Revista Pack Digital 241

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ENTREVISTA A POTÊNCIA DA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

João Dornellas, presidente executivo da ABIA (Associação Brasileira da Indústria de Alimentos), fala sobre mercado, tendências de consumo, embalagens e sustentabilidade

HISTÓRIAS VENCEDORAS

DO SETOR DE EMBALAGEM

Inovação é o segredo da longevidade de Higher, Multivac e Sicad no mercado brasileiro

www.pack.com.br EMBALAGEM TECNOLOGIA DESIGN INOVAÇÃO ANO•17 2023 241 R$ 15,00 ESPECIAL MetpackeInterpackembalam ofuturodosetor Página30

ViVemos um cenário cada Vez mais tecnológico

Avelocidade das mudanças tecnológicas traz necessidade de inovação constante. Muito além da modernização, essa transformação proporciona soluções eficientes para a maneira de produzir novos produtos que melhoram a nossa qualidade de vida ou a nossa experiência de consumo. Com o avanço da tecnologia, os modelos de negócios são disruptados trazendo soluções para o desenvolvimento rápido, na velocidade do mundo atual. Nesta edição, conheça três histórias vencedoras de empresas que têm como pilares a inovação e o pioneirismo. A indústria brasileira de alimentos é a maior potência do país, com 38 mil empresas de pequeno, médio e

grande porte, nacionais e multinacionais, que juntas, produzem cerca de 250 milhões de toneladas de comida por ano. João Dornellas, presidente executivo da ABIA (Associação Brasileira da Indústria de Alimentos), fala sobre a importância deste mercado para a economia do país, tendências de consumo e os desafios à frente da entidade para reduzir o desperdício de alimentos e sustentabilidade das embalagens. As inovações e as tendências da indústria global de embalagens são apresentadas em um artigo assinado por Assunta Napolitano Camilo, diretora do Instituto de Embalagens, que visitou a Metpack e a Interpack, em maio, na Alemanha. Novidades em primeira mão para quem não pode estar lá.

Até a próxima edição.

carta ao leitor
margaret.hayasaki@gmail.com

rEportagEm

multivac sicaD highEr

EntrEvista Indústria alimentícia mostra sua força no país 24 28 33 30

EspEcial Metpack e Interpack revelam o futuro da indústria de embalagens

10 EntrEvista

João Dornellas, presidente executivo da ABIA, fala sobre tendências de consumo de alimentos e os desafios à frente da entidade para ajudar o setor a reduzir o desperdício de comida e adotar práticas sustentáveis para embalar os seus produtos.

24 / 28 / 33 rEportagEm

Higher, Multivac e Sicad do Brasil celebram histórias vencedoras no mercado de embalagens.

30 EspEcial mEtpack E intErpack

Duas das feiras mais aguardadas pela comunidade global de embalagens, Metpack e Interpack mostram os caminhos para o futuro do setor.

SEÇÕES

6 AgEndA

8 notíciAS

16 ESpEciAl EmprESA

22 Artigo

26 dESign dE EmbAl AgEm

38 convEniênciA E

prAticidAdE

40 dirEto dA gôndol A

42 SuStEntAbilidAdE

45 lEiturA

4 Editora B2B sumário
241 ANO•17 2023 EMBALAGEM
FuturePack
TECNOLOGIA DESIGN INOVAÇÃO Foto:
Foto: Divulgação
10
Foto: Divulgação Foto: Divulgação Foto: Divulgação

feiras no brasil

dAtA FEirA locAl contAto

27 a 30 de junho de 2023 Fispal tecnologia São Paulo Expo –São Paulo - SP www.fispaltecnologia.com.br

27 a 30 de junho de 2023 tecnocarne

08 e 09 de agosto de 2023 Embala nordeste

São Paulo Expo –São Paulo - SP www.tecnocarne.com.br

Centro de Eventos do Ceará – Fortaleza - CE www.embalane.com.br

10 e 11 de outubro de 2023 private label latin america Pro Magno Centro de Eventos –São Paulo - SP www.privatelabelbrazil.com.br

21 a 23 de novembro de 2023 abrafati show São Paulo Expo –São Paulo - SP www.abrafatishow.com.br

feiras no eXTerior

dAtA FEirA locAl contAto

11 a 13 de setembro de 2023 pack Expo las vegas Las Vegas Convention Center – Estados Unidos www.packexpolasvegas.com

02 a 04 de outubro de 2023 luxe pack monaco

03 a 06 de outubro de 2023 Envase packaging y procesos

Grimald Forum –Monaco - França www.luxepackmonaco.com

Centro Costa Salguero –Buenos AiresArgentina www.envase.org

07 a 11 de outubro de 2023 anuga Colônia - Alemanha www.anuga.com

27 a 30 de novembro de 2023 andina pack

c artas &E-mails

ERRATA

Bogotá - Colômbia www.andinapack.com

PACK, Revista. ESG GANHA ESPAÇO NA INDÚSTRIA DE EMBALAGENS. Páginas 25 e 28. Edição 240. São Paulo, Março de 2023.

Na reportagem de capa ESG GANHA ESPAÇO NA INDÚSTRIA DE EMBALAGENS, as legendas das fotos publicadas (Debora Benetti Botini, gerente financeiro e governança corporativa da Ibema e Andrea Lacerda Pegorini, gerente de meio ambiente da Ibema) não foram atribuídas corretamente.

A edição digital da Revista Pack 240 foi atualizada no site pack.com.br em 29/03/2023

para sE corrEsponDEr com a rEDaÇÃo E n D rua dos três irmãos, 771 Jardim progredior – São paulo-Sp – cEp 05615-190

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CAPA: Ana Claudia Martins FOTO DA CAPA: Divulgação

CONSELHO EDITORIAL

Assunta Camilo Napolitano, diretora da FuturePack e do Instituto de Embalagens – Eduardo Tadashi Yugue, gerente de embalagens da Nestlé Brasil – Geraldo Cardoso Guitti, diretor do Conselho Administrativo da Refrigerantes Convenção – Iorley Correia Lisboa, gerente P&D e Inovação de Embalagens – Marcas Exclusivas do Walmart Brasil – João Batista Ferreira, CEO da J2B Innovation to Business –Lincoln Seragini, presidente da Seragini Design – e Luis Fernando Madi, Diretor Geral do Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL)

COMERCIAL

Rajah Chahine rajahchahine14@gmail.com

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Nilton Feitosa nilton.feitosa@nvcon.com.br

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15 de Noviembre 2547 – C1261 AAO –Capital Federal – Republica Argentina

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PACK – EMBALAGEM | TECNOLOGIA | DESIGN | INOVAÇÃO é uma publicação mensal da Editora B2B.

A PACK é dirigida aos profissionais que ocupam cargos técnicos, de direção, gerência e supervisão em empresas fornecedoras, convertedoras e usuárias de embalagens, bem como prestadores de serviços relacionados à logística, design e todos os processos relacionados a indústrias de embalagem.

à

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6 Editora B2B
agenda
EMBALAGEM | TECNOLOGIA | DESIGN | INOVAÇÃO Filiada
ÊM O ANAT C D M D S GM AD 8 C EGORIAREV TA S GMENTADA B2B
PÁG. 25 PÁG. 25 PÁG. 28 PÁG. 28 Onde se lê: Leia-se:

BASF oBtém A certiFicAção iScc PLUS PArA exPAndir SUA oFertA de AditivoS PLáSticoS

ABASF celebra a Certificação Internacional em Sustentabilidade e Carbono (ISCC) PLUS para aditivos plásticos produzidos em suas fábricas em Kaisten, Suíça, e McIntosh, Alabama, Estados Unidos. Essa certificação permitirá que a BASF ofereça graus mais sustentáveis de seus principais aditivos plásticos com uma menor Pegada de Carbono de Produto (PCF) por meio do uso de matérias-primas renováveis em uma abordagem de balanço de massa. A certificação ISCC PLUS abrange toda a cadeia de valor e garante o uso de materiais renováveis. Trata-se de um processo de certificação internacionalmente reconhecido para a metodologia de balanço de massa. Essa certificação abre caminho para que a BASF ofereça certificados de balanço de massa para determinados produtos a seus clientes de aditivos plásticos. Como parte da certificação de balanço de massa, deve-se demonstrar a custódia da cadeia, desde a entrada de matérias-primas renováveis até o produto final de venda com declarações de sustentabilidade. As fábricas da empresa na Suíça e nos Estados Unidos são os dois locais-pilotos para essa certificação, como parte de uma implementação global.

“Somos o primeiro fornecedor de aditivos para plásticos que oferece uma linha selecionada de antioxidantes certificados para equilíbrio de biomassa como uma extensão do nosso portfólio VALERAS®

Nossos clientes agora têm uma opção de antioxidantes mais sustentáveis que são produzidos usando materiais renováveis e de origem responsável, em vez de recursos fósseis, sem comprometer seu alto desempenho funcional”, explica o doutor Achim Sties, vice-presidente sênior de Aditivos para Plásticos da BASF. “À medida que continuamos a jornada com nossos clientes e parceiros para criar um novo valor para os plásticos, nos concentramos em impulsionar inovações que contribuam significativamente para a sustentabilidade.”

para informações adicionais acesse o site shop@BasF B-cycle - soluções para reciclagem.

notícias notícias

Estamos falando de uma redução de perda estimada para alimentos industrializados da ordem de R$ 735 milhões, somente com a adoção do Best Before no Brasil

entrevista
Foto: Divulgação

INDÚSTRIA ALIMENTÍCIA MOSTRA SUA FORÇA NO PAÍS

Setor é responsável pela produção de 250 milhões de toneladas de comida por ano, mas enfrenta o desafio de reduzir o desperdício.

João Dornellas, presidente executivo da ABIA, conta como a entidade está apoiando a indústria de alimentos para combater as perdas em toda a cadeia de produção

Os números falam por si só. A indústria brasileira de alimentos é a maior potência do país, com 38 mil empresas de pequeno, médio e grande porte, nacionais e multinacionais, que juntas, produzem cerca de 250 milhões de toneladas de comida por ano.

Em 2022, o setor faturou R$ 1 trilhão, demonstrando força e solidez mesmo em momentos desafiadores. Do total da produção, 72% foram destinadas ao abastecimento do mercado interno e 28% para exportação, reforçando o papel do Brasil como importante aliado para a segurança alimentar mundial, enviando seus produtos para 190 países. “Isso nos confere a posição de segundo maior exportador mundial de alimentos industrializados em volume e o quinto maior em valor. Além disso, a indústria de alimentos é responsável pela geração de 1,8 milhão de empregos formais e diretos, o que representa 24,3% dos empregos da indústria de transformação”, destaca João Dornellas, presidente executivo da ABIA (Associação Brasileira da Indústria de Alimentos), que está à frente da entidade desde 2018.

O setor também segue investindo em pesquisa e desenvolvimento, inovação e fusões - em 2022 foram R$ 23,6 bilhões. “Isso demonstra o nosso compromisso com a melhoria contínua dos produtos e processos, pautados pelo avanço da tecnologia e em busca de competitividade”.

Toda essa evolução faz parte do cotidiano das indústrias de alimentos, que operam seguindo rígidas legislações nacionais e internacionais e prezando pela saúde e o bem-estar dos consumidores e a proteção ao meio ambiente. “Assim, somos capazes de oferecer à população brasileira e mundial alimentos seguros, nutritivos, saborosos e sustentáveis”, destaca.

Em entrevista à revista Pack, João Dornellas, fala sobre tendências de consumo de alimentos e os desafios à frente da entidade para ajudar o setor a reduzir o desperdício de comida e adotar práticas sustentáveis para embalar os seus produtos.

Revista Pack: Como vê o mercado brasileiro de produtos vegetarianos?

João Dornellas: Os mercados de alimentos vegetarianos, veganos, orgânicos, entre outros, constituem-se em segmentos emergentes e com grande potencial de desenvolvimento para a indústria de alimentos. As empresas investem continuamente, em parceria com a sua cadeia de suprimentos, seus departamentos de P&D, startups e institutos de ciência e tecnologia para a elaboração de um portfólio de soluções que esteja alinhado às demandas atuais e futuras do mercado consumidor, mantendo sempre a segurança do alimento. Como exemplo, podemos citar a evolução dos produtos plant based, que registraram um rápido crescimento nos últimos anos. De acordo com dados da plataforma Passport da Euromonitor (Food and Nutrition-Staple Foods – 2021), o mercado de substitutos vegetais para carne e frutos do mar no Brasil alcançou em 2021 US$ 107 milhões em vendas no varejo, um acréscimo de 30% comparado a 2020, quando as vendas foram de US$ 82 milhões. A previsão é que até 2026 este setor ultrapasse os US$ 425,3 milhões em vendas no mercado brasileiro. Pesquisa do The Good Food Institute (GFI) realizada em 2020 aponta que 50% da população já reduziu o consumo de carne, um crescimento de 73% em relação a 2018, quando a população de flexitarianos era de 29%.

O setor de alimentos e bebidas está atento às mudanças de hábitos de consumo e acompanha o seu desenvolvimento. O GFI também indica que o mercado brasileiro já conta com 100 empresas que produzem alimentos e bebidas com proteínas alternativas análogas, e exporta para 30 países esse portfólio.

Pack: A nova rotulagem nutricional deve ajudar a impulsionar o consumo de alimentos mais saudáveis?

Dornellas: O objetivo da nova rotulagem nutricional é contribuir para a educação alimentar dos brasileiros, trazendo informações mais detalhadas sobre a composição

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nutricional dos alimentos, permitindo que os consumidores possam fazer suas escolhas com consciência e autonomia. As novas regras têm o objetivo de trazer para a parte da frente das embalagens uma informação nutricional que já consta da tabela nutricional, a fim de destacar quando o alimento ou bebida tiver alto teor de sódio, gordura saturada e/ou açúcar adicionado em 100 g ou 100 ml do produto. Além disso, as novas regras padronizaram a tabela nutricional (fundo branco, letra preta, tamanho de fonte etc.) tornando-a mais legível. O setor produtivo reconhece o processo inovador e democrático conduzido pela Anvisa e iniciou a adaptação às novas regras em todo o país desde a aprovação das novas legislações, em outubro de 2020. Estamos comprometidos em orientar as empresas e em realizar ações educativas junto aos consumidores no sentido de apoiá-los na leitura e o entendimento dos novos rótulos. A escolha será sempre do consumidor, que agora, com informações mais claras e acessíveis, tomará sua decisão de compra de maneira mais assertiva, com base nas suas preferências individuais e no seu estilo de vida.

Pack: O desperdício de alimentos é responsável por 10% das emissões de efeito estufa, segundo a ONU. No Brasil, quais são os principais causadores do desperdício de alimentos na cadeia do setor?

Dornellas: A pauta da redução do desperdício de alimentos, dentro do contexto do combate à insegurança alimentar, certamente promoverá importantes debates, e o setor produtivo deve ser protagonista nesse cenário. É preciso fortalecer todas as estratégias para combater o problema em cada uma das etapas, desde a produção no campo até os lares dos consumidores, em atenção à meta proposta pela ONU de reduzir pela metade, até 2030, o desperdício de alimentos nos níveis de varejo e do consumidor, e reduzir as perdas ao longo das cadeias de produção e abastecimento.

De acordo com o “Índice de Desperdício de alimentos 2021”, do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, somente em 2019, cerca de 930 milhões de toneladas foram desperdiçadas em todo o mundo. Desse montante, 61% foram perdidos nos lares, 26% em bares e restaurantes e 13% no varejo. Ainda de acordo com a FAO, o desperdício está relacionado com as perdas derivadas da decisão de descartar alimentos que ainda têm valor e se associa, principalmente, ao comportamento dos maiores e menores vendedores, serviços de venda de comida e consumidores.

Pack: A proximidade com a data de vencimento é um fator que tem impacto no desperdício de alimentos. Quais são os desafios para mudar este cenário?

Dornellas: Os produtos com data de validade vencida configuram as principais perdas nos supermercados. No varejo, 42,5% das perdas de alimentos não perecíveis têm como causa a data de validade vencida (Pesquisa ABRAS 2021). Apenas em 2020, as perdas de alimentos perecíveis e não perecíveis por conta da data de validade vencida representaram R$ 2,18 bilhões. Uma das propostas da indústria é que o Brasil possa estudar de forma ampla

a marcação de data de validade dos alimentos conhecida internacionalmente como “best before”. Numa tradução livre seria como “melhor antes de”, ou “consumir preferencialmente antes de”. Trata-se de um conceito aplicado em diversos países do mundo a produtos “shelf stable”, ou seja, estáveis em temperatura ambiente (macarrão, conservas, grãos, sucos de frutas, leite UHT etc.), que, por suas características, permanecem seguros para consumo após a data marcada na embalagem, desde que armazenados conforme determinação do fabricante e mantidos com a embalagem fechada.

Levantamento feito pela ABIA indicou que, a partir de uma redução estimada no desperdício de alimentos em 10%, conforme demonstram os estudos existentes com a implantação do Best Before, tem-se uma redução de perda estimada no varejo da ordem de R$ 310 milhões, considerando-se apenas o valor da venda dos produtos. Com relação às perdas de alimentos nos domicílios, a redução estimada é de R$ 425 milhões. Portanto, estamos falando de uma redução de perda estimada para alimentos industrializados da ordem de R$ 735 milhões, somente com a adoção do Best Before no Brasil. Sabemos, entretanto, que pode haver uma solução mais abrangente. Esta é uma discussão que envolve diversos elos da cadeia produtiva e entes do governo, e a indústria de alimentos está aberta ao diálogo e ao aprofundamento das questões técnicas e regulatórias que possam auxiliar no avanço dessa medida. No cenário atual, vemos que existem redes de supermercados que vendem produtos próximos à data de vencimento por valores mais acessíveis, estimulando o consumidor a comprar produtos para uso mais imediato. São produtos aptos ao consumo, seguros e em condições adequadas de armazenamento e que podem significar uma alternativa para mitigar as perdas no varejo.

Pack: No Brasil, existem 115 milhões de pessoas que sofrem com algum grau de insegurança alimentar. Quais são os desafios para combater a fome?

12 EDITORA B2B
Foto: Divulgação
entrevista
As indústrias de alimentos e bebidas absorvem cerca de 70% do volume de produção de embalagens plásticas no país

Dornellas: Os alimentos industrializados são essenciais para alcançar a segurança alimentar e combater a fome, pois ao processarmos a comida estamos oferecendo acesso ao alimento, garantindo que ele chegue a todas as regiões do Brasil e do mundo apto ao consumo, preservando sua segurança e qualidade.

Mas precisamos reforçar que a indústria brasileira de alimentos e bebidas produz cerca de 250 milhões de toneladas de comida por ano, abastece prioritariamente o mercado interno e ainda exporta para 190 países. E temos potencial para ampliar rapidamente nossa produção, já que operamos com 65% da capacidade instalada.

Por isso, pode-se afirmar que no Brasil não faltam alimentos, falta renda. Estudo realizado pela FIPE/ABIA aponta que a média da carga tributária sobre os alimentos industrializados no país é de 24,4%, uma das mais altas do mundo. Para se ter uma ideia, a média dessa carga tributária nos países da OCDE é de 7%. No Brasil, se considerarmos apenas os impostos incidentes sobre os alimentos da cesta básica, já estamos falando de 9,8%.

Mas o governo tem pela frente a oportunidade de aprovar uma reforma tributária que leve em consideração os números alarmantes de cidadãos brasileiros em situação de fome e insegurança alimentar e considerar uma reforma tributária que baixe a carga tributária da comida, e que não onere – ainda mais - nenhuma categoria de alimento.

Pack: Sustentabilidade é o grande tema das embalagens. A indústria de alimentos utiliza bastante embalagens plásticas. Como ela está trabalhando para ter embalagens para uma economia de baixo carbono?

Dornellas: As indústrias de alimentos e bebidas absorvem cerca de 70% do volume de produção de embalagens plásticas no país. Entre as principais funções das embalagens para alimentos estão as de conservá-los, preservando nutrientes e protegendo-os de contaminantes, assim como reduzir perdas e desperdícios, facilitarem a armazenagem e o seu uso, além da comunicação com o consumidor.

Foto: Divulgação

Ao longo dos últimos 20 anos o setor tem orientado suas ações e projetos para ampliar a sustentabilidade das embalagens utilizadas, dentro da concepção de economia circular e de baixo carbono, em parceria com os demais elos da cadeia de valor, entre os quais estão indústrias de embalagens, canais de distribuição (varejo e food service), cooperativas, associações de reciclagem, ONGs, escolas e o poder público. Toda a concepção das embalagens plásticas passou a ser orientada para a reciclabilidade, redução do uso de matérias-primas e o reuso, sempre que possível.

Algumas dessas iniciativas já estão em ação e apresentando resultados positivos, entre elas a recuperação de embalagens pós-consumo que prevê a destinação adequada e/ou aumento da reciclagem dessas embalagens através do investimento em projetos de logística reversa de embalagens; o uso de embalagens mais sustentáveis, ação que dispõe do aprimoramento da reciclabilidade das embalagens, uma iniciativa que desprende investimento na inovação e tecnologia para reduzir o uso de plástico virgem e incorporar material reciclado nas embalagens, quando autorizado e seguro do ponto de vista sanitário; ações de educação sobre reciclagem, ação direcionada à conscientização das pessoas a repensarem seus hábitos e praticarem hábitos mais sustentáveis na sua rotina diária. Essas são apenas algumas das ações que a Indústria de alimentos vem disseminando dentro e fora de “casa”.

No tocante ao retorno das embalagens para as cadeias de valor da indústria de transformação, a indústria tem implementado projetos coletivos e individuais de logística reversa pós-consumo, a exemplo da Coalizão Embalagens.

Pack: Como a indústria está trabalhando na descarbonização do processo de produção de alimentos?

Dornellas: O setor é composto por cerca de 38 mil indústrias e as empresas estão em diferentes graus de maturidade nesse assunto. Mas sabemos que há grande mobilização

para cumprimento das NDC (sigla em inglês para Contribuição Nacionalmente Determinada), que envolvem compromissos voluntários criados por cada país signatário do Acordo de Paris para colaborar com a meta global de redução de emissões de gases do efeito estufa (GEE). A NDC brasileira de 2015 estabelece que o Brasil deve reduzir as suas emissões em 37% até 2025 e 43% até 2030, em relação às emissões de 2005. O tema é de crucial importância para o setor e, por isso, tem atenção especial da ABIA junto às suas associadas. Na associação, criamos um Grupo de Trabalho (GT) com o objetivo de realizar um diagnóstico do setor e traçar um plano de mitigação das emissões.

Pack: Qual é a projeção de crescimento para a indústria de alimentos?

Dornellas: A expectativa do setor é que continuemos em ritmo moderado de crescimento. Segundo o balanço econômico 2022 divulgado em fevereiro deste ano, o faturamento do setor subiu 16,6%, com aumento de 3,7% nas vendas reais, puxado principalmente pela expansão das exportações e pela retomada do mercado de food service. Para 2023, apesar de o cenário da economia brasileira apontar para uma desaceleração do crescimento do PIB, as pressões nos custos de produção ainda presentes e as incertezas em relação à economia mundial, as perspectivas permanecem relativamente positivas, tanto no mercado interno quanto nas exportações. Mantido esse panorama, a indústria de alimentos tem espaço para elevar a produção e as vendas reais em patamares entre 1,5% e 2%, além de seguir avançando na geração de empregos, com expectativa de aumento de 1%.

Pack: Quais segmentos vão puxar essa expansão no mercado interno e externo?

Dornellas: No mercado interno, o canal food service continuará sendo o destaque, pela recomposição da participação dos gastos dos consumidores com a alimentação fora do lar. As vendas para o varejo alimentar

também têm perspectiva positiva, com evolução próxima ao PIB do país. Em relação às exportações, os segmentos de proteínas animais, açúcar e derivados de soja (óleo e farelo) seguem com tendência de expansão nos volumes de vendas, mesmo com crescimento mais moderado da economia mundial, puxados pela perspectiva de crescimento da demanda e de estabilidade na oferta em importantes países produtores, aliada à expansão da produção brasileira.

Pack: Os custos de produção dos alimentos ainda estão impactando o setor e os preços das embalagens?

Dornellas: Se de um lado a situação do abastecimento interno foi regularizada, por outro, os preços pagos pela indústria de alimentos continuam elevados, acima do patamar praticado no mercado internacional, o que reduz a competitividade dos nossos produtos.

Pack: Que balanço o senhor faz dos 60 anos da ABIA e as perspectivas à frente da entidade?

Dornellas: A ABIA completa 60 anos de sua fundação em outubro deste ano e temos orgulho da entidade que estamos construindo. Em 2018, iniciamos uma reestruturação profunda. Elaboramos um novo Estatuto Social e criamos Comitês Temáticos para discutir questões estratégicas do setor – atualmente temos 7 comitês: Comunicação, Jurídico, Sustentabilidade, Relações Governamentais, Técnico e Regulatório, Tributário e Food Service. Além disso, estabelecemos uma nova estrutura de governança, renovamos nossa identidade visual para refletir os novos rumos da associação, elaboramos um Planejamento Estratégico para três anos, que já foi atualizado, que direciona nossos esforços e guia nossa atuação, implantamos um programa de Compliance e um Código de Conduta, que conferem segurança e confiança às empresas que participam do nosso quadro associativo. Sabemos que há muitos desafios pela frente, e seguimos firmes no nosso propósito de representar a indústria brasileira de alimentos e promover seu desenvolvimento sustentável.

14 Editora B2B
entrevista

ACTEGA E MAkro LAbELLinG unEM forçAs

O objetivo é acelerar a difusão da tecnologia Signite® que vai ajudar as marcas a cumprirem as suas metas de sustentabilidade

AACTEGA, fabricante de revestimentos especiais, tintas, adesivos e compostos de vedação para o setor de impressão e embalagens, anunciou um novo convênio com a fabricante italiana de máquinas de rotulagem Makro Labelling. A parceria tem o objetivo de acelerar o desenvolvimento e fornecimento de máquinas para aplicação de Signite® – tecnologia decorativa amplamente reconhecida entre as principais marcas e o setor de rotulagem como uma das mais promissoras e transformadoras dos últimos anos.

Os rótulos Signite® são uma solução decorativa pioneira que permite às marcas e convertedores reduzir de forma significativa o desperdício, ao mesmo tempo aumentando a flexibilidade no design, a reciclabilidade

especial ACTEGA e Makro Labelling
16 EdiTOrA B2B
ACTEGA e Makro Labelling formam parceria para aprimorar a adoção da tecnologia Signite® pelo mercado Foto: Divulgação

e a reutilização. Ano passado, a tecnologia ACTEGA Signite® recebeu o prêmio Label industry Global Awards na categoria de inovação. Um dos prêmios mais prestigiados do setor, o reconhecimento atesta o potencial da tecnologia para aliar os padrões de qualidade exigidos pelas marcas e convertedores a diversos benefícios relevantes ao longo da vida útil do produto.

Para viabilizar a adoção da tecnologia Signite®, são necessárias máquinas aplicadoras

adaptadas a partir de rotuladores tradicionais sensíveis à pressão. A ACTEGA desenvolveu e produz internamente máquinas aplicadoras de baixa velocidade adequadas para destilados artesanais, vinhos, cervejas artesanais e outros mercados similares. Para a próxima fase de desenvolvimento e difusão da tecnologia Signite ®, torna-se necessário contar com a parceria de um fabricante de máquinas rotuladoras com expertise , escala, estrutura de suporte técnico e atuação dinâmica e pioneira. Nesse sentido, a italiana Makro Labelling concordou em firmar convênio com a ACTEGA para o projeto, produção e fornecimento de máquinas rotuladoras rotativas de baixa a média velocidade, com foco inicial em

modelos com velocidades de aplicação na faixa de 100-400 embalagens por minuto.

“ d esde o lançamento inicial até a atual parceria, nosso relacionamento com a Makro evoluiu de forma altamente participativa, dinâmica e pragmática. A expectativa é de que, ainda este ano, as marcas mais pioneiras possam já adquirir os primeiros aplicadores rotativos de média velocidade com a nova tecnologia. Tem sido uma grande satisfação trabalhar com a Makro Labelling neste projeto,” disse Grant Schutte, vice-presidente para o produto Signite®

“A Makro Labelling consolidou-se como uma empresa de vanguarda, inovadora e focada no cliente. Assim, não surpreende identificarmos a Signite ® como solução de rotulagem potencialmente revolucionária, capaz de contribuir para as metas de sustentabilidade das marcas. É uma satisfação formarmos esta aliança com ACTEGA para ampliar o acesso a novas tecnologias por meio de nossas linhas de máquinas e ampla presença no mercado de rotulagem. As atuais demandas dos aplicadores se alinham perfeitamente com os objetivos da Makro. Além disso, com a nossa recente aquisição pelo Sidel Group, estamos ansiosos para explorar outras aplicações para a tecnologia Signite®,” conclui Simone Marcantoni, diretor-presidente da Makro Labelling.

18 EdiTOrA B2B
Foto: Divulgação Signite®: uma tecnologia de decoração sustentável que surgiu como uma solução transformadora para o setor de rótulos especial ACTEGA e Makro Labelling

AtrAsAr, distrAir e obstruir: investigAndo As promessAs descumpridAs pelAs empresAs sobre os plásticos

Nusa urbaNcic*

Os plásticos estão presentes em nossa vida diária, em especial na embalagem das mercearias

Quase todo produto é embalado em materiais plásticos ou é ele próprio produzido a partir de plásticos. Por exemplo: fibras sintéticas tornaram-se o material dominante em nossas roupas, tapetes e construções. Esse material de baixo custo e quase onipresente está mudando a face do nosso planeta mais rápido do que podemos imaginar – mais da metade de todo o material plástico do mundo foi produzido desde 2005, com a indústria ajustando-se para dobrar a sua produção até 2030.

Embora os poluidores corporativos dos plásticos tenham percorrido longas distâncias para vender-nos o mito da reciclagem como sendo a solução, apenas 9% do plástico já foi reciclado – o restante acaba sendo incinerado ou poluindo o meio ambiente e, por fim, chega às nossas cadeias alimentares e aos nossos corpos.

Nós estamos, literalmente, afundando em plástico. Na Europa, isso talvez vá além de nossa vida cotidiana, pois temos sorte o bastante com um sistema de gerenciamento de resíduos, que leva o nosso lixo da nossa porta toda semana. Mas as pessoas no Norte do Globo também são responsáveis por uma parcela desproporcional do problema.

a Grande Contagem do Plástico pelo Greenpeace do r eino Unido e pela Everyday Plastic demonstraram que os lares do reino Unido descartaram cerca de 100 bilhões de embalagens plásticas por ano – com menos de 12% tendo a probabilidade de serem reciclados no r eino Unido. Essa é uma estatística chocante e também aponta para um problema diferente: os países inflacionam seus números de reciclagem relatando como sendo “reciclados” os resíduos que são exportados além-mar para países que apresentam muito menos recursos para lidar com esse problema.

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artigo
Foto: Pexels Os plásticos estão tão presentes que são usados até mesmo para embalar produtos orgânicos, frutas e legumes

Por exemplo, a turquia é um grande destinatário dos resíduos europeus. Na Fundação Changing Markets, passamos anos a fio investigando, apurando o que grandes empresas e varejistas de produtos de consumo estão fazendo para tratar da crise dos plásticos. Nós descobrimos uma enxurrada de compromissos e iniciativas voluntárias que estão sendo utilizadas para distrair os consumidores ou atrasar e obstruir a legislação. a pior poluidora de plásticos do mundo é a CocaCola, que também encampa e lidera as forças por trás dos compromissos voluntários: já em 1990, eles tinham assumido o compromisso de ter 25% de teor reciclado, mas, após promessas quebradas e reformuladas, ainda estavam a menos de 10% mais de 30 anos depois.

a o mesmo tempo, gastaram milhões enfraquecendo a legislação mais efetiva para recolher e reciclar suas garrafas de plástico: sistemas de retorno de depósito ou bilhetes de garrafas. Uma recente investigação da Bloomberg revelou que, mesmo agora, o lobby da Coca-Cola e da PepsiCo contra os bilhetes de

garrafas nos EUa – apesar do fato de que a falta de coleta colocará por terra seus objetivos climáticos e de reciclagem. também examinamos outro grupo de participantes poderosos, que também surgiram como opositores significativos à legislação progressiva sobre a poluição dos plásticos – os supermercados europeus. Mais de 40% do plástico na Europa vai para as embalagens, e essas empresas estão vendendo mais desses produtos para nós. a pesquisa do Greenpeace revelou que os itens mais comumente contados foram as embalagens de frutas e legumes, com 1,02 milhão de peças, seguidas de perto pelos sacos, pacotes e trouxinhas de salgadinhos, itens dificílimos de evitar por quem faz suas compras.

Nossa pesquisa Embalados? o que os supermercados da Europa estão a nos dizer sobre os plásticos revelou uma falta quase que completa de políticas dos supermercados sobre a poluição dos plásticos. 82% não forneciam sequer as informações mais básicas, com sua pegada de plásticos. a pontuação média alcançada

por supermercados em três categorias foi de apenas 13,1%, com apenas duas empresas excedendo os 60%.

Em vez de abordagens sistemáticas e sérias para a poluição dos plásticos, nós descobrimos numerosas campanhas de marketing e táticas de “maquiagem verde (greenwashing)”.Por essa razão, decidimos expor empresas envolvidas em nosso novo site na internet, a lavanderia virtual www.greenwash.com. É possível ver exemplos, como o do maior mercado espanhol Mercadona alterando seus artigos de cutelaria de uso único para serem ‘reutilizáveis’ ou a didas e seus tênis para corredores criados a partir de ‘plástico oceânico’. Soa bem? Pense de novo.

Precisamos expor essas soluções falsas projetadas para distrair e atrasar as abordagens realmente sistemáticas para que se trate a crise dos plásticos. Sabemos quais são e não temos tempo a perder.

PLÁSTICO CRISE CLIMÁTICA

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* Nusa Urbancic - Diretora de Campanhas da Fundação Changing Markets @nusha_u
POLUIÇÃO SUPERMERCADO S EUROPA FUNDAÇÃO MERCADOS EM MUDANÇA
Foto: Divulgação

Multivac celebra 15 anos co M o referência e M M áquinas de e M balagens no b rasil

Multinacional alemã fundada em 1961, na cidade de Wolfertschwenden, a Multivac começou a vender máquinas termoformadoras de grande porte, no Brasil, a partir da década de 70 de forma ocasional e para poucos clientes que iam para Europa em busca de novas tecnologias nas feiras do setor, como a Interpack, na Alemanha.

Somente em 2008, a companhia decidiu investir no Brasil, inaugurando a sua unidade fabril no país, que passou a fazer parte de um grupo de 84 países. Diferente das demais unidades, à época, que ofereciam somente assistência técnica e atendimento aos clientes, a planta brasileira já nasceu pronta para enfrentar os desafios. Um dos objetivos da empresa era ficar mais próxima dos seus clientes para enfrentar a concorrência local e produzir máquinas de embalagens que tinham maior demanda no país via Finame (programa de financiamento do BNDES com taxas mais acessíveis).

As primeiras máquinas eram montadas com peças da Alemanha. Ao longo dos anos, com novos aportes na planta brasileira, a empresa embalou várias inovações para atender o mercado brasileiro. Hoje, toda parte de usinagem, chaparia e solda e montagem é feita localmente. “Temos uma grande gama de máquinas nacionalizadas para atender desde a padaria até uma indústria de grande porte”, explica Michael Teschner, diretor geral da Multivac Brasil. Teschner chegou ao comando da empresa em 2010, ajudando a construir uma história vitoriosa, que celebra 15 anos, em 2023, com mais de 2500 máquinas de embalagens vendidas para mais de 2 mil clientes de pequeno, médio e grande porte. Foi uma evolução e tanto ao olhar para começo da empresa no país, quando vendia 80 máquinas de embalagens para pouco mais de 30 clientes.

O reconhecimento do mercado é comprovado pelo contínuo crescimento da Multivac Brasil que há três anos fornece soluções completas, desde máquinas de embalagens, soluções de automação e tecnologias de processamento, sistemas de rotulagem e inspeção, porcionamento e fatiamento, e desde a aquisição do Grupo Fritsch, tecnologias de panificação. “O carro-chefe ainda

é a máquina termoformadora que responde por 80% das vendas aqui e globalmente. As embalagens a vácuo e com atmosfera modificada que aumentam o shelf-life de alimentos frescos, como proteínas de origem animal, é o nosso maior mercado, mas também fornecemos para vegetais e frutas”, revela Teschner. O mercado brasileiro de máquina de embalagem, segundo o diretor geral da Multivac Brasil, ainda tem muito potencial de crescimento, pois o volume de máquinas em aplicações para frios fatiados e carnes fracionadas ainda é muito incipiente no Brasil.“Muitos produtos ainda são embalados e fatiados manualmente nas padarias e supermercados”, afirma o diretor geral.

O aniversário será celebrado em grande estilo na Fispal Tecnologia, que acontece de 27 a 30 de junho de 2023, no São Paulo Expo, com a realização de um Ciclo de Palestras sobre Tendências de Consumo e Embalagens, Economia e Automação. A empresa também participa da feira como expositora (rua R, estande 022) para apresentar a linha completa de soluções para o setor de alimentos frescos.

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michael teschner, diretor geral da multivac brasil

Conceitos artísticos traduzem os valores da marca

Cruzília lança

Versos de Minas, edição limitada e exclusiva que combina queijo azul com café

em embalagem que transmite nobreza

Aembalagem é uma excelente plataforma para contar a história do produto e os valores da marca. É o que fez a Cruzilia ao lançar o “Versos de Minas”, uma combinação exclusiva de queijo azul com café, que homenageia duas paixões nacionais e a tradição de Minas Gerais, Estado que se destaca tanto pela produção de queijo quanto dos grãos que fazem parte da rotina dos brasileiros.

o produto promete encantar até os paladares mais exigentes. “Queremos fazer parte de momentos especiais dos consumidores. Por isso, trabalhamos por três anos no desenvolvimento do Versos de Minas, até chegarmos a uma formulação verdadeiramente única”, explica Edson Martins, CEo da UltraCheese. Versos

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design de embalagem

de Minas será comercializado inicialmente com exclusividade em uma parceria da Cruzília com algumas redes de supermercados de São Paulo, Curitiba e litoral de Santa Catarina.

rodrigo Broetto, gerente de marketing da UltraCheese, afirma que “a Cruzília é a queijaria brasileira mais premiada no mundo, muito em virtude da capacidade de inovar e criar queijos autorais e autênticos”. Segundo ele, também tem como premissas básicas o terroir da Serra da Mantiqueira, um dos melhores do país para produção de queijos finos, atrelados ao conceito artesanal de produção e o compromisso com a tradição, os saberes e os sabores brasileiros. “ tudo isso é parte da essência, não apenas das embalagens, mas da própria concepção dos queijos da Coleção Exclusivos Cruzília. obviamente é intrínseca a relação

com duas grandes paixões nacionais, o queijo e o café, esta última, hábito e inspiração de diversos escritores, pintores, poetas, músicos entre outros artistas ou tão somente para momentos especiais de reflexão”.

Para garantir a conservação ideal das propriedades do produto, como sabor, aroma e nutrientes, é indicado acondicionar os queijos de mofo azul em papel laminado, o que impede a visualização do produto. “É usual para a categoria no Brasil este tipo de embalagem, o que facilita, inclusive, a rápida identificação pelo consumidor. Portanto, precisamos referenciar ao consumidor, especialmente aquele que ainda não conhece queijos especiais, as características básicas do produto, realizada através da ilustração”, explica o gerente de marketing.

Broetto conta como design reflete o posicionamento do novo produto Versos de Minas. “Basicamente eram dois desafios. o primeiro era deixar evidente ao consumidor a combinação do queijo de mofo azul com o café. o segundo traduzir todos os drivers em um layout adequado à identidade visual da Coleção Exclusivos Cruzília”, afirma. Ele continua: “imaginamos elementos comuns ao universo do café, ou seja, os grãos, a juta e o próprio queijo, como uma tela em pintura à óleo. o resultado reflete e une os conceitos artísticos que inspiraram a concepção do produto com sugestão explícita da combinação de sabores por ele proposta”. além disso, o gerente de marketing destaca que o “design da embalagem é capaz de transmitir significados de exclusividade, de algo nobre e especial, principalmente por meio da combinação de tons escuros e dourado”.

“o design é fundamental para atrair novos consumidores, especialmente quando os produtos exigem das embalagens características peculiares para conservação ideal do produto. também o material utilizado é capaz de indicar o tipo de produto que acondiciona. É quase um consenso entre consumidores. Neste sentido, mais do que transmitir as informações básicas e conceitos relacionados, atrair a atenção do consumidor, despertar seu interesse, desejo e identificação são essenciais para decisão de compra”, completa o executivo.

o design da embalagem de Versos de Minas é assinado pela t12 Comunicação, de Chapecó (SC), o papel laminado é fornecido pela Grati e o rótulo autoadesivo pela Gráfica Novo Mundo.

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design de embalagem
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sicad do brasil coMpleta 25 anos de atuação no

país

Com uma trajetória de sucesso no mercado de fitas adesivas, a multinacional italiana Sicad do Brasil, chega ao emblemático aniversário de 25 anos, como um grande player do setor, atendendo todos os segmentos da indústria, desde embalagens, farmacêutica, química, alimentos, eletrodomésticos, automotiva, construção imobiliária e papelaria. “Nos últimos cinco anos, a empresa cresceu 42%, sendo que o segmento de embalagem responde por metade desta fatia. Nós continuamos investindo na qualidade dos produtos e no atendimento ao cliente”, afirma Luis Bresciani, diretor geral da Sicad do Brasil. Para suportar este crescimento, a empresa adquiriu novas máquinas italianas de corte de fitas adesivas, de última geração, automatizadas e computadorizadas e construiu um novo galpão industrial de 2500 m2 em 2021. “Os investimentos, nos últimos três anos, somam R$ 40 milhões”, informa o executivo.

Ainda há espaço para ampliar a planta fabril da Sicad do Brasil que está instalada em um terreno de 58 mil m2 e ocupa uma área construída de 14 mil m2. Os planos para expansão já saíram do papel. Com um aporte de R$ 20 milhões, a empresa vai ter um novo galpão de 4 mil m2 e novas máquinas chegando em 2024 que irão expandir a capacidade de produção em 30%. “Nosso objetivo é reorganizar todo departamento de produção que hoje está numa área que ficou pequena. Esta área será destinada para o armazenamento de produto acabado para escoar”, explica Bresciani. Os investimentos também vislumbram o crescimento das exportações da Sicad do Brasil para América Latina. Atualmente, segundo o diretor geral, o mercado interno responde por 80% dos negócios enquanto o mercado externo 20%. “Este ano, a nossa expectativa de crescimento gira em torno de 8% a 10%”.

No Brasil, a empresa possui um laboratório de análise dos produtos fabricados e conta com o apoio do laboratório da matriz, na Itália, que dá suporte para todas as filiais. “Todo o desenvolvimento de um produto ou uma matéria-prima é feito em conjunto com a Itália. O produto que nós vendemos aqui é o mesmo que é vendido no mundo todo com a credencial de qualidade da Eurocel”, destaca.

No segmento de fechamento de embalagem, a Sicad do Brasil, desenvolveu uma linha de fitas adesivas para fechamento de embalagens de papelão ondulado para linha branca e eletroeletrônico. “É uma solução de fita adesiva inovadora que apresenta um filme de PP (polipropileno) com espessura superior do produto convencional para linha de fechamento de embalagem”, afirma Wagner Castro, gerente comercial da Sicad do Brasil. Ele destaca também que “o adesivo tem uma gramatura acima das linhas convencionais da fabricação de fitas adesivas para oferecer maior resistência”. Essa linha foi desenvolvida pela Sicad do Brasil com a aprovação da matriz para empresa se diferenciar do mercado e hoje é um produto de referência.

Sustentabilidade – A crescente preocupação dos consumidores com os efeitos das mudanças climáticas e a exploração de recursos naturais colocou a indústria de embalagens nos holofotes. Ter práticas sustentáveis não é uma escolha, é uma nova maneira de produzir, lucrar e gerir a perenidade dos negócios e do planeta. A Sicad do Brasil está fazendo a sua parte. Ela é uma das pioneiras nas práticas de compensação ambiental de embalagens, onde conta com a consultoria de uma empresa especializada que permite o repasse financeiro para cooperativas de coleta e reciclagem de resíduos em todas as regiões do Brasil. “Possibilita a reciclagem equivalente ao volume das embalagens que colocamos no mercado, garantindo a destinação ambiental adequada de um volume similar. Essa parceria permitiu em 2022 garantir a destinação adequada de 22% do total de nossas embalagens o que resultou no reuso de 11 toneladas de material plástico, além das embalagens de papel”.

Todo resíduo de PP (polipropileno) da embalagem é 100% reciclado. “A reciclagem do PP gerou 350 mil baldes com tampa e alça com capacidade para 20 litros de água. Isso é tudo material reciclado que está no mercado”, revela Bresciani.

O adesivo hot-melt também não vai para natureza. “Temos um fusor alemão desde 2014 que nos permite reaproveitar esse adesivo na produção de 400 mil m2 de fita adesiva”. Além disso, destaca o diretor geral: “São fabricados 12 mil paletes por ano, o que representa uma preservação em torno de 300 m3 de madeira, além dos cavacos que somam 50 toneladas de biomassa transformada em energia. Esse reuso só é possível graças aos esforços na separação e acondicionamento dos resíduos de madeira”.

Cultura organizacional – Os 25 anos da indústria brasileira também é marcado pela cultura organizacional que pode ser medida na baixa rotatividade. Com um quadro composto por 130 funcionários, a grande maioria está há mais de 10 anos na Sicad do Brasil. Bresciani justifica. “Se o lugar é bom, o trabalhador é valorizado, é bem tratado, ele vai se sentir bem e não vai querer sair. Ele vai se especializar cada vez mais naquilo que faz e isso endereça mais qualidade aos nossos produtos”.

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metPAck e interPAck

reveLAm o FUtUro dA

indúStriA de emBALAgenS

Enfim chegamos às edições 2023 da Metpack e Interpack, duas das feiras mais aguardadas pela comunidade global de embalagens, depois um hiato de seis anos. Creio que todos os profissionais do setor tinham várias perguntas no imaginário sobre o que seria destacado e quais os caminhos para o futuro seriam iluminados?

assuNta NapolitaNo camilo*

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Metpack e Interpack

Em sua décima edição, a Metpack se consagrou como a plataforma impulsionadora para a indústria global de embalagens metálicas, reunindo 313 expositores, desde insumos a linhas completas de fabricação e, até mesmo, transformadores.

Cerca de 6.500 visitantes de todas as partes do mundo visitaram a feira, em Essen, na alemanha, que aconteceu de 2 a 6 de maio de 2023 e experimentaram tecnologias voltadas para o futuro, novos produtos e desenvolvimentos para a produção, refinamento e reciclagem de embalagens metálicas.

descarbonização e digitalização foram os assuntos centrais da feira. o setor intensificou seus esforços para se posicionar de forma ainda mais ambientalmente sustentável. Houve oportunidades de se atualizar sobre os últimos desenvolvimentos e experimentar as inovações de perto. Um convite para trocar ideias e fazer contatos.

a nova legislação de embalagens da União Europeia que visa controlar o uso e a reciclagem de embalagens na Europa está dando um novo impulso à indústria, pois as embalagens de metal são consideradas uma boa solução devido a sua reciclabilidade.

destaco três pontos importantes:

1 - a mobilização da indústria de aço com a questão da descarbonização. Grandes empresas, como arcelorMittal, tata Steel e thyssenKrupp apresentaram metas para zerar as emissões até 2030. além disso, a Nippon Steel mostrou também solução de eliminação de cromatos.

2 - a impressão digital se tornou realidade para o setor de embalagens de aço, além disso, aumentou a preocupação com a qualidade da apresentação destas embalagens que permitem inúmeras novas opções de design.

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especial Metpack e Interpack
Hidrogênio desempenha papel central na estratégia de descarbonização da produção de aço da ArcelorMitall Foto: Divulgação Fonte: ArcelorMitall

3 - Mudança de modelos de negócios: algumas empresas passando a entregar chapas de aço já com coatings ou vernizes para seus clientes transformadores.

o hidrogênio desempenha um papel central na estratégia de descarbonização da produção de aço da arcelorMitall que tem como meta reduzir em 30% as emissões de carbono até 2030 e alcançar a neutralidade em 2050. Para isso, a companhia desenvolveu o aço verde certificado XCarb® que permite que os seus clientes reduzam suas emissões de carbono no espoco 3 e o aço XCarb® reciclado produzido em um forno elétrico a arco (EaF) que utiliza sucata e eletricidade proveniente de fonte 100% renovável.

Em relação aos equipamentos: a Soudronic, Belvac, HinterKopf, S a CM i , Mall Herlan e KB a apresentaram alto índice de automação de processos e produção em rede por meio de análise de dados e da internet das Coisas. i nformações detalhadas sobre inovações técnicas também foram fornecidas pela Conferência internacional MEtPaCK.

a HinterKopf, além dos equipamentos para produção de bisnagas e tubos de plástico ou alumínio, trouxe a proposta de garrafas de alumínio para vinhos, lembrando a garrafa de vidro. inúmeros fornecedores de insumos e acessórios, como tampas, ou lacres até de plásticos transparentes, ganharam destaque nesta edição.

a inda foi interessante notar a crescente preocupação com a questão da sustentabilidade ambiental demonstrada por fornecedores de tintas, vernizes ou

coatings, como Sherwin Williams, Sun Chemical, Henkel e actega. a CMa apresentou uma solução de prova de cores com fidelidade para tintas reflexivas.

a Brasilata, maior empresa transformadora de embalagens de aço do Brasil, expôs na feira dois lançamentos da Brasilata Labs: um processo de impressão digital patenteado por eles desenvolvido em conjunto com a actega e a HP e um tratamento de superfície desenvolvido em parceria com actega e Plasmatreat que elimina o uso de solventes e vernizes. assim, a Brasilata passa a vender, além de latas de aço, tecnologia brasileira. Um orgulho!

a Koenig & Bauer MetalPrint recebeu o Prêmio ouro de inovação MEtPaCK. o fornecedor de sistemas para linhas de impressão e revestimento, sistemas de secagem e soluções de purificação de ar de exaustão desenvolveu um novo sistema de controle de cores de circuito fechado. “MetalControl” digitaliza cada folha e mede a densidade da tinta. o s resultados são transmitidos digitalmente para o painel de controle, avaliados e as zonas de tinta corrigidas automaticamente.

a surpresa da feira foi a SaiEr, uma empresa de embalagens plásticas para tintas, que apresentou uma solução para embalar tintas à base de solventes em “latas plásticas” com a utilização de um liner (um filme plástico barreira), que após o consumo da tinta, o consumidor pode tirar e ter sua “lata” limpa para outra utilização. Solução interessante e ousada que já recebeu prêmios.

Interpack

Num espaço correspondente a 28 campos de futebol, a interpack, maior feira internacional de embalagens, aconteceu de 04 a 10 de maio, em düsseldorf, na alemanha, reunindo 2807 expositores e 143 mil visitantes de 155 países. depois de um hiato de seis anos, a feira mais esperada pelo setor no mundo, apresentou muitos lançamentos, conferências, eventos e encontros.

além de eventos como o Women in Packaging, Safe Food, BlueLoop, os organizadores realizaram interessantes palestras abertas nomeadas de 7 dias/ 7 tópicos no hall de entrada – a Economia Circular, Produção Segura, Logística, E-Commerce, reciclagem, digitalização.

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Foto: FuturePack Brasilata Labs desenvolve processo de impressão digital com alta definição especial Metpack e Interpack

Hig H er: 35 anos de pioneiris M o

e inovação

Pioneirismo e inovação sempre foram marcas da trajetória de 35 anos da Higher no segmento de aquecimento elétrico industrial e seguem sendo pilares da construção da empresa para alçar voos mais altos. A empresa foi responsável pela introdução de avançadas tecnologias, como um aquecedor resistivo não metálico, para o desenvolvimento do acelerador de partículas Sirius em parceria com o CNPEM (Centro Brasileiro de Pesquisa em Energia e Materiais), em 2019. “É uma inovação que não existe na América Latina. Trata-se de um aquecedor não magnético, flexível, e que oferece isolamento térmico, além disso, funciona como sensor de temperatura” ressalta Rogério de Azevedo, fundador da Higher.

Com soluções customizadas, a Higher agrega valor aos negócios dos seus clientes. A empresa desenvolveu uma solução de aquecedor inovadora para a Embraer para aplicação no pilone, estrutura interna da asa dos aviões. “Proporciona ajuste perfeito no furo e controle correto de potência de energia de calor, aquecendo o furo a 80o no tempo determinado”. Ele continua: “Nós também projetamos resistências tubulares de grandes dimensões, de 20 a 30 metros, para o aquecimento da catapulta de porta aviões”.

A empresa fornece ainda mangueiras aquecedoras e estufas para tambores e IBCs principalmente para indústria química, alimentícia, cosmética, farmacêutica. A tecnologia, conta o empresário, é utilizada para reduzir a densidade do produto, por exemplo, o mel, para escoar rapidamente o produto. “A temperatura do tambor é controlada para permitir o uso do material na produção”.

Tem produtos novos saindo do forno. São resistências do tipo fita para aplicação em tubulação que, segundo Azevedo, é muito usado no mercado externo. “Com esse novo produto, a minha ideia é colocar um pé da empresa lá fora, mas também vamos fornecer para o mercado interno. A Petrobras usa esse material para venda de tubulação e ela importa esse material. Então quero chegar num ponto da gente

conseguir brigar com as empresas lá de fora”. O segundo produto é voltado para a área de energia, mas ele não revela detalhes. “As cintas de silicone respondem por 60% do faturamento da Higher e a expectativa de crescimento em 2023 é de 15% a 20%”.

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Foto: Divulgação rogério de azevedo, fundador da Higher

a interpack trouxe uma mensagem clara sobre sustentabilidade e também interrogações sobre como caminhar para esta transformação. Estabeleceu-se um concurso, ou melhor, uma grande gincana pela melhor solução e ideia. Mas qual é a melhor resposta? a questão exige muitas respostas e grande responsabilidade de todos e de cada um. Faz-se necessário cuidado, atenção, coragem e respeito. aliás, respeito é o nome de uma campanha na alemanha que deveria ser abraçada pelo mundo: respeito às diferenças, às opiniões, às pessoas, ao meio ambiente, aos animais. respeito! a solução é a soma de quase todas as oferecidas. a grande maioria tem méritos, exceto as absurdas manifestações de greenwashing

Nesta minha oitava visita à i nterpack encontrei inovações e caminhos de volta ao passado que devem ser cuidadosamente

avaliadas. d igitalização? i novações? Novos materiais? Novos processos? Novos equipamentos? Propostas disruptivas? Novos caminhos? Compartilhar conhecimento e tratar com muito r ESPE ito é o certo para a questão da Sustentabilidade. Cooperação é a chave!

a guerra travada entre os diferentes materiais nada vai ajudar e só pode piorar a imagem das embalagens. Uma delas poderia até ser intitulada: “a revanche das Fibras”. o setor de celulose, papel, papelcartão e papelão ondulado exagerou em algumas propostas e ataques principalmente ao plástico, quando ainda o utilizam para entregar as barreiras que se fazem necessárias, como no caso da solução da bisnaga de papel proposta pela aliança de StoraEnso, aiSa, Gallus e i WK. Eles alardearam o Paper tube aos quatro cantos,

quando na verdade, a barreira continua sendo feita pela camada interna de plástico, e a tampa também de plástico é presa ao corpo da bisnaga, impedindo ou dificultando muitíssimo a reciclagem. a robopac fez um show com uma máquina envolvedora de paletes que utilizava papel kraft substituindo o filme plástico. Chamou muito a atenção dos visitantes, porém ninguém soube responder qual o limite de carga suportado ou a velocidade atingida, ou mesmo o custo da proposta, nem mesmo quando estaria disponível.

algumas pesquisas de novos materiais eram interessantes, outras, porém um tanto questionável, como filmes à base de algas. Qual a escala de produção desta solução? Quais barreiras? Como seria a maquinabilidade ou a produtividade e outras questões assim.

PaperBoard da Multivac: desde o lançamento em 2017, a alternativa aumenta a quantidade de papelcartão e busca facilitar a disposição correta promovendo a separação mais fácil dos materiais

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Foto: FuturePack Foto: FuturePack Sollas: envoltório de filme de BOPP foi substituído por papel Foto: FuturePack
especial Metpack e Interpack
Aeroflex: utiliza ar para estruturar a embalagem flexível

especial Metpack e Interpack

os fabricantes de máquinas de embalagens apresentaram soluções interessantes e inteligentes como utilização de monomateriais para blísters de remédios em PP ou PEt ou até mesmo papel. Propostas aparentemente sensatas e com produtividade adequada às necessidades atuais do mercado.

também apresentaram serviços de diagnóstico remoto, inteligência artificial e sistemas de controle e rastreabilidade que muito colaboram para uma fábrica melhor. a tNa, por exemplo, oferecia a possibilidade de fazer uma visita virtual à planta industrial através de óculos de realidade virtual.

EMBaLaGENS salvam alimentos e remédios e são fundamentais para um planeta de oito bilhões de pessoas que precisam de um mundo melhor. a sustentabilidade deve ser ambiental, econômica e social. d evemos todos, juntos, construir um mundo melhor para todas as pessoas e ninguém deve ser esquecido ou ficar para trás.

Foram muitas as propostas e apresentações da interpack, desta forma, pretendemos complementar as informações no próximo artigo.

TNA: Menor área de selagem economizou toneladas de material

outra solução inteligente foi a redução de 12 para 7 mm a largura da área de selagem de embalagens flow-packs imaginem a quantidade de material poupado!

Keaksack: a primeira cerveja social feita de sobras de pães, evitando desperdício de alimentos

o instituto de Embalagens investe continuamente em visitas às feiras e congressos internacionais para estar sempre atualizado com as mais novas tecnologias mundiais e contribuir com a formação e informação para nossos profissionais de embalagens. Estamos preparados para desenvolver treinamentos e palestras customizadas para os diferentes segmentos e mercados. Consulte-nos!

Embalagens que apostam em inovação são melhores e Promovem um mundo melhor!

*Assunta Napolitano Camilo é diretora do Instituto de Embalagens, graduada em Engenharia Mecânica e especialista em Administração Industrial, ambas pela USP. Com mais de 40 anos de atuação no setor de embalagens, acumula experiência nas áreas de desenvolvimento, planejamento estratégico e gestão de importantes empresas no setor.

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Foto: FuturePack
Foto: FuturePack
Foto: FuturePack
MONO PP: desenvolvimento de barreiras e processos para produzir embalagens monomateriais e facilitar a reciclagem

conveniênciA e SABor no Pote

ANotCo, foodtech global e principal referência de produtos à base de plantas, lança a versão pote da NotMayo, a maionese vegetal da empresa. Produzida sem ovos, sem colesterol e feita 100% à base de planta, a ideia é mostrar como o novo formato do acompanhamento funciona como uma alternativa excelente para diferentes receitas do dia a dia.

De acordo com Daniela dos Reis Vajda, gerente de trade marketing da NotCo, a NotMayo Pote vinha sendo muito pedida pelo público. “O consumidor brasileiro está habituado a essa embalagem por ser extremamente útil em diversos tipos de rotina. Com isso, entendemos que era o momento de trazer essa extensão de linha e mostrar para mais pessoas que é um condimento leve, equilibrado e tão acessível (seu valor é de R$ 14,99) quanto o produto de origem animal”, diz.

“Queremos revolucionar a indústria alimentícia, mostrando que é possível sermos mais sustentáveis sem perder o sabor e sem abrir mão de ingredientes clássicos das mesas brasileiras, como a própria maionese.

O novo formato da maionese vegetal NotMayo oferece praticidade em diferentes momentos da rotina dos consumidores

Por essa razão, a democratização do segmento é essencial”, explica. a NotCo tem o objetivo de reforçar ao mercado e aos seus clientes que se dedica à sustentabilidade em âmbitos que vão além dos produtos. Um deles é a parceria da foodtech com a EuReciclo, empresa de reciclagem que ajuda a companhia a reaproveitar 100% das embalagens produzidas. Outro aspecto importante é o selo BCorp da startup, certificado que mede o impacto sustentável no meio corporativo, desde a estrutura de escritórios até as soluções lançadas.

conveniência e praticidade
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Foto: Divulgação

emBALAgem inovAdorA com tecnoLogiA jAPoneSA

preocupados com a alimentação deles, sempre relataram dificuldade de encontrar produtos melhores e de acordo com as suas crenças e valores, motivo que o levou a desenvolver a linha de produtos.

Bazzoli também falou sobre a dificuldade de encontrar embalagens de qualidade em pequenas quantidades para refletir a preocupação e a qualidade dos produtos oferecidos. até uma janela em formato de coração que permite a visualização dos produtos ele quis colocar no cartucho.

Para manter a coerência com os conceitos de produção orgânica, a marca optou por um cartão com conteúdo reciclado pós-consumo, refletindo a importância da sustentabilidade ambiental e com a economia circular.

Os pets ou os pequenos animais domésticos são mais do que simples companheiros, eles fazem parte da família e a paixão por eles está ajudando a impulsionar negócios. a indústria tem desenvolvido embalagens adequadas para várias demandas antes inimagináveis.

Cada vez mais encontramos embalagens que mostram sofisti- cação e tecnologia para mimar os filhos de quatro patas. É o caso da embalagem da nova linha de pratos prontos orgânicos e vegetarianos da all Love Veggie para cachorros que oferece um extenso shelf-life com tecnologia do Japão.

Em 2021, o mercado de pets registrou faturamento de r$ 35,8 bilhões, segundo a abinpet (associação Brasileira da indústria de Produtos para animais de Estimação) e tem mostrado como tendência, a humanização dos alimentos para pets e embalagens com características de conveniência e diferenciação nas gôndolas.

a comidinha orgânica all Love Veggie tem, por exemplo, ingredientes como quinoa, abóbora, chia, brócolis, goiaba & grão de bico, entre outras opções. o termo “comidinha” foi escolhido para marca se aproximar dos donos apaixonados pelos seus “dogs”. rodrigo Bazzoli, diretor da empresa dr. Stanley, comentou que muitos proprietários de animais, que são conscientes e

Morgana Bon, gerente corporativa de engenharia de produto da i ncoplast, do Grupo Copobras, revela que a busca por diferenciação e transparência nas embalagens possibilita que os tutores vejam o alimento que será servido ao seu pet a i ncoplast juntamente com a dr. Stanley e a adimax desenvolveram uma embalagem flexível, tipo sachê, transparente, para envase das porções de pet food, com alta barreira e retortable. o desenvolvimento desta nova estrutura de material de embalagem levou em torno de três anos e este é o primeiro produto que foi lançado na nova estrutura retortable e transparente.

Para este desenvolvimento, a marca contou com o fornecimento e apoio da toyobo, empresa japonesa que produz filmes especiais de PEt (poliéster) alta barreira, que têm dupla deposição de alumínio e silício, mantendo a transparência do filme. a toyobo do Brasil já está comercializando estes filmes especiais no Brasil.

o que é muito bom, pois podemos ter embalagens melhores para um mundo melhor, para os pets também!

Se quiser mais informações e fotos dos produtos, é possível obtê-las no site: www.clubedaembalagem.com.br

empresas no setor.

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Foto: Leandro Andrade *Assunta Napolitano Camilo é diretora do Instituto de Embalagens, graduada em Engenharia Mecânica e especialista em Administração Industrial, ambas pela USP. Com mais de 40 anos de atuação no setor de embalagens, acumula experiência nas áreas de desenvolvimento, planejamento estratégico e gestão de importantes
assuNta NapolitaNo camilo*
Foto: FuturePack
Direto do setor de pet food, mercado que só cresce há muito tempo!

Unilever antecipa meta global de uso de plástico reciclado no Brasil

Companhia conseguiu incluir 27% de plástico reciclado nas embalagens de todas as marcas do portfólio brasileiro em 2022

AUnilever, uma das maiores empresas de bens de consumo do mundo, anuncia ter conseguido incluir a média de 27% de plástico reciclado, ou seja, pós-consumo, nas embalagens de todas as marcas do portfólio brasileiro até o encerramento do ano de 2022. Com o compromisso de atribuir valor ao plástico usado e combater diretamente a poluição plástica, a companhia subiu 6 pontos percentuais no índice de reciclabilidade, em comparação com 2021, quando obteve 21%.

No fechamento de 2022, a companhia conseguiu a antecipação de três anos da meta global. Em outubro de 2020, a Unilever assumiu o compromisso mundial de diminuir em 50% o uso de plástico virgem e utilizar 25% de plástico reciclado nas embalagens até 2025.

“A Unilever está comprometida em inovar para reduzir, reutilizar e reciclar, e as nossas metas e ações contemplam embalagens plásticas, resíduos de alimentos e resíduos de fábricas e operações. No Brasil, o avanço é notório e conta com o envolvimento de todas as nossas marcas, o que certamente contribui para as metas globais da companhia. Estamos no caminho certo, com todos os nossos grupos de negócios e marcas unidos pelo mesmo objetivo”, diz Suelma Rosa, head de Reputação e Assuntos Corporativos da Unilever.

O investimento em inovação e tecnologia permeia todas as marcas Unilever, que têm na economia circular o caminho para um mundo livre de resíduos. Entre 2018 e 2022, a companhia já reduziu o uso de 32 mil toneladas de plástico virgem em suas embalagens, o que resultou em cerca de 46 mil toneladas de CO2 a menos no meio ambiente. Isso equivale a aproximadamente 2.300 caminhões carregados de plástico, ou a neutralização do consumo de plástico de 1 milhão de pessoas. Pioneira em utilizar resina plástica pós-consumo em larga escala, a atuação da Unilever de impulso à cadeia do plástico reciclado foi reconhecida globalmente em

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Foto: Divulgação

2021 na COP26. Naquele ano, a Unilever Brasil foi selecionada para apresentar o case de circularidade do plástico em Glasgow (Escócia). Em 2022, na Assembleia das Nações Unidas para o Meio Ambiente, a Unilever anunciou a sua adesão ao tratado Global do Plástico, documento considerado o pacto “verde” multilateral mais importante desde o Acordo de Paris

Inovar para reduzIr, também na cadeIa produtIva

A evolução das marcas por um mundo sem resíduos também considera o impacto ambiental da cadeia produtiva. É o caso da marca de sorvetes Kibon, que na busca por soluções mais sustentáveis passou a utilizar, pioneiramente na América Latina, filme plástico ( shrink ) produzido com 80% de material plástico flexível pós-consumo. Esse tipo de embalagem secundária é utilizada para formar pacotes de potes de sorvete (semelhante aos fardos de refrigerantes e outras bebidas) que são fundamentais para assegurar a entrega dos produtos com qualidade ao ponto de venda. Com isso, o consumo foi reduzido em 156 toneladas de resina plástica virgem, o equivalente ao lixo produzido por 406 pessoas durante 12 meses.

também na categoria de alimentos, a companhia anunciou recentemente ter chegado a 100% de PCR nas embalagens dos

ketchups Hellmann´s. Com a iniciativa, Hellmann’s vai deixar de utilizar cerca de 500 toneladas de plástico virgem por ano. Nos próximos anos, a marca pretende expandir a mudança para todo portfólio.

A principal estratégia da Unilever em todos os segmentos de atuação e elemento essencial para atingir as metas traçadas no Unilever Compass, no pilar “Um Mundo Livre de Resíduos”, é usar outros materiais e a diretriz adotada pela companhia envolve três esferas: 1) Menos plástico, 2) Melhor plástico, 3) Nenhum plástico. Isto significa repensar como os produtos são projetados, desenvolvendo novos modelos de negócios, novo design de embalagens, e novas experiências de compra para os consumidores

InIcIatIvas recentes das marcas no brasIl

Atualmente, todas as marcas de produtos para limpeza da casa, e muitos dos produtos de higiene pessoal, como xampus, condicionadores, cremes para pentear e cremes de tratamento fabricados pela Unilever utilizam resina reciclada em suas embalagens. Alguns exemplos :

comfort, seda, tresemmé e rexona

Em parceria com a Ecological Reciclagem, a Unilever lançou em agosto de 2022 a primeira tampa do Brasil 100% produzida a partir de plástico flexível

reciclado em escala industrial. Feitas com plástico flexível pós-consumo (aquele usado em sachês), as tampas são usadas nas embalagens de cremes de tratamento para cabelos das duas marcas. Mais recentemente, as tampas de todo o portifólio de Amaciante concentrado Comfort passou a utilizar 100% dessa resina em sua composição. Assim, a Unilever contribui para impulsionar o índice de reciclagem e de recuperação do plástico flexível, que é bastante baixo (3%).

Na fase inicial do projeto, apenas com as tampas de Seda e t RESemmé, a capacidade de produção da resina reciclada feita com material flexível pós-consumo foi de 130 toneladas ao ano, o que já mudava o patamar desse segmento no Brasil. Com o plano de expandir o uso do material para outras embalagens, hoje a Unilever passou a usar este material nas tampas de desodorantes roll on de Rexona e Comfort concentrado totalizando mais de 700 toneladas ao ano

omo

Por meio da inovação constante, a marca consegue reduzir o uso de plástico virgem em 2,2 mil toneladas ao ano. As iniciativas vão desde o investimento em concentrados, como OMO para diluir, que utiliza 72% menos plástico na comparação com OMO líquido, até tampas produzidas 100% com resina de plástico reciclado.

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Livro desvenda sucesso da

digitaLização para a indústria

Chega ao mercado o livro “Indústria & E-commerce: o Guia Essencial para sua Indústria se Estabelecer no Digital”, de Eduardo Maruxo e Rodrigo Maruxo, dois experts em estratégias de transformação digital e fundadores da MRX Consultoria. Essa obra é direcionada ao público da indústria que precisa conhecer os caminhos para sua transformação digital, incluindo aí novos modelos comerciais baseados em e-commerce como B2B, D2C, B2E e marketplaces.

O livro é dividido em três partes/atos que seguem a jornada para a indústria para implantar o comércio eletrônico: a preparação, o planejamento e a execução.

O primeiro ato é direcionado ao processo inicial, etapa imprescindível para a construção das bases para qualquer movimento estratégico utilizando a abordagem digital, que vai desde algumas saídas para potenciais conflitos de canal, até a sugestão da estrutura necessária para conceber e implantar projetos deste tipo. O segundo ato

foca no planejamento estratégico, com muitos insights para a modelagem inicial de novos canais comerciais via internet, além de gestão logística, marketing digital, marketplaces, redes sociais e atendimento ao cliente dentro do contexto da indústria no online. Finalmente, o terceiro ato é dedicado à implantação de tudo o que foi planejado. “Neste momento, oferecemos sugestões imprescindíveis para o sucesso da implantação de projetos digitais, baseado em projetos que tivemos a oportunidade de acompanhar muito de perto”, acrescenta Eduardo Maruxo.

lEitura
Foto: Divulgação

índice de anunciantes

página empresa site 9 CYKLOP www.cyklop.com.br 3ª Capa FISPAL TECNOLOGIA www.fispaltecnologia.com.br 20 e 21 FORMAPACK www.formapack.ind.br Capa e 2 GRÁFICA 43 www.grafica43.com.br 45 GRIF RÓTULOS www.grifrotulos.com.br 4ª Capa HAVER BRASIL www.haverbrasil.com.br 33 HIGHER www.higher.com.br 35 IBEMA www.ibema.com.br 7 INDUMAK www.indumak.com.br 44 e 46 INSTITUTO DE EMBALAGENS www.Institutodeembalagens.com.br 8 INTERTEC EQUIPAMENTOS www.intertecequip.com.br 37 KLABIN www.klabin.com.br 41 ............. METTLER TOLEDO ................................................................................................................................................. www.mt.com/br 39 ............. MITSUBISHI ELECTRIC............................................................................................................... www.mitsubishelectric.com.br/ia 24 e 25 ... MULTIVAC ...................................................................................................................................................... www.multivac.com.br 17 ............. NVCON ............................................................................................................................................................... www.nvcon.com.br 19 ............. PERFOR ............................................................................................................................................................... www.perfor.ind.br 15 ............. PLASTIWEBER .......................................................................................................................................... www.plastiweber.com.br 28 e 29 ... SICAD ................................................................................................................................................................... www.eurocel.it/pt 13 ............. TERMOTÉCNICA ..................................................................................................................................... www.termotecnica.ind.br 5 ............... TOMRA ........................................................................................................................................................... www.tomra.com/food

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