Revista Olha! - 4ª edição

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NÚmero 4 aNo o edição 4 abril 2013

issN 2317-1995

r$ 4,90

Escrachado O uso da tecnologia na sala de aula sob a visão do estudante Jadson de Araújo Cult na visão de Arary Marrocos, arte é transformação, mas a cultura não é prioridade para os governantes

jovens de sucesso

O ExEMPlO DE AllAn PODE SER UMA inSPiRAçãO

abrir o próprio negócio envolve riscos, planejamento e superação de desafios Conheça a história de pessoas que arriscaram e viram dar certo Especialista aponta a melhor forma para entrar no competitivo mercado

w w w. r e v i s ta o l h a .c o m . b r

EntrEVistão: EspEcialista na árEa DE EDucação fÍsica, WallacY fEitosa fala sobrE a prática DE ExErcÍcios DE forMa sauDáVEl E o uso DE anaboliZantEs, alÉM DE EsclarEcEr outras DÚViDas sobrE coMo conQuistar uM corpo pErfEito, obJEtiVo DE granDE partE Dos JoVEns brasilEiros




listão

31 março 2013 edição 4

Frases de impacto Para inspirar o leitor, a cada abertura de seção a Revista Olha! interage com fras

olha! nossa capa foto Priscila Fontinele MODELO da capa Allan Porto foto das aberturas de seção Priscila Fontinele MODELO das aberturas de seção Gíovanna Freitas

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14 Empreendedores Veja exemplos de jovens que, apesar da pouca idade, conseguiram a independência profissional abrindo o seu próprio negócio. Sucesso é a palavra de ordem para eles

34 Entrevistão O professor de Educação Física Wallacy Feitosa alerta para a prática de exercícios com objetivo de conquistar um belo corpo. Fique por dentro também das consequências da utilização de anabolizantes no processo

Eu mesmo

24 Prática esportiva Escolas de Caruaru estão investindo cada vez mais no futuro esportivo dos seus alunos. Bom para o aprendizado que ganha um reforço extra, difundido entre a vida escolar e profissional dos estudantes 30 Eu sou O senso de humor no tratamento de alguns assuntos tornou o estudante de Publicidade Antonio Henrique conhecido nas redes sociais

Os outros

38 Escrachado O estudante de Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Jadson de Araújo, opina sobre a utilização da tecnologia na sala de aula e a falta de preparo por parte dos professores 40 Deu/Não Deu Passados 10 anos após a aprovação da Lei que orienta o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana na educação básica, nada foi feito


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ses de impacto de escritores brasileiros.

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46 Comigo foi assim Conheça um pouco da história de luta em prol dos menos favorecidos travada pela irmã Werburga Schaffrath, à frente da administração do Centro Social São José do Monte. Seu envolvimento com Caruaru começa no ano de 1969, quando saiu da Alemanha para trabalhar no Colégio Sagrado Coração

50 Cult Aos 74 anos, Arary Marrocos é mesmo um nome de resistência no teatro caruaruense. Natural de Belo Jardim, ela também é cidadã caruaruense de fato e de direito e, sua trajetória se confunde com a história do teatro na Capital do Agreste

Fora do ar

44 Bastidores A faculdade Asces lembrou o Dia Mundial da Água com ação de conscientização voltado à população. Ao todo, 30 estudantes se revezaram nas atividades que aconteceram durante todo o dia

Ser, ter e escolher

52 Consumão Os suplementos alimentares são preparações destinadas a complementar a dieta e fornecer nutrientes para o corpo, tais como: vitaminas, minerais, fibras, ácidos graxos ou aminoácidos. O consumo desses produtos está em alta pelos praticantes de exercícios físicos 54 Campanha O livro “Juntos para Sempre”, de Walcyr Carrasco, está entre as nossas sugestões de leitura. Veja o restante das indicações 58 Fim


mente aberta seguidores na rede

nossos

“Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo.” Paulo Freire

Sucesso! Uma palavra que soa bem para qualquer pessoa, sobretudo para os jovens. Em alguns casos ela também pode ser vista como desafio, sobretudo quando se tem uma vida inteira pela frente. Cobranças a parte, o sucesso é uma verdade que move os passos das pessoas quando o que está em jogo é a ascensão no mercado de trabalho. Cada vez mais cedo, os jovens estão tomando iniciativas que resultam na independência financeira, deixando a diversão um pouco de lado. Daí vem a pergunta: será que esse público está mais preocupado com o futuro, ou o amadurecimento profissional está chegando cedo demais? Antes de tentar responder esta pergunta, vamos a alguns números de mercado. Segundo levantamento do instituto Data Popular, existem 1,5 milhão de jovens empreendedores no Brasil, com idade entre 16 e 24 anos. Desse total, 52,6% faz parte da classe média, 37,6% são da faixa de baixa renda, e 10,1%, da alta renda. Na divisão regional, o Nordeste lidera com o maior número desses empreendedores (36%), seguido por Sudeste (29%), Sul (16%), Norte (12%) e CentroOeste (7%). Outros 22 milhões de jovens entre 16 e 24 anos desejam abrir seu próprio negócio em algum momento da vida, sendo 58,7% deles do sexo feminino e 41,5% do masculino. Os dados são de janeiro desse ano.

Enid Medeiros Fiquei muito satisfeita em saber que Caruaru agora pode contar com uma revista séria e de conteúdo relevante. Sucesso para todos que fazem a Revista Olha! via facebook

Entre os motivos mais cotados para ser dono do próprio negócio está a possibilidade de se fazer o que gosta. Então, a conclusão que vem de imediato é que o jovem encontra na gerência do próprio negócio a chave para a independência financeira. Mas, nem sempre esse é o caminho mais indicado. A falta do tino empreendedor pode prejudicar a pessoa que não busca subsídios para fortalecer o negócio logo nos primeiros meses de vida, estando fadado a falência. Nesta edição procuramos mostrar um panorama da personalidade e iniciativa de alguns jovens no mercado, além da avaliação de um profissional do setor que levanta alguns pontos positivos e negativos na hora de empreender. Além de trabalhar com os jovens que demonstram habilidades com o mercado, a preocupação com a saúde e o bem estar também é presença garantida nesta edição. Convidamos um profissional da área de educação física para falar sobre os perigos e benefícios de quem busca nos exercícios físicos o caminho para um corpo perfeito. Além do mais, dentro do ambiente escolar, acompanhe o exemplo de jovens que encontram na prática esportiva a saída para aumentar o seu rendimento intelectual. Preparamos uma edição com muitas orientações sobre vários assuntos que deixarão você muito bem informado. Boa leitura! Robson Meriéverto​n - editor

Kleber Lindoso Ficou muito boa a revista, cara! via facebook

Ulisses Freire Parabéns a Revista Olha pelo trabalho maravilhoso que estão fazendo. via facebook

Clivia Rossana Parabéns para toda equipe da Revista Olha!, sempre preocupada em trazer para nós leitores um produto de qualidade. via facebook

Julianna Morais O conteúdo da Revista Olha é impressionante. Cada vez que compro uma nova edição me surpreendo com as matérias que sempre se encaixa perfeitamente com algo do nosso cotidiano. via facebook Adriano Kinney Ótimo tema. Ótima postura. Linda e inteligente. Parabéns! via facebook

Prazeres Barbosa Muito bommmmmmmmmm! Parabéns, meninos lindos e talentosos da revista Olha! É só sucesso! Uhuuuuuuuuuuu via facebook Diana Bezerra Quero o meu exemplar! via facebook

Valéria Moura Ganhei a revista desse mês e confesso que gostei muito! Parabéns! via facebook


Professor dos Cursos de Saúde da Faculdade Asces e coordenador do curso de Bacharelado em Educação Física, também é mestre em Educação Física pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e Doutorando em Saúde Pública pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) – Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães (CPqAM). Seu envolvimento com a área de saúde veio desde muito cedo.

Wallacy Feitosa

Werburga Schaffrath,

ou simplesmente irmã Werburga, tem na sua história de vida um ideal de fraternidade para com os mais necessitados. Responsável pela administração do Centro Social São José do Monte, uma das mais respeitadas instituições de caridade da cidade. Seu envolvimento com Caruaru começou em 1969, quando aqui veio morar. De lá até hoje, muitas pessoas já foram ajudadas pelo seu esforço.

Arary Marrocos, 74 anos, é mesmo um nome de resistência no teatro caruaruense. Natural de Belo Jardim, Arary é atriz, produtora, educadora, advogada e contabilista. Sua trajetória se confunde com a história do teatro na Capital do Agreste. Junto com seu marido, Argemiro Pascoal, foi responsável pela fundação de um dos mais importantes grupos de teatro da região o TEA (Teatro Experimental de Arte).

colaboradores

Laudemiro Ferreira

é gestor de Projetos, Comércio e Turismo do Sebrae Caruaru há 13 anos, sendo um dos responsáveis pela prestação de consultoria para a abertura de novas empresas na cidade e região. Sua formação superior engloba a área do Direito pela faculdade Asces. Atualmente está fazendo especialização em Desenvolvimento Local Sustentável pela Universidade de Valência, na Espanha.

Karllos Adriano A revista chegou para mim aqui no escritório. via facebook

Rose Silva Adorei participar dessa maravilhosa matéria da revista Olha! via facebook

Silvânia Lima Gostei muito da revista. Parabéns para toda equipe que proporciona um conteúdo de qualidade para nós leitores. via facebook

Iago Barbosa Que reportagem linda. Sucesso para vocês. via facebook

Thereza Cristina É sempre algo inquietante questionar os lugares ‘naturalizados’ do ser humano, afinal de contas nada que é do humano é natural! Muito preciso e pontual o texto! via facebook Nicholas Medeiros Mais Olha! isso, muito bom... via facebook

Iara Albuquerque Muito sucesso para todos que fazem a Revista Olha! Parabéns pelo produto de excelente qualidade. via facebook

Berg Santos A Revista Olha! tem um texto de fácil leitura e entendimento, com matérias extremamente essenciais e com qualidade. Tudo isso feito por pessoas que se destacam pelo profissionalismo e caráter. via facebook

Thaís Arruda A cada edição me surpreendo ainda mais com a beleza e qualidade dos textos da revista. Parabéns pessoal! via facebook



se liga experiêcnia A Favip DeVry premiou cinco alunos com uma viagem para os Estados Unidos. A experiência internacional faz parte do programa DVB Internacional Academic Award, que tem como objetivo reconhecer os estudantes que melhor traduzem a proposta de educação internacional da instituição. A seleção foi feita avaliando critérios como bom desempenho acadêmico, domínio da língua inglesa e participação em projetos sociais. Os alunos contemplados terão todos os custos de transporte aéreo e terrestre, hospedagem e refeições pagos pela faculdade. A previsão é de que o embarquem aconteça entre junho e julho deste ano.

A ideia é que o livro também seja adotado por escolas municipais

Visita Membros da Fiocruz-PE visitaram as instalações do Laboratório Escola e de Práticas Clínicas da Faculdade Asces. A visita teve o propósito de classificar os níveis de biossegurança, mediante as ações realizadas por professores e estudantes. A comitiva foi acompanhada por membros da instituição, incluindo a coordenadora de Biossegurança Evanísia Araújo. “É importante tomar consciência dos procedimentos que devem ser realizados ao adentrar nestes locais. Quando se tem esse conhecimento, previnem-se acidentes, que é a importância principal junto aos estudantes, professores e colaboradores”, explica.

paradidático

‘Terra de Caruaru’ nas escolas o trabalho está na sua 6ª edição e lembra os 40 anos de morte do autor O livro Terra de Caruaru, do escritor caruaruense José Condé, foi adotado como paradidático em turmas do ensino médio de três instituições de ensino de Caruaru: Colégios Sagrado Coração, Alternativo e Antenor Simões. A obra foi reeditada pelo historiador Walmiré Dimeron, que faz questão de enaltecer a importância do trabalho do escritor para a literatura caruaruense. O livro está em sua 6ª edição e lembra os 40 anos da morte do autor. Sobre a importância da utilização do romance no processo de aprendizagem dos alunos, Walmiré diz que “sempre tive em mente que esse livro é um instrumento de reverência não apenas a memória do seu autor, mas também ao legado dos irmãos Condé”. Sobre a escolha do livro, Walmiré diz que “trata-se de um ícone da nossa identidade cultural, que permanece no inconsciente coletivo dos caruaruenses e é obra indispensável aos que se dedicam a compreender nosso passado”, afirma. Essa nova edição além de promover o reencontro do autor com gerações saudosistas é também dedi-

fotos: divulgação

cada aos leitores do futuro, convidados a conhecer sua terra de maneira diferenciada. Por isso, o historiador espera que a adoção do trabalho seja ainda mais abrangente. “Espero que outras unidades de ensino também sigam o exemplo, não apenas da rede particular, mas também e, principalmente, as escolas das redes pública municipal e estadual”, completa Walmiré. O livro é considerado um clássico nacional, sendo o principal trabalho do caruaruense José Condé, responsável pela projeção e o definitivo ingresso no seleto grupo que revolucionou a moderna literatura brasileira. Terra de Caruaru é um romance ambientado nos anos 20, na cidade natal do escritor. Ele trata dos conflitos gerados durante a transição do mundo rural, tradicional, violento, para a cidade, traçando um panorama do cotidiano das cidades do interior nordestino, onde coronéis, prostitutas, cangaceiros, sonhadores, boêmios e outros tipos populares desfilam ante o leitor, compondo um dos mais fascinantes enredos da literatura ficcional.

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se liga Nova direção A Fafica começou o ano dando boas vindas ao novo diretor da instituição, o padre Luís Carlos do Nascimento. Ele guarda uma relação de longa data com a instituição. É egresso dos cursos de graduação em Letras, de pós-graduação na área de Educação, além de ter sido coordenador do curso de Teologia, durante quatro anos. Agora na direção da instituição, seu propósito é manter uma gestão colegiada, fortalecendo a relação professor-estudante, além de estimular a curiosidade intelectual. Desafios Depois de 20 anos a frente da direção da Fafica, o padre Everaldo Fernandes deve se dedicar a uma nova missão, sem deixar de lado a envolvimento educacional. Com a aprovação e nomeação em um concurso público para o cargo de professor no Centro Acadêmico do Agreste, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), ele retorna as salas de aulas, agora em casa nova.

O cursinho popular é fruto de uma iniciativa às políticas públicas

Protesto Estudantes da rede estadual de ensino organizaram uma série de protestos contra a mudança na direção de algumas escolas. Segundo os manifestantes, eles foram pegos de surpresa com a substituição dos gestores sem consulta prévia. De acordo com o diretor da GRE, Antonio Fernandes, o processo para escolha dos gestores faz parte de seleção legítima com publicação no Diário Oficial, não havendo nada de errado. “Lutamos pelo direito do aluno poder participar da escolha, pois uma prova não é suficiente para aferir a competência de uma gestora que já está há anos a frente do comando da Escola. O que está sendo questionado são os critérios para a escolha dos gestores, e não a competência dos candidatos”, justifica o presidente da UESC, Gleison Rodrigues.

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Segundo o jovem, o cursinho foi de fundamental importância para a conquista

Conquista O estudante Marcelo Serra Diniz foi aprovado em 1º lugar no Programa Universidade para Todos (ProUni) do governo federal, para o curso de Jornalismo, na Favip. Marcelo estava matriculado no Cursinho Popular Edilson de Góis, que nasceu a partir de uma iniciativa da prefeitura, no governo Tony Gel, como incentivo às políticas públicas para a Juventude. “Ter frequentado o cursinho me ajudou bastante, principalmente na área de Exatas, na qual sempre tive dificuldade”, afirma o jovem.

Acontecendo. Fique por dentro das novidades que estão rolando pelo movimentado mundo educacional, da escola à universidade Cidadania No último dia 2 de abril, Dia Mundial de Conscientização do Autismo, o Colégio Criativo sediou evento abordando o tema “Autismo: uma maneira diferente de ver o mundo”. Para a ocasião, os pais dos alunos e demais responsáveis foram convidados para participar de palestras, ministradas por profissionais de psicologia e áreas afins. Autismo é um transtorno global do desenvolvimento marcado por três características: Inabilidade para interagir socialmente; Dificuldade no domínio da linguagem para comunicar-se ou lidar com jogos simbólicos; Padrão de comportamento restritivo e repetitivo.

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Avaliação O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, anunciou o fechamento temporário de autorização para novos cursos de direito e o cancelamento de vestibulares para todos os cursos cujos alunos formados tenham tirado nota até três no Conceito Preliminar de Curso (Indicador CPC, do MEC). O Acordo de Cooperação Técnica assinado entre o MEC e a OAB vai definir este ano novos critérios para autorização e reconhecimento do curso de bacharel em direito, além da identificação periódica de demanda quantitativa e qualitativa dos profissionais da área. Hoje, há no Brasil 1.200 cursos de Direito.

Prêmio Estão abertas até o dia 31 de maio as inscrições para o Prêmio Gestão Escolar (PGE) 2013. As escolas interessadas podem participar pelo endereço eletrônico www.consed.org. br, onde é realizado o cadastro da unidade e os demais procedimentos de inscrição. Qualquer escola pública pode concorrer. Antes da etapa nacional, as escolas serão avaliadas regional e estadualmente por comissões em cada uma das Gerências Regionais de Educação (GREs), e também na Secretaria de Educação do Estado (SEE). A escola eleita Destaque Estadual recebe, além do certificado, um recurso de R$ 7 mil, e as unidades escolhidas Destaques Regionais recebem R$ 4 mil.

Incentivo Os municípios pernambucanos que obtiverem o maior Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) serão premiados pelo Governo do Estado. Será entregue um ônibus para transporte escolar rural a cada município. Além disso, os professores efetivos que integrem a rede de ensino desses municípios também ganharão um tablet. O Governo está destinando R$ 4 milhões para compra de 27 ônibus e RS 7,8 milhões para aquisição de tablets, que beneficiarão mais de oito mil professores. Para o Programa Estadual de Transporte Escolar (Pete) os recursos somam R$ 41,5 milhões.

Intercâmbio A UFPE foi contemplada com dez bolsas para alunos de graduação no Programa de Bolsas LusoBrasileiras Santander Universidades. Os interessados devem se inscrever de 22 deste mês a 24 de maio. O programa tem como objetivo contribuir para o intercâmbio de estudantes de instituições de ensino brasileiras e portuguesas. A bolsa é no valor de R$ 8.905,71, equivalentes a € 3.300,00, para o semestre acadêmico, que deverão ser administrados pelo aluno durante o período em que ele estiver no exterior. A viagem está prevista para setembro deste ano.

fotos: divulgação


Convênio

Na prática Através de estágio, 20 estudantes do curso de Direito da Faculdade Asces atuaram ativamente no Juizado do Torcedor em uma partida realizada no mês de março, pela oitava rodada do Campeonato Pernambucano. A partida aconteceu no Estádio Luiz José de Lacerda, em Caruaru, no jogo do Central Sport Club contra o Clube Náutico Capibaribe. Sob a supervisão de dois professores advogados da Faculdade os estudantes participaram das ocorrências e audiências realizadas no Juizado Especial Cível e Criminal do Torcedor, vivenciando na prática os crimes como são julgados e resolvidos, e aprendendo o desenvolvimento dos roteiros previstos pela lei.

ensino As faculdades trocaram atividades acadêmicas

A reitora da Universidade de Málaga (UMA), na Espanha, Adelaide de la Calle e o diretor presidente da Faculdade Asces, Paulo Muniz, assinaram um acordo de colaboração para teses de doutorado em regime de co-orientação, fazendo o possível para obter o grau de doutor em ambas as universidades. A duração dos trabalhos de preparação das teses está dividida entre as duas universidades, enquanto o doutorando terá um diretor em cada instituição. Os responsáveis pela UMA e Asces também assinaram um acordo que prevê a troca de atividades acadêmicas e científicas, a fim de reforçar o intercâmbio de professores e pesquisadores e aprofundar a organização de atividades de investigação conjuntas.

Jornada Tecnológica

Disseminando conhecimento o evento já está na sua sexta edição e vai acontecer em abril

Com a proposta de discutir o tema “Tendências e Novas Visões no Universo Mobile” a Fafica programa para abril, mais precisamente entre os dias 22 e 26, a sexta edição da Jornada Tecnológica. O objetivo principal do evento, segundo o coordenador dos cursos de Tecnologia da instituição, Rodrigo Lopes, é disseminar o conhecimento tecnológico no meio acadêmico, bem como motivar jovens, alunos, pesquisadores e profissionais liberais a desenvolver novos

O evento deve discutir tendências e novas visões no universo mobile

Gênero e Educação O Grupo de Pesquisa “Educação, Inclusão Social e Direitos Humanos” da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Centro Acadêmico do Agreste (CAA), em parceria com a Fafica realizaram o II Seminário “Gênero e Educação”, nos primeiros dias do mês de abril. O evento discutiu assuntos ligados ao dia a dia dos alunos, além de assuntos polêmicos, como Pornografia, Erotismo, Submissão e a Sexualidade da Mulher. Também serviu como mote de discussão a luta da mulher ao longo da história política brasileira. Mesas redondas, mostra fotográfica e oficina temática ajudaram a compor a programação.

Haverá espaço aberto para discutir a educação do futuro

talentos, utilizando criatividade e novas tecnologias. Para participar do evento foi convidada uma equipe multidisciplinar de profissionais do Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (C.E.S.A.R.), que vai se aprofundar em discussões sobre dispositivos móveis e inteligência artificial, educação do futuro e cidades inteligentes. Para saber de mais informações sobre a Jornada basta acessar o site http://jornada.fafica.com.

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“No alheamento da obscura forma humana, De que, pensando, me desencarcero, Foi que eu, num grito de emoção, sincero Encontrei, afinal, o meu Nirvana!” Augusto dos Anjos

eu mesmo


mo


JO VE NS

empreenderores


A DiStÂnCiA EntRE O SOnHO E O SUCESSO PROFiSSiOnAl MUitAS VEZES É MEnOR DO QUE SE PODE iMAGinAR. PORÉM, AinDA SãO POUCAS AS PESSOAS QUE OUSAM ARRiSCAR E VEnCER AS BARREiRAS QUE DiViDEM ESSES DOiS MUnDOS. JOVEnS ViSiOnÁRiOS QUE tROCAM AS FEStAS E SAíDAS nOtURnAS COM OS AMiGOS POR UM FUtURO PROMiSSOR, EStãO CADA VEZ MAiS PRESEntES nAS CiDADES. CADA UM A SEU MODO EStÁ nA BAtAlHA PElO AlMEJADO SUCESSO, À CUStA DE MUitA PERSEVERAnçA E SEM MEDO DE EnCARAR OS DESAFiOS. PESQUiSAS APOntAM QUE, A CADA DiA, MAiS E MAiS EMPREEnDEDORES EntRAM nO MERCADO. COM OU SEM PlAnEJAMEntO, inFEliZMEntE, POUCOS DElES COnQUiStAM UM lUGAR AO SOl. AlÉM DA GAnA CARACtERíStiCA, O QUE PODE AJUDAR SãO AS ORiEntAçÕES OFERECiDAS POR EMPRESAS ESPECiAliZADAS.


capa no alto dos seus 24 anos, o jovem Allan Porto pode ser considerado um empreendedor nato. Ainda concluindo a faculdade de Arquitetura e Urbanismo ele resolveu aproveitar toda experiência em estágios para planejar a abertura de um escritório. Mas, se engana quem pensa que o passo foi dado sozinho. A não menos visionária, Raissa Borba, 22 anos, foi a sua companhia na empreitada. Cursando o 9º período de Direito, a experiência no mercado de trabalho 1 também foi conquistada da mesma forma que Allan, que, por sinal, também é o seu namorado. “normalmente os jovens esperam a conclusão da faculdade para entrar no mundo dos negócios. A gente resolveu antecipar essa fase e buscar a estabilidade ainda na faculdade”, diz Raissa. Unindo forças e experiências, Allan e Raissa montaram um escritório de arquitetura com serviços de legalização de imóveis. “Aproveitamos a experiência dos nossos estágios com a demanda crescente pelo serviço e montamos o escritório no acesso para os bairros da Boa Vista i e ii, aqui em Caruaru”, justifica Allan. Para que o escritório fosse firmado no mercado, mais um sócio foi admitido. “Como ainda não somos formados, precisávamos de um profissional que pudesse emprestar a sua experiência para esse nosso empreendimento”, completa o jovem arquiteto. Pelo visto os negócios andam de vento em popa, tanto que o casal de empresários tem planos ambiciosos para o futuro. “isso aqui é só o primeiro passo. Já temos muitas ideias na cabeça para implementar o escritório com outros serviços”, adianta Allan. A entrada no mercado de trabalho começou como a maioria dos jovens, ainda aos 18 anos. Ele já envolvido com a área burocrática da construção civil, e ela no comércio. O capital para o início do negócio veio a partir da economia que ambos faziam com o dinheiro que já ganhavam. “nos conhecemos porque estagiávamos na mesma empresa, só que, em departamentos diferentes”, explica Raissa. Juntar a arquitetura, com os serviços de legalização imobiliária foi uma sacada de mestre, prova disso são os resultados que o escritório vem tendo em seis meses de funcionamento. O reconhecimento da clientela veio mais rápido do que eles esperavam. Apesar da pouca idade, e feições que nada se assemelham as experiências vividas, o preconceito também esteve presente na vida de ambos, mas logo se desfez devido a firmeza com que lidavam com os casos. Apesar da pouca idade, a ambição para com o futuro no mercado impressiona, assim como o pé no chão quando o que está em jogo é a administração dos lucros. Allan pretende terminar a faculdade e investir ainda mais na sua formação profissional, estando o Direito entre os planos. Já Raissa pensa em expandir o campo de atuação, abrindo uma loja de roupas. “não gosto de fazer uma coisa só. Diversificar minha área de atuação me traz segurança”, comenta. Para se ter ideia do empreendedorismo aguçado da jovem, a experiência com a venda de roupas começou sem muita pretensão. Ela costumava oferecer roupas e bijuterias as amigas e vizinhas. “O negócio foi dando tão certo que, antes de abrir a loja, importei umas peças que já foram todas vendidas, antes mesmo de acabar a reforma do espaço que aluguei para montar o negócio”. Quanto a opinião dos pais sobre o empreendedorismo precoce dos jovens, a montagem do escritório recebeu todo apoio. “Desde pequeno que busco inspiração no meu pai para pensar em algum negócio. Como ele gostava muito de desenho, acabei me familiarizando, sendo essa a área que resolvi me especializar”, diz Allan. Sobre a necessidade de ganhar o próprio dinheiro, o jovem diz que foi um excelente passo. Quanto a Raissa, apesar dos pais investirem sempre na sua formação, a inspiração para o empreendedorismo veio a partir da vontade própria. “Para o escritório, o incentivo dos meus pais foi de fundamental importância. Já em relação a abertura da loja, minha mãe não é muito de acordo. Ela tem medo que eu não consiga administrar todas essas atribuições”. Outro bom exemplo de empreendedorismo, e, acima de tudo, de gana quanto a obtenção de um bom resultado profissional é o do tam-

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“aproveitamos a experiência dos estágios para montar o escritório. isso é só o primeiro passo. Já temos muitas ideias na cabeça para implementar o negócio com outros serviços” allaN POrTO


“Normalmente os jovens esperam a conclusão da faculdade para entrar no mundo dos negócios. a gente resolveu antecipar essa fase e buscar a estabilidade ainda na faculdade”

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Para os profissionais de economia criativa, uma das opções é ser um Empreendedor individual (Ei). Com uma pequena contribuição mensal, o empreendedor terá direito a benefícios previdenciários, a emitir nota fiscal, vender para grandes empresas e para os governos e até contratar funcionários. Para ser um empreendedor individual, é necessário faturar hoje no máximo até R$ 60 mil por ano ou R$ 5 mil por mês e não ter participação em outra empresa como sócio ou titular. Pela lei Complementar nº 128, de 19/12/2008, o trabalhador conhecido como informal pode se tornar um Empreendedor individual legalizado. Ele passa a ter CnPJ, o que facilitará a abertura de conta bancária, o pedido de empréstimos e a emissão de notas fiscais. Será enquadrado no Simples nacional e ficará isento dos tributos federais (imposto de Renda, PiS, Cofins, iPi e CSll). O único custo da formalização é o pagamento mensal de R$ 27,25 (inSS), R$ 5 (Prestadores de Serviço) e R$ 1 (Comércio e indústria) por meio de carnê emitido exclusivamente no Portal do Empreendedor. Com essas contribuições, o Empreendedor individual terá acesso a benefícios como auxílio maternidade, auxílio doença, aposentadoria, entre outros.

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capa bém jovem empreendedor Marcos Augusto, 31 anos. Formado em Publicidade e Propaganda, o gosto pelas ideias inovadoras surgiu meio que por acaso. “Sempre tive a pretensão de seguir as áreas de Arquitetura ou Engenharia Civil, mas, a vida acabou me colocando em um caminho diferente, não menos prazeroso”, lembra. Já no quarto período da faculdade, na intenção de expandir o seu conhecimento, Marcos se matriculou em um curso. “na época tive de dar um duro danado para conseguir dinheiro para pagar esse curso e também a faculdade. Até fui junto com a minha mãe vender caldinho na festa de uma cidade próxima”, recorda. não demorou muito para que esse esforço fosse recompensado, sendo chamado para trabalhar em uma gráfica usando um pouco do que havia aprendido. “Depois de nove meses nessa gráfica, fui convidado para trabalhar em uma empresa de comunicação da cidade. Foi o meu primeiro estágio na área”. Um ano e meio mais tarde, na mesma empresa que ele trabalhava surgiu a oportunidade de ingressar na área de criação. “na faculdade eu era visto como precoce por alguns colegas, pois era o único da turma que já estagiava na área, em decorrência do restrito mercado publicitário de Caruaru”, afirma. Alguns anos mais tarde e a carteira profissional assinada, Marcos começou a se questionar para onde cresceria dentro da empresa, já que tinha chegado até o cargo máximo que podia ocupar. inquieto e com tino empreendedor apurado, aos 27 anos, Marcos resolveu unir forças com um amigo e formaram uma sociedade, dando o pontapé

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inicial para a abertura de uma empresa. A experiência acabou não dando muito certo. Sociedade então desfeita, o jovem voltou praticamente à estaca zero. “Fiquei trabalhando em casa mesmo, com alguns trabalhos de ‘freelancer’. Dois meses depois, ficou bem difícil receber os clientes em casa, me obrigando a procurar um lugar que comportasse o crescimento dos trabalhos”. Aos 28 anos de idade, o passo rumo à independência profissional se tornaria inevitável. Foi quando usou toda a experiência que tinha acumulado nos nove anos de mercado. “Aluguei uma sede própria, dividindo o imóvel com um colega advogado. nesse meio tempo, meu trabalho não estava sendo suficiente para atender a demanda de clientes, tendo de contratar outra pessoa”, diz. Um ano mais tarde, resolveu ampliar ainda mais o negócio, admitindo a entrada de um sócio no empreendimento. “Esse passo acabou sendo muito bom para a empresa, pois hoje já contamos com outras cinco pessoas trabalhando conosco, além de nós dois como sócios”. Muitas dificuldades foram aparecendo. “Reforma de espaço, aquisição de móveis... Mas, o segredo é não se deixar abater e seguir com a mesma garra e empolgação do início”, enfatiza Marcos. Hoje, a cartela de clientes já é 60% maior do que quando começou no ramo. E a pretensão do jovem empresário é continuar em ascensão no mercado. “Quando lembro que já tive de vender caldinho em uma festa com a minha mãe para conseguir dinheiro para pagar um curso, e agora já estou planejando uma mudança de sede devido ao


“Quando lembro que já tive de vender caldinho em uma festa para conseguir dinheiro para pagar um curso, e agora já estou planejando uma mudança de sede. isso é muito gratificante” marCOS auGuSTO

espaço não comportar o nosso crescimento, isso é muito gratificante”. Para o futuro, os planos são bastante promissores. “Continuar tendo êxito na profissão, sem deixar que o ego atrapalhe, levando tudo com muita humildade. Essas são algumas das minhas metas”. Mesmo com fases difíceis, Marcos procura absorver o lado do aprendizado. “Se a minha primeira sociedade não tivesse ido por água abaixo, talvez não tivesse chegado onde cheguei”. Marcos também diz que aprendeu muito, depois que começou a administrar o próprio negócio. Porém, um dos episódios que atrapalhou bastante sua experiência enquanto empresário foi o preconceito que muitos clientes tinham devido a pouca idade. “Hoje o mercado está tão evoluído que a pouca idade de empresários, como eu, não deveria soar como um impasse para o fechamento de um negócio. Mas, infelizmente, temos de administrar essas dificuldades com muito jogo de cintura, superando-as e colecionando mais uma vitória”. O próximo passo do jovem empresário é conseguir uma sede maior para comportar o crescimento da empresa, oferecendo ainda mais comodidade para a clientela que procura pelos serviços publicitários da sua nova empresa. Pode-se dizer que o jovem Jânio nelson, 29 anos, é um empreendedor tentado pelo novo. Depois de concluir a faculdade de turismo, ele conseguiu o primeiro estágio na área. Com o fim da experiência pelos 12 meses seguintes ele tentou encontrar outra ocupação na mesma área para continuar inserido do mercado de trabalho. “Como es-

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capa sa oportunidade não aparecia, resolvi descruzar os braços e dar outro rumo para a minha vida”, afirma. Foi quando despertou o interesse pelo cobiçado mundo dos concursos públicos. Porém, uma oportunidade de investir no próprio negócio passou a guiar os passos futuros de Jânio. “Comecei a pesquisar algum negócio que pudesse gerir. Foi quando, através da indicação de um amigo, conheci o ramo das franquias”, lembra. Com a decisão tomada, o que estava faltando era apenas definir a área de atuação, já que apoio logístico estava entre as vantagens de ser um franqueado. “Cogitei alguma coisa ligada a gastronomia, mas logo desisti em decorrência do alto valor do investimento. Daí aquele amigo me falou de uma rede de cursos preparatórios para concursos públicos. Como já tinha alguma economia, só bastava conhecer mais do negócio”. nesse processo, o apoio familiar foi de fundamental importância para o candidato a empresário. “Pesquisei sobre a solidez de mercado, depois fui visitar a sede da franquia em Minas Gerais. na época só existia uma franquia em Pernambuco, essa em Petrolina”, prossegue Jânio. Em quase quatro meses o desafio era encontrar um local que oferecesse estrutura e visibilidade para o funcionamento de um cursinho preparatório para concursos públicos. “Em quatro salas, começamos a operar oferecendo aulas preparatórias em três turnos: manhã, tarde e noite, abrangendo preparação para concursos a nível nacional”. no início, toda ajuda era válida, e quem foi de fundamental importância para que a empreitada começasse no caminho certo foi o suporte empresarial fornecido pelo Sebrae-PE. “no início não deu muito tempo de fazer cursos. Mais tarde cheguei a participar de alguns, incluindo o que a própria rede de franquias disponibilizava para nós franqueados”. Com o passar do tempo e a experiência sendo adquirida, Jânio viu que ele e outra pessoa seriam o suficiente para administrar o negócio, fazer matrículas e prestar esclarecimento para o público interessado. “não me arrependo de ter aberto mão de alguns planos profissionais para me dedicar ao meu negócio. Muita gente até me questiona se não sinto falta da farra com os amigos, mas isso acaba vindo como consequência do trabalho. Resolvi fazer o contrário do que muitos jovens pensam hoje, buscando primeiro o sucesso profissional, depois a diversão”, declara o franqueado. Engana-se quem pensar que o tino empreendedor do rapaz estacionou. Como forma de implementar a renda e aproveitar os espaços inutilizados da casa onde funciona a sede da franquia, Jânio alugou a área de um quintal para que outra pessoa montasse um espaço para bebidas naturais. “E isso já tem um ano de funcionamento. Acabou sendo uma boa sacada, pois os alunos do cursinho frequentam o espaço e as outras pessoas que já eram clientes também passaram a conhecer o cursinho e algumas até já se matricularam”. nos últimos dias, onde antes era uma sala desocupada, agora funciona uma escola de idiomas para crianças. “Quem sabe se os pais desses alunos também não optam pelas aulas preparatórias do cursinho?”, questiona Jânio, em tom de quem parece ter acertado novamente. Depois de conseguir uma renda certa, Jânio já se casou, está pagando a sua casa própria e se diz bastante realizado. “Hoje o diferencial em ser dono do próprio negócio, com a aprovação em um concurso público, é só a questão da estabilidade, o que também posso conseguir através do meu esforço. Por enquanto, estou feliz com meu negócio”. Quanto a educação como fonte de investimento, ele declara ser uma ótima opção. “Mesmo com a quantidade de outras empresas no mesmo ramo, não tenho medo da concorrência, até porque Caruaru é uma cidade que vem se desenvolvendo a passos largos e ainda podemos contar com as pessoas de outras cidades que estudam por aqui”. Sobre a possibilidade de estagnar no ramo, ele não tem medo de arriscar. “Já pensei em vender a franquia para adquirir outra num ramo diferente. Mas, isso pode esperar. Por enquanto, estou satisfeito”.

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“Não me arrependo de ter aberto mão de alguns planos profissionais para me dedicar ao meu negócio. muita gente até me questiona se não sinto falta da farra com os amigos” JâNiO NElSON


avaliação profissional

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Na divisão regional, o Nordeste lidera com o maior número desses empreendedores (36%), seguido por Sudeste (29%), Sul (16%), Norte (12%) e Centro-Oeste (7%).

com Laudemiro Ferreira

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Em recente pesquisa realizada pelo Sebrae, foi identificado qual era a perspectiva das pessoas para com o futuro. Entre jovens de 16 a 28 anos, 54% deles tinha como objetivo empreender, abrindo o seu próprio negócio, ficando, inclusive, a frente da aprovação em um concurso público e sua tentadora estabilidade.

Correr em busca da independência financeira é uma certeza na vida de muitos jovens. E, ser dono do próprio negócio está entre o desejo de grande parte deles. O sucesso, porém, depende de muita luta e superação de obstáculos Segundo levantamento do instituto Data Popular, atualmente existem cerca de 1,5 milhão de jovens empreendedores no Brasil 1 , com idade entre 16 e 24 anos. Desse total, 52,6% fazem parte da classe média, 37,6% são da faixa de baixa renda, e 10,1%, da alta renda. Mediante a esses números, a conclusão que se tem é de que o jovem está cada vez mais preocupado em ganhar dinheiro, levando alguns pontos em consideração, como a família, estabilidade e liberdade de horários. “Historicamente as pessoas abriam negócios por estarem desempregadas, enxergando no empreendedorismo uma necessidade de ganhar dinheiro. Hoje, essa ideia deixou de ser uma constante passando a evidenciar outros fatores, como a escolaridade, por exemplo”, afirma Laudemiro Ferreira, gestor de Projetos, Comércio e Turismo do Sebrae Caruaru. Ainda de acordo com os dados da pesquisa, 58,7%

“Na busca por um lugar no mercado, já cheguei a abrir uma loja voltada para moda feminina. Mas, devido ao tempo que a faculdade de Economia acabou me exigindo, resolvi fechar. Como terapia e forma de presentear amigos, comecei a confeccionar caixas artesanais. Elas se mostraram uma boa fonte de renda, sobretudo em datas especiais, como o Dia das Mães, Dia dos Namorados, entre outros. Para o futuro, planejo fazer cursos para, quem sabe, participar de algumas feiras no segmento da arte.” anne karolinne, 28 anos

“Nunca tive vontade de

desses empreendedores são do sexo feminino e 41,5% do masculino. Para a disparidade entre os gêneros, Laudemiro explica que a mulher está mais preocupada em conciliar a administração familiar com os negócios e a diversão. “Já o homem, sua visão está voltada a longo prazo, com a estabilidade na longevidade, sem deixar se perder a qualidade de vida”. A escolha de um negócio não pode ser feita pela empolgação ou sem que aja um estudo de caso feito anteriormente. A viabilidade do futuro empreendimento tem que ser estudada para que o risco de falência seja reduzido. “O jovem 2 deve buscar algo com o qual se identifique, pois isso acarreta em mais possibilidade do negócio dar certo, seja optando por empresas na área de franquias 3 , milti-marcas ou marca própria”, explica o gestor de projetos. “Entender as características empreendedoras ajuda a ob-

abrir um negócio próprio. Mas, admiro quem tem essa coragem. Prefiro me preparar para conseguir o meu sustento estudando para passar em algum concurso público. A meu ver, essa é uma forma mais segura de conquistar a independência financeira e ficar longe dos riscos de mercado.” Renata santos, 25 anos

“Já cheguei a fazer alguns cursos, pensando em abrir um negócio. Não levei a ideia a frente porque achei que ainda não estava preparada para enfrentar o mercado. Dependendo do negócio que se deseje abrir, o investimento é muito grande. Por

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Atualmente, segundo pesquisa da Rizzo Franchising divulgada em 2012, um total de 182 mil estabelecimentos do varejo brasileiro funcionam como franquia. Só de janeiro a agosto do ano passado, 126 novas empresas se tornaram franqueadoras e já abriram 1.724 unidades, entre próprias e franqueadas. Em relação a geração de emprego, o setor de franquias gerou por volta de 110 mil novas vagas de emprego temporárias só mês de dezembro, tido como um dos mais movimentados do ano.

enquanto, vou estudando as possibilidades para, quem sabe, explorar o meu lado empreendedor mais na frente.”

Gabriela Lins, 23 anos

“Sempre tive vontade de encontrar uma maneira de complementar o orçamento mensal. Foi quando resolvi investir na venda de cosméticos. O negócio vem dando tão certo que, aos poucos, venho diversificando as marcas dos produtos que trabalho. Essa foi a forma que encontrei para empreender, sem arriscar tanto, pois, continuo com a renda fixa do emprego formal.” Rosângela Amorim, 27 anos

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Conheça as dez características de pessoas de sucesso listada pelo Sebrae, através do Empretec, que é um dos cursos oferecidos pelo órgão: Busca de oportunidade e iniciativa (se antecipar aos fatos e criar novas oportunidades de negócios); Persistência (enfrentar os obstáculos decididamente); Correr riscos calculados (assumir desafios ou riscos moderados e responder pessoalmente por eles); Exigência de qualidade e eficiência (decisão de fazer sempre as expectativas de prazos e padrões de qualidade); Comprometimento (com o cliente e com o próprio empresário); Busca de informações (busca pessoalmente, consulta especialistas); Estabelecimento de metas (estabelece metas de longo e curto prazo mensuráveis); Planejamento e monitoramento sistemáticos (planeja e aprende a acompanhá-lo sistematicamente a fim de atingir as metas a que se propôs); Persuasão e rede de contatos (saber persuadir e utilizar sua rede de contatos atuando para desenvolver e manter relações comerciais) e Independência e autoconfiança (busca autonomia em relação a normas e procedimentos para alcançar o sucesso).

ter sucesso em qualquer que seja o empreendimento”, completa. Pensando nisso, o Sebrae em parceria com outras empresas ligadas ao empreendedorismo fez um levantamento para identificar as dez características de um empreendedor de sucesso 4 , o que induz as pessoas a se preocuparem um pouco mais com o autoconhecimento. “Não estamos falando de uma autoavaliação, e sim fazer com que as pessoas identifiquem nelas predisposição ao mercado. O Sebrae orienta que a ideia seja colocada no papel, com os pontos positivos e negativos dos segmentos de interesse. Em cima disso, ver aquele que menos apresenta risco, baseado no seu dinamismo. Em relação ao jovem, ele é predisposto a correr riscos, mas que esses riscos sirvam também de aprendizado”. Em 2011, os jovens entre 21 e 30 anos representavam 37% de pessoas interessadas em abrir uma franquia, segundo pesquisa da Franchise Store 5 , empresa especializada no segmento. Já no primeiro trimestre de 2012, esse número cresceu para 47%. Esse é um segmento que vem ganhando cada vez mais a preferência dos jovens empresários, seja pela facilidade em se obter informações sobre a abertura do negócio ou pelo risco de falência, que é relativamente menor do que qualquer outro negócio. “Quem consegue pagar por uma franquia ganha junto no pacote a pesquisa para sua implantação. Ela já delimita local, projeto arquitetônico e, de quebra, já vem o peso de reconhecimento da marca”, ressalta Laudemiro. Quem busca por informação para empreender, o Sebrae é uma boa fonte. “O produto que o Sebrae oferece é informação. Informação essa que vem caracterizada pela Consultoria de Aconselhamento e Cursos, gratuitos ou não, que servirão de base”. Na maioria dos casos, as pessoas já nascem com tino empreendedor, bastando que ele seja potencializado. “Trata-se de uma leitura de oportunidades. A falta de um determinado serviço pode sugerir uma demanda que não está sendo atendida. Isso se chama ver a oportunidade e transformá-la em um negócio”, explica Laudemiro. Cerca de 60% das empresas chegam até o quinto ano de funcionamento. Dos 40% restantes que não obtêm sucesso, cerca de 90% foi dado como causa a falta de planejamento. “Buscar informação e fazer com que os erros do mercado não sejam fator de aprendizado é garantia para se ter sucesso”, aconselha Laudemiro. Ele ainda aproveita para dizer que, “é melhor perder tempo planejando do que perder dinheiro sem planejar”.

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A pesquisa foi feita por meio da coleta de dados de 24 mil empreendedores que entraram em contato com a loja, buscando a melhor marca na qual investir. Foram apontadas outras características do empreendedor interessado em franquias: a maioria é do Sudeste do país (57%); entre as formações deles, o curso superior de Administração de Empresas é o mais presente (29%); e a alimentação é o segmento mais procurado por esse tipo de empreendedor (33%).

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“O jovem deve buscar algo com o qual se identifique”

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prá ti ca es por ti va

Através da prática esportiva e sob orientação de profissionais da Educação Fisíca, as crianças e os jovens aprendem a se preparar para desenvolver as habilidades de ser, conviver, conhecer e fazer


tExto ROBSOn MERiÉVERtOn fotos PRiSCilA FOntinElE


esporte

“Minha identificação com o esporte veio a partir da agilidade que ele exigia. Hoje não consigo me ver sem, pois ele acabou me ajudando também a melhorar meu desempenho na sala de aula” Catarina Gomes

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Através da prática esportiva e sob orientação de profissionais da Educação Fisíca, as crianças e os jovens aprendem a se preparar para desenvolver as habilidades de ser, conviver, conhecer e fazer – exatamente os quatros pilares que dão base ao ensino, segundo a Unesco. As aulas de Educação Física significam muito mais do que atividades corporais. Por meio da apreensão de conhecimentos específicos dessa disciplina e da prática regular de atividades físicas e esportivas, o aluno desenvolve competências, capacidades e habilidades, proporcionando maior rendimento no ambiente escolar. nos colégios de Caruaru essa é uma prática comum, inclusive com eventos esportivos que ajudam a desenvolver o lado social. O tênis de mesa foi o esporte que despertou o gosto de Catarina Gomes, 14 anos, atualmente cursando o 9º ano. Ela pratica o esporte desde os 11 anos de idade, tendo no cur-

rículo participação em grandes competições nacionais, a exemplo do Campeonato nacional de tênis de Mesa, realizado na cidade de Poços de Caldas, Minas Gerais, e o Campeonato Pernambucano, onde conquistou o 2º lugar geral no ranking classificatório. “Minha identificação com o esporte veio a partir da agilidade que ele exigia. Hoje não consigo me ver sem, pois ele acabou me ajudando também a melhorar meu desempenho na sala de aula”, comprova. Semanalmente os treinos acontecem todas as terças e quintas. Aluno do 8º ano, Yuri Gabriel, 13 anos, se diz um apaixonado pelo judô. O esporte apareceu na sua vida a partir da iniciativa de um treinador de judô que resolveu montar uma academia próximo a sua casa. na escola Yuri já tinha se envolvido com o futsal e tênis de mesa, mas nenhum desses esportes despertou, de fato, o envolvimento pessoal. “O judô está tão presente na minha vida que foi meio que uma porta para que eu participasse de diversas competições. inclusive fora do estado”, afirma. Uma das maiores conquistas do jovem esportista foi o 2º lugar no Campeonato Brasileiro, no estado do Amapá. Os grandes incentivadores para que o jovem permaneça com a prática esportiva são os pais, porém, nem eles nem o irmão mais velho de Yuri apresentam intimidade com os es-

portes. “Algumas vezes já pensei em desistir, mas o apoio que meus pais dão logo faz com que a ideia saia da cabeça”, diz Yuri. na escola, o esporte ajuda para que ele mantenha a concentração e leve o estudo cada vez mais a sério. “tenho consciência que só através do estudo que vou alcançar o sucesso na minha vida. Penso em seguir com o judô, me tornando um grande profissional na área, participando de outras competições além da escola”. Outro que busca no esporte força para seguir em frente com os estudos é Sérgio Ramos, aluno do 3º ano do ensino médio. O jovem de 18 anos de idade já passou por alguns problemas no que diz respeito a aprendizagem. “O esporte é uma boa fonte para que a gente se torne mais disciplinado e siga em frente com os estudos”, atesta. O esporte praticado vai além de uma modalidade, fazendo parte do seu dia a dia o judô, o futsal, e nas horas vagas, o futebol. Porém, o judô é um dos preferidos. “Entre todos esses esportes que pratico, o judô é o que mais gosto, mas o que oferece menos oportunidade de competição”, diz. Ele diz que, em alguns casos, a participação nos campeonatos que aparecem na região, sempre sai mais caro do que o prêmio oferecido ao vencedor. “Mesmo com as dificuldades, procuro participar sempre que possível. Apesar dos

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“O judô está tão presente na minha vida que foi meio que uma porta para que eu participasse de diversas competições. inclusive fora do estado” yuri GaBriEl

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meus pais serem separados, meu pai me dá muita força para que eu siga com o esporte, até me ajuda a procurar patrocínio quando necessário”, conta, com um brilho peculiar no olhar. Hoje, Sérgio é visto como destaque na sua categoria pela frequência que treina. “na escola, treino por dois dias. na outra escola, que estudava antes dessa, também praticava judô. Então, por eu ser um esportista dedicado, o pessoal pediu para que eu não abandonasse os treinos”. Assim a rotina é puxada, se estendendo por quase toda semana. Mesmo com os horários vagos quase que totalmente ocupado pelos treinos, o jovem ainda acha tempo para ajudar a mãe e seguir com sua rotina de estudos. “Um dos pré-requisitos para continuarmos com as atividades físicas aqui na escola é ter boas notas”. Para o futuro os planos incluem o esporte. “Quero prestar vestibular na área de Educação Física e levar a participação em campeonatos à frente”, completa Sérgio. Para o professor de Educação Física, o esporte tem a sua importância dentro da grade de matérias dos alunos, assim como qualquer outra. “É através do esporte que os alunos passam a conhecer melhor os seus corpos, fazendo com que eles se tornem adultos saudáveis”. Mas, nem sempre a preocupação com o segmento esportivo foi tão presente na rotina escolar dos alunos quanto agora. Em 10 anos de funcionamento do colégio, pelo menos nos últimos quatro, a preocupação em formar atletas passou a ser uma das prioridades. “Como o nosso diretor teve envolvimento com o esporte, essa é uma preocupação que ele tinha, foi quando houve essa modificação por aqui, sendo incentivada a prática através de competições saudáveis”, afirma Severino Júnior. Para ele o esporte nasce a partir de duas vertentes: a que induz ao autorrendimento e aquele que visa apenas à participação. Pegando o gancho dessa segunda ramificação do esporte foi que surgiram as Olimpíadas internas do colégio, que já está na sua terceira edição. “Por meio de eventos específicos, procuramos desenvolver nos alunos habilidades que facilitarão o aprendizado em sala de aula e a visibilidade deles, enquanto atletas do colégio, em participar de eventos de peso como as Olimpíadas Escolares”, explica Severino. na primeira edição do evento, o número de alunos participantes não chegava a 90. na segunda cresceu para 150. Hoje, o número já representa mais que o dobro: 340 participantes. “A escola tem cerca de 1.200 alunos matriculados, mas nem todos participam das modalidades, apenas os do 6º ano do ensino fundamental ao 3º ano do ensino médio”, contabiliza o professor. Para tanto, a escola conta com 10 modalidades esportivas, sendo quatro delas com foco coletivo. “Vale lembrar que um dos grandes papéis do esporte é trabalhar também esse lado da coletividade e das relações sociais. E isso trabalhamos muito bem, modéstia parte, por meio dessa competição interna que tem o intuito de prezar pela participação dos alunos, excluído o sentido competitivo da história, prova que todas as medalhas são apenas de participação”, completa Severino. Pela participação em atividades individuais e coletivas os alunos deixam de pensar apenas em si para contribuir com o bem- estar comum. Eles são induzidos a aprender a dividir tarefas, de modo a encontrar soluções para todo tipo de situação, inclusive as derrotas. Vai descobrir o quanto vale a amizade, a parceria e a colaboração. A prática da atividade física no ambiente escolar também propõe alternativas nas vivências corporais. A atividade física coloca em destaque o corpo humano, como também fala sobre os sinais que revelam o uso errado do próprio corpo de cada um.



eu sou reportagem anderson morais fotos priscila fontinele 1

O jovem é estudante do 3º período do curso de Publicidade e Propaganda na Favip DeVry. Ele também atua como estagiário de uma empresa de comunicação. A internet é encarada por ele como um veículo de grande potencial para difusão de ideias e humor. De forma gratuita e compartilhada, a qualquer hora e em qualquer lugar, suas produções vêm correndo o mundo e alcançando vários seguidores. 2

Estudante do 8º período do curso de Design da Universidade Federal de Pernambuco - Centro Acadêmico do Agreste, Thalyta trabalha com a confecção de “Toy Art” há dois anos. Os pequenos bonecos são costurados a mão, feitos de tecido, feltro, pelúcia ou material reciclado.

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Criatividade. Com uma câmera na mão e uma ideia na cabeça, o estudante de Publicidade vem alcançando visibilidade nas redes sociais Desde os oitos anos de idade que o estudante de Publicidade e Propaganda Antonio Henrique de Vasconcelos 1 , 19 anos, compreendia que fazia parte de um grupo de pessoas com tendências e estilo próprios. Anos mais tarde, esse jeito diferente de observar os fatos e a necessidade de fugir do comum o levou a criar a fanpage do #HipsterCaruaruense no Facebook. Foi a partir daí que, enxergar o lado humorado das coisas passou a fazer parte do seu dia a dia. Antes de ingressar no ensino superior, por volta do ano de 2011, o estudante possuía um blog. Esse, por sua vez, abastecido diariamente com vídeos e textos sempre bem humorados, o que acabava funcionando como uma forma diferente de expressão. “Desde o ensino médio que percebi ser um pouco diferente dos meus amigos. Quanto tinha algum trabalho da escola para fazer, ficava horas na internet planejando. Sempre procurava inovar com vídeos, folhetos e banners. Acho que, no fundo sempre tive essa vontade de chamar a atenção das pessoas de alguma forma”, diz. Nessa época, o blog do jovem contava as desventuras de um personagem chamado Paçoca. Essa facilidade de conseguir enxergar o diferencial no senso comum teve como referência os blogs. “Considero-me muito curioso com o mundo cibernético. Tanto que, essa minha vontade de ter uma ferramenta própria na internet veio do meu acompanhamento dos blogs de tirinhas e histórias divertidas, que até hoje servem de inspiração para as maluquices que armo na rede”, afirma Antonio. Em uma dessas aventuras cibernéticas, o estudante encontrou uma ferramenta que seria o pontapé inicial para o humor sarcástico e com inteligência que ele estava procurando: o vlogger, que nada mais é que um vídeo-blog. Todos os vídeos postados no espaço eram feitos de maneira caseira, contava com ajuda de amigos e eram inspirados a partir de assuntos corriqueiros ou polêmicos. Um desses vídeos tomou grandes proporções até parar na página principal do portal de notícias R7. Dos encontros com os amigos veio a ideia de criar a página Hipster Caruaruense, inspirada em outra do mesmo nome criada no Recife. No ar desde o final do ano de 2012 a fanpage atualmente conta com mais de 7.300 seguidores. “O Hipster Caruaruense é formado por três amigos. E o fantástico de tudo isso é que conseguimos pautar nossas brincadeiras engraçadas a partir de qualquer coisa. Com um bom texto e tratamento visual seguimos chamando atenção para nossas maluquices”.


Habilidade. Com sangue artístico correndo em suas veias, a estudante de Design viu na confecção de ‘toys’ a chance para realizar alguns sonhos As brincadeiras no ateliê de costura da avó, quando criança, ajudaram a estudante de design, Thalyta Emanuela 2 , 25 anos, a encontrar um sentido para sua vida. Com habilidades artesanais, a jovem começou a se interessar pela confecção de bonecos ‘Toy Art’, o que vem lhe trazendo bom retorno financeiro. A partir de figuras artísticas já conhecidas, Thalyta conquistou clientes e admiradores do seu trabalho, tanto que o negócio vem expandindo a cada dia e os pedidos começaram a ganhar caracterírticas bem mais familiares. “O curso de design fornece uma base de conhecimento muito grande para quem deseja trabalhar com a personalização de produtos. Através dele tive oportunidade de me especializar na área de moda ou de desenho, mesmo sem que isso estivesse nos meus planos”, justifica, quando questionada sobre a relação do cursos superior e o seu envolvimento com a arte. Como falado no início, o hábito de costurar que Thalyta tem estava presente desde a infância, inspirado pela avó. “Lembro que uma vez minha mãe me presenteou com uma máquina de costura para criança. Eu liguei somente uma vez e deixei de lado”. Talvez a repulsa pela atividade tenha despertado, involuntariamente, a curiosidade da jovem. “Essa é a única explicação para o amor pela costura, já que no início tinha tanta objeção”, brinca. A criação dos brinquedos de arte não foi algo planejado, surgiu do acaso. Sua primeira inspiração veio quando ela decidiu confeccionar o próprio personagem de filme de terror. “Fiz os primeiros cortes, desenhos e costura. Depois de pronto, coloquei uma foto na internet. A partir daí, meus amigos acharam bacana e começaram a pedir para que eu fizesse outros bonecos de série”, lembra. Na lista de toys estão personalidades como Vanessa da Mata, Marisa Monte e até Amy Winehouse. O negócio começou a ganhar corpo, até que, quando deu por si, já estava faturando com os pedidos. O preço varia de acordo com o tamanho e com a ideia. “Já criei uma marca própria para registrar todo o meu trabalho. Recentemente soube que alguém tinha levado um toy que produzi para Paris”. Sua meta agora é trabalhar arduamente para conseguir uma boa quantia para uma viagem que está planejando: ir ao Rock in Rio. “Gosto de música e elas me inspiram na produção de novos personagens. Creio que lá será uma fonte para chegar com novas ideias. Sempre digo que vou casar com o design, curso que escolhi, mas serei eternamente amante da arte”, completa Thalyta.

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“Em numerosas partes do mundo existe hoje um estranho esquecimento de Deus. Parece que tudo anda igualmente sem ele. Mas ao mesmo tempo existe também um sentimento de frustração, de insatisfação de tudo e de todos. Dá vontade de exclamar: Não é possível que a vida seja assim! Verdadeiramente não.” Papa emérito Bento XVI

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os outros


entrevistão rEportagEM ROBSOn MERiÉVERtOn foto BREnO AUGUStO

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Exercício. A preocupação com

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A hipertrofia muscular é o aumento do volume do músculo resultado da prática de exercícios de força, ou seja, carga elevada (peso elevado) e menores repetições de exercícios. A hipertrofia muscular é um processo fisiológico da musculatura treinada, no entanto, só se recomenda esse tipo de trabalho quando a pessoa já tem uma boa resistência muscular. Ou seja, é necessário antes elaborar um programa de exercícios baseado na Resistência Muscular Localizada (RML), para fazer em seguida a prescrição de exercícios de força (para hipertrofia).

o corpo perfeito induz muita gente, sobretudo os jovens, a tomar atitudes que podem provocar sérios danos a saúde, como a prática de exercícios sem que esteja aliada a um programa adequado e a utilização de anabolizantes. Especialista na área de Educação Física, Wallacy Feitosa esclarece algumas dúvidas para que se obtenha resultados de forma saudável

O verão é visto como a época em que as pessoas mais procuram as academias. Isso é uma realidade aqui também em Caruaru? Certamente. Caruaru não foge à regra. As pessoPara que fiquede tudo que vemideal a serpao as têm a ideia quemais esseclaro, seria o período trabalho dede orientação e a quem ra a prática exercícioseducacional com fins estéticos. No ele ené voltado? tanto, os efeitos da prática de exercícios não são O Orientador Educacional é aquele possui a imediatos, é necessário certo tempoque para que os formação em Pedagogia e habilitação em Orientaefeitos crônicos se efetivem. ção Educacional. A área de atuação é dentro das Instituições de Ensino trabalhando Quando as pessoas chegam com adiretamenideia de corte com o corpoem discente (alunos) no de acompanhapos perfeitos um curto espaço tempo, qual mento as atividades escolares. Também trabalha a orientação passada pelo profissional? ajudando estudantes Ensino Médio indeciA primeiraos coisa a fazer édo conscientizar esta pessos, a avaliarem o seude repertório de aptidões e trasoa de que os efeitos um programa de exercíduzi-lo escolhas assertivas para o vestibular. cios sãoem progressivos e que as etapas não podem Orientação Educacional e Profissional substiser negligenciadas. Isto quer dizer queveio o resultado tuirum os testes vocacionais usados nosdeve anos 70, de corpo perfeito paratão o verão atual ser 80 e 90. A palavrarealizado vocaçãodesde é um termo derivado fruto do trabalho o verão anterior. domais verbo no latim “vocare” quedesignifica “chamar”. O importante na prática exercícios é a reO sentido original expressa um chamado espiritugularidade. al, muito usado nas vocações sacerdotais. Portanto, atualmente é consenso entre os especialistas Qual a importância do acompanhamento médique este termo vocação não responde mais a1 deco/profissional no trabalho de hipertrofia ? manda. Para iniciar qualquer programa de exercícios é necessário, e imprescindível, que se passe por uma Existe alguma semelhança professor e avaliação médica. É nela queentre o indivíduo conheceorientador educacional? Qual? rá seus limites, considerando a indicação e conNão existe semelhança, pois sãoQuanto atuações diferentraindicação para a sua prática. à elaborates. do Porém, comoideal os professores sãonecessidades, exemplos pação programa para as suas rafundamental os alunos, muitas vezes,doaoProfissional perceberem é o trabalho deque Edu-tal aluno possui facilidadenas eminformações uma determinacação Física, mais que, baseado médida disciplina, então o encaminha um trabalho cas, realiza avaliação física com opara objetivo de presmais interventivo ao Orientador Educacional. crever o programajunto adequado. Quais as principais atividades um orientador Existe uma idade mínima parade entrar na acadeeducacional? mia, seja para homens ou mulheres?

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Os prejuízos acarretados por um treino sem orientação profissional podem ser tanto físicos, com problemas articulares, musculares e ósseos; mentais, através da frustração, decepção, o que pode levar ao indivíduo a desistência da participação em programas de exercícios e metabólicos, evidenciando os prejuízos hormonais, bioquímicos, causados por uma dieta inadequada – suplementação alimentar desnecessária, entre outros.

Não. Independente do sexo. O que existe é uma prescrição de exercícios adequada a faixa etária e as condições físicas de cada indivíduo. Os limites têm que ser respeitados, seja para a criança, adolescente, adulto ou idoso. O importante é antes de iniciar qualquer programa, realizar uma avaliação clínica e física para que haja uma definição de parâmetros para a prescrição do programa de exercícios 2 ideal. A preocupação com a beleza do corpo vem mais por parte do jovem ou independe da idade? Ela difere de acordo com a faixa etária. A população jovem cultua mais o corpo, então existe uma preocupação fundamental com a beleza corporal, definição da musculatura, maior tonicidade, ênfase nos exercícios que promovem a hipertrofia, etc. Já a população com mais idade prioriza a saúde. Ou seja, a melhoria da funcionalidade orgânica, o que consequentemente, pode levar a uma beleza corporal, mas não é a preocupação principal. Quanto tempo é necessário para que já se comece a notar os primeiros resultados do treino, de forma saudável, claro? Os efeitos do treinamento variam de pessoa para pessoa. Temos que considerar aspectos relacionados ao histórico de prática de exercícios, aspectos genéticos, clínicos, sexo, idade, dentre outros. No entanto, nas primeiras semanas, mais ou menos no primeiro mês, já é perceptível melhoras orgânicas, tanto na tonicidade muscular, como na capacidade funcional das pessoas. Mas, é importante salientar que a frequência na prática de exercícios influencia diretamente na evolução física das pessoas.

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“Para iniciar qualquer programa de exercícios é necessário, e imprescindível, que se passe por uma avaliação médica para que o indivíduo conheça seus limites”

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Os anabolizantes são substância semelhantes aos hormônios masculinos, pos isso eles promovem o aumento de caracteres masculinos e de massa muscular, também aumenta a capacidade do corpo de absorver, aumentado a absorção de proteínas e como consequência a retenção de líquidos, o que promove inchaços.

aliar a dieta aos exercícios físicos é essencial para ter bons resultados? É fundamental. Hoje não se consegue conceber um programa de exercícios que promova benefícios sem a presença de um bom programa nutricional.

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Os esteróides anabolizantes podem ser usados com fins terapêuticos para tratar doenças. Um dos casos é a utilização como um adjuvante para a fisioterapia cárdiorrespiratória em pacientes internados. Eles estão mais expostos a repouso prolongado, no leito, durante a hospitalização, porque ocorre a redução da massa magra em torno de 40% e a utilização do esteróide anabolizante promove o aumento da síntese protéica, diminuição da fadiga, aumenta a retenção de glicogênio, favorece o metabolismo dos aminoácidos. lembrando que o tratamento só é recomendado sob orientação médica.

uma dúvida entre as mulheres é sobre o treino no período menstrual. Existe alguma restrição ou dano a saúde da mulher? A única restrição para a realização do treino neste período é se a menstruação vem acompanhada de cólicas. A dor é um fator limitante a prática de exercícios. Sem a cólica, não existe nenhuma restrição ou prejuízos promovidos pela prática de exercícios neste período. a gripe também representa algum risco para a atividade física? Quando o organismo se encontra com alguma enfermidade não crônica em que comprometa o sistema imune, não se recomenda a prática de exercícios. neste momento, a atividade física pode contribuir para agravar os sintomas da gripe. Seguimos o conselho antigo de nossos avós: para curar uma gripe nada melhor de que uma boa hidratação, alimentação e repouso. a busca por resultados em curto espaço de tempo, em muitos casos, induz ao uso de anabolizantes 3 . Quais os danos que essa atitude pode acarretar à vida de uma pessoa? O número de pessoas que adere ao uso de esteróides anabolizantes para moldar o corpo e ganhar força, resistência e velocidade, vem crescendo no Brasil e em todo o mundo. Os danos causados podem ser graves e irreversíveis. Esse problema já está sendo encarado como uma questão de saúde pública. Quando utilizados por mulheres, todos os esteróides anabolizantes implicam no risco de provocar masculinização. Dentre os efeitos colaterais estão o crescimento de pelos faciais, irregularidade ou ausência do ciclo menstrual, voz rouca ou mais grave e acne. também podem desenvolver calvície de padrão masculino, hipertrofia do clitoris e redução no tamanho dos seios. O uso continuado de androgênios em homens normais pode produzir azoospermia, que é uma diminuição do tamanho dos testículos e impotência, podendo ocorrer também efeitos colaterais feminilizantes, sobretudo a ginecomastia, identificada pelo desenvolvimento de mamas. também pode observar-se

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complicações em nível de próstata, com possibilidade de desenvolvimento de carcinoma e estreitamento da uretra, acarretando dificuldade para urinar. Além desses efeitos, pode-se verificar ainda a retenção de água em associação com cloreto de sódio, responsável em grande parte pelo ganho de peso, e que também leva à hipertensão arterial. Quais são as funções fisiológicas e os órgãos mais afetados com o uso dos anabolizantes? O fígado é um dos órgãos acometidos e são frequentes os casos de hepatomas, de câncer de fígado. O uso de anabolizantes provoca também atrofia testicular, além de problemas de pele, como a acne e perda de cabelo. O indivíduo que fizer uso desses esteróides também pode ter complicações cardíacas muito graves, porque essas drogas aumentam o nível do mau colesterol e diminuem o do bom colesterol no sangue, o que deixa o sujeito mais exposto a infartos. a pergunta é delicada, mas existe uma dose segura de anabolizantes? O esteroide anabolizante 4 é uma droga produzida para fins terapêuticos, então a dose recomendada é a dose adequada ao tratamento específico. Os problemas de saúde em que se recomenda o uso da droga são casos de deficiências nutricionais crônicas, osteoporose, deficiência de crescimento, problemas hormonais masculinos, como o câncer metastático de mama e no estímulo a eritropoiese em anemias severas. Então, para se ter uma musculatura mais exuberante, o que se recomenda é um bom programa de exercícios aliado a boa alimentação. adolescentes que estão tomando anabolizantes podem suspender o uso de uma vez ou devem descontinuá-lo gradativamente? Quais as consequências? O adolescente ou qualquer pessoa que não se enquadre nas portadoras das patologias citadas anteriormente, não deveriam, em hipótese alguma, fazer uso de anabolizantes. no entanto, se estão fazendo uso, que parem de consumir imediatamente. Os efeitos causados pelo uso de anabolizantes nos adolescentes são: profunda virilização e graves distúrbios de crescimento e desenvolvimento ósseo, como maturação esquelética prematura, puberdade acelerada com risco de crescimento raquítico. Com a interrupção do uso, ocorre regressão lenta do quadro.


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Tecnologia. A inserção de novas ferramentas ao ensino vem levantando polêmica nas escolas. Redes sociais, tabletes, notbooks. Professores são obrigados a se atualizar Para falar um pouco sobre essa vertente que vem ganhando espaço no ensino, buscamos auxílio do estudante de Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Jadson de Araújo 1 , que expressa sua opinião pessoal sobre o assunto. Tecnologia nas salas de aula Embora sejam muito úteis, o uso de redes sociais em ambientes educacionais, inclusive gratuitos é mínima. Não fosse pelo datashow, a utilização da tecnologia nas aulas seria inexistente, o que é uma vergonha. A falta de abertura para o novo por parte de alguns profissionais é fator dificultante. Não é novidade que a tecnologia tem poder para revolucionar os métodos de ensino, mas, infelizmente, ainda há uma enorme distância entre os bons resultados para o que é praticado em sala. Novas ferramentas Em relação aos recursos tecnológicos oferecidos pelo governo estadual, existem resultados positivos, mas poderiam ser bem melhores. Há uma soma entre a inconsequência de muitos alunos e a falta de capacitação de seus professores. Com isso, grandes oportunidades de aprendizado são desperdiçadas e mais uma vez temos um investimento mal executado para a coleção do estado. Os professores precisam abrir os olhos para algo que já é obvio para os alunos. Educação e tecnologia podem, e até devem, andar juntas.

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Mais incentivos O que está faltando para que a inserção da tecnologia na sala de aula tenha mais respaldo vem de dois pontos chaves: o governo como investidor e alunos e professores como usuários. Muitas vezes os equipamentos fornecidos pelo governo servem apenas para entretenimento dos alunos. O professor é a grande chave para o melhor uso da tecnologia na educação. Embora seja sabido que os professores não recebem a devida atenção e mérito, isso não os isenta de culpa.

Jadson de Araújo Almeida, 26 anos, é natural de Caruaru. Sua formação superior contempla duas áreas do conhecimento, ambas envolvendo sistemas e tecnologia. Na Fafica o jovem está matriculado em Análise e Desenvolvimento de Sistemas, onde cursa o 3º período, e Sistemas de Informação pela Universidade de Pernambuco (UPE), estando no 2º período. Além disso, o jovem é monitor de Programação Orientada a Objetos.

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Bom uso Recentemente, assisti a uma palestra sobre tecnologia na educação, que mostrava sua eficácia e importância. Alguns professores aproveitaram o espaço para discursar em favor dos métodos tradicionais de ensino e, com as palavras de um deles “estão dando importância demais à tecnologia nas aulas”. Infelizmente, muitos não enxergam que a tecnologia é uma poderosa ferramenta de auxílio.

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deu/não deu texto robson meriéverton

esse é um espaço para que os leitores e especialiistas discutam os fatos bacanas, polêmicos ou esdrúxulos que caíram na boca do povo e os que passaram batido na imprensa

Deu. Em reunião com prefeitos e governadores, a

presidenta Dilma Rousseff defendeu a vinculação dos royalties do petróleo à educação. Segundo ela, essa é uma “condição para o país mudar de patamar”. Dilma ainda destacou que todo o desenvolvimento do país passa pelas melhorias na educação. Vale ressaltar que essa não é a primeira vez que é sugerido que o destino dos royalties vá para a educação. 1

SITE Site do Ministério da Educação (www.mec.gov.br)

“Concordo com a presidenta que todo o desenvolvimento do país passa pelas melhorias na educação, e o investimento nessa área é sempre válido. Mas, o investimento deve ser focado na qualidade da mesma, uma vez que apenas ter um quantitativo maior de escolas não garante a melhoria da educação. Deve-se ter demanda de recursos para melhorar também a qualidade das instituições de ensino já existentes. Esse seria um bom começo. Isso acarreta em profissionais mais satisfeitos, com salários dignos e que os proporcione dedicação maior às instituições e melhor qualidade de vida.” Ana Luiza Rolim, pesquisadora pela UFPE “Qualquer forma de investir na melhoria da educação brasileira é válida. Tenho em mente que as crianças de hoje precisam cada vez mais do apoio dos governantes para receberem uma educação de qualidade. E isso só vem a partir de investimentos pontuais nessa esfera. Quantas vezes vemos alu-

nos frequentando escolas em ambientes precários, com a mínima condição e, mesmo assim, conseguem se destacar e ser alguém no mundo. Imagina então se contassem com uma estrutura que se preocupasse ainda mais em oferecer o melhor.” Juliana Alves, professora “Atualmente o governo federal lida com mais de cinco mil municípios. Então, temos de verificar as necessidades deles, respeitando a sua autonomia para que seja identificada onde está a maior carência. Acredito que muitos desses municípios têm uma demanda maior para investimento na educação, mas há outros serviços que possam estar necessitando que determinado recurso seja aplicado, como saúde, por exemplo. Sendo assim, defendo que não haja essa obrigatoriedade quanto ao destino dessas verbas, mas que cada município seja livre para aplicar os fundos onde for conveniente.” Carlos Véras, secretário dos Negócios da Fazenda de Caruaru


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Não deu. A Lei 10.639/2003, que alterou a Lei

de Diretrizes e Bases da Educação , tornando obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana na educação básica, completa 10 anos. Porém, nada foi feito para que essa modalidade de ensino passasse a fazer parte do cotidiano dos alunos. Um evento debateu com representantes de estados e municípios o futuro quanto à execução da Lei. 2

*** “​Precisamos, nessa frente de trabalho, compreender que o conhecimento da História da África e dos negros poderá contribuir para se desfazer os preconceitos e estereótipos ligados ao segmento afro-brasileiro. Imagino que essa inserção possa contribuir para o resgate da autoestima de milhares de crianças e jovens que se veem marginalizados por uma escola de padrão eurocêntrico que nega a pluralidade étnico-cultural da nossa formação. Sem sombra de dúvidas a Lei representa um grande avanço, pois possibilita a construção de um multiculturalismo crítico da escola brasileira ao tempo em que reconhece uma luta histórica do Movimento Negro no Brasil. ” Adilza Cristina da Silva, professora (Especialista em Programação do Ensino de História) “O que acontece na Educação Brasileira é simples, pois uma gama de estudiosos e políticos jun-

tam-se e determinam as leis. Leis essas que trazem benefícios a comunidade escolar, não apenas visando o hoje mas também o futuro. Entretanto, ‘esquecem’ que o processo de ensino-aprendizagem não acontece eficazmente apenas por determinação de leis e sim por toda uma preparação do corpo docente. É preciso muni-los das ferramentas para que eles possam atingir o apogeu de ensinar com eficiência. O aluno precisa ter um ensino de qualidade, não só porque está na lei, mas porque ele, como indivíduo de uma sociedade pós-moderna, não aceita aprender ‘qualquer coisa de qualquer jeito’. A lei é válida. Mas, não só esta que pode auxiliar no combate ao preconceito racial, mas muitas outras. Porém sem uma preparação da escola, do corpo docente, não acredito que poderão esperar uma aceitação e mudança de paradigmas por parte dos alunos. A mudança, de fato, tende a começar pela escola.” Eveline Thalita, pedagoga

Os royalties de petróleo são os valores em dinheiro pagos pelas empresas produtoras aos governos para ter direito à exploração. Os recursos são recebidos como forma de compensações financeiras, semelhantes às que são pagas ao proprietário de uma marca registrada ou dos direitos de exploração comercial, cobrada pelo proprietário de patente de produto, processo de produção e marca. No caso do petróleo e do gás natural, é uma remuneração à sociedade pela exploração desses recursos, que são escassos e não renováveis. 2

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira é a legislação que regulamenta o sistema educacional público ou privado do Brasil, da educação básica ao ensino superior. A Lei reafirma o direito à educação, garantido pela Constituição Federal. Estabelece os princípios da educação e os deveres do Estado em relação à educação escolar pública, definindo as responsabilidades, em regime de colaboração, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.


“Não se preocupe com o futuro. Ou então preocupe-se, se quiser, mas saiba que “préocupação” é tão eficaz quanto mascar chiclete para tentar resolver uma equação de álgebra. As encrencas de verdade em sua vida tendem a vir de coisas que nunca passaram pela sua cabeça preocupada, que te pegam no ponto fraco às quatro da tarde de uma terça-feira modorrenta.” Pedro Bial

fora do


ar


bastidores reportagem robson meriéverton fotos Yngridy pires 1

Instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1992, o dia marcou a divulgação do documento “Declaração Universal dos Direitos da Água”. A proposta é fazer uma reflexão a respeito da forma de consumo do líquido, uma vez que, embora dois terços do planeta sejam constituídos por ele, apenas uma pequena quantidade é considerada potável.

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Dia mundial da água

A Faculdade Asces promoveu no último dia 22 de março, data em que se comemora o Dia mundial da água 1 , uma ação de conscientização voltada à população. Com stand montado na praça do Marco Zero, 30 estudantes se revezaram nas atividades que aconteceram ao longo do dia. A ação veio com o objetivo de alertar a comunidade sobre a importância de utilizar o recurso de forma sustentável, uma vez que apenas uma pequena quantidade da água do planeta é própria para o consumo. Acadêmicos dos cursos de Biomedicina, Farmácia, Odontologia

e Engenharia Ambiental desenvolveram diversas atividades envolvendo o tema. Através de maquetes, também foi demonstrado como é feito o tratamento de água, esgoto e a utilização da mesma para a produção de energia sustentável. O professor Agenor Jácome, coordenador do Programa Águas do Agreste, explica que essa foi a primeira atividade focada diretamente na população. “Os estudantes realizaram entrevistas com o público, o que depois será transformado em uma pesquisa. Foi uma experiência muito boa”, afirma.

Na Cultura, aprender inglês é mergulhar numa nova cultura, que agrega a visão de outros povos, permitindo a construção de novos referenciais. É por isso que a Cultura acrescenta essa dimensão cultural aos seus cursos, promovendo o interesse pela leitura, teatro, cinema, música e costumes de outras nações de língua inglesa. Embarque nessa viagem, e curta, você também, a vida com mais cultura! Caruaru (81) 3721.4749 45

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comigo foi assim rEportagEM AnDERSOn MORAiS foto BREnO AUGUStO

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Caridade. ajudar o próximo é uma das missões da irmã Werburga a frente do Centro Social São José do monte Sair do lugar de origem é sempre uma experiência difícil. Hábitos e costumes que antes parecia comuns, nessa nova situação podem soar com certa estranheza. Mas, quando por trás disso tudo há um propósito maior, a força do bom acolhimento faz muita diferença, tornando a adaptação mais simples. Foi mais ou menos isso que aconteceu com a irmã Werburga Schaffrath. natural da Alemanha Werburga foi recebida em Caruaru no mês de janeiro de 1969 para administrar o Colégio Sagrado Coração. Porém, as condições climáticas não foram das mais amistosas. “Ao chegar à cidade fui surpreendida com uma forte chuva que invadiu algumas dependências do colégio. Meu primeiro desafio foi realizar a limpeza para dar início ao ano letivo”. Com o trabalho a frente do colégio, a irmã teve oportunidade de conhecer as condições em que parte da população vivia. “Meu contato com o Monte Bom Jesus veio com a missão de catequisar com um grupo de alunas do Sagrado Coração”. Ela lembra que, na época, as famílias dali viviam em situação de miséria, em um estado de total abandono. “Sem perspectiva de trabalho ou de oportunidade, muitos pais estavam partindo para São Paulo em busca de uma vida melhor e por lá ficavam”, lembra Werburga. no intuito de combater esse êxodo surgiram os primeiros cursos profissionalizantes. “A ideia era de que esses jovens permanecessem aqui, sem a necessidade de sair para outras cidades em busca do sustento”. Esses foram os primeiros passos para a formatação do Centro Social São José do Monte, que foi erguido a custo de muito trabalho, numa parceria da irmã com os conterrâneos alemães. Atualmente o Centro Social fornece cerca de 400 refeições por dia e oferece serviço de fisioterapia para crianças e adultos gratuitamente. “nossa missão é ajudar. Como resultado desse esforço oferecemos para a comunidade diversas oficinas entre elas a de artes plásticas, teatro, música, circo, dança e atividades físicas”, lista. Mesmo diante das dificuldades a irmã Werburga encontra sempre um motivo para sorrir. “O Centro Social é uma obra missionária, pronta para ajudar as pessoas”.



ser, ter e


e escolher “O carisma é a expressão da alma. Quando a alma fala, sua essência espiritual e divina se manifesta, e a pessoa brilha, conquista, aparece. É nela que reside sua força e poder. Negála é preferir a obscuridade.” Zíbia Gasparetto


cult

arary marrocos

Atriz, produtora, educadora, advogada e contabilista, Arary Marrocos, 74 anos, é mesmo um nome de resistência no teatro. Sua trajetória se confunde com a história das artes cênicas em Caruaru. Para ela, arte é sinônimo de transformação

Fazer arte num país em que a cultura ainda não se tornou prioridade para o Estado e mesmo para a sociedade é, no mínimo, um ato de ousadia e amor pelo ofício. Também de persistência. Arary Marrocos vai além. Promove, incentiva, trabalha, debate, propõe. É mesmo um nome de resistência. A ligação é tão antiga que é quase impossível tratar sobre o teatro caruaruense e não se lembrar dela. Uma e o outro estarão sempre interligados. Aos 74 anos, Arary permanece acreditando que a democracia brasileira vai ser mais forte se contar com a diversidade cultural do seu povo. Um país sem alma, não tem destino e a cultura pode contribuir muito para estabelecer outras e novas condições sociais. “Mas, falta querer. Cultura não é prioridade. Eventos são prioridade, mas o evento vem e passa. A cultura transforma”, defende. A longa experiência lhe permite avaliar o descaso, sem arrodeios. “Massa manobrada tem que ser ignorante e analfabeta”, dispara. A atriz também chama a atenção para o futuro cultural de Caruaru. “Gravatá está crescendo (culturalmente) e Caruaru está ficando para trás. Estamos resumidos ao São João. Precisamos de uma Secretaria e um Conselho Municipal de Cultura. Quanto mais demorar, mais difícil será conquistar recursos”. Arary faz parte de uma geração cuja ligação com os movimentos artísticos era muito forte. Nas décadas de 60 e 70, o cenário artístico em Caruaru estava marcado pela efervescência. Teatros e salas de cinema ficavam lotados. Com a revolução e o advento dos militares no poder, os espetáculos passaram a ser censurados. Nessa época, os artistas utilizavam os palcos da Rádio Difusora e do Colégio de Caruaru. A primeira fechou e o segundo foi desativado após ser adquirido pela Diocese. Sem espaço para promover os espetáculos, restou ao casal Argemiro Pascoal 1 e Arary Marrocos transformar a garagem de casa num teatro.

reportagem Fernandino Neto fotos priscila fontinele 1

Natural de Bezerros, Argemiro Pascoal começou a fazer teatro em 1948. Dois anos depois, veio para Caruaru e, em 1954, entrou no Teatro de Amadores da cidade, onde participou de muitas peças. Foi um dos fundadores do TEA, em 16 de julho de 1962. Sofria de diabetes e Mal de Parkinson. Faleceu em 24 de agosto de 2012. 2

Fundado em 16 de julho de 1962, o TEA tem 50 anos de história. Desde a criação, lá se vão 54 espetáculos dirigidos por várias figuras tradicionais das artes cênicas. O grupo participou ainda de festivais nacionais e conquistou dezenas de prêmios para Caruaru. 3

O Feteag (Festival de Teatro Estudantil do Agreste) reúne escolas públicas e privadas da região que disputam troféus em praticamente todas as categorias: Melhor Ator, Atriz, Espetáculo, Direção, entre outras.

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Era 1962 e surgia o Teatro Experimental de Arte (TEA) 2 , a principal escola de teatro caruaruense. Em 1981, para atrair plateia aos teatros, foi criado o Festival de Teatro Estudantil do Agreste (Feteag) 3 . Os grandes nomes da cena teatral caruaruense surgiram no TEA, no Feteag ou estão de alguma forma ligados a eles. Com o advento da televisão, as pessoas se tornaram mais exigentes e os espetáculos abriram mão do amadorismo. O ator que antes decorava o texto e seguia para o palco, hoje passa por um processo de preparação e precisa reciclar conhecimentos. “Quem faz arte por amor, tem um compromisso maior”, reconhece Arary, que não sobrevive do teatro. Ela é advogada e contadora, atuando diariamente em seu escritório de contabilidade. Na vida de Arary, arte é mesmo sinônimo de amor e de transformação. E é preciso amar para persistir e driblar as dificuldades. Para se ter uma ideia, é quase rotineira a decisão de negar convites para participar de grandes festivais de teatro pela ausência de patrocínio para se deslocar a outras cidades ou mesmo para montagem de um novo espetáculo. “Nem pensamos em ir”, revela a atriz. Entre os seus sonhos, está a construção do teatro municipal de Caruaru, que nunca saiu do campo político da promessa. Ela até sugere um local. “Com a ideia de retirar a Feira do Parque 18 de Maio, poderiam melhorar e equipar a estrutura do matadouro, para transformá-lo no teatro”. A morte de Argemiro, com quem estava casada desde 1961, deixou uma lacuna no cenário artístico e no próprio TEA. “Ele era um braço muito forte. Mas, continuamos tocando os projetos. Vamos enviar alguns para o Funcultura, entre eles a ideia de um livro sobre a história do TEA. Também conseguimos recursos para o Feteag, que acontecerá de 16 a 26 de outubro”, comemora a atriz. Arary começou a fazer teatro no Colégio de Caruaru, onde estudou e passou alguns anos lecionando. Costumava acompanhar Argemiro nos ensaios do Teatro de Amadores de Caruaru. A princípio, varria o palco, fechava cortinas, ajudava na maquiagem e na confecção de cenários e figurinos. “Em 1964, me incentivaram a participar de uma oficina com o professor Isaac Gondim, da UFPE, aqui no TEA. Estreei no mesmo ano, no espetáculo Virtuoso Comendador Aragão”, recorda. Foi aí que ela perdeu a vergonha e participou de vários espetáculos, sendo premiada em importantes festivais.


Arary Marrocos nunca parou para pensar como gostaria de ser lembrada no futuro. A resposta vem carregada de emoção. “Uma pessoa que tentou passar o que sabia sobre teatro para as outras”, cita. “Que o teatro de Caruaru sempre cresça e que as pessoas sempre se proponham a repassar o que aprenderam para os mais novos”, pede. Para ela, a palavra da ordem é “transformar”. E o melhor caminho é investir nas artes

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consumão reportagem robson meriéverton Anderson Morais fotos divulgação

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Saúde. Os suplementos alimentares são preparações destinadas a complementar a dieta do praticante de exercícios físicos. Seu consumo está cada vez mais em alta Corpo perfeito

A busca pelo corpo perfeito aliado a prática do exercício físico faz com que homens e mulheres invistam pesado na compra de suplementos alimentares. Muitos médicos e nutricionistas têm indicado o uso de suplementos alimentares como forma de equilibrar a dieta, suprir as carências nutricionais e melhorar o funcionamento do organismo. Esse aumento do uso de suplementos nutricionais já não é mais privilégio de esportistas de alto nível, e passou a fazer parte da dieta de todos os praticantes de atividade física e também de pessoas que desejam manter a saúde. A grande vantagem dos suplementos para fisiculturismo ou praticantes de atividades físicas é a pouca quantidade de gordura presente neles. Não custa nada lembrar que o uso desses produtos tem de seguir rigorosa recomendação de médicos ou profissionais ligados a área de exercícios físicos.

“O sedentarismo foi que me levou a procurar a prática esportiva. Encontrei na musculação a forma de trabalhar o corpo de forma que me rendesse bons resultados estéticos e que me proporcionasse melhor qualidade de vida. Quando entrei na academia tracei objetivos, entre eles ganhar 14 quilos, ficando com o peso ideal para minha altura. Com a mudança de vários hábitos alimentares para ganho de peso e massa muscular, procurei um nutricionista e comecei a seguir suas orientações. Com isso, os resultados começaram a aparecer. Depois de seis meses me familiarizando com a academia, passei a usar suplementos para ajudar, antes e depois dos treinos. Além dos suplementos que me ajudam muito, eu tento fazer refeições que tenham bastante proteínas e carboidratos. O resultado não é rápido e não é fácil de ser alcançado.” Leonardo Lima, jornalista e praticante de atividade física “Já treino em academias a mais ou menos seis anos. Sempre tomei suplementos alimentares, pois auxiliam na minha dieta e os nutrientes que meu corpo precisa, como proteínas, carboidratos e fibras. Nesse intervalo parei de malhar e com uma rotina puxada de trabalho e estudos, acabei engordando. Um dos meus erros foi o relaxar no item alimentação, passando a me alimentar de maneira errada e isso fez com que eu ganhasse peso. Foi preciso reestabelecer novamente uma rotina de exercícios físicos, com acompanhamento de um profissional de educação física que me orientou na escolha de produtos suplementares para perda de peso, para atingir os padrões necessários para o índice de massa corpórea (IMC), além de uma reeducação alimentar.” Lucas Sales, empresário e praticante de atividade física


Alunos, pais e professores aproveitam o início do ano letivo para retomar a rotina escolar 1 Uma equipe de alunos e promotores da Favip DeVry visitou alguns colégios da cidade para apresentar um pouco sobre o ensino da instituição. Os alunos ficaram atentos a todas as propostas levantadas. 2 Os alunos do Colégio Alternativo de Caruaru seguiram em caravana para conhecer um dos mais belos cantos do estado, que guarda um pouco da história do mundo medieval. O Instituto Ricardo

Brennand, no Recife, serviu para que os pequenos participassem de uma aula de história diferente. 3 Dia de avaliação nas escolas e faculdade é sempre cercado de muita tensão por parte dos alunos. Porém, para os estudantes do Colégio Exato, a atividade virou motivo para ser também registrada e postada no Facebook da escola. Esperamos que o exame tenha surtido resultado positivo para todos.

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4 Acompanhe só a atenção com que as jogadoras do time de futsal feminino do Colégio Sagrado Coração estão atentas as orientações do técnico. A prática esportiva nas escolas funciona como uma válvula de escape para os alunos, além de ser uma extensão da sala de aula, proporcionando um maior aprendizado sobre o corpo humano. 5 O Colégio Alternativo mostra que a participação dos pais e responsáveis no processo de aprendizagem do aluno é muito importante. Na foto, em recente reunião, os pais e responsáveis foram convidados a participar de uma dinâmica.

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campanha

Desligue a TV e vá ler um livro. Nós que trabalhamos na Olha! indicamos quatro livros para você parar o tempo à sua volta e se entregar aos prazeres da leitura Juntos Para Sempre Walcyr Carrasco (Arqueiro)

Alan é um advogado bem-sucedido de São Paulo e leva uma vida aparentemente perfeita: mora em uma cobertura luxuosa, namora uma mulher lindíssima e pode ter tudo o que quiser. Mas todas as noites é atormentado por um sonho que o leva a um amor de outra vida. Assiste à morte na fogueira de uma jovem. E nesse momento promete: – Eu te amarei para sempre! Quando desperta, o sonho fica em sua cabeça. Envolvido por esse mistério, Alan vive dias de angústia. Tudo muda quando ele viaja para uma cidade do interior e encontra uma moça semelhante à que aparece em seu sonho. A profunda emoção que sente ao vê-la confirma que é a mesma pessoa. Essa é a primeira de várias evidências de que na vida nada acontece por acaso. Mas, para seu espanto, a moça foge aterrorizada ao deparar com ele. Agora Alan precisa descobrir quem é essa mulher e qual é a ligação entre eles.

O Lado Bom da Vida Matthew Quick (Intrínseca)

Pat Peoples, um ex-professor de história na casa dos 30 anos, acaba de sair de uma instituição psiquiátrica. Convencido de que passou apenas alguns meses naquele “lugar ruim”, Pat não se lembra do que o fez ir para lá. O que sabe é que Nikki, sua esposa, quis que ficassem um “tempo separados”. Tentando recompor o quebra-cabeças de sua memória, agora repleta de lapsos, ele ainda precisa enfrentar uma realidade que não parece muito promissora. Com seu pai se recusando a falar com ele, sua esposa negando-se a aceitar revê-lo e seus amigos evitando comentar o que aconteceu antes de sua internação, Pat, agora um viciado em exercícios físicos, está determinado a reorganizar as coisas e reconquistar sua mulher, porque acredita em finais felizes e no lado bom da vida.

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O Inferno de Gabriel Sylvain Reynard (Arqueiro)

Enigmático e sedutor, Gabriel Emerson é um renomado especialista em Dante. Durante o dia assume a fachada de um rigoroso professor universitário, mas à noite se entrega a uma desinibida vida de prazeres sem limites. O que ninguém sabe é que tanto sua máscara de frieza quanto sua extrema sensualidade na verdade escondem uma alma atormentada pelas feridas do passado. Gabriel se tortura pelos erros que cometeu e acredita que para ele não há mais nenhuma esperança ou chance de se redimir dos pecados. Julia Mitchell é uma jovem doce e inocente que luta para superar os traumas de uma infância difícil, marcada pela negligência dos pais. Quando vai fazer mestrado na Universidade de Toronto, ela sabe que reencontrará alguém importante – um homem que viu apenas uma vez, mas que nunca conseguiu esquecer.

Só o Amor Consegue Zíbia Gasparetto (Vida e Consciência)

Este romance de Zíbia transcorre entre o mundo espiritual e o terreno, narrando de forma clara e envolvente as missões de vida destinadas a cada um e que formam os laços de amor entre as pessoas e espíritos. Ressaltando a dualidade dos personagens, a autora mostra de maneira otimista que está a alcance de qualquer pessoa a solução de seus próprios conflitos, cultivando a tolerância e o amor, e, dessa maneira, ajudando a construir um mundo de paz e solidariedade. “Por mais difícil que seja uma situação, o amor sempre resolve. Essa é a maior conquista do espírito, um aliado fundamental para o progresso em todas as áreas da vida. Uns mais, outros menos, todos estamos desenvolvendo nossa forma de amar”, afirma Zibia Gasparetto.



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Este espaço é todo seu: pode reclamar, dar dica, mandar opinião, bater boca ou também pode dar os parabéns, que é bom e a gente gosta! Cada vez que leio as matérias da Revista Olha! fico encantada com a quantidade de conhecimento que adquiro. A variedade de conteúdos deixa o leitor informado do que precisa no momento certo, parece que todas as edições são produzidas de acordo com o que precisamos saber. Tento acompanhar todas e indico para todos fazerem o mesmo. Parabéns! Daniele Rolim, Designer e empresária Com conteúdo relevante, visual futurista e uma leitura pra lá de bacana, a Revista Olha! já mostra para que veio. Seguindo a tendência do mercado moderno, o exemplar sempre traz ao leitor informações importantes, dispostas de uma maneira bem agradável. O visual, composto por imagens que contextualizam e ensaios que encantam, enche os olhos do leitor. Sem dúvidas, Caruaru e região precisavam ter acesso a um material de qualidade, atraente e informativo e a Revista Olha! veio suprir e cumprir sua função. Camila Juliette, Jornalista Queria expressar a minha surpresa pela qualidade gráfica e jornalística da Revista Olha! Um periódico que vem com a missão de deixar o público da cidade bem informado sobre os assuntos de interesse entre jovens e também pessoas de mais idade. Na última edição, gostei muito da matéria que aborda a personalidade com que as pessoas se vestem e a entrada no mercado de trabalho. Inclusive, uma amiga minha já passou por situação parecida. Pa-

rabéns a toda equipe. Renata Alencar, Estudante universitária

Pelo visto o público leitor de Caruaru está muito bem servido pela qualidade de um produto que vem se destacando a cada edição. Claro que estou falando da Revista Olha!. É muito bom ver a seriedade e, ao mesmo tempo, leveza, com que os assuntos são tratados. Prova disso é que o público leitor abrange todas as idades. Eu mesma indiquei a revista para uma amiga que tem filha pequena, para que ela aprenda a educar melhor sua filha, não cedendo sempre as vontades consumistas. Adorei a abordagem. Sucesso para todos. Suelem Bacelar, Corretora de imóveis

Quero aqui parabenizar todos que fazem a revista OLHA! pela iniciativa de lançarem este veículo de comunicação em nossa região. Veículo este, que já está se consolidando, trazendo informação e entretenimento com uma proposta inovadora, antenada nas tecnologias e nas mudanças que o jornalismo moderno apresenta. Sucesso, sucesso e sucesso! Henrique Figueirôa, Jornalista

Erramos

Caros leitores. Na última edição da Revista Olha!, datada de fevereiro de 2013, na seção Eu Sou, página 27, quando nos referimos ao curso de Maria Helena, onde lê-se Designe, o certo é Design. Pelo erro, pedimos desculpa.

www.revistaolha.com.br jornalismo@revistaolha.com.br atendimento ao leitor: (81) 9544-1794 Diretor executivo obede Gueiros neto Departamento comercial Fauzia Emannuelly Editor Robson Meriéverton, Projeto Gráfico e Jornalista Visual Sandemberg Pontes, Reportagens Anderson Morais e Fernandino Neto, Fotografia e Edição de Imagem Priscila Fontinele Publicidade para anunciar na Olha!, ligue: (81) 9544.1794 Permissões da Olha! para usar selos, logos e citar qualquer avaliação da revista, envie um e-mail para a redação jornalismo@revistaolha.com. br. Nenhum material pode ser reproduzido sem autorização por escrito. Saiba que os artigos assinados pelos colaboradores da Olha! não expressam necessariamente a opinião da revista. A Olha! não se responsabiliza pelo conteúdo dos textos de colunas e anúncios. É permitida a reprodução das matérias publicadas pela revista, desde que citada a fonte. Olha!, número 4, ano 0, edição 4, é uma publicação mensal, com distribuição comercializada nas principais instituições de ensino públicas e privadas, assim como nas escolas municipais, estaduais e particulares de Caruaru, por R$ 4,90. Impressão Gráfica Centauro. Tiragem 5 mil exemplares. Sede Rua do Norte, 48, 2º andar, sala 201, Centro, Caruaru, Pernambuco, tel. (81) 9544.1794, de segunda a sexta, das 8h às 18h. Sábados, das 8h às 13h. Contato Comercial Igor Santos, tef. (81) 9544.1794, das 8 às 18h, de segunda a sexta e sábados, das 8h às 13h, comercial@revistaolha.com.br

boca no mundo

edições anteriores: venda exclusiva em bancas, pelo preço da última edição


“É você, meu mundo de paz Eu te quero mais, meu universo é você Sem ti, é tudo vazio, é noite de frio De olhar sem me ver O amor, que existe em nós dois Agora ou depois irá renascer Sente em meu colo e adormeça Encoste sua cabeça Escute esse peito meu, E o coração que é meu Bate pra te acalentar Pode ficar a vontade Que a saudade há de passar Quero te fazer carinho Teu amor é o caminho E gosto de caminhar.” Dominguinhos

fim




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