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Gisela Lopes Peçanha

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Teresa Azevedo

Teresa Azevedo

Gisela Lopes Peçanha Niterói/RJ

Sara Poesia

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Havia, o mundo dolorido As rugas da minha face, o pranto escondido; Por isso me tornei poeta: A acalmar as correntezas fundas Blindando o caos do coração ferido... E, no desague dessas perdas tantas Fui montando (letra a letra) Um livre mundo, longe das sombras.

Palavras, linhas, estrofes... Rimas, devaneios, pontos... Floradas de mim mesmo, brotando. Pérolas cultivadas: meu âmago.

Hoje não me açoito nem me encerro: Sou nascitura, Sou fecunda, Pétala desnuda.

Pena que tem vida e me revela

Eu continuo...

Pois, essa é a dor de um parto escrito Sangue que amamenta o meu delírio Placenta das lágrimas comovidas; Berço do embrião (de vida viva!) Nascendo, do meu ventre trágico, grávido — Rebento amado... meus versos.

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