Revista Novo Rural | Janeiro 2019

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Novo

Rural Ano 3 - Edição 26 - Janeiro de 2019

O que aprender com os hermanos

APOIO

Comitiva da região, organizada através da URI de Frederico Westphalen, conhece realidade agropecuária das regiões de Rafaela e Mendoza, na Argentina, e compartilham experiências no país vizinho


Carta ao leitor ALEXANDRE GAZOLLA NETO

Professor e empresário do agronegócio, diretor da Novo Rural

E “Podemos dividir as expectativas para este novo ano em três grandes pontos: o agricultor, o mercado e o consumidor final.”

stamos iniciando 2019 com diversas metas, estratégias e perspectivas pessoais e profissionais. Neste cenário de constante evolução e transformação, devemos assumir o nosso papel no desenvolvimento das políticas públicas juntamente com os governantes em nível estadual e federal. O agricultor, representado por diferentes perfis – desde o agricultor familiar até os grandes agropecuaristas –, está cada vez mais engajado em práticas sustentáveis de manejo e cultivos nos diversos sistemas de produção agropecuários. Esta nova perspectiva já faz parte destes profissionais em diferentes regiões. Em diversas viagens que realizo pelo Brasil tenho observado uma crescente preocupação com o meio ambiente e boas práticas culturais, aspecto extremamente importante neste novo ambiente de produção. Já o mercado está centralizado na Agricultura 4.0, aliando elementos fortemente comerciais, saudáveis e sustentáveis, como conectividade, produtividade, meio ambiente, saúde pública e, principalmente, tecnologia. Assim como o agricultor e o mercado, o consumidor final está cada vez mais conectado com questões sustentáveis e de qualidade associada aos produtos que consome. Se reforçam, então, conceitos como a rastreabilidade. A utilização do QR Code impresso em uma embalagem de alimento disponível no supermercado, com a finalidade de rastrear a origem e informações complementares, como práticas ambientais, tratos culturais, aplicação de

A revista Novo Rural é uma publicação realizada em parceria com Circulação Mensal

Tiragem

13 mil exemplares

Fone: (55) 3744-3040 Endereço: Rua Getúlio Vargas, 201 - B. Ipiranga 2 | RevistaFrederico Novo Westphalen/RS Rural | Janeiro de 2019

agrotóxicos e até a qualidade deste alimento, tem sido um diferencial. Neste contexto, podemos destacar a instrução normativa conjunta 02/2018, que estabelece os critérios para rastreabilidade de alimentos no Brasil. Essa adoção proporciona uma maior integração entre os diferentes agentes presentes na cadeia de produção, com destaque para o consumidor. Essa demanda crescente dos consumidores em busca por produtos saudáveis e com garantia de origem, os avanços tecnológicos e as novas estratégias de manejo, são fundamentais para auxiliar os agricultores no desenvolvimentos das atividades com maior eficiência e rentabilidade, fatores cruciais para o desenvolvimento do setor. Esta edição ainda contempla uma ampla abordagem sobre os sistemas de produção agropecuários, com índices de previsão de safra para diversos produtos, o panorama atual sobre a safra de grãos, que está em pleno desenvolvimento, informações sobre uma viagem técnica por diversas regiões da Argentina, entre outros temas de grande relevância.

Excelente leitura!

Convênio:

Direção

Alexandre Gazolla Neto Patricia Cerutti

Editora-chefe ABRANGÊNCIA: Alpestre, Ametista do Sul, Barra Funda, Boa Vista das Missões, Caiçara, Cerro Grande, Chapada, Constantina, Cristal do Sul, Dois Irmãos das Missões, Engenho Velho, Erval Seco, Frederico Westphalen, Gramado dos Loureiros, Iraí, Jaboticaba, Lajeado Do Bugre, Liberato Salzano, Nonoai, Nova Boa Vista, Novo Barreiro, Novo Tiradentes, Novo Xingu, Palmeira das Missões, Palmitinho, Pinhal, Pinheirinho do Vale, Planalto, Rio dos Índios, Rodeio Bonito, Ronda Alta, Rondinha, Sagrada Família, São José das Missões, São Pedro das Missões, Sarandi, Seberi, Taquaruçu do Sul, Três Palmeiras, Trindade do Sul, Vicente Dutra e Vista Alegre.

Gracieli Verde

Reportagem Natália Menuzzi

Estagiária de Relações Públicas Juliana Durante

Diagramação e publicidade Fabio Rehbein, Leonardo Bueno e Laís Giovenardi


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ON-LINE Coluna Cá Entre Nós Além da versão impressa, a coluna assinada pela extensionista Dulceneia Haas Wommer também pode ser acessada no site novorural.com. Leia, compartilhe com os amigos e deixe sua opinião por lá!

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“Preciso parabenizar a Dulceneia pela sua coluna na revista Novo Rural. Textos verdadeiros e atuais”

Adriana Arnhold Panzenhagen, de Nova Boa Vista, via WhatsApp

Foto do leitor

“Entro em contato para parabenizar pela coluna Cá Entre Nós da Novo Rural, aquela que fala sobre jornadas de trabalho, destacando o trabalho da mulher. Gostei muito. Foi bem informativa”

Lembre-se que estamos sempre de olho em belas imagens do setor agropecuário, ou paisagens que remetem ao campo e ao rural. Mande sua foto pra gente pelo Instagram @novorural, ou pelo nosso WhatsApp.

O

JANEIR

2019

is em Veja ma m/agenda o c l. a novorur

Gabriel Barbosa, de Palmitinho, via WhatsApp

8, 15 e 22

11 a 13

12 e 26

30/01 a 2/02

Dia de campo sobre suinocultura sustentável

Feira da Uva

Roteiros de turismo rural

21º Itaipu Rural Show

Locais: Palmitinho, Pinhal e Rondinha, respectivamente Promoção: Emater/RS, Embrapa e prefeituras

Local: parque de exposições de Sarandi

Local: comunidades do interior de Sarandi Promoção: Allegro Turismo Rural

Local: Centro de Treinamento e Difusão de Tecnologias da Cooperitaipu Pinhalzinho/SC 3 | Revista Novo Rural | Janeiro de 2019


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Giro pelo agronegócio Claudio Rovani Júnior, de Vila Lângaro/RS

Engenheiro-agrônomo, consultor técnico comercial na Cooperativa Agrícola de Água Santa (Coasa) “Passada a fase de implantação da cultura da soja na região Norte do Estado do Rio Grande do Sul, a safra 2018/2019 foi marcada por condições climáticas desfavoráveis ao estabelecimento da soja. Elevados índices pluviométricos no período de outubro e novembro, temperaturas amenas combinadas com uma realidade de solo compactado favoreceram a ocorrência de plântulas infectadas por fungos de solo, principalmente Phytium, Rizoctonia e Phytophtora, que foram responsáveis pelos inúmeros casos de podridão de semente e tombamento de plântulas, prejudicando assim um estande populacional adequado. A partir de agora, é muito importante que o produtor fique atento a todos os manejos fitossanitários que a cultura exige. Levando em consideração aos crescentes casos de ferrugem asiática (Phakopsora pachyrhizi) em áreas comerciais, torna-se importantíssimo e fundamental o monitoramento, aplicação preventiva, utilização de produtos eficientes com intervalos corretos entre aplicações, tornando necessário tais medidas para esta e tantas outras doenças e pragas que acometem a cultura. Afinal, ainda podemos e precisamos colher os melhores resultados possíveis.

Guilherme Picoli, de Ijuí/RS

Engenheiro-agrônomo e sócio-proprietário da Copagril “Na nossa região o desenvolvimento das lavouras de soja variam de um nível ruim, médio a bom! Tivemos várias áreas com replante. Em dezembro as chuvas foram bem mal distribuídas na região Ijuí, Coronel Barros e São Luiz Gonzaga, com precipitações mais baixas. Na região de Ijuí e Coronel Barros a semeadura já estava concluída em dezembro. Já em São Luiz Gonzaga ainda existem áreas que estão com milho e terão o plantio da safrinha de soja.”

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Cláudio Luis Heinzmann, do Paraná Engenheiro-agrônomo, responsável técnico da Preciza Agricultura de Precisão

“Na região Oeste do Paraná o plantio da soja se deu de forma bem escalonada, iniciando em 10 de setembro até meados de novembro. A soja dos primeiros plantios deverá ser colhida ainda em janeiro, com boa expectativa de produtividade para o milho segunda safra, pelo plantio precoce. Neste ano a ferrugem apareceu um mês antes se comparado ao ano passado, o que fez com que os agricultores antecipassem as aplicações. Algumas áreas sofreram com ataque de fungos de solo e tiveram o seu desenvolvimento comprometido. O encharcamento do solo, provocado por chuvas frequentes, associado ao solo compactado têm favorecido o ataque de fungos nas raízes da soja. A presença de nematóides também está se tornando frequente. O monitoramento dessas áreas se faz necessário, com a identificação e diagnóstico das causas, tomando medidas de controle para evitar o alastramento dos sintomas.

Luís Fernando Grasel, de Goiás Diretor da Drakkar Goiás

“Com a soja em pleno desenvolvimento no Estado de Goiás, devido ao plantio ter ocorrido antecipadamente em relação ao ano anterior, os produtores encontram-se animados com a safra. A cultura da soja está mostrando bom potencial produtivo na grande maioria das lavouras. Enquanto o controle de pragas ocorre de forma bem tranquila, a preocupação a partir de agora é a incidência de ferrugem e do manejo de doenças como um todo, sendo que já foi encontrado foco de ferrugem na região do sudoeste goiano. Outro fator que preocupa parte dos produtores é o alto índice pluviométrico registrado em algumas regiões, aliado a falta de luminosidade, causando redução de porte de plantas e podendo comprometer um pouco o potencial produtivo, mesmo que aparentemente esteja muito vistosa. Claramente encontramos uma distinção no desenvolvimento de áreas bem corrigidas e com boas práticas de adubação, principalmente onde temos um maior nível de informação das áreas para o correto posicionamento dos materiais plantados.”


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Agricultura

LARANJA

Gracieli Verde

Citros: cenário otimista confirmado pelos números

Levantamento mostra que safra de laranja de Liberato Salzano movimentou R$ 12,7 milhões em 2018

A

safra positiva no que diz respeito à produtividade e ao preço da laranja tem se confirmado em Liberato Salzano, um dos maiores produtores da fruta no Estado gaúcho. Entre os citricultores, o clima é de satisfação e os comentários são sobre a boa renda que têm alcançado por hectare – até porque as propriedades são caracterizadas por minifúndios e, por isso, esse é um fator importante. O presidente da Associação dos Citricultores de Liberato Salzano, Leandro Rubini, confirma que o período foi de produtividade e preços acima da média, tanto para fruta de mesa como para suco. – Outro ponto foi a maior união dos sócios para com a associação, o que possibilitou atingir a maior quantidade de suco para a venda destinada a exportação através do fair trade, o chamado comércio justo, desde a certificação da entidade – revela Rubini. No total, segundo levantamen-

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to da associação, foram colhidas 25 mil toneladas de laranja no município em 2018, o que movimentou um montante de R$ 12,7 milhões. Somente no comércio justo foram comercializadas 4,3 mil toneladas, somando um valor bruto de R$ 2,4 milhões aos produtores de Liberato Salzano. É claro que em 2018 também teve um custo de produção um pouco mais alto, devido à alta do dólar quando da compra de insumos para os pomares. Mesmo assim, o saldo é extremamente positivo. A preocupação agora é com a próxima safra, uma vez que o excesso de chuva durante a florada dificultou o manejo de doenças. “As variações climáticas bruscas e a falta de chuva que estamos enfrentando também deverão afetar os pomares, porém ainda não é possível fazer uma avaliação precisa quanto a isso”, ponderava Rubini, na primeira quinzena de dezembro passado.

Safra 2017/2018 Produção do município: 25 mil toneladas de laranja Montante movimentado (bruto): R$ 12,7 milhões Quantidade exportada através do fair trade: 4,3 mil toneladas Montante movimentado (bruto) com a exportação: R$ 2,4 milhões

Os maiores produtores de laranja do RS Município

2015 (t)

2016 (t)

2017 (t)

Alpestre

15.652

18.060

10.081

Aratiba

14.025

15.708

11.600

Liberato Salzano

20.000

26.250

18.375

Planalto

20.700

24.300

20.900 Fonte: FEE Dados


Agricultura

SOJA

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Caravana Soja Brasil tem participação da região Diretor da Novo Rural, Alexandre Gazolla Neto, participou do evento abordando a tecnologia Bt o refúgio de pelo menos 20% da lavoura com sementes convencionais. Gazolla Neto, que também assessora o CIB, explica que a área convencional serve para reprodução de pragas não resistentes às plantas transgênicas. “A área de refúgio é importante porque é fonte dos indivíduos suscetíveis que vão migrar para área de tecnologia Bt e vão cruzar com o indivíduo resistente, gerando o que chamamos de heterozigoto suscetível”, explica. Além do refúgio, o especialista também alerta o produtor para a escolha de sementes certificadas na área transgênica, para que a tecnologia funcione. “É preciso ter uma semente com alta qualidade fisiológica e com pureza genética que ajude no estabelecimento. Então, vigor e germinação são fundamentais para o agricultor ter um bom resultado”, salienta. O pesquisador relata que nas duas etapas da caravana foi possível ver de perto os desafios enfrentados pelos agricultores. “Visitamos lavouras de soja nos dois

Divulgação

O

projeto da Caravana Soja Brasil, desenvolvido pelo Canal Rural, com o apoio da Aprosoja e do Conselho de Informações sobre Biotecnologia (CIB), teve participação da região em duas edições, uma realizada em Goiás e outra no Paraná, no fim do ano passado. O diretor da Novo Rural, agrônomo Alexandre Gazolla Neto – que também atua como docente na URI de Frederico Westphalen e consultor –, percorreu diversas cidades dos dois Estados para explanar sobre boas práticas agronômicas, sempre com foco nos resultados. Na sétima edição e com a coordenação técnica da Embrapa, a ideia é levar informações estratégicas para o produtor rural. Nesta temporada, um dos assuntos foi as boas práticas agronômicas com vistas a bons resultados nas lavouras, especialmente na cultura da soja. Dentro disso, também esteve em pauta a manutenção das tecnologias, especialmente a Bt, que tem grande influência de práticas como

Palestras foram realizadas em diversas cidades goianas e paranaenses

Estados, além de realizar diversas palestras técnicas com o foco nas boas práticas. Tem sido uma experiência enriquece-

dora e que mostra o quanto o nosso setor ainda pode evoluir graças ao conhecimento”, pontua.

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Frederico Westphalen/RS

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Engenheiroagrônomo, mestre e doutor em Ciência e Tecnologia de Sementes. É diretor da Novo Rural, professor na Universidade Regional Integrada – Campus de Frederico Westphalen/RS, além de diretor do O Agro Software para o Agronegócio e da Vigor Consultoria para o Agronegócio

BOLETIM TÉCNICO

Divulgação

Alexandre Gazolla Neto

Agricultura

Boas práticas agronômicas no contexto da produção de grãos

P “Diversos resultados de pesquisa mostram que entre 93% a 95% dos produtores brasileiros realizam mistura de agrotóxicos em tanque”

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ara que as culturas de verão expressem seu potencial máximo de rendimento deve-se ajustar práticas tecnológicas ou mecanismos para mitigar os estresses de origem biótica (insetos, plantas daninhas e doenças) e abiótica (déficit hídrico, baixa fertilidade, compactação, e alumínio tóxico entre outros). Além da genética, o agricultor precisa conhecer o solo, química e física, o histórico da área, semear no melhor período e na população indicada, adubar segundo indicativos de resultados de análises de solos. Parece complexo, mas tem muita gente que já consegue ajustar esses fatores e ter sucesso na agricultura. Temos visto várias experiências exitosas Brasil afora. É inegável que nesta safra, além das adversidades climáticas, como o excesso e/ou a falta de chuvas, o controle de pragas e doenças está entre as maiores preocupações e dificuldades na busca por altos rendimentos de grãos. Nesse cenário, o manejo fitossanitário assume papel fundamental para assegurar a produtividade, garantindo rentabilidade aos agricultores e demais agentes que compõem a cadeia produtiva da agricultura, especialmente a soja. Quando se fala em controle de pragas e doenças, uma importante reflexão é sobre como os agricultores utilizam as formulações de produtos em um mesmo momento de apli-

cação. Na prática, trata-se da mistura das caldas. Sobre esse assunto, diversos resultados de pesquisa mostram que entre 93% a 95% dos produtores brasileiros realizam mistura de agrotóxicos em tanque – é uma forma de reduzir custos no combate à pragas, doenças e plantas daninhas em suas lavouras. Por se tratar de um tema muito polêmico, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento aprovou, em outubro de 2018, a mistura em tanque para agrotóxicos. Pelo acordo, é delegada a edição de atos normativos, no que se refere ao receituário agronômico, para incrementar o gerenciamento de risco no uso de agrotóxicos. Além do receituário, a mistura em tanques antes da aplicação na agricultura passa a ser de responsabilidade dos agrônomos. A aplicação conjunta desses defensivos é fundamental no contexto de rapidez e eficiência técnica e econômica na agricultura. Deve-se observar que são utilizados vários produtos para otimizar o processo e, por isso, existem riscos de eventual combinação gerar incompatibilidade química no tanque de pulverização, precipitando uma substância, entupindo bico, criando fitotoxidade, dependendo da cultura e forma de aplicação. É por isso que o produtor precisa ficar atento a esse aspecto e sempre ter o assessoramento técnico para evitar prejuízos e danos na lavoura.


Agricultura Benefícios da mistura de defensivos agrícolas em tanque

BOLETIM TÉCNICO

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O que se deve levar em conta durante o preparo da calda de pulverização Utilize equipamentos de proteção individual. Isso é básico e garante que não tenha problemas de contaminação. Não abra mão disso.

É uma forma de reduzir custos de aplicação individual de defensivos.

Realize o preparo em local adequado, sombreado, aberto e com boa ventilação.

Diminui o tempo para realizar o trabalho, o que reflete na eficiência de mão de obra e recursos investidos.

Não entre em contato direto com os produtos. Tenha atenção em relação à qualidade dos equipamentos de proteção individual.

Contribui para menor exposição do aplicador.

Evite os períodos de alta temperatura ou em outras condições climáticas adversas, como ventos fortes e chuvas. Utilize materiais específicos para o preparo e a mistura, como balanças, baldes e copos graduados. Avalie e corrija o pH da água, se necessário. Verifique a compatibilidade técnica entre os produtos que estão sendo misturados. Isso evita desperdícios e, obviamente, prejuízos.

Feche as embalagens e armazene-as adequadamente. Realize a tríplice lavagem. Destine as embalagens vazias para o ponto de coleta informado na nota fiscal. Lembre-se que hoje o sistema usado para o retorno de embalagens de agrotóxicos é um dos que mais funciona e contribuir para isso também faz parte do nosso papel como produtores rurais cada vez mais sustentáveis e conscientes.

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Agricultura

SOJA

Ferrugem asiática no “radar” dos produtores de soja Safra 2018/2019 de soja desafia agricultores com instabilidades climáticas, replantio de áreas e incidência de ferrugem

A

s instabilidades relacionadas ao clima durante o mês de dezembro contribuíram para gerar uma série de preocupações entre agricultores que estão com lavouras de soja em desenvolvimento. Não bastasse a necessidade de replantio em diversas áreas, lá no início do ciclo, o clima não ajudou muito para que uma segunda chance fosse dada para o bom desenvolvimento dessas plantas. “Boa parte das áreas foram reestabelecidas, mas não com tanto êxito. Por isso, deveremos ter perdas, porque em muitos casos a população de plantas não está a ideal”, pontua o engenheiro-agrônomo Felipe Lorensini, da Emater/RS-Ascar de Palmeira das Missões. Lá, pelo menos 10 mil hectares tiveram problemas com emergência das plantas, o que exigiu replantio. Outra preocupação foi com o déficit hídrico registrado em maior parte de dezembro. “Essa falta de chuva também comprometeu a aplicação de insumos contra doenças e pragas, inclusive para ferrugem asiática. É um cenário preocupante em relação à doença, porque o aparecimento de esporos está se adiantan-

do cerca de 20 dias se comparado com a safra passada”, pontua Lorensini. Essa preocupação também é destacada pelo engenheiro-agrônomo e consultor Alexandre Gazolla Neto, que ressalta que este é um cenário visto em todo o Sul brasileiro. “A maior incidência está no Rio Grande do Sul, com o registro de ocorrências crescendo a cada dia”, alerta. Ele explica que o fungo Phakopsora pachyrhizi, responsável pela ferrugem, é um patógeno biotrófico, ou seja, que necessita de hospedeiro vivo para sobreviver e ampliar a sua multiplicação. “Atualmente, este fungo se caracteriza como a principal doença na cultura da soja no Brasil”, ressalta.

Em relação ao dano econômico que esta doença pode ocasionar, depende do nível e momento de infecção, de condições climáticas favoráveis à sua multiplicação, da resistência/tolerância e do ciclo da cultivar utilizada. – Reduções de produtividade próximas a 74% são observadas quando comparadas áreas tratadas e não tratadas com fungicidas, em lavouras com alta incidência da doença – estima Gazolla Neto. Na região existem focos da doença registrados em Ronda Alta, Sarandi, Liberato Salzano, Tenente Portela e Passo Fundo. Até o dia 20 de dezembro, o Rio Grande do Sul tinha 27 casos registrados. Em nível de Brasil, eram mais de 100.

Problemas na safra do Paraná e Mato Grosso do Sul devem repercutir no preço O panorama para os primeiros meses de 2019 não deve ser muito diferente do que se viu nas últimas semanas de 2018 em relação ao preço da saca de soja – o valor ficou entre R$ 69 e R$ 79 na semana do dia 20 de dezembro passado. A análise é do consultor de Mercado Luiz Fernando Gutierrez Roque, da consultoria Safras & Mercado. – O mercado vai continuar respondendo, principalmente à guerra comercial entre Estados Unidos e China. No início do primeiro semestre também deve pesar nessa equação a safra sul-americana. A gente tem alguns problemas produtivos que não existiam antes, principalmente no Paraná e no Mato Grosso do Sul. Isso pode mudar um pouco a cara do mercado brasileiro, porque não teremos a safra esperada inicialmente – avalia Roque. Com esse cenário, em 2019 são esperados preços mais baixos que em 2018, resultado de uma menor demanda pela soja brasileira, que foi maior no ano passado, graças aos chineses. “Diria que o panorama não é muito positivo para preços, sem esquecer do fator muito importante que é o câmbio, que tem uma tendência de baixa”, complementa o analista.

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No mapa do Consórcio Antiferrugem, é possível acompanhar em tempo real onde a doença está afetando as lavouras de soja. Acesse on-line através do código:


Especial

ARGENTINA - PARTE 1

As experiências em solo argentino Grupo de estudantes e professores da região visita unidades do Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária da Argentina e avaliam diferenças, potenciais e dificuldades que eles têm em relação aos brasileiros Gracieli Verde

jornalismo@novorural.com

E

ntender qual é a postura do pecuarista de leite argentino em um mercado cada vez mais competitivo foi um dos objetivos de uma comitiva de quase 40 pessoas do Médio Alto Uruguai e Rio da Várzea, em dezem-

bro passado, na região de Rafaela, cidade localizada na Província de Santa Fé. Coordenados pelo professor Gelson Pelegrini, do curso superior de Tecnologia em Agropecuária da Universidade Regional Integrada (URI), campus de Frederico Westphalen – ele também gerencia o setor de Ciências Agrárias da instituição –, alunos tiveram aces-

so ao Inta, o Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária, que corresponde à Embrapa brasileira. Além da pesquisa, o Inta também é responsável pela extensão rural em solo argentino. Também foi visitada a estação experimental da cidade de Mendoza, especializada em viticultura, que será tema de pauta na próxima edição.

Professor Gelson Pelegrini e Leandro Bittencourt de Oliveira com pesquisadores argentinos do Inta em um campo de alfafa, pastagem comum para o gado leiteiro

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Especial

ARGENTINA - PARTE 1

Rafaela: a maior bacia leiteira da Argentina Espaço não é problema para os argentinos, que conseguem ter mais forrageiras à disposição do gado

senvolvimento e melhoramento de forrageiras. Outro desafio, segundo Ezcurra, é em relação ao tratamento de resíduos originados nos tambos leiteiros, devido a concentração de animais nas propriedades. Até porque, naquela região, se produz 28% do leite do país. Outra característica, mais especificamente da província de San-

ta Fé, é que apenas 8% da população está no meio rural. Outra novidade por lá são os estudos no desenvolvimento de produtos biotecnológicos, como bioplásticos, aditivos alimentícios e inoculantes para silos, com um trabalho de uma equipe do Inta destinada para esse trabalho.

Solos também desafiam os argentinos Se no Brasil a preocupação com os solos é muito presente na rotina dos agricultores e pesquisadores, em solo argentino não é diferente. O geólogo Rubem Tosoline, que integra o time de pesquisadores do Inta, é especialista nas áreas de solos, captação e manejo de água, como foco na pecuária. Por lá, o uso de mapas de solo para avaliar os índices de aptidão agropecuária das áreas também é muito habitual. Com esses mapas é possível avaliar a capacidade de drenagem das áreas, bem como se é mais compatível com a agricultura ou a pecuária. De forma geral, Tosoline defende que o produtor rural precisa man-

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ter práticas consideradas até um pouco antigas de avaliar o solo, mas que devem ser alidas às novas tecnologias. “Não adianta somente usar um penetrômetro para avaliar as áreas, mas olhar esse solo de perto. É aí que a agronomia entra para resolver esses problemas”, acredita. Para ver que aqui no Brasil, muitas vezes, essa também é uma recomendação técnica, de manter-se mais próximo das lavouras, ou áreas usadas para pastagens, para ter mais controle do que está acontecendo no contexto do solo e que repercute nas produções. Por lá, o maior problema é do ponto de vista físico do solo.

Divulgação

N

a primeira parada da comitiva, a recepção foi por parte do diretor da Estação Experimental Agropecuária de Rafaela, o engenheiro em produção agropecuária Jorge Villar Ezcurra. Rafaela é uma cidade de pouco mais de 100 mil habitantes, localizada no Estado de Santa Fé, que é considerada de grande potencial agropecuário e maior bacia leiteira argentina. Segundo Ezcurra, a maior concentração da atividade de pecuária de leite está nas províncias de Santa Fé, Córdoba, Buenos Aires e Entre Rios, resultado de um movimento iniciado ainda na década de 1950. Esta região, conhecida como pampa úmida, tem condições naturais de clima e de solo altamente favoráveis à produção leiteira. – A boa fertilidade do solo viabiliza sistemas de produção de leite baseados em pasto de alto valor nutritivo. Além disso, com a topografia totalmente plana facilita a mecanização, o que também contribui para a redução dos custos de produção –, explica. Por lá, áreas com alfafa são comuns para o gado de leite. – Estamos na região da Pampa úmida, a mais produtiva do país. É uma região intermediária entre o Sul produtivo e o Norte improdutivo. É uma área de muitas variáveis climáticas – contextualiza o pesquisador. No que se referem aos estudos, a unidade tem focado bastante atenção à produção vegetal voltada para a pecuária leiteira, com grupo de pesquisa para o de-


Especial

ARGENTINA - PARTE 1

Ordenha robotizada faz parte de experimento Divulgação

A

Robô lava e ordenha sozinho as vacas do plantel, que escolhem a hora de ir para o equipamento Divulgação

O ciclo do robô e a vaca A vaca é identificada

O robô higieniza o úbere do animal

Inicia a ordenha

Equipamento também tem ferramentas para minimizar estresse dos animais

carregados são os responsáveis pelo trabalho com a unidade, além do monitoramento de outros profissionais, como engenheiros, um veterinário e estagiários. O custo-benefício da unidade é outro parâmetro em está sendo estudado a partir desta experiência. – Hoje um sistema como este custa em torno de 150 mil dólares para implantação. É confiável, mas também falha, porque é uma máquina. Mesmo assim, há uma praticidade muito grande. O sistema usado gera notificações remotas, via celular ou tablet, para que, mesmo estando longe da estação, seja possível saber o que está acontecendo aqui. Existem comandos que também podem ser feitos remotamente, o que torna muito prático o uso desta tecnologia – garante Taverna. Em relação à manutenção do robô, a troca de peças, como mangueiras e borrachas, é feita depois de uma quantidade de horas trabalhadas.

Neste momento já tem alimento no cocho

O robô identifica se a vaca está no cio

O manejo ambiental do sistema A pesquisadora Karina Garcia, da área ambiental, explica que outro trabalho de análise vem sendo feito em relação aos efluentes gerados com o uso do robô, uma vez que se usa bastante água para higienizar a estrutura. Hoje, toda a água é reutilizada, tendo em vista que são três lavagens por dia. Essa água é direcionada para uma estação de tratamento. Separado o resíduo sólido, este é usado como adubo. Já a água limpa volta a ser usada nas instalações. Cisternas também são usadas para armazenar a água da chuva, para auxiliar nessa compensação ambiental, além de ter garantia de melhor qualidade. “Para aquecer a água utilizada na higienização dos equipamentos, são utilizados aquecedores solar de água, que aproveitam a luz do sol. O próximo passo será na geração de biogás com os resíduos”, conta Karina. Sobre a comercialização desse produto, o médico-veterinário Alejandro Smulovitz conta que esta é feita para uma cooperativa local. O preço tem ficado na casa dos 8,5 pesos, o que corresponde a cerca de R$ 0,85. É um preço baixo para um leite produzido a pasto, também com baixos custos de forma geral. Divulgação

alta tecnologia na área de ordenha leiteira pôde ser conferida pelo grupo de gaúchos na Estação Experimental de Rafaela. Uma unidade de ordenha robotizada, e também chamada de voluntária – porque a vaca escolhe o momento em que quer ser ordenhada –, serve para experimentos para os pesquisadores argentinos. Veterinários e outros especialistas avaliam o desempenho sob vários pontos de vistas, tanto da produção como nos impactos ambientais. Hoje são mais de 100 vacas em ordenha na unidade, com uma produção média de 30 litros de leite por animal ao dia. Segundo o engenheiro-agrônomo Miguel Angel Taverna, que é responsável pelo setor, o objetivo do espaço é justamente imitar o que ocorre em uma fazenda comercial, mas com o foco na pesquisa, para responder a uma série de questões que giram entorno da atividade. Hoje a frequência de ordenha é de 2,3 vezes por dia em cada animal, com um intervalo de 11 horas e meia. Com o robô é possível avaliar também vários dados, como níveis de proteínas, de gordura, indicadores importantes para entender como está o estado dos animais. Alguns dados como taxa de prenhez dos animais também são monitorados. Esta tem ficado em 20%. Já a taxa de detecção de cio está na casa dos 60% e a taxa de concepção em 34%. Tendo em vista as altas temperaturas, as vacas também têm à disposição uma espécie de nebulização por aspersão, além de massageador, para minimizar o estresse calórico. Todos os equipamentos que formam o robô atua de forma automática, exigindo, portanto, maior monitoramento dos dados. O encarregado Rodrigo Desteffani, um dos funcionários da estação, explica que é preciso estar atento ao sistema, porque é ali que vai mostrar algum problema com o plantel. – Um exemplo é se a vaca não vai ordenhar dentro de um determinado período. Essa ausência do animal no processo de ordenha é identificado pelo robô, que nos avisa com notificações. Assim, é possível avaliar a necessidade de atendimento veterinário. Além disso, caso o robô identifique algum outro tipo de anormalidade com a vaca, automaticamente ele a direciona para outro espaço dentro das instalações, também para avaliação de um profissional da equipe – relata. Na prática, com esse sistema é frequente a geração de indicadores relacionados à produção. “Temos que estar muito atentos aos dados gerados e para que todos que trabalham nesta unidade, porque é ali que vamos identificar qualquer problema. Hoje, dois en-

Em caso positivo, identifica o animal com uma tarja

Caso o animal seja detectado com algum outro problema, o robô também o direciona para um espaço em separado

Caso esteja tudo bem, o robô libera o animal normalmente

Pesquisadora Karina Garcia avalia questões ambientais do sistema

13 | Revista Novo Rural | Janeiro de 2019


Especial

ARGENTINA - PARTE 1

Docentes propõem reflexões acerca do modo de produção argentino e o que podemos aprender com ele

U

ma análise dos professores Gelson Pelegrini, Sandro Paixão, Thiago Cantarelli e Leandro Bitencourt de Oliveira, que acompanharam a comitiva pela Argentina, mostra outras reflexões mais técnicas em relação ao que é visto nas regiões visitadas. Forragens de alta qualidade, áreas mais extensivas para o cultivo desses alimentos e baixo custo do ponto de vista de estruturas e instalações são aspectos que também repercutem

no custo de produção por lá. – São pecuaristas que estão acostumados a produzir leite com um custo bem menor que os nossos, porque a remuneração deles também é mais baixa. Por isso é tão difícil de o brasileiro competir com esses países, como Argentina e Uruguai, porque produzimos um leite muito caro. Em um mercado mais global, isso nos prejudica – analisa o professor Gelson Pelegrini. Acompanhe outras observações dos docentes.

A diferença no solo deve ser levada em conta, pois determina a forma como o sistema de produção pode ser explorado pelo agropecuarista. Lá também tem menos chuvas, o que torna a relação com a água diferente se comparado aos brasileiros.

Campos de alfafa para pastagem são comuns de encontrar na região de Rafaela

14 | Revista Novo Rural | Janeiro de 2019

• Para suprir a demanda de água, como os solos são bastante rasos, conseguem extrair água a cinco a seis metros de profundidade através de moinhos de vento, para alimentação e irrigação das pastagens. Isso torna a produção de leite de alta qualidade e com boa produtividade dos animais, pelo fato de ter uma fonte ricas de alimentação. Isso tudo a um custo relativamente mais baixo que o custo de produção do litro de leite no Brasil.

A adaptação da genética das raças usadas para a produção é outro diferencial. • O cruzamento dos animais para produção de leite vem sendo pesquisado no Inta. Ainda em Rafaela, os pesquisadores trabalham com o cruzamento alternado na produção de raças de bovinos de leite com maior adaptabilidade ao sistema de produção adotado na região. Quer dizer, o trabalho está focado no cruzamento alternado entre as raças holandesas e jersey, buscando uma vaca produtiva (característica da vaca holandesa) aliada a uma maior adaptabilidade da vaca jersey ao calor, visto que no verão as temperaturas são extremamente altas. • Além disso, com esse cruzamento conseguem ter uma vaca de tamanho médio, na faixa de 450/500kg, que tem uma capacidade maior de ir a campo para coletar o seu próprio alimento e, dessa forma, permitir uma boa produção de leite com um custo de produção mais barato.

• Observando a realidade de algumas propriedades da região do Médio Alto Uruguai gaúcho, observando a realidade das pastagens, clima e topografia, esta seria uma boa alternativa para aqueles produtores com terrenos muito acidentados e que queiram trabalhar com um sistema a base de pastagens. Possivelmente, seria mais estratégico trabalhar com este tipo de animais, e não fazer cruzamentos para aumentar somente o tamanho de vaca, o que, mais tarde, ocasiona uma série de lesões nos cascos, o que prejudica o pastejo a campo. Isso também interfere no estresse calórico desses animais, que sofrem com temperaturas mais elevadas, e também pode ter problemas de ordem reprodutiva, dentre outros. • Em resumo, se usa o cruzamento genético alternado para produzir uma vaca mais adaptada ao ambiente, e não se pensa em alterar o ambiente para receber a vaca.

Prestação de serviço aos produtores em análises de leite • Se percebe uma grande proximidade do laboratório de Leite do Inta de Rafaela com a comunidade produtiva, pois trabalha com análises de leite e presta serviço para a comunidade em geral neste quesito. Divulgação

• Naquela região se vê solos rasos, com uma quantidade de argila bem menor que os solos brasileiros e com uma precipitação bem abaixo do que temos no brasil. Mesmo assim conseguem produzir umas das melhores forrageiras para a produção de vacas de leite, que é a alfafa. Trata-se de um alimento com teor de proteína ao redor de 25%, de alta digestibilidade pelos animais. Seu cultivo é possível pelo fato de os solos argentinos (principalmente da região onde se encontra o Inta de Rafaela), mesmo com pouca quantidade de argila, serem ricos em fósforo, principal mineral responsável pelo bom desempenho e produção dessa forrageira.

Divulgação

Os diferenciais dos hermanos

SAFRA 2018/2019

Laboratório de leite serve para constatar a qualidade do leite produzida na região


Especial

ARGENTINA - PARTE 1

15 | Revista Novo Rural | Janeiro de 2019

Divulgação

A infraestrutura relacionada a benfeitorias é extremamente simples, demandando baixos investimentos. Isso reflete em um custo de produção mais baixo. • Fica claro que o principal foco da bovinocultura de leite do modelo argentino é produzir um leite de qualidade e com um baixo custo, visto que o preço de comercialização pelo litro de leite está, em média, próximo dos R$ 0,80.

• Para isso, produzem alimentos de alta qualidade, como a alfafa – que já citamos – e fazem com que os animais vão no campo fazer a própria coleta dessa forragem, dando um suplemento de concentrado no cocho com silagem, apenas para complementar o que elas não conseguiram consumir durante o período de pastejo. Divulgação

Animais estão habituados a poucas estruturas, menos sombra e mais sol. Adaptação da genética também contribui para que mantenham a produtividade mesmo nessas condições

• Esse cenário reforça que os investimentos com infraestrutura são muito baixos. É comum de ver unidades produtivas que apenas tem um pequeno local para os equipamentos de ordenha e nada mais.

• Esta é uma diferença gritante em relação ao modelo brasileiro, em que, muitas vezes, se prioriza uma instalação de ponta. Importante salientar que quanto mais cara for a estrutura construída para abrigar a atividade leiteira, mais caro permanece o custo fixo de produção, devido à depreciação. O argentino investe o mínimo possível em instalação e mais em alimento, o que fará com que a vaca produza mais leite por um preço/custo menor.

Confira a continuidade da reportagem especial na próxima edição.

Fique atento com os cuidados para a colheita do MILHO! A última etapa da safra demanda alguns cuidados especiais para evitar perdas na hora da colheita do milho: • Umidade correta para início da colheita; • Regulagem da colheitadeira; • Velocidade de colheita; • Planejamento adequado para o plantio da próxima cultura. Práticas corretas garantem resultados positivos ao final dessa etapa. Consulte nossos consultores para obter e garantir uma safra segura do início ao fim.

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Estruturas baratas, nada de requinte no tambo


Agricultura

VITICULTURA

Natália Menuzzi

Mercado aquecido para a uva Em Ametista do Sul, produtores comemoram a efetividade do sistema de rastreabilidade

O

16 | Revista Novo Rural | Janeiro de 2019

da cooperativa. Para capacitar as famílias que possuem como base de renda a atividade vitícola, a 3ª Abertura da Colheita da Uva foi realizada no último mês de 2018, na propriedade de Ivanir Meazza, na linha Alta, abordando aspectos importantes sobre a legislação que envolve esse novo processo. Para ter acesso a mais informações sobre o assunto, uma das participações foi do pesquisador Samar Velho da Silveira, da Embrapa Uva e Vinho, de Bento Gonçalves. – A adoção desse sistema impacta significativamente no resultado da produção, pois permite que se tenha um controle direto de todas as etapas, facilitando a identificação de quaisquer problemas relacionados à aplicação ou excesso de resíduos de defensivos agrícolas. Além disso, proporciona a abertura de mercados externos, integrando aspectos sociais, ecológicos e econômicos – acredita Silveira.

“Rastreabilidade garantiu aumento de 40% no mercado em relação ao ano passado” Elton Mezzaroba Natália Menuzzi

início da colheita da uva, em Ametista do Sul, segue com expectativas positivas em relação à comercialização do produto. Em menos de um mês do início da colheita, o sistema de rastreabilidade – estreado nesta safra – garante um aumento de 40% no mercado em relação ao ano passado. Essa experiência, que é resultado de uma parceria entre a Coperametista e a empresa O Agro Softwares para o Agronegócio, tem sido exitosa, segundo o presidente da cooperativa, Elton Mezzaroba. A rastreabilidade, que é um conjunto de procedimentos para deixar clara a origem do produto, bem como a movimentação dele até a gôndola do supermercado, permite a ligação entre os elos da cadeia produtiva, fator que vem sendo valorizado pelo consumidor, cada vez melhor informado e mais exigente. Nesta safra, cerca de 30 famílias de Ametista do Sul aderiram ao sistema por meio

Colheita foi oficialmente aberta em dezembro

Pesquisador Samar Velho da Silveira, da Embrapa Uva e Vinho


Agricultura

VITICULTURA

Produtor precisa se adequar O palestrante Samar Velho da Silveira explica ainda que a Embrapa, juntamente com outros órgãos, como a Emater/RS-Ascar, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, estão atuando em conjunto para capacitar o produtor rural e traduzir as informações necessárias, a fim de que ele entenda as normas exigidas. “A partir de 2019, a ideia é que as adequações por parte dos agricultores se efetivem, pois deverão iniciar também as fiscalizações”, alerta. Na prática, a rastreabilidade precisa ser adotada como aliada, tanto para questões mercadológicas como para estar em dia com a legislação. Até porque, para quem for identificado com problemas com resíduos de pesticidas, por exemplo, haverá punição.

Adoção da rastreabilidade contribui para produtor manter preço Uma das vantagens que a rastreabilidade traz para os produtores é o ingresso em mercados mais competitivos, como em grandes redes de supermercado, que valorizam o acesso a informações de origem e, obviamente, precisam seguir as normativas. Mas, outro reflexo também é percebido nesta safra, segundo o presidente da Coperametista, Elton Mezzaroba. – Este é o primeiro ano que não ocorreu redução do preço da uva. Podemos perceber que a adoção do sistema de rastreabilidade está proporcionando uma estabilização do preço no

mercado – acredita. Nos primeiros 20 dias de colheita no município de Ametista do Sul, mais de 30 toneladas de uvas foram comercializadas, todas identificadas e catalogadas por lotes. A expectativa é de que a comercialização seja de aproximadamente 100 toneladas de uvas através da cooperativa. “Esse cenário só reforça a necessidade de continuar investindo na uva nas próximas safras”, pontua Mezzaroba, contente porque já tem produtores que estão buscando se associar à cooperativa em função deste bom momento da fruticultura no município.

Planalto: patamar de produtividade deve manter-se A 16 quilômetros de Ametista do Sul, o município de Planalto é outro importante produtor de uva da região. Com Alpestre, esses municípios têm formado um núcleo produtivo que está se destacando nesta cultura. Na safra 2018/19 a expectativa é de frutas de qualidade, segundo análise da equipe da Emater/RS de Planalto. Por lá são cerca de 230 famílias produtoras de uva, que têm a viticultura como uma das principais fontes de renda. – Esperamos uma média de 12 toneladas da fruta por hectare. Mesmo com a realidade de um inverno pouco chuvoso e de uma primavera com precipitações irregulares, a gente deve manter o patamar de produção dos últimos anos – estima o extensionista Doraci Bedin, da Emater/RS local.

17 | Revista Novo Rural | Janeiro de 2019


Agricultura

VITICULTURA

Sarandi: início da colheita destaca legalização Com a Lei do Vinho Colonial, vitivinicultores familiares podem ser inseridos no Paef Natália Menuzzi

E

m Sarandi, outro município que tem tradição na produção de uvas, a colheita também já teve início nesta safra 2018/2019. Por lá, são mais 100 hectares destinados à produção de uva. Essa área é composta por videiras americanas, direcionadas também para a produção de vinhos de mesa. São 55 famílias produtoras que possuem a atividade como importante fonte de renda. Segundo levantamento da Emater/RS-Ascar do município, nesta safra se espera colher em torno de um milhão de quilos da fruta. – Em termos econômicos, isso representa aproximadamente um milhão de reais de movimentação bruta. Esse resultado só é possível porque grande parte das famílias envolvidas na produção de uva possui sucessão familiar e tem muita dedicação com a atividade – salienta o engenheiro-agrônomo Luciano Schwerz, da Emater/RS local. Outro diferencial que Sarandi consegue em relação a essa atividade é gerar atrativos para o turismo rural, que é outra área que tem se consolidado localmente. – A produção de vinhos traz muitas pessoas para a nossa região. Isso faz com que o produtor rural ganhe mais visibilidade, exigindo também que tenha um olhar cada vez mais atento ao processo de produção. Por isso é tão importante que o produtor esteja bem informado, receba orientações técnicas e saiba identificar os possíveis problemas no processo de produção – salienta Schwerz. No município, a abertura oficial da colheita da uva ocorreu no dia 14 de dezembro passado, na linha Cocho, na propriedade da família Vizzini, com um dia de campo que envolveu profissionais técnicos e agricultores. Nessa oportunidade, um dos temas que esteve em evidência foi a elaboração de vinhos, fator importante para o incremento de renda de muitas famílias produtoras no município. O foco foi para a Lei do Vinho Colonial, uma legislação relativamente recente, mas que vem para beneficiar os produtores familiares da bebida.

Pesquisador Raul Ben, da Embrapa Uva e Vinho, de Bento Gonçalves

A Lei do Vinho Colonial Conhecida como a Lei do Vinho Colonial, a lei nº 12.959 de 19 de março de 2014, vem para suprir uma necessidade antiga de regularizar cantinas familiares. Antes, as condições de legalização da produção em empreendimentos vitivinícolas familiares eram iguais às de empresas de grande porte, o que demandava de altos investimentos. A partir da lei, foram estabelecidos os requisitos e limites para a produção e comercialização do vinho colonial, além das diretrizes para registro e fiscalização desse produto. Na prática, a lei simplificou o processo de formalização das vinícolas, possibilitando que o agricultor registre a sua cantina com o próprio Cadastro de Pessoa Física (CPF), sem precisar realizar a abertura de uma empresa, diminuindo os custos e a burocracia nesse processo. No Estado gaúcho, a viabilização da atividade e a regularização das cantinas ocorrem por meio do Programa Estadual de Agroindústria Familiar (Peaf), que permite comercializar o vinho por meio do talão de notas de produtor rural, com isenção de ICMS em vendas diretas a consumidores. A operacionalização do registro é feita por meio dos escritórios da Emater/RS-Ascar. Para tanto, há uma série de requisitos necessários para a regularização dessas vinícolas familiares, como uma produção máxima de 20 mil litros por ano, entre outros. – É uma oportunidade única para o produtor fazer seu registro com um suporte técnico da extensão rural pública, o que dá mais tranquilidade durante o processo – comenta o enólogo Thompsson Didone, da Emater/RS-Ascar de Bento Gonçalves, que esteve em Sarandi naquela ocasião.

Dicas do enólogo para aperfeiçoar a produção de vinho 18 | Revista Novo Rural | Janeiro de 2019

Qualidade da matéria-prima.

Cuidados básicos em relação à higiene do local de produção.

Utilizar produtos básicos para garantir um produto de qualidade, como o metabissulfito de potássio, a levedura e o ativante de fermentação.

Boas práticas para elaboração de vinhos de mesa Para garantir um produto de qualidade, é preciso investir em matéria-prima de qualidade. Além disso, é fundamental ter alguns cuidados durante o processo de elaboração do produto. Neste caso, a utilização de componentes básicos para sincronizar a produção tornam-se aliados do produtor. As dicas são do enólogo e pesquisador Raul Ben, da Embrapa Uva e Vinho, de Bento Gonçalves. – Esse olhar mais atento à produção impacta diretamente no resultado final do produto. Antes, o agricultor se preocupava apenas em elaborar o vinho e não diretamente com a qualidade. Mas, com o tempo, já começam a identificar as diferenças, entendendo que precisavam fazer algumas mudanças no processo – acredita Ben.

Veja o passo a passo para formalização de uma cantina familiar Do ponto de vista fiscal

O vitivinicultor deve enquadrar-se como microprodutor rural na Receita Estadual para emissão de nota fiscal com talão de produtor rural. Também é necessário estar cadastrado no Programa Estadual de Agroindústria Familiar, o Peaf.

Na parte sanitária

É necessário encaminhar um registro do estabelecimento junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para posterior registro do produto.

Parte ambiental

É preciso obter licenciamento ambiental do estabelecimento.

Enólogo Thompsson Didone, da Emater/RSAscar de Bento Gonçalves


Antonio Luis Santi

Agricultura

Engenheiroagrônomo, doutor em Ciência do Solo/Agricultura de Precisão, coordenador do Laboratório de Agricultura de Precisão do Sul da UFSM-FW, e representante do Fórum dos ProReitores de PósGraduação e Pesquisa (FOPROP) na Comissão Brasileira de Agricultura de Precisão, junto ao Ministério da Agricultura.

OPINIÃO

Que lavoura eu quero em 2019?

I

nicia-se mais um ano no calendário gregoriano: 2019! Porém, no calendário agrícola os tempos são outros. Toda vez que inicia um novo ciclo, nós, humanos, nos desejamos saúde, alegria, prosperidade e outras tantas coisas boas. Mas, o que desejamos para nossa lavoura em 2019? Embora complexa essa reflexão, é possível e deve ser feita. Rubem Alves já dizia: “O que é que se encontra no início? O jardim ou o jardineiro? É o jardineiro. Havendo um jardineiro, mais cedo ou mais tarde um jardim aparecerá. Mas, havendo um jardim sem jardineiro, mais cedo ou mais tarde ele desaparecerá. O que é um jardineiro? Uma pessoa cujo os sonhos estão cheios de jardins. O que faz um jardim são os sonhos do jardineiro.” Essa analogia pode ser adotada para a lavoura. Havendo um bom produtor, os frutos logo virão. Mas uma lavoura sem um produtor dedicado, que ama o que faz, os problemas também logo chegarão. O que faz uma lavoura eficiente, rentável e sustentável são as ações do produtor e, claro, do seu consultor. É a nossa atitude, antes de qualquer coisa, a tarefa que irá impactar um resultado bem-sucedido. O sucesso da lavoura vem de um simples primeiro passo, mas essa ousadia é que garante os frutos do que sonhamos e buscamos. Esse é um momento especial! É hora de olhar para trás e ver por tudo o que já enfrentamos. O Brasil já viveu a lástima do plantio convencional e viu triunfar o Sistema Plantio Direto. Encarou a

biotecnologia e hoje o país é o celeiro do mundo. Vive a era da tecnologia, da agricultura de precisão, das plataformas digitais e se prepara para, nos próximos 15 anos, dobrar a produtividade e ajudar a resolver o problema da fome no mundo. Queremos missão mais nobre que essa? “Tudo é loucura ou sonho no começo. Nada do que o homem fez no mundo teve início de outra maneira – mas tantos sonhos se realizaram que não temos o direito de duvidar de nenhum”, já dizia Monteiro Lobato. Infelizmente, enfrentamos problemas como a erosão, compactação, falta de armazenamento de água no solo, necessidade de calagem e melhorar a fertilidade do solo, plantas daninhas resistentes, problemas de plantabilidade, vazio outonal, falta de rotação de culturas e de tantas outras questões. “Recomeçar é mais difícil que começar, pois requer a coragem do início e a superação do fracasso” (Flávia Barros), mas arrisque-se, faça, tente, recomece. É preciso iniciar com o pé direito, planejamento e coragem para fazer as mudanças necessárias. A planta é o melhor sensor e “trabalha” para produzir apenas em troca de água, nutrientes, oxigênio e luz solar. Ela quer apenas um ambiente confortável e justo para com o que ela faz por nós. Que saibamos compreender, com humildade, apenas o que a natureza espera de nós. Que 2019 seja ainda mais produtivo e compensador do que o ano que se findou, trazendo consigo somente bons sentimentos. Bom princípio!

“Tudo é loucura ou sonho no começo. Nada do que o homem fez no mundo teve início de outra maneira – mas tantos sonhos se realizaram que não temos o direito de duvidar de nenhum” Monteiro Lobato

19 | Revista Novo Rural | Janeiro de 2019


2018

O

projeto educacional desenvolvido pelo Grupo Creluz, denominado “Ligado nas Escolas”, tem por objetivo capacitar os educadores das escolas municipais e estaduais em agentes multiplicadores dos conceitos de uso eficiente e seguro da energia elétrica, bem como outros conceitos ligados à temática ambiental. Busca também estimular a realização de ações pedagógicas, envolvendo professores e alunos da educação básica de forma direta, bem como suas famílias e as comunidades do entorno de forma indireta. O projeto abrange aproximadamente sete mil alunos de 42 escolas, localizadas nos municípios de Alpestre, Ametista do Sul, Boa Vista das Missões, Cerro Grande, Cristal do Sul, Frederico Westphalen, Jaboticaba, Lajeado do Bugre, Miraguaí, Novo Barreiro, Novo Tiradentes, Pinhal, Planalto, Rodeio Bonito e Seberi. Todos os municípios estão localizados na área de concessão do Grupo Creluz, contemplando as escolas que utilizam a energia da cooperativa. De forma a desenvolver os conceitos que objetivam o projeto, durante o ano de 2018 foi realizado um Campeonato Interescolar (gincana) onde foram propostos seis desafios regulares e dois desafios extras para as escolas, buscando disseminar informações básicas sobre o uso racional da eletricidade para o público infanto-juvenil, com o objetivo de reduzir o desperdício de energia elétrica em suas residências e sustentabilidade do meio ambiente. Os desafios foram mensais e tiveram os seguintes temas:

ANOS FINAIS

1º lugar - João Vitor Zuselski - 9º ano - EEEF Tomé de Souza - Alpestre

• Desafio 01 (junho/2018) – Matemática e a Água • Desafio 02 (julho/2018) – Energias Renováveis • Desafio 03 (agosto/2018) – Preservação da Fauna e Flora • Desafio 04 (setembro/2018) – Reciclagem • Desafio extra 01 (setembro/2018) – Dia da Árvore • Desafio 05 (outubro/2018) – O Homem e o Meio Ambiente • Desafio extra 02 (outubro/2018) – Dia do Consumo Consciente • Desafio 06 (novembro/2018) – Reaproveitamento de Alimentos Com o objetivo de troca de experiência entre os participantes, no dia 4 de dezembro de 2018 ocorreu no Centro de Treinamento e Recreação – Fundaluz –, no município de Pinhal, a 2ª Mostra Pedagógica do projeto Ligado nas Escolas. Nessa mostra os professores e alunos das escolas participantes do projeto, apresentam para a comunidade todas as atividades que desenvolveram em suas escolas em cada desafio proposto pela gincana, destacando os objetivos esperados e os resultados alcançados com cada atividade. Em paralelo à mostra pedagógica também ocorreu a 1ª Olimpíada de Matemática do projeto Ligado nas Escolas, onde cada escola participante do projeto poderia selecionar até dois representantes para a realização das provas, sendo um representante dos anos iniciais e outro dos anos finais. Com a participação de 70 alunos, os vencedores da olimpíada são relacionados a seguir: LUGAR

1

ALUNO

ESCOLA

Rebeka de Oliveira E.M.E.F. Getulio Vargas Juliano Olevir A.M.E.F União Azimko Airton Kaiber E.E.E.F. Carlos Júnior Becker

2 3

LUGAR

1 2 3

ALUNO João Vitor Zuselski Léo Gustavo Piovesan Martins Jordano Paloschi

MUNICÍPIO Cerro Grande Pinhal Alpestre

ANO TIPO INICIAL 4º ano Anos iniciais 5º ano Anos iniciais 5º ano Anos iniciais

ESCOLA MUNICÍPIO TURMA E.E.E.F. Tomé de Alpestre 9º ano Souza E.E.E.M. São Gabriel Ametista 8ºano do sul

TIPO Anos finais Anos finais

E.E.E.M Joaquim José da Silva Xavier

Anos Finais

20 | Revista Novo Rural | Janeiro de 2019

Novo Tiradentes

6ºano

2º lugar - Léo Gustavo Piovesan Martins - 8º ano -EEEM São Gabriel - Ametista do Sul

3º lugar - Jordano Paloschi - 6º ano - EEEM Joaquim José da Silova Xavier Novo Tiradentes

O Grupo Ideias é um grupo empresarial com sede no Estado do Espírito Santo, que atua nas áreas social, econômica e ambiental, que realiza a gestão, o gerenciamento, o planejamento e a execução de pesquisas, estudos, programas, projetos e eventos, oferece serviços e tecnologias inovadoras para o meio ambiente. No Ligado nas Escolas, o Grupo Ideias é um parceiro do Grupo Creluz e desenvolveu os desafios relacionados à gincana interescolar, realizou o acompanhamento dos professores gestores do projeto junto às escolas, realizou a capacitação dos professores gestores e participou da avaliação dos trabalhos realizados durante os desafios.


ANOS INICIAIS

1º lugar - Rebeca de Oliveira - 4º Ano - EMEF Getúlio Vargas - Cerro Grande

2º lugar - Juliano Olevir Szimko - 5ºano - EMEF União - Pinhal

As atividades realizadas durante os desafios foram avaliadas por uma comissão julgadora formada pelo Grupo Ideias e os membros da comissão organizadora do projeto, seguindo critérios estabelecidos do regulamento de participação do campeonato interescolar. Como forma de incentivo, o Grupo Creluz premia as escolas melhor avaliadas e seus dois professores gestores. As escolas que obtiveram melhor avaliação são relacionadas a seguir: LUGAR 1 2 3 4

ESCOLA E.E.E.F. Carlos Becker E.E.E.M. Eugênio Korsack APAE Rodeio Bonito E.M.E.F. São Paulo

NOTA FINAL

PREMIAÇÃO

Alpestre

98,59

R$ 6.000,00

Lajeado do Bugre Rodeio Bonito

97,38

R$ 4.000,00

96,83

R$ 2.500,00

Miraguai

95,45

R$ 1.500,00

MUNICIPIO

Os valores recebidos como premiação devem ser revertidos em atividades com foco na redução do consumo de energia e/ou relacionadas à temática ambiental. Os professores gestores das escolas vencedoras receberam como premiação um smartphone cada. A divulgação completa das notas finais de cada escola é disponibilizada no site do Grupo Creluz: www.creluz.com.br.

3º lugar - Airton Kaiber Júnior - 5º ano - EEEF Carlos Becker - Alpestre

Nas atividades de encerramento do projeto de 2018 foram realizadas 26 apresentações das peças teatrais “Uma História Eletrizante” e “Programa Família é Tudo” para as escolas e comunidade em geral, abordando o meio ambiente como tema principal. O Sesc de Frederico Westphalen foi parceiro cultural na realização dessa atividade. O espetáculo “Uma História Eletrizante” apresenta três palhaços que contam de forma divertida um pouco sobre a energia elétrica, cuidados com o consumo exagerado, a importância da preservação da natureza, além da destinação correta do lixo. Já a peça “Programa Família é Tudo” traz as histórias de Eleonora Aurora, uma apresentadora para lá de atrapalhada. Eleonora recebe convidados que trazem a público seus dilemas, conflitos e questionamentos. Desta vez, entre seus convidados teremos uma família que não tem controle no consumo de energia, uma jovem consumista que não se preocupa com os estudos e o destino correto do lixo. Entre muitas confusões, e com suas técnicas nada convencionais, a nossa “exótica” apresentadora vai ajudar seus convidados. As duas apresentações são da Cia Cultura das Estrelas. A organização da edição de 2018 do projeto foi realizada pela Comissão Organizadora do Ligado nas Escolas, a qual é formada pelos colaboradores Jamenson Guilherme Ozelame, Jane Ferreira Carvalho e Patrícia Lídia Savoldi. Devido ao sucesso das últimas edições do projeto e ao apoio integral do presidente da Creluz Elemar Battisti, a comissão organizadora já iniciou os preparativos para a edição de 2019 do projeto Ligado nas Escolas.

EEEF Carlos Becker - Alpestre - 1º Lugar

APAE Rodeio Bonito 3º Lugar

EEEM Eugenio Korsak - Lajeado do Bugre - 2º Lugar

EMEF São Paulo - Miraguaí- 4º Lugar

21 | Revista Novo Rural | Janeiro de 2019


Projeções 2019

Mudança no cenário político e a melhoria do ambiente econômico norteiam as previsões para novo ano Gracieli Verde

jornalismo@novorural.com

N

se tornariam uma só. Ao ser anunciado, em dezembro, Covatti Filho – como é mais conhecido – disse ter consciência das demandas do agro, apesar de saber também que é um setor extremamente complexo. Em nível federal, a deputada Tereza Cristina (DEM-MS) é a indicada pelo presidente Jair Bolsonaro como ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Ela será a segunda mulher a ocupar o cargo considerado mais importante para o setor em nível de Brasil. Várias lideranças avaliam o perfil dela muito parecido com o então ministro do governo anterior, Blairo Maggi. Em várias entrevistas que a deputada concedeu para veículos de comunicação nacional, a promessa é de melhorar a imagem da produção brasileira lá fora. Ela, que estava como presidente da Frente Parlamentar Agro-

ão há quem não tenha alguma expectativa nova para 2019. Nada mais natural, ainda mais em um ano em que há troca de governos nas esferas estadual e federal, além de uma certa renovação nos poderes legislativos. É claro que este acaba sendo um assunto recorrente, seja na mídia ou nas rodas de conversa, principalmente pela expectativa de quem vai assumir, nos próximos meses, cargos que estão ligados ao setor agropecuário. No Rio Grande do Sul, até o fechamento desta edição, o deputado federal frederiquense Luis Antonio Covatti (PP-RS) foi o anunciado como futuro secretário de Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pesca. Isso também consolida aquela previsão que as secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo e de Agricultura, Pecuária e Irrigação

FecoAgro/RS: ano de menos margem para o produtor

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Nestor Tipa Júnior/AgroEffective/Divulgação

Paulo Pires, presidente da FecoAgro/RS

22 | Revista Novo Rural | Janeiro de 2019

m ano de ajustes no ponto de vista governamental, mas de preços menores para praticamente todas as culturas agrícolas que integram a agricultura gaúcha. É assim que o presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS), Paulo Pires, comenta sobre as perspectivas para 2019. Uma das preocupações de Pires é com a questão cambial, que deixou os produtos agrícolas com um preço baixo nos últimos meses de 2018, coincidindo com uma certa baixa em nível internacional, principalmente no caso da soja. Por outro lado, os insumos subiram. Pires comenta que no caso do trigo, a implantação das lavouras para 2019 será de custo alto. Isso repercute em margens de lucro bem mais apertadas para os agricultores. – A cooperativa é a extensão do produtor, então se alguma coisa afe-

pecuária no Congresso, também promete modernizar o ministério, simplificar a burocracia e facilitar a vida do produtor. São demandas genéricas do setor, mas que devem impactar na rotina do meio rural. Independente de cenário político, ao produtor rural cabe aquilo que já faz com primor: dedicação e trabalho para produzir alimentos e riquezas em uma economia sustentada pelo agronegócio. Apesar de o Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio ter possibilidade de fechar 2018 com queda de 1,6% em relação a 2017, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) estima um crescimento de 2% neste índice em 2019. Para ter algumas avaliações sobre o que esperar de 2019, trazemos nesta edição algumas projeções para setor como o das cooperativas agropecuárias, o mercado de grãos e clima.

tá-lo, chega a nós diretamente. É claro que 2018, mesmo assim, teve um crescimento de cerca de 20% no faturamento. Para 2019, entretanto, esse custo alto de produção também deve afetar o faturamento das cooperativas agropecuárias – acredita. Através da federação, um contato já foi feito com o novo governador, Eduardo Leite, ainda em 2018. “Na prática, não estamos pedindo muita coisa, porque sabemos das dificuldades do Estado gaúcho. Mesmo assim, deixamos claro que é preciso simplificar os processos, para incentivar o espírito empreendedor dos gaúchos”, defende. Na essência, 2019 precisa ter menos entraves e burocracia, segundo Pires. “Se o Estado e o país não crescerem, dificilmente sairemos desta situação em que nos encontramos do ponto de vista econômico e social”, acredita.

“2019 vai ser um ano bem desafiador, mas acredito que as cooperativas estão preparadas para isso.” Paulo Pires, presidente da FecoAgro/RS

Divulgação

Um 2019 de muita expectativa


Projeções 2019 Planejamento, comercialização e lucratividade: elementos para definir os próximos passos da comercialização agropecuária NILSON LUIZ COSTA Especial para Novo Rural Economista e doutor em Ciências Agrárias, coordenador do Mestrado em Agronegócios da UFSM de Palmeira das Missões nilson.costa@ufsm.br Gracieli Verde/Arquivo NR

Professor Nilson Luiz Costa UFSM Palmeira das Missões GV

N

as últimas safras, o sucesso na adoção de novas tecnologias e as condições ambientais favoráveis proporcionaram uma sequência de aumento na produtividade média e ampliação das quantidades produzidas. Com esse cenário e a elevação média nos preços das commodities, criaram-se condições para a consolidação de um resultado econômico considerado satisfatório para muitos produtores. Em condições diferentes, o plantio das lavouras para o ano-safra 2018/2019 trouxe novos desafios no campo da gestão dos negócios agropecuários. É fato que os preços de fertilizantes, inseticidas, herbicidas, óleo diesel, entre outros, estão mais caros e também é notório que a desvalorização do real frente ao dólar, as restrições de oferta de defensivos, principalmente na China, e o aumento no preço internacional do petróleo ajudam a explicar o maior desembolso no momento da implantação e manejo das lavouras. No curto prazo, um cenário que pode conciliar o aumento nos custos de produção com a estabilização ou redução nos preços da soja e milho não pode ser descartado, pois assim como as expectativas de oferta, demanda e estoques determinam parte significativa das variações nos preços da soja e do milho, a taxa de câmbio é uma variável importante e que,

neste momento, situa-se em patamar inferior próximo ano. Neste caso, a força da demanda ao período de compra dos insumos. interna, puxada pela possível retomada da ativiNesse cenário, o profissional do agronedade econômica no Brasil e maior procura por gócio que melhor fazer a gestão de risco pode biodiesel, farelo de soja e milho podem resultar ser premiado com a garantia de uma boa luem pressões de aumento nos preços. Também, cratividade, mas também o produtor que não um possível prolongamento do desentendimencomercializar a safra com antecedência pode to comercial entre EUA e China associado a diauferir maiores lucros, pois existem dinâmicas ficuldades para o novo governo brasileiro aproe possíveis trajetórias de mercado que ainda var reformas, pode se traduzir em bons preços não foram precificadas. Todas as projeções do para a soja em 2019, pois neste cenário os prêmomento atual não trazem riscos, pois assim mios de exportação podem bater novo recordes como a safra da América do Sul ainda não está no Brasil e a taxa de câmbio tenderá a ajudar a consolidada, a taxa de câmbio e as relações elevar o patamar dos preços das commodities. entre China e Estados Unidos podem resultar No entanto, observe que esta estratégica amplia em fatos novos, positivos ou negativos para o o risco de observar a migração do importador cenário de preços de commodities no Brasil. chinês para os EUA em pleno período de safra, Portanto, tão importante quanto analisar o com possibilidades de uma taxa de câmbio memercado e formular as estratégias de comernor, o que tende a pressionar para baixo os precialização, é definir o nível de exposição ao risços da commodity. co que cada produtor está disposto a assumir. Por outro lado, se o desejo é especular, Nesse quesito, existem, pelo menos, três peruma possibilidade é não comercializar a produfis: a) o conservador, totalmente avesso ao risção agora e aguardar os movimentos na taxa co e disposto a garantir uma lucratividade míde câmbio, na consolidação dos números da nima; b) o moderado, que aceita uma maior safra no Brasil, Argentina e Paraguai e obserexposição ao risco em troca de possibilidades var com atenção até onde vai a disposição de de maior taxa de lucro, e; c) o arrojado, que Donald Trump em prolongar o conflito com a faz a opção por transações de elevado risco, China. Neste caso, uma safra abaixo do espepode ganhar ou perder muito. rado com taxa de câmbio elevada e preferência Se você, agricultor, deseja formular uma pochinesa pela soja brasileira pode resultar em lítica de comercialização conservadora e gacotações acima das verificadas nos melhores rantir uma rentabilidade mídias de 2018. Porém, o risnima, o recomendado é co atrelado a esta estratégia antecipar a venda da saé elevado, sobretudo porfra nova para cobrir todos que os custos de produção os custos de produção e da safra atual estão em nías despesas pessoais e faveis superiores aos custos miliares, de modo a garandas safras anteriores. Eventir uma renda mínima. Isso tuais prejuízos decorrentes porque, apesar da retórica de estratégias arriscadas de enfrentamento a possibidevem ser analisados com lidade de acordo entre Estacuidado, pois grande parte do Unidos e China ser real do trabalho, investimento e e, no caso de acerto coprodutividade das lavouras mercial entre as duas maiopodem ser perdidos no mores potências, os compramento da comercialização. dores chineses tendem a Independente do perfil, migrar maciçamente para se conservador, moderado a América do Norte, o fato ou arrojado, o gestor da agripode resultar na recomposicultura moderna deve paução forte e rápida dos estotar suas decisões na área de ques nacionais e pressionar mercado com planejamento os preços de soja e milho e rigor analítico, pois os gapara baixo, sobretudo se nhos de longo prazo e a susa taxa de câmbio também tentabilidade dos empreendicair, como apontam as promentos agropecuários estão, jeções de mercado. cada vez mais, ligados ao Professor Nilson Luiz Costa Se a opção for por gaprofissionalismo na gestão rantir uma rentabilidade mído negócio como um todo. nima sem deixar de particiGanhos de produtividade são par de possíveis altas, uma alternativa viável é bons e recompensadores, mas ao final do procomercializar antecipadamente uma parcela da cesso, é o saldo em conta corrente e a capacidasafra nova para pagar custos de produção e esde de investimento nos anos seguintes que deterperar para comercializar o restante ao longo do minam o sucesso do agronegócio.

“Tão importante quanto analisar o mercado e formular as estratégias de comercialização, é definir o nível de exposição ao risco que cada produtor está disposto a assumir.”

23 | Revista Novo Rural | Janeiro de 2019


Projeções 2019 Divulgação

El Niño vem calmo no ano-novo

Conectados Tendências para a agricultura em 2019

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urante o ano de 2018, aqui na nossa coluna, falamos sobre o quanto a internet está facilitando e melhorando a qualidade de vida dos agricultores. E hoje queremos falar de algumas tendências tecnológicas que mostram como possível unir a tradição do campo à tecnologia e obter excelentes resultados. Confira.

No Rio Grande do Sul, a expectativa é de bastante chuva

P

assados os meses de novembro com bastante chuva, e um dezembro de 2018 mais seco no Rio Grande do Sul, a tendência para estes primeiros meses de 2019 é que essas instabilidades voltem a atuar na região Sul do país. Esse movimento já foi visto na segunda quinzena de dezembro, quando as frentes frias já não conseguiam avançar tanto para o restante do Brasil, ficando mais concentradas na região Sul. – A expectativa é de começar o ano 2019 como aquecimento do Oceano Pacífico. Já temos percebido esse aquecimento, apesar de não ser tão significativo a ponto de estabelecer um fenômeno El Niño. Mas, a tendência é que aos poucos a atmosfera vá respondendo de acordo com esse aquecimento – estima a meteo-

rologista Maria Clara Sassaki, da Somar Meteorologia. Para 2019, um destaque deve ser para as temperaturas. – Teremos temperaturas bem elevadas no início do ano. Isso reforça que teremos um verão bastante quente. No Rio Grande do Sul, a expectativa é de bastante chuva, mesmo que tenhamos um El Niño mais fraco – prevê. Já para o outono e inverno, Maria Clara estima que não há expectativa de ondas de frio tão intensas ou tão duradouras entre as duas estações. “Essas ondas não deverão ser tão persistentes e tão intensas, justamente por causa desse aquecimento do Oceano Pacífico e dessa probabilidade de El Niño”, explica a meteorologista.

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Drones: os drones são controlados remotamente, contam com câmeras em in-

fravermelho e servem para diversas funcionalidade no campo, como gerar imagens aéreas para o acompanhamento da lavoura e executar operações, como pulverização. Como são versáteis, desempenham diferentes funções e não apresentam um alto custo de aquisição (a depender do modelo), são cada vez mais utilizados em campo.

Ferramentas de gestão do campo: se antes a gestão de todas as atividades do campo eram realizadas manualmente pelo produtor, em planilhas no papel ou no computador, hoje ele conta com boas ferramentas de gestão de campo (software agrícola), onde são inseridos os dados para ter acesso a todas as atividades a serem realizadas. Essas informações são armazenadas no computador, tablet ou celular do agricultor, podendo ser acessadas a qualquer hora e lugar. Essa ferramenta proporciona diversos benefícios para o gerenciamento do agronegócio, como a economia em tempo, por automatizar uma série de processos. As ferramentas de gestão também serão importantes para a implementação da Nota Fiscal Eletrônica, para o campo, prevista para 1º de janeiro de 2020. Internet das Coisas (IoT): A Internet das Coisas trata-se de uma tendência tecnológica que visa conectar tudo aquilo que é usado em nossa rotina à internet. Hoje, cada vez são produzidos mais eletrodomésticos, embalagens e até meios de transportes conectados à internet e a dispositivos como smartphones. Além dos aparelhos eletrônicos e eletrodomésticos, os automóveis também utilizam essa tecnologia, incluindo os que englobam a atividade rural, como tratores, colheitadeiras, sensores e outros. (Fonte: E+B Educação)

A equipe da Tchê Turbo deseja a todos um 2019 de muito sucesso!


Entrevista

Covatti Filho comandará pasta da Agricultura no RS “A nossa bandeira vai ser o fortalecimento da agricultura e do agricultor”

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novo secretário estadual de Agricultura do RS, Covatti Filho, comentou em entrevista exclusiva à revista Novo Rural sobre diversos assuntos da área agrícola, que irão permear seu trabalho a partir deste ano O deputado federal frederiquense, Covatti Filho (PP) é o novo secretário estadual de Agricultura. Em entrevista ao AU, o novo secretário comentou sobre assuntos que tendem a nortear o trabalho da pasta e de sua atuação a partir de 2019. Covatti Filho se posicionou sobre a vacina da febre aftosa e opinou sobre o uso do agrotóxico 2-4-D. O novo secretário também elogiou o trabalho da Emater/RS-Ascar e elencou alguns dos desafios a serem enfrentados pela secretaria, especialmente a crise no setor leiteiro. A unificação da Secretaria Estadual de Desenvolvimento, Pesca e Cooperativismo (SDR) com a Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi) para formar a Secretaria Estadual de Agricultura, também foi citada pelo parlamentar. Ele enfatizou, ainda, que seu trabalho como deputado federal continuará sendo feito. Covatti Filho finalizou destacando o grande foco da pasta será o fortalecimento da agricultura e do produtor rural.

Covatti Filho é natural de Frederico Westphalen

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NR – O que se destacou em seu trabalho para ter sido escolhido como secretário estadual de Agricultura? Covatti Filho – Na verdade, nesses quatro anos como deputado federal, nós encaramos vários temas do setor. Hoje, por exemplo, faço parte da diretoria da Frente Parlamentar da Agropecuária, que é a maior frente parlamentar em Brasília; fui coordenador de políticas agrícolas da Câmara dos Deputados; e apresentamos vários projetos de lei na questão do agro. Além disso, nesse último mandato, pelo Rio Grande do Sul, fui o deputado que mais apresentou projetos de lei na área do agro, e sempre tive uma grande relação entre as entidades representativas. Acredito que este histórico legitimou o convite, o qual foi aceito com um grande respaldo recebido por todas essas entidades representativas. NR – Seu nome foi muito bem recebido por lideranças do setor agropecuário, como Fetag, Farsul e Fecoagro. Como pretende fortalecer o relacionamento com essas entidades? Covatti Filho – Eu sempre entendo que na agricultura precisamos trabalhar com o agricultor. E uma das pautas por nós focadas é da porteira para dentro, como chamamos. Na secretaria estamos com uma série de programas que podemos ajudar a melhorar a propriedade, a questão do valor do produto final e dentro dessas entidades representativas de cada setor, desde olivicultura até a suinocultura, queremos cada vez mais estreitar esse relacionamento, até porque, quem vai fazer a pauta da Secretaria da Agricultura serão essas entidades representativas, que vão levar as reivindicações e nós vamos dar andamento. NR – Surgiu certa polêmica a respeito da extinção da SDR, que foi absorvida com

a Seapi. O que você pensa sobre essa alteração? A agricultura familiar sai perdendo com essa mudança? Covatti Filho – Hoje olhamos a nossa agroindústria e o agricultor familiar com muitos bons olhos. Uma prova disso são as políticas que o governo do Estado está fazendo e nós queremos fortalecê-las ainda mais, para dar continuidade a esse trabalho de proteção da agricultura familiar. Só que o grande objetivo é justamente não fazer uma diferenciação, pois queremos fortalecer o agricultor de uma forma geral, tanto o agricultor familiar, quanto o pequeno, médio e o grande. NR – A vacinação da febre aftosa e o uso do agrotóxico 2-4-D, são questões polêmicas, que entram na pauta e exigem posicionamento. Nesse sentido, já existe um direcionamento nessas questões? Covatti Filho – Sobre a vacinação da febre aftosa, estamos acompanhando agora e se inteirando cada vez mais. Se você olhar o Estado de Santa Catarina, ele é livre de aftosa sem vacinação. O Paraná está demonstrando que em 2019, também vai entrar neste patamar de livre de aftosa sem vacinação. Isso abre outros mercados e o que nós não queremos é deixar o Rio Grande do Sul isolado nessa situação. Um pedido de estudo já foi feito para o Ministério da Agricultura, para fazer esse levantamento se podemos realizar o encaminhamento, solicitando que o RS também possa ser um Estado livre de aftosa sem vacinação. Mas, claro, temos uma peculiaridade que são as grandes fronteiras com o Uruguai e a Argentina, então temos que fazer todo esse respaldo de segurança aos nossos pecuaristas. Mas, eu vejo que esse é um caminho que pode ser seguido nesse ano. E em relação ao 2-4-D, é um problema que está acontecendo, principalmente, na região da campanha. Nesse aspecto vamos precisar envolver duas classes representativas, que são os produtores de soja, muito importantes para o agro do RS, mas também, o setor de vitivinicultura, que está crescendo naquela região. Então, vamos precisar sentar, pois temos que harmonizar isso. Nesse caso, vou ser o algodão entre os cristais para decidirmos da melhor maneira possível.

NR – Com a criação da “supersecretaria” da Agricultura, a Emater/ RS-Ascar estará abrigada na pasta que você será responsável. Como avalia o trabalho dessa entidade no Estado? Covatti Filho – Sou uma pessoa apaixonada pelo trabalho que a Emater/RS-Ascar faz. Hoje temos mais de 480 municípios com a representação da Emater. Nós queremos cada vez mais fortalecer a entidade, dando ainda mais condições para esses agentes terem a possibilidade de trazer mais conhecimento ao agricultor. Nosso objetivo é trazer valor à propriedade, valor ao produto do agricultor e isso a Emater/RS-Ascar faz com muita sabedoria. O trabalho será fortalecer, organizando com os agentes da entidade, as principais demandas deles e através da secretaria dar condições para trabalharem e melhorarem o que já desempenham. NR – Que projetos ou programas pretende implantar à frente da Secretaria Estadual da Agricultura? Covatti Filho – Agora estamos focados na unificação das duas secretarias, pois vamos gerir um orçamento por volta de R$ 800 milhões. A partir deste mês, estaremos nos inteirando sobre o assunto. Eu sempre digo que a bandeira da agricultura não é uma só, porque, por exemplo, estamos vivendo atualmente uma crise do leite muito grave, em virtude do Mercosul, e nós aqui do RS precisamos fazer esse enfrentamento. Essa é uma das bandeiras que iremos defender e trabalhar a partir deste ano, junto com o novo governo Bolsonaro, do qual eu como deputado federal tenho um ótimo relacionamento, tanto com a ministra da Agricultura, com o ministro das Relações Exteriores, quanto com o próprio presidente. Isso deverá auxiliar para fazermos esse levantamento do Mercosul. Também temos a questão da vacina da febre aftosa, do uso do 2-4-D. Então, na minha visão, não existe uma bandeira única na secretaria. Vamos nos adaptar ao que o agricultor quer. A nossa única bandeira exclusiva vai ser o fortalecimento da agricultura e do agricultor.

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Divulgação

Gestão & Empreendedorismo

E

stabelecer metas pessoais e profissionais é fundamental para que seja possível conquistar sonhos e tirar do papel os objetivos. Afinal, ter algo para conquistar é uma forma de dar mais sentido à vida. Quando se fala no contexto da propriedade rural, estabelecer um roteiro para conquistar mais renda e qualidade de vida, por exemplo, pode ser uma alternativa inteligente para driblar cenários de dúvidas. O professor Luis Pedro Hillesheim, que atua no curso superior de Tecnologia em Agropecuária da URI, de Frederico Westphalen, é mestre em Ciências Sociais e Aplicadas e faz doutorado em Educação, explica que na escola francesa é comum que, nos diversos níveis de estudos técnicos, que os alunos construam seus projetos baseados no trabalho que também executam. Esse modelo já é replicado pelas casas familiares rurais no Brasil, mas que na universidade também tem funcionado como instrumento pedagógico. Fora da universidade, agricultores e pecuaristas também podem estruturar projetos que sirvam de base para desenvolver atividades diversas, a fim de gerar renda. – Um bom profissional tem bom um projeto, independente de área de atuação. No caso do meio rural, a gente precisa desmistificar isso e tornar mais acessíveis ferramentas como esta, porque colocando metas e objetivos em um projeto, se torna mais fácil de avaliar o que de fato é viável para uma unidade produtiva – defende o professor. Desafiado a sugerir algumas dicas para os leitores da Novo Rural, o professor Hillesheim separou alguns pontos básicos que precisam ser levados em conta na hora de elaborar um projeto para nortear o trabalho. É claro que são sugestões e que podem ser aprimoradas conforme a atividade que é executada na sua unidade produtiva. Outra coisa: lembre-se que isso também parte de um parâmetro de que todos, de um jeito ou de outro, têm um projeto, mesmo que esteja apenas na sua cabeça ou anotado em um caderno! – Mas, sempre temos espaço para melhorar esses projetos. É por isso que é importante que coloquemos essas ideias no papel, para que tenhamos mais noção do que é possível acrescentar, ou o que temos que selecionar e tirar do nosso caminho – analisa o professor.

“Um bom profissional tem um bom projeto” Luis Pedro Hillesheim, da URI/FW explica a importância de ter um projeto profissional também na propriedade rural

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26 | Revista Novo Rural | Janeiro de 2019

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Gestão & Empreendedorismo Alguns passos que podem direcionar melhor a estruturação de um projeto ou roteiro para melhorar o seu desempenho como profissional e, automaticamente, da sua propriedade. Faça uma espécie de diagnóstico. Avalie a sua realidade profissional neste momento. Existe uma realidade que precisa ser considerada: os recursos disponíveis, sejam humanos ou financeiros, os gostos pessoais em relação à profissão e ao trabalho.

JUNTE IDEIAS!

É importante também avaliar quais relações têm com a sociedade onde está inserido – se participa de alguma entidade, precisa prever que isso demandará tempo e, às vezes, até investimento financeiro.

METAS E AÇÕES VÊM DEPOIS DOS OBJETIVOS!

Essas relações precisam ser avaliadas do ponto de vista social, econômico, cultural e religioso.

Esses objetivos podem ser globais, sempre pensando no que se quer para a vida profissional e/ou a atividade. O que fazer? Para quê?

Para conquistar os objetivos, sejam mais gerais ou específicos, é fundamental traçar também metas e ações. Uma regra básica é avaliar esses fatores considerando o que é mensurável, o que é atingível, realista, considerar um tempo para tal, além de especificar o que se quer.

Lembre-se que também podem ser objetivos para a vida pessoal, para a atividade produtiva, mas que depois de definidos precisam evoluir para as metas e ações.

ESTABELEÇA OBJETIVOS!

É importante tomar cuidado para não deixar os objetivos muito gerais, que não ajudam necessariamente a definir ações estratégicas para evoluírmos na atividade. Um exemplo: melhorar a qualidade do leite produzido na propriedade. O ideal seria deixar mais claro: melhorar os índices de qualidade de leite da propriedade, com controle das células somáticas e da contagem bacteriana, para receber uma remuneração mais competitiva e fornecer um alimento mais seguro ao consumidor.

Veja alguns exemplos para se inspirar!

Lembre-se que você pode consultar outros profissionais que possam dar um suporte neste planejamento. O importante é avaliar o que é possível fazer para evoluir e crescer na atividade agrícola ou pecuária, com os recursos naturais e/ou potenciais que existem na propriedade. Objetivo

Metas e ações 2018

Investimento

2019

2020

2018

2019

• Planeje medidas que deem suporte para esse aumento na produção, como capacidade de armazenagem e resfriamento do produto.

• Projete o quanto você está disposto a investir na pastagem de melhor qualidade. Deixe essa previsão no orçamento da propriedade, para que tenha condições de executar essas ações.

2020

CURTO PRAZO Ex.: Pecuária de leite. • Aumentar a produção de leite em 10%, para gerar um incremento mensal na renda da família. • Melhorar os índices de qualidade do leite, como os de células somáticas e de contagem bacteriana.

• Pense em que ações imediatas pode tomar para promover esse incremento: investir em mais pastagens para o próximo ciclo produtivo; aprimorar a fabricação da silagem. • Para o caso de melhorar a qualidade do leite, avalie ações de manejo que possam ser integradas ao trabalho diário na ordenha e na sanidade dos animais.

• Projete ações que possam ser importantes para consolidar o aumento da produção de leite na propriedade.

MÉDIO PRAZO • Construir uma nova sala de ordenha, sala de alimentação e de espera com maior capacidade, para melhorar o conforto animal. LONGO PRAZO

Lembre-se de deixar essas metas e objetivos à vista, para poder visualizá-las diariamente. É uma estratégia para estar sempre em busca de alcançá-los!

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Negócios

FEIRAS E EVENTOS

Setor agro se reúne em mais um Itaipu Rural Show Cidade de Pinhalzinho, no Oeste catarinense, se prepara para mais uma edição

O

mês de janeiro é marcado por um dos eventos considerados mais importantes do cenário catarinense, o Itaipu Rural Show. Neste ano a 21ª edição do evento, promovida pela Cooperativa Regional Itaipu, promete mais uma vez trazer tecnologias e tendências para o agronegócio. Segundo os organizadores, o evento é direcionado para agricultores e pecuaristas de todo o país. Neste ano participam mais de 350 empresas de diferentes segmentos, todas ligadas ao agronegócio. A feira ocorre nos dias 30, 31 de janeiro, 1º e 2 de fevereiro, no Centro de Difusão de Tecnologias da Cooperitaipu, localizado no quilômetro 580 da rodovia BR-282, a um quilômetro do trevo Oeste da cidade de Pinhalzinho/SC. O presidente da cooperativa, Arno Pandolfo, ressalta que o agronegócio tem sido um dos principais segmentos da economia nacional, contribuindo significativamente na geração de renda, desenvolvimento econômico e social. – Quando falamos do Itaipu Rural Show, alcançamos muito mais do que imaginávamos há 21 anos. O evento tornou-se o maior do setor no Estado de Santa Catarina e está consolidado no cenário nacional. A diversidade de informações e novidades tecnológicas em todos as atividades proporcionam aos visitantes alto nível de aprendizagem e, o mais importante, sempre focando na propriedade de cada produtor – defende o líder cooperativista. Em 2018 a feira contou com a presença de quase 60 mil pessoas, número que também é almejado para esta edição. “Mais do que uma evolução numérica, temos que considerar também a preocupação com a qualidade das informações disponibilizadas, porque este é um fator diferencial para o sucesso do evento e sua aplicabilidade no campo”, observa o presidente.

28 | Revista Novo Rural | Janeiro de 2019

“Temos que considerar também a preocupação com a qualidade das informações disponibilizadas, porque este é um fator diferencial para o sucesso do evento e sua aplicabilidade no campo.” Arno Pandolfo, presidente

Atrativos do 21º Itaipu Rural Show • Acesso e estacionamento gratuito. • Trilha ecológica e áreas de sombra. • Museu da colonização. • Maquete ambiental. • Horto de ervas medicinais. • Sistema de cultivo protegido. • Feira ranqueada das raças jersey e holandês. • Dinâmica de máquinas e equipamentos. • Palestras em setores como suinocultura, avicultura, leite, economia e mercado. • Demonstração de cultivares de milho, soja, feijão e sorgo. • Demonstração de fertilizantes e defensivos agrícolas. • Cultivares de pastagem e sistemas de irrigação. • Participação de empresas de pesquisa como Embrapa e Epagri. • Oficinas demonstrativas com assessoria do Sebrae. • Presença de pesquisadores do setor agropecuário. • Exposição de máquinas e implementos. • Nutrição animal e laboratórios veterinários. • Genética suína, bovina e de pequenos animais.

Gracieli Verde/Arquivo NR

Presidente Arno Pandolfo é o anfitrião do evento, que sempre conta com prestígio de lideranças políticas e do setor agro


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29 | Revista Novo Rural | Janeiro de 2019


Parceiros do leite

MERCADO

Leite: ano de 2018 é considerado melhor que 2017 Presidente do Conseleite pondera que “da porteira pra dentro”, custos são altos Carolina Jardine/Sindilat/Divulgação

Reunião com lideranças do setor ocorreu em Porto Alegre, em dezembro passado

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ma análise do Conseleite aponta que o valor de referência do leite no Rio Grande do Sul fechou o ano de 2018 em R$ 1,0057, queda projetada de 5,58% para o mês de dezembro em relação ao consolidado de novembro (R$ 1,0652). No acumulado de 2018, no entanto, houve valorização em relação aos valores praticados em 2017. Além disso, houve uma elevação nominal média de 15,59% no valor de referência, a maior variação percentual anual desde 2006. Contudo, se for considerada a inflação (IPCA), a valorização real em 2018 em relação a 2017 é de 11,42%, o que resulta em um valor médio do ano de R$ 1,1012, abaixo das médias corrigidas de 2016 (R$ 1,1058) e 2013 (R$ 1,1258). – O ano de 2018 foi melhor do que 2017 tanto para o produtor quanto para a indústria – diz o professor Eduardo Finamore, da Universidade de Passo Fundo, responsável pela pesquisa. Ele acredita que 2019 será um ano de nova recuperação. A retomada deve vir a partir do início do ano, quando, tradicionalmente, o consumo das famílias é reaquecido. Os números de dezembro refletem diretamente o desempenho do mercado do leite UHT e do leite em pó, dois produtos que puxam o mix no Rio Grande do Sul. “De janeiro a dezembro de 2018, o UHT acumulou alta de 7,49% e o leite em pó, 6,25%”, acrescentou Finamore. Comparando dezembro de 2018 com o mesmo mês de 2017, verificou-se que o leite UHT manteve-se praticamente nos mesmos patamares (0,61%), enquanto o pó teve alta de 20,75%.

30 | Revista Novo Rural | Janeiro de 2019

Valores finais do leite de referência em R$ – Novembro de 2018 Valores projetados novembro /18

Valores finais novembro /18

Diferença (final – projetado)

Maior valor de referência

1,2558

1,2250

-0,0308

Valor de referência IN 621

1,0920

1,0652

-0,0267

Menor valor de referência

0,9828

0,9587

-0,0241

Matéria-prima

Valores projetados da matéria-prima (leite) de referência IN 62, em R$ – Dezembro de 2018 Matéria-prima

Dezembro*/18

Maior valor de referência

1,1566

Valor de referência IN 62

1,0057

Menor valor de referência

0,9052 * Previsão

Dados divergem da realidade

Na opinião do presidente do Conseleite, Pedrinho Signori – que também integra a diretoria da Fetag/RS –, a valorização apresentada nos números traz pouco da realidade do campo, onde os produtores enfrentam alta de custos. Já o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, indica que o ajuste cambial garantiu estabilidade de preços dos insumos, o que tornou a produção mais rentável tanto em Minas Gerais quanto no Rio Grande do Sul. Palharini indicou que o caminho para a maior estabilidade do mercado é fomentar as exportações.


Parceiros do leite

COOPERATIVISMO

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Sicredi investe em projeto que contempla produtores Através do Fundo de Desenvolvimento Regional, programa "Meu tambo, meu futuro" foi beneficiado Divulgação

V

Na rotina da atividade leiteira, as mulheres possuem papel fundamental. O lançamento do programa ocorreu durante o evento Cotrifred Rosa

– Queremos desenvolver as propriedades leiteiras, trabalhando a gestão, além de todo o manejo que envolve a bacia leiteira, para agregarmos valor a atividade, reduzindo a mão de obra e, consequentemente, aumentando a qualidade de vida dos produtores. O Sicredi está investindo nos agricultores. Almejamos que este projeto se torne um programa, que seja contínuo, para que outras famílias também sejam beneficiadas – salienta.

O presidente da Sicredi Alto Uruguai RS/SC/MG, Eugenio Poltronieri, destaca a importância dos projetos aprovados pelo Fundo de Desenvolvimento Regional. – O nosso papel de cooperativa é fomentar iniciativas que contribuam para o desenvolvimento dos nossos associados e comunidades. Este, afinal, é o nosso papel de transformar as realidades. Ressalto que este é um programa com o propósito de agregar valor, renda, formação

e informação e, não um recurso assistencial em forma de patrocínio, com projetos já existentes. Inclusive, as entidades beneficiadas serão acompanhadas e deverão fazer a prestação de contas dos recursos recebidos – explica. Para os interessados em cadastrar novos projetos, as inscrições abrem no primeiro trimestre de 2019, no site sicredialtouruguai.com.br na aba, “desenvolvimento regional”.

COMUNICAÇÃO INTEGRADA

ocê sabe o que é o Fundo de Desenvolvimento Regional? Trata-se de uma iniciativa da Sicredi Alto Uruguai RS/SC/MG em apoiar financeiramente projetos da esfera pública, privada e sem fins lucrativos, promovendo a cooperação e cidadania. Com isso, a cooperativa contribui com o desenvolvimento econômico, social e ambiental, agregando renda e melhoria na qualidade de vida dos associados e comunidades. Neste ano, foram aprovados 73 projetos, totalizando R$ 645.607,80, que estão investidos nos municípios. Um dos exemplos é a parceria com a Cotrifred e URI de Frederico Westphalen, que prevê beneficiar cerca de 350 produtores rurais. O programa “Meu tambo, meu futuro” possui a contribuição da Sicredi Alto Uruguai RS/ SC/MG para beneficiar produtores de leite de oito municípios: Caiçara, Iraí, Frederico Westphalen, Palmitinho, Pinheirinho do Vale, Taquaruçu do Sul, Vicente Dutra e Vista Alegre – você deve ter visto uma reportagem sobre o assunto que foi publicada na edição de dezembro. De acordo com o médico-veterinário Thiago Cantarelli, da Cotrifred, que está coordenando o projeto, a participação do Sicredi consiste no auxílio para a contratação de quatro técnicos que farão assistências mensais para cerca de 120 propriedades durante um ano.

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Juventude Rural

EXPERIÊNCIA

Divulgação

Programa de liderança busca talentos do setor agro Com o objetivo de potencializar o desenvolvimento do agronegócio, a Nuffield conecta mais de 1,7 mil pessoas em todo o mundo

V

ocê já pensou em percorrer seis países diferentes, conhecer aspectos relacionados ao setor agropecuário daquela região e ao modo de vida das pessoas? Já imaginou como essa experiência pode ser transformadora para a sua atuação no meio rural? Foi motivado por questionamentos como esses que foi criada uma associação, cujo principal objetivo é fomentar e desenvolver o setor do agronegócio por meio de experiências internacionais. Com mais de 70 anos de história e 1,7 mil “nuffieldianos”, a rede é composta por profissionais ligados ao setor agro e possui 120 investidores ao redor do mundo, presente em mais de 40 países. – Sabemos que inovação não vem por meio de relacionamentos estreitos. É preciso buscar conhecimento, contatos e parcerias para identificar novas sinergias e implementar essas ações no ambiente profissional. É assim que conseguimos construir uma bagagem de conhecimento e levar o setor para frente – destaca a embaixadora e vice-presidente da Nuffield no Brasil, Sally Thomson. As empresas investidoras têm um papel importante nesse processo. No Brasil, a Nuffield é dirigida pelo engenheiro-agrônomo Fabiano Paganella. Trata-se de uma associação sem fins lucrativos, ou seja, que não recebe nenhum tipo de incentivo direto de órgãos públicos ou lucros através das ações executadas. A viabilização do programa ocorre por meio de investidores do setor do agronegócio, que patrocinam as vagas, com a visão de produzir e preparar líderes inovadores para o mercado.

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“Nós preparamos os jovens para realizarem contribuições para o resto da vida. Em longo prazo, os nuffieldianos juntam as recomendações e colocam em prática esse conhecimento.” Sally Thomson, embaixadora e vice-presidente da Nuffield – Os investidores são o “coração” do programa. É por meio da aposta deles que a iniciativa se constrói e se consolida. O espírito do conjunto da Nuffield é de capacitar, identificar e juntar pessoas para crescer, reconhecer e aprofundar a sua visão global sobre a importância do agro – comenta a embaixadora. Se a pergunta que não quer calar é de como fazer parte disso tudo, vamos aos critérios. Basicamente, o

processo de seleção da Nuffield baseia-se na escolha de pessoas que se destacam e que possuem potencial de mudar o seu ambiente e o seu mundo. Isto é, criar um cenário melhor para o setor do agronegócio a partir de diferentes realidades vivenciadas. – Não é necessário ter uma qualificação específica para se candidatar, porque liderança não é uma coisa de teoria e sim de prática. Mas, sem dúvida alguma, a Nuffield valoriza pessoas que tenham o pé no chão e conheçam o mercado, com o intuito de colaborar e desenvolver o Brasil. Buscamos produzir pessoas, porque são pessoas que fazem o agro acontecer – ressalta Sally. Ela explica que o processo de seleção dos nuffieldianos é um processo de mérito. Os investidores realizam o acompanhamento junto com a Nuffield e estabelecem alguns critérios para serem levados em consideração, como a idade dos participantes, que deve ser de 25 a 40 anos, o conhecimento de outros idiomas, devido à necessidade de comunicação em países estrangeiros, além da experiência de, no mínimo, cinco anos de mercado, requisito que se apresenta como fator importante para o desenvolvimento das ações propostas. – A qualificação pode ser na parte de produção, gestão, distribuição ou comunicação. O processo de seleção ocorre por meio de chamadas abertas, as quais visam identificar finalistas a partir de entrevistas. No primeiro contato com um possível nuffieldiano, a gente busca entender o que a pessoa faz, o que move a sua rotina – afirma a representante da rede no Brasil.


Juventude Rural Um roteiro que promete criar sinergia no setor

Experiências para conhecer as mais diversas realidades Trocar ideias. É assim que o empreendedor Murilo Betarrelo se refere às experiências vivenciadas por meio da associação Nuffield. Ao conversar com a reportagem por telefone, o jovem define a experiência de participar do programa como fantástica. – Quando fui recebido pelos nuffieldianos, logo percebi que eles fazem de tudo para organizar a viagem da melhor forma possível. Durante as etapas, visitei vários empreendimentos agrícolas em diferentes países, como a Austrália, Inglaterra, Índia e África. Com isso, consegui visualizar na prática diferentes realidades e desafios do setor. Em países de pequenos produtores, como a Índia e a África, por exemplo, consegui identificar como os agricultores utilizavam a tecnologia digital e em que medida essas ferramentas os auxiliavam. No Quênia, a tecnologia ajuda a instrumentalizar o produtor a obter e transacionar recursos pelo celular. Já em Israel, os produtores utilizam as ferramentas digitais por meio de sensores para coletar dados das lavouras. Oportunidades como essas, fazem a

Saiba mais!

gente abrir os olhos para o mundo – relata Betarrelo. A necessidade de o produtor estar conectado e aprender a utilizar as tecnologias, visando aperfeiçoar o seu processo de produção é cada vez mais urgente. O jovem empreendedor, que dirige a startup IZAgro, garante que conseguiu aplicar várias melhorias no seu ambiente de trabalho aqui no Brasil. – A IZAgro é um aplicativo que conta com cerca de 40 mil usuários e 4 milhões de hectares cadastrados. Por meio dele, a gente busca proporcionar agilidade ao produtor em relação às informações de sementes e defensivos agrícolas. Um olhar que eu tive a partir da Nuffield, foi que a agricultura comunica muito mal. A partir disso, começamos a investir na aproximação da área rural e urbana. Por meio do nosso aplicativo, possibilitamos que o produtor peça os seus produtos direto para o distribuidor, além de facilitar a mediação, os parceiros acessam o agricultor de uma maneira mais ágil, eficiente e digital – revela.

Você tem entre 18 e 25 anos e tem interesse em saber mais sobre segurança alimentar? Gostaria de uma viagem com todas as despesas pagas e a chance de aprender com alguns dos principais especialistas agrícolas do mundo? O Fórum Global promovido pela Bayer, o Youth Ag Summit, já tem data confirmada. O evento ocorre em Brasília, entre 4 e 6 de novembro de 2019, e reunirá 100 jovens de todo o mundo para desenvolver soluções sobre como produzir alimentos mais sustentáveis. As inscrições encerram em 10 de janeiro.

Requisitos para participar: Ter 18 a 25 anos. Boa comunicação na língua inglesa. Interesse nos temas de alimentação e agricultura.

Para saber mais sobre o evento, acesse o código:

Divulgação

Para concretizar a vivência representando a Nuffield, o programa é dividido em quatro etapas de 16 semanas, que podem durar de 18 a 24 meses. Na primeira etapa, os nuffieldianos participam de um congresso fechado, com aproximadamente 80 líderes de diferentes países e setores. Em certa medida, isso visa proporcionar uma visão global do setor. Depois disso, divididos em grupos de dez pessoas, os jovens viajam por seis semanas em um roteiro de seis países diferentes, conhecendo a realidade do setor em quatro continentes. – Conhecer os parâmetros econômicos do agronegócio, os recursos disponíveis e entender como se orientar a partir de diferentes perspectivas do setor são elementos indispensáveis nesta fase – pondera Sally. A partir de um tópico escolhido pela pessoa e dos conhecimentos adquiridos durante as realidades vivenciadas no programa, a terceira etapa viabiliza uma viagem para um lugar que seja referência no assunto pesquisado pelos nuffieldianos. Na prática, eles têm recursos para viajar por oito semanas para absorver recomendações e implementá-las no seu país de origem. Neste período, busca-se, então, entender como utilizar a tecnologia e a ciência em prol dos avanços do setor, além de como fazer a gestão dos recursos financeiros e humanos para desenvolver o agronegócio. – Nós preparamos os jovens para realizarem contribuições para o resto da vida. Em longo prazo, que não podemos identificar como última etapa, os nuffieldianos juntam as recomendações e colocam em prática esse conhecimento, divulgando e estimulando outras pessoas a gerarem benefícios ao setor. Além disso, representam o Brasil em nível internacional, promovem oportunidades entre os investidores e os vários estilos de liderança presentes na rede de voluntários – explica Sally. Ela reforça que o propósito da associação recai na luta pelo reconhecimento das atividades agrícolas na sociedade. Mais que parcerias comerciais, a Nuffield trabalha e reforça a missão de fomentar sistemas inovadores, além de investir em capacidade humana. – O nosso interesse é em longo prazo e pessoas bem sucedidas têm que ter um olhar lá na frente. Na Nuffield, formamos uma família, temos referências internacionais. Com o nosso alcance, temos a liberdade de desenvolver o Brasil – defende Sally.

EXPERIÊNCIA

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Qualidade de vida

CULINÁRIA

Colheita da uva sugere sobremesas com a fruta Veja que delícias você pode preparar com uma das “queridinhas” da estação

na presente em muima contribuição da colonização italia videiras, o que tortos municípios do Sul é o cultivo das ntes também para nou a uva uma das frutas mais importa Sul – que é o do de a economia de Estados como o Rio Gran utores têm prod muitos maior produtor brasileiro. Na região, não é soMas a. de rend nesta cultura uma importante geração dela s fício bene e os mente isso. O sabor marcante da fruta o Com s. dare em pala para a saúde humana, de pronto, atra a, é époc da s as fruta sempre é recomendado consumir mais

U

Flan com calda Ingredientes leite fresco • 500 gramas de creme de r ora dec a par • Uva pó sem sabor • 1 envelope de gelatina em car • 1 ½ xícara (chá) de açú concentrado de uva • 2 xícaras (chá) de suco

Como preparar

Sugo de uva Ingredientes (950 g) • 6 cachos de uva Isabel ml) 0 (50 a águ • 2 copos de car (375 g) • 1 e ½ xícara (chá) de açú de trigo nha fari de pa) (so • 3 colheres

Como preparar coloque em Tire as uvas do cacho e as s com as uva as e ass Am um recipiente. e em uma oqu col a uid seg em e os mã escente a panela e leve ao fogo. Acr s amassauva as com ela pan na a águ aproximapor alto o fog das. Deixe em do esporaxen me s uto min 20 e ent dam se a mistura dicamente. Logo após, pas as uvas para e ass am e eira pen a um em líquido de o e oqu Col escorrer o caldo. o novamenfog ao e Lev ela. pan na ta vol ndo ferte e acrescente o açúcar. Qua nha dia fari tura mis na e ent esc acr , ver fogo quando luída em água. Desligue o Despeje o sa. mo cre iver est tura a mis ere esfriar Esp . nte ipie doce em um rec uva. de os grã com r ora dec a par

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o açúcar. ColoMisture o creme de leite com panela e leve ao que os ingredientes em uma oximadamente 160 apr de ra fogo com temperatu , desligue o fogo e °C. Espere ferver. Em seguida morna. Prepaque fi tura mis aguarde até que a ruções da embare a gelatina conforme as inst faça a calda do cia, uên seq lagem. Reserve. Na o suco de com te flan. Misture o açúcar restan e ferver até deix e ela pan a um uva. Adicione em e a forma Unt a. obter uma consistência de cald peje a gelades e a cald a própria para flan com . Depois disso é só tina reservada anteriormente Em seguida, tire o r. rma fi a levar à geladeira par as uvas. flan da forma e decore-o com

Umedeça as Dica para decorar o flan: de confeiteiro. uvas e passe-as no açúcar

culinária – além do conchegada a hora de aproveitar a uva na sumo in natura, é claro. sido símbolo de Já do ponto de vista da saúde, a uva tem ão de vinhos. icaç fabr na longevidade, até mesmo por ser base tipo 2, etes diab do ção De forma geral, a fruta auxilia na redu cerebral ão funç a orar tem ação anti-inflamatória, além de melh algumas Veja o. zinc e ssio e conter nutrientes como cálcio, potá durante os prat mais em sugestões de receitas para inserir a uva a! orad as refeições da sua família nesta temp

Waffle de uva Ingredientes MASSA

• 1 ovo o • 1 xícara de farinha de trig de milho ido am de pa) (so • 3 colheres car açú • 3 colheres (sopa) de ência de baunilha • 2 colheres (sopa) de ess a nat • 2 colheres (sopa) de • ½ xícara de suco de uva fermento em pó para bolo • 1 colher (sopa) rasa de uva • ½ caixa de gelatina de CREME 1 copo de suco de uva de milho 1 colher (sopa) de amido 3 colheres (sopa) de açúcar CHANTILLY 2 claras 9 colheres (sopa) de açúcar CALDA 1 xícara de suco de uva 1 xícara de açúcar

Como preparar e todos os ingredientes da Em um recipiente, coloqu ser sistência da massa deve con A . massa e mexa bem da: cal a e par Pre o. bol a de um pouco mais firme que ura o e aguarde o ponto de ferv leve os ingredientes ao fog o as fog ao e lev i: ntil cha o e par (em média 5 minutos). Pre um minuto (até o ponto de claras e o açúcar. Mexa por bata e a mistura na batedeira e criar uma película). Coloqu os o fog ao e lev Faça a calda: até ficar bem consistente. s. xe ferver por alguns minuto dei e da cal da tes ingredien to pon em r ive ir a fervura e est Está pronta quando diminu ize Util a. bat e i ntil cha ao nte de bala. Misture a calda que ffle. Coloque um pouco da um grill ou forma para wa s s. Monte o waffle: use dua massa e asse por 3 minuto he fec s, ela re co de calda ent massas e coloque um pou de cima. Adicione uma colher por co pou um is ma e bote . uva de ore com grãos chantili e, se desejar, dec


Cá entre nós

Qualidade de vida

Dulcenéia Haas Wommer

Assistente técnica regional social da Emater/RS- Ascar de Frederico Westphalen e-mail: dwommer@ emater.tche.br

Sobre qual assunto você quer que eu escreva? Mande sua sugestão para o WhatsApp (55) 9.9624.3768

Ano-novo, e agora? Olá, mulheres! Vamos iniciar juntas este ano-novo que chegou! Já me perguntei várias vezes o que seria de nós se não tivéssemos esta época de mudança de ano, de renovação de propósitos. Penso que passaríamos emendando dias e dias inundadas pela rotina. Mas com as festas de fim de ano, com estas paradas ou comemorações e promessas de fazer algo diferente ou ainda melhor, renovamos nossa energia e disposição. Por isso, trago aqui as palavras que ouvi há poucos dias da palestrante Cristina da Luz. Segundo ela, 83% da felicidade é sustentada pelos objetivos de vida. Isso quer dizer que são nossos objetivos e metas que nos movem todos os dias, nos fazem respirar ou suspirar a cada ação e superação. E por falar em suspirar: “Eu quero viver a vida, quero flores em vida, colhidas no jardim do amor”, na voz do Zezé Di Camargo e Luciano, nada mal, hein?! Lembre-se que uma música sempre nos ajuda a nos inspirarmos e é importante não deixar isso de lado no nosso dia a dia. Mas voltemos aos objetivos: já separou uma listinha para 2019? Sim, porque quando colocamos no papel fortalecemos ainda mais nossas convicções. Além disso, se nos permitirmos dar uma corrida de olho com frequência nesta lista, é mais fácil lembrar do que planejamos ao brindar as taças na virada de ano. Importante ainda colocar prazos, pois datas fazem pressão e neste caso é uma pressão positiva. Pois bem, gostaria de contribuir com tua lista e acrescentar alguns itens, com quatro atitudes para o empoderamento das mulheres: – Fortaleça sua autoestima, a imagem e o amor próprio! Paremos de nos criticar. Quem sabe o livro “Pare de se odiar”, de Alexandra Gurgel, seja uma boa aquisição para leitura. – Aprenda a dizer não para tantos pedidos dos outros, e sim para nós, pois quando ouvimos demais os outros não ouvimos o nosso EU interior! – Delegue tarefas. Não precisamos ser o “homem da casa”! Isso inclui também os filhos e aceitar a forma como os outros fazem as tarefas. Muitas mulheres, de tão exigentes, acabam achando que só elas sabem fazer bem. – Chega de competir entre mulheres! Lembrando mais uma vez o que a palestrante Cristina da Luz falou: “quando encontro outra mulher, é uma outra versão de mim mesma, em outro local, em outro espaço. Precisamos nos apropriar da própria existência”. Penso ainda que podemos e devemos inspirar outras mulheres, trazer elas conosco para o crescimento, fortalecendo a autoestima e o desenvolvimento pessoal de todas nós. “Quero flores em vida, seu sorriso a me iluminar”. E assim faremos deste novo ano uma oportunidade e tanto! Inclusive para reconstruir-se, permitir-se mudar de opinião se for o caso, pois faz parte do nosso amadurecimento.

“São nossos objetivos e metas que nos movem todos os dias, nos fazem respirar ou suspirar a cada ação e superação.”

OPINIÃO

A Marsol Energia agradece à Sicredi Alto Uruguai RS/SC/MG pela confiança na realização do projeto e instalação da sua primeira usina solar. Cooperativa sustentável movida à energia solar

A inauguração da usina solar da Sicredi Alto Uruguai RS/SC/MG foi realizada na manhã do dia 8 de dezembro, durante o sorteio anual da campanha Super Sorte Cooperada. Na foto, Marcos Bruxel, da Marsol Energia, entrega um quadro da usina para a direção da coopera va, representada pelo diretor-execu vo, Jaques Samuel Santos, e pelo presidente, Eugenio Poltronieri, na presença do prefeito de Rodeio Bonito, Arno Ferrari.

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Dulc


Agroindústrias

SUSAF

Vendendo o peixe para todo o Estado Gracieli Verde

Com mudanças da legislação e acesso ao Susaf, agroindústria de pescado de Sarandi tem mais chances de aumentar mercado para o produto local

U

Equipe da agroindústria reparada para mais demandas graças ao patamar estadual conquistado na fiscalização sanitária

O negócio surgiu ainda no fim da década de 1990 Antes de investir em piscicultura, a família trabalhava com produção de grãos, com arrendamento de áreas de outros produtores. Com algumas frustrações de safra, a atividade agrícola não era mais tão atrativa para a família. Foi em uma viagem para Toledo, no Paraná, que aconteceu o primeiro contato com um pesque-pague. – Meu pai contava como era um pesque-pague, mas nós não fazíamos nem ideia de como funcionaria aqui. Mesmo assim, tentamos até dar certo – resume o produtor. Nem tudo foram “flores”. Por alguns anos a atividade só dava prejuízo, principalmente porque a família não estava totalmente adaptada ao manejo com os peixes. Acontecia até de eles morrerem em grande quantidade. Coisa do passado. Com o tempo, o trabalho foi sendo aprimorado e profissionalismo é palavra de ordem na propriedade, localizada bem próxima do perímetro urbano de Sarandi, de fácil acesso para o público local e regional. Cesar Augusto assumiu a unidade produtiva oficialmente em 2002. Agora, o filho Júnior também se aprimorou na atividade e, cada um atuando em

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uma área do empreendimento, a rotina de trabalho tem sido harmônica e, principalmente, sem perdas. Dos 42 hectares do sítio, 15 são usados para a atividade com o peixe, somada a lâmina d’água ao espaço de lazer. Em outros 10 hectares a família produz ovelha e noz-pecã, num sistema de integração. – Aqui nós já estamos com umas cinco famílias sobrevivendo graças ao empreendimento. Se a gente investisse mais no sistema de produção das ovelhas, tranquilamente viveria mais uma ou duas famílias aqui – estima Cesar Augusto. Gracieli Verde

m dos desafios da região é no que diz respeito à legalização de agroindústrias familiares que processam carne de pescado. Por mais que a demanda pela carne de peixes seja grande, muitas vezes é algo que se concentra mais na época da quaresma e Páscoa, o que dificulta que investimentos sejam feitos em estruturas mais completas, de acordo com a legislação. Nesse quesito, o município de Sarandi pode se orgulhar. Com a recente equivalência do Serviço Municipal de Inspeção (SIM) ao Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte (Susaf) – assunto que bordamos na edição de dezembro de 2018 –, o Pesque-Pague Arco-Íris, que mantém uma agroindústria de processamento de peixes, agora vislumbra a possibilidade de fornecer o produto para outros municípios. O modelo de negócio do pesque-pague inclui várias fontes de renda, porque o Arco-Íris mantém espaço de lazer para os visitantes, restaurante, além da possibilidade de os clientes pescarem e levarem o peixe para casa, limpo e até filetado. Além de um amplo espaço com jardinagem, os proprietários investem no atendimento familiar. O piscicultor Cesar Augusto Dall’Oglio ressalta que, na propriedade, conseguiu empregar praticamente toda a família, o que é motivo de satisfação. Hoje, os trabalhos são coordenados por ele e pela esposa Daniela. Mas, também atuam com papel fundamental no empreendimento o filho Cesar Augusto Júnior, a nora Vanessa, as filhas Eliza e Letícia e o caçula Pedro, além da ex-companheira Giliane.

Cesar Augusto assumiu propriedade em 2002

Mercado garantido para produto de qualidade Em relação aos peixes, além de serem abatidos para consumo no restaurante do pesque-pague, a família também fornece para um frigorífico em Chapada – apesar de eles saberem que é abatendo os animais na propriedade que agregam mais valor à produção. O filé de tilápia, por exemplo, é a “menina-dos-olhos” do negócio, preferência entre os clientes. Tanto que o produto já está sendo vendido em alguns supermercados da cidade. Com a inspeção estadual, a ideia é fornecer o produto para restaurantes de outras localidades. Em Passo Fundo, por exemplo, já tem chances de negócios, mas também se almeja comercializar em Carazinho, Soledade e Ijuí. Claro que o estabelecimento deve seguir vendendo peixe para a merenda escolar, por meio de programas de governo. Por semana, a agroindústria processa entre 1 mil e 1,5 mil quilos de peixe vivo, cerca de 350 quilos de filé. – Tem quem gosta de pescar e levar o peixe filetado. Outros compram o filé já congelado e embalado, ou ainda que saboreiam a carne de peixe preparada na cozinha do restaurante do pesque-pague. Hoje, a maioria dos bares e restaurantes de Sarandi também compram o filé da nossa agroindústria, o que também fomenta esse mercado – conta Cesar Augusto.


AÇÕES

Cooperativas avaliam ações em seminário Gracieli Verde

Espaço cooperativo

Cooperativismo

Encontro contou com presença de representantes de cooperativas da região

L

ideranças cooperativistas e extensionistas participaram de um seminário regional, no início de dezembro, no auditório da Universidade Regional Integrada (URI/FW), em Frederico Westphalen. O intuito era atualizar informações relacionadas ao setor, especialmente as ações de 2018 por parte da Unidade de Cooperativismo da Emater/RS de Frederico Westphalen. A coordenadora da Unidade, Marcia Faccin, revelou ações que foram executadas durante o ano, evidenciando a força que o setor tem na região. Segundo ela, vários foram os momentos em que o setor esteve reunido para fortalecer vínculos com as comunidades onde as cooperativas estão inseridas. “Isso tudo é uma forma de fazer a diferença na vida das pessoas”, defendeu. O representante da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Rural, Pesca e Co-

operativismo, Jucelar Berté, também expôs dados relacionados ao trabalho da pasta. Por meio do Programa de Aquisição de Alimentos, foram destinados R$ 19,4 milhões para compras de alimentos, com 39 cooperativas beneficiadas. Foram 4,8 mil toneladas comercializadas para instituições beneficiadas, a exemplo de penitenciárias. Além disso, Marcia Faccin comentou sobre o trabalho que a Unidade de Cooperativismo da Emater/RS tem feito com as agroindústrias, especialmente em estudos de viabilidade. O seminário ainda contou com homenagens a associados de cooperativas ligadas ao Fórum Regional do Cooperativismo. Ao final, representantes de cada cooperativa puderam expor projeções para o próximo ano sobre projetos e ações que executarão para contribuir com o desenvolvimento regional.

Marcia Faccin

Coordenadora da Unidade de Cooperativismo do Escritório Regional da Emater/RS de Frederico Westphalen E-mail: marcia.faccin @gmail.com

Gracieli Verde

Sicredi Alto Uruguai RS/SC/MG Aproveitando a agenda do seminário, a Sicredi Alto Uruguai RS/SC/MG renovou parceria com a prefeitura de Frederico Westphalen para a execução do programa A União Faz a Vida. O projeto é realizado em escolas e haverá uma abrangência ainda maior em 2019. O presidente, Eugenio Poltronieri, e o vice-prefeito, Diogo Duarte, assinaram o contrato na presença do público.

Por um mundo com mais cooperação

E

stamos iniciando mais um ano, momento em que cada um de nós dá uma parada, ou deveria, para avaliar as ações e projetos desenvolvidos nos últimos anos e projetar os próximos. Momento de avaliarmos como chegamos até aqui e como queremos seguir os próximos dois, cinco ou 10 anos. Vivemos um momento onde o individualismo, a concorrência e a disputa parecem ser os grandes norteadores das ações e atividades. Pessoas cada vez mais individualistas, que se sujeitam a tudo para conseguir ou conquistar uma posição de destaque, e cada vez a sociedade encontra-se mais doente, mais deprimida e menos humanizada. Precisamos urgentemente banir algumas atitudes do nosso dia a dia se quisermos viver e deixar um mundo melhor para as próximas gerações. Já é possível encontrarmos exemplos de cooperação e colaboração, muito destes bem próximos de nós. Basta apenas que olhemos com mais atenção e com “os olhos do coração”. O mundo está necessitando muito de ações que visem à cooperação, a colaboração e a ajuda mútua. Já abordei por várias vezes neste espaço a importância da cooperação e das ações cooperativadas para o desenvolvimento local e regional. E nós, como seres humanos em constante evolução, precisamos agir muito mais de forma cooperada e colaborativa do que motivados pelo individualismo. E você, é do tipo de pessoa que sabe cooperar? Que sabe colaborar com a sua família? Com a comunidade onde está inserida? Ou é do tipo de pessoa que só sabe criticar e achar defeito? O mundo está necessitando muito de pessoas com ações e atitudes colaborativas, com espírito de ajuda mútua e trabalho em equipe, valores esses presentes na essência das cooperativas. Que neste início de ano possamos fazer uma reflexão e autoanálise ao olharmos para dentro de nós mesmos e avaliarmos nossas atitudes. Pergunto: estou tendo atitudes mais colaborativas ou individualistas? Essas atitudes estão me ajudando a ser um ser humano melhor a cada dia? Sim? Não? Por quê? O que posso fazer no decorrer deste novo ano para ser um indivíduo melhor para mim mesmo e para com a sociedade onde estou inserida. Quais os propósitos que vou assumir para ser uma pessoa mais colaborativa e menos individualista? Procure conhecer e se aproximar de pessoas com o perfil colaborativo e veja como elas são mais felizes e realizadas, pois quando agimos com espírito de colaboração e ajuda ao próximo, somos nós que saímos mais fortalecidos e melhores. Que o verdadeiro espírito do Natal, que celebramos há poucos dias, possa estar mais presente em nossa vida através de nossas atitudes e gestos concretos nestes próximos 12 meses. Façamos essa experiência: se ao chegar em dezembro e olharmos para trás e vermos que não valeu a pena, então esqueçamos tudo o que eu escrevi e continuemos com as nossas velhas e costumeiras atitudes individualistas e competitivas. Mas, lhe convido, como ser humano em constante evolução, que façamos a experiência em termos atitudes mais colaborativas, em sermos mais humanos, mais fraternos e mais cooperativos. Se quisermos um mundo mais justo e fraterno, somente será possível através da cooperação e não da competição. Reforço o convite para fazer esta experiência em ser mais cooperativo e menos competitivo. Sucesso a todos, com mais cooperação!

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Campo Aberto

GERAL

Cooperativismo

Educação

Sicredi Alto Uruguai RS/SC/MG: R$ 4,8 milhões distribuídos na conta-corrente rescer juntos dá resultados. É com esta visão que a Sicredi Alto Uruguai RS/SC/MG anuncia a distribuição de R$ 4,8 milhões para os seus associados. O valor corresponde ao pagamento de juros ao capital, com correção de 6,3%, que foram disponibilizados em conta-corrente no dia 17 de dezembro de 2018. – Fechar mais um ano com bons resultados e poder anunciar que parte destes já está retornando para os nossos associados é uma grande satisfação para uma cooperativa que preza pelo desenvolvimento de um trabalho sólido, e que tem como premissa a valorização dos seus associados – declara o presidente da Sicredi Alto Uruguai RS/SC/MG, Eugenio Poltronieri. Além desse valor, os associados ainda receberão em 2019 a tradicional distribuição de resultados referente ao exercício 2018, conforme proposta a ser aprovada nas próximas assembleias. Lembrando que esta distribuição será proporcional às movimentações financeiras realizadas por cada associado neste exercício.

Divulgação

C

S Notícia é bem recebida por quadro de associados

Os associados podem visitar suas agências para mais informações, ou acessar suas contas-correntes através dos canais do Sicredi. O pagamento de juros ao capital é uma Deliberação do Conselho de Administração da Cooperativa, com previsão legal na Lei 5.764/1971 e Lei Complementar 130/2009.

Emater/Divulgação

Sarandi

Equipe da Emater/RS debate rastreabilidade de produtos vegetais

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ma atividade de capacitação realizada entre extensionistas rurais de 20 municípios da região promoveu discussões sobre o rastreamento de produtos vegetais, no fim do ano passado. O evento foi uma promoção do Escritório Regional da Emater/RS-Ascar de Frederico Westphalen e ocorreu no Centro de Ensino Superior Riograndense (Cesurg), em Sarandi/RS. Segundo o assistente técnico regional de Recursos Naturais da Emater/RS-Ascar, o agrônomo Carlos Roberto Olczevski, essa atividade visava gerar encaminhamentos em relação a Instrução Normativa Nº 02, de 28 de fevereiro de 2018, emitida pelo Mapa e pela Anvisa. Esse documento instituiu a necessidade dos produtores, atravessadores, supermercados e outros membros da cadeia produtiva dos vegetais frescos – frutas, folhosas, legumes, raízes, tubérculos –, utilizados para consumo humano, garantir a ras-

treabilidade desses produtos. Segundo Olczevski, os produtores deverão registrar e guardar por um ano e meio os dados dos itens que produzirem e comercializarem, através de cadernos de campo, que deverão conter todos os dados dos produtos fitossanitários utilizados, como nome comercial, data da aplicação, carência, dosagem, volume de calda, entre outras informações. Os produtores também deverão anexar e guardar o receituário agronômico dos produtos utilizados e as notas fiscais de venda dos lotes. Para saber mais sobre o assunto, você pode acessar as edições anteriores da Novo Rural, em novorural.com, que o tema já foi assunto em reportagens da publicação.

Leite

Curso aborda amostragem, coleta e transporte

C Andreia Calistro/Divulgação

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eguem abertas as inscrições, até o dia 15 de fevereiro, para o Vestibular Agendado da Uceff Itapiranga. Além do curso de graduação em Agronomia, a instituição conta com mais 11 cursos, com vagas disponíveis para ingresso no primeiro semestre de 2019. As inscrições podem ser realizadas on-line e são isentas de taxas. É possível ingressar pelo Histórico Escolar de Conclusão do Ensino Médio, pela nota do Enem, pela nota do Encceja ou Redação (on-line ou presencial agendada). Basta preencher o formulário de inscrição, disponível no site da instituição, escolher o curso e a forma de ingresso. Caso opte pela redação presencial, é necessário agendar a data da avaliação. O resultado do vestibular será anunciado em até 24 horas. Informações e dúvidas podem ser esclarecidas diretamente na Central de Relacionamento de graduação pelo telefone/ WhatsApp (49) 9.8415.1829 ou pelo e-mail vestibular.itapiranga@uceff.edu.br.

Encontro ocorreu em Sarandi

Emater/RS tem plano de trabalho aprovado Plano Anual de Trabalho e a proposta orçamentária da Emater/RS e da Ascar para 2019 foram aprovados por unanimidade em Sessão Ordinária Conjunta, realizada em dezembro de 2018, em Porto Alegre. A reunião foi coordenada por Carlos Joel da Silva, presidente dos Colegiados do CTA/Conad, e secretariada por Arno Léo Eick, assessor da Diretoria da Emater/RS. O encontro também serviu para avaliar o trabalho da extensão rural no Rio Grande do Sul. Para o secretário estadual de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR), Tarcisio Minetto, é funda-

Uceff abre inscrições para vestibular agendado em Agronomia

Encontro ocorreu em Porto Alegre

mental o debate sobre o futuro da Emater/RS-Ascar, seu modelo e formato jurídico, para que o serviço de Extensão Rural e Social oficial do Estado seja mantido.

om o objetivo de abordar os principais procedimentos necessários para garantir a qualidade do leite, desde o processo de produção na propriedade rural até a indústria, a Embrapa Gado de Leite está com inscrições abertas para um curso de amostragem, coleta e transporte do produto. A instrumentalização, que é destinada a produtores de leite, profissionais de ciências agrárias, de assistência técnica e extensão rural, contará com três módulos, com conceitos e impactos desses aspectos no setor. Os interessados em participar deverão realizar as inscrições até o dia 4 de fevereiro de 2019. O investimento é de R$ 29,90 e contará com 30 horas de aula. No total serão oferecidas 100 vagas, com aulas em módulos a distância, por meio da plataforma E@D Leite - ead.cnpgl.embrapa.br.


Campo Aberto

GERAL

Agroindústrias

Frederico Westphalen também conquista equivalência ao Susaf

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ma confirmação no Diário Oficial do Estado coloca o município de Frederico Westphalen em uma lista considerada importante para o setor primário: agora o Serviço Municipal de Inspeção, o SIM, tem equivalência ao Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte, o Susaf-RS. Agora, as vistorias realizadas nas agroindústrias deverão ser executadas pelo SIM – assim como já vinha sendo feito, mas com equivalência das análises dos fiscais do Estado. Já como contrapartida, as agroindústrias deverão manter atualizadas todas as análises, assim como outros controles técnicos. O anúncio foi comemorado pelo prefeito, José Alberto Panosso, ainda em dezembro passado. Ele destacou que esta equivalência vai beneficiar diversas agroindústrias de Frederico Westphalen. – Fizemos este trabalho em conjunto com a Emater/RS e Coopraf, e agora conseguimos tornar as avaliações feitas no município ter a mesma equivalência

Prefeito Panosso e o secretário de Agricultura, Cléber Cerutti, comemoram novo formato de inspeção

que as realizadas pelo Estado. Isso nos engrandece muito, pois irá valorizar o setor primário de Frederico Westphalen, que tem sido uma das principais prioridades da nossa administração – ressaltou o chefe do Executivo.

O secretário da Agricultura, Cléber Cerutti, reforçou a importância do Susaf. – Com isso, estamos em um novo patamar na região. As agroindústrias do nosso município poderão expandir o seu mercado para o outros municípios e isso é

fundamental para a consolidação dos nossos produtos – acredita. Para a médica-veterinária Magali Piaia, que atua no SIM, esse anúncio traz um clima de otimismo para o setor. – É claro que isso não nos isenta dos desafios que o setor tem, porque para produzir mais e chegar a novos mercados, essas agroindústrias muitas vezes precisarão de investimentos – pondera. Esse anúncio beneficia empreendimentos como a Edudavi, dos produtores Sandra e Paulo Bellé, que é uma agroindústria responsável pela produção de queijos, iogurte e doce de leite, que tem total interesse e potencial para expandir mercados. Agora, outros encaminhamentos locais devem ser feitos para os estabelecimentos poderem de fato estarem inseridos nesta legislação. “Sem dúvidas, é uma forma de abrir portas no que se refere ao mercado”, observa o agrônomo Mateus Stefanello, da Emater/RS-Ascar, entidade que fomenta o setor de agroindústrias no município.

Natália Menuzzi

Capacitação

STR de Frederico Westphalen encerra formação na área de liderança

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ano 2018 teve uma atividade diferenciada no Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR) de Frederico Westphalen. O Programa de Capacitação e Desenvolvimento para Lideranças Regionais, sem dúvidas, foi um trabalho que auxiliou no cumprimento do papel da entidade em levar conhecimento ao quadro de associados, com foco no público jovem. Para marcar o encerramento da atividade, um evento comemorativo foi realizado nas dependências da entidade, na segunda quinzena de dezembro passado. O evento teve apoio da Sicredi Alto Uruguai RS/ SC/MG, Sicoob Oestecredi, Codemau e Emater/RS-Ascar e contou com a entrega de certificados e atestados de participação aos alunos, além de uma

Grupo teve acesso a vários conteúdos relacionados à liderança

palestra motivacional ministrada pelo palestrante Tiago Rafaelli, do Colégio Marista, de Chapecó/SC. Realizado de junho a dezembro de 2018, o curso teve carga horária total de 36 horas de aula e abordou assuntos relacionados ao desenvolvimento de pessoas com espírito de liderança, tanto na vida profissional quanto na vida pessoal. O presidente do STR de Frederico Westphalen, Nadir José Buzatto, ressalta que existe uma grande carência de pessoas preparadas para assu-

mir papéis de liderança diante de entidades e projetos. Assim, o sindicato visualizou a oportunidade de criar projetos para incentivar pessoas a se desenvolverem, se capacitarem e se tornarem empreendedoras de sua vida. – É preciso que os jovens entendam que é necessário unir esforços em prol de crescimento. É assim que nascem grandes líderes. Em 2019, uma das metas do sindicato é ampliar e oferecer o curso para mais pessoas – destaca o presidente.

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Crescer juntos

dá resultado.

Aqui, os nossos resultados são divididos entre os associados. Isso é ser parte da primeira instituição financeira cooperativa do Brasil. No dia 17 de dezembro, R$ 4,8 milhões de resultados da Sicredi Alto Uruguai RS/SC/MG retornaram aos associados, por meio da correção de 6,3% de juros da cota capital pagos em conta-corrente. Para a gente, fazer juntos é valorizar quem está ao nosso lado.

Para saber mais, visite uma de nossas agências e converse com a gente. 40 | Revista Novo Rural | Janeiro de 2019


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