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Atividades Sub-Região de Viana do Castelo ■ 24 JUL – 14 AGO Exposição de arte Manuel Almeida e Joana Pedrosa “Os dois, cada um no seu estilo, contribuíram para proporcionar uma mostra com qualidade. A Joana ama a medicina e o contacto com os seus doentes, mas a arte, que cultiva desde criança, desassossega-a e consome-lhe os tempos livres. Procura temas, estuda pessoas e ambientes, tenta interpretar sentimentos e, como desenha e aguarela bem, faz a sua arte a partir daí. O Manuel Almeida sente-se
■ 21 AGO – 09 OUT Exposição A arte de Manuel Valença
melhor a pintar do que a projetar edifícios e o preenchimento de espaços. Como só pinta, procura a perfeição, com opção de momento pelo retrato (arte nada fácil, mesmo para quem desenha e pinta bem), mas com variantes, a demonstrar que há nele muito talento por explorar. Vale a pena visitá-los.” PJ – A Aurora do Lima, 30 de julho
Joana Pedrosa
Manuel Almeida Nasceu em 1989 na cidade de Viana do Castelo. Frequentou o curso de arquitetura na Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto, entre 2007 e 2010. Interessa-se pela construção de retratos em grande escala, prestando especial cuidado ao detalhe do seu objeto. O seu universo não tem personagens, ainda que haja nomeação dos sujeitos, mas sentimentos e sentidos, em alguns casos, latos e restritos. Sem cenário ou contexto, cada sujeito, numa dimensão próxima da escala do espetador, convida à construção de uma estória individual. Expõe regularmente.
Nascida em 1991, na cidade de Braga. É médica e concluiu o Mestrado Integrado em Medicina em 2015, na Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior (Covilhã). Está a fazer a especialização em Medicina Geral e Familiar na ULSAM. Frequentou um workshop em modelo vivo e desenho urbano em 2017. Desenha intensamente, procurando o aperfeiçoamento de um talento que cultiva desde muito nova. Na arte procura ser muito experimentalista, resultado de uma permanente insatisfação. Expõe pela primeira vez.
Manuel Valença foi professor de Educação Visual e Tenológica. Quando se reformou da atividade profissional, para ocupar o tempo livre, decidiu construir cabeçudos, tipicamente minhotos, para exposição e venda. Sentindo o entusiasmo e o incentivo de quem o rodeava, ousou construir cabeças de vários tamanhos, personalizando algumas figuras, animais, criações da Disney e, ultimamente, réplicas dos gigantones das festas da cidade. O muito trabalho, a persistência e a criatividade permitiram-lhe atingir um estatuto especial nesta arte, deixando de ser artesão para passar a ser um criador, executando peças com linha própria e bem identificável, que o levaram a exposições, feiras, escolas, programas televisivos, participação em filmes, etc. Presentemente, tem cabeçudos espalhados pelo país e pelo estrangeiro, nomeadamente, Europa, América do Norte, Austrália, Colômbia e Brasil. Os artistas Joana Vasconcelos e Henrique do Vale são duas das muitas personalidades que lhe adquiriram trabalhos. A Ordem dos Médicos, aderindo ao espírito das Festas d’Agonia, convidou-o a expor na sua galeria e o resultado respondeu bem a esta quadra festiva e ao desejo da Ordem. Foi uma aposta que valeu a pena.