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Lira Vargas
Lira Vargas Niterói /RJ
Brisa do outono e do tempo
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As chuvas de março fecharam o verão. De uma porta aberta, chegou o outono. E em seu colo novas vidas, ou vida se renovando. Fiquei imaginando esse mistério que só o tempo tem o segredo, as estações chegam com suas performances, fazendo seus espetáculos em cores, flores perfumando o ar, frio para agasalhar, calor para suar e as frutas com sabor de flor será? Como fadas mágicas, elas visitam o planeta, faz a sua festa, agradam a uns ou desagradam a outros, quero calor, quero frio! Mas um misterioso cerimonial a lista se mantém imponente, reverenciado e intransigente, é o TEMPO. Ele parece ter mãos ou tentáculos, ele dita as regras, e as estações como os vagões de trem que obedecem as Marias Fumaça, que rebolando sobre os trilhos vai e vem, que apita nas curvas para alguém ou ninguém soltando fumaça na brisa que, se mistura as nuvens nessa constante ida e volta, mudando cenários de despedidas e adeus. A chuva vem igual as bailarinas, as folhas caem dando lugar aos frutos e a vida. O vento sopra numa sinfonia de alegria, o sol parece descansar em esplêndidas nuvens. E breve o tempo abrirá as portas do inverno. Ah! Brindemos ao inverno. Mas enquanto ele não chega, celebremos o outono que parece inverno nas chuvas e brisa de verão quando dá lugar ao sol e espera da primavera das flores e cores.