1 minute read

Thamires Bonifácio

Next Article
LiteraAmigos

LiteraAmigos

Thamires Bonifácio Rio de Janeiro/RJ

Fios claros As mãos ainda Sossegam nos desvios Encaracolados. Os lábios transitórios Deslizam no regogizo Do sacrifício do falo.

Advertisement

Labirinto do Fauno, À meio noite e meia Atrasam os relógios Têm o prazer Do vazio das ruas E a cama escondida Na poeira dos carros.

A criança chora, Diz: “Mamãe, a que horas a senhora volta?”

Não há volta.

Ca-rol

Lágrimas cessam E nas encruzas As pétalas se conversam. Ah, o amor! Era uma rosa, maldita Rosa! Acenda uma vela Pra quem ama, Laroyê, pombo-gira Dê-me sete dias E mais as ruas Nas suas chamas.

Fios claros, As mãos morrem Sobre os desvios Cujos percursos Encaracolados, Chamam mal agoro: Uma Rosa e um cravo Onde não se sabe Do verso e do todo.

This article is from: