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Maria Eduarda Lago
Maria Eduarda Lago São Paulo/SP
Cíclico
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O relógio me mostra que o tempo está passando (Tic-tac...Tic-tac) Ponteiro parado em um número completo outra vez.
A falta do poder de pará-lo que se encontra em minhas mãos Faz enxergar-me como um ponto material Desde que deus e seus semelhantes ou talvez o acaso ou qualquer coisa que seja capaz de explicar o inexplicável enquanto mergulha na lógica humana Nunca consegui realmente me conhecer.
Noutras palavras, me vejo em muitos lugares, mas no fundo não me encontro. Sequer dentro de mim, sequer fora
Nunca pude decidir meu filme favorito A cor que mais encanta meu olhar castanho-escuro Ou o lugar que meus pés mais gostaram de estar Parece-me sempre faltar algo Essa busca incessante de pôr um descuido ou coincidência Poder descansar, sem pressa
Quando saio e espio a rua Olho os pássaros cruzando o céu e me pergunto se também se sentem desse modo No entanto
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Eles possuem asas
A volatilidade cansa meu corpo humano Minha mente humana Nunca estou no mesmo lugar Queria mesmo que por um dia Criar laço forte o suficiente para me fazer ficar Pandemônio em pensamento Tudo me parece tão longe A cobrança vem de dentro.
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