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Thamires Bonifácio
Thamires Bonifácio Rio de Janeiro/RJ
Fios claros As mãos ainda Sossegam nos desvios Encaracolados. Os lábios transitórios Deslizam no regogizo Do sacrifício do falo.
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Labirinto do Fauno, À meio noite e meia Atrasam os relógios Têm o prazer Do vazio das ruas E a cama escondida Na poeira dos carros.
A criança chora, Diz: “Mamãe, a que horas a senhora volta?”
Não há volta.
Ca-rol
Lágrimas cessam E nas encruzas As pétalas se conversam. Ah, o amor! Era uma rosa, maldita Rosa! Acenda uma vela Pra quem ama, Laroyê, pombo-gira Dê-me sete dias E mais as ruas Nas suas chamas.
Fios claros, As mãos morrem Sobre os desvios Cujos percursos Encaracolados, Chamam mal agoro: Uma Rosa e um cravo Onde não se sabe Do verso e do todo.