editorial A quarta edição da Revista Penas traz trabalhos realizados nos últimos dois anos pelos discentes e docentes do Curso de Arquitetura e Urbanismo da UFRN. A revista, uma publicação periódica desenvolvida pelos alunos da graduação do CAUUFRN, é um importante meio para registrar e compartilhar a produção interna, que talvez não se tornaria conhecida pelos demais alunos e professores do curso. O trabalho escolhido para ilustrar a capa é o Centro Cultural Augusto Severo, de autoria de alunas do CAU-UFRN, que trata-se de um anteprojeto arquitetônico premiado como 1º lugar na VI Bienal José Miguel Aroztegui, concurso estudantil realizado no X ENCAC (Encontro Nacional de Conforto no Ambiente Construído) e IV ELACAC (Encontro Latinoamericano de Conforto no Ambiente Construído), realizados em Natal no ano de 2009. A escolha deste trabalho para figurar na capa foi motivada por ele representar o crescente nível de qualidade da nossa produção acadêmica. Além deste, a Penas 04 apresenta outros trabalhos participantes de concursos, como a “Proposta participativa para a Guarita”, premiado como primeiro lugar no Concurso de Monografias da Companhia Brasileira de Trens Urbanos em 2010. Há também trabalhos produzidos pelos alunos para as disciplinas do curso, bem como aqueles oriundos do Trabalho Final de Graduação. A seleção de projetos e estudos expõe a diversidade de temas e vertentes trabalhadas no curso, assim como é o perfil do profissional formado nesta graduação, abordando desde itens como patrimônio histórico, habitação verticalizada, espaços públicos até equipamentos de uso coletivo. Essa edição traz ainda trabalhos internacionais convidados, elaborados por estudantes italianos em mobilidade na Universidad Politécnica de Valencia, a fim de mostrar o panorama da produção arquitetônica/urbanística realizada por demais estudantes de arquitetura pelo mundo. Outros trabalhos revelam paralelos entre as atividades diversas desenvolvidas pelos alunos - a exemplo dos artigos “Escultura Digital” e “Cidade e Corpo” - e o universo da arquitetura e do urbanismo. Destacamos ainda a contribuição dos docentes do CAU-UFRN e pós-graduandos do PPGAU-UFRN, com o artigo “Jardins de Burle Marx para Natal”, apresentando um desdobramento de pesquisa por eles desenvolvida. Destacamos também o artigo sobre os EAs (Encontros de Arquitetura), que apresenta a importância desse tipo de evento para estudantes desse curso. Aproveitando o momento, gostaríamos de convidar alunos, professores e profissionais formados pelo CAU-UFRN a colaborar na nossa próxima edição, enviando trabalhos, artigos, fotografias, ilustrações e relatos para revistapenas@yahoo.com.br e a fazer parte da equipe editorial da Penas. Esperamos que aproveitem a revista! Ana Beatriz Duarte, Bárbara Felipe e Ítalo Maia Equipe Penas
Foi com imensa satisfação que recebi a honrada tarefa de dar um breve depoimento para a publicação deste número da Revista Penas. Trata-se de uma revista eletrônica de altíssimo nível, integralmente desenvolvida por alunos do nosso curso, cuja retomada agora em 2011, soma-se a um conjunto de iniciativas que vêm sendo adotadas para o enfrentamento dos desafios impostos pelo mundo digital no âmbito do ensino e da pesquisa em arquitetura e urbanismo. Dentre essas iniciativas, está a implantação do Sistema de Informações Digitais do Departamento de Arquitetura, que consiste basicamente em um conjunto articulado de ferramentas de acesso online, compostas pelo Site do Departamento, pelo Catálogo Digital da Biblioteca Setorial de Arquitetura e Urbanismo e pelos Bancos de Dados Digitais das diversas áreas do curso, para permitir o livre acesso a informações institucionais e à produção científica e acadêmica do corpo docente e discente do curso de arquitetura e urbanismo da nossa universidade. O novo site permitiu, não somente aos alunos da graduação e da pós-graduação, como a comunidade científica e o grande público, conhecer a estrutura do curso através da disponibilização on-line do Projeto Pedagógico, das Ementas das Disciplinas, do Corpo Docente, dos Laboratórios, dos Grupos de Pesquisa, das Publicações de livros e revistas, onde insere-se a Revista Penas com seu conteúdo integral, e mais recentemente, o acesso a painéis digitais com os Trabalhos Finais de Graduação desenvolvidos a cada semestre. Como estratégia da ação departamental, a implantação do Sistema de Informações Digitais se deu articulado à expansão das instalações físicas, através das obras de reforma do nosso antigo “galinheiro”, que passará a abrigar, além da Biblioteca Setorial com seus terminais de consulta on-line, um mini-auditório, um palco, um extenso átrio para eventos e exposições e um Laboratório de Maquetes, este último adequado às recentes tendências do ensino e da pesquisa em arquitetura e urbanismo que utilizam novas tecnologias de modelagem tridimensional e prototipagem rápida. As ações acima descritas, além de estimular a produção, difusão e integração da informação científica em meio digital, visam qualificar o nosso curso como referência no contexto do ensino da arquitetura e do urbanismo no país, mas também, e fundamentalmente, contribuir para uma boa formação profissional. Uma ótima leitura a todos. Prof. Marcelo Bezerra de Melo Tinoco Chefe do Departamento de Arquitetura da UFRN
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Centro Cultural
AUGUSTO SEVERO
anteprojeto arquitetônico desenvolvido por alunas do CAU-UFRN e premiado como 1º lugar na VI Bienal José Miguel Aroztegui (ENCAC/ELACAC, 2009) autoras Clara Ovídio de Medeiros Rodrigues, Débora Nogueira Pinto e Karen Álvares Pinto orientador Jefferson Arruda Damasceno colaboradores Anna Rachel Eduardo Baracho e Leonardo Jorge Brasil de Freitas Cunha
APRESENTAÇÃO O terreno escolhido situa-se na cidade do Natal no bairro das Rocas, às margens do rio Potengi, na área correspondente ao sítio histórico da Rampa que abrigava a antiga estação de hidroaviões até a Segunda Guerra Mundial, quando serviu de base de apoio à Marinha norte-americana. Visando o resgate dessa história, a proposta projetual consiste em um centro cultural da aviação com ênfase no conforto ambiental aplicado à arquitetura bioclimática. LOCAL E CLIMA Natal situa-se na zona bioclimática 8, caracteriza-se por apresentar clima quente e úmido, a precipitação média está entre 50 e 200mm com os maiores índices ocorrendo nos meses de março e julho, temperaturas entre 19º e 32º, umidade relativa acima dos 60%, alta incidência da radiação solar, ventilação intensa e predominantemente do Sudeste. IMPLANTAÇÃO A parte edificada do projeto se resume, basicamente, a três volumes funcionais. Eles foram zoneados no lote, a princípio, segundo uma pertinência acústica: dois grandes grupos de atividades: um mais e um menos ruidoso. Desta maneira as funções recreativas (restaurante e oficinas) foram separadas das menos ruidosas (museu, administração e eventos). Para a edificação histórica, à beira do rio, sugere-se o uso como restaurante, resgatando seu antigo uso. Anexo à edificação propõe-se um novo volume onde funcionarão as oficinas de arte.
Zona bioclimática nº 8 ABNT, 2005.
A proposta paisagística prezou por grandes áreas livres, permitindo uma folgada contemplação (feita à grande distância) dos elementos naturais e arquitetônicos da proposta como um todo. A implantação de novas espécies vegetais nativas seguiu as recomendações de sombreamento feitas por Holanda (1976): “Utilizemos generosamente o sombreamento vegetal (...) [rejeitemos] os jardins de vegetação delicada e miúda, arrumada sobre bem comportados gramados, e acolhamos o caráter selvático e agigantado da natureza tropical.” (HOLANDA, 1976, p.39,40)
ESTRATÉGIAS BIOCLIMÁTICAS SOMBREAMENTO - Brises - Estrutura em balanço - Grandes beirais - Vegetação nativa frondosa
VENTILAÇÃO NATURAL: - Edificação predominantemente linear - Aberturas em paredes opostas - Ventilação cruzada - Poucas obstruções em Lay-out
REDUÇÃO DA CARGA TÉRMICA - Baixa inclinação da cobertura - Materiais com baixa transmitância térmica - Zonas de amortecimento de carga térmica - Ambientes externos em cores claras Vidro com baixo fator solar
Carta psicométrica de Natal ARAÚJO, 2001.
ILUMINAÇÃO NATURAL: - Ambientes internos em cores claras - Proteção à radiação direta - Bandeirolas envidraçadas nas aberturas - Aberturas com orientação Norte-Sul
ÁREAS DE AMORTECIMENTO - Circulação externa protegida
07
NATAL-RN/ BR Latitude 05˚5' S Longitude 35˚1' O GMT -03:00h
N
MUSEU DA RAMPA: Sala de exposição, museu, auditório para eventos, área administrativa.
RAMPA: Elemento histórico tombado por órgão estadual.
PRÉDIO HISTÓRICO: Edifício da rampa a conservar. Reuso: Restaurante
DECKS: Espaço para estar e contemplação do Rio Potengi.
PASSEIOS PARA PEDESTRES: Continuidade da estratégia de visibilidade.
ANEXO: Prédio das oficinas de arte.
Legenda: Árvore médio porte Árvore pequeno porte Árvore existente Palmeira
Escala Gráfica 0
implantação do conjunto edificado
10
25
50m
ESTACIONAMENTO: A estratégia de liberação das visuais começa com a escolha da localização de um estacionamento planificado na entrada do lote. Orientação do traçado: sentido leste-oeste.
Vel (m/s) 8 - 12 6-8 4-6 2-4
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CONCEPÇÃO PROJETUAL MUSEU DA RAMPA: A referência metafórica ao contexto histórico do lugar, à primeira vista, é o que salta aos olhos. O gabarito de no máximo 7,5 m não permitiu, inicialmente, alcançar as proporções visuais almejadas. Insistiu-se nas idéias: 1ª) dos dois pavimentos, buscando uma maior altura, em relação à escala humana causando monumentalidade; e 2ª) do grande balanço estrutural sob uma pertinência bioclimática: conceber um espaço de convívio e contemplação apoiado no conceito da árvore de grande copa (HOLANDA,1976).
MUSEU DA RAMPA (vista da fachada oeste)
Tendo a limitação do gabarito, recorreu-se à utilização de princípios gestálticos de composição para reforçar algumas linhas visuais que remeteram à idéia da ascensão. Conseguiu-se esta medida com auxílio de uma camada de brises sobre as fachadas laterais que são bastante permeáveis à ventilação natural. A idéia de “construir frondoso” (HOLANDA, 1976) foi retomada no jardim da fachada leste, interligado à parte administrativa do complexo, onde a permeabilidade ao vento e o sombreado, foram garantidos pelos brises. Na fachada oeste a área do museu se abre para uma grande abertura envidraçada voltada para o Rio Potengi e para a Rampa utilizada pelos hidro-aviões, a paisagem histórica se agrega ao museu como mais uma peça em exposição. Segundo uma pertinência de ordem climática foram adotados: beiral e duas camadas de brises horizontais, de forma que, às 17h, a camada mais interna deslize sobre um trilho vertical, protegendo toda a abertura. MUSEU DA RAMPA (espaço de convívio e contemplação)
MUSEU DA RAMPA (jardim da fachada leste)
OFICINA DE ARTES
FACHADA OESTE
FACHADA OESTE DA OFICINA
OFICINA DE ARTES: Partiu-se da idéia de fazer com que este anexo estabelecesse uma referência metonímica (BOUDON, 200) com o edifício histórico. Desta maneira, o gabarito do edifício da rampa e as dimensões rítmicas originadas pelos pilares e arcos da varanda serviram de modelo para a adoção de medidas no novo anexo. Este modelo foi transformado por operações sob pertinência bioclimática, gerando novos elementos (brises, grandes beirais e corredor). Essa edificação foi concebida em forma linear, favorecendo a ventilação cruzada, com corredor que permite o amortecimento do calor, constituindo assim uma área de transição entre o ambiente externo e interno.
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MUSEU DA RAMPA Para a edificação propõe-se estrutura metálica. O pavimento superior apresenta duas vigas vierendel que suportam o balanço de 20m. As lajes são em concreto, maciças, e serão protendidas no caso dos espaços com plantas livres: museu e espaço de exposição para eventos. N
Planta-baixa - pavimento térreo 0 1 2,5
5
10m
Legenda: Setor administrativo
B
Setor de serviços Setor de apoio Espaços para exposição Auditório
Planta-baixa - pavimento superior 0 1 2,5
5
N
10m
B
CORTE B 0 1 2,5
5
10m
REFERÊNCIAS ABNT. Associação Brasileira de Normas técnicas. NBR 5413: 1992- Iluminância de interiores. Rio de Janeiro, 1992. ABNT. Desempenho térmico de edificações. Parte 3: Zoneamento bioclimático brasileiro e diretrizes construtivas para habitações unifamiliares de interesse social. ABNT 2005. ELETROBRÁS/PROCEL. Regulamentação para etiquetagem voluntária de nível de eficiência de edifícios comerciais, de serviços e públicos, 2009. ARAÚJO, V. M. D. Parâmetros de conforto tpermico para usuários de edificações escolares no litoral noderstino brasileiro (o caso de Natal/RN). Natal: Edufrn, v.1. 2001. BOUDON, Philippe et al. Enseigner la conception architecturale: Cours d`Architecturologie. Paris: Éditions de la Villette, 2000. HOLANDA, Armando de. Roteiro para construir no nordeste: arquitetura como lugar amenos trópicos ensolarados. Recife, Universidade Federal de Pernambuco, Mestrado em desenvolvimento urbano, 1976. LAMBERT, Roberto; DUTRA, Luciano; PEREIRA, Fernando O.R. Eficiência energética na arquitetura. São Paulo: PW Editores, 1997. www.crn2.inpe.br
MUSEU DA RAMPA (vista da fachada oeste)
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PENASREVISTADAGRADUAÇÃOEMARQUITETURAEURBANISMO.UFRN
cais de lira revitalização do cais da tavares de lira: um estudo à luz do plano de reabilitação de áreas urbanas centrais - ribeira
introdução As áreas urbanas centrais, no Brasil, guardam verdadeiros tesouros arquitetônicos e são servidas, em boa parte, por uma infra-estrutura consolidada. Contudo, na maioria das cidades brasileiras, estes espaços detêm uma grande quantidade de imóveis vazios, abandonados há décadas por uma série de razões. Apesar disto, nos últimos tempos, vem crescendo o interesse por parte do Estado e particulares em mudar este quadro e assim reutilizar estas frações urbanas, de modo a retomar sua vocação cultural, de lazer, comercial e habitacional e diminuir a pressão pela expansão das fronteiras urbanas. A cidade de Natal não foge a este cenário. Compondo o seu sítio histórico, o bairro da Ribeira se destaca como palco de acontecimentos importantes na cidade, mas apresenta, hoje, muitos imóveis subutilizados e abandonados. Por este e outros motivos o bairro em questão passou nas últimas décadas por ações e políticas de revitalização. O mais recente deles e merecedor de destaque é o Plano de Reabilitação de Áreas Urbanas Centrais - Ribeira (PRAC-Ribeira) que visa à promoção do uso e ocupação de modo intenso e democrático no bairro.
edificação proposta
O presente trabalho final de graduação apresentou como foco as áreas urbanas centrais e teve como recorte espacial de estudo e intervenção o bairro da Ribeira, Natal-RN, em particular o Cais da Avenida Tavares de Lira. No geral, o trabalho consistiu, sob a luz das diretrizes do PRAC-Ribeira, na elaboração de um projeto arquitetônico de um equipamento denominado Cais de Lira, o qual substituirá o atual Cais da Avenida Tavares de Lira, e de uma intervenção urbana para o entorno deste. Pretendeu-se, com essa proposta, contribuir para a consolidação de um espaço que pudesse fomentar de forma significativa: a preservação patrimonial do bairro da Ribeira; o fortalecimento da identidade cultural do local; o incentivo ao desenvolvimento de uma política voltada para a reutilização do Patrimônio físico e da infraestrutura urbana existente e subutilizado na cidade; o reforço da imagem local; a valorização e o uso, por parte da população local, do centro histórico de Natal.
vista geral do cais
definição da área de projeto
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PENASREVISTADAGRADUAÇÃOEMARQUITETURAEURBANISMO.UFRN proposta para o entorno
a proposta A intenção de revitalizar o Cais da Avenida Tavares de Lira e seu entorno e de contribuir com a valorização de um dos bairros mais antigos de Natal, a Ribeira, foi o ponto de partida do projeto, atendendo, assim também, às diretrizes definidas pelo PRAC. Nesse sentido, a proposta foi norteada pela adoção de uma composição arquitetônica e urbana que se integram e juntas tiveram o escopo de atrair populares e novos usos. Além disso, mesmo que pontual, a idéia foi unir-se com outros pontos atrativos já consolidados próximo à área de intervenção, no caso, o largo da Rua Chile, buraco da catita e Casa da Ribeira. De maneira a valorizar os marcos simbólicos e históricos existentes na área, buscou-se na proposta urbana uma intervenção que destacasse as fachadas das edificações históricas e a paisagem cênica do rio Potengi. Dessa forma, o novo desenho urbano visou a ampliar as visuais destes cenários e estimular o uso dos logradouros públicos. O mobiliário introduzido no espaço urbano, por sua vez, foi dimensionado com pequena escala e composto por materiais e formas leves a fim de não obstruírem as paisagens referidas. Além disso, houve o cuidado nestes elementos em utilizar uma linguagem contemporânea para que não existisse nenhuma menção histórica explícita ou figurativa. A proposta urbana também é direcionada: ela foi pensada de modo a possibilitar eventos como feiras livres (temporárias) e festivais culturais; ela também tenta contribuir para a solução de problemas identificados na área como insegurança e evasão populacional, bem como a subutilização de edificações ou o seu esvaziamento, através de um tratamento paisagístico e estímulo à sua intensa utilização. Quanto à proposta arquitetônica , pensou-se no estabelecimento de alguma relação, ainda que de modo muito sutil, entre o Cais do Lira com seu entorno. Sendo assim adotou-se o gabarito das edificações vizinhas, no caso, dois pavimentos, e da mesma relação existente entre o edifício e lote, bem como o uso de platibanda, formas regulares e retas, características que são observadas na fração urbana estudada. Porém, fica evidente que não há qualquer tentativa de mimetismo em relação ao entorno, postura proposital neste trabalho e que já foi adotada em várias intervenções pelo mundo, dentre as quais uma das mais famosas é a Pirâmide do Louvre, em Paris. É evidente que essa questão é objeto de muitas discussões teóricoacadêmicas, sem uma definição clara de qual seja a postura ideal a adotar nesses casos. Pesou também na escolha desse partido o fato de que este exercício projetual é um trabalho acadêmico, ocasião que ainda nos permite sonhar, por não estarmos ainda tão presos às limitações, especialmente econômicas, das intervenções, especialmente as de caráter público como esta. Assim, o edifício apresenta alguns contrastes com o entorno: uso de alguns planos inclinados, que fazem uma alusão lúdica aos navios; uma linguagem contemporânea que se verifica nos materiais empregados; imponência do edifício, necessária tendo em vista que se trata de uma edificação-chave na proposta e em torno da qual esta se estrutura. Ressaltase aqui que foi adotado o uso de panos de vidro não só como forma de apresentar uma linguagem mais atual, mas também como uma forma de garantir a visualização da paisagem por quem está no interior da edificação.
vista da av. tavares de lira em direção ao rio
área para eventos
porção posterior da edificação proposta
projeto cais de lira: revitalização do cais da tavares de lira: um estudo à luz do plano de reabilitação de áreas urbanas centrais - ribeira autora sandra albino ribeiro prof. orientador rubenilson brazão teixeira tema projeto ano 2009 local natal, rn
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museu do potiguar proposta arquitetônica de um museu de cultura popular para a cidade de Natal O projeto em questão, desenvolvido como trabalho final de graduação para o curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, trata-se de proposta arquitetônica de um museu de cultura popular para a cidade de Natal, Rio Grande do Norte, intitulado de Potis - Museu do Potiguar. A proposta desenvolveu-se tendo como alvo terreno estreito e extenso situado na Avenida Câmara Cascudo - também conhecida como Avenida Junqueira Aires - localizada no Bairro da Cidade Alta, município de Natal. A área, onde se localiza o lote em questão, é repleta de edificações históricas, de relevância arquitetônica, como o Solar Bela Vista, a antiga residência de Câmara Cascudo, a Capitania das Artes, entre outros. Contudo, o terreno não se limita apenas a um logradouro, o mesmo se estende até a Avenida do Contorno, situada em cota mais baixa, e já próxima às margens do Rio Potengi, revelando também o caráter paisagístico e cênico do local. Considerando que o lote escolhido possui duas importantes ruas de acesso, a Av. Câmara Cascudo e a Avenida do Contorno, ambas situadas em cotas distintas, tirou-se partido dessa situação para se criar um corredor contínuo interligando essas duas extremidades. Recuos generosos em ambas as testadas do lote permitiram a criação de espaços semi-públicos, os quais, em horário de funcionamento do estabelecimento, podem ser utilizados pela comunidade para lazer e atividades diversas.
vista geral do museu dos potis
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fachada voltada para a Avenida do Contorno
A fachada que dá acesso ao museu pela Avenida Câmara Cascudo, ou Junqueira Aires, foi preservada em sua configuração original, com proposta de restauração, tendo em vista que, atualmente, a mesma encontra-se em situação precária de conservação e descaracterizada. Datada do inicio do século XX, a antiga construção situada nesse lote, da qual atualmente só se tem vestígios, foi abrigo de usos residencial e institucional. Os vestígios da antiga construção se resumem a duas paredes em ruínas, duas vigas que ainda se sustentam e a fachada principal, a qual se encontra descaracterizada. Na proposta, essas foram preservadas, com o intuito de se manter a ambiência original do local, além de preservar o jogo de fachadas ecléticas existente no nível da Avenida Câmara Cascudo. A proposta arquitetônica em si se caracteriza pela inserção de uma edificação longitudinal, que acompanhasse o perfil do terreno e conduzisse o visitante de uma ponta à outra sem maiores barreiras. Um espaço que fosse fluido e democrático, com acessos amplos e integrados. Uma edificação de dois pavimentos foi necessária tendo em vista o limite de gabarito, o qual pretende manter a relação paisagística da área, considerando a presença do Rio Potengi num nível mais abaixo da Avenida do Contorno.
fachada voltada para a Avenida Câmara Cascudo (restaurada)
A edificação tem seu programa constituído por espaços expositivos permanentes e temporários, biblioteca, auditório, salas de aula para oficinas, café, espaço digital e loja. Além da parte administrativa e de serviços, ambas situadas no mesmo bloco, abaixo do auditório. Esse possui vista para o Rio Potengi, propiciada por grande pele de vidro protegida por painéis acústicos móveis. Localizado em laje acima do auditório encontra-se o mirante para o pôr-do-sol do rio.
projeto potis: museu do potiguar autora nathália braga prof. orientador gleice azambuja elali tema museu ano 2009 local natal, rn
vista da circulação existente entre as extremidades do museu
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habitações para aluguel anteprojeto de um edifício de uso misto (habitação + comércio) para valência
1. pele 1 invólucro exterior + 1 volume interno
2. altura O edifício projetado apresenta altura igual ao do vizinho, mantendo-se assim uma continuidade na fachada voltada para a rua. Ao mesmo tempo, o invólucro externo cria uma forte identidade do edifício, com uma linguagem diferente, que o identifica como um lugar onde «algo diferente ocorre», atraindo a atenção do cidadão até o centro comercial no térreo.
3. pátio interno A edificação está organizado por meio de um pátio central iluminado e que se alarga conforme sobe em altura para que os planos inferiores possam dispor de bastante luz.
4. funções 7. cobertura 5+6. habitação tipo B 3+4 habitação tipo A 2 espaços coletivos: trabalho, lavanderia, áreas técnicas 1. comércio e acessos às habitações
corte vertical esquemático
escadas habitações terraços
5. esquemas compositivos Configuração espacial: pátio interno com conexões verticais (escadas), terraços privados e circulação/ distribuição feita por meio de passarelas leves que conduzem até a entradas das habitações. 7. estrutura A modulação do centro comercial se dá em unidades de 5X5 m. Este é o ponto de partida para a modulação também das habitações.
6. planta baixa O comércio ocupa o primeiro pavimento do edifício, desde o interior da quadra e se expande até a rua. A entrada ao centro comercial é caracterizada por uma mudança na pavimentação e delineada por dois volumes circulares que convidam à entrada.
térreo
primeiro andar
8. modulação O conjunto de 2 módulos de 5x5 (25 m²) cria uma unidade habitacional. O módulo foi dividido entre uma zona diurna e o outra noturna, situando no meio o núcleo de banheiro e cozinha. As unidades são posicionadas uma ao lado da outra, encaixadas com os terraços privativos de cada uma.
segundo pavimento
terceiro pavimento
esquema estrutural das passarelas do átrio quinto pavimento
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tipologia a Cada habitação apresenta: _ 2 módulos de 5x5 m (50 m²) para espaço interno _ 2 módulos de 2,5x5 m (25 m²) de espaço verde individual tipologia b Cada habitação tem: _ 2 módulos de 5x5 m + 1 módulo de 5x2,5 m (62,5 m²) para o espaço interno _ 2 módulos de 2,5x5 m (25 m²) de espaço verde individual Todas as unidades habitacionais têm um módulo de terraço para a zona de dia e outro para a zona noturna. Da sala de estar e dos quartos há sempre a possibilidade de alcançar o espaço externo. A zona noturna está sempre posicionada distante da circulação compartilhada.
apartamento tipo a
szczsfs\fsd\gfs\df apartamento tipo b
apartamento tipo a
apartamento tipo b
szczsfs\fsd\gfs\df
vista do pátio interno
fachada voltada para o interior da quadra
fachada lateral
fachada voltada para a rua projeto habitações para aluguel autora giovanna venturini prof. orientador jose luis alapont tema projeto de uso misto ano 2010 local valencia, es instituição de ensino universidad politécnica de valencia
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habitação em bordeaux O projeto trata da coesão imprescindível entre as zonas verdes e a edificação, promovendo assim as estâncias nos espaços públicos e um maior contato entre os cidadãos, permitindo assim um estado de sociabilidade e ócio. Criamos um eixo principal seguindo a curva inicial existente no nosso terreno. Ainda nesse eixo foi situado um parque linear (zona verde), composto de vários «fragmentos vegetais» dispostos em quebra-cabeça, mas sempre seguindo o eixo longitudinal.
planta baixa da proposta, cota +6m
fases para a concepção do projeto:
1. o exterior influi no projeto
2. a edificação ocupa a parcela
vista 3D da relação entre as distintas tipologias utilizadas
fases de análise da zona
3. o espaço público se concentra, buscando um diálogo com a futura área universitária
1. 4.
2. 5.
3. 6. 4. a edificação se adensa para permitir espaços públicos
1. delimitação da área e estudo das relação com o entorno 2. as tipologias edilícias do entorno 3. altura das edificações vizinhos 4. estudos dos acessos aos edifícios situados no entorno do terreno 5. as funções distintas 6. representação e estudo esquemático do sistema viário ao redor do terreno de intervenção
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A volumetria para a proposta de intervenção urbana: - Estudo das relações entre as tipologias das habitações escolhidas -A presença de pátios e de espaços livres para dar permeabilidade as edificações, para conferir conjunto um caráter mais permeável, buscando relacionar-se com o entorno. Por isso, os blocos das habitações não são muito compactos. - As três bandas que são vistas na planimetria buscam conectar-se entre si, graças ao “Parque Linear” (eixo longitudinal), somado à constante repetição de elementos como balcões ou pátios nas habitações.
Blocos das habitações unificadas isolada tipo D
vista do entorno
Blocos das habitações duplex tipo A
Blocos das habitações duplex tipo B
Blocos das habitações unifamiliares em fila tipo C- pavimento térreo
Blocos das habitações unifamiliares em fila tipo C - pavimento superior
relação entre a edificação e os pedestres
projeto habitação em bordeaux autoras giulia pettoello e silvana pettoello prof. orientador david urios tema habitação ano 2010 local bordeaux, frança instituição de ensino universidad politécnica de valencia
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a nova cidade do sabor e da saúde um trabalho para a Expo 2015 - Milão*
A Cidade do Saber e da Saúde (NEWCGB) é um pólo de excelência para estudar, experimentar e comunicar os sistemas e metodologias que promovem a saúde, bem estar e o desenvolvimento social e do indivíduo. Os meios de comunicação estarão envolvidos para alcançar e confrontar-se todos os interessados na indústria agro-alimentícia, a fim de criar uma rede de operadores e assim compartilhar as melhores práticas e desenvolver ações comunitárias. Através de um projeto de regeneração urbana importante, a NEWCGB voltará a Milão para a zona pública do matadouro municipal (entre a avenida Molise e Via Lombroso), que compreende uma superfície de 136.000 metros quadrados e faz parte do grande complexo de edifícios de 750.000 m² que formam os mercados gerais administrados pela SO.GE.Mi.SPA. NEWCGB pode renovar a zona antiga do ponto de vista urbano e arquitetônico. Este projeto se caracteriza por uma grande flexibilidade e modularidade, com a adoção de princípios de desenho, construção, tecnologia e engenharia inovadores e respeitosos com o meio ambiente, através do uso dos sistemas de energia passiva e renovável. Foi dedicada grande atenção a mobilidade interna e externa, o que permite a inclusão do tecido urbano existente, melhorando a sua acessibilidade.
maquete física da proposta *nota do editor: A Expo 2015 terá como tema «Feeding the Planet, Energy for Life», abordando subtemas como desenvolvimento sustentável, segurança alimentar, entre outros. http://en.expo2015.org/
processo de modelagem do terreno
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O projeto enriquece a cidade de Milão com um centro de investigação científica e promoção de atividades culturais em escala nacional e internacional, se desenvolvendo mediante algumas ações específicas que podem ser aplicadas sobre o solo intenso enquanto superfície maleável. Por meio de ações como dobrar, cortar, esculpir, trabalhou-se assim os percursos e paisagens, criando espaços subterrâneos e de superfície, sendo capaz de dar uma imagem completamente nova a toda zona. O resultado pode ser definido como um projeto de Land Art que se integra completamente com a cidade. Todo o projeto nasce de um processo bastante longo e complicado, que se embasa principalmente no desenvolvimento contínuo de maquetes e de 3D de volumes, permitindo trabalhar na superfície imediata e pronta, tendo em conta o programa funcional com as suas atividades relacionadas ao uso do espaço. Uma primeira fase se dedicou a eleição das atividades que determinariam o programa de necessidades e isso foi feito por meio de uma espécie de «livro dos desejos», coleções de colagens de imagens de arquitetura existentes e funções que representam os anseios dos projetistas e das demandas da prefeitura de Milão. Utilizando esta metodologia os espaços resultantes são completamente diferentes, cada um com a sua forma característica, criando um ritmo novo e gracioso que pode ser aplicado também para outras partes da cidade.
perspectivas da proposta
projeto newcb: a nova cidade do sabor e da saúde autores marco priore e marco viscardi tema espaços públicos ano 2010 local milão, itália instituição de ensino politecnico di milano/ universidad politécnica de valencia
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residência em tapiola edifício modulado híbrido multifamiliar com três tipologias para tapiola/finlândia
A cidade de Tapiola está a oito quilômetros a oeste de Helsinki no centro mais importante do distrito de Espoo, cidade regional que se estende sobre as terras de Hagalund, junto ao Golfo da Finlândia. A área que vamos considerar para o projeto de Tapiola ainda tem as características da cidade jardim: um conjunto de baixa densidade populacional, disperso na paisagem natural. O projeto está principalmente centrado na elaboração de um programa residencial e de equipamentos necessários para os habitantes. Os pisos devem ter diferentes tamanhos e serem projetados para diferentes usuários (jovem, idosos e núcleos familiares) segundo as suas necessidades.
Se comunicam com o espaço público da praça os equipamentos e os acessos aos apartamentos, permitindo estender o espaço público até o espaço privado das habitações.
inserção do edifício (dois blocos em branco) no entorno Os equipamentos tiveram que incluir lavanderias, espaços para eventos comunitários, oficinas, ginásios, um hotel e uma creche para crianças. O programa se desenvolve em duas partes, no edifício mais alto estão as habitações para os jovens e para os idosos, e o mais baixo todos os equipamentos dos apartamentos para as famílias. Isso porque as unidades habitacionais para as famílias necessitam de espaços diferentes, assim com essa implantação é permitido também um pátio interior comum a todos.
Fachadas dos blocos
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Planta para Idosos e Jovens
projeto residência em tapiola autora lucia isella profs. orientadores juan deltell, clara mejía e jorge torres tema habitação ano 2010 local tapiola, finlândia instituição de ensino politecnico di milano/universidad politécnica de valencia
Implantação da Edificação na Cidade de Tapiola
Planta para Familia - 1 pav.
Planta para Familia - 2 pav.
F
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>>>>> VISIONÁRIOS, VANGUARDISTAS, APOCALÍPTICOS E VOYEURS
O site reúne o acervo do Archigram, um grupo de arquitetos ingleses que, nos anos 1960, retomou o fascínio pelo mundo das máquinas e da alta tecnologia, refletindo sobre a condição da sociedade de produção e consumo de massa. Os projetos e ideias do Archigram existiam apenas num campo especulativo, mas tiveram repercussões no desenvolvimento posterior da arquitetura High Tech.
archigram.westminster.ac.uk
O site do Bjarke Ingels Group (BIG) vai muito além de um mero portfólio online dos projetos elaborados por esse escritório de arquitetura dinamarquês, revelando com grande riqueza de detalhes o processo de concepção e desenvolvimento de cada ideia por meio de maquetes físicas, esboços, esquemas e estudos diversos.
big.dk
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vincent.callebaut.org O site de Vincent Callebaut expõe as divagações arquitetônicas desse arquiteto belga que aposta suas fichas num cenário pós-apocalíptico, numa arquitetura de linhas fluidas, futurista e, literalmente, verde. Callebaut propõe diversas soluções para os dilemas urbanos modernos, desde fazendas verticais em plena metrópole até cidades auto-sustentáveis no mar.
O flickr do fotógrafo paulista Felipe Morozini exibe as diversas facetas desse profissional. Indicamos uma visita aos álbuns «last floor project» e «jardim suspenso da babilônia», ambos retratando cenas e paisagens de São Paulo. Em «last floor...» o fotógrafo registra com um olhar voyeurístico o cotidiano dos habitantes da metrópole nas varandas e coberturas dos altos edifícios. Já «jardim...» documenta uma intervenção artística no elevado Costa e Silva - o «Minhocão», um dos mais intrigantes marcos urbanísticos de São Paulo.
flickr.com/photos/morozini/sets/72157604049740392 flickr.com/photos/morozini/sets/72157622557458417
Tulips, Jeff Koons. Museu Guggenheim Bilbao. Foto por Bárbara Laís Felipe de Oliveira.
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flat libélula anteprojeto de edificação verticalizada para hotel-residência
Quem nunca viu uma libélula? Ela possui a capacidade de ficar parada no ar como um helicóptero; delicada, mas precisa. O flat Libélula foi concebido tendo como inspiração as formas da natureza, mais precisamente, da libélula. Se trata de um projeto a ser construído no terreno de esquina entre a Av. Romualdo Galvão e a Rua Norton Farias. Consiste num hotel-residência vertical que tem 8 apartamentos por andar, com 2 opções de apartamento, e 21 andares destinados apenas a habitação; há ainda um pavimento térreo com recepção, restaurante, e todo o complexo paisagístico, sem mencionar o subsolo destinado ao estacionamento privativo. O empreendimento inclui ainda uma cobertura com área de piscina, churrasqueira e academia; tudo isso com a belíssima vista das dunas da área de proteção ambiental do Bosque dos Namorados e do bairro de Lagoa nova. Os dois pavimentos exatamente abaixo da cobertura são destinados à captação de energia eólica. Como se sabe, é necessário que cada vez mais criemos edificações auto-sustentáveis; a iniciativa de usar outras fontes de energia, senão a obtida por intermédio dos órgãos governamentais, não é apenas ecologicamente correto, mas possivelmente lucrativo na circunstância da produção exceder as necessidades do condomínio. É ainda com esse pensamento de auto-sustentabilidade que os apartamentos do Flat-Libélula foram projetados com peitoris ventilados e ventiladores de teto nos dormitórios, idealizados no intuito de se evitar o uso desnecessário dos condicionadores de ar também idealizado para os dormitórios. Todas as janelas possuem uma inclinação que permite sombreamento, na maior parte do dia, pela projeção do pavimento superior ao dela.
fachada sudoeste rede de circo
O paisagismo aplicado a esse projeto é apenas mais um dos aspectos que o torna único. Cerca de 95% das 34 espécies adotadas são provenientes da flora nativa. Como destaque, na fachada frontal, temos um canteiro de Chananas (flor símbolo da nossa cidade) e 3 indivíduos tipo Carnaubeiras (símbolo do estado do RN). O tributo à variedade da nossa flora nativa não para por aí. Foi idealizada uma área na parte posterior do terreno destinada ao cultivo de árvores frutíferas também de nacionalidade brasileira, como o cajueiro e a goiabeira. Um lago será construído na porção leste do terreno com o intuito de atrair libélulas. Grande parte da população sabe que o bairro de Lagoa Nova, assim como toda a cidade de Natal, vem sendo açoitado pela doença da Dengue transmitida pelo mosquito Aedes aegypti; o que possivelmente a maioria não sabe, é que a Libélula é um dos predadores naturais desse mosquito. Sabendo disso, no terreno serão plantadas mudas de Crotalária, espécie de planta da qual a libélula faz uso para depositar seus ovos.
projeto flat libélula autora márcia caroline trindade de araújo prof. orientador fabrício leitão tema residencial ano 2009 local natal, rn
planta tipo A - simples
planta tipo B - duplex pavimento de acesso
planta B - duplex pavimento superior
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flat varandas das dunas anteprojeto de edificação verticalizada para hotel-residência (flat)
O Varandas das Dunas Flat Service é um edifício caracterizado por ter uma administração hoteleira, que oferece serviços de hotelaria e o proprietário tem um rendimento sem ter um inquilino. Projetado na disciplina de Projeto de Arquitetura 04, no semestre 2009.2, sob orientação do professor Fabrício de Paula Leitão, seguindo o tema “verticalização” do respectivo período. Integrado com as demais disciplinas, o projeto procurou atender as condições essenciais de conforto, como devida implantação, ventilação e sombreamento do edifício, apropriado projeto paisagístico e estrutural, seguindo as normas e parâmetros do Plano Diretor de Natal, além de buscar maior diálogo possível com a área em estudo, o Bairro de Lagoa Nova. Pensado para uma clientela alvo de turistas nacionais, empresários, recém casados, viúvos, desquitados, idosos e investidores, este edifício oferece praticidade, segurança e conforto durante uma pequena estadia ou moradia, dispondo de serviços como um verdadeiro lar, como limpeza, troca e lavagem de roupas de cama e café da manhã servindo no próprio apartamento ou no restaurante. Localizado na Avenida Romualdo Galvão e Rua Conselheiro Norton Farias, o Varandas das Dunas possui 4236.70m², próximo à shoppings, estádio de futebol, escolas, escritórios, bares e restaurantes. fachada frontal (sudoeste)
Seu partido combinou a verticalidade e uma forma curva. Dividido inicialmente em dois blocos de apartamentos foi em seguida, por meio de estudo no software SketchUp, foi optado por fazer um escalonamento do edifício, dividindo-o em quatro blocos. Posteriormente foram desenvolvidas modificações para uma melhor forma plástica e funcionalidade do edifício.
vista da área de lazer
evolução do partido
esquema compositivo
projeto flat varanda das dunas autora larissa lopes de castro profª. orientador fabrício leitão tema residencial ano 2009 local natal, rn
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city view flat anteprojeto de edificação verticalizada para hotel-residência
A idéia para uma edificação do tipo hotel-residência surgiu após a definição de Natal como uma das sedes da Copa do Mundo de 2014, pretendendo-se atender a necessidade de uma edificação desse tipo no Bairro de Lagoa Nova, próximo à Arena das Dunas. Na elaboração deste projeto foi definido inicialmente o pavimento tipo, privilegiando essencialmente a função, sem grandes circulações e com uma boa distribuição dos apartamentos. Essa distribuição foi uma das maiores dificuldades do projeto, pois cada pavimento deveria conter 12 unidades, de acordo com o programa de necessidades. O pavimento térreo deveria apresentar equipamentos de apoio aos hóspedes/moradores, como um grande lobby, lojas, auditório e restaurante, além da área administrativa. A solução foi destacar o restaurante, que teve seu volume adicionado ao prédio, o que proporcionou uma maior integração com a área de lazer do flat. Após essas definições, iniciaram-se os estudos de volumetria e definição das fachadas. Na elaboração de elementos de proteção para as fachadas, foi adotado como partido uma concha do mar, com suas linhas paralelas e uma pequena curvatura, dando forma aos brises verticais, que deram destaque à volumetria da edificação e atuaram como limitadores dos apartamentos. projeto city view flat autora clara barros prof. orientador fabrício leitão tema residencial ano 2009 local natal, rn
partido arquitetônico
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Lady Arch é o nome da minha entrada 3d para o Dominance War, competição mundial de "game art", em que inúmeros artistas do mundo inteiro participam criando um personagem low-poly (com pouca taxa de polígonos - um personagem para games) com especificações técnicas compatíveis com a realidade e limitações atuais da indústria de video games. O Dominance War (DW) é o maior concurso na área de computação gráfica atualmente, realizado online através de diversos fóruns de computação gráfica espalhados pelo planeta, em que cada participante deve postar o progresso de seu personagem afim de receber críticas e sugestões de outros artistas e ter seu trabalho exposto, sendo um benefício de aprendizado para a comunidade e para cada participante. Neste ano o DW entrou em sua quinta edição, tendo como tema "A ascensão dos Deuses", requerendo dos competidores a criação de um deus ou deusa original, sem que nenhum Deus real/conhecido, ou deuses da fantasia contemporânea ou mitologia pudessem ser usados para esse concurso. A duração da competição foi de cerca de 2 meses (março-maio/2011), contando com 2 categorias além da categoria principal (que é 3D): 2D e animação. Como trabalho com a criação de personagens para jogos a pouco mais de um ano e meio e sou também estudante de arquitetura, a idéia de juntar as duas coisas foi bastante natural. Como gosto bastante de arquitetura contemporânea, tive como principais referências grandes edifícios e arranha-céus atuais e projetos de grandes arquitetos como Santiago Calatrava, Zaha Hadid, dentre outros. Por isso, como primeira etapa do desenvolvimento de Lady Arch, Deusa da arquitetura e das edificações, fui a procura das mais diversas referências arquitetônicas, afim de juntar as formas presentes na arquitetura contemporânea com as da anatomia feminina, com uma pitada de ficção científica.
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Algumas das referências arquitetônicas utilizadas: (A) Zaha Hadid: design para o Abu Dhabi Performing Arts Centre (B) Centro de Artes de Valência, Espanha - Santiago Calatrava (C) Underwater Museum, Alexandria - Egito. Arquiteto: Jacques Rougerie
(A) http://21stcenturyarchitecture.blogspot.com/2011/02/modern-architecture-in-middle-east-new.html
concepção O processo de concepção da personagem foi muito similar ao que realizo para o de projeto de arquitetura ou qualquer outro trabalho de arte: deixo de lado toda a parte técnica de modo a não limitar a criação logo em sua fase inicial. Para isso foram feitos diversos croquis para solidificar a idéia da deusa.
(B) http://21stcenturyarchitecture.blogspot.com/2011/02/ spains-modern-architecture-barcelona.html
Após uma série de estudos iniciais finalmente pude estabelecer um design final para a personagem. Nesse estágio já estava considerando algumas limitações que poderia ter mais a frente. Vale lembrar que o design adotado não foi limitante, servindo mais como um guia para o processo de modelagem do personagem em 3D. construção do modelo em 3D No processo de modelagem de um personagem para jogos, deve-se levar em consideração as diversas limitações existentes nos jogos e nas próprias regras da competição, tendo em mente que o personagem deve ser completamente funcional caso fosse empregado em um jogo. Tais considerações envolvem uma geometria limpa (na competição o limite é de 12.500 triângulos) viabilizando também uma possível animação do personagem, texturas otimizadas e criação de mapas de normais, que dão a ilusão de uma maior quantidade de detalhes do que a malha de poucos polígonos permitiria, e que o personagem final deve ser renderizado em tempo real, do mesmo modo como funcionam os video games.
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Para a modelagem do personagem foram utilizados basicamente 2 programas: o Softimage da Autodesk (semelhante ao 3DS Max e Maya, porém, na minha opinião, melhor para modelagem orgânica) e o Zbrush da Pixologic, software de escultura digital. A modelagem foi, sem dúvida, a etapa que demandou mais tempo em todo o processo. Após a modelagem básica realizada no XSI, toda a geometria foi levada para o Zbrush, onde produzi, auxiliado de uma mesa digital (Wacom Tablet), um modelo com uma quantidade bem maior de detalhes, já que o programa permite o aumento extremamente rápido e para uma quantidade exorbitante do número de polígonos do objeto modelado.
modelo final Com o modelo em alta resolução pronto, tomei-o por base na produção do modelo em baixa resolução que veio a ser o modelo final. Depois da retopologia (transformação do modelo de alta em baixa resolução), a sua malha foi aberta em um software simples chamado UV Layout Pro, para a posterior confecção das texturas no Adobe Photoshop com a Wacom Tablet. Com as texturas prontas, foi apenas uma questão de alterar o personagem para uma posição mais apresentável que a de modelagem, através de um processo denominado rigging, realizado no próprio XSI. A renderização do personagem para a apresentação foi realizada em tempo real em um programa bastante utilizado ente os artistas da área de games chamado Marmoset Toolbag. As imagens renderizadas foram, então, editadas no Photoshop e posteriormente no Adobe Lightroom para um tratamento final. Foram um total de 5 imagens submetidas para a competição, 2 delas destinadas para apresentação e 3 imagens demonstrando a parte mais técnica do trabalho. A competição foi de muito proveito para mim, não só pelo fato do aprendizado que adquiri, mas também pelos contatos que fiz, e maior exposição do meu trabalho. Lady Arch está entre as pouco mais de 40 entradas finalistas da competição, aguardando a segunda fase de julgamento que definirá os vencedores desta edição do Dominance War.
sites relacionados: dominancewar.com (site da competição) danielflins.com (portfólio online)
No primeiro semestre de 2008 fui participante do programa de pesquisa em dança contemporânea da Casa Hoffmann - Centro de estudos do movimento, em Curitiba, PR. Naquele ano, a curadoria da Casa selecionou projetos que buscavam a relação entre o corpo e a cidade, de forma a ser coerente com o tema “interferência urbana”. Em abril, o workshop "Laboratório corpo/cidade”, ministrado por Fabiana Britto, coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Dança da Universidade Federal da Bahia, e por Paola Berenstein Jacques, professora da Faculdade de Arquitetura da mesma universidade (FAUFBA), iniciou o debate pretendido pela direção da Hoffmann. Partindo de conceitos da Teoria da Deriva de Guy Debord, a oficina relacionou as interferências do corpo na cidade (ponto de vista urbanístico) e também as interferências da cidade no corpo (olhar da dança). O ponto de partida do workshop foi a leitura e explanação de textos de Guy Debord, escritor francês que, em 1967, publicou o livro “A sociedade do espetáculo”, o qual influenciou fortemente o maio de 1968 parisiense. A sociedade em que vivemos, pós-moderna, é espetacularizada como a dos anos 60: nosso modo de vida está relacionado ao consumismo e a cultura massificada, movida pelas aparências. Em sua teoria, Debord explica que espetacular é o que não é participativo efetivamente na sociedade, pois leva à alienação e a passividade social, além da individual. Por ser espetacular (não participar), é imagem – uma representação. Nas cidades contemporâneas, onde tudo se conecta através de imagens, a espetacularização é crescente: deixamos de viver diretamente naquele espaço e passamos a encará-lo como um cenário onde consumimos mercadorias, fatos, notícias, produtos. Para a dança, pensar a cidade sob este ponto de vista promove uma reflexão que influencia diretamente o processo compositivo coreográfico. Explicando: o pensamento contemporâneo em dança entende o corpo como um todo, sem separá-lo da mente. Isso significa que as informações que recebemos, as experiências que vivemos, estão de alguma forma marcadas em nosso corpo. A memória extrapola os limites cerebrais, e esta memória está em todo movimento praticado, conscientemente ou não. Ora, se vivemos em determinado lugar, nosso corpo possui memória dessa vivência; possui, também, memória do estilo de vida que leva: qualquer um percebe que quem se locomove à pé possui um preparo corporal maior do que quem só se move de carro, por exemplo. Mas a vivência corporal vai além de um preparo muscular maior ou menor: por vivermos nessa sociedade espetacularizada, imagética, nosso corpo certamente tem vestígios do que ansiamos, das imagens que recebemos do que deveríamos ser. O corpo do performer, portanto, não é uma tabula rasa, pois nele existe um registro de, entre outras coisas, sua experiência na cidade, a qual é constantemente atualizada. Essa experiências urbanas vividas por cada um promovem o que Berenstein Jacques chama de “corpografia” - uma cartografia do corpo, um instante da corporalidade, a qual é transformada constantemente através da vivência das condições interativas da cidade. Seria a impressão corporal da vivência corporal no espaço físico, um produto que está em constante movimento, pois como a cartografia, a corpografia descreve um espaço (corporal) em apropriação – portanto, é efêmero, e se renova constantemente frente às mudanças da cidade e da experiência do corpo na cidade. No terceiro dia do workshop foi colocado em prática a experiência proposta por Debord na “Teoria da Deriva”: deveríamos andar em grupos pela cidade, seguindo regras previamente estipuladas por nós mesmos. O meu grupo decidiu andar pela cidade seguindo as placas e sinais de trânsito, enquanto outro decidiu que quando avistassem uma pessoa vestida de vermelho, deveriam virar à direita. Na época de Debord, pessoas chegavam a andar em Paris seguindo o mapa de Londres, por exemplo. O objetivo desse exercício é promover uma experiência diferenciada do cotidiano do espaço urbano, mudar uma percepção do ambiente que geralmente é apenas passagem, e nos levar a locais desconhecidos, diferentes das rotas diárias. “À deriva”, pois não há um destino final para o caminho, mas decisões que criam tal caminho, e assim, nos forçam ao tempo presente e à vivência da experiência espacial. Em arquitetura, a procura da vivência da cidade através de uma experiência corporal consciente evita que o espaço urbano seja submetido à condição de cenário, o que é recorrente na sociedade espetacularizada. Faz-nos lembrar do papel participativo do corpo na cidade, pois é este corpo o responsável pelas transformações espaciais decorrentes da apropriação do ambiente – o que é facilmente esquecido durante a elaboração de um projeto. Pensar o corpo inserido na cidade, sendo executor de interferências no espaço e também sofrendo e incorporando tais experiências é, de acordo com Berenstein Jacques, uma “micro-resistência ao processo de espetacularização das cidades contemporâneas”. Resistir a esse processo promove uma aproximação entre o espaço urbano e seu caráter sensorial e corporal, o que contraria o automatismo da vivência urbana cotidiana. Vai de encontro à proliferação de cidades dominadas por logotipos, e à padronização de acordo com média, que cresce desde o surgimento da cultura de massa.
cidade e corpo Ana Luíza Silva Freire
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centro de convivência melhor idade
vista completa do conjunto
introdução O envelhecimento populacional vem buscando cada vez mais por novas alternativas de se planejar o espaço, visto que esta parcela almeja envelhecer com mais saúde e qualidade de vida. Sendo assim, este trabalho consiste em uma proposta arquitetônica de um espaço diferenciado de convivência para pessoas da Terceira Idade, a ser localizado na Zona Oeste de Natal-RN, mais precisamente no bairro de Nossa Senhora do Nazaré. localização/objetivo Essa iniciativa se apresenta como uma alternativa para os natalenses idosos independentes ocuparem o seu dia com a realização de atividades que proporcionem uma melhor qualidade de vida e se (re) integrem a sociedade. Sendo assim esse TFG propôs um “Centro de Convivência para Idosos”, em Natal/ RN, que se trata de um local destinado a permanência diurna dos idosos, onde são desenvolvidas atividades físicas, laborativas, recreativas, culturais, associativas e de educação para a cidadania. A elaboração deste trabalho teve como base pesquisas bibliográficas, estudos de referências diretos (realizados na Associação Brasileira dos Clubes da Melhor Idade – ABCMI – e no Centro de Convivência para Idosos Marly Sarney, localizados em Natal-RN) e indiretos (realizados no Newark Senior Center -EUA-, Solar da Gávea – RJ- e Lar dos Velhinhos de Piracicaba –SP-), estudos dos condicionantes projetuais e elaboração da proposta com memorial descritivo e justificativo. A elaboração deste trabalho teve como base pesquisas bibliográficas, estudos de referências diretos (realizados na Associação Brasileira dos Clubes da Melhor Idade – ABCMI – e no Centro de Convivência para Idosos Marly Sarney, localizados em Natal-RN) e indiretos (realizados no Newark Senior Center -EUA-, Solar da Gávea – RJ- e Lar dos Velhinhos de Piracicaba –SP-), estudos dos condicionantes projetuais e elaboração da proposta com memorial descritivo e justificativo.
localização do terreno
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proposta Implantado em lote com 10.145,02 m², o anteprojeto, com área total construída de 2.200,58 m², foi desenvolvido em 11 blocos interligados por rampas, passeios, espaços de convivência e áreas verdes. Seus acessos podem ser realizados pelas avenidas Coronel Estevam, Jerônimo Câmara e Rua dos Caicós, facilitando a entrada tanto dos moradores próximos ao conjunto arquitetônico, como de quem se desloca de ônibus ou carro particular. O empreendimento é composto por 03 guaritas, estacionamento, bloco comercial, administrativo, educacionais, salão de festas, academia, quadra de areia, piscina, vestiários, espaço aberto para convivência e a horta.
bloco administrativo
espaço de convivência aberto
salão de festas
área para exercícios fisicos
bloco comercial
Todos os blocos são térreos com estrutura em concreto ou madeira, e fechamentos em alvenaria convencional. Além da acessibilidade, outro ponto tido como importante para este projeto foi à busca por soluções climaticamente adequadas para deixar as edificações mais confortáveis, ou seja, procurou-se localizar a maior parte dos blocos do lado da sombra e com suas aberturas voltadas para sudeste, permitindo uma ventilação cruzada no interior da edificação (diminuindo assim a necessidade do uso do ar condicionado). O partido arquitetônico teve como eixo condutor a elaboração de espaços abertos que se integrem à comunidade sem esquecer o quesito segurança. guarita principal
projeto centro de convivência melhor idade autora raphaela albuquerque professor orientador gleice azambuja elali tema centro de convivência para a terceira idade público alvo idosos ano 2009 local nossa senhora de nazaré, natal/rn
horta
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mira rio espaço de lazer e apoio ao turismo
introdução O intenso e desordenado processo de crescimento urbano cria a necessidade de implantação de espaços públicos destinados ao lazer e proporcionar qualidade de vida à população. Constata-se na prática do turismo uma das formas de lazer que se distingue das demais pelo fato do indivíduo ter que se deslocar de seu local de cotidiano para realizá-lo. O turismo tem se destacado no cenário internacional como a atividade econômica com os mais altos índices de crescimento nas últimas décadas e o litoral tem sido um dos principais destinos dos turistas contemporâneos. A importância assumida pelo turismo no Brasil durante as últimas décadas foi resultado de ações integradas e políticas públicas empregado pelo governo federal a fim de diversificar as atividades econômicas do país. A partir dos anos 1980, o nordeste brasileiro ganhou visibilidade por se constituir uma das prioridades dessas políticas para a diversificação da economia regional. O turismo no Estado é considerado a atividade estruturante do desenvolvimento, e tem como principais atrativos as praias e o clima. O distrito de Barra do Cunhaú (Canguaretama/RN), objeto de estudo deste trabalho, constitui parte significativa do patrimônio ecológico do litoral potiguar. Está localizado às margens do rio Curimataú e é constituído por praia com extensos coqueirais e
dunas. O local apresenta uma população de aproximadamente 3.000 habitantes, com uma ocupação antiga formada por pescadores. A atividade de carcinocultura e o turismo impulsionam a economia local. Movido no sentido de garantir a sustentação e a vitalidade das funções econômica, ecológica e sociocultural do espaço litorâneo, o presente estudo trata de uma proposta arquitetônica de um equipamento público de lazer e turismo com vistas à requalificação de uma fração ribeirinha do rio Curimataú, como meio de incentivar o uso pelos diversos usuários (moradores e visitantes) e garantir uma dinâmica à área. Esta escolha se deu especialmente pela afinidade pessoal e pelo anseio de atender às necessidades dos habitantes locais, com a intenção de agregar identidade local aos futuros projetos alem de valorizar as características da sua paisagem e cultura. De forma geral a proposta está voltada para a resolução de problemas contemporâneos relacionados aos espaços públicos de lazer e ao turismo. A função principal do espaço de convivência e apoio ao turismo é proporcionar o suporte aos usuários com os mais diversos espaços de lazer, serviço, comércio e entretenimento, além de funções administrativas e de manutenção.
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mira rio O Mira Rio é um espaço que concentra lazer e turismo e para tanto conta com um largo, praça de convivência, praça pôr do sol, playground, área de contemplação, centro de informações turísticas, posto policial, banca de jornal, terminal bancário, Correios, cabeleireiro, farmácia, lanhouse, sanitários masculino e femininos adaptados, guarda-volume, bicicletário, lanchonete, restaurante, mirante/deck. Ocupando um terreno de 2.771,70 m², o projeto possui 689,11 m² de área construída e é constituído por dois volumes, situados nas porções sudeste e noroeste do terreno, interligados por uma passarela de 16,5m de comprimento. Seus acessos se dão pela Rua Manoel Luiz de Pontes e Rua José Benedito Ferreira, sendo a primeiro a principal. A concepção do projeto surge da definição de alguns aspectos, tais como o uso da madeira como elemento de estruturação e marco do projeto, permitir a visualização do Rio, assim como a criação de dois blocos articulados por uma passarela. A madeira como principal técnica construtiva define os apoios aos planos que compõem a volumetria da proposta. A relação com o entorno, do espaço exteriorinterior, se dá de forma continua e integrada, devido a ausência de vedação nas extremidades. Esta premissa adotada permite uma continuidade física e visual e estimula a percepção do equipamento como local público. O equipamento que reúne as atividades de comercio e serviço situa-se na via mais movimentada o que implica na facilidade de acesso e conformidade com a demanda de tempo/necessidade dos usuários. O posicionamento do outro equipamento reflete nos usos propostos: restaurante e mirante, espaços que demandam tempo para a realização das suas respectivas atividades. Percebe-se a intenção de independência entre a estrutura de cobertura e os ambientes que constituem o programa de necessidades, o que permite a fluidez e permeabilidade física e visual. A escolha de revestimentos com cores claras contrastam com a textura da madeira, dando mais ênfase a este material construtivo. Propõe-se um tratamento paisagístico do entorno em que a continuidade espacial apresenta-se na ausência de fechamentos, paginação de piso e disposição e escolha das espécies vegetais adotadas.
estudos volumétricos
perspectivas da edificação
perspectivas da edificação
maquete física
No projeto foram identificadas cinco áreas: o maior equipamento (azul) que engloba espaços de serviço e comércio principalmente; o restaurante (vermelho) e o mirante (amarelo) que se encontra no nível da Rua José Benedito Ferreira (11m de altura acima do nível do Rio). Estes interligados por uma passarela (roxo). As áreas de estacionamento situam-se nas testadas do lote. O terreno localiza-se num ponto estratégico em relação à acessos e permite a visualização do rio devido a ausência de edificações à frente. Há também um largo com uma área de lazer e convivência (laranja). Sobre a volumetria, a princípio foi considerado o módulo pentagonal que seria empregado na cobertura e nas demais estruturas que fazem parte do programa. Com a evolução das relações funcionais e da forma, optou-se por racionalizar a volumetria, a fim de dar ênfase ao sistema construtivo, e evitar o excesso. Desta forma, o elemento marcante são as estruturas de sustentação da cobertura. O módulo passou a ser triangular, e pode ser constatado nas tesouras que apresentam espaçamentos regulares entre elas (a cada 3,60m).
projeto mira mar: espaço de lazer e apoio ao turismo autora marcela de melo germano da silva prof. orientador marcelo tinôco tema projeto ano 2009 local canguaretama, rn
zoneamento
implantação
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do espaço público ao espaço para o público uma concepção coletiva da praça central de neópolis
implantação da praça central de neópolis
do partido urbanístico O zoneamento, proposto pelos participantes, norteou os primeiros passos da construção da proposta. As seis áreas distribuídas pela praça – INFANTIL, DE JOVENS, PARA TERCEIRA IDADE, DE CONVIVÊNCIA, PARA FEIRINHA DE ARTESANATO E DE EVENTOS – serviram para definir os passeios. Nesse caso, optou-se por um desenho mais orgânico, a fim de quebrar a formalidade do traçado xadrez do conjunto e oferecer a sensação de movimento e dinamicidade ao local, fazendo alusão as próprias atividades que seriam realizadas em seus limites. Além disso, teve-se a idéia de criar dois eixos principais que integrassem as áreas contempladas no zoneamento, induzindo os usuários a passarem pelos diversos setores da praça, deixando-os todos com vitalidade. Além disso, Pista de cooper as áreas infantis, dos jovens e dos idosos ficaram separadas por espaços de convivências, evitando que as atividades destinadas a esses três públicos de perfis e necessidades diferentes se chocassem.
da proposta A proposta de reforma da Praça Central de Neópolis, fruto de uma discussão dialógica, visou disponibilizar aos moradores do Conjunto de Neópolis um espaço com identidade, capaz de promover a integração social e oferecer lazer entretenimento aos públicos de diversas idades. A intenção foi requalificar um local atualmente abandonado e de fundamental importância para o conjunto, tornando-o um ponto de convergência e de referência aos seus moradores. Para tanto, realizaram-se três oficinas, junto aos neopolitanos, que forneceram informações relevantes para concepção da proposta, tais como: definição da função, do programa de necessidade, do zoneamento e do partido urbanístico. Dessa forma, a partir do entrelaçamento das recomendações feitas por teóricos acerca da projetação de espaços livres públicos, os desejos da comunidade neopolitana, enquanto resultado de um processo participativo, e a leitura técnica da área traçou-se os seguintes condicionantes projetuais: 1) potencializar as funções identificadas na praça, como ESPORTE, FESTA, ESTAR e LAZER, além de introduzir outras pouco exploradas como EDUCAÇÃO e COMÉRCIO; 2) aproveitar o máximo possível dos elementos pré-existentes na praça, como quadrapoliesportiva, o meio fio em formato de estrela e as edificações como o prédio do Conselho Comunitário e Base Comunitária; 3) disponibilizar bastante área verde, estimulando a ligação dos moradores com a natureza e diminuindo os efeitos de insolação na área; 4) criar espaços que propicie atividades sócioeducativas; 5) estimular a utilização da praça pelas escolas do conjunto; 6) revalorizar espaços abandonados dentro da praça e 7) criar elementos que oferecessem identidade ao local;
proposta de zoneamento dos moradores
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dos espaços O ESPAÇO INFANTIL, agraciado por frondosa arborização, foi distribuído em três setores, sendo um destinado às crianças de um a quatro anos; o outro reservado exclusivamente para o uso de bicicleta e a realização de brincadeiras, como academia e alfabetopeia; e o terceiro utilizado para expor os brinquedos educativos destinados aos infantes de cinco a dez anos. A ÁREA DE CONVIVÊNCIA ajudou a dividir e, ao mesmo tempo, integrar os setores destinados ao público infantil, servindo tanto para permanência dos acompanhantes quanto para convivência e contemplação dos moradores. A ÁREA DO JUVENIS ficou situada próxima a quadra poliesportiva, nas imediações da Rua Buganvilia. Nesse setor foram oferecidos além do espirobol e aparelhos de musculação, também equipamentos para prática do skate. Já, na ÁREA DOS IDOSOS, destinou-se academia para terceira idade e mesinha de jogos. No tocante ao ESPAÇO PARA CONTEMPLAÇÃO, explorou-se plantas de estilos, texturas e cores diferentes, quebrando um pouco a monotonia da vegetação já existente. Embora a função dessa área tenha sido dividir os espaços dos jovens e dos idosos, ela acabou também embelezando o SETOR DE EVENTOS. No caso deste último, a paginação do piso fazendo alusão aos raios solares, encarregou-se de destacá-lo do restante da praça
Área dos jovens com pista de skate e aparelho de musculação
Área para Contemplação, com vegetação de estilos, texturas e cores diferentes.
do parquinho educativo Os brinquedos propostos para Praça Central de Neópolis procurou atender diversas qualidades como dinamicidade, flexibilidade, resistência e segurança, além de agregar a sua função lúdica práticas educativas. Outra questão levada em consideração foi o fator econômico, uma vez que propostas muito elaboradas tornam-se, na maioria das vezes, economicamente inviáveis. Por essa razão, os referidos brinquedos consistem em uma releitura dos já implantados nos espaços públicos de Natal, ou então, verificados em parquinhos infantis, como gira-giras e gangorras. Para melhor identificá-los, denominou-os conforme a brincadeira e a atividade pedagógica que se desejou explorar.
Área dos idosos com mesinhas de jogos e ATI (academia para terceira idade)
2
1
Área para realização de eventos 4
3
brinquedos propostos 1.alfabetopéia 2.gira-tabuada 3.escalábaco 4.balanço-balança 5.gira-gira relógio
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estudo do espaço público ao espaço para o público: uma concepção coletiva da praça central de neópolis autora jocélia varela pinheiro profª. orientadora amadja henrique borges tema espaços públicos ano 2009 local natal, rn
Os Encontros de Arquitetura - E.A., são projetos promovidos pela FeNEA (Federação dos Estudantes de Arquitetura), com ajuda dos estudantes do local da realização - estruturados em uma comissão organizadora - que fazem o evento de, geralmente, uma semana acontecer. Na Cidade do encontro são feitas diversas atividades que estimulam o desenvolvimento do senso crítico do estudante, sobre o contexto em que a arquitetura e o profissional estão inseridos. Para isso, são realizadas mesas redondas, minicursos, oficinas, palestras, grupos de discussão, visitas orientadas pela cidade, workshops, plenárias, os Conselhos de Entidades Estudantis, o CICAU - Congresso de Iniciação Científica em Arquitetura e Urbanismo para a discussão dessa realidade. Além disso, o encontro de arquitetura é um momento em que milhares de estudantes se juntam para trocar informações sobre ensino, pesquisa e extensão. Cada encontro possui uma atmosfera única para conhecer novas pessoas ou ainda de firmar antigos vínculos de amizade e ser uma boa oportunidade para conhecer a cidade em que o encontro está sendo realizada, por meio de turismo barato.
"FeNEA: a cidade dos encontros. Em cada praça, em cada pátio, em cada quintal, em cada sala, as pessoas estão sempre juntas, em torno de rodas formadas pela música. E ainda, em cada esquina, estas pessoas que habitam a FeNEA, gostam de se esbarrar para ter um motivo pra conversar." Autor desconhecido
Os EA’s são temáticos, assim cada um tem um papel diferente na vida do futuro arquiteto: como o XXIII EREA N/NE em Maceió que teve como temática o “Movimento Estudantil” em Jan/08; I EREA NE ARACAJU que tinha a temática “Inspire e Expire” em Jan/09; II EREA NE em AREIA que teve o tema “Paisagem no Interior” em Jan/10; XXIII EREA Ribeirão Preto em Maio/10 com a temática de Sustentabilidade - "MudeFique!"; XXIX EREA Sul CURITIBA - PR 2010 com "Quem não se movimenta não sente as correntes que o prendem" ; ELEA Brasília em Out/2010 com “Direito à cidade, em busca da Terra do Nunca”. Os Encontros são estruturados em Regionais (EREA), aonde atendem a uma instância menor dos estudantes das regiões do Nordeste, Norte, Centro, Leste, São Paulo e Sul, Os ENEA’s são os Encontros Nacionais dos Estudantes de Arquitetura e Urbanismo, e a cada seis anos uma regional diferente sedia o encontro e os Encontros Latino-Americanos (ELEA) que são organizados pela CoLEA Coordenadoria Latino Americana de Arquitetura do Cone Sul, da qual a FeNEA faz parte. Por fim, se tiver a sua faculdade fizer uma delegação para um Encontro de Arquitetura, não deixe de ir, se não gostar da temática, use o espaço para fazer novos amigos ou conhecer a cidade. Arquitetura é mais do que ler, é ver e sentir.
“O Encontro é um evento único, um patrimônio dos estudantes de Arquitetura e Urbanismo, uma oportunidade única na vida de muita gente." Por Daniel Mellado Paz, Arquiteto e Urbanista.
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jardins
de
burle marx para b a s t i d o r e s
natal d a
p e s q u i s a
NOBRE, Paulo José Lisboa – professor DARQ, doutorando PPGAU/UFRN, PEREIRA, Marizo Vitor – professor DARQ, mestre PPGAU/UFRN RIBEIRO, Isaías da Silva – mestre PPGAU/UFRN
A integração das artes A integração das artes é um dos temas pertinentes à formação da arquitetura moderna nos últimos anos do século XIX e nas primeiras décadas do século XX. A discussão emerge no movimento Arts & Crafts, com William Morris, que propõe uma arte que participe do ambiente humano e da sociedade, e que aproxime as “artes maiores e menores” (FERNANDES, 2005). A integração entre as artes irá se concretizar no quadro da moderna arquitetura brasileira a partir do edifício do Ministério da Educação e Saúde (1943), no Pavilhão do Brasil na Feira Mundial de Nova York (1939) e na Igreja de São Francisco de Assis, em Belo Horizonte, na Pampulha, (1943). Roberto Burle Marx foi um dos principais protagonistas da idéia de integração das artes na arquitetura moderna brasileira, através da aproximação das modalidades artísticas que caracterizam o seu repertório profissional. Pintor, desenhista, tapeceiro, escultor, ceramista, pesquisador... E paisagista maior! Para Burle Marx, felizmente, o jardim se encontra com as outras artes... pintura, música, escultura, poesia... São identificados na sua obra dois conceitos principais: a integração das artes e a idéia de “obra-de-arte-total” – gesamtkunstwerk: termo da língua alemã utilizado pelo compositor Richard Wagner que se refere à apresentação de ópera que conjuga música, teatro, canto, dança e artes plásticas, a aliança das artes. Conhecido internacionalmente como paisagista, Roberto Burle Marx não esqueceu que era pintor (PEDROSA, 1981) quando renovou a arte paisagística no Brasil. Os jardins que eram trabalhados a maneira de uma grande tela de pintura numa composição de caráter impressionista, numa espécie de divisionismo cromático, passam a adotar uma técnica mais moderna: grandes manchas, grandes áreas numa só cor, de formas livres, amebóides, irregulares. Aproximações com a pintura fauvista e expressionista, modernas, são inegáveis. E se o resultado é, sobretudo pictórico por sua adaptação ao conjunto, já é, no entanto, arquitetônico.
nota do editor: o presente artigo é um desdobramento do texto «Pegadas de Burle Marx», publicado na Penas 02 (2007).
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Jardins de Burle Marx no Nordeste Foi no Recife onde se deram as primeiras manifestações do “jardim brasileiro”, criados por Burle Marx a partir de elementos da paisagem local e tendo a vegetação como o principal elemento. O paisagista chegou na cidade em 1934 para assumir o Setor de Parques e Jardins do Governo do Estado de Pernambuco, concebendo projetos completos e intervenções em praças já existentes (CARNEIRO et al, 2009). Desde 2005, o Laboratório da Paisagem da UFPE se dedica ao estudo dos jardins realizados por Burle Marx no Recife, iniciando o inventário do vasto acervo de obras existentes na cidade que resultou no tombamento de alguns deles, por ocasião do centenário de nascimento do paisagista, em agosto de 2009. Em junho de 2007, o Encontro Paisagem na História resultou no Grupo de Pesquisa “Jardins de Burle Marx”, que reúne pesquisadores de quase todas as capitais do Nordeste, cujo objetivo comum é estudar e inventariar a obra de Burle Marx, desenvolvendo metodologia especifica. A UFRN se integra nessa Rede e a pesquisa em andamento foi motivada pelo interesse em resgatar a vinda do paisagista a Natal, em 1979, para desenvolver o projeto paisagístico da Via Costeira. Tal fato é pouco conhecido, embora registrado por Itamar de Souza (1999). Existem indícios de outros projetos realizados para Natal, como a Praça Kennedy (1979) e a Alcanorte (1980), de acordo com citações de Jacques Leenardt (2000) e Flávio Motta (1984). A pesquisa conseguiu avançar através de levantamento bibliográfico e documental, porém os projetos paisagísticos não haviam sido localizados até meados de 2009, não obstante diversas buscas nas bibliotecas do IDEMA e do Parque das Dunas e nas Secretarias de Turismo do Município e de Serviços Urbanos (SEMSUR). Porém, o evento “Arte e Paisagem: Roberto Burle Marx 100 anos”, realizado na UFRN em agosto de 2009, traria grata surpresa aos pesquisadores. Durante os preparativos foi encontrado um projeto desconhecido de Burle Marx para a UFRN: o jardim interno da Biblioteca Central Zila Mamede (1976), que foi exposto durante o evento. Na ocasião, outros arquitetos se interessaram em buscar o projeto paisagístico da Via Costeira, resultando na sua localização nos arquivos do Parque das Dunas. Esses projetos estão sendo digitalizados e ainda não foi possível uma análise apurada, no entanto, a partir da observação de alguns detalhes se fez possível tecer os breves comentários a seguir.
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O Projeto Paisagístico do Jardim Interno da Biblioteca Central Zila Mamede (UFRN) Predominam projetos paisagísticos de residência, em 1976, na produção de Burle Marx, segundo Leenhardt (1996). O projeto paisagístico para o pátio interno da Biblioteca Central Zila Mamede, na UFRN, se insere nesse contexto de escala intimista. A pesquisadora do PROPAR Ana Rosa de Oliveira, em artigo escrito em 2002, afirma que a partir dos anos 60 a produção de Burle Marx reflete uma preocupação com a consolidação e propaganda de seus jardins, embora tenha já afirmado em artigo anterior, que sua obra [no entanto] resulta de experiência cumulativa. Ocupando uma área de aproximadamente 100 m², a proposta se apresenta composta em duas partes. Definindo uma única mancha - dividida por passarela -, remete a projetos anteriores como o do Ministério da Educação e Saúde (1938); com as amebas que conformam a “promenade florale”, segundo descrição de Flavio Motta (1984), também reconhecendo naquele projeto a introdução do processo de abstração no paisagismo – típico da arte moderna.
Figura 3: Projeto paisagísitico do Jardim Interno da Biblioteca Central Zila Mamede (UFRN) Fonte: Projeto Campus da Universidade Federal do RN. Biblioteca Central – Pátio Interno. Burle Marx & Cia Ltda.
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Contornando plano de forma orgânica, definido por seixos e pedras de piso, são utilizadas 16 espécies de plantas, criando volumes, retiradas da flora tropical - popularmente conhecidas, como: jibóia , imbé, colônia, bastão do imperador, dinheiro em penca e tinhorão. São propostos elementos verticais em alguns pontos estratégicos, confeccionados em placas de xaxim, cobertas por tela de arame, de onde pendem espécies vegetais. Indícios sugerem que o projeto chegou a ser executado. No entanto, ao longo desses trinta e três anos, observa-se total transformação da proposta original, em todos os aspectos, como também o esquecimento da existência do projeto do mestre marco de sua passagem pela UFRN. Neste momento de comemoração do centenário de nascimento de Burle Marx, a exemplo das iniciativas de restauração de seus jardins, em Recife, promovidas pelo Laboratório da Paisagem/UFPE, convém que a recuperação do projeto possa resultar, também, na sua execução e consequente resgate da feição original.
O Projeto Paisagístico para a Via Costeira Inicialmente, é preciso esclarecer que o projeto paisagístico foi desenvolvido em sintonia com a proposta urbanística que o arquiteto Luiz Forte Neto concebeu para a Via Costeira mas, ao longo do tempo, várias adaptações foram impostas ao projeto original – que definia a ocupação do espaço em unidades destinadas aos edifícios e equipamentos turísticos, cujos interstícios conformavam um sistema de espaços livres. Foi nesses espaços, hoje intensamente ocupados, que Burle Marx pensou generosos jardins à beira-mar.
Figura 4: Projeto paisagísitico do Jardim Interno da Biblioteca Central Zila Mamede (UFRN) Fonte: Projeto Campus da Universidade Federal do RN. Biblioteca Central – Pátio Interno. Burle Marx & Cia Ltda.
As idéias de Burle Marx para Natal foram divulgadas, na época da sua contratação, em entrevistas publicadas nos jornais locais (Tribuna do Norte e A República). Numa primeira aproximação, é possível identificar o rebatimento dessas idéias no projeto paisagístico. Em termos formais e funcionais, os jardins propostos não apenas oferecem espaços de lazer, recreação e contemplação; mas valorizam as características do cenário natural, na época praticamente intocado, e integram o construído à paisagem existente e imaginada. Burle Marx definiu o projeto como um sistema que promoveria a preservação ambiental, com função social: “Vou fazer uma coisa que seja útil para a coletividade [...] para que o povo dê importância [...] Em certos lugares é necessário o plantio de árvores, mas em outros é saber coadunar a arquitetura para um plantio urbanístico” (Tribuna do Norte, 12/07/1979).
Figura 5 e 6: Apresentação do projeto paisagísitico da Via Costeira Fonte: Projeto Parque das Dunas – Via Costeira. Burle Marx & Cia Ltda.
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A prioridade ao uso social pode ser constata na profusão de acessos públicos e espaços de permanência, distribuídos em patamares que se convertem em belvederes, conformados pelas soluções técnicas adotadas para vencer o desnível de inclinações extremas com escadas, rampas e caminhos orgânicos, Burle Marx concebeu o projeto a partir do uso da flora local: “O projeto será desenvolvido lentamente e mais importante ainda é que será aproveitada toda a flora da região [...] será montado em Natal um horto experimental para que seja acentuada a vegetação existente e não trazer de outras regiões” (idem). Para tanto foi necessário executar o inventário botânico do Parque das Dunas, realizado por equipe local, com consultoria do botânico Luiz Hemygdio de Mello Filho. Durante dois anos foram desenvolvidas experiências em um horto montado na Via Costeira, visando identificar as espécies vegetais mais adequadas às condições adversas do local. Com o objetivo de preservar o meio-ambiente, o projeto propôs a recomposição das dunas, pois a construção da Via demandou drásticas modificações na feição natural do terreno. Como é notório em sua obra, Burle Marx não procurou copiar a paisagem natural, mas partiu da natureza para criar uma nova paisagem, organizando a vegetação existente no local.
Figura 7 e 8: Detalhes do projeto paisagísitico da Via Costeira Fonte: Projeto Parque das Dunas – Via Costeira. Burle Marx & Cia Ltda.
Figura 9 e 10: Construção (1979) e Vista da Via Costeira (2007) Fonte: Jornal Tribuna do Norte.
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Diante da magnitude desse projeto e considerando o estado atual da Via Costeira – que passa por mais uma mutilação em sua configuração e objetivo originais – constata-se que a cidade perdeu uma oportunidade ímpar e que, em função da falta de interesse político e da omissão dos gestores públicos, os cidadãos foram privados de desfrutar um parque semelhante àquele existente no Aterro do Flamengo, obra maior de Roberto Burle Marx no Rio de Janeiro. Não por acaso Lauro Cavalcanti e Farès ElDahdah (2009, p.108), citam os dois projetos como os mais significativos elaborados em parceria com Luiz Emygdio de Mello Filho.
Figura 11, 12 e 13: Detalhes do projeto paisagísitico da Via Costeira. Fonte: Projeto Parque das Dunas – Via Costeira. Burle Marx & Cia Ltda.
Referências CARNEIRO, Ana Rita Sá et al. Os Jardins de Burle Marx no Recife. Recife: MXM Gráfica, 2009. FERNANDES, Fernanda S. A síntese das artes e a moderna arquitetura brasileira dos anos 1950. 16f. 2005. Disponível em: www.iar.unicamp.br, acesso em 27/09/07. LEENHARDT, Jacques (org.). Nos Jardins de Burle Marx. São Paulo: Ed. Perspectiva, 1996. MOTTA, Flávio L. Roberto Burle Marx e a nova visão da paisagem. São Paulo: Nobel, 1984. OLIVEIRA, Ana Rosa de. A construção formal do jardim em Roberto Burle Marx. Disponível em: http://www.vitruvius.com.br/arquitextos/arq000/esp004.asp, acesso em 20/10/2009. PEDROSA, Mário. Dos murais de Portinari aos espaços de Brasília. Org. Aracy Amaral. São Paulo: Perspectiva, 1981. SOUZA, Itamar de. Nova História de Natal. 2 ed.rev.atual. Natal (RN): Departamento Estadual de Imprensa, 2008.
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a acessibilidade na forma urbana
Aplicação da legislação existente no entorno de instituições de saúde
acessibilidade na forma urbana Nos últimos anos a acessibilidade tem sido tema constante nas discussões sobre o planejamento urbano da cidade. A partir desse contexto surgiram diversos estudos aprofundados sobre o tema. Desta maneira, o trabalho tem como objetivo compreender a acessibilidade no entorno de equipamentos de saúde e avaliar a legislação e as políticas públicas existentes na cidade do Natal, para constatação da eficácia das leis ou da existência de inconformidades que possam dificultar a mobilidade do portador de necessidades especiais.
tentativas equivocadas de adaptação quanto à acessibilidade
as necessidades especiais e a cidade O reconhecimento social da diversidade das pessoas e a natureza de suas limitações, aliado ao entendimento dos direitos individuais de cidadania, são as primeiras etapas para o processo de desenvolvimento da acessibilidade. Portanto, as normas e leis de acessibilidade devem ser aplicadas na cidade com o intuito de suprir as carências físicas e possibilitar a utilização e o usufruto pleno dos ambientes e dos serviços oferecidos. Admitindo a necessidade de inclusão, Natal foi a primeira cidade do Brasil a aprovar uma lei voltada para pessoas portadoras de deficiência, em junho de 1992. A Secretaria de Transporte e da Mobilidade (SeMob), ligada ao Ministério das cidades, desenvolve as políticas urbanas de acessibilidade a serem implantadas no país, as quais têm as leis federais n°10.048/00, n° 10.098/00, n° 10.741/03 (Estatuto do Idoso), a NBR 9050/04, e as leis municipais n° 4.090/92, n° 055/04 - Código de Obras e a n° 082/07 Plano Diretor, como seus principais marcos regulatórios. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo de Natal (SEMURB) e Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana de Natal (SEMOB) são os órgãos institucionais que atuam na implementação das políticas de acessibilidade com o Programa “Calçada da gente” e o projeto “Via Livre nas Calçadas”, respectivamente. calçadas praticamente inacessíveis
forma urbana e acessibilidade Nas áreas de prestação de serviços, como as instituições de saúde, é essencial que seja analisado a situação da mobilidade, de forma que se permita a inserção do portador de necessidade especial com autonomia para escolha das melhores opções de circulação e privacidade. No entanto, não existe regulamentação específica quanto à acessibilidade nos entornos de instituições de saúde. Apesar do pioneirismo em Natal quanto a Lei de acessibilidade, uma baixa fiscalização contribui para o não cumprimento da legislação. Deste modo, a ausência de conforto ao caminhar é evidente em diversas áreas da cidade até os dias atuais.
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entrada principal do natal hospital center
Para uma avaliação mais detalhada da importância da acessibilidade, foram programadas observações em dois pontos focais no universo de estudo, que foram o Natal Hospital Center e o Instituto de Radiologia de Natal. O primeiro apresenta condições irregulares de acessibilidade, com calçada trepidante e acesso por escada ou rampa, com inclinação incorreta e sem corrimão, que invadem a calçada. O acesso ao Instituto de Radiologia é dado por uma escada mal sinalizada ou por uma rampa descoberta, com corrimão em apenas um lado, sem patamar ou piso tátil em frente ao desnível, além de estreita e com inclinação irregular. Observou-se que os cadeirantes e os idosos com maiores dificuldade de locomoção classificaram a rampa como ideal por desconhecerem suas irregularidades, pois estas são dribladas pelo serviço dos maqueiros. Além da forma de acesso direto às instituições de saúde, também foi observada a situação disponível para circulação de pedestre entre o logradouro público e a calçada. De maneira geral, constatamos que a situação deixa a desejar em vários aspectos, como na ausência ou inadequação das guias rebaixadas e calçadas com piso irregular. As situações apresentadas no local não atingem negativamente apenas os portadores de necessidades especiais, como também todos os pedestres da área, prejudicando o conforto e a segurança dos usuários, podendo causar acidentes.
acessibilidade no entorno do natal hospital center Com base na importância de um estudo em áreas onde há concentração de instituições de saúde, foi feito um recorte territorial em uma área da cidade que se destaca pela grande quantidade deste serviço, compreendendo o espaço físico no entorno do Natal Hospital Center, localizado na Av. Afonso Pena- Tirol. Durante visita in loco constatamos a existência de 34 estabelecimentos ligados a saúde, incluindo três hospitais de grande porte - Natal Hospital Center, PAPI, Casa de Saúde São Lucas – além de diversas clínicas médicas e odontológicas, matrizes de planos de saúde, laboratórios e farmácias especializadas. O estudo abrange o percurso do usuário ao descer do transporte – particular ou público - até a porta de entrada das edificações, compreendendo vias, canteiros centrais e calçadas, com as possíveis rampas e escadas de acesso á instituição de saúde. Durante a análise das 34 instituições de saúde existentes observamos alguns parâmetros básicos de acessibilidade que incluem: faixa livre mínima; inexistência de desníveis; piso antiderrapante, estável e não trepidantes; piso tátil de alerta; guia rebaixada correta; vegetação plantada preserva o piso do passeio; vagas especiais para estacionamento; escada para acesso; rampa para eliminar desníveis; guarda corpo na lateral de rampas ou escadas; sinalização vertical e horizontal. Sendo assim, o resultado constatou que dentre as instituições, apenas a Clínica Pedro Cavalcante respeita todas as normas de acessibilidade, enquanto a maioria respeitava parcialmente, e outras não obedeciam qualquer exigência da norma, o que enquadra a área numa situação precária quanto à acessibilidade.
localização do universo de estudo
a eficácia e aplicação das normas As especificações técnicas existentes são pertinentes e eficazes, mas não são efetivas ou são aplicadas de maneira incorreta às especificações, o que confirma que a administração pública municipal não prioriza a aplicação da legislação e revela carência no controle e na fiscalização. Portanto, é preciso que a fiscalização legal seja aperfeiçoada de modo a detectar as falhas relacionadas ao não cumprimento da legislação. A criação de campanhas de conscientização e educação à população quanto ao tema, aliado a uma maior fiscalização e controle dos órgãos públicos, pode vir a ser a solução e provocar a efetividade das leis de acessibilidade e tornar a cidade acessível a todos os cidadãos.
entrada da clinica pedro cavalcante atendendo as normas de acessibilidade
projeto a acessibilidade na forma urbana autoras andréa rodrigues de paula e juliana de souza duarte professores orientadores amadja henrique borges e maria dulce picanço bentes sobrinha ano 2010.1 local natal/rn
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proposta participativa para a guarita plano de estruturação urbana no entorno de ferrovias
introdução/objetivo geral A Guarita apresenta indícios de duas fortes irregularidades em sua formação: ocupa uma área do Patrimônio Foreiro do município ainda não loteada e possui ocupações na Área de domínio da ferrovia e em sua faixa não edificante, as quais constituem as unidades em situação de risco. A ocupação irregular, por sua vez, traz consigo uma série de problemas característicos desse tipo de ocupação provenientes da sua formação não planejada. Quanto ao sistema ferroviário, presente no seu entorno, este sofre com o processo de decadência fruto de Políticas Públicas que não o incluíram como uma das principais alternativas de transporte urbano.
implantação
localização do universo de estudo
* TFG premiado com o primeiro lugar no Concurso de Monografias promovido pela CBTU (programa “A cidade nos trilhos”), 2010.
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Tal contexto urbano tem um significado particular para a Companhia de Trens Urbanos - CBTU, responsável pela gestão da ferrovia. Pautada por uma visão de integração entre o Trem e a Cidade, as equipes técnicas da CBTU têm promovido diversas discussões com gestores e universidades, propondo a realização de estudos e projetos que apontem soluções para a qualificação da área, integrando-a a comunidade e a Estação Ferroviária, com condições adequadas de habitabilidade. Nesse sentido, a Universidade Federal do Rio Grande do Norte UFRN, através do Grupo de Estudos em Habitação e Urbanismo – GEHAU participa dessas discussões junto à CBTU e à Secretaria do Patrimônio da União - SPU desde 2006, quando expôs o trabalho no Seminário Natal nos Trilhos.
Existe ainda o interesse de outros setores governamentais, a exemplo da Secretaria de Habitação Regularização e Projetos Estruturantes SEHARPE , em aproveitar um remanescente de área livre em Natal, cujas terras públicas estão praticamente todas ocupadas para a implantação de projetos habitacionais.
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implantação geral: sobrados
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zoneamento geral da proposta 1.Área verde do Grupamento de Fuzileiros Navais 2.Áreas para desapropriação necessárias a implementação da proposta 3.área verde conjugada com quadra poliesportiva 4.praça histórico-cultural 5.ruas locais propostas 6.espaço para equipamentos de ginástica 7.quadra habitacional 02 8.quadra habitacional 01 9.passagem da bueira
Estes anseios se aliaram ao desejo da graduanda de trabalhar numa situação real: “Gostaria de produzir algo que pudesse ser aproveitado pela gestão pública, para que todo o conhecimento acadêmico adquirido pudesse algum dia, mesmo com possibilidade remota, a conferir qualidade de vida a uma comunidade necessitada” (Caroline Farkat). O início se deu com a escolha de temas para pesquisa na disciplina Planejamento e Projeto Urbano IV, no período 2008.1, do curso de Arquitetura e Urbanismo da UFRN. Nesse período foi realizado o trabalho A Guarita e o Trem: uma disputa pelo espaço urbano, quando foi possível fazer o diagnóstico da área. Além dessa experiência, o tema foi tratado pela autora do trabalho na condição de estagiária da SEHARPE, a partir de julho de 2008. A continuação dos estudos culminou no Plano de Estruturação Urbana para a área livre. A área Livre é um Remanescente de terreno da antiga FERESA, a qual está sobre domínio da Secretaria do Patrimônio da União – SPU e tem orientação do governo federal para destinar essas terras para projetos de habitação de interesse Social. Popularmente conhecido como “O Maconhão”, o terreno de 16.000m² viabiliza a implementação de uma proposta urbana capaz de dar condições para a qualificação da área.
implantação geral: apartamentos
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proposta para a passagem da bueira
A metodologia escolhida foi a participativa por entender que qualquer atuação urbanística produz melhores resultados quando escuta e discute com todos os agentes envolvidos as possibilidades de intervenção na área. Por estas razões o objetivo geral do trabalho foi formular um Plano de Estruturação Urbana para área livre remanescente situada na comunidade da Guarita, visando à locação de unidades habitacionais, atividades e equipamentos de interesse dos agentes públicos e privados, através do método participativo.
objetivos específicos Compreender como a Guarita dialoga reuniões com a comunidade
com as Áreas de Domínio de Ferrovia adjacente, analisando os conflitos espaciais, sociais e ambientais; Conhecer as demandas dos moradores e dos demais agentes envolvidos na discussão da proposta para a área livre, a fim de construir conjuntamente o programa de necessidades; Desenvolver um parcelamento urbano adequado, considerando parâmetros de habitabilidade, buscando equalizar os interesses dos diversos agentes que intervém na área; Desenvolver o Plano de Estruturação Urbana da área livre, em nível de estudo preliminar e Plano de Massa, com definições sobre a implantação dos elementos urbanos, de acordo com os resultados do processo participativo.
eixos de intervenção A comunidade possui forte traço histórico o qual deve ser preservado e restaurado para manutenção da sua identidade sócio-cultural; reuniões com a comunidade
A aquisição de equipamentos públicos contribuirá significativamente para melhoria na qualidade de vida da população; A infra-estrutura necessita de adequações para o convívio com o trem e com a declividade acentuada da sua formação topográfica, E necessária a provisão habitacional tanto para dar segurança aos moradores da área de risco, quanto para a melhoria da qualidade habitacional dos demais.
estudo proposta participativa para a guarita: plano de estruturação urbana no entorno de ferrovias autora maria caroline farkat diógenes prof. orientador dulce bentes tema projeto urbano ano 2009 local natal, rn
Tulips, Jeff Koons. Museu Guggenheim Bilbao. Foto por Bárbara Laís Felipe de Oliveira.
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intervenção em praça anteprojeto paisagístico para a praça dr. amaro marinho Localizada no bairro de Lagoa Nova, na rua Dr. Amaro Marinho, a praça preserva um ar domiciliar, cotidiano, sem grandes agitações, com uma cigarreira na esquina e casas unifamiliares a circundando.
rua coronel luiz júlio
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rua desembargador calros augusto
rua dr. amaro marinho
Em sua configuração atual, ela possui sérios problemas: sem infra-estrutura para comportar as necessidades que os moradores da área têm, a praça está sendo subutilizada. Muros e bancos interrompem a circulação pelo interior da praça e não há nenhuma infra-estrutura para crianças, equipamentos para atividade física, ou mesmo mesas. Não há projeto de acessibilidade e sua última reforma foi feita a 13 anos.
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1. área de jogos 2. caramanchão 3. equipamentos de musculação 4. parque infantil 5. cigarreira existente
Por outro lado, ela possui uma vasta diversidade de espécies arbóreas e apesar da necessidade de um projeto paisagístico, as de copa frondosa já estão adultas e bem localizadas, gerando um ambiente agradável na praça, filtrando a radiação solar direta.
proposta Diante das observações feitas e após questionar os moradores a respeito das suas necessidades e sugestões para que a praça em questão fosse melhor utilizada e realmente um espaço de convívio, interação e lazer, desenvolveu-se um programa de necessidades que contempla tanto opções de lazer ativo: caminhada, brincadeiras, exercícios anaeróbicos, quanto opções para lazer passivo: reuniões de amigos, leitura, contemplação e reflexão. Preservando ainda a natureza residencial da praça. Assim, pensou-se em um local a sombra, com bancos, para as pessoas conversarem, como um gasebo, e um caramanchão cobrindo, sem deixar que a luz e o vento circulem pelo local. Um lugar com mesas foi criado, para jogos e conversas, bem como um playground para as crianças brincarem e uma academia. Caminhos foram abertos por toda praça, para que as pessoas circulem dentro dela e não apenas nas extremidades e contemplem o jardim, bem como, possam fazer sua caminhada matinal.
vista geral
partido arquitetônico A intervenção sobre a paisagem pode seguir diferentes formas, encontramos no paisagismo da praça Dr. Amaro Marinho uma criação aleatória, sem conceitos, baseada na disposição dos moradores em criar um espaço mais bonito. Mas, ao arquiteto cabe criar espaços, racionalizar no papel o que será construído, colocado. E, se deseja-se que essa paisagem seja fruto de uma intervenção racionalizada, pensada, conceitual, em detrimento de uma paisagem aleatória (válida sim, mas precária), que melhor forma de demarcar os espaços senão por linhas retas? Afinal, “a retícula é, acima de tudo, uma especulação conceitual” (KOOLHAAS, R. Nova York delirante.2008, p. 37), ela define o espaço mostrando uma ação humana sobre ela e permite ainda que cada pedaço de sua malha possa ser usado de forma distinta, tendo sempre em vista, claro, o conjunto da obra. Seguiu-se então uma configuração linear, com linhas retas determinando mobiliário, caminhos e até o jardim. Este, por sua vez, foi pensado usando plantas florais, com diferentes cores, para propiciar um ar colorido e alegre à praça. Para as cores, pensou-se em usar além do verde, presente em toda vegetação, cores primárias, porque elas contrastam-se entre si e propiciam uma diversidade no olhar.
cigarreira
articulação entre passeio e bancos
projeto anteprojeto paisagístico para a praça dr amaro marinho autores alana oliveira, giovani pacheco e jéssica régis profa. orientadora misslene pereira tema espaço público ano 2010 local natal, rn parque infantil
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cidades invisíveis estrutura urbana e vulnerabilidade sócio-ambiental O trabalho realizado em 2009.1 trata de um estudo sobre a origem das favelas brasileiras (as “cidades invisíveis” do título), e como estas são vistas e estruturadas nas cidades. Num conceito mais direcionado ao urbanismo, favelas são regiões de baixa qualidade de vida e cujos moradores possuem poder aquisitivo limitado. São áreas com edificações inadequadas, muitas vezes construídas em locais instáveis e com carência de materiais adequados. A ocorrência desses conjuntos de edificações no espaço brasileiro não denota apenas um problema físico no ambiente urbano, como ainda é responsável pela formação de comunidades com próprios valores e normas que regem o seu funcionamento, o que às vezes acarreta certas conseqüências para a cidade em que está localizada. Para os dias atuais, temos vários fatores que explicam o surgimento e crescimento contínuo das favelas como a valorização dos terrenos próximos aos centros das cidades, pouquíssima oferta de habitações populares e falta de planejamento urbano, tudo isso relacionado à constante crise econômica do país.
Um aglomerado habitacional se torna uma cidade invisível à medida que desenvolve um microssistema sociocultural próprio, organizado a partir de uma identidade territorial, fonte de um complexo de instituições locais que estabelecem interações particularizadas com as instituições da cidade.
Em 50 anos, o processo de urbanização e adensamento de Natal fez surgir espaços desiguais, consolidando uma região centro-sul rica e outra oeste-norte mais pobre; tal dualidade está apoiada em estruturas de segregação e auto-segregação, onde se localizam os extremos de Natal relacionados com a qualidade habitacional e o preço do solo. Com o levantamento realizado em 2005 pela SEMURB, observa-se a diferença quantitativa das favelas presentes nas zonas administrativas de Natal. As zonas leste e sul possuem 21 favelas, enquanto que existem 46 favelas nas zonas oeste e norte juntas. No total, são aproximadamente 18.632 domicílios, onde vivem 74.528 pessoas. Pode-se ainda perceber que nos locais onde as maiores quantidades de favelas estão localizadas, também é onde o sistema de esgotamento sanitário é mais precário. E das 67 comunidades, 22 estão localizadas em áreas de risco.
Ao fundo: Favela Passo da Pátria, Natal/RN. Fonte: http://www.natalvoluntarios.org.br.
LESTE
LEGENDA
Seu funcionamento e sua estrutura evidenciam, para nossa perspectiva, um outro espaço social e cultural. A construção das favelas próximas a um espaço urbano organizado e provido de equipamentos e serviços, como os bairros de classe média-alta da cidade, denota um grande contraste social que serve de evidência para a existência de duas cidades: a de verdade e a que “não deve” ser vista pelo espectador. Justamente por isso, pela invisibilidade, é que desencadeiam muitos problemas sociais que se aglutinam naquele ambiente e são arrastados para as regiões dos bairros considerados “limpos, seguros e organizados”, como a violência, principalmente. Após, foi feito também um estudo sobre as favelas existentes na cidade de Natal, que mostrou que a mesma, nos últimos 20 anos, seguiu um modelo de urbanização periférica, primordialmente através dasegregação da população mais pobre em áreas específicas da cidade.
NORTE OESTE SUL FAVELAS 0
1.000
2.000
4.000
6.000m
Favelas de Natal em 2005. Fonte: SEMURB.
estudo estrutura urbana e vulnerabilidade sócio-ambiental autores juliana alcantara barbosa, júlio césar de araújo bezerra e louise da mata oliveira prado prof.ª orientadora françoise dominque valéry tema estudos urbanos ano 2009 local natal, rn
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terminal aeroportuário anteprojeto de um terminal aeroportuário de passageiros (tps) para a cidade de mossoró
Este trabalho apresenta o anteprojeto de um terminal aeroportuário de passageiros para a cidade de Mossoró como solicitação para o trabalho integrado da terceira unidade, realizado por alunos do terceiro período em 2009.2. A concepção do anteprojeto teve por objetivo explorar a estrutura através da forma, assim como atentar para o uso da legislação urbanística como condicionante para o partido arquitetônico. A elaboração do anteprojeto foi fundamentada no estudo preliminar que contempla o estudo do terreno de implantação da edificação, bem como do entorno; partido arquitetônico; elaboração da matriz de relações; solução espacial baseada no programa de necessidades e pré-dimensionamento embasado em um software desenvolvido pela engenheira aeronáutica Ana Glória Medeiros de Medeiros, programa este que pré-dimensiona os ambientes de um terminal aeroportuário partindo de parâmetros préestabelecidos. O fato que norteou a solução formal foi o simbolismo. Foi percebido que a expulsão do bando de cangaceiros de Lampião de Mossoró é um fato de grande relevância histórica e cultural para a cidade, sendo motivo de orgulho para os habitantes. Então se decidiu que a forma do TPS remeteria a de um chapéu de cangaceiro. Somado a isso, optou-se por um edifício térreo com mezanino. A definição da solução estrutural foi condicionada pela forma do terminal, pelas necessidades funcionais, bem como, pela cobertura. O sistema estrutural é composto por pilares de concreto armado cujas dimensões são 25 x 60 cm. Os pilares frontais que sustentam o prolongamento da cobertura e os locados nas fachadas têm a base superior com 25 x 90 cm enquanto a base inferior tem 25 x 60 cm. Optou-se pelo uso de treliças planas no eixo transversal, e terças treliçadas no eixo longitudinal, visto que estas vencem vãos maiores, formando uma grelha espacial de treliças. A laje do mezanino é de concreto armado e se apóia em vigas de aço alveoladas com perfil em I. Para a cobertura optou-se pela utilização de telha metálica do tipo sanduíche (telha, poliestireno, telha) contribuindo para o condicionamento termoacústico. A concepção da cobertura também explora o sombreamento, lançando mão da projeção da cobertura para as fachadas laterais, cobrindo todo o meio fio e embarque e desembarque de veículos. Anexo ao TPS encontra-se o reservatório que tem forma cilíndrica, sendo um elemento importante na composição formal do terminal, visto que “quebra” a horizontalidade, tornando a composição mais equilibrada.
projeto anteprojeto de um terminal aeroportuário de passageiros (tps) para a cidade de mossoró autores ana gabrielle de carvalho, júlio césar de araújo bezerra e raquel guedes de oliveira prof. orientador rubenilson brasão teixeira tema projeto ano 2009 local mossoró, rn
evolução formal do terminal
normas para publicação
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A revista Penas é uma publicação periódica que tem como finalidade divulgar a produção acadêmica dos alunos da graduação em Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Os trabalhos aqui expostos são de inteira responsabilidade de seus respectivos autores, bem como possíveis imagens (fotos, diagramas, desenhos técnicos, ilustrações, gráficos, etc). Quando estas, excepcionalmente, forem de fontes externas ao corpo discente/docente do curso, serão devidamente referenciadas no próprio trabalho.
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Penas Penas –– 4ª 4ª Edição Edição –ISSN 1984-3798. Agosto 1984-3798. Agosto2011. 2011. Editores Editores(discentes (discentesda dagraduação graduação em Arquitetura e Urbanismo da UFRN Italo Dantas de A. Maia (10º período) Ana Beatriz de Araújo Duarte (9º periodo) período) Bárbara Laís Felipe de Oliveira (8º periodo) período) Universidade Federal do Rio Grande do Universidade Norte • CentroFederal de Tecnologia • Departamento Arquitetura • Curso do Rio Grande do Norte de • Centro de Tecnologia Departamento de Arquitetura • Curso de de Arquitetura Arquitetura ee Urbanismo Urbanismo Chefia do DepartamentoChefia de Arquitetura : Prof. Marcelo Tinôco/ :Prof. doPedrini Curso do Departamento de Arquitetura Prof.Aldomar Marcelo Pedrini Tinôco/Coordenação Prof. Aldomar Coordenação do Curso de Arquitetura e Urbanismo: Profª. Giovana Paiva/Profª. Natália Vieira
Contato: revistapenas@yahoo.com.br Agradecimentos: aos alunos e professores que enviaram os trabalhos para publicação: Alana Oliveira, Ana Gabrielle de Carvalho, Ana Luiza Freire, Andréa Rodrigues de Paula, Bárbara Felipe, Daniel Lins, Clara Barros, Clara Ovídio, Débora Nogueira Pinto, Giovani Pacheco, Giovanna Venturini, Giulia Pettoello, Isaías da Silva Ribeiro, Jéssica Régis, Jocélia Varela Pinheiro, Juliana Alcantara Barbosa, Juliana de Souza Duarte, Júlio César de Araújo Bezerra, Karen Álvares Pinto, Larissa Lopes, Louise da Mata Oliveira Prado, Lucia Isella, Marcela Germano, Maria Caroline Farkat Diógenes, Márcia Trindade, Marco Viscardi, Marco Priore, Marizo Vitor Pereira, Natália Braga, Paulo José Lisboa Nobre, Raphaela Albuquerque, Sandra Albino, Silvana Petoello, Raquel Guedes de Oliveira. Capa e editorial: edição/fotomontagem a partir de perspectivas do projeto de Clara Ovídio, Débora Nogueira e Karen Álvares. Design por Italo Maia. Sumário: Design por equipe Penas, caligrafia por Bárbara Felipe. Na internet: texto e diagramação por Italo Maia; imagens obtidas nos sites citados. Cidade e Corpo: design por Ana Beatriz Duarte e Italo Maia. Se Encontre em Arquitetura: design por Bárbara Felipe, imagem por Bárbara Felipe. Jardins de Burle Marx para Natal: design por Italo Maia. Fotografia nas páginas 24 e 53 de propriedade de Bárbara Felipe. Página 57: Fotografia por Bárbara Felipe (ELEA Brasília). Expediente: Fotografia e design por Ana Beatriz Duarte. Capa traseira: edição/fotomontagem a partir de imagem da implantação do projeto de Clara Ovídio, Débora Nogueira e Karen Álvares. Design por Ana Beatriz Duarte. Design da logo “Penas” de Renata Gabriela de Matos e Carlos Onofre. Fonte da Logo: Das Reich Gut Regular.