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1 | Revista Novo Rural | Março de 2019
Carta ao leitor ALEXANDRE GAZOLLA NETO
Professor e empresário do agronegócio, diretor da Novo Rural
N
os últimos dias tive a grata satisfação de participar como palestrante em grandes eventos em nível nacional e internacional. Em todas as oportunidades pude conhecer profissionais que se dedicam à pesquisa e à elaboração de estratégias que, de alguma forma, contribuem para o crescimento do agronegócio.
“O sucesso na produção de grãos e alimentos está relacionado ao conhecimento aplicado na execução das atividades.”
Entre os diversos debates que surgem ao longo destas participações o termo “agronegócio do conhecimento” me chamou muito a atenção, principalmente porque a mesma foi proferida por um agricultor ao comparar o ganho de conhecimento seu e de sua equipe com o acréscimo de produtividade das lavouras em uma linha de tempo de 10 anos. É incrível como o constante aprimoramento profissional transformou este setor em um dos mais eficientes e importantes da economia nacional. O agro brasileiro tem demonstrado significativo crescimento nos últimos anos, mesmo com diversas dificuldades relacionadas às etapas de produção e comercialização: frete, logística, crédito, insegurança jurídica, volatilidade do câmbio e falta de policiamento na zona rural. Esses resultados estão associados aos crescentes investimentos em tecnologia, qualificação da mão de obra, controles de qualidade – sanitários e fitossanitários. Todas estas ações são importantes para aumentar a competitividade dos produtos brasileiros e garantir o acesso aos mercados nacionais e internacionais. O setor passa a ser encarado como um sistema composto por elos, abrangendo itens como pesquisa, insumos, informação, tecnologia, transporte, processamento, distribuição e preço. O sucesso das empresas rurais passou a depender da interrelação entre os fornecedores, produtores de matéria-prima, processadores e distribuidores. Entender a propriedade rural apenas como um modelo fornecedor de matéria-prima, desconectada dos demais momentos de transformação, não é suficiente.
A revista Novo Rural é uma publicação realizada em parceria com Circulação Mensal
Tiragem
13 mil exemplares
Fone: (55) 2010-4159 Endereço: Rua Garibaldi, 147, sala 102 - B. Aparecida 2 | RevistaFrederico Novo Westphalen/RS Rural | Março de 2019
É fundamental que o empresário rural desenvolva uma visão sistêmica e holística, associando as etapas da produção à comercialização. Neste cenário, é indispensável construir processos de produção, transporte e comercialização competitivos. Torna-se cada vez mais necessário aprimorar técnicas e procedimentos de gestão e avaliação de cenários, pessoas e recursos associados, ou seja, desenvolveu-se uma complexa teia de relacionamentos associada às cadeias produtivas do agro.
A edição Falando da edição da Novo Rural, para o mês de março desenvolvemos diversos panoramas interativos relacionados ao setor agropecuário. A seção Agricultura traz entre outros temas os cuidados que devemos ter para evitar perdas na colheita de soja, atualização da expectativa de produtividade e projeções de mercado. Na Pecuária, um dos destaques é para uma granja de produção de ovos, no interior de Taquaruçu do Sul, que somou investimentos de R$ 800 mil. É mais um case que envolve jovem no campo e geração de renda para famílias rurais. Além disso, retratamos dois cases de mulheres que estão se destacando no agro na nossa região. Uma delas é a empresária e engenheira-agrônoma Ivete Schwantes Baumgratz, de Palmeira das Missões, que está a frente da Ruralteck, além da suinocultora Carla Cocco da Silva Dallanora, de Seberi, que inclusive influenciou a mãe Marilei em investir na atividade. Com essas histórias, aproveitamos para externar nosso reconhecimento a todas as mulheres que fazem acontecer no campo, nas mais diversas áreas de atuação, tendo em vista ao Dia Internacional da Mulher. Para fechar, anunciamos com orgulho a participação ativa da consultoria Safras & Mercado nas edições de Novo Rural e em novorural.com, com informações detalhadas sobre mercado das principais commodities do agronegócio. Seguimos na busca de trazer sempre o que tem de melhor no mercado do agro para você, leitor!
A importância da rastreabilidade de alimentos A Instrução Normativa Conjunta 02/2018 estabelece os procedimentos de controle para diferentes alimentos. Em fevereiro de 2019 o segundo grupo passou a fazer parte da norma que obriga empresários rurais ou responsáveis pela comercialização de vegetais frescos a fornecerem ao consumidor e à toda cadeia de abastecimento informações padronizadas sobre a procedência dos alimentos. No processo de rastreamento devem constar dados como nome e endereço completo do responsável pelo produto, cultivar, quantidade, lote, data de processamento, fornecedor e identificação do endereço completo, CPF, CNPJ ou Inscrição Estadual. Aplicada em todo o território nacional, a norma permite que a identificação possa ser realizada por meio de etiquetas impressas com caracteres alfanuméricos, código de barras 2D, ou outro sistema de forma única e inequívoca. Um dos principais objetivos é assegurar ao consumidor final produtos vegetais sem irregularidades no uso de agrotóxicos e contaminantes.
Primeira etapa de implementação: agosto de 2018
Citros, maçã, uva, batata, alface, repolho, tomate e pepino.
Segunda etapa de implementação: fevereiro de 2019
Melão, morango, coco, goiaba, caqui, mamão, banana, manga, cenoura, batata-doce, beterraba, cebola, alho, couve, agrião, almeirão, brócolis, chicórea, couve-flor, pimentão, abóbora e abobrinha.
Excelente leitura e até a próxima!
Convênio:
ABRANGÊNCIA: Alpestre, Ametista do Sul, Barra Funda, Boa Vista das Missões, Caiçara, Cerro Grande, Chapada, Constantina, Cristal do Sul, Dois Irmãos das Missões, Engenho Velho, Erval Seco, Frederico Westphalen, Gramado dos Loureiros, Iraí, Jaboticaba, Lajeado Do Bugre, Liberato Salzano, Nonoai, Nova Boa Vista, Novo Barreiro, Novo Tiradentes, Novo Xingu, Palmeira das Missões, Palmitinho, Pinhal, Pinheirinho do Vale, Planalto, Rio dos Índios, Rodeio Bonito, Ronda Alta, Rondinha, Sagrada Família, São José das Missões, São Pedro das Missões, Sarandi, Seberi, Taquaruçu do Sul, Três Palmeiras, Trindade do Sul, Vicente Dutra e Vista Alegre.
Direção
Alexandre Gazolla Neto Patricia Cerutti
Editora-chefe Gracieli Verde
Site e redes sociais Camila Wesner
Capa
Gracieli Verde
Relacionamento Juliana Durante
Desenvolvimento de mercado Cristiano Gehrke
Diagramação e publicidade Fabio Rehbein
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Emília Borges Alves e Mauro Zanus, de Bento Gonçalves/RS
Vagner Brasil Costa, de Dom Pedrito/RS
“Este verão tem sido marcado por altas temperaturas em todo Estado do Rio Grande do Sul e não está sendo diferente na região da Serra Gaúcha. No mês de janeiro, os termômetros da estação meteorológica do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), instalada na sede da Embrapa Uva e Vinho, em Bento Gonçalves, registraram 14 dias em que a temperatura máxima absoluta atingiu valores superiores a 30°C, sendo a máxima registrada de 33,4°C, nos dias 1º e 2. As temperaturas ‘média máxima’, ‘média mínima’ e ‘média’ foram de 28,9°C, 19,5°C e 23,5°C, respectivamente. Ainda que os valores das temperaturas máximas absolutas impressionem, as temperaturas médias retratam melhor a sensação de calor excessivo, que se manteve acima do normal durante as 24 horas do dia, com o registro de temperaturas mínimas elevadas, reduzindo a sensação de conforto térmico que geralmente ocorre ao anoitecer. As chuvas, considerando o volume, estão dentro do normal. Já, considerando a frequência, está acima do normal. A umidade elevada durante muitos dias seguidos neste período de colheita pôde contribuir para a ocorrência de doenças fúngicas, alteração da qualidade do fruto e, sobretudo, prejudicar as operações de colheita. A safra 2018/19 ainda está em curso e, a depender das condições de fevereiro, poderemos ter boa qualidade das uvas de maturação intermediária e/ou tardia, como a Isabel, Moscato Branco e Cabernet Sauvignon. As fortes chuvas de janeiro impactaram muito as condições das variedades precoces como a Chardonnay e Pinot Noir.”
“A região da Campanha Gaúcha é a segunda maior produtora de uvas finas do Brasil atualmente, com 1.500 hectares de vinhedos, 180 produtores e 17 vinícolas. Depois de uma safra 2018 de excelentes condições climáticas e uvas de qualidade, o ciclo 2018/2019 obteve um início satisfatório, após um inverno rigoroso e com bastante acúmulo de frio, proporcionando uma boa brotação, assim como condições ideais de precipitação durante a floração. Porém, os volumes altos de precipitação no momento da maturação (400 a 600 mm nos primeiros 17 dias de janeiro) e baixa luminosidade prejudicaram a maturação das cultivares precoces, com alto índice de fungos, gerando a podridão da uva madura (Glomerella cingulata) e Botrytis (Botrytis Cinerea), além de uvas com baixo grau glucométrico e acidez elevada. Com o clima um pouco mais seco a partir de fevereiro, a maturação das cultivares tintas mais tardias, como Cabernet Sauvignon e Tannat, vem ocorrendo de forma mais adequada, gerando, porém, um dessecamento de bagas. Todavia, deve haver uma atenção dos produtores em relação a estas doenças fúngicas de final de ciclo. Apesar deste clima mais adequado, deverá haver um decréscimo na produtividade e qualidade em relação à safra de 2018 de uvas finas da região da Campanha Gaúcha por problemas climáticos e de derivas de agrotóxicos, com uma estimativa de perdas em torno de 40%.”
Pesquisadores da Embrapa Uva e Vinho
Edenilson da Silva, de Vargeão/SC Engenheiro-agrônomo, especialista em produção vegetal para altas produtividades e consultor na Copérdia
“Na região Oeste catarinense continua o processo de colheita das cultivares precoces. Após uma safra de extremos, com bastante disparidade, períodos com excesso de chuva, momentos de temperaturas bem abaixo da média, pequenos veranicos com temperaturas muito elevadas, iniciam as colheitas. As produtividades estão sendo bastante variadas (áreas com 43 sacas/hectare e áreas de 84 sacas/ hectare), e áreas vizinhas e semeadas em intervalos próximos estão possuindo grandes diferenças de produtividades devido a problemas lá na implantação, no qual uma forte precipitação num curto intervalo de tempo pós-semeadura foi fundamental para o sucesso ou não da área. Em termos fitossanitários, em áreas com cultivares de ciclos normais e tardios estão sendo realizadas as últimas aplicações fúngicas. Sendo uma das safras com maior pressão da história de ferrugem asiática (Phakopsora pachyrhizi) e de grandes dificuldades de manejo da mesma, com perda de eficiência dos principais produtos do mercado e condições climáticas favoráveis ao patógeno.”
4 | Revista Novo Rural | Março de 2019
Engenheiro-agrônomo, enólogo e doutor em Fruticultura em Clima Temperado, professor adjunto da Unipampa– Campus Dom Pedrito
Marcelo Cruz de Liz, de São Joaquim/SC
Engenheiro-agrônomo, especialista em Administração, atua na Epagri “A colheita da maçã na região de São Joaquim iniciou em meados de fevereiro e deve se estender até, aproximadamente, 20 de março, conforme o tamanho do pomar. A região possui aproximadamente 12 mil hectares plantados com macieiras, com cerca de 2.500 fruticultores que cultivam esta fruta. A produção esperada nesta safra é acima de 430.000 toneladas nos oito municípios principais produtores, se destacando entre eles o município de São Joaquim, com 8.400 hectares plantados e 1.800 fruticultores. A região responde por, aproximadamente, 35% da produção brasileira de maçãs. As frutas que estão sendo colhidas têm apresentado uma boa coloração, bons teores de sólido solúveis totais (açúcares), boa crocância, aromas e firmeza de polpa. Os frutos são de tamanho médio, melhores que a safra passada, mas poderiam ser melhores pelas condições climáticas favoráveis na primavera e verão e frio rigoroso no inverno. Acredita-se que a cultivar Fuji, que é colhida a partir de meados de março, terá frutos de tamanhos maiores. A fruta já está sendo armazenada nas câmaras-frias das empresas e cooperativas da região e parte já está sendo embalada para comercialização nos grandes centros do país.”
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5 | Revista Novo Rural | Março de 2019
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Um dos desafios da equipe Novo Rural é trazer conteúdos cada vez mais qualificados aos homens e mulheres do campo. Por isso, um dos serviços de comunicação que a plataforma se propõe a prestar são notas técnicas, baseadas em análises de cenário da safra, principalmente das chamadas grandes culturas, como a soja, o milho e o trigo. Fique atento às nossas redes sociais e ao novorural.com para acompanhar esses conteúdos extremamente objetivos e direcionados para os bons resultados na sua propriedade rural. Caso queira sugerir algum tema para que possamos trazer informações atualizadas, nos escreva por meio do e-mail jornalismo@novorural.com ou pelo WhatsApp (55) 9.9960.4053. Esperamos a sua mensagem!
Para muitos o fim de semana é hora de fazer aquela receita saborosa para a família. Não é à toa. Degustar bons pratos com ingredientes que, muitas vezes, temos na horta de casa é um privilégio. Temos sugerido a #ReceitaDeFindi para trazer semanalmente sugestões apetitosas. Gostaríamos da sua contribuição, leitor e leitora da Novo Rural e de novorural.com. Para enviar aquela receita especial herdada da vovó e que faz sucesso, escreva para relacionamento@novorural. com. Lembre-se de colocar seu nome completo, a cidade de onde escreve e mandar uma foto em boa qualidade do prato. Queremos compartilhar com os demais leitores o que você serve aí na sua casa!
Qualifique-se! Se você ainda não se inscreveu para o curso de qualificação em Agricultura de Precisão e Variabilidade da Lavoura, não perca tempo. Através do código, você pode acessar a ficha de inscrição. Ainda restam algumas vagas, mas não deixe para a última hora. A equipe Novo Rural espera você para o primeiro curso de 2019! Participe!
MARÇO
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Sobre a Novo Rural “Vi um exemplar no Sicredi de Sarandi, onde moro, e achei de muito boa qualidade. Já vi as edições online e continuei com uma ótima impressão”.
Nereu Jorge Cavaleri, via e-mail
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Expodireto Cotrijal
Reunião do Coletivo do Leite
Tarde de Campo sobre Apicultura e Meliponicultura
Expoagro Afubra
Não-Me-Toque
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Horário: 9h30min Sarandi
Horário: 13h30min Nova Boa Vista
Rio Pardo/RS
Alexandre Gazolla Neto
Agricultura
Engenheiroagrônomo, mestre e doutor em Ciência e Tecnologia de Sementes. É diretor da Novo Rural, professor na Universidade Regional Integrada – Campus de Frederico Westphalen/RS, além de diretor do O Agro Software para o Agronegócio e da Vigor Consultoria para o Agronegócio
BOLETIM TÉCNICO
Momento de colheita e de planejar a safra de inverno Manter-se alerta às perdas durante a colheita é fundamental para garantir altos rendimentos de grãos
O
planejamento das etapas e procedimentos relacionados à colheita são indispensáveis para garantir os níveis de produtividade construídos ao longo do ciclo. A produtividade está alicerçada no conhecimento aplicado por hectare. Este, por sua vez, é o resultado transferido dia após dia de práticas culturais. Tudo inicia na semeadura realizada com baixa velocidade; a utilização de sementes com altos índices de germinação e vigor; a identificação do período ideal para emergência das plantas; a adubação de base realizada seguindo rigorosamente a recomendação de análise de solo; o controle de plantas daninhas, pragas e doenças no momento certo e com produtos eficientes. Essas ações estratégicas garantem ao produtor a construção de lavouras com alto potencial produtivo. Ao final da safra, as principais preocupações estão direcionadas para a identificação e manejo das doenças de final de ciclo, com especial destaque para a ferrugem asiática. Neste contexto, também destacamos a necessidade de aumentar a eficiência no processo de colheita. O monitoramento proporciona maior eficiência, reduz o desperdício de grãos, resultando em maior rendimento e qualidade do produto final. Entre as principais fontes de perdas
na colheita podemos destacar o mau preparo do solo, promovendo desníveis no terreno e oscilações na altura de corte; e a semeadura realizada fora do zoneamento climático da soja, promovendo baixa estatura ou acamamento nas plantas. Cultivares sem recomendação técnica para a região e a presença de plantas invasoras também são fatores indiretos de promoção de perdas. O desperdício será mínimo se forem tomados alguns cuidados relativos à velocidade adequada de operação da colheitadeira, seguida por ajustes e regulagens dos mecanismos de corte, recolhimento, trilha, separação e limpeza. O teor de umidade dos grãos também está relacionado diretamente com a resistência destes a debulha e ao dano mecânico, sendo a faixa entre 12 a 15% de unidade a mais recomendada. Considerando a ocorrência de condições climáticas adversas anterior à colheita ou mesmo a utilização do campo para produção de sementes, a colheita deve ser antecipada, considerando um teor de umidade dos grãos entre 15% a 18%. Neste cenário, o agricultor deve considerar a necessidade e disponibilidade de secagem artificial e o risco de deterioração.
Atenção para as fontes de perdas na colheita Anteriores Causadas por deiscência e/ou queda de vagens antes da colheita.
Na plataforma de corte Inclui a debulha das vagens devido a baixa altura de inserção e o acamamento de plantas.
Sistema de trilha, separação e limpeza Formada pelos grãos que passam através da máquina, devido a defeitos e/ou sobrecarga no sistema de trilha.
Recomendações para aumentar a eficiência nesta etapa • Realizar a manutenção periódica das colhedoras, seguindo a recomendação técnica do fabricante. • Efetuar a regulagem adequada da colhedora de acordo com a espécie e unidade do grão. • Respeitar os limites de umidade do grão. • Manter a velocidade de trabalho entre 4 a 7 km/h-1 e a do molinete 25% superior à da automotriz. • Mantenha limpa e desimpedida a grelha do côncavo. • Verificar as folgas entre o cilindro trilhador e o côncavo. • Ajustar a abertura das peneiras e a velocidade do ventilador. • Substituir navalhas quebradas e alinhar os dedos das contra-navalhas. • Na ausência do controle automático de altura de corte, a barra de corte deve ser mantida o mais próximo possível do solo.
Divulgação Massey Ferguson
7 | Revista Novo Rural | Março de 2019
Agricultura
GRÃOS
Feijão com preço mais atrativo ao produtor Primeira safra da cultura está quase colhida na totalidade e as lavouras da safrinha têm bom desenvolvimento
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ouco mais de 40 mil hectares são ocupados com a cultura do feijão no Rio Grande do Sul nesta safra 2018/2019. Segundo levantamento da Emater/RS, até metade de fevereiro, 76% da área estava colhida – correspondente à primeira safra. Do ponto de vista técnico, se vê boa produtividade e qualidade do produto dentro dos padrões requeridos para comércio, segundo a instituição. Essas primeira lavouras estão em fase de controle de plantas daninhas, algumas em fase de aplicação de adubação nitrogenada, mas a maioria das áreas está no desenvolvimento inicial. “As chuvas têm favorecido essas áreas e temos visto uma germinação excelente aqui no município”, comenta o técnico agropecuário Leonidas Piovesan, da Emater/RS de Boa Vista das Missões. No município são cerca de dois mil hectares com a cultura nesta safrinha. “Acredito até que poderíamos ter mais área, mas faltou semente”, observa o extensionista. A procura maior, acredita ele, é devido ao preço do produto, que neste ano está mais atrativo. A média no Estado para o feijão preto ficou em R$ 178/saca na última semana
de fevereiro, valor motivado por menos área plantada e queda da produção. Em outros Estados, como Santa Catarina, o preço do feijão carioca passa dos R$ 300 por saca. Na região de Constantina, distante cerca de 60 quilômetros de Boa Vista das Missões – onde há algumas safras se via um movimento mais intenso de plantio desta cultura –, se vê investimentos mais tímidos neste ciclo, segundo o engenheiro-agrônomo Felipe Bonfanti, da Agrobon Comercial Agrícola. Nos municípios de Constantina, Liberato Salzano, Engenho Velho, Rondinha e Novo Xingu, ele comenta que enxerga uma pequena retomada neste ciclo, uma vez que na safra passada praticamente ninguém investiu na cultura. Bonfanti confirma que o desenvolvimento dessas lavouras da safrinha tem sido muito bom. “Nasceu bem e não teve problemas com nenhum fungo”, resume.
Mercado
O empresário Leonir Balestreri Júnior, da Arbaza Alimentos, em Frederico Westphalen – empresa que tem como principal produto o feijão e compra em várias regiões do Estado –, confirma que a alta variação dos pre-
ços do feijão é altamente influenciada pela produção maior ou menor em cada safra. Ou seja, por se tratar de uma cultura que depende de condições climáticas favoráveis para o bom desenvolvimento, é natural que haja maior risco cada ciclo produtivo. – No fim do ano passado, por exemplo, o feijão carioca estava valendo menos de R$ 100 a saca, porque tinha muito feijão no mercado. Agora, neste início de 2019, o preço mais do que triplicou. Como o carioca é a variedade mais consumida do Brasil, ele também puxa para cima os preços do feijão preto, que é mais cultivado na região – explica, demonstrando o impacto da lei da oferta e da procura neste caso. O preto também teve quebra na safra de janeiro e os preços subiram pressionados pela escassez de produto. Para os próximos meses, Júnior acredita que ainda é difícil estimar como esse preço deve se comportar, porque ainda não se sabe exatamente como vai ser a safrinha do Paraná, que influencia bastante a quantidade de produto no mercado. Até mesmo a safrinha gaúcha pode influenciar esse valor pago ao produtor, segundo ele.
Feijão safrinha inicia ciclo com bom desenvolvimento
Leonidas Piovesan/Emater/Divulgação
8 | Revista Novo Rural | Março de 2019
Agricultura
HORTA
De olho no incentivo ao consumo de hortaliças no nosso país, que ainda é abaixo do ideal, e, claro, prospectar esse mercado – comenta Dio. É importante ressaltar que, assim como outros produtos, as hortaliças também precisam de atenção no momento do cultivo. Existem épocas e ambientes adequados para a realização do plantio, com vistas ao bom desenvolvimento dessas plantas. Por isso, Dio aconselha que os produtores troquem ideias com a indústria que produz e vende as sementes para que possam sanar dúvidas e entender quais são as cultivares adequadas para a sua janela de plantio em cada região. – Outro ponto importante para ser observado é em relação à forma do cultivo. Se estamos em um local protegido, dentro de uma estufa, temos um melhor controle da temperatura. Consequentemente, conseguiremos usar variedades que em campo aberto teriam dificuldade em se desenvolver – ensina.
Cintia Henker
O
consumo diário de hortaliças é capaz de contribuir e agregar aspectos positivos para quem deseja ter uma vida mais saudável. Além de saciarem a fome, esses alimentos possuem vários benefícios, pois são ricos em vitaminas, fibras, minerais e antioxidantes. Durante o 21º Itaipu Rural Show, em Pinhalzinho/SC, esses produtos também tiveram destaque no estande da Isla Sementes – empresa mais antiga da América Latina neste segmento – que, de acordo com o coordenador de mercado, Diego Dio, tem como público-alvo produtores que cultivam hortaliças para consumo próprio e para comercialização em média escala. – Mesmo que tenhamos um público bastante específico em relação ao mercado profissional, a Isla também traz uma série de novidades a cada temporada. Um dos objetivos é incentivar o aumento do consumo de hortaliças
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9 | Revista Novo Rural | Março de 2019
Antonio Luis Santi
Agricultura
Engenheiroagrônomo, doutor em Ciência do Solo/Agricultura de Precisão, coordenador do Laboratório de Agricultura de Precisão do Sul da UFSM-FW, e representante do Fórum dos ProReitores de PósGraduação e Pesquisa (FOPROP) na Comissão Brasileira de Agricultura de Precisão, junto ao Ministério da Agricultura.
OPINIÃO
Tempo de tomar decisões: “É preciso ter coragem para fazer melhor... Fazer diferente”
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amos falar um pouco sobre os desafios na bacia leiteira, apesar de que muito do que vamos abordar se aplica a qualquer sistema de produção. Tomar decisões consiste em definir rumos e estes, por sua vez, são inúmeros. Porém, independente de tomar ou não a definição, é necessário conviver com os resultados. Entretanto, o que paira no ar é um grande medo de errar. Qual é a melhor decisão? Sobre isso há um universo de dicas, porém, nunca é bom desviar-se da sensibilidade pessoal e do autoconhecimento. Esses dois pontos nos tornam mais assertivos. A emoção também é importante e deve ser respeitada nesse processo. Na maioria das vezes, a dificuldade em optar por um determinado caminho reside em não compreender exatamente o que está em jogo. O medo faz parte da experiência humana, porém, a maioria das alternativas nas decisões que tomamos possui um maior ou menor grau de incerteza. É natural. Mas você, leitor, deve estar se perguntando porque estou abordando essas questões e não dando dicas de como produzir ou lucrar mais. A questão toda é que as grandes mudanças necessárias para o sucesso na propriedade dependem da proatividade das pessoas. São as pessoas que fazem a diferença. Mas o que de fato precisamos fazer melhor? Quais são as decisões a serem tomadas na propriedade? Esse é um momento muito importante para o pla-
10 | Revista Novo Rural | Março de 2019
nejamento das pastagens de outono inverno, por exemplo. Inúmeras espécies como gramíneas, leguminosas, solteiras ou consorciadas, já podem ser implantadas e garantir a estabilidade forrageira nos próximos meses, fazendo a diferença na produção de leite e carne. Isso também se aplica a cobertura do solo, mas trataremos isso na próxima coluna. Além de saber definir as opções, é fundamental prever as técnicas de manejo como o diferimento, subdivisões das áreas, ajuste de carga animal, roçadas e adubações de reposição e manutenção, conservação de forragem (silagem ou feno), e irrigação das pastagens. Segundo colegas da Embrapa Pecuária Sul, de Bagé, isso possibilita corrigir os chamados vazios forrageiros e produzir alimento por todo o ano. Entretanto, essa diversidade impõe mais complexidade aos sistemas pastoris. Por isso, é necessário o acompanhamento técnico qualificado para construir o planejamento forrageiro adequado a cada propriedade rural, bem como manter um acompanhamento periódico do sistema, a fim de auxiliar o produtor a conduzir com estabilidade e rentabilidade a produção de forragem ao longo de todo o ano. Por fim, evite desencorajar-se: mantenha ocupações e faça do otimismo a maneira de viver. Desconfie do destino e acredite em você. Não deixe que as pessoas te façam desistir daquilo que você mais quer. Paciência e perseverança têm um efeito mágico.
“É necessário o acompanhamento técnico qualificado para construir o planejamento forrageiro adequado a cada propriedade rural e manter um acompanhamento periódico do sistema, a fim de auxiliar o produtor a conduzir com estabilidade e rentabilidade a produção de forragem ao longo de todo o ano.”
Agricultura
GERAL
Silo secador é tema de encontro técnico em Iraí Marcela Buzatto/Emater/Divulgação
O
município de Iraí sediou tarde de campo sobre a utilização do silo para secagem e armazenagem de grãos na propriedade rural, como alternativa para diminuição dos custos e melhoria da qualidade da produção. O evento ocorreu no dia 13 de fevereiro, na propriedade da família Cavazzotto, na linha Baldin. Produtores do município de Palmitos/SC também participaram da atividade, em busca de informações sobre o tema para aplicação em suas propriedades. Na propriedade, foi desenvolvido um modelo de silo para secagem e armazenagem de grãos. É este modelo que muitos produtores no Estado estão construindo em suas propriedades e garantindo bons resultados, como a diminuição dos custos de armazenagem e transporte, aumento na qualidade do grão e melhores preços de comercialização. A família Cavazzotto conta com uma área de 43 hectares. Destes, 22 são destinados para a produção de grãos (soja, milho e trigo), juntamente com dez hectares arrendados. Além da atividade com grãos, a família trabalha com a suinocultura e bovinocultura de corte. O assistente técnico regional de recur-
Sem avanço nas negociações com fumageiras
Dia de campo ocorreu em fevereiro e teve presença de agricultores de SC sos naturais da Emater/RS-Ascar, Carlos Roberto Olczevski, falou sobre o funcionamento do silo e destacou as vantagens do uso dessa tecnologia. – O objetivo do silo secador é possibilitar o armazenamento na propriedade rural
de grãos e cereais, garantindo a alta qualidade nutricional do produto para fornecimento aos animais. Com um produto de maior qualidade, o valor agregado é maior e o produtor consegue preços melhores na comercialização do produto – destacou.
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esta temporada, a negociação entre empresas fumageiras e representantes dos produtores de tabaco segue suspensa desde janeiro. O presidente da Federação dos Trabalhadores da Agricultura do Rio Grande do Sul (Fetag/ RS), Carlos Joel da Silva, revela que algumas conversas individuais com as empresas estão ocorrendo nos bastidores, e que poderá gerar novas rodadas de negociações no decorrer de março. – Mas, deixamos bem claro que sentamos para conversar desde que as empresas tenham propostas para colocar. Sem sinalizar aumento na tabela de preço, não nos reuniremos mais – disse Silva, em tom enfático. Segundo informações da Associação de Fumicultores do Brasil (Afubra), as propostas apresentadas no início do ano ficaram abaixo da variação do custo de produção. Outra divergência é que a maioria das empresas propõe aumento diferenciado por classe, sendo que uma, inclusive, propõe redução no valor de algumas classes em relação à tabela da safra passada.
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Agricultura
SOJA
Prestes a começar a colheita, clima ainda é de dúvidas Mês de março vem com grande expectativa para produtores, tendo em vista algumas incertezas do ponto de vista de mercado e dificuldade de projetar a produtividade média das lavouras. Mesmo assim, produtores se mantêm otimistas Gracieli Verde | jornalismo@novorural.com
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os cerca de 230 hectares do produtor Odilon de Oliveira Bonatto Júnior, localizadas em Sarandi e Pontão, no Norte gaúcho, ainda era difícil estimar, em 27 de fevereiro, o quanto a cultura pode render por hectare. Mesmo o produtor não querendo ousar em dizer números, acredita que não deve alcançar o teto da safra passada, que foi de 83 sacas por hectare. “Claro que acredito que teremos, mesmo assim uma boa safra”, diz, até porque ele emprega tecnologias mais eficientes nas lavouras e nos últimos anos tem conseguido altas produtividades. Essa dúvida em relação ao rendimento, segundo Júnior, é motivada essencialmente pela dificuldade que teve ao estabelecer a cultura, fato que já citamos nas edições anteriores, e que vem se confirmando com a evolução do ciclo produtivo. Essa expectativa que a colheita da soja gera não é apenas para quem a planta e quer ver os resultados no armazém e no bolso, mas também para todos que, de alguma forma, se preocupam com o “andar da carruagem” da economia brasileira. Isso devido à importância da cultura para a agropecuária e, desta, para o cenário econômico nacional. Tanto é assim que alguns consultores de mercado classificam este início de março como decisivo para questões relacionadas ao preço pago pelo produto ao agricultor. O mercado segue praticamente “estacionado”, tendo em vista, principalmente, a demora na resolução nas negociações de acordo comercial envolvendo a China e os Estados Unidos. Se os dois países fizerem as pazes, é possível uma redução na demanda pela soja brasileira, o que também não é tão interessante para os produtores gaúchos, segundo o analista Evandro Oliveira, de Safras & Mercado. – O prazo para as negociações eram para terminar até 1º de março, mas isso não foi respeitado. Isso reforça que os primeiros dias de março serão decisivos para essa questão, o que interfere bastante nas cotações da soja, pouco antes da colheita da maior parte das lavouras no Rio Grande do Sul – explica Oliveira, citando justamente que o clima que predomina é de indefinições, o que faz com que o preço fique em queda. Outro fator importante, que influencia mais o dólar, é proposta da Nova Previdência, que está em análise no Congresso Nacional. – O mercado está de olho nisso. Conforme o mercado ver que é possível que essa reforma pode ser aprovada, o dólar deve recuar, o que também interfere na redução do preço pago ao produtor – acrescenta Oliveira.
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"É um cenário mais conservador do que no ano passado para o preço da soja." Flávio França Júnior, consultor
Cenário se mantém conservador Para o analista de mercado Flávio França Júnior, que palestrou durante o 21º Itaipu Rural Show, em Pinhalzinho/SC, é essa série de fatores que deve gerar um cenário para conservador para o agricultor em 2019. – Trazemos uma mensagem de otimismo com a economia brasileira, com expectativa de reformas importantes para o país, e que isso deve repercutir positivamente. Mas, é um cenário mais conservador do que no ano passado para o preço da soja. Isso quer dizer que o padrão do preço da soja para 2019 tende a ser inferior que 2018 – esclarece, ponderando que isso não deve trazer nenhuma crise para o setor, mas apenas um padrão médio de preço menor.
13 | Revista Novo Rural | Março de 2019
Produtividade freada Resta começar a intensificar a colheita para confirmar ou não as projeções de produção de produtividade da soja. Para profissionais que monitoram lavouras pela região, é possível sim que o problema visto no estabelecimento da cultura da soja, no início do ciclo, interfira negativamente na quantidade de sacas colhidas por hectare. – Imaginávamos que neste ano poderíamos ter médias maiores dos os 70/71 sacas por hectare colhidas ano passado, mas entendemos que isso não deve ser confirmar. Projetamos algo em torno de 66 sacas/ hectare na média – revela o agrônomo Felipe Lorensini, da Emater/RS de Palmeira das Missões, onde são cultivados 100 mil hectares com a commodity, quinta maior área do Estado gaúcho. O agrônomo observa que neste fim de ciclo houve intensificação de doenças fúngicas e certa dificuldade de controle tendo em vista que, nesta fase de matura-
ção da planta, a resposta ao tratamento com fungicidas é mais limitada. “Mas são situações mais isoladas, que não devem interferir em perdas significativas nos números gerais”, acredita. Em nível de Estado, o assistente técnico e agrônomo Alencar Rugeri, também da Emater/RS, preferiu não citar projeções para a produtividade da cultura. – Estamos atualizando esses dados e vamos apresentar durante a Expodireto Cotrijal. Até o momento, é difícil avaliar perdas, mas é possível que os problemas vistos no início do ciclo, que prejudicaram a população de plantas ideal nas lavouras, influenciem na produtividade – estima, salientando que esse é o motivo principal pelo qual a soja não deve bater os patamares da safra passada.
Oh, céus! Em recente participação do agrometeorologista Celso Oliveira, da Somar Meteorologia, na 29ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz, ele explanou sobre tendências climáticas para os próximos meses. Segundo Oliveira, até novembro deste ano o que predomina, principalmente no segundo semestre, são as chuvas mais fortes do que o normal. – O El Niño acaba no meio do ano, mas simulações não mostram águas mais frias que o normal, por enquanto mantêm-se a água mais quente, porém, com desvios mais modestos. Isso significa que há episódios de chuva acima da média também para a segunda metade do ano, inclusive durante o plantio da safra 2019/2020 – disse. Conforme o último boletim do National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA), dos Estados Unidos, divulgado em janeiro, a atmosfera passou a responder como o fenômeno El Niño, mas os seus efeitos serão variáveis. Segundo o meteorologista, o fraco aquecimento do Pacífico
provoca uma certa oscilação no Estado. “No Rio Grande do Sul, na média, a chuva vem acontecendo acima da climatologia, mas não de forma persistente. E este padrão prossegue nos próximos meses”, acredita. A partir de abril é normal o aumento da chuva sobre o Estado e se o Pacífico Leste voltar a esquentar, o aumento da chuva poderá até antecipar ainda para março. – Se você tentar entender como funciona o clima aqui no Estado é natural ficar preocupado com um eventual extremo de chuva. Portanto, é uma preocupação que eu tenho com relação a esse período agora de colheita, ou seja, um eventual aumento da precipitação. Estão ocorrendo janelas boas para a colheita e momentos onde o trabalho de campo fica mais complicado, e esse padrão de oscilação prosseguirá nos próximos meses, por isso a importância em monitorar. Diferentemente do ano passado, o primeiro semestre de 2019 será mais chuvoso que o normal – prevê o meteorologista. 13 | Revista Novo Rural | Março de 2019
Agricultura
GRÃOS
Milho segue com preço firme, dizem consultores Metade da área gaúcha destinada para o cereal está colhida, de acordo com a Emater/RS
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mês de fevereiro terminou com praticamente metade da área de milho do Estado gaúcho colhida, segundo a Emater/RS-Ascar. Os últimas dias do mês foram de clima estável, o que contribuiu para que o trabalho pudesse avançar. Ainda segundo a instituição, a parte mais adiantada é vista no Noroeste. O grão tem apresentando boa qualidade e baixa porcentagem de quebrados e trincados. Um levantamento mais apurado deve ser revelado durante a Expodireto Cotrijal, segundo o assistente técnico estadual da área na Emater/RS, Alencar Rugeri. De forma geral, ele acredita que o desempenho das lavouras de milho têm condições de superar os resultados do ciclo anterior. Fica a expectativa para a feira para saber mais detalhes deste levantamento. No que se refere ao mercado, o analista de mercado Rafael Ribeiro, da Scot Consultoria, entende que o milho está menos pressionado do que no ano passado. – Em 2018, na metade do ano, a gente viu uma forte alta do milho. Neste ano, os preços estão mais
firmes. Um dos motivos é a boa expectativa para a segunda safra no Centro-Oeste. Portanto, num curto prazo acreditamos que esses valores se mantenham firmes – contextualiza. A partir de maio e junho, com a entrada de mais milho no mercado, a expectativa é que o mercado interno se estabilize mais e que isso repercuta em preços menores, segundo o analista, esclarecendo que isso pode ser favorável para o mercado de carnes. “E isso também deveremos ver no preço do farelo de soja. Em termos de custos de produção para a produção de proteína animal, neste ano se vê um cenário um pouco mais aquecido e equilibrado”, opina. O consultor e analista Flávio França Júnior, que esteve em Pinhalzinho/SC, no 21º Itaipu Rural Show, também acredita que o milho terá patamares de preço menores do que ano passado. “Mas mesmo assim a demanda seguirá forte para o consumo interno e para exportação. Teremos milho a R$ 30/saca e isso remunera bem o produtor”, avalia.
Área menor No Estado gaúcho são cerca de 730 mil hectares de milho cultivados nesta safra, considerada uma das menores em extensão. Nas rotineiras conversar com produtores, é nítido que o medo de investir na cultura é devido às questões financeiras comparadas com a soja, que tem custo de implantação menor e preço internacional. Uma das saídas apontadas por consultores é o aumento na produtividade por hectare, mas isso também passa por outros aspectos, como investimentos em tecnologia e manejo por parte do produtor, até mesmo em irrigação.
Gracieli Verde
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Agroindústrias
INCENTIVO
Caiçara projeta ação inédita na região Gustavo Menegusso
Quinze famílias foram beneficiadas com equipamentos para aumentar e qualificar a produção de alimentos Gustavo Menegusso, especial O Alto Uruguai jornalismo@novorural.com
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Casal Ambrósio, da linha Lazzari é feirante
Deputado Bohn Gass (E), que destinou a emenda do projeto, em visita ao município de Caiçara Divulgação
de acordo com a sua produção. – No total, foram 38 equipamentos, dentre eles congelador, geladeira, micro-ondas, forno elétrico, forno a lenha, câmara frigorífica, modeladora de pães e centrífuga de mel – detalha o vereador. A entrega dos materiais às famílias já foi realizada e, inclusive, os equipamentos já estão beneficiando e qualificando a produção de muitos contemplados. Moradores da linha Lazzari, os agricultores Eloi Ambrosio e Elisa Debastiani Ambrosio são feirantes. Há vários anos eles comercializam pães, cucas, bolachas, salgados, chimia, geleia, dentre outros produtos da agricultura familiar, na praça da igreja. Sem orçamento para comprarem os equipamentos recebidos, o casal avalia de forma positiva o projeto. – Fomos contemplados com uma serra-fita, máquina de fazer bolacha, um forno elétrico, um forno a lenha e um tacho. Nós precisávamos desses equipamentos e não íamos conseguir se não fosse assim, porque somos só nós dois e não é fácil, pois vivemos apenas da pequena agricultura e da feira – relatam.
Divulgação
uscando incentivar a agricultura familiar e aquelas famílias que sobrevivem com a venda destes alimentos, o município de Caiçara desenvolveu um projeto inédito na região. A iniciativa partiu do vereador Olivo Bonatti (PT) e contou com apoio da administração municipal e de outros edis. – Foi uma conquista em equipe, que demandou muitas visitas a Brasília desde 2017, quando era ainda presidente do Legislativo. Mas, graças ao esforço de todos, do prefeito Marcio José Menuzzi (PDT) e dos vereadores Ilario Cassol (PP) e Elisete dos Santos Perlin (PDT), conseguimos essa emenda parlamentar, que acredito que seja inédita na região e no Estado. Claro, temos que agradecer ao deputado petista Elvino Bohn Gass, que apreciou o nosso projeto com carinho e liberou esses recursos para ajudar as famílias caiçarenses – comenta Bonatti. Com os recursos no valor de R$ 120 mil, foi possível contemplar 15 famílias do interior e da cidade, que trabalham com a venda de alimentos da agricultura familiar. Cada família recebeu equipamentos
Incentivo à apicultura Vilmar Francisco Strack é pescador e na época da Piracema também trabalha com a apicultura. A família também foi uma das beneficiadas com o projeto. – Recebi uma centrífuga elétrica, uma mesa desoperculadora de inox e um decantador para mel. Eu tinha só uma centrífuga manual para trabalhar, então esses equipamentos nos ajudaram muito, foi uma coisa muito boa. No processo manual eu extraia 50 quilos de mel por dia, hoje com os equipamentos eu consigo tirar 200 quilos por dia, um aumento de produção quatro vezes mais – explica Strack, que é sócio na atividade com mais duas famílias.
Entrega dos equipamentos para extração de mel à família de Vilmar Francisco Strack
Apoio da administração municipal Participando da entrega dos equipamentos a todas a famílias beneficiadas, o prefeito Menuzzi destaca que a administração, mesmo com as dificuldades, busca apoiar os agricultores. “O trabalho é de muitas mãos e o resultado também é para todo o município”, resume.
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Agroindústrias
LEGISLAÇÃO
Susaf: adesões crescem 47% no Rio Grande do Sul Na região do Médio Alto Uruguai e do Rio da Várzea, são 11 municípios que já conseguiram integrar o sistema unificado Gracieli Verde/Arquivo Novo Rural
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m levantamento da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) mostra que o número de municípios aptos a licenciar agroindústrias para comercializarem em todo o Estado cresceu 47% desde o final de novembro. O principal motivador para este avanço é o Decreto nº 54.189, que permitiu algumas adequações no modelo do Sistema Unificado Estadual de Atenção à Sanidade Agroindustrial Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte (Susaf-RS). Desde a regulamentação desta legislação, em 2012, o Susaf acumulou a adesão de 36 municípios. Mas, com o decreto assinado em 2018, 65 novos municípios já integram o Susaf, sendo que 19 já indicaram estabelecimentos aptos a comercializar em todo o Estado. O secretário de Agricultura do Estado, Covatti Filho, reforça que isso era uma demanda antiga do segmento. Segundo a equipe da secretaria, o processo de adesão ao novo modelo do Susaf se dá em duas etapas, compartilhadas entre os departamentos de Agricultura Familiar e Agroindústria e de Defesa Agropecuária. Inicialmente, o município faz o processo de adesão e, depois, indica os estabelecimentos registrados no respectivo Serviço de Inspeção Municipal (SIM) que vai credenciar no Susaf. Os estabelecimentos já indicados pelos municípios e registrados no SIM devem apresentar alguns documentos à Instância Operativa Central da Seapdr. Dos 53 municípios, apenas 19 concluíram essa etapa junto à Instância Operativa Central. Sem a conclusão desta segunda etapa, os estabelecimentos ainda não podem comercializar em todo o Estado. Na região do Médio Alto Uruguai e do Rio da Várzea, dos 42 municípios, são 11 que já conseguiram integrar o sistema unificado. Sarandi, Iraí, Caiçara, Barra Funda, São Pedro das Missões, Jaboticaba, Frederico Westphalen, Constantina, Alpestre, Taquaruçu do Sul e Rodeio Bonito integram esta lista. Um dos destaques é para a área de pescado. Apesar da atual escassez de estabelecimentos legalizados nesta área, a expectativa é que alguns investimentos potencializem este segmento. Com este novo cenário relacionado à fiscalização sanitária, pelo cinco empreen-
Municípios da região que já conquistaram a equivalência Sarandi: três agroindústrias (uma de embutidos, outra de laticínios e outra de pescado) estão inseridas no Susaf e desde início de fevereiro já tem rotulagem atualizada
Iraí: uma agroindústria de embutidos aguarda finalização do processo
Caiçara: uma agroindústria de queijos especiais está juntando a documentação para enviar ao Estado Jaboticaba: deverá ter uma de pescado com possibilidade de aderir ao sistema São Pedro das Missões:
deverá ter uma de pescado com possibilidade de aderir ao sistema
Frederico Westphalen:
uma agroindústria de laticínios já encaminhou documentação
Constantina: lá são quatro
agroindústrias de embutidos e uma de derivados de leite em fase de organização da documentação
Alpestre: duas agroindústrias de embutidos estão em fase de encaminhamento de documentação Taquaruçu do Sul: dois estabelecimentos estão encaminhando as documentações, um na área de filetagem de peixe e outro de embutidos dimentos espalhados pela região poderão ter a oportunidade de vender seus produtos para todo o Estado, a partir da efetiva adesão ao Susaf. Isso deve começar um movimento de busca por atender esta demanda de mercado, que é grande, especialmente nas épocas de maior consumo, como na quaresma católica e na Semana Santa, que antecede a Páscoa. Já as primeiras agroindústrias que
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conseguiram ter o aval do governo do Estado são três estabelecimentos de Sarandi – que inclusive já foram pauta na Novo Rural. A Laticínios Saranti, o Pesque-Pague Arcos-Íris e o Embutidos Araldi estão com a rotulagem atualizada, inclusive, desde o início de fevereiro, segundo profissionais da Agência de Desenvolvimento do Médio Alto Uruguai (Admau), que prestam serviço para o município.
Rodeio Bonito: duas agroindústrias também devem aderir ao sistema, uma na área de filetagem de peixe e outra de produção de ovos Barra Funda: tem um estabele-
cimento da área produto de origem animal que está em fase de encaminhamento de documentação
Agroindústrias Etapa 1
No Departamento de Defesa Agropecuária
Documentação necessária para o protocolo de adesão do município ao Susaf, que deve ser encaminhada à Instância Operativa Central da Seapdr:
1
Requerimento de adesão através de ofício oriundo do prefeito do município.
Programa de trabalho das atividades de inspeção e fiscalização, contendo: a) cronograma de realização de visitas aos estabelecimentos; e b) cronograma de coleta de análises laboratoriais (água e produtos).
5 Etapa 2
4
2
Legislação que comprove a criação e o funcionamento do Serviço de Inspeção Municipal (SIM), ou seja, norma municipal que contenha o seu devido regramento.
Relação de todos os estabelecimentos registrados no Serviço de Inspeção Municipal (SIM), contendo nome empresarial, CNPJ ou CPF, número de registro no SIM, classificação, endereço completo, telefone, endereço eletrônico, data de registro, produtos registrados e dados de produção.
Termo de responsabilidade da Administração Municipal, firmado pelo prefeito, em relação à infraestrutura do SIM, com equipe compatível para com as atividades propostas.
6
3
Declaração devidamente firmada pelo responsável pelo Serviço de Inspeção Municipal (SIM).
No Departamento de Agricultura Familiar e Agroindústria Familiar
Documentação necessária para os estabelecimentos obterem o credenciamento ao Susaf. Os estabelecimentos indicados pelos municípios deverão estar devidamente registrados no SIM e apresentar a Instância Operativa Central a seguinte documentação:
1
Declaração de enquadramento como “estabelecimentos familiares de pequeno porte equivalente”, para os estabelecimentos que se enquadrem nesta categoria.
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LEGISLAÇÃO
Ofício do Serviço de Inspeção Municipal (SIM), indicando o estabelecimento específico para o credenciamento junto ao Susaf.
4
2
Termo de responsabilidade do proprietário do empreendimento requerente, para credenciamento junto ao Susaf.
Declaração de enquadramento no Programa Estadual de Agricultura Familiar (PEAF), para os estabelecimentos que se enquadrarem como agroindústria familiar.
Declaração de conformidade da agroindústria, emitida pelo responsável técnico, obrigatória somente para os estabelecimentos constantes no item 4, sendo que os estabelecimentos constantes no item 3, assistidos pela Emater, poderão apresentar esta declaração firmada pela mesma.
3
A documentação deverá ser encaminhada para o Departamento de Agroindústria da Seapdr, que fará a análise prévia da documentação, conforme o check list (Anexo VIII) e, no prazo de até 30 dias, encaminhará à Instância Operativa Central do Susaf.
Mais informações pelo e-mail: ioc.sdr.rs@gmail.com
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Negócios
QUALIFICAÇÃO
NR oferta curso para tornar produtor mais competitivo
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• O quarto módulo deve incluir temas como ecofisiologia na produção de grãos, interação entre a fisiologia das plantas e o meio ambiente no aumento da produtividade das culturas, a água no sistema solo-planta-atmosfera, a produção, distribuição e utilização de assimilados pela planta; produção, distribuição e utilização de assimilados pela planta, crescimento e desenvolvimento das plantas cultivadas; fatores ecofisiológicos que afetam o rendimento, distribuição de assimilados nas plantas, respostas fisiológicas das plantas às condições adversas de ambiente e aspectos ecofisiológicos da senescência e do estresse.
• No terceiro encontro, os alunos terão conteúdos relacionados às estratégias de manejo para altos rendimentos de grãos, estratégias de manejo inteligente (solo – planta e ambiente), a importância da qualidade de sementes na construção de plantas com alta performance, aspectos associados a plantabilidade e a distribuição uniforme de plantas, como construir estandes de plantas uniformes, manejo por ambiente de produção, controle dos agentes redutores da produtividade, escolha de cultivares e atualizações em relação ao manejo para altos rendimentos.
5º módulo
• O primeiro módulo terá como tema a Agricultura de Precisão e Plataformas Digitais, com o professor-doutor Antônio Luis Santi. Esse módulo vai tratar da gestão das informações na agricultura de precisão, softwares para análise e interpretação de dados, construção de dados na agricultura, impacto do uso de sensores de diagnóstico em tempo real, gerenciamento, certificação e conectividade de dados, plataformas digitais, tomada de decisão na era da agricultura 4.0 e tomada de decisão em tempo real.
4º módulo
1º módulo
A
necessidade de o produtor rural conhecer a fundo as áreas de cultivo, especialmente para culturas como grãos, é recorrente e é consenso que influencia nos resultados, tanto de produção como de produtividade. Para isso, ferramentas como a agricultura de precisão e outras técnicas agronômicas têm se tornado cada vez mais importantes para aprimorar o trabalho a campo. De olho nesta demanda, a Novo Rural está com uma proposta inovadora de qualificação, com foco na Agricultura de Precisão e em Variabilidade da Lavoura. As inscrições para o curso estão abertas e as vagas são limitadas. O diretor da Novo Rural, engenheiro-agrônomo Alexandre Gazolla Neto, pontua que esta iniciativa leva em conta a necessidade de inovação no agronegócio brasileiro, até porque a iniciativa é direcionada tanto para agrônomos, técnicos agrícolas como para produtores rurais. – Nosso objetivo é formar pessoas capacitadas dentro dessas tendências, sejam elas tecnológicas ou de manejo relacionadas às chamadas grandes culturas – revela. Gazolla Neto, que é doutor em Tecnologia de Sementes, empresário do setor e professor na URI de Frederico Westphalen, também será um dos conferencistas, abordando as estratégias de manejo para altos rendimentos de grãos, assunto em alta e essencial para obter resultados cada vez mais competitivos no agronegócio. Um dos convidados para integrar o time de professores é o pesquisador Antônio Luis Santi, do curso de Agronomia da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), campus de Frederico Westphalen, e também coordenador do Laboratório de Agricultura de Precisão do Sul, ligado à instituição. – Temos o compromisso de discutir a contribuição da agricultura de precisão e digital para o cenário agrícola, assim como outras questões técnicas que fazem parte do dia a dia do nosso produtor rural – adianta Santi, que também integra a Comissão Brasileira de Agricultura de Precisão, ligada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. – O convite é para que os profissionais possam se atualizar e fazer a diferença dentro do agronegócio brasileiro – resume. Ainda integram o time de conferencistas do curso os professores Telmo Jorge Carneiro Amado, da UFSM, e Geraldo Luiz Chavarria Lamas Júnior, da Universidade de Passo Fundo. Outros profissionais com renome internacional estão sendo convidados para completar a equipe.
• O segundo módulo incluirá o manejo do solo e ambiente que será conduzido pelo professor-doutor Telmo Jorge Amado. Este módulo abordará assuntos como estratégias de manejo do solo para altas produtividades, manejo por ambiente, melhoria e construção de perfil de solo, manejo físico e as interações com a produtividade, influência da química e da biológica do solo no desempenho dos cultivos, além da relação solo x planta.
3º módulo
Saiba mais sobre os módulos do curso
2º módulo
Iniciativa leva em conta a necessidade de inovação no agronegócio brasileiro
O quinto e último módulo do curso inclui estudos estratégias nacionais e internacionais para gestão da variabilidade, impactos do uso de sensores de ação imediata, atualizações relacionadas ao manejo para altos rendimentos de grãos, planejamento e implantação da digitalização em grandes operações agrícolas; e agricultura de precisão em estruturas corporativas.
Início das aulas O primeiro encontro da turma está agendado para 12 de abril, uma sexta-feira, com aulas à tarde e à noite. Os trabalhos seguem no dia 13 de manhã e à tarde, e no dia 14 pela manhã. Os demais encontros serão marcados em conjunto com os alunos. As aulas serão no salão nobre da Associação Comercial e Industrial de Frederico Westphalen, no Norte do Rio Grande do Sul.
Negócios
CIRCUITO DE FEIRAS
Expodireto Cotrijal: há 20 anos atualizando o agricultor brasileiro
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uando o assunto é feira agropecuária, a Expodireto Cotrijal já ocupa espaço importante na memória de agricultores não só do Rio Grande do Sul, como de todo o Brasil. A feira tem se tornado referência no lançamento de tecnologias para a agricultura e em 2019 completa 20 anos. A programação ocorre entre os dias de 11 e 15 deste mês, em Não-Me-Toque/RS. O presidente da Cotrijal – cooperativa responsável pelo evento –, Nei César Mânica, acredita que uma das principais contribuições da feira para o setor agro brasileiro é no desenvolvimento e acesso a novas tecnologias. – O agronegócio resistiu à pior crise que o país viveu. Agora, não podemos ficar parados. Com a união e a força do campo, vamos seguir
Serviço
nos superando: com mais negócios, investimentos e incentivos; mais tecnologia, conhecimento, experiência e inovação; mais crescimento sustentável e atenção ao meio ambiente – pontua Mânica. Para este ano o parque da Expodireto foi ampliado para 98 hectares e a expectativa é de reunir mais de 500 expositores e atrair mais de 250 mil visitantes. Em relação ao negócios, a expectativa é superar os R$ 2,2 bilhões da edição passada. Entre as melhorias no parque, o setor de Produção Animal passará a funcionar em prédio fixo, em construção ao lado do Auditório da Produção. Já o Auditório da Produção foi reformado para receber 92 pessoas. Outros prédios do parque também receberam melhorias, inclusive os banheiros.
Programação • Dia 11: 9 horas, abertura oficial; às 14 horas, 11º Fórum Nacional do Milho; às 17 horas, Prêmio Semente de Ouro 2019. • Dia 12: às 9 horas, 30º Fórum Nacional da Soja; às 9 horas, 3º Encontro de Mulheres Cooperativistas, na Casa do Sistema Ocergs-Sescoop/RS; às 13h30min, 4º Fórum Estadual de Conservação do Solo e da Água.
• Dia 13: às 8 horas, café da manhã para imprensa e patrocinadores, na Casa da Família Cotrijal; às 8h30min, 15º Fórum Estadual do Leite, no Auditório Central; às 10 horas, lançamento do Dia C 2019, na Casa do Sistema Ocergs-Sescoop/RS; às 13h30min, 5º Encontro de Empresárias Rurais Cotrijal/ Bayer; às 15h15min, Fórum do Trigo. • Dia 14: às 9 horas, 12º Fórum Florestal do RS; às 14 horas, Fórum Soja Brasil; às 14 horas, formatura do projeto Aprendiz Cooperativo Cotrijal. • Dia 15: às 9 horas, Fórum do Jovem Cooperativista; às 14 horas, audiência pública da Comissão de Agricultura do Senado; às 17 horas, coletiva de imprensa.
São esperados mais de 250 mil visitantes durante uma semana de feira
Horário de funcionamento:
das 8 horas às 18 horas
Entrada gratuita Valor do almoço: R$ 34,00 na praça de alimentação e R$ 37,00 no restaurante
Estacionamento:
Gracieli Verde/Arquivo NR
R$ 30,00 para motocicletas, carros e vans; R$ 30,00 para ônibus; R$ 120,00, passe livre para a feira, todos os dias com entrada e saída liberada.
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Parceiros do leite
MERCADO
Tem leite “azedando” em Brasília! Volta da taxa antidumping para importações de leite em pó da Europa e da Nova Zelândia segue sem resolução
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Na Justiça Federal… A Justiça Federal está avaliando se é legal ou não a resolução que retirou a aplicação das tarifas antidumping para importação de leite em pó da União Europeia e da Nova Zelândia. Para isso, solicitou parecer do Ministério Público Federal (MPF). A justificativa é que trata-se de um assunto de relevância social e econômica. A contestação é para o Ministério da Economia. Um dos questionamentos é pelo fato de que a decisão sobre a queda das taxas foi anunciada por meio de uma resolução interna da pasta, e não votada por um colegiado, como a Câmara de Comércio Exterior (Camex).
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produtor de leite ainda vive momentos de tensão devido ao cenário que tem se desenhado no último mês. Uma notícia que assustou foi a suspensão, no início de fevereiro, da taxa antidumping para importações de leite em pó da Europa e da Nova Zelândia, que era cobrada desde 2001. A decisão foi do Ministério da Economia. Com o alvoroço que esse anúncio causou, o setor tem buscado se mobilizar para que o governo federal crie, pelo menos, compensações – mas, até o fechamento desta edição, nada de concreto havia sido anunciado. Segundo a Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), esse debate já é antigo, e a instituição já havia reforçado a necessidade de prorrogação da tarifa desde novembro de 2018. Inclusive, uma das sugestões da entidade era o pedido para a manutenção das alíquotas de 14,8% para o leite importado da União Europeia e de 3,9% para o da Nova Zelândia. Pressionado por representantes do setor, a equipe do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) se comprometeu em adotar medidas compensatórias para que possíveis importações de leite em pó da Europa e da Nova Zelândia não prejudiquem o setor lácteo brasileiro. Uma comitiva gaúcha, formada por representantes da cadeia produtiva do leite, se reuniu em fevereiro em Brasília, com a ministra da Agricultura, Tereza Cristina. O presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Alexandre Guerra, disse à imprensa que o tom da conversa foi otimista, apesar de ainda não haver, até 28 de fevereiro, nenhum documento assinado. Outro pedido à ministra Tereza Cristina foi quanto à prorrogação das instruções normativas 76 e 77. Produtores e indústria de vários Estados solicitaram que a aplicação da nova legislação não exclua ninguém do processo produtivo. “Somos favoráveis às melhorias contínuas, mas há pontos que precisam ser trabalhados e implementados de forma gradativa”, defende Guerra. Essas instruções normativas estão previstas para vigorar a partir de 30 de maio. Esses pedi-
dos de reavaliação foram entregues oficialmente em documento, idealizado por Sindilat, Fetag, Apil, Emater/RS, IGL, Fecoagro, Farsul, SEAPDR, Fundesa, Famurs, Asamvat e Avat.
Possível compra de leite pelo governo
O secretário de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPRD) do Rio Grande do Sul, Luis Antônio Covatti, disse à reportagem, por telefone, que por mais que não cabe ao Estado essas decisões de acordos de mercado, está sensibilizado e em contato direto com o governo federal para encontrar possíveis soluções. – Temos pelo menos três prioridades e a primeira delas é sensibilizar o governo federal para a compra institucional de leite, para reduzir os estoques, o que pode auxiliar a manutenção dos preços pagos ao produtor – disse Covatti, no fim de fevereiro. Outras duas prioridades da secretaria, segundo o gestor, é seguir cobrando empenho do Mapa nas negociações com o Mercosul, na tentativa de barrar importações exageradas de leite do Uruguai, bem como monitorar junto ao governo federal o andamento da revisão do decreto que tira os subsídios no preço da energia elétrica para o meio rural. Covatti acredita que isso impacta diretamente no custo de produção do litro de leite, porque a energia elétrica é substancial para o setor leiteiro, seja para refrigeração do produto, para ordenha ou mesmo para irrigação das pastagens.
Existe uma promessa de aumentar tarifa
O presidente da República, Jair Bolsonaro, havia anunciado ainda na primeira quinzena de fevereiro que poderia ser aplicado um aumento da alíquota do imposto de importação do produto para compensar a perda da taxa antidumping. A expectativa é que, somando a alíquota do imposto mais a taxa antidumping, se chegaria a uma tarifa de 42,8%. Até 28 de fevereiro, não havia confirmação desta informação nos órgãos oficiais.
Parceiros do leite
Revista Novo Rural Março de 2019
MERCADO
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Leite começa a retomar preço
Reunião mensal ocorre na capital do Estado
Em nível nacional
leitura
Uma reflexão sobre sistemas de produção
U Carolina Jardine/Divulgação
A
avaliação mensal do Conseleite aponta que depois cinco meses de queda, o valor de referência do leite voltou a subir no Estado gaúcho em fevereiro. O indexador projetado para fevereiro de 2019 pelo Conseleite é de R$ 1,1142, 0,77% acima do consolidado de R$ 1,1057 de janeiro e bem acima do projetado (R$ 1,0574/janeiro). A informação foi divulgada na última semana de fevereiro. Segundo o professor Eduardo Finamore, da UPF, que assessora a análise desses dados, entre os produtos que puxaram o movimento de recuperação está o leite em pó (0,89%) e o leite UHT (2,47%), dois dos principais itens que compõem a cesta de produtos lácteos no Rio Grande do Sul. Para Finamore, a expectativa é que o setor trabalhe com preços mais elevados no início de 2019. Esse aumento também é creditado ao movimento de volta às aulas. Outro levantamento realizado pelo Conseleite indica que o leite, em 2018, teve valorização acima da inflação do período, o que reflete custos menores de produção, sendo próximo de 50% para pagamentos de insumos e 50% para pagamentos de mão de obra, máquinas e infraestrutura. Quanto aos custos, Finamore informou que o mercado do milho e soja com preços mais baixos deve ajudar o produtor, barateando o custo da ração. O presidente do Conseleite, Pedrinho Signori, comenta que esse clima de otimismo traz alento ao setor, pois o segundo semestre de 2018 foi de apreensão no campo e baixa rentabilidade. – Vivemos um divisor de águas no setor leiteiro. Há muita preocupação com a posição que será adotada pelo governo sobre as taxas antidumping e em relação às novas INs que regulam a qualidade da produção. São duas decisões que impactarão diretamente no futuro de milhares de produtores – observa.
Dica de
m dica para quem gosta de saber mais sobre sistemas de produção de leite é a cartilha “Evolução tecnológica da atividade leiteira no Brasil: uma visão a partir do Sistema de Produção da Embrapa Gado de Leite”. Disponível on-line, o documento apresenta uma análise da atividade leiteira no Brasil e o processo de incorporação tecnológica nas últimas quatro décadas, tendo como base um sistema de produção de leite instalado na Embrapa Gado de Leite em Coronel Pacheco (MG). Segundo a instituição, esse sistema apresenta como características básicas um rebanho de composição genética mestiça entre Holandês e Zebu, criado predominantemente a pasto, com escala de produção e modelo de exploração de média tecnologia, que representa grande parcela das fazendas produtoras de leite do Brasil. Os fatores produtivos analisados foram capital, terra, mão de obra e animal. Pelo código abaixo, você consegue baixar a publicação, ou acesse pelo link: bit.ly/2Ejl3HR
A chamada “Média Brasil”, calculada pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/ USP, foi de R$ 1,4146/litro em fevereiro, o que representa 13 centavos a mais do que no mês anterior e 33,8% acima do valor registrado no mesmo período de 2018. É uma elevação de 10,2% de janeiro para fevereiro. Para março, a expectativa de colaboradores do Cepea é de que os preços continuem em alta, mas em menor intensidade. A expressiva valorização do leite ao produtor já no início do ano desperta alerta sobre a sustentação desse movimento. Vale lembrar que, em 2017, a oferta limitada de leite impulsionou as cotações no início do ano, mas o desequilíbrio entre oferta e demanda fez os valores despencarem a partir de junho.
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Pecuária
AVES
O desejo de ter o próprio negócio permitiu que jovem de Taquaruçu do Sul investisse em moderna estrutura de produção de ovos Gracieli Verde
jornalismo@novorural.com
M
arcos André Ciganski, 34 anos, contador. Poderia ser mais uma história de um jovem filho de agricultores que estudou e foi “fazer a vida” na cidade – movimento predominante por muitos anos em grande parte das famílias rurais brasileiras. Mas, não. Com Marcos André tem sido diferente. Ele também integra um movimento que faz o caminho reverso, para quem os investimentos no setor agropecuário têm permitido que a aposta pelo setor primário seja uma escolha, e não uma simples consequência. Filho único, contador, bancário por dez anos, mas que sempre manteve as raízes no interior, residindo com os pais, Marcos André viu que no setor agropecuário teria a oportunidade de investir no próprio negócio, além de ter um trabalho que integrasse a família e pudesse, no futuro, empregar outras pessoas. A escolha: um aviário com 10 mil aves de postura, que diariamente devem produzir até 9 mil ovos.
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A ideia de investir na propriedade dos pais, no interior de Taquaruçu do Sul, sempre esteve na lista de desejos de Marcos André. A proximidade da cidade e o fato de ter uma estrutura montada, uma vez que antes era mantido um plantel de vacas leiteiras, também influenciaram que o desejo se tornasse projeto e, este, pudesse ser tirado do papel neste início de 2019. Ele conta que quando cursava a graduação em Ciências Contábeis, a família mantinha um lote de galinhas que produziam ovos, num sistema considerado mais caipira, com os animais soltos. Foi essa renda que serviu para Marcos André pagar as mensalidades do curso. Depois de 2006, ano que se formou, o trabalho dos pais de Marcos era com as vacas leiteiras. Ele até auxiliava quando possível, mas a prioridade era aprimorar a atuação no sistema bancário. “Mas durante todo esse tempo eu pensava em um dia voltar”, revela. A experiência na área de crédito rural na instituição financeira em que trabalhava também permitiu que ele conhecesse mais sobre
projetos diferenciados de geração de renda no campo. Em Santa Catarina, viu um projeto parecido com o que ele gostaria de implementar. O fato de poder ser um trabalho bastante automatizado gerou ainda mais interesse do contador, porque isso geraria a necessidade de menos mão de obra no dia a dia. Uma pesquisa de mercado mostrou, com números, como era a demanda para o comércio de ovos em supermercados, panificadoras, restaurantes e outros estabelecimentos. – A região consumia muito ovo que vinha de outras regiões, então isso comprometia a qualidade. Com esses indicativos em mãos, decidi sair do emprego para executar o projeto da avicultura, com total apoio dos meus pais – conta. Na parte sanitária, o encaminhamento foi para ter inspeção federal, uma vez que já se tinha visão de que poderia vender para Santa Catarina, à medida que a produção se intensificasse. Hoje o empreendimento já atende municípios praticamente num raio de 100 quilômetros, mas a meta é ir ainda mais longe.
Fotos: Gracieli Verde
Contador, bancário e agora avicultor!
Pecuária
AVES
O investimento não foi baixo. São R$ 800 mil aplicados (maior parte financiada através da Sicredi Alto Uruguai) em 500 metros quadrados de área construída, somando o aviário e a sala de classificação – setor em que os pais de Marcos André, seu Cláudio e dona Verônica, também empregam sua força de trabalho. Com o funcionamento da granja, o plantel de 20 vacas foi vendido, para que o foco seja, a partir de agora, na produção de ovos. – O trabalho é bastante automatizado, mas como eu faço as entregas, é importante que o pai e a mãe deem atenção à granja, junto com um funcionário. Assim podemos ter o cuidado que esse trabalho exige – conta, feliz com o projeto que já é referência para a região pela tecnologia empregada. O nível de automação é de praticamente 100% das operações na granja. Das gaiolas os ovos vão para uma esteira, que os leva até a sala de classificação. Ali cada unidade é classificada, avaliada e embalada, para depois ser encaminhada para venda.
No total são 10 mil galinhas poedeiras, que devem produzir entre 8,5 mil a 9 mil ovos por dia. As frangas vêm para a granja com 100 dias de idade, ou 15 semanas. Com cerca de 20/22 semanas de idade, essas aves começam a produzir ovos.
O custo de uma franga gira em torno de R$ 14,00 a R$ 16,00 cada. A granja tem um responsável técnico que é um veterinário, que também monitora a sanidade das galinhas semanalmente. A ração para essas aves varia de acordo com a fase do lote. No caso da granja, são dois lotes de 5 mil aves, que estão com idades diferentes.
Essas galinhas produzem por cerca de 18 meses. Depois precisam ser descartadas e o plantel é reposto.
A temperatura ideal dentro do aviário é de 20°C a 23°C. Isso é mantido graças a um sistema de climatização com nebulização.
Esse descarte precisa ser feito através de um frigorífico credenciado para abater este tipo de animal.
Um gerador de energia garante que a granja funcione dentro do planejado, 24 horas por dia.
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Pecuária
PSCICULTURA
Liberada criação de tilápia na Bacia do Rio Uruguai Produtores aguardam regulamentação através da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura do Estado, que vai detalhar regras para a atividade Gracieli Verde
jornalismo@novorural.com
U
m anúncio considerado importante para o setor de piscicultura tem gerado uma expectativa positiva no Estado. Após 15 anos de tramitação, chegou ao fim a disputa judicial que proibia a introdução, reintrodução e criação da tilápia-do-Nilo em tanques escavados na bacia do Rio Uruguai em território gaúcho. A criação da tilápia, espécie exótica originária da África, estava proibida no Rio Grande do Sul desde 2003, a pedido do Ministério Público Federal. A liberação de criação da tilápia em tanques escavados foi baseada em estudos que apontaram não haver risco de dispersão da espécie. A regularização definitiva da atividade depende agora de portaria da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura. Quando do anúncio, a notícia foi comemorada pelo secretário de Estado da Agricultura, Luis Antônio Covatti. – Após a portaria específica, o produtor poderá se regularizar e receber apoio de políticas públicas para incrementar a atividade, tendo acesso a financiamento para investimentos e cadastramento de agroindústrias no SIM e Susaf – disse o secretário.
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A ideia é que, por meio de portaria, seja dada segurança jurídica aos municípios para licenciarem a criação da espécie em tanques de mil metros quadrados, cujo empreendimento não ultrapasse dois hectares de lâmina d'água, limite definido pela Fepam aos municípios. – O que se espera é que, com essa liberação, se agilize alguns processos de legalização dessa produção. A Bacia do Rio Uruguai deve envolver mais de 200 municípios do Estado, considerando a parte gaúcha, porque a parte catarinense já tem a liberação da criação – explica o engenheiro-agrônomo Carlos Roberto Olczevski, que é um dos assistentes técnicos regionais da Emater/RS-Ascar em Frederico Westphalen. O fato é que, com isso, a criação de tilápia pode crescer dentro da formalidade, sem maiores preocupações. “Tanto que temos raros produtores de alevinos, por exemplo, o que pode mudar com essa regulamentação que está para ser publicada pelos órgãos fiscalizadores. Hoje os alevinos são comprados de criadores do Paraná e de Santa Catarina, em sua maioria”, sinaliza Olczevski. A expectativa é que nos próximos meses essa regulamentação em nível de Estado seja publicada, para efetivamente fazer valer esta decisão.
Impacto em toda a cadeia produtiva Essa legalidade da atividade deve estar diretamente relacionada a um crescimento de toda a cadeia produtiva no RS, com a possibilidade de ampliação da criação e fomento de novos frigoríficos. É claro que, para isso, é importante que o governo incentive essa produção, com abertura de linhas de de crédito especiais, na visão do agrônomo. Na região, o município de Chapada tem um frigorífico que abate cerca de seis mil quilos por dia e outras agroindústrias estão sendo instaladas. “Mas temos um potencial muito maior. Se pensarmos somente na área que temos com lagos de barragens de usinas, daria para ter uma forte intensificação da atividade”, observa. Na região são pelo menos 1,2 mil hectares de área alagada. Olczevski acredita que mesmo o interesse pela produção de tilápia sendo grande na região, é fundamental trabalhar para aumentar o consumo desta carne. – À medida em que fomentarmos o consumo de peixe nos municípios, é possível pensar em mercados mais amplos. Para isso é importante seguir com eventos como jantares do peixe e cursos de preparo de pratos a base de peixe, além das feiras municipais – defende. Todo o potencial que Estados como o Paraná e Santa Catarina já desenvolveram nesta área, o território gaúcho também tem. “Se avaliar o clima e outras características das nossas propriedades, temos condições de evoluir bastante”, garante.
Pecuária
SUINOCULTURA
Gracieli Verde
No total, em 2018 foram abatidos 9.246.224 suínos em território gaúcho
Região mantém liderança no ranking de abates Três municípios do Regional estão entre os dez maiores produtores de suínos do Estado
A
nualmente a Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs) divulga e avalia o ranking de abates de suínos referente ao ano de 2018, listando quais municípios mais somam o número de animais que foram entregues nos frigoríficos. Esses dados são baseados em relatórios da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, na Seção de Epidemiologia e Estatística (SEE), tendo como base as Guias de Trânsito Animal (GTA). Em 2018, foram abatidos mais de 9,2 milhões de suínos em território gaúcho. No ano anterior esse número foi de 8,9 milhões, ou seja, um aumento de 3,1% de um ano para o outro. O presidente da Acsurs, Valdecir Folador, comenta que esse aumento foi uma surpresa para a entidade, uma vez que o setor vem passando, segundo ele, por uma estabilidade em termos de produção. “A gente imaginava que não haveria crescimento, porque não foi um ano fácil para os produtores”, revela. Para 2019, a associação espera um crescimento mais tímido, de no máximo 1,5%, justamente reflexo dessa possível estabilidade na produção. “Teremos um cenário um pouco mais complicado para os chamados produtores independentes, que estão arcando com custos de produção mais altos”, estima Folador.
RS
2017 8.949.366
+ 3,1%
2018 9.246.224 2017
2018
Rodeio Bonito
277.357 suínos
266.311 suínos
- 3,98%
Palmitinho
202.346 suínos
209.633 suínos
- 3,6%
NA REGIÃO
O ranking A partir da atualização desses dados, o município de Rodeio Bonito aparece no topo do ranking, com 266.311 suínos abatidos em 2018, mantendo a mesma posição de 2017. Apesar da liderança, o número representa uma leve queda de 3,98%, já que no ano anterior foram registrados 277.357 abates no município. Em segundo lugar segue o município de Palmitinho, com 209.633 suínos abatidos. Este, com aumento de 3,6% no número de abates se comparado com 2017, que foi de 202.346 animais.
Ainda estão entre os primeiros do ranking os municípios de Nova Candelária (3º lugar – com 192.499 suínos abatidos); Três Passos (4º lugar – 180.748 suínos abatidos); Boa Vista do Buricá (5º lugar – 175.737 suínos abatidos); Santo Cristo (6º lugar – 156.166 suínos abatidos); Aratiba (7º lugar – 145.286 suínos abatidos); Rondinha (8º lugar – 143.522 suínos abatidos); Casca (9º lugar – 140.986 suínos abatidos); e Capitão (10º lugar – 127.105 suínos abatidos). 25 | Revista Novo Rural | Março de 2019
Geral
NOVA PREVIDÊNCIA
Idade para aposentar mulheres pode aumentar Proposta enviada ao Congresso Nacional também prevê tempo de contribuição de 20 anos Gracieli Verde
Confira o comparativo
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A
reforma da Previdência voltou para a pauta de discussões. Com a entrega da proposta da chamada Nova Previdência pelo presidente, Jair Bolsonaro, ao Congresso Nacional, em fevereiro, o assunto é mais uma das prioridades para 2019. O desafio do atual governo é aprovar o texto ainda no primeiro semestre. No parlamento, o projeto tramitará como Proposta de Emenda à Constituição (PEC). Antes de ser apresentadp para votação pelo plenário da Câmara, será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e por uma Comissão Especial. Se aprovado, segue para o Senado, onde passará pela CCJ da Casa antes de ir à votação em plenário. Para os trabalhadores rurais, a proposta prevê que a idade mínima para a aposentadoria seja igual tanto para homens quanto para mulheres, aos 60 anos, e 20 anos de contribuição para o sistema previdenciário. Pelo sistema atual, as idades mínimas são de 60 anos para homens e 55 anos para mulheres. Empregados e contribuintes autônomos e individuais devem comprovar 15 anos de contribuição com o INSS. Já o segurados especiais devem comprovar apenas 15 anos na atividade rural. Na opinião do advogado Clauto Oliveira, que atende em Seberi e é especialista em Direito Previdenciário, a mudança no tempo de contribuição é mais coerente do que outras alterações, como por exemplo a igualdade de idades para homens e mulheres. Ele acredita que seja apenas uma questão de ajuste. – O prejuízo maior vai ser para a mulher rural, que nas outras modalidades de aposentadoria se manteve com uma diferença em relação ao homem. Para as mulheres urbanas que vão aposentar por tempo de contribuição, vão precisar ter 62 anos e homens, 65 anos. No rural não fizeram essa distinção – pontua o advogado, em tom que questionamento. O presidente da Federação dos Trabalhadores da Agricultura do Rio Grande do Sul (Fetag/RS), Carlos Joel da Silva, define esta distinção das mulheres rurais em relação às urbanas como uma ato de discriminação. “A mulher do campo não trabalha apenas na lavoura, mas em várias outras frentes, e isso não pode ser ignorado”, acredita.
Regra atual
Regra de transição para aposentadoria rural
Idade mínima
Homens: 60 anos
Mulheres: 55 anos
Tempo mínimo para atividade rural
15 anos
Regra prevista na proposta, a partir de 1º de janeiro de 2020
Em relação ao tempo de contribuição:
a partir de 1º de janeiro de 2020 será acrescido de seis meses a cada ano, até completar 20 anos de contribuição
Idade mínima
Homens: 60 anos
Mulheres: 60 anos
Contribuição para segurados rurais empregados, contribuintes individuais e avulsos e segurados especiais
20 anos
Em relação à idade da mulher
Ano 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029
Tempo de contribuição 15 15,5 16 16,5 17 17,5 18 18,5 19 19,5 20
Ano 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029
Idade para mulher 55 55,5 56 56,5 57 57,5 58 58,5 59 59,5 60
Contribuição mínima de R$ 600 A nova proposta de reforma da previdência mantém a regra de recolhimento de 1,7% sobre o faturamento da venda da produção. Entretanto, o segurado especial passaria a ter um valor mínimo de R$ 600 a ser atingido durante o ano. Caso não haja a venda de produção ou o faturamento não for o suficiente para garantir esse piso, ele pode complementar o valor até a metade do ano seguinte. Dessa forma, se essa regra já estivesse valendo, o segurado especial teria que contribuir com R$ 600 até o final deste ano. Se não conseguisse, teria até junho do ano que vem para complementar o valor. Caso contrá-
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rio, esse ano não é contabilizado na carência de 20 anos para a concessão do benefício. Em relação a isso, Oliveira diz que ainda pairam dúvidas, que provavelmente devem ser esclarecidas por meio de uma lei complementar, sendo difícil avaliar neste momento. Para a Fetag/RS, apesar de R$ 600 por ano não ser muito, é preciso considerar que há pequenos produtores que não vão alcançar esse valor e que dependem da produção. – Então, a obrigatoriedade da contribuição pode trazer prejuízos, pois pode ter algum ano de intempéries e que ele não vai
conseguir nem pagar esse valor. Por outro lado, outros agricultores que contribuirão com três ou quatro vezes a mais que esse valor mínimo vão se aposentar com o mesmo salário. Isso é justo? Tem essa disparidade que tem que ser revista – sugere o presidente Carlos Joel da Silva. Segundo o governo federal, os segurados do meio rural respondem por 32% dos benefícios da Previdência Social e por 58% do déficit do sistema. Em 2018, a receita da previdência rural foi de R$ 10 bilhões e a despesa foi de R$ 124 bilhões. Para 2019, a projeção do governo é de R$ 11 bilhões de receita e R$ 127 bilhões de despesa.
Tecnologia
FEIRAS E EVENTOS
Embrapa abre espaço para startups na Expodireto Cotrijal
P
ara quem quer saber mais sobre tecnologias digitais, que ocupam cada vez mais espaço no cotidiano rural, a Expodireto Cotrijal contarå com novidades em a softwares, aplicativos para celular, Internet das Coisas, entre outros temas. No Pavilhão 7, entre os dias 11 e 15 deste mês, a Embrapa Gado de Leite contarå com a participação de startups do agronegócio. As startups selecionadas no Ideas for Milk, que hå três anos realiza desafios nesta årea, marcarão presença na feira. O chefe-adjunto de Transferência de Tecnologias da Embrapa Gado de Leite, Bruno Carvalho, pontua que esta serå uma oportunidade de os visitantes conhecerem ideias inovadoras que podem contribuir com a rotina no campo.
Internet: revolução digital e o agronegócio
Veja quais as startups estarão no espaço: • Cowmed: Monitoramento de nutrição, saúde e reprodução para gado de leite. • Milkchain: Milktampa, dispositivo que mede temperatura, umidade e abertura dos tanques de resfriamento de leite. • Mobimilk: Salas de ordenhas móveis para bovinocultura de leite. • Onfarm: Aplicativo, smartkit e smartlab para a realização de testes de mastite em vacas. • Z2S: Conjunto de sistemas que promovem a limpeza automåtica dos equipamentos de ordenha. Divulgação
Mobimilk serĂĄ uma das participantes da feira
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OPWPSVSBM
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!OPWPSVSBM
A internet jĂĄ trouxe muitas melhorias e facilidades para o campo e, no futuro, os equipamentos agrĂcolas terĂŁo cada vez mais sensores conectados Ă internet. A inteligĂŞncia artificial aplicada Ă agricultura pode melhorar os processos produtivos e apoiar a tomada de decisĂŁo pelo agricultor, reduzindo custos e trazendo mais rendimento. Estima-se que os objetos interconectados estĂŁo presentes em 10% dos lares brasileiros. Desde geladeiras, relĂłgios, televisores e automĂłveis, hĂĄ uma sĂŠrie de “coisasâ€? que se conectam enviando e recebendo dados online. Carros autĂ´nomos, robĂ´s e mĂĄquinas inteligentes, que conversam entre si, podem gerenciar o uso de energia e insumos, tornando o processo produtivo mais eficiente. Segundo o Portal do AgronegĂłcio, a aplicação da tecnologia, Internet das Coisas, IoT permite fazer uma melhor gestĂŁo do uso da energia elĂŠtrica ou ainda controlar o trĂĄfego de veĂculos nas grandes cidades, entre outros casos. Investir em inovação ajuda o produtor rural no controle de riscos de sua produção e aumenta o nĂşmero de informaçþes sobre sua propriedade, uma estratĂŠgia para o aumento de produtividade. Indo alĂŠm das tecnologias conhecidas, empresas jĂĄ estĂŁo investindo na IoT para seus clientes terem informaçþes ainda mais precisas sobre suas culturas e plantaçþes. O avanço na ĂĄrea de agricultura de precisĂŁo, com sensores instalados nos equipamentos e conectados em rede, indica que a agricultura do futuro deverĂĄ ser cada vez mais apoiada pelo conhecimento cientĂfico, de acordo com a Embrapa InformĂĄtica AgropecuĂĄria. De acordo com o portal Por dentro do Agro, as soluçþes para o setor incluem monitoramento on-line em tempo real, permitindo ao produtor ter dados sobre clima, tempo, solo e pragas. Com a IoT, os dados podem ser integrados ao sistema de gestĂŁo das fazendas, facilitando a tomada de decisĂŁo dos gestores no dia a dia. A inserção da Internet das Coisas no agronegĂłcio proporciona vantagens para os produtores, mas tambĂŠm abre novas portas para o mercado. Buscando facilitar a vida de quem gerencia grandes empresas agrĂcolas, jĂĄ tem empresa pensando alĂŠm: um software que integra dados de insumos que estĂŁo em falta com tabelas de futuras compras, jĂĄ ĂŠ realidade. Com novas soluçþes, empresas podem oferecer tecnologias mais completas para seus clientes, tornando o mercado agrĂcola cada vez mais competitivo e vantajoso para o produtor. Fonte: Gazeta Online (texto adaptado)
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DPOUBUP!OPWPSVSBM DPN 27 | Revista Novo Rural | Março de 2019
Dia da Mulher Gracieli Verde
O poder que as mulheres têm Elas são empreendedoras, persistentes e sabem o valor do conhecimento para competir de igual para igual com todos os colegas de profissão, independente de gênero
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O desafio das mulheres Mesmo diante de um setor essencialmente masculino, é visto que as mulheres têm conquistado espaços importantes dentro do setor agropecuário. Não são poucas que têm investido na área, seja como agrônomas, veterinárias, zootecnistas, pecuaristas ou agricultoras, que querem integrar na rotina delas o meio rural, com qualidade de vida, renda e realização profissional. A mais recente pesquisa da Associação Brasileira de Marketing Rural e Agronegócio (ABMRA), feita em 2017, mostra que 31% dos cargos de gerenciamento em empreendimentos rurais são ocupados por mulheres. Claro que isso não significa necessariamente que elas são proprietárias, como o caso de Ivete, mas é um avanço importante, porque em 2013 esse número não passava de 10%, segundo o relatório. Esse mesmo estudo, que entrevistou pessoas de todo o Brasil relacionadas ao setor agropecuário, mostra que 81% dos entrevistados consideram a partici-
pação das mulheres vital ou muito importante no setor agro; e que 49% veem a presença delas tão importante quanto a do homem na propriedade. Será a esperança de mais igualdade nesse aspecto num futuro não tão distante? – Muitas vezes recebo aqui no escritório jovens moças que estão ingressando no mercado de trabalho na área de agrárias, principalmente como engenheiras-agrônomas. Sempre digo: a gente precisa ser capaz, mostrar que temos conhecimento para resolver as rotinas diárias da prática agrícola na propriedade ou nas empresas – defende Ivete, reforçando que para isso é preciso foco. É esse foco no trabalho que, garante Ivete, contribui para que as mulheres sejam menos assediadas e mais valorizadas no campo, independente da área em que atuam. “Não necessariamente precisamos mostrar força, mas sim sabedoria e inteligência”, reitera.
“Não necessariamente precisamos mostrar força, mas sim sabedoria e inteligência.” Ivete Schwantes Baumgratz
Gracieli Verde
or trás daquele cabelo escovado, da pele bem cuidada e do sorriso espontâneo está muito mais do que uma empresária do setor agropecuário. A engenheira-agrônoma Ivete Schwantes Baumgratz, que soma mais de 30 anos na profissão, gosta mesmo de vestir a botina e ir para o campo. “É a parte do meu trabalho que eu mais gosto, todo mundo sabe”, exclama, com a realização de quem se tornou referência na área, como uma das primeiras profissionais a atuarem na assistência técnica na região de Palmeira das Missões. Natural de Passo Fundo, filha de trabalhadores da construção civil, foi na faculdade o primeiro contato com a Agronomia e o trabalho com a terra – antes era para ter feito Arquitetura. Se apaixonou. O amor à Agronomia fez com que logo depois do estágio em uma cooperativa de produção fosse contratada no Mato Grosso, onde o pai tinha projetos na área de construção civil. Daí em diante, o trabalho de consultoria para os mais diversos segmentos da agricultura só se fortaleceu, principalmente depois de retornar para o Sul, onde se casou. O ex-marido também era parceiro de negócios e juntos prestavam consultoria para produtores na região. Ivete tem três filhas: Francieli, 19 anos, que hoje mora e estuda no Canadá, e as gêmeas Caroline e Camille, de 17, que estão estudando em Passo Fundo a partir deste ano. Há 12 anos ela também investiu na área de análises de sementes, depois de adquirir um laboratório de uma cooperativa que operava no município de Palmeira das Missões – município com extensa área agricultável, que no verão soma pelo menos 100 mil hectares de soja cultivados, um “prato cheio” para qualquer profissional da área. Há cerca de um ano ela realizou um dos sonhos, de ter uma estrutura própria para a empresa – a Ruraltek Planejamento e Assessoria Técnica –, mais moderna e com o aconchego a ela queria proporcionar para clientes e parceiros. – Hoje não me imagino em outro lugar. Palmeira das Missões me acolheu e sou apaixonada pelo o que eu faço, pela vida e pelas amizades que construí aqui – garante. O mestrado em Patologia de Sementes fortaleceu ainda mais o trabalho de Ivete na área, que também atua com planejamento, consultoria e tem uma parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul para análises de solo. Hoje são nove pessoas que trabalham com ela, um grupo que considera extremamente qualificado. Uma das inovações no início dos trabalhos foi não apenas fazer análise de germinação, mas também análise de vigor. Treinar pessoas para estar com ela no trabalho diário do laboratório também foi uma das missões para que Ivete conseguisse concretizar uma série de projetos e fortalecer essa credibilidade diante da comunidade regional relacionada ao agronegócio.
Dia da Mulher A jovem que influenciou a mãe a investir na suinocultura Em Seberi, distante pouco mais de 50 quilômetros de Palmeira das Missões, outra mulher tem se destacado no setor agro. Carla Cocco da Silva Dallanora é suinocultora, tecnóloga em agropecuária e tem se tornado referência não apenas pelos bons resultados apresentados na granja, mas por ser uma mulher consciente do seu papel, onde ela quiser. Desde meados de 2014, ela, na época aos 22 anos, convenceu a família de que era com a suinocultura que queria trabalhar. Os pais, Velci e Marilei, sempre a apoiaram, assim como irmão Hugo. Quando ingressou na atividade, Carla morava na cidade, com o marido Samuel, onde ele mantém um supermercado. Mesmo assim, diariamente ela ia para o trabalho, na propriedade dos pais, onde construiu a primeira pocilga com capacidade para mil animais, na fase de crechário – hoje integrada à Suinocultura Acadrolli, de Rodeio Bonito. Seis meses depois do nascimento da filha Melissa, o casal está morando na propriedade, na linha Bonita, onde construíram uma casa, e é o esposo que ainda vai para a cidade trabalhar diariamente. – Assim fica mais fácil para cuidarmos da Melissa, porque posso contar com a ajuda da minha mãe e fica mais prático estar aqui com ela. Hoje é a realização de um so-
nho residir aqui novamente, porque eu sempre gostei de morar no interior. Estou muito feliz – diz a jovem mãe. Em 2017, além de automatizar o crechário, outro investimento foi feito. A mãe, Marilei, deixou de lado a pecuária leiteira para investir em uma pocilga de terminação, também com capacidade para mil suínos, muito influenciada pela filha e pelo modo de vida que querem para a família. A principal motivação era em função da mão de obra. – Como investimos em uma pocilga mais automatizada, ela cuida daquela de terminação e eu do crechário. Quando precisamos carregar, o pai e o Hugo também auxiliam, mas no dia a dia é nossa responsabilidade manter tudo conforme a empresa integradora pede – conta Carla, citando que o pai e o irmão são os responsáveis por manejar as lavouras da família, com as culturas anuais de inverno e verão. É uma parceria familiar que vem dando certo e consolidando os negócios.
31%
“Se você traçar um plano e trabalhar para executá-lo, as chances de dar certo são muito grandes.”
dos cargos de gerenciamento em empreendimentos rurais são ocupados por mulheres.
81%
Carla Cocco da Silva Dallanora
Mulher, mãe, suinocultora…
Gracieli Verde
Com o nascimento da Melissa, uma bebê muito calma e simpática, é natural que a rotina de Carla tem mudado como mulher. Mas o gosto pela atividade suinícola segue o mesmo. “Agora eu vejo como a vida era sem graça sem a Melissa”, brinca. “É muito bom ter a oportunidade de acompanhar de perto o desenvolvimento dela, de conviver com a família, poder proporcionar a ela essa vivência com os meus pais também”, revela a jovem, extremamente feliz com a vida que construiu graças ao amor que tem pela suas raízes. Até porque foi isso que também a influenciou que estudasse na área e projetasse a vida profissional neste caminho. Para conciliar tudo isso a dica principal é: não deixar as metas de lado! “Se você traçar um plano e trabalhar para executá-lo, as chances de dar certo são muito grandes. Acredito muito em metas e também é fundamental ter determinação”, orienta a jovem produtora.
dos entrevistados consideram a participação das mulheres vital ou muito importante no setor agro.
49% dos entrevistados consideram a presença da mulher tão importante quanto a do homem na propriedade.
(Dados: ABMRA, de 2017)
29 | Revista Novo Rural | Março de 2019
Dia da Mulher
Sicredi lança linha de crédito para mulheres Desafio da instituição é incentivar boas práticas e auxiliar as associadas na realização dos seus sonhos e projetos
E
A família Perlin também está participando do projeto apoiado pelo Fundo de Desenvolvimento Regional da Cooperativa, “Meu tambo, meu futuro”
30 | R 30 Revista ev e vis ista ta N Novo ov o vo Rura R Ru Rural urra al | Março Ma M arç rço de de 2 2019 01 0 19
– A garra, a determinação e a dedicação das mulheres nos motivaram a criar uma linha de crédito especial para atender as mais variadas necessidades de investimentos em saúde, aquisição de bens e atividades de empreendedorismo, com foco na agregação e desenvolvimento da renda da mulher. Esse é o nosso papel, enquanto Cooperativa, de incentivar boas práticas e auxiliar nossos associados na realização dos seus sonhos e projetos – defende. Com relação a família Perlin, o sonho de Elizete e Irineu é que os filhos possam estudar para alcançar seus objetivos. – Nossa filha quer estudar Veterinária e dar sequência ao nosso trabalho aqui na propriedade. O nosso principal desejo é a felicidade dos nossos filhos, que possamos, com o apoio do Sicredi, continuar com esperança para o nosso futuro – revela Elizete.
Se você se interessou pela linha de crédito voltada ao empreendedorismo feminino, como um incentivo para seus sonhos e projetos, procure uma agência do Sicredi e informe-se!
Foto: Acervo Sicredi Alto Uruguai RS/SC/MG
mos excelentes resultados, que estão nos motivando a cada dia – conta Elizete. De acordo com a zootecnista Natália Martins Marciano, da Cotrifred – entidade idealizadora do projeto, que é apoiado pelo Fundo de Desenvolvimento Regional da Sicredi Alto Uruguai RS/SC/MG – o projeto iniciou em novembro de 2018. – Começamos as visitas ainda em dezembro. Temos contato com os produtores para refletirmos sobre a gestão da propriedade. A Elizete é um exemplo da força feminina, estamos muito felizes com os resultados já alcançados na propriedade da família – relata. Mulheres como a Elizete inspiram a Sicredi Alto Uruguai RS/SC/MG, que desde 2016 desenvolve inúmeras iniciativas voltadas ao público feminino através do Programa Sicredi Mulher. Pensando nisso, a Cooperativa lançou uma linha de crédito especial para as mulheres, direcionada para o fomento do empreendedorismo e a realização pessoal. Isso tudo com o apoio financeiro destinado a investimentos em bem-estar, saúde, aquisição de bens, dentre outros. A diretora de Operações, Angelita Marisa Cadoná, destaca o equilíbrio na atuação econômica e social da Sicredi com a nova linha de crédito.
Conteúdo produzido pela Assessoria de Comunicação da Sicredi Alto Uruguai RS/SC/MG
la é vaidosa, gosta de se maquiar e está sempre disposta. Esta é a agricultora Elizete Bueno Perlin. Ela é casada com Irineu e juntos possuem dois filhos, Karolina e Guilherme. A matriarca é só orgulho quando conta a trajetória de sua família. Em 20 de julho de 1996 aconteceu o casamento. No início, o casal de Caiçara/RS trabalhava com a produção de fumo. Logo depois mudaram-se para o Mato Grosso em busca de novas oportunidades, mas não ficaram muito tempo, retornaram e, com o incentivo da sogra, começaram com a produção de leite. – Em 2001, quando nossa filha nasceu, iniciamos com a atividade leiteira. Lembramos desse período com muito carinho. A Karolina era bebê e ficava conosco, na estrebaria, enquanto tirávamos leite. Três anos depois, em 2004, nos associamos no Sicredi, e desde então, a cooperativa auxilia na realização dos nossos projetos. Já chegamos a ter uma produção de até 550 litros de leite por dia, mas aconteceram alguns problemas de produção e diminuímos a quantidade. Com essa queda, no ano passado, estávamos até pensando em ir novamente para o Mato Grosso. Mas surgiu a oportunidade de ingressarmos no projeto que é apoiado pelo Sicredi, o “Meu tambo, meu futuro”. Estamos gostando muito, já tive-
Cooperativismo
MOVIMENTO ECONÔMICO
Cooperativas de produção têm crescimento de 25,25%
U
Espaço cooperativo
m crescimento considerado acima da média foi registrado pela Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS) nas instituições vinculadas à entidade. Esse adicional representa 25,25% a mais no faturamento de 2018 em relação a 2017, ultrapassando R$ 25,4 bilhões de movimento econômico. Um dos fatores que influenciou esses números foi a condição de preços da soja, do milho e do trigo, que apresentaram preços em níveis superiores em relação a 2017, além da maior comercialização dos estoques de soja represados da safra de 2017, que teve maior fluidez no ano de 2018. Já as sobras, que consideram as receitas menos as despesas das cooperativas, devem ser de R$ 638,9 milhões, margem de 2,51% em relação à soma dos resultados obtidos no ano de 2017. O levantamento levou em consideração as cooperativas associadas à FecoAgro/RS. – No caso da soja, em 2016 tínhamos um preço médio de R$ 70 no ano e em 2017 este preço passou para R$ 60. Quando baixou este valor, o produtor que tinha outros
Marcia Faccin
Coordenadora da Unidade de Cooperativismo do Escritório Regional da Emater/RS de FW E-mail: marcia.faccin @gmail.com
rendimentos não faturou esta soja, ficando represado. Em 2018 o preço médio foi a R$ 72, baseado em um dólar de R$ 4,20, e isto influenciou na formação do preço e o produtor vendeu o produto – explica o presidente da FecoAgro/RS, Paulo Pires. Em relação à participação na safra, a instituição estima que no ano que passou as cooperativas agropecuárias gaúchas foram responsáveis por 67% do recebimento do trigo, enquanto na soja o percentual foi de 50%. Já no leite são 45%, enquanto no milho 25% e no arroz 10%.
Participação na safra (recebimento de produtos) Trigo
67% Milho
25%
Soja
Para 2019
Neste novo ano, a FecoAgro/RS cita como principais desafios a garantia da continuidade dos atuais programas de crédito rural, o apoio ao incremento da subvenção aos prêmios do seguro rural, assegurar o volume de recursos e taxas de juros compatíveis com o retorno das atividades, alteração dos percentuais de exigibilidade dos depósitos à vista para 34% e fortalecimento das políticas vinculadas ao cooperativismo no âmbito da agricultura familiar.
50% Arroz Leite
10%
45%
É momento de participar
A
té o mês de março de cada ano, por força de lei, as cooperativas são obrigadas a realizar a sua assembleia geral ordinária, as AGO, onde são apresentadas para todos os sócios as ações desenvolvidas no decorrer do ano anterior, as sobras ou prejuízos do exercício, a distribuição das sobras e as ações a serem desenvolvidas no próximo ano, além da eleição dos respectivos conselhos, conforme rege o estatuto social de cada cooperativa. E você, sabe o dia que a sua cooperativa vai realizar a sua AGO? (Muitas, para facilitar a participação dos associados fazem as pré-assembleias ou assembleias de núcleo). Vai participar? Qual a contribuição que você vai levar para a sua cooperativa? Você sabia que o cooperativismo é responsável por 50% do PIB brasileiro e mais de um bilhão de pessoas são associadas a alguma cooperativa, no Brasil? Você sabia que o modelo cooperativista é considerado por muitos estudiosos como o modelo ideal de geração e distribuição de renda? Sim, o modelo cooperativista sério, com gestão transparente e profissional, onde os associados participam ativamente da vida da cooperativa é o modelo capaz
de gerar renda, promover inclusão social e distribuição justa das sobras, pois cada associado, vai receber proporcional a sua movimentação com a cooperativa. Esse modelo faz com que as riquezas fiquem na região, ampliando seus negócios, gerando novos postos de trabalho e valorização dos associados e funcionários. As nossas cooperativas regionais exercem um papel fundamental na promoção e desenvolvimento econômico e social. Conforme pesquisa realizada no decorrer de 2016 e 2017 junto as cooperativas regionais (destaca-se que nem todas disponibilizaram os dados), as mesmas apresentaram um crescimento em seu faturamento de mais de 25% em relação a 2016. Se olharmos o crescimento do PIB neste mesmo período a nível de Brasil foi de apenas 1%. Isso demonstra a importância que as cooperativas têm para o fortalecimento e desenvolvimento de uma região, estado e país. Se olharmos os números da nossa pesquisa regional, realizada em 2016 e em 2017, a distribuição das sobras entre os associados foi de mais de 46,6 milhões em 2016 e em 2017, foi de 58,4 milhões, valor bem superior ao ano
anterior. Esse dinheiro foi distribuído nas cotas partes e nas contas correntes de cada associado que realiza transação comercial com a sua cooperativa. Se tivéssemos realizado negociação com outras empresas, que não são cooperativas, os lucros ficariam tudo com os seus donos, nós não ganharíamos nada. Por isso da importância de participar, associar-se e defender o bom cooperativismo, pois como somos donos, também participamos das reuniões, assembleias e nas sobras/ lucros da cooperativa. Estamos em um ótimo momento de participar das assembleias, ver o crescimento da nossa cooperativa, e pelo que conversei com alguns dirigentes das nossas cooperativas regionais, neste ano, novamente, as cooperativas farão a grande diferença no cenário econômico regional, pois as estimativas de faturamento de 2018 são muito boas e tendem a manter-se aquecidas. Participe, valorize e acredite no bom cooperativismo, pois ele é sim uma das grandes alternativas de promover o desenvolvimento harmônico e sustentável de uma região, estado e país. Até a próxima!
31 | Revista Novo Rural | Março de 2019
Geral
INFRAESTRUTURA
Pelo menos 12 mil frangos prontos para abate morreram pelo excesso de calor
Avicultor do interior de Vista Alegre sofre com falta de energia em pleno verão e pede indenização de fornecedora Leonardo Carlini, especial O Alto Uruguai
jornalismo@novorural.com
O
verão é uma das estações em que avicultores e suinocultores vivem momentos de tensão. O motivo é simples: é preciso garantir, a qualquer preço, a ambiência adequada para os animais. No caso dos frangos de corte, o cuidado precisa ser ainda maior, porque são extremamente sensíveis às temperaturas altas. Por isso, o fornecimento constante de energia elétrica, por exemplo, é essencial. O avicultor Joceli Magri, do interior de Vista Alegre, sabe bem do que estamos falando. No fim de janeiro, ele e a família tiveram prejuízos devido à falta de energia em períodos de intenso calor, no aviário localizado na linha Ponte do Pardo. Pelo menos 12 mil aves morreram, já com peso ideal para serem abatidas.
32 | Revista Novo Rural | Março de 2019
A interrupção no fornecimento de energia elétrica durou horas e os frangos ficaram expostos às altas temperaturas com o não funcionamento dos equipamentos que proporcionam as condições corretas de conforto térmico, nos dias 30 e 31 de janeiro, pela parte da tarde. – Trabalhamos cerca de 12 horas por dia, nos dedicamos e investimos cerca de R$ 500 mil na avicultura. Isso desanima – lamenta o produtor Joceli Magri, que acrescenta que 60% da renda da família vem do aviário. Na tentativa de ser indenizado pelos prejuízos, a família buscou meios legais para reaver os valores junto à Companhia Rio Grande Energia (RGE), que fornece energia na localidade. Segundo o advogado Sidnei Barbieri, que cuida do caso, foi ajuizada a ação indenizatória, que está tramitando no Fórum da Comarca de Frederico Westphalen.
“Trabalhamos cerca de 12 horas por dia, nos dedicamos e investimos cerca de R$ 500 mil na avicultura. Isso desanima.” Joceli Magri, produtor
Posicionamento da RGE Em contato com a assessoria de comunicação da RGE, a reportagem foi informada que para os avisos de desligamentos programados para obras ou manutenção da rede, a companhia segue os critérios estabelecidos pelo órgão regulador, a Associação Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Em nota, a RGE comunicou que as informações são repassadas através de mídia de massa que abranja a região afetada. Em Frederico Westphalen, os avisos são veiculados pela rádio Luz e Alegria. A RGE informou, ainda, que o desligamento que afetou as regiões de Palmitinho, Vista Alegre e parte da área rural de Frederico Westphalen ocorreu para obras de manutenção programada da rede elétrica. As ações incluíram a troca de 14 postes de madeira por concreto e instalação de um novo transformador.
Leonardo Carlini/Jornal O Alto Uruguai/Divulgação
Falta “fôlego” para a energia no campo
Geral
ENERGIA ELÉTRICA
Fim dos subsídios preocupa consumidores do campo Descontos serão reduzidos em 20% ao ano, aumentando o valor da energia elétrica na área rural, mas projeto já tramita na Câmara Federal pedindo o cancelamento do decreto Gracieli Verde | Cintia Henker jornalismo@novorural.com
O
impacto do custo com energia elétrica no campo não costuma ser baixo. Com o advento de tecnologias fundamentais para o dia a dia em diversas atividades agropecuárias, a exemplo da avicultura e da suinocultura, que dependem de energia para viabilizar sistemas automatizados de climatização e alimentação do plantel, ou até mesmo para equipamentos de irrigação e outras tecnologias. Por isso, um decreto (9642/2018) do governo federal vem gerando dor de cabela para o setor. Assinado ainda em dezembro, pelo então presidente Michel Temer, o documento reduz os subsídios tarifários na conta de luz, inclusive para os consumidores rurais. A notícia foi publicada pelo Diário Oficial ainda no ano passado e o intuito da decisão é reduzir os descontos concedidos em tarifa de uso do sistema de distribuição de energia elétrica, bancados pela Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), paga por todos os consumidores. A CDE é um fundo setorial que concede benefícios a alguns grupos de consumidores, como tarifa social da baixa renda e o programa Luz para Todos. Além disso, proporciona descontos para diversos grupos, como agricultores, usuários de irrigação e empresas de saneamento.
Decisão gera questionamentos
Há mais de 40 anos esses subsídios nas tarifas existem e, no caso do público rural, é um incentivo considerado importante para a manutenção das atividades agropecuárias. – O subsídio era pago por todos os consumidores do Brasil, portanto não era um setor que possuía dinheiro público. Esse decreto tira esse subsídio em cinco anos. Com isso, o valor pago pela classe rural será igual ou superior às tarifas pagas por moradores da área urbana – explica o presidente do grupo Creluz, Elemar Battisti. Resgatando dados de anos anteriores, em 2016, por exemplo, os subsídios e tributos respondiam por 40% do custo da energia paga; em 2017 houve acréscimo de um ponto percentual. No entanto, segundo informações divulgadas pela Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), o Brasil tem a quarta maior carga tributária sobre a energia, em comparação aos 33 países participantes da Agência Internacional de Energia. – Infelizmente, em cinco anos a tarifa paga pela área rural será a mesma paga pela área urbana. Vejo que isso representa um desestímulo para a produção, irrigação, famílias de baixa renda e que pode gerar entraves na área de saneamento – acrescenta Battisti.
Como isso afeta o consumidor
Cerca de 60% dos associados da Creluz serão afetados com o fim dos subsídios, totalizando quase 14 mil consumidores. De acordo com informações divulgadas pelo grupo, com a retirada do subsídio, em cinco anos haverá um acréscimo de quase 43%, ou seja, associados que atualmente pagam R$ 100 mensais pagarão R$ 142,86 daqui cinco anos. O aumento deverá ser de 8,57% no primeiro ano (2019), chegando ao total de 42,86 % no último ano (2023). As alterações devem iniciar no segundo semestre deste ano.
Câmara dos Deputados deve reavaliar decisão do governo
Tendo em vista o impacto que essa decisão deve ter na vida dos agropecuaristas, esse assunto está em pauta nos movimentos sindicais e entre os agricultores e lideranças do setor. Por isso, um projeto de decreto legislativo (7/19), do deputado federal gaúcho Heitor Schuh, já tramita na Câmara dos Deputados para acabar com os efeitos a decisão. Mas, mesmo estando em caráter de urgência, o projeto deve ser avaliado somente na segunda quinzena de março, quando deverão ser instituídas as comissões da Câmara, segundo a equipe do gabinete de Schuh em Brasília. Na última semana de fevereiro, o parlamentar também conversou com a ministra da Agricultura, Tereza Cristina. Segundo ele, a ministra se comprometeu em buscar a revogação do decreto junto ao governo federal. Fica agora a expectativa para que isso aconteça o quanto antes ou que o projeto avance com agilidade no parlamento.
Medida prejudica agropecuaristas que dependem da energia elétrica para irrigação, por exemplo
Gracieli Verde
33 | Revista Novo Rural | Março de 2019
Qualidade de vida
SAÚDE E BEM-ESTAR
Horto medicinal difunde orientações a visitantes ro e início de fevereiro. No parque da feira, desde a primeira edição, é mantido um horto medicinal que fica à disposição dos associados da Cooperativa Regional Itaipu (promotora do evento), bem como de toda a comunidade. Por lá, as visitas de grupos de estudantes e demais interessados no assunto é constante, segundo Carniel. No espaço são mantidas 145 espécies de plantas medicinais, mas, segundo Carniel, durante a visita é possível sanar dúvidas sobre muitos outros tipos de plantas, até mesmo as que não estão no local. – Sempre temos à disposição muitas informações e também ouvimos o conhecimento popular de quem nos visita. É um espaço de troca de ideias. É assim que também conseguimos descobrir outras espécies, porque tem algumas plantas que são consideradas ervas-daninhas na lavoura, mas que têm vários benefícios para a saúde, como o picão e o matacampo. O segredo é saber preparar e aqui nós ensinamos isso – relata.
Cintia Henker
H
istoricamente os conhecimentos populares relacionados às plantas medicinais são difundidos mundo afora. As pessoas que têm relação com a terra, como os agricultores, normalmente conseguem manter por perto espécies de plantas que trazem benefícios para a saúde e o bem-estar humano, tanto do ponto de vista preventivo como até mesmo de cura de algumas doenças mais corriqueiras. É mais do que comum encontrar plantas como a macela, funcho, cidreira, guaco, entre tantas outras, cultivadas no quintal de casa – e olha que isso é um privilégio em um contexto social tão mudado como o atual. É claro que também já faz tempo que esses conhecimentos sobre os benefícios de plantas como essas são resultados de diversos estudos acadêmicos, que comprovam a ação de princípios ativos naturais. Informações relacionadas a este tema foram difundidas pelo terapeuta Antoninho Valentin Carniel, durante o 21º Itaipu Rural Show, em Pinhalzinho/SC, no fim de janei-
Em meio a uma grande diversidade de temas relacionados ao agronegócio, horto medicinal orienta produtores sobre plantas que fazem bem para a saúde
A importância de orientação
Existem doses corretas para cada erva medicinal e é importante saber a forma ideal de preparo do chá de cada uma dessas plantas. Mesmo sendo uma prática antiga, a fitoterapia – como é chamado o tratamento com plantas medicinais – ainda é muito utilizada nos dias atuais. As ervas possuem substâncias bioativas, capazes de auxiliar na manutenção de uma saúde equilibrada, segundo Carniel. – Muitas pessoas conhecem a planta e os benefícios, mas não sabem a forma correta de preparo e quantidade a ser tomada. Isso tem seus segredos e cuidados. No horto explicamos a maneira correta de colher, como fazer a secagem e modo de preparo – comenta o terapeuta.
Cuca para todos os gostos
Saiba mais!
• Ao colher essas plantas, escolha horários com temperaturas mais amenas, de preferência que não esteja chovendo. • Para secar, priorizar as horas de sol em locais limpos. • Tem até quem observa a fase da lua. Carniel acredita que assim como o sol, a lua tem grande influência nessas plantas. No passado era comum que os agricultores observassem mais esse aspecto ao cultivar as plantas.
Serviço
Se você ficou interessado em conhecer o Horto Medicinal do parque do Itaipu Rural Show, é importante agendar com os responsáveis pelo espaço. O contato pode ser feito pelo fone (49) 3366.6500.
Receita frequente nas cozinhas do Sul do país, a cuca é um prato típico da culinária alemã, que foi introduzida no Brasil pelos imigrantes e se tornou bastante popular. A cuca é uma massa coberta por uma farofa crocante inspirada no Streuselkuche, um bolo alemão. Ideal para um café no fim da tarde, ou ainda para acompanhar o chimarrão, a sugestão deste mês é da equipe da Emater/ RS-Ascar.
Cuca integral de bergamota Ingredientes da farofa • 5 colheres (sopa) de açúcar cristal • 3 colheres (sopa) de farinha de trigo integral • 3 colheres (sopa) de óleo de arroz • ½ xícara (chá) de casca de bergamota picada em pedaços pequenos • 1 pitada de canela em pó
Modo de preparo Misture todos os ingredientes até que fique em ponto de farofa. 34 | Revista Novo Rural | Março de 2019
Ingredientes - massa • 3 xícaras (chá) de farinha de trigo integral • 1 xícara (chá) de farinha de trigo branca refinada • 2 xícaras (chá) de açúcar mascavo • 1 pitada de sal • 2 colheres (sopa) de fermento químico • 2 ovos • 2 colheres (sopa) de nata • 1 xícara (chá) de água • 2 bergamotas descascadas e sem sementes • ½ xícara (chá) de óleo de arroz
Modo de preparo cuca Misture a farinha integral, a farinha branca refinada, o açúcar mascavo e o sal. Adicione o fermento químico. Reserve. No liquidificador, misture os ovos, a nata, a água e as bergamotas por três minutos. Acrescente o líquido à mistura feita no primeiro passo. Unte uma forma com óleo de arroz e polvilhe farinha de trigo. Despeje a massa e cubra com a farofa da cuca. Leve ao forno pré-aquecido a 180°C por 35 minutos e está pronta a cuca integral de bergamota.
CĂĄ entre nĂłs
Qualidade de vida
Mais que parabĂŠns, mulheres merecem respeito!
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DulcenĂŠia Haas Wommer
Assistente tĂŠcnica regional social da Emater/RS- Ascar de Frederico Westphalen e-mail: dwommer@ emater.tche.br
Sobre qual assunto vocĂŞ quer que eu escreva? Mande sua sugestĂŁo para o WhatsApp (55) 9.9960.4053
stamos em março, mĂŞs de muitas festividades, comemoraçþes e reflexĂľes sobre o papel e importância das mulheres. Espero, realmente, que vocĂŞ se permita participar dos eventos na regiĂŁo promovidos pelas entidades, administraçþes municipais e a nossa Emater/RS-Ascar. Nesta data, “sĂŁo tantas as emoçþes...â€?, como diz Roberto Carlos. Um misto de superação para muitas em sua trajetĂłria pessoal e, no cenĂĄrio histĂłrico, se compararmos com a vida que levavam nossas mĂŁes e avĂłs. Mas, hĂĄ ainda histĂłrias de sofrimento, angĂşstias e decepçþes vivenciadas por algumas mulheres, quando ainda dependem de outros para ir aos lugares por nĂŁo dirigirem, a dificuldade de acesso Ă renda da famĂlia, a dependĂŞncia emocional, a violĂŞncia que jĂĄ abordamos por aqui... Mas, vamos focar nas oportunidades, na vida que pulsa em cada uma de nĂłs. Na diferença que podemos fazer lĂĄ onde estamos, na famĂlia, na sociedade, no trabalho, nas empresas, na propriedade rural, usando nossos dons e habilidades para ser e fazer feliz! Gostei muito da comparação que o amigo locutor e palestrante Adelar de Freitas, de Frederico Westphalen, citou Ă s nossas extensionis-
tas sociais, durante a reuniĂŁo no final do ano. Ele nos compara com o celular, dizendo que podemos nos manter em vĂĄrios modos. No modo “silenciosoâ€?, quando negligenciamos a prĂłpria vida; no modo “normalâ€?, nĂŁo ser comum, mas ser humano de verdade; e no modo “vibracalâ€?, perguntando o que te faz vibrar? O que te inspira e te faz superar limites todos os dias? Por que valeu a pena viver o dia de hoje, como nos recarregaremos? Pois, um dia a bateria acaba, assim como a vida... EntĂŁo, vamos lĂĄ, carregar as baterias com muita energia boa e disposição! Lembrando que se um ovo se rompe por uma força exterior a vida termina. Mas, se ele se rompe por uma força interior a vida começa. CĂĄ entre nĂłs, tem uma coisa que nĂłs concordamos, eu, Mario Sergio Cortella (vi e ouvi ele dizendo isso em uma palestra que participei) e minhas amigas agricultoras, Claudete e Simone, de Sarandi, quando viajamos no mesmo carro e filosofamos durante a viagem: “Queremos fazer falta, muita falta! (risos) Queremos que chorem nossa partida... SenĂŁo, acharemos que nĂŁo valeu a pena nossa passagem por aqui." Mas, o que deixaremos de legado? Nosso trabalho, nosso jeito de ser, nosso entusiasmo, nosso comprometimento ou empenho na comunidade? Enfim,
“O que te inspira e te faz superar limites todos os dias? Por que valeu a pena viver o dia de hoje?�
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qual ĂŠ a nossa marca? Que sejam boas lembranças, recordaçþes e açþes! Deixo aqui minha homenagem em função do Dia Internacional da Mulher. A cada uma de vocĂŞs, nossas leitoras, usando as palavras de Roberto Carlos, na mĂşsica “Emoçþesâ€?: “Quando eu estou aqui, eu vivo esse momento lindo, olhando pra vocĂŞ e as mesmas emoçþes sentindo, sĂŁo tantas jĂĄ vividas, sĂŁo momentos que eu nĂŁo me esqueci, detalhes de uma vida, histĂłrias que contei aqui. Amigos eu ganhei, saudades eu senti partindo. E Ă s vezes eu deixei vocĂŞ me ver chorar sorrindo! Em paz com a vida, e o que ela me traz, atĂŠ que me faz otimista demais, se chorei ou se sorri o importante ĂŠ que emoçþes eu vivi! Se chorei ou se sorri o importante ĂŠ que emoçþes eu vivi! SĂŁo tantas jĂĄ vividas, sĂŁo momentos que eu nĂŁo me esqueci, detalhes de uma vida, histĂłrias que eu contei aqui. Mas eu estou aqui, vivendo esse momento lindo, de frente pra vocĂŞ, e as emoçþes se repetindo...â€?. ParabĂŠns, mulheres! Muitas alegrias, tenhamos os melhores sonhos e conquistas! Somos merecedoras de respeito, carinho, gentilezas e educação (que nĂŁo caĂram de moda). E lembrem-se: o cuidado tambĂŠm ĂŠ de vocĂŞs com vocĂŞs, primeiramente. Peçam, acreditem e se preparem para receber! Sozinhas somos pĂŠtalas, unidas somos rosa! AtĂŠ a prĂłxima!
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35 | Revista Novo Rural | Março de 2019
Campo Aberto
GERAL
Pinheirinho do Vale lança roteiro para potencializar turismo
C
om intuito de evidenciar as belezas naturais do município, Pinheirinho do Vale conta agora com o Roteiro Turístico Rural Vale Encantado. Reunindo autoridades locais e regionais, um evento deu início às atividades do roteiro na segunda quinzena de fevereiro, no salão da terceira idade. A nova atração do município conta com passeios de barco pelo Rio Uruguai, trilha ecológica, visitas ao Monumento do Tenente Portela, às quedas do Saltinho do Guarita, ao Ran-
Emater/RS-Ascar festeja 60 anos com evento
cho Gastronômico da Nair, ao Orquidário Luft, Chás e Artesanatos da Irene, Tenda Hanauer e Morangos Puhl, dentre outros. Os moradores que estão envolvidos nas atividades do roteiro participaram de uma capacitação desenvolvida pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), que teve início em setembro de 2017 e contou com mais de 220 horas de aula. Mais informações sobre o roteiro turístico de Pinheirinho do Vale podem ser obtidas pelos fones (55) 3792.1102 ou (55) 3792.1075.
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Gustavo Menegusso/Jornal O Alto Uruguai/Divulgação
Emater/RS-Ascar de Frederico Westphalen comemora 60 anos de atuação no município. Um evento comemorativo ao aniversário ocorre dia 15 de março, às 8h30min, na sede do Sindicato dos Trabalhadores Rurais. Na ocasião será feito o lançamento das comemorações que estão previstas para o ano, com a exibição do primeiro encarte de um documentário sobre a história da instituição. O conteúdo será apresentado em seis etapas, no dia 15 de cada mês. A produção mostrará desde o início da Emater, além de relatos com antigos apoiadores e pessoas que trabalharam ao longo desses 60 anos.
Ano mais favorável para venda de máquinas agrícolas
A
s vendas de máquinas agrícolas e rodoviárias no primeiro mês de 2019 ficaram em 2,6 mil unidades, número inferior em 40,1% com relação as 4,4 mil de dezembro do ano passado e superior em 64,5% quando comparado com as 1,6 mil de janeiro de 2018. A produção ficou em 2,8 mil unidades neste primeiro mês do ano: crescimento de 3,5% ante as 2,7 mil de janeiro do ano passado e diminuição de 49,2% na análise contra o resultado de dezembro, que fechou com 5,5 mil unidades fabricadas. Em janeiro, 693 unidades atravessaram as fronteiras do País, baixa de 10,6% frente as 775 de janeiro de 2018, e de 21,6% sobre as 884 de dezembro do ano passado.
Autoridades locais e regionais estiveram presentes na cerimônia que apresentou o roteiro
T
endo em vista a importância e o crescimento de atividades relacionadas à piscicultura na região, o município de Taquaruçu do Sul promove a 13ª edição da Feira do Peixe, que ocorre de 11 a 14 de abril, na praça da matriz Monsenhor Albino Angelo Busato. Além da comercialização de peixe e shows nacionais, a feira contará com diversas atividades, entre elas o dia de campo sobre bovinocultura de leite, que abordará o melhoramento genético, nutrição e gestão; e a 16ª Mostra da Ter-
neira, que contará com desfile e julgamento das raças de bovinos destinadas para produção leiteira. De acordo com o secretário da Agricultura, Tiago Pessotto, para esta edição a expectativa é de que a comercialização de peixes mantenha-se entre 20 e 25 toneladas. Ele explica que os expositores ficarão instalados no salão paroquial e o local estará aberto durante todos os dias da feira, das 10 horas às 22 horas, com entrada gratuita.
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Prefeito, Valmir Menegat, juntamente com o secretário Tiago Pessotto e as soberanas durante visita na Novo Rural
Visita à Novo Rural
O prefeito de Taquaruçu do Sul, Valmir Menegat, o secretário da Agricultura, Tiago Pessotto, e as soberanas da 13ª Feira do Peixe, Amanda Balestrin e Tamiris Gambin, visitaram a redação da Revista Novo Rural no dia 25 de fevereiro. O grupo foi recepcionado pelo desenvolvedor de mercado da Novo Rural, Cristiano Gehrke. Uma das pautas foi em relação ao evento e outros potenciais do município.
Camila Wesner
Taquaruçu do Sul: 13ª Feira do Peixe evidencia a piscicultura
Campo Aberto
GERAL
Líder defende sucessão rural O
tabaco faz parte do cotidiano da sociedade desde o século 15 e foi trazido ao Brasil na época da colonização. Por volta de 1822, a produção se expandiu em território brasileiro. Também faz parte desta história o português Albino Souza Cruz, que em 1903 colocou em funcionamento, no Rio de Janeiro, a primeira máquina a produzir cigarros já enrolados em papel. Com o passar dos anos e com o sucesso do produto, foi necessário expandir a produção. Em 1914, Albino Souza Cruz transformou a companhia em uma sociedade anônima, passando o controle acionário ao grupo British American Tobacco. Em resumo, isso já mostra muito da trajetória centenária da empresa Souza Cruz, que tem se mantido no mercado do tabaco, incluindo produtores integrados nos mais diversos municípios brasileiros.
Pioneirismo
A Souza Cruz já soma 115 anos de fundação. Sem dúvidas, um dos destaques da história do empreendimento é o
Sistema Integrado de Produção, que completa 100 anos em 2019. Para a época, foi algo diferenciado do ponto de vista de mercado, que se expandiu para outros setores, como a pecuária, a exemplo da suinocultura e da avicultura. Esse sistema consiste em viabilizar e facilitar o acesso do produtor rural às sementes e aos insumos necessários para o plantio, no caso do tabaco, e se tornou referência nacional. De acordo com o diretor de tabaco da Souza Cruz, Dilmar Frozza, esse sistema foi uma iniciativa considerada importante para o desenvolvimento da cadeia produtiva. – O segredo do sistema são todas as inovações agregadas durante esses anos e poder incentivar o produtor a continuar produzindo, dando condições isso – afirma Frozza, que esteve em Pinhalzinho/SC, no Oeste catarinense, durante o 21° Itaipu Rural Show, no fim de janeiro e início de fevereiro. No estande da empresa, ele fez questão de conversar com visitantes, produtores rurais e a imprensa que acompanhou o evento.
Cíntia Henker
O diretor de tabaco da Souza Cruz, Dilmar Frozza, destaca também o pioneirismo da empresa no sistema integrado de produção
Dilamar Frozza esteve em Pinhalzinho, em mais uma edição do Itaipu Rural Show
Sustentabilidade e sucessão rural
Uma das premissas que a Souza Cruz tem buscado manter ao longo dos anos são a inovação, o cuidado com o meio ambiente e a sucessão rural. – Treinamos nosso corpo de funcionários e nossos colegas para trabalharem esses assuntos. Precisamos tornar o campo como a primeira opção dos jovens e,
Empossados novos inspetores do Crea-RS em Frederico Westphalen
Representantes atuarão durante o biênio 2019/2020
do trabalho Camilia Pezzini como inspetora-tesoureira. O engenheiro- agrônomo Roque Rutili também foi eleito como representante da zona Alto-Uruguai,
da qual a inspetoria de Frederico Westphalen faz parte. Atualmente, o Crea-RS conta com 44 inspetorias que atuam em diversas regiões do Estado.
Projeto de lei pretende dar mais segurança a produtores
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deputado federal Covatti Filho (PP-RS) apresentou o Projeto de Lei 545/2019, que determina o recolhimento de produtos de uso veterinário, seus resíduos, embalagens e também a inclusão entre os itens sujeitos à logística reversa. De acordo com Covatti Filho, a medida deverá Segundo o parlamentar, trazer benefícios ao meio ambiente, à população e ao pecuarista brasilei- demanda é antiga entre ro, que terá um local específico para os agropecuaristas suas embalagens de produtos utilizados. – É visível que poucas empresas do ramo veterinário implementaram esses sistemas. Acredito que a existência de uma referência expressa aos produtos veterinários na legislação infraconstitucional poderá dar mais efetividade à norma – defende o deputado, que também está no comando da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do Estado gaúcho. O parlamentar salienta ainda que essa é uma demanda antiga dos pecuaristas e a proposta tem por objetivo dar segurança ambiental aos produtores.
Divulgação
urante evento de Capacitação de Legislação Profissional e Procedimentos Administrativos, realizado recentemente, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio Grande do Sul (Crea-RS) empossou os novos representantes da Inspetoria de Frederico Westphalen. A cerimônia ocorreu no auditório do Sindicato dos Engenheiros do Rio Grande do Sul (Senge-RS), em Porto Alegre. Durante o biênio 2019/2020, representarão a Inspetoria de Frederico Westphalen o engenheiro-civil Juliano Schneider, que atuará como inspetor-chefe; o engenheiro-agrônomo Antonio Mauro Rodrigues Candorin como inspetor-secretário; e a engenheira de segurança
AI-FW/Divulgação
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por isso, envolvemos as tecnologias no nosso dia a dia. Isso facilita a vida do produtor e da nossa empresa. Focar em questões como a sustentabilidade e sucessão rural é fundamental – defende Frozza. Ele garante que o intuito da marca é liderar o mercado do tabaco no Brasil de forma responsável, assegurando melhores condições e qualidade de vida, principalmente, aos produtores.
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Campo Aberto
GERAL
FPA: Alceu Moreira assume presidência
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deputado do MDB-RS Alceu Moreira foi nomeado pela ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, como presidente do colegiado, passando a comandar a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). A cerimônia de posse da nova diretoria – composta por 26 parlamentares – ocorreu em Brasília, na segunda quinzena de fevereiro, e contou com a presença de diversas autoridades, inclusive o presidente da República, Jair Bolsonaro. Moreira afirmou que “a FPA é uma ferramenta de solução de vida coletiva para o povo brasileiro e precisa ter esta responsabilidade”. Declarou ainda que levará em consideração todos os atores envolvidos no setor para gerar soluções inteligentes. Além disso, a ministra Tereza Cristina ressaltou a importância do setor agropecuário e da FPA no país. Alceu Moreira foi reeleito para o terceiro mandato na Câmara dos Deputados, tem 64 anos e é natural de Terra de Areia, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul.
Além de ser a nova sede da cooperativa, espaço também comercializa cuias e produtos coloniais
Vale das Cuias agora tem ponto de venda em Frederico Westphalen
L
xílio da administração municipal, por meio de um aporte financeiro de cerca de R$ 28 mil. O espaço atende ao público todos os dias da semana, das 8 horas às 20 horas, oferecendo derivados de porongo, artesanatos e produtos coloniais produzidos por agricultores da região. Atualmente, a Cooperativa Vale das Cuias conta com 35 associados, sendo que boa parte deles está tendo a oportunidade de colocar produtos para a venda no espaço.
Ações fomentam a piscicultura em Novo Tiradentes
E
m parceria com a Emater/RS-Ascar, a administração municipal de Novo Tiradentes está realizando ações para fomentar a piscicultura localmente. As atividades já estão trazendo bons resultados aos produtores e à comunidade local. Por meio da Secretaria de Obras, estão sendo abertos açudes nas propriedades dos produtores interessados na atividade. Já a equipe técnica da Emater/RS-As-
car acompanha os produtores realizando as orientações, desde a construção dos tanques, adubação, introdução de alevinos e manejo dos viveiros, até a comercialização. Neste verão já foram introduzidos cinco mil alevinos em 22 propriedades. As espécies utilizadas são carpa-capim, carpa-húngara, carpa-prateada, carpa-cabeça-grande, jundiá cinza e tilápia.
Sêmen bovino está disponível aos criadores de Frederico Westphalen
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ara melhorar a genética dos animais destinados à produção de leite no município, a Secretaria da Agricultura de Frederico Westphalen está disponibilizando doses de sêmen bovino das raças jersey, holandês e holandês sexado. Será subsidiado pela pasta 50% do valor e o restante será de responsabilidade do produtor rural. Para que a retirada possa ser re-
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alizada, o produtor deverá comparecer à sede da secretaria com o comprovante de pagamento e apresentar o talão do produtor para comprovar que está em dia com as contas do município. Até que o produto esteja em estoque, o mesmo estará disponível na Secretaria da Agricultura. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 3744.6784.
Divulgação
ocalizada na linha Brondani, em Frederico Westphalen, a Cooperativa Vale das Cuias tirou do papel em fevereiro um projeto considerado importante e uma demanda de, pelo menos, 15 anos. Isso porque a cooperativa inaugurou o Shopping das Cuias, às margens da BR-386, no km 18. Representantes de diversas entidades que apoiaram essa iniciativa acompanharam o ato. O processo de regularização da área e a conclusão da obra foram feitas com au-
Deputado foi nomeado presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) pela ministra Tereza Cristina
Região também recebe carros para extensão rural
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om intuito de melhorar e reforçar a assistência técnica aos agricultores do Estado, o governo do Rio Grande do Sul entregou 108 novos carros para a Emater/RS-Ascar, em fevereiro. Os automóveis são do modelo Fiat Mobi. Além disso, o governador, Eduardo Leite, e o secretário de Agricultura, Covatti Filho, oficializaram o repasse de 120 ultrabooks à entidade. Alpestre, Caiçara e Iraí estão entre os municípios da região que foram contemplados.
Entrega oficial foi realizada na capital gaúcha
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Campo aberto Sicredi lança consórcio para móveis planejados Além de viabilizar a aquisição destes produtos pelos associados, nova modalidade permite às cooperativas de crédito filiadas à instituição acelerar o desenvolvimento do setor moveleiro, gerando mais empregos e renda nas regiões onde atuam Sicredi – instituição financeira cooperativa com mais de 4 milhões de associados e atuação em 22 estados e Distrito Federal – deu mais um passo no mercado de consórcios e lançou o Consórcio de Móveis Planejados. A partir de agora, o consorciado do Sicredi terá a oportunidade de planejar a aquisição do ambiente dos seus sonhos, mobiliando ou renovando um cômodo da sua casa ou do seu negócio.
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Além de viabilizar a aquisição de conjunto de bens com maior valor agregado, como salas e cozinhas planejadas, mediante faixas de créditos maiores e taxas menores que as praticadas atualmente no mercado, esta inovação permitirá que as 114 cooperativas de crédito do Sicredi – que atuam em mais de 1.200 municípios brasileiros – também possam fazer parcerias locais e, assim, alavancarem o setor moveleiro, gerando mais empregos e renda para as regiões. Segundo Jocimar Martins, gerente da Administradora de Consórcios do Sicredi, atualmente a
maior parte das administradoras de consórcio para aquisição de móveis está vinculada a lojas de varejo, que oferecem faixas de crédito baixas e prazos curtos de, no máximo, 12 meses para pagamento. “A maioria das lojas de mobiliário planejado não possui capacidade financeira para financiamento de longo prazo, cabendo a bancos e financeiras realizarem a operação a um custo muito elevado e sem a oportunidade de negociar descontos”, explica Martins. A consolidação do produto consórcio junto as cooperativas de crédito filiadas ao Sicredi é um dos grandes diferenciais na atuação da instituição nesse segmento. O Sicredi já possui amplo conhecimento e expertise em processos de contemplação. Além do novo Consórcio para Móveis Planejados, a instituição conta com Consórcio de Automóveis, de Imóveis, Náutico, de Caminhões, de Tratores e Utilitários, de Serviços, de Motocicletas e Sustentável, num sistema de compra cooperativada em que o associado contribui mensalmente por meio de um do autofinanciamento.
Sobre o Sicredi O Sicredi é uma instituição financeira cooperativa comprometida com o crescimento dos seus associados e com o desenvolvimento das regiões onde atua. O modelo de gestão do Sicredi valoriza a participação dos mais de 4 milhões de associados, os quais exercem papel de donos do negócio. Com presença nacional, o Sicredi está em 22 estados* e no Distrito Federal, com mais de 1.600 agências, e oferece mais de 300 produtos e serviços financeiros (www. sicredi.com.br) *Acre, Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins.
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