26ª Edição - Revista O Empresário

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Esforço concentrado Entidades empresariais, de classe e instituições de ensino reagem à falta de mão-de-obra qualificada

Energia Eletrosul investe pesado na geração eólica e solar

Gestão Pública Prefeitos eleitos querem trabalhar em parceria 1




Terezinha Bonfanti

EDIT ORIAL EDITORIAL

Caro leitor, Andreia Thives Borges

Expediente DIREÇÃO Andreia Thives Borges JORNALIST A RESPONSÁVEL JORNALISTA Carla Pessotto - MTb 21692 - SP TEXTOS TEXT OS

F

altam poucos dias para darmos boas-vindas a 2013. No ano que termina, todos nós – país, estado, empresários – enfrentamos momentos difíceis, principalmente em função da situação macroeconômica nacional e internacional. Mas, como sempre,

soubemos driblar os problemas, com a criatividade que é inerente ao brasileiro e, especialmente ao catarinense, e temos também coisas a comemorar. Esta é a última edição do ano da revista e na reportagem de capa abordamos um entrave para o crescimento de Santa Catarina e,

Carla Pessotto - MTb 21692 - SP

particularmente, da Grande Florianópolis: a carência de profissionais

Luciane Zuê - SC 00354 -JP

especializados em diferentes segmentos, mas com maior ênfase em áreas

Mirela Maria Vieira - SC 00215 JP

como construção civil e tecnologia da informação. Mas, mais do que apenas

DESIGN GRÁFICO

relatar essa carência e suas consequências, mostramos as estratégias que

Luciane Zuê

entidades e instituições de ensino estão desenvolvendo para acabar ou

PLANEJAMENT O EXECUTIV O PLANEJAMENTO EXECUTIVO

pelo menos minimizar o problema.

Andreia Borges Publicidade Ltda

O próximo ano também será marcado por novas administrações

COMERCIALIZAÇÃO

municipais, com os prefeitos eleitos em outubro passado tomando posse.

Andreia Borges Publicidade Ltda

Aqui, mostramos os planos de ação de quatro deles – Capital, São José,

contato@revistaoempresário.com.br

Biguaçu e Santo Amaro da Imperatriz. Em comum nos discursos, a vontade

andreia.revista@gmail.com

de trabalhar em parceria para resolver problemas que afetam a todos, caso

REPRESENT ANTE REPRESENTANTE

da mobilidade urbana.

Virtual Brazil - Paulo Della Pasqua paulo@virtualbrazil.com.br FONES (48) 3034 7958 / 7811 1925 TIRA GEM TIRAGEM 8.000 exemplares

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E para 2013, nós, da Revista O Empresário, também teremos grandes novidades para nossos leitores e parceiros comerciais. Mas, não vamos nos antecipar ainda, deixando um pouco de curiosidade no ar. Desejamos a todos um final de ano com muita paz de espírito e um 2013 de sucesso e realizações. Boa leitura.


índice

06 entrevista capa 08 construção civil 14 decoração & interiores 18 case de negócios 24 32 gestão 34 coluna mercado 36 energia 42 gestão pública 61 crônicas do cotidiano 62 gastronomia 64 social Glauco José Côrte, presidente da Fiesc

Estratégias para vencer a baixa qualificação e a carência de profissionais

Steinmetz - Gilberto – Habitatus

Santa Maria Casa – Roka – J. Ziliotto

Bellacotton investe em reposicionamento da marca

MPEs catarinenses estão entre as que mais crescem no país

Negócios & tendências

Os planos da Eletrosul no setor de geração

Prefeitos eleitos apostam na união de forças para vencer desafios

Mamão com mel, por Mário Motta

Novo cardápio do Joy Joy Bistrot traz referências francesa e espanhola

Modecol na Mostra Casa Nova – Os 34 anos da AM Construções

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ENTREVIST A / Glauco José Côrte ENTREVISTA

“É preciso melhorar a gestão da educação” "O mercado necessita de mais pessoas com as competências técnicas para desempenhar as funções demandadas" A indústria brasileira e a catarinense padecem da falta de competências técnicas para acompanhar as exigências de competitividade e inovação do mercado mundial, calcanhar de Aquiles da economia nacional que pode desequilibrar perigosamente a balança comercial e manter o gigante recém-desperto no limbo da produção bruta e da importação de bens de maior valor agregado. Conforme o Mapa do Trabalho Industrial 2012 do Senai Nacional, o Brasil terá que formar 7,2 milhões de trabalhadores em nível técnico e em áreas de média qualificação para atuarem em profissões industriais até 2015. Em Santa Catarina, o estudo apontou uma demanda de mais de 400 mil. Em entrevista exclusiva à Revista O Empresário, o presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), Glauco José Côrte, faz uma radiografia das necessidades do parque industrial catarinense e das ações necessárias e em curso para garantir competitividade e inovação. O Empresário - Qual o tamanho do déficit de mão mão--de de-obra especializada, qualificada adequadamente para atender às demandas impostas pela tecnologia na linha de produção, e quais os setores industriais es es-pecíficos mais atingidos por essa carência? Glauco José Côrte - Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em 2011 mostrou que 69% das empresas ouvidas enfrentam difi-

A questão não é aumentar de 5% para 10% do PIB o investimento em educação e, sim, melhorar a forma como os recursos são utilizados.

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culdades para encontrar profissionais qualificados. As deficiências dos candidatos podem estar tanto relacionadas à falta de educação básica (ensinos fundamental ou médio incompletos), quanto à falta diploma de qualificação profissional. Em outras palavras, precisamos de mais pessoas com as competências técnicas para desempenhar as funções demandadas. A maior dificuldade é encontrar pessoas para cargos operacionais e técnicos. Enquanto 61% das empresas reclamam da falta de engenheiros, a carência de operadores de máquinas e técnicos atinge, respectivamente, 82% e 94% das empresas. Levantamento do Senai Nacional estima que, até 2015, será preciso qualificar profissionalmente cerca de 461 mil pessoas em Santa Catarina. Não se trata de apontar os setores de maior demanda, mas, sim, funções. Esse levantamento, por exemplo, mostra que a maior parte da carência será nas chamadas funções transversais (úteis para vários setores) como técnico em eletrotécnica, em eletrônica ou em controle de produção, além de mecânicos de manutenção. OE - Segundo pesquisa do IBGE IBGE,, apenas 7% da po po-pulação catarinense acima de 25 anos tem escolaridade média completa. Como resolver os problemas estruturais do nosso sistema educacional? GJC - Uma visão que tem ganhado força na sociedade, com grande aceitação no meio empresarial, é a de que é preciso melhorar a gestão da educação no país. Pois hoje se gasta muito, especialmente no ensino superior, mas sem conseguir alcançar nível de qualidade satisfatório. A questão não é aumentar de 5% para 10% do PIB o investimento em educação e, sim, melhorar a forma como os recursos são utilizados. Para isso, uma das ações propostas é fazer com que a educação seja melhor avaliada. Não só o resultado obtido por alunos, mas também professores, a infraestrutura, a proposta pedagógica. Enfim, a educação como um todo. OE - O Sistema F iesc planeja investir R$ 330 milhões Fiesc na educação de trabalhadores do setor industrial e


ENTREVIST A / Glauco José Côrte ENTREVISTA

Fotos: Divulgação/Fiesc

A produtividade de quem tem mais tempo de estudo é melhor, e é isso que queremos para fazer Santa Catarina ser ainda mais competitiva

realizar cerca de 795 mil matrículas em três anos. Quais as estratégias e ações concretas para alcançar essa meta? GJC - A ampliação das matrículas se dará pela atuação das entidades que compõem o Sistema Fiesc (Sesi, Senai e IEL), cujas ações educacionais pretendem fomentar a elevação da educação básica, continuada e profissionalizante dos trabalhadores das indústrias, a educação executiva para gerentes e dirigentes de empresas, programas de estágio e capacitações para estagiários e supervisores de estágio. Soma-se a essas ações a criação de centros de tecnologia para incentivo e promoção da inovação de produtos, processos e modelo de negócio. Vamos oferecer quase 200 modalidades de cursos e assumo o compromisso de estruturar as capacitações que a indústria precisar, caso não as tenhamos. Em 2011, registramos 95 mil matrículas pelo Senai e 97,5 mil pelo Sesi, totalizando 197 mil por anos. Porém, para alcançar a meta de 795 mil matrículas nos próximos três anos, precisamos da adesão da indústria ao Movimento A Indústria pela Educação. Hoje, sabemos que a produtividade de quem tem mais tempo de estudo é melhor, e é isso que queremos para fazer Santa Catarina ser ainda mais competitiva. OE - O Movimento projeta cercar o déficit no setor tecnológico e de inovação com a criação de oito ins ins-titutos de tecnologia que serão referência em suas áreas de conhecimento. Como fará isso em um prazo de apenas três anos? GJC - Para criação de institutos de tecnologia e de inovação do Senai, o Sistema Fiesc realizou workshops internacionais que apontaram as tendências de cada área, além de levantar demandas junto às empresas. Também temos parcerias com instituições mundiais de referência em cada uma dessas áreas, para acelerar o processo de implantação. Cito, por exemplo, parceria com o MIT, dos Estados Unidos, e a Sociedade Fraunhofer, da Alemanha. OE - Qual a contrapartida do Estado neste esforço que a indústria está fazendo?

GJC - Por estar ligado ao meio empresarial, o Sistema Indústria tem como prática a eficiência, a eficácia e a utilização racional de recursos. Assim, a partir do momento em que o Estado percebe que não consegue, sozinho, resolver o problema da educação no País, o adequado é permitir que outros agentes possam dar sua contribuição. É o caso do Pronatec, o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego, que tem repassado recursos para entidades do Sistema S*, incluindo o Senai, para que seja possível ampliar a oferta de educação profissional. OE - Quanto estes setores que carecem de mão mão-de--obra especializada estão perdendo, no contexto de brasileiro de economia em crescimento que se contrapõe ao quadro internacional recessivo, o que nos daria condições de ampliar os espaços que ocupamos no mercado mundial? GJC - Não possuímos dados que deem a estimativa financeira do quanto se perde com a falta de trabalhadores qualificados. Mas temos consciência de que esse déficit afeta a produtividade, a qualidade dos produtos e a capacidade de acompanhar novas tecnologias e de inovar. Aliás, essa é a razão principal para a baixa produtividade do trabalho no Brasil. OE - Qual o nosso prazo para não perder o compasso com este contexto positivo para o desenvolvimento da indústria? Ou seja, se não cobrirmos essas carências com agilidade e eficácia, estagnamos? GJC - Essa mudança deve ser feita urgentemente. Por isso estamos trabalhando com metas ousadas, como a de dobrar o número de matrículas em um prazo de três anos. Reportagem: Mirela Maria V ieira Vieira * - O sistema S é formado por organizações e instituições todas referentes ao setor produtivo, tais como industrias, comércio, agricultura, transporte e cooperativas que têm como objetivo, melhorar e promover o bem estar de seus funcionários na saúde e no lazer, por exemplo, e também disponibilizar uma boa formação profissional. As instiuições do Sistema S não são públicas, mas recebem subsídios do governo.

7


CAP A CAPA

Estratégias

contra o apagão educacional Falta de qualificação e carência de profissionais em setores como construção civil e tecnologia podem comprometer crescimento

A

que tem boa parte da sua economia baseada nestes setores. O Brasil, por exemplo, tem uma carência de 150 mil engenheiros, segundo levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI). A boa notícia é que diferentes entidades e instituições de ensino da região e do Estado estão realizando

escassez de profissionais de áre-

um esforço extra para mudar esse cenário.

as como tecnologia e construção

A Federação das Indústrias de Santa

civil pode se tornar um entrave

Catarina (Fiesc) lançou em outubro o Movi-

para o crescimento da Grande Florianópolis,

mento A Indústria pela Educação, que prevê investimentos de R$ 330 milhões na educação de trabalhadores do setor (veja entrevista nas páginas 6 e 7). E o Centro Universitário Estácio de Sá, em São José, inaugura três novos cursos de Engenharia – Ambiental, Civil e de Produção – em 2013. O déficit na engenharia é um dos mais emblemáticos. Em 2010, data do último Censo de Educação do Superior do MEC, 38 mil novos engenheiros se graduaram. Mais da metade deles em engenharia civil. Na Coréia do Sul, o índice é de 80 mil novos engenheiros por ano, decorrência direta da revolução promovida naquele país no ensino básico nos últimos 20 anos. Lá, dos 125 mil profissionais que trabalham com pesquisa e inovação, 90 mil são engenheiros. Aqui, apenas 13% dos alunos do ensino médio optam por carreiras da Engenharia e 40% dos que o fazem abandonam o curso nos dois primeiros anos. As deficiências do ensi-

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CAP A CAPA

no fundamental e médio são a raiz do “apagão” que paralisa obras e projetos por todo o país e inibe a capacidade de inovação. O país despencou nove posições em apenas um ano no ranking mundial dos países mais inovadores, ficando em 58º lugar em 2011. Aliada as deficiências da educação básica, a estagnação de duas décadas da economia, nos anos 80 e 90 do século

Carlos Abraham

passado, pavimentaram o caminho para o

Diretor do Senge Senge--SC

atual gargalo do desenvolvimento brasileiro. Para o diretor do Sindicato dos Engenheiros (Senge-SC), recém-eleito vice-presidente da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), Carlos Abraham, o momento é favorável à reversão deste quadro. “É fundamental não importar profissionais e criar mecanismos de estímulo, valorização e qualificação continuada”, enfatiza. Atualmente, apenas 33% dos formandos em engenharia atua na profissão escolhida, segundo o MEC. Nessa linha, o Promove - Programa de Mobilização e Valorização das Engenharias, criado pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) investiu mais de R$ 45 milhões em projetos de estímulo à formação de engenheiros e à inovação. Outros R$ 16 milhões bancaram competições e desafios em escolas de ensino médio, visando despertar crianças e adolescentes para o mundo das engenharias e das invenções. O Programa está alinhado ao Inova Engenharia, lançado pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI) no mesmo ano e que conta com o apoio de universidades e agências do governo. A elevada demanda, e com ela o salto nos salários - um engenheiro do setor petrolífero e de gás ganha hoje entre R$ 7

Estácio cria novos cursos de Engenharia Três novos cursos de Engenharia - Ambiental, Civil e de Produção - e um de Tecnólogo em Jogos Digitais, começam suas aulas em 2013, no Centro Universitário Estácio de Sá de Santa Catarina. Localizado em São José, é um dos resultados positivos das pressões impostas pelo déficit de pessoal especializado em setores ávidos por destravar o desenvolvimento reprimido com inovação, como a construção civil e a área de Tecnologia em Informação e Comunicação (TIC). Para as 540 empresas do setor em Florianópolis, que projetam o primeiro bilhão em faturamento neste ano, a iniciativa amplia as perspectivas no pequeno universo de 23 cursos disponíveis na área em todo o Estado, conforme dados do mapeamento realizado pela Associação Catarinense de cursos superiores de Tecnologia em Informação e Comunicação (TIC). Desde 2004, a Estácio já oferece o curso de Tecnólogo em Redes de Computadores. “Há carência de profissionais na área de TI para atender à oferta anual de 2.000 vagas na grande Florianópolis, como mostrou o estudo da Acate feito em 2010”, resume o coordenador dos dois cursos da Estácio, Clodomir Coradini. Na área de engenharia, existem 140 cursos no estado, diluídos por mais de 60 especialidades. Em Engenharia Ambiental só apenas quatro reconhecida pelo Ministério da Educação. A Engenharia Civil concentra o maior número, 24, seguida da Engenharia de Produção, com 23. “A escassez de engenheiros deve-se, em parte, à baixa oferta de cursos de ensino superior na área das engenharias na grande

mil e R$ 15 mil mensais -, também está fa-

Florianópolis”, afirma a engenheira e professora dos cursos Maria da

zendo a sua parte. Em 2001, 65 mil ingres-

Glória Peruch. Além do momento favorável, observa ela, as projeções

saram nas faculdades da área. Em 2010,

do IBGE mostram um grande contingente populacional em idade de

foram quase 200 mil.

frequentar o ensino superior nos próximos anos em Santa Catarina.

Reportagem: Mirela Maria V ieira Vieira

(MMV).

9


CAP A CAPA

Canteiro de obras carece de serventes a engenheiros Construção civil investe na qualificação, mas não consegue dar conta da demanda

Q

básicas ligadas à obra - pedreiros, serventes, técnicos e mestres de obras – até às de nível superior como engenheiros e arquitetos”, afirma o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil da Grande Florianópolis (Sinduscon), Helio Bairros. As construtoras ainda conseguem formar mão-de-obra de base nos canteiros, conforme Bairros. “O operário pode iniciar em funções como servente e ajudante de pedreiros e aprender na prática a profis-

uarto lugar na relação do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Traba-

lho e Emprego, com 9,7% dos 150.334 empregos formais criados no país em setembro, a indústria da construção civil amarga obras mais caras e menos eficientes pela falta de mão-de-obra especializada. No primeiro semestre, as empresas catarinenses do setor contabilizaram cinco mil postos de trabalho para contratação imediata. “A escassez de trabalhadores qualificados atinge desde as funções mais

são. Mas, não temos como formar um engenheiro”. Entre janeiro e agosto deste ano, as indústrias da Grande Florianópolis contrataram 26 engenheiros. Numa rápida pesquisa nos sites de empresas que recrutam mão de obra, 76 vagas para a região eram anunciadas na segunda quinzena de setembro. Todas para contratação imediata, com ofertas salariais variando de R$ 2 mil, para recém-formados, a R$ 15 mil, para graus mais especializados. Os salários mais atrativos, no entanto, não garantem o recrutamento necessário. “Temos sete mil engenheiros civis registrados no Crea-SC, mas isso não significa que todos estes estão atuando em sua área, nem tão pouco que tenham a qualificação exigida pelos novos padrões de sustentabilidade e de inovação do setor”, salienta Bairros. Para ele, o fortalecimento do ensino básico é primordial para atacar o problema na origem. “É a base da escolha da profissão e das qualificações posteriores”. De imediato, segundo ele, as indústrias da construção civil têm cobrado continuamente das autoridades públicas investimentos na captação de profissionais. As

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CAP A CAPA

parcerias para capacitação com empresas do setor e fabricantes de insumos (Fiesc e Senai), têm ajudado a contornar o problema com relação aos trabalhadores de nível fundamental e médio. “Além disso, buscamos uma constante valorização do setor e de seus profissionais, prestando serviços fundamentais para a qualificação e a proteção dos trabalhadores, orientando sobre as normas técnicas, realizando tra-

Helio Bairros

balhos de prevenção a acidentes, ao alco-

Presidente Sinduscon

olismo e uso de drogas”, afirma Bairros.

Grande Florianópolis

(MMV).

SAIBA MAIS Indicadores do setor Total de empresas em Santa Catarina

12.169

Comparativo de engenheiros entre os BRICs*

Total de empresas na Grande Florianópolis

2.080

País

Formados/ano

Total de trabalhadores formais no estado

105.238

China

400 mil

Contratações em 2011

8.817 trabalhadores, 10,74% a mais no con tingente de mão de obra do início de janeiro ao final de dezembro.

Índia

250 mil

Rússia

100 mil

Coréia do Sul

80 mil

5,2%

Brasil

40 mil

Participação no PIB catarinense

Fontes: Fiesc/Ministério do Trabalho e Emprego/CAGED e IBGE (Censo 2009)

Média de salários para a engenharia civil em Santa Catarina

* Sigla que se refere a Brasil, Rússia, Índia e China que se destacam como países em desenvolvimento. Fonte: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)

Somente na Catho as ofertas para engenheiros civil: 16 vagas Engenheiro civil júnior

R$ 4 mil a R$ 7 mil

Ranking de salários

Engenheiro civil - Estruturas

R$ 9 mil a R$ 12 mil

Área específica

Engenheiros civil sênior

R$ R$ 7mil a R$ 15 mil

Fonte: Catho On line; Manager On line; Indeed

Mercado para engenheiros Demanda atual Demanda reprimida Áreas de maior demanda Média anual de formandos em Engenharia Total de vagas preenchidas nas escolas de engenharia Total de vagas disponíveis nas escolas de engenharia Relação do número de engenheiros por habitante

Fontes: MEC, Sistema Confea/CREA e FNE

150 mil 60mil/ano petrolífero, construção civil e minas 40 mil 120 mil 302 mil seis para cada 100 mil. Em países desenvolvidos, como EUA e Japão, a relação é de 25 por 100 mil habitantes.

Crescimento médio

Média salarial (maio/2011)

Engenharia agrícola

38,2%

R$ 5.965,00

Engenharia geológica

21,4%

R$ 9.239,00

Engenharia de minas

21%

R$ 14.22,00

Engenharia de petróleo

20,8%

R$ 15.303,00

Engenharia ambiental

20,4%

R$ 4.362,00

Engenharia de alimentos

20,2%

R$ 4.302,00

Engenharia civil

19%

R$ 11.134,00

Fonte: Catho On line

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CAP A CAPA

vagas no setor de tecnologia

Sobram

N

o ano passado, o setor de Tecnologia em Informação e Comunicação (TIC) em Santa Catarina empregava 10 mil

pessoas, 36% deste total em Florianópolis, e contabilizava quase três mil vagas em aberto. Até 2015, serão necessários quase seis mil profissionais para atender a demanda somente das empresas de tecnologia e inovação no Estado, concentradas em nove pólos regionais, o maior deles em Florianópolis com 540 empresas e participação de cerca de R$ 1 bi-

Até 2015, Santa Catarina irá precisar de seis mil novos profissionais

lhão no PIB da cidade. No mesmo prazo, as corporações que atuam em outras áreas do arranjo produtivo catarinense terão quase três mil postos de trabalho abertos em TIC. Os dados são do segundo Mapeamento de Recursos Humanos e Cursos de TIC executado pela Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia (Acate), entre setembro e dezembro de 2011. “A demanda maior é por profissionais especializados

Guilherme Stark Bernard

na área das linguagens específicas de pro-

Presidente da Acate

gramação, principalmente Java, Delphi,

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C++, que podem ser de nível técnico”,

programas governamentais, como o

afirma Guilherme Stark Bernard, presiden-

GeraçãoTec, instituído em 2011 pelo gover-

te da Acate e sócio da Reason, empresa

no catarinense para a profissionalização de

sediada em Florianópolis e dedicada ao

jovens e adultos a partir de 17 anos em

desenvolvimento de soluções para o sis-

nível técnico, executado através de parce-

tema elétrico e industrial com tecnologia

rias com Senai, Sesi, empresas, institutos

desenvolvida no país. Com os dados em

de tecnologia e ACATE. “Temos que ampli-

mãos, empresas do setor esperam incre-

ar o número de cursos em nível

mentar e aperfeiçoar iniciativas próprias e

profissionalizante e superior direcionando-


CAP A CAPA

os melhor para a empregabilidade”, salien-

a montar e programar robótica. A experi-

ta o empresário.

ência comprova que a capacidade de assi-

Para isso, é preciso avançar na for-

milação e o interesse pelas áreas

mação educacional básica e incluir nos

tecnológicas crescem de forma significati-

currículos atividades que despertem o in-

va”, destaca. Um elemento que pode esti-

teresse de crianças e jovens para a mate-

mular ainda mais é o crescimento dos sa-

mática, a física e o desenvolvimento do

lários no setor, que tiveram incremento de

raciocínio lógico. “A Acate desenvolve pro-

88% de 2011 para este ano, conforme pes-

gramas e jornadas em parceria com o Sesi,

quisa realizada no Rio e em São Paulo.

em que jovens de 11 a 16 anos aprendem

(MMV)

SAIBA MAIS

Resultados do GeraçãoTEC Candidatos inscritos nos cursos

5.718

Candidatos selecionados

1.852

Formados

474

Alunos em curso

749

Empregabilidade

499 dos alunos desenvolvem atividades profissionais, com vínculo empregatício ou autônomo. Destes, 341 atuam no setor de TIC.

Em processo seletivo Meta de formação profissional para 2012 Cidades contempladas pelo projeto

500 1.150 pessoas Blumenau, Chapecó, Criciúma, Grande Florianópolis, Itajaí, Jaraguá do Sul, Joaçaba, Joinville, Lages, Rio do Sul e Tubarão

Fonte: http://geracaotec.sc.gov.br/

Empregabilidade e cursos no setor de TIC em Santa Catarina Total de trabalhadores

10.098, 36% somente em Florianópolis

Total de vagas abertas em 2011

2.272

Projeção de vagas abertas para 2012

5.711

Projeção de postos de trabalho para 2015 Vagas nas pequenas empresas

11.771 1.011 para contratação em 2011, 2.399 até 2012 e 4.807 até 2015

Vagas nas microempresas

3.806 em 2015

Vagas nas médias empresas

2.419 em 2015

Grandes organizações

606 postos de trabalho em 2015

23 faculdades ou universidades, a maioria deles na microrregião de Florianópolis (9), seguida de Blumenau (3), Joinville (3), Chapecó (2), Criciúma (2), Jaraguá do Sul (2), Rio do Sul (1) e Tubarão (1). O Mapeamento não detectou cursos superiores de TIC na microrregião de Lages. - Em 2011, estes cursos possuíam 4.065 vagas, 38% a mais do que em 2010. - A taxa de evasão nos cursos de graduação foi de 85% em 2011. Foram 2.235 evasões presenciais. No mesmo ano, formaram-se 385 profissionais. Fonte: Mapeamento de Recursos Humanos e Cursos de TIC

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CONSTRUÇÃO CIVIL

Vitrine dif

Com 700 m2 de área construída, empreendimento tem potencial para abrigar instalações de segmentos variados

P

alhoça acaba de ganhar um empreendimento diferenciado, idealizado para abrigar lojas de comércio com

conforto e qualidade, independente do segmento. Construída em harmonia com os modernos padrões arquitetônicos, a nova loja planejada pela Steinmetz- Gilberto trouxe ao centro da cidade um ambiente de 700 m2 e área de estacionamento para 27 car-

ros, o que confere ao espaço uma perfeita integração ao local. Com uma fachada moderna, o empreendimento chama a atenção e se destaca na região, funcionando realmente como uma grande vitrine. Na duas frentes da loja (ruas Capitão Augusto Vidal e Julia

14

Mônica da Silveira), a predominância dos

acústicas e na cor cinza claro, garantindo

vidros confere ainda maior amplitude à

uma combinação harmônica com a leveza

construção, e sem deixar a segurança e o

dos vidros e esquadrias.

conforto de lado. O vidro é laminado e pos-

Na parte interior, chamam atenção

sui um excelente isolamento acústico e, em

o cuidado com o acabamento e a inexis-

caso de acidentes, não estilhaça, evitando

tência de colunas, que amplia o vão livre e

maiores inconvenientes.

otimiza a ocupação do ambiente. O forro

Mas os cuidados com a escolha de

foi executado com um sistema modular em

materiais foram muito além, englobando

placas PVC de alta resistência e a susten-

itens que dão ao empreendimento caracte-

tação é garantida no requadramento de

rísiticas diferenciadas.As telhas são cons-

perfis metálicos, pintados com tinta epoxi

tituídas por uma espécie de “sanduíche”

na cor branca.

EPP termilor, que envolve uma camada de

A iluminação foi desenvolvida da for-

espuma rígida de poliuretano. São termo-

ma ergonômica e é composta por lâmpa-


CONSTRUÇÃO CIVIL

erenciada

das de teto, luminárias de embutir, refleto-

quações ao segmento. Os detalhes da nova

res e aletas anodizadas. Para o piso, foram

loja foram pensados para garantir confor-

escolhidos modelos de grande durabilida-

to, tanto para os locatários quanto para o

de, ideais para ambientes com alto tráfe-

público que utilizar o ambiente. O sistema

go de pessoas.

de tubulação de ar-condicionado está pron-

Essas características, aliadas à ex-

to para a instalação dos aparelhos.

celente localização, capacitam a constru-

Trata-se de mais altenativa ofereci-

ção a receber qualquer tipo de estabele-

da pela Steinmetz que, sintonizada com o

cimento,desde concessionárias de auto-

desenvolvimento de Palhoça, imprime ca-

móveis, agências bancárias, lojas de mó-

racterísticas ainda mais empreendedoras

veis, decoração ou departamentos

às suas iniciativas.

O espaço é amplo, arejado e confortável, e está pronto para utilização ime-

ONDE ENCONTRAR

diata, bastando para isso pequenas ade-

(48) 9983 9385

15


CONSTRUÇÃO CIVIL

Ao gosto do

C

Atender diferentes perfis de consumidores é estratégia da Habitatus para se destacar no mercado

cliente

riada há apenas cinco anos, a Habitatus

precisa, deseja e merece ter. Queremos que

Empreendimentos Imobiliários, sediada

sintam orgulho de morar em nossos empre-

em São José, registra números expressi-

endimentos”, afirma.

vos tanto em unidades entregues quanto em

Formado em Administração, Junior pos-

obras em andamento, o que a coloca na linha

sui MBA em Gestão de Negócios da Constru-

de frente no competitivo mercado da cons-

ção Civil iniciado com a criação da empresa, e

trução civil de Florianópolis. Nesse período,

acredita que a convivência com os profissionais

a empresa contabiliza dois empreendimentos

do ramo durante o curso aliada ao interesse

entregues, um que será entregue em março

pelos locais e modo de vida das pessoas que o

de 2013 e três em construção, além de dois

acompanha desde a infância contribuem para

projetos a serem anunciados entre 2013 e

o sucesso do negócio.

2014.

A Habitatus conta hoje com 45 funcioDo primeiro empreendimento, o Vista

nários em sua área administrativa, e terceiriza

Nobre, lançado em 2008 na Palhoça, até os

todos os serviços de mão-de-obra. Ele explica

residenciais de alto padrão Zelia Freitas e Elza

que com a escolha de arquitetos renomados

Momm, ambos em obras no Centro de Flori-

e de profissionais capacitados em todas as

anópolis, a preocupação maior da Habitatus

áreas, agrega valor aos seus empreendimen-

é construir empreendimentos com qualidade,

tos, que se adaptam às tendências e aos am-

integrados ao ambiente e que satisfaçam os

bientes em que se inserem.

interesses dos clientes.

A meta da Habitatus é continuar cres-

Essa é o cuidado demonstrado pelo di-

cendo e se destacando, sem abrir mão da qua-

retor da empresa, José Elson Lopes de Freitas

lidade. Por isso, Junior faz questão de partici-

Junior, que destaca a versatilidade da empre-

par de todo o processo de desenvolvimento dos

sa, interessada e disposta a atuar em toda a

projetos. “Desde a escolha dos terrenos até

Grande Florianópolis e com diferentes padrões

concepção final do projeto arquitetônico, tudo

de construção. “Trabalhamos com apartamen-

tem minha participação”, explica.

tos de R$ 120 mil a R$ 1,8 milhão, mas sem-

Apesar da competitividade existente no

pre com a certeza de que dentro de cada seg-

mercado da construção civil, o empresário

mento podemos oferecer aquilo que o cliente

acredita que ainda há muito espaço para ser ocupado. Para comprovar, cita como exemplo

SAIBA MAIS

o Residencial Zelia Freitas, empreendimento

A Habitatus possui os seguintes empreendimentos:

de alto padrão com previsão de entrega para

Vista Nobre, localizado em Barreiros, com 14 pavimentos e 60 unidades, entregue em dezembro de 2010.

dezembro de 2015 e com apartamentos de

Parque da Ponte, na Ponte do Imaruim, com 336 unidades habitacionais e quatro salas comerciais, entregue em julho de 2012. Elza Momm, no centro de Florianópolis, com um apartamento por andar e até três vagas de garagem coberta, que será entregue em março de 2013. Bosque das Estações, no Bela Vista, com 384 unidades habitacionais e seis salas comerciais, com previsão de entrega para dezembro de 2013. Stellato, no Pagani (Palhoça), com 14 pavimentos, 108 unidades e previsão de entrega para julho de 2014. Zélia Freitas, no centro de Florianópolis, empreendimento de alto padrão que será entregue em dezembro de 2015.

16

valor diferenciado, que teve 1/3 de suas unidades comercializadas apenas na primeira semana de lançamento. “Quando criamos o produto certo no lugar certo, não tem como as pessoas não se interessarem”, finaliza. ONDE ENCONTRAR www.habitatus.com.br


17


DECORAÇÃO & INTERIORES

Talento bra Santa Maria Casa mescla móveis e objetos premiados de designers com peças elaboradas por artesãos

P

18

conheceu em suas viagens pelos mais diversos recantos do país, a empresária Maria Carolina Duva oferece, há seis anos, em sua loja de decorações multimarcas Santa Maria Casa, uma diversidade de móveis e

eças exclusivas, vindas de todos os

objetos de decoração comercializados nos

cantos do Brasil, verdadeiras obras

mercados de Santa Catarina, Rio de Janei-

de arte nascidas das mãos de gen-

ro, São Paulo, Rio Grande do Sul e já se

te anônima, feitas com matéria-prima local

prepara para iniciar as vendas pela internet.

e técnicas tradicionais de produção com

“A loja representa, basicamente, ta-

baixo impacto ambiental. Todas com o ape-

lentos brasileiros, desde o artesanato com

lo irresistível da praticidade, beleza e

peças que trazemos através de parcerias

criatividade que inspiram a decoração da

com ONGs, cooperativas e associações,

casa. Com este diferencial, e carregada da

até objetos premiados de designers como

paixão e respeito pelas comunidades que

os tapetes de Babba Vaccaro, que conquis-


sileiro

DECORAÇÃO & INTERIORES

tou recentemente o prêmio Planeta Casa

encomenda recém-chegada de mantas

de Sustentabilidade, conferido pela Revis-

bordadas e brinquedos de madeira confec-

ta Casa Claudia”, sintetiza Maria Carolina.

cionados por índios de diversas regiões

Trabalhar sob este conceito, assinala, teve

especialmente para o Natal.

seus contratempos no começo, gerados por dificuldades de organização das comu-

ONDE ENCONTRAR

Maria Carolina Duval

nidades, muitas delas isoladas, e pelo es-

www.santamariacasa.com.br

Empresária

tágio incipiente da economia sustentável. Com a parceria mantida desde o início com entidades como o Instituto Meio, voltado à organização empresarial de comunidades de regiões rurais e pequenas cidades, a empresária conseguiu estabelecer uma logística eficaz de comunicação, vendas e distribuição que dispensam intermediários. “Hoje posso negociar produtos e preços via internet”, afirma. Todas as peças são selecionadas pessoalmente por Maria Carolina, com critérios como alto valor agregado, desenho diferenciado e acabamento impecável. Características cada vez mais valorizadas por consumidores que também anseiam por sair do frio e cinzento vanguardismo urbano. De bancos e pufes de taboa (capim alto que prolifera nos brejos), feitos em Rio Brilhante, no Pantanal matogrossense e campeões de vendas, a objetos de capim-dourado feitos em Tocantis, os produtos oferecidos pela Santa Maria Casa sintetizam pedacinhos da imensa diversidade brasileira. “Tenho muito orgulho de vender essas peças produzidas na maior parte das vezes em lugares isolados, por pessoas talentosas, que representam uma cultura”, comenta a empresária, empolgada com a

SAIBA MAIS O Instituto Meio é uma organização privada, sem fins lucrativos, fundada em 2005, com o objetivo de gerir investimentos sociais privados e públicos focados na ampliação das oportunidades de emprego e renda sobre os princípios da sustentabilidade ambiental, econômica, social e cultural. Congrega hoje 50 comunidades em todo o Brasil, principalmente nas regiões rurais ou pequenas cidades, auxiliando cerca de 1,5 mil pessoas a divulgar e comercializar seus produtos. www.institutomeio.org

19


DECORAÇÃO & INTERIORES

Ritual de

bom gosto

Ana P aula (E) e R osa Rigon Paula Rosa Sócias

Roka Ideias e Objetos aposta em grifes nacionais e estrangeiras para seduzir consumidor

Fotos: Mariana Boro/Divulgação

D

o garimpo feito em feiras e ateliers

lojas e a especial orientação, na verdade

especiais no Brasil e no exterior,

quase uma consultoria especializada, que

mãe e filha transformaram o ato de

Rosa e Ana Paula oferecem aos clientes, é

decorar em um ritual que conquis-

outro diferencial responsável pela estatus

ta uma clientela fiel e multipli-

de grife conquistado pela marca Roka. “So-

cadora, desde dezembro de 1993.

mos referência na área de presentes e de-

A estratégia de compra direta de

corações de bom gosto, comercializando as

peças exclusivas, com uma eco-

maiores e melhores grifes nacionais e inter-

nomia de até 30% nos custos,

nacionais”, assinala Ana Paula. Afirmação

garantiu o sucesso da Roka Ideias

comprovada pela distinção da arquiteta

e Objetos, das empresárias Rosa

Roberta Zimmermann Buffon, feita no es-

e Ana Paula Rigon, desde que fo-

paço Giro da Decoração, da Casa Vogue.

ram abertas as portas da primei-

A Roka também é referência do Na-

ra loja, na rua Almirante Lamego,

tal catarinense desde a primeira edição da

em Florianópolis.

Casa do Papai Noel - by Roka, que funcio-

Dezenove anos depois, a

na de outubro aos primeiros dias do ano

marca Roka tem duas lojas em

seguinte, no piso das Garagens GI do

shoppings da capital catarinense

Shopping Iguatemi. Em 350 metros qua-

- a primeira delas completou cin-

drados, são oferecidos mais de 2 mil itens,

co anos em julho passado - e ven-

de árvores de Natal dos mais diversos e

de para todo o país por meio do

inusitados modelos e campeãs de vendas,

seu site e das listas de presen-

aos tradicionais presépios. O espaço já se

tes. São mais de 5 mil itens de

tornou atração turística, chamando a aten-

grifes internacionais e nacionais,

ção de grupos de crianças e jovens do in-

cobiçadas

arquitetos,

terior do estado, e vem registrando aumen-

decoradores profissionais e cen-

to constante nas vendas. “No ano passa-

tenas de decoradores amadores

do, tivemos um crescimento de 20%,

ou amantes da cozinha, área que

percentual que deve se repetir neste ano”,

responde por cerca de 40% do

afirma Ana Paula.

por

faturamento da Roka atualmente. O atendimento personalizado, com direito a espumante nas

20

ONDE ENCONTRAR www.rokanet.com.br


21


DECORAÇÃO & INTERIORES

Soluções para ambientes corporativos

J. Ziliotto expande atuação por todo o Estado

H

á quase 20 anos, quando iniciou

uma diversa coleção de cadeiras, divisóri-

suas atividades, a J. Ziliotto era

as e até carpetes.

uma loja de varejo, que comercia-

De acordo com o empresário, par-

lizava apenas móveis e máquinas para es-

te da estratégia de atendimento pratica-

critório. Em pouco tempo, o empresário

da pela J. Ziliotto consiste em dispo-

Jaime Ziliotto percebeu a grande deman-

nibilizar assessoria completa aos clientes,

da que se instalava no mercado

com colaboradores treinados nas indús-

corporativo, e optou pela estratégia de dar

trias parceiras e uma equipe de retaguar-

Jaime Ziliotto

mais ênfase a essa clientela, passando a

da, que cuida da elaboração de projetos e

Diretor

oferecer soluções completas em móveis,

atende especificamente os profissionais

equipamentos e decoração e tornando-se

de arquitetura e decoração de todo o es-

uma loja referência no segmento não ape-

tado. Esse fato, aliado à variedade e qua-

nas em Florianópolis. mas também em ou-

lidade das marcas que compõem o

tras regiões do Estado.

portfólio da empresa, acaba configuran-

“Nossa base de atuação sempre foi Florianópolis, mas graças aos nossos par-

22

do-se como o grande diferencial da loja em relação à concorrência.

ceiros comerciais atendemos empresas

“O escritório moderno precisa ser

em toda Santa Catarina, e atualmente

planejado para ocupar os espaços com

estamos em um processo de expansão

inteligência, modernidade, tecnologia e

diferenciado, com a contratação de repre-

ergonomia”, explica Ziliotto, que em seu

sentantes comerciais nas principais cida-

show-room possui móveis de marcas re-

des do Estado, o que amplia ainda mais

conhecidas, como a Flexform, hoje a mai-

nossa capacidade de atendimento”, expli-

or indústria de cadeiras da América Lati-

ca Ziliotto, que em 2013 comemora 20

na e a que detém a maior tecnologia em

anos na direção da empresa, comerciali-

cadeiras para escritório, e as divisórias

zando móveis para escritório em geral,

DivDesign, que, segundo afirma, trata-se


DECORAÇÃO & INTERIORES

da única indústria de paredes divisórias com todas as certificações (ISO9000, ISO14000 e ABNT). “Temos soluções para todas as necessidades em instalações para escritório administrativos, e apesar de nosso foco principal ser o segmento corporativo, nos destacamos, também, no atendimento ao pequeno consumidor”, acrescenta Jaime Ziliotto. Para o empresário, o ano de 2012 foi um período de consolidação do relacionamento com os parceiros comerciais, possibilitando a definição de novos produtos a oferecer, instalação de novo showroom, intensificação de treinamen-

para a qualidade dos serviços que presta-

to da equipe, além da participação em

mos”, defende Ziliotto, que destaca o res-

eventos de decoração, que trouxeram ain-

peito ao cliente, a atenção no atendimento

da mais visibilidade e, consequentemente,

e, principalmente, a ética profissional como

novos clientes. Além da garantia mínima

fatores que ajudaram na consolidação da

de cinco anos nos produtos que comerci-

empresa no mercado catarinense. “Posso

aliza, a empresa garante também prazo de

garantir que ao optar pela J.Ziliotto o clien-

entrega, seja de uma poltrona ou de um

te tem a certeza de fazer um bom negó-

escritório completo.

cio” finaliza.

“Estamos entrando na maioridade com muito mais experiência, e acredito

ONDE ENCONTRAR

que esse seja um ingrediente essencial

www.jziliotto.com.br

23


CASE DE NEGÓCIOS

Bellacotton

busca reposicionamento de marca

D

Com visual renovado, empresa quer ampliar vendas no mercado nacional e olho na crescente expansão do

ca é exclusiva dos produtos de higiene

mercado nacional brasileiro de pro-

pessoal à base de algodão fabricados pela

dutos de higiene pessoal, que há

Flexicotton, instalada em 1997 em Santo

quase uma década cresce cerca de 25%

Amaro da Imperatriz pelo grupo francês

anualmente, conforme a Associação Bra-

Lemoine, maior manufaturador de algodão

sileira da Indústria de Higiene Pessoal, Per-

hidrófilo da qual Silveira e Gruhier eram di-

fumaria e Cosméticos (Abihpec), o

retores. Em 2009, com o quadro econômi-

catarinense Jacinto Silveira e o francês

co positivo nacional contrapondo-se à cri-

Etienne Gruhier, investiram meio milhão em

se que assola EUA e Europa, os dois ad-

marketing e na reformulação da marca

quiriram 100% das operações da unidade.

Bellacotton. Criada pelos sócios em 2007, a mar-

24

Hoje, a Flexicotton é líder nacional do setor, negocia com países do Mercosul, como


Chile, Argentina, Uruguai e Colômbia, além

gens a marca ficou muito mais visível e atra-

de manter operações com a Guatemala, na

tiva”, afirma Gruhier. Como a comercializa-

América Central e tem a pretensão de con-

ção é 100% terceirizada, também vem in-

quistar a liderança do mercado na Améri-

tensificando a expansão através de incen-

ca Latina até 2015.

tivos de positivação de pontos de venda.

Com a criação da marca Bellacotton,

“A Bellacotton já possui uma forte presen-

nascida sob o conceito da sustentabilidade,

ça no mercado. Queremos continuar o tra-

inovação e responsabilidade, e a

balho forte de distribuição no território na-

reformulação administrativa promovida

cional, e para isso, precisamos manter a

pela dupla, os negócios da Flexicotton ti-

eficiência no atendimento ao cliente vare-

veram um incremento considerável. No ano

jista, o lead time curto, ampliar o mix de

passado, fechou o ano com faturamento

produtos e estar sempre em busca da ino-

de R$ 20 milhões, projetando 50% de ex-

vação”, salienta Gruhier, que projeta um

pansão para este ano, boa parte disso an-

aumento de 90% no faturamento da

corada no sucesso da Bellacotton, que tem

Bellacotton em 2012, sobre os R$ 3,5 mi-

um mix de 20 itens entre curativos, hastes

lhões obtidos no ano passado. Etienne Gruhier

flexíveis exclusivas para bebês e uma linha completa de produtos de algodão. O crescimento registrado pela mar-

Foto: Ike Botega/Divulgação

CASE DE NEGÓCIOS

ONDE ENCONTRAR

Diretor de Negócios

www.bellacotton.com.br

ca e a necessidade de ampliar a linha de produtos levou a empresa a realizar um

SAIBA MAIS

estudo de branding, cujo resultado confirmou o feeling dos empresários, que iniciaram o trabalho de reformulação há um ano. “Reformulamos o visual para adequá-lo ainda mais à realidade do conceito de inovação e sustentabilidade com preços com-

A Flexicotton, fabricante da marca Bellacotton, mantém a parceria com a francesa Lemoine e é grande propulsora na garantia de produtos inovadores e tecnologia em maquinário. Tem 105 funcionários, dos quais 80 são mulheres. Em 2010, registrou faturamento de R$ 15 milhões, cerca de 40% a mais do que nos anos anteriores. No ano seguinte, aumentou para R$ 20 milhões, 30% a mais que 2010. A expectativa para 2012 é fechar com um crescimento de 50% que significam R$ 30 milhões em faturamento.

petitivos. Além de modernizar as embala-

25


CASE DE NEGÓCIOS

Gelo

na sujeira Técnica, oferecida com exclusividade em SC ajuda Grupo Seguridade a aumentar receita

O

presidente do Grupo Seguridade,

O serviço começou a ser oferecido

corporação que vem registrando

em Santa Catarina a partir de 2011 e aten-

20% de aumento no faturamento

de todos os segmentos industriais. “Somos

anual nos últimos cinco anos, já comemo-

os únicos a oferecer o serviço aqui e te-

ra o sucesso da técnica de limpeza a gelo

mos clientes nos três outros estados do

seco em terras catarinenses. Pedro

Sul do Brasil. A grande vantagem do pro-

Ambrósio não fala em números, mas ga-

cesso é sua flexibilidade que permite seu

rante que o novo serviço vai incrementar

uso em uma ampla escala de aplicações e

ainda mais o desempenho invejável do Gru-

de setores produtivos”, assinala Ambrósio.

po, que projeta um faturamento de R$ 64

De simples borras até a limpeza de circui-

milhões para este ano, 21% a mais que no

tos elétricos industriais delicados e livros,

ano passado.

o processo é efetuado por apenas uma Fotos:Divulgação

unidade móvel composta por caminhão, compressor de ar, secador de ar e máquina jateadora. Além da flexibilidade, conforme Ambrósio, a técnica não deixa resíduos, não agride as máquinas nem o meio ambiente. O Grupo com matriz em Joinville, fundado em 1991, possui carteira com mais de 200 clientes, entre eles Klabin, Malwee, Marisol, Tigre, Univille, Unisul e Bradesco e uma rede de 2 mil colaboradores. Nos últimos cinco anos, o faturamento cresceu 92%. Em 2011, a receita foi de R$ 53 milhões. ONDE ENCONTRAR www.seguridade.com.br

26


,

27


INFORME PUBLICITÁRIO

Um ano marcante O Sindicato da Indústria do Mobiliário da Grande Florianópolis (SIM), considera 2012 um ano especial, marcado por iniciativas importantes, que evidenciaram nossa disposição em estreitar ainda mais os laços com as empresas que representamos e, ao mesmo tempo, estabelecer um efetivo canal de comunicação com o consumidor. Com o lançamento da campanha “Conheça quem trabalha para você: Credibilidade não é uma questão de sorte”, o SIM chamou para si a responsabilidade de orientar empresas e, especialmente, consumidores a respeito de detalhes que não podem ser desprezados no momento de se fechar um contrato. Tomamos uma decisão corajosa, que deixou clara nossa disposição de fortalecer as empresas por nós representadas, que atuam em um mercado amplo e extremamente competitivo, e que por isso mesmo algumas vezes atrai concorrentes nem sempre dispostos a trabalhar com a idoneidade e comprometimento re-

28

comendados e cobrados pela diretoria do SIM. Em nossas ações, contamos com o suporte de entidades como a Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc) e a Associação dos Sindicatos Filiados à Fiesc da Região Sudeste, administrado pelo Presidente Vitor Mario Zanetti. Foram, sem dúvidas, apoios importantes, que conferiram credibilidade às nossas iniciativas. Mas não podemos deixar de destacar a adesão de empresas que atuam no nosso segmento, essenciais no processo de “fazer acontecer”, iniciado com nossa campanha. Às marcenarias Arcoban Móveis Sob Medida, Benatto Móveis Especiais, Heider Móveis e Esquadrias em PVC, Ideal Móveis e Alumínio, Incoplasa Indústria de Cozinhas Planejadas, J Móveis e Artefatos de Madeira, GS Móveis Planejados, Marcenaria Catarinense, Mário Móveis, Modecol Móveis e Decorações, Móveis Arno, Móveis RR, MSB Indústria e Comércio de Móveis, Novo Espaço Móveis e Renovar Móveis; às marmorarias Marmoraria Capital, Marmoraria Pedra Branca e Rajada Marmo


INFORME PUBLICITÁRIO

Granitaria; e à Estofaria Tarcísio Schweitzer, nosso sincero agradecimento. Sem a participação dessas empresas a campanha não teria sido realizada. O retorno que recebemos nos deu a certeza que o mercado consumidor quer empresas conscientes e responsáveis. Queremos aproveitar este espaço para conclamar as empresas que atuam no mercado do mobiliário na Grande Florianópolis a se associarem ao SIM. Todos os meses realizamos reuniões nas quais acontecem importantes trocas de experiências e são tomadas decisões a respeito de encaminhamentos discutidos pela categoria. Aos associados oferecemos orientações trabalhistas, assessoria jurídica, convênios com clínicas médicas e odontológicas, laboratórios de análises clínicas, cursos e palestras, SESI, SENAI e IEL, além da oportunidade de participar ativamente do fortalecimento de nosso segmento.

Encerramos o ano com a sensação de dever cumprido, de realização e de sucesso, agradecendo mais uma vez aos que estiveram do nosso lado apoiando todo este processo, na certeza de que estaremos unidos no novo ano que se aproxima e que certamente nos trará novas conquistas.

Diretoria do SIM Para maiores informações, acesse o site do sindicato www .simgf .com.br ou entre em contato www.simgf .simgf.com.br pelo telefone 3025.3377.

Feliz Natal e um Próspero Ano Novo, com muita Paz, Sucesso e Saúde para todos.

29


CASE DE NEGÓCIOS

Aposta no

Natal

Atender demanda de empresas por brindes diferenciados é estratégia do Atelier das Cestas

C

Comemorando um crescimento de 60% nas vendas em apenas dois ano de atuação, a empresária

Andréa Luciana Balestreri, do Atelier das Cestas, aposta no atendimento a empresas no período de Natal para dar um incremento ainda maior ao faturamento e se consolidar no ramo. Acostumada a atender pessoas que buscam presentes diferenciados a preços médios de R$ 100,00, Andréa precisou se adequar às necessidades dos novos clientes, e por isso foram necessárias algumas mudanças, tanto na estrutura do negócio quanto no estilo das cestas oferecidas. O primeiro passo foi a formalização da empresa, criando condições de ampliar o atendimento a corporações. Mas não foi só isso. “Como se trata de uma data especial, em que as empresas oferecem brindes e

30


CASE DE NEGÓCIOS

lembranças em grande quantidade, foi ne-

outubro foi surpreendente, com uma mé-

cessário criar alternativas que conservas-

dia de seis cestas entregues a cada dia.

sem a qualidade, da qual não abro mão,

Embora o site do Atelier das Cestas

mas com preços competitivos”, explica

tenha condições de oferecer a venda on

ELA, que criou kits diferenciados, com pre-

line, por enquanto Andréa não pretende

ços a partir de R$ 50,00. Espumante, mini

disponibilizar esse serviço. Para ela, a ne-

panetones, cookies, castanha e amendo-

gociação feita por e-mail ou telefone abre

im estão entre os itens oferecidos nos kits.

a possibilidade da personalização das ces-

A ideia é que a relação com esse ni-

tas, além de evitar problemas relaciona-

cho de mercado não se limite ao período

dos à taxa e horários de entrega. “Já

das festas de final de ano, mas, sim, se

recebi encomendas feitas por e-

consolide como uma opção de vendas,

mail às três da manhã, solicitan-

direcionada, por exemplo, a imobiliárias e

do entrega às seis, e com o pe-

concessionárias, que normalmente presen-

dido feito o cliente considera

teiam seus clientes e buscam alternativas

tudo acertado. Prefiro conver-

criativas. “Já atendo a alguns representan-

sar para acertar detalhes e quan-

tes desses segmentos, mas pretendo in-

do for o caso, oferecer alternati-

tensificar esse tipo de vendas, pois já com-

vas de personalização das cestas,

provei que a demanda é grande. Basta dar

como uma caneca diferenciada, um car-

a ideia e fornecer os meios que o mercado

tão especial para a data, etc.”, explica.

se encarrega do resto”, defende.

Além das vendas conquistadas pela

Concentrando 90% de sua divulga-

internet, a empresária contabiliza clientes

ção na internet, Andréa acredita que boa

que chegam até o site através de indicações

parte de seu sucesso deriva desse tipo de

de amigos, familiares e conhecidos, e esta

publicidade, principalmente pela facilidade

é, segundo acredita, a melhor prova de sa-

de acesso às informações. “Quase todas

tisfação e reconhecimento de seu trabalho.

as minhas encomendas são feitas a partir

“O retorno que recebo é o melhor ter-

do catálogo virtual que disponibilizo no site,

mômetro para saber se o pro-

e o endereço é facilmente encontrado em

duto que ofereço atende às

páginas de busca. Mesmo que os investi-

expectativas dos clien-

mentos em divulgação sejam altos, uma

tes. Considero a reven-

vez que que os valores variam de acordo

da a comprovação do

com o número de acessos - o que aumen-

sucesso do meu negó-

ta muito em datas especiais - ,o retorno

cio”, afirma.

Andréa LLuciana uciana Balestreri Proprietária

nas vendas compensa o investimento”, diz. Em relação aos primeiros meses de 2012, Andréia afirma que o faturamento em

ONDE ENCONTRAR www.atelierdascestas.com.br

31


GESTÃO

Fôlego de gente grande Ranking das 250 micro MPEs que mais crescem no país destaca 15 empresas de Santa Catarina

Q

xando lições importantes em um país que busca hoje alternativas para superar gargalos históricos que ainda dificultam o pleno desenvolvimento do potencial empreendedor do empresário brasileiro. A Arvus Tecnologia, que desenvol-

uinze catarinenses se destacam

ve softwares e equipamentos de precisão

entre as 250 micro e pequenas

para o setor de agronegócio e silvicultu-

empresas (MPEs) brasileiras com

ra, alcançou a melhor posição (18º) entre

receita de até R$ 300 milhões ao ano, em

as empresas de tecnologia do Estado.

ranking realizado pela consultoria Deloitte

Entre 2009 e 2011, a empresa obteve in-

e Revista Exame. Um dos destaques são

cremento de 371%, alcançando receita de

as empresas de tecnologia: das 15, qua-

R$ 4,4 milhões no ano passado. Para

Bernardo de Castro

tro são do setor e, destas, três da Capital,

2012, a expectativa é crescer 100%.

Diretor da Arvus T ecnologia Tecnologia

o que confirma uma

“Com tecnologias nacionais inovadoras,

das vocações eco-

a Arvus está aproveitando o momento

nômicas da cidade.

favorável do agronegócio brasileiro para

No ranking geral, a

a sua rápida expansão”, diz o diretor

Reuter, da área de

Bernardo de Castro.

construção civil e

“Atualmente existe uma forte pres-

sediada em Timbó,

são pelo aumento rápido de produção de

tem o melhor de-

alimentos e biocombustíveis, sem com-

sempenho, ficando

prometimento de recursos naturais. As

em segundo lugar

tecnologias da empresa visam a otimi-

nacional.

zação do uso de recursos como fertilizanacordo

tes, defensivos e combustíveis, além de

com o estudo, as

promover o aumento de produtividade, ou

empresas classifica-

seja, produzir mais sem necessariamente

das para o ranking

explorar novas áreas. É neste cenário que

vêm construindo

a Arvus projeta crescimentos ainda maio-

De

32

uma trajetória consistente de expansão, dei-


GESTÃO Fotos: Divulgação

res para a década atual”, argumenta. Pelo

portes passam a contar com a consultoria

segundo ano consecutivo, a Cianet, fabri-

tecnológica e de negócio da Cianet, indo

cante de equipamentos triple-play (dados,

muito além do simples fornecimento de

TV e telefonia) e provedora de soluções

equipamentos”.

em comunicação de dados, figura no

Para ele, “Figurar novamente entre

ranking. No 75o lugar, a empresa obteve

as 250 pequenas e médias empresas que

um crescimento de 115,9% no total e de

mais crescem no Brasil significa que

46,9% ao ano. Segundo João Francisco,

estamos no caminho certo. Representa que

presidente da Cianet, o sucesso da em-

nosso crescimento é sustentável e estru-

presa se deve à constante atenção às de-

turado, o que é ainda mais importante, por-

mandas do mercado e à atual profissio-

que mostra que podemos ainda muito

nalização de sua gestão. “Hoje, além de

mais”, destaca.

nos mantermos como fabricantes de equipamentos nacionais, ampliamos o portfolio para soluções de banda larga

ONDE ENCONTRAR

baseadas nas tecnologias HPN e Gepon.

www.cianet.ind.br

João F rancisco Francisco

Assim, provedores de internet de todos os

www.arvus.net.br

Presidente da Cianet

Posição das catarinenses na classificação geral Posição

Empresa

Segmento

Sede

Reuter

construção civil

Timbó

EQS Engenharia

construção civil

São José

18º

Arvus

informática, TI e internet

Florianópolis

57º

Ogochi

têxtil e calçados

São Carlos

75º

Cianet Networking

informática, TI e internet

Florianópolis

136º

Ekotex

indústria química

Pomerode

142 º

Copa&Cia

comércio varejista e atacadista

Blumenau

144º

Domínio Sistemas

informática, TI e internet

Criciúma

153º

Pesqueira Pioneira Da Costa

alimentos

Florianópolis

156º

Vitsolo

transporte

Balneário Camboriú

190º

Reivax

energia elétrica, gás e saneamento

Florianópolis

204º

Tecnoblu Your Id

têxtil e calçados

Blumenau

205º

Selbetti

comércio varejista e atacadista

Joinville

224º

Teclan

informática, TI e internet

Florianópolis

231º

Farben

indústria química

Içara

33


MERCADO

Bischoff expande em SC A grife gaúcha de sapatos e acessórios Jorge Bischoff abriu sua sexta loja em território catarinense no Continente Park Shopping, em São José. A nova operação faz parte do plano de expansão da grife em Santa Catarina. “É uma praça especial, com um público diferenciado que tem tudo a ver com o estilo único e exclusivo da grife”, comenta Rodrigo Tineu, supervisor das franquias do Estado. Com lojas exclusivas nos principais endereços de moda e mais de 600 pontos de venda multimarcas, a Jorge Bischoff está presente em todo o Brasil e em outros 30 países. Em dezembro de 2011, abriu sua primeira loja licenciada no exterior, em Barbados, no Caribe. Em Santa Catarina, também tem lojas em Blumenau, Balneário Camboriú, Joinville e Florianópolis. Em www.jorgebischoff.com.br.

Guiness ambiental Com quase o dobro da meta inicial estabelecida pelo Guinness Book, a Campanha Floripa no Guinness espera colocar a capital no livro dos recordes como a cidade que mais recicla óleo de cozinha no mundo. Em 30 dias, foram recolhidos 18.670 litros de óleo

O alto valor do frete é um dos principais componentes do custo logístico no Brasil. P ara Para facilitar a vida dos empresários e consumidores que precisam do serviço de transporte, o site Axado oferece pesquisa completa, com as vias

de cozinha, muito além dos 10 mil litros suge-

de transporte, prazo de entrega e cotação de va-

ridos pela publicação. A campanha foi promo-

lores envolvidos no processo. Desenvolvido jo jo--

vida pelo programa ReÓleo da Associação

vens recém-graduados de Florianópolis, em

Comercial e Industrial de Florianópolis (Acif)

2010, o site é produto da start -up homônima. Em start-up

e, segundo o coordenador e diretor do ReÓleo,

2011, por meio do investidor anjo Marcelo

Luiz Falcão de Moura, o título deve ser anun-

Amorim, a empresa recebeu um aporte financei-

ciado em novembro. A iniciativa movimentou

ro da Jacard Investimentos e, atualmente, pas pas--

toda a comunidade - moradores e proprietári-

sa por uma segunda rodada de investimentos.

os de restaurantes -, que deixaram de descar-

Para os próximos meses, por meio da obtenção

tar o óleo usado na pia de cozinha ou jogá-lo

de recursos, os empreendedores pretendem in-

direto no solo. O material passou a ser colo-

vestir em novos produtos da empresa como pla-

cado em garrafas ou bombonas e entregue

taforma para cálculo de frete em e e--commerce,

em um dos mais de 40 pontos de entrega da

plataformas C2C e portais de e -procurement. Em e-procurement.

cidade. O óleo coletado é transformado em

www .axado.com.br www.axado.com.br .axado.com.br..

produtos de limpeza pela curitibana Ambiental Santos, parceira do programa.

34

Cotação online de fretes


MERCADO

Setor náutico Em um espaço de 16 mil m2 - crescimen-

setor náutico catarinense, que ocupa o terceiro

to em estrutura de 30% em relação à edição

lugar no ranking nacional em número de esta-

anterior –, a Exponáutica 2012, realizada entre

leiros. São mais de 30 empresas fabricando

os dias 15 e 18 de novembro, na Marina Pier

desde as pequenas embarcações funcionais até

33, em Biguaçu, é exemplo da consolidação do

as mais luxuosas, que podem custar milhões de reais. Entre os equipamentos em exposição no evento – que reuniu mais de 50 expositores de todo o país –, o Sea Gold 255 (foto), do estaleiro gaúcho Ocean Boats, foi um dos destaques. A lancha, com capacidade para até dez pessoas, traz, entre os itens de série, o painel de comando central com amplo espaço para eletrônicos, seis cunhos de amarração em inox e o estofamento externo completo na cor que o cliente desejar.

Cartórios em alta

Contra a pirataria A empresa catarinense de tecnologia Sports

O Registro de Imóveis de São

Intelligence desenvolveu um sistema de autenticação de pro-

José e o 1º Registro de Imóveis de

dutos licenciados para ajudar no combate à comercialização

Joinville são os primeiros cartórios de

de produtos falsificados e ilegais. O Figueirense é o primeiro

Santa Catarina que recebem certificação

clube do Brasil a apostar nesta nova tecnologia e oferecer

da Associação Brasileira de Normas Téc-

este sistema de gestão de produtos para os seus licencia-

nicas (ABNT). O reconhecimento é re-

dos. A partir de agora, cada produto licenciado do clube dei-

sultado de uma nova era vivenciada pe-

xará de ter selos holográficos para possuir uma TAG com QR

los cartórios do Estado. “Foram investi-

Code – código de barras em 2D que pode

mentos em equipamentos tecnológicos

ser escaneado pela maioria dos apare-

e sistemas de informação, melhorias

lhos celulares que possuem câmeras fo-

nas instalações e qualificação profissio-

tográficas – o que permitirá maior

nal, realizados nos últimos anos, que

rastreabilidade e autenticidade dos pro-

agora resultam na prestação de um

dutos. De acordo com Maurício Dobes

atendimento diferenciado e de qualida-

(foto),

de”, destaca o Presidente da Associa-

Intelligence, o torcedor poderá conferir

ção dos Notários e Registradores de

se o produto é original, quem é seu fa-

Santa Catarina (Anoreg/SC), Otávio Mar-

bricante, detalhes sobre o item. “Na mes-

garida. A certificação é concedida com

ma tela onde aparece a foto do produto,

base na norma técnica 15.906/2010, que

se o cliente observar alguma irregulari-

estabelece critérios de excelência na gestão dos cartórios extrajudiciais. “Quem ganha é o usuário, que poderá contar com um serviço que segue os padrões defendidos pela ABNT”, aponta Margarida.

sócio-diretor

da

Sports

dade, ele pode denunciar pelo próprio aplicativo a falsificação, que será encaminhada diretamente para o Clube e para a polícia, para que as providências legais sejam tomadas”.

35


A força da

ENERGIA

natureza Foto: Hermínio Nunes/ Divulgação

Eletrosul investe R$ 3 bilhões na geração de energia eólica e solar

C

om a intenção de se tornar uma das protagonistas da geração de energia eólica e solar no cenário

brasileiro de suprimento com baixo impacto ambiental, a Eletrosul está investindo cerca de R$ 3 bilhões em quatro

Eurides Mescolotto

complexos eólicos, todos no Rio Grande

Presidente

do Sul, e na maior usina solar fotovoltaica do País integrada à edificação, com ca-

um deles o maior da América Latina, es-

pacidade instalada de um megawatt-pico

tarão a pleno funcionamento em janeiro

e que servirá de experiência referencial

de 2014. Juntos somarão 570 megawatts

de comercialização deste tipo de energia

(MW) de capacidade, aproximadamente

para o Sistema Eletrobras.

35% da geração eólica atual do Brasil, su-

O Complexo Eólico de Cerro Chato

ficiente para atender três milhões de con-

foi o primeiro dos quatro em construção

sumidores. “Os impactos ambientais são

a entrar em operação, com a estimati-

mínimos. Restringem-se, na fase de im-

va de gerar neste ano 300

plantação, à poeira e ao barulho dos ca-

gigawatts-hora (GWh), reforçan-

minhões e, na fase de operação, ao ruído

do o suprimento de energia

das pás, reduzido a quase zero com as

para o Sistema Interligado

tecnologias disponíveis.”, assinala o pre-

Nacional (SIN) e diminu-

sidente da Eletrosul, Eurides Mescolotto.

indo a dependência

Os empreendimentos resultam do primei-

termelé-

ro leilão específico para geração de ener-

tricas. Os qua-

gia eólica realizado pelo governo federal

das

tro parques, 36

em 2009.


ENERGIA

Consolidada com o maior estatal de

SAIBA MAIS

geração eólica, a Eletrosul começou a implantar em novembro o Projeto Megawatt Solar, que vai transformar a sede da estatal na capital catarinense na primeira usina solar integrada à edificação no Brasil, até julho de 2013. O Consórcio Efacec Megawatt Solar, constituído pela portuguesa Efacec e Efacec do Brasil, foi selecionado na modalidade menor preço para executar o projeto, a um custo de R$ 8 milhões financiados pelo banco de fomento alemão KfW. A energia gerada, conforme Mescolotto, será conectada à rede elétrica local e comercializada em

Projeto Megawatt Solar Segue o modelo BIPV – sigla em inglês para Sistema Fotovoltaico Integrado à Edificação. Módulos fotovoltaicos serão instalados na cobertura do prédio e dos estacionamentos da sede da Eletrosul, num total de 10 mil metros quadrados. Vai produzir em média 1,2 gigawatts-hora (GWh) por ano, equiva lente ao consumo anual de cerca de 570 residências Energia Eólica Complexo Eólico Cerro Chato Local: Sant’Ana do Livramento (RS) SPE Eólica Cerro Chato I, II e III – Eletrosul (90%) / Wobben (10%) Capacidade instalada – 90 MW Em operação desde maio de 2011 (todo o complexo entrou em operação em dezembro de 2011)

leilões a consumidores livres. Um dos

Complexo Eólico Livramento

critérios dos leilões será a comprovação

Local: Sant’Ana do Livramento (RS) Eletrosul (49%) / FIP Rio Bravo (41%) / Elos (10%) capacidade instalada – 78 MW Previsão de entrada em operação: 2013 Obs.: as obras estão em andamento com a construção das bases dos aerogeradores

do comprometimento dos interessados na compra com o desenvolvimento sustentável. “Os compradores terão que ter o Selo Solar, certificação desenvolvida pelo Instituto Ideal em parceria com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), que serve como espécie de atestado do comprometimento da empresa com o desenvolvimento sustentável”, explica o presidente. ONDE ENCONTRAR www.eletrosul.gov.br

Complexo Eólico Santa Vitória do Palmar Local: Santa Vitória do Palmar (RS) Holding Santa Vitória do Palmar – Eletrosul (49%) / FIP Rio Bravo (51%) Capacidade instalada – 258 MW Previsão de entrada em operação: janeiro de 2014 Complexo Eólico Chuí Local: Chuí (RS) Holding Chuí – Eletrosul (49%) / FIP Rio Bravo (51%) Capacidade instalada – 144 MW Previsão de entrada em operação: janeiro de 2014

37


OPINIÃO

Ambiente e vida

O nosso planeta Terra é uma frágil embarcação ou nave espacial, viajando pelo espaço sideral imenso e sujeito às dificuldades próprias dessa viagem, com os demais corpos celestes, numa peregrinação insólita e a mercê das leis da física e da mecânica celeste. E se isso não bastasse, a Terra também sofre a intervenção humana, que na verdade se projeta numa fragilidade e limitação insustentáveis. Se nos determos em estudos geológicos, notamos que nosso planeta já passou por vários problemas e dificuldades como violentos terremotos, erupções vulcânicas, rompimento da crosta terrestre e impactos de grandes meteoros. E, mesmo assim, conseguiu sobreviver, resistindo às drásticas mudanças no ambiente terrestre. Como exemplo, em épocas geológicas passadas, muito antes do homem aprender a acender fogueiras, houve períodos críticos de extinções maciças de espécies animais como na época dos dinossauros e vegetais gigantes. Naquela época, mais de 90% das espécies desapareceram.

38

Mas hoje, diante de estudos e experiências vividas, notamos que nosso planeta nada mais é do que um ser vivo, um superorganismo que sempre se adapta às perturbações sofridas, buscando manter mínimas condições de vida, sem privilegiar nenhuma forma de vida especial. Contudo, a humanidade está “condenada” ao desenvolvimento e o homem continuará a comer o pão com o suor do seu rosto, muito embora este suor deixe de correr para manifestarse em outras dificuldades. Tudo tem seu preço. A vida se torna cara nos países de alto nível de vida. As atribulações da sociedade industrial são numerosas e requintadas, cheias de vazio e movidas pelo combustível da sociedade. Assim caminha a humanidade, até que as contrações de um mundo novo a expulsem para fora dessa geração multimilenar e dolorosa, atirando-a para uma nova vida. Ivani Zechini Bueno Professor da UFSC, mestre em Engenharia, agrônomo e gestor ambiental.


39


OPINIÃO

A Justiça a serviço do cidadão

Há três meses, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) iniciaram o julgamento da Ação Penal 470, referente ao rumoroso caso do “mensalão”. Se no início havia uma certa desconfiança por parte daqueles que pouco conheciam o trabalho da Justiça, agora o que se observa é um misto de otimismo e orgulho, por conta do posicionamento firme dos julgadores da Suprema Corte, os quais mostraram, por meio de seus votos, que o Poder Judiciário brasileiro não compactua com o malfeito e muito menos anda de mãos dadas com a impunidade. Também caiu por terra a tese de que as indicações político-partidárias poderiam comprometer a independência dos ministros indicados pelos dois últimos presidentes da República. Como se viu, os ministros têm votado de maneira técnica, de acordo com a lei e não pouparam o réu “A” ou “B” por ser desse ou daquele partido. A própria entrevista concedida por um dos envolvidos a uma revista de grande circulação nacional revela que, se havia a esperança de que tudo acabaria em pizza, de que as amizades influentes poderiam de alguma forma ajudar numa mudança no rumo das decisões, que pudesse livrá-los das condenações, o fato é que nada disso se confirmou. Ao contrário, o STF mostrou a que veio e reforçou o seu compromisso com a República, com o povo brasileiro e, principalmente, com a Constituição Federal. O julgamento do caso do “mensalão” vai, de

40

fato, se confirmando como um marco na história política e jurídica brasileira. Ele representa não só um divisor de águas para a Justiça, mas também para o País, que acompanha, por meio do relevante trabalho da imprensa, a firme disposição da Justiça em dar um basta aos desmandos contra a administração pública. Importante frisar que não só os ministros dos tribunais superiores, mas juízes e desembargadores que atuam em todas as unidades da Federação há muito cumprem o seu papel com o mesmo rigor. Infelizmente, todo esse esforço do juiz brasileiro, considerado um dos mais produtivos do mundo, não aparece, justamente porque a magistratura não tem o hábito de se comunicar, de levar ao conhecimento da sociedade o que faz cotidianamente em favor da cidadania. Esse quadro precisa mudar e está mudando, não só para fazer justiça aos mais de 17 mil juízes do País, os quais, enquanto aplicadores da lei, têm sido tão rigorosos (ou mais) quanto os nossos ministros da Suprema Corte, mas para ajudar o cidadão brasileiro a construir um País mais justo e igualitário...Uma Nação de verdade! Juiz Sérgio L uiz Junk es Luiz Junkes Presidente da Associação dos Magistrados Catarinenses (AMC)


41


GESTÃO PÚBLICA

Capital:trabalho conjunto

em prol do

desenvolvimento César Souza Júnior defende união de forças e prioridade para o plano diretor

E

Candidato a prefeito pela primeira vez em 2008, quando ficou em terceiro lugar, com 30.834 votos, em 2012 Cesar Souza Junior conquistou 117.834 eleitores, o que

leito prefeito de Florianópolis em

correspondeu a 52,64% dos votos válidos.

uma das campanhas mais acirradas

A coligação que o elegeu – Por uma cidade

que a Capital já vivenciou, César Sou-

mais humana - foi formada pelos partidos

za Junior PSD, credita sua vitória ao “senti-

PSC, DEM, PSDC, PSB, PSD e PP, partido

mento de mudança que tomou conta da

de João Amim, que será seu vice-prefeito.

cidade nos últimos dias antes da votação”,

Durante a maratona de compromis-

reforçado, segundo afirma, por um traba-

sos que enfrentou nos dois dias que se

lho comprometido da militância e pelo seu

seguiram à vitória, o prefeito eleito reafir-

desempenho nos debates que acontece-

mou promessas firmadas durante a cam-

ram no curto período que dura a campa-

panha e listou as prioridades de seu man-

nha do segundo turno.

dato que se inicia em 10 de janeiro de 2013. Cesar Souza adota o discurso do “trabalho conjunto” para solucionar problemas que atingem os municípios da Grande Florianópolis, e antes de partir para a Disney – “Esta promessa fiz para minha filha, Lara” – o prefeito eleito deu início ao processo de transição de governo ao se reunir com Dario Berger (PMDB).

OE - Quais serão as primeiras ações do senhor quando assumir a prefeitura da Capital, em janeiro? César Souza Junior - Nossa primeira ação será encaminhar à Câmara o novo plaCesar Souza Junior

no diretor da cidade. Florianópolis hoje é

Prefeito eleito de Florianópolis

uma cidade sem lei, sem ordenamento.

42


PÚBLICA DE NEGÕCIOS GESTÃO CASE

Vamos finalizar a formatação do novo plano, tendo como base as diretrizes estabelecidas nas mais de 1,4 mil reuniões comunitárias e encaminhá-lo para aprovação na Câmara. Com o apoio dos vereadores, vamos finalmente aprovar o novo texto e fazer com que Florianópolis volte a planejar o futuro, com foco no desenvolvimento ordenado, proposta que defendi com firmeza durante toda a minha campanha. Não vamos permitir novas alterações de zoneamento sem antes aprovarmos o plano, e também não vamos autorizar construções em locais onde não haja saneamento básico, sistema viário e infraestrutura urbana adequada. também o governo federal, a quem podeOE - A mobilidade urbana é um dos gran-

mos pedir que a concessionária responsá-

des gargalos da região. Como pretende

vel pelas obras da BR-101 seja obrigada a

trabalhar isso em parceria com os outros

cumprir o acordo e fazer o contorno da

prefeitos eleitos?

Grande Florianópolis.

CSJ - Como prefeito da Capital vou procurar os demais prefeitos da Grande Florianópolis para tratar desse e de outros problemas que dizem respeito a toda região metropolitana. Hoje, essa relação se

SAIBA MAIS

Localização: O parque industrial da Gran Mestri fica às margens da BR163, em Guaraciaba, entre São Miguel do Oeste e Dionísio Cerqueira, rota da fronteira entre Brasil OE - Quais são os projetos paraeoArgentina, desen- a 730 quilômetros de Florianópolis.

volvimento econômico do município, atra-

Capacidade total de armazenamento nas 12 câmaras frias: 1 milhão de quilos

indo empresas, gerando empregos?

Área construída do complexo grana padana: nossos principais pro-12 mil metros quadrados CSJ - Um dos (seis vezes maior que a área inicial)

resume a reuniões esporádicas entre os

jetos é implantar na cidade, no interior da

prefeitos, e acabada a reunião cessa a co-

ilha e no continente, núcleos para forma-

municação. Temos que ter uma estrutura

ção de mão-de-obra para a indústria da

permanente, que pense e planeje as ações

tecnologia, uma das nossas principais vo-

de forma conjunta e continuada. Um dos

cações depois do turismo. Atualmente, as

pontos mais importantes nessas discus-

empresas de tecnologia buscam trabalha-

sões deve ser o trânsito, que depende tam-

dores em outros locais porque não encon-

bém de obras estruturantes como o novo

tram aqui. Temos que reverter esse qua-

anel viário.

dro. Vamos, em parceria com a Acate, ofe-

Empregos diretos com o novo complexo: 200

Faturamento previsto para o novo complexo: R$ 150 milhões/ ano

recer formação qualificada para que os joOE - Nesta questão também está incluída

vens possam entrar no rentável mercado

a implantação do Contorno Viário da Gran-

da tecnologia.

de Florianópolis. Como os novos prefeitos

Outro ponto diz respeito às ações

podem ajudar a tirar o projeto definitiva-

na área do turismo, buscando atrair gran-

mente do papel?

des eventos para os meses fora da tempo-

CSJ – Novamente o ponto funda-

rada de verão, como forma de combater a

mental é o trabalho conjunto. Devemos

sazonalidade e aquecer a economia no

fazer uma união de forças que envolva to-

eportagem: período da baixa temporada. (R (Reportagem:

dos os prefeitos, o governo do Estado e

Luciane Zuê).

43


GESTÃO PÚBLICA

São José:prioridade para ações Segundo Adeliana Dal Pont, planejamento e orientação técnica vão nortear gestão

C

José Natal Pereira (PSDB) como vice, e impôs à atual administração uma derrota significativa, ao ficar com 61,19% dos votos válidos. “Tivemos muito trabalho, mas a

om 66.602 votos conquistados nas

equipe estava afinada e fiquei com a parte

urnas, a prefeita eleita de São José,

boa da campanha, que é sair para as ruas

Adeliana Dal Pont (PSD), acredita que

e conversar, ouvir o que as pessoas queri-

os números são resultado de um trabalho

am e confirmar a ideia de que a cidade pre-

iniciado há mais de um ano, quando deci-

cisava mudar”, comemora Adeliana.

diu investir na união dos partidos de opo-

Passada a eleição, as atenções se con-

sição, numa aliança que, afirma, deu cer-

centram agora no processo de transição de

to. Em sua segunda tentativa de conquis-

governo, e segundo a prefeita eleita, o im-

tar o cargo, ela participou da coligação Para

portante é que esse período seja tranquilo e

Cuidar de São José (PP, PSC, PPS,

transparente, para dar segurança às pesso-

DEM,PSB, PSDB e PSD), que trouxe o ex-

as. “Não será um governo de grandes obras,

secretário de Turismo, Cultura e Esporte,

mas sim de grandes ações”, adianta.

OE - Quais serão as primeiras ações da senhora quando assumir a prefeitura de São José, em janeiro? Adeliana Dal P ont - Seguindo o que Pont estabelecemos em nosso plano de governo e o que foi confirmado em nossas reuniões durante a campanha, nossas primeiras ações serão na área da saúde, que é uma de nossas grandes prioridades. Vamos cuidar desse setor, que merece e carece de muita atenção. Além disso, vamos investir também na educação em todos os níveis, com ações que vão das creches à universidade muni-

44

Adeliana Dal P ont Pont

cipal, que precisa ser fortalecida. Na nossa

Prefeita eleita de São José

administração queremos transformar a uni-


PÚBLICA DE NEGÕCIOS GESTÃO CASE

versidade municipal em um braço de inteligência da prefeitura, e isso significa valorizar os profissionais que ali atuam. Nós vamos cuidar da cidade, seguindo as prioridades que foram identificadas junto à população. OE - A mobilidade urbana é um dos grandes gargalos da região. Como pretende trabalhar isso em parceria com os outros prefeitos eleitos? ADP - A afinidade entre os prefeitos para resolver o bem comum é primordial. Já nos encontramos com alguns prefeitos eleitos e, estamos aguardando o resultado da Palhoça para dar início às ações de forma efetiva, contando, inclusive, com o apoio do governo do Estado. Nosso compromisso é trabalhar de forma conjunta para resolver esse problema que atinge a

to dessa natureza e importância, que influ-

todos os municípios da Grande Florianó-

encia a vida de milhares de pessoas. Além

polis. O importante é que sejam escolhi-

disso, a implantação é uma questão de conGuaraciaba, entre São Miguel do Oeste e Dionísio Cerqueira, rota da

das para comandar esse trabalho pessoas

entre Brasil Argentina, a 730 quilômetros de trato, e vamosfronteira exigir que o que foieassinado

da área técnica, com condições de discu-

seja cumprido pela concessionária.

SAIBA MAIS

Localização: O parque industrial da Gran Mestri fica às margens da BR163, em

Florianópolis.

Capacidade total de armazenamento nas 12 câmaras frias: 1 milhão de quilos

tir com todos os órgãos envolvidos as medidas que podem ser tomadas. É preciso

construída do complexo grana padana: 12 mil metros quadrados OEÁrea - Quais são os projetos para o desen-

planejar, porque as decisões são políticas

volvimento econômico do município, atra-

– e há inclusive leis sobre mobilidade ur-

indo empresas, gerando empregos?

bana que precisam ser cumpridas -, mas os estudos precisam ser técnicos.

(seis vezes maior que a área inicial)

Empregos diretos com o novo complexo: 200

Faturamento previsto para o novo complexo: R$ 150 milhões/ ano

ADP – Estamos trabalhando com

afinco, sem esquecer que os quatro anos de governo começam efetivamente em ja-

OE - Nesta questão também está incluída

neiro, e precisamos cuidar, primeiramen-

a implantação do Contorno Viário da Gran-

te, do processo de transição de governo.

de Florianópolis. Como os novos prefeitos

Mas tive reuniões importantes para tratar

podem ajudar a tirar o projeto definitiva-

desse assunto, uma delas na Fiesc, e já

mente do papel?

estamos desenvolvendo algumas ideias.

ADP – Logo depois da eleição tive

Temos um compromisso com a área da

uma conversa muito produtiva com o pre-

tecnologia da informação, que atualmente

feito de Biguaçu, que incluiu este tema.

é uma grande força econômica, e nesse

Estamos esperando os resultados finais do

sentido tenho conversado também com o

pleito para trabalhar em conjunto e, assim,

Secretário de Desenvolvimento Econômi-

garantir que a região tenha mias força para

co do Estado. Estamos, nesse momento,

cobrar resultados, e tenho certeza de que

apenas estabelecendo contatos para agir

vamos sensibilizar a presidência da repúbli-

eportacom tranquilidade e serenidade. (R (Reporta-

ca a respeito da necessidade de um proje-

gem: LLuciane uciane Zuê).

45


GESTÃO PÚBLICA

Biguaçu: continuidade, mas com mudanças José Castelo Deschamps pretende fazer reformas no secretariado para acelerar ainda mais as ações

P

a continuidade do trabalho iniciado há quatro anos, e aponta a macrodrenagem, a construção de creches e do hospital como ações que, diz, fizeram a diferença no resultado das urnas.

ara governar Biguaçu por mais qua-

Mesmo não alcançando os 20 mil

tro anos, o prefeito reeleito José

votos que esperava (foram 18.064), Castelo

Castelo Deschamps (PP), deve con-

e seu vice, Ramon Wollinger (PSDB), con-

tar com o apoio de 2/3 da Câmara, uma

quistaram 52,6% do eleitorado e após uma

vez que a coligação “Pra Frente Biguaçu”

breve comemoração deram início às discus-

(que além do partido de Castelo, reuniu

sões para formar o governo do segundo

também o PDT,PSC, PR, PPS, DEM, PRTB,

mandato. “Teremos mudança para a próxi-

PV, PRP e PSDB) elegeu dez dos 15 verea-

ma gestão”, afirmou o prefeito, que tem

dores do município.

como meta transformar Biguaçu em uma

O prefeito acredita que essa é a comprovação de que a população deseja

cidade melhor tanto para seus moradores quanto para os investidores.

Terezinha Bonfanti

OE OE-- Quais serão as suas primeiras ações quando o senhor assumir assumir,, em janeiro? José Castelo Deschamps - Vamos, desde o primeiro dia, trabalhar muito para a consecução do nosso plano de governo, baseado em obras que visam continuar fazendo de Biguaçu, cada vez mais, uma cidade excelente para se viver, investir e trabalhar. Queremos dar continuidade às obras estruturantes iniciadas em nossa primeira gestão, como o Projeto de Macrodrenagem Urbana de Biguaçu, projeto que envolve recursos da ordem de quase R$ 35 milhões obtidos no Governo Federal por meio do Programa de Aceleração do CresJosé Castelo Deschamps Prefeito reeleito de Biguaçu

46

cimento (PAC). Além disso, vamos trabalhar em conjunto com a Casan, que tem


GESTÃO PÚBLICA

um compromisso assumido conosco de iniciar a instalação da rede de esgotos sanitários na cidade, atendendo 50% da população da nossa zona urbana nos próximos quatro anos. Ainda na área das obras em andamento, vamos concluir mais dois postos de saúde e duas creches para melhorar a demanda a esses serviços essenciais para a nossa população. OE - A mobilidade urbana é um dos grandes gargalos da região. Como pretende tra-

Biguaçu já entrou na Justiça com um pedi-

balhar isso em parceria com os outros pre pre--

do de bloqueio legal da cobrança de pedá-

feitos eleitos?

gio da concessionária. Pretendemos acele-

JCD - Vejo como fundamental a par-

rar o processo de conclusão da obra, e pela

ceria com os municípios da egião metropo-

ação na Justiça, pretendemos que a receita

litana, pois temos muitos projetos de inte-

oriunda do pagamento de pedágios na ro-

resse comum, não apenas na mobilidade

dovia fique depositada em juízo até a con-

urbana, mas também em relação ao sanea-

clusão da alça de contorno, assumida por

mento e à questão do lixo. Temos, por exem-

eles em contrato SAIBA MAISque está sendo, sistema-

plo, questões como a do transporte maríti-

ticamente, descumprido. Acredito que a

Localização: O parque industrial da Gran Mestri fica às margens da BR163, em

mo e da nova ligação com a Capital, que

união de todosGuaraciaba, os prefeitos dosSão municípios entre Miguel do Oeste e Dionísio Cerqueira, rota da

poderia partir de Biguaçu em direção ao

envolvidos e que se sentem prejudicados Florianópolis. pelo atraso, seja fundamental para mostrarCapacidade total de armazenamento nas 12 câmaras frias: 1 milhão de quilos

norte da Ilha, pois não adianta pensar numa nova ponte desembocando no já congestionado centro de Florianópolis. Temos que pensar também na possibilidade de expandirmos a beira-mar continental até a foz do Rio Biguaçu, criando uma nova opção para desafogar a BR-101 e fazendo Biguaçu vol-

fronteira entre Brasil e Argentina, a 730 quilômetros de

mos que essa obra precisa ser concluída Área construída do complexo grana padana: 12 mil metros quadrados (seis vezes maior que a área inicial)

no menor espaço de tempo possível.

Empregos diretos com o novo complexo: 200

OEFaturamento - Quais sãoprevisto os projetos o desen-R$ 150 milhões/ ano para opara novo acomplexo: volvimento econômico do município, atraindo empresas, gerando empregos?

tar-se para o mar. Precisamos contar com o

JCD - Biguaçu tem sido considera-

apoio do Governo Estadual que sabe muito

da como uma excelente opção de investi-

bem que a Grande Florianópolis precisa ser

mentos na área da construção civil e na

administrada com perfeita sintonia entre

área industrial. Plantamos os alicerces des-

todos os Prefeitos, já que os problemas

se crescimento por meio de obras

sociais são comuns a todos os municípios

estruturantes, que de 2009 a 2012 atingi-

e as soluções precisam ser unificadas.

ram a marca de R$ 120 milhões. Além disso, destaco a atuação do Conselho de De-

OE - Nesta questão também está incluída

senvolvimento Municipal, órgão colegiado

a implantação do Contorno Viário da Gran-

composto por representantes da socieda-

de Florianópolis. Como os novos prefeitos

de organizada, que estimula a vinda de

podem ajudar a tirar o projeto definitiva-

novos empreendimentos, mas não abre

mente do papel?

mão de garantir as contrapartidas sociais

JCD - Os atrasos no cronograma são injustificáveis e por isso o município de

para garantir o nosso desenvolvimento suseportagem: LLuciane uciane Zuê) tentável. (R (Reportagem:

47


GESTÃO PÚBLICA

Santo Amaro: gestão deve ser modernizada Para Sandro Vidal, diagnóstico completo é primeiro passo do trabalho

D

DEM, PSD) e conquistaram 6.839 dos 13.016 mil votos válidos (52,54%). Durante a campanha, Vidal afirma que identificou carências nas áreas de saú-

epois de ocupar o cargo de verea-

de, educação, saneamento básico e turis-

dor por duas vezes, Sandro Vidal

mo, e com base nas reuniões realizadas com

(PSD) decidiu enfrentar o desafio de

a população e sua equipe, elegeu priorida-

concorrer à Prefeitura de Santo Amaro da

des para transformar Santo Amaro em uma

Imperatriz, apostando na vontade da po-

cidade mais moderna, com uma adminis-

pulação em mudar o estilo da administra-

tração eficiente, desburocratizada e que

ção. Vidal e seu vice, Ademir do Carmo

atenda às necessidades da população.

(PMDB), formaram a coligação Renova San-

“Construímos um plano de governo

to Amaro (PRB, PDT, PT, PTB, PMDB, PR,

participativo, que contou com a contribuição da comunidade e também de empresários locais. Em nossos encontros, ouvimos muitas propostas e opiniões, que evidenciaram a necessidade de se explorar nosso potencial turístico e também o desejo de melhorar a qualidade de vida de nossos cidadãos”, diz.

OE - Quais serão as primeiras ações do senhor quando assumir re assumir,, em janeiro, a P Pre re-feitura? Sandro Vidal – As áreas da saúde, educação e transporte público serão minhas prioridades no início do mandato. É nessas áreas, voltadas diretamente ao bem estar da população, que pretendo lançar

48

Sandro V idal Vidal

ações o mais rápido possível. Mas, antes

Prefeito eleito de Sto. Amaro

de mais nada, preciso conhecer a real situ-


PÚBLICA DE NEGÕCIOS GESTÃO CASE

ação financeira do município para, a partir do diagnóstico, elaborar uma reforma administrativa ampla, com o objetivo de tornar a administração da cidade mais moderna e eficiente. OE - A mobilidade urbana é um dos grandes gargalos da região. Como pretende trabalhar isso em parceria com os outros prefeitos eleitos? SV - O resultado das urnas trouxe uma situação nova para nossa região, uma vez que, além de Santo Amaro, também os municípios de Florianópolis e São José serão admi-

Senado, para exigir implantação imediata

nistrados pelo PSD. Confirmando-se o re-

do Contorno Viário, cumprindo o que já foi

sultado do pleito em Palhoça, será mais um

estabelecido nos contratos firmados com

prefeito de nosso partido. Vejo nisso um

a concessionária.

ponto positivo, reforçado pelo fato de que se trata, também, do partido do governa-

OE - Quais são os projetos para a o desen-

dor Raimundo Colombo. Creio que isso fa-

volvimento econômico do município, atra-

cilitará um maior diálogo entre as adminis-

indo empresas, gerando empregos?

trações municipais e estadual, unindo for-

SV – Durante todo o período de cam-

ças e investimentos para melhorar a mobi-

panha, nossa principal bandeira para o de-

lidade urbana em toda a região.

senvolvimento de Santo Amaro foi impulsionar o turismo e um parque industrial,

OE - Nesta questão também está incluída

duas áreas que consideramos fundamen-

a implantação do Contorno Viário da Gran-

tais para a geração de emprego e renda na

de Florianópolis. Como os novos prefeitos

região. Temos ações planejadas já para os

podem ajudar a tirar o projeto definitiva-

primeiros meses de governo que darão iní-

mente do papel?

cio à revitalização de Caldas da Imperatriz,

SV - A questão do Contorno Viário

com o objetivo de torná-lo um balneário

passa inevitavelmente por uma forte arti-

termal referência em Santa Catarina. No

culação política em Brasília, que é onde fica

âmbito empresarial, vamos trabalhar na

a sede da ANTT, órgão do Governo Federal

implantação do parque industrial em con-

a quem compete aviabilização dessa im-

junto com uma incubadora de empresas,

portante obra. Também nesse caso, o tra-

que darão o suporte necessário para pe-

balho conjunto e, por isso, necessária se

quenas e médias empresas se firmarem

faz a união de todos os prefeitos da região,

enos primeiros dois anos de existência. (R (Re

com a bancada catarinense na Câmara e

portagem: LLuciane uciane Zuê)

49


ARTIGO

A importância do licenciamento municipal

As dificuldades enfrentadas pelo setor produtivo em relação ao licenciamento ambiental dos empreendimentos não são novidade para ninguém: burocracia excessiva, legislação confusa e riscos constantes de embargos tiram o sono dos empresários, atrasam cronogramas e mantêm projetos importantes para o desenvolvimento econômico do nosso Estado apenas no papel. Mas há uma boa notícia neste cenário: desde 2011, os municípios estão habilitados a realizar os processos de licenciamento, por meio da Lei Complementar 140, que regulamentou a cooperação entre União, estados e municípios nesta questão, eliminando uma discussão que parecia interminável sobre a competência para tal atividade nas três esferas. E uma das principais vantagens de se licenciar localmente um projeto é a celeridade – no máximo, em 24 meses, enquanto que o processo na esfera estadual, por causa da grande demanda, pode ultrapassar 36 meses. Mas, mesmo tendo sido vencida a questão da competência do licenciamento, ainda há outros entraves que precisam ser resolvidos. Dos 293 municípios catarinenses, apenas 32 es-

50

tão realizando o procedimento. É o caso de Joinville, Jaraguá do Sul, São José, Palhoça e Biguaçu. Em outros, como na Capital, a municipalização começa a ser implantada. Mas é muito pouco ainda. As cidades que não realizam a atividade argumentam que ainda não estão capacitadas tecnicamente, com escassez de profissionais e de recursos, para tal função. Para ajudar a derrubar essas barreiras, realizamos o seminário “Novas Perspectivas para o Licenciamento Ambiental Municipal”, em novembro, com a participação dos diferentes agentes envolvidos – Ministério do Meio Ambiente, Fatma, Ministério Público, Polícia Ambiental, gestores, advogados, ambientalistas. Confiamos que, unindo esforços e alinhando estratégias é que conseguiremos, finalmente, ter um processo de licenciamento ambiental que atenda a demanda de todos os setores da sociedade civil. Alaor T issot Tissot Presidente da Federação das Associações Empresariais de SC (Facisc).


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OPINIÃO

Exame da OAB e o exercício da advocacia

Em outubro passado ocorreu, na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), seccional de Santa Catarina, o 5º Fórum Regional de Educação Jurídica/Região Sul. O evento, realizado pela Comissão Nacional de Educação Jurídica do Conselho Federal da OAB, foi aberto com a palestra magna ministrada pelo emérito, constitucionalista e professor José Afonso da Silva, tendo como título “Exame de Ordem e educação jurídica”. O encontro teve como objetivo debater a legislação educacional, e outros pontos relacionados ao ensino jurídico no Brasil, suas formas de avaliação, assim como a qualidade dos cursos de Direito. O advogado desempenha um papel fundamental na manutenção do estado democrático de direito, inclusive, reconhecido pela própria Constituição Federal, que em seu artigo 133 assim dispõe: “O advogado é indispensável à administração da Justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei.” Além disso, estatui o artigo 2º , § 1º do Estatuto da Advocacia e da OAB que, “no seu ministério privado, o advogado presta serviço público e exerce função social.” Dessarte, o exame de ordem tornou-se obrigatório para bacharéis em Direito que desejam exercer a advocacia. A grande maioria dos palestrantes destacou a necessidade e a importância desta prova para inscrição na OAB. Nos debates, pôde-se perceber uma grande preocupação com a proliferação de cursos de Direito no

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Brasil, o que tem prejudicado sensivelmente o ensino jurídico no país, mormente pela qualidade duvidosa de algumas instituições. O Brasil, com cerca de 1.240 cursos, consagrou-se como a nação com mais cursos de Direito do mundo. Para que se possa ter uma ideia, se somados os cursos jurídicos da China, Índia, Estados Unidos, da Europa, da África etc. existem aproximadamente 1,1 mil, ou seja, temos mais escolas de Direito no Brasil do que o resto do mundo. Neste contexto, percebe-se que o exame de Ordem é fundamental, servindo como forma de selecionar profissionais com qualificação mínima para operarem o Direito. Inclusive, esta matéria já foi pacificada pelo egrégio Superior Tribunal Federal (STF) em 2011, quando foi reconhecida a sua constitucionalidade. Alguns poucos criticam tal exame, mas convenhamos, extingui-lo é pôr em risco a sociedade, no que diz respeito à segurança jurídica e a própria a democracia no território nacional. Hoje já existem cursos de Direito que formam bacharéis em apenas quatro anos. Alguns, pasmem, defendem ainda, cursos de Direito a distância, o que representaria um atentado absurdo à milenar profissão de advogado. Edson T elê Campos Telê Advogado, professor e doutor em Desenvolvimento Regional e Urbano.


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SAÚDE

Os óleos essenciais da aromaterapia

“Nada faz a gente reviver o passado mais intensamente do que um cheiro, que um dia esteve associado a este passado”. Vladimir Nabokov.

O nome aromaterapia surgiu na virada do século passado, quando o químico francês René Maurice Gattefossé usou o termo pela primeira vez. Na concepção de Gattefossé, aromaterapia significa o que diz a própria palavra – uma terapia por meio dos aromas dos óleos essências. Basicamente, o óleo essencial nada mais é do que um óleo aromático extraído principalmente pela destilação de folhas, flores e cascas. As propriedades terapêuticas físicas e químicas resultam dos princípios ativos existentes nestes óleos voláteis. É uma opção de vida que nos ajuda a sentir bem física, mental e emocionalmente. Seus meios para restaurar o equilíbrio do corpo e do espírito estão fundamentados nos preceitos de saúde e no poder das plantas e seus óleos essenciais. Os óleos escolhidos para tratamento dependem da condição do paciente, eles podem ser usados para diversos fins como afrodisíaco, relaxantes musculares, digestivos, bem-estar e até estimulantes da circulação. Porém, apesar de serem usados produtos naturais, é importante que a aromaterapia seja orientada por um profissional especializado com o intuito de ajudá-lo em seus problemas e necessidades. Óleos essenciais são substâncias voláteis extremamente concentradas, que possuem princípios ativos de acordo com suas composições químicas. Dependendo da plan-

ta, o óleo essencial terá características diferenciadas de aroma, cor e densidade. Para usufruir de seu tratamento, os óleos podem ser usados em difusores, sprays de ambientes, vaporização, inalação e durante o banho. Dessa forma, a essência será inalada. O aroma entra pelo nariz, levando o princípio ativo da planta até o sistema límbico, onde está localizado o hipotálamo, que é a região no cérebro que controla a produção de hormônios. Quando a essência é aplicada na pele em massagens, banhos, escalda-pés e compressas, a substância é absorvida pela derme e hipoderme e penetra na circulação sanguínea, que transporta a essência para o corpo todo.

Contraindicações: Hipertenção Arterial: Não utilizar alecrim, canela, cravo, hortelã, pimenta e gengibre. Epilepsia: Não utilizar alecrim, canela, cravo, hortelã e pimenta. Gestantes e lactantes: Não utilizar nenhum óleo essencial. Irritantes da pele: Aumentar a diluição de canela, cravo, lemongrass, gengibre, hortelã pimenta, limão, manjericão. Fotossensibilização: Não se expor ao sol – citronela, grapefruit, laranja, limão e bergamota. Márcia R eis Reis Terapeuta holística e naturopata – Sint/SC 051 marciareis@hotmail.com

Fonoaudiologia na doença de Parkinson

Segundo alguns autores, o Parkinson é uma doença degenerativa do sistema nervoso central, na qual há uma degeneração e morte celular dos neurônios produtores de dopamina (neurotransmissor no cérebro, produzido por um grupo de células nervosas – neurônios pré-sinápticos), com início geralmente após os 50 anos de idade. A mesma se caracteriza pela rigidez da musculatura corporal, ausência de alguns movimentos, tremor quando a pessoa está em repouso e desequilíbrio corporal. Tais comprometimentos surgem de forma gradual e lenta. Do ponto de vista fonoaudiológico, as alterações da doença atingem principalmente os músculos da face e da laringe, onde há uma rigidez muscular concentrada na alimentação, comunicação e voz. Na alimentação, a pessoa apresenta dificuldades na mastigação dos alimentos e deglutição (ato de engolir), as chamadas disfagias acompanhadas de engasgos, tosses, pigarros e acúmulo de saliva (sialorréia); na comunicação, há dificuldades em articular os sons da fala são prejudicadas, ou seja, aparecem as disartrias;

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Na voz, a rigidez da laringe faz com que esta se apresente com uma qualidade vocal tremula, rouquidão, intensidade, ressonância e modulação da mesma alteradas, as conhecidas disfonias. Algumas dicas com relação à comunicação são importantes como: beber água para hidratar as pregas vocais, postura adequada para uma boa respiração e comunicação, esforço para articular melhor as palavras, evitar pigarrear (pois machucam as pregas vocais), etc. Ao identificar algumas alterações referidas acima, procure um fonoaudiólogo o quanto antes, pois a prevenção é o melhor remédio para se ter uma melhor qualidade de vida. Dra. Suani Bueno CRFa 8047-SC/Audiologia 5601/2011 Fonoaudióloga e Especialista em Audiologia Clínica e Ocupacional. / suanibueno@ig.com.br


SAÚDE

Mulheres de fases

Mulher: ser admirável! Muitas são as definições, a maioria cheia de belos adjetivos. Porém, ser mulher não é algo fácil. Passamos por fases e, assim, estamos em constante mutação. Como diria o poeta:” Prefiro ser uma metamorfose ambulante...” Entre todas as etapas da vida, o climatério é uma das fases mais complexas! Climatério, palavra estranha, é a fase biológica da vida da mulher que compreende a transição entre o período reprodutivo e o não-reprodutivo. Esta etapa é longa, e ocorre entre 35 e 65 anos de idade. A menopausa é a ultima menstruação da vida da mulher e marca o fim do ciclo reprodutivo. Calorão e suores noturnos, às vezes tonturas e palpitações. Alterações no corpo como diminuição do tamanho das mamas, secura vaginal e perda de elasticidade da pele, que acompanham a diminuição da libido e alterações de humor. A saúde também sofre alterações metabólicas diante da diminuição progressiva, até a falta, de hormônios. Deficiência que favorece o enfraqueci-

mento dos ossos: a osteoporose. Aumentam as gorduras circulantes no sangue elevando os riscos de doenças cardiovasculares, como infarto e derrame. Quem compreenderá a mulher nesta fase? Como não ficar irritada e até um pouco depressiva com tudo isso? O ideal é prevenir seus agravos e estar atenta à sua chegada. Para enfrentar o amadurecimento de forma mais suave, é preciso adotar um estilo de vida saudável desde jovem. Praticar atividades que dêem prazer, estimulando a autoestima e mantendo mente e corpo sadios. O cuidado com a alimentação também tem importância na manutenção da saúde prevenindo osteoporose, alterações nos níveis de colesterol e ganho de peso com a diminuição metabólica. Quando esta fase chegar é sinal de longevidade. Procure o médico para o acompanhamento adequado. Dra. R oberta Shirasaki Roberta Medicina da Família - Endocrinologia CRM 13612

55


PERSONAGEM

Tradição familiar Valdevino Veiss faz parte da quinta geração da família que se dedica à cutelaria, em Rancho Queimado

caso, fala com facilidade a respeito dos

epresentante da quinta geração de

nome, aliás, é uma referência ao local, an-

uma família dedicada à fabricação

tigo ponto de parada dos boiadeiros que

de facas, o catarinense Valdevino

no passado conduziam para o litoral o gado

R

Veiss, 69 anos de idade mais de 40 deles

materiais, do processo e dos diversos e inusitados endereços para aonde já foram enviadas suas facas, verdadeiras obras de arte confeccionadas de forma totalmente artesanal na oficina localizada em sua casa, em Rancho Queimado. Ali nascem as facas que recebem o timbre ‘KM 100’. O

criado no planalto catarinense.

dedicados à cutelaria, é discreto e aparen-

Ao longo de todos esses anos,

temente reservado, mas se transforma

Veiss, que vive exclusivamente da venda

quando o assunto é o seu ofício. Nesse

de suas peças, calcula ter fabricado aproFotos: Andreia Borges

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PERSONAGEM

Peças enviadas para outros estados e exterior Normalmente Veiss possui poucas peças em estoque, uma vez que boa parte de sua produção é rapidamente comercializada, com preços a partir de R$ 180,00. “Já vendi facas para turistas que passavam de carro por aqui, para excursões, na feira de Santo Amaro e recebi encomendas até por telefone”, explica, relembrando a vez que toda a negociação foi feita a distância, sem que conhecesse o interessado. Daquela vez, enviou oito facas pelo Sedex após confirmar o depósito feito antecipadamente em sua conta. “Ele devia conhecer meu trabalho. E gostar!”, acrescenta. Seu trabalho já foi enviado para o Mato Grosximadamente 40 mil facas, e nenhuma de-

so, São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná e outros estados, além

las foi feita especialmente para si. “Às ve-

da Alemanha e Espanha, e puxando pela memória, Veiss lembra que o

zes guardo uma, mas é por pouco tempo.

ex-presidente Figueiredo foi presenteado por um amigo com uma espa-

Basta alguém demonstrar interesse e lá se

da que ele forjou.

vai!”, comenta. Talvez a melhor explicação

Veiss acredita que a tradição não terá seguidores na família, uma

para isso seja o carinho dedicado a cada

vez que seus filhos seguiram carreiras totalmente diferentes e ele não

exemplar, que acaba colocando todas as

demonstra disposição para ensinar o ofício a outras pessoas. “Demora

facas – do modelo tradicional ao mais ela-

muito para chegar até aqui, e mais que qualquer outra coisa a pessoa

borado - em um mesmo patamar de im-

precisa ter sensibilidade e gostar do que faz. Fazer facas é o meu prazer

portância. “Capricho em todas as peças,

e isso não se ensina em um curso rápido”, finaliza.

de maneira igual”, justifica Veiss, que fabrica também as bainhas de couro com ponteira de latão, tudo manualmente.

cujá entre o laranja e o vermelho, ou a ‘liga’

A cada semana são produzidas em

do metal não alcança o ponto certo”, ex-

média dez facas e, para dar agilidade ao

plica, como se fosse simples achar o tom

processo, Veiss criou um método próprio,

exato.

a partir do qual divide a produção em fa-

Nos cabos, detalhes com chifre de

ses. Só quando todas as peças já cumpri-

boi, osso e madeira, além de delicados en-

ram uma determinada etapa ele avança

talhes feitos a mão, que mais parecem uma

para o passo seguinte. Mas a sistemati-

renda pontilhada, dão o acabamento que é

zação para por aí e no centro de cada uma

marca registrada das peças KM 100.

das fases existe uma sensibilidade marcante, que fica evidente enquanto o

ONDE ENCONTRAR

artista explica como são produzidas suas

www.facas-km100.blogspot.com

facas. “Você aquece a lâmina até que ela fique da cor do maracujá. Mas um mara-

Reportagem: LLuciane uciane Zuê

57


OPINIÃO

As consequências do dopping no esporte

Daiane dos Santos, Lance

sastrosa. O uso destes produtos

Armstrong, André Agassi, Rebeca

acarretam no atleta impotência se-

Gusmão, Marion Jones, Bem

xual, câncer, envelhecimento pre-

Johnson e Maradona: até quan-

coce, desequilíbrio hormonal, des-

do os atletas vão se dopar e man-

moralização social e, sobretudo,

char suas carreiras e o esporte?

um estigma de fora da lei.

Será que utilizar o doping

Tenho muitas suspeitas pelos

como meio de obtenção de re-

atletas. Na prova dos 100m, em

sultados é correto? Esta é a ques-

1988, o canadense Ben Johnson

tão e a resposta é pura e simples-

marcou 9s79 e vimos que foi à

mente não. Sou incisivo em con-

base de esteróides anabolizantes.

siderar que a prática do doping

Onze anos depois, essa marca foi

não deve ser utilizada, e isto

igualada pelo norte-americano

deve-se essencialmente devido a

Maurice Greene e superada pelo

dois problemas que levanta:

seu compatriota Tim Montgomery,

- o doping vai contra a máxima do desporto,

com 9s78, cliente da Balco. Nos 200m, temos os 19s19

que é “o mais importante é participar, não é ganhar”.

de Usain Bolt. Um atleta que participou daquela prova

O doping visa apenas o resultado, ignorando com-

declarou: “Deus baixou nesse cara”.

pletamente a ética do desporto. Além disso, todos

É por causa dessas histórias que acredito que o

os atletas devem partir em iguais condições para

combate ao doping é uma guerra perdida. A não ser

todas as competições. O uso de doping dá uma van-

que todos nós tenhamos uma crise de consciência e

tagem injusta a quem o utiliza, até porque o que se

acabemos com essa praga, mas aí é acreditar em his-

quer avaliar numa competição desportiva não é qual

tória da carochinha. O esporte se transformou num ne-

o atleta com mais dopantes, mas, sim,o melhor atle-

gócio extremamente lucrativo e vale qualquer coisa

ta numa determinada disciplina.

para se ganhar dinheiro, muito dinheiro. Mas, infeliz-

- o doping é uma prática altamente perigosa.

mente, a um custo muito alto: as vidas dos atletas.

Infelizmente (ou não) quase todas as técnicas

De qualquer forma, deixo aqui o meu apelo

dopantes apresentam perigos para saúde humana,

antidoping. E deixo também a minha esperança de que,

o que só por si devia ser suficiente para dissuadir

no futuro, e com o avanço da genética, seja possível,

os desportistas de usá-la. A melhor condição para

por meio do código genético de cada um, perceber

melhorar o desempenho em qualquer atividade é a

facilmente que tipo de doping os atletas estão usando

motivação, o positivismo, o treinamento, a discipli-

com uma simples análise de sangue, acabando de vez,

na a educação desde criança. O individuo que se

ou pelo menos reprimindo, qualquer tipo de doping.

dopa deve ser banido definitivamente do meio es-

Esporte não é isso.

portivo, ele impregna o meio, faz mal a sociedade, é uma figura marcada.

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Adriano T iezerine Tiezerine

O envolvimento com o uso de produtos

Fisioterapeuta, especialista em Ortopedia e

dopantes promove no indivíduo males que prejudi-

Traumatologia Desportiva

cam seu corpo e mente, criando uma situação de-

Presidente do GP MKT de MMA


OPINIÃO

Chaplin e a oportunidade do pioneirismo

São raros os profissionais que têm a chance de agre-

vida por um autor-empresário ao lon-

gar novas possibilidades aos seus trabalhos. Muitos confi-

go de um processo custoso e de-

am apenas que uma boa ideia seja o suficiente para deixar

morado. Mas Chaplin não brincava

sua marca entre seus iguais, mas poucos acreditam que

em serviço e sabia muito bem a

sua visão pessoal possa chegar realmente longe, como o

oportunidade que criava.

fizeram Charles Chaplin e seu alter-ego Carlitos.

Com Tempos Modernos e suas outras obras, prin-

Alguns especialistas pregam de forma veemente que

cipalmente aquelas protagonizadas pelo elegante maltra-

as oportunidades não aparecem simplesmente: elas são

pilho Carlitos, o empresário-cineasta inglês fez fama e

criadas. Seja como for, Chaplin entendeu o recado a sua

fortuna na América com a inteligência de um investidor

própria maneira, transformando o ainda incipiente cinema

pioneiro. Chaplin investiu numa técnica que já existente,

numa das mais importantes e fundamentais artes de todos

mas trouxe-lhe o frescor da ousadia e determinação. Al-

os tempos. E, vejam só, revolucionou o processo cinema-

gumas pessoas pensam que ele foi contra o sistema, ta-

tográfico tanto como artista quanto como empresário.

xando-o de falso revolucionário. Sinceramente, penso no

Em 1919, o criador do vagabundo mais amado da sétima arte juntou-se com o diretor e D. W. Griffith e os

autor muito mais como um trabalhador freelancer do que como um ativista das massas.

atores Douglas Fairbanks e Mary Pickford para criar a United

A genialidade pioneira de Chaplin não está em pa-

Artists, companhia cinematográfica independente, respon-

recer superior aos demais, mas sim em se apresentar

sável por lançar, entre outras produções, o inesquecível

tão humilde quanto um vagabundo, um herói ao rés-do-

filme Tempos Modernos, no qual Carlitos aparece em cena

chão como cada um de nós.

pela última vez. Curiosamente, a película que critica as desigualdades do capitalismo e da indústria foi desenvol-

Evandro Duarte Jornalista - evandroarte@gmail.com

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60


CRÔNICAS DO CO TIDIANO COTIDIANO

Mamão com mel...

Ele nasceu no pé da serra, às margens de um regato que desce do mato lavando a pedreira. A serra era a da Mantiqueira, divisa de Minas com São Paulo, um dos mais belos recantos do vale do Paraíba - o rio maior - onde a imagem de Nossa Senhora de Aparecida fora encontrada por pescadores não muito longe dali. Alguns anos e os estudos forçaram a mudança para a cidade. Lá, a família tinha uma casa, pequena mas agradável, em especial pelo quintal que em quase tudo lembrava a fazenda onde ele nascera. O pomar por exemplo, era até mais variado do que o que deixara às margens do Lavatudo - assim o regato era chamado. Apesar disso sentia saudades do campo, mas como a mãe respeitava sua melancolia, ele buscava superá-la passando todo o tempo no pomar, saltando de galho em galho, saboreando cada uma das frutas que se sucediam nas distintas temporadas.

pomar da sua casa; com a bacia de jabuticaba, o melão, o jatobá, a goiaba, a guabiroba, a carambola, a uva, enfim... Era só o menino entrar na cozinha com uma fruta nas mãos e lá vinha o chato do Tio Juca: - ... Oh! Menino...Só um tiquinho... só um tiquinho. Que doçura...é mel...é mel... Nnhhaacccc. Era Domingo de páscoa. Depois da missa das dez, lá vem o Tio Juca para mais uma visita inoportuna. É recebido com o sempre carinho de "mãe" que a irmã lhe dedica.

De manhã - a escola, a tarde - o pomar... E a vida corria tranqüila para aquele menino que nascera no pé da serra, às margens de um regato que desce do mato lavando a pedreira. A única pedra no sapato, (aliás, coisa que ele se negava a usar a não ser para ir à missa aos domingos) era o Tio Juca - um bonachão que de vez em quando invadia a casa e o seu sossego, quase sempre na hora do lanche, em busca de algo mais que uma simples prosa. Sua mãe o recebia com a alegria que merecem os irmãos que chegam e a mesa do café era imediatamente posta e completa - do queijo mineiro às bolachinhas de coalho de leite de cabra, sem falar na goiabada cascão que só saia do tacho quando aparecia visita. Mas o que o Tio Juca mais gostava, era justamente o que mais lhe incomodava. Parecia de propósito. Era só o menino vir do pomar com uma fruta nas mãos, que ele com a cara mais lavada do mundo se apossava dela justificando:

Já na cozinha esperando o café, ele é surpreendido com a entrada do menino, que traz nas mãos cortado ao meio, o mamão mais bonito do pomar. Com um estranho sorriso no canto da boca, o menino saboreava uma metade e ao perceber o tio Juca vindo em sua direção, imediatamente estendeu a outra metade, que sem nenhuma restrição e com a gula dos desavisados vai em um "quase sem mastigar" para a barriga do "insolente". - Oh! Menino, que mamão delicioso. Uuhhmmmm... Uuummmm... Pena que tá verde... "tá amarrando, tá amarrando"... Eu acho que ocê colheu antes da hora... E recebe no estalo a explicação do menino, emoldurada pela cara mais "sem vergonha" deste mundo : - Num é isso não Tio Juca. É que eu "miji" nessa sua metade...

- Oh! Menino , que fruta maravilhosa... Me dê aqui só um tiquinho pra experimentá... Só um tiquinho... Que doçura... É mel... é mel...

Nunca um castigo materno foi tão bem aceito, pois depois disso estranhamente o Tio Juca deixou de gostar de frutas...

Não é necessário dizer que a fruta não voltava para suas mãos, desaparecendo goela abaixo do "querido Titio". A vontade de explodir sua revolta, só era contida pelo olhar severo da mãe que estrategicamente se posicionava ao lado do fogão a lenha. Assim era com a bela manga; com a deliciosa tangerina que ele arriscou buscar no galho mais alto da árvore; com a suculenta pera d'água que naquela rua só brotava no

E como nunca aquele menino - nascido no pé da serra, às margens de um regato que desce do mato lavando a pedreira - pode sentir tanto o sabor delas.

Mário Motta Comunicador e educador mariomottatv@gmail.com

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GASTRONOMIA

Sabor de verão Culinárias francesa e espanhola inspiram novo menu do Joy Joy Bistrot

C

Espanha, a chef Joyce Francisco não mediu originalidade e ousadia para conceber o cardápio primavera-verão do Joy Joy Bistrot, localizado em um casarão histórico do século

19 no Centro Histórico de São José. O menu om a experiência de quem tem em

contempla clássicos revisitados das culiná-

seu currículo passagens pelo

rias francesa e espanhola e criações com

renomado Institut Paul Bocuse, em

um toque regional, que refletem a criativi-

Ecully, na França, restaurante D.O.M, em São Paulo, e Alejandro Del Toro, em Valência, na

dade na escolha dos ingredientes. Foi garimpando ideias e temperos pelo mundo, em suas constantes experimentações gastronômicas, e também olhando atentamente os ingredientes frescos que ela encontra no próprio jardim do bistrô – desde ervas aromáticas até um pé de banana-da-terra –, que a chef mineira radicada em Santa Catarina elaborou o novo cardápio. Para começar, cinco inéditas opções de entrada. Entre elas, “Amazonas”, um surubim defumado em cama de micro-verdes, molho de mel, limão, gengibre e sorbet de manga. Ou ainda a “Do Norte”, com camarões grelhados em cama de abacate e vinagrete de coentro, ou “Foie Mandarim”, um foie gras servi-

Joyce F rancisco Francisco Chef

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GASTRONOMIA

FAÇA TAMBÉM

Inominável (Spaghetti de pupunha com bisque e camarões grelhados)

150g de camarões rosa limpos 50g de manteiga de bisque

Para o pesto 25ml de azeite extra virgem 5g de castanhas do pará 10g de sálvia 1 dente de alho sal e pimenta a gosto

Para o chantilly de coco 2 claras de ovo 100 ml de leite de coco sal a gosto

do em terra de maçãs e tangerina.

Fotos: Divulgação

Ingredientes (para 1 porção) 50g de pupunha fatiada

Preparo Faça a bisque e deixe reduzir bem, misture a glace de bisque com a manteiga pomada, faça balotines e reserve a frio. Descasque o palmito, passe na mandolina e faça os spaghettis. Grelhe os camarões no azeite, reserve a quente. Branqueie a pupunha e passe para uma sartém, sequea ligeiramente e disponha a manteiga de bisque em pomada, tempere (sal e pimenta) e sirva com os camarões grelhados e o chantilly de coco.

ga de bisque, camarões grelhados e

Entre os pratos principais, os aman-

chantilly de coco. Há ainda o “El Rau”,

tes dos pescados podem optar pelo “Ter-

paella elaborada com arroz tipo bomba,

ra de Santa Cruz”: peixe branco marinado

camarões, polvo, garoupa, lulas, maris-

na pimenta dedo-de-moça e gengibre,

cos, fumê de peixe e açafrão.

purê de banana-da-terra e vinagrete de

O bistrô, que funciona apenas me-

romãs; ou ainda pelo “Brandade

diante reservas, tem ainda uma imponen-

Benedictine”, um bacalhau com batatas

te carta de vinhos, com mais de 160 rótu-

ao creme de alho, tomates sweet, azei-

los, e cervejas gourmet, para harmonizar

tonas pretas e manjericão sobre um pão

com perfeição cada escolha.

de fabricação própria. Também na lista de frutos do mar, o “Inominável” traz um cu-

ONDE ENCONTRAR

rioso spaghetti de pupunha em mantei-

www.joyjoybistrot.com

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SOCIAL

Qualidade nos materiais e

D

ia 1o de novembro,Orlíndio da Silva, diretor da Modecol Móveis e Decorações, recebeu clientes, amigos e fornecedores no ambiente criado pelos arquitetos Carina Beduschi e Ernando Zatariano para um dos estúdios que integraram a Mostra Casa Nova, que aconteceu em Florianópolis. Todo o mobiliário foi executado pela Modecol, conferindo ao projeto materiais e acabamentos diferenciados. Atuando no mercado há 35 anos, a Modecol imprime qualidade, bom gosto e conceito aos projetos que executa.

01 Fotos: Terezinha Bonfanti

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01 - Orlíndio da Silva e Anna Karina da Silva Padilha | 02 - Arquitetos Carina Beduschi e Ernando Zatariano | 03 - Orlíndio da Silva, Anna Karina, Franciele Fantini, Daniel Corssatto e Roberto Pereira | 04 - Anna Karina, arquiteta Margareth Schneider, Orlíndio da Silva e arquiteta Rosane Girardi | 05 - Renato e Maria Tereza Baggio, Anna Karina e Orlíndio da Silva. Confira mais fotos em nosso site: www.revistaoempresario.com.br

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06 - Orlíndio da Silva e Regis e Maria Luiza Corrêa, clientes Modecol há 28 anos | 07 - Ernando Zatariano, Carina Beduschi e Milton e Noeli Bordin, da Bellacatarina Móveis e Decoração | 08 - Anna Karina e Laura Padilha e Orlíndio da Silva | 09 - Maicon Guilherme Schmidt, da MG Superfícies, Ernando Zatariano, Carina Beduschi, Orlíndio da SIlva e Anna Karina da Silva Padilha | 10 Alcidinei e Vanilda Pacheco e Orlíndio da Silva | 11 - Ernando Zatariano, Wagner Barreiro, da Altero Metais, e Carina Beduschi.

Confira mais fotos em nosso site: www.revistaoempresario.com.br

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AM Construções: 34 anos

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AM Construções comemorou, no dia 24 de outubro, seus 34 anos de atuação no mercado da construção civil da Grande Florianópolis. Fotos: Terezinha Bonfanti A reunião foi marcada por um clima descontraído na sede da empresa, em São José, e em seu discurso, Antônio Hillesheim, presidente da AM Construções, lembrou detalhes da trajetória da empresa e destacou a importância das parcerias na consolidação da empresa. Confira momentos do evento. 01

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01 - Antônio e Douglas Hillesheim | 02 - Helio Bairros, Presidente do Sinduscon, Adeliana Dal Pont, prefeita eleita de São José, Antônio e Douglas Hillesheim | 03 - Engª. Juliana Milan Correia Freitas, Antônio Hillesheim, Engª Elisabete Akiko Campos, Engª Fernanda Schuch Strunck e Engo Jairo Linhares | 04 - Daniel Luiz, Banco Bradesco, Antônio Hillesheim e Lairton Frank, Banco Bradesco | 05 - Rinaldo Araruana, Sônia Pereti e Antonio Hillesheim | 06 - Pedro Paulo Borges (Scaini), Antônio Hillesheim e Reni Scaini. Confira mais fotos em nosso site: www.revistaoempresario.com.br

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07 - Andreia Borges, Revista O Empresário, Antônio Hillesheim e Yula, colunista social do Jornal Noticias do Dia | 08 - Antônio Hillesheim e Anibal Nunes, Gerente Comercial do Diário Catarinense | 09 - Waldemar Krueger, Suzana Nogiri, Marizilda Beatriz e Antônio Hillesheim | 10 - Lauro Cordeiro, Gerente Comercial do Jornal Noticias do Dia e Antônio Hillesheim | 11 - Emílio Medeiros, Adeliana Dal Pont, Antônio Hillesheim e Suzana Bousfield assessora da prefeita | 12 - Lorena Peter, Antônio Hillesheim e Gisele Hillesheim | 13 - Emílio Medeiros, Adeliana Dal Pont, Marcos Brusa, Antônio Hillesheim e Helio Bairros | 14 - Sergio Neves(Construtiva Repr), Arq. Camila Saleh Bronoski e Antonio Hillesheim | 15 - Claudia Gomes, Colunista Social, e Antônio Hillesheim | 16 - Equipe de colaboradores da AM Construções | 17 - Sergner Gonçalves, Concrebras, e Antônio. Confira mais fotos em nosso site: www.revistaoempresario.com.br

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