LiteraLivre Vl. 5 - nº 28 – jul./Ago. de 2021
Marcelo Rabelo de Souza Menezes Caiena, Guiana Francesa
Soneto da Explosão “Eu sou o porta-voz do Silêncio: “O Silêncio não vem a ser o oposto do Som, E, sim, ele é a sua base!”, Da mesma forma que a ausência daquilo que é Bom Que justifica o espargir de todos os males em bom êxtase: Na realidade atual ter Bondade é um verdadeiro Sacrifício. Deus Cruel, Deus Maligno! Como é que ousaste me enfraquecer Em minha materna sepultura, ó mau Ser? Tu és a prova fatal de que a insensatez vitima Com um cruel e enigmático signo Neste Universo tão consumido pelas incertezas da Inteligência, do Saber, E pelos tormentos do Dinheiro, uma ensurdecedora lástima! Eu hei de fazer uma macumba, E a Deus ela há de ser feita, E veremos, pois, ó meu caro Bumba, Ele a ser consertado ou, então, continuarei a crer na minha seita: A deslumbrante seita do Ateísmo! Presidente, eu sou mais popular do que o Profeta Maomé, a paz esteja com ele, e falo isso sem um pingo sequer de coitadismo!” (Teixeira de Sousa) UM CRIADO — Deus cruel! Como ousou ser cego Enquanto eu te entendia como estúpido?
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