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Editorial Nos despedimos de 2015 com a sensação de dever cumprido. A Revista o Zebu no Brasil presenteia os amigos leitores com a nossa última edição do ano e já deixa o convite para um ano novo cheio de novidades. Fechamos nossas atividades com a cobertura da Nelore Fest e em entrevista a Zebu no Brasil, Pedro Novis, presidente da Associação de Criadores de Nelore do Brasil (ACNB), falou sobre os bons resultados de 2015 e espera que o próximo ano seja bom para a pecuária, mesmo com indícios de um momento turbulento para a economia nacional. O evento marcou o encerramento do Ranking e a entrega do prêmio dos melhores de 2015. Com certeza, uma noite que ficará marcada na lembrança de todos. Não foi só o Nelore que comemorou o ano, o Sindi também vem se consolidando como uma das principais raças do Zebu e ganha a atenção de muitos neloristas. Entre esses, o Sr. José Humberto Vilela Martins, da Fazenda Camparino. Um dos nomes mais importantes da pecuária nacional vem apostando na raça, que segundo ele, apresenta uma rusticidade que outro zebuíno não apresenta. Já o Indubrasil antecipou sua programação para a 82ª ExpoZebu. A Associação Brasileira dos Criadores de Indubrasil (ABCI) promoverá o 1º Seminário Internacional da Raça Indubrasil: o Zebu Mundial. A proposta é fomentar a raça e apresentar o Indubrasil, e elevar a raça para outros países. Pela primeira vez, a Revista o Zebu no Brasil estampa em sua capa duas raças: Nelore e Mangalarga. A ocasião especial se deu pelas inúmeras premiações que Cassiano Terra Simão recebeu no decorrer do ano. As conquistas do proprietário da Cass Nelore e Cass Mangalarga são frutos de um árduo trabalho e investimento que o criador vem fazendo nos últimos anos. Esperamos que o ano de 2016 seja repleto de alegrias e muitas realizações para todos! Boas festas e boa leitura! Equipe O Zebu no Brasil
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O ZEBU Índice
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REVISTA
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08
Entrevista
14
Fazenda Boa Sorte
18
Darci Ferrarin celebra 70 anos
20
Agropeva completa 45 anos de produção
26
Nelore Fest
32
Agropecuária Baguassu
40
Qualidade Genética touros Gir Leiteiro
44
Pecuária Leiteira se despede de Luiz Ronaldo de Paula
08
47
Congresso Girolando
48
Uberbraman
58
Camparino aposta no Sindi
62
Sindi Quebra recordes
66
Sumário Indubrasil
70
Cass “A arte em criar”
76
7ª Exposição Morfológica
78
2015 Marca expansão do cavalo Crioulo no Brasil
82
Senepol avança na pecuária
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O ZEBU Expediente
REVISTA
www.ozebunobrasil.com.br
Fundador: Adib Miguel (1946-2013) O Zebu no Brasil é uma marca registrada sob o nº 815672454, junto INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial) Diretores: Anna Keila Miguel Matos ozebunobrasil@ozebunobrasil.com.br José Maria de Matos Filho josemaria@ozebunobrasil.com.br Equipe de Jornalismo: Sabrina Alves MTB 11197/MG salves.jornalista@gmail.com Thassiana Macedo MTB 14763/MG jornalismo@ozebunobrasil.com.br Departamento comercial: Robert Carvalho (34) 9 98177972 robert@ozebunobrasil.com.br Direção de Arte: Augusto Neto agustoneto93@gmail.com Revisão de texto: Fany Michel Departamento Jurídico: Demick Ferreira OAB/MG – 105407 Publicação periódica de José Maria de Matos Filho ME CNPJ : 86.553.070/0001-92 Redação, Publicidade e Administração: Rua Engenheiro Gomide, nº 222 - Bairro Boa Vista - Uberaba/MG - CEP 38017-160 / Reclamações e sugestões: ozebunobrasil@ozebunobrasil.com.br (34) 3336-6300
Nossa capa: Flagra TE SJ Cocal e Ferragamo da Piratininga TE pertencentes a Cass Nelore e Cass Mangalarga, do criador Cassiano Terra Simão, estampam a capa da edição 214 da Revista O Zebu no Brasil. Creditos: JM Matos / Arquivo Pessoal
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O ZEBU Panorama
É preciso muito mais investimentos do que estamos fazendo hoje. E as condições do País podem atrair muitos interessados de fora”. Alan Bojanic, representante da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, durante Summit Agronegócio Brasil 2015.
A pecuária é uma atividade que pode contribuir significativamente para as metas de desenvolvimento determinadas pelas Nações Unidas, estabelecidas pela Convenção de Mudanças Climáticas”. Fernando Sampaio, presidente do GTPS (Grupo de Trabalho da Pecuária Sustentável), durante a 21ª edição da Conferência das Partes (COP21).
“Agora são 100% dos embargos suspensos à carne bovina brasileira no mundo. Confiança e credibilidade são a nossa marca”. Kátia Abreu, ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, ao comentar a decisão do governo japonês de reabrir o mercado à carne termoprocessada do Brasil.
Muitos produtores têm medo do novo, mas a pressão está vindo, tem muita área degradada e o pecuarista tem de mudar”. Ademir Zimmer, da Embrapa Pecuária de Corte, sobre o sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta, ao Estadão.
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O ZEBU Entrevista
Frederico Mendes é indicado como candidato à presidência da ABCZ
O pecuarista Frederico Cunha Mendes foi indicado pela maioria absoluta dos diretores da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) para concorrer à presidência da entidade. A eleição será realizada em agosto de 2016. Técnico de atuação no mercado de reprodução animal, ele presidiu o Conselho Gestor do Curso de Medicina Veterinária da Uniube/ Fazu/ABCZ e o Hospital Veterinário de Uberaba, também atuou como diretor da ABCZ na gestão Rômulo Kardec de Camargos. Casado, pai de dois filhos, Frederico Mendes faz parte da quinta geração de uma das famílias pioneiras na criação de zebu. Atualmente dirige as empresas Multigen, Ventre Vivo e BioVitro. Para explicar mais sobre a sua candidatura, O Zebu no Brasil traz uma entrevista especial com Frederico Cunha Mendes.
Por Thassiana Macedo • Fotos: Marcia Benevenuto
O Zebu no Brasil - Conte sobre sua trajetória até agora? Frederico Cunha Mendes – Venho de uma família muito tradicional na pecuária, principalmente na zebuinocultura. Sou neto do Torres Homem Rodrigues da Cunha e filho do José Olavo Borges Mende, que já foi três vezes presidente da ABCZ e isso me imbui de muita responsabilidade, mas representa uma bagagem bastante diferenciada que pretendo aproveitar. Sou formado Medicina Veterinária, depois fiz pós-graduação em Reprodução Animal, no Canadá, e de lá para cá 10 O ZEBU
Minha vida sempre esteve muito ligada à ABCZ, desde a tradição familiar até a minha vida profissional venho trabalhando há 23 anos nessa área de reprodução animal prestando serviço tanto de reprodução assistida, quanto de transferência de embrião e fecundação in vitro. Quando retornei ao Brasil após a pós-graduação, em 1993, foi a primeira
vez que nós usamos a ultrassonografia para a área reprodutiva na ABCZ, geralmente em trabalhos nas comissões de admissão. De lá para cá, minha vida sempre esteve ligada à ABCZ através de projetos, organização de congressos, discussão de políticas na área técnica, fui diretor na gestão do Rômulo Kardec de Camargos, há 15 anos e voltei na atual gestão do Luiz Claudio Paranhos, com a responsabilidade maior de reformular o Programa de Melhoramento Genético de Zebuínos, o PMGZ. Creio que fizemos um bom trabalho, principalmente envolvendo
todos os técnicos de campo, que são o grande diferencial da casa. Conseguimos estabelecer novas metas e fazer com que o programa ficasse democrático. E ele teve um impacto acima das nossas expectativas, principalmente na parte de atendimento ao criador. Por meio de muitos treinamentos, hoje, os técnicos vão a campo mais preparados, pois estudam fazenda por fazenda antes de fazer o atendimento, dando esse viés de prestação de serviço. Agora, o desafio é a candidatura à presidência da ABCZ, com muitos planos a serem executados.
jovem também e tenho certeza que o resultado da avaliação está sendo muito positiva. É normal, às vezes, as pessoas associarem isso, e a minha juventude seria uma continuidade desse processo. Em algumas coisas, ser jovem me ajuda. Estou mais atualizado em termos de capacitação, mas como é um ano de disputa eleitoral, vai ganhar quem tem os melhores projetos e quem o criador enxergar como o mais capaz para conduzir a ABCZ ao crescimento.
O Zebu no Brasil – Por que decidiu se candidatar ou aceitar a indicação? Frederico Mendes – São vários motivos. Minha vida sempre esteve muito ligada à ABCZ, desde a tradição familiar até a minha vida profissional e tenho que ser sincero em falar que esse trabalho à frente do PMGZ me deu uma alegria imensa de poder trazer uma nova tecnologia, novos atendimentos, mudando a filosofia da própria ABCZ. Acredito que isso tenha sido o que mais me levou a querer dar continuidade a este projeto e a ter oportunidade de novas aberturas. A ABCZ tem um modelo de gestão muito jovem e moderno. Estou terminando um curso de MBA em Gestão Empresarial pela Faculdade Getúlio Vargas (FGV) que também me qualifica para para esse modelo de gestão que a ABCZ adota.
O Zebu no Brasil – Agora candidato à presidência da ABCZ, e com a responsabilidade de gerir tudo o que acontece nesta área, que avaliação o senhor faz dos desafios que deverá enfrentar à frente da associação? Frederico Mendes – Estamos vivendo um momento político ímpar no Brasil, com todos os setores da economia sendo afetados e talvez o único que esteja melhor seja o da pecuária. Por isso, creio que temos uma grande responsabilidade, pois somos o motor que vai fazer o país sair dessa crise e isso passa pela ABCZ. Neste sentido, temos a obrigação de continuar conduzindo o setor da pecuária pelos melhores caminhos para que consigamos sair dessa crise o mais rápido possível. E temos vários desafios pela frente. Como o mercado consumidor interno tem diminuído muito, temos que desenvolver ações para
O Zebu no Brasil – Acredita que sua juventude poderá influenciar ou pesar na decisão dos associados sobre quem assumirá este importante cargo? Frederico Mendes – Acredito que juventude e energia são realmente muito importantes, mas creio que mais importante ainda é conseguirmos realizar tudo aquilo que pretendemos. A atual gestão é de um presidente
Temos a obrigação de continuar conduzindo o setor da pecuária pelos melhores caminhos para que consigamos sair dessa crise o mais rápido possível”
aumentar o comércio internacional. O Departamento Internacional da ABCZ já está trabalhando nisso. Inclusive, participei da confecção de protocolos comerciais e temos discutido com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) a viabilização deles a fim de exportarmos carne e leite, mas também genética, o que vai trazer divisas para o país. Outro desafio é que um dos nossos projetos, o que já iniciamos, é o processo de desburocratização da casa. Estamos revendo todos os processos internos da ABCZ e, ao propor uma nova filosofia, estamos trabalhando junto ao Ministério para que os processos sejam homologados. Para o criador, esses processos vão trazer a simplificação do seu trabalho a campo e nas comunicações à ABCZ, mas principalmente vai gerar economia visto que vai diminuir custo. E acredito que este é o maior objetivo de muitos criadores neste momento. Se estes processos forem simplificados vai gerar menos gastos dentro da fazenda, o que pode viabilizar uma série de atividades e tornar a propriedade mais eficiente. O Zebu no Brasil – Que avaliação o senhor faz da conjuntura econômica e política, e como estas questões vão impactar no seu modo de gerir a associação? Frederico Mendes – Na área de gestão, temos que procurar ser cada vez mais eficientes, diminuindo custos internos da casa e os custos para o criador associado. A ABCZ já trabalha com fluxo de caixa e orçamentos enxutos, e queremos continuar nessa linha, propondo corte de gastos, mais eficiência e trabalho junto às associações promocionais e entidades de classe, para juntos podermos propor novas diretrizes ao governo que vão beneficiar os pecuaristas associados. Creio que temos que trabalhar mais o O ZEBU A
O ZEBU Entrevista aspecto de política internacional. No mercado interno, tornando a produção mais eficiente, vamos conseguir diminuir o custo dos alimentos. Talvez esta seja a primeira demanda da sociedade. Além disso, acredito que a crise é um componente duplo, com dificuldades, mas também de oportunidades. A ABCZ tem que aproveitar o momento de oportunidade para trazer benefícios aos associados. A ABCZ participou da ANUGA 2015, uma das maiores feiras de alimentos do mundo, realizada em Colônia, na Alemanha, a convite da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC), onde teve oportunidade de mostrar a evolução da pecuária brasileira, a qualidade da carne bovina e o impacto do melhoramento genético no aumento expressivo da produção. O Zebu no Brasil – Qual é a sua plataforma para concorrer à eleição para a presidência da ABCZ? Frederico Mendes – Temos três projetos principais, sendo que dois já foram iniciados e pretendo dar continuidade. Um deles é este processo de desburocratização, cujo impacto para o associado e para a eficiência do trabalho na ABCZ é imediato. O segundo, sem dúvida, é o PMGZ, ao qual me dediquei nos últimos dois anos e meio e pretendo me dedicar ainda mais, pois ainda temos muitos planos. Este ano, trabalhamos muito o aspecto institucional do programa com o Circuito 100% PMGZ, que visitou os quatro cantos do país. Dessa maneira, os criadores puderam conhecer o programa, seus benefícios e os impactos que causa nas propriedades. Fizemos alguns dias de campo e é nesta linha que pretendemos trabalhar na nova gestão. Agora, o PMGZ vai para dentro da fazenda mostrar a propriedade antes e 12 O ZEBU
depois da entrada do programa, ou seja, demonstrar os resultados obtidos in loco, em médio e longo prazo. Creio que isso é o que melhor fala sobre o que é e como funciona o programa. E os impactos têm sido tão grandes que em curto prazo já estamos conseguindo ver estes resultados. O envolvimento do corpo técnico tem sido muito grande e temos procurado qualificá-lo em várias áreas, sempre mirando a vanguarda e o que há de mais moderno e eficiente, a fim de levar a melhor informação ao pecuarista. Em momentos de crise como este que vive o país, apesar de o nosso setor estar bem, a tecnologia é a principal ferramenta de
desenvolvimento. Já estamos planejando o terceiro projeto, ainda na gestão de Luiz Claudio Paranhos, que propõe melhor utilização da Estância Zebu (Estância Orestes Prata Tibery Júnior). É uma propriedade da ABCZ que fica a 7 km da cidade. Nesta área, prevemos fazer pistas de provas técnicas, não só na área de produção de leite, mas também de corte, bem como demonstração de técnicas de manejo, provas de qualificação com cavalo e tantas outras atividades, como já iniciamos com a ExpoDinâmica. O objetivo é levar tecnologia, informação e experiência ao criador, com planejamento em curto, médio e longo
prazo. Hoje, a ExpoZebu tem um viés mais comercial, mas a ideia é trazer ainda outros benefícios para Uberaba (MG) ao reviver aquela grande festa que a cidade tinha nesta área da Estância Zebu e, por meio de uma parceria com a Prefeitura Municipal,levar shows. O Zebu no Brasil – Como diretor na atual gestão, o senhor participou da formação do departamento de pesquisa e desenvolvimento da ABCZ e foi responsável pela reformulação do PMGZ. Como pretende dar continuidade a este trabalho enquanto presidente? Frederico Mendes – Trabalho em empresas de biotecnologia ligadas à vanguarda e à inovação e nelas temos departamentos de pesquisa e desenvolvimento, sendo que isso é algo que queremos trabalhar com bastante força dentro da ABCZ. O País tem hoje linhas de financiamento para pesquisa e inovação que queremos aproveitar. Fazendo bons projetos e com o trânsito que a ABCZ tem dentro de grandes instituições e do próprio Governo Federal, temos certeza que vamos conseguir aliar estas linhas de financiamento e crédito a fim de viabilizar essas pesquisas. Além disso, a ABCZ tem um braço acadêmico que é a Fazu (Faculdades Associadas de Uberaba), a qual queremos envolver nessa ideia de desenvolvimento para executar novos projetos, ao direcionar a escolha de pesquisas necessárias e também ao conduzir esse departamento de pesquisa. Hoje, esse departamento trabalha especificamente para o PMGZ, mas queremos ampliar a sua atuação com a finalidade de trazer novas tecnologias e aspectos inovadores para a pecuária. Como trabalho com inovação, posso trazer muitos benefícios para a ABCZ e aos criadores. Uma coisa é
conseguir diagnosticar os animais, saber qual o seu objetivo com o propósito de direcionar a seleção genética, que é o que o PMGZ tem feito e vai fazer melhor. Outra coisa é, conhecendo os melhores animais, saber como multiplicar esse potencial para acelerar a produção. Para isso, outro grande projeto que também já começamos a experimentar e que já temos algumas negociações avançadas é a Genômica. Estamos trabalhando junto à uma grande empresa provedora de chips de marcadores genéticos, que é a Ilumina, para levar essa tecnologia para dentro do PMGZ. Isso vai dar mais acurácia e confiabilidade aos dados, bem como vai encurtar gerações, sendo que os animais jovens vão poder ser testados nas características econômicas com uma maior confiabilidade. No PNAT (Programa Nacional de Avaliação de Touros Jovens), projeto que tem dado muito certo, avaliamos os animais com idade média de um ano e meio a dois anos e com a genômica vamos poder selecionar esses animais com mais antecedência. Temos ainda um programa de gestão, o Produz, para dentro da fazenda que nós queremos melhorar e construir novos módulos e novas propostas. Além disso, termos um trabalho específico no Departamento de Tecnologia de
A ABCZ tem se tornado uma entidade para o fornecimento de soluções do pequeno ao grande proprietário. Os desafios são diferentes, mas todos buscam eficiência e rentabilidade”
Informação a fim de construir melhor o PMGZ e assim ajudar na gestão interna das propriedades, ou seja, monitorando a fazenda e oferecendo orientações sobre como direcionar o capital, como investir bem e o grau de eficiência a ser atingido. O Zebu no Brasil – Em âmbito político, como pretende contribuir com o avanço na busca de soluções para as principais demandas do setor, como garantia de segurança rural e jurídica no campo, busca de novos mercados, bem como acesso à tecnologia, informação e linhas de crédito? Frederico Mendes – Acredito que nós temos força política, precisamos estar aliados com muitas entidades e a ABCZ já vem fazendo isso, por isso é importante o presidente ter disponibilidade de tempo, ter vontade política, ter um bom entendimento sobre todos os elos da cadeia, bem como ter boa relação com as associações promocionais e as entidades do setor. Creio que vamos ter essa força política se as entidades e associações estiverem juntas. Só assim vamos conseguir ter a representatividade necessária para atender as demandas e direcionar as diretrizes mais importante para o setor. Os interesses são comuns e tem que se discutir as questões primeiro com todo o setor, a fim de sermos mais objetivos e conseguirmos atingir as demandas que necessitamos. As entidades juntas poderão propor ao Governo Federal ações em torno de linhas de crédito e financiamento, investimento em pesquisa para gerar tecnologia, inovação e conhecimento. E a ABCZ tem se tornado uma entidade para o fornecimento de soluções do pequeno ao grande proprietário. Os desafios são diferentes, mas todos buscam eficiência, rentabilidade e estabilidade do setor. O ZEBU A
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O ZEBU
Foto: JM Matos
Nelore
Boa Sorte
95 anos de genĂŠtica O ZEBU A
O ZEBU Nelore
Fazenda Boa Sorte investindo na raça Nelore há 95 anos
Por Thassiana Macedo • Fotos: JM Matos
Construída em 1920 em proprieda-
foco para a produção de reprodutores a
de histórica, no município de Viçosa,
campo, com genética capaz de maximi-
estado de Alagoas, a Fazenda Boa Sorte nasceu dedicando-se originalmente à produção de cana de açúcar e criação de gado de corte. Posteriormente, também passou a se dedicar à criação de equinos, especificamente da raça Quarto de
Nossa primeira aquisição foi a novilha Finta Barros Correia, filha de Bitelo SS com Outra Barros Correia”
zar a produção de carne de qualidade e com melhor custo benefício. Segundo o criador Falcão, a ideia de desenvolver ainda mais o Nelore surgiu com o objetivo de aproveitar a boa localização da fazenda, o que também
Milha. Hoje, a marca é dirigida pelos
Em setembro de 2009, a proprie-
poderia agregar valor à produção de
criadores Falcão e Themis Vilela. Casal
dade cresceu com força total. Com tra-
genética de ponta. “Foi em uma visita
de pulso firme, Falcão e Themis dirigem
dição em excelente genética de cavalo
à Fazenda Recanto que conhecemos o
a propriedade com um olho no passado
Quarto de Milha, o casal decidiu hon-
trabalho dos irmãos Barros Correia e fi-
de sucesso, mas com a visão focada no
rar o passado de gloriosa produção da
camos impressionados com a qualidade
futuro e principalmente no que o mer-
Fazenda Boa Sorte, dando início a um
do gado. A partir daí identificamos cinco
cado precisa.
projeto de criação de Nelore PO com
matrizes de grande importância naquele
16 O ZEBU
rebanho e resolvemos dar início ao nosso plantel PO, adquirindo descendentes desse rebanho, especialmente as filhas e netas dessas matrizes. Estou falando de Primavera Barros Correia, Outra Barros Correia, Sombra Barros Correia, Típica Barros Correia e Vala Barros Correia. Essas são as vacas das linhagens mais conhecidas nacionalmente. Por isso, nossa primeira aquisição foi a novilha Finta Barros Correia, filha de Bitelo SS com Outra Barros Correia”, afirma. Falcão destaca ainda que foi com a colaboração do criador Celso Barros Correia Filho que a Fazenda Boa Sorte iniciou o processo de acasalamentos com a finalidade de produzir reprodutores avaliados a campo para abastecer o mercado nordestino e nacional. PRODUÇÃO DE GENÉTICA este rebanho para 700 matrizes des-
Um destaque do plantel Boa Sorte
Hoje, o rebanho Nelore PO da mar-
tinadas à produção de touros de qua-
é o touro Outro Barros Correia, filho
ca Boa Sorte conta com 500 matrizes
lidade, provenientes da experiência do
único de Heliaco da Java e Outra Bar-
produtoras de tourinhos comercializa-
criador aliada ao PMGZ (Programa de
ros Correia, adquirido com o objetivo
dos para atender todo o país. O objeti-
Melhoramento Genético de Zebuínos),
de multiplicar a genética da mãe em
vo para o ano de 2016 é reforçar ainda
desenvolvido pela Associação Brasileira
filhas e netas da própria matriz, aumen-
mais a genética de ponta aumentando
de Criadores de Zebu (ABCZ).
tando o resultado genético por meio da
DE PONTA
O ZEBU A
O ZEBU Nelore
contribuição materna e paterna. Top
lorizadas do Brasil e por isso tem grande
res 30 animais Nelore PO com genética
2% e iABCZ (índice ABCZ) 18.72, o
potencial de agregar valor ao rebanho.
de biotipo funcional a campo. A pró-
touro Outro encontra-se atualmente
Desse clone, vamos fazer embriões para
xima edição será presencial na Fazenda
na Central Bela Vista, em São Paulo,
produzir matrizes”, justifica o criador.
Boa Sorte e já está marcada para 17 de
coletando sêmen para inseminação das matrizes da fazenda. Em termos de aproveitamento de tecnologia, a Fazenda Boa Sorte também não fica para trás. Além da utilização de FIV (fecundação in vitro) e inseminação artificial, a propriedade também está desenvolvendo um clone que em breve estará no mercado. Falcão conta que o primeiro clone é baseado na matriz Outra Barros Correia, resultante de uma parceria entre a Nelore Boa Sorte e a Nelore Barros Correia, cujo trabalho de fecundação está sendo realizado pelo Laboratório In Vitro. “Trata-se de uma matriz com excelente genética. Outra teve 148 filhos, é o animal com a melhor longevidade do plantel e é uma das melhores matrizes da Nelore Barros Correia até hoje, sendo ainda uma das genéticas mais va18 O ZEBU
O Leilão Virtual Nelorão da Fazen-
setembro de 2016 com a oferta de 60
da Boa Sorte, realizado em setembro de
lotes de embriões, sêmen, novilhas e
2015, colocou à disposição dos criado-
touros PO a campo.
O ZEBU A
Foto: JM Matos
20 O ZEBU
O ZEBU A
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Darcy Ferrarin celebra seus 70 anos com três arremates
Por Thassiana Macedo
Melhor Criador e Expositor de Nelore do Ranking matogrossense 2014/2015 e 2015/2016, Darcy Getúlio Ferrarin reuniu amigos na Fazenda Santa Maria da Amazônia, em Sorriso, no estado do Mato Grosso, nos dias 17 e 18 de outubro para três leilões em comemoração ao seu aniversário de 70 anos. Entre animais de elite e produção, foram vendidos 110 lotes do que há de melhor produzido pela marca DGF Agropecuária. Foram comercializados um total de 1.190 animais, resultando na movimentação financeira de R$ 4,5 milhões. 22 O ZEBU
Dedicado ao trabalho no campo desde a década de 1980, Darcy Getúlio Ferrarin conhece a fundo as vantagens que atraem os produtores ao estado, o qual é reconhecido mundialmente pelo clima, pela topografia e pelo solo que favorecem a produção de alimentos, mas também de boa genética zebuína. Um remate de elite abriu o fim de semana de vendas com 15 lotes vendidos por R$ 1,7 milhão, registrando a média geral de R$ 112.952,00 por lote. A oferta foi exclusiva de fêmeas, com destaque para Patchuli Guadalupe, vendida por R$ 372 mil para Agro
Vila Real, de Maurício Ianni. A matriz de 72 meses é Gandhi PO da NI em Essência TE Guadalupe e segue prenhe do reprodutor Donato de Naviraí, com previsão de parto para maio de 2016. Elektra FIV das Três Barras, filha de Basco com Prada da Sabiá foi vendida em 50% para a Casa Domingos por R$ 139.200,00 e 50% da Fava FIV Indicus, filha de Guincho com Harmonia TE Port, foi arrematada por R$ 115.200,00 para a Rima Agropecuária. No mesmo dia, também foi vendido um pacote de prenhezes por R$ 192 mil. Sete doadoras consagradas recebe-
Um remate de elite abriu o fim de semana de vendas com 15 lotes vendidos por R$ 1,7 milhão” ram o lance do condomínio formado pela EAO, Pau D’Arco e Ourofino. O leilão de touros se realizou em duas etapas, quando foram vendidos 91 animais, com faturamento de quase R$ 700 mil. Ainda no primeiro dia, foi realizado o Leilão de Touros DGF Agropecuária que comercializou 38 animais por R$ 344.880,00. A média foi R$ 9.075,00, valor equivalente a 69,8 arrobas de boi gordo para pagamento à vista na capital Cuiabá (R$ 130/@). A maior negociação da categoria foi fechada com o criador Osmar Ribeiro de Mello, que desembolsou R$ 30.720,00 para arrematar um lote com quatro reprodutores de 34 a 36 meses. As vendas foram retomadas no segundo dia com o remate DGF Produção. O anfitrião Darcy Ferrarin negociou 112 fêmeas a campo à média de R$ 5.038,00, perfazendo a movimentação total de R$ 564.320,00. O criador Raimundo Cardoso Costa deu lance de R$ 48 mil para levar para casa um lote com dez animais de 18 a 33 meses. Para comemorar o sucesso da DGF Agropecuária e celebrar os 70 anos de Darcy Ferrarin entre familiares e amigos, o encerramento da festa foi ao som de César Menotti & Fabiano. Os remates tiveram organização da Programa Leilões e trabalhos técnicos dos leiloeiros João Gabriel e Paulo Marcos Brasil, com transmissão pelo Canal Rural e Agrocanal. O ZEBU A
O ZEBU Nelore
AgropeVa
completa 45 anos de produção com sustentabilidade Por Thassiana Macedo • Fotos: JM Matos
A AgropeVa completa 45 anos em 2016 como referência genética para a produção de carne bovina aliada à sustentabilidade ambiental. Fincada no coração do semiárido brasileiro, mais precisamente no município de Jaíba, norte de Minas Gerais, distante a 634 km de Belo Horizonte, a Agropecuária Varzelândia cria Nelore integrado à natureza. Em harmonia com o meio ambiente, o rebanho se desenvolve com alimentação à base de capim, resultando em animais resistentes, de carne saudável e genética evoluída. Hoje, a carne produzida pela AgropeVa é rastreada e exportada para a Comunidade Européia, um dos mercados mais exigentes do mundo. 24 O ZEBU
AgropeVa tem um mercado consumidor já consolidado há vários anos. Antes, ela possuía trabalho com gado de pista, mas este nunca foi o foco único da empresa” Dedicado à criação e seleção de gado comercial, bem como gado Nelore PO (puro de origem) e LA (livro aberto), o empresário e criador Ney Moreira Bruzzi desenvolveu uma genética adaptada às
condições climáticas do Norte de Minas, sempre em busca de elevado desempenho ponderal, precocidade sexual e de acabamento aliados a altos índices reprodutivos. MUDANÇA DE RUMO Segundo Roberta Gestal de Siqueira, zootecnista e sócia da Melhora + Consultoria Genética, há mais de 13 anos, a AgropeVa introduziu sua base de dados no Programa Nelore Brasil da Associação Nacional de Criadores e Pesquisadores (ANCP) e utiliza novas tecnologias para modelar geneticamente seu rebanho na busca do Nelore produtivo, eficiente e sustentável. Em meados de 2010, ela deixou as pistas para se dedicar apenas à genética e
desde então conta com a Rehagro na gestão e assessoria técnica em nutrição e reprodução. De acordo com o professor do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), José Aurélio Garcia Bergmann, a cada dia que passa, o mercado está mais exigente para animais que tenham foco em produção. “Por isso, a AgropeVa tem um mercado consumidor já consolidado há vários anos no norte de Minas Gerais. Antes, ela possuía trabalho com gado de pista, mas este nunca foi o foco único da empresa. A AgropeVa expunha animais, participando principalmente de eventos regionais, embora já tenha feito um Grande Campeão Nacional, mas seu viés sempre foi o da produção. E é possível perceber isso facilmente pela qualidade genética do seu plantel de fêmeas”, explica. O Programa de Melhoramento Genético AgropeVa utiliza o que há de mais recente em tecnologia, como avaliações genéticas com a incorporação de informações genômicas, otimização genética dos acasalamentos e seleção intrarrebanho de cada safra. O especialista destaca que com estas ferramentas é feito, anualmente, o acompanhamento da evolução genética do plantel para definir novos rumos e
procedimentos no sentido de maximizar o progresso genético das características que integram o Índice Genético AgropeVa. Quando começou a acompanhar o projeto AgropeVa, há cerca de quatro anos, o diagnóstico genético demonstrou que o perfil genético das fêmeas ativas do plantel AgropeVa apresenta qualidades genéticas que não são comuns no gado de pista, mas são fundamentais quando o objetivo é produtividade. “É o caso, por exemplo, da habilidade materna que é uma característica forte e bem consolidada na AgropeVa, bem como para a característica reprodutiva, principalmente a estrutura genética voltada para a fertilidade. Embora a AgropeVa participasse dos julgamentos de pista em anos anteriores, ela nunca teve um foco único, pois sempre investiu em produtividade”, esclarece o especialista. Com essa característica consolidada, o zootecnista afirma que a agropecuária tem condições hoje de atuar para o melhoramento de outras características de forma mais efetiva, como é o caso da precocidade sexual e de acabamento de carcaça. Bergmann ressalta que quando a AgropeVa passou a fazer parte do progra-
ma de avaliação genética da ANCP, houve a percepção de que manter diversos sistemas de manejo e criação, destinados ao gado de pista e à produção, prejudicam a avaliação genética. Hoje, o trabalho de Melhoramento Genético da AgropeVa resulta em um rebanho de aproximadamente 800 matrizes que obtém importantes resultados, mes-
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O ZEBU Nelore mo submetido à pressão de seleção nas condições naturais de pastejo do norte de Minas Gerais, região representativa do semiárido brasileiro. “Esse trabalho permite que sejam disponibilizados para o mercado, fêmeas base de plantel e reprodutores provados, sempre com o compromisso pela qualidade do produto, o que faz da AgropeVa uma fornecedora de animais para rebanhos de todo o Brasil”, ressalta o zootecnista. CONFINAMENTO AGROPEVA Em busca de reduzir o ciclo de produção e devido aos baixos índices pluviométricos do semiárido mineiro, a AgropeVa possui cerca de 500 hectares (ha) de áreas irrigadas para pastejo de recria e a produção de soja e milho para terminação de animais em confinamento. Em 2016, a agropecuária inicia um novo projeto para a implantação de mais de mil hectares de novas áreas irrigadas, visando a intensificação e utilização de tecnologia para aumentar a escala na produção de carne, por meio do confinamento que tem capacidade estática de sete mil animais por ciclo e mais de 20 mil por ano. O confinamento de alto desempenho utiliza tecnologias de ponta para gerar efi-
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ciência na produção de carne. Em 2013, a AgropeVa passou a franquear o seu confinamento para colaboração, dando chances aos pecuaristas para terminarem seus produtos com a qualidade que a empresa oferece na sua estrutura, uma prestação de serviços no sistema boitel – em que pecuarista desembolsa determinado valor de diária de acordo com o peso vivo de entrada do animal –, parceria e arroba produzida. Enquanto o animal a pasto levaria de três a quatro anos para ser terminado, em regime de confinamento ele pode ser abatido com dois anos de idade. Dessa forma, alivia-se as pastagens no período da seca, possibilitando colocar maior carga nas águas. Outro atrativo é o preço da entressafra, em média, 15% maior. Além disso, a AgropeVa obtém negociação de venda com rastreamento, pois o confinamento está apto à exportação. A AgropeVa possui dois caminhões misturadores de última geração para garantir um trato
homogêneo. A agropecuária trabalha com um software de gestão para o controle diário da alimentação dos animais e possui ainda uma fábrica de ração completa com box de alimentos, permitindo que os tratos sejam rapidamente oferecidos. A dieta é feita à base de milho e soja, a qual garante alto desempenho. São oferecidos cinco tratos diários para uma dieta saudável e escalonada ao longo do dia. O volumoso produzido em pivô garante a segurança de produção. Para maior eficiência alimentar e menor geração de gás metano é utilizado grão úmido de milho, produto de alto valor energético. Por isso, a média de desempenho no confinamento AgropeVa é de 1,6 kg por dia, sendo que em 90 dias o rendimento de carcaça é acima de 55%. Os animais Nelore ou anelorados, machos inteiros engordados no confinamento atingem uma boa eficiência ingerindo 145 kg de matéria seca de ração para cada arroba produzida.
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Especial Nelore Fest A noite dos campeões Por: Sabrina Alves • Fotos: Zzn fotos / JM Matos
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Rima Agropecuária - Medalha de Ouro Melhor Criador Nelore Liga dos Campeões Doze categorias de premiação, gran-
genética boa e esse raciocínio tem che-
dré Locateli também falou sobre a noite
des nomes do Nelore e personalidades
gado ao produtor comercial. Esse ano,
e o fechamento do Ranking Nacional.
que marcaram o ano de 2015 dentro da
a valorização de touros foi importante,
“A Nelore Fest busca valorizar os criado-
pecuária nelorista, foram homenagea-
em um ano de recessão e, mesmo assim,
res, empresas e pessoas importantes para
dos na noite considerada como o “Os-
tivemos leilões com média de 30% de
o Nelore ao longo do ano. É um evento
car da Pecuária”.
valorização. Isso mostra o quanto o pe-
que coroou todo um trabalho, em espe-
cuarista tem acreditado em genética e
cial em 2015, por ter sido um ano um
investindo em tecnologia”, destaca.
pouco conturbado dentro do cenário
A Nelore Fest, realizada na capital São Paulo, aconteceu no último dia 14 de dezembro e fechou o ano das ativi-
O gerente executivo da ANCB, An-
macroeconômico. Mas, isso consolidou
dades da Associação dos Criadores de Nelore do Brasil (ACNB). Esse foi um grande momento que reuniu alguns dos principais nomes da pecuária, dentre esses, assessores, técnicos, pesquisadores, selecionadores de genética, autoridades políticas e representantes da pecuária nacional e internacional. Luiz Claudio Paranhos, presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) também estava presente e falou sobre o ano para a pecuária. “Esse ano o gado de corte esteve firme. Houve uma grande valorização da recria e isso é importante. Pessoas pagaram caro por bezerros bons e para isso é preciso ter uma
Cassiano Terra Simão - Medalha de Ouro na Categoria Melhor Criador Nelore no Ranking Regional Paulista
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O ZEBU Nelore ainda mais a atividade pecuária e o Nelore no país. Tivemos um ano que superou as expectativas com plena liquidez e com bons valores de comercialização. Fechamos 2015 de forma muito positiva consolidando a pecuária como um porto seguro dentro desse cenário e o Nelore foi o grande protagonista”, comemora. O anfitrião da noite, o presidente da ACNB Pedro Gustavo Novis, também comemorou os resultados do ano e se diz confiante para 2016. “A carne foi um ‘ponto fora da curva’ em um ano muito complicado para o Brasil, tanto para o lado político quanto para o lado econômico. Ano que vem, novamente não deve ser fácil. Vivemos uma indecisão sobre o que vai acontecer e esperamos que a coisa caminhe um pouco melhor”, comenta. PREMIAÇÕES A noite do “Oscar da pecuária” premiou os vencedores do Ranking Nacional Nelore, Rankings Regionais, Circuito Boi Verde de Julgamento de Carcaça, que avaliou animais no curral e no abate levando em conside-
Luiz Cláudio Paranhos - Liderança Destaque na Pecuária Nacional
Dalila Botelho de Moraes Toledo - Medalha de Ouro Categoria Expositor e Melhor Criador Nelore Mocho
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Aguinaldo Ramos Medalha de Prata na Categoria Melhor Fêmea Adulta Nelore ESPN Javanesa ração características como peso, cobertura de gordura, idade para se definir o padrão ideal, escolhendo os campões Nacionais das categorias Melhor Lote de Carcaça e Melhor Compra de Boi. Outro destaque foi o Programa de Qualidade Nelore Natural e das Copas Inter-Regionais. A ACNB ainda premiou os vencedores da Liga dos Campeões e da Super Copa do Ranking Nacional do calendário 2014/2015, que terminou em setembro. Personalidades da pecuária nelorista também foram homenageadas. Entre os prêmios entregues estavam os destaques: Nelore Natural; Excelência no Agronegócio; Tecnologia para Pecuária; Nova Geração; Amigo do Nelore; Família Nelorista; Criador Modelo; Incentivador da Raça; Liderança na Pecuária Nacional e Liderança no Agronegócio. Confira a lista completa de todos os homenageados da Nelore Fest 2015:
Agropecuária Vila dos Pinheiros - Medalha de Ouro na Categoria Melhor Expositor Liga dos Campeões
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Irmãos De Marchi e Romildo Machadinho - Medalha de Ouro na Categoria Melhor Expositor Nelore no Ranking Regional de Goiás 13º CIRCUITO BOI VERDE DE JULGAMENTO DE CARCAÇA Medalha de Ouro Melhor Compra de Boi – JBS Unidade de Nova Andradina/MS Medalha de Bronze Melhor Lote de Carcaças – Fazenda São Marcelo Medalha de Prata Melhor Lote de Carcaças – Fazenda Reunidas Baumgart Medalha de Ouro Melhor Lote de Carcaças – Sandra Maria Massi
Tecnologia para Pecuária - Bopriva Nova Geração – Romildo Antônio da Costa Amigo do Nelore – Aguinaldo Gomes Ramos Família Nelorista – Família Gibertoni Criador Modelo – Adir do Carmo Leonel Incentivador da Raça – Luiz Antônio Felippe Liderança de Destaque na Pecuária Nacional – Luiz Cláudio Paranhos Liderança de Destaque no Agronegócio- Deputado Federal Marcos Montes
NELORE DE OURO - O OSCAR DA PECUÁRIA Destaque Nelore Natural – Produtor - Agropecuária Três Barras Destaque Nelore Natural – Frigorífico – Marfrig Global Foods S/A Destaque Nelore Natural - Varejo Coopercica Excelência no Agronegócio – DSM Tortuga
RANKING NACIONAL DE LAS RAZAS CEBUÍNAS DA BOLÍVIA 2014/2015 Homenageado - Melhor Expositor e Melhor Criador Nelore / Melhor Expositor e Melhor Criador Nelore Mocho Osvaldo Monastério Rek
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NELORE MOCHO: Dalila Botelho de
Ricardo DFG Agropecuária e Felipe Camargo - Melhor Criador Ranking Regional MT Moraes Toledo, Nelore Da Car - Medalha de ouro como melhor criador e expositor do Nelore Mocho em 2015 ANIMAIS DESTAQUES Medalha de Ouro na categoria Melhor Matriz Nelore – JOLIE FIV DO MURA Medalha de Ouro na categoria Melhor Fêmea AdultaNelore–LAWA3TEPORTOSEGURO Medalha de Ouro na categoria Melhor Fêmea Jovem Nelore - GENOVA GIBERTONI Medalha de Ouro na categoria Melhor Reprodutor Nelore – BASCO DA SM Medalha de Ouro na categoria Melhor Macho Adulto Nelore – VOLVERINE FIV CARPA Medalha de Ouro na categoria Melhor Macho Jovem Nelore – OBJUAN FIV DO MURA Medalha de Ouro na categoria Melhor Reprodutor Nova Geração Nelore – NASIK FIV PERBONI
Família Gibertoni - Homenagem Família Nelorista RANKING REGIONAL MELHORES CRIADORES BA e SE – Miguel Pinto (Nelore Jacuricy) DF: Henrian Gonzaga (Nelore Carnnel Pecuária Seletiva) ES: Dalton Heringer (Dalton Dias Henringer) GO: Irmãos De Marchi MT: DGF Agropecuária MS: Cícero Antônio de Souza PR: Beatriz Garcia CID e Filhos SP: Nelore CASS RJ: Fazenda Santa Ewiges TO: Nelore José São José MG: Rima Agropecuária Regional do Norte: Fazenda Tapajós MELHORES EXPOSITORES BA e SE – Miguel Pinto ES: Dalton Heringer
GO: Irmãos De Marchi MT: DGF Agropecuária PR: Beatriz Garcia CID e Filhos SP: Agropecuária Vila dos Pinheiros RJ: Fazenda Santa Ewiges TO: Nelore JAL MG: Rima Agropecuária Regional do Nordeste: Nelore Montana SUPER COPA Melhor Criador - Cícero Antônio de Souza da Nelore 42 Melhor Expositor - Miguel Pinto da Nelore Jacuricy. LIGA DOS CAMPEÕES Medalha de Ouro de Melhor Expositor Agropecuária Vila dos Pinheiros Medalha de Ouro Melhor Criador - Rima Agropecuária
Betina Muradas Jatobá Agropecuária e Pecuária Medalha de ouro na categoria melhor matriz Nelore com Jolie FIV do Mura
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Foto: JM Matos
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Agropecuária
Baguassu
construindo o futuro do Guzerá Fotos: Roberto Mattos
Antônio Gomes Periañes Neto, ou Toni, como é mais conhecido, é o idealizador da Agropecuária Baguassu. Industrial do aço, nascido em São Paulo e descendente de imigrantes espanhóis, tem sua inspiração no campo herdada do seu avô, criador de gado leiteiro no interior de São Paulo. Embora admire o trabalho realizado pelo avô no passado distante, Toni vislumbra um futuro diferente para a paixão pelo gado que cativa desde a infância. As propriedades rurais em Avaré, que há mais de 20 anos eram ocupadas exclusivamente com animais para cruzamentos industriais, tomaram novo formato e nova função quando Toni conheceu a raça Guzerá. Em 2013, enquanto visitava algumas fazendas da região, chegou até a Fazenda Suaçuí de Mário Ermírio de Moraes, na época já administrada por Nídia Moraes. Foi lá que Toni conheceu de perto o Guzerá, que tanto ouviu falar sobre as qualidades e múltiplas funções nos cruzamentos para carne e leite. Sem pestanejar, tratou de adquirir algumas novilhas, pois queria na sua fazenda exemplares da raça que além de chamar muita atenção pela beleza, impressiona pela produção. “No início não pensei em criar Guzerá como selecionador, pensei apenas naqueles poucos animais e em expô-los na fazenda, mas quando as novilhas pariram bezerros tão sadios, fortes e com tão bom desenvolvimento, passei a olhar diferente para a raça”, conta Toni. O pecuarista resolveu investir em ani-
Guzonel, Guzolando ou fruto de qualquer outro cruzamento com o Guzerá... A Baguassu faz questão de usar como receptoras, animais de excelente habilidade materna, muito boas de leite” 38 O ZEBU
mais puros e usar os machos exclusivamente para cruzar as fêmeas de recria que já possuía e potencializar os ganhos nos abates, pois até então ele não tinha a intenção de selecionar gado elite. Foi com a contratação de Fábio Ferreira Leite, em maio de 2014, para o cargo de Gerente Geral, que o assunto veio à debate. Fábio, que foi praticamente criado no Guzerá Suaçuí e, coincidentemente, foi ele quem selecionou as primeiras novilhas adquiridas pelo Toni, é conhecedor da raça e entusiasmado com o trabalho que a Suaçuí vinha desenvolvendo. Fábio propôs um projeto que alinhava a produção ao elite e com a liquidação do plantel Suaçuí, adquiriram 10 das mais conceituadas doadoras do criatório de Mário Ermírio de Moraes. Ao conhecer outros trabalhos de seleção de gado puro na região de Avaré e cidades vizinhas, entre as raças Nelore, Gir, Simental e Guzerá, a Agropecuária Baguassu se entusiasmou com as ferramentas que já possuía e resolveu intensificar os investimentos na seleção e melhoramento genético do Guzerá. Para a base do rebanho Baguassu, foram adquiridas muitas fêmeas de importantes criatórios que naquela época encerravam suas atividades como MAAB, Calciolândia e ROES. A partir daí, foram necessários trabalhos criteriosos de seleção para reproduzirem somente o que fosse realmente superior em qualidade e funcionalidade. “Para tentarmos o melhor caminho, e buscarmos a melhor
genética, e o melhor planejamento, era necessária uma boa equipe. Acredito que esse seja o segredo para o sucesso”, conta Toni. À frente das grandes decisões, Toni sempre compartilhou responsabilidades e méritos. Por isso, confiou a Fábio Leite a formação da Equipe Baguassu. “O Toni tinha um tesouro nas mãos, mas era preciso lapidá-lo”, afirma Fábio. Foi neste período que a Agropecuária Baguassu integrou à sua equipe o Consultor em Guzerá, Eros Gazzinelli. “Acompanhei o trabalho do Eros com o Grupo Suaçuí e os projetos que tinham para a raça Guzerá. Assim que foi definida a missão da Agropecuária Baguassu no melhoramento genético e seleção do Guzerá, fiz contato, expliquei para ele nossas ideias e alguns planos. Ele já nos presta serviços há um ano e estamos apenas no começo, ainda tem muito chão pela frente”, ressalta o gerente. Hoje são mais 200 matrizes Guzerá em reprodução e em 2015 foram produzidos mais de 200 bezerros de FIV, além do Guzolando, 100% registrados. Para 2016, o projeto é dobrar a produção em FIV e chegar a 400 prenhezes, multiplicando o que há de melhor no cenário atual. No futuro, a perspectiva é crescer o rebanho 25% a cada ano. “O mercado do Guzerá vai muito bem,
é resistente à crise, toda nossa produção é vendida na própria fazenda”, relata o criador. Com uma equipe que guia a Agropecuária Baguassu ao sucesso, Toni administra os negócios com pé no chão e só faz investimentos bem direcionados. Debutou em Exposições durante a 12ª Exposição da Raça Guzerá em Curvelo 2015 e para 2016 já tem o time escalado para o circuito que contempla cinco estados brasileiros. “O mercado não compra ilusões, a raça ou a criador que quiser vender ilusão, não sobreviverá. O Guzerá se destaca, pois vende aquilo que é! Bom em carne, bom em leite e melhor ainda em cruzamentos. É isso que a raça tem a oferecer à pecuária do Brasil: versatilidade no campo”, afirma Eros. MELHORAMENTO GENÉTICO As propriedades em Avaré somam 330 hectares (ha) e o audacioso projeto de Fábio Ferreira é
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manter o índice de 10 cabeças por hectare, fazendo uso das mais modernas técnicas de adubação, plantação e silagem. Em 2015 a Baguassu aderiu ao Programa de Melhoramento Genético do Zebu (PMGZ), da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ). O critério quanto à reprodução e qualidade dos animais é tamanha que aqueles animais fora do padrão de
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registro ou que estiverem abaixo do índice de fertilidade estipulado pela fazenda, são mandados direto para o abate. “Se não serve para nós, não serve para nossos clientes. Fazemos um trabalho que preza a venda do melhor possível e queremos fidelizar nossos clientes”, garante o profissional. Valorizar e promover a raça é uma das metas da Agropecuária Baguassu. Por isso, a
pretensão é participar de exposições ao redor do país no próximo ano, mostrando o Guzerá para todos os estados brasileiros. “Acima da grande produção em qualidade e quantidade, o nosso objetivo principal é fortalecer a raça e fazer crescer o número de criadores e pecuaristas que fazem uso da genética superior do Guzerá”, explica Antônio Gomes Periañes Neto, o Toni. Para 2017, a equipe já trabalha para realizar dois grandes leilões, um de produção e outro de elite. “Vamos trabalhar para estarmos sempre entre as referências do Guzerá. Se for para fazer, faremos da melhor maneira possível, a fim de tornar a Agropecuária Baguassu um dos grandes parceiros da raça Guzerá”, garante Fábio. Para o consultor Eros Gazzinelli, o ano de 2015 foi especialmente bom para o campo e sobretudo para o Guzerá. É um ano em que os criadores se uniram, os bairrismos estão ficando de lado e a ACGB (Associação dos Criadores de Guzerá do Brasil) ganhou mais força e mais associados, com isso quem colhe os frutos é a própria raça Guzerá”, conclui.
GUZERÁ Fotos: JM Matos
a raça que traz novas realizações!
EM 2016 CRUZANDO NOSSOS CAMINHOS COM CARNE E LEITE DE QUALIDADE.
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Assembleia marca mudanças
institucionais na ACGB
“É nítido o caminho que a raça segue, em direção àqueles animais que sejam verdadeiramente superiores em funcionalidade” Na tarde do dia 9 de novembro de 2015, reuniram-se no Salão Nobre da ABCZ (Associação Brasileira dos Criadores de Zebu), no Parque Fernando Costa em Uberaba, os sócios da Associação dos Criadores de Guzerá do Brasil (ACGB) para assembleia que definiu importantes pautas para a raça. Houve alteração no regulamento da raça quanto à idade máxima para participação em pista do Guzerá Tradicional (Aptidão de Corte) de 36 para 30 meses, válido para machos e fêmeas a partir da ExpoCurvelo 2017, quando se inicia o Ranking 2017/2018. Outra importante mudança foi a inclusão das lactações maternas dos animais que tiverem mães com controle leiteiro oficial, a título informativo, no Catálogo de Julgamentos da ExpoZebu. No Guzerá Leiteiro, ficou estipulada a idade mínima de 24 meses para
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participação dos machos em pista, além de obedecerem a tabela de pesos mínimos definida. E para as fêmeas, foi determinada a obrigatoriedade de estarem paridas, em qualquer idade, já válido na ExpoZebu 2016. “É nítido o caminho que a raça segue. Para animais de aptidão de corte temos a redução da idade em pista, que naturalmente tornará maior a pressão quanto à precocidade de acabamento de carcaça, precocidade em ganho de peso e precocidade sexual. E para animais de aptidão leiteira, o julgamento de fêmeas paridas evidencia as características produtivas do animal, sendo o úbere o maior peso entre os itens avaliados. Tudo isso, claro, sem deixar de lado os valores milenares da pureza racial do Guzerá. Em resumo cami-
nhamos sim, em direção àqueles animais que sejam verdadeiramente superiores em funcionalidade”, destaca o consultor de Marketing da ACGB, Eros Gazzinelli. Houve também a aprovação para alterações no estatuto quanto ao período do exercício das diretorias. Passou de dois para três anos, bem como foi alterada a data para posse, de maio para agosto. Todas as alterações buscam a sintonia com as eleições da ABCZ e o alinhamento dos conselhos e representantes do Guzerá junto à mesma, permitindo que os trabalhos e parcerias entre ABCZ e ACGB sigam por todo o mandato. O diretor ressalta ainda que todas as alterações em regulamentos e o estatuto foram aprovadas por unanimidade entre os sócios presentes na assembleia.
Guzolando conquista seu espaço na ExpoZebu
O Guzolando se fortalece ainda mais com aprovação pelo conselho da ABCZ (Associação Brasileira de Criadores de Zebu) sobre a sua participação nas edições da ExpoZebu, principalmente nos Torneios Leiteiros, onde a raça poderá provar ao grande público da feira o seu potencial na produção de leite. As fêmeas Guzolando de primeira cria, produzem média de 26kg de leite, embora um dos pontos fortes do Guzolando seja sua longevidade produtiva, ou seja, sua produção aumenta a cada lactação, diferentemente de algumas raças que a partir dos 5 anos tendem a decair quanto aos kg de leite produzidos. “É importante que o mercado reconheça a segurança genética que está por trás do certificado de registro emitido pela ABCZ para os animais Guzolando. Trata-se de uma raça relativamente nova, embora o cruzamento já seja feito há algumas décadas, mas em escala que nunca permitiu a visibilidade e reconhecimento do mercado amplo”, o consultor de Marketing da ACGB, Eros Gazzinelli. Animais registrados nos diversos graus de sangue permitidos e que estejam dentro dos padrões raciais são a segurança oferecida ao mercado e a garantia da perpetuação da raça. Já na Expozebu 2016 haverá criatórios que são grandes potências no Guzolando, como Uniube, Fazenda Ygarapés, Guzerá da Juzz, Taboquinha, entre outros.
O Parque Fernando Costa recebeu o evento das premiações aos Melhores do Ranking Nacional da Raça Guzerá 2014/2015. Foram consagrados os criadores e animais que mais se destacaram no Ano Calendário de Exposições que se encerrou na Expozebu 2015. Corte Melhor criador 1º Guzerá Três Irmãos 2º Ana Cláudia Mendes Souza 3º Genis Carlos Deprá Melhor expositor 1º Guzerá Três Irmãos 2º Ana Cláudia Mendes Souza 3º Joseph Rafaat Toumani Melhor novo criador 1º Marcelo R. Mendonça / Irmãos Cond. 2º Joseph Rafaat Toumani 3º Benedito de Lira Melhor novo expositor 1º Joseph Rafaat Toumani 2º Marcelo R. Mendonça / Irmãos Cond. 3º Benedito de Lira Melhor Reprodutor 1º Encanador Villefort – Agroville Agric. & Empreend. Ltda 2º Avante S – Renato José Pinto Rocha 3º Anjo S – Seleção Agropecuária Ltda Melhor matriz 1º Eloise FIV TIR – Guzerá Três Irmãos e Antônio Augusto Souza Coelho 2º Marcelo R. Mendonça / Irmãos Cond. 3º Alice da Morumbi – Guzerá Suaçuí Melhor macho adulto 1º Fórum SMPF – Joseph Raffat Toumani 2º Collier FIV de Reilloc – Camillo Collier Neto e outros condomínios 3º Nabal LG do Sal – Luiz Guilherme S. Rodrigues Melhor fêmea adulta 1º Flor SMPF - Joseph Raffat Toumani 2º Barcelona FIV de Amar – Josaphat Paranhos de Azevedo Neto 3º Imbuia FIV 3 Irmãos – Guzerá Três Irmãos Melhor macho jovem 1º Globo FIV da CM – Cia Mate Larangeira S/A 2º Bingo do Guama – Josaphat Paranhos de Azevedo Neto 3º Manifesto LFMF – Agropec. Mario Franco Ltda Melhor fêmea jovem 1º Garbosa SMPF - Joseph Raffat Toumani 2º Euforia FIV das Alagoas – Camillo Collier Neto e outros condomínio 3º Plena FIV da Suaçuí – Joseph Rafaat Toumani Aptidão leiteira - Melhor expositor 1º Sociedade Educacional Uberabense 2º Virgílio Villefort Martins 3º Agroville Agricultura e Empreend. Ltda
Melhor criador 1º Ana Vera M. Palmério Cunha 2º Agroville Agricultura e Empreend. Ltda 3º Sociedade Educacional Uberabense Melhor reprodutor 1º Escoteiro FIV Uniube – Ana Vera M. Palmério Cunha 2º Cubito GI da ND – S/A Curtume Carioca 3º Abaté S – Rodrigo Pinto Canabrava Melhor macho jovem 1º Encanto 4 Meninos - Ana Vera M. Palmério Cunha 2º Édipo 4 Meninos - Ana Vera M. Palmério Cunha 3º Martelo FIV Boa Lembrança – Sociedade Educacional Melhor macho adulto 1º Escoteiro FIV Uniube – Ana Vera M. Palmério Cunha 2º Patrus Ibituruna – Paulo R. Menicucci e outros Cond. 3º Estravo Villefort – Ivagro Agropecuária Ltda Melhor matriz 1º Raia TE Taboquinha – Sociedade Educacional Uberabense 2º Aura TE JF – Agroville Agricultura e Empreend. Ltda 3º Dondoca – Sociedade Educacional Uberabense Melhor fêmea jovem 1º Fluorada Villefort – Ana Vera M. Palmério Cunha 2º Gilca FIV Uniube – Sociedade Educacional Uberabense 3º Tata Santa Cecília – Marcelo Palmério Melhor fêmea adulta 1º Uta FIV JF – Sociedade Educacional Uberabense 2º Hevea FIV Boa Lembrança – Marcelo Garcia Lack/Outros Cond. 3º Gota FIV do Cipó – Sociedade Educacional Uberabense Melhor fêmea leiteira Fêmea jovem – Malina FIV Boa Lembrança – Marcelo Garcia Lack/Outros Cond. Vaca jovem – Palerma FIV JF – José Transfiguração Figueiredo Vaca adulta – Nicarágua JF – José Transfiguração Figueiredo Maior lactação do ano Fêmea jovem – Fama FIV da Juzz – Juliana Pistore Ragazzi Vaca jovem – Elegância FIV da Juzz – Juliana Pistore Ragazzi Vaca adulta – Varaja Cal – Wemerson Amaro Coura Melhor fêmea leiteira – Guzolando Fêmea jovem – Época Santa Cecília – Marcelo Palmério Vaca jovem – 4812 da Paz – Ana Vera M. Palmério Cunha Vaca adulta – Pretinha – Wemerson Amaro Coura
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Foto: JM Matos
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Qualidade genética é comprovada em touros Gir Leiteiro Por Sabrina Alves • Fotos: JMMatos
Em outubro de 2016, todo o material genético recolhido durante a 6ª Prova de Pré-Seleção promovida pela Associação dos Criadores de Gir Leiteiro em parceria com a Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, será distribuído para fazendas que terão que mensurar a qualidade genética desses animais comprovando a eficiência da Raça Gir leiteiro. A missão de coordenar todo o projeto é do zotecnista e responsável pelo
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Programa de Melhoramento do Gir Leiteiro (PNMGL), André Rabelo Fernandes. Ele explica que durante a ação, tanto a ABCGIL quanto a Embrapa, disponibilizarão os resultados referentes aos marcadores moleculares para a Proteína A2 e informações sobre o índice de Parentesco Médio dos Touros (PMT). “Estas informações agregam aos resultados de fertilidade, conformação e manejo. Características que possibilitarão aos criadores identificar reprodutores porta-
dores de genes ligados à maior qualidade do leite, como também controle da endogamia de seus rebanhos”, explica André. Ao todo, participarão da prova cerca de 60 touros que fazem parte do plantel de aproximadamente 50 fazendas. A avaliação será feita na Fazenda Escola da FAZU – Faculdades Associadas de Uberaba, em uma área dividida em oito alqueires divididos em 12 piquetes rotacionados.
“A prova tem como objetivo pré-selecionar touros para fertilidade para concorrer às vagas do 31º Grupo de Touros do Teste de Progênie, onde serão realizadas avaliações andrológicas e reprodutivas. Serão indicadas avaliações sobre o caráter fenotípico (aprumos, estrutura, umbigo, pigmentação etc.) como também de temperamento e libido. O touro só será considerado apto a ingressar no Teste de Progênie caso seja aprovado na respectiva Prova”, reforça. Considerada como uma das provas mais confiáveis para sobre melhoramento genético dentro da raça, a avaliação propicia aos giristas a oportunidade de acompanhar e utilizar informações sobre características do leite, conformação e manejo. “É possível ainda obter informações sobre a genotipagem dos
Rosimar Silva
A prova tem como objetivo pré-selecionar touros para fertilidade para concorrer às vagas do 31º Grupo de Touros do Teste de Progênie, onde serão realizadas avaliações andrológicas e reprodutivas”
touros para os alelos da kappa-caseína, e beta-lactoglobulina fornecendo assim, aos usuários desta genética, ferramentas importantes para sua utilização tanto na raça pura quanto em cruzamentos com outras raças leiteiras. Desde o princípio até os dias atuais, o PNMGL vem passando por constante aprimoramento, incorporando sempre novas provas e aumentando o número de características avaliadas nas matrizes e reprodutores”, aponta. PNMGL Desde 1985, a ABCGil passou a instituir o PNMGL na promoção de melhorar o índice genético da raça para a produção de leite. Rabelo lembra que desde 2009 os critérios técnicos mais rígidos passaram a ser incorporados para a
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entrada de touros jovens que participarão do Teste de Progênie. “Foram disponibilizadas vagas para touros com pedigree ‘mais aberto’ visando o controle da endogamia na população pura. A seleção de touros para participação no teste de progênie, sem prévio conhecimento das características de ordem reprodutiva, pode acarretar em prejuízos para o criador, para o PNMGL e principalmente para o Gir Leiteiro, que terá disseminado em sua população uma genética de animais de baixa fertilidade”, diz o zootecnista. Ele completa ainda falando sobre as avaliações reprodutivas que são feitas pela prova. “Na mesma época passaram a ser inseridas uma nova etapa na evolução técnica do PNMGL. Nesta prova, são avaliadas características reprodutivas
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(congelabilidade, motilidade, defeitos maiores e menores etc.) ligadas à produção comercial de sêmen nos tourinhos candidatos ao TP (Teste de Progênie). Atualmente, além destas características seminais estão sendo estudadas caracte-
Para entrar em Teste de Progênie, o touro além de ser classificado pelas avaliações de fertilidade, temperamento e libido deverá também ser aprovado para funcionalidade”
rísticas funcionais como temperamento, libido e característica de conformação. Com isso, pretende-se formar um banco de dados consistente na parte reprodutiva de machos, o que possibilitará posteriores estudos de associação genética com características produtivas e reprodutivas nas fêmeas, visando o aumento da acurácia e funcionalidade na seleção do Gir Leiteiro. ICT O Índice de Classificação de Touros (ICT) passou a ser inserido a partir da 2ª Prova de avaliações fenotípicas. André diz que nessa fase é possível apontar as principais características funcionais nos animais Gir Leiteiro. “Para entrar em Teste de Progênie, o touro além de ser classificado pelas avaliações de fertilidade, temperamento e libido deverá tam-
bém ser aprovado para funcionalidade. Para isso, foi criado o Índice de Classificação de Touros – ICT, que pontua os touros em uma escala de 1 a 100 pontos, tendo cada característica um peso específico dentro deste índice”, diz. Ele completa ainda que por meio do ICT foi possível disponibilizar para o Teste de Progênie touros mais férteis, equilibrados e longevos o que garantirá melhores resultados na vida produtiva das matrizes Gir Leiteiro. Ressaltando também os ponderadores do índice são “empíricos”’. “Ou seja, que foram determinados, baseados na opinião de um grupo de técnicos e pesquisadores ligados à prova”, apresenta. Nas últimas cinco edições, os touros aprovados apresentaram bons resultados nas centrais de coleta e o processamento de sêmen obteve um índice de coleta de
500 doses. Isso tudo, retornou para os rebanhos de origem. Para André Rabelo, “o bom desempenho destes touros nas centrais confirmou a importância da
Prova de Pré-Seleção, validando todo o processo de coleta de dados reprodutivos aos quais os touros foram submetidos”, pontua.
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Pecuรกria leiteira se despede de Luiz Ronaldo de Paula Por Sabrina Alves
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“Sinto essa necessidade e sinto prazer nessa atividade. Quero ter tempo para a assessoria técnica, pois quando eu levo informações para um produtor de Gir Leiteiro eu trago muita informação também. Isso me mantém vivo, esse convívio com o dono do gado, com a família do dono, é muito prazeroso”, disse Luiz Ronaldo de Oliveira Paula, em entrevista para Revista Inter Rural, em abril de 2013 e que está disponibilizada no site da Leite Gir, em comemoração aos dez anos de trabalho desenvolvido. Infelizmente, essa frase será agora uma boa lembrança na memória de todos que conheciam esse profissional dedicado e especialista no que fazia. Não foi somente os amigos e a família, mas toda a pecuária leiteira, em especial a raça Gir Leiteiro, teve que se despedir de Luiz Ronaldo, em outubro, depois de um trágico acidente de carro, na rodovia BR-262, próximo a Campos Altos, em Minas Gerais. Formado em medicina veterinária pela Universidade Federal Fluminense, ele era um verdadeiro apaixonado pelo seu trabalho focado em assessoria técnica. Proprietário da Leite Gir, uma das mais conceituadas assessorias do país, Luiz Ronaldo conseguiu se consolidar dentro do mercado se tornando um dos melhores e mais cobiçados profissionais dessa área. No seu currículo ainda está uma passagem pela Embrapa, onde coordenou durante nove anos o Programa Nacional de Avaliação do Gir Leiteiro (PNGL) e logo depois, a convite da diretoria da Associação dos Criadores de Gir Leiteiro (ABCGIL) assumiu a gerência. Naquela mesma época, a raça cresceu e com a necessidade de colocar os animais em pista para a venda em leilões, nasceu também uma nova habilidade de Luiz Ronaldo: os leilões. Em meados de 1999, aconteceria o seu primeiro leilão, e desde então, passou a ser presença cativa com seus comentários que sempre agregavam valor comercial ao animal que estava em exposição, passando confiança e credibilidade tanto para quem comprava, quanto para quem vendia. Em 2003, assumiu mais uma responsabilidade. Com a vontade de estar mais perto do criador e do campo, ele deu inicio a Leite Gir e a empresa foi acolhida por todos e o sucesso, mais uma vez, foi resultado garantido. A morte de Luiz Ronaldo chocou a todos, mas as lembranças serão sempre a companhia daqueles que o admirava como profissional, amigo, pai e esposo. O veterinário deixou a esposa Karla e as filhas Ana Beatriz e Waleska. A Revista O Zebu no Brasil se sente orgulhosa em ter feito parte de sua trajetória. Siga em paz! “Eu, sinceramente, acredito que a melhor alternativa para a produção de leite, no país, é o Gir Leiteiro. Uma das iniciativas que eu posso tomar, nesse sentido, é levar a genética Gir Leiteiro para os quatro cantos do Brasil. O instrumento mais prático que eu vi é, justamente, o leilão. Eu acho ótimo quando os críticos dizem que está havendo um grande número de leilões, muita oferta de animais. Nós vamos popularizar ainda mais, vamos colorir os currais do Brasil, colocaremos o Gir Leiteiro do Oiapoque ao Chuí. Na minha concepção, eu estou socializando a raça, na minha cabeça eu estou gerando um benefício ao meu país, à pecuária leiteira, e um benefício sócio econômico ao meu meio. O tempo vai dizer se estamos certos ou errados. Mas eu tenho muito boa intenção no que faço.”. Luiz Ronaldo, 2013.
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Sete países assinam acordo técnico durante Congresso Internacional da Raça Girolando
Por Larissa Vieira • Assessoria de Imprensa Girolando
Acordos para transferência de tecnologia na área de melhoramento genético e de registro genealógico da raça bovina brasileira Girolando acabam de ser assinados com vários países da América Latina. Durante o 1º Congresso Internacional da Raça Girolando/2º Congresso Brasileiro da Raça Girolando, ocorrido em Belo Horizonte (MG), a Associação Brasileira dos Criadores de Girolando assinou Termo de Cooperação Técnico-Científica com as associações de criadores da República Dominicana, Equador, Honduras, Colômbia, Venezuela, El Salvador e Costa Rica. A oficialização da parceria ocorreu no dia 20 de novembro. A expectativa é de que o convênio possibilite a melhoria da qualidade genética do rebanho desses países, refletindo no crescimento da produção de leite. Além disso, é esperada uma expansão dos planteis de Girolando nesses países. Para o Brasil, a medida representa a ampliação do mercado externo para a raça, que foi desenvolvida por criado52 O ZEBU
res brasileiros por meio de cruzamento entre as raças Gir e Holandesa, a partir da década de 1940. Reconhecido oficialmente como raça pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento desde 1996, o Girolando é responsável por 80% da produção nacional de leite no Brasil. Outro acordo assinado durante o Congresso Internacional foi com o Governo de Minas, por meio da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Estado, Epamig e Emater. As propriedades assistidas pelo programa Minas Pecuária e as fazendas experimentais da Epamig passarão a receber gratuitamente doses de sêmen de touros participantes do Teste de Progênie da raça. Com a presença de mais de 500 pessoas de 12 países, o Congresso Internacional de Girolando contou com palestras de especialistas do Brasil, Bélgica, Venezuela, Guatemala e Bolívia que apresentaram as novidades tecnológicas da pecuária leiteira. Também foram apresentados 25 trabalhos
científicos sobre a raça na Sessão de Pôsteres. A vencedora foi a pós-doutoranda do Departamento de Zootecnia da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias (UNESP) Lívia Carolina Magalhães Silva com o trabalho “Boas práticas de manejo e suas influências no bem-estar de bezerros leiteiros”. Além das palestras, o evento teve visitas às fazendas que selecionam Girolando, a Fazenda SS Riacho e a Fazenda Shangrilá. Entre as autoridades presentes ao evento estavam: o vice-governador de Minas Gerais Antônio Eustáquio Andrade Ferreira, os secretários de Estado de Minas Gerais João Cruz (Agricultura), José Afonso Bicalho (Fazenda), Altamir Rôso (Desenvolvimento Econômico), o deputado estadual Fabiano Tolentino, o presidente da FAEMG Roberto Simões, dentre diversas outras autoridades. O Congresso contou com o patrocínio da Phibro, Embaré, Itambé, Senar, Fazendas do Basa, ABS Pecplan, Linkgen, Alta Genetics, Matsuda e Tortuga DSM.
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Foto: JM Matos
Brahman
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UberBrahman inicia pesquisa sobre facilidade de parto Um amplo estudo sobre a facilidade de parto está sendo realizado na Fazenda Morro Alto II, em Uberlândia, no Triângulo Mineiro. Dados de fenótipo, genealogia e genótipos coletados durante oito anos estão sendo compilados e analisados. A sistematização de todas das informações está a cargo da Drª. Fernanda Rezende, professora de Melhoramento Animal da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e do Dr. José Bento Sterman Ferraz, professor titular de Genética e Melhoramento Animal da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos da Universidade de São Paulo (USP). Após a maciça utilização de touros campeões de exposições na década passada e, atualmente, dos de destaque nas características relacionadas a ganho em peso, foi observada uma crescente preocupação em evitar os problemas de parto no rebanho, em especial nas novilhas desafiadas cada vez mais jovens, visando encurtar o ciclo da pecuária.“A facilidade do parto é uma característica econômica muito importante na pecuária e nesta pesquisa estamos buscando associar vários fatores aos melhores resultados”, esclarece Ferraz. A fase atual da pesquisa abrange dados coletados em 2.684 animais que, após os primeiros filtros, cerca de 1.400 animais filhos de 100 touros e 360 matrizes já integram o banco de dados principal. “A quantidade de dados coletados para diversas características produtivas é muito vasta no UberBrahman. Transformar estes dados em informações de qualidade é o nosso desafio”, afirma a professora Fernanda Rezende. 54 O ZEBU
mais espertos. Porém, até na desmama se desenvolvem de maneira surpreendente e superam, definitivamente, os demais. É realmente uma grande evolução”, conta Maia. O peso ao nascimento, até agora, parece ser o fator mais importante relacionado à facilidade de parto. A pesquisa já permite afirmar que alguns touros, de fato, geram bezerros mais leves que outros, conforme mostrado na tabela a seguir.
Trabalhos como este esbarram em dois obstáculos importantes: o primeiro a coleta de dados, que geralmente não é feita de forma correta e a obtenção das informações genômicas, que têm custo muito elevado para o produtor. “Em alguns países desenvolvidos, a facilidade de parto é o fator preponderante na escolha da melhor genética a ser utilizada precisávamos encarrar isso em algum momento para informar com maior segurança nossos clientes”, afirma Aldo Valente Jr., titular do UberBrahman. “Falamos muito em percentual de prenhes atualmente, certamente passaremos a falar em bezerros nascidos ou até em desmamados. É mais objetivo e assertivo”, prossegue Valente. Há muitos anos, os acasalamentos realizados no rebanho UberBrahman consideram a facilidade de parto como critério de escolha do reprodutores. O Brahman Araguaia, do tradicional pecuarista Charles Maia, utiliza a raça Brahman em 100% do rebanho PO e Comercial. Charles é sócio do touro Mr. UBER Araguaia, PNAT e Líder do Sumário da raça Brahman em 2013. Recentemente, o criador passou a utilizar genética selecionada para a facilidade de parto. “No começo ficávamos assustados com os bezerros nos primeiros dias, pois eram muito menores do que estávamos habituados e
TOURO
DEP (KG)
ACURÁCIA
NÚMERO DE PROGÊNIES
189
-2,81
0,68
17
IMPE57
-1,42
0,80
36
UBER182
-1,31
0,90
82
UBER274
-0,56
0,75
16
UBER153
-0,37
0,92
133
UBER353
-0,17
0,86
48
UBER336
-0,03
0,82
31
UBER461
0,01
0,78
20
557
0,48
0,92
182
UBER653
0,54
0,75
15
QERJ1563
0,67
0,82
32
761
0,79
0,82
48
Tabela 1. DEP para peso ao nascimento, acurácia da DEP, número de progênies de touros avaliados no UberBrahman.
“Os primeiros resultados demonstraram que vale a pena prosseguir na investigação. Como próximos passos, vamos incluir informações de partos distócicos, vigor ao nascimento e marcadores genéticos”, esclarece Fernanda Rezende. Os criadores e pesquisadores envolvidos neste projeto têm como meta lançar até o final de 2016 conclusões que gerem resultados capazes de serem disponibilizados comercialmente ao mercado e, assim, compartilhar com os demais pecuaristas.
O UberBrahman é um condomínio formando pelos pecuaristas Aldo Valente Jr. e Carlos Balbino, que vem há cerca de 12 anos pesquisando características econômicas importantes na raça Brahman. A marca já tem grande reconhecimento, inclusive internacional e mantém Cooperação Técnica com diversas entidades, inclusive universidades. Participa do PMGZ, já tendo promovido inúmeras iniciativas técnicas em parceria com a ABCZ.
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Foto: JM Matos
Tabapu達
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O ZEBU Tabapuã
Dia de Campo demonstra o avanço genético e as tendências do Tabapuã Por Thassiana Macedo • Fotos: Carlos Lopes
A Associação Brasileira de Criadores de
racterísticas habilidade materna, docilidade,
Tabapuã (ABCT) promoveu no final de
excelente conformação e acabamento de
avaliações de carcaça por ultrassonografia,
Hoje existe mais de um milhão de cabeças da raça Tabapuã espalhadas para por todo o território brasileiro”
avaliações genéticas e apresentação dos re-
da raça Tabapuã espalhadas para por todo
bre as avaliações genéticas e as tendências
sultados da raça no CP.
o território brasileiro. Precisamos divulgar
para o Tabapuã no Centro de Performance
Mais de 70 pessoas estiveram presentes,
o nome da raça dentro e fora do país. Para
foi ministrada pelo consultor da GenSys,
entre profissionais, pecuaristas e admirado-
isso, contamos com a participação de todos
Roberto Cavalheiro. O ciclo foi encerrado
res da raça Tabapuã. Na abertura do evento,
e de eventos como este. A raça Tabapuã, a
pelo especialista Jean Pimenta da CRV La-
o presidente da ABCT, Marcelo Ártico, fez
mais testada em provas de ganho de peso
goa que apresentou os resultados obtidos
questão de ressaltar os pontos fortes da raça.
oficializadas pela Associação Brasileira de
pelo Tabapuã no CP.
“Hoje existe mais de um milhão de cabeças
Criadores de Zebu (ABCZ), tem como ca-
novembro, o Dia de Campo Tabapuã no Centro de Performance (CP) CRV Lagoa, na sede da central de inseminação, em Sertãozinho, São Paulo. O evento contou com palestras técnicas sobre o futuro da raça,
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carcaça”, destaca. Edson Azevedo da Fazenda Copacabana deu início às palestras comentando sobre os rumos da raça Tabapuã. O especialista Yuri Fargalla demonstrou as avaliações das carcaças por ultrassonografia. A palestra so-
Logo após as palestras, os participan-
tes foram conhecer de perto os exemplares da raça, em especial os campeões Orto do Gregg de Márcio Henry Gregg, e Acelerado das Nascentes de Eldney José Carvalho, que finalizaram o ano de 2015 contratados para integrar a bateria de reprodutores da CRV Lagoa. Para o gerente da CRV Lagoa, André Silva, o evento demonstrou o futuro que a raça pode oferecer em termos de produção e rentabilidade. “O Dia de Campo da
ringer (Nelore); S2 Prime Cut 1450 Priori-
O Dia de Campo da raça Tabapuã foi uma oportunidade única de apresentar e divulgar o resultado que os animais obtiveram”
ty 7283 da Agropecuária HJ SA, Rana 078 Inhanduí 743 502 de Rodrigo Arnt e Nilo Arnt, e Orfeu da Fumaça 817 da Agropecuária Fumaça Ltda (Angus); Palmeira 1904 de Cláudio Plácido Silva Ribeiro e Bacharel AS 609 de Santa Alice 1146 de Sucessão Armando A. Ribas (Devon); Motrisa 9079, de Moinhos de Trigo Indígena SA e Mãe Rainha P05 Metralha, de Agronegócios Mães Rainha (Braford); Protheus da 3G Senepol
raça Tabapuã foi uma oportunidade única
criadores, de 10 estados brasileiros, das raças
FIV de Paulo Garcia, Fênix da Koelpe de
de apresentar e divulgar o resultado que os
Nelore, Tabapuã, Sindi, Senepol, Angus,
Érik Petter, OV Alasca FIV de Kélvio Silva,
animais obtiveram após, praticamente, 200
Braford e Devon. Os destaques do CP CRV
da Ouro Verde Agropecuária (Senepol); e
dias de prova, após praticamente 200 dias
Lagoa que também foram contratados fo-
Gheru Porangaba, de Felipe Miguel Ronca-
de prova. Esse evento nos mostra o quan-
ram: Heringer Musgo, de Dalton Dias He-
ratti Curi (Sindi).
to a prova CP Lagoa é importante para a identificação de animais com alto potencial e, assim, disseminar essa genética de forma a contribuir com a pecuária nacional. O Dia de campo contou a participação efetiva da ABCT que faz um trabalho primoroso no fomento da raça Tabapuã”, ressalta. O Dia de Campo do Tabapuã fechou com chave de ouro a edição 2015 do Centro de Performance CRV Lagoa. Ao longo do ano, participaram 451 animais de 60
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O ZEBU Tabapuã
Lista de pré-classificação para o PNAT 2016 conta com 830 animais Tabapuã Foto: Carlos Lopes
(Sistema de Avaliação Genética).
O sistema de avaliações da ABCZ
O índice exigido nessa fase é o de
destacou um total de 16.883 indivídu-
top 5% para o Nelore e o Nelore Mo-
A próxima fase do PNAT é avalia-
os de 8 raças zebuínas aptos a participar
cho e de 10% para as demais. Os tou-
ção visual dos animais que será exe-
do PNAT (Programa Nacional de Ava-
rinhos pré-selecionados pertencem a
cutada por um técnico de campo da
liação de Touros Jovens) 2016. Na di-
criatórios participantes do PMGZ, no
ABCZ. Os criadores que têm animais
visão por raças são 14.513 animais Ne-
módulo completo, em todas as regiões
pré-selecionados e estão interessados
lore, 830 Tabapuã, 662 Nelore Mocho,
do país. Os criadores participantes do
em participar do programa, devem en-
478 Guzerá, 336 Brahman, 35 Gir, 25
PMGZ já podem consultar a relação
trar em contato com a ABCZ, na sede
Sindi e quatro Indubrasil.
de seus animais candidatos pelo SIAG
ou nos escritórios técnicos regionais
60 O ZEBU
Os criadores devem ficar atentos aos índices de avaliação genética pois de acordo com o regulamento do PNAT, se o animal candidato obtiver iABCZ com TOP superior a 20%, o mesmo não poderá seguir para a próxima fase” para agendar uma visita na propriedade. A avaliação visual dos animais pode ser realizada até o mês de julho de 2016. Os criadores devem ficar atentos aos índices de avaliação genética que a ABCZ divulgará no 1º semestre de 2016, pois de acordo com o regulamento do PNAT, se o animal candidato obtiver iABCZ com TOP superior a 20%, o mesmo não poderá seguir para a próxima fase. A lista completa por raça está disponível no site da ABCZ item PMGZ, acesse o link www.abcz.org.br/Home/ Conteudo/24158-Pre-Selecionados-PNAT-2016.
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O ZEBU Tabapuã
Parceria prevê divulgar o Zebu em feira do Paraná Por Thassiana Macedo - Foto: Divulgação
Em 2015, um total de 480 expositores da 27ª Show Rural Coopavel, realizada em Cascavel (PR), receberam a visita de mais de 230 mil pessoas. Visando aproveitar este cenário, o presidente da Associação Brasileira de Criadores de Tabapuã (ABCT), Marcelo Ártico, se reuniu com dirigentes da ABCZ (Associação Brasileira dos Criadores de Zebu) e representantes da Coopavel Cooperativa Agroindustrial, para propor parceria de participação. Em cinco dias, a edição da feira ultrapassou a marca dos R$ 2 bilhões em volume de negócios, superando em 20% a movimentação financeira registrada na edição anterior, realizada em 2014. Por isso, segundo Ártico, o objetivo é levar informações sobre a excelência genética do Zebu aos pecuaristas daquela região, 62 O ZEBU
Através desta iniciativa, teremos o marco para um futuro promissor na promoção do Tabapuã” onde a predominância comercial é o gado europeu, durante a próxima edição da Show Rural Cooperativa Agroindustrial que acontecerá de 1 a 5 de fevereiro de 2016. Conforme o presidente da ABCT, Marcelo Ártico, a proposta apresentada à ABCZ é para que exemplares modelos de touros e matrizes sejam levados para exposição ao público visitante. Além disso, ficará à cargo do Programa de Melhora-
mento Genético de Zebuínos (PMGZ) oferecer palestras sobre o projeto desenvolvido pela ABCZ junto aos criadores. “Através desta iniciativa, conjunta com o criador de Tabapuã Henrique Stofela, teremos o marco para um futuro promissor na promoção da raça Tabapuã e demais raças zebuínas também na região sul do Brasil”, esclarece Marcelo Ártico. Estiveram presentes nesta reunião o superintendente Comercial e de Marketing da ABCZ, Juan Lebron; o gerente comercial do PMGZ, Cristiano Botelho; o gestor de pecuária da Coopavel, Marcos Teixeira; o presidente da ABCT, Marcelo Ártico; o médico veterinário da DSM Tortuga e criador Henrique Stofela e o superintendente técnico da ABCZ, Luiz Antonio Josahkian.
Sindi
O ZEBU
Camparino amor e dedicação
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O ZEBU Sindi
Camparino aposta na rusticidade e fertilidade do Sindi Por Sabrina Alves • Fotos: Arquivo Pessoal
Uma das regiões com maior concentração de Nelore no país, Mato Grosso, passou a voltar os olhos para a raça Sindi, que já começou a apresentar excelentes resultados. Um dos criadores que passou a investir na raça também conhecida como “Zebu Vermelho” foi José Humberto Vilela Martins, da Fazenda Camparino, que fica em Cáceres, no sul do estado. O pecuarista, um verdadeiro apaixonado pelo que faz, nasceu em Ituiutaba, no pontal do Triângulo Mineiro e foi criado em Goiás, outro berço da pecuária nacional. Ele faz parte da quinta geração de uma 64 O ZEBU
família dedicada ao agronegócio e, como ele mesmo diz, “não nasceu para outra coisa a não ser a pecuária”. O amor e a dedicação pela Fazenda Camparino, uma das maiores referências dentro da raça Nelore e Gir Leiteiro, começou no início da década 90, onde o criador passou a concentrar, ao lado da esposa, todos os seus investimentos. A raça Sindi entrou para o plantel da Camparino há cerca de quatro anos, depois de uma visita feita a um amigo que tem fazenda em Jataí, no sudoeste de Goiás, que estava criando o Sindi e com bons resulta-
dos. “Tive a oportunidade de conhece-la durante uma visita a uma fazenda em Jataí, quando fui comprar vacas Nelore. Aquilo foi bem no pico da seca, em meados de agosto para setembro e, mesmo assim, os animais Sindi estavam gordos e isso me chamou muito a atenção. O dono dos animais chegou a falar comigo que aquele gado não emagrecia por nada. Fiquei tão empolgado que já encomendei um caminhão de fêmeas. Eu falei que voltaria em 30 dias e voltei mesmo, e a partir daí, fui comprando mais e em 30 dias comprei 105 cabeças. Encerrei
as primeiras compras no Adaudio Castilho. Comecei a fazer FIV há três anos e hoje, o plantel já conta com 300 fêmeas”, relata. RESULTADOS José Humberto diz que o seu objetivo era atingir um animal que ao desmamar tivesse cerca de 50% do peso da mãe e até então isso não havia sido possível. “É normal na raça Sindi a bezerrada desmamar com cerca de 60% do peso da mãe. A vaca é pequena, mas o bezerro é grande e isso representa um lucro real, nítido aos olhos
Essa é uma raça muito sólida, muito consistente com um bom rendimento e nenhuma outra raça consegue fazer isso”, diz. Em quatro anos, o criador conseguiu triplicar o seu rebanho de fêmeas e machos, todos PO. “Estou preparando os animais para colocar numa área da fazenda que o Nelore não se adaptaria e com certeza o Sindi aceitará muito bem. A minha proposta para os próximos anos é focar na venda dos machos. Para isso, acabei fazendo alguns cruzamentos, mas apenas para amostragem. Fiz uma pequena quantidade de cruzamentos de Sindi com vacas Nelore PO e Novilhas Red Angus, que também cruzei com o Sindi PO. Tenho uma amostragem de aproximadamente 50 produtos. Porém, o meu foco é um rebanho 100% PO”, informa. “Essa é uma raça muito sólida, muito consistente com um bom rendimento. Fora a sua rusticidade, que não é encontra-
da em nenhum outro zebuíno. Quem tiver dúvida é só conferir os animais que vivem no nordeste”, reforça. CAMPARINO Referência para a pecuária Nacional, a fazenda Camparino é responsável por um dos leilões mais vistos e quistos no país, o “Leilão Naviraí Camparino” que esse ano ultrapassou a média de R$20 mil, fazendo uma das maiores vendas do ano. O evento organizado por Claudio Sabino de Carvalho Filho e José Humberto Vilela encerrou a 8ª ExpoGenética e marcou a sua 17ª edição. Esse ano o protagonista da noite foi o reprodutor da raça Nelore, Diferente da Camparino, adquirido 50% por Zezé Di Camargo, Nelore É O Amor. Filho do Teatro do JHV em vaca B8709 da MN, o animal foi capa da edição 213 da Revista O Zebu no Brasil. “Ele ganhou esse nome porque deste pequeno todos falavam que ele era um animal diferente dos demais. E com isso não poderia ser batizado com outro nome a não ser como Diferente”, comenta José Humberto. O sucesso já alcançado no leilão está sendo estudado para 2017, quando José Humberto pretende colocar à venda seus
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O ZEBU Sindi principais exemplares da raça Sindi. “Gosto de entrar firme em tudo o que eu faço. Esse trabalho com a Naviraí, pertencente ao meu primo e amigo, Claudio, é muito aceito pelo mercado. Trocamos muitas ideias de como se deve fazer um Nelore correto e isso tem sido aceito pelo mercado. Para 2017 estou programando o primeiro leilão Sindi da Fazenda Camparino. Mas tudo isso tem que ser muito bem estudado, gosto de tudo muito certo, sem brincadeira!”, diz. Mesmo com pouco tempo de criação, o pecuarista diz que a raça Sindi é promissora. Mesmo sendo a raça mais antiga dentro do Zebu, ela entrou tímida e vem ganhando o seu espaço de maneira grandiosa. “Tenho muito medo das coisas que acontecem com muita euforia, com muito entusiasmo. Já vi outras raças decolarem com muita rapidez e acabarem caindo por inconsistência. O Sindi está no ritmo certo, bem consistente, bem consciente”.
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“Eu estou satisfeito e quem convive comigo também. Ao contrário do que aconteceu quando cheguei à fazenda com os primeiros animais e os empregados da fazenda me perguntaram o que eu iria fazer com aquele ‘gadinho’. Hoje estão todos entusiasmados, tanto quanto eu”, completa. Além do Sindi, Nelore Padrão e Mocho e do Gir Leiteiro, José Humberto in-
veste ainda em cavalos Quarto de Milha para competição. Para ele, “o gado tem de ser bonito e funcional; dócil e sempre muito fértil, com precocidade, produtividade e rusticidade”. Sua equipe de profissionais mantém a qualidade do plantel que é todo voltado para programas de Melhoramento Genético, o que segundo o dono da Camparino, “agrega valores e fortalece a raça”.
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Sindi quebra recordes em Natal Sabrina Alves • Colaboração Arthur Targino • Fotos: Arthur Targino
Criadores da raça Sindi participaram, entre os dias 10 e 17 de outubro, da 8ª Exposição Nacional da raça realizada em Parnamirim, durante a 53ª Festa do Boi promovida pela Associação Norte Rio-Grandense ANORC. Com a participação expressiva de 260 animais, o número resultou na quebra de recorde de participação no evento. Os principais exemplares da raça lotaram as pistas do Parque Aristófanes Fernandes e de acordo com a ANORC, o balanço final foi excelente, principalmente, em tempos de crise vivida no país. Criadores e expositores de importantes exemplares da raça Sindi colocaram seus animais para concorrer em diversas categorias, entre essas a de Melhor Fêmea e Melhor Macho; Melhor Criador e Melhor Expositor. O momento foi propício ainda para a promoção do leilão Sindi Estrelas, que foi o remate oficial da raça neste ano.
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JULGAMENTOS As pistas foram comandadas pelo trio de jurados da ABCZ, Marcel Araújo, Marcelo Toledo e José Eduardo dos Anjos, que escolheram os melhores animais no julgamento oficial. Todos os 260 animais inscritos foram Puros de Origem, o que mostrou as qualidades reais dos competidores nas pistas do Rio Grande do Norte, um dos estados com mais adeptos à criação Sindi no país. O título de grande campeão ficou com Capeleto AJCG 199 (Filho de Suspiro E e Paola FIV da Estiva), do expositor rio norte-grandense Josemar Franca e do criador Adaldio José de Castilho, responsável pela fazenda Reunidas Castilho, um importante criatório localizado em Novo Horizonte, no interior de São Paulo. Já o título de Reservado Grande Campeão ficou com o macho Alexander FIV LFVS 15, do expositor e criador Caroatá Agronegócio S/A, de Pernambuco. A Grande Campeã da exposição foi Condessa WMSS 22 (Filha do reprodutor Quati P e Duna E), do expositor e criador Waldemi Marinho dos Santos, do Rio Grande do Norte. Já Espiga FIV Cariri, foi escolhida a Reservada Grande Campeã e pertence ao expositor Josemar França e criação da cearense Maria do Socorro Martins Lira. A dupla aptidão do Sindi foi comprovada ainda durante o Torneio Leiteiro, também realizado durante a Festa do Boi.
Ao todo participaram da competição 54 fêmeas que foram testadas durante quatro dias com duas ordenhas diárias. A melhor ordenha produzida do Campeonato Fêmea Jovem ficou com História RV Rainha, com a média de produção de 15.374 kg/dia, totalizando 53.715 kg de leite produzidos. A Fêmea pertence ao plantel do criador Pompeu Gouveia Borba. Entre as Vacas Jovens, o título de melhor produção ficou com a fêmea Felicidade, do criador paraibano Manoel Dantas Vilar Filho, que terminou a competição com produção de 66.040kg de leite e com a média de 18.869 kg/dia. Já a fêmea Aspirina P (Filha do reprodutor Burgues E x Xarqueada P), pertencente a Pompeu Borba e do expositor Caroatá Agronegócio, sagrou-se Campeã Vaca Adulta, com
produção de 123.040kg/ dia, com a média de produção que atingiu 35.154kg em um único dia. Borba mais uma vez teve seu nome entre os melhores da feira. O criador foi consagrado o Melhor Criador. O título de Melhor Expositor, ficou com Josemar França. LEILÕES O 13º Leilão Sindi Estrelas finalizou com a média de R$12.9 mil de comercialização entre as fêmeas e quase R$8.5 mil para a venda dos machos. A protagonista da noite foi Duna FIV, que foi vendida por R$55.2 mil. O evento faz parte da programação de atividades da Associação Brasileira de Criadores de Sindi, presidida pelo criador Ronaldo Bichuete, que fez um balanço muito positivo dos resultados apresentados no evento.
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A Produção In Vitro (PIV) de Embriões
na Raça Sindi (Bos taurus indicus) O principal objetivo da produção in vitro (PIV) de embriões é obtenção de embriões viáveis a partir de fêmeas de alto valor genético, além de viabilizar a utilização do sêmen sexado (Santl et al., 1998). Contudo, ainda existem poucos estudos relacionados a produção in vitro de embriões na raça Sindi, considerando-se a relevância genética de doadoras de oócitos dessa raça e a importância da mesma para o real cenário da pecuária brasileira. Martins et al. (2014) realizou um estudo com o objetivo de avaliar o efeito da estimulação ovariana com o uso de FSH (Hormônio Folículo-Estimulante), sobre a maturação e competência de oócitos obtidos por OPU (ovum pick-up ), e as taxas de clivagem e blastocisto em 14 fêmeas da raça Sindi. Neste estudo, os autores utilizaram três tratamentos, sendo tratamento 1 (T1) remoção do folículo dominante com uso de doses múltiplas de FSH, T2 remoção do folículo dominante e FSH em dose simples e TC ou grupo controle. O número de folículos aspirados por vaca não diferiu entre os grupos com FSH, havendo diferença estatística apenas entre os grupos T2 e TC, sendo T2 superior a TC (11,36±1,39; 12,52±1,81 e 8,7±0,74 respectivamente) (P<0,05). Para os oócitos recuperados por vaca, T1 (9,76±1,32) e T2 (9,81±1,83) não diferiram entre si, mas ambos foram superiores a T3 (6,3±0,82) (P<0,05). O número de oócitos maturados foi superior para os grupos com FSH, mas houve semelhança entre os grupos T1 e TC (6,72±1,04; 7,33±1,32 e 4,45±0,51) (P<0,05). Para as taxas de clivagem (87%, 74% e 69%, respectivamente para T1, T2 e TC) e blastocisto (33%, 35% e 32%, respectivamente para T1, T2 e TC), não houve diferença significativa (P<0,05), indicando que os tratamentos com FSH foram eficientes para melhorar o número de folículos aspirados e oócitos recuperados e maturados, mas não foi eficaz em promover a aquisição da competência ovocitária refle-
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tida nas taxas de clivagem e de blastocisto, sendo necessários mais estudos. Mello et al. (2015) avaliaram sessões de aspiração folicular (OPU) em 152 fêmeas da raça Sindi e obtiveram 11793 oócitos recuperados, dos quais 7972 foram considerados viáveis, resultando em 2820 embriões que chegaram até o estágio de blastocisto. O número médio de oócitos recuperados, viáveis, degenerados, e de embriões clivados e blastocistos foram 27,17, 18,37, 8,80, 12,33 e 6,50, respectivamente. O maior número de oócitos viáveis detectados neste trabalho foi de 86 estruturas, embora doadoras zebuínas possam ter uma mais alta produção oocitária, com mais 100 estruturas em uma única
Nas palavras de vários técnicos, entendedores de Nelore, e por nós da Cass Nelore, Flagra é um verdadeiro símbolo da raça Nelore”
aspiração (Seneda, 2010; Silva et al., 2015). As médias de oócitos recuperados e viáveis obtidas para a raça Sindi mostraram-se equivalentes às apresentadas para as raças zebuínas, no entanto não são passíveis de serem comparadas. Os valores de PIV obtidos para a referida raça podem ser úteis para se caracterizar essa produção, já que poucos trabalhos descrevem a produção in vitro de oócitos e embriões na raça Sindi. Portanto, não coube aqui a comparação das médias entre raças ou entre estudos, pois sabe-se que as possíveis diferenças podem ser atribuídas a diversos fatores, incluindo condições fisiológicas dos animais tais como idade e produção de leite, procedimentos de aspiração folicular, manejo alimentar e nutricional e clima. A média de embriões clivados e blastocistos obtidos para a raça Sindi encontrou-se próxima à relatada para doadoras Bos taurus indicus, obtendo-se até 32 estruturas por aspiração. No entanto, conforme mencionado anteriormente, não coube aqui uma comparação, já que as diferenças entre raças e estudos são significativas. De qualquer forma, os resultados obtidos podem ser promissores e animadores, o que permite validar a utilização desta tecnologia em vacas da raça Sindi, destacando o seu potencial para a PIV. Desse modo, baseado em estudos prévios, pode-se afirmar que matrizes da raça Sindi são boas doadoras de oócitos para um programa de PIV, e este maior número de oócitos pode refletir em uma maior produção de embriões e prenhezes. De acordo com Pontes et al. (2010), estes dados devem ser considerados positivos e tornam viáveis a aplicação comercial em larga escala da técnica de produção in vtitro na raça Sindi, e sugere-se que seja realizada uma prévia seleção de doadoras e de touros para um melhor aproveitamento desta técnica. Por Raquel Rodrigues Costa Mello Médica Veterinária, Mestre em Ciência Animal Doutoranda em Ciência Animal, DRRA, IZ, UFRRJ
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Foto: JM Matos
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ExpoZebu
2016 terá Seminário Internacional da raça Indubrasil Por Thassiana Macedo • Fotos: JM Matos
A programação da 82ª ExpoZebu, que em 2016 será realizada entre os dias 30 de abril e 7 de maio, em Uberaba, Minas Gerais, e será ainda mais valorizada com a realização do 1º Seminário Internacional da Raça Indubrasil: Zebu Mundial. O Seminário será promovido pela Associação Brasileira dos Criadores de Indubrasil (ABCI), no dia 5 de maio, no Salão Nobre da ABCZ e contará com o apoio da entidade, do PMGZ (Programa de Melhoramento Genético de Zebuínos), Brazilian Cattle e da Fazu (Faculdades Associadas de Uberaba). “Na ExpoZebu 2015, realizamos o primeiro seminário da raça e foi um grande sucesso. Agora, devido ao elevado interesse dos criadores de outros países sobre a raça Indubrasil, iremos ampliar o evento durante a ExpoZebu 2016”, afirma o presidente da ABCI, Roberto Fontes de Goes. Pela programação, serão abordados vários temas em palestras previstas para ocorrer no período da manhã e à tarde serão realizadas mesas-redondas para debater o tema Indubrasil Mundial. As discussões contarão
com a participação de representantes de todos os países participantes que terão lugar à mesa para apresentar propostas para o desenvolvimento, a divulgação e as novas perspectivas da raça. Segundo o presidente da entidade, será confeccionada uma carta de intenções para o futuro do Indubrasil. Haverá ainda a participação de estudantes de universidades brasileiras e dos países convidados, com cursos ligados ao setor. De acordo com o diretor da ABCI, Djenal Queiroz Neto, o objetivo do seminário é reunir criadores e técnicos do Brasil e exterior para debater sobre a raça, seu melhoramento genético no mundo e sobre seu desempenho e a função do Indubrasil na pecuária mundial. A realização do Seminário Internacional integra os trabalhos de promoção da raça do Programa de Incentivo à Raça Indubrasil, que tem como plano de ação a divulgação da raça, criação de um banco de sêmen, produção de um livro sobre o Indubrasil, renovação do site da ABCI, a publicação da Revista Indubrasil, bem como a realização de pesquisas com a raça e seus cruzamentos.
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Cass a arte em criar O ZEBU A
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Seleção de Campeões Cass Nelore e Cass Mangalarga
Por Sabrina Alves Fotos: Arquivo Pessoal
Um dos principais selecionadores da raça Nelore, hoje, se mostra também, como um dos mais importantes criadores de cavalo Mangalarga do país. Cassiano Terra Simão, consagrado criador e empresário, comemora o ano de 2015 e fecha o ciclo como o melhor mangalarguista do país e está entre os melhores criadores de 76 O ZEBU
Nelore pelo Ranking 2014/2015. As conquistas são frutos de um árduo trabalho e investimento que Cassiano vem fazendo nos últimos anos. Sempre focado, ele conta com o profissionalismo e capacitação de uma equipe formada por consultores e colaboradores que são fundamentais para os resultados atingidos.
Todas as fazendas estão localizadas no interior de São Paulo), um importante polo da pecuária Nacional. Entre elas está a Fazenda Jardim, que fica em São José dos Campos, onde se concentra parte da seleção da Cass Mangalarga. A Fazenda Porto Velho, em Araraquara, é focada na seleção da Cass Nelore e pro-
dução de cana-de-açúcar, outro investimento de Cassiano. Já a Fazenda Santana do Rio Abaixo, também em São José dos Campos, foi a primeira aquisição e, atualmente, é destinada ao desenvolvimento imobiliário, atividade que o empresário investe há muitos anos. A fazenda Santa Clara, em São José dos Campos, também integra parte da seleção de gado de corte e integra seus negócios imobiliários. Todo o investimento feito pelo pecuarista vem tendo resultados e parte deles é comprovado pela Associação dos Criadores de Nelore do Brasil (ACNB). Durante a Nelore Fest, uma das maiores premiações da pecuária nacional e chamada entre os neloristas de “O Oscar da Pecuária”, celebra o encerramento do Ranking Nacional e Cassiano, mais uma vez, ficou entre os melhores do ano. Na lista de premiações está o título de Melhor Criador, com a Medalha de Ouro no Ranking Paulista; Medalha de Ouro na Categoria Melhor Criador e Expositor Nelore pela Copa Paraná-São Paulo; Medalha de Ouro na categoria Melhor Reprodutor Nova Geração Nelore – Nasik FIV Perboni; Medalha de Bronze na categoria Melhor Criador Nelore pela Liga dos Campeões e 5º Colocado na Categoria Melhor Expositor Nelore, também pela Liga dos Campeões. “A ARTE EM CRIAR” É com esse slogan que Cassiano e toda a sua equipe se dedica dia e noite para manter o padrão conhecido e reconhecido pelo mercado. A Cass Nelore está entre os cinco principais planteis do Brasil, sempre focado no trabalho sério e profissional dentro da pecuária nelorista. Os dois maiores destaques do plantel e também em nível nacional da Cass Nelore é Flagra TE SJ Cocal e Nasik. Os dois exemplares da raça Nelore são reconhecidos pela sua qualidade genética, marca
registrada da seleção de Cassiano. Flagra é considerada a rainha da Cass Nelore e descende da família feita pela
Nas palavras de vários técnicos, entendedores de Nelore, e por nós da Cass Nelore, Flagra é um verdadeiro símbolo da raça Nelore”
avó, a grande campeã Ryatna da Sabiá e seu pai Big Ben. A fêmea já foi 13 vezes Grande Campeã, destaque nas exposições de Araçatuba, Avaré, Brasília, Campo Grande, Goiânia, Jacareí, Passos, Ribeirão Preto, Bauru, Expoinel MS, Expoinel GO, Salvador e São José do Rio Preto. Além de ter sido consagrada Bicampeã Melhor Fêmea Adulta nos Rankings Nacionais de 2006/2007 e 2007/2008, e também Reservada Campeã Nacional Expozebu e Expoinel em 2007.
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O ZEBU Equinos “Nas palavras de vários técnicos, entendedores de Nelore, e por nós da Cass Nelore, Flagra é um verdadeiro símbolo da raça Nelore. Matriz com beleza racial e desempenho. Nas pistas se comprova também matriz ganhadora de progênies nacionais com excelentes produções com diferentes raçadores como Condessa e Coliseu (Basco), Lenda e Lutador Fiv Cass (Nasik e Gandhi, respectivamente)”, conta a zootecnista da Cass Nelore, Vírginia Leal. Outro destaque é Nasik FIV Perboni. O reprodutor vem ganhando grande repercussão no cenário pecuário nacional. Pertencente ao rebanho Cass Nelore em parceria com a Ipê Ouro, do pecuarista João Marcos Borges, Nasik é um dos maiores vendedores de sêmen da atualidade. Grande Campeão Expoinel 2012, já tem filhos campões de pista das melhores exposições. Um dos seus filhos foi consagrado Grande Campeão da Exposição de Goiânia 2015: o Emmo FIV DGSA, outro filho Sikandra FIV Ipê Ouro Reservado Grande campeão de Araçatuba 2015. No Ranking 2014/2015, sagrou-se como Melhor Reprodutor Nova Geração como Medalha de Ouro e sem dúvida, “vem ser uma nova opção para criadores de Nelore”, como destaca Leal. PROGRAMAS DE MELHORAMENTO GENÉTICO O foco da Cass Nelore é o de criar animais com excelência genética e por isso, os trabalhos dentro de programas de melhoramento genético estão entre as prioridades da seleção. “O nosso objetivo é selecionar animais com beleza racial aliada às características produtivas. Para isso utilizamos as ferramentas disponíveis. A primeira são os programas de Melhoramento Genético, onde utilizamos o PMGZ (Programa
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de Melhoramento Genético de Zebuínos) aliado ao ‘olho humano’. Por meio de uma análise individual dos animais fazemos acasalamentos dirigidos e depois avaliações das progênies. Fertilidade, habilidade materna, peso em carcaça com musculosidade bem distribuída, docilidade e longevidade são características em pauta constantes no rebanho Cass Nelore. E, aliado a tudo isso, temos um manejo nutricional observando as necessidades
específicas dos animais e manejo sanitário seguindo normas para tentarmos atingir o máximo de qualidade”, explica Virginia. CASS MANGALARGA Desde 2011, Cassiano e sua equipe de profissionais passaram a investir na criação de cavalos Mangalarga. Os exemplares estão alojados na Fazenda Jardim, do grupo Terra Simão, em São José dos Campos. Assim como no Nelore, o investimento da raça Mangalarga recebeu o
Nome de Cass Mangalarga, mantendo o slogan: “a arte em criar”. O ano foi determinante para a evolução da seleção que conquistou a 1ª colocação no Campeonato de Mangalarga, o principal do país. “O Grande Campeonato Nacional Cavalo obtido pelo Ferragamo da Piratininga (T.E.) aconteceu durante a 37ª Exposição Nacional do Cavalo Mangalarga realizada em Londrina (PR). Esse é o maior sonho de qualquer mangalarguista. Conquistamos também os títulos de Grande Campeã Nacional Égua 2013 com Típica do Otnacer, Grande Campeã Nacional Potranca 2013 com Carioca ACF (T.E.), Grande Campeã Égua da Copa de Andamento 2014 com Faceira NLB (T.E.) e premiações significativas que comprovam que estamos tendo sucesso na estratégia de aquisição de animais para formação de nosso plantel”, comemora o gerente da Cass Mangalarga, Thom D’Angieri.
Thom conta que a segunda geração da criação Cass Mangalarga já atingiu suas primeiras conquistas, comprovando o trabalho que vem sendo feito. “Isso tudo é muito gratificante e de igual significância para o nosso trabalho de melhoramento zootécnico. Fizemos também na 37ª Ex-
O nosso objetivo é selecionar animais com beleza racial aliada à características produtivas.
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O ZEBU Equinos posição Nacional do Cavalo Mangalarga, em 2015, o Campeão Nacional Potro Menor com Beirute CASS; o 1º Reservado Campeão Nacional Potro Menor Bandoleiro CASS e a 1ª Reservada Campeã Nacional Potranca Menor Bavária CASS, com três produtos da segunda geração de nossa criação”, complementa. A criteriosa avaliação dentro das exposições comprova o trabalho dos profissionais da Cass Mangalarga. O foco dentro das exposições são a morfologia e a dinâmica do animal. Thom explica que nesses julgamentos são avaliados itens como os passos, galope, aprumos, harmonia e caracterização racial. O que comprova a qualidade dos animais expostos. “Os julgamentos da raça Mangalarga são divididos por sexo e idade, sendo que os animais com até 36 meses são apresentados ao cabresto e não tem avaliação montada de sua marcha nem os quesitos passo e galope presentes nos animais com mais de 36 meses. Nesses, são avaliados itens em sua parte dinâmica como passo, marcha, galope e aprumos dinâmi-
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As premiações significativas comprovam que estamos tendo sucesso na estratégia de aquisição de animais para formação de nosso plantel” cos e em sua parte estática: morfologia, harmonia geral e caracterização racial. O julgamento se inicia com a avaliação do passo do animal seguido de uma prova de marcha, onde os jurados avaliam o animal visto do chão e montados. Após esta prova fazem um percurso onde são avaliados a sua qualidade do galope e a equitação do animal. Para finalizar, a parte dinâmica passa a ser avaliada, entre os quesitos estão os aprumos ao passo e na marcha. Na morfologia é avaliada as partes do cavalo divididas em cabeça, pescoço, espádua, tronco, garupa e membros, quando também são consideradas a harmonia geral de seu conjunto e a caracterização racial”, finaliza. MANGALARGA: O CAVALO DE SELA BRASILEIRO O zootecnista explica também que o Mangalarga é considerado como o “cavalo de sela brasileiro”. Segundo Thom, como o animal tem como sua principal característica, o seu andar, a avaliação na prova de marcha é determinante para a escolha dos melhores animais do país. “A avaliação da prova de marcha tem duração de, no máximo, 40 minutos para os animais de até 54 meses e de, no máximo, 60 minutos para os acima desta idade. Com 40% do peso da nota, são avaliados do chão os seguintes itens: elegância, sincronização, regularidade e resistência, cobertura de rastro, amplitude de passada/ progressão/ritmo das passadas e ausência
de movimentos parasitas. A impressão ao montar é fundamental, com 60% do peso da nota avalia os seguintes itens: índole e temperamento; disposição de andar; ausência de movimentos parasitas; facilidade
de condução e comodidade” esclarece. “Buscamos fazer um trabalho minucioso sempre focado em acasalamentos dirigidos e avaliação de suas progênies”, pontua D’Angieri.
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Confira o resultado FÊMEAS MELHOR EXEMPLAR - GRANDE CAMPEÃ Boneca da Anita, filha de Ganadero da Harmonia e Boneca da Harmonia; criadores Giovana Ely Flores e Augusto Luís Dias, expositores Carla Musa e Onécio Silveira Prado Júnior, Estância Tamareira, Santa Rita do Passa Quatro/SP. RESERVADA GRANDE CAMPEÃ Paleteada do Amanhecer filha de BT Jurado e AS Malke Fartura; criador Fábio Bellotti Moura, expositor Ricardo Pinto Faria, Fazenda Faria, Piedade/SP.
Município de Mococa recebe a 7ª Exposição Morfológica Por ABCCC/Daniela Venturini
O município paulista de Mococa foi palco da 7ª Exposição Morfológica da Raça Crioula no mês de outubro. Sob as avaliações do jurado Mário Móglia Suñe mais de 60 animais (41 na disputa pelos Grande Campeonatos e 20 na Morfologia Incentivo) entraram na pista do Parque de Exposições André de Lima. O comando técnico do evento ficou por conta de Heitor Cheuiche Coelho, supervisor credenciado pela Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC). Entre as fêmeas, a égua Boneca da Anita, da Estância Tamareira, de Santa Rita do Passa Quatro/SP, levou os títulos de Campeã Égua Adulta, Grande Campeã e Melhor Exemplar da Raça. Nos machos, o cavalo zaino colorado, Forasteiro da Fazfar, da Fazenda Faria, de Piedade/SP, foi laureado com as escarapelas de Campeão Potranco Maior e Grande Campeão. Suñe avaliou a prova como um evento que confirma a evolução da raça no centro do País e apresenta animais de qualidade. “Tanto as éguas, quanto os machos premiados se destacaram pela representatividade racial que demostraram”, comentou o jurado que ainda elogiou o trabalho 82 O ZEBU
realizado pela ABCCC. “Tivemos uma prova muito satisfatória e cabe ressaltar o trabalho realizado pelo analista de Expansão da Associação, Gérson de Medeiros, que é um braço direito para os núcleos mais distantes do Sul”, finalizou. Apesar de ser realizado do estado de São Paulo, o evento organizado pelo Núcleo Sem Fronteiras de Criadores de Cavalos Crioulos em parceria com a ABCCC, integrou participantes dos estados vizinhos de Minas Gerais e Paraná. Para o analista, a exposição apresentou um forte nível de competitividade e comprovou o alcance do cavalo Crioulo. “Vimos em pista animais dos estados dos três estados muito bem preparados morfologicamente e um nível muito alto, principalmente na categoria das fêmeas”, comentou Medeiros. Ele ressaltou ainda a importância de dar segmento ao projeto de expansão e aperfeiçoamento da mão de obra. “É um fator básico e essencial para o sucesso em um criatório de equinos. Tivemos um curso preparatório para cabanheiros antes do evento e conferimos em pista que um pouco do que foi passado já estava em prática”, disse o representante da ABCCC.
3ª MELHOR FÊMEA Debochada do Macanudo, filha de Pergaminho AA e Soberba do Macanudo, criadores Mauro e Telmo Ferreira, Lavras do Sul/RS, expositores Carla Musa e Onécio Silveira Prado Júnior, Estância Tamareira, Santa Rita do Passa Quatro/SP. 4ª MELHOR FÊMEA Invernada da Tamareira, filha de Boneco do Aceguá e Boneca da Anita; criadores e expositores Carla Musa e Onécio Silveira Prado Júnior, Estância Tamareira, Santa Rita do Passa Quatro/SP. MACHOS Grande Campeão Forasteiro da Fazfar, filho de Índio do Boeiro e BT Sonhada; criador e expositor Ricardo Pinto Faria, Fazenda Faria, Piedade/SP. RESERVADO GRANDE CAMPEÃO Estribillo da Fazfar, filho de Uruguaio do Purunã e ARC Aparecida criador e expositor Ricardo Pinto Faria, Fazenda Faria, Piedade/SP. 3º MELHOR MACHO El Matador Sierra Bessa, filho de Butiá Presidente e Maria Bonita II da Escondida, criador Thor Construtora Ltda, expositor Condomínio El Matador Sierra Bessa, Santa Rita do Passa Quatro/SP. 4º MELHOR MACHO Cacique da Madrugada, filho de Índio do Boeiro e Obra Prima da República; criador Luiz Felipe Martins Bastos, expositor Rafael Depetris Haddad, Cabanha RDH, Salto do Pirapora/SP.
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marca a expansão do cavalo Crioulo no Brasil ABCCC/Carlos Lopes/Rodrigo Py/ Fagner Almeida
A raça Crioula vem consolidando seu crescimento em todo o Brasil. Segundo dados da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC), o país conta atualmente com mais de 401 mil exemplares espalhados pelo território brasileiro e cerca de 56 mil criadores. Isto se deve especialmente ao trabalho de expansão realizado pela entidade com a realização de eventos e participação em feiras agropecuárias além da criação e fortalecimento dos núcleos. Com economia que gira em torno de R$ 1,3 bilhão, segundo pesquisa da Esalq/ USP, e gera cerca de 240 mil empregos, o cavalo Crioulo vem galopando a passos fortes para o centro do Brasil. O crescimento em número de animais foi de 7,3%, enquanto no faturamento em leilões e vendas diretas o aumento chegou a 8,1%, com um total de R$ 198 milhões atingidos. Neste cenário de evolução, Minas Gerais vem se destacando. O crescimento registrado no número de exemplares em 2014 se 84 O ZEBU
Temos cinco exposições anuais. São locais onde se agrega valor aos animais. comparado à 2013 foi de 8,9%, chegando a um plantel de 1,2 mil animais nas propriedades mineiras. Isso se deve especialmente pela descoberta de criadores de gado do estado que estão buscando a aptidão vaqueira do cavalo Crioulo, já demonstrada no Sul do Brasil, como importante ferramenta de trabalho na lida campeira. Conforme o criador Marcelo Moura, notadamente, a necessidade de um cavalo para o trabalho a campo, especialmente com o crescimento da pecuária, tem sido muito grande e a raça Crioula tem atendido estes requisitos. “Tenho andado muito nos estados do Centro-Oeste e Sudeste e tenho
visto um crescimento expressivo do interesse na raça Crioula, especialmente de criadores de Zebu. Estamos entrando muito na área de cavalo de serviço”, observa. Esportes, como o tiro de laço, também vêm sendo uma atração para os criadores mineiros. Moura, que é o presidente do núcleo de criadores de Minas Gerais, com sede em Uberaba e que foi um dos últimos núcleos inaugurados, afirma que o objetivo é trabalhar no fomento do cavalo Crioulo por meio de exposições e eventos que congregam os criadores de bovinos. “Temos cinco exposições anuais. São locais onde se agrega valor aos animais. Temos a possibilidade de, a partir destes centros, difundir rapidamente a raça”, salienta. OPORTUNIDADES PARA TRABALHADORES Mesmo com as incertezas econômicas do país e o desemprego nas cidades, o campo ainda continua sendo um gerador de oportunidades para quem busca uma ativi-
dade. E em São Paulo, com o crescimento na criação de cavalos Crioulos, há vagas para quem busca trabalhar em criatórios. Pensando nisso, o Núcleo de Criadores do Estado está realizando cursos para qualificar trabalhadores. Em outubro, durante a exposição no município de Mococa, São Paulo, foi realizado um curso para cabanheiros, que são os profissionais responsáveis pelos cuidados e preparo dos equinos. De acordo com o presidente do Núcleo, Edmond Fahrat, o objetivo é fomentar cursos preparatórios nos eventos da raça Crioula, não só para os proprietários como também para os colaboradores. “Temos problemas de mão de obra em São Paulo, porque muitos ainda não tem o costume de lidar com a raça. Além disso, é cada vez mais escassa a mão de obra no campo”, explica. E a evolução do Crioulo em São Paulo pode ser medida em números. Depois dos três estados do Sul, os paulistas concentram o maior número de exemplares no país. No total, são 9,42 mil animais pelo território paulista, conforme dados da ABCCC do final de 2014, o que representou um crescimento de 7,8% em relação à manada de 2013. Além da criação para a participação em provas e exposições da raça, a demanda por animais também para a pecuária vem aumentando em São Paulo. POSSIBILIDADES NO EXTERIOR Uma das paixões dos norte-americanos, os cavalos são um grande negócio, o qual movimenta um forte mercado nos Estados Unidos. A informação é do técnico da ABCCC, Rodrigo Py, que passa uma temporada no país acompanhando a rotina em um rancho na cidade de Purcell, no estado de Oklahoma. Desde setembro, o técnico da associação acompanha os trabalhos na propriedade do uruguaio Gabriel Diano, treinador com grande nome nas provas de rédeas no país, e também as atividades da Therapy4horses, empresa especializada em fisioterapia equina, chefiada pela médica veterinária Maria
Inês Diano. A profissional realiza trabalhos de fisioterapia nos cavalos em treinamento do rancho e recebe alunos para cursos de especialização em fisioterapia. “Participo de todos os trabalhos da rotina do rancho, desde o manejo diário dos cavalos, serviço veterinário, acompanhamento em provas e leilões”, salienta Rodrigo Py. De acordo com o técnico da ABCCC, o desenvolvimento da raça em território americano passa por um trabalho de formação de parceria dos proprietários dos melhores cavalos Crioulos de rédeas hoje do Brasil, com treinadores de ponta no país e que sejam formadores de opinião. “Além disso, teriam que vir junto já alguns bons potros para dar continuidade ao projeto, porque
também tem que haver sequência. Tenho bem claro que é um mercado extremamente atraente para o Crioulo. Temos um longo caminho a percorrer, mas o americano gosta de cavalo bom e bonito, e isso o nosso crioulo tem de sobra”, ressalta. A raça Crioula já chamou a atenção na conquista de bons resultados em solo norte-americano. Em 2010, o conjunto SJ Rodopio com Wellington Teixeira ficou entre os melhores do mundo nos Jogos Equestres Mundiais, realizado em Lexington Kentuchy, ficando em décimo quarto lugar. Em 2012, o cavalo Alma de Gato Cala Bassa, treinado por Roberto Jou, surpreendeu os americanos e terminou na quinta colocação no NRHA Futurity, realizado em Oklahoma.
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avança na pecuária brasileira Por Karina Mamede/Berrante Comunicação Fotos Divulgação/ABCCC
Com os investimentos na raça e o aumento expressivo do número de criadores associados, o Senepol deslancha no mercado nacional. O taurino tropical teve um incremento de 48% nos remates de 2015, em relação a 2014, tendo o faturamento estimado em R$ 50 milhões, com crescimento considerável de novos criadores e expansão em diversos 88 O ZEBU
estados. O que reafirma a confiança dos pecuaristas em apostar na criação do Senepol – a raça que tem potencial produtivo para avançar no mercado da carne. A partir de dados levantados pela Associação Brasileira dos Criadores de Bovinos Senepol (ABCB Senepol), o número de criadores prosperou expressivamente, de 273 em 2014, para 364
cadastrados até a primeira quinzena de novembro de 2015, o que representa o aumento de 33% de novos associados. O otimismo dos pecuaristas em começar com a raça tem uma fundamentação lógica, e esta é a qualidade e os benefícios que o Senepol apresenta. Estevão Barra Bernardes, da Fazenda Palmito, declara que começou a utilizar
O que observamos desde os primeiros nascimentos do meio sangue Senepol é que os animais alinhavam as características que buscávamos”
de modo a alinhar qualidade de carne, rendimento de carcaça e precocidade. “O que observamos desde os primeiros nascimentos do meio sangue Senepol é que os animais alinhavam as características que buscávamos, de melhorar a precocidade, assim, notamos que os produtos eram mais precoces de acabamento. Nós conseguimos abater os machos cerca de seis meses antes, ao comparar com outras raças zebuínas, com o mesmo peso no gado comercial.
o Senepol em 2008 para o cruzamento industrial e já no ano de 2009 iniciou com o melhoramento genético. Segundo ele, a intenção era adquirir animais que proporcionassem o aumento da rentabilidade, utilizando o cruzamento industrial a pasto, com a produção de bezerros de grande importância mercadológica (agregar valor ao produto final), O ZEBU A
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A busca foi reduzir o ciclo da nossa pecuária de corte, mantendo a qualidade”, declara Bernardes, e acrescenta, “o touro Senepol possibilitou retomar nosso projeto, de produzir heterose a pasto, através de cruzamento industrial com touro que conseguisse cobrir a campo”. É notório que vários pecuaristas adquirem o Senepol em busca de cobertura a campo no cruzamento industrial, mas o que está além do esperado por muitos é a qualidade que ele demonstra nestes 15 anos de Brasil, produção de carne com qualidade, rendimento de carcaça, precocidade no ciclo de abate (machos) e estral (fêmeas), adaptação ao clima tropical, longevidade, 100% de heterose, tudo isso com o touro cobrindo um número superior de fêmeas – se comparado às outras raças. Essa motivação alcançou várias regiões do Brasil, com números consideráveis de criadores em muitos estados 90 O ZEBU
No ano de 2014 tivemos um crescimento astronômico de 107% da receita dos leilões” e abertura de novos mercados para os pecuaristas que há pouco tempo começaram a trabalhar com o Senepol. Dos 364 associados, 323 estão ativos e, só em Minas Gerais, somam 123 criadores, seguido de São Paulo com 47, Mato Grosso do Sul com 42 e Goiás com 40. No Paraná, que conta com dois novos sócios este ano, os pecuaristas reafirmam o potencial adaptativo do Senepol. Sadir Isper, da Fazenda 2S, que começou com a raça há três anos, após conferir em outra propriedade as qualidades apresentadas pelo Senepol, declara que adquiriu animais, também, motivado pelo merca-
do da raça que está excelente, com uma boa demanda – principalmente para macho -, e liquidez que chama a atenção dos pecuaristas. “O Senepol é o taurino mais adaptado ao nosso País, então acredito que a raça só tende a crescer. Além disso, a Associação tem proporcionado todo o suporte para os criadores, por meio das ações internas e da divulgação da raça pelos meios de comunicação, buscando melhorias a cada ano”, aponta Isper. A opinião dos criadores quanto ao mercado do Senepol é convergente. Os pecuaristas que começaram com a raça recentemente, assim como os produtores mais experientes, afirmam que a demanda aquecida do Senepol é um dos fatores que influencia positivamente no crescimento da raça no Brasil. A quantidade de eventos e de leilões (médias e liquidez) fazem jus à confiança mercadológica depositada pelos pecuaristas. De acordo com Gilmar Goudard, presidente da ABCB Senepol, a raça cresce continuamente, o que justifica a valorização em leilões, o número de remates realizados e a proporção do rebanho registrado. “No ano de 2014 tivemos um crescimento astronômico de 107% da receita dos leilões se comparado a 2013. Neste ano de 2015 a crise aparentemente não chegou para a raça, pois o avanço representa 48%, ou seja, tivemos uma valorização excepcional do gado. Isso certifica que o Senepol tem um crescimento constante e consolidado no mercado nacional, pois há muitos anos mantem a base de crescimento sustentável”, assegura. Em 2013 o faturamento dos leilões alcançou a marca de R$ 16,2 milhões, em 1.236 lotes, tendo R$ 28.174,00 como média de fêmeas e R$ 8.078,00 para os reprodutores. Já em 2014 a receita foi de R$ 33,6 milhões na comercialização de 2.650 em 29 remates (107% de
O trabalho com a raça, realizado com seriedade e transparência, é uma grande oportunidade para fazer, mais uma vez, a agropecuária superar o desafio de fazer o País crescer” crescimento), as fêmeas fizeram a média de R$ 31.233,00 e os reprodutores para R$ 11.418,00. A pujança do mercado reafirma o crescimento da raça, de janeiro a novembro de 2015, com 39 leilões e comercialização de 3.714 lotes, o que gerou a receita de R$ 45.289.368,00. A raça Senepol cresceu em disparada, com a valorização expressiva dos animais, as fêmeas fizeram aproximadamente R$ 36 mil e a média dos reprodutores saltou para R$ 14 mil. Os resultados apontados acima não representam a visão geral deste ano, pois haverá, ainda, outros três remates da raça, o que possibilita a estimativa de alcançar a receita de R$ 50 milhões. “Do ano passado para 2015 houve aumento tanto no crescimento do mercado, quanto em volume de leilões, houve também uma valorização do preço dos animas comercializados, com uma média de R$ 15 mil por touro em alguns remates”, afirma Neto Garcia, da Senepol 3G. Ele acrescenta que “a busca pelo Senepol aumenta anualmente, quem utiliza volta a comprar, além dos novos criadores que têm nos procurado bastante. As médias apresentaram acréscimo, a qualidade dos animais avança ano após ano e os criadores têm trabalhado forte na seleção dos animais”. Segundo João Arantes Neto, da Se-
nepol Nova Vida, o mercado da raça em 2015 foi altamente aquecido, com uma demanda crescente e preços superiores aos do ano passado. “Acredito que o motivo principal é que realmente o Senepol tem se provado como uma ferramenta eficiente no cruzamento industrial, que corresponde ao carro chefe da raça. A demanda por touros, devido ao cruzamento industrial, está motivando os criadores de outras raças a iniciarem com o Senepol, porque eles visualizaram que o mercado de venda de touros da raça é duradouro e crescente a cada ano”, completa Arantes. Júnior Fernandes, da S+ Senepol, ao dialogar a respeito do faturamento em leilões e o aumento das médias neste ano, afirma que, mesmo em momento de crise, a pecuária realizada com seriedade caminha na contramão das intem-
péries vivenciadas pelo comércio brasileiro. “Em 2015 os leilões aumentaram muito e todos com alta liquidez, isso é um sinal extremamente positivo, numa demonstração de que é uma oportunidade, ou seja, é na crise que podemos ver as grandes portas de saída e o Senepol tem demonstrado isso. O trabalho com a raça, realizado com seriedade e transparência, é uma grande oportunidade para fazer, mais uma vez, a agropecuária superar o desafio de fazer o País crescer”, declara. A liquidez nos remates e a chegada de novos criadores para a raça estimulam a expansão do rebanho e o crescimento da raça. O número de animais Senepol em 2013 somava 26.940, o rebanho aumentou para 35.460 em 2014 e neste ano, até a primeira quinzena de novembro, atingiu a marca de 46.278 animais.
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O ZEBU Senepol Os números expressam a valorização da raça. Muitos criatórios começam com a aquisição de touros para cruzamento industrial, no entanto, com o tempo os benefícios alcançados com o Senepol estimulam na produção de genética. Joaquim Martins Neto, da Senepol Taquaraçu, percorreu esse trajeto. “Adquirimos os primeiros touros para cruzamento industrial em leilão há aproximadamente dez anos, mas trabalho com a produção de animais PO há quatro anos, após a aquisição de 25 doadoras – em dois anos tivemos 300 produtos e os outros 500 estão nascendo agora. Comecei com a raça porque ela chama a atenção pela precocidade, caráter mocho, docilidade, bom volume de carcaça no produto final – que agrada aos olhos - e o bom acabamento que a raça proporciona”, declara o filho do criador, Ricardo Machado. O mercado reconhece a cada dia o Senepol, pelos benefícios que ele proporciona, no sentindo que o reprodutor consegue fazer a campo um trabalho em volume que antes era possível apenas com a inseminação artificial. Talvez seja essa a explicação mais prudente para o crescimento da raça, principalmente pela capacidade do reprodutor Senepol em cobrir cerca de 40 a 50 vacas a campo, contribuindo substancialmente para o crescimento do rebanho nacional. Este fator reafirma a valorização dos machos. “Como a demanda por touros é muito alta os pecuaristas sentem-se inclinados a tornar-se criador de Senepol. Assim, na medida em que os reprodutores têm uma alta valorização feita pelo mercado e o produtor percebe que a demanda é grande, os criadores sentem-se motivados, também, para aumentar a rentabilidade da porteira para dentro: tornam-se criadores, passam a investir nas fêmeas e, posteriormente, começam a produzir novos touros”, aponta Fernandes. 92 O ZEBU
ABCB SENEPOL ATENTA AO CRESCIMENTO DA RAÇA Em 2015 diversas ações da ABCB Senepol, em conjunto com os criadores empenhados na evolução da raça, contribuíram para o crescimento desse taurino, um avanço que não representa apenas alguns anos de crescimento, mas uma evolução vindoura para o rebanho Senepol no Brasil. “O Senepol não é a bola da vez! Agora a raça entrou em campo e abre o placar fazendo muitos gols pela sua performance e desempenho, demonstrando sua capacidade de contribuir com a pecuária nacional”, comenta Goudard. Com ações voltadas para o crescimento da raça, a ABCB Senepol apoiou exposições em várias regiões do Brasil, como a 48ª. Expo Barretos, Exposição de Belo Horizonte, Expo-
montes 2015 - Montes Claros (MG), Agrotins - Tocantins, dentre outras e eventos como a BeefExpo e algumas etapas do Circuito ExpoCorte. Neste ano, foi celebrado os 15 anos da raça Senepol no Brasil, com a Convenção Nacional da raça Senepol, promovida pela ABCB Senepol, evento que representou o grande momento que a raça vivencia. A convenção foi criteriosamente planejada pela diretoria da Associação e contou com palestras, leilões, o primeiro Shopping de Touros e o dia de Campo Senepol Canaã Day. Dos vários dias de campo realizados por criadores empenhados na difusão da raça, uma das realizações que merece destaque é o “Dia de Campo: prova de eficiência alimentar da UFU (Universidade Federal de Uberlândia)
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de touros Senepol”, evento que consolidou, também, mais uma ação da ABCB Senepol. A prova de touros mostrou as perspectivas e resultados obtidos pelos touros submetidos à Prova de Eficiência Alimentar de Touros Senepol, através do GrowSafe, sistema que mede toda a comida consumida nos cochos pelos animais, sem interrupção, durante as 24 horas do dia. “A eficiência alimentar é uma característica muito importante economicamente, ela interfere no sistema de produção. Por isso, o benefício é extremamente grande para os criadores, a raça, o processo de seleção, instruindo ao uso de animais comprovadamente superiores”, declara Carina Ubirajara, professora doutora da UFU. Assim como a Prova de Eficiência 94 O ZEBU
Alimentar de Touros Senepol, outras avaliações de performance realizadas com o Senepol contribuem para a seleção da raça. “Cada vez mais o pecuarista busca animais qualificados, então existe a importância de ter avaliação dos touros e das doadoras, isso o mercado reconhece, valoriza e dá um norte muito claro na aquisição de animais. O que justifica as provas de performance para promover o suporte, além delas, todas as avaliações feitas pela Embrapa Geneplus (Sumário Senepol 2015)”, reitera Fernandes. O Sumário Senepol, desenvolvido pela Embrapa Geneplus, orienta os criadores no momento da compra de reprodutores, pois apresenta o resultado da avaliação genética, compreendida com base nos resultados dos touros das propriedades que participam do
Programa de Melhoramento do Senepol do Geneplus. Durante o ano de 2015, reuniões frequentes foram realizadas pelo Conselho Deliberativo Técnico (CDT), em conjunto com o superintendente técnico e os membros da diretoria da ABCB Senepol, a fim de contribuir para a seriedade e responsabilidade nas ações voltadas para a raça Senepol. E, contribuindo significativamente para agilidade no processo de registro de animais, da mesma maneira que a qualidade do serviço prestado, a Associação promoveu neste ano o Curso Intensivo de Capacitação Técnica da Raça Senepol, direcionado para médicos veterinários, agrônomos e zootecnistas. De acordo com o superintendente técnico da ABCB Senepol,
Mais um ano de muito trabalho vai chegando ao fim. E isso só foi possível porque contamos com parceiros e amigos mais do que especiais, que nos motivam a seguir sempre em frente, com aquele sorriso no rosto e um brilho especial nos olhos.
Que em 2016, novas alegrias e conquistas possam invadir nossos dias e nos proporcionar ainda mais experiências positivas, pois juntos podemos fazer a diferença para um futuro melhor.
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Celso Menezes, a intenção é realizar o credenciamento de técnicos em vários estados para facilitar o atendimento ao pecuarista. “O curso foi iniciado para que possamos atender a demanda cada vez maior dos criadores, facilitar o atendimento, baixando os custos para o associado, bem como, tornar o sistema de registro cada vez mais rápido”, acrescenta. A sinergia das ações desenvolvidas pela Associação e os criadores, contribui para que o Senepol se consolide cada vez mais como uma raça em potencial, cuidadosamente selecionada por pecuaristas preocupados em garantir uma pecuária eficiente, com um rebanho capaz de atender a demanda de carne no viés nacional e, também, voltada para a exportação.
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Valor Bruto da Produção da pecuária brasileira atingirá R$ 195 bi este ano
Desempenho do Valor Bruto da Produção (VBP) da pecuária deve atingir R$ 195,2 bilhões até o final do ano, estima a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Perspectiva é de aumento de 7,2% em relação a 2014, que somou R$ 182 bilhões. O maior faturamento é o de carne bovina, com R$ 96,5 bilhões (+14,5%). A produção de carne bovina foi estimada em 10 milhões de toneladas (+2,1%/ano), em razão da valorização do preço da arroba. Segundo maior produtor de carne, o Brasil responde por 17% da produção total e pode superar os EUA até 2020. Para a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), somente em 2014, o Brasil vendeu carne in natura para 151 países e industrializada para 103.
Economia
FeedFood
Mercado do sebo tem alta nos preços Tanto no Brasil Central, como no Rio Grande do Sul, abates em ritmo lento e melhoria da demanda colaboraram para alta no mercado do sebo. O patamar cambial encarece as importações e ajuda na firmeza do mercado. A cotação de referência no Brasil Central chegou a R$ 2,00/kg, sem imposto, em novembro. O preço é 21,2% maior que o do início do ano. Em outubro, a alta foi de 11,1%. No Rio Grande do Sul a cotação chegou a R$1,90/kg, sem imposto, valorização de 8,6% em trinta dias.
Exportação de Crescem as exportações de produtos lácteos para Rússia carne tem melhor A retaliação da Rússia à União Europeia e ou- Brasileira de Laticínios) é alcançar a exportação de desempenho do ano tros países, abriu oportunidade para exportadores 450 t de manteiga e 350 t de queijos, em 2015. A A exportação de carne bovina in natura e processada apresentou em setembro o melhor desempenho do ano, impulsionado por China, Hong Kong e Venezuela, segundo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Foram embarcadas 117,5 toneladas (+4,6% ante agosto) com faturamento de US$ 518 milhões. O volume embarcado em outubro atingiu 108,6 mil toneladas. Porém, no acumulado do ano, a exportação em 2015, em comparação ao mesmo período de 2014, teve queda de 15,2% no volume e 20% na receita cambial. 100 O ZEBU
brasileiros de lácteos e as negociações para venda de queijos e manteiga estão aquecidas. De janeiro a setembro, a receita com embarques de 182 toneladas de manteiga e 118 de queijos somou quase US$ 1 milhão, com potencial de crescimento. A expectativa da Viva Lácteos (Associação
Laticínios Tirolez espera vender até 50 t de queijo por mês, em um ano. Já a mineira Itambé estima embarques mensais de 100 t de manteiga. Embora haja demanda para volumes maiores, seria necessário ampliar a produção de leite desnatado, já que a gordura é matéria-prima do derivado. Valor econômico
Priscilla Mendes/Mapa
Nelore Minas elege nova diretoria A Associação Mineira dos Criadores de Nelore (AMCN) elegeu, no dia 28 de outubro, a nova diretoria executiva para o triênio 2015/2018. O criador Renato Barcellos, da Fazenda Mata Velha, passou a presidência para Frederico Henriques Lima e Silva, Nelorista e proprietário da Fazenda Baluarte. A Nelore Minas desempenha um papel importante para os criadores do estado de Minas Gerais, atuando no desenvolvimento e evolução da raça em toda a região. Confira a nova Diretoria Executiva da Nelore Minas – Triênio 2015/2018:
Chega ao fim embargo da Arábia Saudita à carne bovina brasileira
Decreto do Reino da Arábia Saudita levanta imediatamente o embargo à carne bovina brasileira, iniciado em 2012, para o mercado saudita e países do Golfo. Novo modelo de Certificado Sanitário Internacional foi assinado pela ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) Kátia Abreu e o CEO da Autoridade Saudita de Alimentos e Medicamentos (SFDA), Mohammed Al-Meshal. Luiz Claudio Paranhos, presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Carne Bovina e Associação Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ), integrou a comitiva. O setor estima que o Brasil tem potencial para exportar 50 mil toneladas de carne ao ano, por US$ 170 milhões.
Presidente - Frederico Henriques Lima e Silva (Fazenda Baluarte) - 1º Vice-Presidente - Roberto Alves Mendes (Fazenda do Sabiá) - 2º Vice-Presidente - Bruno Bello Vicintin (Rima Agropecuária) - 3º Vice-Presidente - Renato Diniz Barcellos Corrêa (Fazenda Mata Velha) - 4º Vice-Presidente - Rogério Antônio Ferreira dos Santos (Nelore Vanguard) 5º Vice-Presidente - Bruno Melo Lima (Fazenda Araras)
Reuters/Agrolink
Brasil deve ter safra de soja recorde em 2016 Decreto do Reino da Arábia Saudita levanta imediatamente o embargo à carne bovina brasileira, iniciado em 2012, para o mercado saudita e países do Golfo. Novo modelo de Certificado Sanitário Internacional foi assinado pela ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) Kátia Abreu e o CEO da Autoridade Saudita de Alimentos e Medicamentos (SFDA), Mohammed Al-Meshal. Luiz Claudio Paranhos, presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Carne Bovina e Associação Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ), integrou a comitiva. O setor estima que o Brasil tem potencial para exportar 50 mil toneladas de carne ao ano, por US$ 170 milhões.
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Entidades/Associações Megaleite 2016 ocorrerá em Belo Horizonte
Berrante Comunicação
O presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando, Jônadan Ma, e o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, anunciaram durante a realização do Congresso Internacional da Raça, promovido em Belo Horizonte no final de novembro, que a Megaleite terá nova data e novo local. A partir de 2016, a maior feira brasileira da pecuária leiteira passa a ser promovida no Parque da Gameleira, na capital mineira de 21 a 26 de junho.
Acasalamento de curral é novo serviço do PMGZ Criadores com até 30 matrizes, inscritos no Programa de Melhoramento Genético de Zebuínos (PMGZ), poderão contar com serviço de acasalamento de curral, sem custo. O processo será conduzido por técnico habilitado do Serviço de Registro Genealógico das Raças Zebuínas e será realizado durante o atendimento dos serviços normais. Segundo o superintendente Técnico da ABCZ, Luiz Antonio Josahkian, o trabalho consiste no uso da ferramenta eletrônica Sistema Integrado de Avaliações Genéticas (Siag) e sua aplicação com as sugestões de acasalamentos individuais de cada uma das matrizes devidamente analisadas. 102 O ZEBU
Próximo Concurso Leite Natural tem nova data O PMGZ Leite da ABCZ já deu inicio aos preparativos para o 4º Concurso Leite Natural. De acordo com a coordenação do evento, a próxima edição acontece no mês de abril, às vésperas da Expozebu 2016. Participarão da competição, animais das raças Gir Leiteiro, Guzerá, Sindi e Indubrasil.
ExpoCorte discute método de produção que eleva em 30% lucros de pecuaristas Depois de Uberaba, Araguaína (TO)
e Ji-Paraná (RO) foram palco de etapa do Circuito ExpoCorte. Em dois dias, o evento, que percorre polos de produção pecuária do país para difundir tecnologia na cadeia produtiva da carne, discutiu como atingir eficiência nas diversas etapas da vida do animal e os aspectos necessários para obter o boi 7.7.7.. Trata-
CRV lança o catálogo de raças para produção de leite
-se do parâmetro de produção que preconiza a busca por animais com 7@ na
Acaba de ser lançado pela CRV Lagoa, o Catálogo Leite Zebu 2016, com as melhores opções entre as raças de leite zebuínas. Neste ano, há 18 novos reprodutores, sendo nove de Gir Leiteiro, sete de Girolando e dois de Guzerá Leiteiro. Os reprodutores estão divididos por objetivos de seleção, como eficiência, produção, sanidade e teste de progênie, conforme as crescentes demandas da pecuária leiteira.
Provas da raça Crioula terão novo regulamento A partir de 2016, as provas oficiais terão novas regras. A Campereada terá final própria e não será dentro da Expointer. No Freio Jovem a categoria infantil irá até oito anos e haverá uma categoria intermediária até 12 anos. Além disso, os percursos da primeira fase serão iguais e haverá só uma parte da prova de Figura. Qualquer sangramento do animal resultará na desclassificação do conjunto. O regulamento completo está disponível no www.abccc.com.br.
Fagner Almeida
desmama, 7@ na recria, 7@ na engorda e terminação, bem como abate com 21@ aos 24 meses, o que aumenta em até 30% os lucros do pecuarista.
BeefExpo 2015 apresenta os benefícios do Senepol
Durante o BeefExpo 2015, em Foz
do Iguaçu (PR), a Senepol Nova Vida apresentou os benefícios que a raça taurina pode oferecer à produção pecuária brasileira. Em cruzamentos, o Senepol complementa a precocidade e outras caraterísticas produtivas e econômicas em até 30%, com incremento no rendimento e acabamento de carcaça. Bezerros meio-sangue Senepol desmamam, em média, aos 7 meses de idade, com até 250 quilos de peso vivo e chegam a 18@ aos 22 meses. Além da fertilidade e longevidade, os animais F1 (Senepol x Zebu) são dóceis e adaptáveis. O ZEBU A
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Consultor especializado em Guzerá escreve para O Zebu no Brasi Nascido em família pecuarista, tradicional do nordeste de Minas Gerais, aos 25 anos, Eros Gazzinelli já assinou trabalhos para grandes nomes do Guzerá, como Fazenda Palestina, João Géo, Guzerá Suaçuí, Mário Franco Jr, Agropecuária Baguassu e Virgílio Villefort. Os leilões com sua assessoria somam grandes cifras e ofertam ao mercado animais altamente desejados, descendentes de famílias consagradas. Formado em Engenharia de Energia, com ênfase em Gestão e Produção, trilíngue e com MBA em Gerenciamento de Projetos pela Fundação Getúlio Vargas, Eros Gazzinelli busca redesenhar a visão sobre pecuária de base e elite. Na infância, foi criado com carne e leite de Guzerá. Hoje, diretor financeiro da Associação Mineira dos Criadores de Guzerá e consultor de Marketing da Associação dos Criadores de Guzerá do Brasil (ACGB), o jovem assina importantes projetos e eventos, e agita as mídias sociais disseminando as virtudes do Guzerá aos criadores de vários países. A partir desta edição, o consultor Eros Gazzinelli passa a escrever periodicamente para o caderno da raça Guzerá da revista O Zebu no Brasil.
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ABCZ é homenageada pela Emater Minas
A Associação Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ) recebeu no dia 3 de dezembro de 2015 homenagem da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (EMATER-MG) durante as comemorações dos 67 anos do órgão de extensão rural. A associação foi homenageada como “Parceiro Destaque”. O secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, João Cruz Reis Filho, entregou a placa de homenagem ao diretor da ABCZ Rivaldo Machado Júnior, que representou o presidente Luiz Claudio Paranhos. O gerente de Melhoramento Genético/Pró-Genética, Lauro Fraga, também participou da solenidade. Segundo o presidente da EMATER, Amarildo José Brumano Kalil, a ABCZ exerce uma liderança que permite o acesso dos produtores rurais ao conhecimento e às inovações para o melhoramento genético do rebanho, contribuindo para ganhos expressivos no desempenho econômico e zootécnico e para oferta de alimentos. A solenidade também comemorou o Dia Nacional do Extensionista Rural. Entre os colaboradores homenageados estiveram José Alberto de Ávila Pires, conhecido como Xapecó, que há 45 anos trabalha no órgão, com especial atuação no Pró-Genética.
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BioVitro inicia congelamento de embriões Por Thassiana Macedo Fotos Divulgação
O Grupo BioVitro acaba de iniciar, em 2015, a comercialização de novo serviço de congelamento de embriões de FIV (fertilização in vitro). O estudo para a aplicação da técnica foi realizado pelo Laboratório Bioembryo, braço científico do grupo, que coloca mais esta opção à disposição dos criadores, após pesquisas e testes com a transferência direta logo após o descongelamento. De acordo com o médico veterinário da BioVitro Uberaba, Patrick Villa Nova Pereira, a técnica permite o aproveitamento de embriões sempre que houver qualidade de cio, ou seja, em qualquer época do ano. O descongelamento do embrião é semelhante ao do sêmen, porém a aplicação deve ser imediata, visto que a permanência do embrião no etilenoglicol, que é um crioprotetor, por longo período depois de descongelado pode ser prejudicial. “A facilidade de armazenar e transportar no nitrogênio, bem como de realizar o descongelamento rápido para a transferência, é igual ao trabalho com sêmen. Porém, a transferência de embriões criopreservados deve ser realizada por um veterinário com prática e conhecimento da técnica”, frisa. Para isso, a BioVitro fornece profissionais especializados ou promove o treinamento de colaboradores das propriedades atendidas pelo serviço. Segundo Patrick Villa Nova, os índices de prenhezes obtidos pelos embriões congelados são satisfatórios, mesmo após anos congelados. “O destaque dessa técnica é que o criador pode controlar a própria produção. Ele pode coletar o embrião fora da época da estação de monta e transferí-lo durante a época de monta, favorecendo a logística da produção. Ou seja, nos dias em que há boa aspiração e não há receptoras suficientes para o aproveitamento, esta fer-
ramenta evita o descarte de embriões saudáveis através do congelamento. Isso significa que a formação do banco de embriões tem que ser complementar ao trabalho de transferência”, afirma. O serviço começou a ser comercializado em larga escala durante a Expoinel 2015, realizada em setembro. “Desenvolvemos uma cartilha para acompanhar os embriões, pois como é uma técnica nova, vamos instruir os profissionais para uma utilização correta e o melhor aproveitamento do material. Existem cuidados especiais que devem ser observados com o embrião. Dentro de uma paleta de sêmen há milhões de espermatozoides, mas há apenas um embrião pronto para ser implantado”, explica o veterinário da BioVitro.
Benefícios do congelamento de embriões FIV:
- facilita o transporte e o armazenamento dos embriões; - oferece índices satisfatórios de prenhez, ou seja, próximo do resultado obtido com embrião fresco; - favorece a logística, especialmente em regiões em que a estação de monta ocorre em épocas do ano de difícil acesso em algumas regiões do país; - proporciona o aumento de ganho genético e favorece a exportação; - facilita o planejamento de nascimento de bezerros de acordo com o manejo da propriedade; - oferece maior aproveitamento de receptoras excedentes ao número de embriões obtidos no dia da colheita; e - permite a utilização do excedente de embriões durante a qualidade de cio natural. O ZEBU A
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Reprodução de novilhas de corte: preparando a futura matriz Por: Bruno Freitas, Roney Ramos e Michele Bastos – Departamento Técnico (Ourofino Saúde Animal)
Atualmente, o Brasil possui o maior rebanho bovino comercial do mundo, com aproximadamente 212,3 milhões de cabeças (IBGE 2014), o qual é composto principalmente por animais zebuínos. Apesar dessa grande dimensão, a pecuária de corte brasileira ainda apresenta baixa eficiência e ocupa apenas o segundo lugar no ranking mundial de produção de carne (FAOSTAT 2013). Essa eficiência econômica da pecuária de corte está intimamente ligada à produção de bezerros, sendo estes destinados à produção de carne ou reposição do rebanho. Neste contexto, o início do processo produtivo das fêmeas, então denominadas novilhas, é de suma importância, pois essa categoria representa as futuras matrizes da propriedade. Diversos fatores podem influenciar o resultado reprodutivo das novilhas, e uma série de estratégias pode ser adotada com o intuito de se melhorar os índices dessas fêmeas. O objetivo seria diminuir a idade ao primeiro parto que, no Brasil, gira em torno de 3 a 4 anos de idade, o que significa que as novilhas demoram mais de dois anos para iniciar sua vida produtiva. Portanto, emprenha-las o mais cedo possível, sem diminuir os índices reprodutivos, é fundamental para 106 O ZEBU
se atingir a máxima eficiência produtiva. Como premissa para se obter bons índices reprodutivos na estação de monta de novilhas de corte, uma boa base genética, com seleção para precocidade sexual é necessária. Diversos estudos indicam que essas características são fundamentais e exercem grande impacto no estabelecimento gestacional, podendo ser transmitidas para as filhas dessas novilhas, fazendo com que a evolução genética para precocidade sexual incremente a cada geração. Entretanto, para que todo esse potencial genético seja expresso, outros fatores ligados
ao ambiente e manejo devem ser observados. Uma série de pesquisas tem indicado que o ganho de peso pré e pós-desmama, resultando em fêmeas com uma porcentagem mínima de 60% do peso adulto ao início da estação de monta é fundamental para se obter taxa de prenhez elevada. Novilhas bem nutridas, com maior peso e escore de condição corporal resultam em maior eficiência reprodutiva. Esse desenvolvimento corporal, com acúmulo de reservas lipídicas estimula o eixo reprodutivo da novilha, resultando em aumento da ciclicidade e consequentemente da prenhez.
Relação entre o escore de condição corporal e a porcentagem de novilhas Nelore (n=1803) com presença de corpo lúteo no primeiro dia da estação de monta (Sá Filho et. al., 2008).
Todos esses pontos, aliados ao uso das biotecnologias reprodutivas disponíveis, tal qual a inseminação artificial em tempo fixo (IATF), são fundamentais para uma estação de monta bem sucedida. A IATF permite inseminar um grande número de animais sem a necessidade de observação de cio, facilitando a utilização de sêmen de touros de alto valor genético ou o cruzamento entre raças (cruzamento industrial) visando maior peso à desmama dos bezerros e retorno econômico da atividade. Índices satisfatórios de prenhez, acima dos 50%, podem ser obtidos com a utilização do protocolo Ourofino de IATF para novilhas, desde que obedecidas as premissas de uma base genética para precocidade sexual, desenvolvimento corporal e desenvolvimento reprodutivo (novilhas devem estar ciclando). Além disso, diversas propriedades tem feito o uso da ressincronização também nessa categoria animal, elevando a porcentagem de novilhas prenhes de inseminação artificial, acelerando ainda mais o ganho genético.
Protocolo Ourofino de IATF em novilhas ciclando.
Taxa de prenhez de novilhas Nelore após protocolo Ourofino de IATF. Total de novilhas avaliadas = 916.
Outro artifício extensamente utilizado é a indução de ciclicidade previamente ao início da exposição dessas novilhas à reprodução. Por meio da utilização de terapia hormonal, o eixo reprodutivo da fêmea
Uma importante estratégia a ser adotada quando a IATF é utilizada em novilhas, é o atraso do início da estação de monta das mesmas em relação ao restante de fêmeas da propriedade. Geralmente, esse atraso é de cerca de um mês em relação ao primeiro lote sincronizado e inseminado. Tal estratégia visa o ano seguinte, no qual essas novilhas serão primíparas. Caso elas entrem no início da estação de monta enquanto novilhas, seu parto será antecipado no ano seguinte e consequentemente essas fêmeas, agora primíparas,
entrarão na estação de monta com bezerros já crescidos, o que geralmente provoca diminuição da condição corporal, resultando em baixos índices de prenhez à IATF. Entretanto, caso as novilhas entrem na estação de monta com atraso de um mês, seu parto no próximo ano será no período inicial da estação de monta. Logo, essas primíparas serão inseminadas com um pós-parto recente (bezerros novos) não dando tempo para ocorrer a perda de condição corporal que prejudicaria a prenhez à IATF.
jovem pode ser ativado, fazendo com que a mesma atinja um estado cíclico que fisiologicamente poderia demorar mais tempo para ocorrer. Segundo dados da literatura, essa antecipação da puberdade pode auxiliar no incremento dos índices reprodutivos, aumentando a quantidade de novilhas prenhes ao final da estação de monta. Em suma, por ser a categoria que futuramente representará as matrizes da propriedade, as novilhas devem receber uma atenção especial durante todo o processo produtivo que culmina com a sua primeira prenhez. De maneira resumida, algumas das estratégias que podem ser adotadas são as seguintes: O ZEBU A
O ZEBU Geral De acordo com estudos recentes realizados pelo grupo do professor Pietro Baruselli, da USP, novilhas da raça Nelore com base genética para precocidade e correto manejo nutricional, que proporcione um adequado desenvolvimento corporal e reprodutivo podem ter sua primeira cobertura adiantada para uma idade de 14 meses, mantendo uma taxa de prenhez à 1ª IATF ao redor de 40%. Tal estudo foi conduzido em três fazendas no ano de 2013 e duas fazendas no ano de 2014.
Taxa de prenhez de acordo com a Fazenda (A, B ou C) e o ano (2013 e 2014). Experimento realizado pelo grupo do professor Pietro Baruselli, da USP
Vale salientar o índice baixo da Fazenda A, que possuía novilhas com menor desenvolvimento corporal (menor peso, menor condição corporal, menos gordura subcutânea, menor profundidade de costela), resultando em uma menor taxa de prenhez à IATF. Tais dados comprovam que é possível adiantar a primeira cobertura das novilhas para os 14 meses, resultando em idade ao primeiro parto ao redor de 24 meses, desde que obedecidos os pré-requisitos citados anteriormente. Primípara de 24 meses, pronta para a estação de monta subsequente.
Novilhas da raça Nelore com 14 meses de idade, bom desenvolvimento corporal e acúmulo de reservas, prontas para sua primeira estação de monta.
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ABCZ apoia realização do Global Agribusiness Forum Por Laura Pimenta/ABCZ
Produtores rurais, fornecedores de insumos, serviços e tecnologia, pesquisadores, formuladores de políticas públicas, representantes de governos, lideranças e empresários do setor do Agronegócio têm um importante evento marcado para 2016. Nos dias 04 e 05 de julho, será realizada em São Paulo/SP, a terceira edição do Global Agribusiness Forum (GAF 2016), o maior evento voltado para o Agronegócio mundial. O GAF 2016 terá como tema central “Agropecuária do amanhã: fazer mais com menos” e será uma realização conjunta da ABCZ, Sociedade Rural Brasileira (SRB), Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho) e Datagro, a maior consultoria de açúcar e álcool e uma das maiores empresas agrícolas do mundo. Nas edições anteriores, o GAF trouxe
para o Brasil expoentes como Al Gore, ex-vice-presidente dos Estados Unidos e ganhador do Prêmio Nobel da Paz em 2007 e Lawrence Summers, ex-secretário do Tesouro americano. Entre os palestrantes do GAF 2014, destaque para as presenças do Embaixador Roberto Azevedo, Diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC) e do empresário Abílio Diniz, presidente do Conselho de Administração da BRFoods. Em 2016, o evento promete manter o excelente nível com a realização de 14 painéis temáticos. “Teremos que promover nossos produtos mundo afora. O GAF é a plataforma ideal para repo-
sicionarmos a imagem do agro brasileiro e discutirmos caminhos para o país continuar na liderança. É um assunto que não preocupa apenas a sociedade rural, mas toda a sociedade mundial. Já fizemos a transformação tecnológica, através da revolução verde. Falta agora avançarmos para fazermos a revolução do negócio, incorporando aspectos da gestão multidisciplinar e financeira”, afirma Gustavo Diniz Junqueira, presidente da Sociedade Rural Brasileira. O Global Agribusiness Forum acontecerá no Hotel Grand Hyatt São Paulo. Outras informações pelo endereço www. datagroconferences.com.br/gaf16/. O ZEBU A
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De pai para filha: a história da Kuka WM
Por Sabrina Alves
Todo final de feira ou exposição é marcado pela emoção das premiações, seja pelos criadores e expositores, como pela escolha dos melhores animais de pista e dos tratadores que são escolhidos pelos jurados. Esse momento é sempre cercado por uma forte emoção. As lembranças ficam muito além da memória e essas premiações são sempre registradas com a entrega de troféus e faixas aos escolhidos. É exatamente esse o trabalho que sempre moveu o sonho de Wilson Afonso, ou simplesmente Kuka, como ficou conhecido. Depois do seu falecimento, ele acabou deixando muito mais do que uma herança à filha Naiane Moreno, deixou um legado que continua vivo na memória de todos. Kuka foi um grande idealizador e sempre teve a proposta de registrar aquele que deve ser o mo110 O ZEBU
Sempre admirei meu pai como pessoa e profissional. Ele realmente era um artista e um pai espetacular” mento mais esperado dentro das feiras e exposições Com isso, desenvolveu e patenteou um projeto de criação de rosetas e confecção de faixas e flâmulas, hoje, tradição nesses eventos. Atualmente, a Kuka WM é coordenada pela sua filha Naiana. Formada em Direito, ela gerencia também a Associação dos Criadores de Brahman do Brasil e já organizou dezenas de exposições e, como ela mesma diz, “a premiação
sempre será o melhor e mais marcante momento entre esses eventos”. Desde pequena, Naná, como é conhecida entre os amigos, convive com cotidiano da empresa. “Sempre admirei meu pai como pessoa e profissional. Ele realmente era um artista e um pai espetacular. Viajávamos muito a trabalho para atender e visitar clientes. Nessas
viagens ele me ensinava muito sobre a vida e os negócios”, diz. Naiane conta que a simpatia do pai sempre foi marcante e está entre as suas melhores lembranças. “Ele sempre foi uma pessoa que cativava todos pelos seu carisma, amizade e respeito, além dos seus ensinamentos”. “Lembro de nós dois, nos meus quatro anos de idade, jogando xadrez e estudando manuais do Idel Becker (enxadrista brasileiro). Ele sempre buscava formas de me ensinar que a vida é uma batalha e que é preciso sempre ser forte para encarar os desafios”, relembra. Seus primeiros passos como empresária começaria ainda aos dez anos, quando Kuka a presenteou com um computador. “Cursei artes gráficas e nele aprendi trabalhar com a parte de criação e produção. Com os estudos, passei a realizar atividades paralelas dentro da área do direito e com o amadurecimento e conhecimento técnico para a administração, passei a assumir também a gestão do negócio. Por ter tanta admiração pelo meu pai, é uma honra carregarmos o nome dele. A palavra que melhor representa toda essa história seria ‘legado’. Nenhum trabalho é árduo quando penso que tudo o que faço é atender o último pedido dele, que é não deixar essa história acabar. Ele me preparou a vida toda e sabe que pode contar comigo, esteja aonde estiver e é isso que me move na Kuka WM”. HISTÓRIA A Kuka WM é especializada em premiações e entrega de rosetas, faixas e flâmulas para exposições de bovinos, equinos, caprinos e caninos. O material, mesmo desenvolvido em uma produção industrial, mantém a característica de produto artesanal, marca registrada da empresa.
Naiane ao lado de Carolina Schroden, seu braço direito, e a matriarca Mary Moreno, quem deu origem à sigla WM (Wilson/Kuka e Mary) são responsáveis pela administração da empresa hoje. Segundo Naiane e Carolina, as etapas de produção são muitas e o processo de criação utiliza um método próprio e diferenciado. “Pontualidade é uma característica peculiar da nossa empresa, afinal, o evento não pode esperar!”, finaliza.
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O ZEBU Leilões
Aliança Senepol O leilão aconteceu no dia 8 de outubro em Barretos, durante a 48ª Expo Barretos, no Parque do Peão e foram colocadas à disposição dos convidados 40 Fêmeas Senepol PO. O evento teve a parceria dos promotores Senepol 3G, CNE Senepol, Senepol da Mata e Senepol Liberdade. Entre os convidados estava o cantor Sérgio Reis acompanhado de Henrique Prata, diretor do Hospital de Câncer de Barretos. O leilão teve transmissão pelo Canal do Boi.
Leilão Nelore Barretos Show
Durante a Expo Barretos, o pecuarista José Aparecido de Faria, o J.Faria promoveu o Leilão Nelore Barretos Show que está na sua 2ª edição. A movimentação da noite fechou em R$996 mil, com a venda de fêmeas e prenhezes de Elite. A média de comercialização foi de R$55.938 e o grande destaque da noite foi a matriz Prada 141 FIV Sahy, de 84 meses, filha de Bitelo da SS em Prada TE da Sabiá. Ela é irmã da recordista do Noite dos Campões 2015, a reprodutora Zeta Jones. 50% da reprodutora foi arrematada por R$96.000, pagos pelo criador Luiz Carlos Iamaguti, que terminou o leilão como um dos principais investidores do leilão.
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Premium Nelore Elite
Irmãos De Marchi Com 126 lotes de touros e matrizes Nelore, os irmãos De Marchi terminaram a noite do dia 1º de dezembro com um faturamento de R$810 mil, com a média geral de R$6428. Os animais avaliados pelo PMGZ/ABCZ foram muito bem avaliados pelos convidados que estavam, presentes e que puderam acompanhar o leilão transmitido pelo Canal Rural. Entre os machos, a média de negociação foi de R$7.155 e das fêmeas, a média para 45 matrizes foi de pouco mais de R$5 mil. Os animais leiloados pertenciam a Fazenda São Judas Tadeu, de Matrinchã. A organização foi da Programa Leilões e o martelo foi comandado pelo leiloeiro João Antônio Gabriel.
A noite de 22 de outubro ficou marcada pelo leilão Premium Nelore Elite, promovido por Diego Gracia da LG, Silvestre Coelho da Mara Móveis e Cássio Lucente da 2L. Ao todo foram colocados à venda 30 lotes, entre fêmeas, doadoras e animais de pista. Outros três lotes de prenhezes e um reprodutor também estiveram na lista. O destaque foi Angra I FIV da Guanabara, que foi arrematada por R$134 mil, pelo condomínio Nelore Lince e Nelore Mundial. Outro destaque foi Bailarina 2 TE GUADALUPE. A bezerra teve 50% arrematada pelos criadores Roberto Domingos e Eduardo Leão, por R$69.600,00. E o lote de maior valor foi da doadora Lana TE Port, arrematada por Marcelo Henrique da Fazenda Barreiro, pela quantia de R$79.200,00.
LEILÕES
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Em 2015 a Connect nasceu e aconteceu. Obrigado a todos que acreditaram e confiaram seus leilões a nossa equipe. Fomos muito além do esperado, o que é motivo de orgulho e combustível para o ano novo. Em 2016, conecte-se a nós.
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