LiteraLivre Vl. 5 - nº 30 – Nov./Dez. de 2021
Agostinha Monteiro Vila Nova de Gaia – Portugal
A palavra Vive presa na afónica revolta Reforçada com hábil insistência Na tortura da minha consciência Porque a parca palavra não se solta. Não incorre no risco de mentir Não incorre no risco de atacar Falsear, maltratar ou perdoar Já não detém o poder de ferir. Palmilha o meu espírito deserto Desnudado por olhos encobertos Ferozmente impedidos de falar. E neste mundo sempre mais incerto Nos lábios do povo entreabertos A palavra precisa se refrear. www.escritacomprazer.blogspot.com
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