5 minute read

Catarina Aguiar Branco em importante cargo europeu

MEDICINA FÍSICA E DE REABILITAÇÃO

Catarina Aguiar Branco assume novo cargo europeu

Advertisement

FISIATRA PORTUGUESA FOI ELEITA PRESIDENTE DO “PROFESSIONAL PRACTICE COMMITTEE” DA SECÇÃO DE MEDICINA FÍSICA E DE REABILITAÇÃO DA UEMS

Catarina Aguiar Branco foi eleita Presidente do “Professional Practice Committee” da Secção de Medicina Física e de Reabilitação (MFR) da União Europeia de Médicos Especialistas (UEMS). A médica fisiatra já integrava cargos de relevo nesta especialidade, a nível nacional e internacional, alcançando agora a presidência deste organismo que garante os melhores padrões na prática profissional da MFR.

https://uems-prm.eu/ https://www.facebook.com/europrm/ AMedicina Física e de Reabilitação é a especialidade médica responsável pela prevenção, diagnóstico, tratamento e organização da reabilitação de patologias incapacitantes e comorbilidades dos ossos, músculos, tendões, articulações e nervos do adulto e da criança. Algumas das áreas de especialização da Medicina Física e Reabilitação incluem a reabilitação neurológica, reabilitação pediátrica, reabilitação musculoesquelética, reabilitação cardiorrespiratória, reabilitação oncológica, reabilitação do pavimento pélvico, reabilitação de amputados e reabilitação desportiva. O objetivo do “Professional Practice Committee” é garantir os melhores padrões na prática profissional da Medicina Física e de Reabilitação

(MFR) na prevenção, gestão clínica e reabilitação em toda a Europa. Isso inclui igualdade de acesso para pessoas com deficiência e condições de longo prazo aos serviços de MFR e comparabilidade de padrões profissionais, um pré-requisito para a mobilidade de médicos de MFR entre países europeus. O foco principal deste órgão é a descrição e o desenvolvimento do campo de competência do especialista em MFR na Europa, ao nível do expertise, profissionalismo e da cooperação e interação com outras especialidades e profissionais de saúde. Licenciada em Medicina e Cirurgia pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), Catarina Aguiar Branco é especialista em Medicina Física e de Reabilitação, Assistente Hospitalar Graduada, Diretora do Serviço de MFR do Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga (CHEDV) e responsável pela Unidade de Investigação do Serviço de MFR do mesmo hospital. A fisiatra preside à Sociedade Portuguesa de MFR e é membro da Assembleia de Representantes e do Colégio da Especialidade de MFR da Ordem dos Médicos e do Texto Catarina Ferreira › Fotografia Medesign Comité Executivo da Sociedade Internacional de MFR, representante das Sociedades Europeias de MFR. Catarina Aguiar Branco foi ainda delegada na Sociedade Europeia de MFR e na Secção de MFR da União Europeia de Médicos Especialistas, do qual se tornou, neste último trimestre, presidente eleita. O “Professional Practice Committee” contribuiu ainda para a 3ª edição do “White Book on Physical and Rehabilitation Medicine”. O Livro Branco constitui a obra de referência para médicos fisiatras na Europa e foi produzido pelos principais órgãos da MFR, entre eles a Académie Européenne de Médecine de Réadaptation, o Colégio Europeu de MFR, em conjunto com o European Board of Physical and Rehabilitation Medicine. A nova edição do Livro Branco foi lançada durante o 21.º Congresso da ESPRM, em Vilnius, maio de 2018, e contou com o contributo de Catarina Aguiar Branco como revisora. n

JANSSEN NEUROSCIENCE RWE AWARD 2022

Texto Catarina Ferreira

1.º prémio para equipa da FMUP e do CHTS, com trabalho sobre esquizofrenia

Manuel Gonçalves Pinho é o primeiro autor do trabalho “Hospitalizations Readmission Rates in Patients with Schizophrenia: a Nationwide Analysis”, distinguido com o Prémio RWE (Real World Evidence) 2022 da Janssen Neuroscience. A investigação concluiu que cerca de um quarto dos doentes com esquizofrenia é reinternado no espaço de um ano.

· 1 ·

Uma equipa da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) e do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS) venceu o primeiro Prémio RWE 2022 da Janssen Neuroscience, na categoria “Séries Clínicas”. O prémio distinguiu o trabalho “Hospitalizations Readmission Rates in Patients with Schizophrenia: a Nationwide Analysis”, cujo primeiro autor é Manuel Gonçalves Pinho, médico e investigador da FMUP/CINTESIS e membro do Conselho Regional do Norte da Ordem dos Médicos (CRNOM). O trabalho analisou mais de 25 mil episódios de hospitalização por esquizofrenia de um total de mais de 14 mil doentes, num período de oito anos, nos hospitais públicos portugueses. O objetivo foi conhecer a taxa de readmissão de doentes nestes hospitais. Ao todo, 3378 doentes, ou seja, 23,7%, foram reinternados no período de um ano. Feitas as contas, representa cerca de um quarto dos pacientes. Até 90 dias após a alta, 14,1% dos doentes tiveram de regressar ao hospital. No espaço de um mês, foram readmitidos 8,6%. Mais de 2% foram hospitalizados novamente nos cinco dias que se seguiram à alta.

CUIDADOS DE SAÚDE MENTAL As conclusões do estudo apontam para o facto de as novas hospitalizações serem um possível indicador de falha no tratamento e representam uma quebra na qualidade de vida dos doentes com diagnóstico de esquizofrenia, uma doença mental grave que se pode caraterizar por episódios de descompensação com eventual necessidade de tratamento hospitalar. No entanto, “os cuidados de saúde mental na comunidade devem representar um dos pilares do tratamento destes doentes, sendo necessário o investimento e desenvolvimento de parcerias entre a comunidade e os serviços de saúde para diminuir a necessidade de hospitalizações e promover a reintegração social dos doentes com esquizofrenia”, refere Manuel Gonçalves Pinho. “O tratamento da doença mental é complexo e envolve fatores clínicos, farmacológicos e sociais. O doente com esquizofrenia necessita de ter condições de reintegração na sociedade aquando da alta, o que é fundamental para retomar a sua vida normal. O acesso aos cuidados de saúde mental deve ser fácil e ágil, algo que depende naturalmente do investimento da tutela nesta área”, sublinhou. Este trabalho insere-se numa linha de investigação mais ampla na área da saúde mental e utilização de dados secundários, desenvolvida por uma equipa da FMUP, que já tinha analisado e publicado dados inéditos sobre hospitalizações em Portugal por esquizofrenia. Além de Manuel Gonçalves Pinho, assinam este estudo João Pedro Ribeiro (CHTS), Lia Fernandes e Alberto Freitas (ambos da FMUP/ CINTESIS). Os Prémios RWE 2022 foram atribuídos durante o VII Fórum de Neurociências Janssen que decorreu em Lisboa, no passado mês de maio. n

This article is from: