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Cacá Matos

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LiteraAmigos

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Cacá Matos

São Paulo/SP

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Desconstruída

Às vezes tenho vontade de me partir ao meio, de rasgar o peito e deixar tudo sair de dentro de mim. Tenho vontade de arrancar os pedaços, de deixar o sangue correr livre pelo chão, de me desfazer... Não, eu não quero me matar ou me machucar, quero romper os ciclos que me feriram, quero me limpar do que dói, quero recomeçar sem sementes do mal, sem nada que me faça voltar a me sabotar de novo. Quero me fragmentar, me desconstruir, recomeçar do zero, refazer minha fortaleza do início, tijolo por tijolo, não posso mais ser essa versão ultrapassada de mim... Quero recomeçar sem arrependimentos, sem receios de que devia fazer mais ou menos, quero saber que fiz o meu possível naquele dia, quero errar sem me condenar por isso... Sei que mereço um recomeço, sei que tenho sido deveras exigente comigo, controlando, criticando e me sabotando...e agora mais do que nunca mereço gentileza para seguir um caminho com menos espinhos, eu preciso disso. Estou me curando de mim mesma e todo amor que dei e não foi retribuído, voltarei com toda força para esse reflexo cansado que vejo no espelho. Eu me amo, eu me basto e estou aqui, crua e despida, desconstruída, mas chorando de alívio e alegria, com minhas navalhas caídas…

Poetisa sentimental

Eu quero tocar os corações alheios. Quero deixar minha marca nesse país inteiro, no estrangeiro, quero me espalhar por aí. Como sementes levadas pelo vento e pela boca dos pássaros, quero levar minha poesia para as mentes dos artistas e de todas aquelas pessoas que anseiam pelas artes em suas vidas. Minha escrita consola, motiva, inspira, mas ela também dói, desagrada, traz conflito. Somos isso! Inconstância emocional, paradoxo sentimental. E não me atrevo a escrever apenas coisas bonitas. Sou infinidade em poesia e tudo cabe

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nos meus versos eternos. A dor me veste todos os dias e dela eu dreno rimas e prosas, faço hora, crio histórias, se sinto, sentimento vira pauta no papel. Eu sou meu universo poético e no meu corpo não cabe essa imensidão artística, é aí que eu me desmonto e me espalho em poesia, prosa e poema e como vale a pena essa desconstrução! Eu quero emocionar, quero ficar na mente, na lembrança, quero mostrar que sou tão humana e todos sentimos demais. Alguns demonstram menos, outros mais, eu sou exagero, excesso e nesses versos eu quero dizer que ninguém está só. Levo minha rima autoral, transito entre o amor e a dor visceral. Entre milhares de sentimentos que expresso, componho minha história, sou errante, sou amante das artes, sou poetisa sentimental.

Reinicie

Parece o fim agora. Você só quer deitar a cabeça no travesseiro e chorar até o cansaço mental te fazer adormecer. Se é que conseguirá dormir com tantos pensamentos torturando sua cabeça e coração, você se sente aflita agora e não vê à sua frente nenhuma solução. Sente aqui e eu te direi uma coisa: por mais que tudo esteja desabando agora, eu estou com você, na chuva ou na escuridão, eu te dou a minha mão. Você não está sozinha, não precisa carregar a dor do mundo em seus ombros. Eu sei que tem dias que queremos nos livrar de tudo que nos causa dor e depois? Como é que fica? Só resta nós para nos montar de novo... As doenças mentais sufocam, chegam silenciosamente, por isso não se fale, seus problemas não são bobagem ou menos importante do que os outros. Se você se sente assim é porque precisa de ajuda e eu estou aqui pra te ouvir, a todo dispor. Tudo passa, a ferida sara, cicatriza e eu cuidarei delas pra você, vai florescer e mostrar que você aguentou firme. Não tenha medo de começar de novo, escreva um novo capítulo em sua vida, para todo fim, aperte o botão, reinicie...

@poetisa_sentimental96

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