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Marcelo Rabelo de Souza Menezes

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Teresa Azevedo

Teresa Azevedo

Marcelo Rabelo de Souza Menezes Caiena, Guiana Francesa

Soneto da Explosão

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“Eu sou o porta-voz do Silêncio: “O Silêncio não vem a ser o oposto do Som, E, sim, ele é a sua base!”, Da mesma forma que a ausência daquilo que é Bom Que justifica o espargir de todos os males em bom êxtase: Na realidade atual ter Bondade é um verdadeiro Sacrifício. Deus Cruel, Deus Maligno! Como é que ousaste me enfraquecer Em minha materna sepultura, ó mau Ser? Tu és a prova fatal de que a insensatez vitima Com um cruel e enigmático signo Neste Universo tão consumido pelas incertezas da Inteligência, do Saber, E pelos tormentos do Dinheiro, uma ensurdecedora lástima! Eu hei de fazer uma macumba, E a Deus ela há de ser feita, E veremos, pois, ó meu caro Bumba, Ele a ser consertado ou, então, continuarei a crer na minha seita:

A deslumbrante seita do Ateísmo! Presidente, eu sou mais popular do que o Profeta Maomé, a paz esteja com ele, e falo isso sem um pingo sequer de coitadismo!” (Teixeira de Sousa)

UM CRIADO — Deus cruel! Como ousou ser cego Enquanto eu te entendia como estúpido?

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O tempo em que aqui trabalhei era o mais doce mel, Mas experimentei a mais amarga bile vinda dum chuvoso ego.

Deus cruel! Sabias bem que eu amava a tua deslumbrante filha, Helena, e que Cupido, com suas setas enamoradas, flechou o seu coração Junto com o meu, e que estávamos para viver a encarnada maravilha Do amor, se não fosse a paterna sepultura da tua cruel aflição

De querer casá-la com a quem ela fora prometida. A insensatez vitima a causal e o casal, E Helena no seu pretendente se encontrava irrefletida.

A tua sofrida filha, por não engolir um marido de mil esposas, rogou as Kéres: Preferiu se entregar à morte e vivenciar um eterno silêncio vegetal. DEUS — Saiba que Deus não é machista, as mulheres é que são mulheres.

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