Vocação empreendedora Com vários atributos, Florianópolis é campo fértil para os negócios
Estratégia Grupo Grupo Seguridade Seguridade foca foca região região Sudeste Sudeste para para crescer crescer
Construção Civil Residencial Vivendas é o novo empreendimento da AMC 1
Terezinha Bonfanti
EDITORIAL
Caro leitor,
Andreia Thives Borges
Expediente
E
m março, Florianópolis completa 286 anos e decidimos fazer uma homenagem
especial,
mostrando
os
atributos
de
empreendedorismo que tornam, cada vez mais, a cidade um cenário propício para novos negócios. Em função de algumas características especiais são setores como tecnologia da
DIREÇÃO
informação, construção civil e turismo que comprovam serem algumas
Andreia Thives Borges
das vocações econômicas mais fortes. Por isso, trazemos cases de empresas destes segmentos, mostrando estratégias que estão sendo
JORNALISTA RESPONSÁVEL Carla Pessotto - MTb 21692 - SP
adotadas para se diferenciarem das demais. Mas sabemos que a cidade ainda tem muito a melhorar,
TEXTOS
principalmente na questão de infraestrutura. O tema é um dos principais
Carla Pessotto - MTb 21692 - SP
assuntos abordados pelo economista e doutor pela Universidade de
Luciane Zuê - SC 00354 -JP
Salamanca (Espanha), Carlos Tramontin na entrevista que complementa a
DESIGN GRÁFICO
reportagem de capa.
Luciane Zuê PLANEJAMENTO EXECUTIVO E COMERCIALIZAÇÃO Andreia Borges Publicidade Ltda contato@revistaoempresário.com.br andreia.revista@gmail.com
Como dissemos anteriormente, a construção é um dos setores econômicos mais fortes, mas não somente da Capital e, sim, de todo o Estado. Assim, nesta edição também trazemos os novos empreendimentos das construtoras Cota (Itajaí), Spindola (Governador Celso Ramos), AM e AMC, essas em São José. Outro tema que damos destaque é o da gestão, com duas reportagens que buscam mostrar estratégias distintas que estão sendo
FONES
adotadas em busca de um melhor resultado. A primeira aborda a crescente
(48) 3034 7958 / 7811 1925
opção pelas fusões e incorporações – caso, por exemplo, da parceria
TIRAGEM
anunciada pelas duas grandes do setor cerâmico, Eliane e Portobello. A
8.000 exemplares
segunda, o coaching empresarial, uma consultoria que ajuda empresários e empreendedores a superar problemas e planejar o crescimento. Sucesso e boa leitura!
4
índice
6 entrevista 8 capa 16 construção civil 30 case de negócios 34 coluna mercado 36 gestão 40 entidades 43 gestão pública 46 turismo 50 crônicas do cotidiano 52 gastronomia 54 social Carlos Tramontin, economista e professor da Udesc
Vocação empreendedora
Cota – AM – Spíndola - AMC
Grupo Seguridade amplia atuação para o Sudeste
Negócios & tendências
Fusões e incorporações podem ajudar a vencer dificuldades
Nova diretoria da ADVB tem como desafio a interiorização
Florianópolis – São José – Biguaçu
Capital sedia evento internacional GLS
“O relógio na teta da vaca”, por Mário Motta
Enogastronomia é receita de sucesso da Cantina Sangiovese
Posse da nova diretoria da Associação Catarinense dos Magistrados (AMC) 5
ENTREVISTA / Carlos Tramontin
“Vencer gargalos é dever do poder público” Florianópolis atravessa um círculo virtuoso: a expansão demográfica cria novas demandas por serviços e produtos, o que incentiva a instalação de mais empresas e contratação de mão de obra, em um processo benéfico a todos os setores da economia. O problema da equação, porém, está no gargalo da infraestrutura, que a médio e longo prazo tende a inibir novos investimentos privados, afirma o economista, doutor pela Universidade de Salamanca (Espanha) e professor de Teoria Econômica da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), Carlos Tramontin. “Questões como mobilidade urbana e fornecimento de água e luz devem ser resolvidas pelo poder público o mais rápido possível”. Esses gargalos, que não são novidade, ganham especial destaque em um ano marcado por eleições municipais e, com certeza, devem fazer parte da agenda dos candidatos comprometidos com o fuNo caso específico turo da cidade. A sede Florianópolis, guir, confira os principais trechos da entreeu pergunto: nós temos vista exclusiva conceenergia e transporte, dida à Revista O Emque são básicos na presário.
“
questão da infraestrutura, para atender as novas demandas?
6
”
OE – Como o senhor analisa a economia da Capital sob a ótica do crescimento sustentado? CT – Quando há o desencadeamento da
atividade econômica, isso realimenta os outros segmentos. Para que a economia cresça, todos os setores devem ter certa expansão, como se fosse uma engrenagem, um puxando o outro. A cidade passa por um processo de expansão populacional: temos moradores que vêm de outras regiões, que gastam a renda aqui e geram novas demandas de consumo, trazem novos costumes. E os empreendedores, ao perceberem isso, abrem novos negócios, com contratação de mão de obra, da qual serão exigidas outras habilidades, gerando novas necessidades. Isso cria um círculo virtuoso, mas não é garantia de um crescimento sustentado e sustentável. O crescimento sustentado existe quando há um contexto consolidado e favorável em relação à política fiscal e à infraestrutura. No caso específico de Florianópolis, eu pergunto: nós temos energia e transporte, que são básicos na questão da infraestrutura, para atender as demandas? Se eu tiver esses pilares para a economia se desenvolver, eu tenho crescimento sustentado. O processo de ‘internacionalização’ pelo qual passa a economia local é fundamental para que a cidade prospere, mas não há infraestrutura que dê conta isso no médio e longo prazo. Nós temos um problema muito grave de mobilidade urbana e, em relação ao turismo, por exemplo, uma das críticas mais recorrentes é em relação à falta de luz e de água. Precisamos, então, que sejam feitos investimentos públicos maciços nestas áreas. OE – Falando em turismo: uma das estratégias atuais para combater a sazonalidade é a consolidação de uma agenda voltada aos eventos e negócios. O senhor acha que essa é realmente a saída ou enxerga outras possibilidades? CT – A curto prazo, acredito que as possibilidades a serem exploradas são essas. Mas, a médio e longo prazo, é possível desenvolver novos produtos, segmentados a determinados públicos. O turismo de terceira idade, mui-
ENTREVISTA / Carlos Tramontin
Problemas de mobilidade urbana e no fornecimento de água e luz podem inibir investimentos privados to explorado na Europa, é um exemplo. Em relação ao próprio turismo de eventos, ainda há nichos a serem explorados como a realização de grandes exposições ou shows artísticos. Mas para isso, voltamos à pergunta anterior: qual é a infraestrutura que temos na área cultural? Uma consideração a ser feita é quanto ao poder aquisitivo do turista, pois está havendo uma mudança no perfil do visitante: cada vez mais, estamos recebendo estrangeiros, além daqueles tradicionais, nossos vizinhos do Mercosul. OE – Tecnologia da Informação e serviços têm também forte participação na sustentação econômica da cidade. Além desses e do turismo, o senhor enxerga a consolidação de outros setores? CT – O desenvolvimento vai acontecer ainda baseado nos setores tradicionais, mas com uma diversificação dentro deles. Por exemplo, na construção civil há uma oferta de apartamentos menores, destinados às pessoas solteiras, separadas ou que simplesmente não querem mais morar em imóveis maiores. É um novo nicho dentro de um setor tradicional. O comércio também tem apresentado uma grande diversificação – o crescente número de shoppings confirma isso. Agora, há médio e longo prazo, o surgimento de novos negócios vai depender das demandas que forem criadas e identificadas daqui para frente. Há alguns anos, os preços das tarifas internacionais de telefone eram uma fortuna, hoje conversamos horas, de graça, pelo Skype. Então, a pressão por novos serviços é que vai incentivar a criatividade empreendedora. OE – Tecnologia da Informação é um dos setores que mais arrecadam ISS e está em franca expansão. O que é preciso para incentivar ainda mais essa atividade? CT – Precisamos criar novos mecanismos para ‘liberação’ deste conhecimento, caso das incubadoras, que em Florianópolis tiveram um resultado fantástico. Um caminho para isso é a aproximação entre empresas e
universidades. Não somente na Capital, mas em toda a região, nós A universidade deve temos um contexto uniproduzir conhecimento versitário muito forte, com instituições públidirecionado às cas e privadas. Se analinecessidades das sarmos a pesquisa feita, vamos perceber que empresas locais, grande parte dela está levando ao concentrada na Universidade Federal de Santa desencadeamento Catarina (UFSC). Por que de um novo ciclo de as outras não investem mais nisso? Em outra liprosperidade nha de raciocínio: há sede negócios tores tradicionais no Estado, principalmente industriais, que enfrentam dificuldades por questões de concorrência, pois ainda têm baixa competitividade e um dos motivos é porque não possuem setores de pesquisa e desenvolvimento (P&D). A universidade pode e deve preencher essa lacuna produzindo conhecimento direcionado às necessidades dessas empresas e, a partir dai, com certeza, nos teríamos o desencadeamento de um novo ciclo de prosperidade de negócios. Mas a teoria pura, ou seja, um estoque de conhecimento acumulado, também é muito importante, para, no futuro, ser transformada em coisas práticas.
“
”
OE – Estados e municípios disputam grandes investimentos por meio da concessão de benefícios fiscais. A questão ambiental da Capital impede a instalação de empreendimentos industriais de maior porte. Para o senhor, qual seria a saída para Florianópolis captar recursos privados vultosos? CT – O crescimento sustentado deve ser muito mais baseado em pequenas e médias empresas do que em grandes corporações. Isso porque, se analisarmos a estabilidade das grandes economias mundiais, vamos perceber que a maior parte do PIB delas vem de empresas destes portes. Temos parar com esse complexo de que apenas o grande é necessário e partir para o incentivo de pequenas e médias empresas, que empregam e geram muito mais recursos e custam menos aos cofres públicos.
7
CAPA
Vocação empreendedora Florianópolis reúne atributos que a tornam um local privilegiado para novos negócios, principalmente nas áreas da tecnologia, construção civil e turismo
A
mércio, que não requerem grandes investimentos, o que possibilita que cada vez mais pessoas se tornem empresários”, argumenta Spyros Diamantaras, gerente de Comunicação e Mercado do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae/SC). Ele acrescenta, porém, que “abrir o próprio negócio” não garante o su-
s belezas naturais e a qualidade de
cesso da empreitada. Há uma série de fa-
vida, que atraem milhares de turis-
tores ambientais e comportamentais que
tas e novos moradores endinheira-
precisam ser levados em conta para a con-
dos; a presença de universidades, fonte
8
solidação de uma estratégia de sucesso.
de mão-de-obra preparada; o fato de ser
O Empretec, programa desenvolvi-
sede da administração estadual, garantia
do pela Organização das Nações Unidas
de público consumidor e demanda para di-
(ONU), lista dez características essenciais
versos tipos de serviços, e a existência de
às pessoas que pretendem empreender.
uma
o
Entre elas, busca de oportunidade e inicia-
empreendedorismo tornam Florianópolis
tiva, planejamento e monitoramento siste-
um local propício para o surgimento de
mático, exigência de qualidade e eficiência
novos negócios. Ao mesmo tempo, a soma
(veja quadro).
cultura
que
valoriza
desses fatores, presentes no próprio
É claro, no entanto, que o sucesso tam-
“DNA” da cidade – aliada ao fato de que as
bém depende de fatores externos e da neces-
questões ambientais impede a instalação
sidade de um ambiente propício para o em-
de grandes empreendimentos industriais
preendedor. A equação inclui fatores
– também parece direcionar o campo de
macroeconômicos, caso da estabilidade
ação dos empresários para segmentos
alcançada pelo Brasil nos últimos anos. Mas
específicos: construção civil, comércio va-
há ainda os componentes locais - investimen-
rejista, serviços, turismo e tecnologia, prin-
tos em infraestrutura, política de incentivos ou
cipalmente. São as vocações da cidade.
desoneração fiscal são exemplos de estraté-
“A taxa de empreendedorismo na
gias para incentivar a implantação novos ne-
Capital é muito elevada. Há o predomínio
gócios, de todos os portes, que, por sua vez,
de negócios nos setores de serviço e co-
irão gerar emprego e renda.
CAPA
Receita do ISS cresce e comprova expansão O perfil econômico de uma cidade é composto pelas riquezas que ela produz e, nesta conta, entram todos os impostos arrecada-
10 CARACTERÍSTICAS EMPREENDEDORAS Busca de oportunidades e iniciativa Persistência Correr riscos calculados Exigência de qualidade e eficiência Comprometimento Busca de informações Estabelecimento de metas Planejamento e monitoramento sistemático Persuasão e rede de contatos Independência e autoconfiança Fonte: Empretec/Sebrae
dos como o Predial e Territorial Urbano (IPTU) e sobre Circulação de Mercadorias (ICMS) entre outros. Mas
COMPOSIÇÃO DA RECEITA DA CAPITAL * Corrente líquida
R$ 775,5 milhões
a análise específica do desempenho
Tributária
R$ 381,8 milhões
do Imposto sobre Serviços (ISS) aju-
Participação dos impostos no total
da a entender a expansão econômica
49%
*2011 Fonte: Secretaria Municipal da Receita
da Capital, até mesmo porque ele responde por quase 40% do total arre-
COMPOSIÇÃO DAS RECEITAS TRIBUTÁRIAS*
cadado.
Tributo
Em 2011, a receita corrente liquida foi de R$ 775,5 milhões, sendo que os tributos participaram com R$ 381,8 milhões, ou 49% deste total. E,
Valor (em R$)
Participação no total (em %)
ISS
148 milhões
38,7
IPTU
121,58 milhões
31,8
ITBI
47,7 milhões
12,5
Taxas
43,89 milhões
11,5 *2011 Fonte: Secretaria Municipal da Receita
nos últimos dois anos, 2010 e 2011, a arrecadação do ISS cresceu 18,98% e 9,9%, respectivamente e em rela-
RECEITA DO ISS
ção aos períodos anteriores. No ano
Ano
valor (em R$)
2010
134,7 milhões
18,98
2011
148 milhões
9,9
passado, foram R$ 148 milhões, ante aos R$ 134,7 milhões de 2010, segun-
Incremento em relação ao ano anterior (em %)
Fonte: Secretaria Municipal da Receita
do dados da Secretaria Municipal da Receita. O setor com maior faturamento - e que paga mais ISS – é o das instituições financeiras, mas esse é um
RANKING DO ISS * Setor Instituições financeiras
Valor (em R$)
Participação sobre o total (em %)
40,4 milhões
37,5
12 milhões
11
9,16 milhões
8,5
componente nacional e não reflete a
Tecnologia da Informação
questão local. Uma das vocações eco-
Assessoria e consultoria
nômicas da cidade aparece em se-
Turismo
4,4 milhões
4
gundo, a da Tecnologia da Informa-
Construção civil
3,39 milhões
3
ção (TI), tanto em receita quanto em
* Em relação ao ISS declarado/2010 Fonte: Secretaria Municipal da Receita
imposto declarado. No caso construção civil e do turismo, além de ISS,
RANKING DAS PRINCIPAIS ATIVIDADES ECONÔMICAS *
deve-se ainda levar em consideração
Instituições financeiras
outros atributos como o recolhimen-
Tecnologia da Informação
R$ 602,4 milhões
to de ICMS e os empregos gerados.
Saúde
R$ 438,9 milhões
R$ 809,2 milhões
* Em relação ao faturamento/2010 Fonte: Secretaria Municipal da Receita
9
CAPA
Lazer como negócio Turismo é uma das bases da cadeia produtiva da cidade e investir em nichos específicos pode ser saída para incremento do setor
P
or ano, cerca de 11 milhões de pessoas de outros estados ou países visitam Santa Catarina e, destas, pelo
menos 40% - ou 4,4 milhões – têm como destino Florianópolis, conforme dados do Convention & Visitors Bureau. Apesar de ser uma das principais atividades econômicas do Estado, ainda há poucas estatísticas consolidadas e muito desencontro entre as que estão disponíveis. Segundo a Santur, em 2010 o segmento alcançou uma receita superior a R$ 9, bilhões, mas neste número
tem para agradar estrangeiros. “Sempre via-
Talmir Duarte da Silva
estão considerados os visitantes internos,
jei muito, conheço vários países e me dei
Proprietário
isto é, moradores do próprio Estado.
conta que os atrativos naturais daqui, que
Apesar de ser ainda um número pe-
podiam ser explorados sob a perspectiva do
queno, cerca de 5% do total de visitantes,
turismo esportivo e do ecoturismo, por exem-
os turistas estrangeiros estão cada vez mais
plo”, lembra. Na época, prestes a se aposen-
descobrindo a Capital. Claro, excetuando os
tar, montou um pequeno hotel no Campeche,
argentinos, que há mais de três décadas
mas que tinha o foco no mercado domésti-
passam o verão por aqui. Hoje, em um pas-
co. Cinco anos depois foi a vez de implantar
seio pelos pontos turísticos da cidade, é
a Pousada Natur Campeche, esta sim mais
possível perceber cada vez mais a presença
direcionada ao público internacional. “Desen-
de ingleses, americanos e alemães, entre
volvemos estratégias para o mercado exter-
outros.
no, sem, no entanto, esquecer o público na-
Mas há 20 anos, o então professor de
10
cional, que é muito importante”.
engenharia agronômica da Universidade Fe-
Entre essas estratégias está a con-
deral de Santa Catarina (UFSC), Talmir Duarte
cepção do projeto, que busca reunir diferen-
da Silva, percebeu o potencial que a cidade
tes elementos que conquistam os estrangei-
CAPA
Público GLS como foco Além dos estrangeiros, a Natur Campeche também aposta no público GLS há cerca de seis anos. Duarte define a ação como “friendly”, ou amigável. Uma bandeira com as cores do arco-íris, uma das marcas do movimento, está estampada no folder e, no site, há o logotipo da Associação Brasileira de Turismo para Gays Lésbicas e Simpatizantes (Abrat), na qual a pousada é associada. “Esse é um nicho de mercado muito importante, pois normalmente tem alto poder aquisitivo e viaja muito”, argumenta. O cálculo é o de que a população homossexual brasileira é composta por 19 milhões de pessoas – 10% do total -, que têm um gasto médio 30% superior ao dos heterossexuais. Por outro lado, diz o empresário, também é muito exigente em questões como serviços prestados e infraestrutura física disponível.
TURISMO Pousadas - 40,2%, maior percentual entre capitais brasileiras Visitantes em SC – 11 milhões/ano*** Visitantes em Fpolis – 4, 4 milhões/ano Visitantes estrangeiros – 5% do total* Florianópolis é a 4ª no ranking nacional como destino internacional de eventos*** Fonte: Convention & Visitors Bureau Florianópolis *Fonte: Plano de Marketing Turístico de SC ***Fonte: IBGE/2011
ros. Localizada em uma das belas praias da
do lixo, além de demonstrar consciência,
Ilha, a Natur Campeche tem no paisagismo
também têm foco de mercado.
externo um dos destaques, com árvores,
Mas, claro, que houve ainda muito tra-
plantas e flores por todos os lados. Nas áre-
balho para a captação da clientela. “Fizemos
as internas, a ideia adotada foi decorar suí-
parcerias com operadoras e agências de via-
tes temáticas, com móveis e objetos garim-
gens, companhias aéreas e divulgação na
pados nas constantes viagens. Grécia, Mar-
mídia especializada”, conta. O resultado é con-
rocos, Paris e Bali são alguns dos países que
siderado muito satisfatório. “Hoje, cerca de
ajudam dar um “tom” internacional aos 21
30% do nosso público é estrangeiro”.
apartamentos do empreendimento. Ações de sustentabilidade ambiental como aque-
ONDE ENCONTRAR
cimento solar e reciclagem e compostagem
www.naturcampeche.com.br
11
CAPA
Ambiente inovador
Linha de produção e o RP5: empresa conquistou Prêmio Finep nacional de inovação
Centros universitários, incubadoras e parques tecnológicos colocam a cidade como destaque na tecnologia da informação e comunicação
I
mpossibilitada de sediar, por questões ambientais, empreendimentos industriais de grande porte, Florianópolis encon-
trou na tecnologia da informação e comunicação(TCI) uma das suas grandes vocações econômicas. Claro que isso não aconteceu por acaso, sendo resultado de um ambiente de conhecimento, inovação e pesquisa criado a partir da instalação da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), na década de 1960. A implantação de laboratórios e grupos de pesquisas foi fator determinante, para duas décadas depois, surgir as primeiras iniciativas direcionadas à expansão do setor como a Fundação Certi, centro de tecnologia, e a
12
Celta, primeira incubadora de base tecnoló-
so aconteceu em 1988, mesma época em
gica do país. E, a partir dai, uma cadeia que
que se instalavam as primeiras incubadoras
inclui outros centros universitários e par-
na cidade. Três anos depois, em sociedade,
ques tecnológicos.
montou a empresa, então focada em solu-
Guilherme Stark Bernard, presidente
ções para a indústria automobilística, e in-
da Reason Tecnologia S.A, conhece bem
cubada no Celta. “A instabilidade econômi-
essa história. Carioca criado em Joinville,
ca da época e a distância com o principal
mudou-se para a Capital para estudar enge-
mercado consumidor, a região do ABC
nharia elétrica na UFSC. A conclusão do cur-
paulista, dificultou os negócios”, lembra.
Em 1993, houve um recomeço com-
pamentos disponíveis no país eram impor-
pleto: com novos sócios, passou a desen-
tados e desenvolvemos a nossa solução, o
volver produtos para diferentes usos. “Bus-
RP, que está na versão 5, agregando funci-
cávamos uma área de negócio que não pre-
onalidades como um software mais amigá-
cisasse de grandes investimentos em
vel”. Com esse produto, a Reason teve
marketing, pois não tínhamos isso”. Para
como primeiro cliente, a Celesc e a partir
ele, o sucesso das empresas de base
dai passou a vender para a Eletrosul, Copel
tecnológica que estão começando depen-
e CPFL. Hoje, detém 80% do mercado na-
de da possibilidade de negociar com o po-
cional. E conquistou, em 2011, o Prêmio
der público. “Essa venda é muito técnica,
Finep de Inovação, na categoria nacional
depende de licitação e, se você consegue
pequena empresa.
Foto: Divulgação
CAPA
Guilherme Stark Bernard
o contrato, ganha a credibilidade necessária para também vender para a iniciativa
ONDE ENCONTRAR
privada”, argumenta. Com essa visão e tam-
www.reason.com.br
Presidente da Reason Tecnologia
bém de olho nas transformações que estavam ocorrendo no setor elétrico, com a regulamentação do setor, que exigiriam no-
SETOR DE TI
vos investimentos, resolveu, com os sóci-
Empresas
600
Faturamento médio anual
R$ 1 bilhão
Novas empresas criadas a cada ano
de 30 a 40
Incubadoras
Celta (gerenciada pela Fundação Certi) e MIDI Tecnológico (gerenciada pela Acate)
Parques tecnológicos
Parq Tec Alfa Sapiens Park e Corporate Park
os, avançar em novo caminho. Uma das novas regras impostas pelo Operador Nacional do Sistema (ONS) na época é que todas as empresas de transmissão deveriam ter um registrador digital de perturbação (RDP), que pode ser exemplificada como uma “caixa-preta” que usinas e subestações utilizam para deter-
Fonte: Acate/Prefeitura de Florianópolis
minar as causas de problemas em casos de blecaute ou queda de energia. “Os equi-
Desafio é conquistar novos mercados Mesmo sendo uma empresa consi-
Berlim uma unidade fabril da empresa e,
derada pequena – o faturamento de 2011
até o final do ano, outra no México, esta
foi de R$ 25 milhões –, os planos de ex-
focada no mercado americano.
pansão da Reason não são tímidos. Em
No ano passado, a receita de R$ 25
2008, foi aberto um escritório comercial no
milhões representou um incremento de
Texas (EUA) e, em 2010, outro em Berlim.
50% no faturamento e, para 2012, a meta
“Esse é nosso grande desafio: dominamos
é crescer mais 20%, estimativa baseada
o mercado nacional, por isso precisamos
no lançamento de novos produtos. No mer-
buscar novos. E escolhemos atuar onde
cado externo, a Reason também exporta
estão nossos principais concorrentes inter-
para Taiwan, Hong Kong, alguns países afri-
nacionais”, afirma Bernard. Ainda no pri-
canos, toda América Latina, Estados Uni-
meiro semestre, começa a funcionar em
dos e Alemanha e Portugal, entre outros.
13
CAPA
No embalo dos
novos moradores Construção civil cresce com cenário nacional, mas também é incentivada por peculiaridades locais como o maior poder aquisitivo
cesso de expansão demográfica: entre 2000 e 2010, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), a população cresceu mais de 23%, passando de 342.315 para 421.240 moradores. Neste contexto local, que incentiva a construção de imóveis para atender a demanda de todas as classes sociais, chama
uma grande expansão em todo o
a atenção o perfil de boa parte desses no-
país, resultado da estabilidade eco-
vos moradores, que detém maior poder
nômica, maior oferta de financia-
aquisitivo. Levantamento realizado pela Fun-
mentos e au-
dação Getúlio Vargas (FGV) em 2011 apon-
mento do poder
ta que a Capital é a segunda cidade do país,
Foto: Divulgação
A
Walter Silva Koerich Diretor da Woa
construção civil vive, há alguns anos,
aquisimente
tivo, principal-
proporcionalmente, com o maior percentual
da classe C –
de moradores da classe A, com 27,7%, das
2011, o Progra-
famílias possuindo renda per capita superi-
e
m
m
a
Minha Casa, Mi-
or a R$ 6,7 mil, perdendo somente para
nha Vi-
da realizou R$
Niterói (RJ). Se consideradas as classes A
1,5 bi-
lhão em contra-
e B, a cidade ocupa o terceiro lugar no
to ape-
nas em Santa
ranking, com 41,61%.
Cata-
rina. Mas Floria-
Para atender esse consumidor, mais
nópo -
lis tem algumas
exigente e disposto a pagar por determina-
peculi-
aridades, uma
mos luxos, há uma maior oferta de empre-
delas
o acelerado pro-
endimentos de alto padrão, ajudando a
GERAÇÃO DE EMPREGOS
RECEITA EM IMPOSTOS
0
Ano
N de trabalhadores admitidos no Brasil
2010 2011
2.489.659 2.614.817
2010
2011
Receita Total
R$ 975.882.289
R$ 1.095.368.198
Tributaria Total
R$ 318.463.762
R$ 356.362.464
Impostos
R$ 189.609.771,00 R$ 202.593.347,00
ISS
R$ 128.853.991
R$ 153.769.117
IPTU
R$ 117.873.925
R$ 122.430.000
IR
R$ 189.609.771
R$ 202.430.000
ITBI
R$ 38.224.312
R$ 47.561.000
Crescimento de 5,03%
Ano
N0 de trabalhadores admitidos em SC
2010 92.111 2011 102.537 Crescimento de 11,32%. Ano
N0 de trabalhadores admitidos em Florianópolis
2010 7.621 2011 9.583 Crescimento de 25,74%. Fonte: Sinduscon Florianópolis
Fonte: Sinduscon Florianópolis
14
CAPA
incrementar a participação da construção
2017, data de conclusão prevista para o
civil na produção de riquezas da cidade: em
Simphonia Woa Beiramar, megaempre-
2011, segundo dados consolidados pelo Sin-
endimento em construção em endereço
dicato da Construção Civil (Sinduscon
que é sonho de consumo de muitos. Os
Florianópolis), o setor foi responsável pelo
primos-irmãos Walter Silva Koerich (cons-
recolhimento de mais de R$ 1 bilhão em tri-
trutora), Orlando Koerich Filho (construto-
butos aos cofres municipais, incluindo nes-
ra) e Ronaldo Koerich (lojas) comprovaram,
ta conta impostos como IPTU, ISS e ITBI,
então, que o empreendedorismo está mes-
entre outros.
mo no DNA da família ao perceber um novo
Um exemplo é Simphonia Woa Beiramar, megaempreendimento em cons-
nicho e buscar uma solução diferenciada para executar a ideia.
trução em endereço que é sonho de con-
“Para a aquisição do terreno era ne-
sumo de muitos. À frente da empreitada
cessário um aporte muito grande de recur-
está a Woa Empreendimentos Imobiliários,
sos que, individualmente, nenhuma das em-
criada em 2009 e resultado da união da
presas teria fôlego”, lembra Walter, um dos
Construtora Zita, Koerich Imóveis e Lojas
diretores da Woa. “Mas, ao mesmo tempo,
Koerich. De olho no novo potencial de mer-
não havia a intenção de nenhum de nós de
cado, a família, uma das mais tradicionais
refazer a sociedade definitiva, aos moldes
da Capital, resolveu reeditar, de maneira
do passado”. O empresário não fala em nú-
pontual, a sociedade que geriu os negóci-
meros, seja de investimentos ou do resul-
os entre 1955 e 1993, quando houve a ci-
tado financeiro esperado, mas afirma que
são consensual do grupo.
o modelo está atendendo as expectativas
O modelo de negócio escolhido foi
projetadas dentro do plano estratégico.
uma sociedade com propósito específico (SPE), o que significa que as três empresas
ONDE ENCONTRAR
somente serão parceiras até dezembro de
www.woa.com.br
Lazer é um dos diferenciais O Simphonia Woa Beiramar terá qua-
das unidades vão de 155 a 289 m2 e das
tro condomínios independentes, mas seguin-
coberturas, de 597 a 625 m2. Neste caso,
do um mesmo padrão, em terreno superior
os valores são R$ 580 mil para os aparta-
a 13 mil m2: Soprano Hall e Jazz Club, am-
mentos e acima de R$ 3 milhões para as
bos em construção, e o Sonata Place e Opera
coberturas.
House, os dois previstos para serem lança-
Nas áreas comuns, além de itens
dos em 2013. Além de um projeto arquite-
mais comuns como piscinas adulto e infan-
tônico arrojado - e de paisagismo assinado
til, cozinha goumert e sala de fitness, os dois
pelo renomado Benedito Abud –, promete
prédios em construção irão oferecer diferen-
encantar pelos atributos que oferece.
ciais até então pouco vistos em outros em-
O Soprano Hall terá apartamentos
preendimentos de alto padrão da Capital. O
com área total entre 158 e 294 m2 e duas
Soprano Hall terá boate, por exemplo, en-
coberturas com 508m2, sendo que os pre-
quanto que o projeto do Jazz Club inclui deck
ços variam de R$ 623 mil a R$ 2,67 milhões
molhado, relax center com piscina aquecida
(coberturas). Já no Jazz Club, os tamanhos
e espaço para relaxamento.
Jazz Club
Soprano Hall
15
CONSTRUÇÃO CIVIL
Localização é destaque do
Urban Classic Morar com qualidade, perto de tudo, é o conceito do novo empreendimento da Cota em Itajaí
U
de serviço, lavabo e sacada (com churrasqueira) terão revestimento em porcelanato. São quatro plantas diferentes, com áreas com cerca de cem metros quadrados privativos. “O empreendimento tem um concei-
ma das mais tradicionais incorporado-
to moderno e contemporâneo”, diz o diretor-
ras e construtoras de Santa Catarina,
presidente Fábio Martins. As áreas comuns
com 38 anos de existência, a Cota Em-
serão outro diferencial do Urban Classic. Em
preendimentos, de Florianópolis, chega a
vez de ser no piso térreo, como é mais co-
seu terceiro lançamento em Itajaí com o
mum, o prédio vai abrigar no último andar, o
Urban Classic. A localização, em um dos
ático, piscinas adulto e infantil, playground,
endereços mais valorizados da cidade, é um
fitness, espaço zen, espaço de alongamento
dos pontos fortes do empreendimento e
e terraço panorâmico. Nos dois pisos de ga-
motivou o slogan “Você no centro de tudo”.
ragem, além das vagas para carros (até duas
O residencial será uma torre de 15 pavimen-
por apartamento), haverá espaço para motos,
tos com quatro apartamentos por andar.
bicicletário e hobby boxes.
Um dos diferenciais está na
Com cerca de 60 obras realizadas
infraestrutura do prédio, que permitirá a ins-
desde sua criação, a Cota tem apostado ul-
talação futura, em cada unidade, de um sis-
timamente em empreendimentos mais ar-
tema automatizado para controle de aces-
rojados. Um exemplo é o Punta Blu Mall
so por biometria e para iluminação cênica
Boutique, em Bombinhas, um shopping de
no living. Os apartamentos terão dois quar-
grife que será construído em conjunto com
tos e uma suíte com persianas de
o Punta Blu Residence.
acionamento elétrico e piso em
Outro exemplo de projeto arrojado é
laminado de madeira, enquanto sa-
o plano de construir um bairro planejado
las de estar e jantar, cozinha, área
numa área de 1,2 milhão de metros quadrados em Itajaí, no lado oeste da BR-101. “Cri-
SAIBA MAIS Urban Classic Endereço: Rua Almirante Tamandaré, esquina com Rua Camboriú, Centro, Itajaí. Número de pavimentos tipo: 15. Número de unidades: 60. Área dos apartamentos: 93,19 m2 a 101,90 m2. Número de vagas de garagem: até duas. Preço médio: a partir de R$ 450 mil de acordo com tabela escalonada. Previsão de entrega: Agosto de 2014.
16
amos com o arquiteto Nelson Teixeira Netto uma sociedade, a Humaniza Urbanismo, para desenvolver esse e outros projetos semelhantes”, conta Fábio Martins.
ONDE ENCONTRAR www.cota.com.br
17
Espaço
Foto: Divulgação
CONSTRUÇÃO CIVIL
como destaque Residencial Cristiane, da AM Construções, se diferencia com apartamentos maiores em um número menor de unidades
U
Antonio Hillesheim Presidente
ma das tendências atuais da construção civil é oferecer apartamentos mai-
ra de hidromassagem. A sacada principal
ores, em um prédio com poucas uni-
conta com churrasqueira a carvão e aces-
dades, garantindo para moradores e inves-
sos tanto para a área social, que tem piso
tidores um diferencial. E essa é a aposta do
em porcelanato em todo o apartamento. Há
novo empreendimento da AM Construções,
uma garagem por apartamento, com a op-
o Residencial Cristiane, em Campinas, São
ção de o cliente adquirir mais uma vaga. As
José. “Com isso, conseguimos garantir mai-
áreas comuns incluem salão de festa,
or espaço privativo, sem deixar de lado o
playground e academia.
conforto das áreas comuns”, argumenta o
O empreendimento tem despertado
presidente da AM, Antônio Hillesheim. Con-
grande interesse. “O perfil da clientela em
siderado pela própria empresa seu “melhor
todos os nossos empreendimentos é diver-
apartamento”, o empreendimento tem aca-
sificado. Temos aqueles que compram para
bamento em alto padrão, com previsão de
morar e outros que optam pelo investimen-
entrega em abril do ano que vem.
to. Temos conquistados, além de clientes da
Das 56 unidades (sem contar a cobertura), metade tem dependência de em-
Grande Florianópolis, também de outros estados como São Paulo”, afirma.
pregada. Já a quantidade de quartos é a
Fundada em 1978, a AM conta atual-
mesma – três –, incluindo suíte com banhei-
mente com 80% de seus empreendimentos em São José, principalmente Campinas e
SAIBA MAIS
Kobrasol. Em 2012, serão ao todo sete obras
Residencial Cristiane
em andamento, uma delas em Palhoça, onde
Endereço: Avenida Salvador di Bernardi, esquina com Av. Nereu Ramos, em Campinas, São José.
a empresa já conta com dois empreendimen-
Número de andares: 18.
tos, Residencial Mirante do Cambirela e Con-
Número de unidades: 57.
domínio Gustavo Kirchner, este último entre-
Área dos apartamentos: 120 m2 a 134m2 (com dependência de empregada).
gue em fevereiro deste ano.
Número de vagas de garagem: uma + uma opcional.
18
Preço médio: a partir de R$ 395 mil de acordo com tabela escalonada.
ONDE ENCONTRAR
Previsão de entrega: Abril de 2013.
www.amconstrucoes.com.br
19
CONSTRUÇÃO CIVIL
Conceito loft
à beira-mar
Residencial Betina tem como diferencial os ambientes interligados
O
cada andar, vão ficar os corredores de circulação, com duas fachadas abertas. Isso vai permitir a iluminação natural e fará com que o ar circule por todos os andares”, explica.
itavo empreendimento da constru-
Embora o lançamento oficial tenha
tora Spindola na praia de Palmas do
ocorrido no início de março, quatro das 26
Arvoredo, em Governador Celso Ra-
unidades já estavam vendidas antes mesmo
mos, o recém-lançado Residencial
do Carnaval. “O prazo de conclusão da obra
Betina será diferente de qualquer outro pré-
é julho de 2014”, afirma o presidente da cons-
dio existente no local. Responsável pelo
trutora, Gilberto Spindola, que lembra o brin-
projeto, a arquiteta Tatiana Filomeno, do es-
de oferecido aos clientes. “Assim como em
critório Atelier de Arquitetura, destaca como
outros empreendimentos nossos, os clientes
grande diferença “o conceito de apartamen-
do Residencial Betina recebem título de só-
tos duplex do tipo loft, com pé direito du-
cio do Palmas do Arvoredo Praia Clube.”
plo nas áreas sociais e nas sacadas”.
Das 26 unidades, oito serão lofts,
O empreendimento inteiro, aliás, foi
com duas configurações: três quartos (duas
pensado dentro do conceito de loft, com
suítes) e dois quartos (duas suítes). As uni-
ambientes interligados que permitem boa ilu-
dades restantes vão incluir 16 apartamen-
minação e ventilação. “O edifício será retan-
tos de dois quartos com uma suíte, além
gular e vazado no meio. No térreo haverá
de duas coberturas com três suítes. A área
um pátio central com árvores de grande por-
comum terá hall de entrada, salão de fes-
te. Esse jardim será visto de todos os anda-
tas, jardim interno, garagens, hobby box e
res e não será coberto. Ao redor dele, em
bicicletário. “Vamos usar materiais de qualidade como concreto apa-
SAIBA MAIS Residencial Betina Endereço: Loteamento Palmas do Arvoredo, em Governador Celso Ramos (a três quadras da praia).
rente e tijoletas cerâmicas. O alto padrão, aliado a uma arquitetura arrojada e contemporânea, vai fazer com
Número de andares: Cinco pavimentos tipo.
que o Residencial Betina se
Número de apartamentos: 26.
torne o edifício mais mo-
Área de incorporação das unidades: De 123,84 m2 (apartamento de dois quartos) a 159,07 m2 (loft de três quartos).
derno da praia”, afirma
Área de incorporação das duas coberturas (três suítes cada): 268,14 m2 e 290,06 m2.
Tatiana.
Número de vagas de garagem: Uma (duas para coberturas). Preço médio: a partir de R$ 230 mil de acordo com tabela escalonada. Previsão de entrega: Julho de 2014.
20
ONDE ENCONTRAR www.spindola.com.br
21
CONSTRUÇÃO CIVIL
Novo empreendimento da AMC tem fino padrão de acabamento em Barreiros, São José.
22
CONSTRUÇÃO CIVIL
A
AMC Construtora lança em Barrei-
jardim", conta Kátia. Dos ambientes plane-
ros um empreendimento que reú-
jados ao excelente espaço interno dos apar-
ne toda a elegância e conforto, o
tamentos, tudo foi projetado para oferecer
Residencial Vivendas do Atlântico. Locali-
o máximo de conforto e qualidade, o que
zado na rua Mar del Plata, esquina com rua
confirma a garantia de um ótimo investi-
Pedro Gregório, o empreendimento está em
mento.
fase inicial de construção e a previsão de
O plantão de vendas do Residencial
entrega das chaves é dezembro de 2014.
Vivendas do Atlântico foi aberto no início
"Nossa intenção é oferecer ao bairro um em-
de março. Construtora com mais de 20
preendimento com amplos apartamentos,
anos de experiência, a AMC tem como uma
fino padrão de acabamento e qualidade na
das marcas o cumprimento rigoroso dos
construção", afirma Kátia Schmitt dos San-
prazos. "Cada uma das obras concluídas ao
tos.
longo dos anos tem contribuído para nos Serão 55 unidades entre apartamen-
tos de dois e três quartos. Ambos os mo-
consolidarmos como empresa de credibilidade", diz Kátia.
delos vão contar com suíte, sacada com churrasqueira a carvão, piso em porcelanato
ONDE ENCONTRAR
e esquadrias em alumínio com persianas
www.amcconstrutora.com.br
nos quartos. O residencial também vai oferecer tubulação para água quente e infraestrutura para ar condicionado do tipo
SAIBA MAIS
split, além de uma maravilhosa vista para a baía norte. Outros destaques e facilidades do projeto incluem aproveitamento das águas da chuva, hidrômetros individuais, guarita de vigilância com circuito interno de TV e
Residencial Vivendas do Atlântico Endereço: rua Mar Del Plata, esquina com rua Pedro Gregório, bairro Barreiros, São José. Número de andares: 14 pavimentos Número de apartamentos: 55
garagens em piso cerâmico. "Para área de
Área dos apartamentos: 82,30 m2 (dois quartos); 101,30m2 e 104,40 m2 (três quartos).
lazer estão previstos salão de festas com
Número de vagas de garagem: 1 (dois quartos) e opção de 2 (três quartos)
lounge externo, academia, brinquedoteca,
Preço médio: a partir de R$ 260 mil de acordo com tabela escalonada.
playground e espaço bem estar junto ao
Previsão de entrega: Dezembro de 2014.
23
OPINIÃO
Acessibilidade e as edificações Com o aumento da expectativa de vida dos brasi-
Os empresários da cons-
leiros, era de se esperar que as pessoas passassem a pro-
trução civil devem ficar atentos a
curar empreendimentos adequados às necessidades que
essa transformação, criando no-
surgem ao longo dos anos. Na Grande São Paulo, por
vos conceitos em seus empreen-
exemplo, já é possível verificar o crescimento no número
dimentos. São pequenos detalhes
de imóveis voltados para a terceira idade. É claro que em
que fazem a diferença, e os nú-
uma metrópole com quase 20 milhões de habitantes esse
meros comprovam que a possibilidade de um novo públi-
nicho de mercado fica mais evidente, mas em breve, esse
co é grande. Somente em Florianópolis, há cerca de sete
comportamento deve se repetir em Santa Catarina - afi-
mil pessoas com mais de 80 anos.
nal, somos o segundo estado em expectativa de vida no país (dados do IBGE). Conduzidos pela NBR 9050, as construtoras de nos-
va em prol da população, tornando também os espaços
sa região já padronizam as edificações, tornando a loco-
públicos mais acessíveis e melhor preparados para aten-
moção de deficientes, gestantes, idosos e pessoas com
der às demandas da população em geral.
excesso de peso, mais eficiente, segura e independente.
Alguns podem até perguntar: isso é realmente ne-
Por essa norma, a área comum do imóvel é planejada para
cessário? Afirmo a você, leitor, que sim, mas talvez muitos
atender necessidades especiais, contendo rampas, ba-
só percebam isso quando necessitarem usufruir dessas fer-
nheiros diferenciados, corrimãos e muitas outras adapta-
ramentas. Todos iremos envelhecer.
ções. Levando-se em consideração o bem comum, esse é um grande avanço.
24
A iniciativa privada faz sua parte para satisfazer aos seus clientes, cabe aos governantes atuar de forma efeti-
Helio Bairros Presidente do Sinduscon
25
CASE DE NEGÓCIOS
Muito além do lucro
N
Foto: Divulgação
Grupo Feltrin utiliza visão holística para empreender e crescer
a década de 1960, o contador Luiz
do sempre pela transparência e fidelidade
Ivanir Feltrin, iniciou suas atividades
aos clientes, através de uma visão profun-
em Urubici, onde atuou durante 10
damente ecológica.
anos. Em 1970, transferiu-se para São José/
A empresa possui ainda planejamen-
SC. Com a idéia de ajuda mútua e visão em-
to de marketing, assessoria jurídica,
preendedora, Feltrin tornou-se mais tarde tam-
mercadológica e organizacional. Segundo
bém um advogado e corretor respeitado por
Paulo Américo Constantino Martins, asses-
seus clientes e transformou uma pequena em-
sor organizacional do Grupo Feltrin, uma
presa de três colaboradores em uma das mais
questão importante é que “na visão holística,
atualizadas organizações do século 21.
os objetivos organizacionais não estão se-
Coincidentemente, na mesma épo-
parados dos objetivos sociais. Este proces-
ca o recém-surgido movimento holístico
so chama-se holodinâmica organizacional. A
mundial instituiu uma visão sistêmica do
organização torna-se sem fronteiras”.
mundo, na qual o todo é indissociável e to-
A administração coletiva Feltrin, eco-
das as partes têm importância semelhante
lógica, de visão holística, não separa os bons
para o funcionamento. No campo dos ne-
negócios do crescimento da sociedade
gócios, a administração gerencial holística
como um todo, por isso que promove even-
tem como base o conceito de que a empre-
tos culturais, abertos ao público, palestras,
sa não deve ser vista como um conjunto de
cursos, terapias...e um núcleo de aperfeiço-
departamentos, que executam atividades
amento profissional e desenvolvimento hu-
isoladas, mas como um sistema aberto, úni-
mano (NAPPEDH), que trabalha voltado para
co, em constante interação.
a missão de produzir um atendimento
Após o falecimento do fundador, no ano
humanizado da melhor qualidade.
de 2002, a esposa Vanilde Dircksen Feltrin e a
Uma das estratégias para a expansão
filha Renata Feltrin (presidente e vice-presiden-
do grupo – que tem hoje 60% da receita oriun-
te) mantêm viva a visão empresarial na qual,
da da área de contabilidade – foi a implanta-
mais que apenas lucro, o negócio precisa estar
ção de franquias imobiliárias. Hoje, além da
direcionado para uma cultura de harmonia e
matriz em São José e uma filial em Palhoça,
paz social que promovam o crescimento sus-
conta com três unidades de franqueados na
tentável da sociedade.
Grande Florianópolis (Armação do Pântano do
A contabilidade, como primeiro ramo
Sul, Forquilhinhas e Estreito).
de atuação presta serviços nas áreas de exe-
Em 2011, o incremento foi entre 15 e
cução, assessoria, consultoria e regulariza-
20% na captação de clientes e, para 2012,
Vanilde Feltrin e Renata Feltrin
ção de empresas, acompanhando as mudan-
são esperados 40% a mais de receita, proje-
Presidente e vice-presidente
ças do mercado e seguindo uma visão em-
ção que está baseada, além da forma de ges-
presarial moderna, com soluções rápidas,
tão, nos resultados de um novo setor dentro
precisas e seguras.
do departamento de vendas, denominado
A imobiliária, uma das principais administradoras de imóveis, atuando há 32
“negócios para negociadores”, envolvendo todas as áreas para grandes negócios.
anos na área de vendas e aluguéis,possui
26
uma equipe preparada para desenvolver com
ONDE ENCONTRAR
excelência os negócios imobiliários, priman-
www.grupofeltrin.com.br
27
CASE DE NEGÓCIOS
Lojas reúnem peças decorativas, acessórios e produtos alimentares, como chás e biscoitos integrais
Estratégia para crescer E Oferecer produtos exclusivos e ampliar pontos de venda são ações desenvolvidas pela Syga Verde, da Capital
xclusividade é um dos segredos
Farmácia da Universidade Federal de San-
de sucesso da Syga Verde, cujo
ta Catarina. Depois trabalharam como ge-
mix de produtos inclui de velas
rente em farmácias do Sesi, onde adquiri-
aromáticas a porta-moedas em forma de
ram experiência na área administrativa e
galocha, de bolsas de chita feitas na
em atendimento ao cliente. Haviam recém-
Paraíba a chás especiais, de bonecas
concluído um curso interno do Sesi sobre
fashion a kits de jardinagem, de biscoitos
gestão de negócios quando decidiram abrir
integrais a tigelas de bambu laqueado.
o próprio. Maria Celeste conta que em vez
Aberta há nove anos no Ceisa Center, tam-
de tratar da doença, como tinham feito até
bém está presente na Lagoa da Conceição
então, elas foram atrás de produtos que
e terá mais um ponto de venda em
promoviam saúde. “Eram poucas as lojas
Florianópolis neste ano, em lugar ainda in-
de produtos naturais naquela época”.
definido. “Faturamos R$ 850 mil em 2011,
A escolha inicial era fazer parte de
que não foi um ano tão bom para nós quan-
uma franquia. Quando faltava apenas a
to 2010. Por causa disso, não pudemos fi-
aprovação do ponto de venda, as duas fo-
car sentadas e acomodadas. Investimos
ram a São Paulo participar de uma feira de
em propaganda, inovação e no cliente.
franquias e lá descobriram que o
Agora estamos atrás de outro ponto de
franqueador já havia fechado contrato para
venda. Estamos estudando a localização.
a região da Grande Florianópolis com ou-
Não queremos shopping
tro interessado. De posse de diversas in-
center, mas comércio de
formações do franqueador, incluindo con-
rua”, diz Maria Celeste
tato de fornecedores, decidiram tocar em
Pirajá Martins, sócia no ne-
frente sozinhas. Com investimento inicial
gócio ao lado da amiga Maria
de cerca de R$ 40 mil, abriram a loja no
Amália Linhares Silveira. As duas se conheceram no curso de
28
Ceisa Center em março de 2003 e dentro de dois anos e meio inauguraram o ponto
Fotos: Mariana Boro/Divulgação
CASE DE NEGÓCIOS
Maria Amália...
... e Maria Celeste: investimento em inovação e no cliente
da Lagoa. Já a franquia fechou as portas seis meses depois de tê-las esnobado. A flexibilidade para mudar o mix de produtos é outro fator de sucesso na Syga Verde. “O mix de produtos da loja do Centro é diferente da Lagoa. O público é outro. Procuramos sempre nos adaptar à clientela com facilidade”, diz Maria Celeste. Já a busca por exclusividade faz com que ela e a sócia procurem basicamente produtos de fora da região, sobretudo artesanato. “É difícil para o artesão local aceitar exclusividade e entendemos isso perfeitamente.” ONDE ENCONTRAR http://sygaverde.blogspot.com/
29
CASE CASE DE DE NEGÓCIOS NEGÓCIOS
De olho no
Sudeste Grupo Seguridade busca novos mercados e espera crescer mais de 20 %
vos empregos na filial de Mogi das Cruzes. No Brasil, não há maior desafio do que conquistar São Paulo, em função da acirrada concorrência”, diz o presidente Pedro Elcedio Ambrosio, que fez carreira na Tigre, ocupando cargos de gestão, antes de fundar a Seguridade.
C
30
Além da segurança privada, que riado em 1991 para atender uma deman-
corresponde a 59% dos recursos obtidos
da por vigilância privada da Tigre, de
pela empresa, o grupo atua nas áreas de
Joinville, o Grupo Seguridade percorreu
limpeza
e
conservação
(25%
do
um caminho de sucesso ao longo de
faturamento), recursos humanos (10%) e
duas décadas e hoje é uma das maiores em-
apanha de frangos (6%). A coleta de aves –
presas da Região Sul no segmento de segu-
que é realizada pela filial de Dois Vizinhos
rança patrimonial. Os números são expressi-
(PR) para agroindústrias daquele estado –
vos. Com crescimento de 92% nos últimos
serve de exemplo prático quando Ambrosio
cinco anos e receita bruta de R$ 53 milhões
diz que o crescimento da empresa “está
no ano passado, o grupo espera faturar R$
alicerçado, principalmente, nas oportunida-
64 milhões em 2012, um aumento de 21%
des de mercado e no atendimento às ne-
em relação ao período anterior. “Estamos in-
cessidades específicas dos clientes”.
gressando na Região Sudeste de maneira
O investimento em novas tecnolo-
sólida, ampliando nossos negócios e geran-
gias é outro fator de sucesso, segundo o
do empregos. A expectativa é crescer 150%
empresário. “Um exemplo de inovação na
no mercado paulista, gerando mais 250 no-
área de segurança patrimonial é o uso de
Foto: André Kopsch/Divulgação
CASE DE NEGÓCIOS
Pedro Elcedio Ambrosio Presidente
armamentos não-letais. Já na área de asseio e conservação o destaque é a mecani-
SAIBA MAIS Fundação: 31 de dezembro de 1991.
zação do processo de limpeza industrial. É
Crescimento: 92% em cinco anos.
o caso, por exemplo, da limpeza técnica
Faturamento: R$ 53 milhões em 2011.
com gelo seco, um sistema que reduz o
Áreas de atuação: Segurança privada, limpeza e conservação,
tempo de serviço em até 75%”, afirma.
terceirização
A formação de mão de obra também
e recursos humanos.
merece destaque. “Temos uma escola pró-
Funcionários: 2 mil.
pria, a Etese (Escola Técnica de Segurança),
Clientes: Mais de 300, incluindo
que já capacitou mais de 65 mil profissionais”, diz Ambrosio. Com sede em Joinville,
Bradesco, Kimberly Clark, Klabin,
a escola foi aberta em 1996 e oferece atual-
Malwee,
mente cerca de 20 cursos, incluindo forma-
Marisol,
ção de vigilantes, defesa pessoal para mulheres, adestramento de cães, entre outros. Para 2012, os planos contemplam também a certificação SA 8000, uma norma
Tigre, Univille e Unisul. Unidades: Joinville, Florianópolis, Blumenau,
internacional de avaliação da responsabilida-
Guaramirim,
de social. A Social AccountAbility 8000 está
Lages,
baseada em nove requisitos de direitos hu-
São Bento do Sul, Tubarão,
manos, entre eles a proibição do trabalho in-
Porto Alegre,
fantil, do trabalho escravo e da discrimina-
Dois Vizinhos (PR)
ção. Quando concluir o processo, o Grupo Seguridade será a primeira empresa em seu ramo de atuação e uma das únicas da Região Sul a obter a certificação.
e Mogi das Cruzes (SP). Formação: Escola Técnica de Segurança (Etese), com mais de 20 cursos e 65 mil profissionais treinados desde 1996.
ONDE ENCONTRAR www.seguridade.com.br
Reportagem: Mateus Boing
31
OPINIÃO
Lei da mobilidade urbana Após 17 anos de tramitação, em janeiro deste ano foi
trumentos para estipular padrões de emis-
publicada no Diário Oficial da União a Lei 12587/12, que entra
são de poluentes para determinados lo-
em vigor agora em abril, e que institui as diretrizes da Política
cais e horários, assim como permite o con-
Nacional de Mobilidade Urbana (PNMU), dando corpo aos arti-
trole e o monitoramento das emissões de
gos 21(inciso XX) e 182 da Constituição Federal.
gases no local, podendo até mesmo, res-
Esta lei vem ao encontro dos anseios da sociedade, pois incentiva a ampliação dos transportes públicos e não motoriza-
dos de poluição.
dos em detrimento do ineficiente transporte individual (uso de
Para possibilitar a sua eficácia, estatui o artigo 15 da lei,
veículos particulares), e tem por escopo integrar os diferentes
a participação da sociedade civil no planejamento, fiscalização e
modos de transporte e melhorar a acessibilidade e a mobilidade
avaliação da PNMU através de órgãos colegiados, das ouvidorias
de pessoas e de cargas nas cidades brasileiras. Impõe, ainda,
nas instituições responsáveis pela gestão do Sistema, das audi-
aos municípios com mais de 20 mil habitantes, a elaboração de
ências e consultas públicas e nos procedimentos sistemáticos
um plano de mobilidade urbana compatível com os respectivos
de comunicação, de avaliação da satisfação dos cidadãos e dos
planos diretores, no prazo máximo de três anos. Os que já pos-
usuários e de prestação de contas públicas. Prescreve ainda que
suem plano diretor devem adequá-lo à lei no mesmo prazo.
os municípios que não cumprirem tais disposições serão penali-
Proporciona também o controle de circulação de veículos motorizados em locais e horários preestabelecidos e per-
zados com a suspensão dos repasses federais destinados às políticas de mobilidade urbana.
mite a aplicação de tributos para utilização da infraestrutura
É, sem dúvida, um avanço social. Porém, sua eficácia
urbana, visando a desestimular o uso de determinados tipos e
depende muito do engajamento político dos gestores munici-
serviços de transporte. Estabelece, contudo, que os recursos
pais e da participação da sociedade civil, cabendo a esta e ao
oriundos destes tributos devem ser aplicados, na sua totalida-
Ministério Público, exigir dos governos locais o cumprimento e
de, em infraestrutura ligada ao transporte público coletivo e ao
aplicação desta lei.
não motorizado.
32
tringir o acesso a vias com índices eleva-
Edson Telê Campos
Além disso, esta norma abrange ainda, o controle da
Advogado, professor e doutor em
poluição ambiental, pois fornece aos estados e municípios ins-
desenvolvimento regional e urbano.
33
MERCADO
Retornáveis O Hippo Supermercados, primei-
sistência às lavagens, não encolhe, não
ro a oferecer sacolas e caixas retor-
se deforma e, por isso, tem grande du-
náveis para compras na Grande
rabilidade. Além disso, pode ser dobra-
Florianópolis, conta agora com
do facilmente e acomoda grande núme-
uma nova ferramenta de preser-
ro de produtos, dispensando o uso das
vação do meio ambiente: a
sacolas plásticas que podem levar até
comercialização de carrinhos
cem anos para se decompor. O carrinho
retornáveis. O carrinho é fei-
custa R$48,90 e pode ser encontrados
to de microfibra imperme-
nas duas lojas da rede, no centro de Flo-
ável que possui grande re-
rianópolis. Em www.hippo.com. br.
Soluções na área de energia A Vertical de Energia da Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia (Acate) promove entre 19 e 21 de abril a segunda edição do Energy Show, em Florianópolis. O evento reúne soluções tecnológicas para o setor de energia e tem como objetivo promover um debate entre profissionais das diferentes vertentes do segmento transmissão, geração e distribuição. Destinado a gestores, técnicos e engenheiros que desenvolvam trabalhos diretamente nas áreas de transmissão, geração ou distribuição de energia em empresas públicas e privadas do setor, o evento espera receber cerca de 200 profissionais de todo o país neste ano. Informações e
inscrições
energyshow.com.br.
em
www.
Mercado de carros Segundo estudo realizado pela consultoria KPMG Internacional, em 2016 o Brasil deve ser o terceiro maior mercado automobilístico do mundo. A chinesa Lifan aporta em Santa Catarina buscando uma fatia deste mercado: a Lifan Fratello é a primeira concessionária da Grande Florianópolis e a quinta do estado a revender os veículos da marca. A concessionária superou a expectativa de venda em seu primeiro trimestre de atuação com mais de cem carros emplacados, entre os dois modelos da marca disponíveis no Brasil, o hatch Lifan 320 (foto) e o sedã Lifan 620. Até a metade do ano, a expectativa é de que mais três modelos sejam lançados no país.
34
Acessórios para Apple A iwill Brasil chega ao país com foco no atendi-
Fotos:Divulgação
MERCADO
mento dos consumidores de acessórios da linha Apple (iPhone e iPad). Com sede em Balneário Camboriú e atuando em todo o estado, comercializa capas protetoras profissionais (foto) que tem, entre outras vantagens, oferecem proteção contra arranhões e poeira e acesso fácil aos botões do aparelho. Em www.iwill.com.br.
Tendências do marketing digital
PAC em São José
Nos dias 4 e 5 de maio, Florianópolis sedia o OlhóSeo 2012, evento voltado ao mar-
O município de São José é o quarto do
keting digital, reunindo empresários, gestores
Estado a sediar um Posto de Atendimento e
públicos e dirigentes de organizações não-go-
Conciliação (PAC), do Tribunal de Justiça (TJ/
vernamentais (ONGs) e demais interessados em
SC), que tem como objetivo solucionar con-
ganhos de eficiência na sua imagem e nos seus
flitos de menor complexidade – os outros es-
negócios na web. O meeting é resultado da
tão na Capital, Mafra, Blumenau e Indaial. O
cooperação entre a ONG Instituto Consultor
posto, instalado na Faculdade Estácio de Sá,
Social e duas empresas de tecnologia, a Jimmy
tem como juiz responsável Osíris do Canto
Soluções em TI, e a Pixel Art, todas baseados
Machado, do Fórum da cidade. “O objetivo é
em Santa Catarina. Informações e inscrições em
fazer uma Justiça mais rápida”, afirma o pro-
www.olhoseo.com.br.
fessor Almir José Pilon que, com a colaboração da professora Mayla Regina Rathje, coordenará uma equipe de cinco alunos do curso de Direito da Estácio. Na foto, da esquerda para a direita: Priscila Monteiro (diretora acadêmica da Estácio), Mônica Moraes Godoy (coordenadora do curso de Direito da Estácio), Canto Machado, Mayla e o desembargador Victor José Sebem Ferreira.O atendimento, gratuito, é de segunda a sexta-feira, das 14h às 17h. Informações: (48) 3381-8079.
Caixa empresta 9,6% a mais em 2011 A Caixa Econômica Federal financiou, em 2011, cerca de 45 mil imóveis em Santa Catarina, gerando um movimento de R$ 3,4 bilhões, o que representa 9,67% de incremento em relação ao ano anterior. Em todo o país, o programa Minha Casa, Minha Vida realizou R$ 32,1 bilhões em contratos, sendo que, em território catarinense, foram R$ 1,5 bilhão.
35
GESTÃO
Concorrente como Fusões e incorporações podem ser estratégias para crescer ou superar dificuldades
A
varejo nos três estados do Sul. Já chegou a faturar R$ 19 milhões por mês, mas a cifra caiu para R$ 4 milhões com a crise de 2008 e hoje já está em R$ 9 milhões/mês, em ritmo crescente. Apesar da queda no faturamento, continuou a ter força no mer-
A empresa X (o nome é mantido
cado varejista da região, mas perdeu ca-
em sigilo por causa das negocia-
dastro com bancos de primeira linha e ago-
ções)
companhia
ra obtém financiamentos a juros mais ele-
catarinense que distribui produtos para o
vados, o que aumentou o custo operacional
é
uma
e seu resultado final. Diante da situação, os atuais sócios, irmãos que assumiram o negócio fundado pelo pai, estão prestes a anunciar que a empresa será incorporada por uma gigante nacional do mesmo segmento de negócios. Os dois lados, até então concorrentes, têm a ganhar com a incorporação. Os irmãos, embora passando de sócios controladores e administradores a sócios minoritários, vão continuar no comando das operações no Sul e vão recuperar a margem de lucro que tinham antes da crise, enquanto a gigante vai entrar com força num mercado que lhe era de difícil penetração. O caso da empresa X simboliza uma tendência identificada em recente pesquisa da multinacional Grant Thornton: 46% das empresas brasileiras pretendem cresMarcos Andrey de Sousa Advogado especialista em direito societário
36
GESTÃO
Incorporações são mais comuns
sócio
Marcos Andrey de Sousa explica que fusão é um termo usado de forma genérica no jargão empresarial. “São raras as hipóteses de fusão propriamente dita, nos moldes previstos na legislação, quando duas sociedades empresárias se unem, deixando de existir e consti-
cer por meio de fusões e aquisições nos
tuindo outra sociedade nova”, afir-
próximos três anos. De acordo com o ad-
ma ele, citando como exemplo a
vogado especialista em direito societário
associação entre Bhrama e a Antár-
Marcos Andrey de Sousa, do escritório
tica, que foi anunciada como fusão,
Cavallazzi, Andrey, Restanho e Araújo, de
mas na verdade, tecnicamente fa-
Florianópolis, essa tendência também é
lando, houve a constituição de uma
válida para Santa Catarina, embora seja
holding, denominada Ambev, que
menos forte do que em estados como
passou a exercer o controle das
São Paulo e Rio de Janeiro. “Isso porque
duas empresas sem que elas dei-
ainda é predominante a cultura familiar
xassem de existir. “Já as operações de incorpo-
em grande parte das empresas catarinenses”, afirma.
ração são mais comuns”, diz. No
Segundo o advogado, à medida que
fim de dezembro, por exemplo, foi
ocorre a quebra da cultura familiar na em-
anunciada a associação entre as
presa, com a adoção de administração pro-
catarinenses Eliane e Portobello.
fissional e até abertura de capital, crescem
“Essa
as chances de ela ser envolvida em pro-
surgimento de empresa com parti-
cessos de fusão ou aquisição. A empresa
cipação de liderança no mercado.
X está realizando a incorporação com a aju-
A operação anunciada não será a
da do escritório de Andrey. Embora seja
de fusão propriamente dita. Segun-
uma empresa familiar, ela é hoje gerenciada
do comunicado encaminhado à Co-
de forma profissional pelos irmãos e suces-
missão de Valores Imobiliários
sores, um deles formado em administração,
(CVM), ocorrerá, a princípio, a tro-
mas também por executivos profissionais,
ca de ações de emissão da
contando ainda com a contratação de em-
Portobello por ações detidas pelos
presas de assessoria administrativa e jurí-
acionistas da Eliane. Ou seja, a in-
dica. Já as empresas que ainda têm o fun-
corporação da Eliane ou de suas
dador no controle e administração tendem
ações pela Portobello”, conclui.
a ser menos inclinadas a processos como
(MB)
união
representará
o
esse. ONDE ENCONTRAR Reportagem: Mateus Boing
www.advempresarial.com.br
37
GESTÃO
Ferramenta para
melhorar o desempenho Coaching empresarial busca capacitação de executivos e gestores
ferramenta, segundo pesquisa. No Brasil, o coaching empresarial começa a ganhar adeptos entre micro, pequenas e médias empresas. No caso da Steinbach, a sucessão
A
familiar no comando da empresa levou o Panificadora Steinbach, de São
novo gestor, Douglas Steinbach, a procu-
José, é exemplo de empresa de
rar a ActionCoach, uma firma australiana
médio porte que vem obtendo
com presença em 39 países e cuja fran-
bons resultados com coaching empresari-
quia para Santa Catarina e Paraná foi aber-
Douglas Steinbach,
al. Usado principalmente para capacitar
ta em 2007, em Florianópolis. Ele se en-
da Panificadora Steinbach,
empresários, executivos e gestores, o
contra com seu coach, ou treinador, uma
entre Sizenando Carvalho
método já é bastante difundido em países
vez por semana, desde 2010, para discutir
(E) e Douglas Steinbach,
desenvolvidos e também entre grandes
números da empresa e estratégias de ne-
companhias em geral. No Reino Unido, por
gócios, além de realizar tarefas que o aju-
exemplo, 80% das empresas fazem uso da
dam a manter o foco e melhorar seu de-
da ActionCoach Florianópolis
sempenho como gestor. Já investiu R$ 34 mil no programa e espera mantê-lo até o fim de 2013. “O nosso nível de caixa subiu 300% e conquistamos um aumento de 57% na lucratividade dos negócios”, conta o diretor administrativo da panificadora. Além de aumentar o rendimento da
Renan Ledoux/Divulgação
empresa, Steinbach reduziu em duas ho-
38
ras sua jornada de trabalho diária. “Eu fazia exatamente o que a maioria faz, apagava incêndios. Incêndios que, além de nos tirar o foco, destroem nossa saúde. Gastamos saúde para ganhar dinheiro e depois gastamos dinheiro para recuperar
GESTÃO
saúde. Isso é loucura. O empresário deve ter equilíbrio nas diversas áreas de sua vida”, afirma. Longas jornadas de trabalho são um problema ligado diretamente à ideia de que empresários e gestores precisam estar por perto para que sua equipe seja eficiente. E equipes pouco produtivas e com fraco comprometimento estão entre os maiores desafios que as empresas enfrentam atualmente, segundo o diretor executivo da ActionCoach de Florianópolis, Vinícius Carvalho. Outro desafio, diz ele, são volume de vendas e lucro abaixo do esperado. Já o grande problema do ponto de vista do coach é a resistência a mudanças por parte do empresário ou gestor. “A maioria dos empresários ou gestores visualiza claramente os benefícios das mudanças, mas nem todos conseguem mudar. Além de tratar de gestão empresarial, muitas vezes o coach também precisa trabalhar com as crenças e valores de quem conduz o negócio para que a mudança aconteça de uma maneira consistente”, afirma Carvalho. ONDE ENCONTRAR www.coachempresarial.com.br Reportagem: Mateus Boing
SAIBA MAIS TREINAMENTO Ensinar o que não se sabe fazer. TUTORIA Mostrar como quem é bom em alguma coisa faz essa coisa. COACHING Identificar o que há de bom em alguém e ajudá-lo a usar isso da melhor maneira.
39
ENTIDADES
Interiormeta nova diretoria da Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing
do Brasil em Santa Catarina
Foto:Divulgação
A
como
(ADVB/SC) tomou posse em março com um grande desa-
Nova diretoria da ADVB/SC também vai investir em capacitação
fio: levar o modelo de sucesso da entidade, baseado no tripé capacitação, relacionamento e reconhecimento, e já consolidado na Grande Florianópolis, para as outras seis regionais espalhadas pelo Estado – Chapecó,
Búrigo (E), Donini, Beltrão e Lebarbenchon Neto: time de peso no comando da ADVB/SC
Lages, Joinville, Blumenau, Criciúma e Tubarão. “Queremos interiorizar
mais sete vice-presidentes regionais e ou-
cada vez mais. Vamos valorizar as regionais,
tros 12 diretores para diferentes áreas de
levando cursos de ponta e eventos com a
gestão. “Todos os empresários que convi-
marca da entidade”, afirma Juarez Beltrão,
dei para estarem comigo nessa jornada são
novo presidente, que é sócio fundador da
profissionais de renome e de grande
agência de propaganda Neovox.
representatividade em suas regiões”.
Outra importante meta da nova ges-
A ADVB/SC, que em julho completa
tão será o investimento em capacitação,
28 anos de atuação, é reconhecida pelas dis-
com a ampliação do número de cursos ofe-
tinções de desempenho mercadológico con-
recidos, longos e de curta duração, por ins-
cedidas a empresas e dirigentes como os
tituições de ensino reconhecidas - a enti-
prêmios Personalidade de Vendas, Empre-
dade já tem parcerias com a Escola Superi-
sa Cidadã, Top de Marketing e Top de Tu-
or de Propaganda e Marketing (ESPM) e
rismo, e pelo incentivo à formação e desen-
com o Ibmec do Rio de Janeiro.
volvimento dos dirigentes de Marketing e
Para alcançar os objetivos, Beltrão
Vendas, por meio de cursos, seminários e
terá um time de peso ao seu lado: Octávio
eventos de relacionamento para troca de
Lebarbenchon Neto, da Unimed Grande
experiências e benchmarking.
Florianópolis, Giuliano Donini, da Marisol, e Guido Búrigo, da Indústria Metalúrgica
40
Santa Libera, serão os vice-presidentes. A
ONDE ENCONTRAR
nova diretoria executiva conta ainda com
www.advbsc.com.br
41
OPINIÃO
Tempo incerto no tempo certo Sol de verão, dia quente, abafado, parado e opres-
de cúmulo nimbo. Adulto, ele trans-
sivo. Há pouco tempo, o dia “nasceu” sossegado, límpido
forma-se num temporal violento,
e com um céu azul profundo; uma brisa leve e graciosa,
lançando grandes faíscas elétricas
movendo-se pelo relevo topográfico vivifica nosso tônus
e despejando milhares de tonela-
e o organismo de outros viventes ao longo de seu per-
das de água durante uma hora ou
curso.
mais, dependendo da quantidade Mas, agora, o sol derrama seus raios ardentes sobre
de vapor de água acumulada. Esses aguaceiros vertigino-
a terra aquecida e úmida, e a evaporação da água sobe,
sos, atingindo áreas tocadas pelo homem, causam gran-
condensa nas camadas frias da altitude e forma lindos
des prejuízos e dores ao próprio homem, pelo seu desca-
capitéis, originando nuvens tipo couve-flor, firmes e sólidas.
so, ao meio ambiente e à natureza. Em seguida, a nuvem
Com o passar das horas, o interior dessas nuvens aumenta,
tempestuosa, cansada e sem energia, cessa as suas ativi-
acumula energia e gera correntes ascendentes velozes,
dades e um mundo novo e refrescado é saudado pelo sol.
quentes e úmidas, para a atmosfera fria, formando uma
A natureza, como um passe de mágica, é simples e bela.
poderosa máquina de trovoadas e tempestades. Essa má-
Oxalá um dia cnsiga tocar o coração do homem,
quina fabrica toneladas de neve, gotas d’água e cristais de
imprevidente e alheio a toda esta beleza.
gelo, seguindo vagarosamente pelo espaço, alimentada pela
42
evaporação contínua proporcionada pelo calor. O topo bri-
Ivani Zechini Bueno
lhante da nuvem atinge cerca de 15 mil metros de altura,
Professor, mestre em Engenharia e
numa base inferior sólida, escura e ameaçadora, chamada
Agronomia e gestor ambiental.
Foto: Bruno Oliveira/Divulgação
Pacote de obras nos
GESTÃO PÚBLICA
286 anos da Capital Outra grande obra a ser inaugurada
parte das comemorações dos 280
é a revitalização da avenida Gilson da Costa
anos de Florianópolis, foi assinada
Xavier, entre Santo Antônio de Lisboa e
a ordem de serviço para o início das obras
Sambaqui. Segundo Luiz Américo, foram
da Beira-mar Continental. Depois de uma
gastos R$ 4 milhões na recuperação do tre-
série de atrasos, a via será aberta ao trânsito
cho. O secretário cita também a conclusão
neste ano, justamente como parte da pro-
das obras na rua Vidal Ramos, no Centro,
gramação para o aniversário da cidade. Se-
onde foram gastos R$ 400 mil. “A reforma
gundo o secretário de obras de Florianópolis,
contou com parceria dos comércio da re-
Luiz Américo Medeiros, a Beira-Mar Conti-
gião, que cedeu mobiliário de rua, como
nental, que custou R$ 43 milhões aos cofres
toldos e marquises”, diz Luiz Américo, lem-
públicos, é a maior entre as cerca de 20 obras
brando que a maioria das obras a serem
da pasta com inauguração prevista para mar-
concluídas são melhorias em servidões,
ço. “No total, o número de inaugurações
construção de muros de contenção, drena-
durante o aniversário da cidade será maior,
gem e pavimentação.
já que vai incluir obras de outras secretarias,
Além das inaugurações, o aniversá-
como Saúde e Educação”, afirma.Além dis-
rio de Florianópolis será usado para o lan-
so, o prefeito Dário Berger aproveita as sole-
çamento de uma grande obra no sistema
nidades para assinar ordens de serviço para
viário da cidade, conta Luiz Américo. Segun-
novas obras, em diferentes regiões da cida-
do ele, a prefeitura vai investir R$ 30 milhões
de, que devem totalizar R$ 100 milhões em
na recuperação, pintura e sinalização de
investimentos. “Quero fechar meu último ano
várias ruas e avenidas da Capital. “O prazo
nesta administração com ‘chave de ouro’. O
de conclusão é de 10 meses”, afirma, des-
aniversário da cidade é o ‘start’ para um
tacando que a secretaria já realizou mais de
mutirão de obras e eventos que sacudirão
700 obras durante o segundo mandato do
Florianópolis”, afirma ele.
prefeito Dário Berger.
Inauguração da Beira-mar Continental é um dos destaques da programação de aniversário Foto:Divulgação
N
o dia 23 de março de 2006, como
Beira-mar Continental (no alto) e revitalização da rua Vidal Ramos (acima): obras que mudam o visual da cidade
43
GESTÃO PÚBLICA
Infraestrutura como prioridade em São José
F Também comemorando aniversário em março, cidade ganha uma série de obras
Túlio Maciel Secretário Municipal de Infraestrutura
undada em 1750 por um grupo de 182
em primeiro, e a revitalização da ilumina-
açorianos, São José comemora 262
ção externa da catedral de Pedra Canela,
anos em março. Para marcar a data, a
no Rio Grande do Sul, que se classificou
prefeitura está divulgando a realização
em segundo”, diz o prefeito Djalma Berger.
de uma série de obras, como amplia-
O projeto da praça Hercílio Luz faz
ção da rede municipal de saúde, pavimen-
parte da Operação São José Iluminada e
tação de ruas e padronização de calçadas.
Mais Segura, que já atendeu outras nove
Nenhuma obra, no entanto, é tão historica-
praças e todas as escolas municipais, além
mente significativa quanto a nova ilumina-
de ruas movimentadas.
ção da praça Hercílio Luz – um espaço pú-
Outro projeto de extrema importân-
blico que aquele grupo de pioneiros criou
cia para o desenvolvimento do município é
ao erguer, no topo desse suave plano incli-
a Operação Tapete Preto e o programa Cal-
nado que é a praça, uma pequena capela
çada Padrão que estão sendo executados
onde hoje fica a igreja matriz da cidade.
pela Secretaria de infraestrutura . “Todo o
Realizado pelo consórcio SQE Luz, a
trabalho que está sendo desenvolvido em
iluminação da praça Hercílio Luz foi premi-
nossa secretaria visa acima de tudo trazer
ada em outubro pela Associação Brasileira
mais dignidade à população, principalmen-
da Indústria de Iluminação (Abilux) como ter-
te aquelas pessoas que residem nos bairros
ceira colocada na categoria fachadas, mo-
mais carentes do município”, afirma o se-
numentos, jardins e espaços públicos.
cretário Túlio Maciel.
“Esse prêmio é um orgulho para a cidade,
Na área de saúde, destacam-se o ser-
especialmente porque tínhamos fortes con-
viço de atendimento de urgência, que funci-
correntes, como o projeto luminotécnico do
ona desde o início do ano no centro de saú-
Theatro Municipal de São Paulo, que ficou
de do bairro Bela Vista, e a construção de Foto:Divulgação
duas policlínicas, uma em Forquilinhas e outra em Barreiros. Ambas vão abrigar também unidades de pronto atendimento (UPA). A prefeitura acredita que a policlínica de Barreiros será referência em serviços ambulatoriais, com capacidade para atender 144 consultas por dia e realizar procedimentos médicos e exames como pré-natal, vasectomia, ecocardiograma, raio X odontológico, entre outros. Já a UPA de Barreiros vai funcionar 24 horas e poderá atender até 200 pacientes por dia, com uma equipe de 40 funcionários por turno. ONDE ENCONTRAR www.pmsj.sc.gov.br
44
GESTÃO PÚBLICA
Transparência nas contas
O
controle dos recursos públicos tem
melhoria da comunicação interna entre as
sido cada vez mais rigoroso e dife-
secretarias, com procedimentos operacionais
rentes mecanismos estão sendo
definidos, a atualização e ampliação do ca-
adotados para tornar o processo mais
dastro imobiliário, com o objetivo de aumen-
eficiente. Biguaçu, por exemplo, está partici-
tar a arrecadação de impostos, e a moderni-
pando do Programa Nacional de Apoio à Ges-
zação do setor de tecnologia da informação.
tão Administrativa e Fiscal dos Municípios Bra-
“Não dá mais para improvisar na ges-
sileiros (PNAFM).
tão pública. Biguaçu está inserido numa região
O projeto de Biguaçu para o PNAFM
metropolitana, onde há uma série de proble-
foi aprovado no início de fevereiro pelo Minis-
mas, e precisamos estar bem preparados para
tério da Fazenda. O município terá dois anos e
enfrentá-los”, afirma Asmuz, que completa: “O
R$ 2,7 milhões para modernizar a gestão pú-
projeto é muito detalhado e bem amarrado, é
blica. “Formamos um comitê gestor com cin-
como uma receita de bolo, e será acompanha-
co funcionários efetivos da prefeitura. Além
do passo a passo por técnicos do Ministério
disso, o governo federal vai acompanhar todo
da Fazenda. Além disso, no início de março,
o processo para garantir que o projeto será
dois técnicos da prefeitura participaram de
seguido à risca”, afirma o secretário de Plane-
curso sobre PNAFM na Escola de Administra-
jamento e Gestão de Biguaçu, Felipe Asmuz.
ção Fazendária, em Brasilia”.
As ações contemplam cinco áreas:
Criado em 2001 e financiado com re-
atendimento ao cidadão, gestão de pessoas,
cursos do governo federal, do Banco Intera-
gestão de processos, modernização tributária
mericano de Desenvolvimento (BID) e das pró-
e gestão de tecnologia da informação. Segun-
prias prefeituras, o PNAFM é um programa do
do Asmuz, a verba será usada tanto para ca-
Ministério da Fazenda e conta com a Caixa Eco-
pacitar funcionários quanto para realizar obras
nômica Federal como agente financeiro. Qual-
físicas e adquirir mobiliário e computadores.
quer município brasileiro pode participar des-
Entre as medidas práticas que o pro-
de que apresente projeto dentro das normas
jeto prevê estão a criação de uma central de
estabelecidas. No caso de Biguaçu, o projeto
atendimento ao cidadão e a elaboração de um
foi elaborado pelo então consultor Nelson San-
plano estratégico de capacitação para funci-
tiago, hoje presidente do Badesc.
onários, com base no novo plano de cargos e salários recentemente aprovado, que hoje são
ONDE ENCONTRAR
em torno de 1,2 mil. Outras ações serão a
www.bigua.sc.gov.br
Biguaçu está incluído em programa federal que investe em modernização
Foto:Divulgação
Felipe Asmuz Secretário de Planejamento e Gestão
45
EVENTO CASE DE NEGÓCIOS
Capital ganha destaque
no turismo
GLS
Em abril, cidade vai sediar uma das maiores convenções do segmento
Cannes e Telavive. “Éramos o primo pobre, mas a proposta de integrar o Brasil e o Cone Sul ao evento se mostrou vencedora”, diz Talmir Duarte, membro da Associação Brasileira de Turismo GLS (Abrat/GLS) e propri-
U
etário da pousada Natur Campeche, na Ilha. m dos principais destinos turísticos
Segundo ele, os participantes vão aprovei-
no Brasil para o público homossexu-
tar a viagem à América do Sul para conhe-
al, Florianópolis tende a se fortalecer
cer destinos relativamente próximos a
ainda mais nesse segmento a partir de
Florianópolis, como Rio de Janeiro, São Pau-
abril. Entre os dias 12 e 14 do mês, a cida-
lo, Buenos Aires e o Nordeste brasileiro.
a
de vai receber a 29 convenção da Associ-
O Floripa IGLTA 2012 será o primei-
ação Internacional de Turismo para Gays e
ro evento do tipo fora do eixo Europa-Esta-
Lésbicas – IGLTA, na sigla em inglês. A en-
dos Unidos. São esperados mais de 400
tidade é a maior do mundo no gênero, com
profissionais de todas as partes do mun-
associados em 63 países, e suas conven-
do, entre agentes de viagens, empresári-
ções tradicionalmente dão à cidade-sede
os do setor e jornalistas especializados no
um grande impulso em turismo GLS.
segmento. A convenção contempla o bom
Para receber o evento, batizado de
momento do turismo GLS na cidade. “Te-
Floripa IGLTA 2012, Florianópolis venceu
mos leis anti homofobia, recebemos apoio
concorrentes de peso como Berlim, Madri,
do poder público e há interesse dos empresários do setor de turismo nesse segmento”, afirma Duarte. Esse interesse não é à toa, explica ele, uma vez que o público GLS tem maior poder aquisitivo que a média e mais disponibilidade para viajar na baixa temporada, pois em geral não há filhos. Baladas, restaurantes e programas culturais são outros fortes atrativos para esse público, que representa em torno de 10% da população ocidental, segundo pesquisas.
46
EVENTO
Em Florianópolis, os principais redutos são a Praia Mole e a boate Concorde, enquanto as datas mais procuradas são Réveillon, Carnaval e Parada da Diversidade. Não existem restaurantes ou hotéis exclusivos para o público GLS, mas Duarte garante que pode-se “ir a qualquer praia, qualquer lugar da cidade que se é bem tratado.” Para divulgar o Floripa IGLTA 2012, a organização conta com quadro embaixadores criados pelo publicitário e artista plás-
Artista plástico Luciano Martins é o responsável pela criação dos embaixadores que ajudam a divulgar o evento
tico gaúcho Luciano Martins, que mora na cidade e tem trabalhos vendidos para clientes da Alemanha, Inglaterra, Canadá, Austrália, China, Senegal, México, entre outros países. ONDE ENCONTRAR www.igltaconvention.org
47
SAÚDE
Cuidados com a voz A voz consiste no som produzido pelo ser humano, no qual o mesmo faz uso de suas pregas vocais para falar, cantar, chorar, gritar, etc... Quando emitimos uma voz saudável, chamamos eufonia. Quando emitimos uma voz alterada, ou seja, rouca, chamamos disfonia. E quando não emitimos nem um som de voz, a denominação é afonia. A disfonia pode ser orgânica, funcional ou mista (orgânica-funcional) e tem tratamento. Ela não é uma doença, mas o sintoma de um mau funcionamento das estruturas que atuam na produção da voz. Muitas pessoas só percebem a importância da voz quando ficam sem a mesma ou com alguma alteração como a rouquidão. O Dia Mundial da Voz é comemorado no dia 16 de abril. E como já estamos nos aproximando de tal data, quero aqui alertar para alguns cuidados com a mesma, cuidados estes necessários para preservá-la e mantê-la saudável: Uma boa noite de sono, uma boa postura corporal,
que facilita uma boa voz, alimentação saudável, água p/ hidratar as pregas vocais, ingerir maçãs que limpam as pregas vocais, evitar comidas apimentadas, achocolatados, cigarros etc..são alguns cuidados que trazem bons resultados a voz. O profissional habilitado e responsável pela intervenção das disfonias é o fonoaudiólogo, trabalhando em conjunto com o otorrinolaringologista. Qualquer dúvida, procure um fonoaudiólogo e faça uma avaliação de sua voz. Dra. Suani Bueno CRFa 8047-SC/Audiologia 5601/2011 Fonoaudióloga e especialista em Audiologia Clínica e Ocupacional suanibueno@ig.com.br
Os benefícios da reflexologia Há milênios, os povos do Antigo Egito utilizavam a massagem nos pés com o objetivo de recuperar a saúde e
temas.
até mesmo curar doenças. Depois de várias pesquisas con-
A técnica é simples e rapi-
cluíram que esta técnica milenar traz muito benefícios à
damente traz os benefícios de
saúde do individuo. Começava, então, o aprimoramento
quem a pratica. É importante
do tratamento que hoje conhecemos como ‘reflexologia’.
destacar que a massagem ativa o
A reflexologia é baseada no princípio de que exis-
mecanismo de cura.
tem nos pés pontos de reflexos que correspondem a cada
Benefícios:
órgão, glândulas e estrutura do corpo. Ao trabalhar nesse
* Ajuda a recuperar e manter a
reflexo, as tensões no corpo são reduzidas, pois a ener-
boa saúde, permitindo o fluxo de energia por todo o corpo;
gia flui através de canais ou zonas do corpo, que termi-
* Reduz estresse e tensão ao elevar a sensação de relaxa-
nam formando os pontos reflexos nos pés e mãos. Pode
mento e bem-estar;
também provocar algumas reações no organismo, que
* Auxilia no tratamento de lesões e doenças;
se manifestam por meio de doenças. A pressão exercida
* Melhora a circulação sanguínea levando oxigênio e nu-
no ponto correto do pé relaxa o corpo, descontrai múscu-
trientes para as células, além de eliminar as toxinas do
los e vasos sanguíneos, melhora a circulação e facilita o
sangue;
transporte do oxigênio no sangue, além de estimular a
* Estimula a inter-relação e o bom funcionamento dos siste-
produção de endorfina e serotonina, que são uma espé-
mas digestivo, respiratório, nervoso, endócrino e linfático,
cie de analgésico que o próprio corpo produz contra sen-
*Aumenta a concentração e a positividade.
sações de dor.
O terapeuta atua como um mediador para ativar o poten-
Quando esse fluxo de energia flui desimpedido,
48
monia é restaurada a todos os sis-
cial de cura do paciente.
permanecemos saudáveis, e quando está bloqueado por
Márcia Reis
tensão ou congestão, ocorre a doença. Mediante o trata-
Terapeuta holística naturopata – Sint/SC 051
mento dos reflexos, os bloqueios são desfeitos e a har-
marciareis@hotmail.com
SAÚDE
Os perigos da automedicação A moda é o “natural”! Os re-
organismo e com outras substâncias.
médios “naturais” entraram na moda
A Organização Mundial da Saúde
com as cápsulas de fitoterápicos.
alerta que 80% da população usam re-
Nutrimos a falsa idéia de que um ex-
médios naturais por automedicação.
trato vegetal não tem contra indica-
Deve-se estar atento, pois utilizar fórmu-
ções devido a não industrialização,
las sem orientação médica pode causar
sugerindo estar livre de substânci-
desde uma simples dor de cabeça à into-
as químicas. Tudo isso é reforçado
xicação grave com danos a órgãos im-
pela mídia e pela “fórmula” do ami-
portantes.
go da vizinha que ficou curado com a erva milagrosa. Porém, devemos estar atentos aos chazinhos e fórmulas naturais, pois podem atuar
Como alertou Paracelso há muitos séculos: “Não existe nada que não seja veneno. Somente a dose correta diferencia o veneno do remédio”.
como remédios industrializados. Fitoterápicos são medicamentos e seus componentes apre-
Dra Roberta Shirasaki
sentam reações químicas interagindo com o
CRM 13612 - Médica
Por que os dentes doem com sorvete? Uma das sensações bem desa-
No consultório ainda existem
gradáveis é a sensibilidade às trocas
alternativas para poder impregnar flúor
térmicas, gelado ou quente, que mui-
ao tecido da raiz como gel, verniz e
tas pessoas relatam. A maioria das
outros materiais contendo flúor. Mas
vezes isso ocorre devido a retração
quando já ocorreu uma perda de teci-
gengival, que acaba expondo a raiz,
do mineral da raiz (erosão) poderá, en-
que é muito sensível a estímulos ex-
tão, ser necessária realizar uma res-
ternos. Quando a retração é inicial e
tauração e, em casos mais extremos,
ainda não houve perda de substancia
até tratamento de canal poderá ser in-
mineral da raiz , muitas vezes esta sen-
dicado. É preciso lembrar também que
sibilidade desaparece espontaneamente, pois os
a sensibilidade pode ocorrer por outros fatores
próprios sais minerais na saliva irão se incorporar
como pós-operatório, depois de realizada uma res-
na raiz e torná-la mais dura e menos sensível.
tauração ou quando uma infiltração ou fratura de
Em outras vezes, pastas de dentes com dessensibilizantes ajudarão nesse processo. Ba-
uma restauração for observada. Portanto, é sempre necessária uma avaliação em seu dentista.
sicamente, o flúor é a principal arma neste tratamento, tanto nos dentifrícios (pasta de dentes) como na forma de enxaguantes bucais.
Dr. Marcelo Dorneles CRO 2914 – Dentista mbickeski@gmail.com
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CRÔNICA
O relógio na teta da vaca Lá estava ele no meio do nada, procurando um tal Lourenço, que garantiram ter a solução para suas dores. Depois de buscar tratamento em todos os cantos possíveis,
mente tirando o leite da vaquinha malhada próximo à porteira pintada de amarelo.
restou-lhe apenas a fé, a crença de que um benzedor pudesse dar jeito em sua coluna. E lá estava ele no meio do nada em busca do que, na sua vida era tudo naquele momento.
Com seu relógio consertado, disfarçou e levado pela curiosidade que lhe corroía lá foi ele novamente para o diálogo do absurdo:
Muitos quilômetros rodados mato adentro, por um trilho que lhe disseram chamar estrada e que lhe fazia pensar – se os buracos
- Olá meu amigo, quero te agradecer. Encontrei o sítio e o Lourenço. Estou voltando para mais uma benzedura.
são tantos, de onde vem tanta poeira? Pelo trajeto, sob o escaldante sol de dezembro atrás do tal
- Qui Deus lhe ajude. Deus é bão e justo. Sempre nus dá mais do que merecemo. E o sinhô continua cum pressa ?
Lourenço, cruzara com cavalos, bois e alguns poucos seres huma-
- É, continuo sim...
nos.
E disfarçando a tremenda curiosidade, aproveitou a deixa para Até que ao parar para abrir uma porteira pintada de amarelo,
indagar mais uma vez:
a dúvida que o caminho impunha, lhe empurrou até uma elevação, onde um velho caboclo tirava leite de uma magra vaquinha.
- E como o meu relógio continua quebrado, será que o senhor pode me dizer as horas novamente ?
- Bom dia meu senhor !
Com a mesma naturalidade e segurança da primeira vez, o
- Bão dia pru sinhô tomem, respondeu-lhe o caboclo.
peão empurrou a teta da vaquinha prá cá e prá lá e decretou fulminan-
- Estou procurando um tal Lourenço. Disseram que ele mora
te:
por aqui.
- Oito e trinta e três.
- Si fô o benzedô, o sinhô tá pertim. Mais duas léguas e o sítio dele fica às esquerda.
Agradeceu e se afastou rápido, o suficiente para conferir no relógio a exata informação do caboclo
- Puxa vida, até que enfim. Já faz quase três horas que eu estou na estrada e preciso voltar logo.
- Meu Deus, são mesmo oito horas e trinta e três minutos...A teta da vaca acertou de novo. Como isto é possível?
- Oceis da cidade parece escravo du relógio, né mermo ?
Dois dias se passaram e lá estava ele pela terceira vez.
- É verdade, o senhor tem razão. E por falar nisso, meu relógio quebrou, o senhor tem horas? E foi aí que tudo aconteceu...
Último da benzedura que já provocara reações positivas suficientes para colocar numa sinuca de bico sua descrença de certas coisas imateriais.
De cócoras ao lado da vaquinha, o velho peão se abaixou um
Sem querer buscar explicações para a fé, imaginou ser possí-
pouco mais, passou a mão no úbere do animal, empurrou para cá e
vel pelo menos tentar compreender como o velho caboclo aprendera
para lá e depois de um breve espaço de tempo lhe disse com absolu-
a ver hora certa na teta da sua vaquinha malhada.
ta firmeza:
- Olá meu amigo, tudo bem?
- Farta doze minutos prás oito horas. Só faltava isso...
Não quero atrapalhar a sua ordenha, mas gostaria de lhe perguntar, pela última vez, que horas são por favor ?
Ele, que imaginara ter visto de tudo na vida, não podia crer que a sabedoria popular iria lhe pregar mais uma peça.
- Dez prás nove – disse ele, não sem antes apalpar novamente a teta da malhada.
O que levara aquele peão, ao apalpar a teta de sua vaquinha,
Depois de confirmar no seu relógio – dez para às nove - não
afirmar com toda a segurança do mundo, que para as oito Horas falta-
se conteve e perguntou como ele conseguia aquela maravilha? De
vam certeiros doze minutos?
que maneira a sabedoria popular lhe ensinara a ver com tamanha pre-
Mesmo assim, não discutiu. Não tinha argumentos.
cisão as horas e os minutos pelo úbere de uma ruminante?
Ainda incrédulo, agradeceu e seguiu em busca do Lourenço Benzedor.
Foi quando o velho caboclo lhe explicou com a simplicidade dos felizes:
E agora, além da descrença de que a tal reza poderia lhe cu-
- Nada disso meu cumpadi.
rar, em sua cabeça estava também o relógio da teta da vaca. Voltou mais duas vezes ao sítio do Lourenço. Afinal, benzedura que se preza tem que ser feita pelo menos por três vezes, disse-lhe
enxergá o relógio da torre da igrejinha no povoado lá embaixo, tá vendo? Mário Motta
o tal.
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É que se eu num tirar a teta da vaca da frente, num consigo
No primeiro retorno, já conhecedor do caminho, saiu um pou-
Comunicador e educardor
co mais tarde da cidade, o suficiente para cruzar com o peão nova-
mariomottatv@gmail.com
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GASTRONOMIA
Comida e vinho em harmonia
Chef Helton Costa e sommelier Alberto Wirth aliam expertises na Cantina Sangiovese
H
á menos de um ano, Helton Costa
voltado à enogastronomia em Florianópolis
e Alberto Wirth decidiram harmo-
vingou quando ambos receberam um con-
nizar de vez suas áreas. O traba-
vite do jornalista Acari Amorim. “O Acari
lho já bem alinhado da dupla nos principais
estava há tempos com um projeto de unir
meios de hospedagem de Florianópolis
vinho e arte, exatamente o nome do espa-
como Il Campanário, Costão do Santinho e
ço inaugurado no ano passado em Santo
Grupo Spazio garantiu experiência de so-
Antônio de Lisboa. A ideia justamente era
bra para iniciar o negócio próprio. “A hote-
reunir boa gastronomia, adega e galeria.
laria nos deu versatilidade, trabalhamos
Assumimos na hora”, explica Wirth.
várias configurações de eventos e cardá-
Assim nasceu a Cantina Sangiovese,
pios. Trouxemos esta característica para o
com cardápio totalmente autoral elabora-
nosso negócio”, lembra Costa, com mais
do pelo chef Helton Costa. “Usamos técni-
de 20 anos dedicados à alta gastronomia.
cas clássicas da Toscana, mas não nos
Alberto Wirth é apaixonado confes-
engessamos nelas. A cozinha é totalmen-
so pelo mundo dos vinhos. Conhece como
te criativa, prioriza alimentos frescos na ela-
ninguém as particularidades de cada rótu-
boração de pratos. Além das massas
lo e, por isso mesmo, compartilha com toda
artesanais”, explica. Costa construiu reper-
propriedade sugestões a todos que dese-
tório gastronômico ao lado de grandes no-
jarem uma combinação equilibrada no pra-
mes como Jaceques Le Divellec (Paris) e
to e na taça. A ideia de montar um espaço
Richard Coutanceau (La Rochelle). Este ano ele foi eleito o chef do ano pelo Guia Comer e Beber da Revista Veja. E tem mais, a
Em casarão da década de 1920,
Cantina Sangiovese conquistou o título de
decorado com obras de artistas
restaurante revelação com a melhor carta
locais, Costa (E) e Wirth
de vinhos do Estado.
comandam espaço voltado à enogastronomia
Por trás dos vinhos, está Alberto Wirth e seus mais de 180 rótulos. Destaque para os finos de altitude produzidos na Serra Catarinense. Além dos já consagradas internacionais, ainda para degustação tem os orgânicos e biodinâmicos. “A cultura do vinho está aumentando. Antes a bebida era ligada a um perfil de consumidor, hoje já faz parte da rotina de várias pessoas. E esse comportamento só vai crescer. Na Cantina Sangiovese queremos
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proporcionar uma experiência única e saborosa aos que apreciam os prazeres da mesa”, finaliza Wirth.
Fotos: Divulgação
GASTRONOMIA
ONDE ENCONTRAR (48) 3371-1200
FAÇA TAMBÉM
Paleta de cabrito à moda Sangiovese * INGREDIENTES 1 paleta de cabrito de dois meses 1/2 cabeça de alho 1/2 cebola 2 ramos de alecrim 1 cálice de vinho tinto seco 2 batatas doce Azeite de oliva Sal e pimenta a gosto Folhas de manjericão
PREPARO Pegue a paleta de cabrito tempere com sal e pimenta acrescente o alho cortado ao meio e os ramos de alecrim. Regue com azeite de oliva e enrole em papel alumínio. Leve ao forno a 120 graus por quatro horas. Lave bem as batatas, corte em rodelas de um centímetro mais ou menos, em uma assadeira mergulhe as rodelas de batatas em azeite de oliva e leve ao forno a 80 graus por
uma hora. Retire o papel alumínio da paleta e deixe dourar em forno a 200 graus por vinte minutos. Escorra as rodelas de batatas disponha no prato e coloque a paleta sobre as batatas. Corte a cebola em finas fatias, refogue com uma pitada de açúcar, acrescente o vinho e deixe reduzir 70% de seu volume. Rasgue as folhas de manjericão acrescente ao molho e desligue o fogo. Sal e pimenta a gosto. Regue a paleta e as batatas com o molho e sirva. Importante: a paleta deve ser de cabrito que só tenha se alimentado de leite e pode-se isso conseguir com a associação dos criadores de cabrito de Santa Catarina. Os de melhor qualidade encontram-se na região de Ratones em Florianópolis. Para uma harmonização perfeita, a sugestão é um bom vinho chileno como Caballo Loco número oito. *Receita para quatro pessoas
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SOCIAL CASE DE NEGÓCIOS
Posse AMC autoridades estaduais e municipais, empresários e líderes
nova diretoria da Associação dos Magistrados
de classe. Recepcionado os convidados, novo presidente,
Catarinenses (AMC), que comandará a entidade no
Sérgio Luiz Junkes, o primeiro vice-presidente, Mônica
triênio 2012/2015. O evento realizado na sede balneária,
da Lucca Pasold, e o segundo-vice, Antônio Carlos
na Cachoeira do Bom Jesus, contou com a presença de
Bottan, além dos membros dos conselhos deliberativo e
juízes, desembargadores, advogados, promotores,
fiscal. Confira alguns momentos da noite.
Fotos: Terezinha Bonfanti
No dia 10 de março, aconteceu a solenidade de posse
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1 - Membros da diretoria, Conselho fiscal e Conselho deliberativo empossados | 2 - José Agenor de Aragão, Sérgio Luiz Junkes e Altamiro de Oliveira | 3 - Bianca Sens dos Santos e Paulo Ricardo Bruschi | 4 - João Eduardo Souza Varella e Paulo Ricardo Bruschi | 5 - Paulo Ricardo Bruschi e Silvio Franco | 6 - Luiz Felipe Siegert Schuch e Paulo Ricardo Bruschi.
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SOCIAL
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7 - Luiz Henrique Bonatelli e familia | 8 - Éric Junkes, Sérgio Luiz Junkes, Artur Junkes e Amélia Junkes | 9 - Paulo Ricardo Bruschi e Altamiro de Oliveira | 10 - Paulo Ricardo Bruschi e Sérgio Luiz Junkes | 11 - Sandra Bruschi e Amélia Junkes | 12 Janiara Maldaner e Sandra Bruschi | 13 - Francisco Junkes, Sérgio Luiz Junkes, Teresinha Junkes | 14 - Claudia Ferreira Menezes da Silva e Décio Menna Barreto | 15 - Mariele, José Inácio e Ivone Schaefer | 16 - Walter Wandelli e esposa.
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SOCIAL CASE DE NEGÓCIOS
Posse AMC
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17 - Altamiro de Oliveira e Tatiana | 18 - Sônia Maria Mazzetto Moroso Telles e Lilian Telles | 19 - Adriana Moreira e Walmir Francisco Moreira | 20 - Andrea da Silva e Cristine Martins | 21 - Anuska Felski da Silva, Liana Bardini Alves e Taynara Goessel | 22 - Francisco Junkes, Sérgio Junkes, Amélia Junkes e Teresinha Junkes | 23 - Lady, Anselmo Cerello, Valéria Schmitz e Raulino Broering | 24 - Camila Coelho, Rafael Bottan e Viviana Cazaniga | 25 - Eni Raupp Pereira e Astrogildo Pereira | 26 - Laudenir Petroncini e esposa.
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SOCIAL
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27 - Victor Sebem Ferreira e Rosita Ferreira | 28 - Sandra e Paulo Bruschi | 29 - Adriana e Saul Steil | 30 - Mariana Franco e Silvio Franco | 31 - Jairo Fernandes Gonรงalves e esposa | 32 - Dinรก e Claudio Dutra | 33 - Emery Oscar Valentim e Neuza Valentim | 34 - Henry Goy Petry Junior e Izabel Petry | 35 - Carmem Goulart da Silveira e sua filha, e Neiva Pedroso | 36 - Amauri Zabot e Simone Boing Guimarรฃes Zabot.
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SOCIAL
Posse AMC
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37 - Solange Mello, Julio Mello e Ana Carolina Mello | 38 - Janiana Maldaner e Guilherme Corbetta | 39 - Sérgio Luiz Junkes, Amélia Junkes, Rosane Portella Wolff e José Carlos Kohler | 40 - Francisco José Silva Gravina e Cíntia Gonçalves Costi | 41 - Cesar Luiz Pasold, Mônica Elias de Lucca Pasold, Amélia Junkes e Sérgio Luiz Junkes | 42 - Moacir Pereira e esposa | 43 - Antônio Carlos Bottan, Sérgio Junkes, Mônica Elias de Lucca Pasold | 44 - Cesar Luiz Pasold, Mônica Elias de Lucca Pasold, Inens José Thives de Carvalho, Sérgio Luiz Junkes , Adriano Péres, Quitéria Tamanini Vieira Péres e Simone Faria Locks Rodrigues | 45 - Vanderlei Romer, Adriana Oliveira Romer e Maria Luisa Romer
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