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Anderson Tadeu
Anderson Tadeu Belo Horizonte/MG
Invioláveis linhas frágeis
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Como aconteceu não tem a relevância se um ferimento a ofendeu Se este isolamento a afastou de mim Aquele impedimento pereceu perto do fim
Ficou a proteção das máscaras O carinho proibido de quem se afasta
Quiseram curar a solidão com o gel desinfetante para lavar as mãos que já não se agradam nesses espaços muito distantes
Havia assepsia, indeterminada vida, o arfar de alguma poesia Os nossos minutos se desencontrariam Os nossos relógios presos nos nossos lábios nos acordariam
Estava tudo tão normal O cotidiano previsível
Os bons escondidos pela ação dos maus
Desceram com os objetos do sótão Abriram as janelas, desapareceu a poeira do futuro com novos anticorpos
que nos protejam com a imunidade das poderosas defesas A assistência das faxineiras, dos médicos e das enfermeiras domarão a indisciplinada curva onde a esperança é uma luz que já está acesa