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Érika Cristina Faria de Souza

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Rosangela Maluf

Rosangela Maluf

Érika Cristina Faria de Souza Belo Horizonte/MG

Borboleta Azul

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Queria ser assim. Como a borboleta azul suas longas asas a mover em câmera lenta a bater.

Sabia ser minha imaginação. Sabia que ela estava parada no mesmo lugar Sabia que nunca sairia dali, mas eu podia sonhar.

Olhar para ela, era como uma lembrança uma memória antiga. Como se voltasse no tempo Como se realmente fosse um alento

Naquele dia! Naquela hora! Naquele momento! Me despedia, pois, a morte chegou e o meu tempo parou!

Por isso a borboleta é meu tempo parado, um tempo que não volta, um tempo que não se vive mais!

Quando fiz a tatuagem, relembrei dessa mensagem: “O tempo nunca mais vai voar, não haverá mais o bater das asas”.

Mas depois da borboleta aprendia a voar. Entendi que preciso ir, mesmo que a borboleta continue aqui. Ela nunca sairá do lugar! Como a tatuagem que não se move, preciso me mover por ela, até que um dia minhas asas decidam descansar.

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