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Visita do Bastonário OM Cabo Verde
SRNOM
Texto Catarina Ferreira › Fotografia Medesign
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No dia 19 de julho, o presidente do CRNOM, António Araújo, reuniu-se com o Bastonário da Ordem dos Médicos de Cabo Verde numa visita informal. Danielson Veiga partilhou as suas preocupações em relação à formação médica e destacou ser fundamental investir na Medicina. Um dos objetivos passa por estabelecer uma parceria com a Ordem dos Médicos Portuguesa no sentido de otimizar Visita do práticas médicas e de saúde em Cabo bastonário da Verde.
OM de Cabo Verde
No âmbito de uma formação promovida pela Fundação Calouste Gulbenkian, em Cirurgia Oncológica no IPO Porto, Danielson Veiga viajou até à cidade do Porto. O Bastonário da Ordem dos Médicos de Cabo Verde é também cirurgião e está integrado neste projeto de formação e capacitação de técnicos de saúde, com o objetivo de melhorar os indicadores de saúde na área da Oncologia, uma área deficitária em Cabo Verde. Nesse sentido, visitou a Secção Regional do Norte da Ordem dos Médicos (SRNOM), no dia 19 de julho, onde se encontrou com o presidente do CRNOM, António Araújo. Durante a reunião os dois dirigentes abordaram as principais responsabilidades de uma Ordem profissional e convergiram sobre a importância de se regular a atividade e o ato médico. Danielson Veiga partilhou as suas principais preocupações, bem com a realidade cabo-verdiana no sentido de, em conjunto, avaliarem o que é possível fazer para melhorar e de que forma a Ordem dos Médicos Portuguesa poderia ajudar. “Cabo Verde é um país pequeno, com cerca de 500 mil habitantes, temos inscritos na Ordem dos Médicos cerca de 650 médicos, mas apenas 30% é que têm especialidade. 70% dos nossos médicos não têm especialidade e os cuidados primários estão nas mãos de clínicos gerais não estando os cuidados especializados bem organizados. A nível hospitalar contamos com especialistas, mas queremos formar mais para melhorar o perfil do médico cabo-verdiano”, revelou. PROMOVER A COOPERAÇÃO Apesar de já existir um protocolo de formação para estágios de curta duração em Portugal, o Bastonário ambiciona “melhorá-lo e alargar também à formação especializada”, uma vez que em Cabo Verde não existem universidades para esse efeito. A Universidade existente começou este ano a dar alguns passos nesse sentido e abriu um programa de especialização em Medicina Geral e Familiar para 25 médicos cabo-verdianos. O objetivo é estender a outras áreas clínicas como a Psiquiatria, Ginecologia, Neurocirurgia e Cirurgia Geral, “especialidades que sentimos falta”. No final da reunião, Danielson Veiga reconheceu que embora a formação médica seja uma competência do Ministério da Saúde, “queremos incutir na mente dos nossos líderes políticos que é necessário e fundamental investir na Medicina”. Até porque “a maior ambição de um médico cabo-verdiano é ter especialidade e prestar cuidados de saúde de excelência”, acrescentou. n