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Anderson Tadeu

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Teresa Azevedo

Teresa Azevedo

Anderson Tadeu Belo Horizonte/MG

Invioláveis linhas frágeis

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Como aconteceu não tem a relevância se um ferimento a ofendeu Se este isolamento a afastou de mim Aquele impedimento pereceu perto do fim

Ficou a proteção das máscaras O carinho proibido de quem se afasta

Quiseram curar a solidão com o gel desinfetante para lavar as mãos que já não se agradam nesses espaços muito distantes

Havia assepsia, indeterminada vida, o arfar de alguma poesia Os nossos minutos se desencontrariam Os nossos relógios presos nos nossos lábios nos acordariam

Estava tudo tão normal O cotidiano previsível

Os bons escondidos pela ação dos maus

Desceram com os objetos do sótão Abriram as janelas, desapareceu a poeira do futuro com novos anticorpos

que nos protejam com a imunidade das poderosas defesas A assistência das faxineiras, dos médicos e das enfermeiras domarão a indisciplinada curva onde a esperança é uma luz que já está acesa

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