Revista Olha! - 6ª edição

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Cult Dono de uma voz inconfundível, Azulão conta um pouco do que viu nesses mais de 50 anos de carreira

issN 2317-1995

r$ 4,90

NÚmero 6 aNo o edição 6 julho 2013

Eu Sou “não me arrependo”. saiba por que Monique Oliveira trocou as salas de aula pelos sets de gravação Escrachado O professor tenaflae lordelo explica que, na política, nem tudo é o que parece ser

mesmo antes da hora adolescentes iniciam a vida sexual cada vez mais cedo Orientações deveriam partir da família e da escola Especialistas apontam as causas do ato impensado

EntrEVIstão: a aDVoGaDa polIana QuEIroZ DIscutE a rEDução Da MaIorIDaDE pEnal, apontaDa coMo solução para DIMInuIr a crIMInalIDaDE EntrE os JoVEns. Mas as MEDIDas prEcIsaM sEr bEM pEnsaDas para QuE não sE tornEM “DEsastrEs lEGIslatIVos”

FilHOs PODeM PAGAR CARO PelO eRRO DOs PAis


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Cult Dono de uma voz inconfundível, Azulão conta um pouco do que viu nesses mais de 50 anos de carreira

SEXTA EDIÇÃO

Eu Sou “Não me arrependo”. Saiba por que Monique Oliveira trocou as salas de aula pelos sets de gravação Escrachado O professor Tenaflae Lordelo explica que, na política, nem tudo é o que parece ser

mesmo antes da hora Adolescentes iniciam a vida sexual cada vez mais cedo Orientações deveriam partir da família e da escola Especialistas apontam as causas do ato impensado

ENTREVISTÃO: A ADVOGADA POLIANA QUEIROZ DISCUTE A REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL, APONTADA COMO SOLUÇÃO PARA DIMINUIR A CRIMINALIDADE ENTRE OS JOVENS. MAS AS MEDIDAS PRECISAM SER BEM PENSADAS PARA QUE NÃO SE TORNEM “DESASTRES LEGISLATIVOS”

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olha! leva aos leitores conhecimento de qualidade. uma revista que traz as ideIas do futuro para o presente. Com linguagem leve e agradável, oferece aos leitores um mix de reportagens, seções, entrevistas, críticas, opiniões e pequenos ensaios. Em cada edição, apresenta uma gama variada de assuntos, aponta tendências, analisa, opina e estimula o debate de ideias. Fórmula que transformará na principal publicação do gênero na região. Olha! É uma revista abrangente, que atende um público cada vez mais qualificado, Sendo uma publicação vibrante e acessível.

revista

ANUNCIE NA NÚMERO 7


listão

38 juLho 2013 edição 6

Frases de impacto Para inspirar o leitor, a cada abertura de seção a Revista Olha! interage com fras

olha! nossa capa foto Priscila Fontinele MODELO da capa RAYANE THAISA foto das aberturas de seção Priscila Fontinele MODELO das aberturas de seção BRUBEYCKER LUIZ

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14 Precocidade Descuido? Falta de informação? Quais seriam as verdadeiras causas para explicar as atitudes sexuais de muitos adolescentes. Alguns, por exemplo, chegam a mudar toda a vida por conta de uma gravidez sem planejamento

28 Entrevistão A advogada criminalista e professora universitária, Poliana Queiroz, aborda um assunto que está sempre nas rodas de discussões: a Maioridade Penal. A medida, em muitos casos, está sendo apontada como solução para a redução da criminalidade entre os jovens. Veja os pontos positivos e negativos da medida

Eu mesmo

20 Sem tempo Administrar os horários, mediante a lista de atribuições diárias, vem desafiando o senso organizacional de muitas pessoas, sobretudo dos jovens que não enxergam limite para a capacidade de cumprir as tarefas. Como não se pode parar o tempo, o negócio é adaptá-lo 24 Eu sou Da sala de aula para os sets de gravação. É assim que Monique Oliveira leva a vida depois que trocou o quadro negro pela claquete

Os outros

32 Escrachado O professor universitário Tenaflae Lordelo fala sobre a relação da política com os problemas da sociedade 34 Deu/Não Deu A quantidade de computadores em uso no Brasil chegou aos 118 milhões. Veja a opinião das pessoas sobre essa invasão cibernética


Olha! No seu bolso Para acessar sua Olha! pelo celular: 1. Abra o leitor QR Code em seu celular; 2. Foque o código com a câmera; 3. Clique em Ler Código para acessar o conteúdo. Não tem leitor? Para baixar o leitor acesse www.i-nigma.mobi

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ses de impacto de escritores brasileiros.

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38 Comigo foi assim Com inspiração divina para a música, a caruaruense Rosimar Lemos diz ter despertado seu envolvimento pela área através das idas a igreja, na companhia da avó. Autodidata, hoje Rosimar é considerada uma das mais belas vozes da região. Conheça um pouco da sua história

42 Cult Descoberto por um radialista, o Pequeno Grande Azulão começou a fazer história na música caruaruense no palco da Rádio Difusora. Dono de uma voz inconfundível, o artista conquistou seu espaço no cancioneiro popular. Hoje, com 50 anos de carreira, parar de cantar está fora dos seus planos

Fora do ar

Ser, ter e escolher

44 Consumão Nas vitrines das lojas, há quem diga que as roupas são responsáveis por aguçar o instinto consumista de muita gente. Conheça a justificativa de alguns jovens para cair na “tentação” consumista 45 Campanha “Segredos de Menina”, da escritora Maitena Burundarena, conta a história de uma jovem que vive na Buenos Aires dos anos 1970 e está na fase de descobrimento próprio 50 Fim


mente aberta seguidores na rede

nossos

“Toda menina que enjoa da boneca é sinal que o amor já chegou no coração...” Luiz Gonzaga e Zé Dantas

Em qualquer parte do planeta, o sexo na préadolescência ou mesmo na adolescência perpassa gerações e ainda traz consigo muita polêmica: ficar grávida cedo demais, em um primeiro momento, é tão surpreendente quanto assustador. A gravidez na adolescência pode ser interpretada de diversas formas: Irresponsabilidade, quebra de sonhos, modernidade, liberdade, precocidade... Infinidade de conceitos que demonstram a pluralidade das incertezas que a idade carrega e que sempre demonstra, independentemente de nacionalidade, credo, religião ou cor de pele. No caso de uma gravidez repentina, a notícia, quase sempre bombástica, pega todos desprevenidos. Para a jovem grávida, mudam-se os planos e as perspectivas que um dia sonhara para a vida. Para os pais da jovem que espera dar à luz, o sentimento de culpa, por acharem que ‘erraram’ na criação e por julgarem a filha incapaz de cuidar do neto que está por vir. Para a criança gerada, o desafio de entender o contexto sob o qual virá ao mundo. Afora os problemas sociais e de relacionamento, gravidezes na adolescência são consideradas de alto risco, o que se faz importante e inegociável a realização do pré-natal, para evitar complicações na gestação e no parto. Ainda assim, a ‘irresponsabilidade’ acarreta uma reação em cadeia, bem antes da hora. A mãe prematura fica tolhida pelo fato, tendo que mudar de vida. Ainda em formação, as decisões aqui podem ter efeitos bem mais atenuados. Trabalhando para cuidar do bebê, provavelmente terá que parar de

SIGA-nOS TAMBÉM:

Elaine Dias Não é mais segredo para ninguém que a Revista Olha! está conquistando a admiração dos caruaruenses. Com conteúdos relevantes, a publicação cumpre o seu papel de informar, ao mesmo tempo que presenteia nossos olhos com um belíssimo trabalho visual e fotográfico. Parabéns a toda equipe. Faço questão de recomendar sua leitura para todos. via facebook

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estudar, o que pode comprometer a educação do mesmo, já que a frustração é cada vez mais presente, sobretudo por achar que o filho é um fardo difícil de carregar. Os antigos objetivos passam a fazer parte de um passado que, possivelmente, não voltará. Caem-se todas as responsabilidades sobre a realização desses desejos sobre os filhos, que já começam a se desenvolver sobre uma carga de pressão não comum. Hoje, as informações acontecem a uma velocidade incrivelmente dinâmica e ultrapassável, mas requerem uma interpretação não igualmente veloz, porém de forma a melhor contribuir para a qualidade de vida. Diálogo, métodos contraceptivos, orientação. A família precisa se abrir mais. As escolas devem orientar os jovens sobre a importância de uma vida sexual precavida, a fim de evitar que ‘imprevistos’ os peguem de surpresa e os obriguem a castrar alguns planos. Entretanto, falta muito para que essa ‘conversa’ seja a ideal, já que não cabe só aos estabelecimentos de ensino a responsabilidade do educar. Entre o prevenir e o remediar, a solução está no tipo de formação que se pode escolher para que a nova geração seja capaz de, conscientemente e planejadamente, gerar filhos com mais entendimento sobre o meio. É isso que procuramos evidenciar nesta edição da Revista Olha! Uma excelente leitura para todos. Robson Meriéverto​n - editor

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Pedro Paulo Capaccia Parabéns pela revista, cada vez mais dinâmica e com ótimas matérias. Sucesso sempre! Acompanho sempre aqui online. via facebook

Raissa Gomes Parabéns por essa 5ª edição, ficou ótima. Amei!!! via facebook

Rodrigo Oliveira A equipe da Olha! está de parabéns, matérias sobre temas relevantes, focados na nossa região, com uma linguagem atual e de fácil compreensão. via facebook

Thiago Guedes Uma revista de conhecimento e qualidade. via facebook

Eva Delfino Parabéns! A Revista Olha! é de qualidade e aborda assuntos interessantes. Caruaru estava mesmo precisando de algo do tipo. via facebook

Vanessa Moraes A Revista Olha! está cada vez melhor!!! Excelente conteúdo de altíssima qualidade editorial. Parabéns à equipe! via facebook

Prazeres Barbosa Extraordinariamente bem cuidada, bem planejada e rica em conteúdo. Parabéns, galerinha da Revista Olha! via facebook

DjGutto Ferreira A Revista Olha! tem um ótimo conteúdo. Parabéns pelo trabalho! via facebook


Advogada criminalista, Poliana Queiroz é professora universitária no

curso de Direito da Favip DeVry. Na formação, é graduada em Direito pela Asces e pós-graduada em Direitos Humanos pela UCB (Universidade Católica de Brasília). Mestre em Direito da Integração e Relações Internacionais da UDE (Uruguai), a profissional ainda acumula no currículo pósgraduação em Políticas Públicas e Gestão Prisional.

Rosimar Lemos

A caruaruense começou a cantar aos sete anos de idade, acompanhando a avó em eventos religiosos, fato que a motivou a ingressar no coral da igreja, o que a ajudou a desenvolver o gosto pela música. Rosimar é autodidata, porém, isso não a impediu de ser dona de uma das mais belas vozes do Agreste. Seus estilos prediletos são as músicas românticas e religiosas. Nascido em 25 de junho de 1942, em Brejo de Taquara, zona rural de Caruaru, teve sua inspiração musical nos tios, que eram músicos, e no pai. Assim, seus primeiros passos na carreira vieram quando ainda era criança, aos nove anos de idade. Dono de uma voz inconfundível, o Pequeno Grande, como também é conhecido, já tem mais de 50 anos de carreira, colecionando grandes sucessos, eternizados no cancioneiro popular.

Azulão

colaboradores

Tenaflae Lordêlo

é formado na área de Comunicação Social pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), Universidade Estadual da Bahia (UNEB) e Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Mestre em Comunicação, ele também é doutorando na área. Em Caruaru desde 2007, Tenaflae é professor nos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda pela Favip DeVry.

Raíssa Borba Parabéns a toda a equipe da Revista Olha! pela excelente revista. via facebook

Jacque Tamboo Sempre inovando e arrasando!!! Parabéns Revista Olha! via facebook

Carlos Tanouss É muito bom poder contar com uma publicação com conteúdos bem produzidos e de interesse do leitor. Parabéns a equipe! via facebook

Lidia Vilaça Uma super-revista, Caruaru de fato precisava de algo inovador na comunicação! Parabéns a todos que fazem a Revista Olha! via facebook

Andrea Lima Muito boa esta edição. Parabéns a toda equipe! via facebook

Alyson Matos Muito boa a revista. via facebook

Amanda Franco A Revista Olha! está tão de parabéns quanto Caruaru com esta edição. Fico bastante feliz em ver um material de ótima qualidade trazendo um conteúdo excelente para nossa cidade, muito sucesso. via facebook

Silvia Bezerra Parabéns, pela criatividade e inovação. Muito sucesso!!! via facebook

Welston Cristoff A Revista Olha! e toda sua equipe estão de parabéns pelo trabalho que vem sendo feito. Li a edição de maio e gostei muito do tema abordado sobre jovens empreendedores. A edição desse mês está fantástica, ainda mais com as fotos dos pequenos Juliana e Alexandre, meus vizinhos. via facebook


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se liga

Mercado Os alunos do curso de Jornalismo do 5º período da Favip DeVry tiveram a oportunidade de vivenciar um pouco do dia a dia das redações de revistas, desde o planejamento até a chegada às bancas. O momento foi proporcionado pela professora Iraê Mota, que convidou os editores das Revistas Olha! e Turismo na Serra, Robson Meriéverton e Edméa Ubirajara, respectivamente, para interagir com os alunos, respondendo a algumas perguntas quanto a dúvidas e curiosidades sobre os veículos. Os alunos saíram satisfeitos do encontro e passaram a conhecer um pouco mais sobre a área. O bate-papo fez parte de aula diferenciada das disciplinas de Redação Jornalística III e Edição. Alimentação Mais de 800 escolas estaduais de Pernambuco terão o cardápio da merenda acrescido de gêneros alimentícios produzidos por cooperativas de agricultura familiar do estado. Ao todo, o fornecimento vai atender a 590 mil estudantes de 113 municípios de Pernambuco. Os contratos têm duração de um ano (até maio de 2014) e preveem a entrega de gêneros como mel, inhame, melão, cenoura, cebola, macaxeira, abóbora, mix de caprino, banana e melancia. O investimento total é de R$ 18,7 milhões. Com a ação, o objetivo do governo é investir em alimentos saudáveis, ao mesmo tempo em que beneficia os pequenos produtores agrícolas do estado.

No colégio, os conceitos são trabalhados com as crianças de 3 a 6 anos

princípios

Valores trabalhados desde cedo O projeto Viver valores será desenvolvido ao longo de todo o ano letivo Para despertar a cidadania desde os primeiros anos na escola, a Educação Infantil do Colégio Diocesano está desenvolvendo o projeto Viver Valores. Baseada no livro “Atividades com valores para crianças de 3 a 6 anos – Programa Vivendo Valores na Educação”, de Diane Tillman e Diana Hsu, a atividade tem três princípios básicos: promover o bemestar individual e da sociedade como um todo, despertar a capacidade de criar e aprender nos alunos e ajudá-los a fazer escolhas socialmente conscientes. A iniciativa vem gerando bons frutos, tanto que já está interferindo, positivamente, na vivência diária de alguns alunos. O projeto trabalha 11 valores: paz, respeito, amor, responsabilidade, felicidade, cooperação, honestidade, humildade, tolerância, simplicidade e união. Os conceitos são reforçados naturalmente durante todo o dia, logo após o contato inicial dos alunos a partir de atividades específicas para trabalhar cada conceito. É importante destacar que, para aprender os valores, as crianças experimentam e incorpo-

fotos: divulgação

ram-nos ao seu dia, principalmente porque, na idade entre 3 e 6 anos, elas são bastante receptivas e interagem de forma rápida. De acordo com a supervisora da Educação Infantil, Joelma Pessoa, esse projeto não se resume somente à escola, mas também insere a família na construção dos valores. “Muitas atividades precisam do apoio dos pais, pois é no ambiente familiar que a criança encontrará o espelho para sua formação”, analisa. Exercícios em sala, atividades artísticas e de autodesenvolvimento, além de rodas de conversa, fazem parte das ações previstas para trabalhar cada valor. O projeto já tem mostrado bons resultados. “A iniciativa é maravilhosa, porque muitos valores estão apagados e precisam voltar a ser vivenciados. Já percebemos a mudança de postura na sala de aula, o que comprova que estamos contribuindo com o processo de aprendizagem”, explica a professora Alcileide Florêncio. O Viver Valores será desenvolvido ao longo de todo o ano letivo.

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se liga VESTibuLaR Da FaFiCa A Faculdade de Filosofia, Ciências e letras de Caruaru (Fafica) anunciou a data do Vestibular 2014. O processo seletivo, que acontecerá em uma única etapa, será realizado no dia 10 de novembro, no horário das 8h às 12h. Os candidatos farão toda a inscrição para o Vestibular 2014 da Fafica pelo site da Faculdade (http://www.fafica.com/). em breve, a instituição divulgará os cursos e a quantidade de vagas oferecidas no processo seletivo, além do período de inscrição. VESTibuLaR DE MaiO A Faculdade do Vale do ipojuca (Favip) realizou vestibular nesse mês de maio. A instituição recebeu a autorização para oferecer cinco novos cursos, bem como ampliar as vagas de outros dois. A prova aconteceu no dia 19 de maio e selecionou novos estudantes para sete cursos de graduação. As novidades quanto aos cursos são para Design de Moda, Design de interiores, Produção do Vestuário, Gestão Ambiental e Gestão Hospitalar. Os cursos de enfermagem e Arquitetura e Urbanismo também vão oferecer 100 vagas cada um, no turno vespertino. Para os novos cursos serão ofertadas 200 vagas, estas para o período da tarde e noite, totalizando 1.200 oportunidades para os feras. Os candidatos que ficaram na fila do remanejamento também já estão sendo chamados pela instituição.

VAGAS

GRADUAÇÃO SANDUICHE

A MetA É OFeReCeR 101 Mil BOlsAs PARA AlUnOs nO exteRiOR

ao ingressar na instituição, o aluno terá acesso a benefícios

MAIS CURSOS

Favip DeVry abre espaço para novas oportunidades

DOis nOVOs CURsOs PAssARãO A FAZeR PARte DA GRADe DA institUiçãO, nAs áReAs De nUtRiçãO e PROJetOs A Favip DeVry abre inscrições para o programa de pós-graduação, trazendo como novidade dois novos cursos voltados para quem quer atuar nas áreas de nutrição Clínica e Gerenciamento de Projetos. Os que buscam se desenvolver como gestor, a instituição também oferece especialização em Gestão e negócios, Gestão e Marketing, Gestão e Pessoas, Gestão e Finanças, Gestão e logística, saúde Mental e saúde Pública. As inscrições se encerraram no início de junho. Cada curso contará

com 30 vagas. Para conquistar uma delas, o candidato vai participar de duas etapas: avaliação do currículo com análise do histórico escolar e entrevista presencial com o coordenador do curso. Ao ingressar na instituição, o aluno passará também a ter benefícios internacionais como inglês subsidiado, possibilidade de intercâmbio para os estados Unidos e acesso a banco de dados de pesquisa internacional. Ao longo dos últimos anos, a Favip já formou mais de mil profissionais.

O programa Ciência sem Fronteiras abriu inscrição para graduação-sanduíche. no total, são 13.480 vagas em 18 áreas do conhecimento científico e tecnológico em nove países da europa, ásia e América do norte. Os interessados podem fazer a inscrição até julho. Os bolsistas selecionados iniciarão as atividades no exterior em meados de 2014. O candidato deve conferir no edital os detalhes do cronograma de cada chamada. Para participar da seleção, o estudante deve comprovar nota no exame nacional do ensino Médio (enem) igual ou acima de 600 pontos em prova realizada após 2009. Principal programa do governo federal de mobilidade acadêmica no exterior, o Ciência sem Fronteiras já concedeu 41.133 bolsas de estudos desde a criação, em 2011. Desse total, 23.851 estudantes foram aprovados no ano passado e mais de 19 mil estão no exterior. Outros 17.282 foram selecionados em chamadas este ano.

Na Cultura, aprender inglês é mergulhar numa nova cultura, que agrega a visão de outros povos, permitindo a construção de novos referenciais. É por isso que a Cultura acrescenta essa dimensão cultural aos seus cursos, promovendo o interesse pela leitura, teatro, cinema, música e costumes de outras nações de língua inglesa. Embarque nessa viagem, e curta, você também, a vida com mais cultura! Caruaru (81) 3721.4749


Recursos dos royalties será para educação. Com intenção de garantir parte dos royalties do petróleo, o prefeito de Caruaru, José Queiroz, enviou projeto à Câmara de Vereadores para que esses recursos, sob o regime de concessão, sejam destinados à educação do município. A justificativa do Poder Executivo local está no futuro das próximas gerações, já que o projeto reforçaria o compromisso do governo com as causas educacionais. Para se ter uma ideia, o município, que recebe atualmente R$ 883.780, passaria a receber R$ 5.443.048. No total, Caruaru conta com 150 escolas municipais, três de tempo integral e outras 50 do projeto Mais Educação. A Câmara dos Deputados e o Senado aprovaram a lei que permite uma distribuição mais coerente dos recursos do pré-sal, porém houve ações no Supremo Tribunal Federal (STF) apresentadas pelos estados que se sentiram prejudicados. O processo ainda corre na justiça.

A justificativa do Poder Executivo local está no futuro das próximas gerações

fotos: divulgação


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“Um sopro de Deus nas ventas de Januário Cria um cenário de total inspiração. Para o Baião nasce o rei Luiz Gonzaga E para o mundo Gonzaga Rei do Baião. Feitos à mão pelo mestre Vitalino E por Galdino em seus sonhos delirantes. Anjos cantantes tocam pífano e zabumba Misturam Forró com Rumba num “Baião de três” dançante.” Valdir Santos

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sexo NA

um tema tabu, mas que aos poucos ganha mais espaço nos debates e nas conversas entre amigos. antes encarada como uma “condenação”, a gravidez na adolescência ainda tira o sono dos jovens futuros pais e dos novos avós, que insistem em se culpar e se perguntar “onde foi que eu errei?” porém, os especialistas defendem que o melhor caminho é mesmo tirar as dúvidas e estabelecer uma linha direta entre ato e responsabilidade. conversar mais é a saída para evitar as possíveis dores de cabeça.


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ADOLESCÊNCIA


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As doenças sexualmente transmissíveis (Dst) são transmitidas, principalmente, por contato sexual sem o uso de camisinha com uma pessoa que esteja infectada, e geralmente se manifestam por meio de feridas, corrimentos, bolhas ou verrugas. As mais conhecidas são gonorreia e sífilis. Algumas Dst podem não apresentar sintomas, tanto no homem quanto na mulher. e isso requer que, se fizerem sexo sem camisinha, procurem o serviço de saúde para consultas com um profissional de saúde periodicamente. essas doenças quando não diagnosticadas e tratadas a tempo, podem evoluir para complicações graves, como infertilidade, câncer e até a morte. Usar preservativos em todas as relações sexuais (oral, anal e vaginal) é o método mais eficaz para a redução do risco de transmissão das Dst, em especial do vírus da aids, o HiV.

Falar de sexo na adolescência é uma tarefa que nem toda família se sente à vontade para escutar, mesmo com a evolução dos tempos e com o assunto cada vez mais difundido nas rodas de conversa. na escola, o tabu, quanto à discussão do tema, em alguns casos, permanece estagnado no tempo. O resultado disso tudo é o jovem iniciando a vida sexual cada vez mais cedo e o pior de tudo: sem a orientação correta. As consequências dessa quebra na corrente da informação vêm como responsabilidade de assumir uma gravidez precoce ou até acarretam uma mudança drástica nos planos para o futuro. na casa da funcionária pública Marina Feitosa, mãe da jovem e.A., hoje com 17 anos, a experiência de conviver com uma filha grávida aos 14 anos foi bastante intensa. na época do ocorrido, e.A. estudava 8ª série em uma escola da cidade, porém, já tinha um relacionamento sexual fixo com o namorado, três anos mais velho. “Apesar de sabermos os riscos que estávamos correndo, seja por uma gravidez ou doenças sexualmente transmissíveis 1 , nem sempre usávamos preservativos ou qualquer outro método anticonceptivo nas nossas relações”, assume a jovem. Mesmo com a pouca orientação na escola, e.A. sabia que não estava procedendo da maneira correta em não se prevenir. em casa, como acontece na maioria das famílias que lidam com adolescentes, a conversa sobre a sexualidade nem sempre permeia os poucos momentos de bate-papo. e.A. diz que na sua casa acontecia da mesma forma. “Apesar da minha mãe dar abertura, eu não me sentia totalmente à vontade para conversar sobre determinados assuntos”. Quando a dúvida surgia, consultar as amigas parecia ser a forma mais fácil de esclarecê-la, mas a menos indicada. “esse tipo de orientação nem sempre funciona. A experiência sexual de uma pessoa pode não funcionar da mesma forma para outra. Quando se busca a informação através de amigos, por exemplo, a pessoa instintivamente toma alguns parâmetros que acabam gerando situações desagradáveis”, explica Anderson Freire, Psicólogo clínico e mestre em Antropologia na área de Família, Gênero e sexualidade. seja pela falta de orientação ou impulso, o fato é que, aos 14 anos de idade, a jovem e.A. começou a apresentar sintomas típicos da gravidez, logo percebidos pela mãe. “Quando caí em mim e vi que o enjoo matinal poderia mesmo ser uma gravidez, comecei a me questionar o que eu tinha feito de errado para deixar a situação chegar nesse estágio”, conta Marina Feitosa. Com a confirmação dada pelos exames, o apoio a filha foi inerente. “em nenhum momento pensei em deixá-la de mão. Depois do fato consumado, não há mais como voltar atrás. então, o que temos a fazer é tratar o caso com maturidade e lutar para que tudo dê certo”, reforça Marina. A atitude da mãe da jovem surpreendeu até a própria família. “no início foi um choque receber a notícia de que minha filha, aos 14 anos, seria mãe. Mas, depois, todos aceitaram por ela estar recebendo muito apoio da minha parte”. Pela imaturidade natural da idade, e.A. chegou a pensar em não levar a gravidez a frente. “essa ideia caiu por terra depois que fiz a primeira ultrassonografia e vi aquele pequeno ser se formando dentro de mim”, lembra. Com a mudança radical que a irresponsabilidade de um ato trouxe para a vida da jovem, os planos de concluir os estudos e seguir com a escolha de um curso superior, que mais tarde se tornariam uma carreira profissional, tiveram que esperar um pouco. “existe na cultura um lugar exclusivo para a maternidade, que é dado à mulher pela própria questão biológica. Mas essa responsabilidade de assumir o lugar de mãe e do cuidar da cria traz sérias consequências quando não há um planejamento, sobretudo quando acontece cedo demais. O primeiro deles diz respeito à mudança radical da vida, pois não se pode continuar com atitudes que se tinha antes. O amadurecimento tem de vir de forma rápida. Ou seja, quem pariu que balance e arque com a responsabilidade”, explica Anderson Freire. Ainda no âmbito das consequências quanto ao despertar imaturamente para o sexo, a saúde e a autoestima também podem ser seriamente afetadas, como explica o psicólogo. “entre as consequências, podemos citar o desencadeamento de quadros depressivos, amargor em relação à vida, comportamento de irritabilidade e intolerância para com as coisas de um modo geral, pois pode gerar, do ponto de vista comportamental, recatamento, retraimento e baixa estima”. ele ainda diz que, “com o filho, teoricamente, a jovem que


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se tornam mãe muito cedo, reduz as perspectivas de relacionamento com outras pessoas, desencadeando, assim, uma série de angústias pelo fato de estar em uma condição que não é a mais favorável”. Outro ponto que permeia a gravidez precoce é a formação do corpo da jovem 2 que, dependendo da idade, ainda não está preparado para receber o filho. Mas, essa é uma implicação da forma precoce com a qual os jovens vêm despertando para a iniciação sexual. “isso é explicado pela perspectiva cultural, ligada ao comportamento. Para se ter uma ideia de como o despertar para o sexo vem ocorrendo cada vez mais cedo, nos anos de 1970 a vida sexual da mulher começava a partir dos 16 anos. nos anos de 1980 esse despertar já veio a partir dos 14. Já nos anos de 1990, aos 13.Quanto ao homem, essa idade base é dois anos a mais”, esclarece Anderson Freire.esse novo cenário que vem se desenhando é entendido como uma quebra de tabus e como a própria evolução social. “Uma das coisas que adiava essa iniciação na vida sexual era o peso com que o sexo era tratado, puramente com o sentido da procriação. segundo, por que a virgindade era um bem supremo, agregado a própria união familiar”, completa. Um recente estudo sobre a sexualidade dos jovens brasileiros, realizado pela Organização das nações Unidas para a educação, Ciência e Cultura, a Unesco, com a coordenação das sociólogas Miriam Abramovay e Mary Garcia Castro, revela que 66,5% desses jovens, ou seja, dois em cada três, têm a primeira relação sexual até os 16 anos. em números, são 25,3 milhões de pessoas. Outra: 16,1% dos entrevistados disseram que a primeira vez aconteceu até os 13 anos, ou seja, 6,1 milhões de brasileiros. Os pesquisadores ouviram dez mil adolescentes em todos os estados do País. “Uma criança entre 10 e 11 anos de idade, que tenha entrado na puberdade, ou fase prépúbere, não tem dimensão cognitiva para entender o que significa a sexualidade”, atesta o psicólogo. A iniciação sexual é mais precoce nas camadas mais pobres. nas classes D e e, 16,8% se iniciam com apenas 13 anos. nessas faixas estão 26,7 milhões de jovens com menos de 18 anos. entre os seis milhões dos setores mais ricos do País, nas classes A e B, o índice cai para 13,9%. na classe C, com15,1 milhões de jovens e adolescentes, a taxa é de 15,7%. A amostragem da pesquisa se refere a todos os 47,8 milhões de jovens das regiões metropolitanas, periferias, interiores e áreas rurais. esses índices tão altos, partem da base educacional, ou seja, da escola, que nem sempre cumpre a tarefa de passar orientações da maneira mais adequada, segundo comprova o psicólogo Anderson Freire, através de estudo que vem fazendo. “no meu entender, a escola, hoje, funciona meio às avessas quanto à abordagem desse assunto. ela quer mesmo que o sexo fique fora das suas paredes e muros, muitas vezes negligenciando a sexualidade. Assim, acaba contribuindo para que esse aluno, que teria esse espaço educacional legitimado socialmente, busque tais informações no cotidiano”, discorre Freire.O professor também afirma que está a frente de um projeto que leva a educação sexual às escolas municipais, através de cursos de extensão da Favip DeVry. “estamos agora, por exemplo, na escola Paulínia Monteiro e nicanor souto Maior. na prática, o projeto vem com uma perspectiva formativa, não só informativa, sanando grande parte da dúvida dos alunos, que, muitas vezes, não têm a quem recorrer”. Os alunos escrevem as perguntas em um papel e a depositam em uma caixa para que sejam respondidas pelos voluntários. “O momento é cercado de seriedade, o que ajuda para que o tratamento do assunto seja satisfatório para nós e para os alunos”, completa Freire. Quando os sonhos e objetivos de vida são frustrados pela irresponsabilidade de engravidar prematuramente, o filho ou filha pode ser criado de maneira a alimentar o sonho interrompido dos pais. “A mãe quando se frustra, evidentemente, vai conviver com isso por boa parte da vida e a criança pode absorver esse aspecto que a frustração vai desencadear. Ou seja, não se faz determinado curso superior para cuidar do filho e pode querer que ele, lá na frente, cumpra esse papel que não foi cumprido”, alerta. O cuidado excessivo pode desencadear conflitos na relação, o que vai gerando castrações na criança. e quando ela for adolescente é impedida de avançar e crescer porque a mãe não deixa.“ela não permite que seja gerado esse campo de permissividade que a criança ou adolescente vá ao mundo, viva, experimente, faça suas próprias escolhas”.

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não existe uma idade específica para engravidar, mas existe um período a ser levado em consideração, no qual o corpo da mulher se encontra no auge da fertilidade e plenamente preparado para receber uma gestação. este período aconselhável para engravidar varia entre os 25 e os 35 anos. numa época em que vida sexual se inicia cedo e muitas vezes o sexo é visto como uma atividade vulgar, muitos jovens casais não estão preparados para o fazer da forma correta e madura. Assim, e mesmo com toda a informação existente, a imprudência resulta muitas vezes numa nova vida gerada por uma mulher demasiado jovem.

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temp COMO ADMINISTRÁ-LO

administrar o tempo é uma tarefa que exige muita dedicação e planejamento. poucas pessoas conseguem se dedicar exclusivamente aos estudos, já que precisam trabalhar e também dar os primeiros passos para se inserir de uma vez por todas no mercado de trabalho. para os profissionais, o desafio é conciliar as atividades com as horas dedicadas a outros projetos e à família. Entretanto, a dica é manter a calma e se organizar. nessas horas o relógio vira um inimigo implacável.


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Quem nunca ouviu a frase: “Hoje eu não tenho tempo para nada”? e ainda: quem nunca se viu em uma situação parecida ou mesmo já pronunciou essa sentença que quase já se transformou em um dito popular? A correria do mundo contemporâneo aperta cada vez mais as agendas das pessoas e as empurram mais e mais contra a parede. É prazo para tudo: para entregar os relatórios do trabalho, cumprir metas, terminar o trabalho da faculdade, para atingir as metas da academia... ter uma vida saudável também significa organizar o tempo. Agora, como fazer tudo isso sem “perder a cabeça”? A Olha! foi atrás das respostas e conversou com especialistas para saber o que você pode fazer para organizar melhor o seu tempo. Por sinal, organização é mesmo a palavra-chave para quem quer fazer as pazes com o tempo e com as atividades que precisam ser realizadas durante a jornada diária. em primeiro lugar, é preciso ter a consciência de que o tempo é o mesmo para todos. “O tempo é único para todo mundo. então, não tem como você encontrar mais tempo. É impossível negociar isso aí. O que tem que ser feito é o seguinte: organizar. Para que você consiga fazer várias coisas ao mesmo tempo você precisa organizar o seu tempo”, orienta o consultor organizacional, Carlos Daniel. Realmente, é necessário estar atento a essa dinâmica. Poucas pessoas conseguem, por exemplo, se dedicar exclusivamente aos estudos, pois precisam trabalhar e também dar os primeiros passos para se inserir de vez no mercado de trabalho. Além disso, manter as despesas pessoais é um motivo extra para se ter um emprego. se o intuito é deixar a casa em ordem e cuidar dos filhos, as razões se multiplicam. trabalhar e estudar não é opção, mas incentivo para quem deseja crescer profissional e financeiramente. É o que faz o estudante de Jornalismo, João César xavier, de 20 anos. Mesmo com pouca idade, ele já está de olho no futuro. Para isso, não fica parado. O jovem possui dois estágios na sua área de atuação e ainda estuda à noite. A receita para que as coisas não saiam dos trilhos e deem sempre certo? “Disciplina com os horários”, comenta. O dia a dia do jovem estudante começa cedo. Por volta das 6h, ele já está de pé. Além de fazer a assepsia pessoal e tomar café da manhã, aproveita para absorver as primeiras informações do dia, seja no telejornal, no rádio ou na internet. Depois de tudo isso, é hora de se arrumar para ir para o trabalho. no ônibus, dá até pra descansar, mas o que não vale é dormir no ponto. Chegando à Redação do jornal no qual trabalha, João começa a vasculhar as notícias para alimentar o site do veículo, a cada minuto que se passa. “tem notícia para todo gosto e a toda a hora. Às vezes, não são agradáveis, como as sobre violência e escândalos. Mas, fazem parte desse relato diário”, acrescenta. É assim das 7h30min ao Meio-Dia. O almoço é corrido, às vezes bem rápido mesmo, mas alimentação também é prioridade para ele. e ele está no caminho certo. “Qual o primeiro passo para conseguir dar a atenção a todos os empregos e atividades


que estão ao lado da outra? ser organizado. É preciso o que? Definir uma agenda e elencar as prioridades. Os horários e o que vou fazer deles”, diz o consultor Daniel. À tarde tem mais. Às 13h, o outro estágio espera João César. É no inss (instituto nacional do seguro social). O estudante reforça o fato de os locais de trabalho não serem tão distantes um do outro, o que acaba ajudando. A demanda das atividades envolve a Comunicação dos fatos e sobre os afazeres dos setores do órgão. simplificar a burocracia para uma linguagem acessível a todos é um desses ofícios. Depois disso tudo, às 18h, ele vai para a faculdade, onde toma banho, troca de roupa e compra o jantar. A aula vai das 19h às 22h e ele chega em casa por volta da 23h, depois de pegar dois ônibus. “tem que dar tempo de fazer tudo. Mas faço isso pensando no meu futuro. É a minha prioridade. Organizando, dá”, revela o segredo. equilibrar as funções exige mesmo organização e disciplina. “no começo, acaba confundindo aqueles que não sabem como dar o ponta pé inicial. Você deve levar em conta as suas prioridades. isso vai depender de duas coisas: em primeiro lugar, o que você coloca como essencial. se você colocar como prioridade a família crie uma agenda de trabalho dando mais tempo para as questões familiares, pois está priorizando a família. se prioriza o trabalho e em segundo lugar uma atividade física, divida seu tempo para que isso ocorra. elenque primeiro o que você acha mais importante na sua vida, depois coloque os assuntos secundários”, su-

gere Carlos Daniel. A regra também se aplica àqueles que não estão tão presos aos horários e têm um tempo mais flexível. Há 24 horas por dia para sete dias na semana: cinco dias úteis e dois para o lazer pessoal, dependendo do seu tipo de trabalho. Divida esse tempo entre as atividades, sempre lembrando a hora de começar e de terminar as tarefas, não esquecendo de contar o tempo de deslocamento entre elas. Outra dica: tenha sempre em mente o que é urgente e o que é importante. nem sempre o importante é tão urgente. então, execute o que não for atrapalhar a sua agenda. “Há um limite? isso depende de cada pessoa, de cada organismo. têm pessoas que aguentam um ritmo acelerado. Outras, entram nesse ritmo e acabam tendo problemas de saúde como gastrite, gripes e resfriados com muita frequência, além de outros. nesse caso, é preciso entender qual o seu ritmo e como acompanhálo”, diz. Manter sempre o foco é outra orientação que dá certo. “lembre-se do seu objetivo. se for se tornar um gerente, por exemplo, há um caminho a ser traçado para se chegar lá. se estou no primeiro ano de faculdade e quero me tornar um gerente em seis anos, preciso definir, trabalhar, estudar. Como vou conciliar tudo isso? Com as prioridades. Você vai estudar, buscar oportunidades relacionadas à sua área e conciliar as outras atividades nesses intervalos, se seu organismo aceitar isso aí”, orienta Carlos Daniel, lembrando da saúde.

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eu sou rEportaGEns ROBsOn MeRiÉVeRtOn fotos PRisCilA FOntinele 1

Monique Oliveira, 24 anos, é formada em Pedagogia pela Universidade Federal de Pernambuco. Há três anos trabalha como produtora em uma agência de propaganda, além de dividir o tempo com os problemas do setor administrativo da mesma empresa. sua vida é uma correria, como ela mesma define. Porém, se diz bastante satisfeita com a escolha que fez.

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Escolhas. Da sala de aula para os sets de gravação. É assim que Monique Oliveira leva a vida depois que trocou o quadro negro pela claquete nem sempre as escolhas feitas são as mais acertadas. essa é uma regra que vale também para a carreira profissional e educacional. Com Monique Oliveira 2 , 24 anos, formada em Pedagogia, a história não foi diferente. ela ganha a vida como produtora de comerciais em uma agência. Quanto ao currículo educacional, este ajuda nas decisões do dia a dia e relacionamento interpessoal. Quando saiu do ensino médio, Monique tentou vestibular em duas faculdades da cidade: uma pública com o curso de Pedagogia, e outra particular na área de Publicidade e Propaganda. Como a vida sempre exigiu dela iniciativa, ela teve de deixar a empatia para com o mercado publicitário de lado para enveredar pelo lado das letras. “Desde os 17 anos que trabalho. Como não teria dinheiro suficiente para me manter matriculada na faculdade privada, optei pela Pedagogia”, afirma. A convite de amigas, Monique resolveu incrementar sua renda fazendo um trabalho extra em uma produtora, na gravação de um comercial de tV. O set de filmagens começou a despertar seu interesse, e um novo mundo começou a se revelar diante dos seus olhos. Ainda na formação quanto pedagoga, o trabalho teve inspiração no cinema. “Meu projeto de conclusão foi baseado na utilização do cinema como ferramenta pedagógica na sala”. não demorou para a pedagoga de formação largar o emprego de balconista em uma loja de móveis para arriscar no mercado publicitário. “ironia do destino ou não, mesmo sem ter feito Publicidade, acabei caindo de paraquedas em um emprego na área”, brinca. Com a dedicação e o crescimento profissional, Monique foi ganhando cada vez mais espaço na empresa, dividindo o tempo entre as produções de comerciais e os deveres no setor administrativo. “sou muito exigente com as coisas que faço. Dou sempre o melhor de mim”, diz. sobre a escolha pela Pedagogia, ela diz não ter nenhum arrependimento. “nunca trabalhei como líder em sala de aula, apenas passei por alguns estágios obrigatórios. A Pedagogia ajudou a enxergar meu papel na sociedade, entender questões sociais, políticas e de mercado”. Uma das grandes dificuldades que ainda enfrenta é a não divisão da vida pessoal e profissional. “tem trabalhos que exigem tanto da gente que mal sobra tempo para diversão ou descanso”. Para o futuro, Monique pretende investir ainda mais na área que escolheu. “Buscar uma especialização em cinema será o meu próximo passo”, completa.


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outros “Oi, abalou e tornou a abalar/ o forró vai balançar o bueiro da Caruá/ Vovó falava e eu criança escutava/ que a terra abalava feito vara de bambu/ Ela dizia/ desde longe se ouvia/ toda hora, noite e dia/ estrondar Caruaru/ (...) e recontava quando eu a perguntava/ que o estrondo que falava era tromba de trovão/ Ela dizia/ com toda a sabedoria/ Você vai ver um dia: esse morro é um vulcão” Hebert Lucena


entrevist達o rEportaGEM DieGO GOnDiM foto PRisCilA FOntinele

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Legislação. a redução da Maio-

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editada pelo governo Collor em 1990, a lei foi uma tentativa de resposta à violência. sua origem remonta à Constituição de 1988. A lei foi alterada em 1994. A alteração consistiu em incluir o homicídio qualificado na lei dos Crimes Hediondos. esta lei teve grande repercussão na mídia, pois teria sido criada por iniciativa popular, encabeçada pela novelista Glória Perez, depois do assassinato de sua filha a atriz Daniella Perez, dois anos antes.

ridade Penal é um assunto que está presente nas rodas de discussões, sendo apontada como solução para redução da criminalidade entre os jovens. Porém, a coisa não funciona com toda essa simplicidade. Por trás da deficiência do sistema prisional existe a legislação federal, como bem explica a advogada Poliana Queiroz

a Maioridade Penal é uma temática muito complexa na atual conjuntura política-social. Reduzíla dos atuais 18 para 16 anos de idade realmente é a solução dos problemas? A Maioridade Penal aqui no Brasil sempre causou muita polêmica. A população como um todo apoia a redução dela. entretanto, juridicamente eu não vejo essa possível atitude como uma solução plauPara para que fiaque tudo da mais claro, o que Diminuir vem a sera o sível redução criminalidade. trabalho dePenal orientação e ahaja quem Maioridade não vaieducacional fazer com que re-ele é voltado? dução nesses índices de violência. nós temos que O Orientador aqueleestado que possui entender queeducacional o objetivo doépróprio e daasoformaçãoé em Pedagogia e habilitação em Orientaciedade diminuir o índice criminal e não se abação educacional. A área de atuação é dentro das te esse nível de criminalidade com leis mais seveinstituições deda ensino trabalhando diretamenras ou através punição. Muito pelo contrário. te com o corpo discente (alunos) noforam acompanhano Brasil, temos inúmeras leis que elaboramento as atividades escolares. tambémpelo trabalha das, levadas ao Congresso e aprovadas legisajudando os estudantes do ensino Médio indecilativo apenas por uma questão de pressão social. sos, a avaliarem o seu repertório de punição aptidõespara e traA sociedade necessitava e requeria duzi-lo em escolhas para oleis vestibular. determinados crimesassertivas e essas novas não foram Orientação e Profissional veio substiefi cazes na educacional redução da criminalidade. exemplo dis1 , de tuiréos testes tão usados nos1990, anos 70, so a Lei dosvocacionais Crimes hediondos dois 80 e 90. A palavra vocação é um termo derivado anos após a Constituição Federal (1988), porque doviolência verbo nocomeçou latim “vocare” a a baterque na signifi porta ca das“chamar”. classes O sentido originalPorém, expressa chamadoos espiritumais abastadas. se um analisarmos índices al, muito usado nas Portande criminalidade de vocações 1990 parasacerdotais. cá, para aqueles to, atualmente é consenso entre os especialistas crimes considerados hediondos, vamos ter um auque este vocação não responde mais um a demento datermo criminalidade. O intuito era trazer dimanda. reito penal repressor, que punisse mais, mas não surtiu resultado como política criminal. Existe alguma semelhança entre professor e orientador Qual? Então, qualeducacional? seria o primeiro passo, do ponto de não existe semelhança, pois números são atuações diferenvista social, para que esses da criminates. Porém, como os professores são exemplos palidade, de fato, diminuam? ra os enquanto alunos, muitas vezes,temos ao perceberem que tal nós, sociedade, que nos pergunaluno possui facilidade umaodeterminatar o que nós mais queremos: se é em reduzir nosso índida de disciplina, então oouencaminha para um trabalho ce criminalidade apenas criar “depósitos humais interventivo junto adolescentes ao Orientador de educacional. manos” para jogarmos 16 e 17 anos nesses locais. Resta saber qual é o tipo de ciQuais as principais atividades umdepois orientador dadão que a sociedade quer dede volta, que educacional? se encarcera alguém, dentro do atual modelo do

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Define-se como socializar, socialização ou sociabilização o processo pelo qual as pessoas aprendem e absorvem as normas e os valores de uma determinada sociedade e de uma cultura específica. esta aprendizagem permitelhes obter as capacidades necessárias para desempenharem com êxito o papel de interação social.

nosso sistema prisional, que não funciona. Socializar 2 é integrar o indivíduo à sociedade. será que esses jovens, efetivamente fazem parte da sociedade? Quem é que produz esses adolescentes? É o estado? É a sociedade? são as mães? eles já nascem ruins? será que diminuir a Maioridade Penal, colocar esses jovens dentro da cadeia, vai reduzir a criminalidade, “corrigi-los” e transformá-los um cidadão de bem? eu não acredito nisso.

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É um conjunto de normas do ordenamento jurídico brasileiro que tem como objetivo a proteção integral da criança e do adolescente, aplicando medidas e expedindo encaminhamentos para o juiz. É o marco legal e regulatório dos direitos humanos de crianças e adolescentes. O eCA foi instituído pela lei 8.069 no dia 13 de julho de 1990. ela regulamenta os direitos das crianças e dos adolescentes inspirada pelas diretrizes fornecidas pela Constituição Federal de 1988, internalizando uma série de normativas internacionais.

Muitos dos direitos dos jovens estão resguardados pelo Estatuto da Criança e do adolescente (ECa) 3 . Para aqueles que cometem algum tipo de crime, deve haver alguma medida diferenciada que ainda não é contemplada pela Lei? De fato eu acredito que o eCA deveria ser modificado. eu não acho plausível uma legislação que prime por extremos, como o extremo de reduzir a Maioridade Penal e colocar adolescentes dentro da penitenciária. Por outro lado, é inconcebível entender uma medida de segurança de internação, de no máximo três anos, para crimes muitas vezes bárbaros cometidos por esses adolescentes. O eCA traz vários tipos de medidas de segurança para serem aplicadas àqueles jovens que cometeram atos infracionais (adulto comete crime). A alteração seria bem-vinda justamente aí: aplicar medidas de segurança diferenciadas para quem cometa crimes violentos, homicídios intencionais com requintes de crueldade, e outras atrocidades. Assim, eu acredito que se deva ter um olhar diferente do legislado. Mas a redução da maioridade penal não vai fazer com que a criminalidade diminua e podemos ter um problema muito maior, porque, na verdade, esses jovens são produzidos pelo estado e pela sociedade. Diariamente, presenciamos uma série de crimes e de investidas ilícitas cometidas por menores. É apenas impressão? uma lei mais rígida resolveria tudo?

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“O traficante é uma referência. O policial não. Porque o policial não está na comunidade e quando vai lá é para reprimir, para levar uma política repressora e não educativa”

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Em Direito, desastre legislativo é um termo para designar leis definidas popularmente como aquelas que “não pegaram”. Geralmente, são instituídas após grande apelo popular. Na prática, não contribuem efetivamente para uma grande mudança, o que a faz cair no “esquecimento”. Pelo desuso no cotidiano, o poder de resolução acaba minimizado. O clamor popular ajuda na instituição dos desastres legislativos, mas a pressão pública não confere suporte suficiente para elaboração, legitimando leis frágeis e baseadas em conceitos não tão sólidos.

A sociedade vive hoje em um caos. É uma sensação de violência, de impunidade e de criminalidade. Em parte é verdade, porque a população sente esse medo de sair às ruas. Por outro lado, temos aquele medo imaginário induzido pela mídia, que não existe de fato, o que causa esse clamor social. Sempre quando isso acontece, nós podemos ter desastres legislativos 4 , que são aquelas leis elaboradas e aprovadas unicamente para satisfazer a opinião pública. Entretanto, não vão ter nenhum efeito concreto para ajudar na redução da criminalidade. Às vezes, prefere-se uma solução incoerente, inconsequente, a propriamente uma decisão no que se diz respeito à penalidade racional, que vise medidas eficientes a médio e a longo prazo.

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São definidas como o conjunto de ações desencadeadas pelo Estado Brasileiro, nas escalas federal, estadual e municipal, com vistas ao atendimento a determinados setores da sociedade civil. Elas podem ser desenvolvidas em parcerias com organizações não governamentais e, como se verifica mais recentemente, com a iniciativa privada.

Se penas mais severas não são a solução, o que de fato ajudaria a reduzir a criminalidade cometida pelos adolescentes? Para reduzir efetivamente o índice de criminalidade entre os jovens, é preciso implementar políticas públicas 5 de qualidade. É a educação de qualidade, é a saúde de qualidade. Se o Estado não fornece educação e saúde eficazes, como pode formar cidadãos de bem? Infelizmente, para se reduzir a criminalidade, tem que se pensar a médio e a longo prazo. Temos as políticas repressoras que são de médio prazo, que são importantes, mas que não podem ser o único caminho. Nós vemos hoje as escolas sendo palco do tráfico de drogas. São crianças e adolescentes traficando dentro dos colégios e o governo e o Estado simplesmente fecham os olhos para isso. A sociedade fecha os olhos para isso, enquanto não estiver atingindo o meu filho ou as pessoas que estão em volta de mim, não tem problema. Só nos preocupamos quando a criminalidade nos atinge. O que nós vemos hoje são as escolas sendo palco, sendo quartéis do tráfico, professores rendidos aos alunos. Isso porque o Estado não oferece capacitação ou um salário justo. Os alunos não têm condições de estudo e usam a escola para o tráfico de drogas, crimes, comer a merenda por não haver comida em casa. Como eu posso dar uma educação de qualidade a essa criança? A escola acaba fazendo papéis paralelos e não o principal, que é formar o cidadão.

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“Extinguir”, por exclusão da sociedade ou por algum outro meio de repressão, determinados problemas ou grupos do convívio pleno. São ações baseadas no imediatismo, que não são estudadas profundamente e que prejudicam uma parcela social, em benefício de

E a referência que essa criança/adolescente possui já carrega um ponto de vista “pesado”. Como administrar isso? O herói desses brasileiros é o traficante da esquina, que usa roupas “maneiras”, que tem uma arma na mão e exerce poder sobre a comunidade. O

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traficante é uma referência. O policial não. Porque o policial não está na comunidade. E quando vai é para reprimir, para levar uma política repressora e não educativa. A mudança pode vir com a socialização, incluir essa criança na sociedade. Como falar que todos têm acesso à saúde se aquelas crianças não têm direito a isso, passam horas e horas na fila de um hospital público. De uma forma geral, a saúde é terrível. Como ter uma boa educação quando se vai à escola apenas para merendar ou muitas vezes para traficar ou usar drogas? Como vou dizer que aquela criança merece respeito, se ela não tem isso, se os pais não tiveram acesso, não conseguem transmitir para elas esses conceitos? É difícil transmitir isso para a sociedade. E como eles “aprendem a lidar com o mundo do crime”? Nós criamos esses jovens com falta de educação, cultura, lazer e acesso aos direitos mínimos de dignidade humana. Quando eles crescerem, vão cometer crimes. Depois de tudo, ficamos estarrecidos e queremos fazer uma limpeza social 6 . Ou seja, a sociedade produz o jovem e depois quer “se limpar” deles. Nós não temos estrutura nem para acolhermos os nossos adultos, estamos aí com presídios superlotados. É o caso do presídio de Caruaru, está morrendo gente e o Estado simplesmente está inerte. Troca a direção, administração e nada. Será que colocar pessoas de 16, 17 anos dentro de presídios com homens de variadas idades vai reduzir a criminalidade? Vai fazer com que a sociedade se sinta mais segura? Essa é a grande questão. A opinião pública é coerente no seu ponto de vista? Há também um contrassenso: se a sociedade diz que um presídio é uma universidade do crime, como quer enviar pessoas que cometeram crime para universidade? De fato a redução da maioridade penal não é eficaz na redução da criminalidade. Da mesma maneira que as outras leis repressivas do país não surtiram efeitos no combate à criminalidade. Se a sociedade quer efetivamente mais tranquilidade, índices de criminalidade menores, tem que forçar, pressionar o Estado e o Legislativo, não para elaborar leis com maior punibilização, mas sim para investir e tornar eficazes as políticas de saúde, educação e lazer para jovens e crianças. Quando o Estado estiver presente na vida deles, quando a sociedade como um todo estiver presente na vida dessas crianças, nós não vamos ter crianças e adolescentes cometendo crimes.



escrachado foto PRisCilA FOntinele 1

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a falta de credibilidade com que a política vem sendo tratada faz com que a população nem sempre apoie as decisões tomadas a seu “favor”. Para explicar melhor, o professor Tenaflae Lordelo 1 levanta alguns temas de interesse comum. a política e as redes sociais Às novas mídias recai a missão de transformar a política, de uma forma que jamais existiu na experiência democrática, com a participação de todos. É uma nova mídia associada aos velhos problemas democráticos, porque a grande questão sempre foi: como incluir o povo no sistema político e satisfazer suas demandas sociais, políticas e culturais? Dessa forma, o papel dos novos meios é o mesmo dos tradicionais: “aproximar o povo do poder”. inocentes? O nosso sistema político democrático representativo é renovado ou revalidado periodicamente, por meio da eleições, mas a propaganda das ações políticas não está limitada ao período estipulado pelo tse. infelizmente, “mais que ser é parecer”, não importando se os problemas resolvidos ou debatidos são reais ou não, mas se os eleitores acreditam que o sejam. Relações interpessoais As estruturas e instituições educacionais possuem um papel fundamental de formarem indivíduos politizados e com opinião pública crítica. A democracia necessita de um cidadão educado (formalmente), crítico e cotidianamente bem informado, para exercer seus direitos políticos e exigir suas demandas sociais, políticas e culturais. Desse modo, é fundamental refletir o sistema educacional e midiático que temos, e o que realmente precisamos, para uma melhor condução do bem público.

natural de salvadorBA, tenaflae da silva lordêlo é formado na área de Comunicação social pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), Universidade estadual da Bahia (UneB) e Universidade Federal de Pernambuco (UFPe). em Caruaru desde 2007, é professor nos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda pela Favip DeVry. ele é doutorando em Comunicação pela UFPe, bolsista da FACePe, mestre em Comunicação pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), especialista em Design pela UneB.

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Seu direito. Na política nem sempre o que parece é o que realmente é. artifícios usados para explicar determinado fato ou conseguir apoio podem mudar o sentido da mensagem

Entender política O caminho se divide em dois: a) a predisposição interna do cidadão e, b) a condição externa educacional e midiática. Acredito que a segunda condiciona, embora não determine a primeira, ou seja, se ocorrer um redesenho dos modos de abordagem política, na formação do indivíduo e um melhor tratamento dos temas políticos, acredito que as condições favorecerão as predisposições políticas do nosso povo. Claro que isso não é o fim do caminho, mas são valiosas pedras desta grande trajetória em busca da democracia plena.

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deu/não deu texto diego gondim

esse é um espaço para que os leitores e especialiistas discutam os fatos bacanas, polêmicos ou esdrúxulos que caíram na boca do povo e os que passaram batido na imprensa

Deu. A quantidade de computadores em uso no Brasil chegou aos 118 milhões. Foi o que apontou uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas. São três computadores para cada cinco habitantes. Ou seja: 60% de penetração. Desde 2006, o Brasil registra crescimento médio anual de 19% no segmento. Em 1988, o Brasil tinha apenas um milhão de computadores. A expectativa é que até 2016 sejam 200 milhões.

Com informações da Agência Brasil

“Creio que são diversos fatores que levam o brasileiro a buscar o acesso ao computador. A Educação, o uso profissional e o lazer são alguns deles. Porém, todos, na minha opinião, têm igual importância. Hoje, temos um acesso mais rápido, fácil e com resultados imediatos, se compararmos com alguns anos atrás. E cada vez há mais preocupação com investimentos que garantam a acessibilidade e a velocidade no campo informacional via web. O computador é um grande e forte aliado para o brasileiro.” Márcia Malagueta, assessora de Marketing “A informação é um dos principais motivos que fazem com que o brasileiro queira ter mais acesso ao computador hoje em dia. Conectado à internet, conseguimos nos atualizar e ficarmos bem informados em poucos cliques. Como na eleição do Papa Francisco. Muita gente acompanhou o evento pela internet e soube do resultado antes mesmo de ser di-

vulgado na televisão. Isso é incrível: a rapidez como as coisas acontecem e são absorvidas na rede, por meio do computador.” Paula Souza, publicitária “É notório que o acesso ao computar é algo de extrema importância para proporcionar aos brasileiros uma fonte de conhecimento mais ágil e atual. A cada dia cresce a necessidade de nos familiarizarmos e de nos integrarmos com outras culturas, obtermos novos conhecimentos e o computador, concomitante com a internet, é uma ponte fundamental para alcançar o desenvolvimento de uma sociedade mais ativa e capaz de se inteirar dos assuntos. Isso não só do meio em que vivem, mas em contexto mundial. Os dados demostram que essa necessidade tende a aumentar esse acesso e a inclusão digital está cada vez mais presente na vida dos brasileiros.” João Henrique Moura, estudante de Direito (estagiário do TJPE)


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Não deu. A língua portuguesa é o quinto idioma

mais usado para se comunicar e navegar na internet, ficando atrás do inglês, chinês, espanhol e japonês. São 82,5 milhões de pessoas utilizando o idioma. O crescimento se deve à expansão da internet no Brasil nos últimos dez anos. Sendo assim, de 2000 a 2011, o crescimento do português na internet foi de 990%. 2

*** “Creio que o uso do nosso idioma na rede é de grande importância para o desenvolvimento das nossas questões linguísticas, culturais e de relacionamento. O português tem nuances e características únicas, que o tornam uma língua peculiar ao redor do planeta. Entretanto, devemos ter cuidado com alguns aspectos, para que não inventemos um idioma paralelo. A Comunicação tem que fazer o uso do código, mas respeitando a evolução natural sofrida por ele, para que realmente haja compreensão naquilo que se escreve e que se ler.” Analúcia Mello, secretária executiva “O português é uma das línguas neolatinas mais faladas no mundo. Mais de 250 milhões de pessoas são falantes natos do idioma e essa utilização na internet ratifica o quão eficiente ele é. Comunicarse em português, na grande rede mundial de com-

putadores, demonstra a força latente que o código carrega em si. Seja na literatura, na televisão, no dia a dia, em quaisquer outros meios, o português mostra as características ímpares, além de carregar toda a emoção e ensejo cultural que traz consigo.” Geyse Danúbia, jornalista “O avanço da tecnologia e o uso dos habitantes brasileiros do meio de comunicação Internet, contribuiu para a expansão da comunicação via língua portuguesa pelo mundo. Sendo assim, podemos destacar o crescimento do país em inovação, acompanhando outros países, o que pode crescer ainda mais com o aumento dos feitos e propostas da globalização. Hoje, vejo que a Internet é uma necessidade de todos, seja no trabalho ou no entretenimento. Para tanto, é preciso ter acesso a um computador, o canal para isso.” Conceição Correia, Pedagoga

A pesquisa do instituto da FGV também analisou em detalhes o mercado de Tecnologia da Informação nas médias e grandes empresas brasileiras. O gasto com TI nessas companhias era de 15% em 1990, percentual que atingiu 7,2% no passado. Em média, empreendimentos nacionais gastam R$ 24,2 mil anualmente com o setor. A expectativa é de que em quatro ou cinco anos os investimentos em TI cheguem a 8%. 2

A UIT é a Agência do Sistema das Nações Unidas dedicada a temas relacionados às Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs). Ao longo dos seus 145 anos de existência, a UIT tem coordenado o uso global compartilhado do espectro de radiofrequência, promovido a cooperação internacional na área de satélites orbitais, trabalhado na melhoria da infraestrutura de telecomunicações junto a países em desenvolvimento, além de outras medidas. A UIT tem ainda por objetivo “Conectar o Mundo” por meio da mobilização de recursos humanos, técnicos e financeiros necessários ao alcance das metas de conectividade estabelecidas no marco da Cúpula Mundial sobre a Sociedade da Informação (CMSI) e das Iniciativas Regionais.


fora “Eu andei sem te encontrar por quase todo lugar, eu perguntava por ti, seus passos sempre segui, querendo te encontrar só pra falar de amor. Frases que nunca falei, carinhos que nunca fiz, beijos que nunca te dei, o amor que te neguei, agora quero lhe dar e te fazer feliz.” Dominguinhos


do ar


comigo foi assim rEportaGEM DieGO GOnDiM foto PRisCilA FOntinele

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Musicalidade. Com inspiração divina para cantar, a caruaruense Rosimar Lemos diz ter começado seu envolvimento com a música nas idas à igreja, desde criança Uma vocação que acompanha desde a infância. Um sonho de criança concretizado e que aproxima gerações por meio da voz, notas, acordes e melodias. Hoje tudo é realidade. Ofício que encanta, contagia e emociona muita gente. Aos 34 anos de idade, a história da caruaruense Maria Rosimar de lemos lima é peculiar. Autodidata, tudo que sabe vem dos conhecimentos populares. A formação empírica, porém, não a poupou de ser dona de uma das mais belas vozes de Caruaru. Rosimar conta que começou a cantarolar aos sete anos de idade, quando acompanhava a avó em eventos religiosos. Católica, gostou tanto das idas e vindas à igreja, que decidiu se engajar no coral. A partir daí, nunca mais parou de cantar. “Cantar, para mim, é a menor distância entre o homem e Deus. Quando quero estar perto dele, canto. e através do canto, creio que ajudo a levar os outros para mais perto de Deus também”. no início da carreira, também passou por algumas provações. A falta de experiência e apoio foram alguns deles. Mesmo com as dificuldades contextuais, Rosimar lemos conseguiu o seu lugar ao sol. Reconhecida no meio musical da cidade e região, o que mais lhe chama a atenção nesse segmento é a diversidade musical e o bom espaço possibilitado pelos eventos para a música no município. É bem verdade que a diversidade faz parte do trabalho da artista, mas confessa, nas entrelinhas, que tem uma preferência pelo lado romântico e religioso. “Como canto em muitos casamentos, as músicas românticas são as que mais fazem parte do meu repertório, assim como as músicas de evangelização, trabalho que também realizo em quermesses, eventos sacros e ecumênicos”. Para ela, seu ofício diário é pautado na fé e no amor ao próximo. A receita do seu sucesso está na dedicação que tem pelo seu trabalho e na conciliação da vida profissional com a vida pessoal. Casada e mãe, a cantora caruaruense exala felicidade a todo momento e revela o que tenta passar diariamente para as pessoas através da voz. “emoção! Verdade! sou puro sentimento. se estou feliz, transmito felicidade através da canção. A música é uma extensão de mim. Canto para invadir a alma e para preencher os corações com amor”, completa.



ser, ter e


“Quem não tem fogo de amor não se espalha Por muito tempo segue as cinzas a suportar Ai meu amor, vem aqui, se agasalha Quem não ama se estraçalha, deixa eu incendiá.” Elba Ramalho

escolher


cult azulão

Descoberto por um radialista, Azulão começou a fazer história na música caruaruense no palco da Rádio Difusora. Dono de uma voz inconfundível, o artista conquistou seu espaço no cancioneiro popular. Hoje, com 50 anos de carreira, parar de cantar está fora dos seus planos

Falar da efervescência musical da Capital do Agreste sem citar o senhor Francisco Bezerra de Lima é o mesmo que ir a Roma e não visitar o papa. Chamado pelo nome de batismo, pode soar como desconhecido para muita gente, mas, quando se fala em Azulão 1 , a história do cantor parece se confundir com o São João da maior cidade do interior de Pernambuco. Nascido em 25 de junho de 1942, em Brejo de Taquara, na zona rural de Caruaru, o artista teve sua inspiração musical nos tios, que eram músicos, e no pai. Assim, seus primeiros passos na música vieram quando ainda era criança, aos nove anos de idade. Azulão começou a fazer carreira na música depois de ser descoberto por um radialista caruaruense. Na época, suas participações nos programas de rádio, grande parte deles no auditório da antiga Rádio Difusora, eram uma constante. Dono de uma voz gravemente inconfundível, viu no cancioneiro nordestino o norte para o futuro do seu trabalho. “Lembro que a primeira vez que cantei profissionalmente tinha 14 anos, e foi em um festival que participei na Rádio Difusora”, recorda Azulão. Sua trajetória musical teve preciosas inspirações, entre elas: Luiz Gonzaga, Marinês, Jackson do Pandeiro, além de tantos outros nomes que norteiam até hoje a carreira do Pequeno Grande, apelido que ganhou pela baixa estatura e grandeza da voz. Ainda na infância, começo da adolescência, Azulão vendia picolé nas ruas de Caruaru para ajudar no sustento da família. Com alegria e saudosismo, ele lembra de um episódio que vivenciou, em um desses dias de trabalho, de frente ao teatro da Rádio Difusora. “Cheguei por lá e comecei a oferecer picolés para as pessoas. Para chamar atenção, comecei a cantar. Em um instante, todos começaram a me cercar, me aplaudindo e pedindo músicas, que até esqueci dos picolés”. A apresentação acabou de forma trágica, pois quando Azulão deu por

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Apelido dado pelo radialista Arlindo Silva, pelo fato de Francisco só se apresentar com roupas azuis. Ele dizia: “- Bote esse Azulão pra cantar!” E o povo adotou. 2

No ano de 2011, diversos artistas locais se reuniram para prestar uma homenagem ao Pequeno Grande com a gravação de um DVD “Tributo a Azulão”. Na ocasião, artistas como Santana, Nádia Maia, Paulinho Leite, Petrúcio Amorim, Alcymar Monteiro, Cezinha, Israel Filho, Benil e Genival Lacerda gravaram uma música do repertório do artista.

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si, não tinha mais nenhum picolé no isopor, e dinheiro no bolso que é bom, nada! Em 1964 Azulão já era sucesso, e o grande público já pedia suas músicas nas rádios. Era o tempo de “Olhei meu Amor” (primeiro sucesso de um compacto duplo). Não demorou para vir o convite do Mestre Camarão para integrar, como vocalista, a Bandinha do Camarão (primeira banda de forró do Brasil). No posto permaneceu por vários anos, gravando dois LP’s. No ano de 1975 veio seu primeiro Long Play solo, “Eu Não Socorro Não”. Todas as músicas foram um grande sucesso. Ano após ano, emplacava novos sucessos em todo nordeste, como “Dona Tereza”, “Nega Buliçosa”, “Mané Gostoso”, “Trupé de Cavalo”, “Tô Invocado”, “Afogando a Minha Dor” e tantas outras, lembradas até hoje e perpetuadas pelas novas gerações. Engana-se quem pensa que o talento dele está resumido apenas à música. Azulão também se sai muito bem quando o assunto são as composições. Harmonias que se mantiveram no topo das paradas de sucesso e que permearam os mais de 50 anos de carreira 2 . “Pelo que me recordo, já tenho mais de 200 composições, entre elas, algumas feitas em parceria de grandes nomes, como Juarez Santiago, Herbert Lucena, Janduhy Finizola, Genésio Guedes, Valmir Silva e muitos outros”. A música de Azulão também deu margem para aguçar a curiosidade de muita gente. “Quando lancei ‘Dona Tereza’, em 1976, muita gente vinha às minhas apresentações para ver quem fazia a voz de mulher no meio da música”, lembra. “Deix’está (sic) que era eu mesmo, só mudando a voz”. A música de Azulão também rodou o Brasil e o mundo. Incontáveis foram as vezes que teve de vencer o medo de avião para se apresentar em outro estado. “Minha vida dá um romance. Apesar de ter viajado muito, me pelava de medo de avião”, confessa. No ano de 2006, Azulão gravou seu primeiro DVD, com músicas que contam a história da sua carreira artística. A família também trouxe uma realização para sua vida. Pai de quatro filhos, sendo três homens e uma mulher, apenas um deles, Alexandre Bezerra, conhecido como Azulinho, resolveu seguir os passos do genitor. Na maior festa popular de Caruaru, o São João, não tem como separar a imagem do Pequeno Grande Azulão do festejo junino. “Sempre gostei muito de São João. Minha felicidade é subir naquele palco e cantar para as pessoas”. Na festa junina de 2011, Azulão foi um dos homenageados. Por esse motivo, ele se diz feliz pelo reconhecimento ainda em vida. “É muito bom para o artista ser homenageado em vida. Hoje, depois de mais de 50 anos de carreira, digo que sou realizado, mas quero continuar cantando até quando Deus permitir, levando o Nordeste nas minhas canções”, finaliza.


Com envolvimento musical iniciado desde os nove anos de idade, o Pequeno Grande Azulão contou com grandes inspirações musicais para levar a música nordestina mundo à fora. De Luiz Gonzaga, passando por Marinês e Jackson do Pandeiro o artista teve boas influências para desenhar sua carreira. Depois de mais de 50 anos de estrada, Azulão nem pensa em aposentadoria. “Já estou em estúdio gravando meu novo CD, que deve ficar pronto ano que vem”.

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consumão reportagem robson meriéverton fotos divulgação

Vestuário. Nada de casa, carro ou equipamentos tecnológicos. Aqui, o que mexe com o imaginário consumista das pessoas são as roupas Guarda-roupas cobiçado

Camisas, calças, saias, vestidos e outras peças do vestuário, além de serem usadas para proteger o corpo, elas conquistaram um espaço cativo na vida das pessoas que enxergam esses objetos de consumo com olhos de cobiça. Não é de hoje que a as roupas mexem com o imaginário consumista de muita gente. Só para se ter uma ideia, entre os anos de 2007 e 2011, o consumo de roupas no varejo brasileiro cresceu 24,2. Só no ano de 2010, o varejo de vestuário movimentou R$ 149,9 bilhões. Dados revelaram ainda que as 138 mil lojas de roupas do País são responsáveis por 83,6% dos volumes escoados por todo o mercado. O levantamento foi realizado pelo IEMI Inteligência de Mercados, em parceria com a ABVTEX (Associação Brasileira no Varejo Têxtil).

“Simplesmente amo comprar roupa. Tem mês que não fico com nada do meu salário, tudo é gasto com roupas. Minhas amigas já sabem, quando entro no shopping, difícil mesmo é sair de lá sem estar carregando alguma sacola. Vendo por esse lado, estou começando a achar que sou uma compradora compulsiva. Como se não bastasse, quando tenho uma festa para ir, tenho que comprar qualquer peça que seja. Dia desses, estava fazendo uma faxina no meu armário e encontrei coisa que ainda nem usei”. Rebecca Moura, 19 anos, estudante de Jornalismo “Não costumo ajudar nas despesas de casa. O que ganho no mês serve, basicamente, para pagar a faculdade e ceder as tentações das vitrines. Não tenho um planejamento financeiro que sigo à risca, por isso estou sempre aberto às compras. Esse meu interesse pelo consumismo de roupas herdei da minha tia, pois costumava sempre acompanhá-la nos passeios. Já passei por alguns problemas financeiros devido a esse meu gosto pelas roupas, mas, como trabalho com moda, estar bem vestido é quase que uma obrigação. Essa é a minha justificativa, nem sempre compreendida pelos meus parentes.” Neto Spinelli, 22 anos, estudante de Publicidade e Propaganda “Considero-me uma pessoa consumista quando o assunto são as roupas. Como moro sozinha, nem sempre posso realizar todos os meus desejos de consumo. Para mim, a melhor época para comprar é quando o cartão de crédito está livre. Quando extrapolo e perco a noção do dinheiro, minha mãe é o meu socorro, cobrindo algumas continhas. Em uma rápida conta, entre 60% e 70% do meu salário é gasto com roupas. Como trabalho em uma loja, o acesso prévio as coleções ajuda para que eu mantenha esse meu lado consumista sempre em evidência.” Priscilla Moura, 20 anos, consultora de vendas

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Sem descanço e com muitas atividades extraclasse, os estudantes seguem o ano letivo 1 Os alunos do Colégio Antenor Simões participaram de uma verdadeira aula de história, na capital Pernambucana. No roteiro, vários destinos foram contemplados, entre eles: Olinda; Recife Antigo, com direito a passagem pelo Marco Zero e visita a Sinagoga das Américas; Instituto Ricardo Brennant e igrejas da região. 2 Mais uma escola de tempo integral passou a funcionar em Caruaru. As turmas

dos 1° e 2° anos da Escola Municipal Dr. Amaro de Lyra e César – Caic agora oferecem atividades variadas nas áreas de percussão, teatro, história em quadrinhos, espanhol, trânsito, mamulengo e dança. Serão 240 alunos que passam a ter acesso a este novo modelo educacional. 3 A Prefeitura de Caruaru realizou um Fórum Municipal de Educação. O evento aconteceu no auditório da Secretaria

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de Educação, reunindo representantes de diversas entidades. 4 Os alunos do Colégio Sagrado Coração participaram de um momento importante para a escolha da profissão no futuro. Vários profissionais estiveram palestrando, contando um pouco sobre a experiência pessoal de cada um. O momento foi bem aceito pelos alunos, que prestaram bastante atenção às explanações. 5 O Colégio Antenor Simões realizou a 2ª Copa de Tênis de Mesa. Diversos alunos adeptos à modalidade participaram das competições. O campeonato foi idealizado pelo treinador de tênis de mesa da instituição, Nivaldo Filho, em parceria com o Departamento Esportivo do Colégio. As disputas aconteceram na quadra poliesportiva.

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campanha

Desligue a TV e vá ler um livro. Nós que trabalhamos na Olha! indicamos quatro livros para você parar o tempo à sua volta e se entregar aos prazeres da leitura Segredos de Menina Maitena Burundarena (Benvirá)

Ao mesmo tempo que descobre o mundo, a protagonista de Segredos de Menina descobre a si mesma. Com doze anos, filha de uma família católica numerosa e de direita, vive num bairro de classe média e mudou de colégio quatro vezes em sete anos – e acha difícil que exista um mais chato que o atual. A única coisa que faz sentido em sua vida é ficar o dia todo na rua com os amigos. Enquanto o tempo passa, e ela não é mais tão menina, seguimos seus passos pela movimentada Buenos Aires dos anos setenta, entre a morte de Perón e a Copa do Mundo. A mãe depressiva, o pai ausente, as brigas entre os irmãos, o internato, a primeira vez, a experiência com alucinógenos – tudo vai desenhando o perfil dessa adolescente que se exila por vontade própria de seu colégio, de sua família e até de si mesma.

A Marca de Atena Rick Riordan (Intrinseca)

Annabeth está apavorada. Justo quando ela está prestes a reencontrar Percy, o Acampamento Júpiter parece estar se preparando para o combate. A bordo do Argo II com os amigos Jason, Piper e Leo, ela não pode culpar os semideuses romanos por pensarem que o navio é uma arma de guerra grega: afinal, com um dragão de bronze fumegante como figura de proa, a fantástica criação de Leo não parece mesmo nada amigável. Annabeth só pode torcer para que os romanos vejam seu pretor Jason na embarcação e compreendam que os visitantes do Acampamento Meio-Sangue estão ali em missão de paz. Os problemas de Annabeth não param por aí. Ela carrega no bolso um presente da mãe, que veio acompanhado de uma ordem intimidadora: Siga a Marca de Atena. Vingue-me. A guerreira já carrega nas costas o peso da profecia que mandará sete semideuses em busca das Portas da Morte.

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Irresistível Sylvia Day (Hamelin)

Sete anos antes, às vésperas de seu casamento, Jessica testemunhou sem querer uma cena íntima protagonizada por um casal, ao ar livre. Ainda que se sentisse estranha naquela posição de voyeur, ela ficou magnetizada, sem conseguir sair do lugar. Mesmo sem compreender os motivos, ela se viu completamente excitada, e a cena com aquele homem povoou seus sonhos por muito tempo: Alistair era o nome dele. Durante os anos de um casamento sem grandes marcos, a imagem de Alistair continuou alimentando a imaginação de Jessica, provocando sonhos e fantasias que ela não ousava contar para ninguém. Viajar para o Caribe a fim de recomeçar a vida parecia ser a melhor coisa a fazer. Tendo perdido o marido um ano antes, decide fazer a viagem e acaba encontrando Alistair no mesmo cruzeiro. E os sete anos de prazeres negados pareciam agora detidos apenas por algumas finas camadas de seda.

Tentação Eve Berlin (Leya Brasil)

O que acontece quando nos permitimos passar do limite e caímos na tentação? Mischa Kennon não é o tipo de mulher que se deixa dominar, não até conhecer Connor Galloway, um irlandês de olhos verdes, com um ar de autoridade difícil de resistir. Enquanto cumpre com suas obrigações como dama de honra de sua melhor amiga, Mischa se envolve em um relacionamento casual com Connor. Ela está fascinada pela excitação de uma possível dominação, e anseia por mais disputas com ele antes de se render. Só encontra diversão no Clube BDSM Dominação e Prazer, até que Mischa percebe que Connor pode dominar seu coração. Se ceder ao desejo, será demais para ela, ou é a oportunidade de viver um amor que nunca pensou ser possível?




Este espaço é todo seu: pode reclamar, dar dica, mandar opinião, bater boca ou também pode dar os parabéns, que é bom e a gente gosta! “A Revista Olha! trouxe um olhar diferente para o Agreste do Estado, no tocante às publicações jornalísticas segmentadas. Com um conteúdo contagiante, as matérias trazem curiosidades e dicas sobre diversos assuntos, sobretudo as que falam sobre comportamento. Nessa edição, a atenção especial dada a Caruaru merece os elogios, por referenciar a relevante importância que o município tem e a influência que possui sobre toda a região. Continuar lendo a Olha! é realmente mergulhar em um mundo de informações.” João Paulo Deniz, administrador “Quando leio a Olha!, transporto-me para o universo da revista: um recorte especial sobre o que se passa nas entrelinhas do cotidiano caruaruense. As belas imagens e os fatos humanizados, sempre com personagens interessantes, demonstram a grande força que a publicação vem ganhando a cada edição. Parabenizo toda equipe que faz a revista e espero que continuem trazendo para nós, leitores, assuntos interessantes que sirvam para somar no nosso dia a dia.” Daywison Melo, contador “As incursões culturais feitas pela revista chamam muito a minha atenção. Por meio dela, dá para a gente conhecer mais um pouco da história e de como é o ofício dos entrevistados, sobretudo na sessão Cult. É uma oportunidade para alimentarmos o conhecimento com informações sobre o cenário artístico-cultural da cidade mais importante do inte-

rior do Estado de Pernambuco. A Olha! está de parabéns por sempre trazer um conteúdo inédito e instigante para nós, leitores.” Carlos Alberto Silva, aposentado

“Falar a linguagem dos jovens pode parecer fácil em meio a tantas ferramentas de comunicação, mas conseguir usar centenas de palavras para transmitir informações do interesse de varias gerações com coesão e coerência, esse sim é o grande diferencial de uma linha editorial bem estruturada e produzida por jornalistas éticos e comprometidos. Caruaru ganhou um presente imensurável: uma revista de qualidade para se “olhar”, ler e se informar!” Sandra Silva, gestora de Marketing

“Pensar em uma publicação que atenda às necessidades do público da região e não lembrar da Olha! é praticamente impossível. Gosto muito da revista. Todos os meses corro à banca para garantir o meu exemplar. As matérias abordam assuntos interessantes que ajudam os leitores a somar um pouco mais de conhecimento. Mês passado, com a edição especial em homenagem ao aniversário de Caruaru, achei um trabalho de muito bom gosto, seja pelos textos e fotos que, diga-se de passagem, são muito bem planejadas. Só resta parabenizar toda a equipe e desejar ainda mais criatividade para nos presentear com esse material de qualidade.” Suelem Bacelar, corretora de imóveis

www.revistaolha.com.br jornalismo@revistaolha.com.br atendimento ao leitor: (81) 9544-1794 Diretor executivo obede Gueiros neto Departamento comercial Fauzia Emannuelly Editor Robson Meriéverton, Jornalista Visual (Projeto Gráfico) Sandemberg Pontes, Reportagens Diego Gondim, Fotografia e Edição de Imagem Priscila Fontinele Revisão Chalice Pinheiro Publicidade para anunciar na Olha!, ligue: (81) 9544.1794 Permissões da Olha! para usar selos, logos e citar qualquer avaliação da revista, envie um e-mail para a redação jornalismo@revistaolha.com. br. Nenhum material pode ser reproduzido sem autorização por escrito. Saiba que os artigos assinados pelos colaboradores da Olha! não expressam necessariamente a opinião da revista. A Olha! não se responsabiliza pelo conteúdo dos textos de colunas e anúncios. É permitida a reprodução das matérias publicadas pela revista, desde que citada a fonte. Olha!, número 6, ano 0, edição 6, é uma publicação mensal, com distribuição comercializada nas principais instituições de ensino públicas e privadas, assim como nas escolas municipais, estaduais e particulares de Caruaru, por R$ 4,90. Impressão Gráfica Centauro. Tiragem 5 mil exemplares. Sede Rua do Norte, 48, 2º andar, sala 201, Centro, Caruaru, Pernambuco, tel. (81) 9544.1794, de segunda a sexta, das 8h às 18h. Sábados, das 8h às 13h. Contato Comercial Fauzia Emannuelly, tel. (81) 9544.1794, das 8 às 18h, de segunda a sexta, e sábados, das 8h às 13h, comercial@revistaolha.com.br

boca no mundo

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“Eu não preciso de você, o mundo é grande o destino me espera, não é você que vai me dar na primavera as flores lindas que sonhei no meu verão. Eu não preciso de você, já fiz de tudo pra mudar meu endereço, já revirei a minha vida pelo avesso, juro por Deus, não encontrei voce mais não.” Petrúcio Amorim

fim




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