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Agostinha Monteiro

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LiteraAmigos

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Agostinha Monteiro

Vila Nova de Gaia – Portugal

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A palavra

Vive presa na afónica revolta Reforçada com hábil insistência Na tortura da minha consciência Porque a parca palavra não se solta.

Não incorre no risco de mentir Não incorre no risco de atacar Falsear, maltratar ou perdoar Já não detém o poder de ferir.

Palmilha o meu espírito deserto Desnudado por olhos encobertos Ferozmente impedidos de falar.

E neste mundo sempre mais incerto Nos lábios do povo entreabertos A palavra precisa se refrear.

www.escritacomprazer.blogspot.com

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