Revista Pack digital 221

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www.pack.com.br

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ANO•17

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R$ 15,00

EMBALAGEM

TECNOLOGIA

DESIGN

INOVAÇÃO

ENTREVISTA Jorge Strapasson fala sobre o novo adesivo da Henkel para caixas e cartuchos que oferece maior produtividade e menor custo

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ÃO

ED IÇ PR IM

Mercado de máquinas de embalagem deve crescer 6,5% ao ano até 2019, movimentando US$ 52,5 bilhões, segundo estudo do Grupo Freedonia

ES S Es EM ÃO D pe B IG cia AL IT l: AG AL Co Im Ma EN NO be pre nu S D VA rtu ss fat E S C ra ão ura VID ON Ex 3D A RO Q UI po / dit ST iva Pr AS in / t

DEMANDA GLOBAL EM ALTA



carta ao leitor

A metade do copo cheia

A

economia brasileira encolheu e a inflação segue em alta. Um cenário pouco otimista para quem enxerga somente a metade do copo vazia. Mas, para quem enxerga a metade do copo cheia, as oportunidades para crescer existem. É o que tem feito algumas empresas a apostar no lançamento de novos produtos e investir em design de embalagem e/ou em novas tecnologias para se diferenciar. Um estudo sobre as tendências globais de embalagem em 2017, feita pelo Grupo Mintel, revela que a embalagem continua sendo um componente chave para criar uma experiência de consumo memorável aos consumidores, que pode acontecer no próprio ponto de venda ou quando em uso. Essa experiência de compra cria valores para a marca, como diversão, comunidade ou autenticidade, além de motivar a intenção de compra e recompra do produto. No segmento de delivery de comida pronta congelada saudável, a Light Chef apostou na embalagem a vácuo para preservar o sabor, a textura e o aroma dos alimentos. O objetivo é proporcionar aos clientes o sabor caseiro da comida feita em casa, além da praticidade. Segundo Beth Bloom, analista sênior da Mintel para alimentos e bebida, o formato e o design da embalagem são os chamarizes na gôndola para a maioria dos consumidores e os drivers de compra estão diretamente

relacionados para a embalagem ou comunicados por meio dela. Quem apostou no formato e no design de embalagem é o Grupo Café do Moço para comemorar a nova fase e expansão do mercado de cafés especiais. A empresa adotou o formato stand-up pouch com zíper e investiu em uma nova identidade visual para traduzir o processo artesanal do seu café. O resultado já apareceu. De acordo com Estela Cotes, diretora de marketing e comunicação do Grupo Café do Moço, o faturamento com a venda de pacotes de 250 gramas mais que dobrou. Já a Henkel começou a produzir em sua fábrica em Jundiaí (SP), um novo adesivo para atender a demanda de clientes que buscam menor manutenção e maior eficiência de colagem em suas linhas de fabricação de caixas e cartuchos. No segmento de embalagens flexíveis, a Diadema se descolou da crise econômica, investindo em inovações e novos mercados. O mais recente lançamento é a embalagem stand-up pouch do Danoninho para Levar, que pode ficar sem refrigeração por até cinco horas. A empresa aposta no conceito desta embalagem. Até a próxima edição!

Margaret Hayasaki editora chefe

margaret.hayasaki@gmail.com


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sumário

A N O • 1 7

2017 Foto: Divulgação

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26

Foto: Divulgação

MATÉRIA DE CAPA máquinas Demanda global em alta

10 Entrevista

Jorge Strapasson, responsável na América do Sul para adesivos aplicados à indústria de alimentos e bebidas da Henkel, fala sobre o lançamento de nova tecnologia que oferece maior eficiência de colagem nas linhas de fabricação de caixas e cartuchos

26 Reportagem Mercado de máquinas de embalagem deve crescer 6,5% ao ano até 2019, movimentando US$ 52,5 bilhões, segundo estudo do Grupo Freedonia

36 Empresa

Entre as líderes do setor de embalagens, Canguru desenvolverá novidades em sustentabilidade, retomando DNA inovador da companhia. Embalagens flexíveis Diadema quer crescer em mercados nichos para não se tornar uma produtora de commodities

40 Especial Gulfood A Gulfood apresentou embalagens sofisticadas para o exigente mercado dos Emirados Árabes Unidos, além do foco em produtos diferentes e diferenciados e valorização de produtos funcionais e a criatividade

40 Foto: Divulgação

ESPECIAL gulfood O Oriente Médio desvendado!

SEÇÕES 6 Agenda

39 Direto da gôndola

8 Pack online

44 Design de embalagem

14 Notícias

46 SUSTENTABILIDADE

18 Atualidades

48 notas técnicas

22 Vanguarda

49 Leitura

31 Conveniência e praticidade

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Editora B2B

INOVAÇÃO

EMBALAGEM TECNOLOGIA DESIGN

Entrevista Jorge Strapasson fala sobre nova tecnologia de adesivo



agenda feiras no brasil Data

Feira

Local

CONTATO

04 a 07 de abril de 2017

Feiplastic

Expo Center Norte – São Paulo – SP

www.feiplastic.com.br

09 a 11 de maio de 2017

Pack Fair

Pavilhão de Exposições do Anhembi – São Paulo – SP

www.packfair.com.br

16 a 19 e maio de 2017

Cemat South America

Transamérica Expo Center – São Paulo – SP

www.cemat-southamerica.com.br

23 a 25 de maio de 2017

FCE Pharma

São Paulo Expo – São Paulo – SP

www.fcepharma.com.br

23 a 25 de maio de 2017

FCE Cosmetique

São Paulo Expo – São Paulo – SP

www.fcecosmetique.com.br

Fispal Tecnologia

São Paulo Expo – São Paulo

www.fispaltecnologia.com.br

Feira

Local

CONTATO

25 a 27 de abril de 2017

Inprint

Orange County Convention Center – Orlando – Estados Unidos

www.inprintshow.com

4 a 10 de maio de 2017

Interpack

Messe Düsseldorf – Düsseldorf – Alemanha

www.interpack.com

16 e 17 de maio de 2017

Label Summit Latin America

Espacio Riesco – Santiago – Chile

www.labelsummit.com/chile

16 a 19 de maio de 2017

Chinaplas

China Import & Export Fair Complex – Guangzhou – China

www.chinaplasonline.com

13 a 15 de junho de 2017

Expo Pack Guadalajara

Expo Guadalajara – Jalisco – México

www.expopackguadalajara.com.mx

08 a 11 de agosto de 2017

Envase

Centro Costa Salguero – Buenos Aires – Argentina

www.envase.org

27 a 30 de junho de 2017

feiras no EXTERIOR Data

EMBALAGEM | TECNOLOGIA | DESIGN | INOVAÇÃO

PUBLISHER: Fernando Lopes EDITORA CHEFE: Margaret Hayasaki margaret.hayasaki@gmail.com ASSESSORA TÉCNICA: Assunta Napolitano Camilo (FuturePack) assunta@futurepack.com.br REVISÃO: Nazaré Baracho PROJETO GRÁFICO: Editora B2B PRODUÇÃO: Luciano Tavares de Lima (gerente) produção@banas.com.br DESIGNER: Ana Claudia Martins editoracaopack@gmail.com CAPA: Ana Claudia Martins

CONSELHO EDITORIAL Assunta Camilo Napolitano, diretora da FuturePack e do Instituto de Embalagens – Eduardo Tadashi Yugue, gerente de embalagens da Nestlé Brasil – Geraldo Cardoso Guitti, diretor do Conselho Administrativo da Refrigerantes Convenção – Iorley Correia Lisboa, gerente P&D e Inovação de Embalagens – Marcas Exclusivas do Walmart Brasil – João Batista Ferreira, CEO da J2B Innovation to Business – Lincoln Seragini, presidente da Seragini Design – e Luis Fernando Madi, Diretor Geral do Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL)

COMERCIAL Rajah Chahine rajahchahine14@gmail.com Tel.: (11) 3722-0956 Nilton Feitosa nilton.feitosa@nvcon.com.br Executivos de Negócios – São Paulo – Interior Aqueropita Intermediações de Negócios Ltda. Contato: Aparecida A. Stefani Tel.: (16) 3413-2336 – Cel.: (11) 9647-0044 aparecida.stefani@banas.com.br Paraná e Santa Catarina DGS Representação Comercial. Contato: Douglas Garcia da Silva Tel.: (41) 3082-4070 – (41) 8898-8686 dgsrepresentacoes@gmail.com Rio de Janeiro Art Comunicação S/C Ltda. Contato: Francisco Neves Rua Des. João Claudino Oliveira e Cruz, 50 – cj. 607 – CEP 22793-071 – Rio de Janeiro-RJ Tels.: (21) 2269-7760 – (11) 9943-5530 – Fax: (21) 3899-1274 banasrj@uol.com.br

REPRESENTANTE INTERNACIONAL

Cartas&E-mails A Revista Pack quer conhecer a opinião dos nossos leitores. Sua opinião é muito importante para a contínua melhoria da qualidade editorial. Escreva para nós, opinando sobre as entrevistas, reportagens e os artigos. Critique ou dê sugestões de pautas.

ARGENTINA 15 de Noviembre 2547 – C1261 AAO – Capital Federal – Republica Argentina Tel.: (54-11) 4943-8500 – Fax y Mensajes: (54-11) 4943-8540 www.edigarnet.com

Rua dos Três Irmãos, 771 Jardim Progredior – São Paulo-SP – CEP 05615-190 CNPJ 07.570.587/0001-13 – I.E. 149.349.995-116 NOVO TELEFONE: (11) 3722-0956

IMPRESSÃO: Grafilar CIRCULAÇÃO NACIONAL: Tiragem – 10 000 exemplares PERIODICIDADE: ANUAL Nº Avulso: R$ 15,00 PACK – EMBALAGEM | TECNOLOGIA | DESIGN | INOVAÇÃO

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Editora B2B

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2008

Filiada à

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IV P R Ê M

PARA SE CORRESPONDER COM A REDAÇÃO

end.

é uma publicação mensal da Editora B2B.

A Pack é dirigida aos profissionais que ocupam cargos técnicos, de direção, gerência e supervisão em empresas fornecedoras, convertedoras e usuárias de embalagens, bem como prestadores de serviços relacionados à logística, design e todos os processos relacionados a indústrias de embalagem.

RE

V I S TA S E G M

É permitida a divulgação das informações contidas na revista desde que citada a fonte. PACK reserva-se o direito de publicar somente informações que considerar relevantes e do interesse dos leitores da revista.

EN



@EditoraB2B

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/packrevista

www.pack.com.br Por TATIANA GOMES | tatiana.gomes@banas.com.br

O site da Pack traz noticiário atualizado diariamente, artigos exclusivos e tudo sobre o mercado de embalagem. Mais: vídeos, fotos e a versão digital na íntegra da edição do mês, além das anteriores!

Quimatic Tapmatic apresenta a nova embalagem econômica da Fita Isolante Líquida

Foto: Divulgação

Para petiscar: Triunfo lança Salpet Aperitivo

Triunfo, marca do portfólio da Arcor do Brasil, apresenta a novidade: Salpet Aperitivo. Assado e crocante, o novo snack vem em três sabores: Cheddar e Bacon, Picanha com Alho e Pizza Pepperoni.

Foto: Divulgação

A Quimatic Tapmatic acaba de lançar uma nova embalagem econômica para a Fita Isolante Líquida. O produto agora passa a ser comercializado também em bisnaga de 16g. A nova embalagem possui linhas mais modernas e sofisticadas, com design temático relacionado à manutenção elétrica que promete se destacar nas prateleiras.

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Braskem inaugura planta de UTEC® nos Estados Unidos

[Conexão web ] as mais lidas no pack.com.br

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Foto: Divulgação

ABIMAPI registra crescimento de 4,3% do setor em 2016

A Braskem, produtora de resinas termoplásticas das Américas, inaugurou nesse mês de março, sua nova planta de Polietileno de Ultra-Alto Peso Molecular (PEUAPM) em La Porte, no estado norte-americano do Texas. Comercializado sob a marca UTEC, o PEUAPM de alto desempenho da Braskem foi desenvolvido e produzido utilizando tecnologias proprietárias da empresa. Onde achar? http://www.pack.com.br/empresas

O NEWSLETTER QUINZENAL DA INDÚSTRIA

Toda quinzena, a newsletter entrega no seu e-mail as notícias mais importantes da indústria de embalagens. Cadastre-se no site! Acesse! www.banas.com.br/banasinforma

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Editora B2B

A Associação Brasileira das Indústrias Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos industrializados (ABIMAPI), em parceria com a consultoria Nielsen, divulga os dados referentes ao desempenho do setor em 2016.

Pesquisa indica que consumidor nos EUA quer embalagens transparentes e alimentos saudáveis

A pesquisa de caráter qualitativo constatou que os norte-americanos, homens e mulheres, estão exigindo que as embalagens sejam transparentes e em condições para serem aquecidas, reaquecidas ou levadas ao micro-ondas.

Bemis cria embalagens stand-up pouch sem alumínio para a Cargill

A Bemis, fabricante de embalagens, desenvolveu embalagens em formato stand-up pouch (sachê) com estrutura foilless (sem alumínio) para a linha de atomatados da Cargill, fabricante dos molhos de tomate Pomarola e Tarantella.

Água de coco Obrigado lança embalagens do filme Moana - Um Mar de Aventuras A marca, que produz uma água de coco integral, 100% pura, sem adição de açúcar e com o teor de sódio igual da fruta, licenciará o filme traduzindo sua sintonia com a história da personagem e o cenário em que ela vive.

Butter Toffees inova e traz o novo sabor Triplo Chocolate

A Butter Toffees traz novidades. O caramelo da Arcor do Brasil, empresa de alimentos das categorias de Chocolates, Guloseimas e Biscoitos, apresenta um novo sabor: Butter Toffees Triplo Chocolate.

Confira a lista das 10 notícias mais acessadas no site e as leia na íntegra! Fonte: Google Analytics * Período de 30/10/2016 a 31/03/2017 Onde achar? http://www.pack.com.br/empresas


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entrevista

MAIS PRODUTIVIDADE E REDUÇÃO DE CUSTOS NO SETOR DE EMBALAGENS Produzido no Brasil pela unidade da Henkel de Jundiaí (SP), o novo adesivo hot melt Technomelt Supra 175 vem atender a demanda de clientes que buscam menor manutenção e maior eficiência de colagem em suas linhas de fabricação de caixas e cartuchos

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eduzir custos e aumentar a produtividade é prioridade em qualquer segmento da indústria. Com tecnologia e inovação, a Henkel desenvolveu na sua unidade industrial de Jundiaí (SP), o novo adesivo hot melt Technomelt Su 175, para fechamento de caixas e cartuchos, que promete mais produtividade a custos menores, uma vez que, além do baixo peso específico, ainda se faz necessária menor quantidade aplicada para garantia do fechamento das caixas e cartuchos. “A redução de peso específico é um característica que está alinhada com a redução de consumo de adesivo por caixa ou cartucho e esse item evoluiu por volta de 30% com relação à tecnologia anterior usada nos produtos Technomelt”, explica Jorge Strapasson, responsável na América do Sul para adesivos aplicados à indústria de alimentos e bebidas da Henkel. A tecnologia Technomelt Supra já é reconhecida no mercado por seu alto desempenho na adesão e seu consumo médio até 30% menos do que os demais adesivos da categoria hot melt. O Technomelt Supra 175, devido à sua formulação, apresenta ótima estabilidade térmica (não carboniza) e, com isso, proporciona menores custos de manutenção pela redução das paradas de produção relacionadas a entupimentos de bicos aplicadores e limpezas do sistema aplicador. Além disso, o lançamento apresenta vantagens técnicas de performance quando comparado a maioria dos adesivos do mercado, graças à sua ótima flexibilidade a frio, alta resistência ao calor, excelente tack e baixo odor. O produto ainda atende a mais estritas normas de segurança alimentar para embalagens em acordo com as regulamentações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), normas do Mercosul, da Europa e dos Estados Unidos. “Como líder global em adesivos, a Henkel traz a qualidade e confiabilidade para desenvolver e fabricar localmente soluções que atendam às necessidades da indústria de embalagens brasileira e também internacional. Dessa maneira, conseguimos aliar alta tecnologia, segurança e eficiência, a um custo mais acessível e com suporte técnico local especializado” - afirma Andre Baron, head da área de adesivos industriais da Henkel para Brasil, Argentina e Chile.

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Revista Pack: Quais foram os desafios para o desenvolvimento da nova tecnologia de adesivos hot melt Technomelt Supra 175 para caixas e cartuchos? Jorge Strapasson: O principal desafio desse projeto foi explorar a funcionalidade de novas matériasprimas em prol de obter os requerimentos desejados a um adesivo hot melt premium para o mercado de fechamento de caixas e cartuchos, principalmente no que tange a característica de adesão. Pack: O novo produto vem atender uma demanda dos fabricantes de caixas e cartuchos? Strapasson: O Technomelt Supra 175 foi projetado para atender a demanda de clientes que utilizam as caixas e cartuchos para acondicionar seus produtos para venda no mercado e tem uma necessidade de maior produtividade e, portanto, menor manutenção e maior eficiência de colagem em suas linhas de fabricação. Pa c k : H á q u a n t o t e m p o a Henkel vem trabalhando no desenvolvimento do adesivo hot melt Technomelt Supra 175?


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Foto: Divulgação


Foto: Divulgação

entrevista

Technomelt Supra 175, adesivo hot melt possui força de adesão extrema e baixo peso específico

A grande vantagem deste produto é a utilização de matérias-primas alternativas, tornando-o mais atraente em relação aos custos diretos do produto para aqueles que ainda utilizam adesivos de tecnologia EVA Strapasson: Foram cerca de dois anos de desenvolvimento. Pack: O Technomelt Supra 175 oferece força de adesão extrema e baixo peso específico. Esse novo produto é uma evolução da linha Technomelt. Comente como esses atributos evoluíram em relação aos produtos anteriores da marca e como isso foi alcançado? Strapasson: A redução de peso específico é um característica que está alinhada com a redução de consumo de adesivo por caixa ou cartucho e esse item evoluiu por volta de 30% com relação à tecnologia anterior usada nos produtos Technomelt. Tal progresso foi alcançado após longo período de desenvolvimento com novas matérias-primas que possibilitam uma redução de densidade no produto. Com relação à adesão, 12

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as novas matérias-primas desenvolvidas promovem um maior poder de penetração em estado fundido durante aplicação a quente no substrato. Após resfriado o adesivo à temperatura ambiente, os vincos mecânicos gerados resultam em maiores valores de adesão e, portanto, desfibramento do papel e papelão. Pack: O Technomelt Supra 175 oferece maior produtividade a custos menores. É possível quantificar em percentual quais serão os ganhos para os fabricantes de caixas e cartuchos? Strapasson: Após diversos testes de validação em nossos laboratórios e no mercado, chegamos ao valor de cerca de 30% de redução de consumo de adesivo. Simplificando, um cliente que utiliza 100 quilos por turno de adesivo hot melt de tecnologia

anterior pode reduzir seu consumo para cerca de 70 quilos por turno utilizando o Technomelt Supra 175. Além disso, há redução em outros custos indiretos como redução de paradas de linhas, menor manutenção e maior vida útil dos equipamentos aplicadores devido à maior estabilidade térmica do adesivo. Pack: O Technomelt Supra já consome 30% menos que os demais adesivos de tecnologia anterior. O novo produto também permite menor quantidade aplicada para garantir o fechamento das caixas e cartuchos. Qual foi a evolução em percentual e o que isso significa para a indústria de caixas e cartuchos? Strapasson: A evolução permanece nos 30% de redução comparado à tecnologia prévia, estando dentro dos padrões para a marca Supra da Henkel. A grande vantagem deste produto é a utilização de matérias-primas alternativas, tornando-o mais atraente em relação aos custos diretos do produto para aqueles que ainda utilizam adesivos de tecnologia EVA. Pack: A nova tecnologia de adesivo


hot melt da Henkel proporciona menores custos de manutenção pela redução das paradas de produção relacionadas a entupimentos de bicos aplicadores e limpezas do sistema aplicador. Isso é um ponto crítico na linha de fechamento de cartuchos e caixas? Strapasson: Sim, o mercado espera que os adesivos sejam soluções técnicas para o fechamento de suas embalagens e que não causem atrasos ou interrupções de suas linhas de produção, sendo assim, o adesivo deve ser robusto para trabalhar sem que existam problemas de desempenho durante a aplicação. Pack: O novo adesivo Technomelt Supra 175 já está sendo usado pelos fabricantes que utilizam caixas e cartuchos? Strapasson: Sim, o Technomelt Supra 175 já é considerado um produto validado e faz parte do portfolio Henkel para venda regular. Pack: O novo produto também vai ser exportado? Para quais países? Strapasson: Sim. O adesivo já é comercializado na Argentina, no Uruguai e vai ser lançado no Chile, nos Estados Unidos, no México e Oriente Médio. Pack: Qual é a importância do negócio de adesivos para caixas e cartuchos para os negócios da Henkel no Brasil? Strapasson: Os adesivos para indústria de alimentos e bebidas são estratégicos para a Henkel no Brasil e no mundo e estão entre nossos principais mercados de desenvolvimento. Pack: Que outros desafios o senhor enxerga no desenvolvimento de adesivos hot melt para atender as necessidades dos usuários finais que utilizam no seu final de linha caixas e cartuchos? Strapasson: A Henkel tem buscado

desenvolver soluções em embalagens para a indústria de alimentos e bebidas, trazendo inovações por meio de nossos adesivos e produtos com foco em eficiência, sustentabilidade e no custo total do processo produtivo envolvido e, com isso, planejamos o lançamento de grandes novidades para os próximos anos.


notícias

VOLUME FÍSICO DE PRODUÇÃO DE EMBALAGENS CAIU 4,20% EM 2016

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VALOR BRUTO DA PRODUÇÃO POR CLASSE EM 2016 Metálicas R$ 11.288.570 17,55% Vidro R$3.175.275 4,94%

Material Plástico R$ 25.361.540 39,42%

Têxtil R$ 1.512.691 Madeira 2,35% R$ 1.309.059 Papel 2,03% R$ 3.351.469 5,21% Cartolina e Papel Cartão R$ 6.094.268 9,47%

POSIÇÃO 2016

CENÁRIO

CENÁRIO

indústria brasileira de embalagem produziu o equivalente a R$ 64,3 bilhões em 2016, e obteve uma retração de 4,20%, no volume físico de produção. Os dados são do Estudo Macroeconômico da Embalagem ABRE, sob a chancela do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (IBRE/FGV). Este ano, o estudo prevê melhores expectativas a partir do segundo semestre, gerando um tímido, porém importante, crescimento de 0,6% até dezembro. “O ano de 2016 foi de grandes oscilações, devido à crise política e econômica que afetou não só a confiança dos empresários mas também a dos consumidores, porém, ao que tudo indica, o pior já passou. A indústria de embalagens, por atender em maior volume o setor de bens de consumo não duráveis, prevê a sua retomada antes de outros setores como o de bens duráveis ou automóveis”, afirma Luciana Pellegrino, diretora executiva da ABRE. Atender à indústria de bens de consumo não duráveis faz com que a indústria de embalagens sofra menos oscilações que as demais, o que acaba gerando uma determinada estabilidade, porém depende muito do consumo para que haja um crescimento relevante. No terceiro trimestre de 2016, o mercado conseguiu conquistar uma pequena recuperação, porém o fim de ano foi tão decepcionante que a melhora acabou não se sustentando, o que gerou uma nova queda. “Apesar de o mercado estar em ritmo lento, o consumidor brasileiro amadureceu o seu padrão de consumo ao longo das últimas décadas, e tornou-se mais exigente. E a demanda por produtos e embalagens com

PRODUÇÃO FÍSICA DA EMBALAGEM

Papelão Ondulado R$ 12.247.512 19,04%

Valor da Produção: R$ 64.340.385 Fonte: IBRE/FGV

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maior funcionalidade, incluindo conveniência, portabilidade ou mesmo eficiência no uso e consumo dos produtos, não esmaece num momento de retração econômica, fazendo com que a indústria nacional continue focando em novos desenvolvimentos para atender o mercado. E ao mesmo tempo, buscando aplicar novos recursos tecnológicos para agregar competitividade ao processo produtivo e oferecer produtos mais acessíveis ao momento econômico do país,” completa Luciana. Com volume total de US$ 491,53 milhões, as exportações tiveram recuo de 0,91% em relação a 2015, quando foi registrado US$ 487,173. Já as importações registraram volume total de US$ 491,038, com recuo de 23,91% e retração em todas as classes de materiais.

Fonte: IBRE/FGV

Período

Produção Física (%)

I.tri

-0,9

II.tri

-0,2

I.sem

-0,3

III.tri

0,9

IV.tri

2,1

II.sem

1,5

Ano

0,6


notícias

Foto: Divulgação

TETRA PAK RECEBE CERTIFICAÇÃO DE EXCELÊNCIA OPERACIONAL

A

fábrica da Tetra Pak em Monte Mor (SP) recebeu o prêmio Avanced Special da metodologia Total Productve Maintenance (TPM). A certificação foi concedida pelo Japan Institute of Plant Maintenance (JIPM), após duas auditorias externas realizadas na planta, em julho de

2016 e janeiro de 2017.O prêmio é um reconhecimento à excelência da gestão na unidade, que aumentou a eficiência operacional e reduziu as perdas no processo produtivo. Este é o quarto nível de certificação obtido pela Tetra Pak que, desde o ano 2000, aplica a metodologia nos procedimentos fabris no Brasil. A meta é que a empresa alcance, em 2018, o nível World Class, certificação máxima conferida pelo JIPM. Desenvolvido no Japão, na segunda metade do século 20, o sistema TPM foca, contínua e sistematicamente, em maximizar a produtividade, a partir do controle de perdas da indústria. A filosofia busca sempre o zero: zero acidentes, perdas de matéria-prima ou problemas de qualidade.




atualidades

Fotos: Divulgação

Desenhos feitos com os próprios grãos

Do campo à xícara: esta é a experiência que a Entre Gestão & Design proporciona aos amantes do café com as novas embalagens desenvolvidas para a Cafeeira Garibaldi. Com sede em Itajaí, a Garibaldi é um centro de excelência quando o assunto é uma das bebidas preferidas dos brasileiros, oferecendo espaço de cafeteria, cursos, assistência técnica, máquinas e, claro, cafés de alta qualidade. A Garibaldi escolheu os serviços da Entre Gestão & Design, de Joinville, para o design das embalagens de 500 gramas e um quilo, oferecidas em três linhas: tradicional, superior e gourmet. Chama a atenção o processo de criação utilizado pelos designers: a ilustração que toma conta de mais da metade da embalagem foi feita a partir de um esboço usando o pó de café como base. “A ilustração apresenta e representa todo o processo de produção do café, desde o plantio até a xícara”, comenta a designer Jenifer Preuss, coordenadora do projeto na Entre Gestão & Design. Após a criação de um esboço, a imagem foi feita usando pó de café para o desenho final. Esta é a base da ilustração que, mais tarde, se tornou parte do layout impresso na embalagem. “Sempre gostamos muito de realizar experimentações, trazendo novas alternativas para a etapa de criação no design. Por isso optamos por criar as novas embalagens por meio desta técnica e com a própria matéria-prima fornecida pelo cliente, os grãos nobres e selecionados de café, o que garantiu genuinidade à ilustração”, explica Jenifer que, entre outras especializações, dedicou dois anos de estudos à História da Arte Ocidental. Ao usar o café como base para a ilustração, Jenifer conta que foi possível trabalhar com o volume, a textura e a cor dos grãos. “Criamos uma ilustração absolutamente original e com alto apelo artístico”, indica.

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atualidades

Fotos: Divulgação

Uma das marcas de vermouth mais vendidas do Brasil, Cortezano lança uma edição especial inspirada na Pop Art, movimento artístico pós-moderno criado nos anos 50, que chamou a atenção ao ironizar o mundo consumista, utilizando cores vibrantes e elementos da cultura de massa. Cortezano Pop Art traz vermouths Bianco e Rosso em rótulos desenvolvidos pela agência Benchmark, ilustrados com grafismos multicoloridos e elementos geométricos, que lembram a arte de Andy Warhol, Peter Blake e Romero Brito. A edição é uma forma de posicionar o Cortezano como uma marca da CRS Brands que se tornou um clássico da categoria, mas busca a modernização na embalagem para surpreender os novos consumidores. A novidade chega ao mercado com uma produção de 120 mil garrafas de cada versão, totalizando 240 mil unidades. As garrafas são produzidas pela Owens-Illinois do Brasil e a impressão do rótulo pela Memoart.

Foto: Divulgação

Garrafão retornável

Edição inspirada na Pop Art

Levar e consumir em casa o mesmo chope fresquinho da cervejaria, como se a bebida tivesse acabado de sair da torneira. A ideia não é sonho, é uma realidade possível com o growler, o garrafão retornável, tendência no segmento de cervejas especiais. Agora, o mercado acaba de ganhar uma nova versão da embalagem: o primeiro growler de vidro produzido no Brasil pela Owens-Illinois. “Por ser retornável, o growler evita o consumo e descarte de embalagens. Além disso, ele também é vantajoso quanto ao custo-benefício, pois permite que a bebida seja comercializada com preços mais baixos”, explica Daniel Amaral, gerente de marketing, inovação e desenvolvimento de novos produtos da O-I.

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atualidades

Foto: Divulgação

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Cara nova

Os refis de temperos, da marca italiana Montosco, acabam de ganhar novas e reformuladas embalagens. Muito mais atraentes e modernas, as novas bags chamam mais atenção no ponto de venda. Além disso, são práticas, econômicas e possuem um sistema de abre e fecha, que ajuda a preservar os aromas e sabores dos temperos, mantendo o produto sempre fresquinho. A Montosco preocupa-se com a qualidade dos seus temperos, por isso cuida de todo o ciclo produtivo, desde o plantio até a embalagem. O solo é escolhido e cuidado por uma equipe de engenheiros agrônomos. Após a colheita, todo o processo é realizado em até 48 horas, que envolve seleção, limpeza, corte e processo de secagem, garantindo assim um sabor único aos temperos. E as embalagens foram desenvolvidas em conjunto com o Departamento de Engenharia Industrial e Química Orgânica Industrial da Universidade de Parma.

Rótulo sofisticado

Fotos: Divulgação

A cerveja Proibida Puro Malte Leve ganhou um sofisticado rótulo prateado que facilita sua identificação dentro da família de cervejas Proibida Puro Malte. As linhas gráficas traduzem a credibilidade da companhia e atendem a necessidade de conversar diretamente com cada um de seus consumidores. Uma vez que cada um possui um paladar e hábito de consumo distintos. O estúdio de criação Papelaria assina o design da embalagem. Para marcar este lançamento, a Proibida investiu em garrafas de 330 ml com um design exclusivo – fornecidas pela Verallia -, baseado no modelo da garrafa inglesa e com o ícone da marca litografado na proximidade do gargalo. A lata de alumínio é fornecida pela Crown Embalagens e o rótulo, pela Gráfica Rami.

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atualidades

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Inspirada na versão americana

A embalagem da tinta super premium SuperPaint, da Tintas Sherwin-Williams, foi inspirada na versão americana para que o consumidor percebesse que o SuperPaint lançado no Brasil, tem a mesma qualidade, excelente cobertura e rendimento superior, semelhantes ao da versão americana, porém com o diferencial de ser aplicável tanto no exterior quanto interior. Os tons de dourado e as linhas curvas em azul combinam elegância, sofisticação e performance de uma tinta de desempenho superior ao que se tem hoje no mercado, destacando-a como uma tinta super premium. O layout da embalagem é assinado pela Ph2 Full Creativity e a lata de aço é fornecida pela Brasilata.

Embalagem divertida e alegre A Páscoa da Garoto foi desenhada pensando em oferecer para os consumidores opções adequadas para presentear diferentes públicos. No caso da Cestinha de ovos Baton, o produto é um mimo para as mães e resgata um momento muito divertido e comum nas famílias brasileiras que é a caça aos ovos. Na parte interna da embalagem, estão desenhos de patinhas de coelho que os consumidores podem recortar e fazer o caminho até os ovos de Páscoa. Já as ilustrações, criadas pela FutureBrand São Paulo, reforçam a cremosidade do chocolate Baton e a presença de leite no produto. O formato de cestinha foi desenvolvido pensando no hábito das famílias brasileiras de fazer a brincadeira de caça aos ovos no dia da Páscoa. A embalagem foi produzida pela Gráfica 43.

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vanguarda

EMBALAGEM INTELIGENTE

Huhtamaki Foodservice Europa-Ásia-Oceania lança copo de papel de uso único com conexão digitalizada

Da Redação

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Huhtamaki Foodservice Europa-Ásia-Oceania acaba de lançar AdtoneTM, um copo de papel de uso único com conexão digitalizada. Apresenta um rótulo termocrômico e um código QR com link programado para o site do cliente. A nova conexão digitalizada torna o copo de papel de uso único uma mídia perfeita para campanhas promocionais realizadas em dispositivos móveis. Os consumidores interagem com um copo de café por vários minutos e prestam atenção no que está impresso nele. O copo entrega a mensagem eficazmente ao realçar a experiência do cliente com divertimento e conteúdo digital relevante. Os códigos QR únicos e dinâmicos são controlados por um software especial de gerenciamento de dados digitais que transforma o copo de café em uma embalagem realmente inteligente. A impressão termossensível mantém o código escondido até o uso, protegendo o conteúdo promocional para o cliente até a compra da bebida. Quando uma bebida quente é derramada no copo de Adtone, o calor ativa a impressão termocrômica no rótulo, revelando o código QR exclusivo. Ao digitalizar o código com um dispositivo móvel, o cliente pode acessar o site promocional e os conteúdos digitais associados. O software de gerenciamento de código inteligente garante que cada código

promocional seja usado somente uma vez e altera dinamicamente o conteúdo digital após o uso. Huhtamaki Adtone TM permite que cafés e restaurantes executem várias campanhas, desde recompensas de fidelidade até promoções premiadas. Também é uma ótima ferramenta para promoções conjuntas e faz com que o copo seja um companheiro perfeito para o conteúdo de mídia digitalizada.

Mais informações sobre Adtone no site www.huhtamaki.com/ adtone ou assista o vídeo https://youtu.be/Nk6KEeG9PHk

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INOVAÇÃO E PIONEIRISMO: EMBALAGEM TERMOFORMADA COM ATM PARA CORTES DE FRANGO

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a busca por processos que diferenciem o seu produto da concorrência, a Flamboiã, empresa paulista com 47 anos de atuação no mercado de frangos, inovou e aderiu às embalagens termoformadas com atmosfera modificada (ATM). A utilização da ATM para cortes resfriados de frango é inédita no mercado brasileiro.

Segundo o gerente industrial da empresa, Osvaldo Camacho, o objetivo principal é inovar com qualidade percebida, fazendo com que a Flamboiã seja reconhecida por seu padrão de qualidade. “Conseguimos agregar valor aos cortes resfriados de frango, um produto popular, que agora adquire status de nobreza”, avalia. As vantagens trazidas pela utilização da embalagem termoformada com ATM para cortes de frango são muitas: a otimização no transporte das cargas, aumento do shelf life de sete para 20 dias, maior raio de atuação, possibilidade de se trabalhar com o produto resfriado e não apenas congelado, melhoria na apresentação do produto, padronização de peso e embalagem, entre outras.

A transição A Flamboiã encontrou na Multivac, empresa alemã que é líder mundial em máquinas para embalar a vácuo, a ATM, a parceira ideal para este processo de transição. Segundo Camacho, a escolha da empresa não poderia ter sido mais acertada. “Desde a instalação da máquina, realizamos testes com todo acompanhamento da equipe técnica e de vendas. Todas as nossas dúvidas sobre o equipamento, capacidade, treinamento e peças de reposição foram sanadas. Agora, nossos funcionários estão treinados pela Multivac e a implementação desta solução segue conforme programado”, comemora. A máquina escolhida pela Flamboiã é uma termoformadora F100 Rig/Flex com ATM 420x300, formato 2x2. A embalagem do produto tem 190,5 x 150 mm com ranhuras laterais e permite a aplicação do logotipo em relevo no fundo. 24

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A capacidade de produção é de 1.200 embalagens por hora. A empresa já usa a nova embalagem em 15 produtos: nove In natura e seis temperados. “Trabalhar com este equipamento tem sido muito positivo. Nota-se que foi construído para trabalhos de alta produtividade. A tecnologia ATM para o nosso segmento é revolucionária, vamos ganhar muito com shelf life e agora poderemos atender lojas a uma distância muito maior”, finaliza o gerente de industrial.

Outras máquinas A Multivac disponibiliza diversas máquinas de alta performance que podem contribuir para o aumento da lucratividade da produção. Com sede também no Brasil, atende em todo o território nacional. Faça como a Flamboiã, agende uma visita com a equipe da Multivac e encontre a melhor opção de equipamento para sua necessidade.

LIGUE (19) 3795-0818 ou acesse br.multivac.com

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Nova Optima CFR: compacta, eficiente e flexível para atender mercados de entrada, como o de cápsulas de café

DEMANDA GLOBAL EM ALTA Mercado de máquinas de embalagem deve crescer 6,5% ao ano até 2019, movimentando US$ 52,5 bilhões, segundo estudo do Grupo Freedonia

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demanda global de máquinas de embalagem deve crescer 6,5% ao ano até 2019, atingindo US$ 52,5 bilhões. As vendas destes produtos serão impulsionadas pelo crescimento do mercado na China e em outros países industrializados, onde a demanda por alimentos processados e bebidas e outros produtos manufaturados deverá registrar alta mais forte com o aumento do poder de compra dos consumidores. Isso vai resultar em investimento adicional em novas capacidades de produção e máquinas de embalagens na região da Ásia/Pacífico, África/Oriente Médio, Europa Oriental, e América Central e América do Sul. Estes dados são de um estudo realizado pelo Grupo Freedonia. A China sozinha deverá gerar um quarto de toda a nova demanda de produtos até 2019. Os grandes fabricantes de países em desenvolvimento aumentarão o uso de materiais de embalagem e adotarão novas tecnologias de embalagem para tratar de questões como contaminação, prolongar a vida útil dos produtos e torná-los esteticamente mais atraentes. Também há uma expectativa de que as empresas menores desses países mecanizem os seus processos de embalagem para aumentar a produção e a eficiência, impulsionando ainda mais a demanda de máquinas de embalagem.

Ainda, segundo o estudo, a expectativa é que os grandes e maduros mercados de máquinas de embalagem da América do Norte e da Europa Ocidental registrem ganhos sólidos. As vendas de produtos nos Estados Unidos e na Alemanha, os dois maiores mercados nessas regiões, deverão ser moderadas após avançarem aproximadamente 9% ao ano entre 2009 e 2014. No Japão, terceiro maior mercado nacional atrás da China e dos EUA, a demanda por máquinas de embalagens vai se recuperar depois de sofrer queda durante os cinco anos anteriores. A atividade industrial na América do Norte, Europa Ocidental e no Japão deve aumentar e impulsionar os investimentos fixos. Os gastos dos consumidores nestas áreas também aumentará à medida que as condições econômicas melhorem, incentivando os fornecedores a ampliar a produção e a investir em novos equipamentos de embalagem. Empresas em regiões desenvolvidas do mundo também aumentarão a produção por causa de novas oportunidades de exportação. A indústria de alimentos e bebidas deve responder por 55% de toda a nova demanda de máquinas de embalagens gerada entre 2014 e 2019. À medida que os rendimentos discricionários nas regiões em desenvolvimento aumentam, os agregados familiares aumentarão os gastos com uma vasta gama de produtos transformados de alimentos e bebidas. Para satisfazer essa crescente demanda, as empresas de todo o mundo irão construir novas fábricas e comprar novas máquinas de embalagem. Além disso, devido à alteração das preferências dos consumidores, espera-se que as empresas de alimentos e bebidas introduzam uma ampla gama de novos produtos, que muitas vezes exigem equipamento de embalagem adicional ou novo. No Brasil, apesar de a economia ainda mostrar poucos sinais de melhora, o setor de máquinas de embalagem começa a retomar os seus investimentos, apostando em novas tecnologias. A Optima Consumer vai lançar durante

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A máquina vai operar na feira com uma capacidade de 400 cápsulas por minuto. No entanto, o espectro de desempenho dos sistemas da Optima pode atingir mais de mil cápsulas por minuto. A tecnologia de carregamento flexível também permite a utilização de padrão nas caixas. Na área de automação, a catarinense Indata Pack System, empresa especializada em máquinas de embalagens, optou por investir na melhoria do seu portfólio, fechando uma parceria com a Mitsubishi Electric para o uso dos produtos de automação industrial CLPs (Controlador Lógico-Programável) da linha

Indata investe em produtos de automação para suas máquinas de embalagem: redução de 80% em manutenção por falhas técnicas 28

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Melsec FX e IHMs (Interface Homem-Máquina) Got Simple, o que trouxe benefícios técnicos, além da credibilidade global da marca japonesa. “A possibilidade de aumentar nossas vendas a partir da credibilidade da marca Mitsubishi Electric foi um fator determinante para a parceria”, explica Fernando Caretti, diretor-executivo da Indata. De acordo com o diretor, os benefícios proporcionados pela parceria são vistos logo na apresentação dos produtos. “Ao falarmos que o CLP e o IHM são da Mitsubishi Electric, os clientes mostram boa aceitação”, afirma. Na prática, ele aponta que houve redução de 80% em manutenção por falhas técnicas, além de melhora de 95% na estabilidade do software de programação. Para a Indata, a parceria com a Mitsubishi Electric foi fundamental para enfrentar o período de crise. “Conseguimos manter nosso volume de negócios nos últimos dois anos, muito por conta da credibilidade e das melhorias proporcionadas pela parceria”, explica o executivo, que contabiliza a venda de mais de 30 equipamentos já com componentes da multinacional japonesa durante este período. “Foi possível colher bons resultados e analisar como excelente a decisão em adquirir os componentes da Mitsubishi Electric”, finaliza Caretti.

Software para o segmento de rótulos e embalagens A Hybrid Software anunciou o lançamento do PackZ 4.0, nova versão da suíte de aplicativos para edição de arquivos PDF para o segmento de rótulos e embalagens que, além de otimizações de interface (que está mais intuitiva e traz reestilização de ícones e reorganização de menus) incorpora a nova ferramenta Pallet Dock, que permite ao operador ancorar suas paletas de trabalho em um espaço definido para melhor organização de seu desktop e acesso mais fácil e rápido aos recursos mais utilizados. Outra novidade é a ferramenta Swatches, introduzida na versão 4.0, que permite organizar em uma única janela todas as cores usadas no arquivo que está sendo trabalhado, facilitando assim a seleção e edição dessas cores. Além disso, essa paleta de cores pode ser salva em arquivo e exportada para uso por parte de outros operadores, bem como renomeada para facilitar a localização por parte do usuário. Por meio da nova ferramenta Cotas, o PackZ 4.0 permite adicionar

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a Interpack 2017, em maio, na Alemanha, a nova Optima CFR, que é compacta, eficiente e flexível. A máquina rotativa e pré-configurada para cápsulas compatíveis pode ser encomendada com o novo Starter-Kit, cuja principal vantagem é que a produção pode começar imediatamente, resultando em um curto período de tempo para o lançamento em mercados de entrada, como o de cápsulas de café.

PackZ 4.0, nova versão da suíte de aplicativos para edição de arquivos PDF para o segmento de rótulos e embalagens


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Krones instala novo Checkmat no Centro de Treinamento do Brasil

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Krones do Brasil instalou um novo Checkmat com a tecnologia DART 4.0 em seu Centro de Treinamento – o primeiro CT fora da Alemanha a receber a versão mais avançada do inspetor. Futuramente, as subsidiárias dos Estados Unidos e da China também vão contar com o mesmo modelo do Checkmat. O processo de instalação e comissionamento da máquina no Brasil ocorrerram no final de janeiro, com o suporte de um profissional da matriz da Krones da Alemanha. “Com o apoio de nossa direção, a Krones do Brasil realizou, no final de 2016, investimentos na atualização do nosso Centro de Treinamento, com a aquisição do novo Checkmat DART 4.0. Em conjunto com a matriz na Alemanha, reunimos também recursos para certificar instrutores locais e iniciar os treinamentos de atualização do corpo técnico local e regional para a nova tecnologia”, destaca Sandro Cubo, gerente de Field Service na Krones do Brasil. “A atualização de nosso Centro de Treinamento mostra a preocupação da Krones em oferecer cursos de capacitação, alinhados com o que há de mais moderno em termos de tecnologia em máquinas e equipamentos”, complementa Marcelo Renzo, coordenador do Service Training Center da Krones do Brasil. A expectativa é de que, ainda este ano, outro inspetor do CT brasileiro, um Linatronic, seja substituído por um novo equipamento também com a tecnologia DART 4.0. No caso do Checkmat, a atualização tecnológica permite, de modo geral, uma redução no tempo e nos custos com a instalação do equipamento. O Checkmat é um inspetor versátil, capaz de operar com diferentes tipos de embalagem e realizar variadas possibilidades de controle em uma linha de envase, como inspecionar o nível de enchimento de um recipiente, o seu fechamento e a sua rotulagem. Com a tecnologia DART 4.0, a operação da máquina torna-se mais fácil, com configuração prática e fácil manutenção. Além da já mencionada redução no tempo de instalação devido à baixa utilização de cabeamento, os outros benefícios são: uso de unidades de I/O descentralizadas e unidades conectáveis, facilidade na resolução de problemas, sistemas compactos e mais econômicos com várias câmeras, de maior resolução, e computador e mídia de armazenamento mais rápidos (Industrial C-Fast), reduzindo o tempo de inicialização e processamento. Com a instalação do novo Checkmat no Centro de Treinamento do Brasil, a Krones passou a oferecer para técnicos da empresa, brasileiros e de outros países, como México, Argentina, Chile, Colômbia, Guatemala e China, um programa de capacitação para esta nova tecnologia do inspetor. Os treinamentos iniciais têm contado com o suporte de Carsten Widera, instrutor da matriz da Krones da Alemanha. Dois outros instrutores, o brasileiro Diogo Abreu e o mexicano Rafael Varela, já certificados para ministrar treinamentos de Checkmat da versão anterior, estão sendo agora certificados para conduzirem os próximos treinamentos na tecnologia DART 4.0, a serem realizados em algum dos CTs no continente americano ou, se necessário, em outros continentes, que já receberam ou receberão o novo equipamento.

No Brasil, o primeiro treinamento foi realizado em seis de fevereiro, com cinco participantes – três da Krones do Brasil, um da empresa no Chile e outro da Colômbia. Foi comandado por Rafael Varela, apoiado por Carsten Widera. Ainda em fevereiro, no dia 20, Diogo Abreu, também com suporte de Widera, aplicou um novo treinamento do Checkmat DART 4.0. Neste dia, estavam presentes dois técnicos da Krones do Brasil, além de técnicos da empresa da China e da Argentina. Já estão programados treinamentos no Brasil. “O Checkmat DART 4.0, embora ainda seja uma tecnologia bastante inovadora para o mercado brasileiro, terá demanda no futuro. Por isso, temos que estar preparados para trabalhar com estas inovações”, afirma Marcelo Renzo. “Outro ponto importante é termos instrutores capacitados para ministrar cursos fora do Brasil também, inclusive na Alemanha, quando nossa matriz demandar nossos serviços.” A Krones estima que, em todo o mundo, mais de 200 técnicos da empresa deverão passar pelo programa de capacitação na nova tecnologia do Checkmat. A Krones do Brasil conta atualmente com 92 técnicos, dos quais cerca de 10 profissionais trabalham na área de inspeção. Desde a inauguração do Centro de Treinamento no Brasil, há dois anos, a Krones tem ampliado a contratação e capacitação destes profissionais. “As metas traçadas desde a inauguração de nosso Centro de Treinamento estão sendo concretizadas ao longo desses últimos dois anos com êxito. Os nossos instrutores já realizam treinamentos de formação em outras filiais e na matriz, o que demonstra a sinergia do Grupo Krones na preparação e qualificação do seu corpo técnico”, ressalta Cubo.

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especialde matéria | FCE capaPharma | máquinas e FCE Cosmetique cotas em objetos ou desenhar planos mecânicos – ideais para embalagens flexíveis. As dimensões do layout são criadas em um layer compatível com as especificações PDF e permanecem editáveis durante todo o processo.

possibilidades de controle de processos para assegurar a qualidade dos trabalhos; e outra, que incorpora novos recursos para ampliar as opções de trabalho e facilitar as tarefas, como a nova janela Swatches e o recurso incorporado para uso de dados variáveis”, disse Heysler Hey, gerente de desenvolvimento de mercado da Hybrid Software no Brasil.

Já Staggered Cutting permite desenhar uma linha de corte que auxilia na montagem de clichês para casos de imposições deslocadas, algo muito comum em impressão em banda larga.

Novas soluções de reciclagem de plástico

Os usuários também possuem agora a possibilidade de saída para rotogravura com conexão a gravadoras Ohio, que gera arquivos com distorções diferentes (quando necessário) para cada cor, solução única no mercado.

A Wortex Máquinas, fabricante de equipamentos para a indústria plástica, apresenta novas soluções em reciclagem com o desenvolvimento da segunda geração das linhas Challenger Recycler e Compounder, que oferece melhor ganho de produtividade e de performance. A linha Challenger Recycler processa uma grande variedade de resíduos de filmes lisos/impressos e rígidos, com eficiência e baixo custo. Os equipamentos Recycler utilizam um eficiente sistema de alimentação forçada, o que permite o processamento do material sem a necessidade de aglutinação. Seu sistema de granulação é adequado ao processamento de todos os tipos

Ferramentas para controle de qualidade dos layouts também foram otimizadas. De modo mais rápido e intuitivo, os usuários podem gerenciar e monitorar a qualidade de recursos como trapping, sangria (mesmo em imagens), corte, e realizar edição de sombreamentos gerados no Adobe Illustrator. “Basicamente, o PackZ 4.0 traz duas principais frentes de aprimoramentos: uma, que otimiza ferramentas já existentes e coloca nas mãos dos usuários novas

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A linha Challenger Recycler Geração II que, além de melhorias técnicas, tem capacidade de processar até 20% de material rígido no material flexível ou processar 100% de material rígido ou aglutinado. A geração II apresenta avanços na degasagem de materiais altamente impressos com um sistema opcional de dupla filtragem para materiais com maiores níveis de contaminação. Já a linha Challenger Compounder Geração II também apresenta grandes melhorias técnicas e produtivas. Essa linha de reciclagem de plásticos é direcionada para as indústrias que precisam desenvolver e compor suas próprias blendas, aditivar cargas minerais e peletizar materiais provenientes de sopro, injeção, termoformagem e outros, tais como: ABS, OS, PP, PE, POM, PC e Nylon. A Compounder é uma extrusora mono rosca, idealizada para substituir com qualidade e eficiência algumas máquinas de dupla rosca a um custo-benefício bem vantajoso.

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Agora, com o PackZ 4.0, é possível trabalhar com variáveis diretamente no ambiente de produção do aplicativo. Esse novo recurso permite ao PackZ se conectar a banco de dados ou arquivos XML, usar Javascripts e Python Scripts para executar diferentes funções, interligando diretamente o aplicativo aos sistemas de ordem de serviço.

de termoplástico, assegurando maior produtividade e homogeneidade dos grãos, otimizando a qualidade do produto final.

Linha Challenger Recycler processa uma grande variedade de resíduos de filmes lisos/impressos e rígidos


conveniência e praticidade

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EMBALAGEM A VÁCUO PRESERVA OS NUTRIENTES DA COMIDA E FACILITA O PREPARO

Sabor, textura e aroma são preservados sem o uso de conservantes. Por isso, a embalagem foi a escolhida da Light Chef, delivery de cardápios congelados saudáveis

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sada em restaurantes, a embalagem a vácuo chega ao serviço de delivery de comida pronta congelada saudável. A Light Chef foi criada no final de 2014, com a missão de atender à crescente demanda do mercado de alimentação natural e os clientes que precisam de praticidade no dia a dia para garantir uma dieta completa e rápida. Para isso, a empresa desenvolve cardápios focados em refeições leves e sem o uso de conservantes, corantes e aditivos. Ao todo são mais de 100 opções individuais, distribuídas em linhas para o público infantil, opções sem lactose, versões especiais para vegetarianos, pessoas que querem emagrecer e praticar esportes. No site www.lightchef.com.br é possível selecionar os kits prontos ou ainda personalizar os pedidos de acordo com interesses e necessidades. Os pratos destacam-se pelo cozimento lento, com textura macia, leve e saborosa. O grande diferencial é a uso da tecnologia de ultracongelamento e a finalização das receitas no sistema “sous vide”, termo que significa “a vácuo”, e que impede a perda de nutrientes, conservando o frescor da comida por até seis meses. Este tipo de embalagem foi escolhido por preservar os nutrientes e a textura dos alimentos sem a necessidade do uso de conservantes. A embalagem é fornecida pela Flexpack. Segundo Leandro Valencio, sócio diretor da Light Chef, é possível afirmar que quase todos os tipos de receitas podem ir para o menu de entrega. “Salve alguns tipos

de produto que são mais sensíveis ao processo de congelamento e regeneração posterior”, explica. A embalagem a vácuo, segundo Valencio, é importante no crescimento do negócio de delivery de comida saudável, pois ela tem um papel importante na manutenção do aspecto e sabor dos alimentos, mesmo depois do congelamento. No entanto, “o porcionamento e o envase são questões críticas no empacotamento da comida”. Hoje, a atuação da Light Chef se concentra na capital paulista e cidades como Barueri, Santana do Parnaíba e ABCD. “Comercializamos em torno de 15 mil pratos mensalmente e a expectativa de crescimento para este ano é de 50%”, conclui o sócio diretor.

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Planta fabril da Diadema (SP)

DIFERENCIAÇÃO PARA CRESCER Embalagens flexíveis Diadema quer crescer em mercados nichos para não se tornar uma produtora de commodities 32

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segmento de embalagens é o maior consumidor de alumínio no Brasil. Em 2015, segundo dados da Associação Brasileira do Alumínio (Abal), foram consumidas 478 mil toneladas que correspondem a 37% de toda a demanda doméstica do metal. Este volume é dividido em 85% de chapas para a fabricação de latas para bebidas e alimentos, tubos e bisnagas; enquanto 15% destinam-se à produção de embalagens semirrígidas (descartáveis) e flexíveis. Especialista em estruturas laminadas em alumínio para SUP, FS e FFS, a Embalagens Flexíveis Diadema utiliza a folha de alumínio – fornecida pela CBA - em 80% das estruturas das embalagens produzidas pela empresa. Em 2017, a expectativa é atingir uma capacidade produtiva de 13.600 toneladas, diante de 12.800 toneladas em 2016. “Este ano, a previsão de crescimento de receita é de 13%, gerando R$ 390 milhões”, afirma Gimenes Silva, diretor geral da Embalagens Flexíveis Diadema. Nos últimos 10 anos, a empresa investiu US$ 35 milhões em equipamentos e na modernização de sua fábrica, que ocupa uma área construída de 20 mil 400 m2, em Diadema (SP). Hoje é líder no mercado de café e vice-líder nos mercados de refrescos em pó e atomatados. Desde 2013, atua no segmento farmacêutico, saúde animal e hospitalar. “Hoje, o farmacêutico já representa 10% do nosso negócio”, revela Antonio Adão S. Parra, diretor comercial e supply da Embalagens Flexíveis Diadema. Segundo o executivo, o objetivo da empresa para os próximos cinco anos é crescer em mercados nichos ou com alta barreira de entrada para não sermos produtor de commodities. “Estamos buscando a diferenciação para crescer”, diz. Um bom exemplo disso citado por Parra é a embalagem stand-up pouch do Danoninho para Levar que pode ficar fora do refrigerador por até cinco horas. “A embalagem apresenta uma estrutura totalmente nova (poliéster, folha de alumínio, BOPA, camada de PE), além de estampas diferenciadas para colecionar e tampa à prova de criança. Acreditamos muito neste conceito que é o grande lançamento deste ano”, afirma. Hoje, a Embalagens Flexíveis Diadema já está produzindo quatro vezes mais do que o previsto inicialmente para a embalagem do Danoninho para Levar. Segundo o diretor comercial e supply, a produção saltou de 4 toneladas/mês para 16 toneladas/mês, o equivalente a 4 milhões de unidades/mês. A embalagem do tipo stand-up pouch é cada vez mais importante. “A Fugini foi fundamental no segmento de atomatados, levando outras marcas a adotarem o formato. Agora, ela vai ganhar mais espaço no mercado de personal care e home care”, acredita Parra.

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Utilizando o processo caster, a CBA produz bobina com largura de até 1,8 metros para atender o mercado de embalagens

Alumínio presente em inovações Investindo continuamente na excelência de seus produtos e no uso de tecnologia de última geração, a Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), pertencente ao Grupo Votorantim S.A., oferece um portfolio completo de produtos primários (lingotes, tarugos e vergalhões) e transformados (chapas, bobinas, folhas e perfis extrudados). Em sua fábrica na cidade de Alumínio (SP), a divisão de alumínio primário opera com capacidade produtiva de 430 mil toneladas por ano e a divisão de transformados, que atende o segmento de embalagens, produz 280 mil toneladas por ano. O segmento de embalagens tem um papel importante nos negócios da CBA, respondendo

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por 30% do volume produzido pela divisão de transformados da companhia. Do total de 12 casters, quatro são dedicados à produção de folhas de alumínio para o setor de embalagens. Utilizando o processo caster, a CBA produz bobina com largura de até 1,8 metros, o que garante maior produtividade nas aplicações do setor de embalagem, ou seja, uma mesma bobina permite a produção de diferentes produtos. Isso é um diferencial da atuação da companhia. Há alguns projetos na área de embalagens em fase final de aprovação com empresas multinacionais, mas que ainda não podem ser divulgados. Segundo Fernando Varella, diretor responsável pela área de transformados da CBA, o grande objetivo é agregar valor à cadeia

produtiva do alumínio. “Inovação também é a capacidade de produzir embalagens que hoje estão disponíveis no Brasil, mas são importadas”, afirma o executivo. Ele cita como exemplos a bandeja de alumínio da linha de pratos prontos do chef inglês Jamie Oliver e a tampa screw cap para garrafa de vinho. A divisão de transformados da CBA também exporta 30% de sua produção para os Estados Unidos, Europa, Argentina e Chile, mas o principal mercado é o Brasil. “Mas, a situação no momento não é favorável”. “O mercado brasileiro de embalagem é um negócio estratégico para a companhia e a expectativa é crescer, se reinventando. O segmento automotivo, bem como o de construção civil, registrou uma queda grande com a crise econômica”, sinaliza.



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INVESTIMENTO EM INOVAÇÃO NOS PRÓXIMOS TRÊS ANOS Entre as líderes do setor de embalagens, Canguru desenvolverá novidades em sustentabilidade, retomando DNA inovador da companhia

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estaque nacional nos segmentos de higiene, beleza, alimentos e pet food, a Canguru Embalagens anuncia que em 2017 vai direcionar esforços relevantes para tornar seus produtos mais sustentáveis e diferenciados.

Pilar: sustentabilidade

Os investimentos em inovação serão realizados de acordo com quatro pilares estratégicos: sustentabilidade, conveniência, proteção e apresentação. Além disso, a Canguru pretende nos próximos três anos adquirir máquinas e acessórios que possibilitem uma maior diferenciação em filmes técnicos e acabamentos de embalagens. “Os detalhes dos investimentos ainda estão sendo alvo de projetos de viabilidade, mas deverão se concentrar nas áreas de extrusão e impressão. Estão sendo ainda avaliadas as tendências para investimentos em acabamento”, revela Marcelo Vieira de Sá, gerente de negócios da Canguru Embalagens.

“Queremos aumentar o reaproveitamento de materiais por meio da reciclagem, o uso de tintas com resinas renováveis, oferecer embalagens ainda mais funcionais para nossos clientes, focar na segurança e também no aspecto estético dos produtos. Tudo isso, levando em conta uma relação de custo e benefício para os consumidores”, diz Vieira de Sá.

Inicialmente, segundo o executivo, os investimentos já aprovados contemplam a aquisição de equipamentos periféricos para melhorar o controle dos processos na extrusão e impressão, atendendo as mais altas exigências dos seus clientes, em geral multinacionais e grandes indústrias nacionais com altos padrões de qualidade, como a Nestlé, Johnson & Johnson, Mars, Procter & Gamble, Premier Pet, Adimax Pet, entre outros.

Hoje, a Canguru reaproveita parte das aparas geradas no processo de extrusão, reprocessando-as e utilizando-as novamente para fabricação de outros itens produzidos a partir de resinas recuperadas.

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empresa | canguru

“O restante das aparas é destinado para empresas homologadas e especializadas em reciclagem de materiais. Este volume atualmente é de cerca 10% do total produzido”, afirma o gerente de negócios. Para os próximos anos, a companhia planeja retomar o projeto de reutilização de resíduos gerados no processo total de utilização da embalagem, englobando toda a cadeia até o consumidor final. “Ou seja, a Canguru, em parceria com os clientes, coordenaria toda a logística reversa e direcionamento dos materiais para reciclagem e reutilização”, adianta. Atualmente, a Canguru já trabalha com tintas à base de

água. “Já estão em andamento projetos para homologação destas tintas junto aos clientes. O grande desafio está em desenvolver mais cores para tintas”, revela Vieira de Sá.

Pilar: apresentação A equipe de pesquisa e desenvolvimento da empresa já tem projetos em fase final de aprovação, que irão trazer uma nova estrutura de material laminado com características de alta resistência mecânica, excelente barreira e selabilidade. “Além disso, este novo produto terá excelentes propriedades ópticas (brilho e transparência), além de baixa permeabilidade a gases e vapor d’agua”, revela o executivo.

Pilar: conveniência e proteção “Estamos focados no desenvolvimento de embalagens mais funcionais segundo a visão do consumidor final, ou seja, procuramos desenvolver produtos que facilitem o uso e manuseio das embalagens para nossos clientes”, afirma Vieira de Sá. Um exemplo disso, segundo ele, é o desenvolvimento de novas alças, fechamentos e designs mais funcionais para apresentação, transporte e manuseio. “Quanto à segurança, o foco principal está na proteção do produto dentro da embalagem, oferecendo embalagens que garantam a qualidade do que está no seu interior até o momento do consumo”, conclui.

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Estamos focados no desenvolvimento de embalagens mais funcionais segundo a visão do consumidor final, ou seja, procuramos desenvolver produtos que facilitem o uso e manuseio das embalagens para nossos clientes aumento do EBITDA e continuidade das certificações de qualidade.

Marcelo Vieira de Sá, gerente de negócios da Canguru Embalagens

Processo de reestruturação Fundada há 46 anos em Criciúma (SC), a empresa é pioneira no desenvolvimento de novas tecnologias para embalagens flexíveis, como é o caso das impressões laminadas em frente e verso para pet food e as embalagens em quatro soldas de polietileno. Contudo, nos últimos anos a Canguru foi afetada pela baixa atividade industrial no país. Um processo de reestruturação iniciado em julho é o que possibilitou enfrentar a crise e projetar investimentos, retomando o DNA de inovação da companhia. “Após a reestruturação, foi iniciado um trabalho intenso na planta fabril, buscando melhorar a performance de produção e manter o diferencial de qualidade da Canguru. Na fase inicial, já atingimos um ganho de 25% em eficiência. Agora pretendemos retomar os investimentos no plano do desenvolvimento de produtos e inovações”, diz Vieira de Sá. O trabalho de reestruturação também trouxe redução da ociosidade fabril em mais de 60%; redução de perdas em mais de 20% e retomada de investimentos;

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De acordo com o executivo, entre as principais ações realizadas estão a revisão de estrutura organizacional; reestruturação de equipes de venda com foco no aumento de performance; melhoria dos níveis de governança; revisão dos indicadores estratégicos e melhoria dos controles de estoque e implantação do indicador logístico OTIF - On Time In Full. Os próximos objetivos da Canguru incluem ainda um aumento de produtividade, estabelecimento de planejamento estratégico para 2017 e avanço nos investimentos para atendimento de requisitos de grandes clientes. “A empresa planeja crescimento para os próximos anos. Embora os dados individuais sejam tratados de modo confidencial, podemos informar que o Grupo Zanatta como um todo, projeta um faturamento de 320 milhões para 2017, número este, 24% maior quando comparado com 2016”, revela. Além dos investimentos no plano estrutural e de tecnologia, a companhia possui profissionais com larga experiência na transformação e uso final de polímeros. Outro destaque é a agilidade e o atendimento, que diferenciam a empresa no segmento de embalagens. Atualmente, a Canguru conta com participação importante no cenário brasileiro, sobretudo em higiene e pet food, onde domina fatia

relevante do mercado nacional. “O principal objetivo da Canguru no plano da inovação é retomar o papel de precursora na implementação de novas tecnologias. Deste modo, beneficiaremos a companhia e também o crescimento do mercado de embalagens brasileiro, inserindo a inovação como um dos motores do processo de revitalização da empresa ”, conclui Viera de Sá. “Enxergamos a tecnologia como uma forma de romper barreiras e trazer uma maior interação entre o consumidor final e o produto/ empresa, fazendo com que os clientes tenham maiores informações sobre uma companhia e aquilo que estão adquirindo, assim como a indústria passa a ter mais dados em relação aos gostos e hábitos do consumidor final”. Já existem, por exemplo, aplicativos para leitura de QRCode impresso nas embalagens que interagem com o cliente. “A tecnologia pode trazer também maior eficiência nos processos varejistas, como, por exemplo, por meio da aplicação de RFID na embalagem para agilizar o pagamento no checkout dos produtos no caixa”, acredita. A Canguru vislumbra novas oportunidades de negócio no segmento de embalagens flexíveis com estes investimentos em inovação. “A expectativa da empresa é o aumento de volumes nos clientes atuais através do fornecimento de novas linhas de produtos, assim como abertura de novos clientes”, avalia.


Foto: Leandro Andrade

direto da gôndola

Foto: Divulgação

ASHBY INOVA NA DECORAÇÃO DAS LATINHAS

Assunta Napolitano Camilo*

P

equenas empresas vivem sempre o dilema de investir em suas próprias marcas e desenvolver embalagens com identidade. A questão que se coloca são as quantidades necessárias dos famosos “pedidos mínimos”, que muitas vezes são inalcançáveis para produtos em fase de estreia de mercado. A Cervejaria ASHBY, da cidade de Amparo, no circuito das águas do interior de São Paulo, é um exemplo dessa situação. A empresa nasceu em 1993 e sempre se posicionou como produtora de cervejas de alta qualidade, inspirada em cervejarias da Europa e dos Estados Unidos. Começou com garrafas de vidro standard e aos poucos migrou para garrafas que guardam mais identidade com esses produtos. Recentemente, a empresa começou a produção em latas de alumínio para aumentar a distribuição e atender um público

Quando as microcervejarias começam a crescer, crescem também seus desafios com embalagens. É preciso ousar para superar esse momento que prefere esse tipo de embalagem, mais prático para viagens, piscinas e praia. O desafio era a decoração: normalmente os fabricantes de latas pedem um lote mínimo para justificar os custos de gravação de chapas para o processo de litografia. Além disso, a cervejaria oferece aos consumidores diferentes opções de sabores, ou seja, era necessário dividir a quantidade de latas entre as várias versões. Sobraram então opções de decoração por meio de rotulagem: termoencolhível é normalmente o caminho tradicional. A Cervejaria ASHBY optou por inovar e usar rótulos autoadesivos em BOPP transparente para deixar o “alumínio” aparecer. A ideia foi usar a cor do alumínio, pois o produto fica mais elegante e ainda transmite a sensação de mais gelado. O design contemporâneo traz marcas d’água que fazem alusão à história da cerveja. Houve calços de branco apenas em áreas específicas, como medalhas, textos legais e código de barras. A coleção ainda traz cores marcantes como vermelho, roxo, cinza (prata), amarelo (dourado), azul e verde. O fechamento da rotulagem ficou bem justo e imperceptível. A empresa responsável pelos rótulos foi a IndexLabel. Rótulos melhores: embalagem melhor e mundo melhor. Sempre!

Se quiser mais informações e fotos dos produtos, é possível obtê-las no site: www.clubedaembalagem.com.br *Assunta Napolitano Camilo: Diretora da FuturePack – Consultoria de Embalagens e do Instituto de Embalagens – Ensino & Pesquisa. Diretora do Kit de Referências de Embalagens, do livro: Embalagens: Design, Materiais, Processos, Máquinas & Sustentabilidade, entre outros. (www.institutodeembalagens.com.br) e da coleção Better Packaging Better World. (www.betterpackagingbetterworld.com)

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Foto: Divulgação

especial | gulfood FCE Pharma e FCE Cosmetique

Sachê de café solúvel, pronto para ser apoiado no copo (OKLAO)

A Gulfood apresentou embalagens sofisticadas para o exigente mercado dos Emirados Árabes Unidos, além do foco em produtos diferentes e diferenciados e valorização de produtos funcionais e a criatividade e inovação no desenvolvimento de bebidas sem álcool (incluindo espumantes, cervejas, vinhos, entre outros)

Assunta Camilo e Rafaella Napolitano*

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especial | gulfood

O ORIENTE MÉDIO DESVENDADO!

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Gulfood é uma das maiores feiras do setor de alimentos e bebidas. Atende majoritariamente os mercados emergentes, principalmente, o público muçulmano da região, que é de cerca de 360 milhões de pessoas. Conforme pesquisa da SIAL, de 2016, 71% são ávidos por conhecer novos sabores e produtos! As oportunidades de negócios são vastas e as apostas são altas. Para crescer, é preciso entender os códigos e os conceitos usados tanto em produtos quanto nas embalagens. Durante cinco dias, a feira atendeu mais de 95 mil visitantes, 60% deles estrangeiros. Impressionou o número de expositores da Turquia, Índia, Tailândia, Coreia e Leste Asiático. Era um evento de negociantes ou trade do setor de alimentos, pois é considerada a porta de entrada para novos negócios de alimentos em mercados emergentes e em desenvolvimento. Havia mais de 5 mil fornecedores locais, regionais e internacionais de cinco continentes. Fabricantes e distribuidores estão olhando para o Oriente Médio e para o norte da África como uma das principais regiões de crescimento. Isso é alimentado principalmente por um grupo de mercados, particularmente Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Egito. Muitas marcas buscarão capitalizar o potencial de crescimento que a região oferece por meio de novos operadores ou da expansão da marca com investimentos na região. Nesta 22a edição, a feira foi dividida em oito setores em função da importância das vendas globais crescentes: Bebidas: crescimento ano a ano de 3,9% em 2016 (Statistica.com); Lácteos: a indústria láctea internacional deve ter uma recuperação a partir de 2017 em diante (Grupo IMARC); Gorduras e Óleos: o mercado global de gorduras e óleos é projetado para atingir um valor de US$ 247,78 bilhões em 2021 (Markets &Markets.com); Saúde e Bem-estar: durante 2015, o segmento de saúde e bem-estar dominou o mercado e respondeu por quase 51% de crescimento; Grãos: no ano-safra 2015/2016, foram produzidos em todo o mundo aproximadamente 2,48 bilhões de toneladas métricas de grãos – 231 milhões a mais do que em 2008-2009 (Statistica.com);

Carne: o consumo de carne cresceu 2% em volume em 2015 (Euromonitor International); Power Brands: grande parte das maiores empresas de alimentos embalados tem uma ou mais marcas fortes – gama de produtos que geram mais de US$ 1 bilhão em vendas e têm presença multinacional. A estratégia para essas empresas de alimentos é lançar marcas populares na Europa Ocidental, na América do Norte, e em novos territórios; World Food: a consciência coletiva de diferentes alimentos de todo o mundo aumentou dramaticamente devido à globalização. Isso não é nenhuma surpresa, já que os fluxos globais do turismo alcançarão 1,5 bilhão até 2020 e 65% das famílias estarão conectadas pela internet. As regiões da Ásia-Pacífico e do Oriente Médio e África são os principais impulsionadores do crescimento global de alimentos embalados em todo o mundo. Uma tendência vista é “vender confiança”. À medida que os consumidores se tornam mais conscientes dos preços, cada vez mais desconfiam das marcas, especialmente as dos maiores fabricantes globais de alimentos. Há uma mudança para produtos mais “autênticos”,

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especial | gulfood

DESTAQUES Fotos: Divulgação

Apresentamos algumas embalagens que mais nos chamaram a atenção

Água (Celtic) em stand-up pouches

A pasta de grão de bico da Kasih, da Jordânia, numa embalagem cartonada asséptica, garantindo uma vida de prateleira de 18 meses;

biscoitos, sejam salgados, redondos, quadrados, substituíram o sistema portfolio por selagem tipo flow pack, aumentando a segurança e o sabor por mais tempo;

Metto Omelet, brasileiro, um omelete pré-pronto em embalagem cartonada asséptica;

Bebidas funcionais como a For You para mulheres tomarem após a atividade física;

A linha de biscoitos de arroz da Prize, da Tailândia, destacando o tipo de fechamento, aliás, todos os

Água (Celtic) em stand-up pouches, com o canudinho selado em compartimento separado;

nichos e produtos naturais, com consumidores que procuram marcas que consideram como valores fundamentais. Os consumidores confiam nos produtos orgânicos por serem mais saudáveis, mais naturais e mais ecológicos, mas também favorecem os pequenos fabricantes de alimentos de nicho sobre as grandes multinacionais de alimentos.

Outras atrações da feira A Gulfood Virtual Supermarket, uma vitrine digital para os produtos stand-out e inovações de ponta exibidos na Gulfood 2017;

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Biscoitos de arroz da Prize, da Tailândia

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A oitava edição do Gulfood Innovation Awards celebrou a excelência e inovação em 20 categorias dentro da indústria global de alimentos e bebidas; O International Salon Culinaire é a maior competição de chefs de uma única edição no mundo; O Halal World Food é a principal plataforma de sourcing para empresas internacionais de A & B que procuram capitalizar o crescente setor Halal. O Instituto de Embalagens esteve lá na Gulfood para conferir, entender e depois orientar as

empresas brasileiras, pois entende que o mercado do Oriente Médio, diante da nova configuração comercial mundial, novos embargos etc., se tornará um mercado estratégico para empresas brasileiras exportarem a partir de agora. Dessa forma, investiu nessa missão comercial. Preparamos também um cuidadoso registro fotográfico dos produtos lá apresentados, o relatório de oportunidades e a apresentação sobre a feira e os mercados das cidades próximas, como Doha, Abu Dhabi e Dubai. Nossa proposta de trabalho


especial | gulfood

Embalagens de laticínios Calon Wen

Embalagens de proteína enviam mensagem direta ao consumidor

Vegetais, da LYBBYS, também em SUPs, porém que podem ir ao micro-ondas (microwavable);

A Sun Smile de Taiwan trouxe uma embalagem de alumínio que se transforma numa frigideira-pipoqueira;

Sachê de café solúvel, pronto para ser apoiado no copo (OKLAO);

A Calon Wen apresentou uma linha lindíssima de laticínios;

A Batsam preferiu colocar o café solúvel no fundo de um copo plástico e lacrar com um selo de alumínio; o cliente coloca água quente no momento de tomar;

é nos preparar para atender as empresas brasileiras que querem superar o desafio de abertura de novos mercados, pois com embalagens adequadas, com certeza, será mais fácil! Resumindo bastante, podemos falar sobre alguns destaques, como a forte presença de turcos e indianos atendendo este mercado; as embalagens sofisticadas

Embalagens de proteína NutriStrenght enviam mensagem direta ao consumidor.

para o exigente mercado dos Emirados Árabes Unidos; o interesse deles por produtos diferentes e diferenciados; o foco em “comer melhor” valorizando produtos funcionais, mais até do que os saudáveis; a criatividade e inovação no desenvolvimento de bebidas sem álcool (incluindo espumantes, cervejas, vinhos, entre outros).

Sobre as tendências observadas: dão muita atenção ao rótulo sério, completo e claro (clean label); alimentos probióticos e biodinâmicos são valorizados; a exigência Halal é fundamental e indiscutível; crescimento dos produtos “veganos” e não transgênicos; valorização de fontes de proteínas; apresentação superior para doces e sobremesas.

Afinal: Embalagem melhor. Mundo melhor. Sempre! *Assunta Camilo Napolitano é diretora do Instituto de Embalagens. *Rafaella Napolitano é fotógrafa, estudante de design e assistente de design do Instituto de Embalagens.

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design de embalagem

PAPEL KRAFT TRADUZ O CONCEITO RÚSTICO DA MARCA Grupo Café do Moço muda identidade visual da marca e investe em novas embalagens para comemorar nova fase e expansão do mercado de cafés especiais

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e novos mercados como empórios e casas especializadas. Para comemorar essa nova fase e acompanhar a expansão do mercado, o grupo acaba de lançar sua nova identidade visual. “Nós precisamos acompanhar o mercado, quem vem crescendo a cada dia, já que o brasileiro está exigindo sempre mais qualidade, por isso, decidimos que estava na hora de mudar”, explica Léo Moço, barista e fundador do Grupo.

Foto: Divulgação

design de embalagem

Novas embalagens refletem momento maduro

D

ados levantados pela Associação Brasileira da Indústria de Torrefação e Moagem de Café (ABIC) apontam que o mercado de cafés especiais deve ganhar ainda mais espaço até 2019. De acordo com a pesquisa, os consumidores estão começando a diferenciar o café por tipo de grão, suas intensidades e sabores, e a tendência é que esse tipo de café ganhe ainda mais espaço na mesa do brasileiro. Prova disso é o Grupo Café do Moço, formado pela microtorrefação Café do Moço e pela cafeteria Barista Coffee Bar, que desde 2009 vem conquistando o mercado de cafés especiais no Brasil. A empresa paranaense processa e distribui mensalmente mais de meia tonelada de café premium. O objetivo para 2017 é aumentar ainda mais a distribuição de cafés do tipo especial pelo país e alcançar nichos

Com a expansão dos negócios, era necessário dar um ar mais profissional à empresa. A nova marca, criada pelo designer Leandro Cotes, tem um ar mais clean, traços rústicos e cores mais sóbrias, para trazer justamente essa ideia do café artesanal. As novas embalagens dos cafés seguem um padrão em papel kraft natural e uma listra branca, mudando as cores do centro conforme o tipo de café. O design das novas embalagens começou a ser desenvolvido em outubro de 2016. Segundo Estela Cotes, diretora de marketing e comunicação do Grupo Café do Moço, a empresa quis manter o ar rústico da marca, por isso optou pela aplicação das artes na embalagem kraft. “Usamos o kraft há mais de dois anos. O formato stand-up pouch tem um zip-lok que permite uma melhor vedação depois do café aberto, o que melhora e prolonga a durabilidade do produto. O kraft tem tudo a ver com o “artesanal” da nossa marca”. A nova embalagem reflete o momento maduro e a versatilidade da marca. “Nossa torrefação cresce ano após ano e, por isso, precisamos de uma embalagem que funcione em grande escala, mas sem deixar de ser personalizável (como os rótulos circulares)”, informa Estela. Segundo ela, antes a marca não tinha uma embalagem própria. “Era algo extremamente artesanal,

Estela Cotes, diretora de marketing e comunicação do Grupo Café do Moço, e Léo Moço, barista e fundador do Grupo Café do Moço

apenas com uma etiqueta com o nosso logo. Não tínhamos como mostrar ao público todo o portfolio de cafés”, ressalta. Para o desenvolvimento das novas embalagens, o Grupo Café do Moço realizou uma pesquisa de referências, principalmente fora do Brasil. “A resposta do público foi imediata de acordo com as vendas. Nosso faturamento com a venda de pacotes de 250 gramas mais que dobrou. Isso se deve, claramente, à comunicação visual clara da embalagem e a variedade de grãos que oferecemos”, afirma Estela. O principal desafio no desenvolvimento do novo conceito de embalagem, segundo a diretora de marketing e comunicação, foi ter uma embalagem que pudesse ser produzida em larga escala, mas com algum item personalizável. A embalagem é produzida pela Rangel Embalagens, de São Paulo. A expectativa da marca Café do Moço com a nova embalagem, segundo Estela, é conseguir oferecer cada vez mais grãos diferentes ao seu público consumidor e incrementar o faturamento com o fornecimento dos pacotes para revenda.

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Produção global de bioplásticos segue em franca expansão

O

mercado global de bioplásticos deve manter um crescimento estável, segundo dados da European Bioplastics apresentados durante a 11a Conferência Europeia de Bioplásticos, realizada em Berlim, na Alemanha. “Espera-se que o mercado aumente 50% nos próximos anos apesar do baixo preço do petróleo”, diz François de Bie, presidente da European Bioplastics. A capacidade global de produção de bioplásticos deverá saltar de 4,2 milhões de toneladas em 2016 para aproximadamente 6,1 milhões de toneladas em 2021. A embalagem continua a ser a principal aplicação dos bioplásticos, respondendo por 40% do mercado em 2016 (1,6 milhões de toneladas). Os números também revelam um crescimento do uso de materiais bioplásticos em muitos outros setores, incluindo bens de consumo (22%), setor automotivo e transporte (14%), construção (13%). “Os dados ilustram uma tendência importante, impulsionada pela mudança da demanda dos consumidores por produtos plásticos mais eficientes em termos de recursos e redução de emissão de gases de efeito estufa e da dependência dos recursos fósseis”, explica Bie. “Esta tendência é resultado de investimentos substanciais em pesquisa e desenvolvimento por muitas pequenas e grandes empresas inovadoras que concentram seus esforços no desenvolvimento de produtos de base biológica, e com a economia circular em mente”, acrescenta. Os plásticos de base biológica, não biodegradáveis, como os poliuretanos (PU) e o polietileno (PE) e o PET com base bio, são os principais motores deste crescimento, com o PU respondendo por 40% e o PET por mais de 20% da capacidade global de produção de bioplásticos. Mais de 75% da capacidade de produção de bioplásticos em todo o mundo, em 2016, era de base biológica, plásticos duráveis. Esta participação aumentará para quase 80% em 2021. A capacidade de produção de plásticos biodegradáveis, como PLA, PHA e misturas de amido, também estão crescendo de forma constante, saltando de 0,9 milhão de toneladas, em 2016, para quase 1,3 milhão de toneladas em 2021. Esse desempenho é explicado em função do aumento

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Foto: Divulgação

A capacidade de produção de bioplásticos deverá saltar de 4,2 milhões de toneladas em 2016 para aproximadamente 6,1 milhões de toneladas em 2021

da capacidade na Ásia e nos Estados Unidos e a inauguração da primeira planta de PHA na Europa. A Ásia continuará a expandir o seu papel de principal centro de produção. Em 2021, mais de 45% dos bioplásticos serão produzidos na região. A Europa será responsável pela produção de aproximadamente ¼ da capacidade global de produção de bioplásticos. Em expansão e inovadora, a indústria de bioplásticos oferece soluções para uma economia de plásticos sustentáveis e que desempenha um papel fundamental na transformação para uma economia circular baseada em base bio. No entanto, apesar dessas vantagens, os dados mostram que o crescimento global da indústria de bioplásticos está sendo desacelerado pelos baixos preços do petróleo e pela falta de apoio político para uma economia baseada em biocombustíveis. “Um cenário político europeu que assegure a igualdade de acesso aos recursos biológicos dentro da bioeconomia e que crie condições equitativas para materiais biológicos e convencionais é de suma importância”, ressalta Hasso Von Pogrell, diretor-geral da European Bioplastics.


pack | sustentabilidade

Mercado Global de Bioplásticos Capacidade de produção global de bioplásticos em 2016 (por região)

em 1,000 toneladas

Capacidade de produção global de bioplásticos

Capacidade de produção global de bioplásticos em 2021 (por região)

Ásia

Ásia

América do Sul

América do Sul América do Norte

América do Norte Europa

Total: 4.16 milhões de toneladas em %

Biodegradável

Base-bio/não biodegradável

Previsão

Europa

Total: 6.11 milhões de toneladas em %

Autrália/Oceania

Autrália/Oceania

Capacidade total

Capacidade de produção global de bioplásticos em 2016 (por região)

Total: 4.16 milhões de toneladas

Capacidade de produção global de bioplásticos em 2021 (por região)

Total: 6.11 milhões de toneladas

Ásia

Ásia

América do Sul

América do Sul

América do Norte

América do Norte

Europa

Europa

Autrália/Oceania

Autrália/Oceania

Capacidade de produção global de bioplásticos em 2016 (por segmento de mercado)

Capacidade de produção global de bioplásticos em 2021 (por segmento de mercado)

Embalagens (rígidas e flexíveis)

Embalagens (rígidas e flexíveis)

Bens de consumo

Bens de consumo

Automotivo e transporte

Automotivo e transporte

Construção

Total: 4.16 milhões de toneladas em %

Construção

Total: 6.11 milhões de toneladas em %

Têxtil Agricultura e horticultura

Têxtil Agricultura e horticultura

Elétricos e eletrônicos

Elétricos e eletrônicos

Outros

Outros

PBAT PBS PLA PHA MISTURAS DE AMIDOS outros

til

s

Base-bio/não biodegradável

Fonte: European Bioplastics, nova-institute (2016) Mais informações: www.bio-based.eu/markets e www.european-bioplastics.org/market

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em 1,000 toneladas

Capacidade de produção global de bioplásticos em 2021 (por segmento de mercado)

em 1,000 toneladas

Capacidade de produção global de bioplásticos em 2016 (por segmento de mercado)

PET PE PEF PA PUR outros

Biodegradável

PBAT PBS PLA PHA MISTURAS DE AMIDOS outros

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notas técnicas

CONTROLE DE QUALIDADE PARA O SETOR DE EMBALAGENS A X-Rite anuncia o lançamento da versão 2.7 do ColorCert que otimiza a execução de tarefas em tempo real e o controle de qualidade para o segmento de embalagens, além de outras rotinas aprimoradas e acrescentadas. É uma versão composta pelo módulo ColorCert Desktop que permite criar especificações de cores e possibilita controlar processos a partir de várias localidades em tempo real; pelo ColorCert ScoreCard Server que fornece estatísticas e dados de cores com o objetivo de disponibilizar às marcas e aos convertedores uma forma fácil e intuitiva de controlar a qualidade de impressão e pelo ColorCert Repository Server que é um sistema de gerenciamento de conteúdo online com o propósito de realizar o armazenamento, o controle de cores e a atualização de informações. X-RITE Brazil. Tel.: (11) 99323-9109 | www.xrite.com

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Foto: Divulgação

TERMOANEMÔMETRO DIGITAL Um equipamento utilizado para medir a velocidade do vento, a temperatura do ar e o fluxo volumétrico é o termoanemômetro digital modelo TAFR-200 da Instrutherm. No entanto, ele também pode ser utilizado para diversas outras aplicações, como sistema de ventilação de ambientes, sistema de ventilação de máquinas, ar-condicionado, sistemas de resfriamentos, sistemas de exaustão de gás do ambiente, tubulações etc. O TAFR-200 é acompanhado de um software que permite realizar o ajuste no comprimento da haste do sensor. Ele tem um display LCD amplo e com luz de fundo para visualização em ambientes com pouca iluminação. Ele oferece também a função data hold, interface USB e possui um invólucro em ABS que é mais leve e resistente. INSTRUTHERM Instrumentos de Medição Ltda. Tel.: (11) 2144-2800 | www.instrutherm.com.br

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

TINTA BRANCA PARA CODIFICAR GARRAFAS A MW470 é uma tinta branca, resistente e lavável, que possibilita efetuar uma codificação legível em garrafas de vidro escuro, retornáveis ou não. A opacidade da tinta fornecida pela Markem-Imaje oferece o contraste necessário para obter códigos visíveis no vidro âmbar ou colorido das garrafas. Ela tem ainda a propriedade de aderir ao vidro com perfeição, porém, quando colocadas nas lavadoras, mesmo com baixa concentração de soda, a remoção é executada com facilidade. Esse fato é convertido ao fabricante, em economia de soda e ganhos no tratamento da água utilizada. Além disso, ela é resistente à pasteurização e ao tratamento de resistência à riscos, como nos processos Tegoglas® e Opticoal®. As embalagens para bebidas também podem ser beneficiadas com a tinta, como garrafas PET, latas de alumínio, caixas de garrafa etc. MARKEM-IMAJE. Tel.: (11) 3305-9455 | www.markem-imaje.com.br


DUARTE

Écio Naves Duarte

 A utilização de corpos revestidos sujeitos a tensões de contato é uma opção importante para a redução do desgaste superficial em órgãos humanos, discos rígidos e até elementos de máquinas, como rolamentos com esferas ou roletes. Entretanto, falhas podem ocorrer quando esses corpos estão em contato, principalmente por escoamento plástico excessivo, fratura ou delaminação do revestimento de substrato.

MECÂNICA DO CONTATO ENTRE CORPOS REVESTIDOS

Possibilidade de reduzir peso e custos com matéria-prima

Este livro é indicado como bibliografia complementar para mestrandos em Engenharias IV e Engenharia Mecânica, nas disciplinas Similitude em Engenharia e Elementos Finitos, além de servir de apoio para alunos de graduação em Engenharia Mecânica, nas disciplinas Elementos de Máquinas, Resistência dos Materiais, Elementos Finitos e Materiais de Construção Mecânica.

No estudo que deu origem a este livro, considerando que uma interface idealmente Uma pesquisa, conduzida ao longo de dois anos sobre a mecânica perfeita existe entre o substrato e seu revestimento, o autor realizou uma análise bidimensional da distribuição das tensões de contato que surgem quando um semido contato entre corpos revestidos, revelou a existência de uma plano infinito e revestido vai ao encontro de um indentador elástico e cilíndrico. tipos de materiais foram utilizados como revestimento: bronze, cerâmica (SiC) e metodologia capaz de determinar Três a espessura de revestimento ideal. aço. Os resultados serviram para a investigação do que ocorre no campo de tensões sempre que há variação nos seguintes parâmetros: espessura da camada de revestiO resultado do estudo poderá contribuir com a indústria brasileira mento, propriedades mecânicas dos materiais e coeficiente de atrito entre o revestimento e o indentador. uma vez que a pesquisa demonstrou a possibilidade de reduzir Os resultados demonstram que quando o coeficiente de atrito é menor que 0,15, há uma influência muito pequena da força tangencial no campo das tensões de contato volume, peso e custos com matéria-prima.

Foto: Divulgação

LEITURA MECÂNICA DO CONTATO ENTRE CORPOS REVESTIDOS

e que há uma espessura ótima de camada quando o substrato é revestido com

cerâmica, ao se manter constante o coeficiente de atrito. Nesse caso, o substrato é De acordo com o autor do projeto, Écio Naves Duarte, professor melhor protegido pelo revestimento.  do Instituto Federal de São Paulo (IFSP), a utilização de corpos revestidos sujeitos a tensões de contato tem sido uma opção importante na redução do desgaste superficial em uma vasta gama de corpos que vão desde órgãos humanos, passando por discos rígidos na computação até elementos de máquinas. “Entretanto, mecanismos de falha podem ocorrer nessas situações, geralmente, por três motivos: escoamento plástico excessivo, por fratura ou por delaminação do revestimento do seu substrato”, explica o engenheiro. openaccess.blucher.com.br

A pesquisa, realizada no laboratório de projetos mecânicos da Faculdade de Engenharia Mecânica da Universidade Federal de Uberlândia, Minas Gerais, também servirá como bibliografia complementar para os estudantes de graduação e pós-graduação em engenharia mecânica e de materiais.

O resultado do estudo está detalhado no livro “Mecânica do Contato entre Corpos Revestidos” de Écio Naves Duarte, publicado pela editora Blucher. MAIS INFORMAÇÕES: www.blucher.com.br


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16 e 17..... FEIPLASTIC .................................................................................................................................................. www.feiplastic.com.br 49.............. HAVER BRASIL...........................................................................................................................................www.haverbrasil.com.br 5 e 50 ....INSTITUTO DE EMBALAGENS..................................................................................................www.institutodeembalagens.com.br 13 e 15..... INTERPACK........................................................................................................................................................ www.interpack.com 24 e 25..... MULTIVAC................................................................................................................................................................ br.multivac.com 4ª Capa .... OPTIMA...........................................................................................................................................................www.optima-bra.com 3ª Capa..... PACK FAIR........................................................................................................................................................ www.packfair.com.br 2ª Capa..... PERFOR.............................................................................................................................................................. www.perfor.com.br 7................ PLÁSTICO BRASIL.................................................................................................................................. www.plasticobrasil.com.br




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