitos nicos, verificando se das plantas. trabalhos na literatuhá eficiência do produra técnica e científica, to em fornecer os eleapresentando resulmentos desejados tados consistentes de sem prejudicar a quaaumento de produtilidade fisiológica das vidade com sua aplisementes. cação na FS de soja, Fertilizantes via segeralmente associamente, proporcionam diversas vantagens (Farooq et al., 2012), do a melhoras no processo de fixação dentre elas podemos citar: 1) baixo custo biológica de nitrogênio. O produto Broadacre CMZ (6,2% Cu; de aplicação; 2) elevada uniformidade de distribuição no campo; 3) disponibi- 3,2% Mo, 28,5% Zn; d: 1,75 g cm-3) lidade dos elementos desde as fases contém três elementos que apresentam iniciais de desenvolvimento das plantas; alta demanda pela cultura de soja, sen4) localização dos elementos próximo do o molibdênio já mencionado anteriao sistema radicular; 5) possível auxílio ormente. Por sua vez, o cobre e o zinco participam de diversas funções imporno manejo de pragas e doenças. Dentre os produtos utilizados na FS tantes nos vegetais. O manejo destes dois micronutriendestacam-se o Booster Mo e o Broadacre CMZ. O Booster Mo (extrato de Ecklo- tes na cultura da soja no Brasil está ge-
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ralmente fundamentado nos seguintes pontos: 1) baixos teores naturalmente existentes no solo; 2) elevada extração e posterior exportação via grãos, sendo necessária reposição a cada safra; 3) acúmulo excessivo de calcário na camada superficial do solo em sistema de plantio direto, elevando o pH e tornando-os menos disponíveis; 4) contribuição para o manejo de doenças. Portanto, os dois trabalhos apresentados neste artigo tiveram como objetivo avaliar os produtos Booster Mo e Broadacre CMZ, aplicados juntos ou separadamente nas sementes de soja, quanto aos efeitos em parâmetros produtivos a nível de campo. MATERIAL E MÉTODOS Experimento 1 - Conduzido em área da fazenda experimental da Fundação Chapadão, no município de Chapadão do Sul (MS), com as seguintes coordenadas: latitude 18°47´S; longitude 52º37´W; altitude 905 m, sendo a mesma cultivada previamente com milho. O cultivar de soja utilizado foi o P98Y30, semeado em 6 de novembro de 2014. O ensaio foi dividido em parcelas de sete linhas de 11 m de comprimento, com espaçamento entre linhas de 0,45 m, objetivando população final de 250.000 plantas ha-1. O manejo geral da cultura seguiu os padrões da Fundação Chapadão. A análise de solo (0-20cm) do local do experimento, resultou em pH CaCl2: 4,6; M.O.: 39 g dm-3; P resina: 56,2 mg dm3 ; S: 5,5 mg dm-3; K: 2,25 mmolc dm-3; Ca: 33,8 mmolc dm-3; Mg: 7,2 mmolc dm-3; CTC: 104,3 mmolc dm-3.
No total, o experimento teve sete tratamentos e cinco repetições, sendo considerado de tal forma para a análise estatística completa (Teste de Tukey, nível de significância 5%). Os parâmetros analisados foram: 1) comprimento do sistema radicular (estádio V7); 2) índice de clorofila (estádio R2); 3) massa seca da parte aérea e raiz (estádio R2); 4) comprimento do sistema radicular (estádio R2); 5) atribuição de notas ao desenvolvimento do sistema radicular (estádio R2); 6) número de nós por planta (estádio R8); 7) altura total das plantas e da inserção da primeira vagem (estádio R8); 8) massa de mil grãos e, 9) rendimento de grãos. Neste artigo, são apresentados alguns destes resultados, provenientes dos tratamentos contendo os produtos Booster Mo e Broadacre CMZ, conforme descrito a seguir. 1) Controle (semente não tratada) 2) Booster Mo (150 ml ha-1) 3) Booster Mo (150 ml ha-1) + Broadacre CMZ (200 ml ha-1) 4) Broadacre CMZ (200 ml ha-1).
O ensaio foi dividido em parcelas de 10 linhas de 140 m de comprimento, com espaçamento entre linhas de 0,76 m, objetivando população final de 200.000 plantas ha-1. O manejo geral da cultura foi de acordo com os padrões do produtor. A análise de solo (0-20cm) do local do experimento resultou em pH CaCl2: 5,4; M.O.: 22 g dm-3; P resina: 98 mg dm-3; S: 4 mg dm-3; K: 1,5 mmolc dm -3 ; Ca: 18mmolc dm -3 ; Mg: 8mmolc dm-3; CTC: 43mmolc dm-3. Este experimento teve um total de cinco tratamentos e seis repetições, sendo que a análise estatística realizada comparou todos eles (Teste de Duncan, nível de significância 5%). Os parâmetros analisados foram: 1) análise mineral de tecido foliar (estádio R1); 2) massa de mil grãos e, 3) rendimento de grãos. Neste artigo, são apresentados alguns destes resultados, provenientes dos tratamentos contendo os produtos Booster Mo e Broadacre CMZ, conforme descrito a seguir.
Experimento 2 - Conduzido em área da Fazenda Mizote, localizada no município de São Desidério (BA), com as seguintes coordenadas: latitude 12°58´S; longitude 46º04´W e altitude 860 m , sendo a mesma previamente cultivada com algodão. O cultivar de soja utilizado foi o M8372IPRO, semeado em 17 de novembro de 2014.
1) Controle (semente não tratada) 2) Booster Mo (100 ml ha-1) 3) Booster Mo (100 ml ha-1) + Broadacre CMZ (200 ml ha-1).
RESULTADOS E DISCUSSÃO No ensaio realizado no município de Chapadão do Sul (MS), o tratamento com os produtos Booster Mo + Broadacre CMZ foi superior ao tratamento controle, para o parâmetro número de nós por planta (FIGURA 1). Para a variável inserção da primeira vagem (figura 1), o tratamento contento o produto Booster Mo foi superior aos outros tratamentos. O valor médio foi 39,6% superior ao controle e 27,9% superior aos outros tratamentos. Isto indica um maior crescimento em altura na fase inicial de desenvolvimento das plantas. Em relação à altura final de planta (figura 1), o tratamento com os dois produtos apresentou novamente o maior valor médio, sendo 6,8% superior ao controle. Os resultados de massa de mil grãos e produtividade estão apresentados na FIGURA 2. Em relação à massa de mil grãos, os três tratamentos apresentaram valores médios superiores ao controle, em média 5,7% maior. Em relação à produção de grãos, em ambos os experimentos, o tratamento contendo Booster Mo + Broadacre CMZ apresentou valor superior em relação aos demais tratamentos, sendo 4% superior ao controle, no município de Chapadão do Sul (MS) e 6,7% superior no município de São Desidério (BA). CONCLUSÃO O uso de fertilizantes via semente, através dos produtos Booster Mo e Broadacre CMZ, elevam o potencial produtivo da cultura de soja. Os resultados apresentados indicam um possível efeito sinérgico com a aplicação dos dois produtos via semente. *
Fundação Chapadão, Chapadão do Sul-MS **
Ide & Associados Consultoria Agrícola, Luís Eduardo Magalhães-BA
FIGURA 1 - Número de nós, altura de inserção da primeira vagem (APV) e altura total (AP) de plantas de soja (cv. P98Y30), em resposta ao fornecimento dos produtos Booster Mo e Broadacre CMZ via sementes
* Não houve diferença estatística nos três parâmetros apresentados, ao nível de 5% de significância.
FIGURA 2 - Produção final de grãos (Prod) e massa de mil grãos (MMG) de soja, obtidas nos dois experimentos, realizados em Chapadão do SulMS (cv. P98Y30) e São Desidério-BA (cv.M8372IPRO), em resposta ao fornecimento dos produtos Booster Mo e Broadacre CMZ via sementes
* Barras da mesma cor seguidas pela mesma letra não diferem entre si ao nível de 5% de significância, comparadas pelos testes de Tukey (experimento MS) ou Duncan (experimento BA). REFERÊNCIAS 1 - ARIOLI, T.; MATTNER, S.W.; WINBERG, P.C. Applications of sea weed extracts in Australian agriculture: past, present and future. J. Appl. Phycol., v.27, 2015. 2 - FAROOQ, M., WAHID, A., KADAMBOT, H., SIDDIQUE, M. Micronutrients application through seed treatments – a review. Journal of Soil Science and Plant Nutrition, v.12, 2012. 3 - KOLCHINSKI, E.M.; SCHUCH, L.O.B.; PESKE, S.T. Vigor de sementes e competição intra-específica em soja. Ciência Rural, v.35, n.6, 2005. 4 - NUNES, J.C.S. Tratamento de sementes de soja como
um processo industrial no Brasil. Seed News, ano XX, n.1, 2016. 5 - RENGASAMY, K.R.R.; KULKARNI, M.G.; STIRK, W.A.; VAN STADEN, J. Eckol – a new plant growth stimulant from the brown sea weed Ecklonia maxima. J. Appl. Phycol., v.27, 2015. 6 - TRENTACOSTE, E.M.; MARTINEZ, A.M.; ZENK, T. The placeofalgae in agriculture: policies for algal biomass production. Photosynth. Res., v.123, 2015. YAKHIN, O.I.; LUBYANOV, A.A.; YAKHIN, I.A.; BROWN, P.H. Biostimulants in plant Science: a global perspective. Frontiers in Plant Science, v.7, 2017.
A produção de grãos na safra 15/16 ocupou uma área de cerca de 58 milhões de hectares. Sendo a soja responsável por mais de 33 milhões de hectares (Conab, 2016), o que a torna a principal cultura do Brasil. A soja é cultivada em praticamente todo território nacional e, sendo o Brasil um país tropical, possui condições extremamente favoráveis para o desenvolvimento de doenças na cultura. No Piauí, as principais doenças são a Antracnose (Colletotrichum truncatum), Mancha Alvo (Corynespora cassiicolae), e, nesta última safra, a Ferrugem da soja (Phakopsora pachyrhizi). A ferrugem da soja é uma das doenças mais severas que incide na cultura da soja, com danos variando de 10% a 90% nas diversas regiões geográficas onde foi relatada (YORINORI et al., 2005).
Os sintomas iniciais da doença são pequenas lesões foliares, de coloração castanha a marrom-escura. Na face inferior da folha, pode-se observar urédias que se rompem e liberam os uredósporos. Plantas severamente infectadas apresentam desfolha precoce, que compromete a formação, o enchimento de vagens e o peso final do grão. As estratégias de manejo recomendadas no Brasil para essa doença incluem: a utilização de cultivares de ciclo precoce e semeaduras no início da época recomendada e utilização de fungicidas preventivamente. O objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito da substituição de Mancozeb por Cypress no programa de fungicidas para manejo de doenças em soja cultivada no sul do Piauí.
Tabela 1 - Tratamentos aplicados e data das aplicações. Campo Experimental Fitoagro, Bom Jesus, Piauí. 16/17
Gráfico 1 - Precipitação acumulada mensal. Campo Experimental Fitoagro, Bom Jesus, Piauí. Safra 16/17
MATERIAIS E MÉTODOS O experimento foi conduzido na safra 2016/17 no campo experimental da Fitoagro. O campo experimental está localizado na Fazenda Manganeli e está localizada na Serra do Quilombo, município de Bom Jesus (Piauí). Para a execução do ensaio foi utilizado o material de soja M8349 IPRO. A semeadura foi realizada dia 11/01/17 e a população estabelecida em 260 000 plantas por hectare. Todos os tratos culturais, incluindo adubação, controle de pragas e plantas daninhas, foram realizados de acordo com a recomendação para a cultura da soja.
O delineamento experimental utilizado foi de blocos casualizados, com 3 tratamentos e 4 repetições por tratamento, totalizando 12 parcelas experimentais. Os tratamentos utilizados estão descritos na tabela 1. As parcelas foram constituídas por 6 linhas de plantio com espaçamento de 0,50 metros entre linhas e comprimento de 6 metros. Para fins de avaliações e colheita foram utilizadas somente as 4 linhas centrais da parcela. As aplicações foram realizadas utilizando pulverizador cos-
tal pressurizado com CO2 equipado com barra de três metros com 6 bicos, espaçados de 50 cm e calibrada para vazão de 120 litros ha-1. Foram respeitadas as condições ideais de temperatura, umidade e velocidade do vento para a realização das aplicações. Durante a execução do ensaio foram feitas as seguintes avaliações: severidade de doenças, AACPD, desfolha, produtividade e PMS. A média de severidade das parcelas (área foliar coberta com sintomas), foi estimada semanal-
mente a partir da priTabela 2 - Área Abaixo da Curva de Progresso da Doença (AACPD) meira aplicação. A área de Antracnose (Colletotrichum truncatum) na cultura da soja. abaixo da curva de proCampo experimental Fitoagro. Bom Jesus, Piauí. Safra 16/17 gresso da doença (AACPD), foi determinada pelo cálculo da integral da curva de progresso da doença, segundo Campbell & Madden (1990). Os resultados obtidos no experimento foram submetidos ao teste múltiplo de comparação de medias (Tukey 5%). Ao longo do ano grama padrão do produtor por agrícola 16/17 foram monitoradas Cypress não influenciou signifi- sem aplicações de fungicidas as condições de umidade relati- cativamente o progresso de An- (testemunhas), assim como áreva do ar, temperatura, velocida- tracnose, visto que tanto o Trata- as comerciais com a cultura fide do vento e precipitação. Para mento 1 quanto o Tratamento 2 nalizando o ciclo, propiciaram isso foi utilizada estação meteo- apresentaram a mesma Área alta pressão da doença na área rológica Vantage PRO2TM, mar- Abaixo da Curva de Progresso da experimental. Na imagem do Anexo 2 é possível ver o nível de ca Davis. Os dados de precipita- Doença (AACPD). severidade da doença. ção constam no gráfico 1 e no Contudo, o Tratamento 3, que Novamente, assim como para anexo 1 (página 54). consistia no padrão Syngenta de Antracnose, o melhor desempemanejo, apresentou AACPD sig- nho no controle da ferrugem foi RESULTADOS E nificativamente menor que os obtido no Tratamento 3, composDISCUSSÃO demais tratamentos. to por uma aplicação de Score É importante salientar que a Flexi seguido por duas aplicaA safra de soja de 2016/2017 Antracnose (Colletotrichum trunno Piauí, mais precisamente na catum) é historicamente uma das ções de Elatus e finalizando com Serra do Quilombo, foi marcada principais doenças que atingem Priori Xtra + Cypress. Esse tratapela severa epidemia de ferru- a cultura da soja na região sul do mento apresentou AACPD de 45, gem e conseqüente diminuição Piauí. Contudo nessa safra as enquanto que o Padrão produdo potencial produtivo das lavou- avaliações dessa doença foram tor com Mancozeb e Padrão proras. Condições de umidade, prejudicadas pela alta pressão de dutor com Cypress apresentatemperatura e chuvas ocorridas ferrugem que acarretou na per- ram AACPD de 200,3 e 116,3 resnos meses de janeiro e fevereiro da precoce dos trifólios do bai- pectivamente. O Padrão produtor com Cyfavoreceram o rápido desenvol- xeiro. press no programa provimento da doença, principalNo presente ensaio, houve mente em áreas semeadas em alta pressão de ferrugem. época tardia, como nesta do pre- Plantio no tarsente ensaio que foi semeada em de, áreas janeiro. Além da ferrugem, aconteceram perdas devido à incidência de antracnose em lavouras comerciais, assim como no presente ensaio. Como podemos ver na tabela 2, a substituição do Mancozeb no pro-
porcionou maior conTabela 3 - Área Abaixo da Curva de Progresso da Doença (AACPD) trole no progresso da de Ferrugem (Phakopsora pachyrhizi)na cultura da soja. doença quando comCampo experimental Fitoagro. Bom Jesus, Piauí. Safra 16/17 parado ao Padrão Produtor com Mancozeb no programa, diferindo estatisticamente (tabela 3). A alta severidade da Ferrugem ocasionou rápida e prematura desfolha dos tratamentos. Isso comprometeu significativamente a produtividade e o PMS do ensaio. No gráfico 2 podemos notar novamente Tabela 4 - Produtividade de soja M8349 IPRO submetida a diferentes que o melhor desemprogramas de fungicida. Campo experimental Fitoagro. penho na retenção da Bom Jesus, Piauí. Safra 16/17 área foliar foi obtido no Tratamento 3 (Padrão Syngenta). Os dados de desfolha confirmam os dados de severidade das doenças expressos anteriormente na forma de AACPD. Podemos notar que tanto o PMS quanto a produtividade, tem relação inversa com a porcentagem de desfolha, visto que as maiores produtividades assim como maiores valores de PMS, Gráfico 2 - Porcentagem de desfolha de soja submetida foram alcançadas nos tratamena diferentes programas de fungicida tos com menor desfolha As produtividades obtidas nos ensaios dessa safra foram proporcionais ao desempenho dos programas de fungicida sobre a severidade e AACPD da Antracnose e principalmente da Ferrugem (tabela 4). A maior produtividade foi alcançada no Tratamento 3, com 60,8 sc/ha. O padrão Syngenta obteve produtividade de 13,0 sc/ ha superior ao Tratamento padrão com Mancozeb. No tratamento 2, com Cy-
Tabela 5 - PMS de soja M8349 IPRO submetida a diferentes programas de fungicida. Campo experimental Fitoagro. Bom Jesus, Piauí. Safra 16/17
press, a produtividade Gráfico 3 - Produtividade foi de 48,5 sc/ha, lecorrigida para 13% de umidade vemente superior ao Tratamento 1 (com Mancozeb), porém sem diferença estatística entre os tratamentos, conforme pode ser visto no gráfico 3. Acompanhando os dados de produtividade, o PMS obtido foi superior no Tratamento 3 composto por uma aplicação de Score Flexi seguido por duas aplicações de Elatus e finalizando com Priori Xtra + Cypress. Nesse tratamento o PMS foi de 140,2 gra- tou excelente desempenho no mas, enquanto que no Padrão controle de doenças e na produprodutor o PMS foi de 107,5 gra- tividade de soja semeada em mas. Incremento, portanto, de época tardia. A produtividade obtida no Pamais de 23% no peso das semendrão Syngenta foi de 13,0 sc/ha tes (tabela 5). superior ao Padrão do produtor. CONCLUSÃO Na safra 16/17, houve severa epidemia de Ferrugem na Serra do Quilombo, o que provocou perdas significativas no rendimento das lavouras da região. O programa de manejo de doenças da Syngenta, apresen-
* Técnica agrícola e acadêmica em Agronomia (UFPI) ** Engenheiro agrícola *** Engenheiro agrônomo
Anexo 1 - Condições climáticas no Campo Experimental da Fitoagro durante o ciclo da cultura da soja. Bom Jesus, Piauí, 2017.
Anexo 2 - Imagem aérea dos tratamentos 15 dias após a última aplicação do ensaio. Bom Jesus, Piauí, 2017
Anexo 4 - Visão geral das parcelas após 7 dias após a última aplicação. Bom Jesus, Piauí, 2017
Anexo 3 - Imagem aérea dos tratamentos 15 dias após a última aplicação do ensaio. Bom Jesus, Piauí, 2017
Anexo 5 - Ferrugem da soja no ensaio.Campo experimental Fitoagro. Bom Jesus, Piauí. Safra 16/17
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS COMPANHIANACIONAL DE ABASTECIMENTO. Acompanhamento da safra Brasileira – grãos – safra 2015/2016 – quinto levantamento – fevereiro/2016 Brasília: MAPA, 2016. 86p. Disponível em: <http:// www.conab.gov.br> Acesso em: 23 de abril. 2017 Campbell CL, Madden, LV (1990) In-
troductiontoplantdiseaseepidemiology. New York NY. John Willey & Sons. YORINORI, J.T. ; PAIVA, W.M.; FREDERICK, R.D.; COSTAMILAN, L.M.; HARTMAN, G.L.; GODOY, C.V., J. Epidemics of soybean rust (Phakopsora pachyrhizi) in Brazil and Paraguay. Plant Disease, v. 89, p. 675-677, 2005.
A 11ª edição do Congresso Brasileiro do Algodão (CBA) abrirá as portas em local inédito, em Maceió, Alagoas, entre os dias 29 de agosto a 1º de setembro de 2017. O evento, sob responsabilidade da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), contará com uma ampla programação de minicursos, mesas-redondas e plenárias com conteúdo ligado às principais questões e demandas do setor algodoeiro, visando debates sobre qualidade, sustentabilidade e rentabilidade. O presidente do congresso, Arlindo de Azevedo Moura, acredita que oportunidades de discussões com o setor, como essa, se mostram essenciais para manter o algodão em destaque
no sistema do agronegócio brasileiro, apesar de possíveis interferências como aquelas causadas pela concorrência com a fibra sintética. “Existe uma expectativa na indústria por esse congresso bienal. Isso porque temos uma história de sucessos e esperamos mais um ano de êxito”, reforça. O Congresso, já existente desde 1997, é aberto para todos os profissionais que atuam no setor da cotonicultura, da produção à indústria têxtil, passando pelos fornecedores de máquinas, insumos e implementos, pesquisadores, estudantes e consultores. “Este é um momento para que toda a cadeia do algodão esteja reunida em torno de palestras que discutam áreas relacionadas ao tema desta edição: inovação e rentabilidade na cotonicultura”, conclui Arlindo Moura.
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A partir da década de 1990, o algodão passou a ser elemento crucial no balanço financeiro do Brasil, tanto no mercado interno quanto externo. O país passou a figurar, ao longo dos anos, como o 5º maior produtor do mundo e o 4º maior exportador. Porém, aos poucos, nas duas últimas décadas, o algodão vem perdendo espaço para o sintético. Por isso, precisamos investir na inovação em todo o processo produtivo, desde sementes e insumos, passando inclusive, pela forma de produzir, beneficiar e comercializar. É por isso que lançamos o 11º Congresso Brasileiro do Algodão com o tema: Inovação e Rentabilidade na Cotonicultura. A intenção é criar uma multiplicidade de oportunidades para discussões relevantes que fortaleçam o aprendizado do setor. Ao abordar estes dois pontos de grande relevância para o setor, buscamos reunir novamente toda a cadeia para refletir sobre o futuro da cotonicultura no Brasil. Nossa ideia é estimular o crescimento e o desenvolvimento de toda a cadeia. Queremos também que o consumidor final seja informado sobre as vantagens do algodão e tenhamos, novamente, um aumento no consumo da fibra natural. Esse somatório de iniciativas levará ao aumento de rentabilidade dos produtores, que contarão com um produto mais competitivo e de melhor margem. Como palco dessas discussões escolhemos, pela primeira vez, Maceió. A cidade alagoana é conhecida pelas praias e pela confecção artesanal da renda Filé, que se parece com uma rede de pesca, e usa, não por acaso, a linha de algodão com matéria prima, presa nas extremidades a um tear de madeira, transformando-se em um bordado com vários pontos geométricos e multicoloridos. Contamos com sua presença!
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Arlindo Moura Presidente do 11º Congresso Brasileiro do Algodão
IMAmt vai destacar seis novas cultivares de algodão no CBA No ano em que completa uma década de fundação, o Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt), entidade de pesquisa, desenvolvimento e difusão tecnológica ligada à Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa), prepara-se para apresentar, no 11° Congresso Brasileiro do Algodão (11° CBA), o mais amplo portfólio de novas cultivares de sua história. Serão ao todo seis materiais, alguns recém-lançados, outros que estarão disponíveis para o produtor rural na safra 2017/18 e ainda um lançamento futuro, que deve alcançar escala comercial na safra 2018/19, mas que já aguça a demanda do mercado pela resistência simultânea a nematoide e ramulária, dois dos principais patógenos do algodoeiro. As cultivares desenvolvidas pelo IMAmt permitem ao cotonicultor de Mato Grosso, e também de outros estados, adquirir os materiais que melhor se apliquem à sua região e janela de cultivo, com variedades de ciclo precoce, médio e tardio, para algodão de primeira e de segunda safras. A IMA 7501WS foi lançada recentemente e já tem sementes sendo produzidas em escala comercial. De acordo com o coordenador de Projetos e Difusão Tecnológica do IMAmt, Marcio de Souza, trata-se de um material extremamente rústico e produtivo, ideal para a abertura de plantio do algodão-safra e de segunda safra. "É uma cultivar com moderada resistência à ramulária e tolerância a dois tipos de nematoides, muito interessante para ser utilizada na abertura de plantio e em áreas de expansão. Possui tecnologia WideStrike que lhe confere controle às principais lagartas do algodoeiro", explicou. A IMA 7201B2RF tem como atributos o vigor e a produtividade, segundo o gerente comercial da Cooperativa Mista de Desenvolvimento do Agronegócio (Comdeagro), Antônio Neto. "É uma cultivar de ciclo médio para tardio, para finalizar o
plantio do algodão de primeira safra e iniciar o da segunda. Material com alto potencial produtivo, de média de 120 arrobas de pluma", diz. Já a IMA 6501B2RF, de ciclo médio, é ideal para o plantio da segunda safra. Tem moderada tolerância a nematoides. Assim como a IMA 7201B2RF, será lançada para a safra 2017/18. Tendo como principais atributos a rusticidade e o alto potencial de produtividade, a IMA 8405GLT é uma cultivar de ciclo tardio, ideal para a abertura de plantio do algodão-safra e de segunda safra, com tolerância moderada a nematoide de galha. Por sua vez, a IMA 2106GL, segundo os técnicos de campo, é considerada uma das melhores opções para áreas de refúgio. "Ela é altamente produtiva e possui tolerância moderada ao nematoide de galha", especifica Antônio Neto. Por fim, o IMAmt vai apresentar o IMA 5801B2RF, um lançamento que só deverá estar disponível para o produtor na safra 2018/19, mas que já é alvo de grande procura dos produtores por ter, ao mesmo tempo, resistência a nematoide e à ramulária.
Embrapa participa da seleção dos 190 artigos científicos 11° CBA A sigla na gênese do desenvolvimento da agricultura tropical e da produção agrícola no cerrado brasileiro, a Embrapa, integrante da comissão científica do 11° Congresso Brasileiro do Algodão, aprovou, com os demais membros, os 190 artigos que serão apresentados no evento. Para o chefe de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Algodão, Liv Severino, o CBA é uma oportunidade de reunir todos os envolvidos com a cultura, nivelar e apresentar ao produtor os principais avanços dos últimos dois anos, além dos desafios, que, segundo o cientista, ficam mais complexos à medida em que a cotonicultura avança. "No passado, quando a cotonicultura foi implantada no cerrado, era mais fácil conseguir impactos expressivos com a aplicação de uma nova tecnologia. Hoje, os problemas mais simples já foram resolvidos e a abordagem
é muito mais desafiadora", afirma. Para Severino, o algodão, que já não pode prescindir de um consórcio com o milho e a soja, vai demandar ainda mais diversificação no sistema, com a introdução de novas culturas na rotação, como o capim, para gerar cobertura, e mesmo de animais, como o boi. "O desafio é conciliar os critérios agronômicos e econômicos com a aplicabilidade às grandes extensões e à produção em larga escala. Não adianta querer introduzir na rotação uma atividade que não se sustente em todos esses pontos. Este é, justamente, o foco desse CBA: unir inovação e rentabilidade em benefício do cotonicultor", diz. Na torrente das chamadas "tecnologias disruptivas", a Embrapa assume um papel importante de balizador, segundo Liv Severino. "Muitas coisas estão surgindo no mercado, e boa parte delas não têm viabilidade real. Uma contribuição da Embrapa tem sido ajudar o setor produtivo a filtrar o excesso de informação, verificar o que tem fundamento, deixando o agricultor menos vulnerável", ressalta. Liv Severino também enfatizou o papel do órgão no suporte governamental à formação de políticas públicas para o agro. "A dimensão política é sempre um reflexo da sociedade que, em sua maioria, é urbana e desconhece a dinâmica
da produção no campo. Dedicamos muito da nossa energia para suprir essa lacuna, ligando cidade e campo, demonstrando a importância estratégica da geração de alimentos, fibras e energia", explica. Liv Severino evidencia o papel da Abrapa e da cotonicultura no contexto da produção agrícola brasileira. "O algodão é uma das mais bem organizadas culturas do país, e esse é um claro resultado do trabalho que a Abrapa realiza, como um interlocutor forte, de grande representatividade, que consegue unir o setor na luta pelas grandes causas", resume. Os trabalhos selecionados pela Embrapa estão agrupados em 13 seções principais, e versam sobre Beneficiamento (01), Biotecnologia (05), Entomologia (36), Fisiologia Vegetal (13), Fitopatologia (23), Fitotecnia (33), Matologia (10), Melhoramento Vegetal (36), Nutrição de Plantas (05), Qualidade de Fibras (03), Sistemas de Produção (18), Sócio-economia (05) e Sustentabilidade (02). O CBA terá premiações para trabalhos selecionados por autoria e categorias específicas.
Syngenta apresentará três lançamentos no congresso Com o lançamento de três novos posicionamentos, a Syngenta participa de mais uma edição do Congresso Brasileiro do Algodão. De acordo com a empresa, as novidades, que serão apresentadas ao público estimado em 1,2 mil participantes, são um tratamento de sementes completo para a cultura do algodão (Fortenza Duo), duas opções voltadas para o controle do bicudo-do-algodoeiro (Polytrin), e um novo posicionamento no controle de doenças, o Programa Cotton Solution. No 11° CBA, os cotonicultores, agrônomos e técnicos terão acesso à assistência do time da Syngenta, no estande da companhia. De acordo com o gerente de cultura da Syngenta, Wagner Janjacomo, para a empresa, participar do CBA é a oportunidade de estar presente no evento mais importante da cadeia do algodão no Brasil. "O CBA reúne a maioria dos produtores de algodão e cadeia de influenciadores do setor no país. É a oportunidade de demostrarmos todas as tecnologias que oferecemos a nossos
clientes e parceiros de negócio do setor da cotonicultura", afirma Janjacomo. O momento em que acontece o 11° CBA, segundo o gerente, é muito oportuno para a companhia, que está passando por uma transformação, com a aquisição da Syngenta pelo Grupo ChemChina, já aprovada pelas autoridades regulatórias. "E o período que a economia brasileira atravessa nos direciona para a entrega de soluções que permitam ao produtor extrair o máximo potencial produtivo de cada cultura que conduz em suas propriedades. Temos um plano de investimento contínuo em soluções de alta eficiência para os diversos cultivos, dentre os quais, o algodão é estratégico", argumenta. As boas estimativas para a safra em curso e para 2017/18 também elevam o otimismo da Syngenta para o evento. "O CBA vai nos trazer uma visão ainda mais clara do setor produtivo e da cadeia de beneficiamento do algodão, o que nos ajuda a trabalhar cada vez mais em sintonia. O congresso é uma importante iniciativa da Abrapa, associação fundamental para a cotonicultura brasileira, que investe em inovação e busca a rentabilidade para o setor, contribuindo em grande medida para a competitividade do país no cenário mundial", conclui. Na opinião do presidente da Abrapa, Arlindo de Azevedo Moura, a participação sempre renovada da Syngenta é
uma prova de confiança e também da importância do evento, que acontece a cada dois anos. "Todas as grandes companhias juntam-se a nós no Congresso, fazendo dele a mais estratégica oportunidade de alinhamento de conhecimentos, de oferta e demanda de soluções para a cotonicultura", afirma Moura.
Bayer estará presente Ajustes nos processos produtivos "dentro da porteira" podem contribuir para a valorização do algodão brasileiro no mercado nacional e internacional. É o que acredita a Bayer, uma das patrocinadoras do 11° Congresso Brasileiro do Algodão, o mais importante evento do calendário da cotonicultura brasileira. Nesse sentido, a empresa alemã, terceira maior do mundo em insumos agrícolas, apresentará aos cerca de 1,2 mil congressistas seu portfólio de soluções para incrementar o desempenho nas lavouras. Segundo o gerente de Negócios da Bayer, Marcus Lawder, mesmo diante dos bons números de demanda interna e externa pelo algodão brasileiro, o produto nacional chega a ter uma depreciação de 10% do seu valor na exportação, por conta de procedimentos que poderiam ser evitados em campo. "Para ajudar a corrigir esses erros e a vencer outros gargalos, um evento como o CBA é uma excelente oportunidade de aquisição de conhecimentos. O algodão brasileiro é um dos protagonistas do agronegócio do país e iniciativas assim ajudam a reforçar a imagem e a importância da cadeia produtiva como um todo", diz. O foco da Bayer, segundo o gerente, é tornar a economia agrícola mais produtiva, aperfeiçoando o portfólio de cultivos e desenvolvendo soluções mais integradas para as principais culturas, como a do algodão. Marcus Lawder enfatiza o papel da Abrapa no desenvolvimento da cotonicultura do Brasil, e, dentre as ações mais recentes da Associação, destaca o movimento Sou de Algodão, voltado para a promoção dos atributos da fibra para o consumidor final.
Plataforma de Inteligência Artificial será destaque da TOTVS
Uma das patrocinadoras do evento, a John Deere vê no tema da edição 2017 - Inovação e Rentabilidade -, a oportunidade ideal para intensificar a divulgação de suas soluções integradas, baseadas no conceito de agricultura de precisão e conectividade rural, para um público majoritariamente formado por cotonicultores. A cultura do algodão é uma das que mais intensivamente aplicam tecnologia em máquinas e sistemas operacionais, que permitem a gestão racional dos insumos agrícolas e, consequentemente, o aumento da produtividade e a redução dos custos. O CBA é uma realização da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), e acontecerá entre os dias 29 de agosto e 1° de setembro, no Centro de Convenções de Maceió (AL). No 11° CBA, a John Deere será uma das protagonistas da plenária sobre agricultura digital, no dia 31 de agosto, abordando as inovações tecnológicas e a nova revolução agrícola, além das tendências que contribuirão para alimentar uma população mundial estimada em nove bilhões de habitantes em 2050, segundo a FAO. O desafio da empresa, que tem quase dois séculos de história, tem sido conectar a inteligência das máquinas e Foto: divulgação
Tem nome de mulher – Carol – e uma grande capacidade de aprender e orientar, uma das linhas-mestras do por tfólio da TOTVS para o 11°CBA. A recém lançada ferramenta da TOTVS é uma plataforma de dados de qualidade e Inteligência Artificial (AI) programada para aprimorar as informações geradas nas organizações, aumentando sua capacidade de análise e a velocidade de tomada de decisões. Carol, que também é uma assistente virtual capaz de responder perguntas e oferecer insights para os negócios, figura entre um largo espectro de soluções da TOTVS voltadas ao agro, com foco na chamada "agricultura 4.0", que, cada vez mais, ganha força no Brasil. A empresa apresentará ainda o TOTVS Gestão de Pragas e Doenças no campo e o TOTVS Beneficiamento de Algodão, ferramentas de gestão em TI para melhoria de produtividade e custos. De acordo com o diretor do segmento de Agroindústria da TOTVS, Fabio Girardi, estar no CBA é estratégico para a empresa. "Trata-se de um evento de relevância nacional, que favorece o relacionamento e contatos com toda a cadeia produtiva do algodão", afirma. Segundo Girardi, existe uma afinidade entre o tema central do congresso – Inovação e rentabilidade – e a atuação da empresa, na medida em que esta, ao desenvolver tecnologias que aprimoram o uso das informações na atividade, propicia a tomada de decisões acertadas e, consequentemente, mais ganhos em produtividade e renda para o cotonicultor. "Estamos vivendo um momento de transformação digital neste que é o mais importante setor da economia brasileira. E a chave de tudo isso está na gestão", explica Girardi, que enfatiza o trabalho desenvolvido pela Abrapa, na organização Congresso Brasileiro do Algodão e no dia a dia do setor algodoeiro.
Agricultura digital é foco da John Deere no 11° Congresso Brasileiro do Algodão das pessoas para realizar com precisão o trabalho no campo. "Essa integração permite que o cliente melhore sua produtividade, de forma sustentável, aplicando o elemento correto, na medida, no lugar e no tempo exatos. No CBA, queremos destacar o comprometimento da John Deere e da nossa rede de concessionários com a agricultura brasileira, colaborando para aumentar cada vez mais a eficiência e a produtividade da cotonicultura", diz o gerente de vendas, Marcelo Lopes. Segundo ele, a empresa apoia o CBA por reconhecer a importância do evento, bem como o trabalho da Abrapa e das suas associações estaduais na busca da sustentabilidade e do crescimento da cotonicultura do Brasil. Nos últimos anos, o país foi destino de investimentos que superam US$ 550 milhões, pela multinacional americana. "A John Deere foi um marco na revolução agrícola do século XIX e, desde então, nunca parou de inovar. Ela tem tudo a ver com a cotonicultura moderna e produtiva do Brasil e não poderia ficar de fora do Congresso Brasileiro do Algodão", afirma o presidente da Abrapa, Arlindo de Azevedo Moura. Imprensa Abrapa / Catarina Guedes
O solo não é apenas, depósito de substâncias alimentícias e indispensável ponto de fixação para a maior parte das plantas. Funciona quase como um organismo vivo. Para o engenheiro agrônomo, o solo vive, e vive intensamente, reagindo na presença dos adubos e dos tratos culturais, podendo melhorar as suas condições em relação às plantas.
Os melhores agricultores são justamente os que melhor sabem trabalhar com o solo, de modo a lhe aumentar a produção de substâncias alimentícias, permitindo a existência de lavouras mais belas, mais produtivas e mais lucrativas (MALAVOLTA; PIMENTEL-GOMES; ALCARDE, 2002). Uma agricultura moderna exige o uso de corretivos e fertilizantes em quantidades adequadas, de forma a atender a critérios racionais, que permitam consolidar o resultado econômico positivo com a preservação dos recursos naturais do solo e do meio ambiente, e com a elevação constante da produtividade das culturas (RAIJ, 1991). No sentido estrito, o conceito de construção da fertilidade diz respeito, sobre tudo, a adequação das condições químicas de solos, inicialmente ácidos e pobres em nutrientes. Tal adequação ocorre por meio de operações como calagem, gessagem e adubações corretivas com P, K e micronutrientes, realizadas de uma única vez, na abertura de área ou gradualmente, ao longo dos primeiros cultivos para alcançar níveis satisfatórios dos atributos químicos, buscando-se associar também práticas que permitam manter ou aumentar
os teores de matéria orgânica (LOPES; GUILHERME; RAMOS, 2012; LOPES E GUILHERME, 2016). No oeste da Bahia, onde predomina o bioma Cerrado, os solos são caracterizados pela baixa fertilidade química natural e baixo teor de matéria orgânica. A agricultura é possível devido ao manejo de correção e adubação utilizadas pelos produtores. Esse manejo é chamado de “formação de perfil” onde se buscam alcançar níveis de fertilidade adequados para boas produtividades. Nesse contexto, existem áreas de agricultura antigas,
que não foram preparadas adequadamente na abertura e que precisam de intervenções mecânicas e/ou químicas para poderem entregar boas safras. Para entender melhor sobre a formação da fertilidade desses solos, foi criado na safra 2014/2015 um experimento, no qual foram avaliados três manejos de solo (sistema de plantio direto, escarificado e arado), correção com calcário e gesso, adubação e rotação de culturas.
METODOLOGIAS O ensaio foi conduzido na fazenda COPACEL, localizada no município de Barreiras (BA) na região de Placas, de propriedade do senhor Vito Riedi. A área está a 844 m de altitude, com latitude de 11º47’34,7” S e longitude de 46º13’21,4” W. O clima é classificado como Aw na classificação de Köppen-Geiger, com temperaturas médias anuais de 24ºC, e precipitação média anual de 1.200 mm, distribuídos entre os meses de novembro e abril, com período seco bem definido entre maio e setembro. O trabalho contou com 6 tratamentos (confira na TABELA1), sendo que no T1 e o T4 foi adotado o sistema de plantio direto (SPD), com correção e adubação superficial, o T2 e o T5 foi escarificado e o T3 e T6 foi escarificado e arado. No primeiro ano, os tratamentos 1, 2 e 3 foram semeados com milho + Brachiaria brizantha cv piatã, e os tratamentos 4, 5 e 6 com soja. A adubação potássica foi realizada com a aplicação de 250 Kg/ha de KCl em superfície. As parcelas foram compostas de 10 m de largura por
100 m de comprimento dispostas lado a lado, sendo que as avaliações foram realizadas através da amostragem aleatória de 4 pontos dentro de cada parcela. As avaliações foram constituídas de análise de solo antes e depois de cada safra, stand, altura de plantas, PMS e produtividade. RESULTADOS Na primeira safra a variedade de soja utilizada foi a M8372 IPRO nos tratamentos 4, 5 e 6.
O híbrido de milho utilizado foi o Impacto Vip nos tratamentos 1, 2 e 3, sendo consorciado com Brachiaria brizantha cv piatã. Tanto na soja quanto no milho, o espaçamento foi de 0,5 m, semeados no dia 02/12/14. De acordo com os resultados da primeira safra (14/15), podemos observar que, no caso da soja, o revolvimento do solo não acarretou ganho de produtividade, seja no escarificado ou no arado, ficando o arado um pouco superior ao escarificado (TABELA 2). Com relação ao milho, no-
ta-se uma grande diferença negativa no tratamento que foi escarificado. No caso da soja, a diferença de produtividade não foi muito alta. No segundo ano (safra 15/16), foi realizada uma adubação padrão para todos os tratamentos (250 Kg/ha de super simples + 170 Kg/ha de cloreto de potássio), aplicado antes da semeadura em superfície, além de ter sido semeado a soja em todos os tratamentos. A semeadura foi realizada no dia 13/11/15, utilizando a variedade M8349 IPRO, com 12 sementes/m no espaçamento de 0,5 m. A colheita foi realizada no dia 15/03/16, colhendo-se 4 repetições em cada tratamento de 4 linhas por 3 metros. As amostras foram trilhadas, pesadas, verificada a umidade e calculada as produtividades (GRÁFICO 1). Na terceira safra, todos os tratamentos foram semeados com soja novamente, sendo utilizada a variedade M8349 IPRO, semeada no dia 18/11/16, com espaçamento de 0,5 m e densidade de semeadura de 12 sementes/m. A adubação foi padrão para todos os tratamentos, sendo aplicados 200 Kg/ha de super simples e 150 Kg/ha de cloreto de potássio em superfície antes da semeadura.
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Total acumulado: 1096,5 mm
Uma agricultura moderna exige o uso de corretivos e fertilizantes em quantidades adequadas, de forma a atender a critérios racionais, que permitam consolidar o resultado econômico positivo com a preservação dos recursos naturais do solo e do meio ambiente, e com a elevação constante da produtividade das culturas”.
FIGURA 1 - Tratamento 3 (com palhada)
Podemos observar no GRÁFICO 2 (ao lado), os índices pluviométricos ocorridos na safra 16/17 na área de pesquisa. Aos 63DAE foi realizada uma avaliação de altura média de plantas e foi possível observar que nos tratamentos 1, 2 e 3, onde foi milho + Brachiaria no primeiro ano (MSS), a soja ficou mais alta (GRÁFICO 3), se comparada aos tratamentos de monocultura de soja (SSS). Podemos observar a
FIGURA 2 - Tratamento 4 (sem palhada)
diferença de altura da soja entre o T3 (FIGURA 1) e o T4 (FIGURA 2). A colheita dos experimentos aconteceu no dia 06/04/17, colhendo-se 8 pontos/repetições em cada tratamento. Em cada ponto foram colhidas 4 linhas por 3 m de comprimento. As amostras foram
identificadas, trilhadas, pesadas, verificada a umidade e calculados o PMS, conforme o GRÁFICO 4, e também a produtividade, de acordo com o GRÁFICO 5, (página seguinte). Antes da instalação do experimento, foram coletadas amostras de solo nas profundidades de 0-10, 10-20,
20-40 e 40-60 cm, para determinação dos teores de nutrientes. Na TABELA 3, podemos observar os teores de Ca, Mg, P e V%. Após a colheita da primeira safra, foram coletados novamente no 1º ano (2015) e no 2º ano (2016), as amostras de solo nas mesmas profundidades e em cada tratamento (TABELA 4). CONCLUSÕES Portanto, de acordo com os resultados no primeiro ano para o milho, o manejo com arado mostrou-se mais eficiente no aumento de produtividade e, no caso da soja, o plantio direto apresentou maior rendimento. Já no segundo ano, a soja semeada sobre a palhada apresentou menor produtividade, e os tratamentos T5 (monocultura/ escarificado) e o T6 (monocultura/arado), apresentaram melhores resultados. Ficou evidenciada a tese de que o SPD é um manejo que apresenta resultados a longo prazo. No terceiro ano, foi possível verificar com mais clareza os benefícios da palhada no sistema, ou seja, os tratamentos que receberam milho + Brachiaria no primeiro ano (T1, T2 e T3), no terceiro ano apresentaram os melhores resultados de altura de plantas, PMS e produtividade. Dentre
esses, o T3 (arado) foi o que mais se destacou, ficando com uma produtividade de 89,9 sc/ha. Dentre os tratamentos com palhada no primeiro ano, o SPD e o escarificado ficaram praticamente iguais. Já os tratamentos em monocultura de soja, tanto o SPD quanto o escarificado, apresentaram produtividade similares. Já o T6 (arado), ficou um pouco inferior. Com relação aos teores de
nutrientes no solo, foi possível verificar, na primeira análise (prévia), que os nutrientes estavam concentrados na camada superficial do solo, por exemplo, o fósforo estava com teor de 47 mg/ dm³ entre 0 e 10 cm e 3 mg/dm³ entre 20-40 cm. Na segunda análise (1º ano), podemos ver que houve uma melhor distribuição no perfil do solo, tanto de Ca, Mg e P onde foi escarificado e arado. Na terceira análise (2º ano), os teores de nutrientes apresentaram muita semelhança entre os tratamentos, mostrando que no SPD também ocorre uma distribuição de nutrientes no perfil quando trabalhamos com
gesso e calcário. Ainda falta o último ano para avaliarmos o experimento, porém até o momento foi possível verificar o efeito positivo da associação do arado com a formação de palhada no primeiro ano, ocasionando aumento de produtividade para a soja semeada na 3ª safra. No terceiro ano ficou claro o benefício da palhada no sistema, já que todos os tratamentos que
tinham palhada no primeiro ano apresentaram maiores produtividades no terceiro. Nesse caso estamos falando somente da maior produtividade, sem levarmos em conta os custos dessas operações, o que é de suma importância na tomada de decisão. * Engenheiro Agrônomo Singer Pesquisas e Serviços Agronômicos ** Técnico Agrícola Singer Pesquisas e Serviços Agronômicos
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS MALAVOLTA, E. Manual de nutrição mineral de plantas. São Paulo: ed. Agronômica Ceres, 2006. 638p. MALAVOLTA E.; PIMENTEL-GOMES F.; ALCARDE J. C.; Adubos e adubações. São Paulo – SP: Nobel 2002.198 p. RAIJ, B. V.; Fertilidade do solo e adubação. Piracicaba - SP: ed. Agronômica Ceres, Potafos, 1991. 343 p. CARVALHO, J. L. N.; AVANZI, J. C.; SILVA, M. L. N.; MELO, C. R. de.; CERRI, C. E. P. Potencial de seqüestro de carbono em diferentes biomas do Brasil. Revista Brasileira de Ciência Solo, v. 34, n. 2, p. 277-290, 2010. PRIMAVESI, A. Manejo ecológico do solo: a agricultura em regiões tropicais. 18. ed. São Paulo: Nobel, 2006. 549 p.
Segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a performance da safra 2016/17 foi recorde, com uma produção de mais de 113 milhões de toneladas e uma produtividade 17% maior ao ciclo anterior. O excelente desenvolvimento da oleaginosa foi respaldado pelo manejo bem feito realizado pelo produtor e o clima favorável em praticamente todas as regiões do país. A ferrugem-asiática, uma das doenças mais severas na cultura da soja, foi corretamente controlada com tecnologias eficientes e o uso de fungicidas químicos existentes no mercado, que possuem diferentes mecanismos de ação.
Nesse contexto, o portfólio atenção no desempenho das da BASF para o manejo do soluções da BASF para o complexo de doenças em controle de doenças na soja soja foi uma das ferramentas foi a premiação do CESB. Em fundamentais para o agricul- 2017, entre os cinco vencetor na última safra. Este resul- dores de produtividade do cultado é verifitivo, três deles cado nos trautilizaram os balhos realizafungicidas Ordos pelo Conkestra® na prisórcio Antifermeira e AtiA cada ano, rugem, que vum® na sea BASF continua enfatiza os gunda aplicafungicidas Orção. investindo no kestra® e Ati“A cada ano desenvolvimento de vum® como a BASF contisoluções inovadoras excelentes panua investindo para a proteção ra o controle e no desenvolvide cultivos. manejo da fermento de solurugem-asiátições inovadoca e mancha ras para a proalvo. teção de cultiOutro ponvos. Essas tecto que merece nologias, em
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conjunto com um manejo completo na lavoura, asseguraram nos trabalhos conduzidos pela BASF um incremento de produtividade de mais de 2,5 sc/ha quando comparado com o padrão das fazendas”, afirma Elias Guidini, gerente de Marketing da BASF para a cultura da soja no Brasil. Para a próxima safra, a BASF apresentará novidades que complementarão o portfolio de soja. O novo produto pertence ao grupo químico das Morfolinas, produto de baixa dose de uso, novo mecanismo de ação para o cultivo da soja, ideal para o manejo de resistência da ferrugem-asiática na soja e com alta efetividade de controle. PROTEÇÃO - Com uma população em rápido crescimento, o mundo está cada vez mais dependente da nos-
sa capacidade de desenvolver e manter uma agricultura sustentável e ambientes saudáveis. A divisão de Proteção de Cultivos da BASF trabalha com agricultores, profissionais agrícolas e especialistas em manejo de pragas para ajudar a tornar isso possível. Com a cooperação desses parceiros, a BASF é capaz de sustentar um robusto pipeline de P&D, um portfólio inovador de produtos e serviços e equipes de peritos no laboratório e em campo para apoiar nossos clientes no sucesso dos seus negócios. Em 2016, a divisão de Proteção de Cultivos da BASF gerou vendas de mais de € 5,6 bilhões. Para obter mais informações, acesse o nosso site em www.agro.basf.com, ou por meio de nossos canais de mídias sociais. * Assessoria de comunicação corporativa da BASF Brasil
SOBRE A BASF Na BASF, nós transformamos a química para um futuro sustentável. Nós combinamos o sucesso econômico com a proteção ambiental e responsabilidade social. O Grupo BASF conta com aproximadamente 114 mil colaboradores que trabalham para contribuir com o sucesso de nossos clientes em quase todos os setores e países do mundo. Nosso portfólio é organizado em 5 segmentos: Químicos, Produtos de Performance, Materiais e Soluções Funcionais, Soluções para Agricultura e Petróleo e Gás. A BASF gerou vendas de mais de € 58 bilhões em 2016. As ações da BASF são comercializadas no mercado de ações de Frankfurt (BAS), Londres (BFA) e Zurich (AN). Saiba mais em no site: www.basf.com.br